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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚE CURSO DE PSICOLOGIA BIGUAÇU VANESSA GALDINO UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA GERENCIAL EM UMA EMPRESA JORNALÍSTICA BIGUAÇU 2010

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚE

CURSO DE PSICOLOGIA BIGUAÇU

VANESSA GALDINO

UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA GERENCIAL

EM UMA EMPRESA JORNALÍSTICA

BIGUAÇU

2010

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VANESSA GALDINO

UM ESTUDO SOBRE A COMUNICAÇÃO COMO FERRAMENTA GERENCIAL

EM UMA EMPRESA JORNALÍSTICA

Trabalho de Iniciação Científica apresentado como requisito para obtenção do grau de Bacharel em Psicologia da Universidade do Vale do Itajaí no curso de Psicologia. Orientadora: Ana Paula Balbueno Karkotli.

BIGUAÇU

2010

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Dedico este trabalho aos meus pais, por dedicarem suas vidas

aos filhos, pelos ensinamentos. Ao meu irmão e ao meu noivo pela

compreensão e encorajamento durante a minha formação. Dedico

também a minha orientadora Profª Ana Paula B. Karkotli, por sua

paciência, parceria e dedicação para comigo durante esse trabalho.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Professora Ana Paula Balbueno Karkotli, que foi uma orientadora muito

presente em minha pesquisa, me oferecendo aprendizado devido seu enorme conhecimento

teórico e prático, pela sua dedicação, paciência, além de sua confiança em mim, que apesar

dos obstáculos me mostrou que no fundo eu tinha forças para seguir em frente.

Agradeço a Professora Hebe Cristina e ao Professor Mauro José da Rosa por terem

aceitado o convite de participar da banca, disponibilizando seu tempo e conhecimento para

com esta pesquisa.

À minha família, em especial meu noivo, que contribuíram para a finalização desta

pesquisa, me transmitindo calma, paciência e perseverança quando mais precisei.

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RESUMO

GALDINO, V. Um estudo sobre a comunicação como ferramenta gerencial em uma

empresa jornalística. 2010. Trabalho de Iniciação Científica (Graduação em Psicologia)

Universidade do Vale do Itajaí – Biguaçu, 2010.

Feedback significa retroalimentação, mas para definir de uma forma mais simples, entendo essa expressão como uma reorientação, ou seja, um processo de acompanhamento, orientação e condução do processo. O feedback é utilizado como uma ferramenta extremamente útil na condução das relações humanas, mas para que ele se torne útil é preciso que ele seja descritivo (que tenha a essência do tema), específico (mostrando objetividade), compatível com as necessidades do comunicador e do receptor (que atenda a cada um de maneira igualitária), dirigido (é necessário indicar claramente a quem esta dirigido o feedback) e esclarecido (o outro lado precisa saber exatamente que se trata de um feedback). A presente pesquisa trata-se da verificação da eficácia da comunicação como ferramenta gerencial em uma empresa jornalística. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória e descritiva que para alcançar os objetivos foram realizadas como método entrevistas semi – estruturadas com oito funcionários de uma empresa jornalística, sendo quatro gestores e quatro colaboradores. Como resultados, obtiveram a criação de seis categorias de pesquisa, sendo que três emergiram das entrevistas com os gestores e três emergiram das entrevistas com os colaboradores, que são: Feedback Informal, Ferramenta Gerencial, Motivação, Conceito de Feedback, Importância do Feedback e Freqüência do Feedback. Foi visto que o feedback é a mais eficaz ferramenta de gestão utilizada como ação de desenvolvimento de equipes. Palavras chave: Feedback, Ferramenta Gerencial, Liderança.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 07

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ......................................................................... 09

2.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL ..................................................... 09

2.2 COMUNICAÇÃO ................................................................................................. 11

2.2.1 FEEDBACK ....................................................................................................... 14

2.3 LIDERANÇA ........................................................................................................ 17

3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ........................................................ 19

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS............................................................................ 22

4.1 DEFINIÇÃO DAS CATEGORIAS DE ANÁLISE ............................................ 24

4.2 FEEDBACK INFORMAL .................................................................................... 26

4.3 FERRAMENTA GERENCIAL ............................................................................ 27

4.4 MOTIVAÇÃO ....................................................................................................... 28

4.5 CONCEITO DE FEEDBACK .............................................................................. 29

4.6 IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK ...................................................................... 30

4.7 FREQUÊNCIA DO FEEDBACK ........................................................................ 31

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 33

6 REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 35

ANEXOS ..................................................................................................................... 39

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1. INTRODUÇÃO

Na sociedade contemporânea, a gestão dos recursos da organização é uma das

atividades por vezes mais crítica nos negócios. O comportamento humano, as decisões e as

ações, por sua vez, desempenham papéis vitais e predominantes considerando os aspectos

dos processos administrativos e interpessoais. Assim, a compreensão do comportamento

humano no ambiente organizacional é uma necessidade fundamental de todos os gestores,

tanto os atuais quanto os que aspiram a um posto no futuro (GRIFFIN & MOORHEAD,

2006).

Buono e Bowditch (1992) colocam que os aspectos técnicos da administração são

de grande importância para o bom funcionamento da organização, mas a compreensão do

processo administrativo é um elemento crítico da administração. Sendo assim, para se ter

um desempenho gerencial eficaz deve-se dar atenção aos papéis, comportamento e

habilidades que orientam as relações gestor/subordinado.

A compreensão desses processos administrativos, que é frequentemente chamado de

Comportamento Organizacional, amplia a formação dos administradores, levando-os ao

estudo de pessoas, grupos e suas interações nas estruturas organizacionais (BUONO &

BOWDITCH, 1992, p.01).

O comportamento organizacional tem por interesse estudar o que as pessoas

realizam dentro da organização e como o comportamento delas pode ajudar no

desenvolvimento do todo, ou seja, o seu interesse está ligado a situações relacionadas ao

trabalho.

Em uma organização um dos fatores essenciais é a boa comunicação. Quando o

desempenho de um grupo é bem sucedido sabemos que houve ali uma comunicação eficaz

e isso é um dos principais fatores para que o grupo conquiste o resultado esperado.

O foco deste projeto é investigar como a comunicação organizacional a partir das

relações gestor/subordinado se torna eficaz, pois é através da comunicação que eles se

relacionam e interagem.

Segundo Albuquerque e Puente- Palácios (2004), um dos aspectos que mais deveria

ser cuidado nas organizações é a comunicação entre as pessoas, as equipes e os grupos, mas

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frequentemente este aspecto carece de atenção, gerando como conseqüência fortes

resistências, conflitos e muitas vezes prejuízos que poderiam ser evitados.

Dados como este denota a importância social desta pesquisa. Pois este trabalho se

propõe a investigar a relação que se estabelece em uma organização e as implicações que

geram a comunicação ineficaz. Sua relevância científica se faz à medida que contribui para

o desenvolvimento da comunicação dentro da organização, pois muitas vezes é utilizada de

uma forma que dificulta o entendimento, fato este gerador de conflitos.

Este estudo teve como objetivo verificar a importância do feedback dentro da

organização e o entendimento de cada um dos participantes sobre o mesmo. Os objetivos

específicos buscam identificar a percepção dos gestores e colaboradores em relação à

comunicação entre os mesmos; identificar aspectos positivos e/ou negativos quando da

realização do feedback; verificar se há existência de aspectos motivacionais em relação ao

feedback e a partir destes dados, refletir sobre as teorias no embasamento deste estudo.

A pesquisa apresenta como eixo norteador o seguinte problema de pesquisa: “Qual a

eficácia do feedback na relação dos gestores para com os colaboradores de uma empresa

jornalística?”. Seu objetivo geral é identificar a eficiência do feedback nessa relação.

Os resultados desta pesquisa permitiram tecer reflexões sobre a eficácia do feedback

na relação entre gestores e colaboradores de forma que se possa delinear a importância do

mesmo nas organizações.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

O campo do comportamento organizacional estuda componentes do comportamento

em organizações: indivíduos, grupos e estrutura, onde aplica o conhecimento obtido através

dos mesmos e seu objetivo é de fazer com que as organizações trabalhem mais eficazmente.

De acordo com Buono e Bowditch (1992), as tentativas de se estudar a

administração como uma área distinta e separada foi confinada aos últimos cem anos.

Embora alguns trabalhos sobre administração e organizações aparecessem de tempos em

tempos antes dos meados do século XIX, o estudo sistemático das organizações e sua

administração só começaram depois que a Revolução Industrial se alastrou pela Europa e

pelos Estados Unidos. Assim, o campo do comportamento organizacional tornou-se um

elemento de importância crescente na formação de administradores, na medida em que a

visão da administração como processo trouxe uma imagem mais prática da natureza do

trabalho administrativo.

Segundo o Psicólogo Minicucci (1995), a teoria denominada comportamento

organizacional decorreu de estudos de relações humanas e administração de pessoal. Na

visão deste autor, esses estudos serviriam de embasamento para o desenvolvimento da

ciência do comportamento na empresa.

Para Grifffin e Moorhead (2006), “comportamento organizacional é o estudo do

comportamento humano em ambientes organizacionais, da interface entre o comportamento

humano e a organização e da organização em si”.

Segundo Robbins (1999, p.06):

Comportamento organizacional é um campo de estudo que investiga o impacto que indivíduos, grupos e a estrutura têm sobre o comportamento dentro das organizações com o propósito de aplicar este conhecimento em prol do aprimoramento da eficácia de uma organização.

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Teles (1994) afirma que, é evidente que os comportamentos das pessoas se

modificam e se formam de acordo com o meio. Por exemplo, num salão de recepção, numa

quadra de esportes, num estádio de futebol, na empresa ou na igreja, a conduta se altera em

função destes meios sociais diferentes. Dessa forma, cada tipo de organização pressiona e

exige determinados padrões de comportamento.

O comportamento organizacional não é uma função ou uma área determinada, sua

compreensão é fundamental, pois proporciona um conjunto de ferramentas que todos os

gestores podem utilizar para executar seu trabalho com mais eficiência (GRIFFIN &

MOORHEAD, 2006, p. 17). Na voz de Griffin e Moorhead (2006), a análise e o

entendimento do comportamento organizacional contribuem para que os executivos vejam

mais claramente por que as pessoas na organização agem de determinada maneira.

Segundo Robbins (1999), existem estudiosos que apontam a produtividade,

absenteísmo, rotatividade e satisfação no trabalho como sendo variáveis do comportamento

organizacional. O autor então define essas variáveis com:

• Produtividade: onde uma organização é produtiva quando atinge seus objetivos e

o faz alcançando resultados a baixo custo. Assim, produtividade implica um interesse tanto

por eficácia quanto por eficiência.

• Absenteísmo: obviamente é difícil para uma organização operar uniformemente e

atingir seus objetivos se os empregados falham em se apresentarem aos seus empregos. De

acordo com Robbins (1999), o fluxo de trabalho é interrompido, e frequentemente decisões

importantes têm de ser adiadas. Um exemplo são as organizações que operam com

produções de linha de montagem, o absenteísmo pode ser considerado mais do que uma

interrupção, podendo resultar numa drástica redução na qualidade dos resultados e, em

alguns casos, pode levar a um completo fechamento das instalações de produção. No

entanto, os níveis de absenteísmo além da faixa normal em qualquer organização têm um

impacto direto na eficácia e eficiência desta organização. Dessa forma, as organizações se

beneficiam quando o nível de absenteísmo dos empregados é baixo.

• Rotatividade: uma alta taxa de rotatividade numa organização resulta em custos

altos de recrutamento, seleção e treinamento. O autor destaca que todas as organizações

têm rotatividade, mas se as pessoas “certas” estão saindo da organização, a rotatividade

pode ser positiva. Ela pode criar oportunidade para substituir um indivíduo que tem um

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desempenho baixo por alguém que tenha melhores habilidades ou motivação, aumentado

assim, as oportunidades para promoções e trazendo idéias novas e frescas à organização.

Portanto, quando a rotatividade é excessiva ou quando envolvem empregados valiosos,

pode ser um fator de interrupção, impedindo a eficácia da organização.

• Satisfação com o trabalho: é definida como a diferença entre quantidade de

premiações que os trabalhadores recebem e a quantidade que eles acreditam que deveriam

receber. A crença de que empregados satisfeitos são mais produtivos do que empregados

insatisfeitos é um princípio básico entre gerentes há muitos anos. Segundo Robbins (1999),

embora muitas evidências questionem esta pressuposta relação causal, pode-se argumentar

que sociedades contemporâneas deveriam estar interessadas não apenas na quantidade de

vida, mas também na sua qualidade. Sendo assim, podemos argumentar que a satisfação é

um objetivo legitimo de uma organização.

Neste sentido, o comportamento organizacional oferece desafios e oportunidades

para os administradores, podendo ajudar a melhorar a qualidade e a produtividade do

empregado mostrando aos gerentes como delegar poder a seu pessoal e como projetar e

implementar programas de mudanças.

De acordo com Minicucci (1995), quando é estudado o comportamentos das pessoas

nas organizações, em função das tarefas por elas exercidas, efetua-se assim um trabalho de

psicologia do comportamento organizacional.

Observa-se então, que o comportamento do empregado se dá de acordo com a forma

como o gerente delega seu poder, acreditando que a comunicação e o feedback são

processos fundamentais para desenvolver seu trabalho.

2.2 COMUNICAÇÃO

Comunicação é o processo pelo qual duas ou mais partes se comunicam, trocam

informações e compartilham significados. Podemos dizer também que é um dos processos

fundamentais para as atividades nas organizações. Segundo Buono e Bowditch (1992, p.80)

“a comunicação é frequentemente definida como a troca de informações entre um

transmissor e um receptor, e a interferência do significado entre os indivíduos envolvidos”.

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De acordo com a Psicóloga e Professora França (2007, p. 141), “nenhum grupo

existe sem Comunicação, no qual há transferências de significado entre seus membros”. É

pela comunicação que as informações e idéias podem ser trocadas e compreendidas.

Relata ainda que as funções da comunicação que existem dentro do grupo e da

organização referem-se ao controle, à motivação, à expressão emocional e às informações,

onde:

• O controle está basicamente focado no comportamento dos membros do grupo, já

que as organizações possuem hierarquias de autoridade e orientações formais às quais os

empregados têm de obedecer;

• A motivação refere-se ao esclarecimento do que deve ser feito, como está o

desempenho individual e como poderia ser melhorado;

• Os grupos de trabalhos são fontes básicas de interações sociais do qual se deriva a

expressão emocional. Esses grupos proporcionam liberação dos sentidos e da satisfação das

necessidades sociais;

• O papel da informação é de extrema importância na tomada de decisões, onde os

indivíduos identificam e avaliam as alternativas de escolhas fornecidas pela comunicação.

Diante disto, para que os grupos tenham um desempenho eficaz, eles devem manter

alguma forma de controle sobre os membros, estimular os membros em relação ao

desempenho, proporcionar meios para a expressão emocional e fazer escolhas decisivas.

O tempo todo, nas empresas, em nosso tempo livre, na faculdade, em família, temos

que conviver e lidar com outras pessoas. A maioria de nossas ações para com os outros e

vice-versa são atos comunicativos (LACOMBE, 2003).

O processo da comunicação se dá pelos seguintes elementos: emissor, receptor,

mensagem, meio e codificação. Este processo funciona como um fluxo, onde a mensagem é

transmitida de um emissor para um receptor, a mensagem é codificada e passada através de

um meio ao receptor, que traduz a mensagem do emissor (FRANÇA, 2007). Na visão de

Griffin e Moorhead (2006), cada um desses elementos do processo de comunicação é

fundamental, pois se um deles falhar, a mensagem pode não ser transmitida

adequadamente.

De acordo com França (2007), o objetivo da comunicação eficaz é o entendimento,

mas existem barreiras nessa comunicação que são fatores que dificultam a comunicação por

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meios da distorção das mensagens e dos ruídos e obstáculos no processo de comunicação.

Dentre essas barreiras, podemos destacar:

• Filtragem: é a manipulação de informações de um emissor para que elas sejam

vistas mais favoravelmente pelo receptor. O determinante principal da filtragem é o número

de níveis na estrutura organizacional;

• Seletividade: são receptores no processo de comunicação que vêem e ouvem

seletivamente, baseando-se em suas necessidades, motivações, experiências, formação e

outras características pessoais. Os receptores também projetam seus interesses e

expectativas no momento da decodificação da mensagem;

• Atitude Defensiva: quando os agentes do processo da comunicação se sentem

ameaçados, a reação nesse caso reduz a capacidade de atingir a compreensão mútua. A

mensagem é então interpretada como ameaçadora e, com isso, a resposta é distorcida e

atrapalha a comunicação eficaz;

• Linguagem: as palavras podem ter significados diferentes para as pessoas, onde as

variáveis que mais influenciam são a idade, a educação e a formação cultural. De acordo

com a formação é então estabelecido o padrão de linguagem. Mas existem outros fatores

que podem influenciar como a dispersão geográfica, o uso da linguagem não uniforme e

como se modifica a linguagem.

Diante disto, existem diversas distorções que podem reduzir a eficácia da

comunicação, como interrupções de telefonemas, visitas inesperadas, mas havendo atenção

e planejamento adequado pode minimizar essas interrupções.

Lacombe (2003) refere que uma boa comunicação começa pela capacidade de ouvir,

de compreender o que o outro deseja comunicar, de saber interpretar o que ele deseja; é

também saber se calar no momento certo e estar disponível para escutar.

Para Buono e Bowditch (1992), a comunicação é um dos processos fundamentais

para o comportamento organizacional, podendo ser analisada em termos de três funções:

- Produção e controle: é a comunicação dirigida à realização do trabalho e ao

cumprimento de objetivos de produção da organização, tais como o controle de

qualidade;

- Inovação: são mensagens sobre novas idéias e mudanças de procedimentos que

ajudam a empresa a se adaptar e responder ao seu meio ambiente;

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- Socialização e manutenção: comunicação voltada para os meios de realização do

trabalho e não o trabalho em si, e para o envolvimento pessoal, as relações

interpessoais e a motivação das pessoas na empresa.

Desta forma, a comunicação organizacional é a disposição e a estrutura de como a

comunicação é dirigida a pessoas especificas e grupos que delas precisam para fins de

trabalho, soluções de problemas, controle ou tomadas de decisões (BUONO &

BOWDITCH, 1992, p.88).

Assim sendo, a comunicação associa-se ao feedback, que é uma forma de mostrar ao

empregado como ele está desenvolvendo seu trabalho, tópico que veremos a seguir.

2.2.1 FEEDBACK

Uma das formas de se procurar obter a comunicação correta é inserir no processo a

retroinformação, isto é, introduzir o mecanismo de feedback (LACOMBE, 2003). Dessa

forma, o feedback passa a ser uma maneira de reduzir as falhas de comunicação e possíveis

distorções.

Segundo Buono e Bowditch (1992), “feedback é o processo de se dizer a uma

pessoa como você se sente em função do que ela fez ou disse”. Para os referidos autores o

segredo é dar feedback de modo que ele seja aceito e construtivamente utilizado pelo seu

receptor. Apesar disto ser particularmente difícil quando um feedback envolve crítica ao

trabalho ou às atividades de uma pessoa, então aquilo que era para ser uma intenção

positiva se transforma num confronto fútil que leva à defensividade, queixas mútuas e

ressentimentos, que não trazem qualquer solução ao problema, ou às preocupações que

originalmente geraram o feedback (BUONO & BOWDITCH, 1992, p.87).

De acordo com Buono e Bowditch (1992), dar feedback eficaz é uma verdadeira arte

que precisa ser desenvolvida ao longo do tempo, mas existem algumas formas que podem

tornar essas ocasiões mais produtivas e voltadas para a solução do problema, como:

a) Examinar seus próprios motivos, para se assegurar de que sua intenção é ajudar,

e não exibir sua perspicácia ou superioridade;

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b) Em situação de feedback negativo, vá direto ao assunto, começar uma discussão

com questões periféricas e rodeios geralmente cria ansiedades ao invés de

minimizá-los;

c) Considerar a disposição do receptor para ouvir o feedback;

d) Descrever a situação tão clara e especificamente quanto puder, evitar

introduções avaliativas, pois elas prejulgam o ponto de vista do receptor e abrem

caminhos para o conflito;

e) Evitar sobrecarregar o receptor com excesso de informações e críticas,

concentrar no mais importante e que possa ser modificado;

f) Chegar a um acordo quanto a origem do problema e a sua solução, de outra

forma haverá pouca probabilidade de se chegar a uma solução;

g) Estar preparado para receber feedback, pois o seu comportamento pode estar

contribuindo para o comportamento do receptor;

h) Usar as técnicas da escuta ativa, e observar o comportamento de seu interlocutor

durante o feedback, o que pode confirmar ou desmentir o feedback;

Ao encerrar, orientar fazer um resumo e refletir sobre o momento em que foi

realizada a sessão de feedback, para assegurar de que tanto o emissor como o receptor estão

com o mesmo entendimento sobre o que foi falado.

Segundo Robbins (1998), para muitos gerentes poucas atividades são mais

desagradáveis do que fornecer feedback aos empregados. Existem pelo menos três motivos

que justifique essa relutância que há nos gerentes em dar feedback. Primeiramente, os

gerentes geralmente ficam pouco à vontade discutindo as ineficiências de desempenho

diretamente com os funcionários. Eles temem uma confrontação quando apresentam o

feedback negativo. Em segundo lugar, muitos empregados tendem a ficar na defensiva,

quando suas ineficiências são apontadas. Em vez de aceitar o feedback como construtivo e

como uma base para melhorar o desempenho, alguns empregados desafiam a avaliação

criticando o gerente ou redirecionando a culpa para outra pessoa. E por último, os

empregados tendem a ter uma estimativa inflada de seu próprio desempenho. Assim,

mesmo quando os gerentes estão fornecendo boas notícias,os empregados provavelmente as

perceberão como não sendo suficientemente boas.

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Uma solução para este problema seria então treinar os gerentes, mostrar a eles como

conduzir o feedback, e não simplesmente ignorá-los.

O feedback de pesquisa vem conquistando um grande destaque nas empresas

contemporâneas. Ele é sugerido como um modo de melhorar a eficácia global de

organizações, para compor perfis baseados em dados sobre o clima organizacional, este tem

como objetivo melhorar as relações trabalhistas e para estabelecer uma abordagem

pragmática ao tratamento de problemas relacionados a pessoas no local de trabalho

(BUONO & BOWDITCH, 1992, p.219).

Os autores ainda referem que o feedback de pesquisa consiste na coleta de dados de

uma unidade de trabalho especifica da organização inteira, através do uso de um

questionário estruturado. Os dados obtidos através desse questionário são compilados e

realimentados aos participantes através de relatórios e workshops, e finalmente utilizados

por diversos grupos e gerentes para confrontar os problemas organizacionais existentes.

Embora o feedback de pesquisa seja uma ferramenta prática de desenvolvimento

organizacional bastante útil para diagnosticar os problemas organizacionais e conflitos

potenciais existentes, a maioria dos gerentes deixam de utilizar efetivamente os resultados

das pesquisas para melhorar a satisfação dos empregados e o desempenho organizacional

(BUONO & BOWDITCH, 1992, p.220). Dessa forma, quando os empregados participam

de um programa de feedback de pesquisa geram neles expectativas de que essas

informações venham a ser utilizadas para melhorar os aspectos da vida organizacional.

Buono e Bowditch (1992) afirmam que se esses resultados forem ignorados pelos

gerentes, os empregados poderão sentir frustrações ainda maiores, onde pode se manifestar

através de comportamentos disfuncionais no trabalho como rotatividade, absenteísmo,

apatia e até mesmo sabotagem entre outros. Mas se for usado corretamente, ele pode

aumentar a probabilidade de envolvimento, compromisso e eficácia de gerentes e

empregados no local de trabalho.

Neste sentido, o feedback se torna uma ferramenta muito importante para o

desenvolvimento do trabalho dos lideres, que a utilizam para melhorar o ambiente

organizacional, pois seu dever é estar centrado no grupo, tema este que será desenvolvido a

seguir.

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2.3 LIDERANÇA

Desde a década de 1930 a liderança tem sido tema de pesquisas importantes nos

campos da psicologia social e do comportamento organizacional. Muitas obras daquela

época eram teorias filosóficas ou sugestões que não tinham dados para sustentar seus

pontos de vista.

Com o passar do tempo, a pesquisa e a literatura sobre a liderança organizacional

evoluíram, de teorias que descreviam traços e características pessoais dos líderes eficazes,

passando por uma abordagem situacional ou contingencial, que propõe um estilo mais

flexível, adaptativo para a liderança eficaz (BUONO & BOWDITCH, 1992).

Sanchez (2002, p.378 apud ALBUQUERQUE & PUENTE-PALACIOS, 2004, p.

367), considera que as diversas formas de conceber a liderança são reflexos de diferentes

enfoques teóricos e metodológicos.

Temos como exemplo destes enfoques Tannebaum e Schmidt com seu contínuo da

conduta de sete pontos em que cada comportamento estaria relacionado com o grau de

autoridade que empregaria o líder e o grau de liberdade disponível para os seguidores na

hora de tomar decisões. Outra proposta foi desenvolvida por Fiedler com o seu modelo de

contingências, considerando que se a liderança é um exercício de influencia social, a

facilidade com que o líder é capaz de influir nos seguidores dependerá do favorável que lhe

é a situação. Posteriormente Hersey e Blanchard na sua teoria da liderança situacional

partem do pressuposto que não existe um estilo ideal de conduta do líder que seja adequada

a todas as situações. O líder eficaz analisa primeiramente os requisitos da situação e logo

adapta seu estilo para satisfazê-los ou, se for o caso, para fornecer os meios para modificar

algum ou todos os elementos da situação. Outra proposta é a de House que desenvolveu sua

teoria do caminho-meta segundo a qual o líder exerce uma função motivacional sobre seus

seguidores, esclarece as condutas, os critérios de rendimento apropriados e elimina os

obstáculos. Por sua vez, Vroom e Yetton, diferentemente das outras propostas, centram

exclusivamente em um único tipo de atividade grupal, a de alcançar uma decisão

(ALBUQUERQUE & PUENTE-PALACIOS, 2004).

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Ou seja, as primeiras pesquisas sobre liderança procuraram identificar os traços e os

comportamentos mais importantes dos líderes, já as teorias mais recentes procuram

identificar os estilos mais apropriados para cada situação.

Embora os termos líder e liderança seja frequentemente usado na literatura sobre

comportamento organizacional, bem como nas conversas do dia-a-dia, em muitos casos há

uma quantidade razoável de mal-entendidos sobre o seu verdadeiro significado. A liderança

pode ser considerada como um processo de influencia, geralmente de uma pessoa, através

do qual um indivíduo ou grupo é orientado para o estabelecimento e atingimento de metas

(BUONO & BOWDITCH, 1992).

Segundo Griffin e Moorhead (2006), liderança é definida como processo e como

qualidade. Como processo, a liderança é o uso de influencia não-coerciva para conduzir e

coordenar as atividades dos membros de um grupo para alcançar uma meta. Como

qualidade, liderança é um conjunto de características atribuída àqueles que utilizam tal

influencia com êxito.

Nos últimos tempos, a influência se tornou o componente mais significativo de

alguns modelos e conceitos de liderança. Estão ligadas direta ou indiretamente á influência

de duas abordagens contemporâneas, a liderança transformacional que é o conjunto de

capacidades que permite ao líder reconhecer a necessidade de mudança, criar uma visão

para orientar essa mudança e executá-la de modo eficaz e a liderança carismática que é uma

influência baseada no carisma pessoal do líder (GRIFFIN & MOORHEAD, 2006).

Sendo assim, exercer a liderança é estar centrado nos grupos. É o processo, a

maneira de lidar com as pessoas, a capacidade de enfrentar obstáculos para defender os

interesses do grupo ou a capacidade de correr riscos para cumprir metas, é isso que faz um

líder. Liderar é resultado de um processo interativo entre pessoas que tem aspirações e que

devem ser cumpridas em um determinado espaço institucional (ALBUQUERQUE &

PUETE-PALACIOS, 2004).

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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Esta pesquisa é fruto de uma pesquisa qualitativa, em caráter de cunho social e visa

estudar os fenômenos subjetivos contidos no discurso dos sujeitos. As vantagens para a

escolha desse método se mostram justamente por permitir que o pesquisador entre em

contato direto com o objeto de estudo. Utilizando um conjunto de técnicas de analise das

comunicações que, através de procedimentos sistemáticos e objetivos, é possível obter a

descrições do conteúdo das mensagens, indicadores que permitam inferir conhecimentos

relativos ás condições de produção/recepção dessas mensagens (GIL, 1999).

Segundo Minayo (2003), a abordagem qualitativa responde a questões muito

particulares que não são expressas em dados estatísticos, pois estuda fenômenos subjetivos

tais como: significados motivação, escala de valores, crenças e comportamentos. Estes

parâmetros estão na base das relações interpessoais e da constituição do sujeito. A forma

como se aprende e legitima conhecimentos está na “[...] relação dinâmica entre o mundo

real e o sujeito, uma interdependência viva entre o sujeito e objeto, um vinculo

indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito” (CHIZZOTTI, 1998, p.

79).

Os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a

complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis,

compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais, contribuir no

processo de mudança de determinado grupo e possibilitar, em maior nível de profundidade,

o entendimento das particularidades do comportamento dos indivíduos (RICHARDSON,

1999).

Os sujeitos dessa pesquisa foram gestores e colaboradores que atuam em uma

empresa jornalística localizada em Florianópolis, SC. A escolha destes foi aleatória,

considerando a disponibilidade e interesse dos sujeitos em participar da pesquisa.

A coleta de dados ocorreu após a aprovação do Comitê de Ética, através da

entrevista semi-estruturada, que foi realizada com oito funcionários da empresa (4 Gestores

e 4 Colaboradores) onde foi identificada a eficácia do feedback, motivação e satisfação dos

mesmos com relação ao feedback. Instrumento empregado nesta pesquisa qualitativa

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exploratória, pois decorrente da sua natureza interativa permite tratar de temas complexos.

A entrevista semi-estruturada (APÊNDICE A e B), segundo Cruz Neto (1999), tem o

intuito de permitir aos entrevistados a liberdade de manifestação sobre o assunto abordado

sem deixar de seguir um roteiro.

A entrevista pode ser definida como um processo de interação social entre duas

pessoas na qual uma delas, o entrevistador, tem por objetivo a obtenção de informações por

parte do outro, o entrevistado. As informações são obtidas através de um roteiro de

entrevista constando de uma lista de pontos ou tópicos previamente estabelecidos de acordo

com uma problemática central e que deve ser seguida (HAGUETE, 1999).

Na pesquisa qualitativa “a entrevista tem sempre o propósito de converter-se em

diálogo, em cujo curso as informações aparecem na complexa trama em que o sujeito as

experimenta em seu mundo real” (GONZÁLEZ, 2005, p. 89).

Antes de dar início ao processo de entrevistas, foram esclarecido os objetivos e os

propósitos da pesquisa com a Gerente da área de RH da organização localizada na Cidade

de Florianópolis e, através do termo de consentimento, após aceite deu-se o início da

pesquisa (APÊNDICE C), bem como foi esclarecido que, os gestores e colaboradores que

participaram do processo, passaram pela entrevista individual, ocasião em que foi

confirmado sua participação voluntária na pesquisa (APÊNDICE D), autorizado o uso de

gravador.

Em qualquer momento do processo, o sujeito poderia desistir, esclarecendo que as

informações passadas seriam desconsideradas para o presente estudo.

A análise dos dados foi realizada a partir da análise do conteúdo, que segundo

Bardin (1991, p.42), é um conjunto de técnicas de análise das comunicações que tem como

objetivo “obter, por procedimentos sistemáticos e objetivos do conteúdo das mensagens,

indicadores que permitam a inferência de conhecimentos relativos às condições de

produção/recepção destas mensagens”.

Os dados coletados foram analisados a partir da análise do conteúdo do discurso

dos participantes, “pois este representa um momento analítico no processamento da

informação e nesse sentido se interpõe no curso fluido dos processos de construção teórica

do pesquisador que acompanham e são partes da qualidade de informação produzida pela

pesquisa” (GONZÁLEZ, 2005, p.143).

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A análise foi realizada a partir de classificação de categorias dos diferentes

elementos do discurso. “Esta análise de categoria consiste em tomar em consideração a

totalidade de um texto, passando-o pelo crivo da classificação e do recenseamento, segundo

a freqüência de presença (ou de ausência) de itens de sentido" (BARDIN, 1991, p.36).

Quanto ao sistema de categorias, a lógica das gavetas de Bardin (1991, p. 55, grifo

nosso) diz que:

“se um critério adotado for cor, é óbvio que não posso colocar na mesma gaveta meias brancas e vermelhas”. A técnica, em resumo, consiste simplesmente em classificar os diferentes elementos do discurso nas diversas gavetas segundo critérios que permitam fazer surgir uma “certa ordem na confusão geral” (BARDIN, 1991, p.37, grifo nosso).

Nesta pesquisa, todos os indivíduos envolvidos foram informados quanto aos

aspectos éticos, de acordo com a resolução da CFP n° 016/2000, bem como que é apontado

no código de ética profissional do Psicólogo, nos artigos 9° e 16°, ressaltando:

• O dever do psicólogo de respeitar sigilo profissional, com a finalidade de

proteger a intimidade das pessoas, grupos ou organizações, que tenha acesso no

seu exercício profissional, art. n° 9;

• Os participantes não receberão ou pagarão quaisquer valores para a participação

na pesquisa;

• Todos os objetivos da pesquisa serão esclarecidos aos participantes e para a

organização, como também, o uso que será feito das informações;

• Avaliar os riscos envolvidos na pesquisa, tanto pelos procedimentos quanto a

divulgação dos resultados, com objetivo de proteção dos envolvidos, art. n° 16

alínea “a”;

• É garantida a participação voluntária na pesquisa, de acordo com o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE D), salvo nas situações previstas

em específica legislação e respeitando os princípios deste Código, art. 16 alínea

“b”;

• Garantido o anonimato das pessoas envolvidas na pesquisa, grupos ou

organizações, salvo interesse manifesto destes, art. 16 alínea “c”;

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• É garantido o acesso às pessoas, grupos ou organizações aos resultados das

pesquisas ou estudos, sempre que assim o desejarem art. 16 alínea “d”.

Os esclarecimentos prestados acima visam o respeito aos sujeitos de pesquisa,

observando sua integridade física, psíquica e social, bem como da organização em que esta

pesquisa foi realizada, observando o cumprimento das normas do Código da profissão da

Psicologia em vigor, seguindo também as normas previstas na resolução 196/1996 do

Conselho Nacional de Saúde.

A presente pesquisa foi realizada com o conhecimento e esclarecimento sobre os

termos de consentimento aos sujeitos, e, sempre visando, de acordo com os termos, o

respeito e o comprometimento da pesquisadora frente os indivíduos participantes para a

realização da pesquisa de forma que se pôde concretizá-la da melhor forma possível

(APÊNDICE E). Sendo que ao final da pesquisa será realizada uma devolutiva dos

resultados aos participantes, bem como para a organização responsável pelo projeto

(APÊNCICE F).

4. ANÁLISE DOS SULTADOS

Os resultados abaixo foram obtidos através das categorias que emergiram dos

relatos das entrevistas com os sujeitos da pesquisa. Foram realizadas oito entrevistas com

sujeitos masculinos e femininos, formou-se duas tabelas exibindo o perfil dos entrevistados.

Um dos aspectos que pode observar no que se diz respeito aos participantes da pesquisa,

observou-se que com relação à faixa etária, esta encontra-se entre 27 a 33 anos. Foi

verificado que o tempo de empresa da maioria dos entrevistados é de 1 a 9 anos, sendo que

apenas um entrevistado possui menos de 1 ano de empresa.

A seguir será apresentada as tabelas dos sujeitos entrevistados, onde a tabela 1

refere-se aos Gestores e a tabela 2 refere-se aos Colaboradores, o que oportunizou a

definição do perfil da amostra, para melhor visualização.

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SEXO  FAIXA ETÁRIA  TEMPO DE EMPRESA Categoria  Qdde  %  Categoria  Qdde %  Categoria  Qdde  % 

Fem.  1  25%  20 a 26a  1  25%  Menos de 1 ano 1  25% 

Mas.  3  75%  27 a 33a  3  75%  1 a 9 anos  1  25% 

NR  0  0%  34 a 40a  0  0%  Mais de 10 anos 2  50% 

TOTAL  4  100%  TOTAL  4  100% TOTAL  4  100% 

ESCOLARIDADE Categoria  Qdde  % 

Superior Incompleto  2  50% 

Superior Completo  1  25% 

Pós‐Graduação  1  25% 

TOTAL  4  100% Tabela 1. - Perfil da amostra pesquisada Gestores. Fonte: Levantamento de campo. Out/2010.

SEXO  FAIXA ETÁRIA  TEMPO DE EMPRESA Categoria  Qdde  %  Categoria  Qdde %  Categoria  Qdde  % 

Fem.  3  75%  20 a 26a  1  25%  Menos de 1 ano 0  0% 

Mas.  1  25%  27 a 33a  1  25%  1 a 9 anos  3  75% 

NR  0  0%  34 a 40a  2  50%  Mais de 10 anos 1  25% 

TOTAL  4  100%  TOTAL  4  100% TOTAL  4  100% 

ESCOLARIDADE Categoria  Qdde  % 

1º Gra  1  25% 

2º Grua  2  50% 

Superior Incompleto  1  25% 

TOTAL  4  100% Tabela 2. - Perfil da amostra pesquisada Colaboradores. Fonte: Levantamento de campo. Out/2010.

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4.1 DEFINIÇÃO DAS CATEGORIAS DE ANÁLISE

Visto as entrevistas que foram realizadas com os gestores e colaboradores que

fazem parte de uma empresa jornalística, na cidade de Florianópolis, podem-se definir

categorias de sentido no que diz respeito à percepção dos funcionários perante a

importância do feedback.

Emergiram desta forma, seis (6) categorias de sentido que serão apresentadas a seguir,

sendo que três (3) foram retiradas das falas dos Gestores e três (3) foram retiradas das falas

dos Colaboradores.

O quadro a seguir apresenta as principais falas dos sujeitos entrevistados, separadas por

categorias.

CATEGORIAS GESTORES

CATEGORIAS INFORMAÇÕES ORAIS

1 FEEDBACK INFORMAL

E2

"Trabalhamos bastante com o feedback informal, do dia a dia, eu tenho o habito de fazer o balança do dia, [...] como trabalhamos com uma parte muito

operacional toda hora tem erros, problemas com os clientes, então acabamos fazendo isso diariamente".

E3

"Eu estou fazendo mais o feedback informal do que o formal, pois o feedback informal é muito mais rápido para se fazer uma ação, [...] o feedback informal é

cotidiano, na verdade é rotineiro".

E4

"Hoje em dia o feedback é muito informal, [...] ele é

passado conforme as coisas vão acontecendo no dia a dia .

2 FERRAMENTA GERENCIAL

E3

"Para mim o feedback é umas das ferramentas primordiais em uma empresa para relacionamento interpessoal. O feedback é a principal ferramenta

para se ter um relacionamento em equipe”.

E4"Feedback eu entendo que é uma ferramenta

gerencial de comunicação, de desenvolvimento profissional".

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3 MOTIVAÇÃO

E1

"Muitas vezes eles estão trabalhando desanimados, então eu chamo para conversar e falo sobre

crescimento dentro da empresa, o que eles estão fazendo e muitos saem bastante motivados".

E3 "eu acredito muito no feedback, pois ele vem para agregar, fazendo com que a pessoa se desenvolva".

Tabela 3: Categorias Gestores

CATEGORIAS COLABORADORES

CATEGORIAS INFORMAÇÕES ORAIS

1 CONCEITO DE FEEDBACK

E1 "Nunca ouvi falar".

E3 "Eu entendo que são informações sobre o seu

trabalho ou coisas que você está fazendo e que não estão de acordo com o solicitado pela chefia".

E4

"Eu tenho pra mim que é quando o teu gestor chega para te dar agumas sugestões, no meu caso, de

como atender, como melhorar a argumentação. Ele vai apontar onde tais errando".

2 IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK

E2 "Eu acho importante, pois você fica sabendo o que está acontecendo".

E3

"É importante, pois só tende a acrescentar no teu trabalho, onde a pessoa que está de fora consegue

ver muito melhor onde se está errando, onde se pode melhorar".

E4 "Eu acho importante, porque muitas vezes a gente erra sem saber, mais ele tem que saber ser dado,

pois o ser humano é muito resistente".

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3 FREQUENCIA DO FEEDBACK

E1 "Acho que deveria ter mais feedback da parte dele, pelo menos para dizer se estou indo bem".

E2 "Recebo feedback conforme o que vai acontecendo, mais seria interessante receber mais feedback".

E4 "Eu acredito que deveria receber mais feedback, acho que é muito importante o feedback, ele faz

parte do teu trabalho".

Tabela 4: Categorias Colaboradores.

4.2 FEEDBACK INFORMAL

Através das entrevistas com os gestores uma das categorias que apareceu foi o

feedback informal, onde os entrevistados afirmaram utilizar essa ferramenta com mais

freqüência no dia a dia, pois com ela se tem uma solução mais rápida para erros e

problemas que acontecem diariamente.

De acordo com Krumm (2005), o feedback informal para o empregado deve ser

freqüente, especifico e direcionado de maneira mais positiva do que negativa. A maioria

dos empregados faz seu trabalho de maneira mais correta do que incorreta e o feedback

para eles deve refletir nisso. Podemos perceber nas falas dos Gestores 2, 3 e 4: Gestor 2:

“Trabalhamos bastante com feedback informal, do dia a dia, eu tenho o hábito de fazer um

balanço do dia”. Gestor 3: ”Estou fazendo mais o feedback informal do que o formal, pois

o feedback informal é muito mais rápido para se fazer uma ação, [...] ele é cotidiano, na

verdade é rotineiro”. Gestor 4: ”Hoje em dia o feedback é muito informal, [...] ele é

passado conforme as coisas vão acontecendo no dia a dia”.

A maioria das organizações tem pelo menos uma espécie de feedback do ambiente para

orientá-los em suas operações e indicar a necessidade de mudanças organizacionais. Esse

feedback vem da recepção de seu produto por parte da clientela ou do mercado (KATZ &

KAHN, 1987).

Na voz dos autores um desses feedbacks diz respeito ao lado técnico do

funcionamento interno e implica em uma contagem para cada cargo de produção na

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organização. Algumas fabricas ainda seguem o sistema Taylor, no fim do dia são passados

relatórios referente à fabricação. Assim percebemos na fala do Gestor 4: “Como

trabalhamos com uma parte muito operacional toda hora tem erros, problemas com os

clientes, então acabamos fazendo isso diariamente”.

Segundo Pena (2007), atualmente gerentes e colaboradores vêem o feedback como

instrumento de desenvolvimento e como o elemento essencial no gerenciamento das

competências como observaremos a seguir.

4.3 FERRAMENTA GERENCIAL

Outra categoria que apareceu foi o feedback como ferramenta gerencial, onde

Moreira (2010) afirma que não podemos nos desenvolver sem a presença do feedback para

nos orientar e indicar necessidades e foco. Como podemos caminhar na estrada do

desenvolvimento sem o apoio de uma métrica indispensável por meio do feedback, tanto

dos nossos superiores como clientes, sócios e, até pares e conhecidos.

De acordo com Bee Bee (2000) apud Farias (2005), enfatiza que a técnica do

feedback pode funcionar como ferramenta gerencial de potencialização dos talentos grupais

aprimorando desempenhos, orientando e aconselhando equipes de trabalho e permitindo a

criação de estados motivacionais positivos, elevando o grau de comprometimento e

envolvimento das pessoas com causas e metas comuns aos negócios. Pode-se verificar nas

falas dos Gestores 3 e 4: Gestor 3: "Para mim o feedback é umas das ferramentas

primordiais em uma empresa para relacionamento interpessoal. O feedback é a principal

ferramenta para se ter um relacionamento em equipe”. Gestor 4: "Feedback eu entendo

que é uma ferramenta gerencial de comunicação, de desenvolvimento profissional".

O autor ainda destaca que pode-se encontrar na técnica do feedback uma

possibilidade de fazer com que lideres falem mas também ouçam e, mais que isso, escutem

a voz da sua equipe, admitindo para isso apenas uma nova verdade: que se boa parte do que

aprendemos o fizemos ouvindo, de fato quem gera resultados e faz acontecer deve e precisa

ser ouvido, pois somente conhecendo-se mutuamente líder e liderados podem constituir

uma efetiva equipe de autodesempenho, alto grau de qualidade no que faz e, sobretudo,

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composta por pessoas de alto nível de competência e comprometimento, fatores estes

essenciais á qualidade nos serviços.

O feedback apresenta-se então como uma ferramenta de trocas, cujo propósito é

desenvolver cada colaborador sob a ótica da equipe, cabendo ao líder tomar para si a

responsabilidade por esse processo, transformando-o efetivamente em um gestor de pessoas

e talentos e não de meros recursos.

4.4 MOTIVAÇÃO

A última categoria que apareceu nas entrevistas dos gestores foi a motivação e de

acordo com Davel (2001), o desenvolvimento do processo motivacional na organização é o

elemento-chave de uma gestão estratégica e de resultados. Seu grande diferencial se dá por

meio do equilíbrio da capacidade produtiva e da motivação dos trabalhadores.

A motivação de uma pessoa depende da força de seus motivos, onde motivo é tudo

aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que da origem

a um comportamento especifico.

O processo de motivação nos indivíduos se dá de forma intrínseca, em que cada um

desenvolve impulsos motivacionais distintos em momentos diferentes, reconhecendo que

estas forças afetam diretamente a maneira de encarar o trabalho e suas próprias vidas.

Muitos estudos procuram ainda desvendar tanto para a administração (empregador), como

para os trabalhadores (empregados), as causas e conseqüências da (des) motivação no

trabalho tentando explorar como e quando ocorrem problemas, e como podem ser

solucionados de forma eficaz (MARRAS,2000).

De acordo com Chiavenato (2009) a motivação constitui um importante campo do

conhecimento da natureza humana e da explicação do comportamento humano. Para

compreender-se o comportamento das pessoas é necessário conhecer a sua motivação.

Segundo Robbins (1999) motivação é a vontade de empregar altos níveis de esforço

em direção a metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer

alguma necessidade do individuo.

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Para Herzberg (1973, apud Chiavenato, 2009) o termo “motivação” envolve

sentimentos de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional manifestado

por meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado

para o trabalhador. Podemos perceber nas falas dos Gestores 1 e 3: Gestor 1: “Muitas vezes

eles estão trabalhando desanimados, então eu chamo para conversar e falo sobre

crescimento dentro da empresa, o que eles estão fazendo e muitos saem bastante

motivados”. Gestor 3: “Eu acredito muito no feedback, pois ele vem para agregar, fazendo

com que a pessoa se desenvolva”.

Na visão do autor, para motivar as pessoas em seu trabalho é necessário dar ênfase à

realização, ao reconhecimento, ao próprio trabalho, à responsabilidade e ao crescimento.

4.5 CONCEITO DE FEEDBACK

A partir das entrevistas com os colaboradores surgiu a categoria sobre o conceito de

feedback, onde foi verificado o entendimento que os entrevistados tem referente ao mesmo.

Para eles o feedback são informações sobre o que deve ser melhorado no seu trabalho.

A pratica de feedback não é muito utilizada atualmente e por esse motivo muitas

pessoas acabam confundindo feedback com critica.

Segundo Ferreira (2007) feedback é um processo de ajuda mútua para mudanças de

comportamento, por meio da comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas ou entre

pessoa e grupo, no sentindo de passar informações, sem julgamento de valor, referente à

como sua atuação afeta ou é percebida pelo outro e vice-versa. Por critica a autora entende

que é um processo de comunicação verbalizada ou não entre duas pessoas ou pessoa e

grupo com o objetivo de passar os valores de certo e errado, geralmente trás consigo a

intenção de acusar, julgar e condenar e, não raro, com intensa carga emocional dos

interlocutores. Podemos observar nas falas dos colaboradores 3 e 4: Colaborador 3: “Eu

entendo que são informações sobre o meu trabalho ou coisas que estou fazendo e que não

está de acordo com o solicitado pela chefia”. Colaborador 4: “Eu tenho pra mim que é

quando o gestor chega para te dar algumas sugestões, no meu caso de como atender, como

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melhorar a argumentação. Ele vai apontar onde tais errando”. Durante a entrevista

observou-se também que o Colaborador 1 afirmou nunca ter ouvido falar em feedback.

Para Robbins (1999) feedback é o grau em que executar atividade de trabalho

exigidas pelo cargo resulta no individuo obter informações direta e clara sobre a eficácia de

seu desempenho.

4.6 IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK

Outra categoria que emergiu das entrevistas foi a importância do feedback, onde a

presença do mesmo é indispensável para o desenvolvimento profissional e pessoal.

Segundo Moscovici (1995), no processo de desenvolvimento da competência

interpessoal, feedback é um processo de ajuda para mudanças de comportamento, é

comunicação a uma pessoa, ou grupo, no sentido de fornecer-lhes informações sobre como

sua atuação está afetando outras pessoas. Fedback eficaz ajuda o individuo (ou grupo) a

melhorar seu desempenho e assim alcançar seus objetivos. Pode-se perceber na fala do

Colaborador 2: “Eu acho importante, pois você fica sabendo o que está acontecendo”.

De acordo com Guerra (2007), a falta de feedback põe em causa qualquer sistema

de avaliação implementado, pois estes não tem vida própria e são alimentados precisamente

pelas diversas competências a desenvolver pelos sujeitos na sua função, pelas expectativas

nessas mesmas competências que se esperam que esses sujeitos venham a atingir.

Para Junior (2008), o feedback é importante para facilitar o relacionamento

interpessoal, sem essa ferramenta dificilmente uma organização poderá sustentar suas

atividades, porém, o feedback deve ser o ideal, ou seja, deve ser feito de uma forma que

haja um melhor retorno de uma pessoa para outra, que seja entendido o resultado das ações

e das melhorias desenvolvidas neste relacionamento. Assim verificamos nas falas dos

colaboradores 3 e 4: Colaborador 3: "É importante, pois só tende a acrescentar no teu

trabalho, onde a pessoa que está de fora consegue ver muito melhor onde se está errando,

onde se pode melhorar". Colaborador 4: "Eu acho importante, porque muitas vezes a gente

erra sem saber, mais ele tem que saber ser dado, pois o ser humano é muito resistente".

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Já para Moreira (2010), a ausência do feedback causa sérias dificuldade, um

exemplo é a questão profissional, onde essa ausência de feedback causa desmotivação,

insegurança, “quebra” da auto estima e entre outros males.

4.7 FREQUÊNCIA DO FEEDBACK

A última categoria que surgiu das entrevistas dos colaboradores foi a freqüência

com que eles recebem o feedback, onde os mesmos afirmam a necessidade de receber mais

feedbacks, pois é a forma que eles tem para saber como está o desenvolvimento do seu

trabalho.

Um dos principais empecilhos para a melhoria da qualidade e da alta performance

de profissionais, projetos e processos de trabalho é a falta de feedback no processo de

comunicação organizacional e humana. Podemos comprovar esse fato no nosso dia a dia

profissional, sem a menor dificuldade (MATOS, 2009). Pode-se verificar nas falas dos

colaboradores 2 e 4: Colaborador 2: “Recebo feedback conforme o que vai acontecendo,

mais seria interessante receber mais feedback”. Colaborador 4: “Eu acredito que deveria

receber mais feedback, acho que é muito importante o feedback, ele faz parte do teu

trabalho".

De acordo com Matos (2009) a comunicação é um ato que precisa envolver

compreensão mútua entre emissor e receptor. A comunicação efetiva só pode ocorrer se

houver feedback. Sem ele, o emissor não terá como conferir a adequação e a eficácia da

transmissão de sua mensagem.

Quem nunca teve a preocupação de saber se está ou não atendendo as expectativas

da empresa em que atua? Afinal, quando o profissional conhece os seus pontos fortes e

fracos, ele tem a oportunidade de aprimorar e desenvolver novas competências que poderão

abrir caminhos para uma carreira promissora (BISPO, 2010). Verificamos na fala do

colaborador 1: "Acho que deveria ter mais feedback da parte dele, pelo menos para dizer se

estou indo bem".

A falta de feedback pode nos deixar sem saber qual direção seguir. Podemos

considerá-lo como sendo uma bússola, que nos dá a direção que devemos tomar, para

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atingir nosso objetivo e satisfação do cliente. Assim sendo, temos que considerar que toda

informação que recebemos de chefes, colegas, subordinados, amigos, clientes e etc., podem

nos orientar na correção de nossa rota (DORÉS, 2010)

O autor ainda afirma que o feedback é parte fundamental do processo que orienta as

pessoas a apresentarem comportamento e desempenho apropriados a uma determinada

situação, fazendo com que saibam como estão sendo vistas no mercado ou no ambiente de

trabalho, desta forma, podemos saber como estamos sendo vistos e avaliados ao nosso

redor.

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O feedback é uma estratégia de comunicação entre pessoas, com o propósito de dar

a uns a percepção dos outros e vice-versa, permitindo assim uma visão de fora, levando ao

conhecimento de cada um o quanto suas ações estão afetando as demais, contribuindo

assim na melhoria das relações interpessoais.

O feedback é então parte fundamental do processo que orienta as pessoas a

apresentarem comportamento e desempenho apropriados a uma determinada situação,

fazendo com que saibam como estão sendo vistas no mercado ou no ambiente de trabalho.

O principal objetivo da pesquisa foi identificar a eficácia do feedback na relação dos

gestores para com os colaboradores. Os sujeitos escolhidos para as entrevistas foram

funcionários de uma empresa jornalística. Este recorte possibilitou uma qualidade nos

dados recolhidos e foram fundamentais para o resultado da pesquisa.

De acordo com as entrevistas pode-se perceber que foi constatada a eficácia e

também a necessidade do feedback objetivando um grande efeito sobre a motivação dos

funcionários.

Os objetivos específicos também foram atingidos. Foi identificada a percepção dos

gestores e colaboradores em relação a comunicação entre eles que faz muita diferença em

ter ou não, pois ela facilita o relacionamento interpessoal, mostrando assim que essa

comunicação é de extrema importância para a relação dos mesmos. Pode ser identificado

aspectos positivos na realização do feedback, assim como verificou-se a existência de

aspectos motivacionais em relação ao mesmo, onde da mesma forma que é valorizado o

trabalho do funcionário, se mostra também o que ele pode vir a desenvolver para melhorar

ainda mais.

Com esse estudo constata-se que é de fundamental importância a continuação deste

processo de feedback, pois a sua falta interfere na motivação, no relacionamento, no

autodesenvolvimento e nos resultados.

Conforme a autora Ferreira (2007) diz, o tema feedback não é novo, mas nem por

isso deixa de ser algo relevante e atual, pois a sua pratica entre nós não é usual. Dessa

forma, por não ser uma pratica muito utilizada nas empresas, o tema feedback acaba sendo

difícil de ser encontrado em livros, geralmente aparecem apenas conceitos. Para descrever

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as categorias que emergiram das entrevistas foi realizada pesquisas em artigos científicos

que abordava o tema a ser discutido.

É visível a importância que gestores e colaboradores dão para o feedback, pois

através dele se deixa claro o que querem, além de desenvolver o sujeito e só vem a

acrescentar na vida profissional e muitas vezes na vida pessoal também. Afinal, o feedback

tem o intuito de corrigir comportamentos que você não deseja que sejam repetidos e ao

mesmo tempo incentiva ao desenvolvimento da pessoa. Portanto o papel do líder, no

âmbito das empresas deve ser visto como peça-chave de um processo de crescimento tanto

do negócio quanto das pessoas.

Contudo identificamos que gestores e colaboradores acreditam no feedback, e a

partir do mesmo modificam a maneira de encarar e lidar com determinados assuntos e

trabalham com mais empenho em busca de melhores resultados.

Para que o feedback realmente aconteça de uma forma eficaz, esse processo tornou-

se uma ferramenta indispensável ás empresas, mas vale ressaltar que o feedback pode ter

um efeito negativo, quando conduzido por alguém despreparado e que não tenha idéia dos

efeitos que esse processo causa á organização como um todo e não apenas a um

determinado profissional.

Dessa forma é importante adquirir algumas habilidades para promover o feedback,

pois ele está em todos os momentos da nossa vida, e não apenas nas questões profissionais.

Assim, acredita-se que havendo um melhor preparo dos gestores na hora de utilizar

a ferramenta do feedback os resultados serão satisfatórios tanto para os colaboradores

como para a organização trazendo benefícios como a manutenção de um bom clima

organizacional, o que reflete em uma melhor relação em equipe, aumentando-lhes a

motivação, mostrando as possibilidades de crescimento, entre outros.

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6. REFERÊNCIAS

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MOSCOVICI, F. A Importância do Feedback. Disponível em:

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novembro de 2010.

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o_de_talentos.htm - Acesso em 01 de Dezembro de 2010.

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ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. Rio de Janeiro: Livros Técnicos

e Científicos, 1999.

TELES, Antonio Xavier. Psicologia Organizacional: a Psicologia na Empresa e na Vida

em Sociedade, 4ª ed. São Paulo: Editora Ática, 1994.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:

Idade:

Escolaridade:

Área:

Cargo:

Tempo de Empresa:

ENTREVISTA – GESTORES

1- O que você entende por feedback?

2- Como acontece o feedback na relação com a equipe?

3- Qual a sua opinião em dar feedback?

4- Qual a sua opinião de não dar feedback?

5- Como é para você dar feedback?

6- Com que freqüência você dá feedback? E com que freqüência você acha que

deveria dar feedback?

7- Que sugestões você dá para que o feedback aconteça de uma forma mais eficaz na

organização?

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APÊNDICE B

ENTREVISTA SEMI-ESTRUTURADA

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Sexo:

Idade:

Escolaridade:

Área:

Cargo:

Tempo de Empresa:

ENTREVISTA – COLABORADOR

1- O que você entende por feedback?

2- Como acontece o feedback na relação com o gestor?

3- Qual a sua opinião em receber feedback?

4- Qual a sua opinião em não receber feedback?

5- Como é para você receber feedback?

6- Com que freqüência você recebe feedback? E com que freqüência você acha que

deveria receber feedback?

7- Que sugestões você dá para que o feedback aconteça de uma forma eficaz na

organização?

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APÊNDICE C

CARTA DE APRESENTAÇÃO DA PESQUISA

Florianópolis, ______________________.

Prezado Sr. _____________________________

Eu Vanessa Galdino, aluna do Curso de Psicologia da UNIVALI – CE Biguaçu, sob

a orientação da professora Ana Paula Balbueno Karkotli, venho por meio deste, encaminhar

meu Projeto de Conclusão de Curso para sua análise e parecer a respeito da viabilidade de

estarmos desenvolvendo esta pesquisa no Jornal Diário Catarinense – Florianópolis com o

Sr°(a). A pesquisa tem como título “Um estudo sobre a comunicação como ferramenta

gerencial em uma empresa jornalística”, e tem como objetivo refletir acerca da importância

da comunicação entre gestores e colaboradores de uma empresa jornalística.

A referida pesquisa teve seu projeto aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da

UNIVALI. Conforme os preceitos éticos em pesquisa, informo que todos os dados

coletados durante a estudo serão utilizados exclusivamente para fins de pesquisa, sendo

mantido sigilo sobre a identidade dos profissionais participantes.

Comprometo-me também em fornecer uma cópia do relatório final do estudo.

Portanto, sua aprovação será de fundamental importância para esse estudo.

Atenciosamente,

__________________________ ____________________________

Vanessa Galdino Ana Paula Balbueno Karkotli

Aluna Pesquisadora Professora Orientadora

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ANUÊNCIA DA EMPRESA

Venho por meio deste, informar que a pesquisa que tem como título “Um estudo

sobre a comunicação como ferramenta gerencial em uma empresa jornalística” será

realizada no Jornal Diário Catarinense, onde eu Vanessa Galdino aluna pesquisadora, sob a

orientação da professora Ana Paula Balbueno Karkotli realizarei a pesquisa com a

autorização da Gerente de RH Joemara Canalles.

__________________________________

Joemara Canalles

Gerente de RH

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APÊNDICE D

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Você está sendo convidado(a) a participar, como voluntário(a), em uma

pesquisa. Após ser esclarecido(a) sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer

parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias. Uma delas é sua e

a outra é do pesquisador responsável. Em caso de recusa, você não será penalizado(a) de

forma alguma.

O presente projeto com o título “Um estudo sobre a comunicação como ferramenta

gerencial em uma empresa jornalística” tem como objetivo geral identificar a eficiência do

feedback na relação dos gestores para com os colaboradores de uma empresa jornalística.

Enquanto que os objetivos específicos são: Identificar a percepção dos gestores e

colaboradores em relação à comunicação entre os mesmos; Identificar aspectos positivos

e/ou negativos quando da realização do feedback; Verificar se há existência de aspectos

motivacionais em relação ao feedback.

A realização desta pesquisa seguirá um roteiro com questões pré-definidas, onde

poderá haver acréscimo de outras perguntas de acordo com o andamento da entrevista. A

entrevista será realizada em apenas um encontro, com duração média de cinqüenta minutos.

Caso haja a necessidade, poderá ser realizada uma nova entrevista após o consentimento do

entrevistado, com duração de quarenta minutos a fim de concluir assuntos deixados em

aberto no primeiro encontro. Os procedimentos utilizados contemplam a realização de

entrevista individual com roteiro de entrevista semi-estruturado que será gravado na integra

e diante dos resultados da entrevista será aplicada análise de conteúdo que prevê o

levantamento dos principais significados expressos nas respostas do sujeito.

Em relação aos aspectos éticos, os pesquisadores esclarecem que seus dados

pessoais serão mantidos em sigilo, garantindo seu anonimato, e o resultado apenas mostrará

os possíveis benefícios atingidos pela pesquisa; a aceitação não implica que é obrigado(a) a

participar da pesquisa até o final, a qualquer momento pode interromper sua participação,

bastando, para isso, comunicar o pesquisador; sua participação é voluntária, não terá direito

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a remuneração; esta pesquisa é de cunho acadêmico e não visa uma intervenção imediata;

durante a participação, se tiver alguma reclamação do ponto de vista ético, poderá contatar

com o responsável desta pesquisa; a entrevista terá em média 50 minutos, caso sinta

qualquer desconforto poderá interromper sua participação; não há riscos previsíveis por sua

participação; os resultados serão divulgados na apresentação da pesquisa perante defesa

para a banca examinadora, de forma pública, no período de dezembro de 2010, conforme

calendário da Coordenação de TCC do Curso de Psicologia da Univali – Centro de Estudo

de Biguaçu/SC, e posteriormente a apresentação possivelmente poderá ser publicada em

revista científica.

Ao final da pesquisa, se for de seu interesse, a devolutiva dos resultados poderá ser

realizada através de uma cópia impressa e/ou eletrônica.

As entrevistas somente serão gravadas com a autorização do (a) Senhor (a), sobre a

qual será mantido anonimato.

Para participar dessa pesquisa, o(a) Senhor(a) deverá assinar o Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido. Esse termo determina que o(a) Senhor(a) aceita

participar da pesquisa como voluntário(a) e pode desistir de fazê-lo se não se sentir à

vontade, sem que sofra qualquer penalidade.

Biguaçu, _____ de ______________ de 2010.

Nome do pesquisador: ___________________________________________________

Assinatura do pesquisador: ________________________________________________

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CONSENTIMENTO DE PARTICIPAÇÃO DO SUJEITO

Eu, _______________________________________________, RG __________________,

CPF ____________________ abaixo assinado, concordo em participar do presente estudo

como sujeito. Fui devidamente informado e esclarecido sobre a pesquisa, os procedimentos

nela envolvidos, assim como os possíveis riscos e benefícios decorrentes de minha

participação. Foi-me garantido que posso retirar meu consentimento a qualquer momento,

sem que isto leve penalidade ou interrupção de meu acompanhamento

/assistência/tratamento.

Local: _____________________________

Data: ______________________________

Nome: ________________________________________________________

Assinatura do Sujeito ou Responsável: _______________________________________

Telefone para contato: ____________________________________________________

Pesquisador Responsável: Ana Paula Balbueno Karkotli

Telefone para contato: (48)9152-7471

Pesquisador Participante: Vanessa Galdino

Telefone para contato: (48) 8469-5727

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APÊNDICE E

TERMO DE COMPROMISSO DA PESQUISA

Nós, abaixo assinada, aluna pesquisadora e professora orientadora do Curso de

Psicologia da UNIVALI – CE Biguaçu, me comprometo em realizar a pesquisa do

Trabalho de Iniciação Científica “Um estudo sobre a comunicação como ferramenta

gerencial em uma empresa jornalística”, desenvolvendo todas as atividades relacionadas à

sua concretização.

____________________________ ___________________________

Vanessa Galdino Ana Paula Balbueno Karkotli

Aluna Pesquisadora Professora Orientadora

Florianópolis, ______/______/______.

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APÊNDICE F

TERMO DE COMPROMISSO DE UTILIZAÇÃO DE DADOS

Nós, abaixo assinada, pelo presente “Termo de Compromisso de Utilização de

Dados”, em conformidade com a Instrução Normativa n° 004/2002, autora do projeto de

pesquisa intitulado: “Um estudo sobre a comunicação como ferramenta gerencial em uma

empresa jornalística”, a ser desenvolvido no período de ____________________________,

na cidade de Florianópolis, comprometo-me em utilizar os dados coletados, somente para

fins deste projeto e divulgação cientifica através de Artigos, Livros, Resumos, Pôsteres.

Informa também, comprometer-me a retornar os resultados da pesquisa.

____________________________ ___________________________

Vanessa Galdino Ana Paula Balbueno Karkotli

Aluna Pesquisadora Professora Orientadora

Florianópolis, ______/______/______.