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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PERSPECTIVAS DA PESQUISA, EDUCAÇÃO E INOVAÇÂO DOS
DOCENTES DE ENSINO SUPERIOR NAS UNIVERSIDADES E
NAS UNIDADES DE PESQUISAS (UPS) NO RIO DE JANEIRO.
Por: Vanessa Amaral Leonardo
Orientador
Profa. Mônica Ferreira de Melo
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
PERSPECTIVAS DA PESQUISA, EDUCAÇÃO E INOVAÇÂO DOS
DOCENTES DE ENSINO SUPERIOR NAS UNIVERSIDADES E
NAS UNIDADES DE PESQUISAS (UPS) NO RIO DE JANEIRO.
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Docência no Ensino
Superior.
Por: . Vanessa Amaral Leonardo
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AGRADECIMENTOS
Agradeço a todas as pessoas que contribuiu
de alguma forma para minha formação.
Agradeço principalmente ao meu marido
Francisco Roberto pela paciência e pelo apoio
durante o desenvolvimento deste trabalho.
Agradeço, especialmente, ao meu cunhado
Bernard Leonardo que foi o responsável pela minha
entrada na pós – graduação, sem contar com a
companhia e dedicação em todos os trabalhos que
juntos fizemos ao longo do curso.
Agradeço a minha mãe Rosa Guimarães, ao meu
“Dad” Ricardo Guimarães, a minha sogra Rosiane Chan, ao
meu sogro Francisco Roberto e aos avôs Adelina, Glória,
Rubens e Paulo por acreditarem sempre em mim.
Agradeço as minhas primas Vandy e Roberta, que
mesmo sem poder acompanhar meu trabalho, devido à
falta de tempo, sempre me incentivaram e festejaram por
cada conquista minha.
Agradeço aos meus amigos da pós Rose, Simone
Lopes, Simone Margareth, Carlinha e Rafael Perpétuo
pelos momentos de alegria e pela força durante o ano
letivo.
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DEDICATÓRIA
Dedico com muito amor este trabalho ao meu
sogro Francisco Roberto Leonardo que fez questão
de me apoiar tanto financeiramente quanto
sentimentalmente, pelo simples fato de acreditar em
mim e querer sempre o meu melhor.
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RESUMO
O trabalho está relacionado com a temática ensino, pesquisa e
inovação. Tais assuntos atualmente precisam estar conectados de alguma
forma e com certa necessidade para benefício para com a sociedade. O ensino
geralmente esta associado às pesquisas, principalmente dentro das
universidades e unidades de pesquisas. Os docentes de ensino superior vêm
buscando cada vez mais essa associação. Porém, por outro tema importante
que vem tomando força é a questão da inovação, é o fazer algo diferente,
nunca feito antes de forma que seja aceito pela sociedade e lhe traga
benefícios. Tema este que para a educação esta sendo bem incentivado,
principalmente pelo governo do estado do Rio de Janeiro. Quando comparado
às universidades e as unidades de pesquisas quanto ao assunto inovação,
observa-se um “gargalo” muito grande. Enquanto as universidades buscam
associar tão somente o ensino à pesquisa, principalmente pela falta de
disseminação da cultura de inovação, as unidades de pesquisas associam o
ensino, a pesquisa e inovação. A inovação educacional, que envolve uma série
de novidades interativas e formais dentro da comunidade escolar é um dos
fatores que podem revolucionar a educação como um todo, além de contribuir
para uma melhor formação dos docentes de ensino superior, pois lida com a
criatividade, e aprimoramento do conhecimento científico.
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METODOLOGIA
Para a elaboração deste trabalho foi realizado, principalmente, leitura de
livros e artigos científicos, além de ter conversado com pessoas que lecionam e
lidam com a temática inovação dentro da unidade de pesquisa CBPF (Centro
Brasileiro de Pesquisas Físicas) do Ministério de ciência, tecnologia e Inovação
- MCTI e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Depois de reunida
todas as bibliografias encontradas a respeito do assunto foram feita uma
avaliação e posteriormente uma seleção dos conteúdos mais relevantes. Os
autores mais inseridos na temática inovação e educação se destacaram ao
longo do texto, tais como: Tigre, Carvalho e Kenski . Após esta etapa, foi
definido o tema dos capítulos e inseridos em cada um deles os assuntos
pertinentes aos mesmos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I - O CONHECIMENTO CIENTÍFICO 10 CAPÍTULO II - A PESQUISA E O ENSINO 18 CAPÍTULO III – INOVAÇÃO EDUCACIONAL 25 CONCLUSÃO 37 BIBLIOGRAFIA 39 ÍNDICE 43
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INTRODUÇÃO
O Ensino Superior brasileiro precisa passar por um grande processo de
transformação, onde os processos de ensino aprendizagem possam ser
melhores adaptados e a transmissão do conhecimento possa se dar de
maneira mais satisfatória atendendo a uma melhor qualidade de ensino. Assim,
há uma tendência muito maior dos decentes buscarem sempre aprimorar suas
competências e habilidades.
O ensino de qualidade dentro das instituições acadêmicas está ligado à
pesquisa. Quando um professor trabalha com o lado prático dentro das salas
de aulas, permite aos discentes a construção de uma trajetória pessoal de
educação, onde o saber ensinar não é transmitir conhecimento, mais criar
possibilidades para sua própria produção ou a sua construção. Logo, por meio
da pesquisa o professor construiria uma maneira alternativa de observar, fazer
suas indagações, experimentações, conduzindo o ensino para um
conhecimento prático.
Para que seja trabalhado o lado prático dentro da academia, é preciso
ter o entendimento claro sobre o conhecimento científico. Conhecimento este
que lida com o lado da pesquisa e promove um conhecimento firme, seguro,
fechado que tenha as respostas e as certezas a todas as lacunas desse
processo, pois, o conhecimento vai se construindo com a prática. É possível
pensar numa formação de docentes de ensino superior que tenha como eixo, a
pesquisa, compreendida como processo de produção do conhecimento.
A pesquisa não deve servir para dizer ao profissional o que ele deve
fazer, mas deve sim servir como instrumento para melhor entender o que
acontece em seu cotidiano, na sua prática, para dar um direcionamento e
facilitar o entendimento de suas ações na busca da melhoria da qualidade do
processo de construção do conhecimento (CHARLOT, 2002).
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Os docentes universitários precisam refletir sobre sua própria prática de
ensino de forma a minimizar o “elo” existente entre os métodos de ensino
aprendizagem “velhos” e os métodos de ensino aprendizagem “novos”, através
da utilização de atividades inovadoras como meio de melhoria ao acesso ao
conhecimento. Pois, nos dias atuais, a formação dos profissionais da educação
passou a ser considerado dispositivo central à inserção das reformas de
melhoria na educação.
A educação superior esta em constante mutação, as mudanças
pedagógicas são essenciais para uma educação de sucesso. Tais mudanças
estão muito relacionadas com a introdução de novas tecnologias a serem
utilizadas em sala de aula. As inovações educacionais vêm tomando força e
criando um ambiente propício para docentes trabalharem com mais qualidade e
seriedade. Pois essas inovações utilizam de ferramentas importantes para
auxiliar o aprendizado dos alunos, como por exemplo, aplicativos
desenvolvidos em computadores, aplicativos estes que dentre outras coisas,
pode permitir aos alunos um eficácia e melhoria no desenvolvimento de um
trabalho pedagógico.
É importante elucidar que a pesquisa esta ligada a ciência e esta por sua
vez, a inovação. Os conceitos, objetivos e as metodologias precisam estar
sempre se renovando, assim como a educação.
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CAPÍTULO I
O CONHECIMENTO CIENTÍFICO
O conhecimento é a posse e o exercício das faculdades intelectuais e
sensoriais, tratando-se, neste sentido, em característica humana. Já de acordo
com o dicionário de Língua portuguesa, possui outras definições, como: ideias,
noção, informação, notícia, ciência, dentre outros (ZAWISLAK, 1994).
Conhecer é incorporar um conceito novo, ou original, sobre um
fato ou fenômeno qualquer. O conhecimento não nasce do vazio e
sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana,
através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das
leituras de livros e artigos diversos (Em: www.pe-
dagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm, acessado em 03/04/2012).
Quando se trata de conhecimento, existem diversos tipos de
conhecimento, além do conhecimento cientifico que é o que vamos tratar e
enfatizar neste capítulo. Porém, o presente trabalho abordará três tipos de
conhecimentos importantes para o ramo da educação, ciência e tecnologia: O
conhecimento comum, o conhecimento tácito (Know how) e o conhecimento
científico.
1.1 Tipos de conhecimento
1.1.1 Conhecimento comum
O conhecimento do senso comum se refere aos conhecimentos que
adquirimos espontaneamente no cotidiano, na maioria das vezes, produzidos
pela interação com o mundo, onde se constitui um conjunto de princípios
empíricos intercambiáveis no convívio com os outros. O senso comum tende a
orientar os indivíduos no mundo, ordenando seus afazeres, executando tarefas
práticas com eficiência, estabelecendo consensualmente normas de boa
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convivência, agindo do adequadamente em situações específicas e até
opinando sobre assuntos diversos. Os conhecimentos comuns aparecem
primeiro e que normalmente chegam até as pessoas, a partir de um “eu ouvi
falar”, ou de um “dizem que é desta forma”, discurso já comum em grupos
sociais primários como a família, mas que se estende como um sistema de
significação por toda a sociedade (BENINCÁ, 2012).
Segundo Galliano (1986), o conhecimento vulgar (senso comum)
também denominado “empírico” é aquele que as pessoas adquirem na vida
cotidiana, ao acaso, baseado apenas na experiência vivida ou transmitida por
alguém. Geralmente, resulta de repetidas experiências casuais de erro e
acerto, sem observação metódica ou verificação sistemática, e por isso, carece
de caráter científico. Pode também resultar de simples transmissão de geração
para geração ou fazer parte das tradições de uma coletividade.
1.1.2 Conhecimento tácito (Know how)
É um tipo de conhecimento pessoal, não codificado e que diz respeito à
competência adquirida a cada profissional. Esse tipo de conhecimento pode ser
externalizado por meio de palestras, artigos, dentre outros. Tal conhecimento
envolve uma serie de habilidades e experiências pessoais ou de grupo,
apresentando um caráter mais subjetivo (TIGRE, 2006). Quando comparamos
o conhecimento tácito do conhecimento codificado (conhecimento apresentado
sob forma de livros, revistas técnicas, software, documentos de patentes e
etc.), percebe-se que o conhecimento codificado apresenta uma facilidade em
sua transferência, mas limita aqueles que não possuem a capacidade de
decodificar o conhecimento. Já o conhecimento tácito é mais valorizado, uma
vez que está intimamente relacionado à competência que uma pessoa
(professor e/ou pesquisador) possui através de experiências e habilidades
individuais de cada indivíduo (TIGRE,2006).
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1.1.3 Conhecimento Científico
É o conhecimento racional, sistemático e objetivo. Sua origem esta
intimamente relacionada aos procedimentos de verificação baseados na
metodologia científica (http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm),
acessado em 05/04/2012). O que diferencia o conhecimento comum do
conhecimento científico são os métodos e instrumentos utilizados no “saber”.
Ao contrário do conhecimento vulgar, o conhecimento científico é uma
aquisição intencional, consciente e sistemática; é um processo que chegou ao
máximo de seu desenvolvimento com a aplicação do método científico
(http://jararaca.ufsm.br/websites/deaer/download/SUBPASTA01/Froehlich/Cien
conheccient.pdf, acessado 16/04/2012).
De acordo com Galliano (1986), o conhecimento científico resulta de
investigação metódica e sistemática da realidade. Assim, tal conhecimento
transcende os fatos e os fenômenos em si mesmos, analisa-os para descobrir
suas causas e concluir as leis gerais que os regem.
O conhecimento científico possui embasamento sustentável, muito
importante na realização de pesquisas e desenvolvimentos, atualmente, muito
vinculados a produção de processos ou produtos que venham propiciar uma
solução mais rápida e eficaz para problemas enfrentados pela sociedade como
um todo.
Em seu trabalho divulgado na internet, Francisco G. Nóbrega (2006)
define muito bem o objetivo do conhecimento científico:
O conhecimento científico tem por objetivo compreender o mundo
(universo) e através de tecnologias resultantes podem melhor as
condições de moradia, transporte, comunicação, produção de
alimentos, energia, saúde, etc (http://www.icb.usp.br/~benys-
/bmm5804/conhecimento_cientifico_beny_2006.doc, acessado
em 10/04/2012).
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Assim, o conhecimento científico fica essencialmente e diretamente
ligado ao aprendizado formal, como por exemplo, escolas, universidades,
livros, seminários, artigos e etc.
Percebemos que independente do tipo de conhecimento citado acima,
todos eles fazem parte do mundo acadêmico. Pois um docente além de utilizar
o conhecimento advindo da interação com outras pessoas (conhecimento
comum) e o conhecimento adquirido através de experiências acumuladas ao
longo de sua área de atuação (Know How), utiliza-se primordialmente do
conhecimento científico, conhecimento este que se torna fundamental no
âmbito da Educação e para os docentes do ensino superior, que precisam
estar diretamente relacionados e interados com a importância e necessidade
de explorar, testar, analisar e estudar variáveis ou possíveis soluções para
problemas da sociedade de uma maneira geral, incluindo novas formas
metodológicas de ensinar ou novas formas de resolver problemas.
1.2 Conhecimentos científicos e ciência
O Conhecimento científico é conhecimento provado. As teorias
científicas surgem através da obtenção dos dados da experiência adquiridos
por observação e experimento. Este tipo de conhecimento é conhecimento
confiável porque é conhecimento provado objetivamente (CHALMERS, 1993).
A ciência é baseada no que podemos ver ouvir, tocar e esta intimamente
ligada ao conhecimento científico. Existem conhecimentos que não pertencem
à ciência, tais como: o conhecimento vulgar, o religioso e, em certa acepção, o
filosófico. A partir destas características torna-se possível, na maioria dos
casos, distinguirem entre o que é ciência e o que não é (GIL,1999).
Um trecho retirado de um trabalho divulgado na internet mostra
claramente o nascimento da ciência e suas premissas:
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A ciência nasce na antiguidade, onde os homens primitivos viviam
sob a ameaça das forças da natureza (tempestades, raios,
trovões, animais ferozes, forças sobrenaturais) e carentes de
recursos (alimento, vestuário, armas, etc). Assim, esses homens
tinham que desenvolver mecanismos através da compreensão de
tais fenômenos para controlar e ter poder sobre eles
(http://jararaca.ufsm.br/websites/deaer/download/SUBPASTA01/F
roehlich/Cienconheccient.pdf, acessado 16/04/2012).
Na Idade antiga (representada por Platão, Sócrates, Aristóteles, Tales
de Mileto, Hipócrates e Arquimedes), a ciência era contemplativa, baseada na
observação da natureza. Na idade média (representada por Santo Agostinho e
São Tomás de Aquino), os cientistas que contrariavam os dogmas da igreja
eram perseguidos (inquisição), predominando o conhecimento religioso. Já a
Idade moderna (representada por Galileu Galileu, Francis Bacon, René
Descartes, Sir Isaac Newton, Albert Einstein), é marcada pelo antropocentrismo
e possui algumas características importantes, tais como: busca o controle
prático da natureza; busca atingir um conhecimento prático e seguro; utilização
de um método que proporcione respostas aceitas como verdadeiras; ciência
atrelada ao progresso produtivo, à tecnologia e ao capital (tecno-ciência).
Finalmente, o período contemporâneo, que lida diretamente com o
conhecimento científico, onde as comunidades científicas crescem e a ciência
ganha velocidade através de experimentos e metodologias essenciais, além de
ocorrer grandes destaques em determinadas áreas de atuação, como:
Engenharia molecular, engenharia genética, informática, robótica.
(http://jararaca.ufsm.br/websites/deaer/download/SUBPASTA01/Froehlich/Cien
conheccient.pdf, acessado 16/04/2012).
1.3 O conhecimento científico nas Universidades e Unidades de
pesquisas (Ups) do Rio de Janeiro.
O conhecimento científico vem sendo muito valorizado dentro das
Universidades e das Ups, pois é a partir dele que a produção científica (artigos
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científicos) vem aumentando consideravelmente. No mundo inteiro as
Universidades prezam dois princípios básicos: a produção do conhecimento e o
ensino (LEITE, 2006). O conhecimento científico hoje é utilizado em vários
campos de atuação, em diversas disciplinas, se tornando um conhecimento
multidisciplinar. Para que tal conhecimento seja construído, é necessária a
pesquisa, pois sua construção depende das pesquisas já realizadas, as quais
foram armazenadas ou divulgadas de alguma forma (SEMENSATTO, 2010).
Para que o conhecimento científico seja aplicado na prática é necessário
que se tenha uma metodologia muito bem delineada. Pois, o conhecimento
científico depende da investigação metódica da realidade, que resulta dos
conhecimentos adquiridos. Os métodos funcionam como garantia da exatidão
do conhecimento adquirido, e é sistemático, porque se baseia em um sistema
de ideias organicamente ligadas entre si. A dúvida é o ponto de partida para a
construção do conhecimento científico; é ela que gera a necessidade da
pesquisa (http://www.santacruz.br/v4/download/revista-academica/13/cap8.pdf,
acessado em 09/03/2012). Assim, as universidades e as Ups são consideradas
as maiores detentoras de conhecimento científico, uma vez que são ambientes
propícios para o desenvolvimento de metodologias que possam gerar pesquisa
e desenvolvimento.
Atualmente, uma abordagem muito discutida e pouco difundida,
principalmente pela falta de interesse político das universidades é a questão da
utilização do conhecimento cientifico como meio de impulsionar a inovação.
Aborda-se muito com relação à crise de paradigmas, era das perplexidades,
inovação, mudanças, tecnologia de ponta, etc., buscando-se sempre o novo
(novos processos de ensino – aprendizagem, novas tecnologias úteis para
educação). Porém, as universidades, por exemplo, ainda persiste em repassar
o velho (http://www.santacruz.br/v4/download/revista-academica/13/cap8.pdf,
acessado em 09/03/2012).
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Hoje, é nítida em algumas academias a necessidade dos professores de
ensino superior utilizar o conhecimento cientifico com ferramenta para o
processo de ensino-aprendizagem. Assim, o aprender a conhecer o aprender a
fazer, o aprender a conviver e o aprender a ser se tornam peças chaves para
este processo. Os professores de ensino superior devem passar de uma
concepção de “transmissores de conhecimento” para o de “condutores de
alunos”, orientando o seu trabalho de modo a ser tutor e guia ao estudante.
Ensinar, portanto, se converterá na arte de desenhar situações que suscitem o
interesse e comprometam a atividade mental dos alunos (TEIXEIRA, 2009).
Segundo Tardif (1999), os professores universitários precisam refletir
sobre sua própria prática de ensino de forma a minimizar o abismo existente
entre as "teorias professadas" e as "teorias praticadas", pois, a formação dos
profissionais da educação passou a ser considerada dispositivo central à
implementação das reformas de melhoria na educação.
A Conferência Mundial sobre o Ensino Superior, ocorrida em 1998
(Paris), recorda que a missão das instituições do Ensino Superior é de educar,
formar e realizar pesquisas e, de forma particular, contribuir para o
desenvolvimento sustentável e o melhoramento da sociedade como um todo.
Espera-se promover, gerar e difundir conhecimento por meio da pesquisa e,
como parte de sua atividade de extensão à comunidade, oferecer assessorias
relevantes para ajudar as sociedades em seu desenvolvimento cultural, social e
econômico, promovendo e desenvolvendo a pesquisa científica e tecnológica,
assim como os estudos acadêmicos nas ciências sociais e humanas e a
atividade curativa nas artes. Assim Teixeira, 2009, em seu trabalho, deixa claro
o surgimento de um novo papel para a universidade, expandindo seu foco
tradicional na formação e capacitação (ensino e pesquisa), agregando à sua
missão a atuação direta no processo de desenvolvimento econômico, cultural e
social da sociedade.
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Logo, fica nítida a importância que a universidade desempenha quanto à
utilização do conhecimento cientifico para que facilite o processo de ensino-
aprendizagem dentro da universidade. Lembrando que tal conhecimento tem
como base a ciência, além da necessidade de estar vinculado ao Ensino e
pesquisa.
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CAPÍTULO II
A PESQUISA E O ENSINO
Este capítulo tratará de um assunto que vem tomando força nos últimos
anos e de extrema importância, em especial, para docentes de Ensino
Superior. A questão da qualidade na educação atualmente, esta diretamente
ligada à formação e desempenho do docente e um dos caminhos que levam a
esta efetivação de qualidade é a pesquisa (PRYJMA, 2008). Os professores
que lidam com pesquisa conseguem ensinar mais facilmente e o ensino passa
a ter uma qualidade maior dentro das Universidades.
O ato de pesquisar é uma forma de buscar respostas para diversas
perguntas, sendo um ótimo instrumento na formação do professor. É notório
que a pesquisa é essencial à prática docente, pois o professor que assume a
postura de pesquisador compromete-se com: a elaboração própria, com o
questionamento, com a emancipação política, com a formação da cidadania,
com a criatividade, com a descoberta e com a redescoberta.
A Pesquisa é um processo sistemático de construção
do conhecimento que tem como metas principais gerar novos conhecimentos,
e/ou corroborar ou refutar algum conhecimento pré-existente. A pesquisa
como atividade regular também pode ser definida como o conjunto de
atividades orientadas e planejados pela busca de um conhecimento. Já o
ensino é uma forma sistemática de transmissão conhecimentos utilizada
pelos humanos para instruir e educar seus semelhantes, geralmente em locais
conhecidos como escolas
O papel do estado do Rio de Janeiro no amparo à pesquisa básica e
aplicada é fundamental para o surgimento de inovações, principalmente no que
tange às inovações tecnológicas educacionais que muitas vezes são
encontradas dentro das universidades e / ou unidades de pesquisas.
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A pesquisa dentro das universidades é geralmente pura, ou seja, básica.
Permitindo que o docente universitário tenha um contato maior com a disciplina
na qual irá ministrar ou com a sua formação acadêmica. Já dentro das
unidades de pesquisa temos a pesquisa aplicada, onde os pesquisadores, que
além de professores universitários, pesquisam focando a geração de novos
produtos e / ou processos.
2.1 Pesquisa básica
A pesquisa básica esta intimamente ligada à satisfação do desejo de
adquirir conhecimentos, sem que haja uma aplicação prática prevista. Ao longo
dos séculos, principalmente nos séculos XIX e XX, a humanidade aprendeu
que a pesquisa básica é importante para constituir um estoque de
conhecimento ao qual a sociedade sempre irá recorrer (FREITAS, 2010).
A pesquisa básica é a responsável pelo início do processo de inovação,
pois dá embasamento para a pesquisa aplicada, que veremos no item seguir.
Freitas (2010) em seu trabalho cita Kline e Rosemberg (1996) diz que: a
inovação na sociedade moderna é quase impossível sem o conhecimento
acumulado proporcionado pela pesquisa básica” (FREITAS, 2010, p.25).
Geralmente a pesquisa básica é encontrada nas universidades e
unidades de pesquisas, pois ocorrem em longo prazo e são muitas vezes
responsáveis por saltos tecnológicos importantes para a sociedade, porém
possuem resultados incertos (TIGRE, 2006). Para que haja pesquisa aplicada
ou qualquer outro tipo de pesquisa é necessária a pesquisa básica, pois sem
pesquisa básica de qualidade, não há sequer pesquisa aplicada (FREITAS,
2010).
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2.2 Pesquisa aplicada
A Pesquisa aplicada esta relacionada fortemente aos conhecimentos
adquiridos e na sua aplicação prática voltados para a solução de problemas
concretos da vida moderna.
Enquanto a pesquisa básica possui resultados incertos, a pesquisa
aplicada, que utiliza o conhecimento adquirido para atingir a determinado
objetivo, possui resultados menos incertos; levando em conta que a pesquisa
aplicada é voltada principalmente ao aperfeiçoamento de produtos existentes,
melhoria dos processos produtivos e introdução de inovações organizacionais,
possui resultados com pouca incerteza (FREITAS,2010).
Esse tipo de pesquisa é muito encontrado dentro de empresas, pois lida
diretamente com a geração de produtos e / ou processos indispensáveis para a
área de pesquisa e desenvolvimento da empresa (TIGRE,2006). Mas, devagar
tal quadro vem mudando e as empresas estão buscando soluções para seus
problemas dentro das universidades e unidades de pesquisa, pois são os locais
que possui um maior Know how. Muitas vezes, docentes universitários são
solicitados para desenvolver pesquisa que possa gerar um produto e ou
processo diferenciado para tal empresa.
A pesquisa aplicada é desenvolvida geralmente por pesquisadores
professores e ocorre também na área da educação, onde projetos de
pesquisas que envolvem tecnologias didáticas ou formas de lecionar possam
se destacar e gerar inovação. Atualmente, há uma necessidade muito grande
de fomentar a pesquisa básica para que haja subsídios necessários para o
desenvolvimento de uma pesquisa aplicada. Além do desejo que os docentes
universitários possam estar intimamente ligados com a pesquisa básica,
melhorando seu desempenho em aula e interagir caso tenha interesse com a
pesquisa aplicada, originando inovações na área educacional.
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2.3 Professores pesquisadores X Pesquisadores Professores
Existem professores que se dedicam apenas ao ensino e não se
interessam pela atividade de pesquisa. Outros, pesquisadores, só se dedicam
à pesquisa e não tem pretensão de lecionar. Alguns pesquisadores mais
titulados eventualmente fazem opção por ministrar aulas exclusivamente na
pós - graduação (CARVALHO M. A., 1997).
Mesmo frente aos diferentes propósitos que envolvem os docentes de
nível superior, a pesquisa é primordial para um ensino de qualidade. Nesse
sentido, Paulo Freire (1996) nos mostra o quanto é importante refletir sobre tal
assunto, afirmando que:
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-
fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino
contínuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque
indaguei, porque indago e me indago. Pesquiso pára constatar,
contatando, intervenho intervindo educo e me educo.[...] fala-se
hoje com insistência, no professor pesquisador. No meu entender
o que há de pesquisador no professor não é uma qualidade ou
uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar.
Faz parte da natureza da prática docente a indagação, a busca, a
pesquisa (FREIRE, 1996, p.29).
Há tempos vem se discutindo sobre a possibilidade e a necessidade de
formação de um professor pesquisador e para uma melhor compreensão. Mas,
para que esse entendimento de consolide é necessário entender primeiro as
características básicas e as diferenças entre professores pesquisadores e
pesquisadores.
São de suma importância a relação ensino e pesquisa no Ensino
Superior, especialmente nas licenciaturas, onde o docente além de ter que
dominar o objeto específico de sua área de conhecimento, é preciso que se
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conheça o processo teórico- metodológico que assegure ao acadêmico o
acesso ao conhecimento.
Assim as universidades essa relação ensino e pesquisa ainda
apresentam uma dicotomia, sendo importante considerar que, pelo menos na
universidade, a indissociabilidade entre ensino e pesquisa, embora
razoavelmente compreendida (pelo menos teoricamente), ainda parece estar
sendo executada com forte predominância (quando não com exclusividade) de
uma das dimensões. Por vezes, tem-se a impressão de que há, de um lado, os
que ensinam- professores-e, de outro, os que fazem pesquisa – pesquisadores.
Então como solução para essa dicotomia é necessário que o docente
universitário seja professor e pesquisador, pois essa integração se mostra
extremamente importante e a necessidade de reflexão sobre essa temática
vem crescendo dentro das universidades.
Para muitos docentes, a diferença entre professor pesquisador e
pesquisador professor é mínima, quando na verdade existe um “gargalo” entre
tais definições. Muitas vezes o termo “professor” é separado do termo
“pesquisador”, por isso a definição mais apropriada para esses termos e que
melhor se encaixa neste trabalho é a definição de Lima (2007), encontrada no
trabalho de Backes (2010):
Professor é aquele profissional que ministra, relaciona ou
instrumentaliza os alunos para as aulas ou cursos em todos os
níveis educacionais, segundo concepções que regem esse
profissional da educação e o pesquisador, como aquele que
exerce a atividade de buscar reunir informações sobre um
determinado problema ou assunto e analisá-las, utilizando para
isso o método científico com o objetivo de aumentar o
conhecimento de determinado assunto, descobrir algo novo ou
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refutar conjecturas anteriores (http://euler.mat.ufrgs.br-
/~vclotilde/disciplinas/pesquisa/texto_Backes.pdf, acessado
22/05/2012).
2.4 Professores não vinculados à pesquisa
É notória a dificuldade que têm aquele professor que apenas ministra
aula e não produz conhecimento através da realização de pesquisas. As
dificuldades aparecem principalmente com relação ao domínio de conteúdos e
segurança dos conteúdos na hora em que serão discutidos. Para esclarecer as
dúvidas pertinentes aos assuntos de suas aulas, deveriam se valer das
pesquisas para facilitar essa compreensão, já que por não tratarem
profundamente esses temas não estão familiarizados com as particularidades
dos conhecimentos em construção (PRYJMA apud CARVALHO M. A., 1997,
p.69).
Segundo o trabalho de Pryjma (2008), se o professor que não pesquisa
está em sala de aula, o aluno está provavelmente recebendo informações não
provenientes da produção cientifica do próprio professor. Portanto:
Um docente de ensino superior não pode prescindir da pesquisa
de seu campo de especialidade, tanto no sentido de manter-se
atualizado, como no sentido de participar da construção dessa
atualização, pois os conhecimentos estão sempre em construção.
Para o bom exercício da docência universitária não se dispensa a
interação intensa entre produção do conhecimento e atividades de
ensino (GATTI, 2003, p.79).
2.5 O professor e a pesquisa
Na formação docente, a pesquisa é uma forma de mostrar, para os
futuros professores, como é importante buscar novos conhecimentos, pois é
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preciso ser inovador, ser criativo, perante alunos que estão sempre curiosos
frente a novos conteúdos, além de questionarem cada vez mais, tornando-se
críticos. A pesquisa é extremamente importante na formação do professor, pois
o mesmo passa a ter um melhor desempenho em sala de aula, principalmente
quando surgem questionamentos e criticas sobre um determinado assunto.
A pesquisa do professor tem como finalidade o conhecimento da
realidade para transformá-la, visando à melhoria de suas práticas pedagógicas
e a de seus colegas de profissão. Portanto:
“... o professor pesquisador centra-se na consideração da prática,
que passa a ser meio, fundamento e destinação dos saberes que
suscita, desde que esses possam ser orientados e apropriados
pela ação reflexiva do professor.” (BACKES apud MIRANDA,
2006, p.135).
A pratica pedagógica precisa ser reflexiva, ou seja, é necessário que a
pesquisa faça parte constantemente da construção do conhecimento. Tal
prática não pode ser utilizada como uma atividade meramente técnica. Por
isso, os docentes precisam adquirir saberes advindo das pesquisas, para que
se tenha um melhor dialogo com os alunos, alem de um melhor desempenho
na transmissão do conhecimento.
As universidades precisam formar docentes reflexivos / pesquisadores,
ou seja, capazes de pensar, formar para o pensamento e não simplesmente
para a recepção de informações. Assim, torna-se clara a necessidade de
adequação dos cursos de formação para os professores docentes,
principalmente no que tange a postura reflexiva critica frente a sua prática para
que se possa aprimorar e transmitir o conhecimento de uma forma mais
completa.
25
CAPÍTULO III
INOVAÇÃO EDUCACIONAL
3.1 Inovação
O termo inovação apresenta diversas definições, no âmbito da educação
a inovação é: “toda a tentativa visando consciente e deliberadamente introduzir
uma mudança no sistema de ensino com a finalidade de melhorá-lo”
(Organização para o Comércio e Desenvolvimento Econômico/ OCDE, apud
Leite ET AL. 1999)
Inovar hoje parece ser fundamental e essencial para uma educação de
sucesso. A sociedade de uma maneira geral está em constante mutação.
Assim, se a educação não acompanhar o ritmo, ficará fora de sintonia com a
sociedade e sua qualidade será considerada aquém do desejável. Logo, não é
admissível que, em uma sociedade em constante mudança, a educação
permaneça imutável.
Desde os anos setenta, a inovação tem sido referência obrigatória e
recorrente no campo educacional, empregada para melhorar o estado de
coisas vigente. O conceito e a prática da inovação transformaram-se
significativamente. Enquanto nos anos sessenta e setenta, a inovação foi uma
proposta predefinida para que outros a adotassem e instalassem em seus
respectivos âmbitos, nos anos noventa, os trabalhos sobre o tema destacam o
caráter autogerado e diverso da inovação.
“Mudança Educacional” e “Inovação Educacional” são expressões que
estão em moda. No seminário de Nicholas Negroponte, realizado em 2004 foi
defendida a tese de que:
26
O grau de inovação, ou de radicalidade nas mudanças que
decidimos para promover a educação é inversamente
proporcional à qualidade que atribuímos ao sistema escolar. Se
considerarmos o sistema escolar excelente, não nos arriscaremos
a introduzir grandes inovações ou mudanças radicais nele. Mas
se o considerarmos ruim, admitiremos um grau muito maior de
inovação nas mudanças que consideramos necessárias
(http://www.educared.org/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.infor
matica_principal&id_inf_escola=829,acessado em 1/06/2012).
Para que ocorram mudanças importantes no sistema educacional é
quase que imprescindível à utilização de tecnologias. Os docentes de ensino
superior devem ter claro em mente que a tecnologia é considerada um
instrumento para auxiliar e motivar as aulas e não o que fará suas aulas um
sucesso. A tecnologia é condição necessária, mas não suficiente.
Porém, a necessidade de introduzir mudanças inovadoras no sistema escolar a
partir dos novos recursos tecnológicos aparece com força cada vez maior.
Sempre dependemos das tecnologias, desde a época da invenção da
roda. Não obstante, as tecnologias – em especial as de informação e
comunicação – vêm assumindo um papel cada vez mais importante em nosso
viver diário, em nosso trabalho, em nosso lazer, e, em nossa aprendizagem.
A inovação é algo aberto, capaz de adotar várias formas e significados,
associados ao contexto que na qual se insere. Messina (2001) diz que a
inovação não é um fim em si mesmo, mas um meio para transformar os
sistemas educacionais.
27
3.2 Inovação Tecnológica
Quando uma invenção esta intimamente ligada a uma tecnologia, ou
seja, a um produto ou serviço novo e tal invenção chega com sucesso no
mercado ou é aceito pela sociedade, estamos nos referindo a uma inovação
tecnológica.
Outras definições mostram que a inovação é uma mola propulsora para
o desenvolvimento econômico. Para Tigre (2006) quando uma invenção pode
ser aplicada na prática, resultando em um produto e/ou processo e tais
resultados atingem o mercado com sucesso, estamos falando de Inovação e
neste caso Inovação Tecnológica.
A inovação tecnológica tem uma relação muito próxima com as
Universidades e com os professores pesquisadores, pois a maior parte das
tecnologias desenvolvidas depende do Know How dos pesquisadores ou da
colaboração de professores pesquisadores. Na verdade, para termos um
desenvolvimento tecnológico de alguma coisa, é preciso pesquisar aquilo. E na
maioria das vezes os decentes de nível superior acabam interagindo de alguma
forma, seja por exigência da universidade, por fazer parte de sua política
(tempo reservado a pesquisa) ou pela vontade do professor em contribuir
academicamente, além de melhorar seu aprendizado para um melhor
desempenho em sala de aula.
Outro ponto importante é que os pesquisadores professores ou
professores pesquisadores quando inventam algo relevante e aceito pela
sociedade, acaba tendo um maior reconhecimento na área de educação. E,
dependendo do objeto inventado, se for um produto, por exemplo, ainda pode
receber (valor comercial) por isso, complementando sua renda. Ou seja, estará
recebendo pela invenção e contribuindo academicamente com um objeto
educacional útil a ser utilizado nas salas de aula. Assim, surgem as
28
tecnologias educacionais ou as tecnologias que possam ser utilizadas em sala
de aula.
3.3 Tecnologia e Educação
Cada vez mais, parece impossível imaginar a vida sem a utilização das
tecnologias. Entre os docentes, a disseminação de computadores, internet,
câmeras digitais, e-mails, provoca reações variadas. A educação no mundo de
hoje tende a ser tecnológica e, consequentemente, exige entendimento e
interpretação de tecnologias.
3.3.1 O que é Tecnologia?
O uso do termo “tecnologia” teve sua origem na época da revolução
industrial no final do Século XVIII e tem sido generalizado para outras áreas do
conhecimento. O Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de
Holanda, indica a palavra “tecnologia” como “um conjunto de conhecimentos,
especialmente princípios científicos, que se aplicam a um determinado ramo de
atividade: tecnologia mecânica”. Evidentemente, é dentro das áreas de
engenharia que esse termo é mais aplicável, para produtos, processos e
sistemas. Porém, atualmente as tecnologias estão cada vez mais “invadindo”
outras áreas, e para a área educacional é de fundamental importância, pois
várias tecnologias servem como instrumento para o professor.
A tecnologia, sem dúvida, é um meio de produção,
utilizando a totalidade dos instrumentos, dispositivos, invenções e
artifícios. Por isso, é também uma maneira de organizar e
perpetuar as relações sociais no âmbito das forças produtivas.
Assim, é tempo, espaço, custo e venda, pois não é apenas
fabricada no recinto dos laboratórios e das usinas, mas
reinventada pela maneira como for aplicada e metodologicamente
organizada (http://revistas.utfpr.edu.br/pb/index.php/revedutec-ct/
article /viewFile/1007/601, acessado em 14/06/2012).
29
3.3.2 Tecnologia na educação
A tecnologia educacional teve seu início na segunda guerra mundial,
onde precisava ser utilizada em treinamento de militares, onde paralelamente
também foi utilizada no meio acadêmico nos EUA. No trabalho de Brignol
(2004) mostra um lado histórico bem interessante que visa elucidar o
crescimento atual no uso das tecnologias, tal como mostra através de
informações do SENAC 2001:
Na década de 50 houve o desenvolvimento de pesquisas
centradas na busca dos meios mais eficazes para facilitar o
aprendizado e torna-lo mais eficaz, foi então desenvolvida uma
nova modalidade de ensino – era o condutivismo, muito usado
nas escolas militares. Com o desenvolvimento dos meios de
comunicação de massa na década de 60 houve um movimento de
profunda discussão no mundo da educação e uma discussão dos
conceitos de comunicação. A informática provocaria outra
transformação na educação nos anos 70, trazendo muitas
possibilidades antes não imaginadas. Desde então o constante
desenvolvimento das tecnologias da informação e da
comunicação disponibilizaram novas utilizações dessas
tecnologias na educação (http://redeabe.org.br/Monografia.pdf,
acessado em 05/06/2012).
Os avanços tecnológicos tem trazido um impacto muito grande para a
educação, principalmente na melhora no processo de ensino e aprendizagem.
a propostas pedagógicas que vão além das tecnologias empregadas.
“A prática docente deve responder às questões reais dos
estudantes, que chegam até ela com todas as suas experiências
vitais, e deve utilizar-se dos mesmos recursos que contribuíram
30
para transformar suas mentes fora dali. Desconhecer a
interferência da tecnologia, dos diferentes instrumentos
tecnológicos, na vida cotidiana dos alunos é retroceder a um
ensino baseado na ficção” (SANCHO, 1998, p.40).
Atualmente as tecnologias educacionais funcionam como força
impulsionadora da criatividade humana, da imaginação, devido à visibilidade de
material que circula na rede, permitindo que a comunicação se intensifique, ou
seja, as ferramentas promovem o convívio (CORRÊA, 2004).
3.3.3 Tecnologias como instrumento educacional
No final do século XX, houve a aceleração do processo de globalização,
derrubando fronteiras, nos vários campos do universo do conhecimento
cultural, social e histórico. Com a aproximação do terceiro milênio, as
transformações na economia, na política, e, sobretudo, na Educação começam
a exigir que a escola se adapte a um novo contexto social. Pois, vivemos numa
sociedade tecnológica em que a quantidade e a velocidade de informações é
muito grande, provocando mudanças na nossa maneira de ser, de pensar e de
agir, na medida em que nos permite, de forma crítica, uma releitura do mundo
(http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/317-4.pdf, acessa-
do em 19/09/2012).
A rede mundial de computadores, plugados mundialmente, permite aos
usuários o acesso a informações do mundo todo em um curto espaço de tempo
e a escola, que é o local onde as discussões acontecem que complementa a
educação do indivíduo e o orienta ou forma para uma vida social e política
ativa, consciente e responsável, deve adaptar - se, estruturando- se e
instrumentalizando- se para formar esse indivíduo que vai atuar nesse novo
mundo, modificando sua visão,suas metas e objetivos, sua missão e buscando
atender a demanda desse novo contexto social (http://www.diaadiaedu
cacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/317-4.pdf, acessado em 19/09/2012).
31
De acordo com Segundo Fróes (1998), a tecnologia sempre afetou o
homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões
do corpo, à máquina a vapor, que mudou hábitos e instituições, ao computador
que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos
ajuda, nos completa, nos amplia facilitando nossas ações, nos transportando,
ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos
ora nos fascinam, ora nos assustam.
Para Brito (2007) havia três caminhos a serem seguidos pela
comunidade escolar, ao fazer uma análise sobre a introdução das novas
tecnologias na educação, sendo eles:
Repelir as tecnologias e tentar ficar fora do processo;
Apropriar - se da técnica e transformar a vida em uma corrida
atrás do novo; Fazer uso dos processos, desenvolvendo
habilidades que permitam o acesso e o controle das tecnologias e
seus efeitos.
E, segundo Brito, fazer uso dos processos, desenvolvendo habilidades
que permitam o acesso e o controle das tecnologias e seus efeitos, seria o
melhor caminho:
Pois apresenta informações para uma formação intelectual,
emocional e corporal do cidadão que cria, planeja e interfere na
sociedade. Para tanto, é necessário um trabalho pedagógico em
que o professor reflita sobre uma ação escolar e elabore e
operacionalize projetos educacionais com a inserção das novas
tecnologias da informação e da comunicação (http://www.
diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/317-4.pdf, acessa
-do em 19/09/ 2012).
32
Moran (2000) ao pensar as novas tecnologias aplicadas à educação
(referindo-se à informática) considera-as importante, pois permitem a
ampliação do espaço e do tempo na sala de aula, possibilitando a comunicação
presencial e virtual, o estar junto, num mesmo espaço ou em espaços
diferentes (conhecido como educação à distância). Já Kenski (2001) entende a
tecnologia como ferramenta de transformação do ambiente tradicional da sala
de aula, buscando a produção do conhecimento de forma criativa, interessante
e participativa, possibilitando ao educador e educando aprenderem e
ensinarem usando imagens (estática e ou em movimento), sons, formas
textuais, e com isso adquirirem os conhecimentos necessários para a
sobrevivência no dia-a-dia em sociedade.
Moran (1995) também esclarece que as tecnologias modificam algumas
dimensões da nossa inter-relação com o mundo, da percepção da realidade, da
interação com o tempo e o espaço:
A miniaturização das tecnologias de comunicação permite
maleabilidade, mobilidade, personalização que facilitam a
individualização dos processos de comunicação, o estar sempre
disponível (alcançável), em qualquer lugar e horário. Essas
tecnologias portáteis expressam de forma patente a ênfase do
capitalismo no individual mais do que no coletivo, a valorização da
liberdade de escolha, de eu poder agir, seguindo a minha
vontade. Elas veem de encontro a forças poderosas, instintivas,
primitivas dentro de nós, às quais somos extremamente sensíveis
e que, por isso, conseguem fácil aceitação social. (MORAN, 1995,
p. 25)
Gebran (2009) mostra que o uso dos computadores revolucionou a
educação quanto ao processo ensino aprendizagem:
33
A partir do momento que os primeiros computadores
entraram nas salas de aulas, ocasionou-se uma evidente
integração entre a educação e as novas tecnologias. São
múltiplos os usos dos computadores, atuando como dispositivo
para adquirir, processar e armazenar informações, além de
possuir imensa versatilidade como meio de comunicação.
3.4 Inovação e Pesquisa no Âmbito da Educação
A inovação e a pesquisa são temáticas que precisam estar intimamente
relacionada, principalmente dentro das universidades, que são locais altamente
produtivos e propícios para as atividades inovadoras. O assunto Inovação
educacional não é muito discutido dentro das Universidades, muitas vezes por
falta de disseminação da cultura da Inovação. Quando foi questionada a
professora pesquisadora Vanderlaine da UERJ sobre a relação entre pesquisa,
inovação e educação, a professora respondeu muito sabiamente, o que nos
leva a crer que, por mais que tal disseminação não seja tão implementada,
alguns professores conseguem identificar a importância de cada conceito. Veja
o relato a seguir:
A pesquisa tem como principal objetivo gerar conhecimento
para a sociedade. Os dados científicos precisam ser divulgados
não só no meio acadêmico, mas para a sociedade como um todo.
As universidades têm programas de extensão como uma tentativa
de divulgar para a sociedade as pesquisas geradas por elas.
Entretanto, nem todos os projetos tem o alcance de divulgação
social almejado. Educação é adquirir conhecimento acerca da
vida, isso envolve a parte intelectual e social. A pesquisa feita no
Brasil ainda não possui um link mais abrangente com a educação
sensu lato. A pesquisa gera conhecimento, mas esse ainda é
pouco divulgado para a sociedade como um todo. A inovação
34
quando está presente na pesquisa pode gerar produtos,
informações e/ou tecnologias que podem promover uma maior
praticidade no cotidiano da população, uma melhor qualidade
tecnológica auxiliando, por exemplo, o entretenimento e a saúde
(VANDERLAINE, UERJ, 2012).
De acordo com o trabalho de Masetto (2004) é discutido o conceito de
"inovação" frequentemente encontrado referindo-se a mudanças na Educação
Superior, explorando algumas características de um processo de inovação:
compromisso, parceria, descentralização. Dentre outras citações, Masetto cita
na área da educação, Imbernón (2000) que desenvolve reflexões interessantes
sobre os desafios do futuro imediato para a educação, muito próximas das
ideias sobre inovação na educação superior.
A recuperação por parte dos professores e demais agentes
educativos do controle sobre seu processo de trabalho; a
valorização do conhecimento, tanto daquele já adquirido e
desenvolvido pelas gerações e culturas anteriores, que tem seu
valor e importância mesmo nos dias de hoje, mas que se
apresenta como insuficiente para os próximos tempos, quanto dos
novos conhecimentos que são investigados e produzidos
atualmente em novas condições de número de informações, de
velocidade de comunicação e de proliferação de fontes de
conhecimento; a valorização da comunidade como verdadeira
integrante do processo educativo, da comunidade de
aprendizagem, co-responsável pelo projeto pedagógico da
instituição; a diversidade como projeto cultural e educativo.
(IMBERNÓN, 2000, p.80).
Dentro das unidades de pesquisa (UPs) do estado do Rio de Janeiro,
como: o Centro de Tecnologia Mineral na UFRJ, o Observatório Nacional em
São Cristovão, o Instituto Nacional de Tecnologia no Centro, o Centro Brasileiro
35
de Pesquisas Físicas na Urca e etc, o assunto inovação é mais difundido, pois
tais instituições lidam com inovação quase que em todos os momentos,
principalmente por serem institutos ligados ao Ministério de Ciência, Tecnologia
e Inovação- MCTI. Além de oferecerem cursos de pós-graduação stricto e lato
sensu e possuírem professores de ensino superior engajado, sua maioria esta
relacionado à pesquisa. Assim, pesquisadores professores estão mais ligados
ao assunto inovação e pesquisa que professores pesquisadores das
universidades.
Quando perguntado ao pesquisador e professor do Centro Brasileiro de
Pesquisas Físicas - CBPF, Geraldo, sobre a ligação entre inovação e pesquisa,
a resposta foi rápida e objetiva: “procuro sempre relacionar tais fatores e utilizar
como aspectos complementares do meu trabalho” (GERALDO, CBPF, 2012),
ou seja, o pesquisador esta sempre em contato com tais assuntos, se tornando
mais fácil lidar com as mudanças educacionais que envolvam a temática
inovação.
Nas economias desenvolvidas, a maior parte da pesquisa e do
desenvolvimento tecnológico ocorre em empresas privadas, bem como em
instituições de pesquisa governamentais, civis e militares. Mas as
universidades de pesquisa são únicas em sua habilidade para atrair e educar
pesquisadores qualificados e trabalhar na fronteira da pesquisa científica, e há
uma tendência crescente das corporações privadas desenvolverem parcerias
estratégicas com universidades (http://www.schwartzman.org.br/simon/cgee
2008_simon.pdf, acessado em 13/06/2012).
As instituições de educação superior sempre desempenharam papéis
importantes em cultivar conhecimento e colocá-lo em benefício da sociedade.
Em épocas e sociedades diferentes, estas atividades de produção de
conhecimento englobaram desde a educação tradicional nas profissões liberais
até o desenvolvimento de pesquisa avançada nas ciências básicas e suas
aplicações. Com isso, cada vez mais é preciso difundir a cultura de inovação
36
dentro das universidades, de maneira que os docentes de ensino superior além
de produzir conhecimento de maneira que beneficie a sociedade, possam
aplicar tal conhecimento e transforma-lo em algo útil e prático.
As atividades inovadoras podem contribuir para o desenvolvimento de
projetos inovadores para a educação superior, propiciando uma melhora no
processo ensino aprendizagem. Para isso, é fundamental o entendimento e a
utilização do conceito inovação em suas práticas pedagógicas, tornando-os
profissionais críticos e competentes, exigidos pela sociedade atual.
37
CONCLUSÃO
O conhecimento científico é vital para a era das pesquisas e
desenvolvimentos tecnológicos. Através do conhecimento cientifico podemos
compreender o mundo (universo) e obter tecnologias que podem melhor as
condições humanas, como moradia, transporte e etc. Tal conhecimento é
utilizado em vários campos de atuação, em diversas disciplinas, se tornando
um conhecimento multidisciplinar. Para que esse conhecimento seja
construído, ele deve estar diretamente ligado à pesquisa, pois sua construção
depende das pesquisas já realizadas, as quais foram armazenadas ou
divulgadas de alguma forma.
Com isso, fica clara a importância do envolvimento de docentes de
ensino superior com a pesquisa. Mas, infelizmente não é o que acontece,
muitas vezes, docentes, principalmente de ensino superior, estão relacionados
somente com as salas de aulas, sem sequer pesquisar e/ou desenvolver algo
que traga benefício à sociedade. Professores pesquisadores são essenciais
para as instituições acadêmicas porque além de serem professores reflexivos,
refletindo sobre o próprio ensino, são professores que estão sempre
pesquisando, se atualizando e trabalhando com questões cientificas e atuais
nas salas de aula.
Quando o assunto é inovação, poucos conhecem ou associam tal termo
com as questões educacionais. As abordagens podem ser muito discutidas,
porém é pouco difundida, principalmente pela falta de interesse político das
universidades. Mesmo com toda a política de sempre estar buscando o novo,
inovar, as universidades insistem em repassar o velho. Assim, é preciso
disseminar a cultura de inovação, visando inovar em todos os aspectos, tanto
com relação aos processos de ensino aprendizado quanto a introdução de
novas tecnologias como instrumentos educacionais.
38
Os professores de ensino superior devem estar vinculados cada vez
mais à pesquisa. Pois nos dias atuais, não há ensino sem pesquisa e pesquisa
sem ensino. O lado pesquisador que existe no professor não é uma qualidade
ou uma forma de ser ou de atuar que se acrescente à de ensinar, faz parte da
natureza da prática docente a indagação, a busca e a pesquisa. Quanto mais o
professor pesquisa, mais informações levarão aos discentes, de forma que
assegure o acadêmico o acesso ao conhecimento com qualidade.
A realização deste estudo permitiu-me mostrar que docentes de ensino
superior que também fazem parte de unidades de pesquisa lida melhor com
assuntos relacionados à inovação, pois faz parte do dia a dia de tais
professores. Já aqueles que se encontram somente no meio acadêmico tem
certa dificuldade tanto em entender quanto em introduzir aspectos relacionados
a inovação. Isto mostra que a inovação na docência superior requer ações
aplicáveis e de incentivo.
Atualmente, ferramentas tecnológicas são o que não falta para ser
utilizado como instrumento no processo ensino aprendizagem. Considerando
que é preciso inovar para modificar, esta modificação deve partir do seu
ambiente pessoal para modificar ao seu redor, somente assim difundirá esta
nova forma de ver o mundo e de agir em seu favor.
Assim, deve haver uma maior integração entre educador e educando, e
tal integração deve ser permeada por uma cultura de inovação que deve trazer
maior qualidade às práticas docentes. Nunca esquecendo que as inovações
vão ocorrer, mas obstáculos aparecerão, pois é nítido que o homem ainda tem
medo de “libertar” seu olhar para fora, temendo o novo. Mas, aos poucos, com
a disseminação da cultura de inovação, docentes de ensino superior estarão
mais integrados e utilizando o saber trazendo grandes descobertas e
benefícios a sociedade atual. Tudo através do simples ato de Pesquisar.
39
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43
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
(O CONHECIMENTO CIENTÍFICO) 10
1.1 – Tipos de conhecimentos 10
1.1.1 Conhecimento comum 10
1.1.2 Conhecimento tácito 11
1.1.3 Conhecimento científico 12
1.2 – O conhecimento científico e a Ciência 13
1.3 O conhecimento científico nas universidades
e unidades de pesquisas 14
CAPÍTULO II
(A PESQUISA E O ENSINO) 18
2.1 Pesquisa básica 19
2.2 Pesquisa aplicada 20
2.3 Professor pesquisador X Pesquisador professor 21
2.4 Professor não vinculado à pesquisa 23
2.5 O professor e a pesquisa 23
CAPÍTULO III
(INOVAÇÃO EDUCACIONAL) 25
3.1 Inovação 25
3.2 Inovação tecnológica 27