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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA DEPARTAMENTO DE MÚSICA CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA DÉBORA COSTA PIRES RELATÓRIO DE ESTÁGIO: FLAUTISTAS DA CASA SÃO JOSÉ FLORIANÓPOLIS 2008

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE MÚSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

DÉBORA COSTA PIRES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO:

FLAUTISTAS DA CASA SÃO JOSÉ

FLORIANÓPOLIS

2008

1

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE MÚSICA

CURSO DE LICENCIATURA EM MÚSICA

DÉBORA COSTA PIRES

RELATÓRIO DE ESTÁGIO:

FLAUTISTAS DA CASA SÃO JOSÉ

Trabalho realizado para a disciplina Prática Pedagógica III, ministrada pelos professores Márcio Corte Real e Áurea Demaria Silva, realizada durante o semestre 2008/1

FLORIANÓPOLIS

2008

2

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO...................................................................................................... 3

CAPÍTULO I:CAPÍTULO I:CAPÍTULO I:CAPÍTULO I: PROJETO DE ESTÁGPROJETO DE ESTÁGPROJETO DE ESTÁGPROJETO DE ESTÁGIOIOIOIO .............................................................. 4

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 5

2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 7

3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 8 3.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................... 8 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................. 8

4 REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................. 9

5 METODOLOGIA ............................................................................................... 10

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 11

CAPÍTULO II:CAPÍTULO II:CAPÍTULO II:CAPÍTULO II: ANÁLISANÁLISANÁLISANÁLISE DAS AULASE DAS AULASE DAS AULASE DAS AULAS ............................................................. 12

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 17

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 19

ANEXO A – PLANO DE AULA Nº. 01 E RELATO .................................................. 20

ANEXO B – PLANO DE AULA Nº. 02 E RELATO .................................................. 23

ANEXO C – PLANO DE AULA Nº. 03 E RELATO .................................................. 25

ANEXO D – PLANO DE AULA Nº. 04 E RELATO .................................................. 27

ANEXO E – PLANO DE AULA Nº. 05 E RELATO .................................................. 28

ANEXO F – RABO DO TATU .................................................................................. 29

ANEXO G – DANÇA ................................................................................................ 30

ANEXO H – EXERCÍCIO DE ENCAIXE ................................................................... 31

ANEXO I – O CAVALINHO ...................................................................................... 32

3

APRESENTAÇÃO

O presente relatório de estágio é resultado da disciplina de Prática

Pedagógica III, durante o primeiro semestre de 2008. O estágio ocorreu na Casa

São José, localizada no bairro Serrinha, em Florianópolis, durante os meses de Abril

e Maio. Essa atividade foi realizada com atuações pedagógicas desde o princípio.

Sendo assim, no primeiro capítulo deste relatório apresento o Projeto de

Estágio, o qual consiste numa prévia definição do campo de estágio, dos objetivos a

serem alcançados durante esta prática, bem como numa previsão e sistematização

das atividades a serem desenvolvidas durante o estágio.

O segundo capítulo contém uma análise expositiva dos dados do estágio,

relacionando atividade e necessidade de ensino e aprendizagem. Estão colocadas

nessa etapa as dificuldade encontradas durante a atividade pedagógica, bem como

as estratégias utilizadas para resolvê-las e análise sobre o resultado alcançado com

elas. Na terceira parte deste relatório encontram-se todos os planos de aulas

relativos ao período de atuação, acompanhados pelos relatos de observação e

relatos de atuação.

4

CAPÍTULOCAPÍTULOCAPÍTULOCAPÍTULO I:I:I:I:

PROJETO DE ESTÁGIOPROJETO DE ESTÁGIOPROJETO DE ESTÁGIOPROJETO DE ESTÁGIO

5

1 INTRODUÇÃO

Este projeto de estágio: Flautistas da Casa São José, referente a

disciplina Prática Pedagógica III, será desenvolvido na ONG Casa São José, e visa

estabelecer os conteúdos e os modos como eles serão trabalhados e desenvolvidos

dentro desta instituição.

O cenário deste projeto é a comunidade da Serrinha, cidade de

Florianópolis, Santa Catarina. Segundo dados do Instituto de Planejamento Urbano

(IPUF, 2005), uma parte considerável das famílias desta localidade é de classe

médio-baixa ou está abaixo da linha da pobreza, apesar do entorno de classe média

que inclui a UFSC.

A Casa São José objetiva a intervenção social na Comunidade da

Serrinha, por meio da intensificação de práticas sócio educativas com crianças de 6

a 12 anos de idade e desenvolvimento de cursos de formação profissional para os

jovens entre 13 e 16 anos.

A instituição proporciona uma parceira família-escola, colaborando na

educação, no cuidado e na proteção das crianças no período oposto ao ensino

regular. Desta maneira, ajuda a prevenir os acidentes domésticos, a violência física

e emocional e a exposição destas aos perigos das ruas, das drogas e das más

companhias, características presentes nesta comunidade.

O Projeto não existe apenas para investir no desenvolvimento da

comunidade e na melhoria da qualidade de vida dos que ali residem, mas,

sobretudo, para incluir socialmente a população jovem e excluída, e encaminhá-la à

conquista da cidadania. Almeja-se que esses indivíduos sejam parte integrante e

construtora de uma sociedade que respeite as diversidades culturais, étnicas

formando cidadãos capazes de compreender, questionar e modificar a sociedade

existente.

O projeto Flautistas da Casa São José pretende promover a prática

musical e o desenvolvimento do conhecimento musical, modificando as relações

sociais. Segundo Loureiror (2003), a música pode produzir um estado de maior

flexibilidade, estreitando laços nas relações sociais, estimulando a criatividade nos

indivíduos e nos grupos. Além disso, é melhor aprender, construir ou adquirir novos

conhecimentos se for através do prazer, da estimulação e da vivência (LOUREIROR,

2003).

6

Um grupo musical nada mais é do que uma oportunidade de construir e

fortalecer o conhecimento musical, aprendendo com outros através de uma atividade

potencialmente prazerosa que estimula e é uma fonte de vivências. É uma

oportunidade de inserir o ensino de música na rotina dos alunos, já que na maioria

dos casos a escola não possui ensino de música incluído no currículo dos alunos.

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2 JUSTIFICATIVA

A flauta doce tem sido muito utilizada no ensino de música diante da

facilidade em se adquirir o instrumento, rápido progresso inicial, transporte prático,

fácil manutenção, a possibilidade do ensino coletivo, entre outras razões. Portanto, é

uma escolha válida e que será aprofundada.

O ensino da música por meio da flauta doce deverá ser realizado junto

com a contextualização do instrumento para não contribuir com a banalização. A

flauta doce é um instrumento que permite uma série de ações que podem ampliar a

linguagem musical dos alunos, proporciona a prática em grupo e o sentimento de

realização musical. Além disso, outras formas de vivência podem ser realizadas em

acréscimo a flauta doce.

A inserção do educador musical no contexto da Casa São José, uma

instituição social com grande importância dentro da comunidade da Serrinha, é uma

oportunidade de ampliação do espaço do educador, inserindo-o em outras

realidades, além de ser uma oportunidade que contribui para o desenvolvimento

musical e para o crescimento profissional do próprio educador ao lidar com

realidades distintas.

8

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL

Desenvolver o ensino de elementos musicais e técnicos básicos da flauta

doce, visando o aprendizado musical e a execução individual e coletiva do

instrumento.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Aprofundar o conhecimento das técnicas da flauta doce;

• Ampliar o conhecimento da linguagem musical necessário a execução do

repertório de flauta doce;

• Possibilitar a contextualização das peças trabalhadas, por meio do estudo

de elementos necessários para sua execução;

• Proporcionar a experiência da prática musical, por meio da execução

individual e coletiva da flauta doce.

9

4 REFERENCIAL TEÓRICO

Segundo Beyer (1999), o tipo de sociedade e o tipo de papel que

queremos que as crianças assumam, depende do tipo de educação que

ofereceremos, sendo necessário questionar quais são nossos objetivos ao ensinar

música, e de que forma podemos alcançar. Esse projeto, ao dar ênfase à prática

musical, quer permitir o questionamento e a participação, tornar o aluno um agente

participativo e transformador da sua realidade.

Assim como acontece com toda manifestação artística e cultural, busca-

se que a música e suas funções estejam relacionadas com um determinado contexto

histórico para que sua existência tenha sentido, tenha valor cultural. É através dela

que é possível enxergar os reflexos das identidades regionais de quem as tenha

produzido (FONSECA, 2003). Por meio da contextualização das peças trabalhadas e

do contato com a música de diferentes contextos culturais, pode-se contribuir para a

compreensão da própria realidade do aluno.

O enfoque na prática musical, conforme Beineke (2003), favorece a

participação de todos no fazer musical. E, diante da impossibilidade que os alunos

constituam um grupo homogêneo, contemplando as mesmas habilidades e

interesses, é preciso valorizar a participação de cada aluno no fazer musical

(Beineke, 2003).

O repertório utilizado será do folclore brasileiro e regional, além de

músicas populares, contemplando materiais de métodos como Flauta Doce: Método

de ensino para crianças, de Santa Rosa (1993), que utiliza músicas do folclore e da

música popular, em um programa progressivo de aprendizado da flauta doce. O livro

Flauteando pelos Cantos do Brasil, com organização de Beineke (2003) apresenta

arranjos variados de músicas folclóricas, aliando a flauta doce aos instrumentos

percussivos. Para exercícios de iniciação e aprendizado técnico da flauta doce,

serão utilizados os métodos: Iniciação à Flauta Doce, de Akoschky e Videla (1985), e

Primeiro Caderno de Flauta-Block, de Mahle (1959). Ampliando a prática musical,

aliando a outros recursos, será utilizado repertório do livro Lenga La Lenga: jogos de

mãos e copos, de Beineke e Freitas (2006).

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5 METODOLOGIA

A aula será expositiva e prática, tendo a parte prática grande enfoque. A

atividade prática acontecerá através do uso de flauta doce, como também do corpo

e objetos que possam ser utilizados com o objetivo musical.

Serão utilizados exercícios e canções, dando prioridade para um

repertório de música popular, no contexto cultural catarinense e brasileiro.

Serão ministradas aulas para três turmas, divididas por faixas etárias,

abrangendo dos 6 anos aos 12 anos. As turmas serão compostas por vinte crianças,

cada uma, e aula terá duração de uma hora, ocorrendo às sextas-feiras, das 13 às

16 horas.

Serão contemplados os conteúdos técnicos da flauta doce, como

digitações das notas no instrumento, postura, respiração, emissão do som dentro da

prática em conjunto. Aspectos musicais como pulsação, divisão rítmica simples,

memória musical, dinâmicas, entre outras. Todos os aspectos ligados a prática

musical.

Através de atividades novas a cada aula, utilizando o repertório já

conhecido ou oferecendo novos, se promoverá um fazer musical sempre diferente e

melhor, apurando as execuções através da prática e de novos recursos, estimulando

os alunos a criarem e a participarem das atividades.

Ao final de cada aula serão registrados os acontecimentos das aulas e

pequenas reflexões sobre estes, auxiliando o crescimento do trabalho a ser

desenvolvido.

11

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em do) : volume I. São Paulo: Ricordi, c1985. BEINEKE, Viviane (org). Flauteando pelos Cantos do Brasil. Florianópolis, 2003. BEINEKE, Viviane; FREITAS, Sérgio Paulo R. de. Lenga la Lenga: jogos de mãos e copos. São Paulo: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora ltda., 2006. BEYER, Esther. Idéias em educação musical. Porto Alegre: Mediação, 1999. FONSECA, Dráusio. O fortalecimento da cultura musical na escola: uma proposta de revalorização da cultura, a partir da música, para a escola do futuro. Dissertação de Mestrado em Engenharia de Produção. Florianópolis: UFSC, 2003. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/16704.pdf>. Acesso em: 04 abr. de 2007. IPUF. Ciclo de Debates “Pensando a Cidade”: Subsídios para a revisão do Plano Diretor de Florianópolis, Tema: Habitação. Florianópolis, 2006. LOUREIROR, Alícia Maria Almeida. O Ensino da Música na Escola Fundamental: Dilemas e Perspectivas. Revista UFSM Educação. Santa Maria: UFSM, vol. 28, n. 01, 2003. Disponível em: <http://coralx.ufsm.br/revce/revce/2003/01/a8.htm>. Acesso em: 04 abr. de 2007. MAHLE, Maria Aparecida R. Pinto. Primeiro caderno de flauta-block: (músicas e exercícios) . São Paulo: Irmãos Vitale, 1959. SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Flauta doce: método de ensino para crianças . São Paulo: Scipione, 1993.

12

CAPÍTULO II:CAPÍTULO II:CAPÍTULO II:CAPÍTULO II:

ANÁLISE DAS AULASANÁLISE DAS AULASANÁLISE DAS AULASANÁLISE DAS AULAS

13

ANÁLISE DAS AULAS

O estágio na Casa são José já iniciou com a prática pedagógica

propriamente dita. Para o planejamento das aulas foi levado em conta a variedade

de faixas etárias dos alunos, na quantidade restrita de flautas doces e no objetivo da

Casa São José; planejei a primeira aula iniciando com a apresentação da oficina e

dos instrumentos, depois uma atividade com copos para avaliar o desempenho dos

alunos, algumas explicações sobre a digitação de notas na flauta e emissão de ar,

terminando com a música Rabo do Tatu, do livro Lenga la Lenga, que possibilita o

uso de copos e flauta doce envolvendo um aspecto lúdico. O conjunto dos

planejamentos está em minúcias nos anexos.

Na primeira aula pode-se destacar a dificuldade com a disciplina das três

turmas, o trecho a seguir relata a aula com a turma G3, mas pode ser estendido às

turmas G2 e G3:

“Seguindo o planejamento da aula, tive muita dificuldade em obter atenção da turma. Houve falta de colaboração na realização das atividades e nas explicações realizadas, através de conversas paralelas e movimentações inadequadas ao bom andamento da aula” (PIRES, 2008, ANEXO A).

Além do problema disciplinar encontrado nas três turmas houve

problemas com o compartilhamento de flautas, causado por um mal entendido de

uma oficina de música que ocorreu a um tempo atrás. As flautas já possuíam

etiquetas com nomes e estes alunos não queriam permitir que as flautas fossem

usadas por outros alunos. Além disso, tive problemas com o tratamento dado às

flautas, com destaque para o turma G1:

“A turma do G1 apresentou uma desatenção total. O manuseio das flautas foi um desastre, as flautas eram tocadas de forma agressiva e descontrolada, não sendo possível realizar nenhuma explicação sobre o instrumento [...]” (PIRES, 2008, ANEXO A).

Com a turma G2 também houve problemas no manuseio das flautas

intensificado pela questão da indisciplina da turma, como pode está descrito no

anexo A e relatado a seguir:

“O manuseio das flautas não teve a colaboração da turma, os alunos tocavam sempre fora de hora não permitindo explicações ou a instruções dos outros alunos, sendo rapidamente trocada pela atividade com copos” (PIRES, 2008, ANEXO A).

14

A atividade com a música Rabo do Tatu foi mal sucedida também com as

três turmas. Consegui realizar na turma G3 e G2 apenas com um pequeno grupo e

no G1 a indisciplina foi tanta que os copos eram jogados e batidos pela sala.

Analisando as questões disciplinares e o comportamento da turma em

relação a mim, planejei uma aula com a ajuda do professor sem a utilização da flauta

doce pelos alunos. Conforme planejamento presente no anexo B, a aula iniciaria

com uma atividade de audição onde eu tocaria algumas músicas com a flauta doce

para mostrar as possibilidades e cativar o interesse dos alunos. Em seguida,

utilizando o ritmo de uma música que será tocada na flauta doce, seriam realizadas

atividades de percussão corporal, trabalhando a prática em grupo, a coordenação

rítmica e memória musical. Independente destas novas estratégias de aula entrei em

contato com os professores regentes da turma, pedindo que me auxiliassem nas

aulas, com descrito a seguir:

“Diante dos acontecimentos da semana passada, pedi aos professores regentes das turmas que acompanhassem as aulas. E a mudança foi muito grande e benéfica. Com o acompanhamento dos professores regentes a turma comportou-se muito melhor, respeitando as indicações para silêncio e colaborações realizadas pelos seus professores” (PIRES, 2008, ANEXO B).

Como está relatado no trecho anterior, o comportamento mudou

radicalmente com a participação das professoras regentes da turma. Com esta

vantagem pude desenvolver com mais qualidade as atividades. Pude perceber com

elas que havia algumas dificuldades rítmicas nas três turmas, especialmente o G2.

Tanto o G3 como o G2 tiveram dificuldades em memorizar a frase rítmica inteira,

então durante a aula simplifiquei a atividade para conseguir prosseguir. O G3 teve

maior facilidade e realizou todas as atividades com ritmo, já o G2 pelas dificuldades

encontradas pelos alunos, ao final da aula já haviam perdido a atenção. Diante das

dificuldades recorrentes nas duas turmas, na turma G1 modifiquei o ritmo desde o

princípio, como relatado a seguir:

“Com a turma G1 facilitei o primeiro ritmo, prevendo que as dificuldades seriam maiores ainda. Porém para os alunos, a aula de uma hora mostrou-se muito longa para manter a atenção [...]” (PIRES, 2008, ANEXO B).

Pude perceber que falta de atenção da turma G1 deu-se pela questão da

faixa etária que apresenta dificuldades em manter a atenção em uma mesma

atividade por um período prolongado. A atividade de audição foi muito bem sucedida

15

em todas as turmas, os alunos ficaram encantados com as músicas e animados para

tocar flauta.

Dando continuidade a aula anterior e no interesse dos alunos para tocar

flauta doce, planejei ensinar a música e articular com os ritmos vistos na aula

anterior. Porém, apesar de haver sido combinada a participação dos professores

neste dia, não foi o que aconteceu na turma G3, com descrito abaixo:

“A professora da turma G3 não pode acompanhar a aula e com isso muitas situações de indisciplina e descontração que aconteceram na primeira aula voltaram a acontecer [...]” (PIRES, 2008, ANEXO C).

A aula da turma G3 foi muito tumultuada, mal consegui passar a primeira

frase da música, houve pouca colaboração da turma e descuido com as flautas

doces. Na turma G2 tive dificuldades em coordenar melhor o tempo de participação

do grupo de flautas com o grupo de percussão corporal, mas contei com a ajuda do

professor orientador de estágio. Já a aula com o G1 foi completamente diferente:

“A aula com o G1 aconteceu de uma forma bem diferente. O grupo de crianças foi menor, muitas delas haviam faltado naquele dia e com isso pude me dedicar mais ao ensino da flauta doce. A aula foi muito produtiva e eu pude dar atenção às necessidades dos alunos, corrigindo falhas e avançando bastante em uma aula” (PIRES, 2008, ANEXO C).

Pude dedicar mais tempo da aula com a prática musical com flauta doce.

Assim fiz as explicações sobre o instrumento, explicações estas que eu gostaria de

ter feito já na primeira aula e que não havia sido possível pela indisciplina. Consegui

ensinar a primeira frase da música e trabalhar aspectos de emissão do a articulação

das notas. Nas aulas seguintes dei continuidade ao ensino da música, ensinando a

segunda parte da música e trabalhando a percussão corporal, descrito com detalhes

no anexo D. Percebendo as dificuldades que tive na aula anterior, melhorei a

distribuição de tempo entre os grupos, envolvendo cada grupo mais nas atividades.

As dificuldades de disciplina com a turma G3 melhorou com a participação da

professora. No G2 pude desenvolver a prática de flauta doce. Com o G1 tive

algumas modificações porque na aula seguinte os alunos que haviam faltado vieram.

Porém consegui ensiná-los e envolver os outros alunos na atividade fazendo-os

participar comigo.

Na seqüência, conforme descrito no anexo E, foi previsto o ensino do

Exercício do Encaixe, que apresentava uma continuidade a música anterior,

trabalhando com a pulsação e com o controle da flauta doce, utilizando digitações

16

simples na flauta doce. Acredito ter conseguido contribuir para melhorar a

coordenação rítmica e a memória musical. Na última aula pude perceber uma maior

desenvoltura dos alunos e facilidade de realização. A memória rítmica foi de grande

dificuldade para a turma e a utilizei como recurso para driblar a falta de meios físicos

para o ensino escrito da música.

17

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio realizado na Escola Casa São José foi experiência rica e

gratificante. Neste campo de atuação encontrei uma realidade muito diferente das

questões pedagógicas já vistas anteriormente. Foi muito interessante lidar com uma

faixa etária tão grande, seis a doze anos, e com realidades sociais tão diferentes.

Tive muitas dificuldades iniciais com o domínio das turmas, as primeiras aulas foram

caóticas, com muita desatenção e falta de colaboração dos alunos nas atividades

propostas. Mas contei com o apoio da instituição que providenciou um ambiente

mais propício, com a inclusão das professoras regentes das turmas dentro da

proposta da minha oficina.

Com a turma G1, com alunos de seis e sete anos, tive uma experiência

muito boa, houve muito interesse e vontade em participar das atividades, além disso,

pude notar um grande progresso no desenvolvimento musical, mesmo com poucas

aulas. A turma G2 foi a que apresentou maiores dificuldades rítmicas e de

coordenação motora, porém houve muita colaboração e envolvimento da turma. A

turma G3, com alunos de dez a doze anos, foi a mais difícil em termos de disciplina

e atenção, mas apesar disso, as dificuldades musicais eram facilmente superadas.

Durante o estágio lidei com situações recorrentes, como a indisciplina e a

falta de atenção e o desinteresse. Essas situações foram muito desafiantes, em

especial a indisciplina, que algumas vezes impediram o bom desenvolvimento da

aula. Ao lidar com as mesmas, senti falta de conhecer metodologias de ensino que

dessem suporte à minha atuação como professora. As dificuldades que encontrei

ressaltaram a importância das questões pedagógicas na formação do educador e

também a minha própria dificuldade em lidar com algumas situações em aula.

Além do comportamento da turma, é preciso ressaltar os desafios

musicais que encontrei. O trabalho foi realizado com três turmas que apresentavam

dificuldades musicais particulares. A turma G3, composta por alunos mais velhos,

apresentou grande facilidade musical, aprendendo os ritmos e memorizando as

frases musicais com desenvoltura e rapidez. Já a turma G2 teve que superar

obstáculos rítmicos e motores, além de ter também pouca facilidade em memorizar

frases musicais. Porém, acredito ter conseguido contribuir para melhorar a

coordenação rítmica e a memória musical.

18

No decorrer das aulas houve uma maior desenvoltura dos alunos e

facilidade de realização dos exercícios. A memória rítmica também melhorou e foi

um recurso para driblar a falta de meios físicos para o ensino escrito da música. As

dificuldades vivenciadas pela turma G1, relacionadas ao aspecto natural da idade,

eram a coordenação motora e a memória musical. Essas particularidades foram

superadas com uma adaptação do meu modo de ensinar. Diminuí as dificuldades e

segmentei as frases musicais em trechos menores ao ensinar. Tive a oportunidade

de vivenciar ritmos diferentes de aprendizado e de ampliar meu repertório

pedagógico. A experiência com o G1 foi muito interessante, apenas com estas

pequenas modificações pude perceber um aprendizado mais rápido e com melhor

qualidade.

A vivência didática em um campo de estágio diferente, uma ONG, com

um papel social tão importante dentro da comunidade foi extremamente impactante

na minha formação como professora. As conversas com as regentes de turma e

funcionárias me permitiram compreender algumas questões e a perceber que muitas

das dificuldades que eu enfrentava, como por exemplo, a indisciplina e a falta de

atenção, eram situações vividas por outros professores. Minha expectativa inicial

para as turmas não foi alcançada, gostaria de ter desenvolvido mais atividades neste

tempo de estágio. Porém, pude realizar atividades que resultaram em um

conhecimento musical sólido e consegui desenvolver atividades práticas que

envolveram todas as turmas, cumprindo meu principal objetivo. Assim como a

Escola Dilma Lúcia dos Santos, a Casa São José é um ambiente de estágio pouco

explorado. Possui uma boa estrutura e interesse, oportunidades que deveriam ser

aproveitadas.

Sem dúvida nenhuma a Prática Pedagógica III foi a experiência de

estágio mais rica que tive até este momento, lidei com turmas diferentes em um

ambiente novo para mim. Tive uma grande oportunidade de ampliar meu repertório

pedagógico, me engrandecendo como ser humano e como professora na área de

educação musical.

19

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985. BEINEKE, Viviane; FREITAS, Sérgio Paulo R. de. Lenga la Lenga: jogos de mãos e copos. São Paulo: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora ltda., 2006. MOURA, Ieda Camargo de; BOSCARDIN, Maria Teresa Trevisan; ZAGONEL, Bernadete. Musicalizando crianças: teoria e prática da educação musical. São Paulo: Ática, 1989. PIRES, Débora Costa. Relatos de Estágio, mar. abril e mai. de 2008. 9 f. Notas de Aula. Digitado.

SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Flauta doce: método de ensino para crianças. São Paulo: Scipione, 1993.

20

ANEXO A – PLANO DE AULA Nº. 01 E RELATO

DADOS GERAIS: Casa São José Turmas: G1, G2, G3 Dia 04/04/08

OBJETIVO GERAL: Contextualizar a flauta doce.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Aprender a digitação da nota si; Vivenciar a prática musical em conjunto; Trabalhar a consciência rítmica.

CONTEÚDOS: Pulsação, Ritmo

RECURSOS: Flauta doce e copos de plástico.

REPERTÓRIO: Música Rabo do Tatu (ANEXO F)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Formação: Sentados em círculo, no chão. Atividade 1:

• Apresentação do professor e da turma, utilizando um ritmo antes de cada apresentação.

Atividade 2: • Conversa sobre música: o que é, sobre os sons. • Explicação sobre a oficina e sobre a flauta doce: instrumento,

posição corporal, respiração, articulação. Com exercícios. Atividade 3:

• Distribuição de copos. • Breve explicação sobre pulsação e ritmo. • Serão ensinadas três células rítmicas que utilizarão

movimento dos copos e depois de ensaiadas as 3 células rítmicas, o professor escolhe aleatoriamente uma ordem e o grupo realiza o exercício sem parar o ritmo

Atividade 4: • Explicação sobre a flauta: instrumento, postura, articulação

das notas, emissão do ar. Serão realizados pequenos exercícios.

Atividade 5: • Exercício de emissão da nota si: utilizando as células rítmicas

anteriores, parte da turma executa na flauta enquanto que os outros fazem o ritmo com os copos.

Atividade 6: Música Rabo do Tatu • A letra será ensinada após uma explicação sobre parlendas. • Ritmo com copos. • Depois de ensaiado o ritmo e letra, a música será executada,

com a professora tocando na flauta a melodia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985. BEINEKE, Viviane; FREITAS, Sérgio Paulo R. de. Lenga la Lenga: jogos de mãos e copos. São Paulo: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora ltda., 2006. SANTA ROSA, Nereide Schilaro. Flauta doce: método de ensino para crianças. São Paulo: Scipione, 1993.

21

RELATO DE AULA

As aulas foram organizadas da seguinte forma: G3 (das 13 às 14 horas),

com crianças de 10 a 12 anos, G2 (das 14 às 15 horas), com crianças de 8 a 9 anos

e G1 (das 15 às 16 horas) com crianças de 6 a 7 anos.

Seguindo o planejamento da aula, tive muita dificuldade em obter atenção

da turma. Houve falta de colaboração na realização das atividades e nas

explicações realizadas, através de conversas paralelas e movimentações

inadequadas ao bom andamento da aula.

Nas atividades que envolviam o uso da flauta doce, por não haver uma

quantidade flautas suficientes para todos foi proposto o compartilhamento, porém a

turma não quis dividir as flautas. Alguns alunos alegaram que determinadas flautas

já tinham sido sua em outras atividades musicais desenvolvidas na casa e que o

compartilhamento de flautas não era correto, não mudando de opinião apesar das

explicações sobre a propriedade das flautas e seu uso.

Na atividade com a música Rabo do Tatu houve desinteresse de muitos

alunos que perturbaram e atrapalharam a realização da atividade. Para conseguir

realizar a atividade tive que reunir um pequeno grupo interessado na sua execução,

assim pude explicar e realizar o exercício. Os alunos que participaram gostaram da

atividade e se envolveram.

Com o grupo do G2, a atividade de apresentação foi trocada por proposta

deles, utilizando uma música, chamada Bom dia Amigo, que ia sendo cantada e a

cada vez apresentava um aluno. Porém a atividade foi atrapalhada por alguns

alunos.

O manuseio das flautas não teve a colaboração da turma, os alunos

tocavam sempre fora de hora não permitindo explicações ou a instruções dos outros

alunos, sendo rapidamente trocada pela atividade com copos.

Esta por sua vez foi apenas parcialmente realizada por um pequeno

grupo. Assim como aconteceu no G3 não consegui obter a atenção e colaboração

da turma. Esta turma apresentou mais dificuldades na coordenação e memória

rítmicas, por isso o exercício com os copos não foi realizado completamente.

A turma do G1 apresentou uma desatenção total. O manuseio das flautas

foi um desastre, as flautas eram tocadas de forma agressiva e descontrolada, não

sendo possível realizar nenhuma explicação sobre o instrumento. Tentei tocar

22

algumas peças, na tentativa de despertar algum interesse e atenção, porém uma

parte da turma fazia tanto barulho e bagunça que não foi possível mostrar nem para

os alunos interessados. Não foi possível realizar a atividade com copos por causa da

falta de atenção e colaboração, os copos eram jogados e batidos no chão

independentemente dos pedidos de colaboração e atenção. Mais ainda do que no

G3 e no G2, não consegui obter a atenção da turma.

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ANEXO B – PLANO DE AULA Nº. 02 E RELATO

DADOS GERAIS: Casa São José Turmas: G1, G2, G3 Dia 11/04/08

OBJETIVO GERAL: Contextualizar a flauta doce.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Aprender a digitação da nota si; Vivenciar a prática musical em conjunto; Trabalhar a consciência rítmica.

CONTEÚDOS: Pulsação, Ritmo REPERTÓRIO: Dança (ANEXO G).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Formação: Sentados em círculo. Atividade 1: Audição

• O professor tocará uma música para exemplificar o trabalho com a flauta doce.

Atividade 2: • Falar sobre a atividade sem flauta. • Ensinar o ritmo da melodia da música Dança

(ANEXO G). • Explicação sobre dinâmicas na música e aplicar

algumas no ritmo da melodia. • Ensinar o primeiro ritmo da percussão e depois

aplicar algumas dinâmicas a esse ritmo. • Dividir a turma em dois grupos e realizar os dois

ritmos simultaneamente, depois acrescentar as dinâmicas.

• Ensinar o segundo ritmo da percussão e depois aplicar algumas dinâmicas a esse ritmo.

• Dividir a turma em três grupos e realizar os dois ritmos simultaneamente, depois acrescentar as dinâmicas.

• Ensinar a melodia nas flautas e depois realizar a música com a percussão corporal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAÁFICAS:

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985.

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RELATO DE AULA

Diante dos acontecimentos da semana passada, pedi aos professores

regentes das turmas que acompanhassem as aulas. E a mudança foi muito grande e

benéfica. Com o acompanhamento dos professores regentes a turma comportou-se

muito melhor, respeitando as indicações para silêncio e colaborações realizadas

pelos seus professores.

A turma G3 conseguiu realizar os exercícios rítmicos, apenas teve

dificuldade para memorizar a diferença existente entre as duas frases rítmicas do

primeiro exercício, por isso quando foram divididos em grupos para a realização das

frases rítmicas dividi o que seria a primeira frase rítmica em duas, o que facilitou a

execução do grupo. As atividades com dinâmicas foram muito bem realizadas pela

turma, com rápida apreensão. A turma gostou muito da música tocada, dizendo que

seria muito difícil de ser tocada.

A turma G2 apresentou maiores problemas com a memorização e

realização rítmica. A dificuldade em perceber a diferença entre a primeira e a

segunda frase do primeiro exercício e na própria realização foi muito grande, sendo

assim, adotei para o exercício apenas a primeira parte. Eles também tiveram

dificuldade em realizar os diferentes ritmos simultaneamente. Enquanto estavam

aprendendo os ritmos mostraram desinteresse pela atividade, mas depois, com as

diferentes frases rítmicas juntas eles começaram a se envolver mais, principalmente

quando toquei a flauta doce para ilustrar. As atividades com dinâmicas foram

realizadas pela turma, tiveram um pouco de dificuldade, mas conseguiram realizar. A

turma gostou da música tocada, prestando atenção quando ela foi executada.

Com a turma G1 facilitei o primeiro ritmo, prevendo que as dificuldades

seriam maiores ainda. Porém para os alunos a aula de uma hora mostrou-se muito

longa para manter a atenção, alguns deles estavam motivados a atrapalhar o

andamento, não se envolvendo desde o princípio. As atividades com dinâmicas não

foram realizadas, faltou atenção e envolvimento da turma. A turma gostou muito da

música tocada e pediu que outra fosse tocada. Esta foi a turma que mais pediu as

flautas. Um pequeno grupo, apesar da dispersão dos outros, fez perguntas sobre as

partituras e sobre as flautas, mostrou interesse em experimentar a flauta doce. A

professora da turma sugeriu dividir a turma em dois pequenos grupos, dividindo a

turma e o horário de aula para uma realização mais satisfatória da aula.

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ANEXO C – PLANO DE AULA Nº. 03 E RELATO

DADOS GERAIS: Casa São José Turmas: G1, G2, G3 Dia 18/04/08

OBJETIVO GERAL: Aprender a digitação das notas si, lá, sol.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Trabalhar a consciência rítmica; Aprender novas músicas; Vivenciar a prática musical em conjunto.

CONTEÚDOS: Pulsação, Ritmo, Acentuação rítmica, digitação de notas na flauta doce.

RECURSOS: Flauta doce e copos de plástico.

REPERTÓRIO: Música Rabo do Tatu (ANEXO F), Dança (ANEXO G), Exercício de Encaixe (ANEXO H), O Cavalinho (ANEXO I).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Atividade 1: • Dividir a turma em três grupos. • Audição da música Rabo do Tatu. • Distribuição de copos. • Execução do exercício.

Atividade 2 – Música Dança: • Relembrar a parte rítmica ao grupo 1 e 2. • Ensinar a melodia na flauta doce para o terceiro grupo. • Tocar a música em conjunto.

Atividade 3 – Exercício de Encaixe: • Dividir a turma em dois grupos. • Ensinar a parte rítmica ao grupo 1. • Ensinar as células melódicas na flauta doce para o segundo

grupo. • Tocar a música em conjunto. • Acrescentar a parte do professor.

Atividade 4 – O Cavalinho: • Dividir a turma em três grupos. • Ensinar a parte rítmica ao grupo 1 e 2. • Ensinar a melodia na flauta doce para o terceiro grupo. • Tocar a música em conjunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAÁFICAS:

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985. BEINEKE, Viviane; FREITAS, Sérgio Paulo R. de. Lenga la Lenga: jogos de mãos e copos. São Paulo: Ciranda Cultural Editora e Distribuidora ltda., 2006.

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RELATO DE AULA

A professora da turma G3 não pode acompanhar a aula e com isso muitas

situações de indisciplina e descontração que aconteceram na primeira aula voltaram

a acontecer. Nessa aula eu retomei rapidamente o ritmo que foi realizado na aula

passada e dividi a turma em dois grupos, um deles realizaria a marcação da

pulsação e o outro a digitação na flauta doce.

Ensinei a digitação das notas si e lá e ensinei trechos de dois compassos

da música Dança. Cada trecho era feito individualmente e depois com o grupo todo,

com acompanhamento do grupo rítmico. Consegui ensinar apenas a primeira frase

da música, tive muitas interrupções por causa da indisciplina e dificuldade em obter

silêncio para realizar as explicações e atividades.

A aula com a turma G2 contou com a presença do professor orientador de

estágio Márcio Corte Real, que auxiliou nas atividades realizadas. Também nessa

turma a professora da regente não esteve presente. Tive menos problemas com a

disciplina e atenção, mas tive dificuldades em distribuir corretamente o tempo de

participação dos dois grupos. Por causa das dificuldades do grupo de flauta doce em

realizar a música, acabei por não dar a devida e atenção ao grupo de ritmo e inseri-

lo nas atividades de aprendizagem. Por sugestão do professor Márcio, o grupo de

ritmo cantou a melodia da parte de flauta enquanto realizava a marcação da

pulsação e também trabalhamos alguns arranjos utilizando os grupos de flauta e

rítmico. Também só consegui ensinar a primeira frase da música Dança com apenas

um grupo de ritmo.

A aula com o G1 aconteceu de uma forma bem diferente. O grupo de

crianças foi menor, muitas delas haviam faltado naquele dia e com isso pude me

dedicar mais ao ensino da flauta doce. A aula foi muito produtiva e eu pude dar

atenção às necessidades dos alunos, corrigindo falhas e avançando bastante em

uma aula. Consegui passar também a primeira frase da música Dança, mas com

mais qualidade na execução.

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ANEXO D – PLANO DE AULA Nº. 04 E RELATO

DADOS GERAIS: Casa São José Turmas: G1, G2, G3 Dia 25/04/08

OBJETIVO GERAL: Aprender a digitação das notas si, lá, sol.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Trabalhar a consciência rítmica; Aprender novas músicas; Vivenciar a prática musical em conjunto.

CONTEÚDOS: Pulsação, Ritmo, Acentuação rítmica, digitação de notas na flauta doce.

RECURSOS: Flauta doce e copos de plástico.

REPERTÓRIO: Dança (ANEXO G), Exercício de Encaixe (ANEXO H), O Cavalinho (ANEXO I).

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Atividade 1 – Música Dança: • Relembrar a parte rítmica ao grupo 1 e 2. • Ensinar a melodia na flauta doce para o terceiro grupo. • Tocar a música em conjunto.

Atividade 2 – Exercício de Encaixe: • Dividir a turma em dois grupos. • Ensinar a parte rítmica ao grupo 1. • Ensinar as células melódicas na flauta doce para o segundo

grupo. • Tocar a música em conjunto. • Acrescentar a parte do professor.

Atividade 3 – O Cavalinho: • Dividir a turma em três grupos. • Ensinar a parte rítmica ao grupo 1 e 2. • Ensinar a melodia na flauta doce para o terceiro grupo. • Tocar a música em conjunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAÁFICAS:

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985.

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ANEXO E – PLANO DE AULA Nº. 05 E RELATO

DADOS GERAIS: Casa São José Turmas: G1, G2, G3 Dia 09/05/08

OBJETIVO GERAL: Vivenciar a prática musical em conjunto. OBJETIVOS

ESPECÍFICOS: Trabalhar a consciência rítmica; Aprender novas músicas;

CONTEÚDOS: Pulsação, Ritmo, Acentuação rítmica, digitação de notas na flauta doce.

RECURSOS: Flauta doce. REPERTÓRIO: Exercício de Encaixe (ANEXO H), O Cavalinho (ANEXO I)

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:

Atividade 1 – Exercício de Encaixe: • Dividir a turma em dois grupos. • Relembrar a parte rítmica ao grupo 1. • Repassar as células melódicas na flauta doce para o

segundo grupo. • Tocar a música em conjunto. • Acrescentar a parte do professor.

Atividade 2 – O Cavalinho: • Dividir a turma em três grupos. • Relembrar a parte rítmica ao grupo 1 e 2. • Relembrar a melodia na flauta doce para o terceiro grupo. • Tocar a música em conjunto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAÁFICAS:

AKOSCHKY, Judith; VIDELA, Mario A. Iniciação a flauta doce (soprano em dó): volume I. São Paulo: Ricordi, c1985.

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ANEXO F – RABO DO TATU

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ANEXO G – DANÇA

31

ANEXO H – EXERCÍCIO DE ENCAIXE

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ANEXO I – O CAVALINHO