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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E
AVM FACULDADE INTEGRADA
A VISÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: A DISLEXIA EM
QUESTÃO NAS UNIVERSIDADES
Por: Flávia Teixeira Fernandes
Orientador (a)
Prof.ª Mônica Melo
Rio de Janeiro 2012.
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU E
AVM FACULDADE INTEGRADA
A VISÃO DA EDUCAÇÃO NO BRASIL: A DISLEXIA EM
QUESTÃO NAS UNIVERSIDADES
Apresentação de monografia a AVM integrada como requisito parcial para obtenção de grau de especialista em Docência do ensino Superior, por: Flavia Teixeira Fernandes Orientadora Profª. Mônica Melo.
Rio de Janeiro
2012.
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AGRADECIMENTOS
Minhas filhas, minha mãe, minhas tias, meus amigos em geral e aos meus mestres
da pós-graduação... ...Meus sinceros agradecimentos naqueles que me ajudara e acreditaram em mim, que apesar
dos obstáculo valeu a pena através da força, paciência, disposição, perseverança, sabedoria
e na certeza que tudo no final é gratificante na excelência de um trabalho feito com dedicação
e presteza.
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DEDICATÓRIA
“Dedico este estudo ao meu amado DEUS, que com sua sabedoria e grandiosidade
divina me concedeu o dom da inteligência e perseverança em lutar, conquistar e
realizar todos os nossos sonhos”.
5
RESUMO
Esse resumo visa mostrar como é vital o papel do educador para os alunos
especiais, no sistema de ensino desde alfabetização ate sua admissão na
universidade e também para sociedade. Abordando como é observada a dislexia
desde a alfabetização ate a universidade. A causa da dislexia pode ser
alterações cerebrais ou hereditário, sendo definida como transtorno ou um
distúrbio de aprendizagem em soletração, linguagem, leitura, cálculos
matemáticos e na escrita. O diagnostico apresenta sintomas visíveis no inicio do
processo de alfabetização. O dislexo é avaliado por uma equipe multidisciplinar,
composto por vários especialistas em diversas áreas. Definido o diagnostico, o
profissional pedagógico se manifesta com diferentes inovações estratégias e
métodos de ensino e objetivando uma forma de adaptar e moldar o dislexo na
apreensão de conhecimentos. E fazendo que o sistema da educação da
alfabetização ate admissão na universidade, necessite que se molde ao seu
aluno especial, com uma visão, parceria e compreensão para que o futuro deste
dislexo seja essenciais e garantido a um sucesso.
Palavra chave: Dislexia; Aprendizagem; Professores; Alunos; Estratégia de
ensino.
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METODOLOGIA
Falar sobre o problema apresentado, o estudo foi desenvolvido pela Pesquisa
Bibliográfica, Webgrafica(sites), Observatório, sobre o assunto que é dislexia,
artigos de alguns colegas publicados, pesquisa em universidades, ONGS e
instituições outros meios possíveis. Sinais de inclusão.
www.universiabrasil.com.br Acesso: em 25 agost. 2011. O que as empresas
podem fazer pela inclusão das pessoas com deficiência. www.ethos.org.br.
Acesso em: 27 agost. 2011. A inclusão na universidade: limites e possibilidades
da construção de uma universidade inclusiva.
www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2004/01/al.htm. Acesso: em: 29
agost. 2011.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A DISLEXIA E SUAS DEFINIÇÕES 11
CAPÍTULO II - A DIFICULDADE DO APRENDIZADO NOS DISLEXOS 22
CAPÍTULO III – A INCLUSÃO DOS DISLEXOS NAS UNIVERSIDADES 32
CONCLUSÃO 49
ANEXOS DE GRAFICOS 51
BIBLIOGRAFIA 52
WEBGRAFIA 53 ÍNDICE 55
.
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INTRODUÇÃO
A definição da dislexia é um de distúrbio de aprendizado que interfere na
maneira como a pessoa percebe e processa letras, números e símbolos.
Iniciam-se nos anos setenta onde houve iniciativa para construção de uma
pedagogia universitária, por meio de cursos formais em nível de pós-graduação
e apoio pedagógico mediante assessoramento e formação continuada. No
entanto, naquela época, o enfoque pedagógico apresentava característica
tecnicista enfatizando como fazer e evitando reflexões sobre por que fazer. Nos
anos oitenta, quando vivenciávamos uma época mais democrática, iniciaram-se
reflexões sobre o ensino superior brasileiro, suscitadas por associações, tais
como a Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior (ANDES), a
Federação das Universidades Brasileiras (FASUBRA) e outras. As associações
científicas vigentes nesse período também contribuíram com esta reflexão;
destaca-se a Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Educação
(ANPED). Castanho e Freitas (2005, p.1) comentam que: “a universidade é um
lugar onde os valores e práticas de educação inclusiva precisam ser
vivenciadas” e para isso os professores precisam de preparo que vai além do
conhecimento científico, visto que no ambiente acadêmico, assim como em
qualquer outro, temos singularidades e conflitos de valores.
Através de Inúmeras pesquisas, já constataram que é necessário empreender
ações para promover a preparação dos professores. Encontramos vários relatos
de iniciativas voltadas para a preparação dos professores, particularmente, os do
ensino fundamental. Nessas pesquisas e em outras encontramos indicações de
que as universidades deveriam desenvolver, em seus cursos de graduação e de
pós-graduação e em programas de formação continuada, preparação para os
professores e profissionais da educação atuar frente à diversidade. Ao
examinarmos essas análises, notamos que nas universidades, os professores
que atuam nos curso de formação de professores, os denominados de
licenciatura, também não estão preparados.
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Já na dificuldade do aprendizado nos dislexos, vem demostrar que é um
distúrbio de aprendizagem, sendo um termo genérico dado aos portadores da
dislexia, que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por
dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala leitura, escrita,
raciocínio ou habilidades matemáticas. Ao tratarmos da formação pedagógica do
professor universitário, esbarramos em várias questões, entre as quais sua falta
de percepção quanto à importância dessa formação. Nem sempre a formação do
professor universitário se deu da mesma forma. Em um primeiro momento,
quando as disciplinas estavam se delineando e constituindo sua especificidade,
não havendo formação específica para atuação docente na universidade, a
competência para determinar o saber legítimo e a sua forma de transmissão era
exclusiva dos fundadores dos respectivos campos do conhecimento.
Outra concepção que dificulta a igualdade de oportunidades é o fato dos
professores não se responsabilizarem pela aprendizagem do aluno.
Normalmente, na universidade, o aluno é tratado como se já fosse um
experiente pesquisador, os professores não percebem que o processo de
ensino-aprendizagem é um processo repartido, interativo e de responsabilidade
mútua do professor e do aluno.
Esta análise nos possibilita deduzir que a prática pedagógica que almejamos
para inclusão de alunos com dislexia, combina com esta nova proposta de
ensino, pois, devido a inexperiência em ensinar a esses alunos especiais,
precisamos desenvolver procedimentos educacionais que tenham como base
um diálogo constante, a preocupação de identificar como este aluno está se
desenvolvendo, bem como a disponibilidade para modificar ou molda- lo em
situações de aprendizagem.
Tendo como foco a análise das necessidades de adaptações sentidas por
acadêmicos universitários. Ao tratarmos da formação do professor para incluir
alunos com dislexia nos diversos espaços escolares, emprestamos a
conceituação de Beyer (2006) para definir educação inclusiva, a
compreendemos como uma visão de vida, mais do que um projeto educacional.
É um movimento que veio para questionar, confrontar e reestruturar o modo de
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organização escolar que tem como característica básica a homogeneidade entre
os alunos.
A inclusão dos dislexos nas universidades, é responsabilidade de toda a
comunidade escolar e representa uma oportunidade, um objetivo para que a
universidade não caminhe para um grupo de pessoas sozinhas. Dessa forma, a
educação inclusiva impõe a necessidade de as escolas de todos os níveis de
ensino rever sua organização, seus critérios de aprovação e reprovação, seus
programas e, especialmente, a formação dos profissionais que a conduzem. Mas
é, sobretudo, um processo que está em construção e se faz a cada momento
que consegue diminuir práticas rotineiras de segregação e discriminação
oferecendo oportunidades adequadas de aprendizagem e participação para
aqueles indivíduos que durante o processo histórico da humanidade foram
excluídos.
Um dos aspectos que motivou a proposta deste estudo é o fato de que a
universidade é tida como o local onde se encontram as práticas e os
conhecimentos mais avançados em todas as áreas de conhecimento, sendo,
muitas vezes, consideradas como referência para outros níveis de ensino,
empresas e instituições. A inclusão de alunos com necessidades educacionais
especiais no ensino superior requer medidas que facilitem e auxiliem a
concretização desse processo, como: formação continuada de professores,
produção e adequação de recursos pedagógicos, assessoria psicopedagógica,
adaptação do currículo, bem como reflexão de todos os envolvidos no processo
educativo. (PACHECO; COSTA, 2005, p. 5).
Considerando que estes problemas se entrelaçam, desenvolvemos esta
pesquisa buscando: Verificar se os professores dos cursos de licenciatura têm
conhecimento suficiente para incluir alunos com necessidades especiais em
suas atividades acadêmicas; Identificar se estes professores percebem a
necessidade de participar de um programa de preparação pedagógica para
incluir alunos portadores de dislexia e de que maneira deveria dar-se esta
preparação.
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Ao discorrer sobre a temática da pesquisa, enfatiza dois problemas: a falta de
preparação dos professores para incluir alunos com dislexia nos diversos níveis
de ensino, inclusive no terceiro grau, e o fato dos cursos de graduação,
especialmente as licenciaturas, em sua maioria, ainda não disponibilizarem a
preparação adequada para os graduandos (futuros professores) e, em razão
disso, eles, ao terminarem seus cursos, não saberão promover a inclusão de
pessoas com necessidades especiais nos diferentes espaços sociais em que
forem atuar.
CAPITULO I
A DISLEXIA E SUA DEFINIÇÃO
Figura 01 – A dislexia é entendida através do amor com o próximo
Fonte:(http://www.apad-dislexia.org.br/diagnostico.shtml).
Acesso: 21 agost. 2011.
A dislexia é um de distúrbio de aprendizado que interfere na maneira como a
pessoa percebe e processa letras, números e símbolos. Estas dificuldades
resultam freqüentemente de um déficit na componente fonológica da linguagem
e são muitas vezes inesperadas relativamente a outras capacidades cognitivas e
face ao fornecimento de instrução eficaz. “Conseqüências secundárias podem
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incluir problemas na compreensão da leitura e experiência de leitura reduzida, o
que pode impedir o desenvolvimento do vocabulário e do conhecimento geral.”
(G. Rede Lyon, Sally Shaywitz, & Bennett. Shaywitz (2003) – (Trad. Rui Alves).
O aprendizado é um processo complexo, dinâmico, que resulta em modificações
estruturais e funcionais permanentes no SNC (Sistema Nervoso Central). As
modificações ocorrem a partir de um ato motor e perceptivo, que, elaborado no
córtex cerebral, dá origem à cognição. O transtorno de aprendizagem pode ser
classificado levando em conta as funções cognitivas afetadas. A importância
dada aos problemas relacionados à aprendizagem tem aumentado
significativamente na atualidade e isso se deve em grande parte ao fato de que o
sucesso do indivíduo está ligado ao bom desempenho educacional.
Também, de acordo com Davis (2004), a dislexia pode ser definida como,
(p.38) um tipo de desorientação causada por uma habilidade cognitiva natural que pode substituir percepções sensoriais normais por conceituações; dificuldades com leitura, escrita, fala, cálculos e direção, que se originam de desorientações desencadeadas atentos por confusões com relação aos símbolos. A dislexia se origina de um talento perceptivo.
O diagnostico é percebido ainda na pré escola e apresenta alguns sinais, a
professora ou orientadora educacional de sua escola, percebe estes sinais e
comunica aos pais o fato que esta ocorrendo, e o auxilia a procurar um
especialista em educação nas áreas da Pedagogia, Psicologia, Fonoaudióloga
ou Terapia Ocupacional. Com o diagnóstico precoce e suporte apropriado estas
crianças podem ter um desenvolvimento adequado, igualando suas chances de
sucesso pessoal e profissional as de seus colegas.
A dislexia afeta principalmente a capacidade de ler, escrever e se concentrar,
mas não interfere no raciocínio lógico, nem nas habilidades artísticas. A memória
também pode ser afetada, mas apesar das dificuldades com ortografia, redação
e línguas, os disléxicos podem ter desempenho satisfatório em ciências, exatas
ou artes.
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Provavelmente hereditária, a dislexia não uma grave doença, nem tem cura. É
preciso aprender a conviver com ela e criar estratégias para compensar suas
limitações. “O disléxico é uma pessoa inteligente, mas tem extrema dificuldade
de pôr o que sabe no papel ou interpretar textos escritos. Vai mal nas provas,
mesmo que tenha todas as respostas na ponta da língua, e muitas vezes é
tratado como preguiçoso ou indisciplinado”, explica Maria Ângela Nico,
coordenadora científica da Associação Brasileira de Dislexia (ABD).
A inclusão dos estudantes com necessidades educacionais especiais, nos
diversos níveis de ensino, depende de inúmeros fatores, especialmente da
capacidade de seus professores de promover sua aprendizagem e participação.
Os professores estão preparados para assumir tal responsabilidade. Como são
formuladas as estratégias de ensino para os estudantes disléxicos nas
Universidades privadas. Já que muitos docentes ficam desmotivados por não
terem apoio do sistema governamental, que situam estas pessoas especiais no
grupo dos exclusos, por ser a minoria. E os docentes das universidades
privadas, tentam fazer por sua própria conta estratégias que melhore o chamado
ensino por excelência.
1.1. SINTOMAS
• Cansaço/Fadiga em atividades rotineiras
• Audição - Sensibilidade à luz (luz do sol, luzes fortes, luzes
fluorescentes, faróis, iluminação das ruas)
• Estresse e esforço ao realizar tarefas rotineiras (atividades visuais,
audição, assistir TV, visualização de cores)
• Dificuldade na área matemática (erros de alinhamento, velocidade,
exatidão/precisão)
• Distração constante (leitura, audição, trabalho, provas)
• Dores de cabeça ao ler
• Desempenho comprometido nos esportes com bola
• Dificuldade para acompanhar objetos em movimento
• Sonolência em viagens de carro ou ônibus “retardada”
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• Baixa concentração no estudo e ao realizar provas
• Dificuldade na leitura de partituras
• Percepção de profundidade comprometida
• Náuseas, tontura e dores de estômago ao ler
• Dificuldades para seguir a leitura apenas com os olhos
• Ansiedade
• Depressão
• Emociona-se fácil, com qualquer fato com ela ou com outros
• Dificuldade de montar quebra-cabeças
• Falta de coordenação motora
• Dificuldade de soletrar
• Dificuldade de aprender rimas e músicas
• Desatenção
• Dificuldade de manusear dicionários
• Listas e mapas
• Timidez excessiva,
• Dificuldade de copiar matérias do quadro-negro ou de livros;
• Dificuldade de pintar desenhos e recortar papel;
• Vocabulário pobre
• Dificuldade de identificar direita e esquerda, entre outros.
1.2. DIAGNOSTICOS
A dislexia se apresenta em três formas de dislexia: primeiro, na acústica que
vem com a insuficiência para a diferenciação acústica dos fonemas e na análise
bem como na síntese destes, proporcionando alterações de fonemas. Nesse
caso o aluno confunde os fonemas através de sua semelhança articulatória. O
segundo, visual, manifesta-se quando ocorre coordenação viso-espacial
imprecisa e aparece quando o aluno confunde as letras de maior semelhança
gráfica, o que faz com que na maioria das vezes os alunos sejam encaminhados
a oftalmologistas. E por último, motriz, que aparece na dificuldade da criança em
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seu movimento ocular, ocorrendo uma limitação bastante caracterizada do
campo visual que gera atrasos e falhas ao ler.
Em meados dos anos 60, apresentando suas causas, de acordo com Hout e
Estienne (2001), foi citada como sendo:
(p.20) um transtorno da aprendizagem da leitura que ocorre apesar de uma inteligência normal, da ausência de problemas sensoriais ou neurológicos, de uma instrução escolar adequada, de oportunidades socioculturais suficientes; além disso, depende de uma perturbação de aptidões cognitivas fundamentais, muitas vezes de origem constitucional.
Portanto, através disso pode-se concluir que tanto crianças, adolescentes e
adultos, sem dificuldade de leitura tendem a utilizar mais as correspondências
letra-som, enquanto outras utilizam mais o visual em geral.
1.3. TIPOS DA DISLEXIA
Ø Escrita - Dificuldades ortográficas persistentes, mesmo com palavras simples.
Dificuldades na gramática e na construção de frases. Pontuação ausente ou
pobre. A velocidade e seqüências da escrita são afetadas – os estudantes
perdem com facilidade “a seqüência lógica” do que estão a escrever/ler.
Ø Leitura - Leitura lenta e pouca exata, impossibilidade de fazer uma “leitura
diagonal” e problemas em extrair as idéias fundamentais de um texto.
Ø Números - Problemas com capacidades básicas ligadas à matemática e
ciências como dificuldades em memorizar e relembrar seqüência de números.
Ø Leitura, Escrita Oralidade
Dificuldades em ler em voz alta, em pronunciar palavras pouco familiares.
Dificuldade em estruturar uma apresentação oral.
Ø Coordenação - A escrita pode ser lenta e pouco ordenada.
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Ø Organização - Deficiente organização e gestão do tempo.
Ø Orientação Espacial - Em alguns casos pode verificar-se deficiente orientação
espacial, por exemplo, dificuldade em distinguir a esquerda da direita, leitura de
mapas e seguir instruções de direção.
Ø Memória - Deficiente memória de curto prazo. Perda de objetos com facilidade
por não se lembrar onde os deixou, esquecimento de nomes e números de
telefones, etc. Pouca atenção.
Ø Problemas Visuais - Em alguns casos pode apresentar dificuldade em ler um
texto de uma determinada cor, ou quando tem um fundo de uma cor específica.
Os estudantes disléxicos podem ver os textos de forma diferente, por exemplo,
ver espaços onde não existe qualquer espaço, palavras que se movimentam etc.
1.4. TRATAMENTOS DA DISLEXIA
O tratamento é realizado cada caso com seu caso, e a abordagem é sempre
multidisciplinar, sendo que é feita em quatro etapas:
1º etapa - Entrega de questionários: Ao agendar sua consulta o paciente
receberá dois questionários que deverão ser entregues no momento da
entrevista inicial.
• Entrevista inicial: Ao chegar ao Hospital de Olhos o paciente receberá
orientações sobre o processo de avaliação pelo qual será submetido, sendo
especificadas através na realização de um questionário, para saber um pouco
mais sobre seu histórico familiar, e saber se chegar a um diagnóstico.
• Avaliação oftalmológica de rotina: Nesta etapa será obtida dada sobre
acuidade visual, refração, retina, pressão ocular com o objetivo de afastar
alterações oculares.
2º etapa - Avaliação da Função Visual: serão realizados testes psicofísicos
como sensibilidade ao contraste, percepção cromática, aberrometria, encerrando
assim a análise da função e processamento visuais.
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3º etapa - Screening: avaliação para constatação de distorções visuais no
processo de leitura pela
Metodologia Irlen.
4º etapa - Diagnóstico Padrão de Leitura Cognitiva (DPLC): Rastreador ocular
para análise, medidas e identificação do padrão visual sob estímulo dinâmico
com registros da movimentação ocular durante a leitura. O DPLC nos permite
constatar objetivamente a eficiência da leitura do paciente.
• Avaliação da função neurovisual: Seleção e adaptação dos filtros seletivos,
específicos para cada paciente.
• Avaliação da função audiovisual: o paciente será submetido ao teste
audiometria complementar.
1.5. OS 10 FAMOSOS DISLEXOS
• Albert Einstein nasceu na região alemã de
Württemberg, na cidade de Ulm, numa família judaica. Em 14 de março de 1879.
O mais memorável físico de todos os tempos Recebeu o Nobel de Física de
1921, à formulação da teoria da relatividade (energia anatômica). “Quando
leio, somente escuto o que estou lendo e sou incapaz de lembrar-se da
imagem visual da palavra escrita”. Albert Einstein
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• Thomas Alva Edison nasceu numa família de
classe média, em 11 de fevereiro de 1847,em Milan Ohio, EUA considerado o
maior inventor de todos os tempos. Encontra-se a lâmpada elétrica
incandescente, o gramofone, o cinescópio ou cinetoscópio, o ditafone e o
microfone de grânulos de carvão para o telefone. Edison é um dos precursores
da revolução tecnológica do século XX. Teve também um papel determinante na
indústria do cinema. Foi ele quem ajudou a trazer a civilização da Era do Vapor
para a Era da Eletricidade. “A mais satisfatória forma de arrebatamento é
pensar, pensar e pensar...” Thomas Edison
• Tom Cruise nascia na cidade Syracuse, em 3 de Julho
de 1962 é um ator e produtor de cinema americano. Ele se envolveu em 1990
por meio de sua primeira esposa Mimi Rogers. Atribuiu publicamente que a
cientologia o ajudou a superar seu problema com o TDAH . Eu tinha que treinar
a mim mesmo para concentrar a minha atenção. “Assim, me tornei muito
visual e aprendi como criar imagens mentais para poder compreender o
que lia”. Tom Cruise
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• Alexander Graham Bell (Edimburgo, 3 de Março de
1847 — Nova Escócia, 2 de Agosto de 1922) foi um cientista, inventor e
fundador da companhia telefônica Bell.
• Agatha Mary Clarissa Miller, 15 de Setembro de 1890,
Torquay, Inglaterra. Mundialmente conhecida como Agatha Christie, foi uma
romancista policial britânica, autora de mais de oitenta livros. Seus livros são dos
mais traduzidos de todo o planeta, superados apenas pela Bíblia e pelas obras
de Shakespeare[1], com mais de quatro bilhões de cópias vendidas em diversas
línguas. “Tudo surge através da criatividade, e todos a superam.” Agatha
Christie
• Whoopi Goldberg (nascida como Caryn Elaine
Johnson, Nova Iorque, 13 de novembro de 1955). É uma atriz, humorista,
cantora e apresentadora americana. E ficou muito feliz em assumir a sua dislexia
em publico. “Quando pego um texto pra ler, passo pra minha secretaria e a
peço para se ocupar.” Whoopi Goldberg
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• Vincent Willem van Gogh (pronúncia em neerlandês;
Zundert em países baixos, 30 de Março de 1853. Foi considerado um dos
maiores artista plásticos de todos os tempos, Van Gogh é considerado um dos
pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações
modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do
século XIX, como por exemplo, o expressionismo, o fauvismo e o
abstracionismo.
• Earvin Johnson, Jr. (Lansing, Michigan, 14 de
agosto de 1959). Foi o melhor jogador de Basquete de todos os tempos Armador
principal do Los Angeles Lakers da NBA durante as temporadas de 1979 a 1992,
Magic ficou conhecido por levar o Show Time de volta aos Lakers já na sua
primeira temporada, quando ganhou o Título da NBA, ficou conhecido o grande
guerreiro superador da vida, além da sua dislexia, veio anos depois a AIDS. “Os
obstáculos vem, mais tem que para e enfrentá-los.” Magic Johnson.
• Walter Elias Disney (Chicago, 5 de dezembro de 1901
— Los Angeles. foi um produtor cinematográfico, cineasta, diretor, roteirista,
dublador, animador, empreendedor, filantropo e co-fundador da The Walt Disney
Company. Tornou-se conhecido, nas décadas de 1920 e 1930, por seus
21
personagens de desenho animado, como Mickey e Pato Donald. Ele também foi
o criador do parque temático sediado nos Estados Unidos chamado
Disneylândia, além de ser o fundador da corporação de entretenimento,
conhecida como a Walt Disney Company. “Se podemos sonhar, também
podemos tornar nossos sonhos realidade. “E você pode fazer.” Walt
Disney.
Esses foram alguns principais famosos que assumiram a sua dificuldade a
dislexia, na espera de demonstrar que não existe, nada que possa fazer
uma diferenciação entre as pessoas comuns, mesmo com dedicação e
força de vontade de vencer como ser humano. Na esperança de que outros
venham se manifestar, para que os profissionais da área e os cientistas,
juntos possam encontrar métodos revolucionários que possa se encaixar
no cotidiano das pessoas portadoras de dislexia.
E o único brasileiro assumido publicamente, portador de dislexia foi,
Carlos Roberto Massa, mais conhecido como Ratinho, mais informações
sobre ele, Abaixo:
• Carlos Roberto Massa (Águas de Lindóia, 15 de
fevereiro de 1956), mais conhecido pela sua alcunha Ratinho, é um radialista,
empresário e apresentador de televisão brasileiro. [1] Também atuou como
político do final da década de 1970 até a década de 1990, também sido vereador
de Curitiba e Deputado Federal pelo Paraná, pelo PRN. “As pessoas me
subestimam muito, mais enquanto isso acontece, eu vou crescendo em
todos os sentidos.” Ratinho.
22
CAPITULO II
A DIFICULDADE DO APRENDIZADO NOS DISLEXOS
Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico dado aos portadores da
dislexia, que se refere a um grupo heterogêneo de alterações manifestadas por
dificuldades significativas na aquisição e uso da audição, fala leitura, escrita,
raciocínio ou habilidades matemáticas.
Estas alterações são comuns aos indivíduos devido à disfunção do sistema
nervoso central. “Apesar de um distúrbio de aprendizagem poder ocorrer
concomitantemente com outras condições desfavoráveis (por exemplo, alteração
sensorial retarda mental, distúrbio social ou emocional) ou influências ambientais
(por exemplo, diferenças culturais, instrução insuficiente/inadequada, fatores
psicogênicos), não é resultado direto dessas condições ou influências.” (Collares
e Moysés, 1992: 32).
Ao contrário do que muitos pensam a dislexia não é o resultado de má
alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa
inteligência.
Ela é uma condição hereditária com alterações genéticas, apresentando ainda
alterações no padrão neurológico. Infelizmente, as crianças, adolescentes e
adultos não superam por si sós esses problemas relacionados à leitura e escrita.
A dislexia não é doença, mas compromete o acesso ao mundo da leitura e
parece bloquear o acesso de crianças especiais à sociedade letrada. Deixando-
as, lentas, dispersas, agressivas e em atraso escolar.
A cooperação dos docentes, pais e psicopedagogos que lidam, e conhecendo o
cérebro dos disléxicos, poderão ajudá-los. Alguns princípios ou passos para
atuação eficiente com aqueles que apresentam dificuldades cognitivas na área
de leitura, escrita e ortografia
Precisam de profissionais especializados por um período de sua escolarização e
quanto mais cedo for iniciado esse atendimento, menos complicações serão
23
desenvolvidas, tanto no âmbito de ensino, como no emocional e social. Espera-
se do sistema educacional que tenha sensibilidade à questão e busque atualizar
seus conhecimentos para detectar os sintomas sugestivos da dislexia.
Para os pais, docentes e psicopedagogos a leitura só deixa de ser complexa
quando a automatizamos. Como são diferentes, tem maneiras diferentes de
reconhecer as palavras escritas e, assim, tem diferenças fundamentais no
processo de aquisição de leitura durante a alfabetização e compreender o texto
lido.
Comunicar adequadamente aos pais suas suspeitas, incentivando o
encaminhamento para o diagnóstico clínico, apoiar e adotar as condutas
orientadas pelos profissionais especializados como ensino personalizado,
avaliação adaptada e maior compreensão do comportamento e necessidades
dos disléxicos.
Promover a integração social através do respeito e do conhecimento de suas
particularidades de aprendizagem, visando melhorar a imagem negativa que em
geral nesses alunos têm de si próprios. Identificar a inclusão dos dislexos nas
universidades privadas, no século XXI.
E verificar se ainda existe tanta discriminação, tanta falta de informação sobre
estas pessoas tão especiais e talentosas, tirando dúvidas em redes de
telecomunicações e com apoio governamental.
E mostrar pra sociedade, o governo e as empresas que através do ensino
superior, e com ajuda das tecnologias, os dislexos podem ser incluídos com
muita competência no mercado em qualquer área profissional.
Com o cérebro do disléxico isso não acontece devido a falhas nas conexões
cerebrais, ou seja, ela processa somente os fonemas.
24
v Figura 02 – Diferenças entre um cérebro de um leitor normal de um
dislexo
Fonte: (http://www.infoescola.com/doencas/dislexia/Duplipensar.net).
Acesso: 13 set. 2011.
2.1. HABILIDADES E TALENTOS DOS DISLÉXICOS
§ Ser um ótimo amigo
§ Ter idéias criativas e achar soluções originais para os problemas
§ Desenhar e/ou pintar muito bem
§ Ter ótimo desempenho no esporte
§ Ter ótimo desempenho na música
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§ Demonstrar grande afinidade com a matemática
§ Revelar-se bom contador de histórias
§ Sobressair-se como ator ou dançarino
§ Lembrar-se de detalhes
§ Ter habilidades com instrumentos musicais
§ Facilidade em manuseio com informática
A dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula nas universidades
privadas, isto, foi confirmada nas pesquisas realizadas no Brasil, que mostram
que entre 05% e 17% da população são disléxicos.
Um estudo sobre como as universidades privadas no Rio de Janeiro entre o
período de 2011 a 2012, no qual, os docentes estão despreparados para
receberem os dislexos. E como ainda existe falta de criatividade, paciência e
consciência. Em relação a este tipo de transtorno.
Em pesquisas realizadas nas universidades privadas, usaram a técnica de
Imagem Funcional de Ressonância Magnética, que revela como diferentes áreas
cerebrais são estimuladas durante atividades específicas. Esta descoberta
enfatiza que essa região cerebral é a chave para a habilidade de leitura,
conforme sugerem esses estudos.
Essa área, atrás do ouvido esquerdo, é chamada região ocipto-temporal
esquerda. Cientistas que agora, estão tentando definir que circuitos estão
envolvidos e o que ocorre de errado e, advertem que essa tecnologia não pode
ser usada para diagnosticar Dislexia.
E ainda esclarecem que adolescentes disléxicas mostram mais atividade em
uma diferente região cerebral do que as crianças disléxicas. O que sugere que
essa outra área assumiu esse comando cerebral de modo compensatório,
possibilitando que essas diferenças de idades conseguiam ler, porém somente
com o exercício de um grande esforço.
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Um fato bastante interessante de ser citado é que o portador da dislexia é
comparado igualmente com todos os outros, no entanto, deve-se considerar a
inexistência dessa homogeneidade em relação às crianças, pois, cada uma pode
apresentar os erros mais distintos e abordar a leitura de maneiras bastante
diversificadas
Essas diferenças têm sido usadas como evidência para se apoiar a hipótese de
que existem diferenças qualitativas entre as crianças disléxicas e as outras
crianças.
2.2. ESTRATEGIAS EDUCACIONAS DA LINGUAGEM E MEMORIZAÇÃO
Na estratégia da linguagem esta relacionado à leitura, os níveis lexical e
morfômico são reconhecidos diretamente, sem a necessidade de conversão
fonológica, de modo que, a linguagem, a partir da leitura caracteriza-se pelo
processamento visual direto das palavras.
Nesta etapa, a representação ortográfica, a criança tem acesso direto ao
sistema semântico. Ou seja, o leitor já possui um léxico mental ortográfico,
podendo relacionar a palavra escrita diretamente ao seu significado, fazendo
urna leitura competente. Torna-se possível a leitura de palavras irregulares.
Tais estratégias não são mutuamente excludentes e podem coexistir
simultaneamente na leitura e na a escrita. “A estratégia a ser utilizada, em
qualquer dado momento, depende do tipo de item a ser lido ou escrito, sendo
Influenciada pelas características psicolingüísticas dos itens, tais como
lexicalidade, freqüência, regularidade grafa-fonêmica e comprimento.”
(CAPOVILLA; CAPOVILLA, 2000b, MORAlS, 1995).
Num primeiro momento, a leitura alfabética pode ser sem compreensão porque,
apesar da conversão letra-som, o significado não é alcançado, visto que os
recursos centrais de atenção e memória estão totalmente voltados à tarefa de
decodificação grafo fonêmica.
27
Num segundo momento, com a automatização da decodificação, o leitor
consegue ter acesso ao significado. Métodos de estratégias aplicadas no
sistema de ensino:
a) Usar métodos analíticos e métodos fônicos
b) Relacionar letras com sons singulares
c) Utilizar palavras com a mesma configuração
d) Identificar sons não verbais e verbais
e) Associar sons (sintetizar sílabas)
f) Trabalhar com famílias de palavras
g) Criar pequenas frases e pequenas histórias
h) Aperfeiçoar as dificuldades visuais com situações de visuomotricidade
i) Realizar discriminação de formas e figuras
j) Detectar pormenores em figuras incompletas
k) Treinar a visualização de orientação diferenciada de palavras
l) Valorizar a velocidade de discriminação visual
m) Estimular a memória visual através de quadros com letras do alfabeto,
números, famílias silábicas
n) Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra, pois isso de nada irá
adiantar
o) Não reprimir a criança e sim auxiliá-la positivamente
p) Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter
conseguido
q) Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que
precisar
r) Proponha jogos na sala
s) Não corrija as lições com canetas vermelhas ou lápis
t) Procure usar situações concretas, nos problemas
u) O uso de calculadoras e tabuadas, nas avaliações
28
2.3. NA ESCRITA, NA LEITURA E NA MATEMÁTICA
ESCRITA LEITURA CALCULOS MATEMÁTICOS
Escrever, ler e calcular, portanto, é conhecimentos que não podem ser reduzidos
a alguns de seus aspectos, como dominar letras, decodificá-las, traçá-las, etc.. A
escrita pode ser interpretada de muitas formas ou em diferentes graus. A escrita
é uma das áreas complexas e abrangentes no que diz respeito à aprendizagem.
Tanto a leitura quanto a escrita está diretamente vinculada a alfabetização,
adquirindo deste modo caráter de aprendizagem formal, onde o objetivo é
compreender melhor as dificuldades de aprendizagem na escrita, visando
intervenções adequadas que propiciarão o melhor desenvolvimento dos alunos
portadores de dislexia.
Definir a escrita não consiste em tarefa fácil, São vários os sentidos que pode
ser atribuído às idéias de escrita, podendo estes, ser restritos ou amplos. Em
termos educacionais, tanto a leitura quanto a escrita estão diretamente
vinculadas desde a alfabetização ate a universidade, adquirindo deste modo
caráter de aprendizagem formal. São encontradas definições simplistas tais
como:
v A Escrita – ato de representar através de sinais gráficos (letras) palavras e
idéias, ou domínio da função simbólica convencional. A escrita é um processo
de construção e reconstrução de um saber construído, e neste processo a
criança elabora hipóteses sobre a escrita, que vão sendo problematizadas,
caminhando assim para a alfabetização formal. A escrita é dividida em Disgra fia
e Disortográfica:
29
Ø A disgrafia - é a falta de habilidade motora para transpor através da escrita
o que captou no plano visual ou mental, a criança apresenta lentidão no traçado
e letras ilegíveis. É uma desordem resultante de um distúrbio de integração
visual-motora. Isso acontece devido a uma incapacidade de recordar a grafia da
letra. Também conhecido como letra feia. As principais características são:
lentidão na escrita; letra ilegível; escrita desorganizada; traços irregulares (ou
muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves); desorganização geral
na folha por não possuir orientação espacial; desorganização do texto, pois não
conservam a margem parando muito antes ou ultrapassando, quando este último
acontece, tende a amontoar letras na borda da folha; desorganização das letras:
letras retocadas, hastes mal feitas, atrofiadas omissão de letras, palavras,
números, formas distorcidas, movimentos contrários a escrita (um s ao invés dos
cinco, por exemplo); desorganização das formas: tamanho muito pequeno ou
muito grande, escrita alongada ou comprida; liga as letras de forma inadequada
e com espaçamento irregular.
Ø A disortográfica - é a incapacidade para transcrever corretamente a
linguagem oral; caracteriza-se pelas trocas ortográficas e confusões com as
letras. Esta dificuldade não implica a diminuição da qualidade do traçado das
letras. Essas trocas são normais nas primeiras séries do primeiro grau, porque a
relação entre a palavra impressa e os sons ainda não esta totalmente dominada.
Porém, após estas séries, se as trocas ortográficas persistirem repentinamente.
Os principais erros que uma criança com disortográfica costuma apresentar são:
Confusão de letras (trocas auditivas: consoante surdas por sonoras: f/v,
faca/vaca, etc.), vogais nasais por orais: na/a, en/i, on/o, um/u; confusão de
sílabas com tonicidade semelhante: cantarão/cantaram; confusão de letras
(trocas visuais: simétricas: b/d, p/q, semelhantes: e/a, b/h, f/t, confusão de
palavras com configurações semelhantes, exemplo copia pedreiro em lugar de
padeiro).
Tanto a escrita quanto a leitura, consiste em atividade bastante intricada. "Ler é
uma atividade extremamente complexa e envolve problemas não só semânticos,
culturais, ideológicos, filosóficos, mas até fonéticos" (CAGLIARI, 1995, p. 149).
30
Quanto à dificuldade de aprendizagem no processo de aquisição da leitura
encontramos a dislexia.
v A leitura – É a identificação dos símbolos gráficos desde o inicio da
alfabetização, acarretando fracassos futuros na leitura e escrita nas
universidades. Foram desenvolvidos diversos programas para curar a dislexia.
“A leitura é a realização do objetivo da escrita. Quem escreve, escreve para ser
lido. O objetivo da escrita, (...) é a leitura (Ibidem). Sendo assim, é notória a
importância tanto da escrita quanta da leitura no desenvolvimento intelectual do
ser humano.” (FERREIRO, 1992, p. 79). Além da dislexia do desenvolvimento,
anteriormente descrita, há a dislexia adquirida, também denominada de alexia.
Nas dislexias adquiridas, a perda da habilidade de leitura é devida a uma lesão
cerebral específica e ocorre após o domínio da leitura pelo indivíduo.
Nas dislexias do desenvolvimento, ao contrário, não há uma lesão cerebral
evidente, e a dificuldade já surge durante a aquisição da leitura pela criança. Os
distúrbios de leitura e escrita atingem, de forma severa, cerca de 10% das
crianças em idade escolar. Se forem considerados também os distúrbios leves,
este percentual chega a 25% (PIÉRART, 1997).
Na primeira delas, a logográfica, a leitura e a escrita ainda são incipientes, pois
se caracterizam pelo uso de pistas contextuais e não-lingüísticas. Sem estas
pistas, o reconhecimento não é possível.
As cores, o fundo e a forma das palavras são algumas das pistas utilizadas para
a leitura logográfica. Nesta estratégia, o leitor relaciona a palavra com seu
contexto específico e a palavra é tratada como um desenho. Um exemplo dessa
estratégia é a leitura dos rótulos mais comuns no dia-a-dia do leitor.
v As dificuldades de aprendizagem em matemática - Encontraram a
Discalculia, que impede a criança de compreender os processos matemáticos.
Em geral, a dificuldade em aprender matemática pode ter várias causas. Com
desordens e fracassos em aritmética, existem alguns distúrbios que poderiam
interferir nesta aprendizagem:
31
A criança não consegue ouvir os enunciados que lhes são passados oralmente,
sendo assim, não conseguem guardar os fatos, isto lhe incapacitaria para
resolver os problemas matemáticos.
A criança reconhece o número quando ouve, mas tem dificuldade de lembrar-se
do número com rapidez. Os disléxicos e outras crianças com distúrbios de leitura
apresentam dificuldade em ler o enunciado do problema, mas podem fazer
cálculos quando o problema é lido em voz alta.
É bom lembrar que os disléxicos podem ser excelentes matemáticos, tendo
habilidade de visualização em três dimensões, que as ajudam a assimilar
conceitos, podendo resolver cálculos mentalmente mesmo sem decompor o
cálculo.
Podem apresentar dificuldade na leitura do problema, mas não na interpretação.
A criança pode trocar 6 por 9, ou 3 por 8 ou 2 por 5, por exemplo.
Por não conseguirem se lembrar da aparência elas tem dificuldade em realizar
cálculos. Crianças com disgra fia têm dificuldade de escrever letras e números.
A discalculia é identificada como:
Discalculia Verbal – dificuldade para nomear as quantidades matemáticas, os
números, os termos, os símbolos e as relações.
• Discalculia Practognóstica – dificuldade para enumerar, comparar e
manipular objetos reais ou em imagens matematicamente.
• Discalculia Léxica – dificuldades na leitura de símbolos matemáticos.
• Discalculia Gráfica – dificuldades na escrita de símbolos matemáticos.
• Discalculia Operacional – dificuldades na execução de operações e
cálculos numéricos.
• Discalculia Ideognóstica – dificuldades em fazer operações mentais e na
compreensão de conceitos matemáticos.
32
CAPITULO III
A INCLUSÃO DOS DISLEXOS NAS UNIVERSIDADES
A responsabilidade da inclusão de um estudante com dislexia, é de toda a
comunidade escolar desde a alfabetização ate a universidade. E representa
uma oportunidade, um objetivo para que não caminhe para um grupo de
pessoas sozinhas. Os estudantes com dislexia, ao estar mostrando seus motivos
para serem agregados no âmbito educacional da universidade, foi o que me
levaram a escolher o tema com a minha experiência de vida passada, presente e
futuro, com a minha filha que foi diagnosticada aos dois anos de idade, e ate
hoje como é uma luta pra conseguir um bom método de estudo e agora a sua
inclusão nas universidades privadas.
Para falar de educação inclusiva, temos de abordar, antes, a questão da
inclusão social, ou seja, o processo de tornar participantes do ambiente social
total (a sociedade humana vista como um todo, incluindo todos os aspectos e
dimensões da vida - o econômico, o cultural, o político, o religioso e todos os
demais, além do ambiental) todos aqueles que se encontram, por razões de
qualquer ordem, excluídos.
Aceitar e valorizar a diversidade de classes sociais, de culturas, de estilos
individuais de aprender, de habilidades, de línguas, de religiões e etc, é o
primeiro passo para a criação de uma educação de qualidade para todos.
Face à eloqüente e visível diferença das suas possibilidades, a presença deste
estudante estimula a reflexão sobre os conteúdos, as metodologias, o sucesso
do ensino e da aprendizagem feitos na universidade privadas com orientação de
docentes diferenciados em suas estruturas pedagógicas.
Esta reflexão pode beneficiar muitas outras pessoas: os docentes que podem
diferenciar as suas práticas, os alunos com dificuldades, mesmo sem
deficiências identificadas, e os restantes alunos que poderão, com metodologias
adequadas de individualização, progredir no ritmo e na dimensão das suas
capacidades. Existe muitas duvidas em relação as diferenciação das doenças na
33
área da leitura, escrita e matemática. Devido as essas diversidades de doenças
especiais saberemos um pouco mais sobre estas definições, como:
ü Doença - Denominação genérica de qualquer desvio de um estado
considerado "normal".
ü Deficiência - Toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função
psicológica, fisiológica ou anatômica que gere incapacidade para o desempenho
de atividade, dentro do padrão considerado normal para o ser humano;
ü Distúrbio (ver, também, "incapacidade") - Situação, geralmente transitória,
em que a pessoa apresenta deficiência ou incapacidade de ordem física
(expressão), sensorial ou mental, geralmente reversíveis quando sujeitas a
terapias especializadas (médicas, pedagógicas, psicológicas, psicopedagógicas,
fonoaudiológicas, entre outras).
ü Deficiência permanente - aquela que ocorreu ou se estabilizou durante
um período de tempo suficiente para não permitir recuperação ou ter
probabilidade de que se altere, apesar de novos tratamentos.
ü Transtorno de Déficit de Atenção - Também considerado atualmente um
transtorno psiquiátrico, caracteriza os alunos que não conseguem manter a
atenção voltada para as situações de aula. São confundidos, muitas vezes, com
os sujeitos dotados de baixa capacidade cognitiva, apresentam um quadro de
melhora se submetidos a tratamento com medicamentos específicos (Ritalina).
ü Dislexia - Distúrbio da aprendizagem, específico da linguagem,
caracterizada por dificuldade na decodificação de palavras. Mostra insuficiência
no processo fonológico. Apresenta sintomas variados. É hereditária e não
acompanha, em absoluto, comprometimento da inteligência. Não é vista como
doença e não apresenta comprometimento neurológico.
ü Disgrafia - Distúrbio de aprendizagem semelhante à dislexia, ocasionando
dificuldades no desenvolvimento da escrita manual. Os portadores desse
distúrbio podem escrever perfeitamente bem com máquinas de escrever ou
teclados de computador.
34
3.1. NA SOCIEDADE
A inclusão conceitua-se como o processo pelo qual a sociedade se adapta para
poder incluir, em seus sistemas sociais, pessoas consideradas diferentes da
comunidade a que pertença.
Ela ocorre num processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a
sociedade buscam, juntas, equacionar problemas, discutir soluções e equiparar
oportunidades para todos.
Figura 03 - O círculo virtuoso da inclusão das pessoas com deficiência
Fonte: (http://www.ethos.org.br). Acesso: 28 out. 2011.
Quanto à inclusão no mercado de trabalho, o Instituto Ethos (2005) diz que é
necessário assegurar as condições de interação das pessoas portadoras de
deficiência com os demais funcionários da empresa e com todos os parceiros e
clientes com os quais lhes caiba manter relacionamento. Não se trata, portanto,
35
somente de contratar pessoas com deficiência, mas também de oferecer as
possibilidades para que possam desenvolver seus talentos e permanecer na
empresa, atendendo aos critérios de desempenho previamente estabelecidos
Exclusão social e inclusão social são conceitos dialéticos, polarizados,
simétricos e constituem uma das grandes preocupações da sociedade atual.
Como excluídos, podemos considerar todos os grupos de pessoas que não
participam, em nossa sociedade capitalista, do consumo de bens materiais
(produtos e mercadorias) e/ou serviços. Uma das dimensões do processo de
inclusão social é a inclusão escolar, conjunto de políticas públicas e particulares
de levar a escolarização a todos os segmentos humanos da sociedade, com
ênfase na infância e juventude. Nesse contexto, recebem atenção especial a
integração de portadores de deficiências (físicas ou mentais) nas escolas
regulares, o ensino voltado para a formação profissionalizante e a constituição
da consciência cidadã.
O conceito exclusão social veio substituir, no Brasil, a partir dos anos oitenta,
conceitos menores e setoriais, como segregação, marginalização, discriminação,
miséria, pobreza.
3.2. NO SISTEMA DE ENSINO
Assim, as universidades privadas quer assegurar o direito à educação e à
igualdade de oportunidades, terá que refletir sobre as condições de acesso e de
sucesso que é capaz de dar aos seus alunos. No caso das pessoas com
deficiência, devemos começar garantindo-lhes o direito de acesso aos bens da
sociedade – educação, saúde, trabalho, remuneração digna etc.
E os docentes do ensino superior, que querem se enriquecer sobre a forma de
lidar com alunos dislexos, venham requerer os seus direitos com a universidade
privada que trabalha junto ao governo responsável. A sua participação e apoio
estudantil para se profissionalizar e fazer um método especifico que se molde ao
seu aluno deficiente e motive e o transforme em um aluno apto para o mercado
futuro.
36
Na condição de ciência social, passou a ser questionada sobre o desempenho
social das entidades na sociedade, tendo, com isso, uma nova perspectiva
acerca de seu papel. Incrementar a diversidade é promover a igualdade de
chances para que todos possam desenvolver seus potenciais.
De acordo com o Instituto Ethos (2005), a situação das pessoas com deficiência
e a educação pública é a seguinte:
Ø Há 280 mil alunos com deficiência matriculados em escolas especiais de 1ª
a 8ª séries.
Ø Há outros 300 mil em classes regulares nessas mesmas séries.
Ø Apenas 9 mil alunos conseguiram chegar ao ensino médio.
Ø Há 18.200 escolas públicas para alunos portadores de necessidades
especiais no país.
Ø Somente 120 títulos didáticos têm versão em braile, segundo informações
do MEC (Ministério da Educação e Cultura).
A inclusão educacional é, certamente, o caminho definitivo para que deixemos
de ser o país de maior riqueza (potencial) e, ao mesmo tempo, palco das
maiores injustiças sociais da história da humanidade. A legislação a respeito,
recente e ainda pouco conhecida até pelo professorado, coloca a questão nos
termos mais amplos possíveis: a inclusão escolar é para todos aqueles que se
encontram à margem do sistema educacional, independentemente de idade,
gênero, etnia, condição econômica ou social, condição física ou mental.
No Brasil, a Constituição de 1988, assim como a LDB 9.394/96 (Lei de Diretrizes
e Bases da Educação Nacional) destaca a importância e urgência de promover-
se a inclusão educacional como elemento formador da nacionalidade.
Os sistemas educacionais federais, estaduais e municipais, assim como a rede
privada de escolas, têm envidado esforços no sentido de operacionalizar os
dispositivos legais que exigem ou amparam iniciativas no caminho da inclusão
escolar.
37
Assim veremos as leis da constituição federal, abaixo:
• Ö Constituição Federal de 1988 - Título VI - "Da Ordem Social" - Art. 208 e
Art. 227.
• Ö Lei nº 7.853/89 - Dispõe sobre o apoio às pessoas com deficiências, sua
integração social e pleno exercício de direitos sociais e individuais.
• Ö Decreto nº 2.208/97 - Educação profissional de alunos com necessidades
educacionais especiais.
• Ö Parecer CNE/CEB nº 16/99 - Educação profissional de alunos com
necessidades educacionais especiais.
• Ö Resolução CNE/CEB nº 4/99 - Educação profissional de alunos com
necessidades educacionais especiais.
• Ö Decreto nº 3.298/99 - Regulamenta a Lei 7.853/89, dá-lhe condições
operacionais, consolida as normas de proteção ao portador de deficiências.
• Ö LDB nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) -
Capítulo V - Educação Especial - Art. 58, Art. 59 e Art. 60.
• Ö Portaria MEC nº 1.679/99 - requisitos de acessibilidade a cursos,
instrução de processos de autorização de cursos e credenciamento de instituições
voltadas à Educação Especial.
• Ö Parecer CNE/CEB nº 14/99 - Diretrizes Nacionais da Educação Escolar
Indígena.
• Ö Resolução CNE/CEB nº 03/99 - Fixa Diretrizes Nacionais para o
Funcionamento de Escolas Indígenas.
• Ö Lei nº 10.098/00 - Estabelece normas gerais e critérios básicos para a
promoção de acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com
mobilidade reduzida e dá outras providências.
• Ö Lei nº 10.048/00 - Determina atendimento prioritário às pessoas com
deficiência e a acessibilidade em sistemas de transporte.
38
• Ö Resolução CNE/CEB nº 2/2001 - Institui Diretrizes e Normas para a
Educação Especial na Educação Básica.
• Ö Parecer CNE/CEB nº 17/2001 - Diretrizes Nacionais para a Educação
Especial na Educação Básica.
• Ö Lei nº 10.172/2001 - Aprova o Plano Nacional de Educação - PNE e dá
outras Providências (o PNE estabelece 27 objetivos e metas para a educação de
pessoas com necessidades educacionais especiais).
• Ö Decreto nº 5.296/2004 – Regulamenta as Leis 10.048/2000 e
10.098/2000
No dia 02 de dezembro de 2004, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
regulamentou as leis federais (Leis 10.048 e 10.098/2000) que tratam da
acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no Brasil.
O governo federal atendeu a uma demanda histórica dos movimentos sociais
que defendem os direitos dos portadores de deficiência: publicou o Decreto
5.296, regulamentando as leis federais que tratam da acessibilidade de pessoas
com deficiência ou mobilidade reduzida (gestantes pessoas com crianças de
colo, pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, obesos, entre
outros).
A regulamentação dessas leis representa o passo decisivo para a cidadania das
crianças, jovens, adultos e idosos com deficiência ou mobilidade reduzida,
fazendo com que a escola, a saúde, o trabalho, o lazer, o turismo e o acesso à
cultura sejam elementos presentes na vida destas pessoas.
A assinatura do decreto foi um complemento das atividades do Ano Ibero-
americano da Pessoa com Deficiência e integra as comemorações do Dia
Internacional da Pessoa com Deficiência, celebrado no dia 3 de dezembro.
O decreto de regulamentação é uma demanda histórica dos movimentos sociais
ligados à área e é aguardado desde o ano 2000.
39
A Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, determina atendimento prioritário às
pessoas com deficiência e a acessibilidade em sistemas de transporte. Já a Lei
nº 10.098 trata da acessibilidade ao meio físico (edifícios, vias públicas,
mobiliário e equipamentos urbanos etc), aos sistemas de transporte, de
comunicação e informação e de ajudas técnicas.
A regulamentação dessas leis possibilita a efetivação dos direitos e a
equiparação de oportunidades para as pessoas com deficiência. Um dos pontos
importantes e muito aguardados é a progressiva substituição dos veículos de
transporte coletivo que hoje circulam por veículos acessíveis.
Além disso, o decreto estabelece que tudo o que for construído a partir de sua
publicação seja acessível às pessoas com deficiência ou com mobilidade
reduzida.
No campo das ajudas técnicas, o decreto avança no sentido do apoio à pesquisa
científica e tecnológica para desenvolvimento destes equipamentos,
instrumentos e produtos, no intuito de reduzir os custos de aquisição. A
elaboração do decreto foi um processo de diálogo com a sociedade civil e fruto
de um trabalho intersetorial.
Com a edição desta norma, será possível às associações de defesa dos direitos
das pessoas com deficiência e ao Ministério Público implementar, fiscalizar e
aplicar sanções pelo descumprimento das determinações legais.
O decreto trata de cinco eixos principais: acessibilidade no meio físico; acesso
nos sistemas de transportes coletivos terrestres, aquaviários e aéreos; acesso à
comunicação e à informação; acesso às ajudas técnicas; e à existência de um
programa nacional de acessibilidade com dotação orçamentária específica.
Este programa já foi incluído no Plano Plurianual 2004-2007, sob
responsabilidade da Secretaria Especial de Direitos Humanos, no âmbito da
Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência.
O Brasil possui 24 milhões de pessoas portadoras de deficiência, afora aquelas
com mobilidade reduzida, que incluem gestantes, pessoas com crianças de colo,
40
pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos, obesos, entre outros, que
também serão beneficiadas pela legislação.
3.3. AVALIAÇÃO DESDE ALFABETIZAÇÃO ATE A UNIVERSIDADE
Feeling do professor, como é uma síndrome geralmente detectada na Infância, o
papel do professor é muito importante, principalmente na fase da alfabetização.
Ter o feeling de perceber algo errado com determinado aluno é essencial para
evitar traumas futuros. Porém o que muitas vezes acontece é a falta de
conhecimento sobre a dislexia que pode trazer avaliações distorcidas. Esse
quadro de dificuldade de leitura não tem cura, e acompanha uma pessoa por
toda a vida, do Ensino Fundamental até o Superior.
Nenhum professor precisa ser oftalmologista para notar que o estudante não
está enxergando bem. O dia-a-dia da sala de aula mostra isso. O mesmo vale
para a audição e outras deficiências, como a própria dislexia. O professor
percebe que tal pessoa é inteligente, perspicaz, criativa, tem facilidade para
fazer uma porção de coisas, no entanto, quando tem que ler, escrever ou
entender o que leu, pronto, nem parece a mesma. Esses indícios são os mais
significativos.
Avaliações na alfabetização são importantes, a criança notar que as pessoas a
sua volta estão auxiliando-a, isso a deixa mais segura. O acompanhamento e/ou
programas especializados na alfabetização também auxiliam. Os pais precisam
mostrar para a criança que está interessada na sua dificuldade, pois quanto mais
ajuda, zelo, carinho, afeto e compreensão mais ela se sentirá capaz para evoluir.
Faça elogios, por ele tentar fazer algo que considera difícil e não o deixando
desistir. Ressalte sempre as respostas corretas e não as erradas, valorizando
seus acertos. Tranqüilize a criança, pois apesar das dificuldades de
aprendizagem, ela é inteligente e esperta. E não deixe a criança sentir que o seu
valor como pessoa está relacionado ao seu desempenho escolar. Os pais
podem auxiliar seu filho disléxico, programando o seu dia, através do horário do
sono, incentivando a comunicação (falar e escutar são importantes),
41
conversando bastante com a criança, expressando sentimentos, demonstrando
interesse, tendo vocabulário e fala fluente e estimulando suas habilidades.
Para o disléxico organizar-se, é necessário dividir o tempo, para fazer as lições
de casa, dividir trabalhos longos em partes menores, ter um lugar específico
para fazer as lições e atividades, usar agenda, calendário visíveis e fazer
planejamento diário para suas tarefas. O fundamental é identificar o problema e
dar instrumentos para a criança, apesar da dificuldade, levar vida normal do
ponto de vista acadêmico, familiar e afetivo.
Há indivíduos que vão depender sempre de um corretor de texto. Mas, muitos
escritores famosos fazem isso sem constrangimento. Como eles, os disléxicos
também podem escrever livros belíssimos, desde que corretamente orientados e
incentivados.
Seja atento, ele poderá ter muitos desapontamentos como: ser chamado de
bobo ou preguiçoso, chegar atrasado em compromissos, ter frustrações nos
trabalhos escolares. Mas vocês como pais podem ajudá-lo a vencer a maioria
deles, desde que percebam a tempo. Preste atenção nos sinais de stress, como
enurese ou introversão.
Não pense que necessariamente todos esses sinais são por causa da dislexia.
Seu filho está crescendo e pode ter problemas como qualquer adolescente. Tem
que haver uma intervenção gentil, mas com firmeza. Vários professores,
psicólogos, clínicos e outros profissionais, de alguma maneira compreendem e
são solidários aos disléxicos.
Não o deixe desistir, ele poderá ficar tão cansado com o esforço que faz na
escola, que precisará, eventualmente, ter um dia mais folgado.
Sua criança é disléxica e depende muito de sua atenção. Mas não dê mais
atenção a ela do que aos outros membros da família, nunca compare crianças.
Você pode se tornar neurótico (a) ou super protetor (a), o que é um perigo, as
crianças com dificuldade de linguagem têm problemas com testes e provas: Em
geral, não conseguem ler todas as palavras das questões do teste e não estão
certas sobre o que está sendo solicitado. Elas têm dificuldade de escrever as
respostas, como exemplos abaixo:
42
• Sua escrita é lenta, e não conseguem terminar dentro do tempo estipulado
· Recomendamos que, ao elaborar, aplicar e corrigir as avaliações do aluno
disléxico, especialmente as realizadas em sala de aula, adote os seguintes
procedimentos:
• Leia as questões/problemas junto com o aluno, de maneira que ele
entenda o que está sendo perguntado;
• Explicite sua disponibilidade para esclarecer-lhe eventuais dúvidas sobre o
que está sendo perguntado;
• Dê-lhe tempo necessário para fazer a prova com calma;
• Ao recolhê-la, verifique as respostas e, caso seja necessário, confirme com
o aluno o que ele quis dizer com o que escreveu, anotando sua(s) resposta(s)
• Ao corrigi-la, valorize ao máximo a produção do aluno, pois frases
aparentemente sem sentido e palavras incompletas ou gramaticalmente erradas
não representam conceitos ou informações erradas;
• Você pode e deve realizar avaliações orais também.
Avaliações nas universidades privadas, são realizadas nas capacidades de
escrita e ortografia e no estudante universitário disléxico podem piorar devido à
pressão do tempo. Estes estudantes podem igualmente usar um tipo de
linguagem mais básica, evitando palavras longas que lhes torna mais lento o
processo de expressão escrita.
• As perguntas devem ser expressas em Iinguagem clara e concisa;
• Combinar com os estudantes disléxicos a data de entrega de trabalhos;
• Permitir a estes estudantes o uso de corretores ortográficos e/ ou outras
formas de trabalho que os ajudem a detectar e corrigir os próprios erros;
Trabalhos práticos podem surgir dificuldades quando estes trabalhos exigem
apresentações escritas com prazos muito curtos – trabalhos escritos à mão
43
podem ter uma péssima apresentação, bem como conter muitos erros
ortográficos:
• Tirando notas. Estes estudantes podem também encontrar dificuldades em
ler acetatos / apresentações nas aulas, pois têm dificuldade em compreender o
que lêem e em copiar;
• Fornecer um resumo quando se introduz um novo tópico, de forma a iniciar
Deve ser permitida a entrega destes trabalhos impressos, portanto escritos
usando o computador;
• Os estudantes disléxicos podem ter dificuldades em seguir instruções, de
forma que estas devem ser claras e simples;
• Os estudantes com dislexia lêem e escrevem mais lentamente do que os
outros estudantes assim são para eles, muito difíceis acompanhar as aulas a
familiarização do estudante com o assunto - salientar as idéias principais e
palavras-chave;
• Fornecer textos de apoio às aulas, de forma a diminuir a quantidade de
notas que o estudante tem que tirar numa aula;
• Usar múltiplas formas de apresentar a informação: vídeos, slides,
demonstrações práticas, bem como ir falando ao longo da apresentação de
textos;
• Prever tempo para os estudantes lerem os textos de apoio às aulas,
sobretudo se esses textos vão ser mencionados no decurso de uma aula;
• Introduzir tópicos e conceitos novos de uma forma óbvia – explicar termos e
conceitos novos;
• Dar exemplos para ilustrar um ponto de vista, uma perspectiva, um
assunto;
• Fazer pausas regulares para permitir que os estudantes possam
acompanhar;
• Perguntar ao estudante disléxico se está conseguindo acompanhar o
trabalho nas aulas;
• Fornecer material escrito, formatando-o num estilo simples, claro e conciso;
44
• Usar preferencialmente material impresso em detrimento de notas escritas
à mão;
• Evitar fundos com imagens ou figuras;
• Uma fonte clara como o Arial ou o Comic Sans é mais fácil de ler do que
fontes como o Times New Roman;
• Não devem ser usadas demasiadas fontes diferentes num mesmo texto;
• Não usar blocos densos de texto. É aconselhável o uso de parágrafos,
diferentes tipos de cabeçalhos, símbolos gráficos a destacar partes de textos e
numerar textos;
• Destacar partes de textos ou palavras usando preferencialmente o negrito
em detrimento do sublinhado ou itálico;
• Imprimir em papel de cor pode ser mais fácil de ler para alguns estudantes
com dislexia. Alguns estudantes com dislexia usam acetatos de cor que colocam
por cima do texto para facilitar a leitura.
• São de evitar as tintas vermelha e verde, pois estas cores são
particularmente difíceis de ler.
• Usar formas alternativas de apresentar conteúdos como gráficos,
diagramas,etc.
Estratégias de apoio à avaliação e classificação deve sempre dar feedback ao
estudante sobre a avaliação que fez do trabalho apresentado por ele. Sempre
que necessário deve conversar com ele sobre esse assunto.
Quando pontua um trabalho use marcadores diferentes para diferenciar o
conteúdo da apresentação (ortografia e gramática, bem como organização das
idéias). Nas aulas na fase adulta. Se não teve um acompanhamento adequado
na fase escolar ou pré-escolar, o adulto disléxico ainda apresentada
dificuldades:
Ø Continuada dificuldade na leitura e escrita;
Ø Memória imediata prejudicada;
Ø Dificuldade na aprendizagem de uma segunda língua;
Ø Dificuldade em nomear objetos e pessoas (disnomia);
45
Ø Dificuldade com direita e esquerda;
Ø Dificuldade em organização;
Ø Aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência:
depressão, ansiedade, baixa auto-estima e algumas vezes o Ingresso no uso de
drogas e álcool.
Se o vestibular já é um bicho-de-sete-cabeças para pessoas sem dislexia,
imagine, então, para alguém disléxico. Redação, perguntas com enunciados
enormes, cálculos, interpretação de textos e tudo isso sob pressão. O tempo
também é um fator importante, já que pessoas com essa síndrome têm
dificuldade de leitura e, conseqüentemente, levam mais tempo para ler,
interpretar e resolver os enunciados. É por isso que fundações como a FUVEST
(Fundação Universitária para o Vestibular) já estão se abrindo para o problema
do disléxico. Quem possui a síndrome e comprova através de um relatório
idôneo, faz a prova em um local diferente com um monitor que lê as questões
para que a pessoa ouça e entenda melhor.
Além disso, tem duas horas a mais para realizar o vestibular, pode usar
calculadora, construir mentalmente a redação e ditar para que o monitor a
escreva. Isso já acontece a dois anos seguidos.
A pessoa disléxica é um mau leitor: é capaz de ler, mas não é capaz de
entender o que lê de maneira eficiente. É uma síndrome que acomete o ser
humano. Isso vale para o esquimó, para a aborígine da Austrália, para o
japonês, caiçara, pigmeu da floresta africana. E independe de qualquer outra
variável.
E a pessoa vai ser disléxica sempre, como o canhoto, mesmo que ele
desenvolva habilidades na outra mão e supere as dificuldades, sempre será
canhota. O disléxico também, ensino superior e será que uma pessoa disléxica
pode chegar a uma universidade e completá-la satisfatoriamente?
Os professores são unânimes: isso é perfeitamente possível, desde que o aluno
avise do problema para a coordenação do curso que irá alertar os docentes para
que tenham sensibilidade em lidar com esse estudante. O gênio inventor da
46
teoria da relatividade, Einstein, era disléxico e, no entanto, toda a humanidade
reconhece seus feitos. Dislexia não tem nada a ver com inteligência.
As mesmas bases da instrução infantil devem guiar a instrução adulta, utilizando
abordagem multissensorial dirigida e estimulando ambos os hemisférios
cerebrais.
A utilização do computador com recursos de auto-correção é altamente
recomendável, sempre que seja de interesse e relevância.
O ser humano vai criar compensações, e ele pode ser péssimo em língua
portuguesa e ainda assim um grande líder. Por exemplo, uma das
compensações importantes em que o disléxico precisaria ter uma atenção
especial é o tempo nas provas e concursos.
Não é super proteção, mas considerá-lo realmente como uma pessoa que
necessita de atendimento especial. Chegar à universidade é uma grande
conquista para o disléxico, por isso, hoje em dia, algumas instituições já estão
criando laboratórios para dar atendimento aos jovens com dificuldades de leitura.
Quando se fala em dislexia, existem dois componentes que devem ser levados
em conta: ler e compreender o texto. Quem tem dificuldade de leitura, tem
problemas em ler um texto em voz alta e, conseqüentemente, em compreendê-
lo. Para quem chega à graduação e passa por uma enxurrada de textos que são
necessários para a compreensão e resposta de uma série de questionamentos
das diversas disciplinas da grade curricular, é importante que os professores
dêem uma orientação e grande atenção especial a esses seres humanos.
Os professores devem ficar atentos a alguns sintomas da dislexia em adultos
que, caso não tenham tido um acompanhamento adequado na fase escolar, ou,
se possível, pré-escolar, ainda apresentará dificuldades na leitura e escrita:
memória imediata prejudicada; dificuldade em nomear objetos e pessoas
(disnomia); dificuldade com direita e esquerda; dificuldade em organização;
aspectos afetivos emocionais prejudicados, trazendo como conseqüência
depressão, ansiedade, baixa auto-estima e, algumas vezes, o ingresso para as
drogas e o álcool. O disléxico tem um ritmo diferente dos não-disléxicos.
47
Figura 04: A educação é pra todos sem descriminação
Fonte: (http://www.institutoabcd.org.br). Acesso: 11 jan. 2012.
Portanto, evite submetê-lo a pressões de tempo ou competição com os colegas.
É importante estimulá-lo e fazer com que acredite na sua capacidade de tornar-
se um profissional competente. O estudante disléxico na Universidade é
importante estar alerta para a eventualidade de ter um estudante disléxico entre
os que freqüentam as suas aulas. Assim deverá:
Ø Estar consciente de que ele aprende de forma diferente da convencional;
Ø Tentar obter informações acerca dos problemas com que o estudante
disléxico se confrontou no secundário, especialmente no que diz respeito:
• Capacidade de auto-gestão;
• Ao seu sentido de organização;
• À capacidade de tomar notas;
• À gestão do tempo;
• À gestão dos projetos e trabalhos a realizar;
48
• Ao ensino unidimensional;
• Reconhecer a frustração que estudante disléxico deve sentir;
• Reconhecer que as classificações podem ficar muito aquém do potencial do
estudante;
• E conhecer problemas de auto-estima e de depressão;
• Demonstrar simpatia, atenção e preocupação;
• Oferecer-se para ser o professor-tutor ou nomear-lhe um;
• Saber ouvir e aconselhar quando necessário e nas alturas previstas para
tal;
• Ajudar a organizar os trabalhos;
• Planificar os trabalhos com datas bem determinadas (por exemplo, o
primeiro trabalho sobre o primeiro capítulo na data x, o segundo na data y ... e
assim sucessivamente);
• Indicar as leituras obrigatórias nas bibliografias de referência;
• Assegurar que os direitos previstos na lei em benefício dos estudantes
disléxicos são respeitados, nomeadamente em matérias de exames:
• Intervalos, tempo suplementar, leituras, utilização de computadores
portáteis, etc.;
• Ajudar os estudantes a preencher formulários e a redigir pedidos
relacionados com os seus direitos;
• Insistir no reforço dos talentos naturais do estudante.
49
CONCLUSÃO
Como são formuladas as estratégias de ensino para os estudantes disléxicos
nas Universidades privadas?
Portanto, pode-se concluir que os resultados desta pesquisa em suas causas e
características, a fim de que possa ser melhor compreendida por educadores e
familiares, e até mesmo pelo próprio disléxico. Atendem aos objetivos propostos
com vistas a possibilitar com mais clareza a identificação das necessidades
percebidas por professores atuantes nas Universidades privadas, em relação à
preparação pedagógica bem como a organização de estratégias de ensino para
o planejamento de um programa de preparação para suprir as necessidades
para inclusão dos dislexos no ensino superior.
Existem inúmeras maneiras que podem ser adotadas para a melhoria e
tratamento de disléxas, incluindo-se fatores como, por exemplo, adotar
programas de estudo especializados para cada caso; não permitir que os
colegas interfiram no psicológico e, explicar às pessoas não-disléxicas o que é a
dislexia pode ser de grande valia; animar e elogiar sempre os dislexos pelos
seus talentos e atitudes, evitando colocá-la em situações de fracasso; outro
ponto é favorecer a aprendizagem através da utilização de métodos baseados
nas faculdades auditivas, visuais, táteis e de movimento, bem como dar tempo
extra nos exames e provas, além de períodos de descanso, permitindo a
utilização de equipamentos como calculadoras, tabuadas, dicionários se
necessário.
Confirmamos a hipótese que o governo promove modelos de reciclagem em
cursos que venham motivar e subsidiar ações que acrescentam conhecimentos
a formação dos professores responsáveis pela formação dos futuros professores
em relação ao processo de inclusão dos alunos no âmbito universitário.
Sobretudo, constatamos que, embora seja pequena a parcela de professores
interessados nesta questão, eles já estão presentes nos cursos de reciclagem.
50
Esta mobilização e sensibilização são de fundamental importância para que a
educação inclusiva possa consolidar-se aos poucos no meio universitário e se
expandir para outros níveis de ensino e para a sociedade de maneira geral,
porquanto cabe à universidade o papel social de formar os futuros profissionais
para auxiliar na construção de uma sociedade menos excludente.
Cabe aqui lembrar que, segundo Rodrigues (2005), a resistência de uma cadeia
de elos de aço é determinada pela resistência do seu elo mais fraco. Da mesma
forma, a velocidade de um grupo de corredores é determinada não pelos que
vão à frente, nem ao meio, mas sim pelos últimos.
A dislexia é antes de qualquer definição, um jeito de ser que se aprende e
reflete a expressão individual de uma grande mente, muitas vezes arguta até
genial, mas que simplismente aprende de uma maneira diferente.
51
ANEXOS FIGURAS
v Figura 01 – A dislexia é entendida através do amor com o próximo;
Fonte: (http://www.apad-dislexia.org.br/diagnostico.shtml).
Acesso: 21 agost. 2011.
Na pagina 11 – CAPITULO I.
v Figura 02 - Diferenças entre um cérebro de um leitor normal de um
dislexo
Fonte: (http://www.infoescola.com/doencas/dislexia/Duplipensar.net).
Acesso: 13 set. 2011.
Na pagina 24 - CAPITULO II
v Figura 03 - O círculo virtuoso da inclusão das pessoas com deficiência;
Fonte: (http://www.ethos.org.br). Acesso: 28 out. 2011.
Na pagina 34 – CAPITULO III
v Figura 04: A educação é pra todos sem descriminação;
Fonte: (http://www.institutoabcd.org.br). Acesso: 11 jan. 2012.
Na pagina 46 – CAPITULO III
52
BIBLIOGRAFIA
v CAGLIARI, L.C. Alfabetização e lingüística. São Paulo: Scipione, 1995.
v CAPOVILLA,F.C., COLORNI, E.M.R., NICO, A. M., CAPOVILLA, A. A
Leitura em voz alta, tomada de ditado, manipulação, fonêmica, e relações
entre elas: efeitos de características de palavras (freqüência, regularidade,
lexicalidade) e de nível de escolaridade. Anais do II Congresso de
Neuropsicologia, 1995.
v DAVIS, Ronald D. O dom da dislexia. Rio de Janeiro: Rocco. 2004.
v FERREIRO, E. (1992) Os processos construtivos da apropriação da escrita.
v HOUT, Anne Von; ESTIENNE, Françoise. Dislexias: descrição
(avaliação), explicação e tratamento. Porto Alegre: ARTMED, 2001.
v PIÉRART, B. (1997). As dislexias do desenvolvimento do
desenvolvimento: uma virada conceptual e metodológica nos modelos dos
distúrbios de leitura na criança. In: GRÉGORE, J.;
v PIÉRART, B. (Orgs.). Avaliação dos problemas de leitura: Os novos
modelos diagnósticos e suas implicações diagnósticas. Porto Alegre: Artes
Médicas, p. 35-52.
53
WEBGRAFIA
v ABD - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA. Disponível em:
http://www.dislexia.org.br. Acesso em: 13 agost. 2011.
v ALMEIDA, Mariana S. Rodrigues. Dislexia In: E-aprender. 2002.
Disponível em: http://eaprender.ig.com.br/ensinar.asp. Acesso em: 21 agost.
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perspectivas de ação. Cadernos de Educação Especial. Santa Maria, n. 22,
2003. Disponível em: http://www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2003/02/a3.htm.
Acesso em: 18 set. 2011.
v COSTA, R. Sinais de inclusão. http://www.universiabrasil.com.br Acesso:
em 25 agost. 2011.
v INSTITUTO ETHOS. O que as empresas podem fazer pela inclusão das
pessoas com deficiência. http:// www.ethos.org.br. Acesso: em: 28 out. 2011.
v LDB, Constituição Federal. http://www.vilabol.uol.com.br/LDB1.htm.
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v MARTINS, V. Dislexia e mau-leitor: as diferenças. In: Centro de
Referência Educacional. Disponível em:
http://www.centrorefeducacional.com.br/mauleitr.htm. Acesso em: 11 out. 2011.
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acadêmicos com necessidades educacionais especiais na Universidade
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Disponível em: http:// www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2006/01/a12.htm . Acesso
em: 18 dez. 2011.
v RODRIGUES, D. A Inclusão na Universidade: limites e possibilidades
da construção de uma Universidade Inclusiva. Cadernos de Educação
Especial. Santa Maria, nº 23, 2004. Disponível em: http://
www.ufsm.br/ce/revista/ceesp . Acesso em: 25 nov. 2011.
54
v RODRIGUES, D. A inclusão na universidade: limites e possibilidades
da construção de uma universidade inclusiva.
www.ufsm.br/ce/revista/ceesp/2004/01/al.htm. Acesso: em: 19 jan. 2012.
http://www.conteudoescola.com.br. Acesso: em 19 jan. 2012.
55
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 02
AGRADECIMENTO 03
DEDICATÓRIA 04
RESUMO 05
METODOLOGIA 06
SUMÁRIO 07
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Dislexia e suas definições 11
1.1. Sintomas 13
1.2. Diagnósticos 14
1.3. Tipos da dislexia 15
1.4. Tratamentos da dislexia 16
1.5. Dislexos Famosos 17
CAPITULO II - A Dificuldade do aprendizado nos dislexos 22
2.1. Habilidades e talentos dos disléxicos 24
2.2. Estratégias educacionais da linguagem e memorização 26
2.3. Na escrita, na leitura e na matemática 28
CAPITULO III - Inclusão dos dislexos 32
3.1. Na Sociedade 34
3.2. No Sistema de Ensino 35
3.3. Avaliação desde da Alfabetização ate a Universidade 40
CONCLUSÃO 49
ANEXOS DE FIGURAS 51
BIBLIOGRAFIA 52
WEBGRAFIA 53
ÍNDICE 55