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Estradas 2 – Classificação de Solos
Prof. Me. Arnaldo Taveira Chioveto
Universidade do Estado de Mato Grosso –UNEMAT
Faculdade de Ciências Exatas e Tecnológicas – FACET
Curso: Bacharelado em Engenharia Civil
CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS
A maneira mais simples de classificar um solo é pela granulometria. Todavia, este parâmetro
não leva em conta a plasticidade, que é fundamental no estudo de uso dos solos para
pavimentação.
Sistema Classificação Triangular – Triângulo de FERRET, pode ser pelo modelo:
• Bureau of Public Roads – B.P.R.;
• Mississippi River Commission.
Sistema Unificado de Classificação de Solos – SUCS (Unified Soil Classification-USC);
O DNIT (2006) adota a seguinte escala granulométrica, considerando as seguintes frações de solo:
a) Pedregulho: é a fração do solo que passa na peneira de (3") e é retida na peneira de 2,00 mm (nº 10);
b) Areia: é a fração do solo que passa na peneira de 2,00 mm (nº 10) e é retida na peneira de 0,075 mm (nº
200);
c) Areia grossa: é a fração compreendida entre as peneiras de 2,0 mm (nº 10) e 0,42 mm (nº 40);
ENSAIOS DE GRANULOMETRIA
d) Areia fina: é a fração compreendida entre as peneiras
de 0,42 mm (nº 40) e 0,075 mm (nº 200);
e) Silte: é a fração com tamanho de grãos entre a
peneira de 0,075 mm (nº 200) e 0,005 mm;
f) Argila: é a fração com tamanho de grãos abaixo de
0,005 mm (argila coloidal é a fração com tamanho de
grãos abaixo de 0,001 mm).
É apresentado em triangulo equilátero, graduado em escala de 0% a 100%, correspondendo a
frações de: pedregulho + areia, silte e argila.
A localização do ponto no triangulo referente as frações do solo estudado, correspondem a
zona classificatória do material ensaiado.
Sistema Classificação Triangular - FERRET
Sistema Classificação Triangular - FERRET
No sistema da Bureau of Public Roads (B.P.R ), se observa que a soma das distâncias a partir do
ponto até cada um dos lados é igual ao lado do triângulo.
� = �� + �� + ��
No sistema do Mississippi River Commission, se observa que a soma das distâncias a partir do
ponto até cada um dos lados é igual a altura do triângulo.
ℎ = �� + �� + ��
Bu
reau
of
Pu
blic
Ro
ads
–B
.P.R
.
Lemo tem significado literal “barro”ou “terra”. Designa uma mistura emproporção variável de areia, silte eargila, com propriedades maldefinidas
Fonte: Senço (2007)
Mis
siss
ipi R
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r C
om
issi
on
As classificações triangulares usam
termos diretos à identificação, que de
certa forma facilita sua utilização nos
trabalhos de sondagem.
Fonte: Senço (2007)
Gráfico de Plasticidade - CASAGRANDE
Classificação destinada a auxiliar na identificação de solos plásticos. Criada por Artur
Casagrande, nos anos 40, originalmente para aeroportos.
O gráfico de plasticidade parte da
expressão da reta limite A, que
separa as zonas de siltes e argilas.
Material S LL=43% IP=25%
Classificação:
Argila de média plasticidade
Exemplo
Fonte: Senço (2007)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS(Unified Soil Classification – USC)
Sistema de classificação de solo baseado na classificação de Casagrande pelo U.S.Corps of Engineers, em 1952.
O SUCS baseia-se na identificação dos solos de acordo com as suas qualidades de textura e plasticidade, e grupa-os de
acordo com seu comportamento quando usados em estradas, aeroportos, aterros e fundações.
Neste sistema, consideram-se as seguintes características dos solos:
a) Percentagens de pedregulhos, areia e finos (fração que passa na peneira nº 200: silte e argila);
b) Forma da curva granulométrica;
c) Plasticidade e Compressibilidade.
d) As vantagens do emprego do SUCS estão no exercício da identificação de campo, na
adoção de uma simbologia que diz da natureza do solo, e no valor prático das indicações
que a classificação proporciona a vários ramos da engenharia de solos.Fonte: DNIT (2006)
Inicialmente, a identificação dos solos é feita pelas iniciais
das palavras correspondentes em inglês. Por exemplo, um
pedregulho é identificado pela letra G de gravel; um
pedregulho bem graduado é identificado pelas letras GW
de gravel well graded. Vale lembrar que a dificuldade de
separação entre areia e silte, ambas palavras começando
com a letra s em inglês — sand e silt —, respectivamente é
contornada utilizando para o silte a palavra mo, silte em
sueco.
Fonte: DNIT (2006)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS(Unified Soil Classification – USC)
Fonte: DNIT (2006)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS(Unified Soil Classification – USC)
De forma geral, os solos são classificados em três grupos principais:
• Solos de granulação grossa, que são os que apresentam 50% ou mais dos grãos retidos na peneira n°
200, e subdividem-se em: pedregulho ou solos pedregulhosos; areia ou solos arenosos.;
• Solos de granulação fina, que apresentam 50% ou mais dos grãos passando na peneira n° 200 e
correspondendo à fração silte mais argila, e subdividem-se em: siltosos ou argilosos.;
• Solos altamente orgânicos, que são as turfas ou similares, ou seja, solos que apresentam matéria
orgânica decomposta de fácil identificação.
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS(Unified Soil Classification – USC)
Sistema de Classificação Unificada (Unified Soil Classification – USC)
Os nomes pedras, cascalho ou pedregulho (gravel), areia (sand) e finos compreendendo silte (silt) e
argila (clay) - são usados para definir a escala de granulometria no tamanho das partículas do solo,
tendo sido adotados, arbitrariamente, os limites de tamanho.
Terminologia básica para os vários componentes dos solos
Fonte: DNIT (2006)
O USC se baseia na granulometria, textura
e na plasticidade dos solos. No que tange à
plasticidade e compressibilidade, tanto
siltes como argilas são identificados em
função de apresentarem maior ou menor
valor dessas características. O limite de
separação entre baixa compressibilidade e
alta compressibilidade é LL = 50%.
Fonte: Senço (2007)
SISTEMA UNIFICADO DE CLASSIFICAÇÃO DE SOLOS - SUCS(Unified Soil Classification – USC)
Classificação baseada na granulometria e nos limites de consistência. Sofreu alterações eevoluiu para a classificação Highway Reerch Board – HRB.
O Boreau of Public Roads – B.P.R classifica os solos em 8 grupos, que varia de A-1 até A-8,
sendo correspondente o comportamento para suporte do pavimento:
A-1 Ótimo
A-8 Imprestável
CLASSIFICAÇÃO B.P.R. - Boreau of Public Roads
Sendo:
a = % de material que passa na peneira nº 200, menos 35 a= p-35.Se a % obtida nesta diferença for maior que 75, adota-se 75; se for menor que 35, adota-se 35. (a varia de 0 a 40).
b = % de material que passa na peneira nº 200, menos 15 b= p-15.Se a % obtida nesta diferença for maior que 55, adota-se 55; se for menor que 15, adota-se 15. (b varia de 0 a 40).
c = Valor do Limite de Liquidez menos 40 c=LL-40.Se o Limite de Liquidez for maior que 60, adota-se 60; se for menor que 40, adota-se 40 (c varia de 0 a 20).
d = Valor de Índice de Plasticidade menos 10 d=IP-10.Se o índice de Plasticidade for maior que 30, adota-se 30; se for menor que 10, adota-se 10 (d varia de 0 a 20).
Segundo DNIT (2006) chama-se Índice de Grupo a um valor numérico, variando de 0 a 20, que retrata o duplo aspecto
de plasticidade e graduação das partículas do solo. O IG é calculado pela fórmula:
IG = 0,2.a + 0,005.a.c + 0,01.b.d
ÍNDICE DE GRUPO
Um sistema de classificação de solos bastante utilizado em pavimentação é o do
Highway Research Board (HRB), aprovado em 1945 e que constitui um aperfeiçoamento
do antigo sistema da Public Roads Administration, proposto em 1929. Neste sistema,
denominado HRB, considera-se a granulometria, o limite de liquidez, o índice de liquidez
e o índice de grupo. Este sistema de classificação liga-se intimamente ao método de
dimensionamento de pavimentos pelo índice de grupo (DNIT, 2006,p.55).
CLASSIFICAÇÃO H.R.B. - Highway Research Board (HRB)
CLASSIFICAÇÃO T.R.B.Transportation Research Board – (T.R.B.)
Transportation Research Board – T.R.B. Antigo Highway Research Board - H.R.B. Resulta das
alterações da classificação do Boreau of Public Roads – B.P.R.
REFERENCIAS
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 1. 2ª ed. ampl. São Paulo: PINI, 2007,
761p.
SENÇO, W. Manual de técnicas de pavimentação. Vol. 2. 1ª ed. São Paulo: PINI, 2001, 671p.
DNIT–DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES. Manual de
pavimentação. 3ª ed. Rio de Janeiro: Instituto de Pesquisas Rodoviárias, 2006. 274p. (Publicação
IPR-719).