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Universidade do Vale do Paraíba Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Michelle Cavalcanti de Lemos “Verificação da relação entre características de hiperatividade/déficit de atenção e qualidade do sono em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a escola” São José dos Campos – SP 2005

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Universidade do Vale do Paraíba

Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento

Michelle Cavalcanti de Lemos

“Verificação da relação entre características de hiperatividade/déficit de atenção e qualidade do sono em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a escola”

São José dos Campos – SP

2005

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Michelle Cavalcanti de Lemos

“Verificação da relação entre características de hiperatividade/déficit de atenção e qualidade do sono em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a escola”

Orientador: Prof. Dr. Luis Vicente Franco de Oliveira

São José dos Campos – SP

2005

Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade do Vale do Paraíba, como complementação dos créditos necessários à obtenção do título de Mestre em Engenharia Biomédica.

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RESUMO

O transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) é o distúrbio de neurodesenvolvimento mais encontrado na infância, e suas características são falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. Ele tem sido frequentemente associado aos distúrbios de sono nas crianças em idade escolar, são citados principalmente os distúrbios respiratórios do sono, a síndrome das pernas inquietas e o movimento periódico de pernas. O objetivo deste estudo foi correlacionar a qualidade de sono com as características de hiperatividade/déficit de atenção em crianças de 7 a 10 anos de idade. Para isso, foram respondidos 31 questionários de hábitos de sono e diários de sono, por pais de alunos do Centro Educacional Cavalcanti Lemos, e também questionários do DSM-IV para a determinação das características de hiperatividade, por pais e professores da mesma instituição de ensino. Os resultados mostraram que dos eventos observados, os mais freqüentes foram mexer-se muito, falar dormindo, roncar e chutar as pernas. Além disso, o ronco não esteve presente nas crianças que apresentaram características de hiperatividade/deficit de atenção. Com o presente estudo podemos verificar a presença de diversos fatores que interferem na qualidade do sono dessas crianças, e consequentemente na sua vida diária, podendo levar a alterações de comportamento como as características de hiperatividade/déficit de atenção. Verificamos também a predominância do sexo masculino em relação ao feminino, no que diz respeito às características de hiperatividade/déficit de atenção. Palavras chave: distúrbios de sono, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, criança

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ABSTRACT

The upheaval of the attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD) is the riot of found neurodevelopment disturb more in infancy, and its characteristics are lack of attention, hyperactivity and impulsiveneness. It has been frequent associated to the riots of sleep in the children in pertaining to school age, is mainly cited the respiratory riots of sleep, the syndrome of the uneasy legs and the periodic movement of legs. The objective of this study was to correlate the quality of sleep with the characteristics of hyperactvity/deficit of attention in children of 7 the 10 years of age. For this, 31 questionnaires of daily habits of sleep and of sleep had been answered, for parents of pupils of the Centro Educacional Cavalcanti Lemos, and also questionnaires of the Dsm-iv for the determination of the hyperactivity characteristics, for parents and teachers of the same institution of education. The results had shown that of the observed events, most frequent they had been to move itself very, to speak sleeping, to snore and to kick the legs. Moreover, the snore was not present in the children who had presented characteristics of hyperactivity/deficit of attention. With the present study we could verify the presence of diverse factors that intervene with the quality of the sleep of these children, and in its daily life, being able to take the behavior alterations as the characteristics of hyperactivity/deficit of attention. We also verify the predominance of the masculine sex in relation to the feminine one, in that it says respect to the characteristics of hyperactivity/deficit of attention.

Keys words: sleep disorders, atention deficit/hyperactivity disorder, child.

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SUMÁRIO 1- Introdução.......................................................................................................................02

1.1- Objetivos..................................................................................................................03

2 - História da Medicina do Sono ........................................................................................05

3 - Fisiologia do sono ...........................................................................................................10

3.1 – Sono Normal ....................................................................................................10

3.2 – Regulação do Sono ..........................................................................................11

3.3 – Controle da Ventilação no Sono ......................................................................12

3.4 – Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono .......................................12

4 - Cronobiologia..................................................................................................................15

4.1 – História da Cronobiologia ...............................................................................15

4.2 – Ontogênese do ciclo sono-vigília.....................................................................15

5 - Hiperatividade / Déficit de atenção.................................................................................18

5.1- Definição ...........................................................................................................18

5.2- Incidência ..........................................................................................................18

5.3- Etiologia ............................................................................................................19

5.4- Quadro Clínico ..................................................................................................20

5.5- Diagnóstico/Diagnóstico diferencial .................................................................20

5.6- Comorbidades ...................................................................................................21

5.7- Tratamento ........................................................................................................22

5.8- Hiperatividade/Déficit de Atenção e desempenho escolar ...............................23

6- Qualidade do sono X hiperatividade/Déficit de atenção...................................................25

7 - Material e Métodos..........................................................................................................27

7.1- Caracterização do estudo...................................................................................27

7.2 - Caracterização dos sujeitos...............................................................................27

7.3 - Princípios éticos e legais...................................................................................27

7.4 - Protocolo ..........................................................................................................27

7.5 - Questionário de hábitos de sono ......................................................................28

7.6 - Diário de sono ..................................................................................................28

7.7 - DSM – IV .........................................................................................................29

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8 - Resultados........................................................................................................................31

9 - Discussão.........................................................................................................................39

10- Conclusões......................................................................................................................43

Referências Bibliográficas....................................................................................................45

Anexo A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ..................................................54

Anexo B – Diário de Sono....................................................................................................57

Anexo C – Questionário de hábitos de sono.........................................................................60

Anexo D – DSM-IV .............................................................................................................68

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1- INTRODUÇÃO

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1. INTRODUÇÃO

Falta de atenção e hiperatividade são problemas comportamentais comuns em

crianças, entre eles a prevalência do transtorno do déficit de atenção/hiperatividade (TDA/H)

é significativa. Os sintomas que definem este distúrbio incluem altos níveis de atividade,

impulsividade e desatenção, que podem trazer dificuldades em diversos contextos, como

escolar, social e familiar. Os meninos apresentam maior freqüência em relação ao

diagnóstico que as meninas quanto ao TDA/H (LAHEY et al., 1994).

Uma grande diversidade de fatores é citada desempenhando papéis na etiologia deste

distúrbio, incluindo a transmissão genética, toxinas, condição socioeconômica, componentes

alimentares e desequilíbrio químico cerebral. Contudo, o comportamento dos pais e a

natureza do ambiente em casa, estão fortemente envolvidos na maioria dos casos (PANZER,

VILJOEN, 2005).

Apesar da diversidade de componentes apresentados, a patofisiologia desse

distúrbio ainda não é bem conhecida. O fato de crianças com TDA/H apresentarem

alterações do despertar também é considerado uma das possibilidades. Há mais de 60 anos

uma grande variedade de estudos neurofisiológicos já tem confirmado que o TDA/H está

associado com a hipovigilância mais que a hipervigilância (WEINBERG, 1993).

A razão destas crianças apresentarem alterações do despertar não tem sido explicada,

mas muitas linhas de estudo sugerem que desordens do sono noturno poderiam desempenhar

um significativo papel neste sentido.

Achados têm mostrado que crianças com distúrbios respiratórios do sono,

especificamente apnéia obstrutiva do sono ou síndrome da resistência aumentada das vias

aéreas superiores, frequentemente mostram desatenção e hiperatividade. Não é incomum que

elas já tenham recebido estimulantes para TDA/H no passado (GUILLEMINAULT, 1981).

O´brien et al. (2003), propõem uma evidência inicial de que o tratamento com

medicamentos estimulantes afeta as características do sono das crianças com o distúrbio.

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Em uma comunidade pesquisada através dos pais, foi demonstrado que crianças com

sintomas de apnéia obstrutiva do sono eram mais prováveis de serem hiperativas (ALI,

1993).

Em outra pesquisa, concluiu-se que as crianças com TDA/H dos tipos combinado e

predominantemente desatento apresentaram perfil semelhante através das tarefas avaliadas

de inibição, velocidade de processamento e vigilância (CHHABILDAS, 2001).

Observações através de gravações de vídeos também mostraram um aumento no

número e duração dos movimentos durante o sono, de crianças com TDA/H em relação ao

grupo controle (KONOFAL, 2001).

Kirov et al. (2004), em uma pesquisa realizada com a polissonografia, encontraram

um aumento significante na duração do sono de movimentos rápidos dos olhos (REM) e no

número de ciclos de sono em crianças com TDA/H, quando comparados às crianças sem o

distúrbio.

Embora a polissonografia noturna em um laboratório do sono seja o padrão ouro

para o diagnóstico dos distúrbios respiratórios do sono e a síndrome dos movimentos

periódicos de pernas, a presença de sintomas característicos tem valor preditivo importante e

questionários do sono podem ser usados em pesquisas epidemiológicas (OHAYON, 1997).

1.1 OBJETIVOS

OBJETIVO GERAL

Verificar a incidência das características de hiperatividade/ déficit de atenção e de

qualidade do sono em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam o Centro

Educacional Cavalcanti Lemos.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Verificar a prevalência das características de hiperatividade/déficit de atenção em

crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a escola;

Verificar a possível predominância de sexo e idade em relação a

hiperatividade/déficit de atenção e/ou má qualidade do sono;

Verificar quais os principais eventos que contribuem para uma má qualidade do

sono;

Verificar a diferença da qualidade do sono entre as crianças com e sem

características de hiperatividade/déficit de atenção.

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2- HISTÓRIA DA MEDICINA DO SONO

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2. HISTÓRIA DA MEDICINA DO SONO

Um dos primeiros autores a tentar definir o sono foi Robert McNish no livro “The

Phylosophy of Sleep” editado em 1834, onde segundo o autor o sono seria um estado

intermediário entre despertado e morto; despertado sendo visto como um estado ativo de

todas as funções animais e intelectuais e morte a suspensão de tal estado (DEMENT, 2000).

No início no século XIX, devido à preocupação de que podia abranger um terço da

existência humana, o sono começou a ser observado de uma forma sistemática, sendo visto

como restaurador e saudável, prazeroso e naturalmente restaurativo, necessário para

recuperar a exaustão física, devido ao constante estado de alerta e gasto energético

(CHOKROVERT, 2000).

Segundo Dement (1998), Jean Jacques D’Ortous de Mairan demonstrou em 1729, a

persistência do ritmo circadiano mesmo na ausência de estímulos ambientais. O termo ritmo

circadiano é derivado do latim, circa significando “sobre” e dien relativo a “dia” ou diário

(CHOKROVERT, 2000).

Já a primeira descrição da síndrome da apnéia obstrutiva do sono não foi feita por

cientistas e sim pelo escritor Charles Dickens que, em suas publicações Posthumous Papers

of the Pickwick Club descreveu Joe, um jovem obeso, extremamente sonolento, que roncava

estridentemente (DEMENT, 2000). Em 1875, Caton, um fisiologista escocês, descobriu as

ondas cerebrais em animais e Jean Baptiste Edouard Gellineau publicou em 1880, a

descrição da Síndrome da Narcolepsia (DEMENT, 1998). Estudos de privação de sono em

humanos, no ano de 1920, foram realizados por Kleitman, na Universidade de Chicago

(DEMENT, 2000).

A descrição mais detalhada dos padrões de ondas cerebrais foi mostrada por Loomis

em 1937 (DEMENT, 1990), e por Harvey, Hobart e Davis em suas publicações em 1937,

1938 e 1939 (DEMENT, 2000), demonstrando que o sono poderia ser avaliado

continuamente, sendo sua presença ou ausência em qualquer tempo, estabelecidas sem

causar distúrbios ao paciente. Naquele ano, Loomis e colaboradores propuseram uma

primeira classificação de sono baseada nos padrões do eletroencefalograma (DINNER,

1990).

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Por volta dos anos cinqüenta, surgiram vários pesquisadores estudiosos do sono, com

interesse principalmente nos mecanismos do despertar. Em 1952, segundo Dement (1990),

iniciava-se a segunda fase histórica da Medicina do Sono. Tal fase aconteceu devido à

curiosidade dos pesquisadores da época no sincronismo dos movimentos rápidos dos olhos

durante o sono. Os estudiosos da época associavam esses movimentos ao período final dos

sonhos.

Nathanial Kleitman, professor de Fisiologia na Universidade de Chicago intrigava-se

com a desproporcional representação cortical para os movimentos dos olhos, e com a sua

descrição de início lento, progredindo para o rápido e desaparecendo durante o sono

(DEMENT, 1990).

Entretanto, os estudos de observação direta dos movimentos dos olhos tiveram início

apenas no final dos anos cinqüenta, com Eugene Aserinski e Kleitman (CHOKROVERT,

2000; DEMENT, 1998; DINNER, 1990). Eles começaram a identificar períodos de

mobilidade e períodos de ausência de movimentos.

Em 1957, W. C. Dement obteve os primeiros registros de ondas cerebrais durante

toda a noite, pois até aquela data só eram feitos registros periódicos. Nesse ano Dement e

Kleitman fizeram a descrição da arquitetura do sono em adultos, em uma noite inteira

através do eletroencefalograma de sono.

Dement apresentou também análises de registros, comparando-se qualitativa e

quantitativamente o sono com e sem alterações. Baseados nesses achados, Dement e

Kleitman propuseram uma classificação para os estágios e fases do sono REM e NREM

(DINNER, 1990).

Em 1955, Kleitman e Dement iniciaram observações durante o sono de crianças

recém-nascidas em uma maternidade. Eles estavam interessados nos movimentos rápidos

dos olhos e concluíram que também os bebês faziam tais movimentos durante o sono. Essa

investigação viria a se confirmar alguns anos depois por Howard Roffwarg (DEMENT,

1990).

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Em 1961, Dement e Rechtschaffen (DEMENT, 1990) iniciaram discussões com

alguns pesquisadores sobre uma proposta de classificação dos estágios de sono. Em março

de 1961, o grupo de pesquisadores constituiu oficialmente a Association for the

Psychophysiological Study of Sleep (APSS), tendo como desafio quantificar os movimentos

rápidos dos olhos.

Nos anos sessenta, foi realizada por Kuhlo, a primeira traqueostomia com a

finalidade de facilitar a respiração durante o sono em pacientes obesos (DEMENT, 1998).

Kuhlo fez também a primeira descrição científica da Síndrome de Pickwick associada à

sonolência diurna causada pela hipercapnia.

Um evento de grande significado foi o encontro científico na cidade italiana de

Bologna, realizado em 1967 pelos pesquisadores Elio Lugaresi e Henry Gastaut, reunindo os

maiores especialistas de todo o mundo na área de pesquisas em distúrbios de sono

(DEMENT, 2000).

Para o Professor Dement (1998), a terceira fase da história teve início em 1971, indo

até o ano de 1980. A fase é notavelmente caracterizada pelos avanços no diagnóstico e no

tratamento da apnéia obstrutiva do sono, bem como com a identificação da severidade de

suas complicações clínicas, em especial, as cardiovasculares.

Essa fase da Medicina do Sono é descrita como o período de definição do campo de

atuação da especialidade, a criação da American Sleep Disorders Association (ASDA) em

1975, em substituição a Association of Sleep Disorders Centers, com a finalidade de reunir

cientistas e clínicos que lidavam na área da Medicina do Sono e propor a primeira

classificação formal dos distúrbios do sono (DINNER, 1990).

Segundo Dement (1998), o quarto período na história da Medicina do Sono foi

marcado pelo melhor conhecimento clínico da síndrome da apnéia obstrutiva do sono e o

surgimento dos tratamentos alternativos. É notório nessa fase o envolvimento de

pneumologistas, neurologistas, cirurgiões otorrinolaringologistas e psiquiatras junto à causa

do tratamento dos distúrbios do sono.

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O número de publicações científicas aumentou drasticamente, bem como a

quantidade de eventos científicos específicos na área de sono. Surgiu, em 1985, a Medicina

do Sono Pediátrica, tendo como seu expoente Richard Ferber (DEMENT, 1990).

A quinta e última fase, segundo Dement (1990), é caracterizada pela definição de

áreas distintas de investigação dentro da Medicina do Sono, tais como a Fisiologia do Sono,

a Privação do Sono e as Desordens do Sono. Esse período iniciou-se em 1990 e 1991 com a

criação nos Estados Unidos da América da Comissão de Estudos sobre o Impacto da

Privação do Sono e de seus Distúrbios.

Atualmente, observa-se uma época em que a Medicina do Sono já se encontra

definida como disciplina e também como prática clínica (DEMENT, 1998). Recentemente,

as pesquisas são marcadas pela sofisticação de novas técnicas, associação com a Biologia

Molecular e a moderna Neurociência, dirigindo suas pesquisas para os mecanismos do

“relógio” biológico, fases do sono e estudos dos mecanismos de sono e despertar

(DEMENT, 1990).

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3- FISIOLOGIA DO SONO

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3. FISIOLOGIA DO SONO

3.1 Sono Normal

Os seres humanos passam aproximadamente um terço de suas vidas dormindo, em

qualquer parte do planeta. Provavelmente esse é um dos fatores pelos quais vem sendo

estudado desde a antiguidade. Sócrates, Galeno e Aristóteles acreditavam que vapores

provenientes da digestão do estômago condensavam-se no cérebro e bloqueavam seus poros,

isolando-o assim do resto do corpo; com o cérebro desconectado do corpo, o homem dormia

(LAVIE, 1996).

O sono, ao contrário do que muitos pensam, não é constituído de um estado estável,

seja do ponto de vista fisiológico ou comportamental, podendo ser dividido em duas fases

que se repetem ciclicamente. Essas fases são denominadas de sono de ondas lentas e sono

paradoxal. O sono de ondas lentas, também conhecido como sono sincronizado ou sono não-

REM, pode ser dividido nos estágios 1, 2, 3 e 4, do ponto de vista eletroencefelográfico,

sendo que os dois primeiros constituem o sono superficial e os dois últimos, o sono

profundo.

O sono paradoxal, também conhecido como sono dessincronizado ou sono REM

(rapid eyes movements), caracteriza-se pelos movimentos rápidos dos olhos, hipotonia

muscular, ocorrência de sonhos e padrão eletroencefalográfico similar ao da vigília.

Iniciando o sono, o indivíduo passa pelos estágios 1, 2, 3 e 4 e sono paradoxal,

sucessivamente. Esse ciclo completo dura de 90 a 120 minutos e se repete de 3 a 4 vezes por

noite. O sono paradoxal gradualmente aumenta de duração, atingindo o máximo no último

ciclo (COOPER, 1994).

O sono é uma das atividades principais do recém-nascido diferindo

significativamente do sono do adulto. Assim, o percentual de sono REM diminui com a

maturação, sendo maior em neonatos que nas crianças mais velhas e nos adultos. A mesma

redução pode ser observada em diversas espécies animais, quando comparamos o animal

recém-nascido ao adulto (COSTA, 1996).

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Atualmente sabe-se que os efeitos da privação do sono incluem algumas

perturbações do metabolismo, da termorregulação e do sistema imunológico. No entanto, as

conseqüências mais evidentes afetam o desempenho psicológico, em particular a memória e

o aprendizado (GOKCEBAY et al., 1994).

3.2 Regulação do Sono

Berlucchi apud Velluti (1996), propôs que a atividade cerebral que mantém a

alternância de sono-vigília depende de processos endógenos relacionados à atividade cíclica,

neuronal ou de circuitos neurais. Estes grupos/redes neuronais se encontram submetidos a

retroalimentações neurais ou bioquímicas. Tanto a atividade neuronal como o acúmulo ou

esgotamento dos neurotransmissores, poderiam desequilibrar o sistema para a vigília ou para

o sono.

A existência de diversos ritmos no organismo, os quais estabelecem relações de fase

entre si, levam ao conceito de ordem temporal interna (MOORE, 1976 apud MELLO 1999).

Os ritmos de temperatura, a secreção de cortisol e de melatonina, o ciclo sono-vigília e a

relação temporal existente entre eles, exemplificam esta questão. Os valores mínimos de

temperatura e a secreção máxima de melatonina ocorrem durante a fase do sono, enquanto a

secreção máxima de cortisol se dá no final da noite, antecedendo a vigília (MINORS;

WATERHOUSE, 1981).

A melatonina administrada a humanos, em doses fisiológicas e farmacológicas, pode

induzir mudanças de fases de ritmos circadianos. O mecanismo pelo qual ela atua sobre os

sistemas de temporização ainda é objeto de estudo (HUNT et al., 2001). Provavelmente ela

interfira diretamente na queda de temperatura observada em humanos à noite. O ponto mais

baixo da temperatura corporal ocorre cerca de 1 hora após o pico de concentração de

melatonina. Esta relação pode ser apenas casual, no entanto é preciso ressaltar que a

administração aguda de melatonina (0,5-5 mg) leva a uma diminuição aguda da temperatura

corporal, acompanhada por uma diminuição do alerta (HARRIS et al., 2001).

De grande importância na interação entre diferentes espécies é a possibilidade da

melatonina sincronizá-las ao ciclo claro / escuro ambiental, e desta forma otimizar a

interação entre as mesmas (GARCIA et al., 2001).

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O cortizol, em determinados macacos, controla os ritmos de excreção renal. Devido

a esse ritmo excretório parecer intrínseco dos rins, o cortizol pode ser visto como uma

conexão entre o mecanismo circadiano de regulação cerebral do ritmo corticotrópico e o

mecanismo circadiano renal para os ritmos excretórios (HARRINGTON; MISTLBERGER,

2000). Além do cortizol e da melatonina, vários outros hormônios são secretados ao ritmo

que marca o ciclo sono-vigília. As concentrações da maioria dos hormônios apresentam

flutuações que recorrem de maneira episódica (VELLUTI, 1996).

3.3 Controle da Ventilação Durante o Sono

Durante o sono ocorrem mudanças respiratórias que são reflexos da supressão dos

controles ligados à vigília e, por outro lado, ao predomínio do controle metabólico no sono

NREM e a uma diminuição desse controle no sono REM (VELLUTI, 1996).

No sono NREM, a respiração é controlada por um sistema automático dirigido por

uma estimulação química. Há uma classe de neurônios respiratórios na medula que parece

ser o centro desse sistema automático. Esses neurônios são essencialmente respiratórios, e

eles são levemente afetados pelo sono NREM. Essas células produzem atividade respiratória

consistente e são relativamente insensíveis a influências não-respiratórias. Os neurônios

medulares respiratórios têm comportamento extremamente variável no sono REM,

comportamento que pode em grande parte colaborar para a respiração irregular desse estado;

existem ambas as influências excitatórias e inibitórias sobre o sistema respiratório no sono

REM (OREM; KUBIN, 2000).

Além disso, no sono NREM (estágio 2) ocorre um ritmo respiratório instável com

sucessivas hipo e hiperventilações; nos estágios 3 e 4 a ventilação se torna regular quanto à

amplitude e freqüência respiratória .

Durante o sono REM, o ritmo respiratório se caracteriza por ser mais rápido e,

sobretudo irregular, com episódios apnéicos e de hipoventilação (VELLUTI, 1996).

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3.4 Classificação Internacional dos Distúrbios do Sono

A classificação internacional dos distúrbios de sono foi produzida primeiramente

para propósitos diagnósticos e epidemiológicos. Assim, esses distúrbios podem ser

levantados e indexados fornecendo dados para a investigação da morbidade/mortalidade.

Desse modo temos quatro categorias:

- Dissonias: distúrbios de início ou manutenção do sono e sonolência excessiva

(distúrbios intrínsecos do sono, distúrbios extrínsecos do sono e distúrbios do ritmo

circadiano);

- Parassonias: distúrbios que primariamente não causam queixas de insônia ou sonolência

excessiva (distúrbios do despertar, distúrbios da transição sono-vigília, parassonias

geralmente associadas ao sono REM e outras parassonias);

- Distúrbios médico/psiquiátricos do sono: associados a distúrbios mentais, a distúrbios

neurológicos, e a outros distúrbios médicos;

- Distúrbios do sono propostos: incluem as desordens com informação insuficiente para

confirmar sua aceitação definitiva como distúrbio do sono (The International

Classification of Sleep Disorders – ASDA, 1990).

Desta forma, podemos ressaltar que alguns distúrbios predominam em crianças. A

apnéia obstrutiva do sono tem uma prevalência de 2% (REDLINE et al., 1999). Em um

estudo realizado por Kirk e Bohn (2004), observou-se que 5,6% das crianças estudadas

evidenciaram movimentos periódicos de pernas; dessas, 60% apresentavam concomitante

apnéia obstrutiva do sono. Chervin et al. (2002), mostraram 17% de 866 crianças estudadas

apresentando síndrome das pernas inquietas. Além disso, podem ser encontrados também o

sonambulismo, o sonilóquio e o terror noturno (HALBOWER; MARCUS, 2003).

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4- CRONOBIOLOGIA

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4. CRONOBIOLOGIA

4.1 História da Cronobiologia

A Cronobiologia (HALBERG, 1969 apud ROTENBERG, 2002) refere-se ao estudo

sistemático das características temporais da matéria viva, em todos os seus níveis de

organização. Inclui o estudo de ritmos biológicos como, por exemplo, as oscilações

periódicas em variáveis biológicas e as mudanças associadas ao desenvolvimento.

Uma das primeiras descrições de caráter científico foi a de Andróstenes de Thasos

em 325 a.C. (apud SCHILDKNECHT, 1983), que descreveu o movimento periódico diário

das folhas da planta Tamarindus indicus. Até o final do século XIX, as descrições ou

estudos de ritmos biológicos enquadravam-se em duas linhas principais. A primeira incluía

relatos de ritmos, principalmente no homem, em variáveis fisiológicas em condições de

saúde e doença. Uma segunda linha envolvia a manipulação do ambiente através da

observação dos ritmos em condições ambientais constantes (LAVOISIER, 1797 apud

ROTENBERG, 2002).

Apesar das evidências da característica endógena da ritmicidade biológica, a

Cronobiologia se deparou por muitos anos com a controvérsia sobre a origem endógena ou

exógena dos ritmos. Sabemos hoje que, pelo menos para os ritmos circadianos, há um

intervalo limite, entre 20 e 28 horas, dentro do qual o período da oscilação endógena pode

ser acertado ou sincronizado pelos ciclos ambientais exteriores. Alterações periódicas da

intensidade da luz e ciclos de temperatura podem afetar o período do ritmo biológico

(ASCHOFF, 1951 apud ROTENBERG, 2002).

4.2 Ontogênese do Ciclo Sono-Vigília

Segundo Andrade (2002), a ontogênese se define como o conjunto de processos que

ocorrem no indivíduo desde a fecundação até a sua morte. Esses processos ontogenéticos do

CSV humano ou dos ritmos biológicos em geral, provavelmente refletem os aspectos

adaptativos particulares do sistema de temporização biológica em cada etapa do

desenvolvimento (ANDRADE et al., 1997).

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17

Em geral, as estatísticas mostram um gradual, um pouco irregular, decréscimo da

duração do sono com a idade; mas existe uma diferença entre o que é proposto e o realmente

observado (KLEITMAN, 1987).

O bebê recém-nascido dorme a maior parte das 24 horas que compreendem o dia,

porém ele o faz em vários episódios de sono e vigília, caracterizando um padrão polifásico

de sono. Ao longo dos primeiros anos de vida os episódios de sono diurno vão

gradativamente desaparecendo, ao mesmo tempo, o sono noturno vai se estruturando em um

único episódio, mostrando um padrão monofásico de sono (LOUZADA et al., 1996).

Na adolescência, ocorrem algumas alterações na expressão do CSV, uma delas é o

atraso na fase de sono, ou seja, nos horários de dormir e acordar. Sabe-se que este atraso,

além de ser influenciado pelo contexto social, tem uma determinação biológica,

provavelmente relacionada às alterações hormonais dessa faixa etária. Os adultos possuem

um padrão de sono caracterizado por monofásico estável, um único episódio por dia; embora

em determinadas culturas são encontrados padrões bifásicos, onde ocorre um episódio

diurno, denominado de sesta. Já no idoso, ocorrerão alterações relacionadas ao adiantamento

de fase dos seus ritmos (LOUZADA, 2004).

Além das mudanças de expressão do CSV ao longo da vida, é importante ressaltar as

diferenças individuais que são relacionadas principalmente à duração e à alocação temporal

dos episódios de sono e vigília (distribuição desses episódios no tempo).

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18

5- HIPERATIVIDADE/DÉFICIT DE ATENÇÃO

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5. HIPERATIVIDADE/DÉFICIT DE ATENÇÃO

5.1 Conceito

A primeira descrição do Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDA/H)

data de 1902, quando um médico inglês descreveu um conjunto de alterações de

comportamento em crianças, as quais não podiam ser explicadas por falhas ambientais, mas

se deviam a algum fator biológico desconhecido até então. Entre 1916 e 1927 nova onda de

interesse por esse quadro clínico surgiu da observação de manifestações semelhantes em

crianças que foram acometidas de encefalite epidêmica de Von Economo (BOURBON,

2005).

O TDA/H é uma condição neurológica que envolve problemas com a falta de

atenção e a hiperatividade-impulsividade que, nesta situação, estão nitidamente diferentes do

esperado para a idade da criança. Atualmente sabe-se que não é um distúrbio da atenção,

como foi considerado por muito tempo. E sim, é uma falha de desenvolvimento em um

circuito cerebral que monitora a inibição e o auto-controle. Essa perda da auto-regulação

enfraquece outra importante função cerebral, crucial para a manutenção da atenção,

incluindo a habilidade de diferenciar recompensas imediatas para ganhos posteriores

(BARKLEY, 1998). O comportamento das crianças com TDA/H pode incluir também a

atividade motora excessiva. O alto nível de energia e o comportamento subsequente dessas

crianças são constantemente percebidos como propositais, quando na verdade, eles podem

ser a manifestação do distúrbio, e requererem intervenção específica. As crianças com

TDA/H exibem uma variedade de sintomas e níveis de severidade.

5.2 Incidência

Segundo a associação americana de psiquiatria (1994), o transtorno do déficit de

atenção/hiperatividade é o distúrbio do neurodesenvolvimento mais frequentemente

encontrado.

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20

A incidência do TDA/H sofre variações de um estudo para outro. De acordo com

dados da Associação Americana de Psiquiatria (1994) e Pastor e Reuben (2002), é estimado

que 3 a 5% da população estudantil primária tenha diagnóstico de TDA/H.

Os meninos são quatro a nove vezes mais prováveis de serem diagnosticados. Além

disso, em todas as culturas o distúrbio é encontrado, embora haja diferenças estatísticas

(ROSS; ROSS, 1982). Das crianças estudadas por Kalff et al. (2002), 9% apresentaram

TDA/H, destas, a maior parte eram meninos. Nas meninas prevalece o tipo clínico em que

predomina a desatenção (BOURBON, 2005).

5.3 Etiologia

Um estudo realizado em 1996, conduzido pelo Instituto Nacional de Saúde Mental

dos Estados Unidos da América descobriu que o córtex pré-frontal direito e, pelo menos dois

aglomerados de células nervosas reconhecidas coletivamente como o gânglio basal é

significantemente menor em crianças com TDA/H. Parece que essas áreas do cérebro

relacionam-se à regulação da atenção. O porquê dessas áreas serem menores em algumas

crianças ainda não se sabe, mas pesquisas sugerem que mutações em vários genes ativos no

córtex pré frontal e no gânglio basal podem ter um papel importante.

Além disso, alguns fatores não genéticos têm sido relacionados ao TDA/H, incluindo

a prematuridade, uso materno de álcool e de tabaco, os altos níveis de exposição ao chumbo,

e danos neurológicos pré-natais. Embora algumas pessoas afirmam que conservantes, açúcar

e fermento conduzem ao TDA/H, não existem evidências conclusivas que suportam essas

crenças (BARKLEY, 1998).

Acredita-se ainda que, dos vários neurotransmissores conhecidos, alguns estão

relacionados ao TDA/H, entre eles a dopamina (DA) e a noradrenalina (NA). Em favor

dessa hipótese estão os medicamentos capazes de atenuar os sintomas desse distúrbio, por

alterarem as quantidades de DA e NA disponíveis no cérebro (BOURBON, 2005). Por outro

lado, Salazar (2003), coloca que aproximadamente 80% das crianças apresentam respostas

muito positivas aos estimulantes; deixando aberta a possibilidade de outros fatores

coexistirem.

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Anormalidades durante o sono são frequentemente relatadas pelos pais, com isso,

vêm sendo estudadas hipóteses sobre os mecanismos de sono e vigília, onde as crianças com

TDA/H poderiam apresentar um estado de sonolência em situações conhecidas (tarefas

repetitivas), mas poderia apresentar uma resposta hiperativa em face aos novos estímulos ou

recompensas imediatas. Por isso, a atividade motora excessiva poderia ser uma estratégia

utilizada para se manter acordado e alerta (WEINBERG; HARPER, 1993).

5.4 Quadro Clínico

O TDA/H apresenta manifestações nos campos da atenção, da atividade motora e do

controle dos impulsos, que se combinam em determinados sintomas. A criança em geral tem

dificuldades na escola e no relacionamento com as demais crianças, pais e professores. Ela é

tida como “avoada”, “vivendo no mundo da lua”, e geralmente “estabanada” ou “ligada por

um motor”. Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que

as meninas, mas todos são desatentos. Além disso, podem apresentar mais problemas de

comportamento, como dificuldades com regras e limites (Associação Brasileira do Déficit de

Atenção, 2005). Comumente não permanecem sentados por muito tempo, estão sempre

mexendo os pés ou as mãos, mostram necessidade de estar sempre ocupados com alguma

coisa (BOURBON, 2005).

As crianças com TDA/H também têm dificuldades para manter atenção em

atividades muito longas, repetitivas; são facilmente distraídas por estímulos externos ou

pensamentos internos. Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da

memória, em geral são tidas como “esquecidas”. Outra tendência é a impulsividade, não

esperam a vez, interrompem os outros, agem antes de pensar, têm baixa tolerância a

frustrações; frequentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejar

aquilo que precisam fazer (Associação Brasileira do Déficit de Atenção, 2005).

Além disso, é importante ressaltar que estudos mostraram estudantes com esse

distúrbio, que quando comparados a estudantes sem o distúrbio, têm dificuldades

acadêmicas persistentes, como a seguir: notas médias mais baixas, mais reprovações, mais

expulsões, crescente queda na freqüência escolar e índice mais baixo de escolaridade

completa (INGERSOLL, 1988). Um estudo de Barkley et al. (1990), mostrou que 46% dos

estudantes com TDA/H desse grupo de estudo tinham sido suspensos, e 11% expulsos.

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5.5 Diagnóstico / Diagnóstico Diferencial

O diagnóstico do TDA/H é estabelecido através de uma avaliação clínica cuidadosa,

na qual pais e professores fornecem as informações mais importantes (LOEBER et al.,

1991).

Tem que se valer de critérios claros e bem definidos, provenientes de sistemas

classificatórios como o DSM-IV ou o CID-10. Não existem características físicas,

marcadores laboratoriais ou exames de imagem que comprovem o diagnóstico. Ele é

sugerido quando a criança apresenta no mínimo seis sintomas de desatenção e/ou seis

sintomas de hiperatividade/impulsividade. Com isso, o TDA/H pode ser do tipo combinado,

se forem satisfeitos os critérios para desatenção e para hiperatividade/impulsividade; do tipo

predominantemente desatento, se são satisfeitos os critérios apenas para desatenção; do tipo

predominantemente hiperativo/impulsivo, se forem satisfeitos critérios apenas para

hiperatividade/impulsividade (POLANCZYK et al., 2002).

Além disso, os sintomas devem ter início antes dos 7 anos de idade, devem existir há

no mínimo 6 meses, e atravessar dois ou mais aspectos da vida da criança, por exemplo, em

casa e na escola (REIFF; STEIN, 2003).

Existem diversas escalas e questionários que envolvem o TDA/H, e devem ser

utilizados também para o acompanhamento da evolução comportamental. A Academia

Americana de Pediatria publicou um guia de diagnóstico do Transtorno de Déficit de

Atenção/Hiperatividade, no qual recomenda que:

1- Iniciem-se evoluções para TDA/H em crianças em idade escolar que apresentem

problemas escolares ou de comportamento;

2- Façam uso dos critérios do DSM-IV para fazer o diagnóstico do TDA/H;

3- Colham informações detalhadas de pais e professores, considerando os critérios do DSM-

IV;

4- Avaliem a coexistência de problemas mentais e de aprendizagem;

5- Peçam outros testes diagnósticos apenas quando indicado, com base na história ou em

achados físicos (LESLIE et al., 2004).

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Segundo Bourbon (2005), diversas condições psiquiátricas podem ser frequentemente

confundidas com o TDA/H, as mais comuns são: distimia, distúrbio da ansiedade

generalizada, transtorno do estresse pós-traumático, esquizofrenias larvadas, distúrbio

borderline da personalidade, distúrbio histriônico da personalidade, dependência de álcool

e/ou drogas e manifestações psíquicas do hipertireoidismo.

Entretanto, não é propósito desse trabalho a caracterização precisa da cada uma

delas. Devemos, enfim, prestar a devida atenção à história clínica colhida com pais e

professores e sempre pesquisar a presença deste distúrbio entre os familiares, para que seja

realizado um diagnóstico correto.

5.6 Comorbidades

Uma característica marcante do TDA/H é a sua alta taxa de comorbidade. A

literatura atual indica que aproximadamente 40 a 60% das crianças com esse transtorno têm

ao menos um distúrbio coexistente. Embora qualquer condição possa existir junto ao

TDA/H, algumas são mais comuns que outras. Entre elas estão: transtornos de

comportamento, distúrbio do humor, distúrbios ansiosos, tiques e Síndrome de Tourette, e

transtorno de aprendizagem (JENSEN et al., 2001).

5.7 Tratamento

O tratamento do TDA/H, como sugere a literatura, deve ser multimodal, ou seja, ter

a terapêutica baseada em psico-educação, farmacoterapia, e intervenções psicológicas e

educacionais.

A informação e conscientização do paciente e de todos ao seu redor é de suma

importância. Pelham, Wheeler, e Chronis (1998), conduziram um trabalho indicando que

intervenções no comportamento em sala de aula, e o treinamento dos pais na terapia

comportamental dão resultado positivo na mudança de comportamento da criança com esse

transtorno.

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O tratamento farmacológico permanece uma das mais comuns, e ainda controversas

formas de tratamento do TDA/H. É importante ressaltar que a decisão de prescrever

qualquer medicamento é de responsabilidade médica. Entre os medicamentos de primeira

linha, que apresentam um bom nível de eficácia, estão o metilfenidato, a dextro-anfetamina e

a pemolina, entretanto, apenas o metilfenidato está disponível no Brasil; já nos

medicamentos de segunda linha vêm os antidepressivos, com sua eficácia discutida

(Associação Brasileira do Déficit de Atenção, 2005).

Além disso, a terapia comportamental (ex: diários, lembretes, adesivos, etc) com

atuação dos pais, da escola, da comunidade, e a psicoterapia estão cada vez mais

valorizados, devido ao resultado muito favorável. Um estudo realizado por MTA

Cooperative Group (1999), com 579 crianças no Canadá, mostrou que a combinação dos

tratamentos comportamental e medicamentoso, ao invés de somente medicamentoso,

somente a terapia comportamental ou somente os cuidados da comunidade, conseguiu uma

maior redução dos sintomas do TDA/H.

Vale ressaltar que pesquisas vêm sendo realizadas no intuito de estudar o sono

dessas crianças. O’brien et al. (2003) analisaram polissonografias de crianças com TDA/H e

compararam com um grupo controle, encontrando resultados que mostram, entre outros,

alterações no sono REM, na latência e eficiência de sono, e nos movimentos periódicos de

pernas. Abrindo assim, mais uma possibilidade para otimizar a vida das crianças portadoras

desse distúrbio.

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6- QUALIDADE DO SONO X HIPERATIVIDADE/DÉFICIT DE

ATENÇÃO

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6. QUALIDADE DO SONO X HIPERATIVIDADE/DÉFICIT DE

ATENÇÃO

Atualmente, as pesquisas sobre o comportamento do sono-vigília no TDA/H estão

ganhando crescente importância, já que cada vez mais estão sendo correlacionados. Gruber,

Sadeh e Raviv (2000), estudaram diários de sono e actimetria de 38 meninos com TDA/H e

64 controles, levantando então a hipótese de que a instabilidade do ciclo sono vigília é uma

característica das crianças com TDA/H.

LeBourgeois (2004), concluiu que o ronco crônico pode ser uma característica

correlacionada apenas em um subgrupo da população com TDA/H, provavelmente aquele

predominantemente hiperativo-impulsivo. Embora as crianças com esse distúrbio tenham

uma pior qualidade de sono e maior sonolência diurna, essas duas características não são

detalhadamente relatadas.

Já em outro estudo, realizado através de questionários tanto para o sono, quanto para

a hiperatividade/déficit de atenção, foram identificados a sonolência diurna, a síndrome das

pernas inquietas e o ronco, que pareciam predizer níveis de desatenção e hiperatividade nas

crianças; além disso, há a sugestão de que os distúrbios de sono poderiam ser mais a causa

do que efeito da hiperatividade em um número significante de crianças, concluiu Chervin

(1997).

Sendo assim, com essa grande diversidade de informações que envolvem a qualidade

e os distúrbios do sono e as características de hiperatividade/déficit de atenção, e suas

consequências em contextos diferentes (em casa, na escola, na comunidade em geral) na

vida das crianças, mostra-se de suma importância constantes investigações a esse respeito.

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7- MATERIAL E MÉTODOS

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7. MATERIAL E MÉTODOS

7.1 Caracterização do Estudo

A presente pesquisa trata de um estudo prospectivo consecutivo em base individual

do tipo descritivo, caracterizado como série de casos.

Trata-se de uma investigação não controlada por não apresentar um grupo controle

no seu desenvolvimento. Será realizada junto ao Centro Educacional Cavalcanti Lemos

(CECL), localizado na cidade de São José dos Campos, estado de São Paulo. O CECL é uma

escola particular que possui educação infantil e ensino fundamental, nos períodos da manhã,

tarde e integral.

7.2 Caracterização dos Sujeitos

Como sujeitos da pesquisa, a amostra constou de 31 crianças, com idade entre 7 e 10

anos, regularmente matriculadas de primeira a quarta série, nos períodos da manhã ou da

tarde.

7.3 Princípios Éticos e Legais

O presente protocolo de pesquisa foi submetido à revisão ética pelo Comitê de Ética

e Pesquisa da Universidade do Vale do Paraíba.

Para a realização dos procedimentos da pesquisa foi solicitado o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (anexo A), de todos os indivíduos participantes do

protocolo, assinados pelos pais, assim como permitido o afastamento a qualquer tempo.

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7.4 Protocolo

A pesquisa teve início com a entrega de uma carta informativa aos pais, junto ao

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).

Após a devolução do TCLE assinado, os pais foram orientados quanto aos

procedimentos e receberam dois questionários, o de critérios do DSM-IV e o questionário de

hábitos de sono, para preencher em casa e devolver no máximo em três dias ao professor, via

agenda, em envelope fechado. Receberam também 14 folhas do Diário de Sono, para ser

preenchida uma a cada dia, durante duas semanas consecutivas, e devolvidas a seguir,

também via agenda, em envelope fechado.

Os professores receberam questionários com os critérios do DSM-IV dos seus

respectivos alunos, para serem preenchidos e devolvidos em seguida, direto ao pesquisador.

Após a devolução dos questionários e dos diários de sono pelos pais e professores, os

mesmos foram analisados conforme as instruções, juntamente com a psicóloga da escola,

Rosalina de Oliveira.

As crianças que apresentaram alguma suspeita de alteração tanto no sono quanto na

atividade/atenção foram orientadas a procurar um especialista.

7.5 Questionário de Hábitos de Sono

O questionário de hábitos de sono (anexo B) é uma versão modificada daquele

elaborado por Andrade (1997). Essa adaptação foi necessária para que os pais dos estudantes

pudessem responder. Esse questionário abrange diversos aspectos da vida da criança, como:

dados pessoais e familiares, atividades diárias (horário de dormir e acordar, horas de estudo,

de lazer) e eventos no meio da noite.

Esse questionário permitiu a identificação de possíveis hábitos e/ou ocorrências que

contribuem ou determinam uma má qualidade de sono.

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7.6 Diário de Sono

Os pais anotaram em folha apropriada (anexo C) os horários de início e término de

todos os episódios de sono, além de outras informações relevantes, como uso de

medicamentos, movimentos apresentados pela criança, que possam afetar o sono.

7.7 DSM - IV

Os critérios adotados para a verificação de características de hiperatividade/déficit de

atenção foram os da quarta edição do Manual de Diagnóstico e Estatística de Desordens

Mentais (DSM-IV) (anexo D) utilizado como definição clínica padrão para determinar a

presença do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H).

Essas informações foram fornecidas tanto pelos pais quanto pelos professores das

crianças.

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8- RESULTADOS

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8 . RESULTADOS

Pais e professores responderam o DSM-IV a fim de se verificar as características de

hiperatividade/déficit de atenção. As crianças que apresentaram as referidas características

nos questionários respondidos pelos pais, também às mostraram nos respondidos pelos

professores; as outras crianças não apresentaram essas características nem nos questionários

dos pais, nem dos professores. Sendo assim, as respostas de ambos obtiveram o mesmo

resultado.

Além da resposta final que o DSM-IV nos fornece, realizamos uma comparação

entre as respostas de pais e professores, em relação ao critério “A” do questionário, onde

estão expostos comportamentos do dia-a-dia das crianças, como por exemplo, se fica

concentrado nos jogos, se se mexe muito, entre outros.

Em cada questão havia um rol de opções comuns a todas elas. Este rol era composto

pelas alternativas: nunca ou raramente, pouco, bastante e quase sempre. Essas respostas

receberam pesos, um (1), dois (2), três (3) e quatro (4), respectivamente.

Com isto, comparamos os dados aplicando a correlação de Spearman, tendo r =

0,4935 e p = 0,0374, mostrando assim correlação positiva entre as mesmas, como mostra o

gráfico abaixo. No eixo x temos a numeração das perguntas do critério A (1 a 18), e no eixo

y os valores obtidos quando aplicados os pesos.

Comparação entre respostas dos Pais e Professores - Critério "A" DSM-IV

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

1 3 5 7 9 11 13 15 17

Professores

Pais

Figura1: Comparação entre respostas dos pais e professores – critério “A” do DSM-IV

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Em relação à presença ou não das características de hiperatividade/déficit de

atenção, nas crianças matriculadas em classe regular, a tabela 1 mostra freqüências de 16 e

84% respectivamente.

Quadro 1: Presença de características de hiperatividade/déficit de atenção

Para realizar as comparações entre a qualidade de sono e as características de

hiperatividade/déficit de atenção, utilizamos o questionário de hábitos de sono, o diário de

sono e o DSM-IV, todos já descritos.

A tabela abaixo apresenta alguns dados sobre nossos sujeitos, caracterizando-os em

diferentes aspectos.

Quadro 2: Caracterização dos sujeitos

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O diário de sono foi preenchido pelos pais durante 14 dias seguidos, como comentado

anteriormente. Foi realizada uma média individual em relação aos horários de dormir,

horário de acordar, tempo para pegar no sono e tempo para levantar da cama. Logo após, foi

obtida uma média entre as crianças com as características e outra entre as crianças sem as

características de hiperatividade/déficit de atenção. Foi obtida também a duração média do

sono noturno dessas crianças (figura 2, figura 3 e figura 4).

Figura 2: Comparação entre os horários de dormir e acordar entre as crianças com e sem características de

hiperatividade/déficit de atenção.

Figura 3: Tempo médio para pegar no sono / levantar da cama entre as crianças com e sem características de

hiperatividade/déficit de atenção.

Comparação entre os horários de dormir e acordar

0

5

10

15

20

25

media de horário dedormir

média de horário delevantar

Hor

as

crianças comcaracterísticas deTDA/H

crianças semcaracterísticas deTDA/H

Tempo médio para pegar no sono / levantar da cama

0123456789

média de tempopara pegar no sono

média de tempopara levantar da

cama

Min

utos

crianças comcaracterísticas deTDA/H

crianças semcaracterísticas deTDA/H

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Figura 4: Duração média do sono noturno nas crianças com e sem características de hiperatividade/déficit de

atenção

As figuras acima mostram diferenças em relação ao sono das crianças com e sem

características de hiperatividade/déficit de atenção. Entretanto, quando aplicado o teste T

não pareado, o mesmo não mostrou significância.

O questionário de hábitos de sono mostra vários eventos que costumam ocorrer

durante o sono noturno das crianças, e que podem interferir na sua qualidade. Entre eles

estão os apresentados na figura 5, logo abaixo:

Figura 5: Eventos ocorridos durante o sono na população estudada

Duração média do sono noturno

8

8,5

9

9,5

10

10,5

11

11,5

crianças comcaracterísticas de

TDA/H

crianças semcaracterísticas de

TDA/H

Hor

as Duração média dosono noturno

25,80%

74,20%

38,70%

29%

0%3,20%

29%

3,20%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

Porc

enta

gem

(%)

Eventos Ocorridos Durante o Sono

Ranger os DentesMexer-se muitoFalar dormindoRoncarAndar dormindoBater a cabeçaChutar as pernasGritar dormindo

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Quando dividimos a população em crianças com e sem características de

hiperatividade/déficit de atenção, em relação aos mesmos eventos, o resultado foi o seguinte:

Eventos que interferem na qualidade de sono

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

range

r os d

entes

mexer-

se m

uito

falar

dorm

indo

ronca

r

anda

r dorm

indo

bater

a ca

beça

chuta

r as p

ernas

gritar

dorm

indo

crianças comcaracterísticas deTDA/Hcrianças semcaracterísticas deTDA/H

Figura 6: Eventos ocorridos durante o sono nas crianças com e sem características de hiperatividade/déficit de

atenção

Observando a figura acima registramos que as crianças com características de

hiperatividade/déficit de atenção apresentaram maior índice de sinais de comprometimento

da qualidade do sono, em relação a: mexer-se muito, falar dormindo, bater a cabeça, chutar

as pernas e gritar dormindo. Enquanto as crianças sem as mesmas características tiveram um

maior freqüência apenas em ranger os dentes e roncar. Entretanto, quando aplicamos o teste

de Fischer, o mesmo não foi significativo (p>.005).

Quando comparamos o grau de dificuldade para acordar, tanto em dias de semana,

quanto nos finais de semana, as crianças com características de hiperatividade/déficit de

atenção foram mais fáceis em relação às sem essas características (figura 7).

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Grau de dificuldade para acordar

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

crianças um poucoou muito difíceis deacordar durante a

semana

crianças um poucoou muito difíceis de

acordar nos finais desemana

crianças comcaracterísticas deTDA/Hcrianças semcaracterísticas deTDA/H

Figura 7: Grau de dificuldade para acordar durante a semana e aos finais de semana

O resultado em relação à dificuldade para pegar no sono também é mostrado abaixo:

Dificuldade para pegar no sono

0%10%20%30%

40%50%60%70%

dificuldade parapegar no sono

nunca

dificuldade parapegar no sono às

vezes

dificuldade parapegar no sono

sempre

crianças comcaracterísticas deTDA/H

crianças semcaracterísticas deTDA/H

Figura 8: Dificuldade para pegar no sono.

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38

Verifica-se então, que as crianças sem as características de hiperatividade/déficit de

atenção, tiveram mais dificuldade para pegar no sono.

Um outro fator apontado pelos pais no questionário de hábitos de sono foi a

sonolência diurna, a figura 9 mostra que as crianças com características de

hiperatividade/déficit de atenção apresentaram menos sono durante o dia.

Sonolência diurna

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

sono durante o dia àsvezes

sono durante o dianunca

crianças comcaracterísticas deTDA/Hcrianças semcaracterísticas deTDA/H

Figura 9: Sonolência diurna.

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9- DISCUSSÃO

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9 . DISCUSSÃO

A Academia Americana de Pediatria elaborou um guia para a prática clínica no

tratamento do TDA/H das crianças em idade escolar. Um dos componentes significantes

deste guia inclui a utilização dos critérios do DSM-IV. Sendo este o mesmo instrumento

utilizado pelo presente estudo para a verificação da existência de características de

hiperatividade/déficit de atenção.

Collett, Ohan e Myers (2003), realizaram uma revisão de10 anos das escalas para

TDA/H, e apontam que a maioria delas é baseada no DSM-IV. Mostraram também que a

maior parte delas mostrou propriedades psicométricas sólidas e base normativa forte para

serem utilizadas em casa e na escola.

Além disso, os critérios do DSM-IV foram utilizados também por Huang et al.

(2004), com o objetivo de estudar a apnéia obstrutiva do sono e os movimentos periódicos

de perna em crianças de 6 a 12 anos de idade.

Em nosso estudo, o DSM-IV foi respondido pelos pais e professores, não havendo

diferença no resultado final. Logo após, realizamos uma comparação entre o critério A do

mesmo para verificar a correlação, que foi considerada positiva pela correlação de

Spearman, como mencionado anteriormente. Nijs et al. (2004) realizaram um estudo

comparando respostas de pais e professores em questionário de TDA/H, onde tiveram

resultados finais semelhantes em relação à presença do distúrbio. Mas quando comparadas

as respostas de cada pergunta, a relação foi menor.

Aronen et al. (2000) mostraram também que a quantidade de sono observada em seu

estudo foi significativamente associada aos relatos do professor em relação ao

comportamento em sala de aula, nas crianças em idade escolar.

Além disso, Ford, Goodman e Meltzer (2003), concluíram que o diagnóstico do

TDA/H pode ser subestimado se não forem colhidas informações com os professores sobre o

contexto escolar.

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A prevalência de características de hiperatividade/déficit de atenção em nossa

pesquisa ficou em 16%. Graetz et al. (2001) realizaram um estudo com 3597 questionários

respondidos por pais de crianças de 6 a 17 anos de idade, e evidenciaram 7,5% de freqüência

do TDA/H. Lesesne, Visser e White (2003), encontraram 6,3% de TDA/H na população de 4

a 17 anos, em um total de 9529 sujeitos.

Foi realizado um estudo longitudinal (18 meses) com 366 crianças entre 5 e 6 anos

de idade . Dessas, 9% apresentaram TDA/H, 20% foram borderline e 71% não apresentaram

o distúrbio. A predominância em relação ao sexo foi a seguinte: eram meninos 73% das

crianças com TDA/H, 67% dos borderline e 52% das crianças sem o transtorno. Mostrando

assim uma maior incidência do sexo masculino em relação ao feminino (KALFF et al.,

2002).

Wilens et al. (2002), apresentaram uma pesquisa com 1841 entrevistas, na qual

encontraram 165 crianças em idade pré-escolar e 381 em idade escolar com TDA/H. Destes,

houve uma maioria significativa de meninos (p=0,003), tanto em idade pré escolar quanto

em escolar, no que diz respeito a este distúrbio.

No presente estudo também foi verificado um maior número de meninos (60%), em

relação às meninas (40%), com características de hiperatividade/déficit de atenção.

Além disso, Williams et al. (2004), realizaram uma pesquisa com 47 pediatras, e

mostraram que 15% das crianças atendidas pelos mesmos em suas práticas diárias

apresentavam problemas de comportamento. Dentre eles, a alteração mais encontrada foi o

TDA/H.

Em relação ao sono, foram utilizados no presente estudo diários de sono e

questionários de hábitos de sono, como mostrado anteriormente. Gruber, Sadeh e Raviv

(2000), realizaram uma pesquisa para comparar a estabilidade do ciclo sono-vigília em

crianças com e sem diagnóstico de TDA/H, no qual utilizaram diários de sono.

Questionários de sono direcionados aos pais também foram utilizados por Meijer e

Wittenboer (2004) para verificar a contribuição da duração e da qualidade do sono na

performance escolar de crianças.

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Ebert e Drake (2004) através de uma revisão e meta análise do impacto dos

distúrbios respiratórios do sono sobre a cognição e o comportamento em crianças,

analisaram 9 estudos de déficits neurocognitivos e problemas comportamentais durante o dia

associados aos distúrbios respiratórios do sono em crianças sem intervenção cirúrgica.

Destas pesquisas, 5 utilizaram questionários de sono para os pais responderem.

Millman et al. (2005), comentam que crianças entre 9 a 10 anos de idade dormem

aproximadamente 10 horas por noite. Em nosso trabalho obtivemos um tempo médio de 9h

15min de sono para as crianças com características de hiperatividade/déficit de atenção, e de

11 horas para as demais.

Giannotti et al. (2005), estudaram os hábitos de sono das crianças italianas, e

encontraram os seguintes resultados: tempo de latência de sono maior que 30 minutos em

9,5 e 8,8 % das crianças de 6-8 anos e 8-10 anos respectivamente; tempo médio de sono

noturno de 9h 45min e 9h 30min; horário de dormir 21h 15min e 21h 30min; horário de

acordar 7h e 7h, todos respectivamente.

Já no trabalho de O’Brien et al. (2004), com exames de polissonografia (35 controles

e 35 distúrbios respiratórios do sono) foram apontados: tempo de latência de 18,6 minutos

no grupo de crianças com distúrbios respiratórios do sono e 28,4 minutos no grupo controle,

tempo total de sono 472,4 minutos (7,87 horas) e 474,7 minutos (7,91 horas) nos respectivos

grupos, eles utilizaram também uma escala de avaliação de comportamento, mas não houve

diferença entre os grupos nesta questão.

O que mostramos em nossa pesquisa foi: horário médio de dormir 21h 54 minutos e

20h 54 minutos para as crianças com e sem características do distúrbio de comportamento,

respectivamente; horário médio de acordar 7h 10 minutos e 8h; e tempo médio para pegar no

sono de 7,81 e 6,79 minutos, respectivamente.

Foi relatado pelos pais deste estudo o hábito de chutar as pernas em 40% dos casos

de crianças com as características de hiperatividade/déficit de atenção, e apenas 27% na

ausência dessas características.

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Crabtree et al. (2003), através de informações dos pais e polissonografias, estudaram

crianças com movimentos periódicos de pernas. Das mesmas, 44,4% também apresentavam

TDA/H.

O’Brien et al. (2003), citam que 23% das crianças hiperativas referiram alta

freqüência de ronco e que 77% das crianças com sintomas significativos de TDA/H foram

consideradas como tendo problemas importantes de sono pelos seus pais.

Nesta pesquisa encontramos 29% das crianças apresentando ronco habitualmente.

Entretanto, nenhuma delas apresentou características do distúrbio de comportamento

estudado. Vale ressaltar que o ronco está associado a alterações das vias aéreas superiores,

tais como adenóides, amídalas hipertróficas e respiradores bucais.

Urschitz et al. (2004), estudaram oximetria de pulso, boletins acadêmicos e relatos

dos pais em 1144 crianças que apresentavam ronco habitual e alteração de comportamento

(também segundo informações dos pais). Eles concluiram que 20,2% das crianças estudadas

mostraram comportamento hiperativo, mas nunca roncam; 28,3% roncam ocasionalmente; e

37,2% roncam habitualmente.

Ainda em relação ao ronco, em um outro estudo, Zhang et al. (2004), apresentaram

15,2% das crianças da escola primária roncando habitualmente. Essas informações foram

obtidas através de questionários dirigidos aos pais de 996 crianças, entre 4 e 12 anos de

idade, de 4 escolas diferentes.

Andreou, Karapetsas e Agapitou (2003) realizaram a polissonografia no laboratório

em um grupo controle de 14 crianças (sem TDA/H), e em outro grupo de 18 crianças (com

TDA/H), idade entre 8 e 13 anos, mostrando que a qualidade de sono noturno foi muito

pobre no grupo de crianças com TDA/H, incluindo movimento de pernas e ronco.

Em nosso estudo constatamos ainda que as crianças com características de

hiperatividade/déficit de atenção apresentaram maior freqüência de falar dormindo, bater a

cabeça e gritar dormindo, como já mencionado. O que vai ao encontro da pesquisa

supracitada, sendo estes eventos também contribuintes para uma alteração da qualidade de

sono nessas crianças.

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10- CONCLUSÃO

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10. CONCLUSÃO

Após a realização de nosso estudo “Verificação da relação entre características de

hiperatividade/déficit de atenção e qualidade do sono em crianças de 7 a 10 anos de idade

que freqüentam a escola” podemos concluir que:

- Foi observada uma prevalência de 16% de característica de hiperatividade/déficit de

atenção nas crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a escola.

- Dentre essas crianças, verificamos também a predominância do sexo masculino em

relação ao feminino, no que diz respeito às características de hiperatividade/déficit de

atenção.

- Os principais eventos encontrados nesta população, que contribuíram para uma má

qualidade do sono foram mexer-se muito, falar dormindo, roncar e chutar as pernas.

- As crianças com características de hiperatividade/déficit de atenção segundo o DSM-IV,

apresentaram uma maior freqüência de sinais de comprometimento da qualidade do

sono, no que diz respeito a: mexer-se muito, falar dormindo, bater a cabeça, chutar as

pernas e gritar dormindo.

Sendo assim, devido a hiperatividade/déficit de atenção e a má qualidade de sono serem

freqüentes na população de crianças de 07 a 10 anos, que freqüentam a escola, salientamos a

importância da atenção e estudos constantes às mesmas e a investigação desses distúrbios,

bem como seus efeitos sobre a qualidade de vida.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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ANEXO A – COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA

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ANEXO B - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

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TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

- Título da pesquisa: Verificação da relação entre características de hiperatividade/déficit

de atenção e qualidade do sono, em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a

escola.

- Objetivo: Verificar a existência de uma relação entre a qualidade do sono e a

hiperatividade/ déficit de atenção em crianças de 7 a 10 anos de idade que freqüentam a

escola.

- Procedimentos: os pais receberão dois questionários, o de critérios do DSM-IV e o

questionário de hábitos de sono, para preencher em casa e devolver no máximo em três

dias, para o professor, via agenda, em envelope fechado. Receberão também 14 folhas

do Diário de Sono, para ser preenchida uma a cada dia, durante duas semanas

consecutivas, e devolvida a seguir, também via agenda, em envelope fechado. Os

professores receberão questionários com os critérios do DSM-IV dos seus respectivos

alunos, para serem preenchidos e devolvidos em seguida, direto aos pesquisadores.

- Informações: os pais terão garantia de que será oferecido o esclarecimento de eventuais

dúvidas quanto aos procedimentos, riscos, benefícios e outros assuntos relacionados à

pesquisa. Os pesquisadores assumem o compromisso de proporcionar informações

atualizadas obtidas durante a pesquisa, quando solicitado, ainda que esse fato possa

afetar a vontade dos pais em continuar participando do estudo.

- Retirada do consentimento: é garantida a liberdade da retirada de seu consentimento a

qualquer momento, deixando de participar deste estudo, sem qualquer prejuízo à criança,

em hipótese alguma.

- Aspecto legal: elaborado de acordo com as diretrizes e normas regulamentadoras de

pesquisa envolvendo seres humanos, atendendo à Resolução 196/96 de 10 de outubro de

1996, do Conselho Nacional de Saúde do Ministério da Saúde – Brasília – DF.

- Garantia de sigilo: A identidade das crianças e todas as pessoas a ela relacionadas serão

preservadas, e os dados obtidos neste estudo serão utilizados somente para fins

científicos, não haverá, portanto, qualquer uso comercial dos mesmos.

- Telefone da pesquisadora para contato: Michelle Cavalcanti de Lemos – 39423066.

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Consentimento pós-informação:

Eu, ................................................................................................................, responsável legal

pelo menor, ............................................................................................................, após leitura

e compreensão desse termo de consentimento, entendo que a participação de meu filho(a) é

voluntária, e que posso retirá-lo a qualquer momento da participação nesta pesquisa, sem

prejuízo algum. Confirmo que recebi cópia deste Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido, e autorizo e colaboro com a execução da pesquisa e divulgação dos dados

obtidos neste estudo no meio científico.

OBS: Não assine este termo se ainda houver alguma dúvida a respeito.

São José dos Campos, ..............de ................................................de 2005.

Nome do voluntário: ...........................................................................................................

Telefone para contato: .........................................................................................................

Série / Período : .................................................................................................................

Nome do responsável (por extenso): ...................................................................................

Assinatura: ...........................................................................................................................

R.G: .......................................................................................................................

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ANEXO C - DIÁRIO DE SONO

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DIÁRIO DE SONO

NOME:______________________________________________________

DATA DE NASCIMENTO:_____________________________________

INSTRUÇÕES:

- Responda a cada questão com a maior honestidade e precisão possível.

- Se você não se lembrar de alguma pergunta, não invente, apenas deixe

em branco.

Data:____/____/____ Dia da semana:_________________

1- A que horas seu (sua) filho(a) foi deitar ontem? _____________

2- Quanto tempo você acha que ele(ela) demorou para pegar no sono? ________________

3- Você lembra dele(dela) ter dormido e acordado de novo?

Sim ( ) Quantas vezes? ___________

Não ( )

Não me lembro ( )

4- A que horas ele(ela) acordou hoje? _______________

5-Quanto tempo você acha que ele(ela) demorou para levantar da cama? _______________

6- Como ele(ela) foi acordado(a)?

Pelo despertador ( )

Alguém o(a) chamou ( )

Sozinho(a) ( )

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7- Ele(a) cochilou durante o dia de hoje?

Não ( )

Sim ( ) Quantas vezes? _______________

Hora que cochilou Hora que acordou

1-

2-

3-

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ANEXO D - QUESTIONÁRIO DE HÁBITOS DE SONO

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QUESTIONÁRIO DE HÁBITOS DE SONO

Questionário respondido no dia: _____/____/2005

Nome: _________________________________________________________________

Data de nascimento: ____/____/____

Sexo: ( ) Feminino ( ) Masculino

Bairro onde mora: _______________________________________________________

GOSTARÍAMOS DE SABER UM POUCO SOBRE SUA CASA E SUA FAMÍLIA

1- Quantas pessoas moram na sua casa?

Em casa moram _____pessoas.

2- Quantas pessoas dormem no mesmo quarto do(a) seu(sua) filho(a)?

Meu(minha) filho(a) dorme com mais _____pessoas no mesmo quarto.

3- O quarto onde seu(sua) filho(a) dorme à noite tem:

a. Muito barulho ( )

b. Pouco barulho ( )

c. Nenhum barulho ( )

4- Seu(sua) filho(a) dorme com:

a. A luz apagada e a porta fechada ( )

b. A luz apagada e a porta aberta ( )

c. A luz acesa ( )

5- Existe alguma coisa no quarto de seu(sua) filho(a) que o(a) incomoda quando ele(a)

está dormindo?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? __________________________________

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6- Seu(sua) filho(a) mudou de casa ou de quarto de dormir recentemente?

a. Nâo ( )

b. Sim ( ) há quanto tempo? ______________________________________

7- Houve alguma mudança no número de pessoas que moram na sua casa

recentemente?

a. Não ( )

b. Sim ( ) há quanto tempo? ______________________________________

AGORA ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE A SAÚDE DE SEU(SUA) FILHO(A)

8- Seu(sua) filho(a) tem algum problema de saúde?

a. Nâo ( )

b. Sim ( ) qual? _______________________________________________

há quanto tempo? ______________________________________

9- Seu(sua) filho(a) está tomando algum remédio?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? _______________________________________________

há quanto tempo? ______________________________________

10- Seu(sua) filho(a) está fazendo algum tratamento médico?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? _______________________________________________

há quanto tempo? ______________________________________

11- Seu(sua) filho(a) fuma?

a. Não ( )

b. Sim ( ) quantos cigarros por dia? ______________________________

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12- Seu(sua) filho(a) costuma tomar bebidas alcoólicas?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? ______________________________________________

há quanto tempo? ____________________________________

13- Seu (sua) filho (a) costuma beber café, chá (mate ou preto) ou refrigerante?Se

ele(ela) beber, responda abaixo o quanto ele(ela) bebe:

a. Café quanto? _______________________________________________

b. Chá quanto? ________________________________________________

c. Refrigerante? _______________________________________________

14- Seu(sua) filho(a) costuma comer chocolate?Se ele(ela) comer, responda abaixo o

quanto ele(ela) come:

a. Ele(ela) come chocolate todos os dias ( )

b. Ele(ela) come chocolate só de vez em quando ( )

c. Ele(ela) nunca come chocolate ( )

AGORA QUEREMOS SABER ALGUMAS COISAS SOBRE O SONO DE SEU(SUA)

FILHO(A)

15- Você acha que seu(sua) filho(a) tem algum problema de sono?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? ______________________________________________

há quanto tempo? ____________________________________

16- Seu filho(a) sente dificuldade para conseguir pegar no sono à noite?

a. Nunca ( )

b. Às vezes ( )

c. Sempre ( ) há quanto tempo? ________________________________

17- Seu(sua) filho(a) sente muito sono durante o dia?

a. Nunca ( )

b. Às vezes ( )

c. Sempre ( ) há quanto tempo? ________________________________

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18- Seu(sua) filho(a) acorda no meio da noite e tem dificuldade para voltar a dormir?

a. Nunca ( )

b. Às vezes ( )

c. Sempre ( ) há quanto tempo? ________________________________

19- Seu(sua) filho(a) costuma ter pesadelos durante o sono?

a. Nunca ( )

b. Às vezes ( )

c. Sempre ( ) há quanto tempo? _______________________________

20- Seu(sua) filho(a) costuma acordar com a sensação de estar sufocado?

a. Nunca ( )

b. Às vezes ( )

c. Sempre ( ) há quanto tempo? _______________________________

21- Marque com um X se seu(sua) filho(a) costuma fazer algumas dessas coisas durante

o sono:

a. Ranger os dentes ( )

b. Mexer-se muito ( )

c. Falar dormindo ( )

d. Roncar ( )

e. Andar dormindo ( )

f. Bater a cabeça ( )

g. Chutar as pernas ( )

h. Gritar dormindo ( )

22- A que horas seu(sua) filho(a) normalmente vai dormir nos dias de semana à noite?

Ele(ela) costuma dormir às _____________ horas.

23- A que horas seu(sua) filho(a) acorda nos dias de semana?

Ele(ela) costuma acordar às ______________horas.

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24- De que forma seu(sua) filho(a) acorda pela manhã nos dias de semana?

a. Com despertador ( )

b. Alguém o(a) chama ( )

c. Ele(ela) acorda sozinho(a) ( )

25- É difícil para seu(sua) filho(a) acordar pela manhã nos dias de semana?

a. Muito difícil ( )

b. Um pouco difícil ( )

c. Fácil ( )

26- Há que horas seu(sua) filho(a) normalmente vai dormir nos fins de semana?

Ele(ela) costuma dormir às ________ horas nos fins de semana.

27- Há que horas seu(sua) filho(a) normalmente acorda nos fins de semana?

Ele(ela) costuma acordar às _________horas nos fins de semana.

28- De que forma seu(sua) filho(a) acorda nos fins de semana?

a. Despertador ( )

b. Alguém o chama ( )

c. Ele(ela) acorda sozinho ( )

29- É difícil para seu(sua) filho(a) acordar nos fins de semana?

a. Muito difícil ( )

b. Um pouco difícil ( )

c. Fácil ( )

30- A que horas seu(sua) filho(a) costuma dormir ou cochilar durante o dia?

Ele(ela) costuma dormir (cochilar) das _____________às ______________ horas.

31- Alguém da sua família tem algum problema de sono?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual é o problema de sono? ____________________________

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ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE AS ATIVIDADES DIÁRIAS DO SEU(SUA)

FILHO(A)

32- Que meio de transporte seu(sua) filho(a) usa para ir para a escola todos os dias?

a. Carro ( )

b. Ônibus ( )

c. A pé ( )

d. Outros ( ) quais? _________________________________________

33- Quanto tempo seu(sua) filho(a) leva para ir da sua casa até a escola?

Leva aproximadamente _______________________________________________

34- Seu(sua) filho(a) faz atividades físicas habitualmente (ginástica, esporte, dança)?

a. Nâo ( )

b. Sim ( ) qual? _____________________________________________

Há quanto tempo? ___________________________________

35- Se seu filho tem uma atividade física, marque os dias e os horários em que ele(ela)

pratica:

DIA INÍCIO FIM

2° feira ( ) ______ horas ______ horas

3° feira ( ) ______ horas ______ horas

4° feira ( ) ______ horas ______ horas

5° feira ( ) ______ horas ______ horas

6° feira ( ) ______ horas ______ horas

sábado ( ) ______ horas ______ horas

domingo ( ) ______ horas ______ horas

36- Seu(sua) filho(a) faz algum curso atualmente (curso de línguas, de música, de teatro,

etc)?

a. Não ( )

b. Sim ( ) qual? _____________________________________________

há quanto tempo? ____________________________________

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37- Se seu(sua) filho(a) faz algum curso, marque os dias e horários das aulas:

DIA INÍCIO FIM

2° feira ( ) ______ horas ______ horas

3° feira ( ) ______ horas ______ horas

4° feira ( ) ______ horas ______ horas

5° feira ( ) ______ horas ______ horas

6° feira ( ) ______ horas ______ horas

sábado ( ) ______ horas ______ horas

domingo ( ) ______ horas ______ horas

MUITO OBRIGADA PELA SUA COLABORAÇÃO.

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ANEXO E - DSM IV

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DSM IV

NOME:

DATA: ____/____/____

- Por favor responda o questionário abaixo colocando um X no local adequado ao

comportamento de seu(sua) filho(a), e depois, responda as perguntas escritas.

CRITÉRIO A

Nunca ou

raramente Pouco Bastante Quase

sempre

Ele(a) presta pouca atenção em detalhes e faz erros por falta de atenção

nos deveres?

Ele(a) mexe com as mãos e pés quando está sentado ou se mexe muito na

cadeira?

Ele(a) tem dificuldade de ficar concentrado nos deveres e também nos

jogos?

Ele(a) sai do lugar na sala de aula ou em outras situações (ex: mesa de

jantar) quando deveria ficar sentado(a)?

Ele parece estar prestando atenção em outras coisas quando se fala com

ele(a)?

Ele(a) corre ou sobe nas coisas quando deveria ficar tranquilo(a)?

Ele(a) tem dificuldade em seguir instruções até o fim ou deixa os deveres

sem terminar?

Ele(a) tem dificuldade de ficar em silêncio enquanto brinca?

Ele(a) é desorganizado(a) com os deveres e outras atividades no dia-a-dia?

Ele(a) é “elétrico(a)” e fica “a mil por hora”?

Ele(a) evita ou antipatiza com deveres ou atividades que exijam

concentração?

Ele(a) fala demais?

Ele(a) perde material da escola ou coisas do dia-a-dia?

Ele(a) responde às perguntas antes dos outros terminarem de falar?

Ele(a) se distrai com facilidade com coisas fora daquilo que está fazendo?

Ele(a) tem dificuldade de esperar a vez?

Ele(a) se esquece de coisas que deveria fazer no dia-a-dia?

Ele(a) interrompe os outros ou se mete na conversa dos outros?

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CRITÉRIO B: Responda SIM ou NÃO

Alguns desses sintomas estavam presentes antes dos 7 anos de idade? _______________

CRITÉRIO C: Responda SIM ou NÃO

Existem problemas causados pelos sintomas acima em pelo menos 2 contextos diferentes

(por ex: na escola, no trabalho, na vida social e em casa? _______________

CRITÉRIO D: Responda SIM ou NÃO

Há problemas evidentes na vida escolar, social ou familiar por conta dos sintomas?

________

CRITÉRIO E: Responda SIM ou NÃO

Se existe um outro problema (tal como depressão, deficiência mental, psicose, etc.), os

sintomas podem ser atribuídos a ele? _______________