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Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Produção Estruturação de um Sistema de Gestão da Qualidade para uma Empresa do Setor Metal Mecânico Mariana Braga Lopes TCC-EP-70-2011 Maringá - Paraná Brasil

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Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia Departamento de Engenharia de Produção

Estruturação de um Sistema de Gestão da Qualidade para uma Empresa do Setor Metal Mecânico

Mariana Braga Lopes

TCC-EP-70-2011

Maringá - Paraná Brasil

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Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia

Departamento de Engenharia de Produção

Estruturação de um Sistema de Gestão da Qualidade para uma Empresa do Setor Metal Mecânico

Mariana Braga Lopes

TCC-EP-70-2011

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito de avaliação no curso de graduação em Engenharia de Produção na Universidade Estadual de Maringá – UEM. Orientador: Prof. Dr. Edwin Vladimir Cardoza Galdámez

Maringá - Paraná 2011

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

Mauro e Arlete.

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AGRADECIMENTOS

À Deus por ter me dado forças para superar cada etapa em minha vida.

Aos meus pais, Mauro e Arlete, os principais responsáveis pela formação do meu caráter, agradeço pelo amor, carinho e suporte dado em todos estes anos da minha vida.

Aos meus irmãos, Mauro e Marcel, que eu compartilho minhas conquistas e procuro servir de exemplo.

Aos meus avós, Vó Luba e Vô Braga, por sempre se preocuparem e orarem por mim.

À Tia Lúcia, madrinha, tia e amiga, por todo carinho e apoio dado à mim nestes anos.

Ao Léo, que mesmo à distância esteve presente, foi companheiro, compreensivo e paciente nos mais diversos momentos durante meus dois últimos anos da graduação.

Aos grandes amigos e companheiros João Ricardo, Leandro e Marcelo, com os quais dividi momentos de estudos, alegria e coca-cola!

Aos meus amigos, já graduados em Engenharia de Produção, Ricardo e Raquel, que me fizeram muita falta por não estarem mais em Maringá.

Aos meus grandes amigos, Ana Paula, Mariana, Carla e Marco, que há seis anos tomamos diferentes rumos, mas a amizade permaneceu a mesma.

À Júlia que se tornou uma grande amiga neste último ano.

Aos amigos, Luiz Renato, Rafaela e Syntia, sempre eficientes e práticos, com os quais pude realizar ótimos trabalhos durante a graduação, desfrutar de momentos de descontração e

aprender com o que cada um tem de melhor.

Ao Lucas Alves e Idézio Tomazelli por me abrirem as portas da ZM Bombas e viabilizar a realização do meu estágio obrigatório e Trabalho de Conclusão de Curso.

À ZM Bombas que tornou possível a realização deste estudo.

À Dinâmica Empresa Júnior por me proporcionar os momentos mais desafiadores da minha graduação, amizades inesquecíveis, viagens e crescimento pessoal e profissional.

Ao meu professor e orientador deste trabalho, Edwin, por aceitar o meu convite e me orientar, contribuindo com a minha formação.

À todos que de alguma forma possibilitaram a conclusão deste curso, a minha sincera gratidão.

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RESUMO Em um ambiente globalizado, adequar-se à padrões torna-se inevitável, principalmente quando a organização busca ser competitiva e almeja alcançar mercados internacionais. O entendimento das diversas áreas de uma organização sob a perspectiva de processos é fundamental para estruturar um Sistema de Gestão da Qualidade, bem como para integrar toda a organização. Neste contexto este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de propor um processo de implementação de um SGQ para uma empresa de pequeno porte do setor metal mecânico. O trabalho consistiu em uma pesquisa bibliográfica, uma pesquisa ação e no desenvolvimento da proposta. Com este estudo, propôs-se uma estrutura de documentos para a implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade, fundamentado nos requisitos da ISO 9001:2008.

Palavras-chave: Sistema de Gestão da Qualidade, ISO 9001:2008, Manual da Qualidade.

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SUMÁRIO

DEDICATÓRIA.....................................................................................................................................................iii

AGRADECIMENTOS...........................................................................................................................................iv

RESUMO.................................................................................................................................................................v

SUMÁRIO..............................................................................................................................................................vi

LISTA DE FIGURAS..........................................................................................................................................viii

LISTA DE QUADROS..........................................................................................................................................ix

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS............................................................................................................x

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................................... 1

1.1 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................... 3 1.2 DEFINIÇÃO E DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA.......................................................................................... 5 1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................................................ 5

1.3.1 Objetivo geral ............................................................................................................................ 5 1.3.2 Objetivos específicos.................................................................................................................. 5

1.4 METODOLOGIA CIENTÍFICA ................................................................................................................ 6 1.4.1 Plano de Atividades ................................................................................................................... 7

1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO ....................................................................... 8

2. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................................... 9

2.1 EVOLUÇÃO DA QUALIDADE TOTAL ..................................................................................................... 9 2.2 SISTEMAS DE GESTÃO DA QUALIDADE (SGQ) ....................................................................................12 2.3 NORMAS CERTIFICADORAS DA QUALIDADE .......................................................................................14

2.3.1 ISO 9001:2008 .........................................................................................................................17 2.3.2 Princípios e Requisitos de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008 ...............................................19 2.3.3 Processo de Implantação do SGQ .............................................................................................25

3. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................................................32

3.1 APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...........................................................................................................32 3.1.1 PROCESSO PRODUTIVO ..................................................................................................................32 3.2 DEFINIÇÃO DA EQUIPE DA QUALIDADE ..............................................................................................35 3.3 AVALIAÇÃO DE PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO ..............................................................................................35 3.4 ELABORAÇÃO E VALIDAÇÃO DA POLÍTICA DA QUALIDADE .................................................................38 3.5 ORGANOGRAMA FUNCIONAL .............................................................................................................39 3.6 MACROPROCESSO DE NEGÓCIO .........................................................................................................40 3.7 PROJETO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE .............................................................................43

3.7.1 Procedimentos ..........................................................................................................................46 3.7.2 Instruções de Trabalho .............................................................................................................47 3.7.3 Registros ..................................................................................................................................48 3.7.4 Manual da Qualidade ...............................................................................................................49

3.9 VERIFICAÇÃO, APROVAÇÃO E REVISÃO DOS DOCUMENTOS.................................................................55 3.10 MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA ......................................................................................................55 3.11 ELABORAÇÃO DO MANUAL DA QUALIDADE .......................................................................................57 3.12 ANÁLISE DOS RESULTADOS ...............................................................................................................58

4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................................61

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4.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................61 4.2 LIMITAÇÕES DO TRABALHO ...............................................................................................................62 4.3 TRABALHOS FUTUROS.......................................................................................................................62

REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................64

APÊNDICE....................................................................................................................................................66 APÊNDICE A – MANUAL DA QUALIDADE.............................................................................................67

APÊNDICE B – PROCEDIMENTO DE CONTROLE DE DOCUMENTOS E REGISTROS ..................88 APÊNDICE C – PROCEDIMENTO DE AUDITORIA INTERNA .............................................................94

APÊNDICE D – PROCEDIMENTO DE CONTROLE DE PRODUTO NÃO CONFORME.....................97

APÊNDICE E – PROCEDIMENTO DE AÇÃO CORRETIVA E AÇÃO PREVENTIVA ....................... 100 APÊNDICE F – PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA......................................... 103

APÊNDICE G – REGISTROS: RELATÓRIO DE INSPEÇÃO DE RECEBIMENTO (RIR) DE MATÉRIA-PRIMA ..................................................................................................................................... 107

APÊNDICE H – REGISTROS: RELATÓRIO DE NÃO CONFORMIDADE E SOLICITAÇÃO DE AÇÃO CORRETIVA E PREVENTIVA ..................................................................................................... 109 APÊNDICE I – INSTRUÇÃO DE TRABALHO ........................................................................................ 112

APÊNDICE J – REGISTROS: FICHA DE TESTE DOS PRODUTOS .................................................... 117

APÊNDICE K – REGISTROS: QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE............................ 119 APÊNDICE L – REGISTROS: LAUDO PARA ASSISTÊNCIA TÉCNICA ............................................ 121

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LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - IDENTIFICAÇÃO DE DEFEITOS DE QUALIDADE - PRODUÇÃO................................................................. 4 FIGURA 2 - VISÃO DAS ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO. .................................................................. 6 FIGURA 3 - INTERAÇÃO ENTRE OS PROCESSOS DE GESTÃO DA QUALIDADE. FONTE: NBR ISO 9001:2008. ............18 FIGURA 4 - SEÇÕES DA NBR ISO 9001:2008. ....................................................................................................21 FIGURA 5 - PDCA PARA TODOS OS PROCESSOS. FONTE: ADAPTADO NBR ISO 9001:2008. ..................................21 FIGURA 6 - TIPOS DE DOCUMENTOS DO SGQ. FONTE: ADAPTADO DE YAMANAKA (2008). ..................................23 FIGURA 7 - ETAPAS PARA IMPLEMENTAÇÃO DE UM SGQ. FONTE: ADAPTADO ZACHARIAS (2001). ......................26 FIGURA 8 – PROCESSO PRODUTIVO ...................................................................................................................33 FIGURA 9 - HIDROLAVADORA ...........................................................................................................................34 FIGURA 10 - BOMBA ACIONADA POR RODA D'ÁGUA ...........................................................................................34 FIGURA 11 - CATAVENTO .................................................................................................................................34 FIGURA 12 - MAXICORT....................................................................................................................................34 FIGURA 13 - PAINEL DO DIAGNÓSTICO DE PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO .......................................................................38 FIGURA 14 - ORGANOGRAMA ZM BOMBAS .......................................................................................................40 FIGURA 15 - MACROPROCESSO DE NEGÓCIO ......................................................................................................41 FIGURA 16 - MODELO CABEÇALHO ...................................................................................................................43 FIGURA 17 - MODELO RODAPÉ .........................................................................................................................44 FIGURA 18 - PASTAS COM A DOCUMENTAÇÃO....................................................................................................45 FIGURA 19 - INTERFACE DE ACESSO AOS DOCUMENTOS ......................................................................................45 FIGURA 20 - LISTA MESTRA PARA CONTROLE DE DOCUMENTOS E REGISTROS .....................................................46 FIGURA 21 - MAPEAMENTO DA PRODUÇÃO .......................................................................................................54 FIGURA 22 - CONTROLE DE ALTERAÇÃO DOS DOCUMENTOS ...............................................................................55 FIGURA 23 - FASES DA AUDITORIA INTERNA .....................................................................................................63

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LISTA DE QUADROS QUADRO 1- PLANO DE ATIVIDADES ................................................................................................................... 8 QUADRO 2: ERAS DA QUALIDADE. FONTE: ADAPTADO PALADINI ET AL. (2005). .................................................10 QUADRO 3 - NORMAS DA SÉRIE ISO 9000. FONTE: ADAPTADO DE YAMANAKA (2008). .......................................15 QUADRO 4 - QUESTIONÁRIO DE PRÉ-IMPLEMENTAÇÃO ......................................................................................36 QUADRO 5 - PROPOSTAS PARA A POLÍTICA DA QUALIDADE ................................................................................39 QUADRO 6 - ESTRUTURA DOS PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS .........................................................................47 QUADRO 7 - ESTRUTURA DAS INSTRUÇÕES DE TRABALHO .................................................................................48 QUADRO 8 - REGISTROS REQUERIDOS ...............................................................................................................49 QUADRO 9 - DOCUMENTOS DA SEÇÃO 4 ............................................................................................................49 QUADRO 10 - DOCUMENTOS DA SEÇÃO 5 ..........................................................................................................50 QUADRO 11 - DOCUMENTOS DA SEÇÃO 6 ..........................................................................................................50 QUADRO 12 - DOCUMENTOS DA SEÇÃO 7 ..........................................................................................................51 QUADRO 13 - DOCUMENTOS DA SEÇÃO 8 ..........................................................................................................51 QUADRO 14 - PROCEDIMENTOS DOCUMENTADOS OBRIGATÓRIOS .......................................................................53 QUADRO 15 - INDICADORES DE DESEMPENHO ...................................................................................................56 QUADRO 16 - QUESTIONÁRIO DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE ................................................................................57

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CB 25 Comitê Brasileiro da Qualidade

ISO International Organization for Standardization

MIL Military Standard

NBR Norma Brasileira

NR Norma Regulamentadora

PDCA Plan, Do, Check and Act (Planejar, Fazer, Checar e Agir)

SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

SGQ Sistema de Gestão da Qualidade

TQM Total Quality Management

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1. INTRODUÇÃO

No início do século XXI, os produtos são desenvolvidos com a finalidade de atender às

necessidades dos clientes, estes, que cada vez mais tem o conhecimento de seus direitos como

consumidor, passam a exigir uma maior qualidade nos bens e serviços adquiridos, isto é, a

qualidade deixa de ser provável e passa a ser garantida nas transações comerciais. De acordo

com o Comitê Brasileiro da Qualidade (CB 25, 2011), o Brasil lidera na América do Sul em

número de empresas certificadas pela ISO 9001. No total de 28.341 empresas certificadas

neste continente até dezembro de 2006, o Brasil representa 31,8% deste valor, sendo seguido

pela Argentina, Colômbia e Chile.

A qualidade como um conceito importante surgiu na década de 70 nas indústrias japonesas,

no momento em que passavam por um período de renascimento, época esta, em que o

consultor americano W. E. Deming tornava a qualidade uma arma para a vantagem

competitiva (MARTINS, 2005). Entretanto, a qualidade está presente desde meados do século

XX, época em que a inspeção do produto começou a ser realizada. De acordo com Garvin

(1992), a evolução do conceito da qualidade ocorreu de forma regular, mas em quatro fases

marcantes que ele denominou “eras da qualidade”. As eras da qualidade são identificadas

como: a Era da Inspeção, a Era do Controle Estatístico do Processo, a Era da Garantia da

Qualidade e, por fim, a Era da Gestão da Qualidade Total.

A implantação de um Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) representa a obtenção de uma

poderosa filosofia que possibilita a otimização de diversos processos dentro da organização.

Além disto, fica destaca também a preocupação da empresa com a melhoria contínua dos bens

e serviços fornecidos.

De acordo com Santos (2010), para uma organização funcionar de maneira eficaz, ela tem que

determinar e gerenciar diversas atividades interligadas. Uma atividade, ou conjunto de

atividades, que usa recursos e que é gerenciada de forma a possibilitar a transformação de

entradas em saídas pode ser considerada um processo. Comumente, a saída de um processo é

a entrada para o processo seguinte.

A aplicação de um sistema de processos em uma organização, junto com a identificação,

interação desses processos e sua gestão para produzir o resultado desejado, pode ser

referenciada como a abordagem de processo. Uma vantagem da abordagem de processo é o

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controle contínuo que permite sobre a ligação entre os processos individuais dentro do sistema

de processos, bem como sua combinação e interação (SANTOS, 2010).

Certificar o Sistema de Gestão da Qualidade garante uma série de benefícios à organização,

pois além do ganho de visibilidade frente ao mercado, surge também a possibilidade de

exportação para mercados exigentes ou fornecimento para clientes que queiram provar a

capacidade que a organização tem de garantir a manutenção das características de seus

produtos (ABNT, 2011).

A ABNT (2011) destaca os benefícios qualitativos e quantitativos decorrentes da

implementação de um SGQ, entre os qualitativos estão a utilização adequada dos recursos, a

uniformização da produção, a possibilidade de registro do conhecimento tecnológico e a

facilitação do treinamento da mão de obra. E os benefícios quantitativos são a redução do

consumo de materiais e desperdício, aumento da produtividade, controle de processos,

padronização de equipamentos e componentes e a melhoria da qualidade.

De acordo com Carpinetti et al. (2009), a ISO 9001 apresenta os requisitos de gestão da

qualidade que compõem o sistema de gestão da qualidade estabelecido como modelo pela ISO

(Internacional Organization for Standardization), e tem por finalidade a certificação de

sistemas da qualidade segundo seus requisitos. O tópico 4.2.2 da NBR ISO 9001:2008, a qual

teve sua última publicação em 2008, estabelece que a organização deve manter um manual da

qualidade que inclua o escopo do sistema de gestão da qualidade, os procedimentos

documentados estabelecidos ou faça referências a eles e, uma descrição da interação entre os

processos do sistema de gestão da qualidade (CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO,

2009).

A implementação de um sistema de gestão da qualidade requer um planejamento deste

processo. Carpinetti et al. (2009) sugere iniciar este processo por meio das seguintes etapas:

aplicar uma avaliação de pré-implementação, realizar o levantamento das necessidades,

projetar o sistema, implementar, submeter o sistema à auditoria e avaliações.

Neste trabalho, será realizado um estudo sobre os conceitos de gestão da qualidade e,

posteriormente, elaborado um Manual de Qualidade, atendendo as normas da NBR ISO

9001:2008, para uma empresa do setor metal mecânico da cidade de Maringá no estado do

Paraná.

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1.1 Justificativa

De acordo com o Senai (2008), o setor Metal Mecânico destaca-se por sua ampla abrangência,

compreendendo metalurgia, fabricação de produtos de metal, fabricação de máquinas e

equipamentos e fabricação de automóveis e de outros produtos de transporte. Segundo dados

do IBGE (2006), o setor Metal Mecânico (sem o setor automotivo) representa 17,01% do

número de estabelecimentos da indústria paranaense.

Zacharias (2001) comenta que a redução de custos, a redução de desperdícios e de

retrabalhos, maior facilidade de exportação devido ao atendimento de exigências

internacionais, maior participação no mercado e a elevação da satisfação dos clientes são

benefícios obtidos com a implantação da ISO 9000.

Com o crescimento do mix de produtos e o desenvolvimento de novos produtos no segmento

de mercado que a empresa ZM Bombas atua, os produtos necessitam estar de acordo com as

normas internacionais e devem atender aos requisitos de durabilidade, funcionalidade,

segurança e eficiência exigidos pelos seus clientes.

Em reuniões do Setor de Qualidade juntamente com o Gerente Industrial foi observado que a

falta de documentos, instruções de trabalho, procedimentos padronizados e a ausência de

responsáveis por processos/ atividades, provoca o retrabalho, desperdício de matéria-prima e

de mão de obra, a redução da produtividade e, consequentemente, a elevação dos custos

produtivos.

Considerando os principais motivos de peças refugadas durante os meses de fevereiro, março

e abril de 2011, a Figura 1 ilustra a Curva ABC, que representa as quantidades e as

porcentagens de peças perdidas durante o processo de usinagem. Os defeitos 1, 2 e 9 são os

que mais se destacam, representando os itens de Classe A, que em valores correspondem a

75% do valor em peças refugadas. Os defeitos 6, 3, 11 e 4 representam 22% do total de peças

refugadas, pertencendo a Classe B, enquanto os demais defeitos correspondem a 3% do valor

em peças refugadas, logo, itens de Classe C.

Os tipos de defeitos pertencentes à Classe A são assim denominados:

1 - peças perdidas por possuírem medidas maiores que as tolerâncias;

2 - peças perdidas por possuírem medidas menores que as tolerâncias;

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9 - peças perdidas devido à má qualidade do acabamento.

Figura 1 - Identificação de defeitos de qualidade - Produção.

A principal causa dos defeitos é relacionada com a padronização do processo, pois as medidas

maiores ou menores que a tolerância são causadas pela falta de medição por parte do operador

antes do processo de usinagem. O defeito 9 reflete a falta do estabelecimento de uma maneira

adequada de transporte e o acompanhamento das peças que são enviadas para uma empresa

terceirizada que realiza o tratamento térmico.

Do total de 36.221 peças usinadas, 1.683 peças foram perdidas, representando 4,6%, esta

porcentagem parece ser pequena para um período de 3 meses, mas representa um custo em

torno de R$ 10.300,00 com má qualidade, apenas em um processo produtivo.

É proposto a estruturação de um sistema de gestão da qualidade que contribua com a eficácia

das atividades produtivas e com a preparação para o processo de certificação. Proposta que

possibilita o crescimento das exportações da empresa, realizada para países da América do

Sul, América Central, Oceania e África.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

0%10%20%30%40%50%60%70%80%90%

100%

1 9 2 6 3 11 4 5 8 7 10

% A

cum

ulad

a

Tipos de defeitos

Peças refugadas

Quantidade

Curva ABC

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1.2 Definição e delimitação do problema

Lançar novos produtos, gerenciar a produção, acompanhar a manutenção de maquinário e

avaliar a execução dessas tarefas fica bastante difícil sem o auxílio de algumas ferramentas, e

a Gestão da Qualidade, neste contexto, é fator chave para o desenvolvimento da organização

como um todo. Por isso, se faz necessário propor um Sistema de Gestão da Qualidade que

possibilitará a elaboração e a futura implantação de um Manual da Qualidade que permita

documentar os procedimentos, mapear o processo, elaborar planos de manutenção preventiva,

corretiva e preditiva com o intuito de facilitar a comunicação e a padronização da linguagem

na fábrica, contribuindo para o envolvimento dos colaboradores e reduzindo as deficiências

no fluxo de informações.

O presente trabalho será desenvolvido em toda a organização, isto é, tanto nas áreas

administrativas quanto na área industrial.

1.3 Objetivos

1.3.1 Objetivo geral

Planejar e desenvolver o Sistema de Gestão da Qualidade para uma empresa do setor de

hidrometalúrgica, atendendo os requisitos da ISO 9001:2008.

1.3.2 Objetivos específicos

Revisão Bibliográfica dos conceitos de Gestão da Qualidade Total, Sistemas de

Gestão da Qualidade, Princípios e Requisitos do SGQ, Processo de Implementação de

um SGQ e Normas Certificadoras;

Mapear os processos primários e de suporte da indústria;

Elaborar e publicar o Manual da Qualidade da empresa para toda a organização.

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1.4 Metodologia Científica

Do ponto de vista da sua natureza e da forma de abordagem, este trabalho se caracteriza como

uma pesquisa aplicada de ordem qualitativa (GIL, 1991). Será iniciada a pesquisa

bibliográfica como método científico para dar embasamento teórico para as atividades que

serão desenvolvidas.

Os dados e informações necessários para o desenvolvimento do trabalho serão coletados por

meio da pesquisa de campo, a qual compreenderá a observação dos processos, bem como

entrevistas com as pessoas envolvidas nos processos produtivos e administrativos da empresa.

Este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa-ação, que é um método de pesquisa que visa

à resolução de problemas por meio de ações definidas por pesquisadores e sujeitos envolvidos

com a situação sob investigação (VERGARA, 2006). A pesquisa-ação será conduzida por

meio de pesquisa, entrevistas, observações direta e observação participante.

Será aplicado um questionário com o objetivo de avaliar a pré-implementação da Norma ISO

9001:2008. O questionário será aplicado com cinco funcionários: Gerente de Produção, Líder

de PCP, dois funcionários da Qualidade e um Engenheiro Mecânico.

O trabalho consiste em cinco etapas de desenvolvimento, conforme está demonstrado na

Figura 2.

Figura 2 - Visão das Etapas de Desenvolvimento do Projeto.

Pesquisa Bibliográfica

Aplicar Avaliação de Pré-Implementação

Mapear os Processos Primários e de Apoio

Projetar o Sistema

Elaborar e validar o Manual da Qualidade

Pesquisa-Ação

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As etapas da pesquisa-ação são detalhadas a seguir.

I. Aplicar avaliação de pré-implementação

Consistirá na aplicação de uma avaliação qualitativa de pré-implementação, a qual será

retirada do livro: “Gestão da Qualidade – ISO 9001:2008”, com o intuito de aferir o grau de

adequação da empresa em relação aos requisitos da ISO 9001:2008.

II. Mapear os Processos Primários e de Apoio

Esta etapa consiste no planejamento e elaboração do mapeamento dos processos, a qual

envolverá a classificação da importância das atividades dos processos, levantamento das

entradas, atividades e saídas dos processos, implementação de indicadores de desempenho do

processo, levantamento da relação de equipamentos utilizados durante a realização das

atividades e atribuição de responsáveis para as mesmas.

III. Projetar o Sistema

Compreenderá atividades de definição da política da qualidade e seus objetivos (visão, missão

e metas) juntamente com a alta administração da empresa e a estruturação do sistema

documental.

Definição da estrutura documental, contendo:

o Manual da Qualidade;

o Documentos de gestão da qualidade (Procedimentos, Instruções de

Trabalho, Registros, etc.);

o Organização e controle dos documentos.

IV. Elaborar e validar o Manual da Qualidade

Será elaborado o Manual da Qualidade e validado com uma apresentação para a diretoria da

empresa.

1.4.1 Plano de Atividades

Um plano de atividade foi elaborado para servir de orientação no desenvolvimento deste

trabalho a fim de alcançar o objetivo do mesmo. O Quadro 1 lista as atividades e os meses

previstos para serem executadas.

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Atividade 2011

Mar Abr Mai Jun Jul Ago 1. Pré-implementação 1.1 Definição da equipe da qualidade

1.2 Avaliação de pré-implementação

1.3 Elaboração e Validação da Política da Qualidade

1.4 Organograma Funcional

1.5 Macroprocesso de Negócio

2. Projeto do sistema de gestão da qualidade 2.1 Procedimentos

2.2 Instruções de trabalho

2.3 Registros

2.4 Manual da qualidade

3. Elaboração dos documentos

4. Verificação e aprovação dos documentos

5. Medição, análise e melhoria

6. Elaboração e validação do manual da qualidade

Quadro 1- Plano de Atividades

1.5 Estrutura do Trabalho de Conclusão de Curso

Além deste capítulo introdutório, serão apresentados os seguintes capítulos:

Capítulo 2: apresenta os conceitos que embasaram o desenvolvimento deste trabalho,

sendo eles: conceitos de gestão da qualidade total, sistemas de gestão da qualidade,

processo de implementação do SGQ e as Normas Certificadoras da Qualidade;

Capítulo 3: descreve a empresa, o processo de produção, explicitando tópicos relativos

à proposta de implementação do sistema de gestão da qualidade baseado nos requisitos

da Norma ISO 9001:2008;

Capítulo 4: neste capítulo será realizada a conclusão do trabalho e serão apresentados

resultados e contribuições do trabalho, assim como a oportunidade de trabalhos

futuros.

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2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Evolução da Qualidade Total

Costa (2003) descreve que o controle da qualidade nasceu da produção em massa, nas linhas

de montagem de diferentes componentes de um produto. Por outro lado, a produção em massa

e a evolução industrial levam a indústria à divisão de trabalho em busca de produtividade.

Produzir mais, utilizando um número reduzido de funcionários, tornando-os responsáveis pelo

resultado do seu trabalho é o pensamento do início do século XX.

A evolução da gestão da qualidade se deu ao longo do século XX, partindo da mera inspeção

de produtos acabados à visão estratégica de negócios, podendo ser dividida em quatro fases: a

inspeção do produto, o controle estatístico do processo, os sistemas de garantia da qualidade e

a gestão da qualidade. Esta última fase engloba as demais, porém seu enfoque valoriza os

clientes e a sua satisfação como forma de sobrevivência da organização no mercado, além de

ser caracterizada por uma nova percepção da alta administração, em que a qualidade passa a

ser associada à lucratividade (CARPINETTI et al., 2007; GARVIN, 1992).

No contexto do pós-guerra mundial, duas grandes forças tiveram grande impacto na

qualidade, a revolução japonesa da qualidade e a importância que a qualidade passou a

exercer sob os consumidores. O pós-guerra foi voltado à recuperação econômica do Japão e

centrou-se, sobretudo na qualidade dos produtos. Inicialmente, os produtos japoneses eram

tidos como de baixa qualidade e, para serem vendidos internacionalmente, as indústrias

japonesas passaram por uma revolução em busca da melhoria da qualidade. Essa revolução

teve a participação de Willian Edwards Deming, o qual foi convidado a proferir uma série de

palestras no início da década de 50. Deming focou a atenção do empresariado em aspectos

culturais e filosóficos, que mais tarde ficaram conhecidos como os "14 pontos de Deming"

(YAMANAKA, 2008; CARPINETTI et al., 2007).

No Quadro 2 podem ser observados os estágios pelos quais a gestão da qualidade passou, e

suas principais características.

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10

Características Interesse

principal Visão da

qualidade Ênfase Métodos Papel dos

profissionais da qualidade

Responsável pela qualidade

Era

s da

Qua

lidad

e

Inspeção Verificação Um problema

a ser resolvido.

Uniformidade do produto.

Instrumentos de medição.

Inspeção, classificação,

contagem, avaliação e

reparo.

O departamento de inspeção.

Controle Estatístico

do Processo Controle Um problema

a ser resolvido

Uniformidade do produto com menos inspeção.

Ferramentas de técnicas estatísticas.

Solução de problemas e a aplicação de

métodos estatísticos.

Os departamentos de produção e

engenharia.

Garantia da

Qualidade Coordenação

Um problema a ser

resolvido, mas que é

enfrentado positivamente.

Toda cadeia de fabricação,

desde o projeto até o mercado, e a contribuição de todos os

grupos funcionais

para impedir falhas de

qualidade.

Programas e sistemas.

Mensuração da qualidade, planejamento da qualidade e projeto de programas.

Todos os departamentos,

com a alta administração se envolvendo superficialment

e no planejamento e na execução de

diretrizes da qualidade.

Gestão da Qualidade

Impacto estratégico

Uma oportunidade

de diferenciação

da concorrência.

As necessidades de mercado e

cliente.

Planejamento estratégico,

estabelecimento de

objetivos e a mobilização

da organização.

Estabelecimento de metas, educação e treinamento

de programas.

Todos na empresa, com a

alta administração

exercendo forte liderança.

Quadro 2: Eras da Qualidade. Fonte: Adaptado Paladini et al. (2005).

Yamanaka (2008) comenta que os casos de responsabilidade da empresa sobre os produtos, a

preocupação com o meio ambiente, pressões de organizações de consumidores, a indústria

bélica, os prêmios da qualidade, entre outros, foram tendências que contribuíram para a

importância da qualidade na mente do consumidor. Outro ponto a ser levado em conta é que a

qualidade deixa de ser função e responsabilidade específica de gerentes de departamento da

qualidade e passa a ser exercida com o envolvimento de todos. Este princípio foi bastante

desenvolvido no Japão. Nesta perspectiva, o conceito de Controle da Qualidade Total (CQT),

caracterizado pelo emprego de técnicas estatísticas e mudança comportamental de toda a

organização, foi difundido.

Esta evolução da qualidade, iniciada no Japão no contexto do pós-guerra mundial, passa

também a ser chamada de Gestão da Qualidade Total (ou TQM - Total Quality Management).

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11

Segundo Durscki (2007), o TQM caracterizou-se como um modelo de gestão da qualidade

focada na diferenciação, na busca por padrões de qualidade, na alta produtividade e nos

baixos custos de produção. Para Pinto (2005) não há consenso sobre a definição de TQM, mas

está apoiada em práticas e técnicas como o planejamento e mapeamento dos processos

organizacionais, proximidade com os fornecedores, na prática de benchmarking (avaliação

das melhores práticas de processos em outras empresas), na diminuição do retrabalho e no

envolvimento de todas as áreas organizacionais.

Trinta anos após Deming introduzir o conceito moderno de gestão da qualidade no Japão,

pesquisadores começaram a reconhecer o rápido avanço da indústria japonesa. A Gestão da

Qualidade tornou-se a revelação da década de oitenta, com vários trabalhos relacionados ao

assunto. Posteriormente, no prêmio “Quality Awards” foram introduzidas as normas escritas

para fazer gestão de qualidade mais acessível e aceitável para a indústria européia e norte-

americana (JANSEN apud SANTOS, 2010)1.

Pinto (2005) explica que inúmeras definições foram elaboradas para definir qualidade total,

convergindo para três grandes escolas:

americana: foi originada pelos conceitos de Juran, nos quais os objetivos da qualidade

devem ser mensuráveis, compreensíveis, aplicáveis, atingíveis e econômicos

japonesa: baseada nos princípios estatísticos de Deming, predominando a valorização

da mão de obra;

européia: foi fundamentada nas normas internacionais ISO 9000, transformando-se em

referência mundial.

Santos (2010) descreve que na década de 90 no Brasil um dos acontecimentos mais marcante

foi a chegada das normas ISO série 9000. Lançadas mundialmente em 1987, no mercado

europeu e, poucos anos depois, no Brasil, tendo como precursora a MIL Q-9858 “Quality

Program Requeriment for Industry” dos EUA. Essas normas trouxeram uma visão mais

sistêmica à abordagem do tema qualidade. Nessa fase, qualidade ainda se associava a

produtos e departamentos onde se mantinham a inspeção e a verificação de possíveis defeitos

e não a gestão, o que se apresentava uma falha conceitual do modelo apresentado pela ISO. 1 JANSEN, J. ISO 9000: Motivations and Challenges do they relate?. University of Twente, Netherlands, november 2008.

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12

2.2 Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ)

Os sistemas de gestão apresentam características gerais e especificidades que lhes conferem

uma estrutura conceitual e organizacional bastante complexa e diversificada. Entretanto,

sempre há dois objetivos básicos: devem desenvolver mecanismos que garantam a

sobrevivência da organização e possibilitar sua permanente e contínua evolução. Sistemas de

gestão com esses objetivos compõem o processo de gestão da qualidade, logo, a atividade de

gestão pode-se constituir um sistema de gestão (PALADINI, 2004).

Santana (2006) explica que o sistema de gestão da qualidade de uma organização é o conjunto

das atividades de planejamento, execução e controle da qualidade de produtos e processos.

Também afirma que a instância que mais tem contribuído com a abordagem acerca da gestão

da qualidade é a International Organization for Standardization.

Uma das definições mais relevantes acerca da Gestão da Qualidade Total foi estruturada por

Joseph Juran, o qual criou a sigla “TQM” (Total Quality Management). Juran define a Gestão

da Qualidade Total como a extensão do planejamento dos negócios da empresa, o que implica

em incluir o planejamento da qualidade (PALADINI, 2004). Morejón (2005) explica que o

princípio de Gerenciamento da Qualidade Total consiste na busca da melhoria contínua por

meio da integração de todos os indivíduos, departamentos e níveis gerenciais e funcionais de

uma organização.

As atividades usuais da TQM, apresentadas por Juran, são comentadas por Paladini (2004)

como sendo o estabelecimento de objetivos e ações para alcançá-los, atribuição de

responsabilidades para o cumprimento das ações, fornecimento de recursos necessários,

estruturação de um processo de análise dos objetivos e avaliação do desempenho do processo.

A TQM engloba o controle, a garantia e a melhoria da qualidade e ultrapassa o atendimento

ao cliente tradicional, preocupando-se também com o cliente interno, os fornecedores e outras

partes interessadas. Na implementação de um programa de TQM, o qual na verdade é mais

uma filosofia de atuação do que um método específico, uma organização precisa dispor de

certos instrumentos para a melhoria da qualidade. Entre estes instrumentos estão excelentes

sistemas, sendo os mais conhecidos e utilizados o Prêmio Deming (do Japão), o Prêmio

Malcolm Baldrige (dos Estados Unidos), o Prêmio Europeu de Qualidade e a Certificação

ISO 9000 (MOREJÓN, 2005).

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13

Paladini (2004) explica que o conceito tradicional de Gestão da Qualidade envolve duas áreas

de atuação, uma no âmbito global e outra operacional. O âmbito global corresponde ao papel

que a Gestão da Qualidade tem em colaborar com a alta administração em definir as políticas

da qualidade da organização, já no âmbito operacional, cabe à Gestão da Qualidade o

desenvolvimento, a implantação e a avaliação de programas de qualidade.

O gerenciamento da qualidade por toda a empresa é enfatizado pela TQM, tal gerenciamento

consiste em uma abordagem sistemática para estabelecer e atingir metas de qualidade. Sua

implantação prática pode ser decomposta em etapas, as quais englobam o estabelecimento de

políticas globais da qualidade, definição de objetivos e de metas que irão direcionar a

organização. Do ponto de vista operacional, há a fase de definição de normas, métodos e

procedimentos usuais a qualquer processo de gestão (PALADINI, 2004).

A evolução dos sistemas de gestão da qualidade foi desencadeada devido à preocupação com

os aspectos de segurança das instalações nucleares e confiabilidade de artefatos militares, as

primeiras normas foram instituídas na área militar, que posteriormente deram origem às

normas ISO 9000. Países como Reino Unido, EUA, Canadá e Alemanha passaram a

estabelecer requisitos para programas e sistemas de qualidade para seus produtos de alta

tecnologia. Estes requisitos foram seguidos por organismos internacionais, como a Agência

Internacional para Energia Atômica - AIEA, a Organização Internacional para Normatização -

ISO e a Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN (YAMANAKA, 2008).

Segundo Yamanaka (2008), o objetivo das normas era garantir a qualidade dos produtos

adquiridos por meio do estabelecimento de requisitos para o sistema da qualidade dos

fornecedores em complemento aos requisitos dos produtos. Para tal, foram identificados os

processos dos fornecedores que mais influenciavam a qualidade dos produtos adquiridos e

estabelecidas exigências mínimas para a condução dessas atividades, sem, no entanto, definir

a forma de atendê-las. Estes processos consideravam as atividades do chamado ciclo da

qualidade, desde o desenvolvimento do produto até o serviço pós venda.

No final da década de 50, o Departamento de Defesa dos EUA identificou a necessidade de

possuir programas da qualidade voltados para os seus fornecedores, resultando na adoção da

MIL Q9 858 - Quality Program Requirements (Requisitos de Programas de Qualidade). Esta

iniciativa caracterizou como um marco para o desenvolvimento de aplicações de requisitos

para sistemas da qualidade em relações comerciais (YAMANAKA, 2008).

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14

De acordo com Paula (2004), a busca pelo desenvolvimento de padrões da qualidade levou à

OTAN (Organização do Tratado Atlântico Norte), com sede em Bruxelas, criar as normas

AQAP 1 - Allied Quality Assurance Procedures (Procedimentos de Garantia da Qualidade).

Com base nos benefícios obtidos com as normas AQAP, o Ministério da Defesa da Inglaterra

e seus fornecedores observaram que a necessidade da aplicação de padrões para Sistema da

Qualidade não era restrito apenas a armamentos e materiais bélicos, mas sim, as demais

indústrias. Com isso, Yamanaka (2008) comenta que em 1979 a Inglaterra publicou a série de

normas BS 5750 - British Standard, aplicada apenas no Reino Unido.

Paula (2004) e Yamanaka (2008) relatam que neste mesmo ano nasceu o grupo ISO TC 176

(Technical Committee da ISO para a qualidade) que procurou uniformizar os conceitos de

qualidade por meio de Normas, padronizar modelos para garantia da qualidade e fornecer

diretrizes para implantação da gestão da qualidade nas organizações. No ano de 1987 as

Normas foram aprovadas, culminando na série ISO 9000.

2.3 Normas Certificadoras da Qualidade

Padrões dão uma enorme e positiva contribuição em vários aspectos dos produtos, eles

asseguram características desejáveis de produtos e serviços, assim como qualidade, respeito

pelo ambiente, segurança, confiabilidade, eficiência, intercambialidade e tudo isto, em busca

por preços competitivos. Quando os produtos vão de encontro com as expectativas dos

clientes, a tendência é esquecer o papel das normas, porém quando os padrões de qualidade

estão ausentes, facilmente se é percebido pelo consumidor (ISO, 2011a).

A Organização Internacional para Normalização (International Organization for

Standardization), nomeada ISO, surgiu da necessidade por padrões internacionais de

engenharia no contexto do pós-guerra, sendo criada em 1947 a fim de facilitar a coordenação

internacional e a unificação de padrões industriais. Cada país membro da ISO é representado

por uma entidade, no caso do Brasil, o representante é a ABNT (Associação Brasileira de

Normas Técnicas) e o órgão fiscalizador é o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia,

Normalização e Qualidade Industrial) (ZACHARIAS, 2001).

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15

Em 1987, foi criada a série de normas ISO 9000, a qual era compreendida por cinco normas

(ISO 9000 a ISO 9004) idealizadas para a indústria com enfoque na garantia da qualidade,

conforme pode ser observado no Quadro 3. A série ISO 9000 seguia a tendência de normas

multinível, normas com mais de uma alternativa para a elaboração de um Sistema de

Qualidade, como inicialmente era a norma BS 5750 (British Standard) da Inglaterra e a norma

CSAZ 299 (Community Safety Action Zone) do Canadá. A diferença é que os documentos

anteriores tratavam apenas de definições contratuais, enquanto que a sério ISO 9000 envolve

a efetiva participação de todos os níveis hierárquicos e é aplicável a qualquer tipo de empresa

devido a sua flexibilidade (MOREJÓN, 2005).

Normas Descrição

ISO 9000 - 1 Normas de gestão da qualidade e garantia da qualidade

ISO 9001 Sistemas da Qualidade: Modelo de garantia da Qualidade em Projeto, desenvolvimento,

produção, instalação e assistência técnica

ISO 9002 Sistemas de Qualidade: Modelo para garantia da Qualidade em produção, instalação e

assistência técnica

ISO 9003 Sistema de Qualidade: Modelo para garantia da Qualidade em inspeção final e testes

ISO 9004 - 1 Gestão da Qualidade e elementos de gestão da qualidade

Quadro 3 - Normas da série ISO 9000. Fonte: Adaptado de Yamanaka (2008).

De acordo com Ballestero-Alvarez (2001), as principais Normas da série ISO 9000 são

descritas a seguir:

NBR ISO 9000: descreve os fundamentos de sistemas de gestão da qualidade e

estabelece a terminologia para estes sistemas.

NBR ISO 9001: especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade, onde

uma organização precisa demonstrar sua capacidade para fornecer produtos que

atendam aos crescentes requisitos do cliente e aos requisitos regulamentares

(legislações) aplicáveis e objetiva aumentar a satisfação do cliente.

NBR ISO 9004: fornece as diretrizes que consideram tanto a eficácia como a

eficiência do sistema, visando melhorar o desempenho da organização e a satisfação

do cliente e das outras partes envolvidas.

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Apenas como comparação, Zacharias (2001) comenta que enquanto a ISO 9000 trata do

gerenciamento de processos sob o enfoque da gestão da qualidade, a ISO 14000, originada em

1997, enfoca o gerenciamento do processo com ênfase na preservação do meio ambiente,

tratando de minimizar efeitos nocivos que certas atividades podem causar.

De acordo com Morejón (2005), quando as normas ISO foram criadas determinou-se que elas

seriam periodicamente revisadas, seja para o aprimoramento contínuo do próprio conteúdo,

seja para que refletissem as inovações inerentes aos processos organizacionais. Na primeira

revisão manteve-se a série de normas ISO 9000 a ISO 9004, cada qual com características,

abrangências e objetivos específicos, mas sem o significado de uma progressão de melhoria.

Essas normas podem ser divididas em dois tipos – diretrizes e normas contratuais –, sendo

que as empresas só podem ser certificadas em relação a estas. As diretrizes das normas ISO

9000 e ISO 9004 orientam a seleção e uso das normas e a implementação de um sistema de

gestão de qualidade, respectivamente. As normas contratuais (ISO 9001, ISO 9002 e ISO

9003) tratam de modelos para contratos entre fornecedor e cliente (MOREJON, 2005).

A primeira versão traduzida pela ABNT e que passou por uma revisão em 1994 foi a série

NBR ISO 9000:1990. A versão de 1994, assim como a anterior, trata de normas sistêmicas,

que estabelecem elementos do sistema de gestão e da garantia da qualidade, e devem ser

aplicadas na empresa como um todo e não a produtos, materiais e serviços (PAULA, 2004).

Para aperfeiçoar as práticas organizacionais, a versão de 1994 sofreu uma revisão em 2000.

Nesta edição foram apresentadas quatro normas primárias, apoiadas por um número reduzido

de documentos de suporte, assim, em vez de um sistema de garantia da qualidade, a norma

passa a ser caracterizada como um sistema de gestão da qualidade (YAMANAKA, 2008).

Santos (2010) comenta que a norma ISO 9000:2000, publicada em dezembro de 2000,

atualizando a antiga norma ISO 9000:1994, teve sua revisão feita a partir de dados coletados

mundialmente, para entender as necessidades e a experiência dos usuários com ISO

9000:1994 e com sistemas de gestão da qualidade genéricos, refletindo, assim, na referida

norma, versão 2000, diretrizes para que as empresas realizem as atividades de seus negócios.

Em 2008 foi realizada outra revisão, quando apresentaram mudanças conceituais. Na prática,

nada foi evidenciado de gestão.

Morejón (2005) ressalta que a certificação de uma empresa não garante a qualidade de seus

produtos, mas sim que tanto um processo ou um serviço seguem padrões preestabelecidos e

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documentados. Em suma, as normas ISO constituem apenas uma valiosa ferramenta para a

Gestão da Qualidade Total (TQM - Total Quality Management).

2.3.1 ISO 9001:2008

O sistema normativo adotado pela ISO prevê a atualização periódica das normas, assim, no

dia 28 de dezembro de 2008 foi publicada a nova revisão da série ISO 9000, a ISO 9001:2008

(ABNT, 2011).

De acordo com a ABNT NBR ISO 9001 (2008), a adoção de um SGQ é uma decisão

estratégica regida por um conjunto de fatores, dentre os quais se podem citar o ambiente

organizacional, bem como as mudanças neste ambiente e os riscos a ele associados, as

necessidades que se alteram, os objetivos particulares, os produtos fornecidos, os processos

utilizados, o porte e a estrutura organizacional.

Segundo Santos (2010) a NBR ISO 9001:2008 especifica os requisitos para um sistema de

gestão da qualidade, no momento em que uma organização precisa demonstrar sua capacidade

de fornecer produtos que atendam os requisitos estabelecidos pelo cliente, além dos requisitos

regulamentares aplicáveis, e tem como objetivo aumentar a satisfação do cliente.

A implementação do SGQ utilizando a sistemática estabelecida pela Norma ISO 9001:2008

obedece ao princípio de abordagem de processo. Um processo consiste em uma atividade ou

conjunto de atividades que são gerenciadas de forma a possibilitar a transformação de

entradas em saídas, podendo a saída de um processo ser a entrada para processo seguinte. A

abordagem de processo contribui para o desenvolvimento, implementação e melhoria da

eficácia do SGQ, e esta está relacionada ao gerenciamento de diversas áreas interligadas

(ABNT NBR ISO 9001, 2008). A incorporação da gestão por processo pode ser observada na

Figura 3.

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Figura 3 - Interação entre os processos de gestão da qualidade. Fonte: NBR ISO 9001:2008.

De acordo com Santos (2010), os requisitos da norma ISO 9001:2000 e 2008 trazem três

melhorias, são elas:

Inclusão da voz do cliente: as necessidades dos clientes são as entradas e a

satisfação dele é a saída. Dessa forma, as organizações certificadas vão

precisar de métodos para descrever e monitorar o que o cliente deseja para

medir e analisar a satisfação dele;

Melhoria contínua: não é mais suficiente medir a satisfação do cliente, mas

melhorá-la, além de medir e melhorar os processos internos; e

Maior responsabilidade e envolvimento da gerência: cabe à gerência se

responsabilizar pelo início e revisão do ciclo de PDCA para assegurar a

melhoria contínua e a satisfação dos clientes.

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2.3.2 Princípios e Requisitos de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008

Com a última revisão, o modelo de sistema de gestão da qualidade definido pela ABNT NBR

ISO 9001 baseia-se em oito princípios de gestão da qualidade, e são comentados por Paula

(2005) e Carpinetti et al. (2009), sendo os seguintes:

Princípio 1 - Foco no cliente

As organizações dependem de seus clientes e, portanto, é recomendável que atendam

às necessidades atuais e futuras do cliente, atribuindo a seus produtos os requisitos por

eles estabelecidos e procurando exceder suas expectativas. Para isto, a organização

deve ter processos específicos para identificar os requisitos dos clientes, assim como,

medir a satisfação do cliente para verificar o seu cumprimento.

Princípio 2 - Liderança

Enfatiza o papel de liderança da Alta Direção na determinação das políticas e práticas

englobadas no processo de qualidade da organização. Líderes estabelecem a unidade

de propósitos e o rumo da organização. Convém que eles criem e mantenham um

ambiente interno no qual as pessoas possam estar focadas no propósito de atingir os

objetivos da organização.

Princípio 3 - Envolvimento das pessoas

A Direção deve assegurar que todos os colaboradores tenham "consciência" de como

seu trabalho contribui para o alcance dos objetivos de qualidade da organização,

também deve fornecer treinamentos e assegurar que os colaboradores tenham

competência necessária para desempenhar suas atividades. É necessário fazer com que

todas as pessoas estejam envolvidas com o propósito estabelecido, possibilitando que

suas habilidades sejam usadas para o benefício da organização.

Princípio 4 - Abordagem de processo

Um SGQ baseado em processos promove a análise da organização por meio das linhas

funcionais e departamentais, procurando identificar interação entre os processos. Um

resultado desejado é alcançado mais eficientemente quando as atividades e os recursos

relacionados são gerenciados como um processo.

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Princípio 5 - Abordagem sistêmica para a gestão

Identificar, compreender e gerenciar os processos inter-relacionados como um sistema

contribui para a eficácia e a eficiência da organização no sentido de esta atingir seus

objetivos.

Princípio 6 - Melhoria contínua

Os esforços de melhoria devem incluir uma política da qualidade, objetivos da

qualidade, análise das medições, ações corretivas, ações preventivas e a análise crítica

pela administração de sua efetividade. A melhoria contínua do desempenho global da

organização deve ser um objetivo permanente e não passageiro.

Princípio 7 - Tomada de decisão baseada em fatos

Este princípio enfatiza a necessidade de levantar dados sobre os processos de trabalho.

Os dados são obtidos de fontes como, por exemplo, medições da satisfação dos

clientes, devoluções, índices de retrabalho e outras medições. Decisões eficazes são

baseadas na análise de dados e informações.

Princípio 8 - Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores

A organização deve compartilhar informações detalhadas sobre a qualidade com seus

fornecedores e deve insistir na participação dos fornecedores nas ações de melhoria.

Uma organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de

benefícios mútuos aumenta a capacidade de ambos em agregar valor.

Paula (2005) comenta que a Norma especifica requisitos, apresentados em seções, para um

sistema de gestão da qualidade que demonstre a capacidade da organização em prover

consistentemente produtos que atendam aos requisitos do cliente e aos regulamentos

aplicáveis e atinjam a satisfação dos clientes por meio da melhoria contínua e prevenção de

não conformidades, os quais podem ser observados na Figura 4.

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Figura 4 - Seções da NBR ISO 9001:2008.

Santos (2010) explica que as cinco seções em que a ISO 9001:2008 é organizada, elas podem

ser relacionados às etapas de planejamento (P), execução (D), verificação (C) e análise (A) do

Ciclo PDCA (Figura 5), conforme destacadas, a seguir.

Figura 5 - PDCA para todos os processos. Fonte: Adaptado NBR ISO 9001:2008.

NBR ISO 9001:2008

4 Sistema de Gestão da Qualidade

5 Responsabilidade da Direção

6 Gestão de Recursos

7 Realização do Produto

8 Medição, análise e melhoria

•Implementar os processos.•Monitorar e medir processos eprodutos em relação às políticas,aos objetivos e aos requisitospara o produto e relatar osresultados.

•Estabelecer os objetivos dosprocessos necessários paragerar resultados de acordo comos requisistos do cliente e comas políticas da organização.

•Executar ações para promovercontinuamente a melhoria dodesempenho do processos

A P

DC

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22

Seção 4 - Sistema de Gestão da Qualidade: requisitos gerais para o desenvolvimento e

documentação do sistema de qualidade;

Seção 5 - Responsabilidade da Direção: contém a política da qualidade, objetivos da

qualidade, planejamento e administração do sistema da qualidade e revisões

gerenciais;

Seção 6 - Gestão de Recursos: sobre recursos humanos, treinamento, instalações e

ambiente de trabalho;

Seção 7 - Realização do Produto: abrange todos os requisitos referentes ao controle do

desenvolvimento do produto, compras, produção (realização), verificação, entrega,

processo relacionados ou cliente (identificação e revisão das necessidades dos clientes

e comunicação com os clientes); e

Seção 8 - Medição, Análise e Melhoria: dedicada à medição das características do

produto e do processo, ao monitoramento do desempenho do sistema da qualidade e à

busca da melhoria contínua.

As seções 4, 5, 6 e 8 estabelecem requisitos que tem por objetivo dar suporte às atividades de

gestão da qualidade na realização do produto (seção 7) e garantir a eficácia do sistema da

qualidade, assegurando que as atividades da gestão da qualidade na realização do produto

garantam o atendimento aos requisitos do cliente e a redução dos custos da não qualidade

(CARPINETTI; MIGUEL; GEROLAMO, 2009).

A Figura 6 ilustra a hierarquia dos documentos do SGQ. A seção 4 define diretrizes gerais e

os requisitos de documentação da norma, que se compõe pela definição da política e objetivos

da qualidade, pelo Manual da Qualidade, pelos procedimentos documentados, pelas instruções

de trabalho, pelos registros de qualidade e outros documentos que se façam necessário à

organização do sistema.

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23

Figura 6 - Tipos de documentos do SGQ. Fonte: Adaptado de Yamanaka (2008).

Carpinetti et al. (2007) cita que a abrangência da documentação do sistema da qualidade pode

variar de uma organização para a outra dependendo de fatores, como setor de atuação, porte

da empresa, complexidade dos processos produtivos e necessidade de documentos que sirvam

de orientação para os funcionários em função do nível de capacitação. O Manual da

Qualidade, requisito referente ao tópico 4.2.2 da ISO 9001:2008, é o documento mais

importante e mais abrangente, pois descreve o escopo do sistema de gestão da qualidade e

suas possíveis exclusões, os procedimentos documentados estabelecidos para o SGQ e a

interação entre os processos do sistema de gestão da qualidade (CARPINETTI et al., 2009).

Yamanaka (2008) explica que abaixo do Manual da Qualidade estão os procedimentos da

qualidade, que descrevem as atividades de gestão da qualidade para as diferentes áreas e/ou

processos da organização. Estes procedimentos são complementados pelas instruções de

trabalho e documentos específicos, que detalham, sempre que necessário, os procedimentos

para a gestão da qualidade em atividades específicas.

O tópico 4.2.3 diz respeito ao controle de documentos, os quais devem ser controlados e

mantidos por meio de um procedimento documentado. O termo procedimento

documentado, de acordo com a ABNT NBR ISO 9001: 2008 significa que o procedimento é

estabelecido, documentado, implementado e mantido pela organização. Quando da

necessidade de registros, um tipo de documento especial que provê evidência de

conformidade com requisitos do SGQ, estes devem ser controlados por meio de um

procedimento documentado e serem legíveis, identificáveis e recuperáveis.

Manual da Qualidade

Procedimentos

Instruções de Trabalho

Formulários, Registros, Arquivos

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A seção 5 refere-se à Responsabilidade da Direção, bem como o comprometimento da mesma

com o desenvolvimento e com a implementação do SGQ, o estabelecimento da política da

qualidade que seja apropriada ao propósito da organização, entendida e comunicada a todos.

Também cabe a direção analisar criticamente o sistema de gestão da qualidade de modo a

assegurar sua melhoria contínua (ABNT NBR ISO 9001:2008).

A seção 6, Gestão de Recursos, prevê que a implementação do SGQ necessita de pessoas, as

quais devem ser competentes, com base em treinamentos, educação e experiência. O tópico

6.3 da norma referencia os recursos de infra-estrutura, em que a organização deve prover e

manter a infra-estrutura necessária para alcançar a conformidade com os requisitos do

produto. E o tópico 6.4, ambiente de trabalho, se refere as condições (ruído, temperatura,

umidade, iluminação, etc.) sob as quais o trabalho é executado (ABNT NBR ISO 9001:2008).

A seção 7 da norma ISO 9001:2008 diz respeito à realização do produto define requisitos para

o ciclo completo de realização do mesmo (planejamento, processos relacionados ao cliente,

projeto, desenvolvimento, aquisição, produção, medição, etc.), porém nem toda organização

realiza todas as atividades, logo o manual permite exclusões de alguns requisitos referentes a

este tópico (CARPINETTI et al., 2009).

E por fim, a seção 8, Medição, análise e melhoria, estabelece que a organização deve planejar

e implementar os processos necessário de monitoramento, medição, análise e melhoria a fim

de demonstrar e assegurar a conformidade aos requisitos do produto e do SGQ, melhorando

continuamente a eficácia do SGQ. O tópico 8.2.1 estabelece que a organização deve

monitorar a percepção do cliente por meio de pesquisas de satisfação do cliente, relatórios de

revendedores, reivindicações de garantia, etc. O tópico 8.3 refere-se ao controle de produto

não conforme, em que um procedimento documentado deve ser estabelecido definindo as

responsabilidades, autoridades e ações para eliminar os produtos não conforme ou autorizar o

seu uso. A organização também deve estabelecer um procedimento documentado relacionado

à ação corretiva (tópico 8.5.2) e à ação preventiva (tópico 8.5.3) que determine as não

conformidades e suas causas, a avaliação da necessidade de ações para prevenir a ocorrência

das não conformidades e os registros de resultados das ações executadas (ABNT NBR ISO

9001:2008).

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2.3.3 Processo de Implantação do SGQ

De acordo com Carpinetti et al. (2009), não existe uma única maneira de se implementar um

sistema de qualidade voltado para atender os requisitos da ISO 9001:2008. No entanto,

independentemente da maneira escolhida, o planejamento do processo de implementação é de

importância fundamental.

O Comitê Técnico TC 176 recomenda seis passos para uma implementação bem sucedida. A

fase de planejamento envolve dois passos: 1) Envolver a Alta Direção: definir os motivos que

levaram à decisão de implementação, definir a missão, visão, valores da organização e os

stakeholders (clientes, fornecedores, acionistas, colaboradores e sociedade), definir a política

da qualidade e alinhar os objetivos organizacionais de acordo com a qualidade dos produtos/

serviços; 2) Identificar o processo-chave e as interações necessárias para cumprir os objetivos

da qualidade.

A fase de implementação é composta por três passos: 3) Implementar e gerenciar o SGQ e

seus processos (usando técnicas de gestão de processos); 4) Construir o modelo ISO 9001

baseado no SGQ: Identificar os requisitos da ISO 9001, mapear os requisitos, identificar onde

os requisitos são cumpridos e onde não são e incluir no SGQ processos de atividades,

procedimentos e controles necessários; 5) Implementar o sistema: treinar os colaboradores da

organização e verificar a eficácia das operações. E, por fim, a fase de manutenção: 6)

Gerenciar o SGQ focando na satisfação do cliente, monitorando e avaliando o funcionamento

do SGQ, sempre na busca da melhoria contínua (ISO, 2011b).

Zacharias (2001) sugere alguns passos para se preparar uma empresa para a certificação, estes

passos são demonstrados na Figura 7.

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Figura 7 - Etapas para implementação de um SGQ. Fonte: Adaptado Zacharias (2001).

1. Comprometimento da Alta Direção: A direção deve estar consciente das dificuldades

de implantação e do investimento necessário (tempo das pessoas, treinamentos,

certificação, etc.).

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2. Seleção e designação formal de um coordenador: O coordenador deve ter facilidade de

comunicação, acessibilidade aos membros da organização e conhecimento da

instituição.

3. Treinamento: A implantação do SGQ requer mudanças, as quais são obtidas por meio

de um plano de treinamentos que envolva toda a empresa.

4. Elaboração e divulgação da política da qualidade: A política deve ser elaborada pela

direção com a participação de membros da qualidade.

5. Palestra sobre qualidade/ ISO 9000 para os funcionários: A informação e o

treinamento são necessários para a adesão de todos os funcionários e o

comprometimento destes.

6. Planejamento do SGQ: O planejamento se dá pelo mapeamento dos processos,

definição da necessidade de controles, validação, qualificação e recursos específicos

para a elaboração de documentos (manuais, procedimentos, instruções de trabalho).

7. Treinamento dos funcionários na documentação da qualidade: O treinamento é

necessário para que todas as operações sejam executadas da mesma maneira.

8. Formação dos auditores internos da qualidade ou escolha de auditores externos: É

necessário um plano de auditorias internas para a manutenção do sistema, e se for

necessário, buscar no mercado empresas especializadas em auditorias do SGQ.

9. Realização das auditorias internas: As auditorias servem como indicadores da situação

do sistema implantado e auxiliam na identificação de oportunidades de melhoria.

10. Implantação das ações corretivas para as não-conformidades: As ações corretivas

contribuem para as melhorias no sistema e consequentemente, melhoram os

indicadores.

11. Seleção da entidade certificadora: A identificação da expectativa do cliente, a

credibilidade e a experiência são fatores que auxiliam na escolha da entidade

certificadora.

12. Realização da pré-auditoria: É uma avaliação sem fim certificador, porém ela traz às

empresas uma maior confiança na auditoria inicial de certificação.

13. Realização da auditoria de certificação: Nesta etapa as práticas são comparadas com

os padrões estabelecidos na documentação.

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Carpinetti et al. (2009) divide o processo de implementação em cinco etapas, sendo elas:

avaliação de pré-implementação, levantamento de necessidades, projeto do sistema,

implementação e auditoria do sistema, as quais são detalhadas a seguir.

I. Avaliação Pré-implementação

Antes de iniciar a implementação de um sistema de gestão da qualidade aos moldes da ISO

9001:2008, Carpinetti et al. (2009) afirma que é interessante que a organização faça uma

avaliação pré-implementação para aferir o grau de adequação das práticas de gestão da

qualidade da organização em relação aos requisitos da ISO 9001:2008. O autor ainda cita um

modelo que pode ser usado para uma avaliação quantitativa do grau de adequação do sistema

da qualidade da organização.

II. Levantamento de Necessidades

Esta etapa, de acordo com Carpinetti et al. (2009), compreende as seguintes atividades:

A. Definição do coordenador da qualidade e do conselho da qualidade

Essa equipe deve ser formada pela direção da organização e pela pessoa designada como

representante da direção para assuntos da qualidade (requisito 5.5.2 da ISO 9001:2008), além,

é claro, de outras pessoas envolvidas que podem ser solicitadas pela direção da empresa para

contribuir com o projeto e implementação do sistema.

B. Identificação dos requisitos dos clientes

A partir dos produtos oferecidos e mercados atendidos, procura-se identificar quais são os

requisitos qualificadores (sem os quais a organização não atende minimamente os requisitos

dos clientes) e os requisitos ganhadores de pedidos (que são aqueles que fazem a diferença).

C. Identificação de atividades críticas para a garantia da qualidade.

Para a identificação dessas atividades, sugerem-se os seguintes passos:

1. Mapeamento dos processos primários e de suporte: o mapeamento dos

processos é um dos requisitos da ISO 9001:2008 e auxilia a identificar todas as

atividades da organização para a realização do produto, primárias e de suporte;

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2. Mapeamento da estrutura funcional: visa identificar as áreas funcionais

e as pessoas vinculadas a elas. Esse mapeamento corresponde ao organograma

da organização;

3. Identificação dos processos e atividades críticas para a garantia da

qualidade e responsabilidade funcional: processos e atividades críticas são

aqueles que mais afetam os requisitos dos clientes. Esse relacionamento é, na

maioria das vezes, bastante evidente. Pode-se também construir uma matriz de

relacionamento entre os requisitos dos clientes e os processos e atividades

realizados pela empresa.

Esta fase auxilia na definição da estrutura e procedimentos necessários para a elaboração do

SGQ.

III. Projeto do Sistema

Segundo Carpinetti et al. (2009), é nesta etapa que se inicia o projeto do sistema da qualidade

de fato, sendo que essa etapa de projeto subdivide-se em outras três, como segue:

A. Definição da Política e objetivos da qualidade

O projeto do sistema deve começar pela definição da política e dos objetivos da qualidade. A

divulgação da política da qualidade deve ser feita a partir desse momento com palestras e

comunicados de conscientização para os funcionários. É a divulgação da política da qualidade

que marca o início do projeto de implementação do sistema e, portanto, deve ser amplamente

divulgada.

B. Estruturação do sistema documental

Nesta etapa o objetivo é planejar a estrutura do sistema documental e, portanto, a primeira

tarefa consiste em definir qual será o padrão de documentação do sistema da qualidade, o

critério para codificação dos documentos e outros critério para elaboração, aprovação,

validação e distribuição dos documentos. Essa atividade culmina com a elaboração do

procedimento de controle de documentos e registros.

Uma vez definidos o formato e o procedimento de controle da documentação e de registros,

deve-se planejar o conteúdo do sistema da qualidade, ou seja, quais serão os procedimentos e

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instruções que deverão fazer parte do sistema da qualidade. É claro que nesta etapa ainda não

se tem total clareza sobre quais devem ser os procedimentos e instruções de trabalho que

devem fazer parte do sistema da qualidade. Mesmo assim é possível planejar uma boa parcela

das atividades do projeto do sistema de qualidade.

Ainda nesta etapa, convém elaborar uma primeira versão do manual da qualidade. A

antecipação da elaboração do manual da qualidade ajuda a planejar o sistema da qualidade,

seus procedimentos e instruções. No entanto, essa primeira versão deve ser oportunamente

atualizada ao longo do processo de implementação do sistema.

C. Procedimentos de gestão da qualidade

Esta é a etapa de maior duração, em que os procedimentos, instruções de trabalho e modelos

de registros são desenvolvidos. Ainda que não haja uma ordem mais adequada para o

desenvolvimento desses procedimentos, sugere-se a seguinte sequência:

Realização do produto;

Produto não conforme;

Gestão de recursos físicos;

Gestão de recursos humanos;

Procedimento de auditoria interna;

Análise crítica para a melhoria contínua do sistema;

Ação corretiva e ação preventiva.

IV. Implementação

A quarta etapa do processo, conforme explanado por Carpinetti et al. (2009), corresponde à

implementação do sistema, ou seja, a colocação dos procedimentos em prática. A

implementação deve ser feita à medida que os procedimentos vão sendo desenvolvidos, pois

isso possibilita a identificação de necessidades de ajustes nos procedimentos desenvolvidos.

Assim, nesta etapa de implementação, as seguintes atividades devem ser desenvolvidas:

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1. Treinamento nos procedimentos e instruções de trabalho;

2. Implementação dos procedimentos e instruções;

3. Revisão dos procedimentos, instruções e documentos;

4. Treinamento de auditores internos;

5. Auditoria interna;

6. Análise de auditorias e definição de planos de ações;

7. Acompanhamento de ações de melhoria (análise crítica).

V. Auditoria de certificação

A última etapa inclui o processo de implementação com a certificação do sistema da

qualidade. Para isso, as seguintes atividades devem ser realizadas de acordo com Carpinetti et

al. (2009):

1. Definição do organismo certificador;

2. Planejamento e realização das auditorias;

3. Análise de resultados e tomada de ações para a melhoria do sistema.

É recomendável a realização de pré-auditorias, que devem ser realizadas pelo organismo

certificador na fase final de implementação do sistema da qualidade. Dessa forma, tem-se a

oportunidade de identificar possíveis não conformidades, que podem ser corrigidas antes da

auditoria final de certificação.

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3. DESENVOLVIMENTO

3.1 Apresentação da Empresa

A ZM Bombas foi fundada em 1981 e esta sediada em Maringá, Paraná. A empresa atua no

setor metal mecânico, no segmento de bombas de deslocamento positivo. Iniciou suas

atividades com a produção de bombas acionadas por roda d´água, equipamento destinado ao

bombeamento de água em distâncias de até 12 km e em alturas de até 300 metros. A principal

vantagem dos produtos ZM Bombas, é que são projetados com o menor impacto ambiental.

Em 1995, a empresa deu início à exportação de seus produtos e em 2011 exporta para a

América do Sul, América Central, Austrália, Nova Caledônia, e para o continente Africano.

No Brasil, a ZM Bombas atende todas as regiões, oferecendo também peças de reposição de

toda a linha de produtos.

Seu principal objetivo é a satisfação plena de seus clientes e, tem como meta expandir seu

mercado por todos os continentes do mundo, e firmar a marca ZM Bombas como uma

empresa séria e que busca estar sempre junto com seus clientes, ajudando-os a encontrar

soluções para seus problemas de água. Foca na segurança de seus clientes por meio de

treinamentos e oferece assistência técnica altamente capacitada para toda a sua linha de

produtos.

3.1.1 Processo Produtivo

A Figura 8 representa o envio das matérias-primas para as suas respectivas atividades de

processamento. A área produtiva é composta pelos seguintes setores: Fundição, Serra,

Chaparia, Usinagem, Furação, Soldagem, Montagem, Pintura, Acabamento e Embalagem. As

principais matérias-primas são lingotes, tubos, barras, chapas e componentes de terceiros.

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Figura 8 – Processo Produtivo

O processo de Fundição consiste na fundição de lingotes de alumínio, para posterior

vazamento do metal líquido em moldes metálicos (coquilhas), a introdução do metal na

coquila é realizado pela força da gravidade. Após a peça ser removida da coquilha, ela é

cortada com o objetivo de remover o excesso de material, este é novamente fundido,

utilizando-se de 20 a 30% na nova mistura.

O setor de Serra realiza o corte de tubos e barras de aço, latão, alumínio e acetal. Há uma

serra de corte manual e outra de corte automático. A Chaparia envolve o corte, dobra e prensa

de chapas de aço. O setor de Solda une carrinhos, travas e alguns componentes.

O setor de Usinagem consiste na operação que conferirá às peças de ferro fundido e alumínio

uma forma, dimensão e acabamento, por meio da remoção de material sob a forma de

cavacos.

No setor de Pintura as peças de aço, alumínio e ferro fundido recebem tratamento prévio, são

lixadas para remover saliências e imperfeições, são limpas com o uso de tiner, desengraxante

ou decapante, e no caso de peças de alumínio, recebem um tratamento com primer -

corresponde à primeira demão de pintura. Após os processos descritos, as peças são fixadas

na esteiras e pintadas com o jato de tinta.

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O setor de Montagem engloba a junção de todas as partes do produto até a sua totalidade.

Neste setor também são realizados testes de ar e de pressão em todas as hidrolavadoras. O

teste de ar consiste em verificar a existência de vazamentos e o teste de pressão serve para

garantir que a pressão da hidrolavadora esteja de acordo com a especificada.

Como resultado da produção, tem-se as hidrolavadoras de alta pressão (Figura 9), as bombas

acionadas por roda d´água (Figura 10), e em menor escala, os cataventos (Figura 11) e os

maxicortes (Figura 12). As hidrolavadoras permitem até 12 horas de uso constante, podendo

ser empregadas na limpeza de telhados, aviários, escolas, lava-jatos, etc. As bombas

acionadas por roda d´água e os cataventos são opções de energia limpa, gratuita e renovável

para o bombeamento de água.

Figura 9 - Hidrolavadora

Figura 10 - Bomba acionada por roda d'água

Figura 11 - Catavento

Figura 12 - Maxicort

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3.2 Definição da Equipe da Qualidade

O início do trabalho deu-se com a escolha da equipe da qualidade, a qual envolve a definição

do Representante da Direção (RD), que tem a responsabilidade de coordenar o SGQ e relatar

o desempenho à alta direção. Além disso, assegurar a conscientização dos requisitos do

cliente em todos os níveis da organização. Na ZM Bombas, esta função é atribuída a

pesquisadora, que assumiu a responsabilidade de uma Coordenadora da Qualidade.

3.3 Avaliação de Pré-Implementação

Pessoas-chave na organização foram escolhidas para responder o questionário de avaliação da

pré-implementação com o objetivo de identificar a situação atual da empresa com relação ao

SGQ. O critério de escolha das pessoas foi a proximidade com as atividades que estão ligadas

diretamente ao produto, por isto o Gerente de Produção, inspetor de qualidade, encarregado

do recebimento de matéria-prima e um estagiário de engenharia de produção que estava em

contato direto com a produção foram selecionados.

A avaliação consistiu na aplicação do questionário contido no livro "Sistema Gestão da

Qualidade ISO 9001:2000 – Princípios e Requisitos de Gestão" dos autores Carpinetti, Miguel

e Gerolamo. O Quadro 4 apresenta as perguntas que compunham o questionário, para cada

pergunta havia três campos com opções para serem assinaladas com um “x” com relação ao

atendimento do requisito em questão, as opções eram as seguintes: não atende, parcialmente e

atende satisfatoriamente.

Sistema de Gestão da Qualidade

4.1 A empresa identifica e determina a sequência e interação dos processos necessários para o sistema de gestão da qualidade e sua aplicação por toda organização?

4.2 A documentação da organização inclui declarações da política da qualidade e dos objetivos da qualidade, documentos necessários para garantir a eficácia dos processos, manual da qualidade e registros e procedimentos documentados requeridos?

4.3 A empresa possui um manual da qualidade que descreve a interação entre os processos e o escopo do sistema de gestão da qualidade, bem como os procedimentos documentados estabelecidos ou referências a eles?

4.4 A empresa possui um procedimento documentado que define os controles necessários para os documentos e registros de modo a evitar o uso não intencional de documentos obsoletos? Os documentos de origem externa são identificados e sua distribuição é controlada?

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4.5 A empresa assegura que os registros (documentos) são mantidos legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis, de modo a prover evidências da conformidade com requisitos e da operação eficaz?

Responsabilidade da Direção 5.1 A Alta Direção designou um representante com responsabilidade e autoridade para assegurar a efetividade de um Sistema de Gestão da Qualidade, promover a conscientização sobre os requisitos do cliente e relatar à Alta Direção qualquer necessidade de melhoria?

5.2 A alta direção analisa criticamente o SGQ, incluindo política e objetivos, a intervalos planejados, para assegurar sua contínua pertinência, adequação e eficácia?

Gestão de Recursos 6.1 As competências necessárias para as pessoas que executam os trabalhos que afetam a qualidade do produto são determinadas pela organização? 6.2 A organização fornece treinamento ou realiza outras ações para satisfazer as necessidades de competência e avalia a eficácia das ações executadas?

Realização do Produto

7.1 A empresa determina e analisa criticamente os requisitos relacionados ao produto antes de assumir o compromisso de fornecimento com o cliente e assegura que esses requisitos estão definidos, que as divergências estão sanadas e que estes requisitos podem ser atendidos pela organização? 7.2 Nos estágios de projeto e desenvolvimento, a empresa realiza e mantém registros das análises críticas e verificações sistemáticas para avaliar a capacidade em atender os requisitos de projeto e desenvolvimento destas análises representantes? 7.3 A empresa estabelece critérios para seleção e avaliação de seus fornecedores com base na sua capacidade em fornecer produtos de acordo com os requisitos especificados pela organização?

7.4 A empresa estabelece e implementa inspeção ou outras atividades necessárias para assegurar que o produto adquirido atende aos requisitos especificados?

7.5 A empresa determina as medições e monitoramento a serem realizados, bem como os dispositivos de medição e monitoramento necessários para demonstrar a conformidade do produto? Os dispositivos de medição são mantidos em condições adequadas de uso?

Medição, Análise e Melhoria

8.1 A empresa possui um procedimento documentado que define os controles, as responsabilidades e autoridades para garantir que os produtos não conformes sejam identificados, controlados e, quando corrigidos, reverificados? Registros destes controles são mantidos?

8.2 A empresa avalia criticamente a satisfação dos seus clientes, o desempenho de seus produtos e processos?

8.3 A empresa possui um procedimento que define ações corretivas e preventivas para eliminar as causas de não conformidade, de forma a evitar sua repetição?

Quadro 4 - Questionário de Pré-implementação

A Figura 13 ilustra o resultado obtido com a aplicação do questionário. Nas questões

referentes ao Sistema de Gestão da Qualidade observa-se que apenas na pergunta 4.5 houve

consenso entre os entrevistados. Com relação à Responsabilidade da Direção a maioria dos

entrevistados reconhece a existência de pessoas responsáveis pela qualidade na empresa,

entretanto, todos os entrevistados concordam que a direção não analisa criticamente o SGQ.

Nas questões sobre Gestão de Recursos todos os entrevistados assinalaram a opção “não

atende” para o questionamento sobre treinamentos fornecidos pela organização. No quesito

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Realização do Produto os entrevistados responderam atender parcialmente as questões sobre

análise e verificação do projeto e desenvolvimento do produto e sobre o estabelecimento de

critérios de seleção de fornecedores. Nas demais questões deste assunto, as opiniões

dividiram-se entre atender parcialmente e satisfatoriamente o questionamento sobre realização

de inspeções e a disponibilidade de dispositivos para monitoramento e medição que

demonstrem a conformidade do produto.

E por fim, nas questões sobre Medição, Análise e Melhoria, as opiniões divergiram-se,

entretanto a opção “não atende” prevaleceu em todas as questões.

0

1

2

3

4

4.1 4.2 4.3 4.4 4.5

Sistema de Gestão da Qualidade

0

1

2

3

4

5.1 5.2

Responsabilidade da Direção

0

1

2

3

4

6.1 6.2

Gestão de Recursos

0

1

2

3

4

7.1 7.2 7.3 7.4 7.5

Realização do Produto

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Figura 13 - Painel do Diagnóstico de pré-implementação

3.4 Elaboração e Validação da Política da Qualidade

O Quadro 5 representa os três modelos de Política da Qualidade que foram elaborados pelo

responsável pela qualidade para posterior aprovação da direção da empresa. A política da

qualidade é a força motriz do SGQ e faz com que a organização esteja comprometida em

atender tanto aos requisitos quanto às melhorias a partir do momento que é desdobrada em

objetivos da qualidade.

Os modelos foram elaborados para demonstrar as intenções e as diretrizes globais da

organização relativas à qualidade para atender os requisitos de seus clientes. A Política da

Qualidade não pode ser somente uma carta de intenções, mas sim algo que estabeleça critérios

tangíveis para medir a efetividade da qualidade na empresa, ou seja, deve prover uma

orientação para os Objetivos da Qualidade. Ambos determinam os resultados desejados e

auxiliam a organização na aplicação de seus recursos para alcançar esses resultados. Também

é importante que se adéqüe à realidade da organização, portanto deve ser personalizada e

evidenciar o compromisso com a melhoria contínua do SGQ.

Modelo 1 ( ) Proprietário ( ) Gerente

A ZM Bombas está comprometida em desenvolver seus produtos e processos visando à satisfação de seus clientes. Buscamos nos manter atualizados, por meio de inovações e pesquisas, com o objetivo de melhorar continuamente os processos, produtos e serviços mediante o Sistema de Gestão da Qualidade. Estamos engajados em desenvolver produtos que operem em harmonia com o meio ambiente. Buscamos capacitar e sensibilizar nossos colaboradores para que compreendam a importância de suas atividades, e desta forma obtenhamos qualidade e competitividade em preço e prazo de entrega. Propiciamos um ambiente de trabalho que promova a satisfação e a realização de todos os colaboradores. Monitoramos nossos fornecedores visando à melhoria contínua dos produtos fornecidos e consequentemente dos produtos fabricados. Atendemos prontamente os nossos clientes, respeitando sua

0

1

2

3

4

8.1 8.2 8.3

Medição, Análise e Melhoria

Não atende

Parcialmente

Atende Satisfatoriamente

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individualidade e buscando estreitar o relacionamento empresa-cliente.

Modelo 2 ( ) Proprietário ( ) Gerente

A ZM Bombas busca: Desenvolver produtos e processos visando à satisfação de seus clientes; Manter-se atualizada de forma a melhorar continuamente seus processos e produtos; Desenvolver produtos que operem em harmonia com o meio ambiente; Capacitar e desenvolver seus colaboradores para que compreendam sua importância na

organização; Propiciar um ambiente de trabalho que promova a satisfação e a realização de seus colaboradores; Monitorar seus fornecedores de forma a melhorar a qualidade dos produtos fornecidos e que

atendam as especificações; Atender prontamente seus clientes, identificando suas principais necessidades; Melhorar continuamente o Sistema de Gestão da Qualidade.

Modelo 3 ( ) Proprietário ( ) Gerente

A ZM Bombas está comprometida em: Satisfazer seus clientes; Desenvolver e capacitar seus colaboradores; Aplicar novas tecnologias no desenvolvimento de seus produtos; Melhorar seus processos, produtos e serviços; Manter um ambiente de trabalho que propicie bem estar aos seus ocupantes; Respeitar os compromissos assumidos, visando sempre à satisfação de nossos clientes; Atender os requisitos do Sistema de Gestão da Qualidade implantado.

Quadro 5 - Propostas para a Política da Qualidade

O gerente industrial optou pelo modelo de número 1 de Política da Qualidade, enquanto o

proprietário optou pelo modelo de número 2. Logo, a Política da Qualidade apresentada no

modelo 2 passará a prevalecer na organização no momento da implantação do SGQ.

3.5 Organograma Funcional

Dando seqüência ao trabalho, o próximo passo foi definir a estrutura organizacional da

empresa, o departamento de Recursos Humanos auxiliou neste processo fornecendo um

organograma antigo da empresa.

A Figura 14 representa o organograma desenvolvido em reuniões com o Gerente Industrial a

partir do organograma existente. No topo do organograma está a Direção, que no caso da ZM

é o proprietário, abaixo da Direção estão três grandes áreas, Industrial, Administrativo e

Comercial.

As demais áreas foram alocadas de acordo com o relacionamento existente entre elas, ou seja,

atividades ligadas à realização do produto (Produção, Engenharia, PCP, Qualidade,

Almoxarifado, Ferramentaria e Compras) foram alocadas na área Industrial, e são de

responsabilidade do Gerente Industrial, setores ligados ao funcionamento da organização

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foram agrupados na área denominada Administrativo, e setores que tratam do relacionamento

com o cliente foram colocados na área denominada Comercial.

Figura 14 - Organograma ZM Bombas

3.6 Macroprocesso de Negócio

A primeira etapa para o desenvolvimento do SGQ foi a identificação da sequência e interação

entre os processos administrativos e produtivos da empresa, classificando-os em processos

primários e de apoio.

A Figura 15 ilustra o resultado da identificação dos processos da organização. Os processos

primários são os processos ligados diretamente à realização do produto, sendo estes a

comercialização, aquisição, engenharia, produção, expedição e planejamento e controle da

produção. Já os processos de apoio são aqueles que oferecem suporte aos processos de

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realização do produto e objetivam adicionar valor ao resultado final (produtos e serviços

oferecidos), garantindo, assim, maior eficiência e eficácia das operações.

Também foram identificados alguns processos terceirizados, os quais não deixam de ser

processos de apoio. É o caso das atividades realizadas pelo despachante durante o processo de

importação e o serviço prestado pela empresa responsável pelo suporte e manutenção da

tecnologia da informação.

Figura 15 - Macroprocesso de negócio

Para a realização desta etapa foi necessária a participação do gerente industrial, o qual

auxiliou na distinção dos processos que estão diretamente ligados à realização dos produtos

em relação aqueles processos que dão suporte para a realização dos mesmos. Abaixo, os

processos primários são detalhados.

Comercialização: responsável pela venda, identificação das necessidades dos

clientes, relacionamento com o cliente, recebimento de pedidos dos representantes,

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42

atualização de cadastro de clientes, verificação da situação do cliente no Serasa e

Sintegra, elaboração de propostas comerciais e efetivação de pedidos.

Aquisição: coordena as atividades de compra de matéria-prima, pesquisa de novos

fornecedores, análise de cotações fornecidas por fornecedores e analisa as avaliações

técnicas de qualidade realizadas durante o recebimento. A aprovação de fornecedores

é baseada na análise dos aspectos de qualidade, técnica e econômica.

Engenharia: realiza estudos de viabilidade das atividades de desenvolvimento de

produtos, processos e industrialização, sendo orientado principalmente para garantir o

desenvolvimento técnico dos produtos de acordo com as exigências dos clientes,

mantendo sempre atualizado os processos produtivos em relação às exigências

comerciais e as normas vigentes. Suas atividades compreendem a realização do

Projeto Conceitual, Preliminar e Detalhado, bem como acompanhamento da

fabricação de protótipos e elaboração de desenhos técnicos e manuais de usuários.

Produção: atividades de execução do produto conforme os desenhos técnicos

disponíveis, verificação do produto produzido por meio do uso de instrumentos de

medição e responsável por informar a qualidade em caso de não conformidade.

Planejamento e Controle da Produção: relaciona o planejamento da produção

elaborado pela gerência com a carga máquina disponível e com a carteira de pedidos

do mês em questão e coordena a produção.

Expedição: atividades de planejamento, gerenciamento de transportadoras e emissão

do produto ao cliente conforme o descrito na Nota Fiscal, preservando as

características do mesmo.

A seguir são descritos os processos de apoio da organização.

Gerenciamento da Qualidade: Responsável pelo controle de documentos e registros

do SGQ, controle de produtos não conformes, acompanhamento de ações corretivas e

preventivas e execução de auditorias internas.

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Gerenciamento dos Recursos Humanos: Realiza o recrutamento e seleção de

pessoal, bem como a contratação e demissão. Responsável por fornecer treinamentos e

identificar competências e habilidades necessárias para cada função por meio da

descrição de cargos e funções.

Gerenciamento dos Recursos Financeiros: Responsável por captar e prover recursos

financeiros, de modo a tornar viável a operacionalização de todos os processos

primários da empresa.

3.7 Projeto do Sistema de Gestão da Qualidade

As organizações, na sua grande maioria, possuem uma série de processos/ atividades não

formalizadas e de desenvolvimento quase automático dentro de sua cultura. Entretanto, isto

não garante sua continuidade, pois, embora pareça o contrário, toda atividade não formalizada

está sujeita a pequenas alterações que a modificam significativamente com o passar do tempo.

Por isso, é importante identificar tais atividades rotineiras não formalizadas e documentá-las

por escrito.

Na elaboração da estrutura documental foram identificados os tipos de documentos

necessários para a organização, um modelo padrão para cada tipo de documento, incluindo a

estrutura, os cabeçalhos (Figura 16) e os rodapés (Figura 17), foram pré-definidos, também

foi estabelecida a codificação do sistema e o meio para o controle da documentação.

A estrutura do cabeçalho permite a fácil identificação do tipo de documento por meio do título

geral (Instrução de Trabalho, Manual da Qualidade, Procedimento Operacional, etc), título do

documento, sua codificação no sistema de gestão da qualidade, número de revisões e período

de abrangência. Enquanto o rodapé possibilita a identificação das pessoas responsáveis por

elaborar e aprovador o documento, bem como as respectivas datas.

TIPO DO DOCUMENTO Documento: XX_YY_000

Título: Emissão: 00/00/00

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 00/00

Figura 16 - Modelo Cabeçalho

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Elaborado por: ____/____/______

Aprovado por: ____/____/______

Figura 17 - Modelo Rodapé

Estes documentos seguem uma hierarquia de quatro níveis. No primeiro nível, estratégico,

está o Manual da Qualidade (MQ), as políticas e objetivos da qualidade. No segundo nível,

tático, estão os Procedimentos Operacionais (PO´s), que padronizam os processos gerenciais.

No terceiro e quarto nível estão os documentos de nível operacional. As Instruções de

Trabalho, voltadas para a produção, compreendem os documentos de detalhamento das

atividades rotineiras, logo, terceiro nível, já os Registros (RG´s) caracterizam os documentos

que apresentam resultados obtidos ou evidências de atividades realizadas pela organização,

consequentemente, documentos do quarto nível.

A codificação adotada para a identificação e controle de documentos segue um padrão,

composto pelo tipo de documento, o processo ou área funcional a que o documento pertence e

um número seqüencial, estabelecidos da seguinte forma:

XX_YYY_000

XX - Identifica o tipo de documento, possui as seguintes siglas:

o MQ - Manual da Qualidade

o PO - Procedimento Operacional

o IT - Instrução de Trabalho

o RG - Registros

YYY - Identifica a área funcional ou processo ao qual o documento se refere:

o PR - Produção

o ENG - Engenharia

o QUA - Qualidade

o COM - Compras

o ALM - Almoxarifado

o PCP - Planejamento e Controle da Produção

o FIN - Financeiro

o CON - Contabilidade

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o RH - Recursos Humanos

o VEN - Vendas

o EXP - Expedição

o PVD - Pós Vendas

000 - Numeração sequencial dos documentos.

Como a empresa ainda não possui um software para gerenciar os arquivos elaborados, uma

pasta denominada Sistema de Gestão da Qualidade foi criada no computador da empresa, e

esta pasta foi dividida em outras pastas, conforme a Figura 18, para auxiliar na organização

dos documentos.

Figura 18 - Pastas com a documentação

Além das pastas citadas anteriormente, também foi utilizada uma planilha eletrônica para

controlar a criação dos documentos. A Figura 19 demonstra o acesso aos documentos por

meio da planilha eletrônica, em que basta clicar no tipo de documento que se deseja ter acesso

e o usuário é direcionado para o mesmo.

Figura 19 - Interface de acesso aos documentos

E a Figura 20 mostra a planilha eletrônica com a documentação, que neste caso, selecionou-se

na planilha anterior a opção denominada “Registros”, logo os registros são exibidos. Nesta

planilha é possível utilizar filtros para procurar por área que o documento pertence, por nome

do documento, por código, e ainda exibe a data da última revisão, o nome do revisor, número

de cópias distribuídas e o tipo de armazenamento.

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Figura 20 - Lista Mestra para controle de documentos e registros

Ainda no planejamento da estrutura documental, iniciou-se o desenvolvimento do corpo dos

documentos que fazem parte do SGQ nos moldes da ISO 9001.

3.7.1 Procedimentos

A norma ISO 9001:2008 requer seis Procedimentos Documentados obrigatórios, são eles:

Controle de Documentos (seção nº 4.2.3), Controle de Registros (seção nº 4.2.4), Auditoria

Interna (seção nº 8.2.2), Controle de Produto não conforme (seção nº 8.3), Ação Corretiva

(seção nº 8.5.2) e Ação Preventiva (seção nº 8.5.3). Entretanto, a organização pode optar por

elaborar procedimentos relacionados às suas áreas funcionais ou outras atividades que lhe

convir com o objetivo de implementar um sistema de gestão da qualidade eficaz.

De acordo com a ABNT ISO/TR 10013 - Diretrizes para a documentação de sistema de

gestão da qualidade - os procedimentos operacionais foram desenvolvidos.

Independentemente do nível de detalhamento da organização, convém que os seguintes

aspectos sejam considerados como aplicáveis na redação dos procedimentos, contudo, a

organização pode decidir que alguma das informações citadas é mais apropriada em uma

instrução de trabalho:

Definição das áreas funcionais que se relacionam diretamente ao procedimento

descrito;

Descrição dos processos por meio de textos e/ou fluxogramas;

Estabelecimento do que precisa ser feito, por quem (função/ departamento), quando,

onde e como;

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Definição da documentação relacionada à atividade documentada;

Definição das ações a serem tomadas;

Descrição dos recursos necessários para a realização das atividades;

Definição da entrada e da saída do processo.

O Quadro 6 refere-se à estrutura dos Procedimentos Operacionais. A norma não estabelece

um modelo padrão e apenas sugere as informações que podem ser descritas no documento,

então um modelo foi elaborado para ser aplicado na organização.

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS ESTRUTURA DESCRIÇÃO

Identificação A identificação do documento é composta por nome do tipo de documento, título, código, data de emissão, data do início da validade e número de páginas.

Departamento responsável Informa a área que o documento se refere.

Departamentos relacionados Apresenta as áreas de apoio e que fornecem informações ao departamento responsável.

Objetivo Descreve de forma objetiva a finalidade do documento e à qual tópico da norma NBR ISO 9001:2008 o documento faz referência.

Definições Descreve o que fazer, como fazer e quando fazer.

Documentos relacionados Informa quais os documentos necessários para a execução, controle e validação do procedimento.

Controle de alterações Informa as alterações/ revisões realizadas no documento.

Quadro 6 - Estrutura dos Procedimentos Operacionais

3.7.2 Instruções de Trabalho

A documentação escrita é uma preciosa ferramenta de apoio, que auxilia na garantia do

desenvolvimento efetivo dos processos e do não esquecimento de qualquer item. Do mesmo

modo que os Procedimentos, as Instruções de trabalho não possuem um modelo definido.

Convém que as instruções de trabalho sejam desenvolvidas e mantidas para descrever o

desempenho de todo trabalho que poderá ser afetado pela falta de tais instruções e que nela

inclua o propósito, o escopo e objetivos do trabalho.

É importante que as instruções de trabalho, assim como qualquer documentação do sistema,

contenham um título e uma identificação única. A linguagem e o nível de detalhamento

utilizado nas instruções devem ser adaptados às necessidades do pessoal da organização e

dependem da complexidade do trabalho, dos métodos utilizados, do treinamento realizado e

das habilidades e qualificações da pessoa ou grupo de pessoa a que o documento se destina.

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O Quadro 7 apresenta a estrutura das Instruções de Trabalho. Qualquer que seja o formato é

conveniente que as instruções de trabalho estejam em ordem ou em seqüência das operações,

refletindo os requisitos e as atividades relevantes.

INSTRUÇÕES DE TRABALHO

ESTRUTURA DESCRIÇÃO

Identificação A identificação do documento é composta por nome do tipo de documento, título, código, data de emissão, data do início da validade e número de páginas.

Departamento responsável Informa a área que o documento se refere. Objetivo Descreve de forma objetiva a finalidade do documento.

EPI Especifica os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários para o profissional executar sua função.

Instrução Descreve o que fazer, como fazer e quando fazer. Pode conter fotos para facilitar a explicação.

Controle de alterações Informa as alterações/ revisões realizadas no documento.

Quadro 7 - Estrutura das Instruções de Trabalho

3.7.3 Registros

Os Registros são documentos que apresentam os resultados obtidos ou fornecem evidências

de atividades realizadas. Estes devem permanecer legíveis, prontamente identificáveis e

recuperáveis.

As organizações estão livres para desenvolver outros registros da qualidade, além dos listados

no Quadro 8, que podem ser necessários para demonstrar conformidade dos seus processos,

produtos e do seu sistema de gestão da qualidade. Os requisitos para controle dos registros da

qualidade são diferentes dos requisitos para controle dos outros documentos e todos os

registros da qualidade devem ser controlados de acordo com a seção 4.2.4 da ISO 9001:2008.

Registros requeridos Requisito da Norma

Análise crítica pela direção 5.6 Competência, treinamento e conscientização 6.2.2 Registros necessários para fornecer evidência de que os processos de realização e o produto resultante atendem aos requisitos 7.1 (d) Análise crítica dos requisitos relacionados ao produto 7.2.2 Entradas de projeto e desenvolvimento 7.3.2 Análise crítica de projeto e desenvolvimento 7.3.4 Verificação de projeto e desenvolvimento 7.3.5 Validação de projeto e desenvolvimento 7.3.6 Controle de alterações de projeto e desenvolvimento 7.3.7 Processo de aquisição 7.4.1 Validação dos processos de produção e prestação de serviço 7.5.2 (d)

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Identificação e rastreabilidade 7.5.3 Propriedade do cliente 7.5.4 Controle de equipamento de monitoramento e medição 7.6 Registro da verificação do equipamento de medição 7.6 (a) Auditoria interna 8.2.2 Monitoramento e medição de produto 8.2.4 Controle de produto não conforme 8.3 Ação corretiva 8.5.2 Ação preventiva 8.5.3

Quadro 8 - Registros requeridos

3.7.4 Manual da Qualidade

A seção 4.2.2 especifica o conteúdo mínimo do Manual da Qualidade, este, por sua vez,

referencia os documentos da organização, é por meio dele que a organização representa o

quanto a direção está comprometida em alcançar os objetivos da qualidade .

O formato e a estrutura do Manual da Qualidade são de decisão de cada organização e

dependem do tamanho, da cultura e da complexidade da mesma. Tal documento foi elaborado

em paralelo à elaboração das Instruções de Trabalho e Procedimentos Operacionais.

Para cada seção da norma (4, 5, 6, 7 e 8) foram estabelecidos documentos que asseguram o

planejamento, a operação e o controle dos processos da organização. A abrangência da

documentação é relacionada ao porte da organização, à complexidade dos processos e suas

interações, também é importante ressaltar que a documentação pode estar em qualquer tipo de

meio de comunicação.

O Quadro 9 relaciona os documentos criados para dar suporte à seção 4. A seção 4, Sistema

de Gestão da Qualidade, diz respeito à documentação que o sistema de gestão de qualidade

deve incluir, entre eles estão: declarações documentadas da política e objetivos da qualidade,

o próprio Manual da Qualidade, o controle de documentos e de registros.

Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

PO QUA Procedimentos de Controle de Documentos e Registros (Apêndice B) PO_QUA_001 4

RG QUA Tabela de Controle e Registros RG_QUA_001 4 RG QUA Lista Mestra de Controle de Documentos RG_QUA_002 4 MQ QUA Manual da Qualidade (Apêndice A) MQ_QUA_001 4

Quadro 9 - Documentos da seção 4

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No Quadro 10, os documentos criados para atender a seção 5 podem ser visualizados. Esta

seção, Responsabilidade da Direção, evidencia como a Alta Direção demonstra o seu

comprometimento para atender os requisitos dos clientes, os meios de comunicação utilizados

para difundir as informações, quem é designado para ser o representante da direção e quais

são as entradas e saídas para as análises críticas pela direção, a fim de assegurar a eficácia e a

melhoria contínua do sistema de gestão da qualidade.

Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

RG VEN Questionário de Satisfação do Cliente (Apêndice K) RG_VEN_001 5.2

RG QUA Política da Qualidade RG_QUA_003 5.3 RG QUA Objetivos da Qualidade RG_QUA_004 5.4

PO QUA Procedimento de Análise Crítica pela Direção PO_QUA_002 5.6

Quadro 10 - Documentos da seção 5

O Quadro 11 relaciona os principais documentos relacionados à seção 6. Tal seção, Gestão de

Recursos, ressalta a competência das pessoas que afetam a conformidade com os requisitos do

produto e quais ações são tomadas para atingir esta competência, além de estabelecer e prover

os recursos necessários para alcançar a conformidade com estes requisitos.

Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

RG RH Avaliação de Treinamento RG_RH_001 6.2 RG RH Lista de Presença no treinamento RG_RH_002 6.2 RG PR Controle e histórico de manutenção RG_PR_002 6.3 PO RH Recursos Humanos PO_RH_001 6

Quadro 11 - Documentos da seção 6

O Quadro 12 se refere à documentação para atender aos requisitos de realização do produto.

A seção 7, Realização do Produto, envolve o planejamento realizado pela organização para a

realização do produto, os processos relacionados a clientes (as atividades de pós-entrega, por

exemplo), as fases do projeto e desenvolvimento de produto, o processo de aquisição de

produtos bem como a verificação do mesmo e a seleção dos fornecedores, o controle de

produção (por meio da disponibilidade de instruções de trabalho) e o controle de equipamento

de monitoramento e medição.

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Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

RG ENG Ficha de Teste dos Produtos (Apêndice J) RG_ENG_001 7.1 PO PVD Procedimento de Pós Venda PO_PVD_001 7.2 RG PVD Laudo para Assistência Técnica (Apêndice L) RG_PVD_003 7.2

PO ENG Procedimento para Desenvolvimento de Produto PO_ENG_001 7.3

PO COM Procedimento de Aquisição PO_COM_001 7.4 PO REC Inspeção da matéria-prima (Apêndice F) PO_REC_002 7.4

PO COM Procedimento para Avaliação de Fornecedores PO_COM_002 7.4

IT PR Instrução de Serra IT_PR_001 7.5 IT PR Instrução de Fundição IT_PR_002 7.5 IT PR Instrução de Usinagem IT_PR_003 7.5 IT PR Instruções de Furação IT_PR_004 7.5 IT PR Instrução de Soldagem IT_PR_005 7.5 IT PR Instrução de Pintura IT_PR_007 7.5 IT PR Instruções de Chaparia IT_PR_008 7.5

PO QUA Procedimento de retirada e devolução de instrumentos de medição PO_QUA_009 7.6

PO QUA Manutenção e calibração dos instrumentos de medição PO_QUA_011 7.6

Quadro 12 - Documentos da seção 7

E por fim, o Quadro 13 ilustra os documentos que evidenciam seção 8, Medição, Análise e

Melhoria. Esta seção engloba o monitoramento e medição da satisfação do cliente, a

elaboração de um programa de realização de auditorias internas, o monitoramento e medição

de processos e produtos, o controle de produto não conforme e a melhoria contínua do sistema

de gestão da qualidade.

Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

RG VEN Questionário de Satisfação do Cliente (Apêndice K) RG_VEN_001 8.2

PO QUA Auditoria Interna PO_QUA_003 8.2 RG QUA Relatório de Auditoria interna RG_QUA_007

RG QUA Relatório de Não Conformidade e Solicitação de Ação Corretiva Preventiva RG_QUA_006 8.2

PO QUA Procedimento para Medição - Indicadores de Desempenho RG_QUA_004 8.2

PO QUA Inspeção no Produto durante o Processo PO_QUA_010 8.3 PO QUA Controle de Produto Não Conforme PO_QUA_005 8.3 RG PR Controle de histórico da manutenção RG_PR_002 8.5

PO QUA Procedimento de Ação Corretiva e Ação Preventiva PO_QUA_007 8.5

Quadro 13 - Documentos da seção 8

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3.8 Elaboração dos Documentos

Para a elaboração dos Procedimentos Operacionais (PO) e por se tratar de um documento de

nível gerencial, a abordagem diferenciava da elaboração das Instruções de Trabalhos. Era

solicitado para cada responsável por sua área que redigisse um documento contendo todas as

informações a respeito da sua rotina de trabalho, explicando exatamente como se realiza a

atividade, quais os documentos ou relatórios envolvidos, quais os departamentos que tem

relacionamento direto com o departamento em questão e demais informações que possam ser

relevantes.

De posse deste documento, cabia à Qualidade a redação do mesmo no padrão pré-

estabelecido. Durante este processo cada parte do procedimento era atentamente lida e

observações eram realizadas pela Qualidade, em seguida o PO era enviado ao mesmo

responsável que redigiu o documento inicial, para que este complementasse com as

informações necessárias ao entendimento do leitor, após isto, o documento retornava à

Qualidade. Novamente o documento era avaliado, sendo enviado para o responsável, o qual

aprovava o documento.

A descrição detalhada de cada atividade realizada por um departamento possibilitou desenhar/

representar as sequências dos processos - mapeamento dos processos - de forma a facilitar o

entendimento, a comunicação e visualizar como a informação flui pela organização, além de

permitir aos colaboradores compreenderem a visão global da organização e qual a sua

colaboração na organização.

O processo de elaboração consistia no envio e recebimento do PO, tanto pela qualidade

quanto pelo responsável da área em questão, quantas vezes se fizesse necessário. O objetivo

disto é a elaboração clara e concisa deste documento para facilitar o entendimento por

qualquer pessoa que venha a interessar o documento.

O Quadro 14 relaciona os procedimentos documentados tidos como obrigatórios pela norma,

estes foram desenvolvidos com base em pesquisas e coleta de informações em sites de

empresas de consultoria, culminando no modelo que melhor se enquadrava para a realidade

da empresa. Estes procedimentos podem ser visualizados no apêndice deste trabalho

conforme citado no quadro abaixo.

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Tipo de Documento

Área/ Processo que pertence Documento Código Requisito

da Norma

PO QUA Controle de Documentos e Registros (Apêndice B) PO_QUA_001 4.2.3 e 4.2.4

PO QUA Auditoria Interna (Apêndice C) PO_QUA_003 8.2.2

PO QUA Controle de Produto não conforme (Apêndice D) PO_QUA_005 8.3

PO QUA Ação Corretiva e Ação Preventiva (Apêndice E) PO_QUA_007 8.5.2 e 8.5.3

Quadro 14 - Procedimentos documentados obrigatórios

A elaboração das Instruções de Trabalho, documento de nível operacional, consistiu em uma

observação prévia das operações realizadas no setor de produção, seguida de entrevista

informal com os operadores, na qual se questionava a respeito da execução do trabalho do

operador, como ele realiza a atividade, em qual máquina é realizado o trabalho, quais as

condições necessárias para uma boa execução e demais questionamentos conforme a

necessidade ou dúvida.

Anotações eram realizadas e após o período de observação e entrevista, o operador era

avisado que seria feito o registro da operação por meio de fotografias, comunicando-o que as

fotos focariam apenas a execução da atividade e ele não seria fotografado.

A Figura 21 ilustra os documentos criados para o setor produtivo e o fluxo dos materiais na

produção. Estes documentos foram elaborados com base nas informações e no registro de

imagens, foram redigidos de acordo com a estrutura pré-estabelecida. Cada passo a passo da

operação é escrito em um tópico, seguido de uma imagem, quando necessário, a fim de

facilitar a compreensão do leitor.

Para relacionar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) obrigatórios em cada setor

produtivo, utilizou-se o "Laudo de Insalubridade e Periculosidade", documento elaborado

pelo SESI (Saúde e Segurança no Trabalho para a Indústria) exclusivamente para a empresa

em questão. Tal documento fica sob a posse do departamento de Recursos Humanos e atende

às exigências da Lei nº 6.514 de 22/12/1977, às Normas Regulamentadoras aprovadas pela

Portaria nº 3.214 de 8 de junho de 1978, especificamente, às NR 15 e NR 16 e de acordo com

a Portaria nº 3.311 de 29/11/1989.

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Figura 21 - Mapeamento da Produção

Com relação aos registros, na ZM Bombas estes documentos retratam a evidência de uma

atividade, ação ou prática qualquer contendo informações úteis para análise de uma

determinada realidade. São apresentados sob forma física ou em meios eletrônicos conforme

as necessidades operacionais, no caso dos registros eletrônicos sua proteção fica assegurada

por meio da realização de backup e controle de antivírus, conforme Instrução de Trabalho

para Backup e Antivírus.

Compreendem os registros, normas, tabelas, relatórios, atas e formulários necessários para o

bom funcionamento das atividades e processos da organização. Por exemplo, o Relatório de

Inspeção de recebimento de matéria-prima – RG_QUA_001 (Apêndice G) foi elaborado para

atestar a aceitação dos produtos no setor de Recebimento, tanto pelo responsável deste setor

quanto pelo responsável da Qualidade, enquanto a Ficha de Testes dos Produtos –

RG_ENG_001 (Apêndice J) foi elaborada para comprovar os testes realizados durante a fase

de desenvolvimento do produto, bem como os resultados obtidos nos mesmos. O registro

denominado Laudo para Assistência Técnica – RG_PVD_003 (Apêndice L) serve para

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evidenciar as ações tomadas com relação aos produtos no momento em que os clientes entram

em contato com a empresa e solicitam assistência técnica.

3.9 Verificação, Aprovação e Revisão dos documentos

Ao término dos procedimentos e instruções de trabalho, os documentos e dados que dizem

respeito ao Sistema de Gestão da Qualidade são analisados criticamente tanto pela Gerência

quanto pelo Representante da Direção antes de sua emissão. Cabe também ao RD revisar toda

a documentação escrita com atenção e descrever como as atividades devem ser realizadas no

sistema da qualidade. A aprovação do documento exige muita cautela para que, por exemplo,

não deixe de incluir providências a serem tomadas, nem inclua exigências que não possam ser

executadas. A evidência da aprovação do documento é a assinatura do Representante da

Direção nos rodapés do documento no campo "Aprovado por".

A Figura 22 representa o Controle de Alterações dos documentos, sempre que houver revisão

no documento o "Controle de Alterações" é preenchido e o Representante da Direção assina

novamente o campo "Aprovado por" do documento alterado.

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão inicial __/__/____ __/__/____ __/__/____

Figura 22 - Controle de alteração dos documentos

3.10 Medição, Análise e Melhoria

Indicadores de desempenho foram definidos para auxiliar a medição dos processos

organizacionais e possibilitar o acompanhamento do desempenho da empresa, por meio das

metas e de acordo com os períodos pré-estabelecidos.

No Quadro 15 estão representados os indicadores de desempenho para os processos, pessoas,

clientes e resultados financeiros. Uma planilha eletrônica, denominada Indicadores de

Desempenho, foi elaborada para auxiliar os usuários, basta inserir os dados coletados e os

gráficos são gerados automaticamente, permitindo uma análise visual por parte dos

envolvidos.

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Sistema de Medição de Desempenho

Descrição do Indicador Sigla Objetivo Unidade Fórmula Área Relacionada Frequência da

Medição Responsável pela coleta Meta

Processos

Índice de Não Qualidade INQ Quantificar as peças

refugadas % Total Peças Perdidas/ Total Peças Produzidas Produção Semanalmente - -

Índice de Qualidade IQ

Quantificar a produção de peças

conformes % Total de peças conformes/ Total de

Peças Produzidas Produção Semanalmente - -

Atraso na entrega AE

Medir a pontualidade no cumprimento de prazos acordados.

Dias Somatória de dias em atraso PCP

Produção Expedição

Semanalmente - -

Pessoas Absenteísmo dos

funcionários AF Medir a assiduidade dos funcionários % Horas de atestados+ horas faltas/ hora

homem disponível no mês Recursos Humanos Mensalmente - -

Turnover de funcionários TF Medir a rotatividade

de funcionários. % [(Admissões + Desligamentos)/2]/ Nº funcionários início mês Recursos Humanos Mensalmente - -

Clientes Satisfação do

cliente SC Medir a satisfação do cliente. - Nota na escala de 1 a 5 Vendas Após a venda - -

Crescimento da carteira de

clientes CC Medir o crescimento

da clientela. % Número de novos clientes/ Número total de clientes Vendas Mensalmente - -

Índice de Assistência

Técnica AT Medir o nível de

assistência técnica % Solicitações de Assistência/ Número de produtos vendidos Pós Vendas Mensalmente - -

Resultados Financeiros

Margem Lucro ML Obter a margem de lucro % Lucro/ Vendas Financeiro Mensalmente - -

Taxa de Investimento TI Obter a taxa de

investimento % Total dos investimentos/ Vendas Financeiro Mensalmente - -

Quadro 15 - Painel de Indicadores de Desempenho

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No Quadro 16 estão relacionados os critérios para a medição da Satisfação do Cliente, para

isto, foi elaborado o Questionário de Satisfação do Cliente (Apêndice K). Cabe ao

departamento de Vendas, após a entrega do produto, solicitar que o cliente avalie cada um dos

critérios listados, classificando-os em excelente, regular e insuficiente. Esta avaliação tem o

objetivo de criar um canal de comunicação entre empresa e cliente, obtendo informações

sobre o desempenho organizacional do ponto de vista externo à organização. De acordo com a

pontuação obtida em cada critério é possível avaliar a necessidade de remodelar as atividades,

sendo assim a melhoria contínua prevalece em todos os processos internos.

CRITÉRIOS 5 3 1

1. Qualidade do Produto 2. Pontualidade na Entrega 3. Confiabilidade 4. Preço Ofertado 5. Condições de Pagamento 6. Atendimento 7. Assistência Técnica

5-excelente 3-regular 1- insuficiente Quadro 16 - Questionário de Satisfação do Cliente

Também foi elaborado um documento denominado Relatório de Não Conformidades e

Solicitação de Ações Corretivas e Preventivas – RG_QUA_006 (Apêndice H), que é

preenchido por qualquer pessoa na organização quando as metas estabelecidas não forem

alcançadas. Os resultados obtidos devem ser discutidos pela Alta Direção em reunião de

Análise Crítica, e os assuntos abordados são redigidos no registro denominado “Análise

Crítica pela Direção – Ata de Reunião”.

3.11 Elaboração do Manual da Qualidade

A elaboração do Manual da Qualidade (Apêndice A), cuja finalidade é a de documentar o

Sistema de Gestão da Qualidade da ZM Bombas, exigiu um cuidadoso trabalho de consulta à

NBR ISO 9001:2008, à NBR ISO/TR 10013 e à diversas fontes de informação e pesquisas.

O conteúdo final descreve informações sobre a organização (nome, localização e meios de

comunicação), histórico, estrutura organizacional, a política e objetivos da qualidade,

descrições dos processos e interações entre os mesmos, referência aos procedimentos

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58

operacionais e às instruções de trabalho e uma lista destes documentos referenciados, mas não

incluídos no manual.

Além do capítulo introdutório, o Manual da Qualidade foi dividido em 8 capítulos. O Capítulo

1, Apresentação da Empresa, compreende o histórico e missão da organização, as linhas de

produtos fabricadas e a estrutura funcional vigente. O Capítulo 2, Escopo e Exclusões do

Sistema de Gestão da Qualidade, descreve as atividades que o Manual englobam ou não,

também mostra a interação entre os processos. O Capítulo 3, Política e Responsabilidade da

Qualidade, possui a descrição da política da qualidade. Os capítulos seguintes (4, 5, 6, 7 e 8)

descrevem o Sistema de Gestão da Qualidade da empresa e cada capítulo equivale ao de

mesmo número na norma da ABNT NBR ISO 9001:2008.

A implementação do Manual da Qualidade só ocorre quando a documentação de segundo e

terceiro níveis (procedimentos e instruções de trabalho) estiverem prontas, ou seja, revisadas e

aprovadas. Mesmo assim, sua implantação precisa submeter-se a um período de

amadurecimento, durante o qual se observam cuidadosamente na prática as falhas possíveis

do conteúdo teórico e se fazem as correções necessárias. Só então se pode proceder a

finalização do Manual da Qualidade.

3.12 Análise dos Resultados

A seguir são apresentadas as análises dos resultados obtidos com este trabalho.

Definição da equipe da qualidade: não foi estruturada uma equipe de qualidade, o

trabalho iniciou com dois estagiários (pesquisadora e aluno de Engenharia de

Produção) e durante a execução do projeto, o estagiário pediu demissão. Desta forma

todas as atividades ficaram centralizadas apenas na pesquisadora. Não houve o

envolvimento direto de outras pessoas da empresa, embora quando uma pessoa era

solicitada para auxiliar em alguma etapa, como por exemplo, elaboração dos

Procedimentos Operacionais ou Instruções de Trabalho, os mesmos colaboravam

fornecendo informações necessárias. Assim, o papel do Representante da Direção

(RD), que a norma sugere que seja um membro da Alta Administração, não se

consolidou.

Avaliação de pré-implementação: A aplicação do questionário de pré-

implementação não foi eficaz, pois o método utilizado não foi adequado. No início do

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59

trabalho faltava conhecimento por parte da pesquisadora sobre a norma e o que é

exigido em cada tópico da mesma, sendo assim, o questionário aplicado não extraía

dos entrevistados informações relevantes. Ao invés de elaborar um questionário e

apenas entregá-lo para o entrevistado, seria interessante se a aplicação do questionário

tivesse sido realizada sob a forma de entrevista, já que a entrevista permite explicar

cada pergunta em caso de dúvida com relação ao assunto questionado. Outro ponto a

ser destacado é com relação à linguagem utilizada, esta deveria ser mais objetiva e

simples.

Elaboração e validação da Política da Qualidade: a Política da Qualidade,

impulsionadora do SGQ, que deveria ser da responsabilidade e o principal foco da

direção foi deixada em segundo plano. A solução foi elaborar diferentes propostas de

Política da Qualidade e submetê-las a escolha dos principais dirigentes da

organização, ressaltando que, por ser uma organização de pequeno porte, estes

dirigentes são o proprietário e o gerente industrial. E como não houve um consenso de

opinião, prevaleceu a opinião do proprietário

Organograma Funcional: os principais papéis com relação à liderança que se vê na

organização são o proprietário e o gerente industrial, portanto o organograma serviu

mais como uma forma de agrupar as áreas por afinidades do que um modelo voltado

para a hierarquia organizacional, que estabelecesse os canais de comunicação,

autoridade e responsabilidade.

Apresentação à Alta Direção: uma apresentação sobre o Sistema de Gestão de

Qualidade, mais especificamente sobre os requisitos da norma ISO 9001:2008, foi

realizada para a direção da empresa com o objetivo de ressaltar os principais pontos

requeridos pela norma. Foram ressaltados os potenciais benefícios de se ter

implantado um SGQ, os tipos de documentação envolvida na estrutura do sistema, a

importância de se estabelecer responsabilidades funcionais e canais claros de

reportagem e comunicação. Foi explanado sobre os procedimentos documentados

obrigatórios e os registros requeridos, e salientou-se a importância de ser ter registros

preenchidos corretamente, já que eles são a evidência do que é realizado pela

organização. Também foi apresentado o trabalho desenvolvido especificamente para

empresa, o qual compreendeu a elaboração dos procedimentos operacionais,

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60

instruções de trabalho, registros e o Manual da Qualidade. E por fim, foi dada uma

breve explicação sobre o processo de auditoria.

Benefícios: a implantação de um SGQ pode beneficiar a organização em diversos

pontos, entre eles, a própria organização, a relação com os fornecedores e com os

clientes. Na organização pode reduzir custos operacionais, refugos e retrabalhos,

elevar a produtividade e eficiência dos processos, melhorar a qualidade do

desempenho do produto, melhorar a comunicação interna e a satisfação do

trabalhador. Com relação aos fornecedores há uma melhora na performance dos

mesmo, e conseqüente uma economia nas compras de matéria prima devido ao

estabelecimento de um processo de avaliação dos fornecedores e um feedback para os

mesmos. No que se diz respeito à clientes, a organização passa a ter uma maior

visibilidade e credibilidade no mercado, retenção de clientes, negociação facilitada nos

mercados do exterior e altos níveis de satisfação de clientes. Todas as melhorias são

sustentadas com o estabelecimento das ações corretivas e preventivas, garantido uma

vantagem competitiva para a organização.

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61

4. CONCLUSÃO

4.1 Considerações finais

A Revisão Bibliográfica contribuiu para o planejamento e desenvolvimento do Sistema de

Gestão da Qualidade, atendendo os requisitos da ISO 9001:2008, mas o que de fato auxiliou

no processo de estruturação do SGQ foi a realização de um treinamento de Auditor Interno do

Sistema de Gestão da Qualidade pela pesquisadora. O treinamento abordou a interpretação da

ISO 9001:2008 e a auditoria interna, cada item da norma foi explicado sob a perspectiva da

auditoria, ou seja, foi explanado como cada requisito é cobrado durante uma auditoria, tanto

interna quanto externa, auxiliando na visualização de como os processos passam a ocorrer

diante a busca pela certificação. Além disso, a experiência de quem ministrou o treinamento

foi imprescindível, já que para cada situação apresentada havia um exemplo que ilustrava a

situação.

O mapeamento dos processos primários e de suporte da indústria serviu para identificar o

relacionamento entre os processos e auxiliou na percepção de como as atividades interagem

entre si para transformar os insumos (entradas) em produtos (saídas). Enquanto a elaboração e

publicação do Manual da Qualidade foi uma conseqüência de todo o trabalho desenvolvido, já

que este documento retrata a tratativa dada pela organização a cada um dos requisitos

exigidos na norma.

Preparar a organização para a implantação do Sistema de Gestão da Qualidade requer a

participação e o comprometimento da Alta Direção. A implantação de um SGQ só é possível

quando a Alta Direção está comprometida, tal comprometimento se dá por meio do

estabelecimento da política e objetivos da qualidade, condução de análises críticas, garantia

da disponibilidade de recursos e comunicação à organização da importância em atender os

requisitos dos clientes.

O próximo passo é comunicar e buscar o entendimento por todos na organização da Política

da Qualidade. Cada um deve saber como contribuiu para o desenvolvimento e a melhoria

contínua da organização. Os treinamentos são de grande importância na fase de implantação,

são os treinamentos que auxiliarão no cumprimento dos Procedimentos, Instruções e no

preenchimento correto dos registros. Treinar os colaboradores assegura a uniformidade de

entendimento, consistência de ação e continuidade de melhoria quando ocorrer uma mudança.

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O correto preenchimento dos registros fornece evidência de atividades realizadas e dos

resultados obtidos, permitindo um controle das ações executadas.

4.2 Limitações do trabalho

Os objetivos propostos neste trabalho foram alcançados, porém a falta de comprometimento e

envolvimento da Alta Direção dificultou o desenvolvimento dos mesmos, pois assuntos que

competiam à mesma, como por exemplo, a elaboração da Política da Qualidade foi

postergada. Por outro lado, salienta-se que em função do trabalho realizado, a gerência passou

a dar maior importância ao estabelecimento de padrões e controles na busca pela melhoria da

qualidade na empresa. Isto se complementa com o fato de que a empresa pretende se adequar

aos requisitos da norma e buscar a certificação.

Outra limitação deste trabalho é com relação à generalidade da norma, a qual é aberta a

diferentes interpretações permitindo que cada organização escolha o que documentar ou não.

Com isto, o modelo de gestão da qualidade proposto é adequado à realidade da organização

estudada, ou seja, quando o modelo de gestão desenvolvido for implantado em outras

organizações, mesmo que sendo do setor metal-mecânico, serão necessárias adaptações.

4.3 Trabalhos Futuros

Como proposta de trabalho futuro sugere-se a aplicação de uma palestra para todos os

colaboradores da empresa sobre o Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001:2008 que

apresente aos participantes os benefícios e oportunidades associados à implantação do SGQ,

como a organização pode iniciar tal processo, quais serão os recursos envolvidos e como se

dará o processo de certificação. Além disso a palestra pode conter um breve histórico das

normas e os oito princípios do gerenciamento da qualidade.

Também seria interessante a escolha de funcionários da empresa para receberem treinamentos

de auditores internos a fim de auxiliarem no processo de implantação. A auditoria, por sua

vez, é um processo sistemático, documentado e independente para obter evidência da

auditoria e avaliá-la objetivamente para determinar a extensão na qual os critérios de auditoria

são atendidos. A ISO 19011:2002 contém um guia para definir os princípios de auditoria,

gerenciamento dos princípios de auditoria, atividades dos auditores, competência dos

auditores. Há dois estágios de auditoria:

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Auditoria de adequação: confronta a documentação do SGQ com a Norma

Auditoria de Conformidade: confronta os Procedimentos, Instruções de Trabalho com

as Atividades dos Processos.

Com relação ao tipo de auditoria existem três tipos:

Interna ou de 1ª Parte: É realizada pela própria organização (há casos onde a

organização opta por terceirizar);

Externa ou de 2ª Parte: É realizada pelo cliente;

Externa ou de 3ª parte: É realizada por um organismo independente.

A auditoria pode se aplicar ao Sistema, ao Processo e ao Produto. Na auditoria de sistema é

avaliado a adequação a requisitos da norma e a conformidade das atividades de um SGQ, na

auditoria de processo é verificado se os operadores são qualificados para execução das

atividades e se os equipamentos e máquinas estão em conformidade com as especificações de

processo, e a auditoria de produto consiste em examinar por completo uma amostra de

produto e também verifica o grau de satisfação do usuário. A Figura 23 sintetiza as fases da

auditoria interna, a qual é composta por uma etapa de planejamento e programação, a

auditoria propriamente dita, uma fase de elaboração dos relatórios e por fim, a fase de

acompanhamento.

Figura 23 - Fases da Auditoria Interna

Planejamento e Programação

• Preparar Plano de Auditoria

• Identificação da Equipe de Auditoria

• Notificação de Auditoria

• Identificar documentos relevantes

• Desenvolver o checklist

Auditoria

• Reunião de Abertura

• Condução da Auditoria

• Reunião de Encerramento

Relatórios

• Preparar relatórios de Auditoria

Acompanhamentos

• Avaliar a eficácia e encerrar as Ações Corretivas

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APÊNDICE

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APÊNDICE A – Manual da Qualidade

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 68/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

MANUAL DA QUALIDADE

[ ] Copia controlada

[ ] Copia não controlada

(não sujeito a revisão)

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 69/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 71

1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA ...................................................................................................... 71

1.1. HISTÓRICO DA ORGANIZAÇÃO ..................................................................................................... 71

1.2. LINHA DE PRODUTOS E PRINCIPAIS CLIENTES OU SEGMENTOS DE MERCADO .............. 72

1.3. ESTRUTURA FUNCIONAL ................................................................................................................ 73

2. ESCOPO E EXCLUSÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE....................................... 74

2.1. ESCOPO ................................................................................................................................................ 74

2.2. EXCLUSÕES ......................................................................................................................................... 74

2.3. FLUXO DE INTERAÇÃO ENTRE PROCESSOS............................................................................... 74

3. POLÍTICA E RESPONSABILIDADE DA QUALIDADE ................................................................... 78

4. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE ......................................................................................... 79

4.1. REQUISITOS DE DOCUMENTAÇÃO ............................................................................................... 79

4.1.1. MANUAL DA QUALIDADE - MQ .................................................................................................... 79

4.1.2. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS - PO ..................................................................................... 80

4.1.3. INSTRUÇÕES DE TRABALHO - IT ................................................................................................. 80

4.1.4. REGISTROS - RG ............................................................................................................................... 80

5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO ............................................................................................... 81

5.1. COMPROMETIMENTO DA DIREÇÃO ............................................................................................. 81

5.2. FOCO NO CLIENTE ............................................................................................................................ 81

5.3. POLÍTICA DA QUALIDADE .............................................................................................................. 81

5.4. OBJETIVOS DA QUALIDADE ........................................................................................................... 81

5.5. REPRESENTANTE DA DIREÇÃO ..................................................................................................... 81

5.6. ANÁLISE CRÍTICA PELA DIREÇÃO ............................................................................................... 81

6. GESTÃO DE RECURSOS .................................................................................................................... 83

6.1. PROVISÃO DE RECURSOS ................................................................................................................ 83

6.2. RECURSOS HUMANOS ...................................................................................................................... 83

6.3. INFRA-ESTRUTURA ........................................................................................................................... 83

7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO ........................................................................................................... 84

7.1. PLANEJAMENTO E REALIZAÇÃO DO PRODUTO ....................................................................... 84

7.2. PROCESSOS RELACIONADOS A CLIENTES ................................................................................. 84

7.3. PROJETO E DESENVOLVIMENTO .................................................................................................. 84

7.4. AQUISIÇÃO .......................................................................................................................................... 84

7.5. PRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 84

7.6. CONTROLE DE EQUIPAMENTO DE MONITORAMENTO E MEDIÇÃO ................................... 84

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 70/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA ................................................................................................ 85

8.1. MEDIÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS CLIENTES ................................................................................ 85

8.2. AUDITORIA INTERNA ....................................................................................................................... 85

8.3. MEDIÇÃO E MONITORAMENTO DE PROCESSOS E PRODUTOS ............................................. 85

8.4. CONTROLE DE PRODUTOS NÃO CONFORMES ........................................................................... 85

8.5. ANÁLISE DE DADOS .......................................................................................................................... 86

8.6. MELHORIA CONTÍNUA..................................................................................................................... 86

8.7. AÇÃO CORRETIVA E AÇÃO PREVENTIVA ................................................................................... 86

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 71/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

INTRODUÇÃO

Este documento tem por objetivo apresentar o Sistema de Gestão da Qualidade da Hidro

Metalúrgica ZM Ltda., que foi elaborado e implementado seguindo os moldes referenciados

pela Norma NBR ISO 9001:2008 - Sistemas da Qualidade - Requisitos e adaptados as

características inerentes a esta empresa.

1. APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

1.1. Histórico da Organização

A ZM Bombas esta sediada em Maringá no estado Paraná e foi fundada em 1981. A empresa

atua no setor metal mecânico, no segmento de bombas de deslocamento positivo. Iniciou suas

atividades com a produção de bombas acionadas por roda d´água, equipamento destinado a

bombeamento de água em distâncias de até 12 km e em alturas de até 300 metros. A principal

vantagem dos produtos ZM Bombas, é que eles trabalham em harmonia com o meio ambiente.

No ano de 1995 a empresa passou a exportar seus produtos. Atualmente exporta para a América

do Sul, América Central, Austrália, Nova Caledônia, e o continente Africano, foca na segurança

de seus clientes por meio de treinamentos e oferece assistência técnica altamente capacitada

para toda a sua linha de produtos.

No Brasil, a ZM Bombas atende todas as regiões, com pontos de vendas em todos os estados,

oferecendo também peças de reposição de toda a linha de produtos.

Seu principal objetivo é a satisfação plena de seus clientes e, tem como meta expandir seu

mercado por todos os continentes do mundo, e firmar a marca ZM Bombas como uma empresa

séria e que busca estar sempre junto com seus clientes, ajudando-os a encontrar soluções para

seus problemas de abastecimento de água.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 72/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

1.2. Linha de produtos e principais clientes ou segmentos de mercado

A ZM Bombas é especializada em:

Bomba hidráulica movida por roda d´água;

Hidrolavadora;

Serras de Corte para metais ferrosos e não ferrosos;

Cataventos.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 73/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

1.3. Estrutura Funcional

As conexões e relações entre as funções são ilustradas no organograma geral.

Figura 1 - Organograma

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 74/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

2. ESCOPO E EXCLUSÕES DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

2.1. Escopo

O escopo do SGQ da empresa ZM Bombas abrange as seguintes linhas de produto:

bombas acionadas por roda d´água;

hidrolavadoras de média e alta pressão;

máquinas de corte com disco abrasivo.

Para o desenvolvimento dos produtos e atendimento dos requisitos dos clientes da empresa, os

seus processos estão organizados em processos primários e de apoio, a seguir é descrito o fluxo

e interação entre estes processos.

2.2. Exclusões

Todos os requisitos da Norma NBR ISO 9001:2008 são aplicáveis ao SGQ da ZM Bombas.

2.3. Fluxo de Interação entre Processos

No Fluxo de Interação entre Processos, foi adotada uma classificação para processos,

separando-os em primários e de apoio. Processos primários são definidos como processos

diretamente relacionados à realização do produto. Por sua vez, processos de apoio são

caracterizados pelo apoio que oferecem aos processos de realização do produto e objetivam

adicionar valor ao resultado final (produtos e serviços oferecidos), garantindo, assim, maior

eficiência e eficácia das operações.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 75/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

Figura 2 – Macroprocesso

Descrição dos processos primários:

Comercialização: responsável pela venda, identificação das necessidades dos

clientes, relacionamento com o cliente, recebimento de pedidos dos representantes,

atualização de cadastro de clientes, verificação da situação do cliente no Serasa e

Sintegra, elaboração de propostas comerciais e efetivação de pedidos.

Aquisição: coordena as atividades de compra de matéria-prima, pesquisa de novos

fornecedores, análise de cotações fornecidas por fornecedores e analisa as avaliações

técnicas de qualidade realizadas durante o recebimento. A aprovação de fornecedores

é baseada na análise dos aspectos de qualidade, técnica e econômica.

Engenharia: realiza estudos de viabilidade das atividades de desenvolvimento de

produtos, processos e industrialização, sendo orientado principalmente para garantir

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 76/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

o desenvolvimento técnico dos produtos de acordo com as exigências dos clientes,

mantendo sempre atualizado os processos produtivos em relação às exigências

comerciais e as normas vigentes. Suas atividades compreendem a realização do

Projeto Conceitual, Preliminar e Detalhado, bem como acompanhamento da

fabricação de protótipos e elaboração de desenhos técnicos e manuais de usuários.

Produção: atividades de execução do produto conforme os desenhos técnicos

disponíveis, verificação do produto produzido por meio do uso de instrumentos de

medição, planejamento e coordenação da produção.

Planejamento da Produção: relaciona o planejamento da produção elaborado pela

gerência com a carga máquina disponível e com a carteira de pedidos do mês em

questão.

Expedição: atividades de planejamento, gerenciamento de transportadoras e emissão

do produto ao cliente conforme o descrito na Nota Fiscal.

Descrição dos Processos de Apoio:

Gerenciamento da Qualidade: Responsável pelo controle de documentos e

registros do SGQ, controle de produtos não conformes, acompanhamento de ações

corretivas e preventivas e execução de auditorias internas.

Gerenciamento dos Recursos Humanos: Realiza o recrutamento e seleção de

pessoal, bem como a contratação e demissão. Responsável por fornecer treinamentos

e identificar competências e habilidades necessárias para cada função por meio da

descrição de cargos e funções.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 77/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

Gerenciamento dos Recursos Financeiros: Responsável por captar e prover

recursos financeiros, de modo a tornar viável a operacionalização de todos os

processos primários da empresa.

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78

Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 78/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

3. POLÍTICA E RESPONSABILIDADE DA QUALIDADE

A Direção Geral da ZM Bombas estabelece em seus processos de fabricação, um Sistema de

Garantia da Qualidade – SGQ, segundo o modelo descrito nas normas ISO 9001, no intuito de

manter um sistema normatizado e adequado as atuais exigências de seus clientes em todos os

mercados em que atua. A seguir, a Política da Qualidade da ZM Bombas.

A ZM Bombas busca:

Desenvolver produtos e processos visando à satisfação de seus clientes;

Manter-se atualizada de forma a melhorar continuamente seus processos e

produtos;

Desenvolver produtos que operem em harmonia com o meio ambiente;

Capacitar e desenvolver seus colaboradores para que compreendam sua

importância na organização;

Propiciar um ambiente de trabalho que promova a satisfação e a realização de seus

colaboradores;

Monitorar seus fornecedores de forma a melhorar a qualidade dos produtos

fornecidos e que atendam as especificações;

Atender prontamente seus clientes, identificando suas principais necessidades;

Melhorar continuamente o Sistema de Gestão da Qualidade.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 79/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

4. SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

4.1. Requisitos de Documentação

Os documentos do SGQ seguem uma hierarquia definida abaixo:

Figura 3 - Pirâmide da Hierarquia Documental

4.1.1. Manual da Qualidade - MQ

Este documento é elaborado e redigido pela Gestão da Qualidade, com a participação e

colaboração (quando solicitado) de todas as funções da Empresa. Neste documento

representa a síntese de quanto a direção está comprometida e atuante em alcançar os

objetivos de qualidade definidos na Política da Qualidade da Empresa. O presente Manual

descreve os aspectos salientes do SGQ, referenciados nos PO’s, IT’s, DT’s e RG’s.

Manual da Qualidade

Procedimentos

Instruções de Trabalho

Registros

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 80/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

4.1.2. Procedimentos Operacionais - PO

Esses documentos são integrados ao MQ e são utilizados para padronizar os processos

gerenciais. Podem ser elaborados por todas as funções da empresa envolvidas no SGQ, em

colaboração com a Qualidade, a qual verifica e propõe a documentação para possível revisão

e posterior aprovação.

4.1.3. Instruções de Trabalho – IT

A Instrução de Trabalho é utilizada para detalhar as atividades no nível operacional, que

requeiram orientação para melhor realização da tarefa. Estes documentos são como os

outros já informados acima, também integrados ao MQ, podem ser elaborados por qualquer

função da ZM Bombas e trata de maneira detalhada as operações estritamente técnicas,

determinando os meios e as seqüências de trabalho.

4.1.4. Registros - RG

Os Registros da Qualidade da ZM Bombas retratam a evidência de uma atividade, ação ou

prática qualquer contendo informações úteis para análise de uma determinada realidade.

São apresentados sob forma física ou em meios eletrônicos conforme as necessidades

operacionais, no caso dos registros eletrônicos sua proteção fica assegurada por meio da

realização de backup e controle de antivírus, conforme Instrução de Trabalho para Backup e

Antivírus.

Compreendem os registros, normas, tabelas, relatórios, formulários necessários para o bom

funcionamento das atividades e processos da organização.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 81/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

5. RESPONSABILIDADE DA DIREÇÃO

A alta direção da ZM Bombas compromete-se com o desenvolvimento e implementação do

Sistema de Gestão da Qualidade através da:

5.1. Comprometimento da direção

A direção fornece evidências do seu comprometimento com o desenvolvimento e

implementação do SGQ, e com a melhoria de sua eficácia por meio do estabelecimento da

política da qualidade, da comunicação à organização da importância em atender aos requisitos

dos clientes, condução de análises críticas e assegurando a disponibilidade de recursos.

5.2. Foco no cliente

Identificação de suas necessidades e requisitos no processo Comercialização/ Relacionamento

com o Cliente. A satisfação do cliente é medida por meio do Questionário de Satisfação do

Cliente (RG_VEN_001), aplicado no processo de Pós-venda.

5.3. Política da qualidade

Definida em conformidade com as metas e estratégias da organização. Documento referente:

Política da Qualidade (RG_QUA_003).

5.4. Objetivos da qualidade

5.5. Representante da direção

Responsável por coordenar o SGQ e relatar seu desempenho à alta direção, além de assegurar a

conscientização dos requisitos do cliente em todos os níveis da organização. Na ZM Bombas,

esta função é atribuída ao Coordenador da Qualidade.

5.6. Análise crítica pela direção

É uma forma de avaliar as oportunidades de melhoria fundamentadas em resultados de

auditorias, desempenho de processo, relatórios de não conformidade e situações das ações

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 82/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

corretivas e preventivas. Documento referente: Procedimento de Análise Crítica pela Direção

(PO_QUA_002).

Em particular é vontade da Direção Geral:

Monitorar esse sistema com todos os meios necessários;

Respeitar os requisitos qualitativos dos produtos e do SGQ, especificados e definidos;

Verificar com continuidade as atividades técnicas e organizacionais;

Manter ativo um processo de melhoria continua no SGQ, em função da evolução

organizacional, tecnológica, legislativa e normativa;

Criar ferramentas que permitam documentar a aplicação da Política da Qualidade interna

da Empresa, e que a mesma seja estendida aos seus Fornecedores e Clientes;

Verificar com regularidade os indicadores de Satisfação de seus Clientes;

Verificar com regularidade os indicadores de desempenho econômico.

Portanto a Direção Geral nomeia o seu representante da Qualidade, Mariana Braga Lopes,

com objetivo de:

a) Garantir que seja instituído, aplicado e mantido, um SGQ, conforme a norma ISO 9001.

b) Informar a Direção Geral, o andamento do SGQ, de modo que permita seu reexame e

favoreça seu continuo melhoramento.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 83/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

6. GESTÃO DE RECURSOS

A ZM Bombas compromete-se com o bom funcionamento do SGQ por meio do planejamento e

disponibilização de recursos, materiais e financeiros, tendo em vista a implementação e

melhoria contínua desse sistema. Os pontos críticos da gestão de recursos são:

6.1. Provisão de Recursos

A ZM Bombas compromete-se com a disponibilização dos recursos necessários ao bom

funcionamento do SGQ.

6.2. Recursos Humanos

São oferecidos treinamentos de conscientização e aperfeiçoamento aos funcionários. Os

resultados dos treinamentos podem ser mensurados por indicadores como redução do tempo de

produção, de produtos não-conformes, de retrabalho e desperdícios e aumento da satisfação do

cliente. Documento referente: Avaliação de Treinamento (RG_RH_001).

Todos os treinamentos e suas avaliações de resultados, bem como competências, formação e

histórico dos funcionários são registrados e mantidos pelo departamento de Recursos Humanos.

6.3. Infra-estrutura

Planejamento dos espaços de trabalho que facilitem o fluxo de materiais e produtos e

minimizem tempos de locomoção, movimentos no manuseio de produtos e desperdícios de

espaços, seguindo os requisitos estabelecidos no documento Normas de Espaço Físico

(RG_PR_001).

A empresa controla as manutenções e seus custos por meio do Controle de Histórico de

Manutenção (RG_PR_002).

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 84/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

7. REALIZAÇÃO DO PRODUTO

7.1. Planejamento e realização do produto

Os estudos de viabilidade, as atividades de desenvolvimento de produtos, processos e

industrialização na ZM Bombas, são orientados principalmente para garantir o desenvolvimento

técnico dos produtos, mantendo de acordo com as exigências dos Clientes e a sua definição, e

atualização dos processos produtivos em relação às exigências comerciais e as normas vigentes.

7.2. Processos relacionados a clientes

A pós-entrega do produto fica a cargo do departamento de Pós Venda, para o qual é

estabelecido o Procedimento de Pós Venda (PO_PVD_001). Tal procedimento estabelece as

ações tomadas sob condições de garantia e obrigações contratuais, tais como serviços de

manutenção e serviços suplementares.

7.3. Projeto e Desenvolvimento

O planejamento e controle do projeto, bem como o desenvolvimento de produto estão

determinados no Procedimento para Desenvolvimento de novos produtos (PO_ENG_001).

7.4. Aquisição

A verificação do produto adquirido se dá no setor de almoxarifado, para o qual é estabelecido

um Procedimento de inspeção de matéria-prima (PO_REC_001).

7.5. Produção

O controle de produção se dá pela disponibilidade de instruções de trabalho, desenhos técnicos e

por meio do uso de equipamentos adequados à produção.

7.6. Controle de equipamento de monitoramento e medição

Para fornecer evidências da conformidade do produto com os requisitos determinados, a

organização estabelece um Procedimento de manutenção e calibração dos instrumentos de

medição (PO_QUA_011) utilizados na produção.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 85/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

8. MEDIÇÃO, ANÁLISE E MELHORIA

Este tópico descreve os processos implementados com o objetivo de demonstrar a conformidade

do produto com os requisitos do cliente, conformidade com o SGQ e ações direcionadas a

melhorar continuamente este sistema.

8.1. Medição da Satisfação dos Clientes

Esta medição objetiva criar um canal de comunicação com o cliente, focalizando em obter

informações sobre o atendimento aos seus requisitos e sugestões de melhoria. A ZM Bombas

executa tal medição por meio do Questionário de Satisfação do Cliente (RG_VEN_001), de

responsabilidade do setor de Vendas.

8.2. Auditoria Interna

As auditorias internas são realizadas conforme o Procedimento de Auditoria Interna

(PO_QUA_003), sob responsabilidade do departamento de qualidade.

8.3. Medição e Monitoramento de Processos e Produtos

As medições e monitoramento são, quando necessárias, indicadas nos procedimentos

operacionais e mapa de processos, com a finalidade de simplificar a compreensão do leitor e

demonstrar as áreas do processo que necessitam ser verificadas e como isto é feito. O

documento Procedimento para Medição de Processos (PO_QUA_004) estabelece alguns

critérios para o desenvolvimento das atividades de medição e monitoramento.

8.4. Controle de Produtos Não Conformes

O controle de produto não conforme é efetuado de acordo com o Procedimento de Controle de

Produto Não Conforme (PO_QUA_005), sendo de responsabilidade das áreas produtivas

juntamente com a Qualidade. Este documento visa identificar, controlar e evitar o uso não

intencional de produtos que não atendam as especificações.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 86/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

8.5. Análise de dados

A análise de dados de satisfação do cliente, resultado de auditorias, avaliação de desempenho

dos fornecedores e desempenho do processo e conformidade do produto é realizada como parte

do processo de análise crítica pela direção, que é descrito pelo Procedimento de Análise Crítica

pela Direção (PO_QUA_002).

8.6. Melhoria Contínua

A ZM Bombas melhora continuamente a eficácia do SGQ por meio do uso da Política da

qualidade (RG_QUA_003), análise de dados, Relatório de não conformidades e Solicitação de

ações corretivas e preventivas (RG_QUA_006) e, Procedimento de Análise crítica pela direção

(PO_QUA_002).

8.7. Ação Corretiva e Ação Preventiva

As ações que visam eliminar as causas das não conformidades existentes ou potenciais devem

ser executadas conforme o Procedimento Ação Corretiva e Ação Preventiva (PO_QUA_007).

As ações corretivas e preventivas são de responsabilidade de todos envolvidos no Sistema de

Gestão da Qualidade.

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Sistema de Gestão da Qualidade

Documento: MQ_QUA_001

Emissão: 29/03/11

Revisão: 00

Título: Manual da Qualidade Página: 87/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes ____/____/______ Aprovado por: ____/____/______

REFERÊNCIAS

NOME DO DOCUMENTO CÓDIGO Normas de Espaço Físico RG_PR_001 Controle de Histórico de Manutenção RG_PR_002 Política da Qualidade RG_QUA_003 Relatório de não conformidades e Solicitação de ações corretivas e preventivas RG_QUA_006 Avaliação de Treinamento RG_RH_001 Questionário de Satisfação do Cliente RG_VEN_001 Questionário de Satisfação do Cliente RG_VEN_001 Instruções de Trabalho IT_PR_000 Procedimento de Pós Venda PO_PVD_001 Procedimento de Análise Crítica pela Direção PO_QUA_002 Procedimento de Auditoria Interna PO_QUA_003 Procedimento para Medição de Processos PO_QUA_004 Procedimento de Controle de Produto Não Conforme PO_QUA_005 Procedimento Ação Corretiva e Ação Preventiva PO_QUA_007 Procedimento de manutenção e calibração dos instrumentos de medição PO_QUA_011 Procedimento de Inspeção de matéria-prima PO_REC_001 Procedimento para desenvolvimento de novos produtos PO_ENG_001 Objetivos da Qualidade RG_QUA_004 CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

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APÊNDICE B – Procedimento de Controle de Documentos e Registros

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_001

Título: Procedimento de Controle de Documentos e Registros

Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL

Qualidade

RESPONSABILIDADES

Representante da Direção: manter atualizada a tabela de organização e controle dos registros

da qualidade e disponibilizada nos locais de acesso aos registros;

Responsáveis pelos registros: Manter a guarda conforme indicado na tabela de organização e

controle dos registros da qualidade.

OBJETIVO

Estabelecer o procedimento de controle de Registros da Qualidade, atendendo ao item 4.2.4 da

ABNT NBR ISO 9001:2008.

Tem como objetivo padronizar a formatação de documentos do Sistema de Gestão da Qualidade,

bem como definir critérios para aprovação, re-aprovação e ou reprovação, distribuição, revisão da

documentação e dos dados da qualidade.

DEFINIÇÕES

A ZM Bombas mantém quatro níveis de documentação que são formatados como segue:

1. Manual da Qualidade (MQ)

A ZM Bombas mantém um Manual da Qualidade que contém:

Apresentação da empresa;

Escopo do Sistema de Gestão da Qualidade;

Exclusões do Sistema de Gestão da Qualidade;

Referência aos procedimentos operacionais;

Descrição da interação dos processos do Sistema de Gestão da Qualidade.

2. Procedimentos Operacionais (PO)

Os procedimentos operacionais são utilizados para padronizar processos gerenciais.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_001

Título: Procedimento de Controle de Documentos e Registros

Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

3. Instruções de Trabalho (IT)

A instrução de trabalho é utilizada para detalhar as atividades no nível operacional, que

requeiram orientação para melhor realização da tarefa.

4. Registros da Qualidade

Os Registros da Qualidade da ZM Bombas retratam a evidência de uma atividade, ação ou

prática qualquer contendo informações úteis para análise de uma determinada realidade.

São apresentados sob forma física ou em meios eletrônicos conforme as necessidades

operacionais, no caso dos registros eletrônicos sua proteção fica assegurada por meio da

realização de backup e controle de antivírus.

São considerados registros:

Registros (RGs): planilhas, relatórios, tabelas, gráficos, formulários.

Todos os registros são destruídos depois de expirado o prazo de retenção.

O acesso a todos os registros da qualidade é livre ao pessoal da equipe que desempenha

funções relativas a esses registros.

Os Registros devem ser mantidos legíveis, prontamente identificáveis e recuperáveis.

Os Registros da Qualidade, listados na Lista Mestra (RG_QUA_002), devem ser

legíveis, identificados, coletados, adquiridos, mantidos e dispostos em locais que

facilitem o manuseio e a recuperação dos mesmos.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_001

Título: Procedimento de Controle de Documentos e Registros

Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

PROCEDIMENTO - ELABORAÇÃO, APROVAÇÃO, EMISSÃO, DISTRIBUIÇÃO E

ALTERAÇÃO DE DOCUMENTOS

1. Elaboração de documentos

Os documentos são elaborados pelos colaboradores responsáveis pelo processo. Sua

formatação é feita pela equipe da Qualidade.

2. Aprovação e emissão de documentos e dados

Os documentos e dados que dizem respeito ao Sistema de Gestão da Qualidade, são

analisados criticamente pelo Representante da Direção antes de sua emissão.

A evidência da aprovação do documento é a assinatura do Representante da Direção nos

rodapés do documento no campo "Aprovado por". Quando houver revisão no documento o

"Controle de Alterações" é preenchido e o Representante da Direção assina novamente no

campo "Aprovado por".

3. Controle de distribuição

Os documentos são disponibilizados no sistema, na pasta Usuários -> Qualidade 2011 ->

Sistema de Gestão da Qualidade.

A Qualidade mantém uma Lista Mestra como forma de controlar a revisão e distribuição dos

documentos em meio físico. Esta Lista Mestra contém a data de sua emissão/aprovação, a

identificação do documento, a data de elaboração e/ou revisão do documento, quais as áreas

que receberam o documento e seu status de revisão.

Os Procedimentos e Instruções de trabalho do Sistema de Gestão da Qualidade são

impressos, sendo consideradas cópias não-controladas, podendo ser utilizados para fins de

treinamento e outros.

4. Controle de documentos obsoletos

A Qualidade mantém os arquivos dos documentos obsoletos devidamente identificados no

computador e em pasta específica. A última versão é mantida em cópia física e eletrônica.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_001

Título: Procedimento de Controle de Documentos e Registros

Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

Onde há distribuição de documentos em meio físico, as versões não válidas ou obsoletas são

recolhidas, identificadas como obsoletas e substituídas pela nova versão dos documentos.

5. Alteração em documentos e dados

Sugestões de alterações em documentos e dados que dizem respeito ao Sistema de Gestão da

Qualidade podem partir de qualquer colaborador por meio do preenchimento do formulário

"Alteração de documentos, registros e dados".

As alterações propostas são analisadas criticamente pelo Representante da Direção/Gerente

da Qualidade. A aprovação das revisões segue o previsto nos itens acima que tratam da

elaboração, aprovação, emissão, distribuição e alteração de documentos deste procedimento.

6. Controle e identificação das revisões

As últimas revisões são destacadas no texto do documento com letra sublinhada, como

forma de identificação dos itens revisados. São sublinhados os itens alterados na última

revisão.

É também identificado no cabeçalho do documento e indicado o número da revisão atual.

Por exemplo:

00 - Documento sem revisão

01 - Primeira revisão

02 - Segunda revisão

7. Controle de dados

Dados são todas as formas de documentos ou registros que contenham e forneçam

informações complementares aos procedimentos e/ou instrução de trabalho tais como:

Planejamento Estratégico;

Fichas;

Relatórios.

Estes documentos são controlados, quando possível através de assinatura do responsável e

data em que foi gerado.

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_001

Título: Procedimento de Controle de Documentos e Registros

Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

8. Re-aprovação dos documentos

Semestralmente os documentos do Sistema de Gestão da Qualidade são analisados pelo

Representante da Direção e/ou pelos responsáveis das respectivas áreas com o objetivo de

avaliar se estes ainda estão adequados ao Sistema de Gestão da Qualidade. Os documentos

serão revisados e reaprovados de acordo com a necessidade. Quando houver necessidade de

revisão, devem ser seguidos os passos previstos no item que trata das Alterações em

documentos e dados.

DOCUMENTOS RELACIONADOS

RG_QUA_002 - Lista Mestra

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão inicial __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

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APÊNDICE C – Procedimento de Auditoria Interna

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PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_003

Título: Auditoria Interna Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL

Qualidade

DEPARTAMENTOS RELACIONADOS

Todos os departamentos da organização.

OBJETIVOS

Estabelecer o procedimento de Auditoria Interna, atendendo ao item 8.2.2 da ABNT NBR ISO

9001:2008.

DEFINIÇÕES

1. GENERALIDADES

Auditor Interno: colaborador da ZM Bombas Ltda., responsável pela execução das

atividades de auditoria, com competência comprovada por treinamento específico;

Auditoria Interna da Qualidade: exame sistemático realizado por Auditores Internos ou

empresa especializada para a verificação da conformidade do SGQ com relação à norma de

referência;

Relatório de Auditoria Interna - RG_QUA_007: documento a ser preenchido ao final das

auditorias internas relatando as conformidades e não-conformidades do SGQ;

Relatório de Não Conformidade e Solicitação de Ação Corretiva Preventiva -

RG_QUA_006;

Não-conformidade: não cumprimento de requisitos.

2. Elaborar o cronograma anual de realização de auditoria interna e submetê-lo à aprovação da

Alta Direção em reunião de análise crítica;

3. Elaborar o Plano de Ação - RG_QUA_005, antes da auditoria interna, indicando os nomes dos

auditores, horários, datas e as áreas a serem auditoradas;

4. Reunir os auditores após a auditoria para consolidar as anotações efetuadas;

Se não for possível a realização da reunião, recolher as anotações dos auditores.

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96

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_003

Título: Auditoria Interna Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

5. Encaminhar os resultados da auditoria para a unidade certificada, para elaboração do plano de

ação, para tratamento das não-conformidades e análise das observações e oportunidades de

melhoria;

Para o tratamento das não-conformidades deverá ser efetuado um estudo das causas que

levaram àquela ocorrência;

6. Acompanhar a efetividade dos planos de ação;

7. Deflagrar auditorias Extraordinárias sempre que houver mudanças significativas nos processos

ou detectar a necessidade de verificação de adequação do SGQ em áreas específicas;

8. AUDITORES INTERNOS DA QUALIDADE

Para a escolha dos auditores internos, o Representante da Direção observará a

presença dos seguintes critérios de aptidão:

Curso de formação de auditores internos da qualidade;

Mínimo de XX meses de efetivo exercício na ZM Bombas.

A ZM Bombas LTDA. deve disponibilizar aos colaboradores escolhidos os seguintes

cursos:

Curso de Formação de Auditores internos da qualidade;

Curso de reciclagem de auditores internos (quando necessário).

DOCUMENTOS RELACIONADOS

RG_QUA_005 - Controle de Planos de Ação

RG_QUA_006 - Relatório de Não Conformidade e Solicitação de Ação Corretiva

Preventiva

RG_QUA_007 - Relatório de Auditoria Interna

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão inicial

__/__/____ __/__/____

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97

APÊNDICE D – Procedimento de Controle de Produto Não Conforme

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98

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_005

Título: Controle de Produto Não Conforme Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL

Qualidade

DEPARTAMENTOS RELACIONADOS

Almoxarifado

Produção

Vendas

Direção

OBJETIVOS

Estabelecer os métodos adequados para assegurar que produtos não conformes com os requisitos do

produto sejam identificados e controlados para evitar seu uso ou entrega não pretendidos, atendendo

ao item 8.3 da ABNT NBR ISO 9001:2008.

DEFINIÇÕES

1. Um produto não conforme é aquele que não atende a um requisito especificado e que não

funcionará adequadamente (por exemplo, um produto que possui medidas fora dos especificado,

porosidade nas peças, peças trincadas ou empenadas);

2. O controle de produtos não conforme envolve as seguintes atividades descritas nos

procedimentos e instruções de trabalho:

Inspeção da matéria-prima (PO_REC_002) e Relatório de Inspeção de Recebimento de

matéria-prima RIR (RG_QUA_001);

Inspeção durante o processo:

o Seguir as instruções de inspeção durante o processo conforme especificado nas

Instruções de Trabalho de cada setor e nos Manuais de Montagem de cada produto;

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99

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_005

Título: Controle de Produto Não Conforme Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

o Ao identificar os produtos não conformes, preencher o Relatório de não

conformidade (RG_QUA_006), comunicar o responsável para tomar as providências

(retrabalho, descarte) e ao setor de qualidade para o acompanhamento.

Inspeção do produto acabado:

o Verificar se todos os componentes, conforme especificado no Manual de Montagem,

estão juntamente com o produto.

Reclamações dos clientes (RG_VEN_001 - Questionário de Satisfação do Cliente):

o Serve como dado de entrada para analisar a necessidade de melhoria nos processos e

produtos.

Procedimento de Análise Crítica realizada pela direção (PO_QUA_002):

o Serve como forma de assegurar a adequação, eficácia e identificar oportunidades de

melhoria e mudanças no Sistema de Gestão da Qualidade.

DOCUMENTOS RELACIONADOS

RG_QUA_001 - Relatório de Inspeção de Recebimento de matéria-prima (RIR)

PO_REC_002 - Inspeção de Matéria-Prima

RG_QUA_006 - Relatório de Não conformidades e Solicitação de Ação Corretiva

Preventiva

RG_VEN_001 - Questionário de Satisfação do Cliente

PO_QUA_002 - Procedimento de Análise Crítica pela Direção

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão Inicial __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

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100

APÊNDICE E – Procedimento de Ação Corretiva e Ação Preventiva

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101

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_007

Título: Ação Corretiva e Ação Preventiva Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 101/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL

Todas as áreas da empresa relacionadas ao SGQ.

OBJETIVOS

Estabelecer o procedimento de Ação Corretiva e Ação Preventiva, atendendo ao item 8.5.2 e 8.5.3

da ABNT NBR ISO 9001:2008.

DEFINIÇÕES

1. GENERALIDADES: As formas de tratamento de uma não conformidade são:

Correção: A Não-Conformidade não possui causa raiz. Essa ação acontece nos casos em que a

ocorrência é pouco freqüente e causa pequeno impacto

Ação Corretiva: ação implementada para eliminar as causas de uma não-conformidade existente

a fim de prevenir a sua repetição;

Ação Preventiva: ação implementada para eliminar as causas de uma não-conformidade

existente a fim de prevenir a sua ocorrência.

2. Todas as áreas na empresa são responsáveis por identificar oportunidades de melhoria contínua.

3. As não-conformidades podem ser identificadas por meio de: avaliação do indicadores de

desempenho, análise das auditorias internas, execução das atividades rotineiras, avaliação de

satisfação dos clientes, entre outros.

4. Etapa 1:

Preencher a Etapa 1 do Relatório de Não-Conformidades e Solicitação de Ação Corretiva

Preventiva - RG_QUA_006 ao identificar uma não-conformidade ou oportunidade de

melhoria;

Analisar criticamente o relatório de não conformidade, tanto o responsável pela área quanto

o funcionário que gerou o mesmo, para dar sequência ao preenchimento da Etapa 2.

5. Etapa 2:

Descrever a ação tomada imediatamente - correção (se houver);

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102

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_QUA_007

Título: Ação Corretiva e Ação Preventiva Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 102/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

Identificar a causa da não conformidade;

Identificar o tipo de ação proposta;

Descrever detalhadamente a ação proposta, atribuir responsável ou responsáveis e um prazo

para implementar a ação;

Obter aprovação da ação proposta juntamente com o RD;

6. Etapa 3:

Analisar a situação da ação proposta, se ele está sendo executada da forma que foi proposta e se o

prazo para adequação está sendo cumprido;

7. Etapa 4:

O campo "Verificação da implementação e eficácia da ação" deve ser preenchido para evidenciar:

O resultado obtido com a ação proposta;

Se a ação foi ou não eficaz;

Se há necessidade de executar uma nova ação.

8. ANÁLISE CRÍTICA DAS AÇÕES EXECUTADAS

Periodicamente (de 3 meses em 3 meses), o coordenador da qualidade, bem como os responsáveis

pela implementação das ações corretivas/ preventivas devem apresentar à Alta Direção nas reuniões

de Análise Crítica as ações executadas e os resultados obtidos.

DOCUMENTOS RELACIONADOS

RG_QUA_006 - Relatório de Não Conformidades e Solicitação de Ação Corretiva Preventiva

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão Inicial __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

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103

APÊNDICE F – Procedimento de Inspeção de Matéria-Prima

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104

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_REC_002

Título: Inspeção de matéria-prima Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 104/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

DEPARTAMENTOS RESPONSÁVEIS

Recebimento

DEPARTAMENTOS RELACIONADOS

Qualidade

Compras

OBJETIVOS

Estabelecer os métodos adequados para a verificação do produto adquirido:

Inspeção de matéria-prima (geral);

Inspeção de lingotes.

DEFINIÇÕES

INSPEÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA (GERAL)

1. O departamento de Recebimento deve verificar se a quantidade de material recebido está de

acordo com o descrito na nota fiscal;

2. Inspecionar visualmente as matérias primas;

3. Após a inspeção quantitativa e visual, o departamento de Recebimento deverá comunicar ao

departamento de controle de qualidade no dia em que receber os materiais para que seja feito o

controle dimensional e funcional dos materiais recebidos, entregando juntamente 2 (duas) vias

do Relatório de Inspeção de Recebimento de Matéria-Prima (RIR) - RG_QUA_001, para que

este seja preenchido;

4. Os lotes recebidos deverão ser inspecionados por amostragem, em caso de constatação de não

conformidades, cabe ao departamento de qualidade avaliar a aceitação parcial ou total do lote e

providenciar a nota fiscal de devolução para o devido fornecedor;

5. Uma via da RIR será enviada para o departamento de Recebimento, para que o mesmo

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105

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_REC_002

Título: Inspeção de matéria-prima Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 105/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

comunique o departamento de Compras, quando necessário, e a outra via da RIR será

arquivada no setor de Qualidade.

6. Em casos de lote de demonstração o departamento de qualidade deverá realizar o teste

funcional dos materiais.

7. No que diz a respeito a fundidos, o departamento de Recebimento deverá efetuar a inspeção

visual e o teste de estanqueidade em todo o lote;

Em condição de anomalias, as tabelas citadas abaixo deverão ser

preenchidas pelo departamento de Recebimento, de acordo com o

fornecedor, informando quais componentes foram rejeitados e sob quais

motivos.

Análise da Qualidade Fundição Ignis - RG_QUA_013;

Análise da Qualidade Fundição Muller - RG_QUA_014; e

Análise da Qualidade Fundição Columbia - RG_QUA_015.

A tabela deverá ser entregue ao departamento de Qualidade para que este

inclua no relatório de perdas de entradas disponível no sistema denominado

FABRIL a quantidade de peças não conformes.

8. Ao emitir a nota fiscal de devolução ao fornecedor o departamento de Recebimento deverá

informar a quantidade de peças devolvidas e os motivos da devolução;

9. Nenhuma mercadoria ou matéria prima deverá ser recebida sem seu devido pedido

devidamente registrado no sistema fabril, exceto de quando em condições extremas.

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106

PROCEDIMENTO OPERACIONAL Documento: PO_REC_002

Título: Inspeção de matéria-prima Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página: 106/133

Elaborado por: Mariana Braga Lopes 24/05/2011 Aprovado por: ____/____/______

INSPEÇÃO DE LINGOTES

1. Na chegada dos lingotes o Departamento de Recebimento deverá realizar a inspeção quantitativa

no número de lingotes de acordo com o descrito na nota fiscal.

2. Inspecionar visualmente, a fim de evitar que uma não conformidade aparente no lingote seja

aceita;

3. Pesar os lingotes na balança localizada na fundição, a fim de garantir que cumpra os pesos

descritos na nota fiscal;

4. Conferir a composição da liga de alumínio (SAE 305), comparando a composição requisitada

pela ZM Bombas com o folheto que a descreve junto a mercadoria;

4.1. A liga especificada é SAE 305, e seus elementos terão de estar dentro das variações

determinadas para que a mercadoria seja aprovada:

SI Cu Mg Fe Mn Ni Zn Cr Sn Ti Pb Sr Ca Al Var.. 12,4 0,54 0,021 0,72 0,40 0,045 0,42 0,018 0,007 0,021 0,066 0,0005 0,0006 86,3 Max. 12,2 0,30 0,018 0,61 0,30 0,030 0,30 0,014 0,005 0,015 0,030 0,0004 0,0003 85,2 Min.

5. Em caso da não conformidade em um dos requisitos, é necessário solicitar que o Departamento

de Qualidade avalie e decida por aceitar, total ou parcialmente, o lote;

5.1. Se houver devolução será obrigatório o envio do relatório de não conformidade junto a nota

de devolução.

DOCUMENTOS RELACIONADOS

RG_QUA_001 - Relatório de Inspeção de Recebimento de Matéria-Prima (RIR)

RG_QUA_013 - Análise da Qualidade Fundição Ignis

RG_QUA_014 - Análise da Qualidade Fundição Muller

RG_QUA_015 - Análise da Qualidade Fundição Columbia

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão inicial __/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

Page 117: Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia ... · Departamento de Engenharia de Produção Estruturação de um Sistema de ... surge também a possibilidade de exportação

107

APÊNDICE G – Registros: Relatório de Inspeção de Recebimento (RIR) de matéria-prima

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108

REGISTROS Documento: RG_QUA_001

Título: Relatório de Inspeção de Recebimento (RIR) de matéria-prima

Emissão: 15/04/11

Elaborado por: Revisão: 00

Aprovado por: Página: 108/133

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109

APÊNDICE H – Registros: Relatório de Não Conformidade e Solicitação de Ação Corretiva e Preventiva

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110

REGISTROS Documento: RG_QUA_006

Título: Relatório de Não Conformidades e Solicitação de Ação Corretiva e Preventiva

Emissão: 15/04/11

Elaborado por: Revisão: 00

Aprovado por: Página: 110/133

Etapa 1: Solicitação de ação corretiva, preventiva e melhoria (preenchido por qualquer pessoa que identifique uma destas opções)

( ) Não Conformidade ( ) Oportunidade de melhoria

Origem

( ) Auditoria Externa ( ) Auditoria Interna ( ) Reclamação de cliente ( ) Análise Crítica

( ) Identificada pelo colaborador ( ) Não conformidade reincidente ( ) Outros ___________________________

Referência Processo ( ) IT _______________________________ ( ) PO _______________________________

Norma ISO 9001:2008 Item: ________________________________

Descrição da Não Conformidade ou Oportunidade de

Melhoria

Identificado por: Data: ____/____/________

Etapa 2 - Responsável pelo Processo

Correção (ação imediata tomada)

Análise da causa da não

conformidade:

Ação Proposta ( ) Preventiva ( ) Corretiva ( ) Melhoria

Descrição da(s) ação (ões) propostas:

Responsável pela ação

Prazo para implementar a ação: _____/_____/________

Aprovação da

proposta

_______________________________________

Representante da Direção

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111

REGISTROS Documento: RG_QUA_006

Título: Relatório de Não Conformidades e Solicitação de Ação Corretiva e Preventiva

Emissão: 15/04/11

Elaborado por: Revisão: 00

Aprovado por: Página: 111/133

Etapa 3: Acompanhamento da ação ( Preenchido pelo responsável do Processo)

Situação

Verificado por: Data: ____/____/________

Etapa 4: Verificação da implementação e eficácia da ação Resultados das ações/ Análise crítica da ação tomada: A ação foi eficaz? Fechamento ( ) Sim ( ) Não Data de fechamento: ____/____/________ Necessita de nova SACP? ( ) Sim ( ) Não

Responsável:

Nº SACP:

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112

APÊNDICE I – Instrução de Trabalho

Page 123: Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia ... · Departamento de Engenharia de Produção Estruturação de um Sistema de ... surge também a possibilidade de exportação

113

INSTRUÇÃO DE TRABALHO Documento: IT_PR_002

Título: Instrução da Fundição Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

DEPARTAMENTO RESPONSÁVEL

Produção - Fundição

DEPARTAMENTOS RELACIONADOS

Qualidade

PCP

EPI - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Protetor auditivo;

Máscara contra fumos metálicos;

Óculos de segurança, com proteção lateral ou protetor facial do tipo viseira;

Avental contra agentes térmicos;

Luva contra agentes térmicos;

Calçado de segurança.

(De acordo com as Medidas de Controle Propostas do "Laudo de Insalubridade e

Periculosidade" - SESI/ Junho-2010)

OBJETIVOS

Descrever como o operador deve proceder no setor de Fundição:

Forno de fusão;

Coquilhas;

Parâmetros de qualidade das peças fundidas;

Parâmetros da liga de alumínio.

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114

INSTRUÇÃO DE TRABALHO Documento: IT_PR_002

Título: Instrução da Fundição Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

INSTRUÇÃO

FORNO DE FUSÃO

IMPORTANTE: O sistema de aquecimento deve estar programado para ligar o forno 50

minutos antes do início do horário de trabalho - "Sistema de aquecimento automático"

1. Fusão

1.1. Carregar o forno sempre a cada final de fusão com 10 lingotes de alumínio e completar

a carga com canais - A carga total deve ser aproximadamente 140 kg;

1.2. O tempo de fusão é de 45 a 55 minutos, este valor depende da temperatura ambiente;

2. Preparação do Banho:

2.1. Desligar o forno;

2.2. Verificar com o pirômetro a temperatura (entre 750 a 800 graus Celsius);

2.3. Verificar a carga, que deve ser aproximadamente 140 kg;

2.4. Efetuar a limpeza da borra que está sobre a superfície do alumínio utilizando a concha;

2.5. Adicionar ao banho desgaseificante, (DEGAISER 100) COM O SINO DE IMERSÃO,

na quantidade de 2 pastilhas;

2.6. Introduzir o sino até o fundo do cadinho tendo o cuidado para que a pastilha dagaiser

não venha a superfície;

2.7. Aguardar de 3 a 5 minutos;

2.8. Agitar o banho com a raspadeira;

2.9. Aguardar de 2 a 3 minutos;

2.10. Retirar a borra utilizando a concha;

2.11. Após este procedimento, o alumínio líquido poderá ser vazado nas coquilhas.

3. Limpeza do cadinho:

3.1. Ao final de cada expediente verificar a parede externa do cadinho:

3.1.1. Caso esteja impregnado com impureza, limpá-lo com o raspador.

4. Monitoramento da vida útil do cadinho:

4.1. Anotar, diariamente, na planilha o número de corridas;

4.2. É possível utilizar o cadinho aproximadamente de 200 a 220 corridas;

4.3. Após esta quantidade de uso, o cadinho deve ser substituído, e quando necessário,

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115

INSTRUÇÃO DE TRABALHO Documento: IT_PR_002

Título: Instrução da Fundição Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

também substituir a base.

5. Inspeção do forno:

5.1. A cada 15 dais se faz necessário:

5.1.1. Remover o cadinho e inspecionar o mesmo observando se há início de trincas;

5.1.2. Observar a parede interna do forno, se necessário passar a massa refratária em

toda a superfície interna;

5.1.3. Quando utilizado massa refratária na superfície interna é necessário aquecer o

forno com bicos a gás durante 5 minutos;

5.1.4. Após o processo anterior, iniciar o aquecimento com chama baixa durante 15

minutos;

5.1.5. E por fim, iniciar a operação normal.

COQUILHAS

1. Observar a pintura da coquilha, verificando se está em perfeitas condições, caso não esteja é

necessário lixar a superfície da mesma;

2. Fixar a coquilha na máquina coquilhadeira;

OBS: PARA PINTAR É NECESSÁRIO AQUECER A COQUILHA A UMA

TEMPERATURA APROXIMADA DE 250ºC.

3. Aquecimento

3.1. Aquecer as coquilhas antes do início de vazamento em aproximadamente 200 ºC;

3.2. Tomar cuidado para não aquecer os cilindros hidráulicos. O PROCESSO DE

APLICAÇÃO DE PINTURA DEVE SER EFETUADO EM BAIXA PRESSÃO;

3.3. No processo de pintura da coquilha a parte externa da cavidade deve ser pintada com

tinta a base de caulim, somente utilizar tinta grafite nos postiços quando da dificuldade

de sacar a peça.

4. Cuidados no funcionamento das coquilhas

4.1. Manter os pinos guias e os pinos extratores lubrificados com grafite e óleo;

4.2. Aplicar o grafite e o óleo com pincel;

4.3. Após o uso da coquilha, verificar se a mesma esta em perfeitas condições (pino extrator,

guias e respiros de ar);

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116

INSTRUÇÃO DE TRABALHO Documento: IT_PR_002

Título: Instrução da Fundição Emissão: 15/04/11

Revisão: 00

Válido a partir de: Página:

4.4. Verificar se a mesma necessita jateamento ou não;

4.5. Em caso de alguma necessidade deve ser encaminhada para o departamento de

ferramentaria, para a devida correção.

PARÂMETROS DE QUALIDADE DAS PEÇAS FUNDIDAS

1. Acabamento superficial 1.1. As peças deverão apresentar acabamento superficial uniforme. 1.2. Em condições de quando as peças apresentarem acabamento superficial não uniforme é

necessário: 1.2.1. Revisar a superfície da coquilha; 1.2.2. Lixar o excesso de tinta; 1.2.3. Aplicar nova tinta.

2. Porosidade 2.1. As peças deverão apresentar preenchimento uniforme; 2.2. Quando observado alguma anormalidade nos canais de alimentação ou rechupes na

peça, é necessário verificar a qualidade do alumínio (lingote). 3. No ato do recebimento de matéria prima (lingote)

3.1. Ter a precaução de separar lote por lote; 3.2. Caso haja problemas na liga de alumínio, será fácil a identificação da não

conformidade; 3.3. Em caso de não conformidade com a liga, comunicar ao Departamento de Qualidade.

PARÂMETROS DA LIGA DE ALUMÍNIO

A liga especificada é SAE 305. As variações dos elementos de liga admissíveis são:

SI Cu Mg Fe Mn Ni Zn Cr Sn Ti Pb Sr Ca Al Var.. 12,4 0,54 0,021 0,72 0,40 0,045 0,42 0,018 0,007 0,021 0,066 0,0005 0,0006 86,3 Max. 12,2 0,30 0,018 0,61 0,30 0,030 0,30 0,014 0,005 0,015 0,030 0,0004 0,0003 85,2 Min.

CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Revisão Data Alteração Responsável 00 __/__/____ Emissão Inicial

__/__/____ __/__/____ __/__/____ __/__/____

Page 127: Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia ... · Departamento de Engenharia de Produção Estruturação de um Sistema de ... surge também a possibilidade de exportação

117

APÊNDICE J – Registros: Ficha de Teste dos Produtos

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118

REGISTROS Documento: RG_ENG_001 Título: Ficha de Teste dos Produtos Emissão: 04/10/11

Elaborado por: Devacil Canivarolli Revisão: 00

Aprovado por: Mariana Braga Lopes Página:

Descrição do Produto:

Data do Teste:

Responsável:

TESTE

Dados de Entrada Dados de Saída

Altura

manométrica

Vazão

Sobre a

Roda RPM

Pressão

Dinamômetro Produção KW

Diâmetro

bico

(Metro) (L/ seg) (kg) (libras) (L/ min) (Watt) (Ampere) (mm)

Observações:

Assinatura:

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119

APÊNDICE K – Registros: Questionário de Satisfação do Cliente

Page 130: Universidade Estadual de Maringá Centro de Tecnologia ... · Departamento de Engenharia de Produção Estruturação de um Sistema de ... surge também a possibilidade de exportação

120

REGISTROS Documento: RG_VEN_001

Título: Questionário de Satisfação do Cliente

Emissão: 04/10/11

Elaborado por: Mariana Braga Lopes Revisão: 00 Aprovado por: Página:

Nome: Telefone: Data: Produto adquirido: De acordo com os critérios listados, avalie o serviço prestado classificando em excelente, regular ou insuficiente.

CRITÉRIOS 5 3 1

1. Qualidade do Produto

2. Pontualidade na Entrega

3. Confiabilidade

4. Preço Ofertado

5. Condições de Pagamento

6. Atendimento

7. Assistência Técnica

5 - Excelente 3 - Regular 1 - Insuficiente Quais melhorias você sugere para aumentar sua satisfação com relação ao serviço prestado e ao produto adquirido? Comentários:

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APÊNDICE L – Registros: Laudo para Assistência Técnica

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REGISTROS Documento: RG_PVD_003 Título: Laudo para Assistência Técnica Emissão: 04/10/11

Elaborado por: Revisão: 00

Aprovado por: Página:

LAUDO TÉCNICO

DATA DE PREENCHIMENTO DO LAUDO: __ /__ /__ Dados do cliente: Razão Social: _______________________________________________ Cidade:_____________ UF:_____ CEP________-______ Telefone :(____) ______-______ E-mail: ______________________ NF Cliente:___________ Data de chegada do produto:___ /___ /___ Hora:____:____:____ Dados do produto: Produto: __________________________ Cod.:______________ Nº de Fabricação:___________ Data da compra:____/____/____ NF Compra:___________ Destino: Estoque

Cliente Reclamação do cliente: Ação tomada: Conserto no assistente técnico. Envio de peças para o assistente técnico Envio de peças para o cliente Envio de produto para fábrica. Envio de produto Recall Assistência técnica da fábrica vai até ao cliente Defeito constatado (Não conformidade):

Data de chegada do produto na fábrica:____/____/____ Ação corretiva:

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REGISTROS Documento: RG_PVD_003 Título: Laudo para Assistência Técnica Emissão: 04/10/11

Elaborado por: Revisão: 00

Aprovado por: Página:

Parecer técnico: Produto está em garantia

Produto fotografado Produto não esta na garantia Envio de peças danificadas

Recomendações Técnicas:

Assistência Técnica Vendas Data de saída do produto da fábrica ______/______/__________