universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo “lato … · 5. gestão de contratos administrativos...

50
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO GESTOR NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA Por: Raquel Diniz Rodrigues Orientador Prof. Luiz Eduardo Chauvet Rio de Janeiro 2012 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Upload: others

Post on 11-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO GESTOR NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA

Por: Raquel Diniz Rodrigues

Orientador

Prof. Luiz Eduardo Chauvet

Rio de Janeiro

2012

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

2

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO GESTOR NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do grau

de especialista em Gestão Pública.

Por: . Raquel Diniz Rodrigues

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

3

AGRADECIMENTOS

A Deus pelo dom da vida; aos meus pais

que sempre me incentivaram na busca do

conhecimento; aos meus amigos Lenita,

Armindo e Pedro Leonardo pela ajuda

incansável; às minha irmãs, cunhados e

sobrinhos pelos laços de amor e alegria; e

ao meu orientador pelo aprendizado e

auxílio.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

4

DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia ao meu filho, João

Pedro R. Francisco, pela compreensão das

horas em que estive ausente e pelo amor

incondicional; aos Doutores Fernando

Avelino, presidente do DETRAN/RJ, e

Péricles Memória Filho, Coordenador, por

serem minha fonte de inspiração na

melhoria contínua do serviço público e

agregação de conhecimento sobre gestão

de servidores.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

5

RESUMO

A Constituição da República Federativa do Brasil em seu artigo 3º indica

que o país tem como objetivo construir uma sociedade livre, justa e solidária;

garantir o desenvolvimento nacional; erradicar a pobreza e as desigualdades

sociais e regionais; promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,

sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.

A Administração Pública, por intermédio de seus gestores públicos, tem o

dever de administrar os bens e recursos públicos bem como prestar serviços com

eficiência, economicidade, prontidão e excelência à coletividade.

Para tanto é necessário o conhecimento sobre a administração pública e

sobre o gestor. Só então se pode pontuar as características inerentes ao gestor

no desenvolvimento de suas atribuições.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

6

METODOLOGIA

Através de pesquisa bibliográfica e web gráfica este trabalho tem por

escopo estudar as características do gestor tendentes a um serviço público

eficiente e eficaz.

Atualmente está em voga no meio acadêmico o tema “Gestão Pública”. Há

diversas bibliografias impressas sobre o assunto e são elas que serviram de base

para este trabalho.

Primeiro procurou-se estudar sobre a administração pública, filtrando

principalmente os assuntos corelatos à atividade do gestor público.

Posteriormente estudou-se sobre o gestor e a fundamentação legal

relacionadas às principais atividades/atribuições deste.

Por fim, foram abordadas as características que um servidor precisa para

alcançar os objetivos do Estado em detrimento da coletividade.

Dentre a bibliografia pesquisada vale salientar o Manual do Gestor

publicado pela Controladoria-Geral no Estado do Rio de Janeiro, 2012.

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I - Administração Pública

1. Definição 10

2. O Estado Democrático de Direito 10

3. Organização da Administração Pública 11

4. Órgãos Públicos 12

5. Cargos, empregos e funções públicas 12

6. Princípios Fundamentais da Administração Pública 13

7. Princípios da Administração Pública 14

8. Princípios do Direito Administrativo 15

9. Agentes Públicos 16

9.1. Definição 16

9.2. Deveres, responsabilidades e Proibições 17

9.2.1. Deveres 17

9.2.2. Responsabilidades 19

9.2.3. Proibições 19

CAPÍTULO II - O Gestor Público 22

1. Definição 22

2. Atribuições 22

3. Considerações 24

4. Legislação correlata 24

5. Gestão de contratos administrativos 27

6. Bens patrimoniais 28

7. Prestação de contas 29

8. Orçamento público 29

8.1. Plano Plurianual – PPA 30

8.2. Lei de Diretrizes Orçamentária – LDA 30

8.3. Lei Orçamentária Anual – LOA 31

9. Exercício Financeiro 31

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

8

CAPÍTULO III – Características Fundamentais do Gestor Público

1. Introdução 33

2. Características Esperadas 33

3. Liderança 36

4. Motivação, Ética, Transparência e Responsabilidade 38

5. Transparência e Responsabilidade 39

6. Os 10 Pecados do Gestor Público 40

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

9

INTRODUÇÃO

Diante das mudanças que estão ocorrendo na economia e administração

mundial é necessário ao setor público adaptar-se no aspecto financeiro, social,

tecnológico, social, cultural, ambientais e principalmente, administrativos. Ao

encontro desta afirmação temos o dito por Matias-Pereira (2010):

“...o governo e a administração pública brasileira, na busca de cumprir adequadamente a sua função de promover a pessoa humana e o seu desenvolvimento integral em liberdade, necessitam adotar novos modelos de gestão para melhorar o seu desempenho, e dessa forma garantir adequadamente os direitos constitucionais dos cidadão.”

Uma das perguntas que se faz é quais as características principais que o

gestor público precisa ter para eficientemente e eficazmente administrar os

recursos públicos.

Na opinião de Idalberto CHIAVENATO (2008, p. 253), “a ética constitui

um elemento catalisador de ações socialmente responsáveis da organização por

meio de seus administradores. Administradores éticos alcançam sucesso a partir

de práticas administrativas caracterizadas por equidade e justiça”.

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

10

CAPÍTULO I

A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

1. DEFINIÇÃO

O conceito consagrado por Oswaldo Aranha Bandeira de Mello (1980),

diz a Administração Pública pode ser definida objetivamente como: “a atividade

concreta e imediata que o Estado desenvolve para assegurar os interesses

coletivos e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas as

quais a lei atribui o exercício da função do Estado”.

Já Marcio Fernando Elias Rosa (2006) indica que:

“A Administração Pública pode ser conceituada, em sentido amplo, como o conjunto de entidades e de órgãos incumbidos de realizar a atividade administrativa visando a satisfação das necessidades coletivas e segundo os fins desejados pelo Estado. Sob o enfoque material, o conceito de administração leva em conta a natureza da atividade administrativa exercida, e, sob o subjetivo ou orgânico, as pessoas físicas e jurídicas incumbidas das realizações daquela função.”

Todos os órgãos e agentes públicos de qualquer um dos poderes quando

estejam exercendo a função administrativa são integrantes da Administração

Pública.

2. ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO

A República Federativa do Brasil é um Estado Democrático de Direito, ou

seja, cria o direito e ao mesmo tempo se sujeita a ele. Possui três poderes

independentes e harmônicos entre si. Ao Poder Legislativo compete, tipicamente,

a função normatizadora; ao Poder Executivo cabe primordialmente a função de

administrar; e ao judiciário cabe a função jurisdicional. Porém, cada poder possui

uma função típica, que são essas mencionadas, e outras funções atípicas. Por

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

11

exemplo, o Poder Legislativo realizando a função de gestão de pessoas, apesar

de tipicamente ser incumbido de legislar.

O país, após a Constituição de 1891, adotou o regime federativo, ou seja,

possui a descentralização como característica fundamental.

José dos Santos Carvalho Filho (2005) indica em seu livre que: “ No

Brasil há três círculos de poder, todos dotados de autonomia, o que permite às

entidades componentes a escolha de seus próprio dirigentes. Compõem a

federação brasileira a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.”

3. ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

A Administração Pública, segundo o Decreto-Lei 200 de 25 de janeiro de

1967, pode ser classificada em Administração Pública Direta e Administração

Pública Indireta.

Tem-se a Administração Pública Direta quando a execução do serviço é

prestada pelo próprio Estado com toda a sua estrutura – União, Estados, Distrito

Federal e Municípios.

Já a Administração Pública Indireta é quando os serviços são prestados

por entidades diversas das pessoas federativas, ou seja, pelas suas Autarquias,

Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.

As Autarquias podem ser definidas como serviço autônomo criado por lei

específica, com personalidade jurídica própria, no intuito de executar atividades

típicas da Administração Pública, mas que requeiram, para seu melhor

funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.

Já as Fundações Públicas são pessoas jurídicas de direito privado, sem

fins lucrativos, criadas em virtude de autorização legislativa para desenvolvimento

de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito

público. Possui autonomia administrativa e tem patrimônio próprio. As Fundações

públicas para adquirir personalidade jurídica é necessária sua inscrição de

escritura pública junto ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas.

CHIAVENATO (2008) diz que as Empresas Públicas são:

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

12

“Entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito.”

4. ÓRGÃOS PÚBLICOS

O art. 1º, §2º, da Lei 9.784/99, define órgãos públicos como: “unidade

integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração

Indireta”.

Já ROSA (2006), indica que “órgãos são centro de competência, ou

unidades de atuação, pertencentes a uma unidade estatal, dotados de atribuições

próprias, porém não dotados de personalidade jurídica própria”.

Salienta-se que compondo os órgãos temos os agentes públicos, sendo

alguns destes, gestores públicos.

Os órgãos são criados e extintos por lei. Porém, sua transformação e

reengenharia, desde que não haja aumento de despesa, podem ser dadas

através de ato privativo do chefe do poder executivo.

5. CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÃO PÚBLICA.

Cargos públicos são criados e extintos por lei. Possuem denominação

própria e seu titular é o agente público. Podem ser classificados como cargos

efetivos, cargos em comissão e cargos vitalícios. (ROSA, 2006)

Emprego Público é usado para denominar àquele que presta serviço à

Administração Pública através de um contrato de trabalho regido pela

Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Nesse aspecto têm-se, em regra, os

trabalhadores das Sociedades de Economia Mista e das Empresas Públicas.

Função Pública pode ser entendida como atribuição, encargo ou

competência para o exercício de determinada função. Seu exercício está

vinculado ao atendimento do interesse público coletivo.

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

13

6. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

O Decreto-Lei 200/67, indica como Princípios Fundamentais da

Administração Pública os abaixo relacionados.

Pelo Princípio do Planejamento entende-se que a ação governamental

obedecerá a planejamento que vise promover o desenvolvimento econômico-

social do país e a segurança nacional, norteando-se por planos e programas e

compreenderá a elaboração e atualização dos seguintes instrumentos básicos:

plano geral de governo; programas gerais, setoriais e regionais de duração

plurianual; Orçamento programa anual; e programação financeira de desembolso.

O Princípio da Coordenação - diz que as atividades da Administração, em

especial a execução de planos e programas de governo, são objeto de

permanente coordenação que é exercida em todos os níveis de administração,

mediante a atuação das chefias individuais, a realização sistemática de reuniões

com a participação das chefias subordinadas além da instituição e o

funcionamento de comissões de coordenação em cada nível administrativo.

Cumpri ressaltar que os órgãos que operam na mesma área geográfica

serão submetidos à coordenação com o objetivo de assegurar a programação e

execução integrada dos serviços federais. Com órgãos estaduais e municipais

que exercem atividades idênticas, os órgãos federais buscarão com eles

coordenar-se, para evitar dispersão de esforços e de investimentos na mesma

área geográfica.

Princípio da Descentralização – A execução das atividades da

Administração deverá ser amplamente descentralizada. Esta descentralização

deve contemplar três planos principais: um dentro do quadro da administração

federal (distinguindo claramente o nível de direção e o de execução); outro da

Administração Federal para com a das unidades federadas, (quando estejam

devidamente aparelhadas mediante convênio); e por último, da Administração

Federal para com o setor privado, mediante contratos e concessões.

Princípios da Delegação de Competência – A delegação de competência

será utilizada como instrumento de descentralização administrativa, com o

objetivo de assegurar maior rapidez e objetividade às decisões, situando-as na

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

14

proximidade dos fatos, pessoas ou problemas a atender. É facultado a algumas

autoridades delegar competência para prática de atos administrativos, conforme

se dispuser em regulamento. O ato de delegação indicará com precisão a

autoridade delegante, a autoridade delegada e as atribuições objeto de

delegação.

Princípio do Controle – O controle das atividades da Administração

Federal deverá exercer-se em todos os níveis e em todos os órgãos,

compreendendo, particularmente: o controle da execução de programas e da

observância das normas que governam a atividade específica do órgão

controlado; o controle pelos órgãos próprios de cada sistema, da observância das

normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares; e o controle da

aplicação da verba pública e dos bens pelos órgãos próprios do sistema de

contabilidade e auditoria.

O trabalho administrativo será racionalizado mediante simplificação de

processo e supressão de controles que se evidenciarem como puramente formais

ou cujo custo seja evidentemente superior ao risco.

7. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Está expresso no artigo 37 da Constituição Federal que “A administração

pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, Estados, Distrito

Federal e dos Municípios obedecerão aos princípios da legalidade,

impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

O Princípio da Legalidade significa que o agente público deverá agir

exatamente conforme a lei determina.

O Princípio da Impessoalidade diz que o agente público deve sempre

levar em consideração o interesse público em detrimento de interesses

particulares. O agente quando busca o interesse próprio ou alheio em seu ato

configura desvio de finalidade sendo, portanto, o ato nulo (CHIAVENATO, 2008).

Já o Princípio da Moralidade indica que o agente público deve tomar

decisões dentre opções que resulte em maior ganho para a coletividade. Nem

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

15

todo ato legal tem por base a moralidade devido a não buscarem o interesse

público.

O Princípio da Publicidade traduz que os atos para ter eficácia e produzir

seus efeitos devem ser publicados, Essa é a regra. Porém, a exceção se dá

quando classificados como secretos ou reservados. Vale salientar que se

tratando principalmente de gestão de pessoas, contratos e obras no serviço

público devem ser publicadas na Imprensa Oficial.

O Princípio da Eficiência - “a eficiência tem a ver com o consumo

adequado dos insumos utilizados em determinado processo. Também

relacionado ao desempenho profissional que se espera dos servidores públicos”,

CHIAVENATO (2008).

8. PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO

Diversos são os princípios estabelecidos no Direito Administrativo.

Exploram-se, neste trabalho, os relacionados às funções dos gestores públicos.

O Princípio da Supremacia do Interesse Público Sobre o Privado indica

que o interesse público traduz o interesse da coletividade e, por esta razão, tem

preferência sobre interesse individual ou privado. Isso não quer dizer que o pode

ser desrespeitado mas, em detrimento da coletividade, ele nem sempre

prevalece. É o caso da expropriação de um imóvel para construção de um

hospital público.

Para administrar os bens, direitos e interesses, o gestor está adstrito a

seus poderes e deveres do mumus público. Daí tem-se o Princípio da

Indisponibilidade.

A definição do Princípio da Autotutela é encontrada na Súmula 473 do

Supremo Tribunal Federal: “A Administração pode anular seus atos, quando

eivados de vícios que os tornem ilegais, porque deles não se originam direitos; ou

revogá-los por motivo de conveniência e oportunidade, respeitando os direitos

adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial”.

O Princípio da Razoabilidade decorre do artigo 5º, LIV da Constituição

Federal, que prescreve o devido processo legal, ou seja, o gestor não pode atuar

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

16

segundo seus valores pessoais e sim na perspectiva da concretização social e

anseios coletivos.

Já o Princípio da Proporcionalidade obriga o agente público adequar os

meios e os fins equitativamente para que não ocorram medidas abusivas ou com

interesse maior ao estritamente necessário.

O Princípio da Segurança Jurídica quer dizer que ao administrador não é

dado, aleatoriamente, invalidar atos administrativo tendentes a desfazer relações

ou situações jurídicas.

9. AGENTES PÚBLICOS

9.1. DEFINIÇÃO

À luz da Lei 8.429/92, o agente público é todo aquele que exerce, ainda

que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação,

contratação, ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo,

emprego, ou função na administração pública direta, indireta de qualquer dos

poderes e entidades que recebam ou tenham recebido subsídios públicos.

Em sua obra, ROSA (2007) descreve que “os agentes públicos, segundo

tradicional classificação, podem ser: políticos, administrativos, honoríficos,

delegados e credenciados”.

Agentes Políticos estão no mais alto governo e são investidos por eleição,

nomeação ou designação em concordância com a Constituição Federal. Como

exemplo pode ser citado: os chefes de governo, os ministros de Estado, os

promotores de justiça e os juízes de direito.

Agentes Administrativos são nomeados ou contratados não exercentes

de atividade política ou governamental. Os exemplos são os servidores públicos

efetivos, os temporários e os ocupantes de cargo em comissão.

Agentes Delegados são aqueles que, em nome próprio realiza função

específica de Estado. É o caso dos tabeliães de cartório extrajudicial.

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

17

Já os Agentes Honoríficos exercem transitoriamente e a título gratuito

uma função pública. Os jurados do Tribunal do Júri, os mesários eleitorais

também são exemplos de agentes honoríficos.

Por fim, os Agentes Credenciados são aqueles que recebem poderes

para representar o ente em determinados atos. É o caso dos que executam

transações internacionais.

9.2. DEVERES, RESPONSABILIDADES E PROIBIÇÕES.

Tanto na Carta Magna quanto nas normas infraconstitucionais, têm-se

parâmetros a respeito dos deveres e responsabilidades aplicáveis aos agentes

públicos. ROSA (2007) cita que em regra geral, a doutrina anota os seguintes

deveres: Lealdade, Obediência e Conduta Ética.

Espera-se que os gestores públicos atuem com probidade em seus atos

zelando pelos fins do Estado em prol da coletividade. Em relação às penalidades,

a legislação diz que quem pratica ato de improbidade administrativa pode ser

quem, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do

ato ou dele se beneficie de qualquer forma.

No artigo 4º da Lei 8.429/92 encontra-se que todo agente público e os

equiparados de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a velar pela estreita

observância dos princípios da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade e

Publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos.

9.2.1. DEVERES

Os deveres dos agentes públicos estão indicados em diversas

normatizações sendo os estatutos, Federal e Estadual, os mais conhecidos.

O artigo 285 do Decreto 2.979/79 indica que os deveres dos servidores

público pertencentes ao quadro de pessoal do Estado do Rio de Janeiro. Dentre

eles estão:

Ø Assiduidade;

Ø Pontualidade;

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

18

Ø Urbanidade;

Ø Discrição;

Ø Boa conduta;

Ø Lealdade e respeito às instituições constitucionais e administrativas a

que servir;

Ø Observância das normas legais e regulamentares;

Ø Observância das ordens superiores, exceto quando manifestamente

ilegais;

Ø Levar ao conhecimento da autoridade superior irregularidade de que

tiver ciência em razão do cargo ou função;

Ø Zelar pela economia e conservação do material que lhe for confiado;

Ø Atender prontamente às requisições para a defesa da fazenda pública

e à expedição certidões para defesa de direitos;

Ø Guardar sigilo sobre documentação e os assuntos de natureza

reservada de que tenha conhecimento em razão do cargo ou função.

Já o art. 216 da Lei 8.112/90 diz que são deveres dos servidores públicos

federais, dentre outros:

Ø Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

Ø Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

Ø Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder,

encaminhando pela via hierárquica.

O art. 13 da Lei 8.429/92 diz que é dever do agente público apresentar

declaração de bens e valores que componham seu patrimônio privado e deverá

anualmente atualizar as informações até que deixe o exercício de mandato,

cargo, emprego ou função pública.

9.2.2. RESPOSABILIDADES

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

19

O servidor público possui responsabilidade civil, penal e administrativa e

deve exercer regularmente suas atribuições. No caso de transgressão, as

sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independente

entre si.

A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou

culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiro sendo que a obrigação de

reparar o dano estende-se aos seus sucessores e contra eles executada até o

limite do valor da herança recebida. Se o dano for causado a terceiros o agente

público responderá em ação regressiva, depois de transitada em julgado a ação

que condenar a Fazenda Pública.

Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções

imputadas ao servidor nesta qualidade. E a responsabilidade civil-administrativa

resulta do ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou

função, ou fora dele, quando comprometer a dignidade e o decoro da função

pública. A responsabilidade administrativa será afastada no caso de absolvição

criminal que negue a existência do fato ou da sua autoria.

O art. 288, §1º do Decreto Lei 2.479/ 79 indica que o prejuízo à Fazenda

do Estado do Rio de Janeiro pode ser ressarcido à frente da falta de outros bens

que respondam pela indenização mediante desconto em prestações mensais no

vencimento ou remuneração desde que não exceda a décima parte.

9.2.3. PROIBIÇÕES

Assim como os deveres e responsabilidades, as proibições também estão

previstas na Constituição Federal e em diversas legislações e estatutos. A Lei

8.112/90 traz em seu art. 117 um total de 29 (vinte e nove) proibições expressas

aos servidores públicos federais, dentre as quais:

ØÉ proibido ao servidor retirar, sem prévia anuência da autoridade

competente, qualquer documento ou objeto da repartição;

Ø Recusar fé a documentos públicos;

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

20

Ø Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo

ou execução de serviço;

Ø Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em

lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu

subordinado;

Ø Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação

profissional ou sindical, ou a partido político;

Ø Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,

cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;

Ø Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em

detrimento da dignidade da função pública;

Ø Participar de gerência ou administração da sociedade privada,

personificada ou não personificada;

Ø Exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou

comanditário;

Ø Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer

espécie, em razão de suas atribuições;

Ø Praticar usura sob qualquer de suas formas;

Ø Proceder de forma desidiosa;

Ø Utilizar pessoal ou material da repartição em serviços ou atividades

particulares;

Ø Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,

exceto em situações de emergência e transitórias.

O art. 40 do Decreto-Lei 2.479/79 taxa como proibições ao servidor

estadual no Rio de Janeiro:

Ø Referir-se de modo depreciativo em informações, parecer ou despacho

às autoridades e atos da administração pública, ou censurá-los pela imprensa ou

qualquer outro órgão de divulgação pública, podendo, porém, em trabalho

assinado, criticá-los, do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço;

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

21

Ø Retirar, modificar ou substituir livro ou documento com o fim de criar

direito ou obrigação, ou de alterar a verdade dos fatos, bem como apresentar

documento falso com a mesma finalidade;

Ø Fazer cobrança ou despesas em desacordo com o estabelecido na

legislação fiscal e financeira.

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

22

CAPÍTULO II

O GETOR PÚBLICO

1. DEFINIÇÃO

Segundo o Manual do Gestor Público do Estado do Rio Grande do Sul

(Ref.1)

“Pode-se definir o Gestor Público ou Administrador Público como aquele que é designado, eleito ou nomeado formalmente, conforme previsto na lei ou regulamento específico, para exercer administração superior de órgão ou entidade integrante da Administração Pública. Salienta-se que a administração superior compreende todas as atividades relacionadas à definição de políticas e metas de atuação do ente público, bem como à tomada de decisões visando ao atendimento dos objetivos e das finalidades definidas nas normas legais reguladoras de sua atuação”.

2. ATRIBUIÇÕES

As atribuições dos Gestores Públicos estão elencadas difusamente no

ordenamento jurídico e primordialmente na Constituição Federal.

Alguns estados do país vêm normatizando administrativamente a atuação

dos seus gestores. Um exemplo é o Estado do Rio de Janeiro que publicou,

através da sua Controladoria Geral, o “Manual do Gestor” em janeiro de 2012.

Também o Estado do Rio Grande do Sul vem empenhando esforços no tocante

ao assunto e para isso sua Secretaria de Fazenda publicou o seu “Manual do

Gestor Público”, em 2009.

Este último manual indica como atribuições dos gestores públicos:

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

23

Ø Exercer a administração superior do ente público, definindo as suas

diretrizes e metas de atuação, bem como proceder à tomada de decisões

voltadas ao atendimento de suas finalidades;

Ø Prestar contas da sua gestão;

Ø Autorizar realização da despesa pública. Quando se tratar da

administração pública direta e suas autarquias e fundações, a realização da

despesa está condicionada à devida autorização do Gestor e ao prévio empenho,

onde é reservada dotação consignada em lei orçamentária para o pagamento de

obrigações decorrentes de lei, contrato ou ajuste firmado pelo ente público;

Ø Ordenar o pagamento da despesa pública, que, no caso da

Administração Pública Direta, suas Autarquias e Fundações, deverá ser

precedido do devido gravame de empenho e da liquidação da despesa,

consistindo esta na verificação do efetivo direito do credor, tendo como base os

documentos comprobatórios do respectivo crédito;

Ø Exercer, na condição de Administrador, o acompanhamento e o controle

da execução do orçamento e dos programas de trabalho, em termos físicos e

financeiros, do ente público, verificando diretamente, ou por suas chefias de

confiança, a legalidade dos atos de gestão praticados e o cumprimento das

metas e regras estabelecidas;

Ø Responsabilizar-se por uma gestão fiscal que assegure o equilíbrio das

contas do ente público, prevenindo riscos ou evitando desvios que resultem em

déficit de natureza orçamentária, financeira ou de resultado;

Ø Zelar pela salvaguarda e proteção dos bens, direitos e valores de

propriedade do ente público;

Ø Autorizar a celebração de contratos, convênios e ajustes congêneres,

atendendo aos interesses e as finalidades do ente público, bem como homologar

processos licitatórios realizados e prestações de contas de convênios;

Ø Determinar, quando da ocorrência de dano ao erário ou prática de

infração funcional, a instauração, conforme o caso, de sindicância, inquérito,

processo administrativo-disciplinar ou Tomada de Contas Especial, esta a ser

encaminhada ao Tribunal de Contas;

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

24

Ø Promover a administração de pessoal, autorizando, se previsto em

norma legal ou regulamento, a contratação, nomeação, designação, demissão ou

exoneração de servidores, e atestando a efetividade dos servidores, bem como

sendo o responsável pela aplicação de penalidades previstas em norma, em

razão da prática, pelo servidor, de infrações funcionais.

3. CONSIDERAÇÕES

Segundo MATIAS-PEREIRA (2010),

“a função principal do Estado-nação no mundo contemporâneo – realizada por meio do governo e da administração pública – é a de ampliar de forma sistemática as oportunidades individuais, institucionais e regionais. Deve preocupar-se, também, em gerar estímulos para facilitar a incorporação de novas tecnologias e inovações no setor público que proporcionem as condições exigidas para atender às demandas da sociedade contemporânea”.

A prioridade política de um país deve ser a reforma e a modernização do

Estado. Os governantes devem se esforçar para atuar com maior transparência,

eficiência eficácia e efetividade na gestão pública buscando cada vez mais a

quantidade dos serviços públicos ofertados à população, criando um ambiente

favorável para a inclusão social e o fortalecimento da capacidade de formulação e

interpretação de políticas públicas.

4. LEGISLAÇÃO CORRELATA

No que tocante à normatização federal correlacionada à Gestão Pública e

ao Gestor Público, pode ser citado:

a) Constituição da República Federativa do Brasil – 1988;

b) Lei Complementar Federal nº101, de 04 de maio de 2000 –

estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade

na gestão fiscal e dá outras providências;

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

25

c) Lei Federal nº 8.429, de 02 de junho de 1992 – dispõe sobre as

sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento

ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou função na

administração pública direta, indireta ou fundacional e dá outras

providências;

d) Lei Federal nº 9.504, de 30 de setembro de 1997 – estabelece

normas para as eleições;

e) Decreto-Lei 200, de 25 de fevereiro de 1967 – dispõe sobre a

organização da Administração Federal, estabelece diretrizes para a

Reforma Administrativa e dá outras providências;

f) Lei 9.784, de 29 de janeiro de 1999 – regula o processo

administrativo no âmbito da Administração Pública Federal;

g) Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990 – dispõe sobre o regime

jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das

fundações públicas federais.

h) Lei 8.666, de 21 de junho de 1993 – regulamenta o art. 37, inciso

XXI, da Constituição Federal, através da instituição de normas para

licitações e contratos da Administração Pública e dá outras providências.

i) Lei 10.520/02, de 17 de julho de 2002 – Institui no âmbito da União,

Estados, Distrito Federal e Municípios, modalidade de licitação

denominado pregão, para aquisição de bens e serviços comuns.

Dentre a legislação do Estado do Rio de Janeiro relacionadas ao tema

Gestão Pública temos:

a) Constituição do Estado do Rio de Janeiro, promulgada em 05 de

outubro de 1989;

b) Decreto-Lei 220, de 18 de julho de 1975 – Dispõe sobre o Estatuto

dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de

Janeiro;

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

26

c) Decreto 2.479, de 08 de março de 1979 – Aprova o regulamento do

Estatuto dos funcionários públicos civis do poder executivo do Estado do

Rio de Janeiro.

d) Lei 08, de 25 de outubro de 1977 – dispõe sobre o regime jurídico

dos bens imóveis do Estado do Rio de Janeiro e dá outras providências.

e) Decreto-Lei 298/1979 – Normas para levantamento e certificação

das Tomadas de Contas da Administração Direta e Indireta;

f) Lei 3.148, de 28 de abril de 1980 – Regulamenta o Capítulo II do

Título X do Código de administração financeira e contabilidade pública,

aprovado pela Lei 287, de 04 de dezembro de 1979, que dispõe sobre o

controle interno;

g) Decreto 3.147/1980 – Concessão, aplicação e comprovação de

adiantamentos;

h) Deliberação nº049, de 21 de novembro de 1982 do Tribunal de

Contas do Estado do Rio de Janeiro;

i) Lei Complementar 63/1990 – Código de Administração Financeira e

Contabilidade Pública;

j) Decreto 31.896/2002 – Dispõe sobre a uniformização dos atos

oficiais, estabelece normas sobre a categoria dos documentos oficiais, e

regula o processo administrativo no âmbito da administração pública do

Estado do Rio de Janeiro, e dá outras providências;

k) Lei 4.103/2003 – Dispõe sobre a disponibilização, na Internet, de

informações relativas aos atos, contratos e licitações, no âmbito do Poder

Público do Estado do Rio de Janeiro;

l) Decreto 42.063, de 2009 – Regulamenta o tratamento favorecido,

simplificado e diferenciado para microempresas e empresas de pequeno

porte nas contratações públicas, no âmbito do poder executivo, e dá

outras providências;

m) Lei 6053/2011 – Dispõe sobre a simplificação do atendimento

público, ratifica a dispensa de reconhecimento de firma e a autenticação

de documentos produzidos no Brasil, institui a “carta de serviços ao

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

27

cidadão” e a “pesquisa de satisfação do usuário de serviços públicos” e

dá outras providencias.

5. GESTÃO DE CONTRATO ADMINISTRATIVO

Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro (2000),

“A expressão contrato da Administração é utilizada, em sentido amplo, para abranger todos os contratos celebrados pela Administração Pública, seja sob o regime de direito público, seja sob o regime de direito privado. E a expressão contrato administrativo é reservada para designar tão somente os ajustes que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, para a consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de direito público. Costuma-se dizer que, nos contratos de direito privado, a Administração se nivela ao particular, caracterizando-se a relação jurídica pelo traço da horizontalidade e que, nos contratos administrativos, a Administração age como poder público, com todo o seu império sobre o particular, caracterizando-se a relação jurídica pelo traço da verticalidade”.

Nos contratos administrativos há obrigatoriedade de cláusulas essências

que são previstas no art. 55 da Lei Federal 8.666/1993. Esses contratos

administrativos, em regra, iniciam-se com a assinatura da autoridade e com a

publicação resumida na imprensa oficial.

Toda a execução do contrato deve ser acompanhada e fiscalizada pelo

gestor público sendo plenamente cabível o assessoramento por terceiros para

assisti-los e subsidiá-los de informações pertinentes às suas atribuições.

Cabe ao gestor público anotar, em registro próprio, todas as ocorrências

relacionadas com a execução do contrato por ele responsável. Deve inclusive

determinar o que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados

e todos os atos e providências que ultrapassem a sua deverão ser encaminhados

à autoridade competente em tempo hábil para adoção das medidas pertinente.

Vale salientar que o gestor público responde em âmbito administrativo,

judicial e penal por atos ou omissões relacionados às suas atribuições.

Em relação à duração dos contratos ficará adstrita à vigência dos

respectivos créditos orçamentários sendo que a prorrogação no prazo deve ser

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

28

justificada por escrito e autorizada pela autoridade competente sendo inaceitável

contrato por prazo indeterminado.

Qualquer alteração deverá ser providenciada através do Termo Aditivo

dentro do próprio contrato.

.

6. BENS PATRIMONIAIS

Segundo consta no Código Civil Brasileiro, art. 98, “são públicos os bens

do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno;

todos os outros são bens particulares, seja qual for à pessoa a que pertencerem”.

Os que são comuns do povo e os de uso especial são inalienáveis,

enquanto conservarem a sua qualificação; e também não são sujeitos à

usucapião. O uso comum dos bens público pode ser gratuito ou retribuído,

conforme estabelecido por normatização do ente público ao qual pertença.

O Código Civil indica como bens públicos:

a) Os bens de uso especial, tais como edifícios ou terrenos

destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal,

estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias;

b) Os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas

jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada

uma dessas entidades. E não dispondo lei em contrário, consideram-se

dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a

que se tenha dado estrutura de direito privado.

Os bens públicos devem ser registrados e inventariados. Cabe ao gestor

público zelar pela conservação dos bens públicos bem como manter o controle e

organização destes. Ele tem o dever de prestar conta quando do término de sua

gestão bem como anualmente conforme determinação legal.

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

29

7. PRESTAÇÃO DE CONTAS

No Manual do Gestor elaborado pela Controladoria Geral do Estado do

Rio de Janeiro (2012) está descrito que:

“a prestação de contas é um meio transparente de fornecer informações ao Governo para controlar os bens públicos e administrar despesa e dívidas públicas, cabendo aos responsáveis por valores públicos, bens patrimoniais, bens em almoxarifado e tesouraria, prestarem contas por término de exercício financeiro ou por final de gestão do responsável”.

É fato que o gestor público deve prestar conta e para isso há um sistema

coordenado e integrado de fiscalização que se dá por meio do Poder Legislativo,

Tribunal de Contas e Órgão de Controle interno de cada órgão ou entidade.

Já Manual do Gestor Público do Rio Grande do Sul encontramos que:

“O gestor Público tem a obrigação, perante o cidadão, de divulgar e dar publicidade, de forma ampla e transparente, às ações e políticas governamentais adotadas e em desenvolvimento, garantindo também, uma maior efetividade ao instituto da prestação de contas, bem como ao controle social da gestão pública”.

No Estado do Rio de Janeiro as Deliberações 049 e 248 do Tribunal de

Contas criou o módulo “Término de Mandato” no Sistema Integrado de Gestão

Fiscal (SIGFIS), com a finalidade de definir e padronizar o registro e envio,

através de meio eletrônico, das informações, dos atos e fatos praticados pelos

agentes públicos no último ano e mandato.

8. ORÇAMENTO PÚBLICO

A fundamentação do orçamento público está nos artigos 165 a 169 da

Constituição Federal; nos artigos 209 a 213 da Constituição do Estado do Rio de

Janeiro; na Lei Federal 4.320 de 17 de março de 1964; a Lei 287 de 04 de

dezembro de 1979 do Estado do Rio de Janeiro.

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

30

O manual do gestor público da controladoria geral do Estado do Rio de

Janeiro (2012) indica que:

“Orçamento é o processo de planejamento contínuo e dinâmico do qual o Estado se utiliza para demonstrar seus planos de trabalho, para determinado período, obedecidos os princípios da unidade, universalidade, anualidade e exclusividade”.

Este conceito está correlacionado à previsão das Receitas e à fixação

das Despesas Públicas. É na elaboração e aprovação do orçamento que cada

sociedade define suas prioridades em termos de utilização dos recursos públicos

e os meios para alcançar os objetivos definidos.

É com base na Lei 4.320,/64 e da Lei Complementar 101/00 (Lei de

Responsabilidade Fiscal) que o Orçamento Público ganhou maior status com a

implementação do orçamento-programa integrado aos sistemas de contabilidade

pública.

8.1. Plano Plurianual (PPA)

No art. 209, §1º, Inciso II da Constituição do Estado do Rio de Janeiro

indica que “a lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma

regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública estadual

para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos

programas de duração continuada”.

8.2. Lei de Diretrizes Orçamentária (LDO)

Fundamentada na Constituição Federal e no art. 209, §2º, III da

Constituição do Estado do Rio de Janeiro. Indica que: “A lei de diretrizes

orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública

estadual, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro

subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

31

alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das

agências financeiras oficiais de fomento”.

8.2. Lei Orçamentária Anual (LOA)

Esta Lei compreenderá:

a) O orçamento Fiscal referente aos entes, seus fundos, órgãos e

entidades da administração direta e indireta, inclusive as fundações instituídas e

mantidas pelo Poder Público;

b) O orçamento de investimento das empresas em que o Estado, direta

ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

c) O Orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e

órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos

e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

O orçamento fiscal e o orçamento de investimentos supracitados terá a

função de reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacional,

dentre outras.

A lei orçamentária anual não pode conter assuntos estranhos à previsão

da receita e à fixação da despesa. Nesta proibição não se inclui a autorização

para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito,

ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo

regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas decorrentes de isenções,

anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e

creditícia. (Art. 209, §6º, III, da Constituição Estadual).

9. EXERCÍCIO FINANCEIRO

Pode ser entendido como o período durante o qual será executado o

orçamento público, ou seja, o período em que são arrecadadas as receitas

previstas e despendidos os recursos fixados no orçamento. O exercício financeiro

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

32

coincidirá com o ano civil, iniciando-se em 1º de janeiro e encerrando-se em 31

de dezembro.

No regime orçamentário, o registro das receitas obedecerá ao regime de

caixa, sendo consideradas pertencentes ao exercício, as receitas arrecadadas e

as despesas nele legalmente empenhadas. As receitas e as despesas devem ser

incluídas na apuração do resultado em que ocorrerem, sempre simultaneamente

quando se correlacionarem, independente de recebimento ou pagamento. O

registro das despesas obedecerá ao regime de competência, sendo consideradas

pertencentes ao exercício as despesas nele legalmente empenhadas. (Art. 10, II

da Lei Estadual nº287/79).

Consideram-se restos a pagar as despesas empenhadas, mas não pagas

até 31 de dezembro, distinguindo-se as processadas das não processadas.

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

33

CAPÍTULO III

CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS

DO GESTOR PÚBLICO

1. INTRODUÇÃO

O Gestor público lida com os recursos públicos: bens, verbas públicas,

pessoas, processos, dentre outras. Para isso se faz necessário não só o

conhecimento técnico das normas que regem seu trabalho como também

precisam possuir algumas características que auxiliarão na administração

responsável, produtiva e econômica. Não, não basta ser um mero gestor, mas

sim um profissional com determinados valores e responsabilidades.

Muitas são as qualidades que se pode indicar no servidor empenhado em

atingir os objetivos do governo bem como no desenvolvimento dos planos e

projetos governamentais.

Esta monografia, porém, preocupou-se com as características

fundamentais inerentes ao gestor público.

2. CARACTERÍSTICAS ESPERADAS DO GESTOR PÚBLICO

De acordo com PASCHOAL et alii (2010), um bom profissional tem que ter

um conjunto mínimo de qualidades. Dentre as quais:

• Visão de sucesso ligada ao sucesso da organização;

• Integridade pessoal e profissional;

• Otimismo e confiança;

• Iniciativa e espírito de equipe;

• Clareza e objetividade;

• Visão de carreira;

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

34

• Controle emocional;

• Coragem para assumir novos desafios;

• Vontade de produzir excelentes resultados;

• Disposição para as tarefas;

• Interesse em estudar e aprender;

• Atitude de compartilhar conhecimentos;

• Aparência condizente com o meio profissional.

Para os autores, as características esperadas podem ser divididas em

cinco grandes grupos: o primeiro está relacionado à conduta pessoal apropriada;

o segundo está o relacionamento com outras pessoas; o terceiro grupo

fundamenta-se no comprometimento com o trabalho que o profissional possui;

outro é o comprometimento do gestor com a organização; e por fim, o

comprometimento com a carreira em si. Donde:

• Conduta Pessoal do Profissional - espera-se que o gestor tenha

autocontrole, retidão de caráter, proatividade, autoconfiança,

motivação, interesse pelo que faz e possui disciplina pessoal;

• Relacionamento com outras pessoas – Deve-se ter espírito de equipe,

ou seja: ser comunicativo; exercer a liderança pelo exemplo; contribuir

para o ambiente de trabalho;

• Comprometimento com o trabalho – A busca pelo conhecimento e

atualização é primordial. A atuação profissional deve ser pautada na

disciplina e a maneira de produtividade. Vale lembrar que a

criatividade faz parte desse grupo.

• Comprometimento com a Organização – A busca por compreender as

relações de trabalho: tem conhecimento da instituição (missão, visão,

objetivo), aceitar desafios e mudanças almejando o bem coletivo;

• Comprometimento com a Carreira – Tem visão da carreira, busca o

autodesenvolvimento e é disciplinado.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

35

A Liderança e a motivação são as características do gestor mais

comumente estudadas no meio acadêmico. Vale frisar que o gestor na sua

atividade terá que administrar conflitos, sejam eles organizacionais, pessoais,

legais e burocráticos.

AUTRY (2010) indica cinco maneiras de ser espirituoso em atitudes e

decisões: ser autêntico, ser vulnerável, ser tolerante, ser presente e ser útil.

Quando o gestor é sempre a mesma pessoa em qualquer circunstância e

permanece fiel aos seus valores independente da função que desempenha diz

que é autentico. A vulnerabilidade não é defeito e sim a qualidade de admitir

erros, levantar dúvidas e compartilhar preocupações. Ser tolerante é ter

serenidade nas suas palavras e atitudes diante de uma situação complexa. Deve

estar presente sempre junto com a equipe em todos os momentos, até naqueles

de dificuldade.

No artigo escrito por Fátima Bayma de Oliveira, Anderson de Souza

Sant’Anna e Samir Lofti Vaz (Ref. 6) encontra-se dois quadros resumos que

indicam as competências/características requeridas do gestor público

contemporâneo (Anexo 1 e Anexo 2).

Pode ser encontrado no endereço eletrônico da “brasilprofissões” (Ref. 9)

outras características inerentes ao gestor público: capacidade de organização,

capacidade de observação, capacidade de liderança e de gerência,

responsabilidade, honestidade, visão de projeto, metodologia, dinamismo,

facilidade de lidar com situações inesperadas, flexibilidade, agilidade,

objetividade, pró-atividade, capacidade de trabalhar sobre pressão.

Para Edinaldo Afonso Marques de Mélo (Ref. 10), o perfil ideal do gestor

público começa pelo caráter e passa pela simplicidade, humildade, honestidade,

coragem, empatia social, dentre outras. Elas independem de diplomas ou títulos

pois estão associadas à personalidade de cada pessoa. Há habilidades que o

gestor precisa dominar como: liderança, comunicação, capacidade de

organização, planejamento, visão empreendedora e estratégia, gestão do tempo,

gestão de pessoas e inteligência emocional. A escolha do método de trabalho do

gestor deve ser pautada em celeridade e sustentabilidade.

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

36

“Se alguém quiser ser um bom gestor, antes precisa ser um grande idealista, fixar objetivos e se comprometer com eles”. (Edinaldo A.M. de Mélo)

Ressalta-se neste trabalho que algumas características podem ser

lapidadas e até acrescentada ao perfil profissional do gestor. Não é casualística

que a administração pública direta e indireta está cada vez mais investindo no

treinamento e desenvolvimento de seus servidores e gestores. Afinal, eles são os

“potenciais intelectuais”, um recurso importantíssimo para alcance dos objetivos e

o sucesso dos programas de governo.

3. LIDERANÇA

A liderança é sem dúvida uma das características básicas do gestor

público e é no meio acadêmico a mais abordada.

Na opinião de AUTRY (2010): “a liderança, ou gestão... é um chamado.

Não apenas um trabalho, mas uma vocação”. E acrescenta que se o gestor

encara sua atividade como um chamado a serviço das pessoas pelas quais ela é

responsável, então já transcendeu o rótulo de “gestor” e se tornou um líder.

Liderança a serviço dos outros requer grande dose de coragem.

No mundo contemporâneo a liderança se diferencia da chefia. Esta última

traduz o administrador enquanto na execução rotineira e simplista de uma

atividade. Já o líder é aquele que influencia outros funcionários de modo a

motivar todos na busca dos objetivos da organização. Além do mais ele é

reconhecido por todos pela sua conduta profissional.

A liderança deve ser entendida como uma relação funcional na qual uma

pessoa tem o poder de influenciar outra de maneira intencional. Deve-se lembrar

do poder e da autoridade que normalmente investem o gestor público.

A autoridade é pautada no papel que o gestor exerce através de seu cargo

de direção, chefia ou assessoramento. Já o poder é a capacidade de

influenciação sobre as pessoas.

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

37

Segundo CHIAVENATO (2008) existem vários graus de influência, que vão

desde a coação, a persuasão, a sugestão até a emulação conforme pode ser

visualizado na figura abaixo.

CHIAVENATO, Idalbeto. Administração Pública. 2ªed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008, p.130.

O líder-gestor, além de suas características, deve estar em estreita sintonia

com o grupo para que a comunicação seja estabelecida de forma eficaz. Nesse

enfoque o profissional busca atingir os objetivos pré-estabelecidos ou a satisfazer

as necessidades almejadas pelo grupo.

Para o autor supra,

“a definição de liderança envolve dois aspectos importantes:

o primeiro é a capacidade presumida de motivar as pessoas

a fazerem aquilo que precisa ser feito. Segundo é a

tendência dos liderados de seguirem aqueles que percebem

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

38

como instrumentais para satisfazerem os seus objetivos e

necessidades pessoais”.

Ou seja, a liderança é uma questão de diminuição das incertezas do grupo.

Vale ressaltar alguns estilos conceituados de liderança. CHIAVENATO cita

WHITE e Lippitt no qual estes classificam em três os estilos básicos de liderança:

a autocrática, a liberal (laissez-faire) e a democrática. Diante dos estilos vale a

pena ressaltar que a liderança autocrática enfatiza o papel do líder; e a liderança

democrática vislumbra tanto no líder como nos subordinados. E nesse contexto o

gestor público normalmente utilizar os três estilos de acordo com a tarefa, com as

circunstâncias e com os colaboradores.

A liderança pode estar pautada na tarefa ou nas pessoas. Quando o líder

orientado para as tarefas, denomina-se “job centered”, ou seja: planeja e define

como o trabalho será feito; atribui responsabilidades pela tarefa; define

claramente os padrões de trabalho; busca meios de completar a tarefa; monitora

os resultados do desempenho; focaliza a produtividade e a qualidade; preocupa-

se com métodos de trabalho.

Já o líder orientado para as pessoas é dito “employee-centered”: atua

como apoio e retaguarda para as pessoas; procura ensinar e desenvolver

pessoas; mostra os objetivos do trabalho para as pessoas; desenvolver relações

sociais com as pessoas; é sensitivo quanto às necessidades das pessoas;

respeita os sentimentos delas.

Para AUTRY (2010) a “Liderança Servidora” não é meramente gentileza.

Ela está vinculada ao compromisso no alcance de metas em prol da sociedade.

Ele vê oportunidade de crescimento pessoal e espiritual de todos os

comandados.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

39

4. MOTIVAÇÃO, ÉTICA, TRANSPARENCIA E

RESPONSABILIDADE.

Segundo o conceituado dicionário de Aurélio Buarque de Holanda,

MOTIVAÇÃO é o “conjunto de fatores psicológicos de ordem fisiológica,

intelectual ou afetiva, os quais agem entre si e determinam a conduta de um

indivíduo”.

Diante das várias mudanças que podem ocorrer no local de trabalho, é

comum encontrar sinais de conflitos, desentusiasmo, burocracia e a baixa

motivação. Cabe ao gestor administrar para equitativamente manter o rumo da

equipe ou da tarefa.

Alguns autores descrevem o que chamam de “conectores do ambiente de

trabalho”. Ou seja, dinâmicas de grupo e comemorações são exemplos de

conectores positivos. Já as decepções, as dificuldades, as incertezas, os

fracassos são conectores negativos. O administrador busca equilibrar a harmonia

do grupo.

A palavra ÉTICA vem do grego “ethos” e significa morada; costume. Ou

seja, é o conjunto de elementos que é intrínseco do ser humano. A maneira pela

qual o homem manifesta seu caráter é por meio de seu comportamento.

Segundo Francisco de Salle A.M. Filho (Ref. 5): “A ética deve ser

eminentemente positiva e não proibitiva. Por exemplo, é mais importante respeitar

a vida do que não matar”.

Em relação à TRANSPARÊNCIA do gestor público, a Presidência da

República, através da sua Controladoria Geral da União, empenha esforços na

transparência da execução dos serviços públicos e de seus gestores. Tanto é que

foi criado um site acessível a todos as pessoas interessadas sobre os gastos e a

administração dos recursos que a União transfere para os Estados e Municípios

(Ref. 12).

O gestor precisa ter como norte a RESPONSABILIDADE SOCIAL e

AMBIENTAL, afinal, ela tem que ser fundamentadora básica das decisões e

condutas do administrador público uma vez que todo serviço público é executado

em nome da coletividade.

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

40

5. OS 10 PECADOS DO GESTOR PÚBLICO

Segundo Sergio Roberto Bacury de Lira (Ref. 12), existem dez pecados que os

gestores públicos não devem cometer. São eles:

1º) Não programação de suas ações de forma planejada. Elas devem ser

concebidas dia-a-dia, conforme a urgência de cada situação. Isso é

importante porque as demandas da sociedade em geral são maiores do

que a capacidade de atendimento do Estado. Em consonância com a

normatização do planejamento temos, como já foi dito, o Plano Plurianual

(PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária

Anual (LOA).

2º) Não dar importância ao orçamento público, concebendo-o como entrave

burocrático à sua administração. A legislação sobre orçamento no Brasil

exige que para cada despesa a ser realizada ela esteja programada no

orçamento. A despesa deve percorrer a sequencia empenho-liquidação-

pagamento e não na ordem inversa.

3º) Não descentralizar decisões com medo de perder o cargo ou o poder

político. A ação governamental deve ser coletiva, da equipe de trabalho. O

gestor não deve concentrar decisões técnicas que dificulte a eficácia

operacional da administração.

4º) Não investir em capacitação. O gestor necessita tem uma equipe formada

por pessoas que vão lhe ajudar tecnicamente da forma melhor possível.

Geralmente os gestores públicos procuram formar a sua equipe a partir de

um critério político e não técnico, procurando abrigar nos cargos existentes

pessoas que fazem parte do seu grupo político e não os profissionais

preparados. Além do mais não procuram investir em capacitação e

reciclagem profissional, por entenderem que isto se constitui em despesa

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

41

(desnecessária) e não em investimento para a melhoria do atendimento

do setor público. Como conseqüência, a administração pública evidencia-

se ineficiente e sem compromisso com a qualidade dos serviços prestados

à sociedade.

5º) Não ser transparente temendo ser questionado sobre as suas ações pelo

segmento organizado da sociedade. Verifica-se que raros os casos de

divulgação das informações fiscais por parte da administração pública. Em

geral, os gestores não se esforçam para serem transparentes no trato da

coisa pública.

6º) Não ter hábito de socializar informações e de utilizá-las em sua estratégia

de ação. A informação é a base do conhecimento humano e serve de base

para a tomada de decisões. Do ponto de vista técnico, tomar uma decisão

sem que esta esteja balizada por informações acerca da situação,

resultará em uma ação ineficaz. As vezes em decorrência da deficiência

técnica da equipe de trabalho, não são produzidas informações para a

tomada de decisões na gestão pública. Em geral, não se produzem

indicadores de avaliação e desempenho e isto dificulta o acompanhamento

da gestão administrativa por parte da sociedade, pois as informações não

são disponibilizadas nem tampouco socializadas para todos.

7º) Não inovar. A demanda da sociedade por ações concretas do setor

público em prol da melhoria da qualidade de vida exige, sobretudo,

criatividade. A inovação e o aperfeiçoamento tecnológico são vitais no

setor privado e deveria ser no público. Mas os gestores não buscam

conhecer e adequar para a sua realidade baseada em situações ou ações

já tenham sido implementadas em outros lugares que tiveram êxito. Ou

então, quando conhecem essas experiências, procuram não copiá-las ou

adotá-las em sua administração, visto que isto poderia significar falta de

iniciativa política.

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

42

8º) Não acreditar que será punido se cometer erros ou prejuízos à sociedade.

A Lei de Responsabilidade Fiscal introduziu novos conceitos no que diz

respeito ao binômio probidade/eficiência e introduziu também mecanismos

de punição para os maus gestores ou gestores ineficazes do ponto de vista

administrativo. Pelo simples fato de que cometer erros ou prejuízos à

sociedade não leva ninguém para a cadeia, faz com que o gestor não se

preocupe com a justiça, nem mesmo com os Tribunais de Contas.

9º) Não administrar com impessoalidade, ou seja, administrar a coisa pública

como se fosse uma administração doméstica. A ausência de planejamento

na gestão pública, assim como de decisões descentralizadas, de trabalho

em equipe e de outros procedimentos basilares de qualquer administração

faz com que o gerenciamento da coisa pública ocorra de forma ineficaz. A

falta de planejamento e controle nas despesas públicas pode, na

contabilidade pública, interferir de forma negativa pois, tudo que entra de

receita sai automaticamente como despesa.

10º) Não ser responsável do ponto de vista legal, mas sim em ser eficiente

do ponto de vista político. A lei supra indicada só permite que o gestor

público não cumpra as determinações impostas para a contagem de

prazos, os valores mínimos a serem investidos, o pagamento da dívida

pública, o valor máximo permitido com a folha de pagamento de pessoal, o

atingimento dos resultados fiscais e a limitação de empenho, quando

ocorrer uma calamidade pública, estado de defesa ou de sítio. Não

existindo essas situações, é dever do gestor administrar a coisa púbica

com probidade, seriedade, competência e eficiência.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

43

CONCLUSÃO

Vive-se num mundo cada vez mais globalizado. A Administração Pública

passa por um processo de adaptação às novas exigências da sociedade, que se

preocupa cada vez mais com a responsabilidade social e ambiental dos recursos,

uma vez que eles estão cada vez mais escassos.

As tecnologias evoluem, o conhecimento se especializa, e o modo de

administrar precisa se adequar às mudanças. É notório que à frente das

organizações públicas devem-se ter gestores que possuam características

ímpares no desenvolvimento de suas atribuições em prol da coletividade, que é o

fundamento do país.

Normalmente são os cargos políticos e os de direção, chefia e

assessoramento que possuem maior responsabilidade no gerenciamento dos

recursos.

Neste pensamento agrega-se a necessidade não só do conhecimento da

estrutura organizacional da Administração pública, como também o conhecimento

técnico-científico relacionado à tarefa a ser executada. Assim, o gestor em prol da

coletividade desenvolve seus trabalhos em sincronia com os objetivos e missão

da República e da organização na qual serve.

Nesta monografia se concluiu que há necessidade que os gestores

possuam características positivas em seu perfil pessoal e profissional, sendo que

algumas delas podem ser desenvolvidas, acrescentadas e até moldadas através

projetos e treinamentos de desenvolvimento funcional.

Afinal, habilidades e conhecimentos devem ser ampliados e não

reduzidos. A gestão do “potencial intelectual” dos servidores, principalmente os

efetivos é crucial para o sucesso da organização.

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

44

ANEXO 1

Disponível em http://scielo.br/img/revistas/rap/v44n6/a09qdr01.jpg

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

45

ANEXO 2

Disponível em http://www.scielo.br/img/revistas/rap/v44n6/a09qdr01.jpg

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

46

BIBLIOGRAFIA

AUTRY, James A. O Líder Servidor. São Paulo: Verus, 2010.

BRAGA, Renato. Lei 8.812/90 esquematizada. 2ªed., Rio de Janeiro, 2008.

COVEY, Stephen. Os sete hábitos das pessoas muito eficientes. São Paulo: Best

Seller, 1991.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração Geral e Pública. 2ª Ed., Rio de Janeiro:

Elsevier, 2008.

________________. Introdução à Teoria Geral da Administração. Rio de Janeiro:

Elsevier, 2004.

DAVIS, Keity; BLOMSTROM, Robert L. Business and Society: Environment and

Responsibility. Nova York: McGraw-Hill, 1975

MATIAS-PEREIRA, José. Manual de Gestão Pública Contemporânea. 3ªed., São

Paulo: Atlas, 2010.

NEVES, Luiz Carlos das. Gestão de Contratos. Rio de Janeiro: DETRAN, 2006.

________________. Legislação aplicada à Gestão Administrativa Estadual. Rio

de Janeiro: Imprensa Oficial, 2009.

OAKLAND, John. Gerenciamento da Qualidade Total. São Paulo: Nobel, 1994.

PASCHOAL, Luiz; PEDRI, Ana Janete; PASCHOAL, Rodrigo Lorenzo. O

Profissional Dez. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010.

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

47

ROSA, Márcio Fernando Elias. Direito Administrativo. 8ªed., São Paulo: Saraiva,

2006.

1. http://www.uergs.rs.gov.br/uploads/1307564986Manual_do_Gestor_Publico

_CAGE.pdf - acessado em 15 de janeiro de 2012.

2. http://www4.planalto.gov.br/legislacao - acessado em 07 de fevereiro de

2012.

3. http://www.alerj.rj.gov.br/ - acessado em 11 de fevereiro de 2012.

4. http://ww.pt.wikipédia.org/wiki/oswaldo_AranhaBandeiradeMello - acessado

em 12 de fevereiro de 2012;

5. http://www.sisnet.aduaneiras.com.br/lex/doutrinas/arquivos/etica.pdf - por

Francisco de Salles Almeida. Acessado em 14 de março de 2012.

6. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-

76122010000600009 – Fatima B. de Oliveira et alii. Acessado em 14 de

março de 2012.

7. http://www.techne.com.br - acessado em: 19 fev. 2012.

8. http://www.enap.gov.br - acessado em 13 de março de 2012.

9. http://www.brasilprofissoes.com.br/profissoes/administrador-

p%C3%BAblico – acessado em 14 de março de 2012.

10. http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/bom-gestor-

publico/37451/ - Edinaldo A. M. Mélo. Acessado em 27 fevereiro de 2012.

11. http://br.transparencia.gov.br/- acessado em 10 de março de 2012.

12. http://www.fenecon.org.br/informe/0018-pecados.htm, por Sergio Roberto

Bacury. Acessado em 10 de março de 2012.

Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

48

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULO I - Administração Pública

1. Definição 10

2. O Estado Democrático de Direito 10

3. Organização da Administração Pública 11

4. Órgãos Públicos 12

5. Cargos, empregos e funções públicas 12

6. Princípios Fundamentais da Administração Pública 13

7. Princípios da Administração Pública 14

8. Princípios do Direito Administrativo 15

9. Agentes Públicos 16

9.1. Definição 16

9.2. Deveres, responsabilidades e Proibições 17

9.2.1. Deveres 17

9.2.2. Responsabilidades 19

9.2.3. Proibições 19

Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

49

CAPÍTULO II - O Gestor Público 22

1. Definição 22

2. Atribuições 22

3. Considerações 24

4. Legislação correlata 24

5. Gestão de contratos administrativos 27

6. Bens patrimoniais 28

7. Prestação de contas 29

8. Orçamento público 29

8.4. Plano Plurianual – PPA 30

8.5. Lei de Diretrizes Orçamentária – LDA 30

8.6. Lei Orçamentária Anual – LOA 31

9. Exercício Financeiro 31

CAPÍTULO III – Características Fundamentais do Gestor Público

1. Introdução 33

2. Características Esperadas 33

3. Liderança 36

4. Motivação, Ética, Transparência e Responsabilidade 38

5. Transparência e Responsabilidade 39

6. Os 10 Pecados do Gestor Público 40

CONCLUSÃO 43

ANEXOS 44

BIBLIOGRAFIA 46

ÍNDICE 48

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · 5. Gestão de contratos administrativos 27 6. Bens patrimoniais 28 7. Prestação de contas 29 8. Orçamento público 29

50

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Universidade Cândido Mendes

AVM Faculdade Integrada

Título da Monografia:

“CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DO GESTOR NA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONTEMPORÂNEA”

Autora:

Raquel Diniz Rodrigues

Data da Entrega:

31 de Março de 2012.

Avaliada por: Conceito: