universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo lato … · quero trazer à memória o que me pode dar...

44
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL COMO FACILITADOR NO DESEMPENHO ESCOLAR RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO Por: ANA LÚCIA DA SILVA COSTA Orientador Prof.ª MARY SUE Rio de Janeiro 2010

Upload: others

Post on 31-Aug-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL COMO

FACILITADOR NO DESEMPENHO ESCOLAR

RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO

Por: ANA LÚCIA DA SILVA COSTA

Orientador

Prof.ª MARY SUE

Rio de Janeiro

2010

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL COMO

FACILITADOR NO DESEMPENHO ESCOLAR

RELAÇÃO PROFESSOR X ALUNO

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E

PEDAGÓGICA.

Por: Ana Lúcia da Silva Costa

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

3

AGRADECIMENTOS

Quero trazer à memória o que me pode dar esperança.

(Lamentações de Jeremias cap. 3:21)

Agradeço ao Senhor Jesus por todos os seus benefícios que me tem

feito a quem entrego toda a honra e a glória e por ser o Deus da minha vida.

Agradeço a todos os professores que dedicaram o seu conhecimento

para me ensinar.

Agradeço aos meus pais, esposo e filhos pela realização deste projeto.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

4

As minhas irmãs, amigas e amigos

onde compartilharam deste desafio de

todas as formas.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

5

DEDICATÓRIA

Este trabalho faz parte da dedicação do

meu pai e mãe que sempre estiveram ao

meu lado.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

6

RESUMO

A importância do Orientador Educacional na relação professor e aluno é a

Identidade da Escola, sendo atrelado a toda equipe escolar, como Direção,

Supervisão, Docentes, Alunos e Associação de Pais ou equipe técnico-

pedagógica. Hoje, este profissional está com suas atividades exclusivamente

técnico-administrativa, sendo que por estas atribuições está sendo impedido de

contribuir com o extraordinário desenvolvimento escolar em todos os âmbitos

para elaboração de estratégias para a equipe docente e o corpo discente. O

desafio é árduo, mas extremamente necessário e essencial para o fundamento

teórico e prático que alicercem a construção do conhecimento, linguagem e

pensamento do aluno como cidadão. Inovador dentro de uma sociedade inerte

e apática às mudanças transitórias de comportamento e pensamento. Esta

função deve ser vista como atividade de auto-realização, auto-estima, auto-

imagem para favorecer as relações entre o desenvolvimento e o aprendizado

em seu ambiente sociocultural, facilitando desta forma as condições

necessárias para que o aluno possa buscar, discutir, pensar, refletir,

problematizar, agir sobre dados e fatos à construção do seu conhecimento e a

formação do seu entendimento como cidadão.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

7

METODOLOGIA

A pesquisa sobre o tema nos reverte a descobertas fascinantes sobre o

assunto proposto, os métodos utilizados foram os mais diversos, livros de

pesquisa Edgard Morin, Maria Cândida Moraes, Içami Tiba, Demerval Saviani,

Cipriano Carlos Luckesi, Ana Maria Leandro, Mirian Zippin, Phillippe

Perrenoud, Maria de Lourdes Rangel, Leandro Konder, Paulo Freire, Roque de

Barros, Pierre Bourdieu, Débora Mazza, Paolo Nosella, Olívia Porto e o

Estatuto da Criança e do Adolescente, revista Nova Escola e sites de pesquisa.

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

8

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - 12

A Importância do Orientador no desempenho Escolar

O papel do orientador educacional como facilitador no desempenho escolar Relação professor x aluno CAPÍTULO II - 21

As dificuldades do papel do Orientador em relação à

Violência escolar. CAPÍTULO III – 29

O desenvolvimento na relação professor x aluno

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

ANEXOS 41

Código de Ética dos Orientadores Educacionais.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

9

INTRODUÇÃO

A escola não se faz sem professores e alunos em uma comunidade. A

comunidade se beneficia quando estes têm uma participação pro ativa. O

Orientador Educacional é facilitador desta transformação sócio-educacional

entre família, escola e comunidade. Interagir, participar e cooperar com o

afetivo, livre e criador constituem mudanças positivas. È necessário tornar mais

efetivo a construção do conhecimento, não apenas nas salas de aulas, mas

unir e contribuir para as metamorfoses desta comunidade onde a escola faz

parte deste todo sendo uma visão unificadora e não separando a escola deste

contexto, porque a escola avança além de seus muros, o conhecimento

atravessa fronteiras e limites impostos pela sociedade.

O Orientador Educacional deve estabelecer uma relação junto aos

professores que preze pelo clima cordial, humano e problematizados. Além

disso, deve: auxiliar nas dúvidas durante o processo de aprendizagem,

analisando e respondendo aos trabalhos realizados, sempre motivando os

professores; e instigar a busca do conhecimento, requerendo um

posicionamento pessoal entre professor e aluno sobre o tema focalizado. Deve

atuar através de uma postura dialogal, convidando o professor e aluno a

abandonar a postura passiva, promovendo autonomia na construção de sua

formação.

O orientador educacional deve desempenhar não apenas os papéis

administrativos, mas informar, acompanhar e facilitar o percurso do professor e

aluno e cognitivos, tornando mais claros os conceitos e idéias. A presença

deste profissional deve contribuir para a motivação do estudante, fazendo-o

sentir-se parte integrante de um grupo, de um projeto educacional.

Apesar de a remuneração ser semelhante, professores e orientadores têm

diferenças marcantes de atuação. “O profissional de sala de aula está voltado

para o processo de ensino-aprendizagem na especificidade de sua área de

conhecimento”.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

10

O Orientador não tem currículo a seguir, seu compromisso é com a

formação permanente no que diz respeito a valores, atitudes, emoções e

sentimento, sempre analisando as performances e retornando com propostas

criativas e incentivadoras.

As funções que norteiam o Orientador Educacional é orientar, animar e

transmitir:

Orientar, o caminho para uma proposta pedagógica transformadora para

o professor e aluno.

Animar, ter disponibilidade para ajudá-los a ver as possibilidades, as vantagens

e às mesmas desvantagens.

Transmitir entusiasmo, ouvir e dialogar contribuindo para o progresso de

todos.

A quarta função é ser um profissional decente e realmente orientar.

A necessidade principal é o Orientador não ser superficial, mas que

exerça o papel de pessoa profunda em seu conhecimento, afetividade e

respeito para com a escola, família, professor, aluno e comunidade.

Seu valioso legado é o conjunto de idéias para a valorização do aluno em seu

desempenho escolar.

É importante avaliar dentro de um panorama mais amplo sobre os

problemas mais imediatos que se apresentam.

Constitui um marco relevante descobrir as fases distintas como melhoria

da qualidade no desempenho escolar.

O centro maior de interesse do orientador é o fenômeno de

transformação, formalizado na instituição escolar como compreender a

organização neste universo, se desenvolver, persistir que decaem por

inúmeros fatores. Os fatores favorecem o desempenho escolar, repetem-se

nas linhas mestras, conhece-los é apossar-se de um material de recorrência,

essencial para o estudo do presente. Não são apenas instrumentos teóricos,

mas também guias para a ação, possibilitando a elaboração de um conjunto de

técnicas e procedimentos.

As mesmas causas correspondem os mesmos efeitos, desta forma a

invariação do comportamento humano, deve ser completada pela investigação

das peculiaridades da circunstancia sobre a qual se pretende agir.

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

11

Embora a realidade determine os limites de ação, as personalidades

decididas e empreendedoras decidem como deve atuar o Orientador

Educacional interferindo no mecanismo escolar, esgotando desta forma o

momento exato criado para transformar, ser criativo, no qual a ação poderá

funcionar com êxito. Para ser eficaz, a iniciativa deve ajustar-se as

circunstancia; pois o agir humano está condicionado pela necessidade.

A equipe de Orientação deve trabalhar integrada com a Supervisão

Educacional, tendo reuniões semanais para estudo de casos, elaboração de

estratégias para a equipe docente e discente. È imprescindível à presença da

Direção da escola, que, em muitas vezes, dependendo do tamanho da escola,

não tem conhecimento dos problemas que ocorrem no dia-a-dia da Escola.

As questões de auto-estima, auto-imagem e auto-realização, ente

outras, continuam como questões básicas da prática do orientador, só que

serão desenvolvidas e trabalhadas junto aos alunos em uma realidade mais

concreta e objetiva.

A orientação, então, deverá ser vista como uma atividade, disciplina (no

sentido de ação), dentro da escola, que ajudará, facilitará os meios e as

condições necessárias para o aluno buscar, discutir, pensar, refletir,

problematizar, agir sobre dados e fatos necessários à construção do seu

conhecimento, à formação do seu entendimento como cidadão. O movimento

será uma constante nesse trabalho é o próprio movimento que faz o sentido e a

existência da vida.

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

12

CAPÍTULO I

A Importância do Orientador Educacional no

desempenho escolar.

A escola está lutando com uma fundamental mudança, a importância

acelerada, dinâmica e tecnológica, fora dos muros que a envolve, porém

permanece estática, com seus quadros negros rústicos, ambiente retrógrado

onde todos precisam copiar e muitos alunos aguardam o parecer definitivo do

professor, pois se sentem “o dono da razão”.

É necessário dirigir o processo para a sua consumação e não para a

destruição, evitando a grande evasão escolar. O aluno deve aprender a usar a

compreensão do mundo físico para fins práticos, estará desta forma

expandindo sua capacidade inata e aumentando sua habilidade de pensar e

criar.

As disciplinas escolares são incompatíveis com o axioma cartesiano

visto que enfrentar o desafio da especialização científica é tarefa de

compromisso, dedicação e auto-realização.

O Orientador Educacional consiste em descobrir o acertado equilíbrio

entre a falta de um princípio que tudo abranja, relevante para expressar o seu

papel fundamental no desempenho escolar e cabe aos alunos a importante

iniciativa da democracia, justiça, amor e paz em relação a si mesmo, e seus

semelhantes, respeitar as esperanças e sonhos dos quais todos possuem.

Cresce a certeza de que a igualdade não pode ser avaliada em simples termos

numéricos, mas, é proporcional a analogia em sua realidade.

Para educadores, alunos e orientador regem a teia educacional que

aumenta a oportunidade de cada um transformando a todo instante sua em

aprendizado de participação e de cuidado. È necessário procurar critérios que

possam distinguir as diferenças que se formam, mas que caminham juntas

para o progresso de todos, beneficiando-se a sociedade, comunidade e todos

os participantes que englobam a escola.

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

13

A sociedade não pode ser descentralizada, porque existem pessoas com

seu papel fundamental o orientador e os demais participantes deste elo

direcional e multiforme que é a escola.

É necessária uma nova visão escolar, um olhar diferenciado em que o

aluno não deve confundir ensino com aprendizagem, diploma com

competência, fluência no falar com capacidade de dizer algo novo.

A função do Orientador educacional está em ajudar a que os aprendizes

façam este encontro para que a aprendizagem possa ocorrer. A aprendizagem

criativa e pesquisadora requerem que os participantes todos estejam

igualmente perplexos perante os mesmos termos ou problemas. A sociedade

contemporânea é o resultado de projetos conscientes e neles devem ser

projetadas oportunidades educacionais.

Representa uma tomada de consciência em relação à realidade do

educando e á complexidade da vida social.

A orientação surgiu no início do século XX, nos Estados Unidos, com o

objetivo de orientar os estudantes para escolha profissional adequada à

inserção no mercado de trabalho, isto é, como um direcionamento para a

orientação profissional, nisto observou-se à necessidade de assistir o

educando no desenvolvimento de todas as suas estruturas física, mental,

moral, social, científica, política e religiosa. A vida social do educando começou

a ser olhada como um aspecto para o sucesso do processo educativo.

Enquanto um sujeito com virtudes e carências, diferente um do outro, o que

determina aspirações diferenciadas.

Uma coisa é o saber fazer, e outra, muito fina, são saber ensinar. E

saber ensinar são ao mesmo tempo uma arte e uma condição aprendida,

estudada diz Eva Paulino Bueno.

O advento da Orientação Educacional representa à realidade do

educando e á complexidade da vida social. O educando ocupa posição

secundária, no processo educacional.

O sucesso era quase sempre produto da eficiência do professor,

enquanto o fracasso ocorria por falta de aplicação ou de aplicação inadequada,

por parte do educando em relação aos seus estudos, todo crédito no ensino

era aberto ao professor e todo débito, ao educando. O meio sociocultural em

que se desenvolvem o educando, as relações existentes da apropriação dos

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

14

espaços, bem como as suas contradições, como o crescimento do processo de

industrialização e a exigência da especialização de mão-de-obra se fazem

perceber, pela escola, como uma dimensão importante e necessária ao

processo educativo.

O educando começou a ser olhado de maneira mais compreensiva, com

a intenção de ser apreendido, integralmente, em sua realidade sócio-humana,

sendo assistido e fortalecido em suas dificuldades, bem como valorizando em

seus aspectos positivos, de modo que se possa prepará-lo para integrar-se no

meio social, como cidadão participante.

A Orientação Educacional fundamenta-se no reconhecimento das

diferenças individuais e no reconhecimento de que o ser humano, em qualquer

momento de sua vida, pode apresentar carências e dificuldades, necessidades

de compreensão, ajuda e orientação.

No Brasil teve sua primeira incursão no processo educativo por meio de

Lourenço Filho. Enquanto diretor do Departamento de educação do Estado de

São Paulo, criou o “Serviço de Orientação profissional e Educacional”, em mil

novecentos e trinta e dois, sendo reiniciado por Fernando Azevedo, ainda, no

mesmo ano, e existindo em mil novecentos e trinta e cinco. O objetivo maior

deste “serviço” era guiar o indivíduo na escolha de seu lugar social pela

“profissão”.

A expansão “Orientação Educacional” surgiu, pela primeira vez na

legislação federal, no Decreto-Lei n° 4.424 de nove de abril de mil novecentos

e quarenta e dois.

A formulação aparece na Lei Orgânica do Ensino Secundário (Decreto-

lei n° 4424 de 09/04/1942). Cabe ainda cooperar com os professores no

sentido da boa execução, por parte dos alunos, incentivos, buscarem imprimir

segurança. Em 1968, mais precisamente 21 de dezembro, ampliam-se a

extensão da orientação Educacional aos níveis médio e primário, uma ação

mais assistencialista e de aconselhamento.

A Orientação Educacional se destina a assistir o educando

individualmente ou em grupo, no âmbito das escolas e sistemas escolares de

nível médio e fundamental integral e harmonioso de sua personalidade

ordenando e integrando os elementos que exercem influência em sua formação

de preparação para o exercício das opções básicas.

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

15

Esta se consagra na lei n° 5.692, de 11 de agosto de 1971 quando se

faz presença obrigatória em todas as instituições de ensino por meio da criação

do Serviço de Orientação educacional (S.O. E), o qual deveria estabelecer uma

relação de parceria entre a escola, os professores, a comunidade e a família.

Apesar da obrigatoriedade nas escolas, o que aconteceu ao longo

desses dez anos, foi propiciado pela formação inadequada dos profissionais de

Orientação Educacional que priorizou, em seu percurso profissional, a função

de aconselhamento, negligenciando outras funções como os de planejamento,

organização, atendimento geral, atendimento individual e o relacionamento.

Com a implantação da LDB/96, pretende-se resgatar a importância do

orientador no processo educativo atual que visa ao pleno desenvolvimento do

educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho.

O papel social é determinado por um conjunto de fatores interferentes,

tais como: as características da escola, suas necessidades, os recursos

humanos disponibilizados, a expectativa do papel social desempenhado. Desta

forma, ele precisa aprimorar-se, não se limitando à formação acadêmica, mas

investindo em treinamento, em serviços e principalmente no desenvolvimento

das competências e das habilidades.

Leonardo da Vinci (1452-1519) observa que a experiência jamais

engana e o erro é produto do pensamento especulativo quando dele se que

tirar conseqüências físicas.

Tradicionalmente, o Orientador educacional é percebido e percebe-se

como um profissional que tem como função precípua atuar com os educando.

A orientação direta ao educando parte do pressuposto de que estes são

diferentes e que, portanto, apresentam necessidades distintas e que, portanto,

apresentam necessidades distintas, as quais o professor não se vê com

preparo suficiente para efetuar seu trabalho, à medida que as necessidades

vão surgindo, o orientador torna-se um “prestador de serviços”.

Edgar Morin diz em seu livro A cabeça Bem Feita (2009 p. 15) 16ª

edição.

Obrigam-nos a reduzir o complexo ao simples, isto é, a separar o que

está ligado; a decompor, e não a recompor; eliminar tudo que causa desordens

ou contradições em nosso entendimento.

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

16

O desafio do orientador educacional é uma das mais discutidas

dicotomia a relação entre teoria e a prática. È também estar muito atento às

relações entre os dois pólos de comunicação: o falante e o ouvinte. Deve

reconhecer e a proporcionar momentos que facilitem o sentir, o pensar e o

fazer conscientes, a fim de que possam ser, simultaneamente, sentir-se,

pensar-se e fazer-se, transformar/transformar-se e contagiar as pessoas á sua

volta, na escola e na comunidade, com esta nova postura.

Entre outros desafios é a convicção de que não basta trabalhar com os

alunos, mas com os professores também.

A prática educativa é intencional, existe a ação orientada em função dos

objetivos. Esta ação pode se dar, no sentido da libertação do homem ou da sua

dominação, afinal, estas tendências estão dentro e fora da escola.

São os desafios desta prática que despertam o sentido da busca de

novos conteúdos, novos caminhos, mas é também a possibilidade de acesso a

novas informações auxiliando os orientadores educacionais avançarem no

discurso e na prática.

O papel do orientador diz respeito, ao estudo da realidade do aluno,

trazendo-a para dentro da escola, no sentido do melhor desenvolvimento. A

escola atua encontra-se muito distante da realidade.

A evasão escolar e a repetência indicam falhas no processo educacional

que dificultam o alcance de uma educação de qualidade. O currículo escolar,

considerado mínimo e fragmentado, não favorece a comunicação e o diálogo

entre os saberes, conseqüentemente as disciplinas com seus programas e

conteúdos não se integram dificultando a visão de conjunto e de totalidade

comprometendo a aprendizagem.

Durkheim dizia: O objetivo da educação não é o de transmitir

conhecimento sempre mais numeroso ao aluno, mas o de criar nele um estado

interior e profundo, uma espécie de polaridade de espírito que o oriente em um

sentido definido, não apenas durante a infância, mas por toda a vida!

O orientador precisa auxiliar o educador a partir dos aspectos

antológicos, epistemológicos e metodológicos de complexidade, porque o

antológico com as suas ações e reflexões cotidianas irão construir a influência

sobre outros tipos de relações que o ser o humano estabelece com o mundo

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

17

em que vive, observando a prática e o entrelaçamento entre o ser e o

conhecer, entre o ser e o fazer, entre sentir, o pensar e o agir.

É preciso compreender melhor as inter-relações ecossistêmicas que

entrelaçam os diferentes domínios da natureza e reconhecer a

interdependência entre o ambiente, o ser humano, o pensamento e os

processos de desenvolvimento e evolução, integrando razão, emoção, mente e

espírito, bem como sentimento, imaginação e intuição.

Desta forma buscar novas teorias que auxiliem a ir mais longe dos

limites impostos pelo pensamento reducionista e simples da linguagem

tradicional.

O epistemológico, o profissional precisa perceber que a educação, a

cultura e a sociedade envolvem diferentes áreas do conhecimento humano e

exigem o mais amplo e abrangente para a solução dos problemas. A

organização do conhecimento é feita por operações de ligação (conjunção,

inclusão, implicação) e de separação (diferenciação, oposição, seleção e

exclusão), segundo Edgar Morin (2000).

O orientador não deve separar sujeito e objeto, educador e educando,

sujeito e cultura, subjetividade e objetividade, individuo, sociedade e natureza,

porque são elementos mutuamente essenciais, existe a complementação e ao

mesmo tempo são interdependentes, para que possa investir neste processo

amplo e complexo mas que exigirá dedicação e investimento pessoal.

Conseqüentemente, cada realidade depende das possibilidades de cada

sujeito observador, da capacidade de leitura que se tem das interações entre

sujeito e realidade vivida. O aprendiz não pode fazer a distinção de algo fora do

seu domínio de ação, pois todo sujeito aprendente surge do viver/ conviver no

linguajar e na experiência do acontecer.

É importante observar que cada aluno não interpreta a realidade da

mesma maneira, isto indica que tanto o conhecimento como a aprendizagem

implica processos independentes. No desempenho escolar faz-se necessário

buscar junto ao educador e ao corpo discente o método interativo, de

aproximações sucessivas por meio da pesquisa, dá experiência,

ressignificando resultados, retomando sempre ao propósito e à

intencionalidade da própria ação. Conhecer e lembrar da Carta de

Transdisciplinaridade (1994), artigo 5º, que aborda a visão transdisciplinar,

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

18

aberta por ultrapassar o campo das ciências exatas pelo seu diálogo e pela

reconciliação não somente com as ciências humanas, mas também com a arte,

a literatura e a poesia. O artigo 13 aponta a ética transdisciplinar como aquela

que recusa toda atitude que se negue ao diálogo e a discussão, seja qual for

sua origem: de ordem ideológica, científica, religiosa, econômica, política e

filosófica, complementando que o saber compartilhado deve conduzir a uma

compreensão compartilhada, baseado no respeito absoluto das diferenças

entre os seres unidos pela vida é ir além da disciplina.

O conhecimento precisa ser aberto para o novo, para o desconhecido,

buscar estratégias para conhecer quem são em sala de aula, como processo

para a criação de um cenário de aprendizagem no qual reconhecemos os

atores e autores.

Apontar para as possibilidades do dialogo na ação comum, pressupondo

a entrega coletiva e individual. O conteúdo deve ser ajustado com suas

vivências em sala de aula e o cotidiano, às emergências, à curiosidade e os

questionamentos, é preciso a confiança para a abertura à criação coletiva.

A concepção curricular é aberta à complexidade buscando o sentido e o

significado de cada participante com saberes teóricos diversificados. É neste

contexto multiforme que o orientador precisa se anelar para a grande

diversificação de sua função, não somente nos corredores de escolas, mas

principalmente entre os docentes, os discentes e o educando alicerçando o

respeito, a cooperação e a solidariedade.

Conhecer a sistemática de planejamento e implementação de políticos e

pórticos educacionais, nos quais precisam ser trabalhosos os processos de

diferenciação que acontecem em cada profissional no decorrer de sua prática,

é preciso um esforço coordenado, sistemático e simultâneo que articule vários

aspectos, promovendo projeto pedagógico e de assimilação e escuta sensível.

Auxiliar, desenvolver habilidades e competências consideradas

fundamentais à sua sobrevivência e de todos que o cercam, descobrir suas

sensibilidades e sua flexibilidade estrutural, um sujeito observador que percebe

o momento adequado da bifurcação e da mudança.

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

19

O papel do orientador educacional como facilitador no

desempenho escolar

Relação professor x aluno

O professor é o agente mediador deste processo, propondo desafios e

ajudando-os a resolvê-los, realizando com eles ou proporcionando atividades

em grupo, nesta perspectiva, rompe-se com a falsa verdade de que o aluno

deve, sozinho, descobrir suas respostas, de que a aprendizagem é resultante

apenas de uma atividade individual, basicamente intrapessoal. A aprendizagem

escolar implica a apropriação de conhecimentos, que exigem planejamento

constante e reorganização contínua de experiências significativas para os

alunos.

A reorganização das experiências de aprendizagem deve considerar o

quanto de colaboração o aluno ainda necessita, para chegar a produzir

determinadas atividades, de forma independente. A origem das mudanças que

ocorrem nas pessoas está, segundo seus princípios, na interação entre estas,

na sociedade, na cultura e na própria história pessoal.

A relação entre o aluno e o professor em seu processo de ensino e

aprendizagem é importante como o trabalho realizado em sala de aula pode

contribuir para o aperfeiçoamento das múltiplas formas de cidadania que

tornam a vida melhor, tendo em vista desenvolver suas capacidades críticas e

as ações compatíveis ao seu exercício, tornando o conhecimento significativo e

vivido com todos que compartilham de sua construção, constituindo deste

universo escolar no campo da observação da orientação educacional.

A finalidade deste trabalho é tornar evidente a valorização deste

profissional nas instituições educacionais, contribuindo com o seu

desenvolvimento pessoal para uma parceria funcional, destacando a

importância da família, escola e comunidade, sendo necessário delegar

atribuições para que haja maior participação de todos os envolvidos numa

perspectiva de contribuições e valores.

A escola atual encontra-se ainda muito distante da realidade. Os altos

índices de evasão e repetência escolar indicam falhas no processo educacional

que dificultam o alcance de uma educação de qualidade.

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

20

Encontra-se o desespero do professor, constituindo-se em um elemento

“dificultador” do processo de construção do conhecimento, acabando por

interferir, conseqüentemente, na sua aprendizagem.

A prática educacional constitui-se por meio de várias instancias, entre as

quais a metodologia é apenas uma das principais. Muitas diferenças existem

entre o discurso e a prática. O diálogo é o elemento-chave para que o

professor e o aluno tornem-se sujeitos atuantes no processo que leva o

conhecimento.

Para determinados professores, os alunos podem fazer todas as

perguntas que lhes passam pela cabeça, enquanto outros os recriminam se

fazem isso; um valoriza a cooperação e a partilha dos recursos, enquanto outro

prioriza a concorrência e o segredo, um atribui extremamente importância as

lições de casa, enquanto outro as considera inúteis; um tem nomes muito

precisos para tudo, enquanto outro adota uma atitude mais tolerante com as

diferenças, um cria um clima caloroso e confiante, enquanto outro instaura um

clima de terror e suspeita. A dificuldade maior quando as instituições negam ou

minimizam estas diferenças. Quando existe um trabalho em equipe há

convergência de metodologia a aprendizagem em todos os níveis para os

alunos que se estende aos seus familiares.

A comunicação de forma clara e objetiva consegue ter seu papel

fundamental que é o acesso as informações tornando os desafios essenciais e

mobilizando todos os níveis desde a escola, professores, aluno e família.

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

21

CAPÍTULO II

As dificuldades do papel do Orientador em relação à

violência escolar.

Nas escolas atuais os problemas enfrentados por parte da diretoria e por

todo o corpo de discentes são indisciplina, violência, rivalidade, competição,

descompromisso, individualismo, autoritarismo, droga, estão presentes no

cotidiano das escolas brasileiras, sejam elas públicas e privadas.

A violência escolar estar dentro e fora da escola, o bulling também é

uma violência a ser tratada como todas as demais, visto que é necessário

resgatar a cidadania, solidariedade, compartilhar situações de risco, não

apenas em uma palestra, mas uma continuidade minuciosa sobre os

acontecimentos na escola.

Através do Estatuto da Criança e do Adolescente é considerado criança,

para os efeitos da lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e

adolescentes entre doze e dezoito anos de idade.

O físico, mental, moral, espiritual e social são formados de maneira

ampla e familiar e leva-se por toda a caminhada como cidadão.

Quando não existe mais o referencia, deixando de existir a diferença

entre certo e errado, o que tem valor e o que não tem, é difícil traçar linhas

existenciais onde cada ser humano é capaz de ser participativo.

O artigo 5º diz que: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer

forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e

opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos

seus direitos fundamentais.

O artigo 7º A criança e o adolescente têm direito a proteção à vida e à

saúde, mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam o

nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condições dignas de

existência.

Os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental devem

comunicar ao Conselho Tutelar os casos de maus-tratos envolvendo alunos,

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

22

reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar esgotado os recursos

escolares; elevados níveis de repetência.

Desta forma, perceber-se que existe o amparo da lei, mas por outro lado

inexiste o funcionamento da mesma, porque casos graves de agressões

chegaram à mídia e somente assim obrigaram-se recursos para efetivação da

mesma.

Quantos casos omissos inexistem a aplicação da lei e seu

funcionamento, porque o corpo docente e discente da escola prefere omitir,

esquece que todos eles fazem parte do processo educativo, de transformação

para a valorização do cidadão e práticas de cidadania dentro da sociedade da

qual faz parte.

De acordo com o artigo 119 é incumbência do orientador, juntamente

com a supervisão das autoridades competente, a realização de promover

socialmente o adolescente e sua família, fornecendo-lhes orientação e

inserindo-os, se necessário, em programa oficial ou comunitário de auxílio e

assistência social.

Supervisionando a freqüência e o aproveitamento escolar do

adolescente, promovendo, inclusive, sua matrícula; diligenciar no sentido da

profissionalização do adolescente e de sua inserção no mercado de trabalho;

apresentar relatório do caso.

Através de programas de reestruturação e divulgação existe solução

para os problemas enfrentados pela escola neste atual século, mas que a

mudança possa ocorrer de maneira eficaz, antes que seja irreversível a

situação da violência na escola tanto dentro como nas suas proximidades. È

necessário um trabalho que cause transformação no educando de forma

positiva envolvendo família, escola e comunidade.

O Orientador educacional é a parte principal deste projeto, pois formará

as ligações e conectará a informação de forma prática e construtiva entre os

elos de grande dimensão e desafio transformador.

É necessário ver a sociedade como uma estrutura com poder de

coerção e de determinação sobre as ações individuais, a de ver o indivíduo

como agente criador e transformador da vida coletiva. A sociedade faz o

homem na mesma medida em que o homem faz a sociedade.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

23

Quanto mais o individualismo cresce, mais a consciência coletiva

diminui, neste caso sem consciência coletiva, sem uma moral coletiva, a

sociedade não pode sobreviver. A solidariedade é o cimento que dá liga á

sociedade.

A violência encontrada nos corredores escolares, nas salas de aula, na

entrada e saída escolar representa uma anomia, isto é, ausência de regras, o

caos. Existem certos costumes, certas regras, que devem ser obrigatoriamente

transmitidos no processo educacional, a cada momento histórico, existe um

tipo de educação a ser transmitida.

No entanto, por mais específicos que sejam os meios morais para os

quais somos educados, sempre existirão crenças e valores básicos que devem

ser comuns a todos. A educação é um processo social que através de

persistência, voluntariedade, inovação e motivação são capazes de modificar

todo o chamado de violência escolar, pois ocorre desde a raiz da família,

perpassa entre as comunidades e desta forma chega ás escolas, mas estes

educando muitas vezes saem sem valores ocupacionais, sem reconhecer o

que ele representa como indivíduo e cidadão.

O trabalho do orientador educacional é mostrar as oportunidades que

este educando deve buscar como indivíduo e cidadão ampliando seu

conhecimento, ajudando-o a resgatar valores antes esquecidos e apagados em

seu convívio escolar, familiar e na sociedade. Sem intervenção do educador,

intervenção democrática, não há educação progressiva.

A educação é um processo contínuo, é necessário que façamos com

que o educando aprenda a ser um ser social, pois assim, será constituído de

idéias, sentimentos e hábitos que possa exprimir a participação de vários

grupos ou diferentes grupos, mas que todos têm o mesmo direito de contribuir

para a valorização da sociedade em que vive, seja no âmbito escolar, familiar,

político, inclusive na comunidade.

No processo evolutivo da história foram se constituindo um patrimônio

de idéias os direitos e deveres, o progresso, a ciência e as artes devem ser

fixados na consciência dos educando. O professor é um transmissor de

saberes, valorizados e essenciais à continuidade societária. A coletividade

impõe os fins da ação educativa. Ela que exerce sobre os educadores uma

pressão moral no sentido de desenvolver nos educando as qualidades comuns

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

24

do grupo social e seus ideais coletivos, todas as camadas sociais devem

contribuir para a melhoria do processo educacional, social e político.

Há um desinteresse crescente aos processos de ensino e aprendizagem

que são tratados de forma fragmentada e distante do cotidiano de alunos e

jovens. Existe o aumento da agressividade e da indisciplina em sala de aula, a

dificuldade do diálogo na comunidade escolar, entre gestores, professores,

funcionários, alunos e familiares, as dificuldades sócio-econômicas, fazendo

com que muitos pais estejam ausentes de casa durante grande parte do dia,

deixando seu filho sem acompanhamento.

A violência urbana e doméstica, a ausência do cultivo de valores

humanos nos trabalhos desenvolvidos, as desagregação familiar são aspectos

que desencadeiam relações conflituosas e exigem maior preparo por parte dos

professores para criar um ambiente de trabalho e aprendizagem harmonioso e

que incentive o desenvolvimento do respeito mútuo, da solidariedade e da

cooperação.

Segundo Edgard Morin (2003), o método devem ser coerente e aberto,

reconhecendo as emergências do cenário, a presença de uma rede de

relações que caracterizam as múltiplas realidades existentes. Um método que

leve o aprendiz a perceber os antagonismos, a complexidade e flexibilidade.

O foco ao longo dos anos no processo educacional tem sido superficial, não

abrangendo as causas e efeitos ou mesmo prevenção, mas são de todas as

formas migradas para a intolerância educacional, salarial e de formação tanto

do docente quanto dos discentes. Um bom docente é aquele capaz de ajudar

seus alunos a desenvolver habilidades e competências consideradas

fundamentais à sua sobrevivência e à transcendência, além de ajudar o

aprendiz a olhar para dentro si mesmo, para dentro de seu próprio ser, para

que possa reconhecer-se como pessoa, descobrir seus talentos e

competências, sua criatividade, sua sensibilidade e sua flexibilidade estrutural

em relação ao conhecimento; perceber sua capacidade de antecipação e de

adaptação às situações emergentes caracterizadoras de nossa realidade

mutante.

É importante pensar que o orientador educacional precisa cumprir com o

seu conhecimento diversificando cada teia que liga ao processo transformador

e que todos devem participar para os diferentes processos e dimensões

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

25

envolvidas. Desta forma três propostas de formação integral são necessárias a

mudança, a consciência de que precisa serem feitos o visível e o invisível, o

presente e o ausente, a confrontação e a complexidade.

A mudança é a testemunha silenciosa de qualquer processo formativo. É

ela que nos ajuda a perceber que o processo educativo/formativo alcançou a

finalidade que lhe corresponde, bem como nossos erros como etapas de um

processo de aprendizagem mais amplo e abrangente. Conhecimento e

aprendizagem implicam processos auto-organizadores, auto-reguladores e

autotransformadores que envolvem uma cooperação global.

A complexidade nos ajuda a melhor compreender e explicar a realidade

educacional, esclarecendo que não é apenas feita de racionalidade e de

fragmentos, mas também de processos intuitivos, emocionais, imaginativos e

sensíveis.

As tarefas e as responsabilidades dos diferentes níveis existentes, são

operacional e estratégico.

O operacional é o acesso individual pelos professores, e o coletivo

sendo a parte da instituição escolar ou redes de estabelecimento.

A transformação dos esquemas é parte do processo de ampliação do

habitus no exercício da lucidez e da coragem.

Agir na urgência, decidir na incerteza, a escola à complexidade,

procurando desvelar a profissão de professor, construindo mecanismos

adaptativos para desenvolver seu oficio.

Não existe uma competência sem a referencia a um contexto no qual se

materializa. Quanto mais bem delimitado é o âmbito de referência, mais

simples é caracterizar uma pessoa competente.

Assim, o orientador com seus objetivos este projeto de estabelecimento

com inspiração e de motivação, apresentando pontos de vista comuns a curto e

longo prazo, chegará ao processo de transformação, alçando as mais variadas

conformidades nas instituições escolares, sabendo que o impacto é um

processo que necessita de um conjunto de oportunidades para ser alcançado

entre família, professor, aluno e comunidade.

Um projeto de estabelecimento tem-se principalmente: na análise que a

equipe faz da situação presente, do contexto sócio-político, do âmbito social,

próximo (relações com os pais, com o bairro), do apoio ou das resistências que

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

26

se pode esperar das associações profissionais ou da administração escolar e

uma preocupação constante em esclarecer e melhorar relações de poder,

redes de comunicação, modos e graus de cooperação, estilo de direção e de

decisão.

Trabalhar desta forma sobre esses pontos representa um programa de

formação, levando em conta o contexto dos lugares, promovendo valores e

construindo um plano de ação.

A construção do projeto funciona como um acelerador da ação coletiva

e, ao mesmo tempo, como um analista e revelador do estabelecimento como

sistema social que precisa ser visto como um ângulo de várias posições, lugar

complexo, lugar de trabalho, mas o lugar com muitas emoções passando tudo

isto pelo empenho de todo o conjunto deste processo educativo.

Realizar para acreditar, acontecer para transformar, caracterizando as

variadas formas no processo de aprendizagem.

Muitas vezes o educador tem dificuldades em distinguir seus valores

pessoais de seus valores familiares e sociais. É difícil saber o que ele quer e

gosta, e o que a família e a sociedade lhe impõe como sendo o melhor.

O objetivo principal é identificar valores e sentimentos pessoais,

percebendo suas origens sociais e familiares. Auxiliar no conhecimento de si

mesmo de forma lúdica, criativa e projetiva.

Desta forma, o orientador deve sugerir ao jovem que se imagine no

futuro desempenhando uma função como formador de opinião de forma

positiva.

A família é modelo para o jovem no momento das escolhas. Não

somente pela opinião direta dos pais, mas também pelo reforço de imagem e

estereótipos proporcionados pela família. Trabalhar a identidade profissional é

fundamental para qualquer profissional, isto eleva a autoestima do educando e

começa o processo de identificação e habilidades, serve para criar um vínculo

emocional e diminuir a ansiedade inicial.

Segundo Zohoslvsky (1993, p. 61) diz que: “todo adolescente é uma

pessoa em crise, na medida em que está desestruturando e reestruturando

tanto seu mundo interior, como suas relações com o mundo exterior”. O

orientador deve facilitar esse processo, é de suma importância que psicólogos

e pedagogos tenham plena consciência de tudo o que implica a adolescência,

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

27

para poder atuar como um mediador, entre a urgência que a sociedade impõe

e o ritmo que o adolescente pode ter nesse processo, assim pode-se em

conjunto diminuir a violência escolar.

Através da criatividade pode-se moldurar o processo de inovação,

porque a pessoa criativa tem como característica formular idéias originais e

incomuns, inusitadas, diferentes e raras para uma determinada situação.

A sensibilidade interna nos permite entrar em contato com nossos

sentimentos e desconforto interno, ser sensível aos movimentos externos e

internos é primordial para o início do processo criativo, onde percebe-se a

necessidade de uma resposta, solução e criação.

O orientador deve reconhecer as possibilidades do potencial escondido

no educando, sendo capaz de encorajá-lo a seguir em frente e ter sucesso na

área de seu interesse e da maneira que lhe for possível; demonstrar

entusiasmo pelas idéias colocadas em ponto, colocar o aluno pouco produtivo

em contato ou em colaboração com outro aluno mais produtivo e fazer uso de

habilidade de fantasia para manter contato com a realidade.

Finalmente há possibilidades e inovações para serem implementadas

para que a escola seja um celeiro de indivíduos que alcancem o patamar de

transformação e ano aceitem o quadro negativo do qual se tem proporcionado.

A escola deve promover a autodescoberta, aumentando assim o

autoconhecimento, a autodefinição o autoconceito, indispensáveis no processo

de identidade e fortalecimento da autoestima e estimular as ações ousadas,

promover desafios, trabalhar a imaginação e a liberdade criativa, pois assim

alcançará mudanças dentro e fora da escola.

Aumentar os investimentos para uma proporção maior de escolas

públicas com os cursos de qualificação profissional e maior número de vagas

distribuídas em bairros estratégicos com tempo integral é uma forma de

socializar o adolescente em uma fase de fase de grande indecisão e mudanças

comportamentais.

A lei 11.741 de 14 de julho de 2008 no parágrafo primeiro do artigo 39

diz que: Os cursos de educação profissional e tecnológico poderão ser

organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a construção de diferentes

itinerários formativos, observados nas normas do respectivo sistema e nível de

ensino.

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

28

O artigo 42 diz que as instituições de educação profissional e

tecnológica além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais,

abertos à comunidade, condicionado a matrícula à capacidade de

aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.

O decreto 6.094, de 24 de abril de 2007, o artigo segundo: a participação

da União no compromisso será pautada pela realização direta, quando couber

ou, nos demais casos, pelo incentivo e apoio à implementação por Municípios,

Distrito Federal, Estados e respectivos sistemas de ensino, das seguintes

diretrizes:

I. Estabelecer como foco a aprendizagem, apontando resultados concretos a

atingir;

II. Alfabetizar as crianças até no Maximo, os oito anos de idade, aferindo os

resultados por exame periódico específico;

III. Acompanhar cada aluno de rede individualmente, mediante registro de sua

freqüência e do seu desempenho em avaliações, que devem ser realizados

periodicamente;

V. Combater a evasão pelo acompanhamento individual das razões de não

freqüência do educando e sua superação.

VIII. Valorizar a formação ética, artística e a educação física.

O educando é um sujeito que pela ação, ao mesmo tempo se constrói e

se aliena. Ele é um membro da sociedade como qualquer outro sujeito, tendo

caracteres de atividade, socialidade historicidade, praticidade. A cultura

espontânea é insuficiente para a sociedade moderna que exige a escolarização

como instância pedagógica, ele é capaz de construir-se a si mesmo, através da

atividade, desenvolvendo seus sentidos, entendimentos e inteligências.

Efetivamente são experiências e desafios externos que possibilitam ao ser

humano, através da ação, o crescimento, o amadurecimento.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

29

CAPÍTULO III

O Desenvolvimento na relação Professor x Aluno.

É necessário sete saberes fundamentais segundo Edgard Morin para a

missão de ensinar: as cegueiras do conhecimento, os princípios de um

conhecimento pertinente, a condição humana, a identidade terrestre, o

confronto com as incertezas, a compreensão e a ética do gênero humano.

A qualidade profissional do orientador educacional faz a diferença

quando se trata da relação professor e aluno e o orientador frente a este elo,

acompanhando, divulgando ações que causem impacto diferenciado dentro e

fora da escola, uma relação profunda de aprendizagem e aceitação.

A qualidade de uma formação depende, sobretudo, de sua concepção.

Uma didática baseada na praticidade e em suas transformações, identificar a

competência e os saberes, articular teoria e prática, avaliação feita em uma

análise totalizada não fragmentada. È importante entender que a área da

educação precisa de uma realista dos problemas que eles precisam resolver

todos os dias das decisões e dos gestos profissionais que realizam.

O professor não deve simplesmente dominar os saberes para transmiti-

lo, mas sim compartilhar de maneira plena para que haja uma aliança de

comprometimento, integração e realização ao aluno, são necessárias criar as

bases para uma didática de compreensão com práticas efetivas respeitando a

diversidade de condições de exercício da profissão. A competência é a aptidão

para enfrentar uma família de situações análogas, pertinente e criativa, valores,

atitudes, percepção e avaliação.

Deve se considerar a experiência que servem de enriquecimento e

reconhecimento de acúmulos de informações a serem ensinados e alguns

princípios pedagógicos repassados em uma linguagem que acompanhe o

educando atual que vive rodeado de inúmeras tecnologias avançadas

enquanto que a sala de aula permanece em algumas escolas intactas, ou seja,

totalmente estática pelo tempo com seu quadro negro rústico, utilizando

materiais didáticos que não conseguem acompanhar a informatização e a

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

30

própria avaliação escolar que continua considerando o valor da prova como

prática do conhecimento. Fora da escola o educando (aluno) compartilha com

inúmeras “lan houses”, jogos e necessidade de buscar realmente o que é novo,

qual a novidade do momento, enquanto a sala de aula mostrar-lhe o que anos

e anos vem se repetindo à monotonia, mudam-se de professores

frequentemente, mas permanece intacta a atitude escolar.

As competências não podem ser construídas sem avaliação, porém não

pode assumir a forma de papel e lápis ou de exames clássicos. Esta avaliação

deve ser formativa, passar pela análise do trabalho dos alunos e pela

regulação de seus investimentos mais do pelas notas ou classificações.

Motivar, incentivar, reeducar, classificar, respeitar, conhecer, criar habilidade e

aptidão, é essencial para que o aluno encontre na escola estímulos que o

valorize como cidadão, auxilie no desenvolvimento das suas competências e

compromisso, ser funcional e colaborador. È importante transmitir o feedback

da aprendizagem entre professor e aluno para que ambos possam criar

projetos que transformem sua comunidade e escola, que atravessem fronteiras

não apenas visando o saber tecnológicos, mas humanitários que sintam parte

integrante deste processo desde uma simples atividades escolar a atividade

comunitária, através de uma mudança de comportamento e atitude “todos”

tornam-se participativos, contribuindo para uma cadeia de transformação do

individual para o coletivo.

A tarefa exige que os professores adquiram novas competências de

organização de trabalho, de gestão dos espaços-tempos e dos grupos, com

ferramentas adequadas de monitoramento e avaliação. Os obstáculos são

grandes, mas detalhá-los é fazer a diferença, são condicionar para uma nova

mobilização social, realizar um esforço considerável de comunicação entre a

escola e os professores, os alunos e família para uma oportunidade de

perceber os desafios. O sistema educacional deve estipular um programa

mínimo a ser cumprido, em vez de um boletim padronizado.

Não adianta observar se não se sabe interpretar. Não adianta saber

interpretar se não se sabe decidir. E não adiante decidir se se é incapaz de

concretizar decisões. Portanto, não há motivo para isolar a formação à

observação formativa de uma formação didática relativa ao processo de

aprendizagem.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

31

A introdução de novos objetivos de aprendizagem e de novas

metodologias de ensino não lhes permitirá mais organizar seu ensino em torno

de uma sucessão rígida de lições e fichas de trabalho, e sim os obrigará a

inventar permanentemente arranjos didáticos e situações de aprendizagens

que respondam as necessidades de seus alunos. Imediatamente, a

responsabilidade individual transforma-se em responsabilidade coletiva, e

todos se vêem diante da obrigação de prestar conta de sua ação a seus

colegas, do mesmo modo que o estabelecimento deve prestar conta ao

sistema do uso de sua autonomia relativa.

A cooperação profissional nos estabelecimentos inovadores é construída

em torno da combinação de pressão, ação comum e energia. Em algumas

escolas, a pressão pode fazer com que os professores sucumbam ao estresse

quando não conseguem fazer frente às ações intelectuais e emocionais, a

defasagem entre objetivos visados e realidades cotidianas. A pressão e ação

coletiva produzem energia necessária para explorar e instaurar de formas

duradouras novas práticas, para ir ao fundo dos problemas. “Finalmente, a

consciência de que”a união faz a força” e de que é possível” fazer a diferença”,

procedendo com método e obstinação, impulsionará as escolas a se

aventurarem na espiral do desenvolvimento.

A busca de coerência representa antes uma postura, que leva as

pessoas a tornar explícito aquilo que em um estabelecimento escolar

permanece implícito na maioria das vezes sua finalidade, sua ambição coletiva,

seus objetivos, sua missão, seus valores partilhados, seus tabus, sua ética, sua

cultura, enfim, o que realmente difunde uns e outros.

Organizar um mundo tecnológico corresponde a decisões políticas, a

interesses humanos que definem o sucesso e o fracasso de outros seres

humanos em sua vida. As máquinas agem uniformemente, não-crítico, que

realiza o que está programado para ser feito, sem se importar com as

conseqüências de sua ação. Em uma perspectiva construtivista, não interessa

analisar a capacidade das máquinas em realizar tarefas ou processar

informações, e sim as competências dos sujeitos, das pessoas que vivem em

mundo cada vez mais tecnológico. Autonomia, respeito, tolerância,

responsabilidade, construção e respeito a regras sociais, amizade,

compromisso, são qualidades que em sua direção positiva regulam as relações

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

32

entre as pessoas ou as instituições, ao contrário a inveja, ciúme, rivalidade,

competição e interesses pessoais mesquinhos regulam nossas decisões.

A competência ainda se expressa em nosso cuidado em relação ao

objeto como, por exemplo, a destruição da natureza, a poluição dos rios, a

atmosfera cada vez mais comprometedora, abandono de regras e princípios

que a humanidade e a natureza levaram séculos e séculos para construir. O

apelo tecnológico tem sido grande, em nome da globalização, uniformiza,

simplifica e define padrão único que haverá de descaracterizar as mais simples

formas humanas e sociais de resolver problemas de nossa sobrevivência.

O ser humano toma decisões, formula julgamentos, compromete-se com

uma resposta. Tomar decisões é mais do que resolver um problema, implica

mobilizar valores, estabelecer raciocínio, enfrentar dilemas e decidir pelo que

se julgar melhor, mais justo, para o sujeito e para a sociedade à qual

pertence,as máquinas realizam tarefas já programadas, essas considerações

são importante porque é possível formular uma questão na perspectiva de

inovação.

A sociedade hoje transformou professor e aluno no fator de produção e

de entrega de resultados numéricos, situações das qual o cliente é a escola,

havendo assim a desvalorização da noção de competência, pois, a

pessoalidade é a primeira característica absolutamente fundamental da

competência, assim os currículos constituem um mapeamento do

conhecimento relevante a ser ensinado aos alunos, de maneira plena e concisa

no âmbito do desenvolvimento escolar entre professor e aluno com capacidade

de projetar ações, argumentar, capacidade de compreender os fenômenos

físicos, naturais, sociais e expressão de diferentes linguagens, reconhecerem a

importância da biodiversidade.

As habilidades funcionam como competências, evitando-se o desvio de

ancorá-las diretamente nos programas das disciplinas, semeando desejos,

estímulos, fazer com que saibam articular projeto pessoais com o coletivo.

A criatividade distinguiu-se em primária, secundária e integrativa. A

primeira se refere ao momento de inspiração da criatividade, utilizando os

processos primários do pensamento, a secundária trabalha com o sistemático e

o conhecimento adquirido e acumulado por anos, e a criatividade integrativa

acontece no momento da relação entre a primária e a secundária. A

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

33

criatividade necessita não apenas de inspiração, ou de iluminação, mas

também de muito trabalho e experiências cognitivas.

A complexidade, a trans-disciplinaridade, a criatividade e o humanismo,

são referenciais importantes para a educação para auxiliar a reflexão sobre a

responsabilidade que cada um tem relações entre pessoas, entre pessoas e

coisas, entre pessoas e animais, entre pessoas e natureza e entre pessoas e o

mundo, perpassam desta forma a amorosidade, a autodisciplina e o

desenvolvimento de valores, como solidariedade, respeito, consideração, ética

e cidadania.

Segundo Rogers (1997), aquele que ocupa o papel de educar outrem

deve ter sua atenção concentrada na criação de condições que possam

promover a aprendizagem e não apenas no fato de ensinar. A necessidade de

fazer acontecer simplifica a autenticidade, a empatia e a aceitação

incondicional. A autenticidade significa expressar o que sente e o que pensa na

forma de agir. Empatia é a capacidade de estabelecer novas relações

interpessoais e faze-las dar certo, fazê-las funcionar adequada e

positivamente. Atuar com empatia nas relações com as pessoas é perceber o

mundo também com os olhos da outra pessoa com quem se interage. È

colocar-se no lugar do outro e procurar sentir-se como esse outro sente. É

perceber o outro como indivíduo que faz parte do processo de interação e co-

responsável pela organização e manutenção de um espaço agradável de

aprendizagem.

Aceitar incondicionalmente um ao outro é não colocar condições para

que a convivência se estabeleça. O outro é do jeito que é e não há a intenção

de mudá-lo, de transformá-lo no alvo dos desejos do que gostaria que ele

fosse. Não devem ser colocadas condições para que se criem e se mantenham

as relações humanas; todos possuem qualidades que merecem ser destacadas

e defeitos que precisam ser trabalhados se assim for desejado.

Edgar Morrin cita: Uma missão de transmissão. A transmissão exige,

competência, mas também requer além de uma técnica, uma arte, é uma

condição indispensável a todo ensino, a um só tempo, desejo, prazer e amor;

desejo e prazer de transmitir, amor pelo conhecimento e amor pelos alunos.

Onde não há amor, só há problemas de carreira e de dinheiro para o professor;

e de tédio, para os alunos.

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

34

A missão supõe, evidentemente, a fé: fé na cultura e fé nas

possibilidades do espírito humano.

Portanto, é missão muito elevada e difícil, uma vez que supõe, ao

mesmo tempo, arte, fé e amor. Organizar o conhecimento, o ensino da

condição humana, e a aprendizagem da incerteza e educação cidadã.

O educador é construtor de si mesmo e sofre as influências do meio em

que vive.

É aquele que adquiriu o nível necessário de cultura necessária para o

desempenho de sua atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem.

Assume o papel de mediador entre a cultura elaborada, acumulado e em

processo de acumulação e educando. O professor fará a mediação entre o

coletivo da sociedade e o individual do aluno. Exerce o papel de um dos

mediadores sociais entre o universal da sociedade e o particular do educando.

O educador deve possuir conhecimento e habilidades suficientes para

poder auxiliar o educando no processo de elaboração cultural, deve possuir

habilidades suficientes para poder auxiliar o educando no processo de

elaboração cultural e capacitado para compreender o patamar do educando.

Elevar o educando a um nível de referencial de conhecimento quanto habilitá-lo

mas também inseri-lo no convívio coletivo e social.

É necessário compreender a realidade na qual atuo e a sociedade em

que vive, através de sua história, sua cultura, suas relações de classe, suas

perspectivas de transformação ou de reprodução. O comprometimento político

que o direcione e o campo cientifico em que atua para desempenhar com

adequação sua atividade. Ensinar é possibilitar aos alunos a apropriação da

cultura elaborada da técnica melhor e mais eficaz. É preciso querer ensinar.

O processo educativo exige desenvolvimento afetivo, desejo permanente

de trabalhar das mais variadas formas para a elevação cultural dos educandos.

O educando é o sujeito que busca uma nova determinação em termos

de patamar crítico da cultura, buscando habilidades e modos de agir. A cultura

espontânea é insuficiente para a sociedade moderna, que exige dos indivíduos

novos níveis de entendimento através da educação formalizada. Precisa ser

capaz de construir-se a si mesmo, através da atividade, desenvolvendo seus

sentidos, entendimentos e inteligência.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

35

São as experiências e desafios externos que possibilitam ao ser humano

através da ação, o crescimento e o amadurecimento. O educando é um sujeito

que necessita da mediação do educador para reformular sua cultura, para

tomar em suas próprias mãos a cultura espontânea que possui, para

reorganizá-la com a apropriação da cultura elaborada, que possibilita a ruptura

com o seu estado espontâneo. Ele detém uma cultura que adquiriu

espontaneamente no seu dia-a-dia, porém limitada ao espontâneo.

O educador deve estar atento ao fato de que o educando é um sujeito,

como ele, com capacidade de ação e de crescimento, e, por isso, um sujeito

com capacidade de aprendizagem, criatividade, avaliação e julgamento.

O educador é construtor de si mesmo e sofre as influências do meio em

que vive.

É aquele que adquiriu o nível necessário para o desempenho de sua

atividade, dá direção ao ensino e à aprendizagem. Assume o papel de

mediador entre a cultura elaborada, acumulada e em processo de acumulação

e o educando. O professor fará a mediação entre o coletivo da sociedade e o

individual do aluno. Exerce o papel de um dos mediadores sociais entre o

universal da sociedade e o particular do educando.

O educador deve possuir conhecimento e habilidades suficientes para

poder auxiliar o educando no processo de elaboração cultural, deve possuir

habilidades suficientes para poder auxiliar o educando no processo de

elevação cultural e capacitação para compreender o patamar do educando,

elevar o educando a um nível de referencial de conhecimento quanto habilitá-

lo, mas também inseri-lo no convívio coletivo e social.

É necessário compreender a realidade na qual atua e a sociedade em

que vive de sua história, sua cultura, suas relações de classe, suas

perspectivas de transformação ou de reprodução. O comprometimento político

que o direcione e o campo científico em que atua para desempenhar com

adequação sua atividade. Ensinar é possibilitar aos alunos a apropriação da

cultura elaborada da técnica melhor e mais eficaz. É preciso desejar ensinar, é

preciso querer ensinar.

O processo educativo exige desenvolvimento afetivo, desejo permanente

de trabalhar das mais variadas formas para a elevação cultural dos educandos.

O educando é o sujeito que busca uma nova determinação em termos de

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

36

patamar crítico da cultura, buscando habilidades e modos de agir. A cultura

espontânea é insuficiente para a sociedade moderna que exige dos indivíduos

novos níveis de entendimentos através da educação formalizada. Precisa ser

capaz de construir-se a si mesma através da atividade, desenvolvendo seus

sentidos, entendimentos através da educação formalizada. Precisa ser capaz

de construir-se a si mesmo através da atividade, desenvolvendo seus sentidos,

entendimentos e inteligência.

São as experiências e desafios externos que possibilitam ao ser humano

através da ação, o crescimento – e, por isso, um sujeito com capacidade de

aprendizagem, criatividade, avaliação e julgamento.

Cada nível de realidade é função do estado de consciência de cada

sujeito, desenvolvendo a capacidade de observação e de atenção, sendo

produto de uma cooperação global de processos sinérgicos conseqüentemente

a percepção e a consciência de cada aluno também estarão afetados e

limitados em suas possibilidades de expansão e criatividade.

Para que a sala de aula exista como espaço de conversação,

convivência e transformação, é preciso criar situações de ensino e

aprendizagem desafiadoras, permeadas por estratégias inovadoras,

investigadoras, ao mesmo tempo apaixonantes e emocionalmente saudáveis. E

acolhedoras, geradoras de climas propícios à reflexão, à aprendizagem, ao

desenvolvimento individual e coletivo e às transformações necessárias.

As novas gerações estão necessitando de espaços para reflexão e

autoconhecimento, para que possam entrar em contato com suas aspirações

mais profundas, com suas angústias, tendo em vista a grave crise de

identidade que estão sofrendo em função da volatilidade das relações e a falta

de sentido em suas vidas. A velocidade inimaginável para fazer tudo, produz

uma geração perdida em seu conteúdo de ensino e aprendizagem, possuindo

diferentes talentos aprisionados e desconhecidos, com tudo isto, o professor

entra como facilitador das mas ricas experiências cognitivo-emocinais e sociais,

promotoras de processos que levem ao autoconhecimento à autoformação.

De acordo com a lei 8069/90, artigo segundo, considera-se criança, para

os efeitos desta lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e

adolescente aquela entre quatorze e dezoito anos de idade. Nos casos

expressos em lei, aplica excepcionalmente este estatuto às pessoas entre

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

37

dezoito e vinte e um anos de idade. Nos últimos quatro anos tem-se

acompanhado uma série de violência entre adolescentes nas escolas, inclusive

nas proximidades e dentro das salas de aula, uso contínuo de drogas e

utilização de armas de fogo, sendo que o artigo terceiro deste estatuto diz que

a criança e o adolescente goza de todos os direitos fundamentais inerentes à

pessoa humana, físico, mental, moral, espiritual e social, em condições de

liberdade e de dignidade.

É necessário recorrer a uma solução inerente e definitiva para a

melhoria da qualidade das crianças e dos adolescentes para a prática e não

somente de teoria, mas que haja uma atuação na prática para que todos

assumam seu papel de responsabilidade familiar, educacional, o poder público,

seus direitos e deveres, a profissionalização, a cultura, a dignidade, o respeito,

a liberdade e a convivência comunitária.

É essencial a aplicação de recursos sociais e profissionais para as

escolas públicas em todos os níveis, não apenas considerar os centros

tecnológicos federais, mas ampliar estes recursos de objetivo com tempo

integral, investir em projetos comunitários de transformações sociais utilizando

como principal ferramenta humana o educador e o educando e a participação

plena dos discentes.

O dever de estar explícitos a legalidade das crianças e adolescentes,

faz-se necessário a inclusão dos deveres e direitos do educador não apenas a

questão salarial e o ambiente escolar, mas que ultrapasse estas fronteiras a

visualização de que o docente é muito mais que ‘educador’ e ‘profissional’, é o

individuo que de acordo com sua proposta, juntamente com o orientador pode

transformar estes mecanismos sem engrenagens, para isso, elevação de

motivação, organização, funcional e idealizadora para nortear os objetivos e

aspirações do educando, papéis de transformações sociais e culturais.

O estímulo funcional como canal de recuperação social para a condição

de aprendiz, divulgando a participação, comentário, a transformação e o poder

social que o individuo possui para não nos perdermos na violência, na loucura,

na insensatez, na usurpação, no roubo e na mentira.

Para traduzir valores, opções, recursos para prioridades, para traduzir

indicadores que expressem algo mais condizente com a realidade é a nova

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

38

configuração propor tarefas para que o sujeito aprenda a criar recursos, ativar

objetivos e tomar decisões que transformem a sociedade.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

39

CONCLUSÃO

A Orientação educacional deve enfatizar a formação crítica da

consciência dos alunos, deve incorporar as experiências de vida e trabalho em

relação aos problemas culturais e sociais, deve realizar pesquisas na área da

relação educação/trabalho, discutir questões ligadas ao trabalho, direitos e

deveres, analisar novas concepções de trabalho na sociedade moderna. É um

mecanismo auxiliar na tarefa educativa e estará sempre presente na legislação

educacional, porque na essência estará subjacente à consecução dos objetivos

pretendidos para a educação, enquanto prática pedagógica, ela se efetiva, na

escola, na inserção, mediação e consecução de seus objetivos e proposta. O

profissional da orientação Educacional é o único, é uma profissão

regulamentada pela Lei 5564/68.

É um profissional que deve estar engajado com o contexto onde sua

prática se efetiva, com a educação, de um modo geral, exerce uma função

básica de relação de ajuda no espaço em que se desenvolve a educação, deve

compreender as aspirações coletivas e as formas alternativas de educação e

promover os meios para que ocorram diferentes manifestações, realizarem

tarefas que possibilitem o melhor conhecimento do aluno, de sua auto-estima,

as questões de valores sociais e a existência de limites definidos e reforçados.

A necessidade de permitir junto com os professores, um conteúdo que

possibilite ir além dos conhecimentos programados no currículo da escola,

atingindo um currículo que esteja comprometido com a construção do

sujeito/aluno na formação de sua cidadania, facilitando os meios e as

condições necessárias para o aluno buscar, discutirem, refletir, agir sobre

dados e fatos à construção do seu conhecimento.

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

40

BIBLIOGRAFIA

SAVIANI, Dermeval Supervisão Educacional em Perspectiva Histórica: da

função à profissão pela mediação da idéia.

IÇAMI, Tiba Quem Ama, Educa! Editora Gente, 2002.

CURY, Augusto; Código da Inteligência – Editora Ediouro 2008.

Leis de Diretrizes e Bases da Educação 9.394/96

LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação – editora Cortez 2007.

PERRENOUD, Phillippe – As competências para Ensinar no século XXI -

Editora Artmed.

OLIVEIRA, Luis Cláudio pereira - Estatuto da Criança e do Adolescente.

MORIN, Edgard. A Cabeça Bem-feita - Editora Bertrand 2009.

PORTO, Olívia. Orientação Educacional-editora Wak 2009.

LEANDRO, Ana Maria. Avaliação de Desempenho -Editora Wak.

MORAES, Maria Cândida. Complexidade e Trans-disciplinaridade em

Educação: Teoria e Prática docente-Editora Wak 2010.

GRISPUN, Miriam P.S. Zippin A Orientação Educacional – Conflitos de

Paradigmas e alternativas para a escola – Editora Cortez.

MARTINS, José do Prado. Princípios e Métodos da Orientação Educacional S.

P. Atlas 1992.

Disponível em: www.faced.ufba.bu/rascunhodigitaltexto770.htm

Disponível em: www.scielo.br

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

41

ANEXO

Código de Ética dos Orientadores do Brasil.

Publicado no Diário Oficial da república federativa do Brasil em 05/03 de

1979.

O presente Código de Ética tem por objetivo estabelecer normas de conduta

profissional para os orientadores Educacionais.

Somente pode intitular-se Orientador educacional e, nesta qualidade, exercer a

profissão no Brasil, a pessoa legalmente habilitada, nos termos da Legislação

em vigor.

Título I

Das Responsabilidades Gerais.

Capítulo I

Deveres Fundamentais

Art.1º São deveres fundamentais do Orientador educacional:

A - exercer suas funções com elevado padrão de competência, senso de

responsabilidade, zelo, descrição e honestidade.

B - atualizar constantemente seus conhecimentos;

C – colocar-se a serviço do bem comum da sociedade, sem permitir que

prevaleça qualquer interesse particular ou de classe;

D – ter uma filosofia de vida que permita, pelo amor a vontade e respeito a

justiça, transmitir segurança e firmeza todos aqueles com que se relaciona

profissionalmente;

E – respeitar os códigos sociais e expectativas morais da comunidade em que

trabalha,

F – assumir a responsabilidade de tarefas para as quais esteja capacitado,

recorrendo a outros especialistas sempre que necessário;

G – lutar pela expansão da orientação e defender a profissão;

H – respeitar a dignidade e os direitos fundamentais da pessoa humana;

I - prestar serviços profissionais desinteressadamente em campanhas

educativas e situações emergenciais, dentro de suas possibilidades.

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

42

Capítulo II

Impedimentos

Art. 2º Ao Orientador Educacional é vedado:

A – encaminhar o orientando a outros profissionais, visando os fins lucrativos:

B – aceitar remuneração incompatível com a dignidade da profissão;

C – atender casos em que esteja emocionalmente envolvido, por certos fatores

pessoais ou relações íntimas;

D - dar aconselhamento individual através da imprensa falada e – ou escrita;

E – desviar, para atendimento particular próprio, os casos da instituição onde

trabalha;

F – favorecer de qualquer forma, pessoa que exerça ilegalmente e, em

desacordo com este Código de Ética, a profissão do Orientador Educacional.

Título II

Das Relações Profissionais

Capítulo I

Com o Orientador

Art. 5º. Esclarecer, o Orientando os objetivos da Orientação Educacional,

garantindo-lhe o direito de aceitar ou não assistência profissional.

Art. 8º. Usar quando necessário e, com a devida cautela, e instrumentos de

medida-teste de nível mental, de interesse, de aptidão e escalas de atitudes

como técnicas pertinentes ao trabalho do Orientador Educacional.

Capítulo II

Com os Orientadores Educacionais

Art. 9º. Abster-se de interferir junto ao orientando, cujo processo de Orientação

Educacional esteja a cargo de um colega, salvo quando solicitado,

Art. 10º. Dispensar os seus colegas apreço consideração e solidariedade, que

reflitam a harmonia da classe.

Parágrafo Único. O espírito de solidariedade não pode induzir o Orientador a

ser conivente, com conduta profissional inadequada do colega.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

43

Capítulo III

Com outros Profissionais

Art. 11º. Desenvolver bom relacionamento com os componentes de outras

categorias profissionais.

Art. 12º. Reconhecer os casos pertinentes aos demais campos de

especialização, encaminhando-os aos profissionais competentes.

Capítulo V

Com a Comunidade

Art. 15º. Facilitar o bom relacionamento Instituição x Comunidade

Art. 16º. Respeitar os direitos a família na educação do orientando.

Capítulo VI

Com a Entidade de Classes

Art. 18º. Procurar filiar-se à entidade de classe

Art. 19º. Colaborar com órgãos representativos de sua classe, zelando pelos

seus direitos e jamais se escusando de prestar-lhe colaboração, salvo por

causa.

Titilo III

Do Trabalho Científico

Capítulo I

Da Divulgação

Art. 21º. Divulgar resultados de investigação experiências, quando isto importar

em benefício do desenvolvimento educacional.

Título IV

Das Disposições Gerais

Capítulo I

Da Divulgação e Cumprimento do Código de Ética.

Art. 25º Fazer cumprir, fiscalizar, prever e aplicar as penalidades aos infratores

deste Código de Ética é competência exclusiva dos Conselhos Federais e

Regionais de Orientação Educacional.

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · Quero trazer à memória o que me pode dar esperança. (Lamentações de Jeremias cap. 3:21) Agradeço ao Senhor Jesus por

44

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 02

AGRADECIMENTO 03

DEDICATÓRIA 05

RESUMO 06

METODOLOGIA 07

SUMÁRIO 08

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I 12

A Importância do Orientador Educacional

O papel do orientador educacional como facilitador no desempenho escolar

Relação professor x aluno

CAPÍTULO II 21

As Dificuldades do papel do Orientador em relação a violência escolar

CAPÍTULO III 29

O Desenvolvimento na relação Professor x Aluno

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA 40

ANEXO 41

ÍNDICE 44