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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTROLADORIA E CONTABILIDADE PRÁTICAS DE GOVERNANÇA E DESEMPENHO FINANCEIRO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO Sandro Dias dos Santos Orientador: Prof. Dr. Lucas Ayres Barreira de Campos Barros SÃO PAULO 2016

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Page 1: UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA ... · Santos, S. D. dos (2016). Governance practices and financial performance in credit unions. Dissertation, School of Economics,

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE E ATUÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CONTROLADORIA E CONTABILIDADE

PRÁTICAS DE GOVERNANÇA E DESEMPENHO FINANCEIRO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Sandro Dias dos Santos

Orientador: Prof. Dr. Lucas Ayres Barreira de Campos Barros

SÃO PAULO 2016

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Prof. Dr. Marco Antônio Zago Reitor da Universidade de São Paulo

Prof. Dr. Adalberto Américo Fischmann

Diretor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade

Prof. Dr. Gerlando Augusto Sampaio Franco de Lima Chefe do Departamento de Contabilidade e Atuária

Prof. Dr. Andson Braga de Aguiar

Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade

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SANDRO DIAS DOS SANTOS

PRÁTICAS DE GOVERNANÇA E DESEMPENHO FINANCEIRO EM COOPERATIVAS DE CRÉDITO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade do Departamento de Contabilidade da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Ciências.

Orientador: Prof. Dr. Lucas Ayres Barreira de Campos Barros

Versão Corrigida

(versão original disponível na Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade)

SÃO PAULO 2016

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AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.

FICHA CATALOGRÁFICA Elaborada pela Seção de Processamento Técnico do SBD/FEA/USP

Santos, Sandro Dias dos.

Práticas de governança e desempenho financeiro em cooperativas de crédito / Sandro Dias dos Santos. – São Paulo, 2016. 212 p. Dissertação (Mestrado) – Universidade de São Paulo, 2016. Orientador: Lucas Ayres Barreira de Campos Barros.

1. Cooperativa de crédito. 2. Governança corporativa. 3.Organização- Administração. 4. Contabilidade de sociedades cooperativas. I. Universi- dade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabili- dade. II. Título.

CDD – 334.2

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Dedico este trabalho aos meus pais

José (in memorian) e Maria, pela vida repleta

de oportunidades com que me presentearam.

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AGRADECIMENTOS

Quando alguém assume a tarefa de produzir um documento acadêmico, o faz

com a esperança de que este relato estimule as críticas, o conhecimento e a

reflexão de outras pessoas. Este trabalho não poderia ter sido desenvolvido

unicamente por mim. O texto foi gerado pela combinação de pensamentos, ideias,

experiências e vidas de pessoas que contribuíram com estes valores sem os quais,

indubitavelmente, não seria possível a sua realização.

Por isso, gostaria de expressar a minha gratidão pelo auxílio recebido durante

a realização desta pesquisa a cada uma destas pessoas:

Primeiramente, aos meus pais que sempre estiveram do meu lado me

apoiando em todos os momentos da vida e que, para mim, sempre serão exemplos

de amor e dedicação à família.

Ao Banco Central do Brasil que, através do seu programa de pós-graduação

dos servidores, concedeu-me a oportunidade de realização deste curso.

Ao Professor Dr. Lucas Ayres Barreira de Campos Barros pela sua

cordialidade e pela honra que tive em compartilhar os seus conhecimentos, ideias e,

especialmente, as suas conclusões e comentários desde o início da orientação

desta dissertação.

Aos Professores Dr. Luiz Paulo Lopes Fávero, Dr. Romeu Eugênio de Lima e

Dr. Wilson Toshiro Nakamura que, através das suas participações na banca de

qualificação e de defesa, ajudaram-me com as suas opiniões, sugestões e,

principalmente, com as críticas, para o aprimoramento deste trabalho.

À Profa. Dra. Tatiana Albanez pelo interesse demonstrado pelo trabalho e

pelas sugestões propostas lá no começo do curso na FEA/USP.

Ao colega Marco Aurélio dos Santos, que com a sua boa vontade,

simplicidade e, principalmente, conhecimento me ajudou a resolver, mesmo à

distância, diversas dificuldades impostas pelas disciplinas.

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Ao amigo Abel Carlos Rodrigues que várias vezes me auxiliou, e que com a

sua inteligência privilegiada me poupou dias de pesquisa no tratamento e na análise

da base de dados utilizada neste trabalho.

Aos colegas Fernando Augusto da Cruz Paião Umezu e Sérgio Henrique Eiti

Watanabe pelos seus conhecimentos, amizade e contínuo incentivo, que me

impulsionaram na tomada de decisão quanto à realização deste curso.

Aos chefes do departamento de supervisão de cooperativas e de instituições

não bancárias do Banco Central do Brasil pelo apoio recebido na realização deste

trabalho, em particular, ao coordenador Ricardo Terranova Favalli por ter sido o meu

orientador técnico junto ao Banco Central do Brasil e articulador do processo de

disponibilização da base de dados da pesquisa de governança cooperativa, como

também pelo material didático disponibilizado.

Ao coordenador Rodomarque Tavares Meira e aos colegas Michel Alexandre

da Silva e Priscilla Maria Villa Lhacer que me ajudaram quanto ao acesso e aos

esclarecimentos necessários para a utilização e interpretação das informações da

pesquisa de governança cooperativa utilizadas neste trabalho.

Ao colega Eduardo Guimarães Martinez pelo material didático e,

especialmente, pelas suas informações e orientações que me ajudaram a definir

uma estratégia de desenvolvimento do curso, assim como a desviar de alguns

obstáculos durante esta caminhada.

Ao colega Geraldo José de Souza pela amizade e, especialmente, pelo

compartilhamento dos seus notórios conhecimentos sobre o segmento de

cooperativas de crédito que me ajudaram a conhecer a dinâmica de funcionamento

destas instituições financeiras.

Ao Professor Dr. José Roberto de Souza Francisco, da Universidade Federal

de Minas Gerais, pelo envio de artigos acadêmicos que me ajudaram a compor a

revisão bibliográfica desta pesquisa.

Por fim, gostaria de agradecer a cada um dos colegas e professores da

FEA/USP que tive o privilégio de conhecer e de desfrutar das suas experiências,

opiniões e conhecimentos que, certamente, contribuíram para o legado deste curso.

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RESUMO

Santos, S. D. dos (2016). Práticas de governança e desempenho financeiro em

cooperativas de crédito. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Economia,

Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo.

As cooperativas de crédito são instituições financeiras que se diferenciam quanto às

demais por estarem baseadas no associativismo, mutualidade e nos direitos iguais

dos seus associados quanto à participação nas decisões da cooperativa. No Brasil,

as cooperativas de crédito tem experimentado um crescimento importante nos

últimos dez anos e representam uma alternativa em termos de oferta de serviços

financeiros para a parcela da população que não possui acesso aos serviços

bancários, como também uma opção econômica para os poupadores e tomadores

de recursos. Por sua vez, juntamente com os bancos, estão inseridas em um

ambiente de negócios competitivo e, por isso, a busca por melhor desempenho

passa a ser uma condição cada vez mais presente nas suas atividades. Tal como as

demais organizações, também enfrentam problemas decorrentes dos conflitos de

agência, os quais demandam a constituição de mecanismos de governança para a

sua redução. Este trabalho examina a relação entre a adoção de práticas

consideradas como sendo de boa governança, e o desempenho das cooperativas de

crédito. Para isto, foi construído um índice de governança corporativa, a ser utilizado

como variável independente, baseado em um questionário aplicado pelo Banco

Central do Brasil às cooperativas de crédito. Como critério para o ajuste do

questionário, adotou-se as diretrizes estabelecidas por organismos, tais como a

OCDE, WOCCU, IBGC, BACEN e CVM. O desempenho das cooperativas foi

mensurado através do cálculo de indicadores contábeis obtidos pela aplicação do

sistema PEARLS, ajustado às condições das cooperativas de crédito brasileiras. Por

meio da aplicação da técnica de análise fatorial aos indicadores contábeis, foram

obtidos os diversos fatores representativos de cada área-chave avaliada pelo

sistema PEARLS. Neste caso, os fatores de desempenho representam as variáveis

dependentes que são testadas no modelo de regressão. Também foram inseridas

variáveis de controle representativas da localização, porte, tipo e da vinculação da

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cooperativa a uma cooperativa central ou sistema cooperativista como forma de

equalizar possíveis distorções nos resultados provenientes destas características de

cada cooperativa de crédito. O trabalho apontou uma grande variabilidade e um

fraco nível de governança das cooperativas de crédito no Brasil. Além disso, não

foram encontrados indícios de redução do volume de operações de crédito

classificadas com nível de risco entre “D” e “H” e das provisões, bem como de uma

melhora do nível de risco de liquidez, em razão de uma maior qualidade da

governança das cooperativas. Porém, outros resultados obtidos sugerem uma

associação positiva entre o crescimento da cooperativa, em termos de volume de

captações, operações de crédito, receitas operacionais e patrimônio líquido, com o

nível de governança corporativa adotado por estas instituições. Ao seu final, o

trabalho sinaliza para a possibilidade de as cooperativas de crédito com maior nível

de governança implementarem estratégias de negócios mais agressivas na busca

pelo crescimento das suas atividades.

Palavras chave: cooperativas de crédito; governança; desempenho; análise fatorial;

regressão.

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ABSTRACT

Santos, S. D. dos (2016). Governance practices and financial performance in credit

unions. Dissertation, School of Economics, Business and Accounting of the

University of São Paulo, São Paulo.

Credit unions are financial institutions which differ from others because they are

based on the principles of community association, mutuality and equality of rights of

its members regarding participation in organizational decisions. In Brazil, credit

unions have experienced significant growth over the past decade and represent an

alternative in terms of financial services for the share of the population that does not

have access to banking services, as well as a cost-effective option for savers and

borrowers. However, along with traditional banks, they operate in a competitive

business environment and, therefore, the search for better performance becomes an

increasingly present condition in their activities. Like other organizations, credit

unions also face problems arising from agency conflicts, which require the

establishment of governance mechanisms to reduce these problems. This paper

examines the relationship between the adoption of practices considered to be of

good governance, and the performance of credit unions. To this end, we built a

corporate governance index to be used as an independent variable, based on a

questionnaire administered by the Central Bank of Brazil to credit unions. As criteria

for the questionnaire setting, it adopted the guidelines established by bodies such as

the OECD, WOCCU, IBGC, Brazilian Central Bank and CVM. The performance of

cooperatives was measured by calculating financial indicators obtained using the

PEARLS system adapted to the peculiarities of Brazilian credit cooperatives. A

number of factor variables representing each key area evaluated by the PEARLS

system were derived after running a factor analysis using all of the available financial

indicators. The performance variables derived from the factor analysis represent the

dependent variables that are used in the regression model. We have also included

control variables representing the location, size, type and affiliation of the credit union

to a central union or a network of unions as a way to avoid possible distortions in the

results arising from the heterogeneity in these credit union characteristics. The work

shows a great variability and weak governance of credit unions in Brazil. Also, we did

not find a reduction in the volume of credit operations of evidence classified as risk

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level between "D" and "H" and provisions as well as an improvement in the liquidity

risk level, due to a higher quality the governance of cooperatives. However, other

results suggest an association between the growth of the cooperative, in terms of

volume of funding, loans, operating income and net worth, with the corporate

governance level adopted by these institutions. At its end, the work points out the

possibility of credit unions with the highest level of governance to implement more

aggressive business strategies in pursuit of growth of its activities.

Keywords: credit union, governance, performance, factor analysis, regression.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Participação dos agregados patrimoniais das cooperativas de crédito

no SFN .............................................................................................................. 31

Tabela 2 – Crescimento dos ativos das cooperativas de crédito ......................... 32

Tabela 3 – Presença das cooperativas em diversas regiões do mundo ............... 33

Tabela 4 – Dados sobre ativos e participação demográfica nas regiões .............. 34

Tabela 5 – Evolução do total de cooperativas de crédito por segmento .............. 38

Tabela 6 – Aderência das cooperativas de crédito à pesquisa do BACEN .......... 83

Tabela 7 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 4 indicadores .............. 93

Tabela 8 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ........... 94

Tabela 9 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 5 indicadores .............. 95

Tabela 10 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ......... 96

Tabela 11 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 4 indicadores ............ 96

Tabela 12 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ......... 97

Tabela 13 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 11 indicadores .......... 98

Tabela 14 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ......... 99

Tabela 15 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 3 indicadores ............ 99

Tabela 16 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ....... 100

Tabela 17 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 3 indicadores .......... 101

Tabela 18 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores ....... 101

Tabela 19 – Resultados agregados da análise fatorial ...................................... 102

Tabela 20 – Nomenclatura atribuída aos fatores extraídos ............................... 103

Tabela 21 – Dados gerais sobre os escores das dimensões de governança ..... 107

Tabela 22 – Escores médios das dimensões de governança por região ........... 108

Tabela 23 – Escores médios das dimensões de governança por tipo de

cooperativa de crédito ...................................................................................... 109

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Tabela 24 – Escores médios das dimensões de governança por existência de

vínculo aos sistemas cooperativos ou centrais independentes .......................... 109

Tabela 25 – Escores médios das dimensões de governança em função do porte

da cooperativa de crédito. ................................................................................. 110

Tabela 26 – Cargas fatoriais para o fator de proteção extraído .......................... 111

Tabela 27 – Cargas fatoriais para os fatores de estrutura financeira extraídos ... 115

Tabela 28 – Cargas fatoriais para os fatores de qualidade de ativos extraídos... 118

Tabela 29 – Cargas fatoriais para os fatores de taxa de retorno extraídos ......... 121

Tabela 30 – Recomendações quanto aos indicadores contábeis ....................... 122

Tabela 31 – Cargas fatoriais para os fatores de liquidez extraídos..................... 125

Tabela 32 – Cargas fatoriais para os fatores de crescimento extraídos .............. 128

Tabela 33 – Recomendações quanto aos indicadores contábeis ....................... 129

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Evolução do número de cooperados entre 2006 e 2014 ...................... 32

Figura 2 – Estrutura do sistema cooperativista em até 3 níveis ............................ 35

Figura 3 – Principais funções desempenhadas por nível de organização ............. 37

Figura 4 – Organograma de governança corporativa ........................................... 57

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABBC Associação Brasileira de Bancos

ACI Aliança Cooperativa Internacional

BACEN Banco Central do Brasil

BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Social

CMN Conselho Monetário Nacional

COSIF Plano Contábil das Instituições Financeiras

CPC Comitê de Pronunciamentos Contábeis

CVM Comissão de Valores Mobiliários

DESIG Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão da Informação do Banco Central do Brasil

DIEESE Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos

FEBRABAN Federação Brasileira de Bancos

IBGC Instituto Brasileiro de Governança Corporativa

KMO Estatística Kaiser-Meyer-Olkin

OCB Organização das Cooperativas Brasileiras

OCDE Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico

PEA População Economicamente Ativa

PIB Produto Interno Bruto

PLA Patrimônio Líquido Ajustado

SAS Sistema de Classificação de Risco do Unicred

SELIC Sistema Especial de Liquidação e Custódia

SFN Sistema Financeiro Nacional

VIF Variance Inflation Factor

WOCCU World Council of Credit Unions

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 19

1.1 Problema de pesquisa ............................................................................. 22

1.2 Objetivos do trabalho ................................................................................. 22

1.3 Justificativa e relevância do trabalho ............................................................ 23

1.4 Delimitação do trabalho ................................................................................ 25

1.5 Estrutura do trabalho ..................................................................................... 26

2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................. 26

2.1 Cooperativas de crédito ........................................................................... 26

2.1.1 Cooperativismo ........................................................................................ 27

2.1.2 Teoria cooperativista e princípios do cooperativismo ............................. 28

2.1.3 Participação no sistema financeiro nacional .......................................... 30

2.1.4 Presença em outras regiões do mundo ................................................... 33

2.1.5 Estrutura e classificação ....................................................................... 35

2.1.6 Arquitetura financeira e funcionamento .................................................. 39

2.2 Governança corporativa ........................................................................... 44

2.2.1 Introdução………………………………........... ......................................... 44

2.2.2 Definições e conceitos .......................................................................... 44

2.2.3 Aspectos de governança em cooperativas de crédito ............................ 49

2.2.4 Conflitos de agência em cooperativas de crédito ................................... 58

2.2.5 Comparação entre cooperativas e as demais empresas ........................ 63

2.2.6 Mecanismos e práticas ......................................................................... 66

2.3 Desempenho: conceitos e indicadores ....................................................... 74

3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 81

3.1 Estratégia e método de pesquisa ............................................................ 81

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3.2 Fontes de dados ........................................................................................ 82

3.3 Indicadores contábeis ................................................................................ 84

3.4 Indicador de governança ............................................................................ 86

3.5 Variáveis de controle .................................................................................... 89

3.6 Análise fatorial por componentes principais ................................................ 90

3.7 Modelos estatísticos ................................................................................. 103

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS ...................................... 107

4.1 Dimensões do indicador de governança ..................................................... 107

4.2 Componentes das dimensões de desempenho ......................................... 111

4.2.1 Fatores de proteção de ativos……………………………….................... .. 111

4.2.2 Fatores de efetiva estrutura financeira .................................................. 115

4.2.3 Fatores de qualidade dos ativos ........................................................... 118

4.2.4 Fatores de taxa de retorno e custos ..................................................... 121

4.2.5 Fatores de liquidez ............................................................................... 125

4.2.6 Fatores de crescimento ........................................................................ 128

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................... 133

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 140

APÊNDICE A - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

proteção de ativos (PROT_A) ........................................................................... 154

APÊNDICE B - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

proteção de ativos (PROT_A) com as dimensões de governança ..................... 155

APÊNDICE C - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

estrutura efetiva de ativos (ESTR_A) ................................................................ 156

APÊNDICE D - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

estrutura efetiva de ativos (ESTR_A) com as dimensões de governança .......... 157

APÊNDICE E - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

estrutura efetiva de ativos (ESTR_B) ................................................................ 158

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APÊNDICE F - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

estrutura efetiva de ativos (ESTR_B) com as dimensões de governança .......... 159

APÊNDICE G - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

qualidade de ativos (ATIV_A) ........................................................................... 160

APÊNDICE H - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

qualidade de ativos (ATIV_A) com as dimensões de governança ...................... 161

APÊNDICE I - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

qualidade de ativos (ATIV_B) ........................................................................... 162

APÊNDICE J - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

qualidade de ativos (ATIV_B) com as dimensões de governança ...................... 163

APÊNDICE K - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_A) .............................................................................. 164

APÊNDICE L - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_A) com as dimensões de governança......................... 165

APÊNDICE M - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_B) .............................................................................. 166

APÊNDICE N - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_B) com as dimensões de governança......................... 167

APÊNDICE O - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_C) .............................................................................. 168

APÊNDICE P - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_C) com as dimensões de governança ........................ 169

APÊNDICE Q - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_D) .............................................................................. 170

APÊNDICE R - Resultados dos modelos de regressão para o fator de taxas

de retorno e custos (RC_D) com as dimensões de governança ........................ 171

APÊNDICE S - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

liquidez (LIQ_A) ............................................................................................... 172

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APÊNDICE T - Resultados dos modelos de regressão para o fator de liquidez

(LIQ_A) com as dimensões de governança ....................................................... 173

APÊNDICE U - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

liquidez (LIQ_B) ............................................................................................... 174

APÊNDICE V - Resultados dos modelos de regressão para o fator de

liquidez (LIQ_B) com as dimensões de governança .......................................... 175

APÊNDICE W - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_A) ............................................................................. 176

APÊNDICE X - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_A) com as dimensões de governança ........................ 177

APÊNDICE Y - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_B) ............................................................................. 178

APÊNDICE Z - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_B) com as dimensões de governança ........................ 179

APÊNDICE AA - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_C) ............................................................................. 180

APÊNDICE AB - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_C) com as dimensões de governança ........................ 181

APÊNDICE AC - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_D) ............................................................................. 182

APÊNDICE AD - Resultados dos modelos de regressão para o fator de sinais

de crescimento (CRESC_D) com as dimensões de governança ........................ 183

ANEXO A - Metodologia de cálculo dos indicadores contábeis .......................... 184

ANEXO B - Questionário de governança cooperativa ajustado .......................... 197

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19

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos 10 anos tem-se observado um crescimento importante da

oferta de crédito no Brasil que, de acordo com o Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE, 2014), foi iniciada em razão de

uma série de fatores, tais como as expectativas otimistas em relação à retomada

do emprego e da renda na segunda metade da década passada, a criação do

crédito consignado com desconto em folha de pagamento, como também a

aceleração dos investimentos produtivos ocorridos a partir de 2006.

Segundo o Relatório de Economia Bancária e Crédito do Banco Central

do Brasil (BACEN, 2004), ao final do ano de 2004 a oferta de crédito no Brasil

representava apenas 26,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Tal percentual foi

crescendo de forma contínua e chegou ao patamar de 58,98% no ano de 2014

(BACEN, 2014a), alcançando um dos maiores valores registrados pelo mercado

de crédito interno. Apesar de tal crescimento, a oferta de crédito no Brasil

continua inferior quando comparada à realidade de diversos países da Europa,

Ásia, América do Norte e, inclusive, da América Latina (Wordpress, 2014).

É importante relatar que o mercado de crédito brasileiro apresenta

algumas características que merecem ser consideradas quando se propõe o

desenvolvimento de uma pesquisa neste segmento do mercado financeiro, cujo

papel principal é a realização da intermediação de recursos. A primeira delas é o

fato dele encontrar-se concentrado, haja vista que apenas 6 instituições

bancárias, incluindo-se o BNDES, detinha, em setembro de 2015, 80,1% do

volume total de crédito (BACEN, 2015a). Além desta, existe o baixo nível de

bancarização na população brasileira, uma vez que apenas 57% dela possui

acesso a uma conta corrente (FEBRABAN, 2014). Ou seja, atualmente, uma

parcela considerável das pessoas ainda não tem como contratar serviços

financeiros de crédito. Tais informações mostram o potencial de crescimento que

existe no mercado de crédito brasileiro.

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20

Westley e Branch (2000) lembram que as cooperativas de crédito são

importantes por serem fornecedoras de crédito tanto para os pequenos

empreendedores, como para a população mais pobre da América latina. Estes

autores também destacam o potencial de crescimento da sua participação no

mercado quando comparadas à participação destas mesmas instituições em

países mais desenvolvidos. Vale dizer que, no caso do Brasil, apesar de o

segmento de cooperativas de crédito ter respondido por somente 2,9% do

volume de crédito concedido pelo segmento bancário no ano de 2014 (BACEN,

2014b), este segmento possui o maior número de instituições financeiras

autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil (BACEN, 2015b).

As cooperativas são organizações sem fins lucrativos, administradas por

seus próprios associados e reguladas por legislação específica (Brasil, 1971).

São constituídas a partir da reunião de um grupo de pessoas que, além de

serem seus proprietários e, na grande maioria dos casos, seus administradores,

são também seus usuários, ou seja, fornecedores de recursos para suas

atividades e/ou demandantes de serviços. Além disso, apresentam a

característica de possuírem os direitos de propriedade distribuídos de forma

coletiva por entre os seus associados, os quais possuem direitos iguais de

participação em suas decisões, por meio de voto, na assembleia geral.

Bressan (2009) observa que as cooperativas de crédito são instituições

financeiras em que os membros proveem tanto a demanda quanto a oferta de

fundos, e cabe a elas realizarem a intermediação entre os seus cooperados.

Neste sentido, ao prestarem serviços financeiros aos seus associados, essas

organizações ganham importância para o desenvolvimento de muitos países.

Do ponto de vista financeiro, de acordo com Bialoskorski Neto e Barroso

(2012), as cooperativas de crédito frequentemente oferecem taxas de juros em

melhores condições quando comparadas às alternativas no mercado, tanto para

captação quanto para empréstimos aos cooperados, devido ao baixo custo

operacional e à intermediação financeira privilegiada aos cooperados.

É importante lembrar que, apesar de as cooperativas de crédito não

objetivarem o lucro e possuírem um caráter mutualista e associativista são, na

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sua essência, instituições financeiras e participam do mercado de crédito

juntamente com as instituições bancárias. Assim, para desempenhar as suas

atividades, precisam competir diariamente com organizações mais robustas,

melhor estruturadas, em termos de atividades de controle e gestão, bem como

administradas por equipes de profissionais especializados e com maior

disponibilidade de recursos financeiros.

Por isso, conforme destaca Silva Filho (2002) a gestão das cooperativas

de crédito não deve diferir das outras organizações financeiras, principalmente

no que concerne aos critérios de liquidez, solvência e comprometimento de seus

ativos. Nesta mesma linha de pensamento, alguns trabalhos como, por exemplo,

aqueles realizados por McKillop e Wilson (2011) passam a considerar as

cooperativas de crédito sob um fundamento mais comercial e submetidas a uma

concorrência direta das demais instituições financeiras.

Da mesma forma como as demais empresas, as cooperativas de crédito

também estão sujeitas aos problemas decorrentes de potenciais conflitos

oriundos do desalinhamento de objetivos ou interesses dos seus membros,

especialmente quando ocorre a segmentação entre os que conduzem os

negócios e os demais associados. Assim, de acordo com Birchall e Simmons

(2004), citado por Lima (2014), a delegação das decisões pelo conjunto dos

cooperados a um grupo eleito de dirigentes faz emergir, porém com natureza

diversa, problemas clássicos de governança, que podem influenciar a execução

das suas atividades e impactar o seu desempenho.

Além deste fato, deve se considerar que a existência de princípios através

dos quais as cooperativas norteiam as suas atividades constituem

especificidades deste tipo de organização que as tornam diferenciadas em

relação às empresas privadas (Lima, 2014). Assim, alguns modelos de

governança aplicados ao caso de empresas podem não ser completamente

aplicáveis às cooperativas de crédito. Com relação a este fato, Bialoskorski Neto,

Barroso e Resende (2008) ressaltam a necessidade de existir diretrizes

diferenciadas de governança corporativa de maneira a propiciar eficiência

econômica e a necessária profissionalização da gestão destas instituições.

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1.1 Problema de pesquisa

Diante dos aspectos relacionados às particularidades da estrutura de

propriedade e à forma de representação e decisão dos associados, à presença

de conflitos de interesses, bem como ao ambiente competitivo no qual as

cooperativas de crédito estão inseridas, torna-se oportuno e relevante

colocarmos a seguinte questão, a ser observada à luz da teoria da agência: o

nível de adesão às práticas, consideradas como sendo de boa governança,

pelas cooperativas de crédito brasileiras, associa-se com indicadores de

desempenho financeiro?

1.2 Objetivos do trabalho

Este trabalho tem por objetivo geral verificar se as cooperativas de crédito

no Brasil apresentam desempenhos diferenciados em razão do seu nível de

adesão às práticas consideradas como sendo de boa governança corporativa.

Em razão disso, estabelecemos objetivos específicos como meta para nos

auxiliar no alcance do objetivo geral proposto, que são os seguintes:

- obter, junto ao Banco Central do Brasil, informações a respeito de

práticas de governança que estão sendo adotadas pelas cooperativas de crédito;

- confrontar as práticas adotadas pelas cooperativas de crédito com as

diretrizes descritas nos principais códigos de governança, manuais e cartilhas

que podem ser consideradas como sendo de boa governança;

- desenvolver uma metodologia de cálculo que permita traduzir em um

valor numérico o nível de adesão às práticas consideradas de boa governança

pelas cooperativas de crédito. Neste caso, este indicador servirá como uma

proxy na representação do nível de governança, permitindo a comparação entre

as instituições;

- identificar possíveis indicadores que possam ser representativos do nível

de desempenho das cooperativas de crédito e que também permitam a

comparação entre elas;

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- submeter as informações obtidas nos itens anteriores a um modelo

econométrico que auxilie na identificação da existência de possíveis correlações

entre elas;

- interpretar os resultados obtidos, tendo como base a teoria da agência,

buscando responder a questão de pesquisa formulada.

1.3 Justificativa e relevância do trabalho

A crescente participação das cooperativas de crédito na economia

nacional, conforme estatísticas apresentadas pelo BACEN, representa um

indício da importância da realização de pesquisas sobre estas instituições. Como

efeito da relevância da abordagem da questão sobre governança corporativa

nestas instituições, Souza Francisco (2014) destaca o fato de os próprios órgãos

reguladores do Sistema Financeiro Nacional (SFN) terem exigido e analisado

procedimentos de controle e monitoramento das cooperativas de crédito, desde

o ano de 2010, através da publicação da Resolução nº 3.859 naquele ano

(Brasil, 2010).

Este estudo se propõe a contribuir para a ampliação dos resultados

empíricos sobre a relação entre governança corporativa e desempenho. No caso

das cooperativas de crédito, os resultados obtidos neste trabalho podem

contribuir quanto à percepção da efetividade da adoção de práticas voltadas ao

alcance de um nível de governança mais próximo às recomendações. Além

disso, esta pesquisa pode auxiliar a compreender a relação existente entre os

índices de desempenho e a governança das cooperativas de crédito, podendo,

inclusive, ser utilizado por elas para acompanhar o seu desempenho contábil.

De forma complementar e, ao mesmo tempo, sob o ponto de vista teórico,

este trabalho busca contribuir para o desenvolvimento e melhoria de modelos de

governança de cooperativas de crédito a partir da identificação dos mecanismos

que exercem maior impacto sobre o seu desempenho. Neste caso, um aumento

no desempenho destas instituições, representa maiores oportunidades de

aumentar a sua competitividade, o que é relativamente importante se

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considerarmos o potencial de crescimento das cooperativas de crédito no Brasil,

associado ao ambiente competitivo em que elas estão inseridas.

Quanto a isto, vale lembrar que, segundo a Organização das

Cooperativas Brasileiras (OCB, 2011), citado por Souza Francisco (2014),

melhores performances têm sido alcançadas por cooperativas de crédito que

possuem estruturas de governança mais adaptadas às suas recomendações. Da

mesma forma, Jensen e Meckilng (1976) apontam que empresas com melhores

práticas de governança corporativa possuem melhor desempenho, em razão de

ver os seus custos de agência diminuídos.

Além destas informações, vale citar que o elevado número de

encerramentos recentes de cooperativas de crédito no Brasil se deve à falta de

viabilidade (Araújo, 2011). Sabendo-se que a governança está intimamente

ligada às ações com efeitos sobre a gestão e sobre a estrutura administrativa e

de fiscalização, podemos dizer que o conhecimento de informações a respeito

da relação entre governança e desempenho nestas instituições também é

relevante para saber sobre as suas perspectivas de continuidade.

Existem trabalhos que abordaram o tema da governança em cooperativas

de crédito sob o aspecto da influência dos conflitos de interesse na definição dos

objetivos da cooperativa, tais como Smith (1986) e Smith, Cargill e Meyer (1981),

como também Lima (2014) que investigou a presença destes conflitos e a sua

influência no desempenho financeiro nas cooperativas. Da mesma forma,

trabalhos como o de Labie e Périlleux (2008) expuseram as fragilidades da

governança neste tipo de organização e, da mesma maneira como Spear (2004),

analisaram a presença de mecanismos de governança como forma de controle

dos associados sobre as ações dos gestores. Outras pesquisas focaram no

estudo da relação entre a qualidade da governança adotada pelas cooperativas

de crédito e o seu desempenho, tais como aqueles realizados, por exemplo, por

Favalli (2010) e Souza Francisco (2014).

Porém, diferentemente dos demais trabalhos desenvolvidos neste

segmento, propõe-se a realização de uma pesquisa que considera as possíveis

associações entre as dimensões constitutivas do constructo governança na

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análise do desempenho das cooperativas de crédito, sob a ótica de um conjunto

de indicadores de desempenho diversificado, já utilizado pelos países membros

do World Council of Credit Unions (WOCCU, 2014). Além disso, a pesquisa se

diferencia na sua abordagem, em relação à maior parte das pesquisas deste

segmento, por incluir quase todas as cooperativas de crédito atuantes no país na

ocasião da realização da pesquisa de governança pelo BACEN.

1.4 Delimitação do trabalho

Esta pesquisa aborda o relacionamento entre a adoção de práticas

consideradas como sendo de boa governança e o desempenho alcançado pelas

cooperativas de crédito brasileiras, e possui como sustentação teórica a teoria

da agência. Dentro desta perspectiva, Shleifer e Vishny (1996) afirmam que ela

trata da maneira pela qual os fornecedores de recursos financeiros às

corporações se asseguram de que obterão o retorno por seus investimentos.

O trabalho em questão não possui como objetivo a análise e discussão do

papel e do impacto social decorrente das atividades realizadas pelas

cooperativas de crédito perante os seus associados e para a sua região de

atuação, restringindo a sua análise de desempenho aos indicadores contábeis

aplicáveis às cooperativas de crédito. Uma discussão sobre este tema pode ser

encontrada em Müeller (2014), Westley e Branch (2000) e Coelho (2006).

Por fim, é importante mencionar que esta pesquisa tem como base as

respostas fornecidas por 874 cooperativas brasileiras de um total de 1.143 para

as quais foi encaminhado o questionário de governança corporativa pelo Banco

Central do Brasil durante o período de agosto de 2013 a maio de 2014. Portanto,

sob o ponto de vista das informações de governança, trata-se de um estudo em

cross-section voltado à observação e comparação deste conjunto de instituições

entre elas. Em razão disso, o escopo deste trabalho restringe-se à realização de

um diagnóstico da situação na qual se encontram estas cooperativas de crédito

no momento em que foi aplicado o questionário. Assim, a metodologia

empregada nesta pesquisa não contempla a realização de inferências causais e

a previsão de possíveis resultados futuros decorrentes das diretrizes adotadas

pelas cooperativas de crédito quanto a sua governança.

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1.5 Estrutura do trabalho

Para responder a nossa questão de pesquisa, este trabalho foi dividido

em cinco capítulos, além desta introdução. O capítulo 2 desenvolve o referencial

teórico que dará suporte e fundamentação teórica à pesquisa, especialmente

para a construção do indicador de governança e para a escolha dos indicadores

de desempenho de modo a se estabelecer relações entre essas variáveis. O

capítulo 3 detalha a metodologia a ser empregada na pesquisa, explicando a

origem dos dados e os tratamentos utilizados que servirão de base para a

obtenção de informações que possam ser úteis ao estudo da relação entre

governança e desempenho das cooperativas de crédito. O capítulo 4 apresenta

e analisa os resultados obtidos após a submissão dos indicadores às técnicas de

análise estatística. O capítulo 5 contém as conclusões e considerações finais

sobre os resultados proporcionados pela pesquisa referentes à adoção de

práticas de governança pelas cooperativas de crédito, bem como o seu impacto

sobre os indicadores de desempenho. Na última seção estão elencadas as

referências que foram utilizadas como fontes de pesquisa neste trabalho.

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 Cooperativas de crédito

Segundo a definição de Lambert (1970) uma sociedade cooperativa é

uma empresa constituída e dirigida por uma associação de usuários de forma

democrática, objetivando a prestação de serviços tanto para os seus sócios

quanto para o conjunto da comunidade. Neste sentido, Pinheiro (2008) define as

cooperativas de crédito como sendo instituições financeiras que são constituídas

sob a forma de uma sociedade cooperativa.

Tratam-se de instituições com atribuições definidas de acordo com a Lei

Complementar 130 de 2009, nela o Artigo 2º descreve que elas “destinam-se,

precipuamente, a prover, por meio da mutualidade, a prestação de serviços

financeiros aos seus associados, sendo-lhes assegurado o acesso aos

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instrumentos do mercado financeiro.” Por sua vez, Oliveira (2006, p. 7), citado

por Santos (2010), descreve que as cooperativas não são empresas com

organização hierárquica e objetivos próprios de lucro, definidos

institucionalmente, entretanto possuem peculiaridades que as distinguem legal e

socialmente. Se contrapondo às empresas com fins lucrativos neste item, no

associativismo é possível que o regime de trabalho atenda aos homens e as

suas necessidades humanas e não somente à produção”.

Caracterizadas como sociedade de pessoas, e não de capital, as

cooperativas têm na união de indivíduos pela adesão voluntária e livre, na

gestão democrática, na participação econômica dos membros e na autonomia e

independência, princípios basilares de sua gestão.

Silva e Holz (2008) destacam a principal característica que difere estas

entidades daquelas que possuem fins lucrativos:

Diferentemente das tradicionais estruturas capitalistas, o cooperativismo não visa ao lucro, mas sim a satisfazer as necessidades do grupo que dele faz parte, com acesso de bens e serviços a custos menores, gerando um melhor bem estar social. Quando do excedente das transações realizadas com seu quadro social, este será investido e aplicado em seu local de atuação, permitindo assim uma melhor distribuição de renda e riqueza. (p. 2)

Por sua vez, Pinheiro (2008) ao definir as cooperativas de crédito destaca

as atividades financeiras por elas realizadas:

As cooperativas de crédito são instituições financeiras constituídas sob a forma de

sociedade cooperativa, tendo por objeto a prestação de serviços financeiros aos associados, tais como concessão de crédito, captação de depósitos à vista e a prazo, cheques, prestação de serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos por conta de terceiros sob convênio com instituições financeiras públicas e privadas e de correspondente no país, além de outras operações específicas e atribuições estabelecidas na legislação em vigor (p. 7).

2.1.1 Cooperativismo

A respeito do termo cooperativismo, Schardong (2002) explica que ele

tem como origem a cooperação, isto é, a ação conjunta que envolve trabalho e

esforços de pessoas na busca de objetivos comuns, sem finalidade lucrativa. O

cooperativismo tem como meta emancipar o homem do seu individualismo por

meio da cooperação entre os seus associados, procurando atingir suas

necessidades. Para Gawlak e Rarzke (2001), o cooperativismo representa uma

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doutrina cultural e socioeconômica que se fundamenta na liberdade humana e

nos princípios cooperativistas.

O cooperativismo tem, como um dos seus principais valores, as soluções

dos problemas comuns por meio da união, ajuda mútua e integração entre as

pessoas. Dentre os seus princípios, está a busca do ajustamento das diferenças

de níveis e injustiças sociais, com a distribuição igualitária e harmoniosa de bens

e valores constantes do patrimônio da cooperativa (OCB, 2011).

2.1.2 Teoria cooperativista e princípios

De acordo com Meinen e Port (2014) a grande distinção entre as

cooperativas e outras iniciativas de caráter empresarial está na preocupação

imediata com valores e ideais humanitários. Segundo o autor, o cooperativismo é

o único movimento socioeconômico do planeta que se desenvolveu sob uma

mesma orientação doutrinária, e continua sendo assim desde o seu surgimento

na primeira metade do Século XIX, na cidade de Rochdale, na Inglaterra.

Os direcionadores filosófico-doutrinários do cooperativismo vêm

representados especialmente por valores e princípios de adoção universal.

Quanto aos valores, as referências mais comuns que os doutrinadores utilizam

quando se mencionam a sua presença recaem sobre conceitos relacionados à:

a) Solidariedade;

b) Liberdade;

c) Democracia;

d) Equidade;

e) Igualdade;

f) Responsabilidade;

g) Honestidade;

h) Transparência e;

i) Responsabilidade sócio ambiental

Segundo Bialoskorski Neto (1998), a organização cooperativa é

caracterizada por princípios discutidos pelos socialistas utópicos

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associacionistas, influenciados também pelo pensamento da sua época na qual

as ideias sobre fraternidade, igualdade, liberdade e solidariedade estavam

presentes de uma forma marcante.

Neste sentido, este mesmo autor destaca que a igualdade é expressa

pela democracia e pela neutralidade política e religiosa; a liberdade, pela livre

entrada e saída da organização cooperativista; a solidariedade é manifestada

pelo retorno pro rata das operações; e a fraternidade, por meio do princípio de

educação cooperativa.

No caso dos princípios elencados anteriormente, estes são definidos

formalmente e, segundo Meinen e Port (2014), representam as linhas

orientadoras através das quais as cooperativas levam à prática os seus valores.

A Aliança Cooperativa Internacional – ACI, que é a entidade máxima do

cooperativismo global, define uma relação de princípios, definida em 1995 e

vigente até hoje, que deve servir de orientação para qualquer ação cooperativa

em qualquer parte do mundo, que são as seguintes:

a) Adesão livre e voluntária: nos termos da lei e do estatuto social quer

dizer que o acesso é livre a quem queira cooperar, e que nenhuma

pessoa possa ser obrigada a se associar ou permanecer na

cooperativa;

b) Gestão democrática: este princípio faz referência à questão da

governança da cooperativa, segundo ele, todos os seus membros

devem manter uma conduta responsável perante a cooperativa,

orientando-se pelos princípios da democracia;

c) Participação econômica: os membros devem possuir obrigações iguais

quanto à realização da contribuição mínima necessária para a

formação do capital das suas cooperativas e, por sua vez, também

devem controlá-lo de forma democrática;

d) Autonomia e independência: As cooperativas são organizações

autônomas, de ajuda mútua, controladas pelos seus membros. Se

firmarem acordos com outras organizações, incluindo instituições

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públicas, ou recorrerem ao capital externo, devem fazê-lo em

condições que assegurem o controle democrático pelos seus membros

e mantenham a autonomia cooperativa.

e) Educação, formação e informação: As cooperativas promovem a

educação e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos

e dos trabalhadores, de forma que estes possam contribuir,

eficazmente, para o desenvolvimento das suas cooperativas. Informam

o público em geral, particularmente os jovens e os líderes de opinião,

sobre a natureza e as vantagens da cooperação.

f) Intercooperação: As cooperativas servem de forma mais eficaz aos

seus membros e dão mais força ao movimento cooperativo,

trabalhando em conjunto, através das estruturas locais, regionais,

nacionais e internacionais;

g) Interesse pela comunidade: As cooperativas trabalham para o

desenvolvimento sustentado das suas comunidades através de

políticas aprovadas pelos seus membros.

2.1.3 Participação no Sistema Financeiro Nacional

A importância do estudo das cooperativas de crédito ganha visibilidade a

partir do momento em que tomamos conhecimento do volume de recursos que

este segmento envolve, como também pela sua participação crescente na

composição do Sistema Financeiro Nacional. Para ilustrarmos esta relevância,

exibimos a seguir alguns dados de interesse sobre este assunto.

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Tabela 1 - Participação dos agregados patrimoniais das cooperativas de crédito

no SFN

Ano Total de Cooperativas Ativos Operações

de Crédito Depósitos Patrimônio Líquido

2005 1.416 1,72% 2,08% 1,77% 3,24% 2006 1.422 1,92% 2,11% 2,10% 3,23% 2007 1.440 1,90% 2,24% 2,30% 3,19% 2008 1.438 1,72% 2,42% 1,97% 3,24% 2009 1.394 1,90% 2,38% 2,30% 3,37%

2010 1.352 2,10% 2,35% 2,95% 3,17% 2011 1.312 2,25% 2,45% 3,15% 3,51% 2012 1.214 2,31% 2,60% 3,80% 3,85% 2013 1.174 2,53% 2,75% 4,28% 4,49% 2014 1.139 2,70% 2,90% 4,90% 5,23%

Fonte: Baseado em Meinen e Port (2014) – dados do Banco Central (BACEN, 2014c)

A redução observada do número de cooperativas de crédito, de acordo

com o Relatório de Estabilidade Financeira, representa a continuidade de um

processo de consolidação das cooperativas de crédito, que vem ocorrendo por

meio de incorporações e de saídas organizadas de cooperativas com dificuldade

de prosseguimento dos seus negócios, por meio do cancelamento e da

liquidação por iniciativa dos próprios cooperados. Os dados da Tabela 1 também

apontam que mesmo com esta redução, o aumento regular da participação das

cooperativas de crédito no SFN é um fato observável.

Neste ponto, é oportuna a observação realizada por Ferreira e Gonçalves

(2007) ao comentar que, embora a participação das cooperativas de crédito no

agregado das operações de crédito do segmento bancário nacional seja ainda

pequena, o seu contínuo crescimento demonstra a importância que este setor

possui. Neste sentido, a análise do desempenho dessas cooperativas se torna

relevante na medida em que os incentivos à expansão do setor podem, por

muitas vezes, não ser acompanhados pela eficiência nessas instituições.

Em termos de comparação da evolução deste segmento com o conjunto

de instituições que compõem o SFN, podemos observar pela Tabela 2 abaixo,

que o crescimento deste setor tem ocorrido em taxas superiores àquelas

verificadas no SFN em quase todos os anos do período considerado.

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Tabela 2 - Crescimento dos ativos das cooperativas de crédito (bilhões (R$))

Ano Ativos totais do SFN Crescimento Ativos totais das

Cooperativas Crescimento

2005 1.674,62 15% 28,76 28% 2006 1.997,73 19% 38,33 33% 2007 2.559,10 28% 48,65 27% 2008 3.295,99 29% 56,85 17% 2009 3.610,29 10% 68,67 21% 2010 4.385,82 21% 92,05 34% 2011 5.135,48 17% 115,47 25% 2012 5.966,74 16% 137,62 19% 2013 6.567,29 10% 166,24 21% 2014 7.470,66 13% 201,73 21%

Fonte: Baseado em Meinen e Port (2014) – dados do Banco Central (BACEN, 2014c)

Entre outras razões, o crescimento observado é reflexo da quantidade

cada vez maior de municípios assistidos pelos serviços das cooperativas de

crédito por meio dos seus 4.959 pontos de atendimento1 presentes nas cinco

regiões do país, como também do aumento do número de pessoas que

passaram a integrar os seus quadros sociais, conforme exibido na Figura 1.

Figura 1 – Evolução do número de cooperados entre 2006 e 2014 (milhões)

Fonte: OCB - Organização das Cooperativas Brasileiras (2014)

1 Dados obtidos de Meinen & Port (2014, p. 136) que também incluem os postos de atendimento que

funcionam no interior das sedes das cooperativas singulares.

2,73,2 3,5 3,7 4,1

4,6

6,3 6,77,5

2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

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Segundo dados referentes ao mês de dezembro de 2013, as cooperativas

de crédito estão presentes em 42% dos municípios brasileiros, sendo que em

564 deles elas representam a única instituição financeira disponível para o

acesso da população. A região sul do país é aquela que apresenta o maior

número de municípios atendidos pelas cooperativas (88% dos municípios), em

seguida é a região sudeste que, apesar de concentrar o maior número de sedes

de cooperativas (47,4% do total), possui 52% dos municípios atendidos pelos

serviços das cooperativas de crédito (Meinen e Port, 2014, p. 139).

2.1.4 Presença em outras regiões do mundo

Segundo dados do World Council of Credit Unions (WOCCU, 2014),

existem aproximadamente 217 milhões de pessoas que estão associadas a

alguma das 57 mil cooperativas de crédito espalhadas pelos cinco continentes,

que representam 8,2% da população economicamente ativa (PEA) destas

regiões e que movimentam cerca de US$ 1,2 trilhões em empréstimos.

Tabela 3 – Presença das cooperativas em diversas regiões do mundo

Continente Países Cooperativas Associados

África 25 20.422 18,88 milhões

Ásia 21 24.552 43,8 milhões

Caribe 19 391 3,4 milhões

Europa 14 2.318 8,2 milhões

América Latina 15 2.491 27,3 milhões

América do Norte 2 7.093 110,6 milhões

Oceania 9 213 4,9 milhões

Fonte: WOCCU (2014)

Apesar desta abrangência, Meinen e Port (2014, p. 71) destacam que os

aspectos relacionados às características culturais, econômicas e legais que cada

país possui acabam por determinar a forma do modelo de cooperativismo

financeiro que cada país adota. De fato, cada cooperativa de crédito é

constituída de modo a atender as demandas do seu grupo de associados, o que

implica na necessidade de cada modelo estar adaptado às realidades existentes

em cada região em nível global.

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Na Tabela 4, a seguir, pode-se observar a heterogeneidade que existe,

em termos de porte e da participação na população economicamente ativa do

cooperativismo financeiro ao redor do mundo.

Tabela 4 – Dados sobre ativos e participação demográfica nas regiões

Continente Empréstimos (US$) Ativos (US$) PEA

África 6,3 bilhões 8 bilhões 6,9% Ásia 119,5 bilhões 183,5 bilhões 3,0% Caribe 4,5 bilhões 6,7 bilhões 19,4% Europa 10,4 bilhões 26,3 bilhões 3,4% América Latina 42 bilhões 72,4 bilhões 8,3% América do Norte 959,5 bilhões 1.419 bilhões 47,2% Oceania 59,5 bilhões 76,5 bilhões 20,8%

Fonte: WOCCU (2014)

Cabe aqui mencionar que em algumas regiões, nas quais a mesma

legislação aplicada às demais instituições financeiras também se aplica às

cooperativas de crédito, verifica-se que o cooperativismo financeiro encontra-se

num estágio de evolução mais desenvolvido. Em países tais como Irlanda,

Canadá, Estados Unidos e Alemanha o cooperativismo de crédito abarca um

percentual relevante da população economicamente ativa, representando uma

alternativa verdadeira ao sistema financeiro tradicional (WOCCU, 2014).

No caso dos Estados Unidos, por exemplo, Amess e Howcroft (2001)

apontam que a rápida consolidação e o crescimento de escala médio das

cooperativas de crédito neste país tiveram implicações na estrutura do seu

mercado bancário com impactos na própria competitividade daquele mercado.

Em outras regiões o cooperativismo de crédito possui uma abordagem

voltada à representação do seu papel social, especialmente em regiões

distantes, mais pobres ou desprovidas de serviços financeiros. São exemplos

destes casos o Quênia, na África, onde o financiamento de moradias é realizado

para 20% da PEA que, neste caso, não possuem condições de acesso aos

serviços financeiros de uma instituição bancária. No caso da Índia, onde 80% da

população é pobre o cooperativismo atinge apenas 2,5% da PEA (WOCCU,

2014). No entanto, nestas regiões, o cooperativismo de crédito está voltado à

melhoria da condição de vida da população mais pobre (Meinen e Port, 2014).

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Os dados da Tabela 4 anterior ainda mostram a pujança, em termos de

valores, da presença do cooperativismo no continente asiático. Segundo os

dados obtidos por Meinen e Port (2014), tal expressividade se deve ao fato de

que 10% dos depósitos no mercado financeiro chinês serem administrados por

cooperativas financeiras; e também à força do cooperativismo japonês, marcado

pela presença dos bancos cooperativos no mercado de crédito.

2.1.5 Estrutura e classificação

O cooperativismo de crédito no Brasil encontra-se organizado em

sistemas cooperativos que, por sua vez, estão estruturados por níveis ou

“graus”, a saber: cooperativas de crédito singulares (1º grau); cooperativas de

crédito centrais (2º grau), que reúnem as singulares; e confederações de

cooperativas centrais (3º grau), que são formadas por centrais que se associam

entre si, conforme ilustrado na Figura 2 a seguir:

Figura 2 – Estrutura do sistema cooperativista em até 3 níveis

Fonte: Banco Central do Brasil (2014d)

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As cooperativas classificadas como singulares são constituídas por, pelo

menos, vinte pessoas físicas e prestam serviços diretamente aos seus

associados, por sua vez, as cooperativas centrais, federações de cooperativas

devem ser constituídas por pelo menos três cooperativas singulares. No caso

das cooperativas de crédito centrais, elas organizam em maior escala os

serviços das filiadas, facilitando a utilização recíproca dos serviços. As suas

atribuições estão definidas pela Resolução n° 3.321 de 2005 do Conselho

Monetário Nacional (CMN), que são as seguintes: supervisionar o funcionamento

das cooperativas filiadas com vistas ao cumprimento da legislação e

regulamentação em vigor, promover a capacitação permanente dos membros

das cooperativas filiadas e dos seus supervisores e auditores, realizar auditoria

de demonstrações financeiras das filiadas e comunicar ao BACEN

irregularidades e situações de exposição anormal aos riscos detectadas. As

confederações de cooperativas também organizam, porém em escala maior, os

serviços das suas afiliadas, cuidando, normalmente, das políticas relacionadas à

gestão da sua marca.

No caso dos bancos cooperativos, além de prestarem alguns serviços

especializados aos seus clientes, são utilizados para melhorar o relacionamento

com o mercado e também para reduzir custos para os sistemas a eles

vinculados, como, por exemplo, os de compensação de cheques e outros

documentos.

Pagnussatt (2004) destaca que:

Através de seus bancos, as cooperativas passaram a ter acesso direto aos

serviços de compensação de cheques e outros papéis e a todos os demais produtos e

serviços. Essa nova condição deu ao cooperativismo de crédito a possibilidade de atuar

de forma independente e em condições competitivas com o sistema bancário

convencional (p. 24).

A Figura 3, a seguir, apresenta um resumo esquemático das funções dos

elementos que compõem cada nível do sistema de cooperativas.

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Figura 3 – Principais funções desempenhadas por nível de organização

Fonte: Banco Central do Brasil (2014d)

Quanto à presença de cooperativas de crédito que não possuem vínculo

sistêmico, conhecidas como cooperativas de crédito singulares “independentes”,

vale mencionar que o BACEN, através dos seus normativos, tem estimulado a

união destas cooperativas a uma cooperativa central, ou mesmo a um sistema

de cooperativas. Neste trabalho, foi observado que 9,6% das instituições2 que

responderam ao questionário de governança do BACEN são cooperativas de

crédito “independentes”.

Favalli (2010, p. 21) lembra que a classificação das cooperativas de

crédito singulares, sejam elas independentes ou ligadas aos sistemas, refere-se

normalmente as suas fronteiras de atuação, como áreas geográficas, segmentos

profissionais, atividades econômicas, entre outras. Essa diferenciação entre

cooperativas de crédito tem origem na experiência prática, e foi absorvida pelas

normas do CMN e do BACEN que tratam deste segmento de instituições.

Segundo o Artigo 10 da Lei 5.764 de 1971, as cooperativas de crédito

podem ser classificadas por modalidade, de acordo com o objeto ou natureza 2 Neste dado incluem-se apenas as cooperativas de crédito que não estão vinculadas a um sistema

cooperativo ou a uma cooperativa central independente.

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das atividades desenvolvidas por elas ou por seus associados. Segundo

Pinheiro (2008), as cooperativas de crédito são classificadas entre Cooperativas

de Economia e Crédito Mútuo, Cooperativas de Crédito Rural, Cooperativas de

microempresários, pequenos empresários e microempreendedores e

Cooperativas de Crédito de Livre Admissão (BACEN, 2015c).

Tabela 5 – Evolução do total de cooperativas de crédito por segmento

Nível de organização dez/11 dez/12 dez/13 dez/14 nov/15

Confederação (3º nível) 1 1 2 2 2 Cooperativas centrais (2º nível) 38 38 37 38 36

Segmento Crédito Rural 292 258 242 229 213 Atividade Profissional 167 149 131 113 104 Empregados 467 431 414 395 373 Micros e Pequenos empresários 19 16 13 13 11 Livre Admissão 248 274 290 296 313 Outras classificações 41 48 41 37 34

Subtotal (singulares) 1273 1215 1170 1123 1086 Total 1312 1254 1209 1163 1124

Fonte: Banco Central do Brasil (2015c)

A partir da publicação da Resolução nº 4.434 de 5 de agosto de 2015 pelo

Conselho Monetário Nacional, passou a vigorar outra forma de classificação das

cooperativas de crédito singulares, cujas categorias passam a se basear nas

operações por elas praticadas (Brasil, 2015). Neste caso, o próprio instrumento

normativo, em seu artigo 17, descreve a relação de todas as operações e

atividades permitidas que podem ser realizadas por estas instituições,

ensejando, a partir dela, o enquadramento das cooperativas nas seguintes

categorias:

- cooperativa de crédito plena;

- cooperativa de crédito clássica;

- cooperativa de crédito de capital e empréstimo

Vale aqui destacar que a classificação de uma determinada cooperativa

de crédito em alguma das categorias acima é feita unicamente em razão destas

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operações e atividades permitidas, observadas as vedações descritas no artigo

18. Por meio desta nova classificação, o instrumento normativo impõe a

obrigatoriedade de cada cooperativa de crédito de observar limites mínimos em

relação ao capital integralizado e ao patrimônio líquido, que foram estabelecidos

de acordo com a nova categoria em que a cooperativa se enquadrar.

2.1.6 Arquitetura financeira e funcionamento

As cooperativas de crédito são entidades que possuem caráter de

mutualidade no qual grupos de pessoas que possuem algum laço comum em

termos de ocupação profissional e região geográfica se reúnem sob as regras

estabelecidas em um estatuto social para o exercício de uma atividade de

intermediação financeira de proveito comum, ou seja, em essência, uma

cooperativa de crédito é uma instituição financeira.

Na visão de Soares e Ventura (2008), por não possuir o objetivo de lucro,

as metas das cooperativas de crédito devem ser de longo prazo, uma vez que o

objetivo principal é o atendimento às necessidades dos cooperados, que são os

seus proprietários. Neste sentido, Trindade, Ferreira Filho e Bialoskorski Neto

(2008) lembram que, diferentemente dos bancos, as estratégias de crescimento

das cooperativas de crédito tem o seu foco baseado na expansão no número de

unidades de atendimento como fator relevante para a ampliação da sua área de

atuação. Em razão destes motivos, observa-se que a continuidade e o

crescimento das cooperativas de crédito são fatores relevantes para que elas

consigam atender as necessidades dos seus associados de forma adequada,

perene e mais eficaz.

Para alguns autores, a lógica financeira deve se sobrepor à lógica social

no estabelecimento dos objetivos de uma cooperativa de crédito. Jones (2001)

sugere que muitas das cooperativas de crédito focadas, especialmente, em

objetivos éticos ou sociais não conseguem ser sustentáveis, mesmo no longo

prazo, como instituição financeira. Segundo o autor, as cooperativas de crédito

que colocam os objetivos econômicos a frente dos objetivos sociais crescem, de

forma geral, mais rápido e de uma forma sustentável. Sob o seu ponto de vista,

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este deve ser considerado o objetivo apropriado, uma vez que a busca por

objetivos econômicos capacita a cooperativa de crédito a conquistar maiores

objetivos sociais. Nesse sentido, para Bialoskorski Neto (2007) se a cooperativa

tiver resultado econômico e financeiro positivo, há a probabilidade de se ter uma

maior oferta de serviços e benefícios disponíveis, porém com melhores preços.

Tais informações são importantes para serem mencionadas a fim de se

justificar a relevância de se compreender a arquitetura financeira de uma

cooperativa de crédito. Em outras palavras, a compreensão e a análise da forma

operacional como a instituição capta recursos, realiza investimentos e paga as

suas despesas constitui uma maneira de identificar as deficiências e as

potencialidades que podem influir na sua capacidade de atender às

necessidades dos seus associados, como também no alcance dos seus

objetivos de crescimento e sustentabilidade.

De acordo com Kaluf (2005), as demandas por serviços financeiros em

geral e de crédito e poupança em particular constituem o objeto principal das

cooperativas de crédito. As cooperativas de crédito conseguem realizar tais

operações através da intermediação financeira entre seus associados,

proporcionando a transferência de recursos entre agentes que se encontram em

situação superavitária e deficitária de liquidez. Com relação a esta característica,

Treter e Kelm (2005) observam que o processo e o custeio da administração de

uma cooperativa não têm origem no mercado; eles nascem dos associados, que

mantêm seu processo produtivo e rateiam o seu resultado.

As cooperativas de crédito funcionam operacionalmente como os bancos,

ou seja, permitem a abertura de contas corrente para a movimentação financeira

e prestam serviços financeiros de forma exclusiva aos seus associados

(Pinheiro, 2008). Entre os produtos que podem oferecer aos seus associados

estão a concessão de operações de crédito e garantias, captação de depósitos

sujeitos a remuneração periódica, investimentos, fornecimento de talonários de

cheques e serviços de cobrança, de custódia, de recebimentos e pagamentos e

outras operações específicas e demais atribuições estabelecidas na legislação.

A tomada de decisões de investimentos sobre os recursos captados e o

estabelecimento das taxas cobradas nas operações de empréstimos cabem aos

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órgãos de administração, que são compostos por membros voluntários eleitos

pelos associados de acordo com as diretrizes estabelecidas no estatuto social.

Vale dizer que as cooperativas de crédito também podem realizar

operações com outras instituições financeiras privadas ou públicas no sentido de

atender às necessidades dos seus próprios cooperados, seja para obtenção de

recursos para a realização de empréstimos (recursos de repasse de crédito rural,

por exemplo), ou para aplicação dos recursos de cooperados em alternativas de

investimento de maior rentabilidade disponíveis no mercado (Bialoskorski Neto e

Barroso, 2012, p. 156)

Para a realização das suas atividades e com o objetivo de atender às

necessidades dos seus associados, as cooperativas de crédito precisam levantar

recursos. Neste caso, Santos (2010) descreve a relação das fontes de captação

de recursos que são permitidas às cooperativas de crédito:

- depósito à vista;

- depósito de poupança (realizado através dos bancos cooperativos);

- depósitos a prazo;

- instrumento híbrido de capital e dívida (desde que a captação seja de

recursos oriundos dos próprios cooperados);

- empréstimos ou repasses de instituições financeiras nacionais ou

estrangeiras, assim como o recebimento de recursos de fundos oficiais.

No caso dos financiamentos próprios, Búrigo (2010) destaca que, além

dos depósitos a prazo e à vista, o capital social representa uma das principais

fontes de recursos à disposição da cooperativa de crédito. Segundo o Artigo 24

da lei 5.764 de 1971 ele é dividido em quotas-partes e representa a participação

do sócio na cooperativa. Entretanto, as cooperativas de crédito possuem

particularidades que as diferenciam das demais instituições financeiras no que

diz respeito a sua capacidade de atração à integralização de recursos para a

formação do seu capital social.

Lazzarini, Bialoskorski Neto e Chaddad (1999) apontam que as

cooperativas de crédito apresentam baixa capacidade de atração de recursos

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em razão da sua arquitetura organizacional. Segundo os autores, tal

característica não incentiva os associados a capitalizarem a instituição, uma vez

que a quota-parte não apresenta mercado secundário desenvolvido, e as sobras

operacionais repartem-se de acordo com a movimentação realizada pelo

cooperado em termos de compra/venda de produtos, ou seja, do seu volume de

transação com a cooperativa.

Além destes pontos destacados, Santos (2010) lembra que o percentual

de participação no capital não confere ao associado maior poder de voto nas

decisões da Assembleia Geral. No caso das quotas-partes, o autor lembra que a

Lei Complementar 130 de 2009 não permite qualquer espécie de benefício às

quotas de capital, com exceção do pagamento de juros, limitado ao valor da taxa

referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia – SELIC (Brasil, 2009).

No caso da apuração de resultados contábeis positivos pelas cooperativas

de crédito, verificados no balanço do exercício, estes são denominados como

sobras. Carvalho, Diaz, Bialoskorski Neto e Kalatzis (2015) explicam que estas

sobras podem ser reinvestidas na própria cooperativa de crédito ou distribuídas

aos seus associados na razão diretamente proporcional ao volume de serviços

que tenham usufruído durante o ano.

Considerando-se esta última possibilidade, numa comparação com as

instituições bancárias, Bialoskorski Neto e Barroso (2012) descrevem-na como

uma forma de a cooperativa de crédito transferir ganhos financeiros para os

usuários. Neste caso, como sendo organizações cooperativas, tal procedimento

representa uma maneira de distribuir resultados de forma capilarizada aos

usuários dos serviços, não concentradamente aos acionistas e investidores

como ocorre nas instituições bancárias.

Rubin, Overstreet Jr., Beling e Rajaratnam (2012) argumentam que

distribuição das sobras aos cooperados é uma das duas razões pelas quais que

as cooperativas de crédito têm conseguido ampliar o mercado de crédito.

Segundo estes autores, a ocorrência de resultados positivos permite à instituição

financeira optar por oferecer taxas reduzidas de empréstimos e maiores taxas

para aplicações aos seus associados, ou se ela preferir, realizar o rateio das

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sobras entre os seus membros, conforme mencionado anteriormente. Além

desta possibilidade, o autor destaca a existência de subsídios sob a forma de

cessão de recursos realizada por empresas privadas, sindicatos ou outras

organizações ligadas à cooperativa, como também a isenção, sob certas

condições, de impostos como um fator que contribui para a melhoria das taxas

de empréstimos e investimentos oferecidos pelas cooperativas de crédito.

Por outro lado, Favalli (2010) comenta que a realidade de uma

cooperativa de crédito se reveste de dificuldades para a sua gestão quando a

atividade do exercício registra perdas, e se agrava quando tais perdas se tornam

recorrentes. Da mesma forma como acontece com as sobras, as perdas também

são de responsabilidade dos associados que serão repartidas proporcionalmente

as suas operações com a instituição naquele período de apuração. Neste caso,

o autor lembra que perdas vultosas ou reiteradas, podem até vir a constituir um

montante superior em relação ao valor do patrimônio líquido da própria

instituição. Numa situação como esta, além de todo o montante referente ao

somatório do valor das cotas dos associados, mais a destinação dos resultados

obtidos durante a vida econômica da entidade pode vir a ser consumido. Neste

caso, os cooperados poderão ser convocados a aportar recursos adicionais, de

acordo com a participação individual nas perdas incorridas.

Outro aspecto com impacto econômico e financeiro sobre as cooperativas

de crédito refere-se à obrigatoriedade estabelecida pelo Artigo 28 da Lei 5.764

de 1971 sobre as cooperativas de crédito para que constituam um Fundo de

Reserva constituído pelo aporte de 10%, no mínimo, das sobras líquidas

apuradas durante o exercício com vistas a reparar perdas e atender ao

desenvolvimento de suas atividades.

Neste sentido, Santos (2010, p. 17) ao realizar uma comparação com as

demais instituições financeiras, destaca que, diferentemente, o Fundo de

Reserva das cooperativas não possui limite máximo de valores. Além disso,

enquanto a Reserva Legal dos bancos pode ser utilizada para aumento do seu

Capital, nas cooperativas este fundo é indivisível e, caso haja liquidação da

instituição, seu saldo é destinado ao erário. Por outro lado, é importante observar

que o Capital das cooperativas de crédito pode ser retirado a qualquer momento,

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e que o mesmo é considerado para fins de apuração do valor do patrimônio de

referência, daí a importância da Reserva Legal para as cooperativas de crédito.

Sobre este elemento, Bialoskorski Neto (1998) destaca que, por ser institucional,

o Fundo de Reserva representa uma fonte de financiamento sem custo.

2.2 Governança corporativa 2.2.1 Introdução

O termo “governança corporativa”, segundo Constantinides, Harris e Stulz

(2003), provém de uma analogia que é realizada entre os governos das cidades,

estados e países com o governo das organizações. Apesar de existirem registros

de analogias iniciais entre votações políticas e de empresas datando das

primeiras empresas ferroviárias da Alemanha (Dunlavy, 1998), tal termo, como o

conhecemos hoje, foi utilizado por Richard Eells em 1960 com o sentido de

“estrutura e funcionamento da política corporativa”.

A exposição dos conceitos atrelados ao tema governança corporativa é

importante para estabelecermos uma limitação na abrangência do seu

significado, como também para construirmos um embasamento conceitual que

nos permita compreender a origem e as características deste problema de ação

coletiva, bastante correlacionado à questão da separação da propriedade e

gestão, e as suas possíveis alternativas de solução para transpor os obstáculos

à obtenção de uma boa governança.

2.2.2 Definições e conceitos

Segundo Berle e Means (1932) a dispersão do capital de controle das

companhias foi uma das mais importantes mudanças geradas pela evolução do

mundo corporativo na primeira metade do século XX. A crescente captação de

recursos por meio da subscrição pública de ações, e a consequente negociação

dos títulos nas bolsas de valores, levaram à pulverização e à despersonalização

da propriedade. Isto fez com que aquela estrutura tradicional das companhias na

qual o papel de dono e proprietário se confundiam na mesma pessoa fosse

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substituída por outra estrutura na qual a propriedade da companhia ficava

apartada da sua gestão. Nesta nova estrutura a atividade de administração

acabou sendo delegada aos profissionais especializados.

Uma das consequências desta segregação foi a constituição de dois

grupos de pessoas, no âmbito da empresa, com interesses distintos e bem

definidos nela. O primeiro grupo é formado pelos acionistas/ proprietários, que

são responsáveis pelo aporte de capital e que desejam maximizar o resultado

financeiro do seu investimento. O segundo grupo é constituído pelos

administradores, que são profissionais especializados responsáveis pela gestão

da empresa, e que detém o controle físico e presencial sobre o processo que,

por sua vez, também possuem os seus interesses pessoais tais como,

remuneração, poder, segurança e reconhecimento profissional.

A questão da agência, um dos aspectos protagonistas da temática de

estudo da governança corporativa, é elemento essencial de uma visão contratual

da firma, como observam Shleifer e Vishny (1997), na linha de estudos

desenvolvidos por Coase (1937), Jensen e Meckling (1976) e Fama e Jensen

(1983).

Segundo Alchian e Demsetz (1972), a estrutura contratual surge como um

meio de aumentar a organização eficiente da equipe de produção, e tais

contratos podem ser celebrados entre clientes, trabalhadores, executivos e

fornecedores de material e capital, cada um deles motivado por seu interesse

particular.

No caso da teoria da agência, ela trata das questões decorrentes das

diversas relações sociais e econômicas na qual um “agente” realiza tarefas em

nome de um “principal”, sendo que os interesses entre estas duas partes não

são necessariamente convergentes.

Na concepção de Jensen e Meckling (1976) a firma é vista como sendo

um nexus de contratos, no qual a relação de agência é representada como um

contrato sob o qual uma ou mais pessoas (principal) empregam outras pessoas

(agente) para desempenhar alguma atividade serviço em nome daqueles

primeiros.

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Em tal situação, ocorre num momento a delegação de determinado poder

ao agente para a tomada de decisão. A partir disso, se ambas as partes forem

maximizadoras de utilidade, então existirá uma boa motivação para acreditar que

o agente nem sempre agirá de acordo com os melhores interesses do principal

(Jensen e Meckling, 1976, p. 5).

Desta divergência de interesses entre gestor e acionistas/ proprietários e

gestores decorrem os chamados problemas de agência que, por sua vez, são

responsáveis pelo surgimento de fricções e ineficiências no ambiente das

empresas. Na verdade, trata-se de um problema de maior abrangência, e que

envolve todo o conjunto de relações contratuais entre aqueles que possuem

interesses na empresa, e que é abordado pela teoria da agência.

Sob o ponto de vista histórico, segundo Favalli (2010), o aparecimento da

questão da agência decorre das diversas relações sociais e econômicas

existentes relacionadas à necessidade de contratação de terceiros para a

produção que foram fortemente impulsionadas a partir do advento da manufatura

e o concomitante movimento de divisão e especialização do trabalho.

Macey e O´Hara, (2003) apontam que tais contratos celebrados entre as

partes são incompletos e que a existência destas imperfeições é a responsável

pela ocorrência dos problemas de agência. Segundo estes autores, tais lacunas

devem ser preenchidas por meio de uma forma de governança corporativa.

Hölmstrom (1979), por sua vez, é mais específico e afirma que tais

contratos são incapazes de prever cenários futuros, o que ensejaria situações

em que as decisões dos agentes, que estão posicionados num patamar de

acesso a maiores e melhores informações, possam optar por condutas, diante

de situações imprevistas por estes contratos, que não resultem na maximização

do retorno para o principal.

Em um dos trabalhos pioneiros realizados sobre teoria da agência, Ross

(1973) informa que o relacionamento de agência é um dos mais velhos e

comuns tipos de interação social. O relacionamento entre o agente e o principal

é o foco da teoria da agência, na qual se assume que o primeiro dispõe de

maiores e melhores informações do que o segundo. Com isso, as ações do

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agente podem afetar os interesses entre as partes, podendo ser dificilmente

controladas pelo principal (Jensen e Meckling, 1976).

De uma forma geral, as pesquisas relacionadas à governança corporativa

das empresas têm a finalidade de detectar problemas e, ao mesmo tempo,

visualizar alternativas de soluções considerando o conjunto das fragilidades que

surgem quando se separa a propriedade das empresas e a sua administração.

O estudo da governança corporativa envolve a identificação de diversos

fatores representativos dos limites à boa governança. Neste sentido, Favalli

(2010, p. 37) identifica e descreve o seguinte pressuposto básico e comum das

visões dos diversos autores: os obstáculos relacionados a um ambiente de falta

de governança se constituem em entraves à eficiência e ao desenvolvimento das

organizações, em relação à consecução de seus objetivos de funcionamento, em

última instância, atinentes ao atendimento dos anseios das “partes

interessadas”.

A existência de informação imperfeita nas relações entre agente e

principal e a incapacidade das partes na elaboração de contratos ex-ante que

atendam ao universo das decisões a serem tomadas ex-post pelos responsáveis

pela administração das entidades demonstram a importância do trânsito da

informação, ou da disponibilidade de informação às partes interessadas, no que

tange às decisões tomadas no âmbito da empresa.

Por sua vez, a caracterização dos problemas de governança relacionados

às questões informacionais é um dos determinantes da necessidade de

estabelecer e promover qualidade de atuação das esferas de controle da alta

gestão pelos proprietários ou outras partes interessadas. No caso dos conselhos

de administração, conselhos fiscais e assembleias gerais, todas estas estruturas

têm função precípua de reaproximar a propriedade e a gestão, melhorando o

nível de informação do proprietário e permitindo o exercício mais eficaz de sua

atribuição de acompanhamento da área executiva (Favalli, 2010).

No entendimento de Fontes Filho, Ventura e Oliveira (2008), duas

questões fundamentais nos problemas de agência são derivadas dessa

diferença nos objetivos entre o agente e o principal; ambas estão relacionadas a

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possibilidades de ação oculta e a informação oculta entre agente e principal.

Nesta situação, a literatura sobre teoria da agência se refere a elas como risco

moral e seleção adversa, respectivamente.

A presença do “risco moral” na relação entre agente e principal é descrita

por Hölmstrom (1979) como sendo situações em que o agente possa agir de

maneira a se afastar da maximização do resultado para o principal. Nelas, o

risco moral está presente quando se observa um ambiente de informação

assimétrica em favor do administrador, podendo ele decidir a favor ou não do

interesse do proprietário ao estar diante de situações que não foram previstas no

contrato realizado entre as partes.

Considerando isto, podemos deduzir que a relação dos dispositivos

contratuais, assim como o seu cumprimento enquadram-se num contexto de

assimetria de informações. Em seu trabalho, Jensen e Meckling (1976) apontam

a constituição de mecanismos pelo principal como forma de conduzir as ações

do agente para a consecução dos seus interesses e, assim, diminuir as

oportunidades de surgimento deste tipo de problema.

Lima (2014) observa que a introdução do conceito de assimetria da

informação na teoria econômica tem sido responsável por uma nova abordagem

sobre o modo pelo qual as chamadas falhas de mercado podem ser enfrentadas

através da utilização de mecanismos externos ao mercado, cujo objetivo final é

alcançar um melhor bem-estar para a coletividade. Segundo Hart (1995), citado

por Lima (2014), uma das consequências mais relevantes da existência de

informação assimétrica, principalmente numa relação contratual, é a presença de

comportamentos oportunistas entre os agentes por parte daqueles que dispõem

de mais informações.

Brickley, Smith e Zimmerman (1997, p. 158) destacam que a seleção

adversa refere-se à tendência de os indivíduos que detêm informações

privilegiadas a respeito de determinada situação obterem algumas vantagens

nas relações de negócios em detrimento de seus parceiros. Segundo

Bialoskorski Neto (1998), a seleção adversa também ocorre devido à existência

de níveis diferentes das informações constantes nos contratos. Assim,

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anteriormente à elaboração do contrato, uma das partes já conta com um nível

privilegiado de informações que lhe permite obter vantagens posteriores sem

que a outra parte possa precaver-se contra essa situação. Sob outro ponto de

vista, Carvalho, Souza, Sicsú, Paula e Studart (2002) descrevem que a seleção

adversa deriva do custo de acesso à informação e consiste no fato de que a

seleção do produto a ser demandado ocorre de forma ineficiente, portanto,

adversa, em função da existência da assimetria de informação entre ofertantes e

demandantes.

Considerando o exposto nos parágrafos anteriores, podemos dizer que a

presença da seleção adversa e do risco moral no ambiente contratual constituem

as principais consequências da presença da assimetria da informação, que

foram desenvolvidas pela teoria da agência. Com base nisto, Bialoskrski Neto

(1998) lembra o problema citado por Grossman e Hart (1983), que se refere à

questão da determinação do nível ótimo da relação entre o agente e o principal

na presença do risco moral, da incerteza, da seleção adversa, ou seja, o nível

ótimo aceitável de risco nesta dependência bilateral, e, consequentemente, os

níveis minimizados de custos de agência associados a essa relação.

2.2.3 Aspectos de governança em cooperativas de crédito

No Brasil, as cooperativas de crédito são instituições, na grande maioria

dos casos, administradas pelos próprios cooperados. Tal fato, sob o ponto de

vista de Soares e Ventura (2008), eliminaria, em tese, os problemas de agência

entre associados e gestores pois, neste caso, o gestor assume,

simultaneamente, o papel de principal e agente.

Na visão de Desrochers e Fischer (2002), a principal causa das falências

em instituições com propriedades difusas e não pertencentes ao mercado

acionário, como é o caso das cooperativas de crédito, decorre dos conflitos

gerados pela separação entre as funções de dirigentes e proprietários. O fato de

a cooperativa ser administrada pelos associados elimina, em tese, os problemas

de agência no que se refere apenas à relação entre proprietários e gestores –

pois esse gestor é, ao mesmo tempo, o principal e o agente. Entretanto, os

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associados podem não ter os mesmos objetivos e interesses e, por isso, cria-se

uma segmentação entre os que conduzem os negócios e os demais associados.

Particularmente, o papel do conselho de definir as estratégias pode ficar

comprometido. Assim, ao ocorrer a delegação das decisões pelo conjunto dos

cooperados, a um grupo eleito de dirigentes, mantém-se, porém de forma

diversa, os problemas clássicos de governança (Soares e Ventura, 2008).

Sob o ponto de vista de Zylbersztajn (1993), o fato de na maioria das

situações os próprios cooperados assumirem as funções de direção dentro da

instituição, não havendo a completa separação entre a propriedade e controle, é

uma evidência da não profissionalização da gestão destas instituições. Ou seja,

a função administrativa relacionada à implementação de projetos e a função de

controle efetuada pela ratificação das decisões tomadas, bem como o seu

monitoramento são normalmente desempenhadas pelos mesmos agentes. Estas

características que regem a coordenação do processo de decisão, transferência

de informações, incentivos e controle interno da organização – processo esse

denominado governança – acabam influenciando de modo particular a gestão

financeira das cooperativas (Lazzarini, Bialoskorski Neto & Chaddad, 1997, p.

258).

Soares e Ventura (2008) levantam a possibilidade de também não existir

uma comunhão de objetivos e interesses entre os grupos de associados dentro

da cooperativa de crédito, o que originaria uma segmentação entre os próprios

cooperados, podendo comprometer a definição das estratégias mais adequadas

pelo conselho de administração para a realização das atividades da instituição.

Nas cooperativas de crédito é esperado um espírito cooperativista pelos

seus membros que, por vezes rivaliza-se com posturas oportunistas dentro do

seu próprio quadro social. Tais situações são resultado da presença de pessoas

que se associam por acreditar nos ideais cooperativos, como também de

pessoas que seguem uma lógica utilitarista e pragmática, associando-se pelo

menor custo de suas operações ou pela dificuldade que têm em conseguir

atender suas necessidades financeiras em outro local (Amess & Howcroft, 2001).

Em razão disso, Soares e Ventura (2008) afirmam que a construção da

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confiança depende do ethos criado na cooperativa, em torno de um espírito

associativo, mas a sua utilização nas estruturas de governança deve considerar

as diferentes razões da adesão a seus quadros.

Com o objetivo de proteger os interesses dos associados das ações

oportunistas dos tomadores de decisão é necessária a presença de mecanismos

para o controle e tomada de decisão. No caso de uma instituição que possui a

propriedade dispersa entre diversos membros, como em uma cooperativa de

crédito, é custoso para todos os associados frequentemente monitorar as

decisões dos administradores (Branch & Baker, 2000). Além disto, a maioria dos

associados carece de conhecimento e informações para supervisionar o trabalho

dos administradores, preferindo assim delegar esta função para os membros do

conselho de administração.

Na visão de Branch e Baker (2000), o problema entre agente e principal é

controlado, na teoria, por meio do equilíbrio entre os processos de tomada de

decisão e os processos de controle. Entretanto, na prática, os problemas de

governança ocorrem frequentemente quando as normas quanto à tomada de

decisão e aos processos de controle não estão claramente, ou adequadamente,

descritas. No caso das cooperativas de crédito, os autores apontam os seguintes

motivos como sendo causadores de falhas nesta questão:

- ausência de claras e adequadas regras separando as funções de

tomada de decisão e controle;

- falta de pessoal qualificado para o exercício das atividades de controle;

- adequação da competitividade gerencial, em relação às outras

instituições financeiras, em termos de remuneração dos seus administradores;

- baixo nível de acompanhamento da performance da cooperativa pelos

associados através da frequência às assembleias gerais ou mesmo dos próprios

membros eleitos do conselho de administração;

- o princípio “uma pessoa um voto”, que faz com que a decisão singular de

um membro da administração não tenha impacto relevante sobre o montante da

participação que possui no capital da cooperativa de crédito.

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O´Hara (1981) também aponta uma fraqueza naquelas organizações que

apresentam a sua estrutura de propriedade diluída. Segundo o autor, o princípio

uma pessoa um voto não oferece incentivo financeiro para o monitoramento da

performance dos administradores da instituição. Considera-se que o benefício

adquirido por esta ação, sendo compartilhado, por exemplo, pelos demais

membros da cooperativa de crédito, introduz custos individuais de

monitoramento para o cooperado que podem suplantar qualquer benefício

individual ou social que ele obtém ao associar-se à cooperativa.

Vale mencionar que o caso do free-rider é um tema comum na economia

das organizações e, segundo Zylbersztajn (2002, p. 5), representa um típico

problema das cooperativas, que ocorre sempre que um agente, que tem o direito

de afetar ou beneficiar-se de uma decisão estratégica, não é afetado

integralmente pelos seus resultados ou, em outras palavras, não pode ser

excluído. O carona surge quando existem problemas de observabilidade e

monitoramento, tornando possível a um agente comportar-se,

oportunisticamente, com respeito ao esforço utilizado na produção (Milgrom &

Roberts, 1992). No entendimento de Soares e Ventura (2008), o efeito carona

conduz à assimetria de poder e também enfraquece a governança da

cooperativa de crédito.

Com relação a este problema, Soares e Ventura (2008) chamam a

atenção para o fato de que o efeito carona pode resultar num precário

sentimento de confiança entre associados e gestores. Por conseguinte, essa

mesma confiança pode levar a uma percepção de menor necessidade de

acompanhamento e fiscalização por parte dos associados, fragilizando um dos

principais mecanismos de controle da organização. Pode, ainda, conduzir a uma

concentração de poder e influência em determinados dirigentes, reduzindo a

capacidade de atuação dos demais membros do conselho de administração e da

diretoria executiva, prejudicando a consolidação de uma boa governança na

instituição.

É importante observar que, diferentemente dos bancos e de outras

empresas que podem e buscam recursos no mercado, as cooperativas de

crédito não dispõem de um mecanismo de monitoramento e disciplina das suas

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atividades, tais como aqueles que são exercidos por entidades externas às

instituições. No caso das cooperativas de crédito, o estabelecimento de uma

regulação e supervisão externa de regras de adequação ao mercado pode

reduzir o problema agente-principal. Tais regras restringiriam as ações dos

administradores a certos limites que proporcionaria proteção aos depositantes,

bem como a viabilidade financeira para a instituição, especialmente no que diz

respeito à influência do grupo tomador de empréstimo na cooperativa de crédito

que pode comprometer os recursos aplicados pelos associados (Branch &

Baker, 2000).

Na visão de Spear (2004), as cooperativas são caracterizadas pelo fraco

controle das suas atividades. Segundo o autor, tal fato é resultado de fatores tais

como a falta de coalizão dos seus cooperados, baixa participação nas atividades

da cooperativa e insuficiente controle por parte do conselho de administração.

Destaca-se, ainda, que o efeito destas deficiências é potencializado pela

ausência de controle externo pelo mercado de controle corporativo e pela

fragilidade da legislação de cada país em relação à proteção dos direitos dos

associados.

Ainda, com relação a questão da ausência de controle externo,

Zylbersztajn (2002) chama a atenção para o fato de que a ausência de membros

externos nas instâncias de tomada de decisão pode criar problemas para os

controles internos, que são levadas em consideração pelo mercado quando a

cooperativa sai em busca de capital. O autor lembra que o sistema cooperativista

não possui uma instância externa como a CVM, que atue como elemento

inspirador da confiança do mercado nas empresas. Segundo o autor, no caso

das cooperativas, a preocupação com governança corporativa é mais importante

do que para empresas de acionistas, posto que ela carece do mecanismo

controlador de mercado para resolver ou mitigar os seus problemas de agência.

A caracterização dos problemas de governança relacionados às questões

informacionais é, segundo Favalli (2010), um dos determinantes da necessidade

de estabelecer e promover a qualidade de atuação dos órgãos de controle da

alta gestão pelos proprietários e partes interessadas. No caso das cooperativas

de crédito, o autor aponta que iniciativas tais como a participação dos seus

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associados, a obtenção de informação de qualidade referente aos assuntos da

instituição e o acompanhamento das atividades dos órgãos responsáveis pelo

seu controle, representados pelo conselho de administração e o conselho fiscal,

conduzem ao aprimoramento da governança nestas instituições.

No entendimento de Zylbersztajn (2002), as cooperativas deveriam

preocupar-se com as informações para o seu público interno, que, em última

instância, representa uma importante fonte de recursos, mesmo que seja sob a

forma de retenções de recursos dos seus associados, em vez do uso do aporte

espontâneo.

A compreensão dos fatores que tornam possíveis a manutenção de uma

instituição organizada sob a forma coletiva é fundamental. Neste sentido, a

questão da governança corporativa merece destaque e, por conseguinte, a

participação dos seus membros nas estruturas de governança constituídas

representam um elemento importante para assegurar a transparência e o

sucesso da governança corporativa de uma cooperativa (Bialoskorki Neto, 2007).

Segundo Fontes Filho, Ventura e Oliveira (2008) os custos de transação,

assim como a possibilidade de seleção adversa e risco moral nas cooperativas

de crédito são menores. Neste sentido, tal fato representa um fator

economicamente positivo às suas atividades. Sob o ponto de vista da gestão,

Amess & Howcroft (2001) destacam que estímulos podem surgir em decorrência

do fortalecimento de aspectos relacionados à participação no controle e

monitoramento da gestão pelos associados, representando uma transposição da

teoria e das estruturas de governança para o caso das cooperativas de crédito.

Neste ponto do trabalho é importante relembrar que as cooperativas

singulares, organizações de primeiro grau, são geridas por um conselho de

administração e, ou, uma diretoria executiva, e fiscalizadas por um conselho

fiscal. Cabe a estes órgãos a missão de implementar as deliberações da

assembleia geral, que é o órgão supremo da entidade, e estabelecer a

governança interna em condições que atendam aos interesses dos associados,

tanto na qualidade de proprietários da entidade quanto de usuários dos serviços

(Fontes Filho, Ventura e Oliveira, 2008).

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A Resolução 3.859 de 2010 (Brasil, 2010), estabelece que seja a

assembleia geral que deva aprovar a política de governança corporativa da

cooperativa de crédito, e o relatório anual é o documento que menciona as

práticas de governança corporativa que estão sendo adotadas pela cooperativa

de crédito ou que serão implementadas no curto prazo.

Na visão de Pagnussatt (2004), a Lei 5.764 de 1971 traduz a relevância

da assembleia geral para a governança das sociedades, ao descrever que:

A assembleia geral dos associados é o órgão supremo da sociedade, dentro dos

limites legais e estatuários, tendo poderes para decidir os negócios relativos ao objetivo

da sociedade e tomar as resoluções convenientes ao desenvolvimento e defesa desta, e

suas deliberações vinculam a todos, ainda que ausentes ou discordantes (p. 105).

Cabe aqui mencionar a opinião do Instituto Brasileiro de Governança

Corporativa (IBGC), a respeito das estruturas de governança da organização.

Segundo este órgão, a boa governança corporativa proporciona aos acionistas

ou cotistas a efetiva monitoração da direção executiva e que, a fim de que

consigam realizar esta tarefa, possuem como ferramentas o conselho de

administração, a auditoria independente e o conselho fiscal.

No caso do conselho de administração, segundo o Cadbury Report

(1992), entre as suas responsabilidades estão incluídas a criação da empresa, o

estabelecimento dos objetivos estratégicos, a constituição de uma liderança, a

supervisão da gestão dos negócios e a emissão de relatórios para os acionistas

em sua administração.

Do ponto de vista da atividade administrativa, Souza Francisco (2014)

descreve que o conselho de administração deve possuir capacidade técnica para

analisar os relatórios contábeis da sociedade, bem como deter conhecimento

prático para adequá-los ao nível de governança corporativa, reduzir conflito de

interesses, exercer uma gestão estratégica e atentar para a integridade

patrimonial dos sócios e da sociedade. No enfoque da teoria da agência, para

executar, eficientemente, o seu papel disciplinar, o conselho deve ser composto,

sobretudo, por membros independentes em relação à equipe dirigente (Fama &

Jensen, 1983; Lipton & Lorsh, 1992; Jensen, 1993).

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Quanto à auditoria independente, Ventura, Fontes Filho e Soares (2009)

relatam que o resultado do exame das demonstrações contábeis que é realizado

na cooperativa de crédito colabora para a formação de adequados níveis de

transparência e credibilidade das informações, e ainda permite comparações

entre diversos períodos, de forma a auxiliar o desempenho individual e também

a comparação com outras cooperativas de crédito.

Por sua vez, o conselho fiscal, de acordo com o art. 56 da Lei n. 5.764 de

1971, tem como função fiscalizar assídua e minuciosamente a administração da

cooperativa, sendo seus membros eleitos em assembleia geral ordinária. De

acordo com Borges, Silva e Corrêa (2009), ele é responsável pela fiscalização

dos atos administrativos da cooperativa por meio dos registros contábeis e

financeiros, livros, documentos e demais instrumentos que contribuam para

acompanhar e controlar a gestão e o patrimônio da cooperativa, garantindo a

transparência e eficiência da administração do empreendimento. Na visão de

Lima (2014), as atividades do conselho fiscal deve abranger todo o

funcionamento da cooperativa de crédito, por isso a sua independência deve ser

total em relação aos gestores a fim de que possa garantir os interesses dos seus

associados.

Neste ponto, consideramos pertinente mencionar a definição de

governança corporativa segundo o IBGC:

Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas,

monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre proprietários,

Conselho de Administração, Diretoria e órgãos de controle. As boas práticas de

governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando

interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da organização, facilitando

seu acesso a recursos e contribuindo para sua longevidade (p. 19).

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Figura 4 – Organograma de governança corporativa

Fonte: Oliveira (2006), citado por Souza Francisco (2014)

A partir do ano de 1990 o tema da governança passou a ocupar lugar de

destaque nos estudos sobre a identificação de um modelo estrutural das

organizações que seria considerado mais adequado no sentido de garantir a

transparência da situação econômico-financeira para acionistas, sociedade e

governo. Tal fato foi motivado após a ocorrência de eventos como as grandes

fusões, incorporações e aquisições, como também a falência de grandes

empresas em razão dos escândalos envolvendo pareceres de auditorias

externas (Andrade & Rossetti, 2006).

Neste sentido, o princípio da transparência define, nas práticas de

governança, o interesse dos gestores em assegurar que os proprietários, no

caso os associados, tenham pleno conhecimento das informações e dos

resultados, de forma a melhorar sua visão e julgamento a respeito das atividades

da cooperativa. De uma forma mais específica, este princípio pressupõe não

apenas informar, mas garantir que as informações sejam as mais efetivas, a fim

de que os interessados possam compreender a real situação da cooperativa.

Destaca-se que o essencial não é a quantidade de informação fornecida, mas a

ênfase que é dada aos pontos controversos ou que exigem atenção. Assim,

considerando estes propósitos, a inclusão de recomendações para a criação de

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canais eficazes de informação e de recebimento de críticas e sugestões

transforma-se em uma necessidade das cooperativas para proporcionarem uma

maior transparência das suas informações (Ventura et al., 2009).

O aperfeiçoamento da abertura das informações pelas cooperativas

assume um papel importante que, na visão de Zylbersztajn (2002), pode permitir

decisões de melhor qualidade para o seu público interno, neste caso os gestores

e demais cooperados. Além disso, possibilita que os analistas do mercado

percebam, com maior clareza, a natureza e as potencialidades das cooperativas,

como também consigam realizar uma melhor avaliação do seu risco, com

reflexos esperados sobre o custo do capital, o que pode facilitar a sua

participação em negócios complexos que envolvam diversos agentes, sendo ou

não cooperativas de crédito.

2.2.4 Conflitos de agência em cooperativas de crédito

O conceito de governança corporativa não se restringe apenas às

estruturas das empresas convencionais que possuem capital aberto e são

listadas em bolsa, tal conceito é aplicável a todas as empresas que buscam uma

relação de transparência e confiança com as partes que mantêm algum

relacionamento (Silva e Leal, 2005). Aliás, no entendimento de Labie e Périlieux

(2008), a governança corporativa tende a ser mais complexa em estruturas

cooperativas quando comparada com as empresas clássicas devido ao seu

princípio democrático de tomada de decisão, e também por causa da sua

estrutura de propriedade ser mais difusa do que as empresas tradicionais.

Ao realizarmos uma revisão da literatura sobre os aspectos relacionados à

presença dos conflitos de agência em cooperativas de crédito, cinco tipos de

situações parecem sumarizar esta questão ligada à governança destas

instituições, das quais as duas primeiras são as mais recorrentes quanto a sua

análise pelos estudiosos deste assunto.

O primeiro delas ocorre quando em uma cooperativa de crédito existe um

desequilíbrio entre a quantidade de associados que possuem empréstimos e

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associados detentores de recursos aplicados em investimentos. Isto faz com que

possam surgir conflitos entre estes grupos decorrentes da presença de risco

moral resultante da influência que cada um destes grupos pode exercer sobre a

administração. No caso das cooperativas de crédito, a ocorrência deste fato é

importante, uma vez que todos os seus associados tem o mesmo direito de

influenciar a administração em razão do princípio “uma pessoa um voto”.

Os associados com perfil poupador priorizam fatores que ajudam a

alcançar a estabilidade da cooperativa de crédito tais como o incremento do

nível profissional dos seus administradores, a obtenção de uma melhor estrutura

administrativa, como também a diminuição dos custos de transação e a busca

por melhores taxas para a remuneração dos depósitos. No caso dos associados

com perfil tomador de recursos, estes procuram se alinhar com condutas que

favoreçam o seus interesses como, por exemplo, o estabelecimento de regras

pouco rigorosas para a análise e concessão das operações de crédito, bem

como a fixação de baixas taxas para os empréstimos e depósitos e maior

tolerância em relação ao nível de inadimplência da carteira de crédito da

cooperativa, Branch e Baker (2000), citado por Lima (2014).

No caso da preponderância dos interesses do grupo com perfil tomador

sobre a administração, a cooperativa tenderá a ser mais flexível com relação às

condições exigidas para a concessão das operações de crédito, bem como para

oferecer taxas menores. Isto poderá comprometer a própria viabilidade da

cooperativa de crédito. A outra possibilidade deste conflito pode resultar em um

domínio por parte do grupo poupador sobre as ações da cooperativa de crédito.

Neste caso, a administração poderá estabelecer condições mais restritivas para

a concessão de crédito, como também estabelecer maiores taxas de juros tanto

para os empréstimos quanto para os investimentos. Segundo Branch e Baker

(2000), citado por Lima (2014), o grupo poupador prioriza a estabilidade da

instituição, a boa remuneração dos depósitos, estão atentos aos custos de

transação e a melhoria da estrutura da cooperativa, assim como a

profissionalização da administração da cooperativa.

Naturalmente, estas duas situações não representam uma condição ótima

de operação para a cooperativa de crédito, neste sentido é conveniente

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mencionar a afirmação de Rock, Otero, Saltzma (1998): “experience has shown

that better governance is achieved in credit unions that have a balance between

net savers and net borrowers” (p. 27).

Smith (1986) aponta que a resolução do conflito entre poupadores e

tomadores pode conduzir a uma variedade de tipos de cooperativas de crédito,

compondo os casos extremos por aquelas com perfil tomador de recursos e

aquelas com perfil poupador de recursos, e outras possuidoras de algum senso

de neutralidade numa posição intermediária. Entretanto, os resultados do seu

trabalho mostraram que embora a existência de variabilidade dos possíveis

objetivos da cooperativa seja interessante sob o ponto de vista teórico, não

existe evidência empírica que possa suportá-la. Segundo o autor, o

estabelecimento de um objetivo neutro é uma possibilidade razoável de

descrição de comportamento por uma cooperativa de crédito.

Com o crescimento do segmento das cooperativas de crédito e,

principalmente, com a introdução a partir de 2003 da possibilidade de livre

admissão de associados, será cada vez mais frequente o surgimento de

conjuntos variados de interesses entre os associados de uma mesma

cooperativa. Nesse sentido, a tomada de decisão pela maioria pode ser origem

para uma série de problemas futuros, tais como desmotivação de um grupo

específico de associados, desinteresse na participação e conflitos entre grupos

(Soares & Ventura, 2008, p. 14).

Em uma situação como esta, Fried, Lovell e Eeckaut (1993) afirmam que

as taxas entre as operações de empréstimos e poupança devem se manter

equilibradas em razão de não existir algum interesse mais importante do que o

outro. Neste caso, a solução que deve ser buscada pelas cooperativas de crédito

é o equilíbrio entre as taxas cobradas e a rentabilidade dos poupadores. Com

relação a isso, Carvalho et al. (2015) explicam que o maior desafio para o

gerenciamento das cooperativas é encontrar este equilíbrio ótimo de taxas, como

também a distribuição ideal de sobras de maneira tal que ambos possibilitem a

manutenção da solidez financeira sem colocar em risco a sua continuidade.

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O segundo, é o caso clássico de conflito entre proprietários e

administradores, que ocorre de forma semelhante como nas empresas privadas.

Autores como Fisher e Desrochers (2002) e Branch e Baker (2000) atribuem a

esta forma de conflito de interesse como sendo a mais importante que as

cooperativas de crédito se deparam. Nesta situação, é colocada a questão da

atuação dos administradores em conformidade com as necessidades e objetivos

estabelecidos para a organização, ou se estão agindo exclusivamente em torno

dos seus interesses pessoais.

O desvio de propósito causado pelo direcionamento das ações da

administração em favor dos interesses dos seus membros podem, segundo

Fisher e Desrochers (2002), ocasionar a diminuição da eficiência da cooperativa

de crédito, ou até mesmo o risco de falência. Para Westley e Branch (2000), a

resolução desse conflito de agência depende da existência prévia de definições

claras a respeito das responsabilidades de cada um dos envolvidos na

administração da cooperativa. Lima (2014) lembra que a análise desse conflito

se justifica porque as decisões dos gerentes em relação à aplicação dos

recursos representam o principal motivo de insucesso das cooperativas de

crédito.

A terceira forma de conflito presente nas cooperativas de crédito também

ocorre entre administradores e associados. Neste caso, os administradores

passam a exercer as suas atividades segundo os interesses de um grupo de

associados que os elegeram. No entendimento de Chao-Béroff et al.(2000), este

é caso clássico de problema de governança vivenciado por estruturas que

possuem características de mutualidade, como é caso das cooperativas de

crédito. Segundo os autores, a sua ocorrência está vinculada à diluição da

estrutura de propriedade da instituição, que acaba por encorajar ações

motivadas por interesse pessoais por parte dos administradores em detrimento

dos demais associados. Para Labie e Périlleux (2008) trata-se de um problema

de comunicação interna ocasionado pela forma como ocorre o fluxo da

informação, fazendo com que determinados grupos de associados consigam

monopolizar o poder dentro da cooperativa.

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A quarta forma de conflito é enfrentada por entidades não lucrativas,

compostas inicialmente por funcionários voluntários, que a partir de um momento

passam a experimentar um crescimento da sua estrutura, atingindo um dado

nível de escala que demanda um maior nível de automação dos seus processos

e, especialmente, de profissionalização do seu pessoal. A contração de

profissionais remunerados pelas cooperativas de crédito, exigida para a

realização de tarefas mais complexas, e com uma diferente visão dos negócios,

faz com que surjam grupos com perspectivas e objetivos distintos dentro da

organização. Ao chegar neste estágio de profissionalização, Branch, Evans,

(1999) afirmam que se torna necessária a separação das funções de controle e

tomada de decisão na cooperativa de crédito, sem a qual, os problemas de

governança poderão prejudicar o desempenho das suas atividades.

Por último, outra forma de conflito de interesses também está relacionada

com o crescimento da cooperativa de crédito. De acordo com Taylor (1972), a

medida que uma cooperativa de crédito cresce, certos conflitos entre os seus

cooperados podem surgir. Os interesses econômicos dos atuais cooperados

podem ser inimigos dos interesses dos potenciais cooperados. Como exemplo, o

autor descreve que um aumento no curto prazo da oferta de recursos, que pode

advir da entrada de novos cooperados, poderá fazer com que as taxas de juros

diminuam. Da mesma forma, um aumento na demanda por empréstimos pelos

novos cooperados pode fazer com que as taxas de juros aumentem. Em

qualquer cenário destes, uma diminuição dos retornos de escala pode ter um

efeito redutor sobre as sobras auferidas pelos cooperados mais antigos,

ocasionando, assim um conflito básico entre antigos e novos cooperados que

acaba por atingir a essência do princípio cooperativo da livre adesão.

Vale observar que as situações apontadas acima não esgotam todas as

possibilidades de conflitos de agência que podem existir em uma cooperativa de

crédito. Todavia, conforme mencionamos no início deste item, representam as

formas mais frequentes que são mencionadas na literatura sobre este tema.

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2.2.5 Comparação entre cooperativas e as demais empresas

A partir de uma perspectiva acadêmica ou de uma base teórica, o

principal incentivo para o estudo das cooperativas de crédito está na sua forma

organizacional única. Ao contrário de outras empresas, e até mesmo de outras

cooperativas, as cooperativas de crédito transacionam com pessoas de ambos

os lados do seu negócio. Na visão de Rubin et al. (2012), não se pode assumir, a

priori, que os mesmos resultados e conclusões presentes na vasta literatura

sobre entidades bancárias e outras empresas sejam igualmente relevantes no

caso das cooperativas de crédito. Segundo o autor, os links conceituais

constantes na literatura das empresas tradicionais e as cooperativas de crédito

existem e são importantes, entretanto as particularidades intrínsecas à natureza

das cooperativas de crédito tornam a sua investigação científica justificável.

Smith (1986) explica que, em geral, quando se realiza uma análise

econômica de empresas, é razoável assumir a unanimidade entre os acionistas

quanto ao estabelecimento dos objetivos da firma que é, tipicamente, maximizar

o valor da empresa, a taxa de retorno das ações ou, de forma mais simples,

maximizar o lucro. No entanto, segundo o autor, uma cooperativa de crédito

representa uma forma de organização na qual esta assunção unânime não é

aplicável. Em um caso como este, os proprietários provém os recursos

principais, por meio dos depósitos (poupadores), e ao mesmo tempo

representam a demanda destes recursos (tomadores). Tal diversidade de

objetivos entre os seus próprios associados constituem um potencial conflito de

interesse a ser administrado pela estrutura de governança da cooperativa de

crédito, diferentemente daquilo que ocorre em outras empresas e demais

instituições financeiras.

Em uma empresa a estrutura de propriedade representa um instrumento

de controle eficaz, à medida que possibilita o alinhamento dos interesses de

dirigentes e proprietários. Na lógica da teoria da agência, uma determinada

concentração do capital e a natureza dos acionistas, isto é, a composição

acionária, juntamente com a participação de dirigentes, constituem mecanismos

de governança capazes de produzir essa convergência de interesses (Correia,

Amaral e Louvet, 2011). No caso das cooperativas de crédito nas quais a

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estrutura de propriedade é difusa e cada cooperado representa apenas um voto,

independentemente da sua participação no capital, e os seus administradores

não recebem participação nas sobras em razão de um melhor desempenho

administrativo, tal mecanismo de governança não é aplicável.

De acordo com Amess e Howcroft (2001), as cooperativas de crédito

possuem vantagens comparativas em relação aos bancos e outras grandes

empresas sob o aspecto da governança decorrentes da existência de laços

comuns proporcionados pelos valores de confiança e cooperação entre os seus

membros. O relativo tamanho pequeno e a construção de vínculos entre os

cooperados têm sido apontados e avaliados como formas de redução dos custos

de transação, promoção da eficiência dos negócios e da administração dos

problemas relacionados à seleção adversa e ao risco moral.

Em teoria, a governança corporativa reduz o problema de agência que

surge quando da separação entre propriedade e controle. Por meio da inserção

de mecanismos de monitoramento dos administradores, a governança

corporativa tende a alinhar os interesses dos administradores com os acionistas.

Bozec, Dia e Bozec (2010) explicam que tal fato, pode levar a uma maior

performance operacional, na medida em que os administradores são obrigados a

investir em projetos que possuam um valor presente líquido positivo. Assim,

aumentos no fluxo de caixa da empresa são traduzidos em um valor maior da

empresa. Levando em conta esta lógica, espera-se que exista uma relação

positiva entre governança, performance e o valor da empresa.

No caso das cooperativas de crédito, tal percepção particular de ganho de

eficiência em razão desta prática de governança não se aplica em razão das

cotas de participação no seu capital social não serem alienáveis tal como as

ações de empresas e demais instituições financeiras. Mesmo assim Lazzarini et

al. (1999, p. 264) citam Fama e Jensen (1985) ao lembrar que no caso de

organizações sem fins lucrativos, a seleção de projetos com valor presente

líquido positivo pode ser considerada como regra de decisão de investimentos

pela simples necessidade de sobrevivência face à competição com outras

organizações, visem elas o lucro ou não.

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Vale citar a observação realizada por Zylbersztajn (2002, p. 13) ao

lembrar que o gestor profissional da cooperativa não tem sobre si a mesma

pressão exercida sobre o gestor de uma empresa por ações quando são

efetivadas perdas no valor das ações decorrentes da interpretação do mercado

como havendo uma administração ineficiente daquela empresa. A falta desse

mecanismo implica que a cooperativa necessita aperfeiçoar outras formas para

realizar o ajuste fino das suas informações gerenciais.

Em se tratando de negociação de ações de empresas, vale lembrar que

foram criados os níveis diferenciados de governança corporativa (Novo Mercado,

Nível 1, Nível 2) no mercado brasileiro, com o intuito de melhorar as práticas de

governança que possuem como objetivos, a redução da assimetria informacional

e do risco dos investidores por possibilitar um maior e melhor acesso às

informações (BM&FBOVESPA, 2015).

Considerando-se o fato de as cooperativas de crédito apresentarem um

tamanho reduzido e as suas atividades ficarem limitadas a uma determinada

região geográfica e, por algumas vezes, possuírem a sede no próprio local de

trabalho dos seus membros focando nas necessidades dos indivíduos e da

comunidade local, faz, segundo Hansmann (1996), com que as cooperativas de

crédito operem no verdadeiro espírito de instituições associativas. Aliado à

existência de um monitoramento horizontal, pressão de outros associados e

possíveis sanções por parte do empregador, acabam por criar um mecanismo

efetivo de monitoramento para reduzir o problema de seleção adversa e o risco

moral.

Por outro lado, este autor descreve que estes mesmos laços comuns

também podem se constituir em fatores limitadores da evolução destas

sociedades, comparativamente com outras organizações nas quais não existem

tais laços, impedindo-as de explorar economias de escala, como também de

crescer além dos limites informais considerados ótimos.

Diferentemente das empresas e demais instituições financeiras, as

cooperativas de crédito são entidades associativas, ou seja, os seus associados

podem se associar livremente e também possuem direito de voto nas

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assembleias gerais ordinárias. Num trabalho voltado para as cooperativas

agropecuárias, mas que entendemos ser aplicável também ao caso das

cooperativas de crédito, Bialoskorski Neto (2007) explica que, quando

submetidas a um processo de crescimento, poderá ocorrer um afastamento da

gestão da cooperativa do seu quadro social. Em um caso como este, na qual a

participação dos cooperados vai diminuindo à medida que o número de

associados aumenta, não só em função da maior divisão de poder de decisão,

como também em função da maior dispersão geográfica do quadro associativo,

faz com que o custo de oportunidade de participação se torne mais oneroso para

o cooperado. Tal fato, segundo o autor, pode levar a um aumento na assimetria

de informações e a um acirramento dos conflitos de agência, demandando maior

atenção por parte das estruturas de governança das cooperativas de crédito.

Numa visão macroeconômica, a abordagem da governança corporativa

por parte das cooperativas de crédito também pode ir além da esfera dos seus

cooperados e passar a ser considerada uma questão de políticas públicas

conforme observa Fontes Filho et al, (2008). Neste caso, os autores lembram

que as cooperativas também são instituições integrantes do sistema financeiro,

que está sujeito ao risco sistêmico. Assim, o risco de quebra de uma instituição

poderá contaminar o restante do sistema prejudicando outras instituições,

potencializando os seus efeitos e causando efeitos nocivos à economia do país.

2.2.6 Mecanismos e práticas

A aplicação da prática da governança corporativa, segundo Souza

Francisco (2014, p. 39), visa obter transparência da administração, melhorar o

desenvolvimento dos negócios, melhorar a competitividade das operações, atuar

com a autogestão de forma ordenada e adequada, objetivar melhores resultados

econômico-financeiros e obter melhoria da qualidade dos produtos e serviços.

Neste sentido, enquanto os princípios possuem o caráter de diretrizes a

serem observadas na estruturação de um sistema de governança corporativa, os

mecanismos e práticas são recomendações objetivas de ações que visam

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harmonizar a relação entre gestores e acionistas ou, em um sentido mais amplo,

entre todas as partes interessadas no desempenho da firma (Alves, 2010, p. 28).

Ventura et al. (2009) descrevem que a governança corporativa trata do

governo estratégico da empresa, da articulação e da distribuição do poder entre

as partes com direitos de propriedade e os responsáveis pela sua gestão. Desta

forma, não fica limitada às questões de verificação de procedimentos contábeis,

à auditorias ou à remuneração dos gestores, mas aborda o efetivo exercício da

propriedade. No caso das corporações, a governança corporativa se direciona

para questões que envolvem as relações entre os controladores, acionistas

minoritários, gestores, mercado de capitais e financiadores em geral, assim

como entre os diversos grupos que possam ser influenciados pela ação da

empresa (stakeholders)3, tais como empregados, clientes, fornecedores, órgãos

reguladores e sociedade.

De acordo com a Organização para a Cooperação para o

Desenvolvimento Econômico (OCDE, 2004, p. 13), não existe uma forma única

de governo das sociedades que pode ser considerada como sendo boa. Mesmo

diante deste fato, o trabalho realizado por esta entidade, em diversos países,

permitiu a identificação de alguns elementos comuns subjacentes a um bom

governo das sociedades. De uma forma geral e resumida, podemos dizer que o

enquadramento do governo das sociedades deve ser capaz de:

- promover mercados transparentes e eficientes, estar em conformidade

com o princípio do primado do direito, bem como articular claramente a divisão

de responsabilidades entre as diferentes autoridades de supervisão, autoridades

reguladoras e autoridades dedicadas à aplicação das leis;

- proteger e facilitar o exercício dos direitos dos acionistas;

- assegurar o tratamento equitativo de todos os acionistas, incluindo

acionistas minoritários e acionistas estrangeiros. Neste caso, todos os acionistas

devem ter a oportunidade de obter reparação efetiva por violação dos seus

3 Neste caso, referimo-nos a todas as partes interessadas em acompanhar e fiscalizar as atividades da

organização. Vale observar que o conceito original de stakeholder é desenvolvido por Freeman (1984).

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direitos. No caso das cooperativas, subentende-se que os acionistas são

representados pelos próprios cooperados;

- acautelar os direitos legalmente consagrados, ou estabelecidos através

de acordos mútuos, de outros sujeitos com interesses relevantes na empresa e

encorajar uma cooperação ativa entre as sociedades e esses sujeitos na criação

de riqueza, e de emprego e na manutenção sustentável de empresas

financeiramente saudáveis;

- assegurar a divulgação tempestiva e objetiva de todas as informações

relevantes relativas à sociedade, especialmente no que diz respeito à situação

financeira, desempenho, participações sociais e ao governo da empresa;

- assegurar a gestão estratégica da empresa e, ao mesmo tempo realizar

um acompanhamento e fiscalização eficazes da gestão por meio do órgão de

administração, como também a devida responsabilização do próprio órgão

perante a empresa e os seus acionistas.

Os valores morais e éticos também passaram a ser incorporados ao

ambiente corporativo após a ocorrência de diversos escândalos financeiros nos

Estados Unidos. Tal fato, na visão de Andrade e Rossetti (2006), acabou

transformando “a boa governança corporativa e as práticas éticas do negócio”

em leis. A partir da Lei Sarbanes-Oxley4, no ano de 2002, conceitos como a

transparência, justiça e responsabilidade agora são metas a serem alcançadas

pelas organizações que desejam transmitir uma imagem de maior confiabilidade

e, com isso, uma permanência mais longa no mercado.

Em razão disso, e baseado nos preceitos da Lei Sarbanes-Oxley, Andrade

e Rossetti (2006) explicam que as ações dos gestores da empresa devem estar

fundamentadas nos quatro princípios elencados a seguir: - compliance: os administradores da organização devem estar em

conformidade legal, atuar segundo um código de ética e zelo, como também

primar pela visão de longo prazo e sustentabilidade da empresa, especialmente 4 A Lei Sarbanes-Oxley foi aprovada em julho de 2002 pelo congresso dos Estados Unidos em razão dos escândalos surgidos em empresas norte americanas e que, segundo Andrade e Rossetti (2004), “reescreveu literalmente, as regras para a governança corporativa”.

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quando tiver que lidar com assuntos de ordem societária e ambiental durante a

realização das suas atividades na organização; - disclosure: significa a transparência nos atos e fatos praticados pelos

membros do conselho de administração, no que se refere a uma boa

comunicação interna e externa, bem como a adoção de ações que poderão

inspirar confiança por parte de terceiros; - accountability: os executivos, além da obrigação de prestarem contas

referentes aos seus atos administrativos, devem também responder

integralmente pelas decisões e ações que praticaram durante o cumprimento

dos seus mandatos; - fairness: significa senso de justiça. Por meio dela, pretende-se que

todos os investidores, sejam eles acionistas ou demais interessados na

organização, tenham um tratamento justo e igual, a fim de que não seja

permitida a ocorrência de qualquer forma de conduta ou política discriminatória.

De acordo com Ventura et al. (2009), a estrutura de governança é

representada pela capacidade de organização dos proprietários para realizarem

a deliberação a respeito dos melhores objetivos para a exploração conjunta da

empresa e para acompanhar os trabalhos dos executivos, decidindo

posteriormente sobre a distribuição ou reinvestimento dos resultados financeiros

obtidos com a sua atividade. A definição de boas práticas de governança,

orientadas para regular as relações entre os proprietários, destes com os

gestores, e da empresa com outros financiadores e grupos de interesse, visam

reduzir custos e outros problemas decorrentes da separação da propriedade–

gestão da dispersão da sociedade.

Dentre as principais práticas constantes da maioria dos códigos de

governança, na visão de Silveira (2004), estão a necessidade de uma

participação ativa e independente do conselho de administração, o fornecimento

de informações precisas e transparentes para o mercado e a igualdade de

direitos entre todos os acionistas.

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Para O´Shea (2005), citado por Alves (2010), os seguintes tópicos são

objeto de recomendação na maioria dos códigos de governança corporativa:

- composição do conselho de administração entre executivos e não-

executivos ou entre membros independentes e membros não-independentes;

- divisão clara de responsabilidades entre o presidente da empresa e o

presidente do conselho de administração;

- necessidade de manter o conselho de administração informado com

dados oportunos e de qualidade;

- processo formal e transparente para indicação de novos diretores;

- transparência e tempestividade na divulgação de informações;

- manutenção de um sistema de controles internos confiável.

O conselho de administração tem um papel fundamental na governança

corporativa das empresas. Na visão de Silveira (2004), ele representa o principal

mecanismo interno para diminuição dos custos de agência entre acionistas e

gestores, e entre acionistas majoritários e minoritários. No caso das cooperativas

de crédito, ele é constituído por indivíduos, escolhidos nas assembleias gerais,

cabendo a este órgão a responsabilidade pela definição dos objetivos

estratégicos da organização, no interesse dos associados, monitorando a ação

dos administradores com vistas ao alcance do alinhamento de interesses dos

grupos dispersos de cooperados.

A separação dos conselheiros que possuem funções estratégicas, e dos

administradores com funções executivas, sendo estes últimos subordinados aos

primeiros, é considerada uma das mais importantes práticas para a boa

governança segundo Ventura et al. (2009). Estes autores lembram que os

conselheiros representam os interesses diretos dos proprietários e, aos

executivos cabem, com essa separação, empreender o máximo de esforço para

alcançar os resultados esperados pelos proprietários e financiadores, articulados

e acompanhados pelo conselho de administração.

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Em alinhamento com este entendimento estão os trabalhos realizados por

Fama e Jensen (1983) e Hermalin e Weisbach (2003) para os quais a presença

de uma proporção maior de conselheiros independentes, além de constituir uma

boa prática de governança, possibilita alcançar um melhor acompanhamento das

atividades dos administradores, como também de obter uma maior eficácia da

administração da organização.

Este mesmo ponto de vista, vinculado a uma gestão mais eficaz e

associada à independência do conselho de administração, também é

compartilhada por Morck e Nakamura (1999). Com efeito, Weisbach (1988)

afirma que administradores com performance considerada aquém das

expectativas desejada pela organização estão mais suscetíveis de serem

substituídos em organizações nas quais o conselho de administração possui

maior independência.

Com relação à questão referente ao desempenho dos executivos, Fama

(1980) argumenta que a existência de um mercado ativo de trabalho de

executivos funciona como instrumento de motivação para a melhoria do

desempenho dos administradores. Em sua visão, isto ajuda a construir valores e

atitudes por parte de profissionais executivos que, juntamente com a presença

de elementos como educação e treinamento, acabarão por si mesmos,

demandando uma maior adesão às práticas de governança corporativa que, em

última análise, convergirão para padrões similares de governança entre

organizações não lucrativas e também nas empresas dos setores convencionais.

Por outro lado, de acordo com Khanchel (2007), a questão da separação

dos cargos de presidente do conselho de administração e o de executivo tem

sido objeto de controversas. Neste sentido, vale citar que alguns estudos

realizados, como por exemplo por Brickley, Coles e Jarrell (1997) não

encontraram evidências da obtenção de um melhor desempenho em

organizações que implementaram a separação destes cargos.

Numa outra dimensão da governança, a participação dos associados na

cooperativa de crédito representa condição fundamental para a sua plena

existência e para o cumprimento da sua missão. Através de mecanismos tais

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como a oferta de canais de fornecimento de informações aos associados,

alternativos e complementares às assembleias, e a criação de meios para

recebimento de sugestões e de reclamações são vistos como instrumentos que

permitem ao cooperado desenvolver o senso de pertencimento, de propriedade

e de capacidade de influenciar os rumos da entidade. A fraca participação é um

dos fatores que contribui para fragilizar os sistemas internos de controle e de

monitoramento da cooperativa, favorecendo o efeito carona, a ocorrência de

ações oportunistas e a assimetria de informações (Ventura et al., 2009, p. 98)

Em um estudo aplicado às cooperativas agropecuárias, mas que

entendemos ser também aplicável às cooperativas de crédito, Bialoskorki Neto

(2007) descreve que uma maior participação dos associados é uma condição

para se alcançar um melhor desempenho das cooperativas. Porém, o autor

observa que ela poderá não ocorrer na realidade, haja vista que a participação

nas assembleias gerais está negativamente correlacionada com o desempenho

econômico da instituição, nível de oferta dos serviços, benefícios imediatos e a

participação em comitês educativos, o que é considerado um problema.

Na visão de Fontes Filho, Marucci e Oliveira (2008), a participação

representa, juntamente com outros elementos, tais como a presença de um

conselho de administração, as práticas de transparência e prestação de contas,

e a organização sistêmica, um dos pilares básicos da governança dessas

organizações. A participação no processo de convocação, realização e decisões

das assembleias é um dos elementos fundamentais que confere legitimidade aos

processos de controle interno desencadeados pelos mecanismos de governança

da cooperativa de crédito. Nesse sentido, os autores orientam que as

cooperativas devem realizar esforços para assegurar a efetiva participação dos

seus associados nas assembleias, bem como garantir a representatividade dos

diversos grupos de interesse que compõem o seu quadro social; como também,

desenvolver atividades práticas de conscientização do espírito cooperativista

com o objetivo de melhor adequar o comportamento dos participantes ao

universo das cooperativas de crédito.

Neste mesmo sentido Souza Francisco (2014) aponta que atitudes como

a transparência e a prestação de contas são bem aceitas pela governança

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corporativa pelo fato de ser facultado o direito de participação ao associado na

administração da cooperativa, assim como a acessibilidade às informações. Da

mesma forma, ações tais como a participação e a representatividade dos

associados nas deliberações sociais, gestão estratégica dos administradores,

procedimentos de apoio à fiscalização e controle das operações, utilização dos

preceitos de segregação de responsabilidades e de funções, prestação de

contas, transparência, equidade, ética e postura de criação da educação

cooperativista são consideradas práticas de boa governança.

Vale observar que o trânsito adequado da informação, segundo Favalli

(2010), constitui um dos pressupostos principais a serem avaliados pelas

diretrizes de boa governança em cooperativas de crédito. Na visão deste autor,

as cooperativas de crédito apresentam uma especificidade em relação à

participação ativa do cooperado, quanto às demais instituições financeiras, na

fiscalização das decisões que estão sendo tomadas pelos administradores, uma

vez que o associado pode responder pessoalmente pelos prejuízos que,

porventura, possam ocorrer no desempenho das atividades operacionais

decorrente das ações dos gestores.

Quanto à presença de comitê de auditoria nas cooperativas de crédito, as

pesquisas realizadas por Bédard, Chtourou e Courteau (2004) indicaram que em

razão dos seus membros terem que lidar com o manuseio de informações

financeiras e também com a supervisão do sistema de controle interno, é

recomendável que exista pelo menos um componente do comitê com expertise

para lidar com tais assuntos, a fim de que se perceba uma melhora da

governança da cooperativa. Este mesmo ganho de qualidade da governança

também foi observado pelos trabalhos de Sharma (2011) quando se verificava a

presença de um comitê de auditoria na estrutura de governança da organização.

A diminuição da probabilidade de ocorrência de gerenciamento de resultados por

parte dos administradores foi uma das consequências observadas pelo estudo

realizado por Klein (2012) quando existe um comitê de auditoria atuante na

cooperativa de crédito.

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2.3 Desempenho: conceitos e indicadores

Diversas pesquisas tem se debruçado em identificar uma relação empírica

entre governança corporativa e desempenho. Sob o ponto de vista de Ferreira,

Santos, Lopes, Nazareth e Fonseca (2013), o que se busca demonstrar é que

não há outros fatores mais importantes para justificar a adoção de uma estrutura

de governança corporativa do que demonstrar que transparência, equidade,

prestação de contas e responsabilidade social têm relação positiva com os

resultados financeiros da empresa. Considerando-se esta visão, os trabalhos

realizados por Silveira (2004), Silva (2004), Leal (2004) e Srour (2007)

apresentam revisões de várias pesquisas empíricas que tem como objetivo

principal estabelecer uma relação entre os mecanismos de governança

corporativa e desempenho.

Apesar destes exemplos, observa-se que poucos trabalhos voltados para

o estudo desta relação têm sido desenvolvidos no segmento de instituições

financeiras tais como as cooperativas de crédito. Ou seja, a questão referente ao

impacto da adoção de práticas de governança corporativa sobre o desempenho

destas instituições ainda é pouco abordada no ambiente acadêmico.

Lazzarini et al. (1999) explica que as cooperativas possuem ineficiências

organizacionais presentes em sua estrutura, e que tais ineficiências são de

caráter teórico e ainda não foram definitivamente confirmadas por estudos

empíricos. Tal fato ganha relevância quando se observa a expansão ocorrida no

mercado de crédito ocorrida nos últimos ano no Brasil que faz com que as

cooperativas de crédito tenham que monitorar os seus indicadores de

desempenho. Neste sentido, Araújo e Silva (2011) apontam, dentre outros

fatores que, em face de um sistema financeiro competitivo, as cooperativas de

crédito despontam como uma alternativa para oferecer vantagens aos

cooperados.

A avaliação de desempenho torna-se importante por interessar

diretamente aos acionistas, aos credores e aos administradores do próprio

negócio em análise (Gitman, 2010). No ambiente das cooperativas de crédito,

podemos considerar que os acionistas sejam os seus cooperados, que estão

interessados nos níveis de risco e retorno que a entidade está posicionada.

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Neste sentido, para Nascimento, Bortoluzzi, Dutra e Ensslin (2011), “a

avaliação de desempenho passou a ter relevância como um instrumento para a

gestão das organizações diante do ambiente de competitividade que as

empresas estão inseridas” (p. 374).

A literatura acadêmica destaca exaustivamente o papel e a importância

das medidas de desempenho, que acabam por focar as pessoas e os recursos

na direção desejada. De acordo com Kaplan e Norton (1993) o desenvolvimento

e a aplicação de um conjunto cada vez mais equilibrado de medidas propiciam o

melhor uso das medidas já existentes e que, ao ampliarem os sistemas de

mensuração, provocam a melhoria do desempenho da organização.

Segundo Neely (1995), a análise e a mensuração de desempenho são

atividades que fazem parte de um mesmo processo. Neste caso, o desempenho

é o resultado de uma ação, e a mensuração é definida como sendo o

procedimento de quantificação. Para isto, Mintzberg (1973) observa que os

resultados da mensuração induzem ações, mesmo ela sendo considerada como

um processo de quantificação. Entretanto, para que se possa falar no surgimento

de uma estratégia que seja, posteriormente, colocada em prática pela instituição

é necessário que as suas ações e decisões sejam consistentes e associáveis a

um determinado padrão.

A existência de medidas de desempenho auxilia o administrador a

controlar a eficiência dos sistemas que estão sob a sua responsabilidade (Pace,

Basso & Silva, 2003, p. 39). No entendimento de Kaplan (1983), a compreensão

destes sistemas está intimamente ligada à forma como eles se desenvolveram e

evoluíram, sendo, por vezes, difícil justificar o surgimento deste processo por

uma determinada ação ou por um fator exclusivo. Nestes casos, explica-se que a

organização é conduzida para uma dada direção em função de um conjunto de

forças e fatores.

Na visão de Gitman (2010), citado por Diel, Diel e Silva (2013), a

avaliação de desempenho torna-se importante por interessar diretamente aos

acionistas, aos credores e aos administradores do próprio negócio que está

sendo avaliado. No caso das cooperativas de crédito, os associados se

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equivalem aos acionistas das empresas naquilo que diz respeito ao interesse

pelas informações sobre os níveis de risco e retorno da instituição da qual são

proprietários. Ainda, sobre a importância da avaliação de desempenho,

Nascimento et al. (2011, p. 374) apontam que a “avaliação de desempenho se

tornou um instrumento fundamental na gestão das organizações ante o ambiente

de competitividade dinâmica no qual as empresas estão inseridas”.

Considerando-se a relação entre desempenho e a presença de estruturas

de governança corporativa mais evoluídas nas organizações, Penha (2013)

destaca que as práticas de governança corporativa, o desempenho operacional

das empresas e a informação contábil possuem uma relação íntima e importante

dentro desse contexto para todos os interessados na organização.

Assaf Neto e Lima (2011), lembram que para medir o desempenho

empresarial, é necessária a busca de dados disponíveis nas demonstrações

financeiras. Tais dados são fundamentais para a avaliação do desempenho

econômico-financeiro da instituição em um determinado período, haja vista que

eles possibilitam o diagnóstico da atual situação da organização, como também

permitem a realização de previsão de cenários futuros. De forma semelhante, o

CPC 00 (2011) menciona que as demonstrações contábeis são preparadas e

apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas finalidades

distintas e necessidades diversas, na qual os valores monetários absolutos

permitem a comparabilidade histórica da evolução dos índices e a possibilidade

de projeção de resultados.

Quanto à importância do uso de indicadores para análise de empresas,

Iudícibus (2010, p. 92) aponta que “a técnica de análise financeira por

quocientes é um dos mais importantes desenvolvimentos da Contabilidade”. De

forma complementar, Brigham e Ehrhardt (2006), citados por Penha (2013),

descrevem que o uso de indicadores possibilita a comparação entre as

empresas, e que tal forma de análise não seria possível com a utilização dos

valores absolutos presentes nas demonstrações contábeis.

Para Bressan, Braga, Bressan e Resende Filho (2011, p. 115) as

demonstrações contábeis objetivam apresentar informações que viabilizem a

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compreensão dos fatos ocorridos nas entidades e possam, assim, auxiliar a

tomada de decisões dos agentes econômicos. De acordo com Hendriksen e

Breda (1999, p. 97), “para que os dados contábeis sejam relevantes para a

tomada de decisões por investidores, eles devem servir de insumo para os

modelos de tomada de decisão”. Nesse sentido, lembram os autores que,

segundo Watts e Zimmerman (1986), os indicadores contábeis financeiros são

importantes fontes de insumos para análises de insolvência e falência.

Sob o ponto de vista da ciência contábil, vale citar a afirmação de Watts e

Zimmerman (1986) e Mário e Aquino (2004), mencionados por Bressan et al.

(2011), a respeito do papel principal desempenhado pela Contabilidade, que é

“acumular e comunicar informações essenciais à compreensão das atividades de

um empreendimento” (American Accounting Association, 1957, p. 1).

Neste trabalho assumiremos o pensamento de Venkatraman e

Ramanujam (1987) que, segundo os quais, a avaliação do desempenho de uma

empresa, que é realizada nos trabalhos acadêmicos, deve ser justificada pela

presença de mais de uma variável. Para os referidos autores, não está claro se

as variáveis advindas das demonstrações contábeis e financeiras, dos valores

de mercado ou ainda outras medidas subjetivas de performance são apenas três

métodos distintos de se operacionalizar o construto desempenho, ou se esses

métodos representam dimensões distintas da performance da mesma empresa.

Por conseguinte, tais autores entendem que o construto desempenho seja

multidimensional (Lameira, V. J., Ness Junior, W. L., Motta, L. F. J. & Klotze, M.

C., 2008).

Em seu trabalho, Bressan et al. (2011) lembra a análise realizada por

Vasconcelos (2006) sobre os principais modelos de rating e de análise

econômico-financeira que são utilizados pelo sistema cooperativista de crédito,

representados por: PEARLS, Alerta Temprana, indicadores e sinalizadores

desenvolvidos pelo analista João Batista Brito do BACEN, sistema de análise do

Sicredi (SAS), sistema de classificação de risco do Unicred, monitoramento on-

line da Cecremge e Programa de Análise Financeira e de Risco do Sicoob -

PROAF. Ao final desta análise, Vasconcelos (2006) sugere que deva ser

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utilizado o sistema PEARLS, adotado pelo WOCCU, mediante a realização das

devidas adaptações.

O sistema PEARLS foi criado pelo World Council of Credit Unions

(WOCCU) e vem sendo utilizado como ferramenta de monitoramento da

performance das cooperativas de crédito desde 1990. Este sistema constitui o

resultado da tentativa de adaptação do U.S.CAMEL para o ambiente das

cooperativas de crédito. Segundo Richardson (2002), este sistema de avaliação

das cooperativas de crédito foi criado com os seguintes propósitos:

- representar uma ferramenta de gerenciamento para estas instituições;

- padronizar indicadores com o objetivo de permitir a realização de

comparações entre elas;

- permitir a criação de rankings de cooperativas de crédito por meio de um

critério objetivo, eliminando a diversidade de informações;

- facilitar o controle das cooperativas pelos órgãos de supervisão.

De acordo com Bressan et al. (2011), o principal objetivo do sistema

PEARLS é propiciar o monitoramento da performance de cooperativas de crédito

singulares, auxiliando os seus administradores a encontrar soluções para as

deficiências dessas instituições. Além disso, o sistema PEARLS permite detectar

quando uma cooperativa possui uma estrutura de capital fraca e também

identifica as causas do problema. Em essência, o PEARLS seria um “sistema de

aviso-prévio” que gera informações úteis para o gerenciamento financeiro de

cooperativas de crédito (Vasconcelos, 2006).

Apesar de ser um sistema primariamente desenvolvido para o

gerenciamento de instituições financeiras, o PEARLS também pode ser utilizado

como ferramenta de supervisão pelos órgãos reguladores, uma vez que ele

permite a comparação dos seus resultados entre as cooperativas. Em termos

práticos, a sua utilização tem sido realizada pelas cooperativas de crédito e

sistemas de federações de cooperativas que participam dos programas de

cooperação técnica do WOCCU. Com relação a isto, vale a pena mencionar que

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tal organização internacional possui, atualmente, 108 membros espalhados em

89 países dos 5 continentes, inclusive o Brasil (WOCCU, 2014).

O sistema PEARLS é formado por diversos indicadores, no qual cada um

deles é constituído por informações presentes nas contas do Plano Contábil das

Instituições Financeiras do SFN – COSIF. O termo PEARLS, em si, é um

acrônimo da conjunção das letras iniciais das áreas-chave operacionais que são

submetidas à avaliação, neste caso são: Protection (proteção); Effective financial

structure (estrutura financeira efetiva); Assets quality (qualidade dos ativos);

Rates of return and costs (taxas de retorno e custos); Liquidity (liquidez); Signs

of growth (sinais de crescimento) (Richardson, 2002).

Reproduzimos, a seguir, as informações extraídas do trabalho realizado

por Bressan, Braga, Bressan e Resende Filho (2010), referente aos princípios e

conceitos incorporados pelo sistema PEARLS que, por sua vez, foram traduzidos

por Vasconcelos (2006, p. 12-17), a partir do manual da WOCCU (Richardson,

2002):

Protection (Proteção),

“A adequada proteção de ativos é a doutrina básica do novo modelo de cooperativa de crédito. A proteção é medida: i) comparando a adequação da provisão para perdas com créditos contra o montante de créditos vencidos; e ii) comparando as provisões para perdas em investimentos com o valor total de investimentos não regulamentados. A proteção contra perdas com créditos é julgada adequada se a cooperativa de crédito tem suficientes provisões para cobrir 100% de todos os créditos vencidos há mais de 12 meses e 35% de todos os créditos vencidos entre 1 e 12 meses.(...)

The World Council of Credit Unions Inc. promove o princípio de que a provisão para perdas de crédito é a primeira linha de defesa contra créditos em situação normal. O sistema PEARLS avalia a adequação da proteção proporcionada pela cooperativa de crédito comparando a provisão para perdas de crédito com os créditos vencidos. Effective financial structure (Efetiva Estrutura Financeira),

“A estrutura financeira da cooperativa de crédito é o mais importante fator na determinação do potencial de crescimento, capacidade de resultados e força financeira total.

O sistema PEARLS avalia ativos, exigibilidades e capital, e recomenda uma estrutura “ideal” para as cooperativas de crédito (...)

As cooperativas de crédito são encorajadas a maximizar ativos geradores de renda como uma forma de alcançar sobras suficientes. Já a carteira de crédito é o mais lucrativo ativo da cooperativa. The World Council of Credit Unions, Inc. recomenda manter 70-80% do total de ativos em carteira de crédito. Excesso de liquidez é

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desencorajado porque as margens sobre os investimentos líquidos (p.ex. contas de poupança) são significativamente menores que os ganhos obtidos na carteira de crédito. Ativos não-lucrativos são desencorajados porque uma vez adquiridos, são frequentemente de difícil realização. A única maneira efetiva de manter o equilíbrio ideal entre ativos geradores de não geradores de renda é incrementar o volume de ativos geradores de renda (...)

Uma alta percentagem de depósitos de poupança indica que a cooperativa de crédito desenvolveu programas efetivos de marketing e está bem no caminho de alcançar independência financeira”.

Assets quality (Qualidade dos Ativos),

“Ativos não-produtivos ou não-lucrativos são aqueles que não geram renda.

Um excesso de ativos não-lucrativos afeta as receitas das cooperativas de crédito de maneira negativa. Os seguintes indicadores são usados para identificar o impacto dos ativos não lucrativos: créditos em atraso; porcentagem de ativos não-lucrativos; financiamento de ativos não-lucrativos (...)

De todos os indicadores do PEARLS, o índice de crédito em atraso é a medida mais importante de fraqueza institucional. (...) A meta ideal é manter o índice de atraso abaixo de 5% do total dos créditos a receber.

Um segundo indicador-chave é a porcentagem de ativos não-lucrativos detidos pela cooperativa de crédito. (...) A meta é limitar os ativos não-lucrativos a um máximo de 5% do total dos ativos da cooperativa (...)

(...) Tradicionalmente, as cooperativas de crédito usam o capital social para financiar a aquisição de ativos fixos. Sob o modelo do WOCCU, o objetivo é financiar 100% de todos os ativos não-lucrativos com o capital institucional da cooperativa de crédito, ou com outros passivos que não tem custo financeiro explícito”.

Rates of return and costs (Taxas de retorno e custos),

“O sistema PEARLS segrega todos os componentes essenciais das rendas

líquidas para auxiliar no gerenciamento dos rendimentos dos investimentos e na avaliação das despesas operacionais. Desta maneira, PEARLS demonstra seu valor como uma ferramenta de gerenciamento. Diferentemente de outros sistemas que calculam rendimentos em base de ativos médios, o sistema PEARLS calcula rendimentos em base de investimentos reais ótimos (...)

Também permite que as cooperativas de crédito sejam classificadas segundo os melhores e piores rendimentos. Comparando a estrutura financeira com os rendimentos, é possível determinar quão eficazmente a cooperativa de crédito pode colocar seus recursos produtivos em investimentos que produzem rendimento mais elevados.

Liquidity ( Liquidez),

“O gerenciamento da efetiva liquidez se torna uma habilidade muito importante quando a cooperativa de crédito troca sua estrutura financeira baseada em quotas de associados pela volatilidade dos depósitos de poupança. Em muitas ações seguindo o tradicional modelo, as quotas de capital são muito ilíquidas e a maioria dos créditos externos tem um longo período de retorno, então existe pouco incentivo para manter reservas de liquidez. A liquidez é tradicionalmente vista em termos de caixa disponível para emprestar – uma variável exclusivamente controlada pela cooperativa de crédito. Com a introdução de depósitos de poupança sacáveis, o conceito de liquidez é radicalmente mudado. Liquidez agora se refere ao caixa necessário para retiradas – uma variável que a cooperativa de crédito pode não mais controlar (...)

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O sistema PEARLS analisa a liquidez sob duas perspectivas: a) Total das Reservas de Liquidez.

Esse indicador avalia a porcentagem de depósitos de poupança investida como ativos líquidos em qualquer uma associação nacional ou um banco comercial. A meta “ideal” é manter um mínimo de 15% após o pagamento de todas as obrigações de curto prazo (30 dias e inferiores). b) Fundos Líquidos Inativos.

As reservas de liquidez são importantes, mas elas também implicam custo de oportunidade perdido. Os fundos em contas correntes e de poupança simples ganham desprezíveis retornos em comparação com outras alternativas de investimentos. Consequentemente, é importante manter reservas de liquidez para um mínimo. O objetivo “ideal” dessa relação do PEARLS é reduzir a porcentagem da liquidez inativa para o mais perto possível de zero. Signs of growth (Sinais de crescimento).

“O único caminho de sucesso para manter ativos valorizados é pelo crescimento forte e acelerado dos ativos, acompanhado por rentabilidade sustentada. O crescimento por si só é insuficiente. A vantagem do sistema PEARLS é que ele vincula crescimento à rentabilidade, bem como a outras áreas-chave, avaliando-se a força do sistema como um todo. O crescimento é avaliado em cinco áreas-chave: ativos totais; depósitos de poupança; quotas de capital e capital institucional”.

3. METODOLOGIA

3.1 Estratégia e método de pesquisa

A pesquisa em questão é realizada por meio da utilização de uma

estratégia denominada pesquisa bibliográfica que, segundo Martins e Theóphilo

(2009, p. 54) busca conhecer, analisar e explicar contribuições sobre um

determinado assunto, tema ou problema com base em referências publicadas

em livros, periódicos, revistas, jornais, anais de congressos etc.

Sob o ponto de vista metodológico, esta pesquisa possui natureza

exploratória que, de acordo com Vergara (2004, p. 47) serve para expor as

características de uma determinada população ou de um determinado fenômeno,

podendo também estabelecer correlações entre estas características através de

variáveis quantitativas que, por sua vez, podem auxiliar a compreensão dos

atributos que distinguem esta população, ou ainda, os fenômenos que são

objetos desta análise.

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Os dados e evidências utilizados nesta pesquisa além de serem

resultados de um processo de quantificação, são submetidos a procedimentos

estatísticos nas fases de coleta, tratamento e análise de dados, tais como a

regressão múltipla do tipo seção transversal e técnicas de análise multivariada

de dados sob a forma de análise fatorial. Por isso, ela apresenta uma

característica quantitativa. Segundo Raupp e Beuren (2006), pesquisas

quantitativas são aquelas que consistem na aplicação de instrumentos

estatísticos, tanto na coleta, quanto em análise dos dados, em que o

procedimento não se aprofunda em saber a realidade dos fatos, mas sim o

comportamento geral dos acontecimentos.

Justifica-se a realização destas classificações em razão deste trabalho se

propor a verificar a associação entre variáveis representativas do nível de

adoção de práticas consideradas como sendo de boa governança e os

indicadores de desempenho das cooperativas de crédito.

3.2 Fontes de dados

Para a realização desta pesquisa utilizam-se, mediante adaptações, as

informações obtidas por meio de um questionário estruturado composto por meio

de questões fechadas com respostas dicotômicas do tipo sim ou não que foi

enviado a 1.143 cooperativas de crédito singulares em atividade, pelo Banco

Central do Brasil, durante o período compreendido entre agosto de 2013 e maio

de 2014. Trata-se de dados não públicos e de acesso restrito que foram obtidos

mediante a expedição de uma autorização específica, para fins acadêmicos,

solicitada junto a esta autarquia federal.

Neste caso, as informações contidas neste questionário serão utilizadas

para construir uma variável proxy que representará a qualidade das práticas de

governança corporativa das cooperativas de crédito.

A Tabela 6, a seguir, mostra o percentual de adesão das cooperativas de

crédito à pesquisa realizada pelo BACEN. De início, podemos perceber, pelos

dados exibidos, que a amostra é enviesada na direção de cooperativas que

possuem algum tipo de filiação. Em razão disso, os resultados gerados nesta

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pesquisa apresentam a limitação de não poderem ser generalizados para todas

as cooperativas. Possivelmente, neste caso, muitas cooperativas com práticas

mais fracas de governança não responderam ao questionário e, para estas, não

é possível realizar alguma inferência a respeito do grau de associação entre

governança e desempenho.

Tabela 6 – Aderência das cooperativas de crédito à pesquisa do BACEN

Total Recebido Percentual

Sicredi 102 102 100

Unicred 59 59 100

Sicoob 513 513 100

Confesol 154 147 95,5

Centrais independentes 81 72 88,9

Sem filiação 234 111 47,4

Total 1.143 1.004 87,8

Fonte: Banco Central do Brasil (2014e)

Vale mencionar que este questionário faz parte de uma pesquisa

desenvolvida pelo grupo de trabalho Governança em Cooperativas de Crédito do

Banco Central do Brasil a partir do primeiro semestre de 2013 com o auxílio da

representação de órgãos de classe e técnicos relacionados ao cooperativismo e

à governança, e também com a participação das entidades de caráter científico e

de organismo internacional. De acordo com BACEN (2014e), o objetivo central

do trabalho é a atualização da base de dados ampla de governança nas

cooperativas de crédito brasileiras para a tomada de decisões de

desenvolvimento normativo, de ações de supervisão e de adoção de políticas

amplas de regulação com base em parâmetros objetivos.

A constituição deste grupo de trabalho representa uma retomada das

ações com objetivo de se avaliar a efetividade das ações implementadas após a

realização do projeto estratégico do BACEN denominado “Projeto Governança

Cooperativa: diretrizes e mecanismos para o fortalecimento da governança em

cooperativas de crédito”, desenvolvido entre os anos de 2006 e 2009 que,

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naquela ocasião, culminou com a implementação gradativa de exigências

regulamentares com vistas ao aprimoramento das estruturas deste segmento.

De forma complementar, também foram utilizadas neste trabalho as

informações contábeis de todas as cooperativas de crédito que responderam ao

questionário de governança. Estas informações estão contidas nos balancetes

encaminhados pelas instituições financeiras ao BACEN, no formato do COSIF.

No caso deste trabalho, restringiremos a nossa análise àquelas cooperativas de

crédito que remeteram todos os balancetes semestrais no período compreendido

entre junho de 2013 até junho de 2015. Vale dizer que tais documentos podem

ser acessados pela página do Banco Central do Brasil na internet.

3.3 Indicadores contábeis

A adequação do sistema PEARLS à realidade brasileira por meio da

utilização das informações disponíveis nas contas do plano Contábil das

Instituições Financeiras do Sistema Financeiro Nacional – COSIF para o cálculo

de indicadores contábeis financeiros é apresentada no trabalho realizado por

Bressan et al. (2010). Em tal trabalho, seguindo a recomendação de

Vasconcelos (2006), e tomando por base os trabalhos de Bressan (2002),

Richardson (2002), Vasconcelos (2006) e Ribeiro (2008), foram criados 39

indicadores contábeis financeiros seguindo a classificação estabelecida no

sistema PEARLS.

Estes indicadores propostos foram calculados com base nas informações

presentes nos balancetes encaminhados pelas cooperativas de crédito ao

BACEN. Neste caso, por se tratar de uma quantidade numerosa de indicadores

contábeis com informações que, por vezes, guardam certo grau de

relacionamento entre si, ou ainda, que não são aplicáveis à dinâmica dos

negócios de algumas cooperativas de crédito, tais indicadores foram submetidos

a um processo de avaliação da sua representatividade e, posteriormente, à

técnica de análise de fatores para simplificar o seu estudo.

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Os resultados obtidos após o tratamento destas informações constituirão

os diversos indicadores de desempenho que serão utilizados na avaliação de

uma possível associação entre a adoção de práticas de governança sobre o

desempenho das cooperativas de crédito. Neste caso, cada indicador de

desempenho obtido representará a variável dependente no modelo de regressão

a ser utilizado.

Desta forma, com base no trabalho realizado por Bressan et al. (2010),

será seguida a recomendação destes autores para a obtenção dos indicadores

contábeis sugeridos pelo sistema PEARLS e adaptados à realidade brasileira,

agregados por áreas-chave. No Anexo A está descrita a composição de cada

indicador contábil integrante das áreas-chave do sistema PEARLS adaptado.

Neste ponto, deve ser observado que os dados contábeis informados

pelas cooperativas de crédito estão sujeitos às elevadas oscilações em suas

grandezas em razão da presença de erros de medida nas contas contábeis

mencionadas nos balancetes, assim como pela ocorrência de eventos contábeis

pontuais que podem distorcer o significado dos indicadores que dependem

destas mesmas contas, e assim, podem conduzir a conclusões imprecisas dos

seus resultados. Tal fato se torna agravado se considerarmos que diversas

cooperativas de crédito não dispõem de instrumentos e pessoal qualificado para

a geração e realização do controle interno destas informações contábeis.

Considerando-se isto, procedemos à eliminação dos dados anormais

(outliers) que foram identificados após a análise da estatística descritiva de cada

indicador contábil obtido. Estes outliers foram identificados por meio da geração

do gráfico box-plot, e a sua exclusão foi limitada ao valor de 1% do total das

informações válidas para cada indicador.

A presença destas oscilações de valores verificadas nos balancetes,

também nos levou a opção por trabalhar com valores médios dos indicadores

contábeis, por período de tempo, como forma de atenuar estas variações nas

informações e, portanto, não prejudicar a análise dos resultados obtidos.

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3.4 Indicador de governança

Nesta pesquisa, com o objetivo de medir a qualidade da governança das

cooperativas de crédito brasileiras será desenvolvido um indicador de

governança, denominado IGOV, calculado a partir do questionário de

governança. Será realizado um ajuste mediante a exclusão de questões nas

quais se verifique a presença de, pelo menos, uma das seguintes condições:

a) o quesito descrito na pergunta não encontra referência direta ou

indireta nas recomendações nos códigos de melhores práticas de

governança corporativa. Nesta pesquisa, será tomada como referência

as diretrizes mencionadas nos manuais de órgãos tais como IBGC,

WOCCU, OCDE, BACEN e CVM;

b) baixa representatividade da questão para a realização deste trabalho,

ocasionada pela pouca variabilidade das respostas fornecidas pelas

cooperativas. Neste caso, serão excluídas todas as perguntas nas

quais, pelo menos 90% das cooperativas, forneceram a mesma

resposta;

c) presença de categorias de respostas em que se verifique um nível de

especificidade de práticas de governança não contemplado em algum

manual dos órgãos citados anteriormente.

Após a realização destes ajustes ao questionário aplicado pelo BACEN

restaram 60 (sessenta) questões que foram utilizadas no cálculo do indicador de

governança das cooperativas de crédito. No Anexo B encontram-se a relação

das perguntas que foram selecionadas deste questionário, segundo os critérios

mencionados, agrupadas por dimensão de governança.

Apesar do nível de participação das cooperativas de crédito na pesquisa

realizada pelo BACEN ter sido elevado, conforme mostrado anteriormente na

Tabela 6, nem todas elas responderam o questionário de forma integral. Por

isso, a fim de não comprometer os resultados desta pesquisa em razão da

presença de instituições com elevado número de respostas em branco e nulas e,

ao mesmo tempo, preservar as cooperativas que responderam um percentual

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significante das questões, decidiu-se por manter no cálculo do indicador de

governança somente as cooperativas de crédito que informaram pelo menos

cinquenta perguntas deste questionário ajustado, que equivale a,

aproximadamente, 83,3% do total das questões.

Isto significa que foram retiradas 62 cooperativas do total delas que

responderam a pesquisa do BACEN, dos quais 16 eram cooperativas sem

qualquer vínculo a uma central independente ou a um sistema de cooperativas e

que, quanto ao tamanho, estão presentes 25 instituições de pequeno porte e 19

cooperativas de micro porte.

Quanto ao método de cálculo, será adicionado um ponto ao índice de

governança para cada resposta indicativa da adesão plena a uma conduta de

governança recomendada, ao passo que uma reposta negativa terá valor zero.

Não há ponderação entre as questões na metodologia desenvolvida neste

trabalho, de modo que todas elas possuem o mesmo peso na composição do

índice de governança de cada cooperativa.

Entretanto, vale aqui mencionar que também foram realizados testes com

a variável de governança calculada, desta vez, por meio da ponderação das

questões, definida pelo número de vezes que cada uma delas era referenciada

nos manuais de governança do IBGC, WOCCU, OCDE, BACEN e CVM. Nesta

nova configuração, os resultados obtidos com a modificação não apontaram uma

diferença relevante no comportamento geral das variáveis de desempenho que

fosse merecedora de algum comentário mais específico neste trabalho.

No caso do questionário aplicado pelo BACEN, boa parte das perguntas

admite mais de uma resposta, o que significa que em alguns quesitos a

cooperativa de crédito tem que manifestar o seu nível de adesão em relação a

uma prática considerada como sendo de boa governança, podendo ser plena,

parcial ou nula, dependendo do número de categorias assinaladas. Nestas

situações, a pontuação obtida pela cooperativa em determinado quesito será

calculada de forma proporcional a este nível de adesão. Ao final, o indicador

IGOV será obtido pela soma dos pontos de cada questão do questionário

ajustado, sendo o valor máximo possível de ser atingido igual a sessenta pontos.

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De maneira similar, e com algumas adaptações, este formato de índice

vem sendo utilizado no meio acadêmico para o estudo de empresas. Entre estas

pesquisas, podemos mencionar aquelas realizadas por Nobili (2006), Kapler e

Love (2004), Black, Jang e Kim (2005) e Silveira, Leal, Carvalhal-da-Silva e

Barros (2007), como também aquelas citadas nos resumos dos principais

trabalhos empíricos envolvendo a relacão entre governança e desempenho,

realizados por Bhagat e Jefferis (2002) e Denis e McConnell (2003).

Vale observar que ao optarmos por selecionar apenas as cooperativas de

crédito que remeteram todos os balancetes contábeis ao BACEN no período

entre junho de 2013 e junho de 2015 e, ao mesmo tempo, estabelecermos um

número mínimo de questões respondidas, acabamos por restringir o número de

cooperativas de crédito da nossa análise para 874 instituições, que representam

76,4% do total das instituições que responderam o questionário.

Em um estudo voltado para análise da qualidade da governança em

instituições públicas, mas que entendemos ser aplicável ao caso das

cooperativas de crédito Knack e Manning (2000) mostram que os indicadores de

governança mais conhecidos medem normalmente este atributo de forma geral,

em vez de caracterizar suas dimensões específicas. Segundo estes autores, tal

abordagem limita a relevância do propósito para o qual o indicador é construído.

Considerando-se esta informação, e sabendo-se que o objetivo desta

pesquisa é a análise da relação entre desempenho e a adoção de práticas

consideradas como sendo de boa governança pelas cooperativas de crédito, o

indicador calculado a partir do questionário ajustado foi construído de forma a

levar em conta quatro dimensões consideradas importantes pela literatura da

teoria da agência na avaliação das práticas de governança corporativa, e já

abordadas na revisão teórica deste trabalho, que neste caso são:

- representatividade e participação;

- estrutura: conselho de administração e gestão;

- transparência;

- fiscalização.

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3.5 Variáveis de controle

Nesta pesquisa, além da variável de governança corporativa e das

variáveis de desempenho serão utilizadas as seguintes variáveis de controle:

Porte da cooperativa de crédito (PRT): é definido como sendo o valor do

ativo total ajustado (ATA), em reais nominais, ao final do período de análise,

calculado pelo Desig5. A inserção desta variável é justificada pela associação do

tamanho da empresa com o seu desempenho e a adoção de boas práticas de

governança, conforme mencionado por Renders, Gaeremynck e Sercu (2010).

Região de atuação: tratam-se de variáveis binárias criadas para identificar

as diferentes regiões do país nas quais as cooperativas desenvolvem as suas

atividades. Através da presença delas, espera-se possibilitar a comparação entre

as cooperativas de crédito por meio do isolamento de possíveis influências

relacionadas ao nível sócio-econômico de uma dada região geográfica sobre o

desempenho e as práticas de governança das cooperativas.

Estas variáveis de controle serão identificadas nos modelos de regressão

da seguinte forma:

- REGIAO_1; indicadora de cooperativa situada na região sul;

- REGIAO_2, indicadora de cooperativa situada na região centro-oeste;

- REGIAO_3; indicadora de cooperativa situada na região nordeste;

- REGIAO_4; indicadora de cooperativa situada na região norte;

- REGIAO_5; indicadora de cooperativa situada na região sudeste.

Tipo da cooperativa: com base na classificação interna atribuída pelo

BACEN, as cooperativas de crédito foram divididas como sendo de crédito

mútuo, crédito rural e de livre admissão. Estas variáveis serão utilizadas nos

modelos de regressão por meio da seguinte identificação:

5 Departamento de Monitoramento do Sistema Financeiro e de Gestão de Informação (Desig) do Banco

Central do Brasil, responsável pelo cálculo do Ativo Total Ajustado (ATA).

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- TIPO_1; para as cooperativas de crédito mútuo;

- TIPO_2; para as cooperativas de crédito rural;

- TIPO_3; para as cooperativas de crédito de livre admissão.

A inclusão desta última variável é explicada pela existência de

características particulares nestes tipos de cooperativas que podem influenciar o

modo como os seus gestores controlam e conduzem as suas atividades, com

impactos, possíveis, em seu desempenho. Neste sentido, vale observar que as

cooperativas de crédito de livre admissão permitem a adesão voluntária e livre, e

que, na visão de Fontes Filho et al. (2008), assemelham-se com as instituições

financeiras convencionais quanto à forma de se relacionar com seu público. No

caso das cooperativas de crédito rural, elas estão voltadas ao atendimento das

necessidades de financiamento dos seus cooperados, que são produtores rurais,

e difundem uma maior formação em cooperativismo aos seus associados

voltada à participação que, segundo Ventura et al. (2009), impacta na melhora

da qualidade desta dimensão de governança.

Vínculo (VINC): Na visão de Ventura et al. (2009, p. 23), pertencer a um

sistema traz mais segurança e melhora a eficiência e a eficácia na prestação de

serviços e no relacionamento com os associados, bem como nos controles

organizacionais e sistêmicos. Considerando-se isto, pretende-se analisar se a

relação entre governança e desempenho é modificada pelo fato de a cooperativa

de crédito estar vinculada a uma cooperativa central independente ou a um

sistema cooperativista.

3.6 Análise fatorial por componentes principais

Tendo em vista a grande quantidade de indicadores contábeis obtidos

através da aplicação do sistema PEARLS e que, nesta pesquisa, representarão

as variáveis de desempenho voltadas à investigação da sua relação com o nível

de governança praticado pela cooperativa, torna-se necessário dispor de uma

técnica que possibilite a simplificação da sua estrutura e que, ao mesmo tempo,

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permita a utilização dos seus resultados em outras técnicas estatísticas sem

uma perda significativa de informação.

A análise fatorial é uma técnica de análise multivariada de dados cujo

maior objetivo, segundo Fávero (2009), é permitir a simplificação ou redução de

um grande número de variáveis por meio da determinação das dimensões

latentes comuns (fatores) a partir de um conjunto de variáveis originais. Neste

caso, estas dimensões latentes são representadas pelos fatores que, de acordo

com Hair, Black, Babin, Anderson, & Tatham (2009) representam uma

combinação linear das variáveis originais. Na análise do fator comum as

variáveis são agrupadas em função das correlações entre elas (Johnson &

Wichern, 2007).

Na visão de Corrar, Paulo e Dias Filho (2007), a análise fatorial permite

identificar fatores não diretamente observáveis a partir da correlação entre um

conjunto de variáveis que, por sua vez, são observáveis e passíveis de medição.

Em nosso caso, os indicadores contábeis representam as variáveis observáveis

e podem ser interpretadas como indicadores que refletem um ou mais construtos

teóricos subjacentes (Bollen, 1989). Isto quer dizer que os indicadores são

influenciados pelas variáveis latentes. A análise fatorial permite a estimação

destas variáveis latentes de interesse combinando diferentes indicadores para

cada atributo. Por exemplo, neste trabalho, um atributo pode ser cada uma das

áreas-chave representadas pelo sistema PEARLS.

Segundo Titman e Wessels (1988), citado por Silveira, Perobelli e Barros

(2008), este procedimento possibilita a redução do escopo de variáveis utilizadas

nas regressões, e a sua utilização tem sido justificada na literatura de finanças,

como forma de mitigar problemas de multicolinearidade dos regressores, seleção

ad hoc de variáveis explicativas e erros de mensuração.

Além disso, é importante mencionar a observação realizada por Fávero

(2015, p. 101) de que o procedimento da Análise Fatorial por Componentes

Principais somente faz sentido quando há o intuito de elaborar um diagnóstico

acerca do comportamento da variável dependente, sem a intenção de previsões

para outras observações não presentes inicialmente na amostra.

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Nesta pesquisa, foi realizada a análise fatorial sobre os valores dos

indicadores contábeis calculados para o período compreendido entre junho de

2013 e junho de 2015 para cada grupo de indicadores contábeis pertencentes a

uma dada área-chave identificada no sistema PEARLS. Para isto, vale observar

que para a obtenção dos fatores referentes ao grupo de indicadores de taxas de

retorno e custos, foram descartadas as informações dos indicadores E2, R2 e R4

em razão de que 43,9%, 38,9% e 39,9%, respectivamente, dos valores da base

de dados para o cálculo destes indicadores serem constituídos integralmente por

valores zerados ou nulos nas datas-base deste período de análise.

No caso dos dois primeiros indicadores, tal fato se justifica pela presença

de cooperativas de crédito que não possuem informações sobre investimentos

financeiros e, no terceiro indicador, deve-se à ausência de informações quanto à

realização de operações de repasses de recursos. Assim, para não comprometer

a qualidade dos dados gerados pela análise fatorial e as análises dos resultados

seguintes, optamos pela exclusão dos dados referentes a estes três indicadores.

Na sequência, descrevemos os resultados obtidos na extração dos fatores

por meio da técnica da análise fatorial, que foi aplicada em cada grupo de

indicadores contábeis previamente calculados, com base no sistema PEARLS

adaptado por Bressan et al. (2010).

Análise Fatorial para os Indicadores de Proteção de Ativos:

O primeiro passo para a realização da extração dos fatores é verificar a

adequação global da análise fatorial. Para isto, devemos utilizar a estatística

Kaiser-Meyer-Olkin (KMO) e o teste de esfericidade de Bartlett.

A estatística KMO representa uma das informações utilizadas na

avaliação do grau de correlação parcial entre as variáveis da base de dados que

se pretende utilizar, indica a proporção da variância dos dados que pode ser

considerada comum a todas as variáveis, ou seja, que pode ser atribuída a um

fator comum. O seu valor varia entre 0 e 1 e a utilização da análise fatorial é

recomendada para valores de KMO próximos de 1.

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Para o cálculo da estatística KMO são utilizados os coeficientes de

correlação parcial obtidos de cada par de variáveis da respectiva dimensão de

desempenho sobre a qual se deseja realizar a análise fatorial. Neste caso, as

variáveis são constituídas por cada um dos indicadores de proteção de ativos,

cujos coeficientes de correlação obtidos irão compor uma matriz de correlação.

Segundo destacam Hair, Black, Babin, Anderson e Tatham (2009) o teste

de esfericidade de Bartlett é um teste que verifica a matriz de correlação de cada

par destas variáveis por inteiro e fornece a significância estatística da presença

de correlações significantes entre algumas das variáveis.

Assim, considerando-se estas informações, e com base no resultado

obtido na estatística KMO exibido na Tabela 7 a seguir podemos considerar,

segundo Pestana e Gageiro (2003, p. 512), que existe uma correlação razoável

entre estes indicadores. Neste caso, o resultado do teste de esfericidade de

Bartlett permite afirmar, para o nível de significância de 5%, que a matriz de

correlação de Pearson é estatisticamente diferente da matriz identidade de

mesma dimensão. Vale mencionar que, segundo, Fávero (2015, p. 135), o

resultado do teste de esfericidade de Bartlett representa uma informação mais

importante. Em razão disso, daremos continuidade à realização da análise

fatorial propriamente dita.

Tabela 7 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 4 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,074

Teste de esfericidade de Bartlett

Qui-quadrado = 1085,086 Graus de liberdade = 6

p-valor = 0,000 H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,697

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

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Na sequência, apresentamos os valores próprios ou autovalores para

cada fator e as suas respectivas parcelas de variância explicada, obtidos através

da aplicação da análise fatorial ao conjunto dos indicadores de proteção de

ativos, sugeridos pelo sistema PEARLS adaptado.

Tabela 8 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalora Diferença de valor

Variância explicadab

Variância acumulada

Fator1 2,87452 2,27037 0,7186 0,7186

Fator2 0,60415 0,18450 0,1510 0,8697

Fator3 0,41965 0,31796 0,1049 0,9746

Fator4 0,10169 0,0254 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

A fim de que cada fator consiga explicar pelo menos a variância de uma

variável empregada no modelo, utilizaremos o critério da raiz latente (critério de

Kaiser). Assim, pelos dados da Tabela 8 vemos que apenas um fator apresenta

autovalor superior a 1, com isso será extraído apenas um fator, cujo percentual

de variância compartilhada pelos quatro indicadores contábeis originais para a

sua formação é igual a 71,86%.

Análise Fatorial para os Indicadores de Efetiva Estrutura Financeira:

Para a obtenção dos fatores referentes a este grupo de indicadores, vale

relembrar que foram descartadas as informações do indicador E2 em razão de

que 43,9% dos valores da base de dados selecionada serem constituídos por

valores zerados ou nulos. Tal fato se deve a presença de diversas cooperativas

de crédito que não possuem informações sobre investimentos financeiros. Em

razão disso, para não comprometer a qualidade dos dados gerados pela análise

fatorial e as análises seguintes, optamos pela exclusão deste indicador.

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Da mesma forma como no caso anterior, partiremos para a avaliação da

adequação global da análise fatorial por meio da estatística KMO e do teste de

esfericidade de Bartlett, como a seguir:

Tabela 9 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 5 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,186

Teste de esfericidade de Bartlett Qui-quadrado = 7095,668 Graus de liberdade = 10 p-valor = 0,000 H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,622

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

O resultado da estatística KMO indica uma correlação razoável entre as

variáveis, e o resultado do teste de esfericidade de Bartlett sugere, com um nível

de significância de 5%, que existe correlação entre os indicadores de estrutura.

Com base nestas informações, a extração dos fatores a partir do emprego da

análise fatorial torna-se justificável, e os resultados referentes aos autovalores e

as parcelas de variância explicada obtidos com o uso desta técnica, aplicada a

este conjunto de indicadores, estão apresentados na Tabela 10.

Por meio dela e utilizando-se o critério da raiz latente para a escolha do

número de fatores que foram extraídos pela análise fatorial deste conjunto de

indicadores contábeis de estrutura, é possível identificar dois fatores que

possuem autovalores superiores a 1 e que conseguem explicar 71,37% da

variância dos seis indicadores originais.

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Tabela 10 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalores Diferença de valor

Variância explicadab

Variância acumulada

Fator1 2,47055 1,37241 0,4941 0,4941

Fator2 1,09815 0,39169 0,2196 0,7137

Fator3 0,70645 0,15880 0,1413 0,8550

Fator4 0,54765 0,37045 0,1095 0,9646

Fator5 0,17720 0,0354 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

Análise Fatorial para os Indicadores de Qualidade de Ativos:

A avaliação da adequação global da análise fatorial por meio da

realização do teste de esfericidade de Bartlett e da estatística KMO aplicada aos

dados destes indicadores conduziu aos resultados exibidos na Tabela 11 abaixo.

Tabela 11 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 4 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,099

Teste de esfericidade de Bartlett

Qui-quadrado = 9892,275

Graus de liberdade = 6

p-valor = 0,000

H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,383

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

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Desta vez, o resultado da estatística KMO não permite afirmar, de forma

objetiva, que o uso da análise fatorial seja adequado nesta situação. Por outro

lado, o resultado do teste de esfericidade de Bartlett sugere, com um nível de

significância de 5%, que existe correlação entre os indicadores contábeis de

qualidade de ativos. Neste caso, lançaremos mão, novamente, do critério

mencionado por Fávero (2015, p. 135) a respeito da relevância dos resultados

do teste de esfericidade de Bartlett sobre a estatística KMO e, a partir disso,

seguiremos com a extração dos fatores a partir do emprego da análise fatorial

para este grupo de indicadores.

Os resultados dos autovalores e da variância explicada estão

apresentados na Tabela 12 e, por meio dela podemos verificar que apenas dois

fatores possuem autovalores com valores superiores a 1(critério de Kaiser) . Ou

seja, por meio da aplicação da técnica da análise fatorial ao conjunto de dados

representado pelos indicadores de qualidade de ativos foram retidos dois fatores

que conseguem explicar 83,6% da variância dos quatro indicadores originais.

Tabela 12 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalora Diferença de valor Variânciab Variância

acumulada

Fator1 2,14485 0,94584 0,5362 0,5362

Fator2 1,19901 0,60814 0,2998 0,8360

Fator3 0,59087 0,52560 0,1477 0,9837

Fator4 0,06527 0,0163 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

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Análise Fatorial para os Indicadores de Taxa de Retorno e Custos:

A avaliação da adequação global da análise fatorial por meio da

realização do teste de esfericidade de Bartlett e da estatística KMO aplicada a

estes dados conduziram aos seguintes resultados:

Tabela 13 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 11 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,000

Teste de esfericidade de Bartlett Qui-quadrado = 28094,996 Graus de liberdade = 55 p-valor = 0,000 H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,707

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

Com base no resultado da estatística KMO, a adequação global da

análise fatorial pode ser considerada média, e o resultado do teste de

esfericidade de Bartlett sugere, com um nível de significância de 5%, que existe

correlação entre estes indicadores. De posse destas informações, podemos

considerar como sendo justificável o emprego da análise fatorial para a extração

dos fatores.

Os resultados com estes indicadores, exibidos na Tabela 14 mostram que

quatro fatores possuem autovalores com valores superiores a 1. Ou seja, por

meio da aplicação da técnica da análise fatorial ao conjunto de dados

representado pelos indicadores de taxa de retorno e custos foram retidos quatro

fatores que conseguem explicar 79,88% da variância dos onze indicadores

originais.

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Tabela 14 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalora Diferença de valor

Variância explicadab

Variância acumulada

Fator1 3,68391 0,94632 0,3349 0,3349

Fator2 2,73759 1,40369 0,2489 0,5838

Fator3 1,33390 0,30257 0,1213 0,7050

Fator4 1,03133 0,10802 0,0938 0,7988 Fator5 0,92332 0,52715 0,0839 0,8827 Fator6 0,39617 0,08644 0,0360 0,9187 Fator7 0,30973 0,07467 0,0282 0,9469 Fator8 0,23506 0,03772 0,0214 0,9683 Fator9 0,19733 0,08755 0,0179 0,9862 Fator10 0,10979 0,06792 0,0100 0,9962

Fator11 0,04187 0,0038 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

Análise Fatorial para os Indicadores de Liquidez:

A avaliação da adequação global da análise fatorial por meio da

realização do teste de esfericidade de Bartlett e da estatística KMO aplicada a

estes dados conduziram aos seguintes resultados:

Tabela 15 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 3 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,843

Teste de esfericidade de Bartlett Qui-quadrado = 573,924 Graus de liberdade = 3 p-valor = 0,000 H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,503

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

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O resultado da estatística KMO indica uma correlação fraca entre as

variáveis, e o resultado do teste de esfericidade de Bartlett sugere, com um nível

de significância de 5%, que existe correlação entre os indicadores de liquidez.

Com base nestas informações, a extração dos fatores a partir do emprego da

análise fatorial torna-se justificável, e os resultados obtidos com o uso desta

técnica aplicada a estes indicadores estão apresentados a seguir:

Tabela 16 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalora Diferença de valor

Variância explicadab

Variância acumulada

Fator1 1,42675 0,47344 0,4756 0,4756

Fator2 0,95331 0,33337 0,3178 0,7934

Fator3 0,61994 0,2066 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

Os resultados da Tabela 16, mostram que apenas um fator possui

autovalor com valor superior a 1. Desta forma, considerando o baixo percentual

de variância explicada por este único fator, assim como a relativa proximidade do

autovalor do fator 2 a 1, incluiremos a extração deste segundo fator com o

propósito de aumentarmos este percentual. Com isso, a retenção destes dois

fatores permitirá que 79,34% da variância dos três indicadores originais de

liquidez seja explicada.

Análise Fatorial para os Indicadores de Crescimento:

A avaliação da adequação global da análise fatorial por meio da

realização do teste de esfericidade de Bartlett e da estatística KMO aplicada a

estes dados conduziram aos seguintes resultados:

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Tabela 17 – Teste de esfericidade de Bartlett e KMO para 9 indicadores

Determinante da matriz de correlação (Det)

Det = 0,122

Teste de esfericidade de Bartlett

Qui-quadrado = 7232,561

Graus de liberdade = 36

p-valor = 0,000

H0: As variáveis não estão inter-relacionadas

Estatística Kaiser-Meyer-Olkin (KMO)

KMO = 0,600

Nota. Exibição dos resultados dos testes de adequação da análise fatorial ao conjunto de dados estudado.

Fonte: dados de pesquisa

O resultado da estatística KMO indica uma correlação razoável entre as

variáveis, e o resultado do teste de esfericidade de Bartlett sugere, com um nível

de significância de 5%, que existe correlação entre os indicadores de

crescimento. Com base nestas informações, a extração dos fatores a partir do

emprego da análise fatorial torna-se justificável, e os resultados obtidos com o

uso desta técnica aplicada a estes indicadores são apresentados a seguir:

Tabela 18 – Autovalores e proporção de variância explicada pelos fatores

Fator Autovalora Diferença de valor

Variância explicadab

Variância acumulada

Fator1 2,43712 0,74745 0,2708 0,2708

Fator2 1,68967 0,44362 0,1877 0,4585

Fator3 1,24605 0,24453 0,1385 0,5970

Fator4 1,00152 0,11663 0,1113 0,7083 Fator5 0,88489 0,24565 0,0983 0,8066 Fator6 0,63924 0,13707 0,0710 0,8776 Fator7 0,50217 0,12301 0,0558 0,9334 Fator8 0,37915 0,15896 0,0421 0,9755 Fator9 0,22019 0,0245 1,0000

Nota. Exibição dos parâmetros de variância explicada de cada fator extraído para a escolha do número de fatores, que dependerá do critério a ser utilizado na pesquisa. a Indicador da variância total explicada pelo fator. b Proporção da variância explicada pelo fator no conjunto.

Fonte: dados de pesquisa

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102

Os resultados da Tabela 18 anterior apontam que quatro fatores possuem

autovalores com valores superiores a 1. Ou seja, por meio da aplicação da

técnica da análise fatorial ao conjunto de dados representado pelos indicadores

de crescimento foram retidos quatro fatores, de acordo com o critério da raiz

latente, que conseguem explicar 70,83% da variância dos nove indicadores

originais.

Finalizando esta etapa do trabalho, verificamos que, por meio da

realização da análise fatorial sobre os indicadores do sistema PEARLS ajustado,

foi possível transformar o conjunto inicial de 36 indicadores contábeis em um

conjunto menor composto por 15 fatores. Considerando-se isto, e com base nas

informações exibidas na Tabela 19 a seguir, alguns dados merecem ser

comentados.

Tabela 19 – Resultados agregados da análise fatorial

ÁREAS-CHAVE (PEARLS)

QUANTIDADE

VARIÂNCIA EXPLICADA (%) INDICADORES

INICIAIS FATORES

FINAIS

PROTEÇÃO 4 1 71,86

ESTRUTURA 5 2 71,37

ATIVOS 4 2 83,60

RETORNO E CUSTO 11 4 79,88 LIQUIDEZ 3 2 79,34

CRESCIMENTO 9 4 70,83

TOTAL 36 15

Fonte: Elaboração própria

Em algumas situações, como no caso dos indicadores de proteção,

ocorreu uma redução de 75% do número de fatores com uma perda de 28,14%

da variância dos dados originais. Nesta situação, justifica-se este resultado em

razão destes indicadores serem constituídos por contas, tais como provisão para

operações de crédito, carteira vencida e classificação de risco da carteira de

crédito, que possuem naturezas próximas em termos de avaliação de operação

de crédito que é realizada pelas instituições financeiras.

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O menor percentual de variância explicada foi obtido na redução dos

fatores referentes aos indicadores de crescimento em razão da quantidade e

heterogeneidade das contas contábeis que os compõem e que apresentaram um

baixo nível de correlação. No caso dos fatores de liquidez, ocorreu a menor

redução do número de indicadores em face da maior variância nos dados dos

indicadores de liquidez provocada pela incorporação, nestes indicadores, de

contas vinculadas às operações de centralização financeira, depósitos à vista e

investimentos financeiros que não são executadas por uma parcela relevante

das cooperativas de crédito avaliadas.

A redução de 63,63% do número de fatores verificada para os indicadores

de taxa de retorno e custo, com uma perda de 20,12% da variância explicada

dos seus dados originais se deve, em sua maior parte, por duas razões: a

primeira delas é devida à exclusão de dois indicadores com elevado percentual

de valores nulos e brancos, conforme explicado em parágrafos anteriores. A

outra razão é a existência de uma razoável correlação observada entre os

indicadores contábeis deste grupo devida à presença de algumas das mesmas

contas de apuração de resultado na composição de mais de um indicador,

fazendo com que eles possuam uma dimensão latente comum.

A seguir, apresentamos a nomenclatura atribuída aos fatores extraídos

após a análise fatorial, em função das áreas-chave abordadas pelo sistema

PEARLS adaptado e que será utilizada nos modelos de regressão.

Tabela 20 – Nomenclatura atribuída aos fatores extraídos

INDICADORES PEARLS

FATORES EXTRAÍDOS

Fator1 Fator2 Fator3 Fator4

PROTEÇÃO PROT_A

ESTRUTURA ESTR_A ESTR_B

ATIVOS ATIV_A ATIV_B

RETORNO E CUSTO RC_A RC_B RC_C RC_D LIQUIDEZ LIQ_A LIQ_B CRESCIMENTO CRESC_A CRESC_B CRESC_C CRESC_D

Fonte: Elaboração própria

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3.7 Modelos estatísticos

Neste trabalho utilizaremos equações de regressões lineares múltiplas

que relacionam diversas variáveis. O propósito é obter informações que

permitam analisar a relação entre desempenho e governança nas cooperativas

de crédito. Estudos semelhantes, aplicados ao caso de empresas, já foram

realizados por muitos outros autores, como por exemplo, Leal e Da Silva (2005)

e Black et al. (2006).

Este trabalho utilizará dados contábeis em corte transversal (cross-

section) referente à observação de um conjunto de cooperativas de crédito, que

foram obtidos no período entre junho de 2013 e junho de 2015. Para tal, o

modelo econométrico a ser utilizado nos testes será descrito pela seguinte

equação geral:

��������ℎ� = �� + ������ + ������� + ������ +����������

�!�

+�"#����#�

#!�+ $

onde:

��������ℎ�: representa um fator de desempenho financeiro da

cooperativa que, no modelo acima, é uma referência aos diversos fatores

extraídos por meio da análise fatorial que foi aplicada aos indicadores contábeis,

e que é objeto de análise por meio desta equação;

β1: é o parâmetro do modelo econométrico relacionado ao indicador de

governança e que representa o impacto desta variável sobre a variável

dependente;

����: variável que representa o indicador de governança corporativa da

cooperativa, calculado com base nas respostas do questionário desenvolvido

pelo BACEN e, posteriormente, ajustado;

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�����: trata-se de uma variável contínua representativa do valor do porte

da cooperativa de crédito, calculado pelo Desig com base no valor do ativo total

ajustado (ATA). Neste caso, em razão da grande dispersão dos seus valores,

esta variável foi transformada pelo logaritmo natural do seu valor.

����: esta variável binária e de controle é indicadora da existência, ou

não, de vínculo da cooperativa de crédito a uma cooperativa central ou a algum

sistema cooperativo. Dessa forma, a variável VINC assume valor 1 caso a

cooperativa de crédito esteja vinculada a um dos sistema cooperativos ou

cooperativa central, e valor 0 caso contrário.

�������: é uma referência às cinco variáveis binárias de controle que

podem apresentar algum poder explanatório sobre a variável dependente

estudada. Neste caso, cada variável binária representa uma região geográfica do

país, conforme descrito no item 3.5, e cada uma assume valor 1 quando a

cooperativa pertencer a uma daquelas regiões, e valor 0 caso contrário.

����#: é uma referência ao grupo de três variáveis binárias e de controle,

na qual cada uma representa uma forma de classificação da cooperativa de

crédito conforme descrito no item 3.5. Nesta situação, cada variável assumirá

valor 1 quando for verificado que a cooperativa é classificada como sendo de um

determinado tipo, e valor 0 caso contrário.

ε: é o termo de erro que representa os outros fatores não mencionados no

modelo, mas que afetam a variável dependente.

Posteriormente a esta primeira avaliação, utilizaremos o mesmo modelo

econométrico com a substituição dos valores da variável explicativa de

governança das cooperativas - ���� pelos valores das suas dimensões,

mencionadas no item 3.4, que são as seguintes:

��: variável que representa os quesitos relacionados às características da

estrutura e funcionamento da alta administração, presentes no questionário

aplicado pelo BACEN;

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��: variável relacionada aos aspectos vinculados à promoção da

participação do conjunto de cooperados e a correspondente representatividade

das decisões implementadas, conforme o questionário do BACEN;

���: variável representativa da adoção de ações adotadas pelas

cooperativas de crédito voltadas à divulgação e a transparência das suas

informações;

&�': variável cujo significado é mensurar, de acordo com os quesitos

abordados no questionário do BACEN, a qualidade da formatação e do

funcionamento das estruturas de controle e fiscalização observada nas

cooperativas de crédito.

Por meio deste modelo econométrico serão realizadas regressões

envolvendo as possíveis combinações das variáveis explicativas. Pretende-se,

com isso, analisar o comportamento dos parâmetros de cada variável envolvida

diante de diversas configurações de variáveis no modelo. Por meio dos

resultados gerados pela regressão, espera-se que seja possível a identificação

de algum padrão de comportamento no que se refere ao relacionamento entre

cada um dos fatores de desempenho extraídos pela análise fatorial e o nível de

governança praticado pela cooperativa de crédito.

Deve ser observado que, mesmo em se tratando de uma pesquisa em

cross-section voltada, em essência, à realização de um diagnóstico a respeito do

panorama da governança das cooperativas de crédito brasileiras, faz-se

necessária a verificação da existência de multicolinearidade entre as variáveis

independentes presentes no modelo utilizado.

Para isto, utilizaremos a estatística VIF (Variance Inflation Factor) com o

propósito de obter tal informação. Segundo Fávero (2015, p. 53), para diversos

autores os problemas de multicolinearidade surgem se o valor da estatística VIF

for maior que 10. Entretanto, lembra o autor que, mesmo valores de VIF iguais a

4 significa a presença de uma variância compartilhada entre uma determinada

variável explicativa e as demais no valor de 0,75, que é considerada

relativamente elevada. Em nosso caso, observou-se que todos os modelos

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submetidos à realização da estatística VIF obtiveram valores inferiores a 1,95.

Portanto, abaixo do limite associado à presença de multicolinearidade elevada.

4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS

4.1 Dimensões do indicador de governança

Neste item, apresentaremos os resultados gerais, obtidos após o cálculo

do índice de governança corporativa (IGOV), segregando os resultados em

função de características intrínsecas que diferenciam as cooperativas de crédito,

tais como a região geográfica na qual ela exerce as suas atividades; a

existência, ou não, de vínculo a um sistema cooperativo ou a uma cooperativa

central independente; a sua classificação, bem como o seu porte.

Inicialmente, é oportuno mostrarmos alguns parâmetros da estatística

descritiva que foram calculados sobre os valores dos escores das dimensões de

governança, a fim de que possamos conhecer a forma como estão distribuídos

os dados que pretendemos utilizar em nossas análises.

Tabela 21 – Escores das dimensões de governança das cooperativas de crédito

Dimensão Média Desvio

padrão

Pontuaçãob Pontuação

limite Menor Maior

Estrutura e Conselhoa 4,609 1,808 0 16,998 21c Representatividade 4,805 2,037 0,200 10,813 13

Transparência 5,349 1,890 0,543 11,494 13

Fiscalização 7,262 1,845 1,000 12,606 13

Nota. Tabela comparativa entre as menores, maiores e as pontuações médias de cada dimensão de governança, calculada com base nas respostas fornecidas pelo questionário. a Inclui os organismos principais da alta administração (Conselho de Administração e Diretoria Executiva). b Refere-se às cooperativas que obtiveram as menores e maiores pontuações na respectiva dimensão de governança. C No caso da dimensão de Estrutura e Conselho, foram ajustadas a sua média, desvio padrão e demais escores ao longo deste trabalho em razão da sua pontuação limite ser maior.

Fonte: Elaboração própria

Para isto, a Tabela 21 acima nos mostra que apesar de os valores médios

de cada dimensão estarem relativamente próximos entre si, na verdade quase

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todos eles estão posicionados abaixo da metade da pontuação limite passível de

ser atingida em cada uma das dimensões de governança analisada. No caso das

dimensões indicadoras da representatividade e também de estrutura de gestão e

conselho de administração, pode-se observar que além do valor baixo das suas

médias, também se verifica que os seus valores encontram-se com elevada

dispersão, o que sugere a existência de uma grande heterogeneidade na

qualidade da governança corporativa entre as cooperativas de crédito, na

ocasião da pesquisa pelo BACEN.

Além disso, também é possível notar que a dimensão relativa ao conjunto

composto pela representatividade e participação, juntamente com a dimensão de

estrutura de gestão e conselho de administração, são aquelas com os menores

escores absolutos na avaliação, o que explica os baixos valores médios destas

dimensões exibidos na Tabela 21. Neste sentido, tal fato é um indício da

deficiência de ações por parte das cooperativas de crédito nestes quesitos.

Quando agrupamos os valores referentes aos escores médios de cada

dimensão de governança por região, observa-se pela Tabela 22 a existência de

um relativo destaque das regiões centro-oeste e sul do país quanto ao nível de

adesão às práticas de governança. No entanto, se também considerarmos a

quantidade de cooperativas de crédito atuantes na região sul, veremos que a

abrangência dos seus resultados são mais relevantes.

Tabela 22 – Escores médios das dimensões de governança por região

Região Cooperativas Dimensões de Governança

Total RP CA TRA FIS

Centro Oeste (CO) 69 5,716 4,946 5,941 7,844 24,447

Sul 288 5,712 5,315 5,290 7,775 24,092

Norte (NO) 33 4,951 4,851 5,266 8,057 23,124

Nordeste (NE) 63 4,317 4,639 5,290 7,481 21,727

Sudeste (SE) 421 4,096 4,051 5,308 6,721 20,176

Nota. RP = Dimensão indicativa de Representatividade e Participação; CA = Dimensão indicativa de Estrutura e Conselho de Administração; TRA = Dimensão indicativa de Transparência. FIS = Dimensão indicativa de Fiscalização.

Fonte: Elaboração própria

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Os resultados obtidos após o cálculo dos indicadores de governança

indicaram que as cooperativas de crédito classificadas como sendo de livre

admissão possuem um grau de adesão às práticas de governança corporativa

maior do que as demais. Por meio das informações da Tabela 23 podemos

observar que, à exceção da dimensão de fiscalização, este nível de adesão em

relação às demais dimensões analisadas ocorre em níveis próximos.

Tabela 23 – Escores médios das dimensões de governança por tipo de

cooperativa de crédito

Tipo Cooperativas Dimensões de Governança

Total RP CA TRA FIS

Livre admissão 260 5,582 5,359 5,682 7,988 24,610

Crédito rural 183 5,597 5,218 5,064 7,611 23,491

Crédito mútuo 431 3,999 3,902 5,269 6,676 19,846

Nota. RP = Dimensão indicativa de Representatividade e Participação; CA = Dimensão indicativa de Estrutura e Conselho de Administração; TRA = Dimensão indicativa de Transparência. FIS = Dimensão indicativa de Fiscalização.

Fonte: Elaboração própria

As cooperativas de crédito podem estar vinculadas a algum sistema

cooperativo ou a uma central independente. Considerando-se isto, podemos

observar pelos dados da Tabela 24 que as cooperativas que não mantém

alguma forma de vínculo apresentam um nível de adesão às práticas de

governança corporativa de, aproximadamente, 25% menor, em média, em todas

as dimensões analisadas, do que as cooperativas que estão vinculadas.

Tabela 24 – Escores médios das dimensões de governança separados pela

existência de vínculo aos sistemas cooperativos ou centrais independentes

Vínculo Cooperativas Dimensões de Governança

Total RP CA TRA FIS

Vinculada 721 5,058 4,734 5,518 7,511 22,820

Não vinculada 93 3,611 4,029 4,555 6,091 18,286

Nota. RP = Dimensão indicativa de Representatividade e Participação; CA = Dimensão indicativa de Estrutura e Conselho de Administração; TRA = Dimensão indicativa de Transparência. FIS = Dimensão indicativa de Fiscalização.

Fonte: Elaboração própria

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No que se refere ao porte da cooperativa de crédito, os resultados da

Tabela 25 a seguir mostram que existe uma maior adesão às práticas de

governança na medida em que o seu porte aumenta. Apesar deste fato ser

observado em todas as dimensões de governança analisadas, estes resultados

também indicam que as dimensões relativas à representatividade e participação,

juntamente com a dimensão de estrutura de gestão e conselho de

administração, são aquelas que mais se beneficiam do crescimento da

cooperativa de crédito. Entretanto, elas continuam sendo as mais deficientes

quando se analisa o nível de adesão às práticas de governança em cooperativas

de crédito.

Tabela 25 – Escores médios das dimensões de governança em função do porte6

da cooperativa de crédito.

Porte Cooperativas Dimensões de Governança

Total RP CA TRA FIS

Grande 116 6,074 5,596 6,416 8,004 26,090

Médio 340 5,263 5,028 5,658 7,710 23,659

Pequeno 224 4,361 4,087 4,992 6,870 20,309

Micro 194 4,078 4,109 4,826 6,718 19,731

Nota. RP = Dimensão indicativa de Representatividade e Participação; CA = Dimensão indicativa de Estrutura e Conselho de Administração; TRA = Dimensão indicativa de Transparência; FIS = Dimensão indicativa de Fiscalização.

Fonte: Elaboração própria

Assim, tendo por base os dados destas características intrínsecas das

cooperativas que foram expostas nestas últimas tabelas, podemos observar que

as cooperativas de micro porte e também aquelas que não possuem algum

vínculo a um sistema de cooperativas ou a uma cooperativa central

independente são as que apresentaram os menores valores para o indicador de

governança, conforme apontam os valores das Tabelas 25 e 24,

respectivamente.

6 Neste caso, foram utilizados os critérios empregados na pesquisa de governança do Banco Central do

Brasil para a determinação do porte das cooperativas de crédito, assim como na definição das faixas de

corte. Para isto, ver BACEN (2014e).

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Desta forma, os resultados apresentados acima sugerem que o

estabelecimento de vínculos entre as cooperativas singulares e os sistemas de

cooperativas ou com as centrais independentes, assim como o incentivo ao

crescimento do seu porte, pode se constituir em um instrumento a ser utilizado

na melhoria do nível de governança corporativa que é adotado por estas

instituições financeiras. Vale observar que com relação a esta última

possibilidade, além do crescimento natural e orgânico da cooperativa decorrente

da realização das suas atividades, o crescimento também poderá ocorrer através

de mecanismos de fusão e incorporação de outras cooperativas de crédito.

4.2 Componentes da dimensão de desempenho

4.2.1 Fatores de proteção de ativos

A aplicação da análise fatorial sobre este conjunto de indicadores

contábeis resultou na extração de um único fator. Neste caso, se analisarmos a

composição destes indicadores, exibida na Tabela 26, juntamente com as

informações do Anexo A, observaremos que a dimensão latente deste fator está

relacionada à presença de operações de crédito vencidas ou classificadas entre

os níveis de risco “D” e “H” na sua carteira de crédito. A Tabela 26, a seguir,

mostra a composição deste fator pelos indicadores contábeis.

Tabela 26 – Cargas fatoriais do fator de proteção extraído

Indicadores PROT_Aa Unicidadeb

P1 0,9007 0,1887

P2 0,7621 0,4193

P3 0,9417 0,1132

P4 0,7718 0,4043

a Fator extraído pela análise fatorial. b Representa, para cada indicador, o percentual de variância per- dida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

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De posse dos resultados apresentados no Apêndice A, é possível

observar que existe uma associação positiva entre o fator de proteção (PROT_A)

e o indicador de governança (IGOV) em algumas regressões, porém ela não é

robusta à inclusão das variáveis de controle. Portanto, não podemos verificar

uma evidência forte de associação entre estas variáveis.

Considerando-se os valores da Tabela 26, juntamente com a menção

realizada por Bressan et al. (2010) no sentido de que quanto menor os quatro

indicadores contábeis deste grupo, melhor a condição da cooperativa de crédito

quanto à situação de proteção dos seus ativos, vemos que os resultados

observados nos modelos de regressão, quanto à relação entre a adoção de

práticas de governança corporativa e o aumento do fator de proteção de ativos,

caminham na direção contrária àquilo que é recomendado em relação a estes

quatro indicadores.

Assim, os resultados do Apêndice A sugerem que, independentemente da

localização da cooperativa, da existência ou não de vínculo a um sistema

cooperativista, do seu tamanho e do seu tipo, o incremento de práticas de

governança não é acompanhado por uma redução quanto à exposição da

carteira de crédito da cooperativa em relação à presença de operações de

crédito de liquidação duvidosa.

Diante destas informações, é importante comentar que tais resultados

podem ensejar que, aparentemente, as cooperativas de crédito que adotam

maiores práticas de governança se expõem mais aos riscos ou, pelo menos, o

fazem de uma forma menos arriscada em relação às demais. Tal fato pode ser

uma consequência da adoção de uma estratégia de negócios mais agressiva

voltada para a obtenção de retornos mais elevados e/ ou um maior crescimento

das suas atividades e do seu alcance, alinhada com os interesses dos

cooperados.

Neste mesmo raciocínio, vale também observar a possibilidade de as

cooperativas dominadas pelos seus gestores (governança mais fraca) serem

mais conservadoras na sua gestão, especialmente se estes gestores forem

remunerados de forma fixa, o que constitui, sob o ponto de vista do interesse

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pessoal, em uma forma de mantê-la funcionando sem maiores ambições em

termos de crescimento e rentabilidade.

Considerando-se as dimensões de governança, os resultados exibidos no

Apêndice B mostraram que as dimensões indicadoras de transparência (TRA) e

fiscalização (FIS) atuam no sentido de promover uma condição de menor

exposição ao risco por parte da cooperativa. Tal resultado está em conformidade

com o fato de que se espera que quanto maior for o nível de divulgação das

informações na cooperativa, menor será a assimetria de informações entre os

cooperados, como também o risco de seleção adversa na ocasião do

deferimento das operações de crédito dos seus associados.

Em linhas gerais, a análise da relação entre governança e os indicadores

denominados de proteção de ativos pelo sistema PEARLS não evidenciou uma

redução dos níveis de adequação de provisão para perdas com operações de

crédito em face de um maior nível de governança adotado pela cooperativa.

Entretanto, resultados contrários foram obtidos para as cooperativas de maior

porte e que estão situadas na região sudeste do país.

Neste ponto, é importante destacar que um menor nível de proteção dos

ativos de uma cooperativa representa um indício de menor conservadorismo e

de maior agressividade e apetite por parte da sua gestão, não permitindo

concluir que ela venha a ter possíveis dificuldades no futuro que possam

comprometer a sua continuidade. Assim, a análise de tais indicadores torna-se

limitada em razão da dificuldade de se estabelecer um nível mínimo de proteção,

abaixo do qual uma determinada cooperativa se tornaria insustentável. É

possível que as cooperativas com boa governança estabeleçam a sua proteção

de ativos próxima ao nível ótimo considerado para elas, segundo o equilíbrio dos

seus interesses, e tal fato significa que cada indicador pode ser um número

maior ou menor sem dificuldades. Enfim, neste caso não está bem claro se um

indicador maior ou menor significa ser melhor ou ruim para a cooperativa.

Em relação a este grupo de indicadores, vale mencionar que as análises

que envolvem a classificação de risco de operações de crédito, como também as

suas provisões, estão sujeitas às discricionariedades das estratégias de negócio

adotadas pela administração da instituição financeira. Em tal caso, os valores de

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provisão constituída podem apresentar valores atípicos, por exemplo, em razão

do conservadorismo da cooperativa de crédito em relação aos percentuais

adotados na classificação de risco da operação, como também podem ser

consequência de ações voltadas à prática de gestão de resultados como forma

de atenuar a oscilação dos seus valores, conforme explicado por Maia, Bressan,

Lamounier e Braga (2013).

De acordo com Fama e Jensen (1983), as organizações devem contar

com a presença de profissionais com habilidades gerenciais e conhecimentos

técnicos para a tomada de decisões relevantes. No caso deste grupo de

indicadores, a análise e classificação de risco de operações de crédito constitui

uma atividade especializada que exige pessoal qualificado para a sua execução,

e que interfere nestes indicadores, especialmente se considerarmos que a

presença de assimetria de informações entre os cooperados na realização desta

tarefa também pode influenciar os resultados.

Neste sentido, Carvalho (2008) destaca que problemas de assimetria de

informação ocorrem, especialmente, nas cooperativas em que há um elevado

número de associados com baixo nível de instrução como, por exemplo, nas

cooperativas de crédito rural e naquelas localizadas em municípios com baixo

nível de escolaridade.

Além destas, Fontes Filho et al. (2008) apontam a profissionalização da

diretoria, juntamente com a sua independência, como fatores relevantes para o

exercício das atividades na condução dos negócios da cooperativa. Da mesma

forma, ao estudar a continuidade e eficiência das cooperativas de crédito, estes

autores apontam que a avaliação de empréstimos em melhores condições, exige

um alto nível de profissionalismo e organização destas instituições.

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4.2.2 Fatores de efetiva estrutura financeira

No caso dos dados referentes aos indicadores relacionados à estrutura

financeira da cooperativa, foram extraídos dois fatores cuja composição é

detalhada na Tabela 27 a seguir.

Tabela 27 – Cargas fatoriais para os fatores de estrutura financeira extraídos

Indicadores ESTR_Aa ESTR_Ba Unicidadeb

E1 0.0814 0.8394 0.2888

E3 0.7844 0.3241 0.2797

E4 0.7046 -0.4265 0.3216

E5 0.5978 0.4821 0.4102

E6 -0.9256 -0.1108 0.1310

Nota..a Fator extraído pela análise fatorial. b Repre- senta, para cada indicador, o percentual de variância perdida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

No primeiro deles, ocorre o predomínio dos indicadores contábeis E3, E4,

E5 e E6 que, em sua maior parte, de acordo com o Anexo A, estão relacionados

ao capital, ao ativo total, à renda de intermediação financeira e ao patrimônio

líquido ajustado da cooperativa de crédito. Disso, percebe-se que a sua

dimensão latente é representada pela natureza e origem dos recursos utilizados

para o financiamento dos ativos da cooperativa de crédito.

Por sua vez, o segundo fator é constituído principalmente pelo indicador

E1 que, de acordo com as informações do Anexo A, representa o nível de

participação da carteira de crédito da cooperativa na composição do seu ativo.

Os resultados do Apêndice C apresentaram p-valor menor que 0,01 e

apontam uma associação negativa entre o indicador de governança e o fator

ESTR_A. No caso do fator ESTR_B, a maior parte dos resultados do Apêndice E

sugere uma associação positiva entre este fator e o indicador de governança, ou

seja o seu valor aumenta na medida em que o nível de governança da

cooperativa cresce.

Segundo Bressan et al. (2010) o indicador E1 deve variar entre 70% e

80%, o indicador E3 deve ser no máximo 20% e o indicador E4 deve ser no

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mínimo 10%. No caso do indicador E5, estes autores apontam que quanto maior

o seu valor, melhor; e o indicador E6, quanto menor ele for, melhor.

Com base nestas informações, é importante destacar que a metodologia

empregada neste trabalho, baseada nos modelos de regressão, não possibilita

verificar o enquadramento do percentual dos indicadores contábeis em

determinada faixa de variação, constituindo-se, assim, numa limitação desta

pesquisa. Além disso, os percentuais mencionados representam valores

sugeridos como referências que são aproximações e, naturalmente, podem estar

sujeitos às influências de diversos fatores internos e externos ao ambiente de

cada cooperativa que, por sua vez, podem alterar estes limites. Apesar desta

limitação, as informações de tais indicadores serão mantidas na análise com os

modelos de regressão com o propósito de se observar os resultados da sua

presença com o indicador de governança das cooperativas.

Desta forma, tendo por base os valores das cargas fatoriais exibidos na

Tabela 27 e os resultados apresentados nos Apêndices C e, podemos observar

que à medida que o nível de governança aumenta, apenas os indicadores

contábeis E1 e E3 convergem para os valores percentuais contidos nos

intervalos recomendados. Mesmo assim, estes resultados ainda não permitem

afirmar que a cooperativa esteja obtendo necessariamente um bom desempenho

quanto a estes indicadores ao incrementar o nível da sua governança. No caso

das variáveis relacionadas à localização, vínculo, porte e tipo, os resultados

apresentados por estes dois fatores são divergentes entre si, impossibilitando

obter uma conclusão comum que seja válida a todos eles.

Neste ponto, é importante comentar que a associação positiva do

indicador E1 com o indicador de governança é compatível com a associação

realizada no item anterior de que as cooperativas com melhor governança

tendem a ser mais agressivas na concessão do crédito, provavelmente orientada

por uma estratégia focada no crescimento da sua atividade principal de

intermediação financeira.

Segundo Richardson (2002), os indicadores de estrutura financeira estão

relacionados aos ativos geradores de renda e determinam o potencial de

crescimento da cooperativa. Considerando-se isto, os resultados obtidos com

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estes dois indicadores, decorrentes do incremento de práticas de governança,

sinalizam uma readequação do percentual do ativo total que é financiado pelos

cooperados, representado pelo capital social da cooperativa, como também na

proporção do ativo da cooperativa que está alocado na carteira de crédito. Estes

resultados se refletem em uma redução na dependência dos recursos das cotas-

partes dos seus associados no ativo da cooperativa, bem como em um maior

direcionamento de ativos para a atividade de negócio da cooperativa de crédito.

Por sua vez, os resultados mostrados nos Apêndices D e F mostram que

a dimensão de governança referente à representatividade é aquela que mais

contribui para o alcance dos resultados mencionados acima. Neste caso, se

considerarmos que o principal objetivo da constituição dos mecanismos de

governança numa organização é a busca de um alinhamento entre agente e

principal, através da redução do conflito de interesse entre estas partes, então a

presença e a participação dos associados nas atividades da cooperativa pode

representar um instrumento para a redução da influência de grupos com

interesses particulares na cooperativa, que podem desviá-la dos seus objetivos e

princípios, podendo, até mesmo, comprometer a sua continuidade.

Assim, a presença de uma maior proporção de ativos geradores de renda

e uma menor parcela de recursos improdutivos nos ativos da cooperativa, pode

ser um reflexo da atenção dispensada pelos associados quanto à opção pelo

crescimento da cooperativa, como também em relação a uma desejada

continuidade da oferta de seus serviços.

Por outro lado, não foram encontradas evidências do alcance de uma

melhor adequação entre o capital institucional e social com o ativo total da

cooperativa, assim como entre o seu ativo total e o patrimônio líquido ajustado,

que possa estar relacionado com um maior nível de governança praticado pela

cooperativa.

É importante salientar que estes últimos resultados foram observados

mesmo em cooperativas de maior porte, como também naquelas vinculadas aos

sistemas cooperativos, onde foram verificados a ocorrência de valores

crescentes de governança. Nestes casos, isto pode ser um indício de que a

adoção de ações tais como a participação dos cooperados nas atividades da

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cooperativa, a existência de uma estrutura efetiva de fiscalização, a separação

de funções entre conselho de administração e gestão, assim como a

implementação de um maior nível de transparência das informações pela

cooperativa podem, ainda, ser insuficientes na busca de uma melhor

configuração da estrutura de ativos que permita à cooperativa crescer.

Deve ser lembrado que alguns destes últimos indicadores refletem

resultados de estratégias gerenciais adotadas pela cooperativa de crédito como,

por exemplo, o nível de alavancagem desejado, medido neste caso, pela

proporção entre o ativo total e o patrimônio líquido, cuja magnitude está

intimamente relacionada com o nível de risco que a cooperativa está disposta a

assumir em suas atividades de intermediação financeira.

4.2.3 Fatores de qualidade dos ativos

A análise fatorial aplicada às informações referentes aos indicadores de

qualidade de ativos conduziu a extração de quatro fatores representativos das

dimensões latentes deste grupo, cuja composição de cada um deles está

apresentada na tabela a seguir:

Tabela 28 – Cargas fatoriais para os fatores de qualidade de ativos extraídos

Indicadores ATIV_Aa ATIV_Ba Unicidadeb

A1 0,9617 0,1833 0,0415

A2 0,9268 -0,1284 0,1246

A3 0,1044 0,9330 0,1187

A4 0,5679 -0,5534 0,3713

Nota. a Fator extraído pela análise fatorial. b Repre- senta, para cada indicador, o percentual de variância perdida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

Assim, com base nos dados da Tabela 28, como também na composição

deste grupo de indicadores, mostrada no Anexo A, observamos que ambos os

fatores possuem como dimensão latente a proporção dos ativos que não geram

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renda para a cooperativa de crédito. Porém, no fator ATIV_A esta proporção é

tomada em relação ao patrimônio líquido da cooperativa; por sua vez, no fator

ATIV_B esta participação se dá em relação ao seu ativo total.

Para Bressan et al. (2010), quanto menor o valor do indicador A1, melhor

a qualidade dos ativos da cooperativa; para o indicador A2, o seu valor deve ser

inferior a 50% do patrimônio líquido ajustado (PLA)7, não podendo ultrapassar

80%. Por sua vez, o limite superior estabelecido para o indicador A3 é de 5%, já

no caso do indicador A4, a meta estabelecida se encontra entre 70% e 80%.

Apesar da impossibilidade de verificação do enquadramento do percentual

dos indicadores contábeis em determinada faixa de variação pelos modelos de

regressão utilizados neste trabalho, como também na relativa probabilidade de

variação destes mesmos valores percentuais de referências entre as próprias

cooperativas, mantivemos os dados dos indicadores A2, A3 e A4 nos modelos

de regressão com o objetivo de se observar o sentido da variação dos

coeficientes associados a cada uma destas variáveis de desempenho na

presença do indicador de governança.

De posse destas informações, e tendo como referência os resultados

apresentados nos Apêndices G e I, cuja maior parte apresenta um p-valor menor

que 0,01, observamos que apenas os indicadores principais do fator ATIV_B

(indicadores A3 e A4) convergem, relativamente, para a faixa de desempenho

considerada desejável na ocorrência de incrementos no nível de governança.

Neste caso, é preciso observar uma limitação de ordem qualitativa na

interpretação destes resultados, uma vez que esta convergência não está

necessariamente associada com a posse de bons ou maus indicadores de

desempenho pela cooperativa de crédito em razão da melhoria do nível da sua

governança. Podem existir circunstâncias nas quais a cooperativa de crédito

poderá optar pela manutenção de um maior ou menor percentual de ativos

permanentes em seu balanço em decorrência da definição de uma estratégia de

negócios particular, sem que isto possa representar, necessariamente, uma

qualidade inferior dos seus ativos, ou que isto possa mesmo prejudicá-la.

7 Neste caso, o PLA é composto pelo Patrimônio Líquido acrescido dos valores das contas de resultado

credoras e diminuído dos valores das contas de resultado devedoras.

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Considerando-se isto, os resultados obtidos envolvendo os indicadores de

ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa (A3) e os depósitos

totais (A4), ambos tomados em relação ao ativo total da cooperativa, apontaram,

segundo os dados exibidos no Apêndice I, uma associação positiva com o maior

nível de governança em todas as dimensões avaliadas, como também com o

aumento do seu porte e a existência de vínculo a um sistema de cooperativas.

No caso do fator ATIV_A, os resultados exibidos no Apêndice H mostram

que a dimensão indicadora de transparência é a única variável que atua no

sentido de alcançar os níveis considerados adequados para os principais

indicadores que o compõe. Neste sentido, de acordo com Richardson (2002),

quando a cooperativa tem que lidar com o financiamento de ativos não

geradores de renda é recomendável que o faça por meio da utilização de fontes

de menor custo financeiro como, neste caso, as cotas de participação dos

associados. Por isso, este autor afirma que a capitalização da cooperativa é

recomendável como forma de se obter recursos para o financiamento, por

exemplo, do ativo permanente.

Entretanto, para que os cooperados possam tomar a decisão de

capitalizar a cooperativa, Hendricksen e Van Breda (1999) destacam que a

divulgação de informações financeiras exerce um papel central de utilidade na

tomada de decisão, enfatizando que a informação relevante, divulgada de forma

precisa, proporciona as partes interessadas, que neste caso são os cooperados,

maior confiança sobre as atividades da organização.

Deve ser observado que por trás dos dois indicadores principais que

compõem o fator ATIV_B existem referências indiretas à atividade de

intermediação financeira da cooperativa por meio da presença das contas de

operações de crédito, que é o seu principal ativo, e também da sua conta de

captação que constitui uma das alternativas de fonte de recursos para a

realização de empréstimos. Sob este ponto de vista, os resultados obtidos com

uma maior governança sugerem um maior nível de aproveitamento dos recursos

patrimoniais relacionados com as atividades geradoras de renda para a

cooperativa de crédito.

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4.2.4 Fatores de taxa de retorno e custos

A análise fatorial realizada com os indicadores contábeis desta área-

chave conduziu à extração de 4 fatores representativos desta dimensão de

desempenho, conforme exposto na Tabela 29.

Tabela 29 – Cargas fatoriais para os fatores de taxa de retorno e custos

extraídos

Indicadores RC_Aa RC_Ba RC_Ca RC_Da Unicidadeb

R1 0,1461 0,8885 0,1606 0,0314 0,1625

R3 0,0503 0,2246 0,0509 0,7943 0,3135

R5 0,9187 0,0097 0,0262 0,0349 0,1540

R6 -0,2257 0,8922 -0,1396 0,0294 0,1327

R7 0,9433 0,0284 0,1859 0,0588 0,0714

R8 0,8321 -0,0990 -0,2153 0,0520 0,2487

R9 0,4205 0,2736 0,7258 -0,1919 0,1847

R10 0,8942 -0,2017 0,2552 0,0510 0,0920

R11 0,0681 -0,0112 -0,9213 -0,0907 0,1383

R12 0,0546 -0,1954 -0,0471 0,6058 0,5896

R13 -0,1274 0,9037 0,1845 -0,0852 0,1258

Nota. a Fator extraído pela análise fatorial. b Representa, para cada indicador, o percentu- al de variância perdida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

Tendo por base os indicadores contábeis que compõem cada um destes

fatores, apresentados no Anexo A, assim como as cargas fatoriais da Tabela 29

podemos observar que a dimensão latente do fator RC_A está relacionada ao

volume das sobras que a cooperativa aufere decorrente das suas atividades; o

fator RC_B é influenciado pelas despesas operacionais e administrativas

incorridas pela cooperativa; no caso do fator RC_C, as receitas da atividade

financeira decorrentes da intermediação e prestação de serviços constituem a

dimensão latente deste fator e, por último, o fator RC_D representa, em

essência, a magnitude das despesas com captação e gestão da cooperativa.

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A seguir, apresentamos a Tabela 30 que contém as recomendações

sugeridas no trabalho realizado por Bressan et al. (2010) atinentes ao

comportamento dos valores de cada indicador deste grupo.

Tabela 30 – Recomendações quanto aos indicadores contábeis

Fatores Indicadores Recomendação

RC_A

R5 Deve ser suficiente para cobrir as despesas e prover adequado aumento do capital institucional.

R7 Quanto maior, melhor.

R8 Quanto maior, melhor.

R10 Quanto maior, melhor.

RC_B

R1 Deve ser tal que auxilie na manutenção do capital institucional em pelo menos 10%.

R6 Deve ser inferior a 10%.

R13 Deve ser analisado com os demais indicadores de maneira conjunta.

RC_C R9 Quanto maior, melhor.

R11 Quanto maior, melhor.

RC_D R3 Deve ser superior à taxa de inflação.

R12 Deve ser suficiente para atendimento das demandas dos cooperados.

Fonte: Elaboração própria – baseado em informações de Bressan et al. (2010)

As informações da Tabela 30 mostram que não é sugerido um sentido de

variação para os indicadores R1, R3, R5, R12 e R13 que seja considerado

adequado. Mesmo assim, manteremos as informações destes indicadores nos

modelos de regressão a fim de observarmos os seus comportamentos na

presença da variável de governança. Entretanto, vale destacar que os modelos

de regressão utilizados nesta pesquisa não possibilitam a realização de

inferências quanto ao enquadramento de indicadores em uma determinada faixa

de variação de valores, e que os resultados não permitem inferir sobre a

qualidade dos indicadores de desempenho das cooperativas.

Assim, de posse das informações apresentadas na Tabela 30, como

também dos resultados dos modelos apresentados nos Apêndices M e O,

respectivamente, podemos observar que acréscimos no nível de governança

adotado pelas cooperativas de crédito, representados pela variável IGOV,

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sugerem uma melhor adequação destas instituições quanto aos quesitos

mensurados pelos indicadores R6 e R9.

Quanto aos indicadores R12 e R13, os resultados dos Apêndices M e Q

apontam uma associação negativa da governança com estes indicadores, cuja

análise, segundo (Bressan et al., 2010), deve ser realizada em conjunto com

outros indicadores do sistema PEARLS e também deve contemplar o

atendimento efetivo das demandas dos cooperados. Por outro lado, na visão de

Richardson (2002), o indicador R13 deve ser menor que 10%.

Além do indicador R9, que mensura a participação do resultado obtido

com a intermediação financeira realizada pela cooperativa de crédito em relação

a sua receita operacional, observa-se que a maior parte dos indicadores de

desempenho ligados à apuração de despesas operacionais, de gestão e

administrativas como, por exemplo, o indicador R6, foram aqueles que se

associaram positivamente com os resultados das ações de governança adotadas

pelas cooperativas. Nesta situação, os resultados exibidos nos Apêndices N e R

sinalizaram que as dimensões de fiscalização e de transparência foram aquelas

que mais influenciaram estes indicadores.

Tal fato encontra justificativa no trabalho de Ventura (2008) ao analisar as

relações de conflitos de interesses em cooperativas de crédito, no qual foi

observada a redução do custo de agência naquelas em que havia um

monitoramento coletivo e a implementação de práticas de governança

corporativa. Da mesma forma, Alves (2010) destaca a relevância do papel da

divulgação das informações para mitigar o risco de expropriação por parte dos

gestores e para proporcionar um melhor entendimento dos projetos de

investimento, dos resultados das decisões da administração e também dos

riscos que podem afetar o futuro da organização.

Assim, no caso das cooperativas de crédito, o emprego de mecanismos

voltados à redução da assimetria das informações entre os cooperados, fazendo

com que eles tenham pleno conhecimento das informações sobre os negócios e

dos resultados alcançados, de forma a melhorar a sua opinião sobre a

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instituição, sugere reflexos em termos de uma melhor adequação das despesas

relacionadas às suas atividades operacionais e administrativas.

Naquilo que diz respeito ao papel desempenhado pela dimensão de

fiscalização nestes resultados, vale mencionar a afirmação feita por Shleifer e

Vishny (1997) de que o retorno dos investimentos realizados pelos financiadores

de recursos em uma organização constitui um dos objetivos a ser perseguido

pela implementação dos mecanismos de governança e, no caso das

cooperativas de crédito, o conselho fiscal é parte integrante deste mecanismo

sendo o agente fiscalizador da conformidade das ações dos administradores de

acordo com as estratégias estabelecidas pelo conselho de administração.

Segundo Silveira e Barros (2008) os mecanismos de governança

funcionam para alinhar os interesses dos administradores aos de todos os

proprietários. Neste sentido, o conselho fiscal atua como um controle

independente para os membros da sociedade, funcionando como uma

ferramenta para agregar valor para a sociedade (ABBC, 2009).

Considerando-se as características do porte e da existência de vínculo, os

resultados dos Apêndices M e Q mostram que as cooperativas de maior porte,

como também aquelas vinculadas a um sistema cooperativista apresentam, de

forma comparativa, melhores indicadores relacionados à mensuração de

despesas do que as cooperativas que não pertencem a este conjunto.

Neste sentido, Soares e Sobrinho (2008) descrevem que as cooperativas

de 2º grau organizam em maior escala os serviços das filiadas, facilitando a

utilização recíproca dos serviços. Segundo Taylor (1972), justificativas para

presença de fontes de economia de escala nas cooperativas de crédito tem sido

centradas em torno do conceito da especialização do trabalho, do emprego

crescente de recursos eletrônicos para o armazenamento dos dados e da

redução dos custos administrativos por unidade de resultado. Este autor destaca

que tais procedimentos tem sido prática comum no caso das cooperativas de

crédito maiores.

Uma conclusão importante pode ser extraída da observação dos

resultados exibidos no Apêndice L, segundo o qual não existe uma relação dos

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indicadores de governança com os indicadores de desempenho que compõem o

fator RC_A os quais, em sua maior parte, estão relacionados às rubricas que

envolvem as sobras. A ocorrência de tal fato sinaliza que as cooperativas que

apresentam um maior nível de governança estão mais atentas com a busca do

seu crescimento do que com a rentabilidade, considerando os resultados

anteriores que sugerem que elas são mais arrojadas do que as demais.

4.2.5 Fatores de liquidez

Nesta sequência, submetemos os indicadores de liquidez à análise fatorial

e obtivemos a seguinte a matriz de cargas fatoriais referente aos dois fatores

extraídos deste grupo, conforme exibidos na Tabela 31 a seguir:

Tabela 31 – Cargas fatoriais para os fatores de liquidez extraídos

Indicadores LIQ_Aa LIQ_Ba Unicidadeb

L1 0,5870 0,5723 0,3279

L2 0,9210 -0,0583 0,1484

L3 -0,0493 0,9241 0,1436

Nota. a Fator extraído pela análise fatorial. b Representa, para cada indicador, o percentual de variância perdida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

Considerando-se a composição destes indicadores de liquidez exibida no

Anexo A, observamos que a dimensão latente do fator LIQ_A está na cobertura

dos passivos que são representados pelas captações; quanto ao fator LIQ_B, a

sua dimensão latente está relacionada à parcela líquida dos ativos detidos pela

cooperativa de crédito.

Para Bressan et al. (2010), quanto maior o valor o valor dos indicadores

L2 e L3, menor será o risco de liquidez para a cooperativa. No caso do indicador

L1, os autores recomendam que o seu valor seja igual ou superior a 1.

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Desta forma, considerando-se os valores da Tabela 31 e os resultados

exibidos nos Apêndices S e U, vemos que os resultados obtidos nos modelos

econométricos, quanto à relação entre a adoção de práticas de governança

corporativa e às variações e magnitudes recomendadas para este grupo de

indicadores que compõem estes fatores, não apontaram uma associação entre

estas variáveis que sugira um aumento da condição de liquidez das cooperativas

de crédito. Particularmente, no caso do fator LIQ_B, existe uma robusta

associação negativa com os indicadores de governança. Tal fato é compatível,

novamente, com a hipótese de que as cooperativas com melhor governança são

mais agressivas na busca pela sua expansão das suas atividades sendo menos

conservadoras e mais arrojadas do que as demais.

Estes mesmos resultados também não permitem inferir sobre a existência

de cooperativas que desfrutam de uma situação maior liquidez pelo fato de

serem maiores do que outras, ou mesmo em razão da sua vinculação a um

sistema estruturado de cooperativas.

Considerando-se esta análise, vale mencionar a opinião de Croteau

(1968), quanto à importância relativa da liquidez em uma organização, ao dizer

que ela não é por si mesma um objetivo a ser atingido pela administração, que

tem que equilibrar o objetivo da segurança contra o da rentabilidade e procurar

um conjunto adequado de relações entre os itens que participam da composição

do balancete da organização.

Neste sentido, é importante observar que a análise de indicadores

relacionados à liquidez poderá estar vinculada com a consideração de outras

informações que impactam o seu nível em uma instituição de forma conjunta.

Por exemplo, na visão de Iudícibus (1998, p. 99), liquidez e rentabilidade

interagem entre si, produzindo uma configuração empresarial particular. Assim,

tal possibilidade, entre outras, podem limitar a realização de avaliações deste

grupo de indicadores baseadas unicamente na redução de custos de agência,

originados dos conflitos de interesses entre agente e principal, e que por meio da

adoção de estruturas de governança podem ser minimizados.

Relembrando os conflitos de agências presentes nas cooperativas de

crédito, já discutidos, deve-se atentar ao fato da existência de instituições cujo

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número de tomadores é maior do que o número de poupadores em seu quadro

social, o que por si só poderá representar um fator de desequilíbrio entre as

entradas e saídas de recursos. Sendo assim, poderá ser verificada uma

configuração de menor liquidez naquele grupo de cooperativas que se

enquadram nesta situação, independentemente do nível da qualidade da

governança que possui.

Uma possível justificativa para os resultados obtidos sobre a liquidez

também poderá estar relacionada com o efeito do critério utilizado pelas

cooperativas para a concessão do crédito. Tal como apontado na seção sobre os

indicadores de proteção de ativos, a adoção de uma postura conservadora

quanto à constituição das provisões poderá aumentar o volume destas

provisões. Como consequência, poderá ocorrer uma diminuição dos seus

recursos, impactando na redução da situação de liquidez das cooperativas de

crédito.

Esta possibilidade vai ao encontro de um dos resultados do estudo

realizado por Gonçalves e Braga (2006) ao verificar que o aumento das

provisões para crédito de liquidação duvidosa, neste caso, constituída em razão

dos atrasos e inadimplência dos cooperados, apresentava impacto negativo

sobre a liquidez destas instituições financeiras. Estes mesmos autores também

destacam o fato de as cooperativas de crédito serem incapazes de promover

uma diversificação geográfica e de produtos que faz com que elas tenham

dificuldades para captar recursos, dificultando a sua situação de liquidez,

independentemente da condição de governança da cooperativa, do seu porte e

da vinculação a um sistema cooperativo.

Com relação à influência das dimensões de governança sobre os

indicadores de liquidez, vale mencionar que mesmo com a identificação de

algumas delas nos Apêndices T e V como sendo positiva para a melhoria de

alguns índices, em linhas gerais, os resultados consolidados para este grupo de

indicadores foram inconclusivos, haja vista a limitação verificada em se

estabelecer um nexo entre as variáveis que compõe cada indicador de liquidez

com as respectivas dimensões que cada resultado destacou.

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4.2.6 Fatores de crescimento

O desempenho das cooperativas também foi avaliado sob o aspecto do

crescimento que, segundo Richardson (2002), juntamente com a presença de

uma rentabilidade sustentada, constitui a principal forma para manter os ativos

de uma cooperativa de crédito valorizados.

No caso dos fatores de crescimento, estes foram extraídos mediante a

realização da análise fatorial sobre um conjunto inicial de nove indicadores

contábeis sugeridos pelo sistema PEARLS ajustado. Na sequência, são

apresentados os valores da matriz de cargas fatoriais referentes aos fatores

extraídos.

Tabela 32 – Cargas fatoriais para os fatores de crescimento extraídos

Indicadores CRESC_Aa CRESC_Ba CRESC_Ca CRESC_Da Unicidadeb

S1 0,0793 0,0503 0,8461 -0,0474 0,2730

S2 0,8997 0,0169 -0,0630 -0,0411 0,1846

S3 -0,0022 0,8649 0,0178 0,0347 0,2503

S4 -0,0088 0,0415 -0,0196 0,9892 0,0193

S5 0,0892 0,8854 -0,0114 0,0102 0,2078

S6 0,2072 0,1994 0,5011 -0,0841 0,6591

S7 0,0365 -0,2950 0,7106 0,1190 0,3925

S8 0,9060 0,0434 0,1706 0,0230 0,1477

S9 0,6142 0,0572 0,3580 0,0039 0,4913

Nota. a Fator extraído pela análise fatorial. b Representa, para cada indicador, o percen- tual de variância perdida para compor o fator extraído.

Fonte: Elaboração própria

No caso do primeiro fator, denominado CRESC_A, ocorre o predomínio

dos indicadores contábeis S2, S8 e S9 que, segundo o Anexo A, estão

relacionados às captações, ao ativo total e às operações de crédito. Pela

natureza destas informações, nota-se que a dimensão latente deste fator está

relacionada ao crescimento da atividade de intermediação da cooperativa de

crédito.

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O segundo fator, é composto principalmente pelos indicadores S3 e S5

que representam o crescimento das operações de crédito classificadas entre o

nível de risco “D” e “H”, e o crescimento do volume de provisões da carteira de

crédito, respectivamente. Neste caso, ambos indicadores estão relacionados

com a presença das operações de crédito classificadas com o nível de risco

entre “D” e “H” na carteira de crédito da cooperativa.

No caso do fator CRESC_C, na sua composição estão presentes os

indicadores S1, S6 e S7 que mensuram, respectivamente, o crescimento das

receitas operacionais, das despesas administrativas e do patrimônio líquido da

cooperativa de crédito. Nesta situação, os três indicadores estão vinculados com

a geração de resultados decorrentes das atividades da cooperativa.

Por último, o quarto fator, denominado por CRESC_D, é constituído,

principalmente, pelo indicador S4 que mede o crescimento dos ativos não

direcionados com a atividade fim desenvolvida pela cooperativa.

Na sequência, apresentamos as recomendações contidas no trabalho

realizado por Bressan et al. (2010) referentes ao comportamento dos valores de

cada indicador deste grupo.

Tabela 33 – Recomendações quanto aos indicadores contábeis

Fatores Indicadores Recomendação

S2 Quanto maior, melhor.

CRESC_A S8 Deve ser superior à taxa de inflação.

S9 Quanto maior, melhor.

CRESC_B S3 Quanto menor, melhor.

S5 Quanto menor, melhor.

S1 Quanto maior, melhor.

CRESC_C S6 Quanto menor, melhor.

S7 Quanto maior, melhor.

CRESC_D S4 Quanto menor, melhor.

Fonte: Elaboração própria – baseado em informações de Bressan et al. (2010)

Desta forma, considerando-se as informações apresentadas nas Tabelas

32 e 33, bem como os resultados dos modelos de regressão apresentados nos

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Apêndices W, Y, AA e AC, podemos observar que acréscimos no nível de

governança adotado pelas cooperativas de crédito sugerem uma melhor

adequação da cooperativa de crédito nos quesitos mensurados pelos

indicadores S1, S2, S4, S7, e S9. No caso do indicador S8, mesmo existindo

uma recomendação no sentido de que o seu crescimento seja em um nível

superior à taxa de inflação, os resultados do Apêndice W sinalizam que o

incremento do nível de governança está associado a um crescimento deste

indicador.

Ou seja, os resultados sugerem a existência de uma possível associação

entre um maior nível de adoção de práticas de governança pelas cooperativas

de crédito e uma melhora dos indicadores relacionados ao crescimento das

receitas operacionais, da captação, do patrimônio líquido, do ativo total e

também das suas operações de crédito.

Além destes, os resultados exibidos no Apêndice AC sugerem, em face

dos baixos valores e da ausência de significância estatística dos coeficientes da

variável de governança, que não existe uma relação entre governança e o fator

CRESC_D, ou seja, neste caso não é possível afirmar a respeito de uma

possível influência do nível de governança praticado pela cooperativa sobre o

crescimento do volume dos seus ativos que não estão relacionados com a sua

atividade principal de intermediação financeira.

Ao mesmo tempo, verificou-se, em quase todos os resultados, que as

cooperativas de crédito que possuem um porte maior, assim como aquelas que

estão vinculadas a uma cooperativa central independente ou a um sistema

cooperativista apresentam maiores valores para os indicadores relacionados ao

crescimento. Tal fato pode representar um dos resultados finais da associação

realizada por Klapper e Love (2004) entre a necessidade de capital para crescer,

enfrentada pelas empresas menores, e o estabelecimento de um melhor nível de

governança para se obter este capital que, no caso das cooperativas de crédito

é, em essência, representado pelas captações advindas dos seus associados8.

8 Vale observar que também existem as cooperativas de crédito conhecidas como “capital e empréstimo”,

que não realizam a captação de depósitos, cuja única fonte de recursos para a realização das operações de

crédito advém do seu próprio capital.

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Além disso, também é importante mencionar que a adoção de

mecanismos de governança é uma forma de se reduzir os custos de agência

(Klapper e Love, 2004) que, neste caso, representa uma medida justificável a ser

implementada por empresas em crescimento. Entretanto, segundo McConnell e

Servaes (1995), citados por Silveira et al. (2008), tais empresas costumam

possuir um caráter como sendo expropriadoras de recursos.

Neste ponto, vale observar que as despesas administrativas incorridas

pelas cooperativas de crédito que possuem um maior nível de governança não

sinalizaram uma redução do seu crescimento. Neste sentido, uma possível

justificativa para este resultado observado pode estar relacionada à

implementação, ou mesmo à manutenção de uma estrutura de governança que

exige investimento para a contratação de serviços de auditoria, geração de

relatórios de controle, treinamento de pessoal, despesas com publicidade e

incentivos à participação dos cooperados nas assembleias, como também em

custos advindos da existência de uma estrutura apartada para o conselho de

administração. Neste último caso, vale lembrar que, segundo BACEN (2014e),

apenas 22,3% das cooperativas de crédito analisadas não remuneram os

membros do conselho de administração.

Os resultados com os modelos, apresentados no Apêndice X, também

apontaram que as dimensões de governança relacionadas à estrutura de gestão

e conselho de administração, juntamente com a fiscalização, contribuem para a

melhora dos indicadores de crescimento da captação, do ativo total e também

das operações de crédito. Entretanto, no caso dos indicadores vinculados ao

crescimento das receitas operacionais e do patrimônio líquido, bem como a

melhora do indicador relacionado ao crescimento dos ativos que não estão

relacionados com a atividade fim da cooperativa, os resultados expostos nos

Apêndices X e AB, apontam que a dimensão de fiscalização assume um papel

de protagonista, dentre as demais dimensões de governança, na melhora destes

indicadores contábeis.

O destaque da dimensão de estrutura de gestão e conselho neste

resultado pode ser compreendido se levarmos em conta que os elementos

patrimoniais envolvidos nestes indicadores constituem uma representação

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contábil das atividades de negócio que as cooperativas de crédito desenvolvem

em essência, que é a intermediação financeira. Neste caso, a performance da

cooperativa de crédito pode estar sujeita a influência das suas estratégias que,

segundo Ventura et al. (2009), devem ser definidas e implementadas pelo

conselho de administração e pela diretoria executiva, respectivamente. Neste

sentido, Soares e Ventura (2008) observam que cabe aos administradores com

funções executivas o máximo esforço para alcançar os resultados esperados

pelos proprietários, articulados pelo conselho de administração.

Se considerarmos que o crescimento de uma cooperativa de crédito

representa uma das metas estabelecidas em seu planejamento estratégico

então, vale mencionar a visão de Tosini et al. (2008) para os quais a fiscalização

e o controle desempenham papel fundamental para a realização das estratégias

estabelecidas pelo conselho de administração e que, através da ação das

auditorias, reduzem a assimetria entre os órgãos de governança.

Além disso, deve ser observado que, de acordo com o BACEN (2014e),

apenas 27,8% das cooperativas de crédito mantem a segregação entre conselho

de administração e diretoria executiva. Nestas situações em que ocorre um

acúmulo de funções de execução e de estratégia e controle, o exercício de

fiscalização e defesa do interesse do cooperado confere um papel de maior

importância às atividades desempenhadas pelos conselhos fiscais nas

cooperativas de crédito (Favalli, 2010).

Por outro lado, os resultados não evidenciaram uma diminuição do volume

de operações de crédito classificadas com nível de risco entre “D” e “H”, assim

como uma redução das provisões constituídas em face da adoção de um maior

número de práticas de governança por parte das cooperativas de crédito. Tal

constatação poderá estar relacionada com os mesmos eventos que impactaram

os indicadores de proteção dos ativos, haja vista que estes indicadores de

desempenho são sensivelmente influenciados pelas decisões de negócio da

cooperativa de crédito, especialmente, quanto à forma como ela realiza a

avaliação, a análise e também a renegociação das operações de crédito que são

contratadas pelos seus próprios cooperados.

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Por fim, vale destacar que esta última evidência reforça mais uma vez a

ideia de que as cooperativas com melhor governança são mais arrojadas e

voltadas para uma estratégia de crescimento, assumindo maiores riscos neste

processo. Naturalmente, é possível que a presença de um melhor nível de

governança na cooperativa tenha motivado a adoção desta estratégia ou que a

própria estratégia tenha motivado a governança. Independentemente de qual

possibilidade possa estar prevalecendo, tal fato sugere a existência de uma

associação entre estes dois eventos.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho foi iniciado apresentando o crescimento em volume, como

também em participação no SFN, do segmento representado pelas cooperativas

de crédito. Mesmo assim, apesar desta participação ainda ser pequena, existe

um horizonte de expansão a ser alcançado por estas instituições em face da

pequena representatividade do volume de crédito no Brasil em comparação com

os outros países, como também pelo elevado número de pessoas que ainda não

possuem acesso aos serviços financeiros.

Ao longo do seu desenvolvimento, mostramos que o segmento de

cooperativas de crédito no país é caracterizado por diversas formas de

heterogeneidade dos seus componentes. Tais diferenças se manifestam através

do tamanho de cada cooperativa, da forma como ela está organizada, da

natureza profissional dos seus associados, assim como pela própria localização

geográfica onde desempenha as suas atividades.

Por se tratar de uma forma de organização complexa sob o ponto de vista

do estudo da sua governança, haja vista o seu caráter de mutualidade, não ter

por objetivo a obtenção de lucro e, na grande maioria dos casos, ser

administrada pelos próprios cooperados, propusemos a investigação da

influência que a adoção de práticas, consideradas como sendo de boa

governança, exerce sobre o desempenho desta forma de instituição financeira.

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Através da consolidação da pontuação atribuída às respostas do

questionário elaborado pelo BACEN, pudemos verificar que as cooperativas de

crédito no Brasil apresentam um determinado nível de adesão às práticas de

governança corporativa. Entretanto, o nível médio de incorporação destas ações,

que compõem os seus mecanismos de governança, ainda é baixo e apresenta

grande variabilidade em termos de adesão entre os componentes do segmento.

Neste sentido, tendo por base os critérios estabelecidos por Ferguson e

McKillop (2000) para a classificação das cooperativas de crédito em função do

estágio de evolução do seu desenvolvimento, o sistema cooperativista no Brasil

pode ser classificado como sendo de transição. Tal fato é justificado pela

magnitude do volume dos ativos das cooperativas de crédito no Brasil, do seu

número de cooperados, da existência de uma relativa diversificação dos seus

produtos e serviços financeiros, cuja oferta não se restringe à redução da

pobreza através de programas de microfinanças, mas se estendem à população

em geral; como também o crescimento da utilização de serviços centralizados e

a presença de uma estrutura de supervisão e regulação em desenvolvimento e a

existência de uma estrutura de seguro de depósitos.

Ao mesmo tempo, estes autores apontam que as cooperativas de crédito

que se encontram neste estágio de desenvolvimento também são caracterizadas

por possuírem uma maior ênfase na busca de crescimento e eficiência das suas

atividades. De forma obstante, os resultados do trabalho realizado por Labie e

Périlleux (2008) identificam e descrevem que o fraco nível de governança

corporativa desta forma de organização constitui a principal limitação para o seu

desenvolvimento.

Assim, pode-se inferir que o crescimento do nível de adesão às práticas

consideradas como sendo de boa governança para as cooperativas de crédito

constitui um requisito a ser atendido por este segmento no caminho para se

atingir um grau de desenvolvimento classificado, segundo Ferguson e McKillop

(2000), como sendo de uma indústria madura, no qual as instituições deste

segmento possuem um maior nível de profissionalização dos seus gestores, uma

maior diversificação de produtos financeiros e uma centralização de serviços

crescente.

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Este estudo também sinalizou que um maior grau na qualidade da

governança é alcançado quando as cooperativas de crédito possuem algum

atributo que lhe permita beneficiar-se de ganhos de escala vinculados a uma

estrutura administrativa maior como, por exemplo, possuir um porte maior, ou

mesmo vincular-se a uma cooperativa central ou a um sistema de cooperativas.

Neste sentido, os resultados da pesquisa justificam à adoção das ações do

Banco Central do Brasil voltadas a incentivar a associação das cooperativas de

crédito, sejam elas realizadas por meio de fusão ou incorporação de instituições.

Diferentemente dos demais trabalhos que estudaram a relação entre

governança e desempenho abordando o constructo governança de uma forma

agregada sob um único indicador, procurou-se incluir nesta análise as suas

dimensões relevantes com base nas diretrizes propostas quanto à adoção de

práticas consideradas como sendo de boa governança por organismos tais como

o WOCCU, OCDE, BACEN, IBGC e CVM, porém aplicadas ao ambiente das

cooperativas de crédito no Brasil.

Os resultados gerados pelos modelos de regressão, através do método

dos mínimos quadrados ordinário, apresentaram coeficientes estimados

significantes estatisticamente ao nível de 5% em 67% dos testes realizados com

o indicador de governança consolidado. Nestes casos, os coeficientes gerados

para os fatores de crescimento e de proteção de ativos foram aqueles que

obtiveram o maior nível de significância.

O emprego das variáveis de controle serviu para refinar a análise

empírica. Neste sentido, elas serviram para isolar eventuais influências devidas a

certas características das cooperativas como porte, localização, natureza da

cooperativa e presença de vínculo a um sistema de cooperativas. Apesar da

inserção destes controles, esta pesquisa buscou documentar uma associação

entre as variáveis de governança e desempenho, sem a pretensão de

estabelecer relações de causa e efeito por trás desta associação, o que

representa uma limitação desta pesquisa.

Com efeito, a utilização de mais de um indicador de desempenho,

proporcionou uma visão comparativa de algumas formas de se avaliar as

possíveis associações entre os constructos governança e desempenho.

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Entretanto em alguns indicadores de desempenho a associação com o nível de

governança tornou-se menos precisa e, por vezes, ambígua em razão da

complexidade em se estabelecer um limite para o qual o valor de um

determinado indicador pode ser considerado como sendo ideal como, por

exemplo, nos indicadores de liquidez. Afinal, um determinado nível de liquidez é

necessário para se reduzir o risco de não cumprimento de obrigações, porém o

seu excesso pode significar um uso ineficiente dos recursos e, ao mesmo tempo,

um custo de oportunidade para a cooperativa. Por isso, as análises da relação

entre o nível de governança e este grupo de indicadores apresentaram esta

limitação quanto a sua interpretação.

Neste sentido, referente à interpretação dos resultados, a maior parte dos

indicadores utilizados eram de interpretação objetiva, do tipo “quanto maior/

menor, melhor”. Entretanto, uma parcela dos indicadores contábeis utilizados

possuía como referência de adequabilidade ao PEARLS intervalos de valores,

ou mesmo patamares máximos e mínimos, que eram valores aproximados e

sujeitos às particularidades de cada cooperativa. Por isso, em razão da limitação

da metodologia empregada neste trabalho, apesar de ser possível observar o

comportamento dos indicadores contábeis, juntamente com o indicador de

governança nos modelos de regressão, a interpretação destes resultados é

limitada quanto à afirmação de que a cooperativa esteja operando com

indicadores num intervalo de valores considerado adequado em razão da

melhoria da governança.

Mesmo assim, a análise deste grupo particular de indicadores sugere que

a medida que a cooperativa de crédito aumenta a qualidade dos seus

mecanismos de governança, passa a ocorrer uma melhor adequação das suas

despesas de gestão, administrativas e operacionais em relação aos seus ativos.

Além disso, os resultados com estes indicadores sinalizam a existência de uma

maior alocação dos recursos financeiros em elementos patrimoniais, que estão

voltados para a sua atividade de intermediação, quando o nível de governança

da cooperativa é maior.

Por sua vez, a utilização de fatores que representam as dimensões da

governança apontou indícios de que o aprimoramento das estruturas de gestão e

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conselho de administração, assim como a fiscalização está associado a uma

melhor adequação em termos de proporção de ativos, exigibilidades e capital da

cooperativa no sentido de aumentar o seu potencial de crescimento, com

possíveis reflexos sobre os seus ativos, operações de crédito, captação e

receitas operacionais.

Nesta mesma ideia, os resultados obtidos com a dimensão de

transparência sugeriram, em linhas gerais, a sua importância como elemento

mitigador das despesas administrativas, operações de crédito de maior risco,

como também dos ativos não geradores de renda e não relacionados à atividade

fim da cooperativa.

Desta forma, os resultados se alinham com a hipótese, presente na

literatura acadêmica, de que ao reduzir os custos de agência decorrentes do

conflito de interesses entre agente e principal, os mecanismos de governança

corporativa promovem a melhoria da eficiência da organização. Neste caso,

pode se dizer que tal fato se aplica às cooperativas de crédito, que são

instituições associativistas, com caráter de mutualidade e sem fins lucrativos.

Considerando isto, vale observar que independentemente de as

cooperativas de crédito priorizarem um dos aspectos social ou econômico das

suas atividades, o crescimento sustentável e a expansão destas atividades estão

entre os objetivos principais a serem alcançados por elas. Assim, sob este ponto

de vista, indicadores de crescimento passam a obter uma maior relevância,

dentre os demais indicadores, para a avaliação do desempenho destas

instituições financeiras.

Com relação a este quesito, os resultados obtidos com os indicadores de

interpretação objetiva sinalizaram que o crescimento da cooperativa, em termos

de volume de captações, operações de crédito, receitas operacionais e

patrimônio líquido constituem a dimensão de desempenho que apresentou maior

associação com o incremento do nível de governança das cooperativas de

crédito. Neste ponto, e com base nestes resultados, temos condições de voltar a

nossa questão de pesquisa para responder que a adoção de práticas,

consideradas como sendo de boa governança, aponta para um melhor

desempenho destas instituições financeiras.

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Neste sentido os resultados sugerem que a redução dos conflitos de

interesse presentes nestas organizações pode ser uma forma de alinhar

interesses como, por exemplo, entre poupadores e tomadores de recursos. Tal

possibilidade vai ao encontro da afirmação realizada por Rock, Otero, Saltzma

(1998): “experience has shown that better governance is achieved in credit

unions that have a balance between net savers and net borrowers” (p. 27).

Além destes autores, estes últimos resultados também se justificam por

Smith (1986), que analisou a possibilidade teórica da existência de objetivos

excludentes nas cooperativas de crédito decorrentes dos conflitos de interesses

entre estes grupos de cooperados, mas que, ao final, acabou por concluir que o

estabelecimento de um objetivo neutro é uma possibilidade razoável de

descrição de comportamento por uma cooperativa de crédito sob o ponto de

vista empírico.

Da mesma forma, porém sob o ponto de vista financeiro, Fried, Lovell e

Eeckaut (1993) consideram que o equilíbrio das taxas cobradas e oferecidas aos

associados deve ser a solução a ser perseguida por estas instituições. Neste

caso, Carvalho et al. (2015), afirmam que o principal desafio no gerenciamento

destas instituições é encontrar taxas ótimas e uma adequada distribuição de

sobras tal que ambas permitam manter a sua solidez financeira sem colocar em

risco a sua continuidade.

Sob o ponto de vista teórico, o resultado final deste trabalho oferece um

indício de que a redução dos conflitos de interesses, presentes em uma

cooperativa de crédito, pode contribuir para o crescimento e a expansão das

suas atividades. Além disso, instiga outros estudos a analisar a relação entre

governança e desempenho nestas instituições, porém utilizando diferentes

indicadores e outras metodologias de pesquisa. Em termos práticos, estes

resultados reforçam o estímulo ao estabelecimento e melhoria de mecanismos

de governança corporativa nas cooperativas de crédito oferecidos por órgãos

tais como WOCCU, OCB e o BACEN, como instrumento para a fomentação das

suas atividades.

Por fim, considerando-se a relevância do tema governança corporativa,

assim como a importância do segmento cooperativista para o sistema financeiro

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e para a economia nacional propõe-se, como sugestão de pesquisa, uma análise

da presença de mecanismos de governança, sob uma abordagem quantitativa,

quanto à uma possível associação com os indicadores de desempenho. Neste

caso, poderá ser ampliada a análise utilizando-se informações de governança de

vários períodos de tempo. Por sua vez, a realização de testes com diferentes

formas funcionais poderá ser de utilidade na obtenção de um melhor ajuste

quanto ao comportamento da governança nestas instituições, e o emprego de

variáveis instrumentais poderá agregar maior valor aos resultados quanto à

observação de uma possível relação de causa e efeito entre estas variáveis.

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184

ANEXO A – Metodologia de Cálculo dos Indicadores Contábeis

Grupo 1 – Proposta de indicadores de Proteção

P1 = Provisão para liquidação duvidosa sob operações de crédito/Carteira classificada total

Contas Cosif para compor o indicador P1:

1.6.9.00.00-8 (-) Provisão para operações de crédito

3.1.0.00.00-0 Classificação da carteira de crédito

P2 = Operações de crédito vencidas/Carteira classificada total

Contas Cosif para compor: Operações de crédito vencidas

Operações vencidas (risco nível B)

(+) 3.1.3.10.20-2

(+) 3.1.3.20.20-9

(+) 3.1.3.30.20-6

Operações vencidas (risco nível C)

(+) 3.1.4.10.20-5

(+) 3.1.4.20.20-2

(+) 3.1.4.30.20-9

Operações vencidas (risco nível D)

(+)3.1.5.10.20-8

(+) 3.1.5.20.20-5

(+) 3.1.5.30.20-2

Operações vencidas (risco nível E)

(+) 3.1.6.10.20-1

(+) 3.1.6.20.20-8

(+) 3.1.6.30.20-5

Operações vencidas (risco nível F)

(+) 3.1.7.10.20-4

(+) 3.1.7.20.20-1

(+) 3.1.7.30.20-8

Operações vencidas (risco nível G)

(+) 3.1.8.10.20-7

(+) 3.1.8.20.20-4

(+) 3.1.8.30.20-1

Operações vencidas (risco nível H)

(+) 3.1.9.10.20-0

(+) 3.1.9.20.20-7

(+) 3.1.9.30.20-4

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Contas Cosif para compor: Carteira classificada total

3.1.0.00.00-0 Classificação da carteira de crédito

P3 = Operações de Risco nível D até H / Classificação da carteira de créditos

Contas Cosif para compor: Operações de Risco nível D até H

(+) 3.1.5.00.00-5 Operações de risco nível D

(+) 3.1.6.00.00-8 Operações de risco nível E

(+) 3.1.7.00.00-1 Operações de risco nível F

(+) 3.1.8.00.00-4 Operações de risco nível G

(+) 3.1.9.00.00-7 Operações de risco nível H

Contas Cosif para compor: Classificação da carteira de créditos

3.1.0.00.00-0 Classificação da carteira de crédito

P4 = (Operações de Risco nível D até H – Percentual de provisão estimado nível D até H) / Patrimônio líquido ajustado Contas Cosif para compor: Operações de risco nível D até H – Percentual de provisão estimado (+) 3.1.5.00.00-5 Operações de risco nível D – 10% Op. de risco nível D

(+) 3.1.6.00.00-8 Operações de risco nível E – 30% Op. de risco nível E

(+) 3.1.7.00.00-1 Operações de risco nível F – 50% Op. de risco nível F

(+) 3.1.8.00.00-4 Operações de risco nível G – 70% Op. de risco nível G

(+) 3.1.9.00.00-7 Operações de risco nível H – 100% Op. de risco nível H

Contas Cosif para compor: Patrimônio líquido ajustado (PLA)

PLA = PL + Contas de resultado credoras + Contas de resultados devedoras

(+) 6.0.0.00.00-2 Patrimônio líquido

(+) 7.0.0.00.00-9 Contas de resultado credoras

(+) 8.0.0.00.00-6 (-) Contas de resultado devedoras

Grupo 2 – Proposta de indicadores de Efetiva Estrutura Financeira

E1 = Operações de crédito líquidas / Ativo total

Contas Cosif para compor: Operações de crédito líquidas Operações de crédito líquidas = Operações de crédito – Provisão para operações de crédito

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186

Operações de crédito

(+) 1.6.1.10.00-1 Adiantamento a depositantes (+) 1.6.1.20.00-8 Empréstimos (+) 1.6.1.30.00-5 Títulos descontados (+) 1.6.2.10.00-4 Financiamentos (+) 1.6.3.00.00-0 Financiamentos rurais e agroindustriais

Provisão para Operações de crédito (+) 1.6.9.20.00-2 (-) Provisão para empréstimos e títulos descontados (+) 1.6.9.30.00-9 (-) Provisão para financiamentos (+) 1.6.9.40.00-6 (-) Provisão para financiamentos rurais e agroindustriais

Contas Cosif para compor: Ativo total (+) 1.0.0.00.00-7 Circulante e realizável a longo prazo (+) 2.0.0.00.00-4 Permanente

E2 = Investimentos financeiros/ Ativo total

Contas Cosif para compor: Investimentos financeiros (+) 1.2.0.00.00-5 Aplicações interfinanceiras de liquidez (+) 1.3.0.00.00-4 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos (+) Centralização financeira = (+) 1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais (-) Mínimo entre: 1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais 4.4.5.10.00-6 Depósitos das cooperativas filiadas (=) Investimentos financeiros

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

E3 = Capital social/ Ativo total

Contas Cosif para compor: Capital dos cooperados 6.1.1.00.00-4 Capital social

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

E4 = Capital institucional / Ativo total

Contas Cosif para compor: Capital institucional 6.1.5.10.00-3 Reserva legal 6.1.5.20.00-0 Reservas estatutárias 6.1.5.30.00-7 Reservas para contingências 4.9.3.20.00-2 FATES 6.1.7.00.00-2 Sobras ou perdas acumuladas

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Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

E5 = Renda de intermediação financeira / Ativo Total Médio

Contas Cosif para compor: Renda de intermediação financeira (+) 7.1.1.00.00-1 Rendas de Operações de crédito (+) 7.1.9.20.00-9 Recuperação de créditos baixados como prejuízo (+) 7.1.9.80.00-1 Rendas de repasses interfinanceiros (+) 7.1.9.50.00-0 Rendas de créditos por avais e fianças honrados (+) 7.1.9.25.00-4 Rendas de créditos decorrentes de contratos de exportação adquiridos (+) 8.1.9.50.00-7 (-) Despesas de cessão de operações de crédito (+) 8.1.9.52.10-8 (-) Despesas de descontos concedidos em renegociações de operações de crédito (+) 8.1.9.52.30-4 (-) Despesas de descontos concedidos em renegociações com outras operações com características de concessão de crédito (+) 8.1.8.30.30-9 (-) Despesas com Provisão para operações de crédito (+) 7.1.5.70.00-2 Rendas de aplicações em Ouro (+) 8.1.5.70.00-9 (-) Prejuízos em aplicações em Ouro (+) 7.1.4.40.00-8 Rendas de aplicações em depósitos interfinanceiros (+) 7.1.9.90.05-3 Perdas em aplicações em depósitos interfinanceiros (+) 8.1.8.30.05-5 (-) Perdas em aplicações em depósitos interfinanceiros (+) 7.1.9.90.10-1 Reversão de provisões operacionais – desvalorização de títulos livres (+) 7.1.9.90.20-4 Reversão de provisões operacionais – desvalorização de títulos vinculados à negociação e intermediação de valores (+) 8.1.5.20.00-4 (-) Prejuízos com títulos de renda fixa (+) 8.1.8.30.10-3 (-) Desvalorização de títulos livres (+) 8.1.8.30.20-6 (-) Desvalorização de títulos vinculados à negociação e intermediação de valores (+) 7.1.5.20.00-7 Rendas de títulos de renda variável (+) 8.1.5.30.00-1 Prejuízos com títulos de renda variável (+) 7.1.5.80.00-9 Rendas de operações com derivativos (+) 7.1.9.90.26-6 Reversão de provisões operacionais para derivativos de crédito (+) 8.1.5.50.00-5 (-) Despesas em operações com derivativos (+) 8.1.8.30.26-8 Despesas de provisões operacionais com derivativos de crédito (+) 7.1.9.55.00-5 Rendas de créditos vinculados ao crédito rural (+) 7.1.9.90.12-5 Reversão de provisões operacionais – Desvalorização de créditos vinculados (+) 8.1.8.30.12-7 (-) Desvalorização de crédito vinculados

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

E6 = Ativo total / Patrimônio líquido ajustado

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

Contas Cosif para compor: Patrimônio líquido ajustado (mencionadas no indicador (P4)

PLA = PL + Contas de resultado credoras + Contas de resultado devedoras

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Grupo 3 – Proposta de indicadores de qualidade dos Ativos (A)

A1 = Ativo Permanente + Ativos não direcionados com atividade fim da cooperativa / Patrimônio Líquido Ajustado

Contas Cosif para compor: Ativo permanente 2.0.0.00.00-2 (+) Permanente

1.8.8.10.00-0 (+) Adiantamentos por conta de imobilizações 1.8.8.30.00-4 (+) Depósito para aquisição de telefone

1.8.8.60.00-5 (+) Opções por incentivos fiscais

Contas Cosif para compor: Ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa (Andaf) (+) 1.8.8.25.00-2 Créditos tributários de impostos e contribuições

(+)1.8.8.45.00-6 Impostos e contribuições a compensar (+)1.8.8.50.00-8 Imposto de renda a recuperar (+)1.8.8.40.00-1 Devedores por depósitos em garantia

(+)1.4.2.80.00-5 Crédito rural - proagro a receber (+)1.4.2.99.50-8 (-) Créditos vinculados – proagro

(+)1.8.8.00.00-3 Diversos (-)1.8.8.10.00-0 Adiantamentos por conta de imobilizações

(-)1.8.8.20.00-7 Créditos decorrentes de contratos de exportação (-)1.8.8.25.00-2 Créditos tributários de impostos e contribuições (-)1.8.8.30.00-4 Depósitos para aquisição de telefones

(-)1.8.8.35.00-9 Devedores por compra de valores e bens (-)1.8.8.40.00-1 Devedores por depósitos em garantia

(-)1.8.8.45.00-6 Impostos e contribuições a compensar (-)1.8.8.50.00-8 Imposto de renda a recuperar (-)1.8.8.60.00-5 Opções por incentivos fiscais

(-)1.8.8.80.00-9 Títulos e créditos a receber (+)1.8.8.80.20-5 Sem característica de concessão de crédito

(+)1.8.9.99.20-6 (-) Provisão para títulos sem característica de concessão de crédito (+)1.9.0.00.00-8 Outros valores e bens

Contas Cosif para compor: Patrimônio líquido ajustado (mencionadas no indicador P4) PLA = PL + Contas de resultado credoras + Contas de resultado devedoras

A2 = Imobilização = Ativo permanente / Patrimônio líquido ajustado

Contas Cosif para compor: Ativo permanente 2.0.0.00.00-2 (+) Permanente

1.8.8.10.00-0 (+) Adiantamentos por conta de imobilizações 1.8.8.30.00-4 (+) Depósito para aquisição de telefone

1.8.8.60.00-5 (+) Opções por incentivos fiscais

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PLA = PL + Contas de resultado credoras + Contas de resultado devedoras

A3 = Ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa/Ativo total

Contas Cosif para compor: Ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa (Andaf) (mencionadas no indicador A1)

Contas COSIF para compor: Ativo Total (mencionadas no indicador E1)

A4 = Depósitos totais / Ativo total

Contas Cosif para compor: Depósitos totais

4.1.0.00.00-7 Depósitos

Contas Cosif para compor: Ativo Total (mencionadas no indicador E1)

Grupo 4 – Proposta de indicadores de Taxas de Retorno e Custos

R1 = Rendas de operações de crédito / Operações de crédito média

Contas Cosif para compor: Rendas de operações de crédito

7.1.1.00.00-1 Rendas de operações de crédito

Contas Cosif para compor: Operações de Crédito

1.6.1.10.00-1 Adiantamento a depositantes

1.6.1.20.00-8 Empréstimos

1.6.1.30.00-5 Títulos descontados

1.6.2.10.00-4 Financiamentos

1.6.3.00.00-0 Financiamentos rurais e agroindustriais

R2 = Renda líquida de investimento financeiro / Investimento financeiro médio

Contas Cosif para compor: Renda líquida de investimento financeiro (+) 7.1.5.00.00-3 Rendas com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

(+) 7.1.4.20.00-4 Rendas de aplicações em depósitos Interfinanceiros

(+) 7.1.4.10.00-7 Rendas de aplicações em operações compromissadas

(+) 7.1.9.86.00-5 Ingressos de depósitos Intercooperativos

(+) 8.1.5.00.00-0 (-) Despesas com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros

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190

derivativos

(+) 8.1.1.20.00-2 (-) Despesas de depósitos Interfinanceiros

(+) 8.1.1.50.00-3 (-) Despesas de operações compromissadas

(+) 8.1.9.86.00-2 (-) Dispêndios de depósitos intercooperativos

(=) Renda líquida de investimento financeiro

Contas Cosif para compor: Investimento financeiro

(+) 1.2.0.00.00-5 Aplicações interfinanceiras de liquidez

(+) 1.3.0.00.00-4 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

(+) Centralização financeira =

(+) 1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais

(-) Mínimo entre:

1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais

4.4.5.10.00-6 Depósitos das cooperativas filiadas

(=) Investimentos Financeiros

R3 = Despesas de Depósito a prazo / Depósitos a prazo

Contas Cosif para compor: Despesas de depósito a prazo

8.1.1.30.00-9 Despesas de depósito a prazo (em módulo)

Conta Cosif para compor: Depósitos a prazo

4.1.5.00.00-2 Depósitos a prazo

R4 = Despesas de Obrigações por empréstimos e repasses / Obrigações por empréstimos e repasses

Contas Cosif para compor: Despesas de obrigações por empréstimos e repasses

8.1.2.00.00-1 Despesas de obrigações por empréstimos e repasses

Contas COSIF para compor: Obrigações por empréstimos e repasses

4.6.0.00.00-2 Obrigações por empréstimos e repasses

R5 = Margem bruta / Ativo total

Contas Cosif para compor: Margem bruta

7.1.0.00.00-8 (+) Receitas operacionais

8.1.0.00.00-5 (-) Despesas operacionais

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

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191

R6 = Despesas operacionais / Ativo total

Contas Cosif para compor: Despesas operacionais

8.1.0.00.00-5 (-) Despesas operacionais (em módulo)

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

R7 = Sobras / Ativo total médio

Contas Cosif para compor: Sobras

(+) 7.1.0.00.00-8 (+) Receitas operacionais

(+) 8.1.0.00.00-5 (-) Despesas operacionais

(-) 8.1.9.55.00-2 (-) Despesas de juros ao Capital

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

R8 = Sobras / Patrimônio líquido ajustado médio

Contas Cosif para compor: Sobras

(+) 7.1.0.00.00-8 (+) Receitas operacionais

(+) 8.1.0.00.00-5 (-) Despesas operacionais

(-) 8.1.9.55.00-2 (-) Despesas de juros ao capital

Contas Cosif para compor: Patrimônio líquido ajustado (mencionadas no indicador P4)

PLA = PL + Contas de resultado credoras + Contas de resultado devedoras

R9 = Resultado da intermediação financeira / Receita operacional

Contas Cosif para compor: Resultado da intermediação financeira Resultado da intermediação financeira = Receitas – Despesas com intermediação financeira

Receitas de intermediação financeira

Operações de crédito e arrendamento mercantil

(+) 71100001 Rendas de operações de crédito

(+) 71920009 Recuperação de créditos baixados como prejuízo

(+) 71925004 Rendas de créditos decorrentes de contratos de exportação adquiridos

(+) 71950000 Rendas de créditos por avais e fianças honrados

(+) 71980001 Rendas de repasses interfinanceiros (+) 81950007 Despesas de cessão de operações de crédito

Operações com títulos e valores mobiliários

(+) 71400000 Rendas de aplicações Interfinanceiras de Liquidez

(+) 71500003 Rendas com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

(-) 71580009 Rendas em operações com derivativos

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(+) 71990053 Perdas em aplicações em depósitos Interfinanceiros

(+) 71990101 Desvalorização de títulos livres (+) 71990204 Desvalorização de títulos vinculados à negociação e intermediação de valores

(+) 81500000 Despesas com títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros

(-) 81550005 Despesas em operações com derivativos

(+) 81830055 Perdas em aplicações em depósitos interfinanceiros

(+) 81830103 Desvalorização de títulos livres (+) 81830206 Desvalorização de títulos vinculados à negociação e intermediação de valores

Operações com instrumentos financeiros derivativos

(+) 71580009 Rendas em operações com derivativos

(+) 81550005 Despesas cem operações com derivativos

(+) 71990266 Derivativos de crédito

(+) 81830268 Derivativos de crédito

Aplicações compulsórias

(+) 71955005 Rendas de créditos vinculados ao crédito rural (+) 71990125 Desvalorização de créditos vinculados

Despesas de Intermediação Financeira

Captações no Mercado

(+) 81100008 Despesas de captação

Empréstimos e repasses (+) 81200001 Despesas de obrigações com empréstimos e repasses

Provisão para Crédito em liquidação

(+) 71990307 Operações de crédito de liquidação duvidosa

(+) 71990352 Repasses interfinanceiros

(+) 71990606 Outros créditos de liquidação duvidosa

(+) 81830309 Provisões para operações de crédito

(+) 81830354 Repasses interfinanceiros

(+) 81830608 Provisões para outros créditos

(=) Resultado da intermediação financeira

Conta Cosif para compor: Receita operacional

7.1.0.00.00-8 Receitas operacionais

R10 = Sobras / Receita operacional

Contas Cosif para compor: Sobras

(+) 7.1.0.00.00-8 (+) Receitas operacionais

(+) 8.1.0.00.00-5 (-) Despesas operacionais

(-) 8.1.9.55.00-2 (-) Despesas de juros ao capital

Conta Cosif para compor: Receita operacional

7.1.0.00.00-8 Receitas operacionais

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R11 = Rendas de prestação de serviços / Despesas administrativas

Contas Cosif para compor: Rendas de prestação de serviços

7.1.7.00.00-9 Rendas de prestação de serviços

Conta Cosif para compor: Despesas administrativas

8.1.7.00.00-6 Despesas administrativas (em módulo)

R12 = Despesas de gestão / Despesas administrativas

Contas Cosif para compor: Despesas de gestão

(+) 8.1.7.18.00-5 (-) Despesas de honorários

(+) 8.1.7.27.00-3 (-) Despesas de pessoal – Benefícios

(+) 8.1.7.30.00-7 (-) Despesas de pessoal – Encargos sociais

(+) 8.1.7.33.00-4 (-) Despesas de pessoal – Proventos

(+) 8.1.7.36.00-1 (-) Despesas de pessoal – Treinamento

(+) 8.1.7.37.00-0 (-) Despesas de remuneração de estagiários

Conta Cosif para compor: Despesas administrativas

8.1.7.00.00-6 Despesas administrativas

R13 = Despesas administrativas / Ativo total

Conta Cosif para compor: Despesas administrativas

8.1.7.00.00-6 Despesas administrativas (em módulo)

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

Grupo 5 – Proposta de indicadores de Liquidez

L1 = Disponibilidades/ Depósitos à vista

Contas Cosif para compor: Disponibilidades

1.1.0.00.00-6 Disponibilidades

Contas Cosif para compor: Depósitos à vista 4.1.1.00.00-0 Depósitos à vista

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L2 =Ativos de curto prazo/ Depósitos totais

Contas Cosif para compor: Ativos de curto prazo

(+) 1.1.0.00.00-6 Disponibilidades

(+) 1.2.0.00.00-5 Aplicações interfinanceiras de liquidez

(+) 1.3.0.00.00-4 Títulos e valores mobiliários e instrumentos financeiros derivativos

(+) 1.4.5.00.00-8 Centralização financeira - Cooperativas

Contas Cosif para compor: Depósitos totais

4.1.0.00.00-7 Depósitos

L3 = Caixa Livre/ Ativo Total

Contas Cosif para compor: Caixa Livre

(+) 1.1.0.00.00-6 Disponibilidades

(+) 1.2.1.10.03-6 Letras financeiras do tesouro

(+) 1.2.1.10.05-0 Letras do tesouro nacional

(+) 1.2.1.10.07-4 Notas do tesouro nacional

(+) 1.2.1.10.10-8 Obrigações do tesouro nacional

(+) 1.2.1.10.12-2 Bônus do tesouro nacional

(+) 1.2.1.10.15-3 Letras do Banco Central

(+) 1.2.1.10.16-0 Notas do Banco Central

(+) 1.2.1.10.18-4 Bônus do Banco Central

(+) 1.2.1.10.21-8 Tit.estaduais-dívidas refinanciadas pela união

(+) 1.2.2.00.00-1 Aplicações em depósitos interfinanceiros

(-) 1.2.2.10.10-1 Ligadas

(-) 1.2.2.10.15-6 Ligadas com garantia

(-) 1.2.2.10.30-7 Ligadas - vinculados ao crédito rural

(-) 1.2.2.10.35-2 Ligadas com garantia - vincul. ao cred. rural

(-) 1.2.2.10.50-3 Ligadas - vinculados a dívidas renegociadas

(+) 1.3.1.10.03-5 Letras financeiras do tesouro

(+) 1.3.1.10.05-9 Letras do tesouro nacional

(+) 1.3.1.10.07-3 Notas do tesouro nacional

(+) 1.3.1.10.10-7 Obrigações do tesouro nacional

(+) 1.3.1.10.12-1 Bônus do tesouro nacional

(+) 1.3.1.10.15-2 Letras do Banco Central

(+) 1.3.1.10.16-9 Notas do Banco Central

(+) 1.3.1.10.18-3 Bônus do Banco Central

(+) 1.3.1.10.19-0 Títulos públicos federais - outros

(+) 1.3.1.10.21-7 Tit.estaduais-dívidas refinanciadas pela união

(+) 1.3.1.10.97-0 De emissão de ent. fin. vinc. à org. oficiais int.

(+) 1.3.1.99.30-0 (-) Títulos públicos federais - tesouro nacional

(+) 1.3.1.99.40-3 (-) Títulos públicos federais - Banco Central

(+) 1.3.1.99.45-8 (-) Títulos públicos federais – outros

(+) 1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais

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(-) Mínimo entre

1.4.5.10.00-5 Depósitos nas cooperativas centrais

4.4.5.10.00-6 Depósitos das cooperativas centrais

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

Grupo 6 – Proposta de indicadores de Sinais de Crescimento

S1 = Crescimento da Receita Operacional = (Receita operacional do semestre corrente / Receita operacional do semestre anterior) – 1

Conta Cosif para compor: Receita operacional

7.1.0.00.00-8 Receitas Operacionais

S2 = Crescimento da Captação Total= Captação total do semestre corrente / Captação total do semestre anterior) – 1

Conta Cosif para compor: Captação total

(+) 4.1.1.00.00-0 Depósitos à vista

(+) 4.1.9.00.00-4 Outros depósitos

(+) 4.1.3.00.00-6 Depósitos interfinanceiros

(+) 4.1.4.00.00-9 Depósitos sob aviso

(+) 4.1.5.00.00-2 Depósitos a prazo

(+) 4.1.6.00.00-5 Obrigações p/ depósitos especiais e de fundos e programas

(+) 4.2.0.00.00-6 Obrigações por operações compromissadas

(+) 4.9.5.58.00-1 Obrigações por empréstimos de ouro

(+) 4.4.3.00.00-3 Repasses interfinanceiros

(+) 4.6.0.00.00-2 Obrigações por empréstimos e repasses

S3 = Crescimento das Operações de crédito com nível de risco D-H = Operações de crédito com nível de risco D-H do semestre corrente / Operações de crédito com nível de riso D-H do semestre anterior) – 1

Contas Cosif para compor: Operações de risco nível D até H

3.1.5.00.00-5 Operações de risco nível D

3.1.6.00.00-8 Operações de risco nível E

3.1.7.00.00-1 Operações de risco nível F

3.1.8.00.00-4 Operações de risco nível G

3.1.9.00.00-7 Operações de risco nível H

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S4 = Crescimento dos Ativos não direcionados com atividade fim da cooperativa (Andaf) = Andaf do semestre corrente / Andaf do semestre anterior) – 1

Contas Cosif para compor: Ativos não direcionados com a atividade fim da cooperativa (Andaf) - mencionadas no indicador A1

S5 = Crescimento da Provisão sobre operações de crédito = Provisão sobre operações de crédito do semestre corrente / Provisão sobre operações de crédito do semestre anterior) - 1

Contas Cosif para compor: Provisão sobre operações de crédito

(+) 1.6.9.20.00-2 (-) Provisão para empréstimos e títulos descontados

(+) 1.6.9.30.00-9 (-) Provisão para financiamentos

(+) 1.6.9.60.00-0 (-) Provisão p/ financiamento de títulos e valores mobiliários

(+) 1.6.9.40.00-6 (-) Provisão para financiamentos rurais e agroindustriais

(+) 1.4.3.99.00-6 (-) Provisão p/perdas em repasses interfinanceiros

(+) 1.8.9.00.00-6 (-) Provisões para outros créditos

(-) 1.8.9.99.20-6 (-) Provisão para títulos sem característica de concessão de crédito

S6 = Crescimento das despesas administrativas = (despesas administrativas do semestre corrente / despesas administrativas do semestre anterior) -1

Conta Cosif para compor: Despesas administrativas

8.1.7.00.00-6 Despesas administrativas

S7 = Crescimento do Patrimônio líquido ajustado (PLA) = (PLA do semestre corrente / PLA do semestre anterior) -1

Contas Cosif para compor: Patrimônio Líquido Ajustado (mencionadas no indicador P4)

S8 = Crescimento do Ativo total (AT) = (AT do semestre corrente / AT do semestre anterior) -1

Contas Cosif para compor: Ativo total (mencionadas no indicador E1)

S9 = Crescimento das operações de crédito = (Operações de crédito do semestre corrente / Operações de crédito do semestre anterior) -1

Contas Cosif para compor: Operações de crédito

1.6.0.00.00-1 Operações de crédito

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ANEXO B – Questionário de Governança Cooperativa Ajustado

Parte 1 – Aspectos relacionados à Representatividade e Participação

01. Qual o período médio de antecedência para convocação das AG realizadas entre 2011 e 2013? Mais de 30 dias 30 dias De 11 a 29 dias 0 dias 02. Qual o percentual médio de participação nas AGO/AGE´s ocorridas entre 2011 e 2013, em relação ao número total de associados ou de delegados (caso exista a delegação)? Cooperativas sem delegados (participação em relação ao total de associados) Acima de 30%

Entre 21% a 30%

11% e 20%

5 e 10%

Abaixo de 5%

Cooperativas com delegados (participação em relação ao total de delegados):

Acima de 90%

De 71% a 90%

De 41% a 70%

De 20% a 40%

Abaixo de 20%

03. Caso existam, quais são as ações adotadas pela cooperativa para aumentar a participação dos associados nas AG? Não existe qualquer ação

Eventos relacionados à AG: Festas, sorteios, almoço, churrasco, coquetel Discussão prévia em pré-assembleias ou reuniões prévias

Canais institucionais para inclusão de assuntos na pauta. P. ex.: caixa de sugestões, caixa eletrônica, e-mail para contato Fornecimento de transporte

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Palestras prévias aos associados: cooperativismo, finanças, responsabilidades e direitos dos associados etc.

Relatório com linguagem acessível é enviado com antecedência aos associados e apresentado por membro da administração durante a AG Há manuais de práticas em AG vigentes com informações detalhadas sobre matérias a ser discutida nas reuniões Outros incentivos 04. Existe previsão em normas internas, p. ex. em estatuto/ regimento interno/ manual, assegurando o direito do associado de solicitar a postergação das AGs, quando julgar necessário? Sim/ Não

05. Existe previsão em normas internas, assegurando aos associados, antes da convocação da AG, a possibilidade de propor a inclusão de assuntos na pauta? Sim/ Não

06. Caso exista algum procedimento, por qual método os associados são alertados do período para solicitação de inclusão de assuntos na pauta? Não existe procedimento para inclusão de assuntos na pauta , por associados

Carta aos associados via correio ou e-mail

Aviso no sítio da cooperativa

Boletim informativo da cooperativa enviado pelo correio

Telefonema aos associados

Edital de convocação afixado na cooperativa

Edital de convocação publicado no principal jornal da cidade

Edital de convocação afixado em locais de menor frequência dos associados

Outros meios

07. A cooperativa possui regulamento eleitoral aprovado e vigente?

Sim/ Não

08. A cooperativa possui previsão de comitê eleitoral em algum normativo interno? Sim/ Não

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09. Existe, em alguma regulamentação interna, dispositivo contendo a descrição dos requisitos necessários e do processo para candidatura ao CA/ Diretoria/ CF?

Não

Sim, em Manual de AG

Sim, em outro normativo

Sim, e é divulgada ao associado antes de eleições - de forma rotineira

10. Houve inscrição de mais uma chapa em eleição de CF nas últimas duas eleições? Não

Sim, em uma oportunidade

Sim, em duas oportunidades

A eleição para conselheiros fiscais é por candidato individual

11. A cooperativa ou sistema a que pertence dispõe de programa institucional de formação e capacitação do quadro de associados não-colaboradores ou não-dirigentes? Não há programa de capacitação de associados

Sim, é institucional, consta de normativo interno da cooperativa singular Sim, é institucional, consta de normativo interno da cooperativa central

Sim, é institucional, consta de normativo interno da confederação de cooperativas Sim, mas não é institucional, oferecido por meio de ações do SESCOOP Sim, mas não é institucional, oferecido quando a administração da singular julgar conveniente

12. A cooperativa possui institucionalmente algum programa de formação de futuros dirigentes e lideranças? Sim/ Não

13. Em um conceito amplo de sustentabilidade, a instituição realiza ações dirigidas ao benefício do ambiente econômico e social em que está inserida, voltadas ou não ao seu quadro associativo? Não há ação objetiva

Educação cooperativa

Educação financeira

Uso consciente do crédito

Consultoria à produção/ atividade local

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Parceria com entidades assistenciais

Ações voltadas à preservação do Meio Ambiente

Ações de fomento à cultura

Ações de fomento ao esporte

Outros

Parte 2 – Aspectos relacionados à Transparência

14. Existe Manual de Assembleia Geral (AG) formalizado pela cooperativa ou sistema cooperativo e disponível a todos os associados? Sim/ Não 15. Quais as formas de divulgação do edital de convocação de AG´s, praticadas entre 2011 e 2013 ? . Publicação em jornal

Edital afixado nas dependências da cooperativa e PA´s

Publicação em sítio da cooperativa

Envio de e-mail a associados

Envio de carta ou convite pessoal aos associados

16. Marque SIM, em documentos que são disponibilizados aos associados, antes da realização de AG´s, na sede da cooperativa ou no sítio da instituição. Dados sobre Planejamento Estratégico: projetado x realizado

Parecer do CF

Demonstrativos financeiros auditados do exercício anual anterior

Distribuição de sobras e destinação do Fates propostas pelo CA/ Diretoria Regulamento Eleitoral

Currículos/ Informações sobre eventuais candidatos a eleição de membros estatutários Outros documentos Não são disponibilizados documentos antes da realização de AG´s

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17. É disponibilizado ao associado Relatório de Administração/Gestão previamente às AG´s? Se SIM, marque quais as informações disponíveis aos associados nesse relatório. Não existe ou não é disponibilizado relatório de administração/ gestão

Dados sobre Planejamento Estratégico: projetado x realizado

Desempenho em relação às políticas e metas

Evolução dos ativos; depósitos à vista e a prazo; evolução da carteira de crédito Evolução de inadimplência na carteira de crédito

Volume de crédito transferido para prejuízo no último exercício

Representatividade do crédito dos 10 maiores devedores em relação ao total da carteira de crédito Representatividade do crédito do maior devedor em relação ao total da carteira de crédito e o risco de crédito desse tomador Evolução da distribuição de risco da carteira de crédito nos três últimos exercícios Concentração de captação: 10 maiores depositantes/total de depósitos Percentual da remuneração do CA e CF em relação ao total das despesas administrativas Percentual da remuneração da diretoria executiva em relação ao total das despesas administrativas Percentual de gastos com viagens em relação ao total das despesas administrativas Outras informações 18. Com que antecedência de AG os associados recebem os relatórios de Administração/ Gestão ? Não é disponibilizado relatório de administração/ gestão

Mais de 30 dias antes da AG 30 dias antes da AG

De 11 a 29 dias antes da AG 10 dias antes da AG São disponibilizados apenas na AG e/ ou ficam disponíveis na sede da cooperativa

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19. A cooperativa possui algum tipo de reunião prévia à AG, em que se possibilite aos associados – não participantes da administração - um fórum de discussão dos temas a serem deliberados? Não existe outra reunião institucional além das AG´s

Sim, reunião institucional, conforme determinação do estatuto ou regimento interno, para eleição dos delegados/representantes dos associados e discussão prévia dos assuntos a serem tratados nas AG´s Sim, reunião institucional, conforme determinação do estatuto ou regimento interno, para discussão prévia dos assuntos a serem tratados na AG´s Sim, reunião institucional, conforme determinação do estatuto ou regimento interno, para eleição dos delegados/representantes dos associados nas AG´s Sim. Outras formas de reunião 20. A ata das AG´s é divulgada aos associados? Se SIM, como a ata das AG´s é divulgada aos associados? Não há divulgação

Enviada por e-mail ao conjunto dos associados, sem necessidade de requisição do associado Disponibilizada no sítio da cooperativa com acesso por meio de senha pessoal Fica à disposição na sede da cooperativa

Quando solicitado, é enviado aos associados pelo e-mail ou via postal

Outra forma de divulgação

21 - A DIREX elabora de forma rotineira algum tipo de relatório específico direcionado aos associados?

Sim/ Não 22 - A DIREX elabora, de forma rotineira, algum tipo de relatório específico direcionado ao Conselho Fiscal?

Sim/ Não 23 - Existe regulamentação interna à singular, central ou sistema cooperativo a que pertence sobre "Divulgação de transações com partes relacionadas"?

Não

Sim, regulamentação da cooperativa singular

Sim, regulamentação da cooperativa central ou da confederação/ sistema cooperativo

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24 - Existe regulamentação interna à singular, central ou sistema cooperativo a que pertence, sobre "resolução de conflitos de interesse em órgãos estatutários”?

Não

Sim, regulamentação da cooperativa singular

Sim, regulamentação da cooperativa central ou da confederação/ sistema cooperativo

25 - A cooperativa dispõe de site (sítio eletrônico)? Quais as informações e, eventualmente, transações disponíveis aos associados?

A cooperativa ainda não dispõe de sítio eletrônico

A cooperativa dispõe de site e apresenta informações gerais ao associado, mas o associado não executa transações financeiras

A cooperativa dispõe de site, apresenta informações gerais ao associado, e o associado pode executar transações financeiras 26 - Observado o exercício de 2012: houve envio/ disponibilização de relatórios ou informações, em caráter periódico, aos associados?

Existe rotina de remessa de relatórios/informes eletrônicos (e-mail cadastrado)

Existe processo de atualização periódica de informações no site da instituição

Existe rotina de remessa de informes por via postal

As informações ao associado ficam disponíveis na sede da cooperativa ou PAC

Há outro procedimento (especificar de forma objetiva, no campo comentários)

Não há procedimento/ rotina de disponibilização de informação ao associado

Parte 3 – Aspectos relacionados à Estrutura, Conselho de Administração e Gestão

27. A estrutura administrativa da cooperativa é composta por:

CA e Diretoria Executiva (DIREX), sem qualquer repetição de membros entre tais órgãos CA e DIREX segregados parcialmente, conforme art. 18 da Res.3.859/10 CA e DIREX (Direx composta por membros participantes do CA)

Apenas CA ou Diretoria

Apenas DIREX

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28 Qual o número total de pessoas, componentes titulares, de conselho de administração/ diretoria e diretoria executiva, seja em órgãos segregados ou não? Até Quatro

Cinco

Seis

Sete

Oito

Nove

Dez

Mais de dez

29. Qual o prazo do mandato do CA?

1 ano

2 anos

3 anos

4 anos

30. A maioria dos componentes do CA está participando de que mandato? (consecutivo ou não). Caso exista empate, registrar mais de uma resposta 1º mandato

2º mandato

3º mandato

Mais de 3 mandatos

31. Existe avaliação periódica dos membros do CA? (auto avaliação, avaliação dos pares ou avaliação por terceiros) Não existe avaliação periódica

Anual

Semestral

Outra periodicidade

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32. Quais os aspectos que são analisados na avaliação individual do Conselheiro? Não existe avaliação periódica

Frequência

Preparo técnico prévio para a reunião

Envolvimento/ Participação nas reuniões

Outros aspectos

33. O processo e os resultados das avaliações individuais dos conselheiros são divulgadas aos associados por meio de um item específico no relatório da Administração? Não existe avaliação periódica

A avaliação não é divulgada

São divulgados em relatório de administração/ gestão

São divulgados por outro meio

34. Existe Planejamento Estratégico homologado pelo CA, em vigência?

Sim/ Não

35. No final de 2012 / início de 2013, o CA deliberou e registrou uma agenda mínima de trabalho que planeja realizar no exercício anual, contendo, por exemplo, um cronograma previsto de reuniões e os temas a serem abordados? Não estabeleceu agenda formal de atividades para 2013

Registrou em Ata/ outro documento apenas o cronograma de reuniões

Registrou em Ata/ outro documento sobre agenda que inclui cronograma de reuniões e temas principais a serem trabalhados/ estudados Registrou em Ata/ documento interno sobre outro aspecto de agenda

36. Caso existam, com que frequência os conselheiros suplentes participam das reuniões do CA? Não há suplentes Participam um ou mais suplentes por reunião

Eventualmente são convidados

Somente em substituição

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37. Existe política de sucessão de dirigentes registrada em documento formalizado na cooperativa?

Não existe política de sucessão formalizada

Existe, aprovada pela cooperativa singular

Existe, aprovada pela cooperativa central

Existe, aprovada por confederação/ sistema cooperativo

38. Em alguma regulamentação da cooperativa ou sistema cooperativo está previsto o treinamento regular para os potenciais conselheiros de administração/ diretores? Não há um programa de treinamento institucional para potenciais conselheiros Estatuto e/ou Regimento Interno

Programa interno de treinamento provado pela AG Programa interno de treinamento aprovado pelo CA

Programa interno de treinamento aprovado pela DIREX

Programa gerido por cooperativa central ou confederação - voltado a não administradores Outro

39. Existe algum critério formalizado para que os diferentes segmentos (regiões, categorias profissionais etc.) que compõem o quadro social tenham representatividade no CA? Não há critérios estabelecidos

Sim, os critérios estão definidos no estatuto e/ou regimento interno da cooperativa Há critérios de representatividade que constam em algum documento/ normativo interno da cooperativa (especificar de forma objetiva o documento, no campo comentários) Há critérios de representatividade, mas não constam de nenhum documento da cooperativa

40. A cooperativa possui critérios formalizados para remuneração do CA?

O CA não é remunerado

Sim, os critérios estão definidos em normativo interno da cooperativa

Sim, os critérios são definidos na AGO

Não há critérios estabelecidos em documentos internos, mas os CA são remunerados

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41 Quais são as condições básicas (pré-requisitos) para o exercício do cargo no CA, além das previstas na regulamentação? Marque SIM naquelas em que existe previsão em normatização interna. Não há qualquer exigência, basta ser associado

Capacitação técnica comprovada – curso superior em área financeira ou afim e/ou treinamento na área de direito, economia, administração, governança, finanças etc Sem restrições cadastrais e/ou inadimplência no mercado financeiro e/ou na cooperativa

Não ter negócios com a cooperativa, além do uso normal dos produtos financeiros oferecidos pela cooperativa a associados (caso o DIREX seja associado) Boa reputação na comunidade local

Possuir experiência comprovada no mercado financeiro

Outras exigências

42. Quais os principais treinamentos recebidos pelos membros do CA? Marque SIM para os realizados por algum conselheiro de administração durante os exercícios de 2011 a 2013. Não realizaram treinamentos no período

Cooperativismo de Crédito - geral

Contabilidade geral e bancária

Regulação básica do sistema financeiro nacional: limites operacionais, etc Análise de balanço

Noções básicas de economia e administração

Governança

Planejamento Estratégico

Noções de gerenciamento de risco: crédito, mercado, liquidez, operacional etc Direito comercial e aspectos jurídicos sobre cooperativismo

Matemática financeira / Finanças em geral

Outros treinamentos

43. Existem Comitês de assessoramento ao CA?

Não existem Comitês

Existe Comitê de Riscos

Existe Comitê de Investimentos

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Existe Comitê de Auditoria

Existem outros Comitês

44. No final de 2012 / início de 2013, a DIREX deliberou e registrou uma agenda mínima de trabalho que planeja realizar no exercício anual, contendo por exemplo um cronograma previsto de reuniões e os temas a serem abordados? Não estabeleceu agenda formal de atividades para 2013

Registrou em Ata/ outro documento apenas o cronograma de reuniões

Registrou em Ata/ outro documento sobre agenda que inclui cronograma de reuniões e temas principais a serem trabalhados/ estudados Registrou em Ata/ documento interno sobre outro aspecto de agenda

45. Quantas horas são dedicadas à cooperativa pelos membros da DIREX? Caso inexista distinção entre componentes da DIREX e CA: informar média dos conselheiros de administração. Turno integral (aprox.40 h semanais)

Aprox.20 h semanais

Entre 5 e 10 h semanais

Menos de 5 h semanais

46 - Quais são as condições básicas (pré-requisitos) para o exercício do cargo na DIREX, além das previstas na regulamentação? Marque SIM naquelas em que existe previsão em normatização interna.

Não há qualquer exigência, basta ser associado

Capacitação técnica comprovada – curso superior em área financeira ou afim e/ou treinamento na área de direito, economia, administração, governança, finanças etc

Sem restrições cadastrais e/ou inadimplência no mercado financeiro e/ou na cooperativa;

Não ter negócios com a cooperativa, além do uso normal dos produtos financeiros oferecidos pela cooperativa a associados (caso o DIREX seja associado)

Boa reputação na comunidade local

Possuir experiência comprovada no mercado financeiro

Outras exigências

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47 - Quais os principais treinamentos recebidos pelos membros da DIREX? Marque SIM para os realizados por algum diretor executivo durante os exercícios de 2011 e 2013.

Não realizaram treinamentos no período

Contabilidade geral e bancária

Regulação básica do sistema financeiro nacional: limites operacionais etc

Análise de balanço

Noções básicas de economia e administração

Governança

Planejamento Estratégico

Noções básicas de avaliação de risco: crédito, mercado, liquidez, operacional

Acordos de capitais da Basiléia

Direito comercial e aspectos jurídicos sobre cooperativismo

Matemática financeira e Finanças em geral

Outros treinamentos

Parte 4 – Aspectos relacionados à Fiscalização

48 - Em 2012: de forma rotineira, foi observada qual antecedência em relação à reunião ordinária, na remessa de relatórios/documentos para análise dos membros do CF? Mais de um mês

Entre 16 e 30 dias

Entre 6 e 15 dias

De 1 a 5 dias

No dia da reunião

49 - A maioria dos componentes titulares e suplentes do CF está participando de que mandato? (consecutivo ou não). Caso exista empate, registrar mais de uma resposta SIM.

1o mandato

2o mandato

3o mandato

Mais de três mandatos

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50 - No final de 2012 / início de 2013, o CF estabeleceu uma agenda mínima de trabalho que planeja realizar no exercício anual, contendo por exemplo um cronograma previsto de reuniões e os temas a serem abordados?

Não estabeleceu agenda formal de atividades para 2013

Registrou em Ata/ outro documento apenas o cronograma de reuniões

Registrou em Ata/ outro documento sobre agenda que inclui cronograma de reuniões e temas principais a serem trabalhados/ estudados

Registrou em Ata/ documento interno sobre outro aspecto de agenda 51 - A cooperativa possui critérios formalizados para remuneração do CF?

O CF não é remunerado

Sim, os critérios estão definidos em normativo interno da cooperativa

Sim, os critérios são definidos na AGO

Não há critérios estabelecidos em documentos internos, mas os CF são remunerados

52 - Quais são as condições básicas (pré-requisitos) para o exercício do cargo no CF, além das previstas na regulamentação? Marque SIM naquelas em que existe previsão em normatização interna.

Não há qualquer exigência, basta ser associado

Capacitação técnica comprovada – curso superior em área financeira ou afim e/ou treinamento na área de direito, economia, administração, governança, finanças etc Sem restrições cadastrais e/ou inadimplência no mercado financeiro e/ou na cooperativa;

Não ter negócios com a cooperativa, além do uso normal dos produtos financeiros oferecidos pela cooperativa a associados (caso o DIREX seja associado)

Boa reputação na comunidade local

Possuir experiência comprovada no mercado financeiro

Outras exigências

53 - Entre 2011 e 2013: algum associado não participante da administração participou de programa de formação de potenciais conselheiros fiscais, independentemente de candidatura?

Sim/ Não

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54 - Quais os principais treinamentos recebidos pelos membros do CF? Marque SIM para os realizados por algum conselheiro fiscal durante os exercícios de 2011 a 2013.

Não há treinamento para membros do CF

Cooperativismo de crédito - geral

Contabilidade bancária

Noções de direito comercial

Noções sobre responsabilidade tributária e trabalhista das cooperativas de crédito Legislação básica sobre cooperativismo – responsabilidade civil e criminal do CF, dos associados, dos administradores e funcionários.

Produtos financeiros

Matemática financeira

Análise de balanço

Noções de Administração e economia

Planejamento Estratégico

Governança

Noções de avaliação de risco no mercado financeiro – risco de crédito, de mercado, liquidez, operacional, legal etc

Noções básicas sobre limites operacionais, controles internos e Acordo da Basiléia.

Auditoria

Outros

55 - O CF possui Regulamento/ Regimento Interno?

Sim/ Não

56 - Quem realizou em 2012 o trabalho de auditoria de controles internos (auditoria interna) na cooperativa singular?

Não foi realizado trabalho de auditoria interna durante 2012

Componente próprio da singular

Equipe da cooperativa central

Empresa contratada pela confederação e/ ou sistema cooperativo

Empresa contratada pela cooperativa central à qual a cooperativa é associada

Empresa contratada pela cooperativa singular Outro

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57 - O CF se reúne regularmente com a auditoria interna?

Existe rotina de reuniões, mas não existe registro formal

Existe rotina de reuniões e registro em atas

Não existe tal rotina

58 - Quem aprova a contratação dos auditores internos? Marcar SIM para mais de uma opção caso seja aprovada em mais de um componente.

CA

CF

DIREX

Superintendência/ Gerência

Outro componente

59 - Caso a cooperativa singular possua componente próprio de auditoria interna ou contrate de forma autônoma, a quem se reporta o auditor interno?

Não há componente próprio

CA

CF

DIREX

Superintendência/ Gerência

Outro componente

60 - Responda, sobre a entidade/ pessoa responsável pela auditoria externa, e a forma de contratação deste serviço.

Empresa de auditoria independente contratada por decisão da própria cooperativa singular

Entidade de Auditoria Cooperativa contratada por decisão da própria cooperativa singular

Empresa de auditoria independente contratado conforme diretriz da cooperativa central, ou confederação/ sistema cooperativo

Entidade de Auditoria Cooperativa contratada conforme diretriz da cooperativa central, ou confederação / sistema cooperativo

Auditor independente individual - pessoa física, por opção da singular ou diretriz da central/ confederação/ sistema cooperativo