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I UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS PROJETO “A VEZ DO MESTRE” A HORTA NA ESCOLA MARIA DA GLÓRIA ABDALA JARDIM ORIENTADOR: PROFª. Ms. MARY SUE CARVALHO PEREIRA RIO DE JANEIRO ABRIL/2002

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I

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

A HORTA NA ESCOLA

MARIA DA GLÓRIA ABDALA JARDIM

ORIENTADOR:

PROFª. Ms. MARY SUE CARVALHO PEREIRA

RIO DE JANEIROABRIL/2002

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II

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO

DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS

PROJETO “A VEZ DO MESTRE”

Apresentação de monografia ao Conjunto UniversitárioCandido Mendes como condição prévia para aconclusão do Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu”em Docência do Ensino Fundamental e Médio.

RIO DE JANEIROABRIL/2002

A HORTA NA ESCOLA

MARIA DA GLÓRIA ABDALA JARDIM

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III

À minha amiga Angela Teresinha Moura Muniz porter me indicado e incentivado nessa jornada.

AGRADECIMENTOS

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IV

Esse trabalho monográfico é dedicado a todosaqueles que, como eu, acreditam que oaprendizado deve ser vivenciado.

DEDICATÓRIA

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V

RESUMO

As crianças crescerão, se desenvolverão e aprenderão otimamente

quando forem supridas com nutrição adequada. Os pais e outros que

trabalham com crianças precisam estar cientes da importância dos aspectos

sociais, emocionais e psicológicos do alimento e do ato de comer. Para uma

criança conseguir um bem estar total, um aprendizado e um auto-conceito

positivo, ela precisa não apenas de comida, mas também de amor, apoio e

apreciação de sua singularidade.

A proposta aqui apresentada é aproveitar um espaço na escola e

desenvolver uma horta orgânica com os alunos, despertando e estimulando o

interesse, o aprendizado dos mesmos e, enfatizando a relação nutrição-horta-

aprendizagem em todos os seus aspectos humanos, nutricionais e

educacionais.

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METODOLOGIA

Esta monografia foi baseada em dados bibliográficos, observações

do objeto em questão, pesquisas, consultas na Internet onde os elementos

significativos foram selecionados, redigidos e relatados nos capítulos que

seguem, visando elucidar de forma clara, objetiva e sucinta as propostas

trazidas para um bom aproveitamento da aprendizagem.

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VII

INTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

A horta – uma visão orgânica 11

CAPÍTULO II

Cresce o consumo orgânico 12

CAPÍTULO III

A questão do agrotóxico 13

CAPÍTULO IV

O Solo 15

CAPÍTULO V

Agricultura Orgânica 19

CAPÍTULO VI

Minhocas no solo 20

CAPÍTULO VII

Horta escolar 21

CAPÍTULO VIII

Compostagem: a arte de transformar o lixo em adubo orgânico 30

CAPÍTULO IX

Horta escolar: uma visão nutricional 40

SUMÁRIO

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VIII

CONCLUSÃO 49

BIBLIOGRAFIA 50

ÍNDICE 51

ANEXOS 54

FOLHA DE AVALIAÇÃO 55

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INTRODUÇÃO

Esta pesquisa surgiu de um projeto escolar sobre a importância da

horta no processo ensino-aprendizagem.

Essa importância de deve:

• ao respeito ao solo;

• ao amor à natureza;

• a valorização do ser humano que leva esses produtos à nossa

mesa (integração social);

• ao conhecimento dos cuidados no plantio e seu desenvolvimento;

• ao cuidado com as plantas;

• ao conhecimento nutricional oriundos das hortaliças e vegetais

cultivados;

• a conscientização das necessidades dos nutrientes para o

organismo;

• à necessidade de uma boa nutrição relacionadas a um bom

desempenho na aprendizagem;

• à necessidade de vivenciar os fatos para aprender.

Como relação humana, reconhecer na sua alimentação diária o valor

do agricultor, a importância da irrigação, a importância do solo, da horta

orgânica.

Observar o valor do alimento para uma boa saúde, contrapondo com

a oferta de mercado de doces, balas, guloseimas, refrigerantes que fornecem

uma quantidade muito pequena de nutrientes em proporção ao seu conteúdo

calórico.

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Como processo final de aprendizagem seria despertar o amor pelo

plantio, perceber o preço desses produtos no mercado, entender a questão dos

agrotóxicos...

O objeto dessa pesquisa é estabelecer uma relação afetiva,

experimental e educacional entre horta escolar, cultivo do alimento e seu

aspecto nutricional.

Assim sendo, o corpo do trabalho terá duas partes principais: a horta

e a importância nutricional dos alimentos.

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CAPÍTULO I

A HORTA – UMA VISÃO ORGÂNICA

A agricultura orgânica visa promover e realçar a saúde do meio

ambiente, preservar a biodiversidade, os ciclos e as atividades biológicas do

solo. Exclui a adoção de substâncias químicas ou outros materiais sintéticos

que desempenham no solo funções estranhas às desempenhadas pelo

ecossistema.

Uma característica muito importante da agricultura orgânica é o fato

dela valorizar o solo.

Nesse tipo de agricultura, plantas, animais e seres humanos

saudáveis são frutos de solos equilibrados e biologicamente ativos.

O processo para o cultivo ou criação orgânica leva em conta a

reciclagem máxima dos nutrientes necessários ou oriundos da produção. A

terra e o trabalho humano são os insumos principais dessa modalidade

agrícola.

A agricultura orgânica elimina a contaminação dos alimentos, pois os

produtos são cultivados sem a utilização de defensivos agrícolas.

Os produtos orgânicos são mais resistentes ao tempo e muito mais

saborosos.

A visão da agricultura orgânica é deixar o solo fértil para a planta

poder crescer.

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CAPÍTULO II

CRESCE O CONSUMO ORGÂNICO

O aumento da procura por produtos orgânicos está ligados às

preocupações ambientais. Aliás, o que atrai consumidores para os produtos

orgânicos não é a sua aparência (em geral, pior que a dos vegetais cultivados

pelo processo convencional, com agrotóxicos) e, sim, a preservação ambiental.

É cada vez maior o número de pessoas que estão buscando uma

alimentação mais saudável, na tentativa de resgatar um tempo que ainda era

possível Ter à mesa alimentos frescos, de boa qualidade biológica e livre de

agrotóxicos. Atualmente, os alimentos recebem tantos produtos tóxicos e

passam por uma série de processos de transformação até chegar ao

consumidor que acabam provocando uma mudança de hábitos alimentares e

uma distanciamento entre o agricultor e o consumidor.

Pesquisas afirmam que procura por alimentos “limpos” está

associada à escolaridade, visto que existe um grande interesse pela questão

ambiental, por se conhecer os males dos agrotóxicos.

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CAPÍTULO III

A QUESTÃO DO AGROTÓXICO

O uso indiscriminado e incontrolável de agrotóxico acarreta um

desequilíbrio ecológico intenso, aumentando o risco de contaminação de

agricultores, consumidores e do próprio ambiente.

Que agrotóxico faz mal à saúde todo mundo sabe. Boa parte da

população tem consciência de que os legumes e verduras que consume são

produzidos por meio de uso de produtos químicos altamente tóxicos. Esse fato

faz com que os alimentos orgânicos sejam uma alternativa aos alimentos

oferecidos pela agricultura convencional.

A aplicação de agrotóxico provoca nas plantas um estado de

desordem metabólica.

O uso indiscriminado de fertilizantes químicos e defensivos agrícolas

da mesma natureza caracterizam uma prática de agricultura que tem causado

um verdadeiro desastre para o solo, o qual precisa ser encarado como um

elemento vivo capaz de trazer benefícios para o homem. A partir da indústria

química, o próprio homem tem se comportado mal diante do uso do solo,

tornando-se o seu principal inimigo. A gravidade do desgaste pode trazer

conseqüências irreversíveis.

Entre as conseqüências desse mau uso terrestre destacam-se a

erosão, a eliminação parcial ou total dos minerais, a compactação do solo, o

aumento da acidez e o desequilíbrio natural.

Tudo acaba se tornando ainda mais grave quando se trata da terra

da agricultura e alimentação. A associação de todos esses malefícios causados

ao solo atingem em cheio a sobrevivência humana. Em outras palavras, o mau

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uso do solo, em função da agricultura, traz como conseqüência direta a queda

da produtividade.

Com as dificuldades enfrentadas pela agricultura para obter

produção do solo, os agricultores se rendem ao uso de componentes agrícolas,

fechando a cadeia de um círculo vicioso, que tem como conseqüência direta a

destruição do solo. Ou seja, o solo receberá química porque já não está mais

produzindo como deveria, e o solo não produz porque está esgotado de

nutrientes.

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CAPÍTULO IV

O SOLO

A superfície do planeta Terra é revestida de solo que se origina da

desintegração das rochas e do acréscimo de matéria orgânica proveniente da

decomposição de plantas e de animais. Esta camada é de espessura variável e

a sua parte vital é chamada terra arável, ou seja, os 30 ou 40 centímetros

superficiais, onde se concentra a maior parte do húmus e microorganismos

que, com a circulação de ar e armazenagem de água, tornam a vida nessa

camada mais condizente com as necessidades das plantas.

Ao contrário do que parece, o solo não é um suporte imutável,

estático, mas um mecanismo complexo, vivo, animado, que está em constante

modificação. A retirada ou alteração de um dos elementos desse complexo

pode mudar toda a sua composição. Depois de conhecer as características

fundamentais do solo, é possível modificar os seus fatores, a fim de obter uma

melhor produtividade. É claro que depois de o fator alterado entrar novamente

em equilíbrio com o todo.

O impacto na relação de alcalinidade e acidez, por exemplo, é

determinada pelo equilíbrio na proporção de elementos naturais que estão

presentes no solo. O aumento da acidez pode ser determinado por uma

composição química de hidrogênio e alumínio. Se existir no solo uma

predominância combinada de cálcio, magnésio, potássio e sódio, a

conseqüência natural para o solo será a alcalinidade ou neutralidade. Vale

lembrar que o melhor desenvolvimento das plantações se dá onde há

disponibilidade de nutrientes em seu ápice, o que ocorre em um solo levemente

ácido, ou seja, com o pH medindo 6,8.

Com o uso de técnicas apropriadas e também de elementos que

realmente revertam positivamente sobre o solo, como é o caso do húmus de

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minhocas, por exemplo, é possível promover o incremento da agricultura e da

produtividade.

4.1. A QUÍMICA DO SOLO

Para viver as plantas precisam de luz como fonte de energia, de

água, do carbono que captam do ar, do hidrogênio que absorvem da água, do

oxigênio que retiram do ar e da água, do nitrogênio que os microorganismos

retiram para elas do ar, dos nutrientes minerais (fósforo, enxofre, cálcio,

magnésio) que retiram do solo, dos biocatalizadores ou enzimas que precisam

de potássio para atuar e de micronutrientes (boro, ferro, manganês, zinco,

molibênio etc.).

O uso de adubos químicos torna o solo mais ácido, pobre em

nutrientes e portanto improdutivo. O uso de agrotóxicos que matam as pragas e

organismos que prejudicam as plantas acabam matando também outros

integrantes do ecossistema, como insetos e microorganismos, por exemplo.

A recuperação das terras exauridas é muito mais demorada e

dispendiosa quando não impossível, do que o cuidado adequado das mesmas

durante a produção. Sabe-se hoje, por exemplo, que as reservas mundiais de

fósforo estão chegando ao fim. É necessário então que se economize o

mesmo. Isto se consegue conservando o solo existente, fazendo voltar à terra

todo o mato capinado e acrescentando húmus, cujos microorganismos ajudam

a liberar o fósforo fixado no solo, tornando-o disponível para as plantas. O

mesmo se aplica para os outros nutrientes.

4.2. CARACTERÍSTICAS DO SOLO

A constituição da camada produtiva do solo é muito variável e

existem inúmeras formas de classificação dos solos. De acordo com a sua

constituição física, química e biológica, cada tipo de solo pode proporcionar às

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plantas, em menor ou maior grau, as condições necessárias para a vida em

formas diferentes.

O solo é constituído por grãos de diversos tamanhos, provenientes

da moagem secular das rochas originais. Quando predominam os grãos

pequenos ou muito pequenos, se diz que o solo é argiloso. Este tipo de solo é

aderente e se compacta facilmente, dificultando a penetração das raízes e a

armazenagem de água, que pode ser escassa ou excessiva, e de ar. É um tipo

difícil de trabalhar mas, em certas condições, retém bastante água e pode ser

razoavelmente fértil.

Quando no solo predominam os grãos grandes, se diz que o solo é

arenoso. É permeável em excesso, não retém a água que recebe, a não ser

por curto espaço de tempo, perdendo com ela os nutrientes em solução e a

matéria orgânica. Perde também com isso a possibilidade de sustentar uma

vida que contribua para a atividade biológica do solo, sendo, portanto um solo

pobre em possibilidades de reciclar a matéria orgânica que foi acrescentada.

Enfim, é pobre em nutrientes.

Nem argiloso, nem arenoso. Nenhum dos dois tipos de solos satisfaz

as necessidades físicas, químicas e biológicas das plantas. Ainda que sem

matéria orgânica, o solo tem minerais necessários às plantas. Mas é a matéria

orgânica que torna possível a absorção de minerais pelo sistema de raízes. É

verdade que cada tipo de cultura se adapta melhor a um tipo de solo, mas, em

geral, o solo ideal deve Ter uma granulometria intermediária ao arenoso e

argiloso.

4.3. HÚMUS E SOLO: BENEFÍCIOS

O húmus, matéria orgânica em profundo estado de decomposição,

por suas qualidades comprovadas, é capaz de oferecer muitas melhorias às

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condições físicas do solo. O húmus é capaz de tornar os solos argilosos mais

fofos e os arenosos mais firmes, ou seja, soluciona o problema em ambos.

Favorece a retenção de água nos arenosos e facilita o escoamento e

a boa distribuição de água e ar nos argilosos. Além disso, fica favorecida a

dissolução dos nutrientes e a vida dos microorganismos fundamentais para o

processamento e absorção dos nutrientes pelas raízes, mantendo um bom

equilíbrio do conteúdo de água e ar.

Dessa forma, o húmus melhora também as propriedades químicas

do solo. De um modo geral, a fertilidade do solo depende da quantidade de

húmus entre 5 e 20% são bons, precisando apenas de correções específicas

par a cultura que se pretende desenvolver. Com a colocação do húmus no

solo, que é um componente praticamente neutro, a acidez do terreno é

atenuada pela elevação dos teores de húmus no solo. Além do cálcio que é

acrescentado pelas minhocas durante o processo digestivo do esterco na

humificação, esta correção também será mínima e tende a diminuir com a

repetição das aplicações.

As propriedades biológicas do solo também se enriquecem com as

aplicações de húmus ou com altos teores de húmus natural. Como o solo é

poroso, retém boa quantidade de água em equilíbrio com o ar, o que

representa um bom ambiente para os seres vivos do solo. Por ter grande

riqueza química, em forma de sais minerais, colóides e matéria orgânica mais

ou menos decomposta, a fama do solo tem abundante alimento, se reproduz

muito e o exército resultante preserva o ciclo de processamento da matéria

orgânica preservando também o equilíbrio do ecossistema solo.

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CAPÍTULO V

AGRICULTURA ORGÂNICA

O solo pode ser naturalmente rico em húmus, porém, à medida que

ele vai sendo cultivado, os teores de matéria orgânica diminuem e o solo se

empobrece nos seus aspectos físico, químico e biológico. Na natureza, o solo

se encontra em equilíbrio biológico aumentando muito vagarosamente sua

fertilidade. Segundo pesquisas, são necessárias cerca de dez mil anos para

que dele se forme uma polegada apenas.

Como organismo vivo, o solo é a matéria-prima básica para o

desenvolvimento da agricultura. Infelizmente, sabemos que nem sempre a terra

é explorada convenientemente, o que resulta na perda da fertilidade do solo

agricultável, tornando-o completamente estéril e até mesmo desértico.

O solo cultivado tende necessariamente a perder parte da sua

fertilidade, devido à retirada dos elementos nutrientes necessários ao

crescimento vegetal, à erosão do ar e da água e à mecanização pesada.

Um solo bem estruturado, rico em húmus, é rico em colóides

minerais e orgânicos, que se associam em flocos com os macro e

micronutrientes. Estes nutrientes são originários da decomposição da matéria

orgânica no húmus ou da atividade biológica no próprio solo.

Com esta composição, e com menor investimento, os resultados da

agricultura são melhores. Como conseqüência imediata, o produtor vai se dar

conta dos frutos colhidos com o elemento orgânico: uma maior produtividade, a

melhor saúde vegetal e alimentos mais sadios para o consumidor. Essas são

as características básicas da prática da agricultura orgânica que produz

alimentos melhores, mais sadios, a partir do uso de matéria orgânica para a

adubação.

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CAPÍTULO VI

MINHOCAS NO SOLO

Com o auxílio das minhocas é possível acelerar o processo de

humificação para recomposição do solo com a vantagem adicional de

melhorarem também as propriedades físicas, químicas e biológicas e as

características do mesmo. O húmus formado pela excreta das minhocas

aumenta o teor de actinomicetos (organismos que rompem as estruturas

químicas muito complexas) em 7 vezes em relação ao da matéria orgânica

compostada com que elas se alimentam. Aumenta também o teor de bactérias

e fungos que têm papel preponderante no processo da humificação residual, já

que trabalham na solubilização dos elementos. As galerias que elas cavam

durante sua movimentação aumentam as áreas de contato de húmus com o ar,

favorecendo a formação de nitratos.

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CAPÍTULO VII

HORTA ESCOLAR

Uma boa alimentação, principalmente durante a infância, é algo

essencial para que as pessoas se desenvolvam com saúde e inteligência. Para

ser boa, a alimentação deve ser bem variada, pois cada produto que comemos

nos abastece com uma quantidade e qualidade específica em proteínas,

carboidratos, vitaminas e outros compostos essenciais para o bem-estar do

nosso corpo. Aproveitando melhor alguns pequenos espaços livres, podemos

produzir alimentos próprios que, além de significarem uma economia, são

também a garantia de maior qualidade.

Uma horta exige atenção diária: nas regas, semeaduras, transplante,

controle do mato, ... Por isso, deve ficar num lugar de fácil acesso.

7.1. A ESCOLHA DO LOCAL E SEU USO ADEQUADO

Verduras e legumes exigem muito sol, se possível o dia inteiro. Por

isso, os canteiros não devem ser atingidos pelas sombras das árvores. Outro

ponto importante é a disponibilidade de água; esta deve ser limpa e disponível

em abundância.

Quanto ao terreno, deve ser preferencialmente plano e os canteiros

devem estar dispostos no sentido norte-sul para que as plantas recebam a

mesma quantidade de luz dos dois lados. Se o terreno for inclinado, deve-se

posicionar a horta voltada para o norte, para permitir o melhor recebimento de

luz, evitando-se assim os ventos frios da face sul.

Paredes e muros podem servir de suporte para chuchu, abóbora,

uva, maracujá e ainda para vasos cultivados com espécies, de pequeno porte

(ervas medicinais e aromáticas, por exemplo).

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Cercas de arames funcionarão como espaldeiramento para chuchu,

maracujá, uva, feijão-vagem, pepino, tomate.

Árvores em condições de boa insolação não se ressentem muito de

servir de suporte para chuchu, maracujá. À sua sombra poderão ser cultivadas

espécies umbrófilas (que gostam de sombreamento) como a salsa, o coentro, a

taioba, o inhame.

De um modo geral, podemos tomar como indicação que as

hortaliças cultivadas para a produção de folhas (salsa, cebolinha, alface,

coentro etc.) toleram mesmo um severo sombreamento. Já as raízes (cenoura,

beterraba, nabo etc.), bulbos (alho, cebola etc.) e frutos (tomate, vagem,

quiabo, berinjela etc.) exigem um bom nível de insolação.

7.2. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS

Para o cultivo de hortaliças não é necessário investir numa série

interminável de instrumentos caros e sofisticados. O melhor é ir comprando na

medida em que a necessidade surja, e exercitar a imaginação para a própria

criança, na escola, construir as ferramentas adequadas à sua produção.

Para começar é suficiente que se tenha:

♦ um enxadão – essencial para cavar, na preparação dos canteiros

e na abertura de sulcos e valas;

♦ uma enxada – utilizada na formação dos canteiros, na capina, na

mistura do esterco ou do composto orgânico;

♦ um regador – instrumento ideal para regar a horta, pois seus

esguichos são delicados o suficiente para não quebrar a haste delgada das

plantas novas e para não descobrir as sementes, “escavando” o solo;

♦ uma lata (20 litros) – fazendo-lhe uma alça, é prática para

carregar estrume, composto e água;

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♦ um rolo de barbante – usado para alinhar canteiros;

♦ luvas;

♦ uma pequena faca ou canivete.

É evidente que muitos outros equipamentos e ferramentas

facilitariam nosso trabalho e o tornariam mais produtivo. A eventual

impossibilidade de tê-los não deve representar impedimento para o cultivo de

uma pequena horta.

7.3. FORMAS DE REPRODUÇÃO DAS HORTALIÇAS

A maioria das hortaliças pode ser reproduzida por sementes (via

sexuada). É conveniente, porém, usar as formas assexuadas de reprodução,

por meio de ramos, rizomas, bulbos, filhotes e outros. As vantagens da via

assexuada são a precocidade de produção e a reprodução fiel das qualidades

da planta-mãe. A principal desvantagem é a possibilidade de transmissão de

doenças e pragas ao novo plantio.

Na reprodução por via sexuada, as sementes utilizadas serão as

encontradas no comércio.

7.4. A SEMENTEIRA

Uma vez escolhido o local dos canteiros, deve-se reservar um deles

para servir de sementeira (local para a reprodução de mudas). A sementeira

deve ficar no local mais alto, mais seco e mais ensolarado do terreno, para se

evitar o aparecimento de fungos. Cabe lembrar que o espaço da sementeira é

mínimo: ela costuma ocupar menos de 1% da área total da horta e precisa de

mais cuidados pela própria fragilidade das plantas ao nascerem.

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Outra solução para espaços reduzidos é utilizar bandejas de isopor

com células divididas para o plantio (encontradas em lojas de produtos

agropecuários) ou construir pequenos caixotes para servirem de sementeiras.

7.5. COMO FAZER UMA SEMENTEIRA

Pegue um caixote pequeno. Se o caixote não tem tábuas separadas,

faça pequenos buracos no fundo para permitir a saída do excesso de água,

mas não deixem sair a terra. Prepare a terra da seguinte maneira:

uma parte de areia

uma parte de terra vegetal

uma parte de composto orgânico

Misture todos esses elementos e passe-os por uma peneira com

buracos de 1 cm para eliminar os torrões grandes. Para encher os caixotes, a

terra deve estar úmida, homogênea, mas não barrenta. Encha o caixote

colocando no fundo aquilo que não passou pela peneira, fazendo uma camada

de 5 a 10 cm (isto serve para facilitar a drenagem). Coloque em seguida a terra

misturada (com o composto e a areia) e peneirada até atingir 5 cm da borda do

caixote.

7.6. COMO SEMEAR

A semeadura deve ser feita em linhas. Isso ajuda a poupar

sementes (colocar no solo somente a quantidade de sementes necessárias) e

a controlar as ervas invasoras que, por ventura, nasçam.

Para fazer as linhas, faça pequenos sulcos na superfície da terra

com o dedo, palito ou lápis, de 1 a 2 cm de profundidade e a uma distância de

5 cm de um sulco para o outro. Ponha as sementes nos sulcos, a mais ou

menos 1 cm de distância uma da outra e tape com pouca terra. Aperte

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suavemente toda a superfície da terra com a mão ou com uma tabuinha.

Marque em cada sulco, o tipo de hortaliça plantada e a data do plantio.

7.7. ESCOLHA DAS SEMENTES PARA O CULTIVO

Em se tratando de uma horta escolar, deve-se cultivar alimentos que

forneçam nutrientes essenciais a uma boa alimentação, os quais irão

enriquecer a merenda escolar.

Em seguida, segue alguma sugestões para o plantio:

7.7.1. Alface lisa

X Clima – Ameno, não suporta geadas.

X Época de plantio – Esta variedade é adaptada ao calor, por isso,

pode ser plantada durante o ano todo.

X Semeadura – Em sementeira, para posterior transplante, quando

as mudas estiverem com 4 a 5 folhas e com 8 a 10 cm de altura. O transplante

deve ser feito em canteiros com 60 a 70 cm de largura útil, com 2 a 3 fileiras de

plantas, 20 a 25 cm entre plantas.

X Solo – Deve ser leve, fértil, rico em matéria orgânica.

X Tratos – O mais importante é uma irrigação e adubação

adequados. Evitar encharcamento.

X Colheita – 70 a 80 dias após o plantio.

7.7.2. Couve chinesa

X Clima – Prefere temperaturas amenas.

X Época de plantio – De março a maio ou o ano todo nas regiões de

clima ameno para frio.

X Semeadura – Produzir mudas e transplantar para o local definitivo

num espaçamento de 0,8 m entre fileiras e 0,3 m entre as plantas.

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X Solo – Deve ser fértil e rico em matéria orgânica.

X Tratos – Manter a cultura livre de mato e irrigar o suficiente,

evitando encharcamento.

X Colheita – Cerca de 60 dias após a semeadura.

7.7.3. Chicória – escarola lisa

X Clima – Chicória prefere clima ameno, podendo ser cultivada

entre 7 a 24ºC. temperaturas mais elevadas e dias mais longos e facilitam o

pendoamento.

X Época de plantio – De fevereiro a agosto, de preferência. Porém,

nas regiões de clima ameno poderá ser plantada o ano todo.

X Semeadura – Feito em sementeira para posterior transplante

quando as mudas estiverem com 4 a 6 folhas no espaçamento de 25 a 30 cm

entre as plantas.

X Solo – Deve ser fértil e rico em matéria orgânica.

X Tratos – Manter a umidade do solo, sem encharcamento.

X Colheita – Quando as plantas atingirem seu máximo

desenvolvimento, entre 70 a 80 dias após a semeadura.

7.7.4. Cebolinha de folha

X Clima – Prefere clima ameno. Algumas cultivares produzem bem

o ano todo.

X Época de plantio – Fevereiro a julho é a melhor época. Onde o

clima não é muito quente, pode ser plantada durante todo o ano.

X Semeadura – Em sementeira. Transplante para fileiras com 20-25

cm entre linhas e 5 cm entre plantas.

X Solo – Leve, fértil e rico em matéria orgânica.

X Tratos – Desbastar e manter o solo úmido, sem excesso.

X Colheita – Começa quando as plantas atingem 30-40 cm de altura

fazendo corte ou arrancamento da planta.

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7.7.5. Cebola

X Clima – Temperaturas entre 15º e 21ºC são mais propícias ao

desenvolvimento da planta. Temperaturas moderadamente altas, após este

período, favorecem a formação e amadurecimento dos bulhos.

X Época de plantio – Fevereiro a abril no Centro-Sul e Nordeste.

Abril a junho na região Sul.

X Semeadura – Em sementeira previamente adubada e desinfetada.

Transplantar quando as plantas atingirem cerca de 20 cm de altura (40 a 60

dias da semeadura), deixando distância de 20 a 25 cm entre fileiras e 10 cm

entre as mudas.

X Solo – Fértil, leve, profundo, bem drenado.

X Tratos – Manter livre de mato, irrigar. Suspender a irrigação 20 a

30 dias antes da colheita.

X Colheita – Dependendo da cultivar e da época de plantio, ocorre,

geralmente, entre 150 a 200 dias para as variedades precoces.

7.7.6. Cenoura de inverno

X Clima – Prefere clima frio.

X Época de plantio – Março a setembro.

X Semeadura – Direta, em sulcos com 1-2 cm de profundidade,

distanciados 15-20 cm , distribuindo as sementes num filete contínuo.

X Solo – Leve, rico em matéria orgânica.

X Tratos – Desbaste, quando as plantas tiverem 4 a 6 folhas,

eliminando as mais fracas e deixando uma a cada 4-5cm. Irrigar com mais

frequência logo após a semeadura. Manter a umidade do solo.

X Colheita – Quando as folhas da parte inferior da planta ficarem

amareladas; depois de aproximadamente 90 dias do plantio.

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7.7.7. Tomate salada

X Clima – Tomate tem larga adaptação climática, mas muito

sensível a geadas.

X Época de plantio – Ano todo, na maioria das regiões brasileiras.

X Semeadura – Em sementeira. O transplante deve ser feito quando

as mudas tiverem 4 a 6 folhas, no espaçamento de 0,80 m a 1,20 m entre

fileiras, 0,40 m e 0, 50 m entre plantas.

X Solo – Leve, profundo, poroso.

X Tratos – Irrigação, de preferência no solo, por infiltração.

Espaldeiramento 20 dias após o transplante. Podar as brotações laterais.

Eliminação do mato.

X Colheita – 100 dias após a semeadura.

7.7.8. Abóbora jacarezinho

X Clima – De quente a ameno. Não se desenvolve bem sob

temperaturas baixas.

X Semeadura – Direta, 2 m x 2 m, 3 a 4 sementes por cova.

Desbastar para uma planta por cova.

X Solo – Deve ser fértil e bem drenado.

X Tratos – Desbaste, manter a cultura no limpo, irrigar.

X Colheita – 120 dias após o plantio.

7.7.9. Beringela

X Clima – Quente.

X Época de plantio – Agosto a janeiro. Nas regiões de chuva quente

pode ser plantada o ano todo.

X Semeadura – Fazer mudas em canteiros, quando atingirem 15 a

20 cm de altura, transplantar no espaçamento de 1,2-1,5 m fileiras e 0,5-0,6 m

entre as plantas.

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X Solo – De preferência areno-argiloso, fértil, profundo, rico em

matéria orgânica.

X Tratos – Manter livre de matos, irrigar.

X Colheita – Deve ser iniciada com frutos ainda não maduros,

apresentando coloração roxo púrpura quase preta e superfície lustrosa, estágio

em que a polpa é macia e as sementes ainda são tenras.

7.8. ADUBAÇÃO ORGÂNICA

O mais importante, quando se quer fazer uma horta, é aprender a

tratar do solo com profundo respeito e cuidado, pois é dele que depende, em

grande parte, a vida sobre a terra. Por isso, a cada lavoura, devemos nos

preocupar, em devolver à terra o que as plantas retiraram. Fazemos isso

através da aplicação do composto e de outros adubos orgânicos que, além de

alimentar o solo, vão servir também de alimento para a plantação.

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CAPÍTULO VIII

COMPOSTAGEM: A ARTE DE TRANSFORMAR O LIXO

EM ADUBO ORGÂNICO

8.1. COMPOSTAGEM E COMPOSTO: DEFINIÇÃO E

BENEFÍCIOS

A compostagem é o processo de transformação de materiais

grosseiros, como palha e estrume, em materiais orgânicos utilizáveis na

agricultura. Este processo envolve transformações extremamente complexas

de natureza bioquímica, promovidas por milhões de microorganismos do solo

que têm na matéria orgânica “in natura” sua fonte de energia, nutrientes

minerais e carbono.

Por essa razão uma pilha de compostos não é apenas um monte de

lixo orgânico empilhado ou acondicionado em um compartimento. É um modo

de fornecer as condições adequadas aos microorganismos para que esses

degradem a matéria orgânica e disponibilizem nutrientes para as plantas.

8.2. O QUE É EXATAMETNE O COMPOSTO?

Dito de maneira científica, o composto é o resultado da degradação

biológica da matéria orgânica, em presença de oxigênio do ar, sob condições

controladas pelo homem. Os produtos do processo de decomposição são: gás

carbônico, calor, água e a matéria orgânica “compostada”.

O composto possui nutrientes minerais, tais como nitrogênio, fósforo,

potássio, cálcio, magnésio, enxofre que são assimilados em maior quantidade

pelas raízes além do ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros que são

absorvidos em quantidades menores e, por isto, denominados de

micronutrientes. Quanto mais diversificados os materiais com os quais o

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composto é feito, maior será a variedade de nutrientes que poderá suprir. Os

nutrientes do composto, ao contrário do que ocorre com os adubos sintéticos,

são liberados lentamente, realizando a tão desejada “adubação de

disponibilidade controlada”. Em outras palavras, fornecer composto às plantas

é permitir que elas retirem os nutrientes de que precisam de acordo com as

suas necessidades ao longo de um tempo maior do que teriam para aproveitar

um adubo sintético e altamente solúvel, que é arrastado pelas águas das

chuvas.

Outra importante contribuição do composto é que ele melhora a

“saúde” do solo. A matéria orgânica compostada se liga às partículas (areia,

limo e argila), formando pequenos grânulos que ajudam na retenção e

drenagem da água e melhoram a aeração. Além disso, a presença de matéria

orgânica no solo aumenta o número de minhocas, insetos e microorganismos

desejáveis, o que reduz a incidência de doenças de plantas.

Na agricultura agroecológica a compostagem tem como objetivo

transformar a matéria vegetal muito fibrosa como palha de cereais, capim já

“passado”, sabugo de milho, cascas de café e arroz, em dois tipos de

composto: um para ser incorporado nos primeiros centímetros de solo e outro

para ser lançado sobre o solo, como uma cobertura. Esta cobertura se chama

“mulche” e influencia positivamente as propriedades físicas, químicas e

biológicas do solo. Dentre os benefícios proporcionados pela existência dessa

cobertura morta no solo, destacam-se:

Ü Estímulo ao desenvolvimento das raízes das plantas, que se

tornam mais capazes de absorver água e nutrientes do solo.

Ü Aumento da capacidade de infiltração de água, reduzindo a

erosão.

Ü Mantém estáveis a temperatura e os níveis de acidez do solo

(pH).

Ü Dificulta ou impede a germinação de sementes de plantas

invasoras (daninhas).

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Ü Ativa a vida do solo, favorecendo a reprodução de

microorganismos benéficos às culturas agrícolas.

Preparar o composto de forma correta significa proporcionar aos

organismos responsáveis pela degradação, condições favoráveis de

desenvolvimento e reprodução, ou seja, a pilha de composto deve possuir

resíduos orgânicos, umidade e oxigênio em condições adequadas.

8.3. APRENDENDO A FAZER A COMPOSTAGEM

Muitas pessoas acreditam que um bom composto é difícil de ser feito

ou exige um grande espaço para ser produzido; outras acreditam que é sujo e

atrai animais indesejáveis. Se for bem feito, nada disto será verdadeiro. Um

composto pode ser produzido com pouco esforço e custos mínimos, trazendo

grandes benefícios para o solo e as plantas. Mesmo em um pequeno quintal ou

varanda, é possível preparar o composto e, desta forma, reduzir a produção de

resíduos inclusive nas cidades. Por exemplo, com restos das podas de parques

e jardins se produz um excelente composto para ser utilizado em hortas, na

produção de mudas, ou para ser comercializado como adubo para plantas

ornamentais. Desta forma, são obtidos dois ganhos ao mesmo tempo: com a

produção do composto propriamente dita e um benefício indireto que é a

redução de gastos de transporte e destinação do lixo orgânico produzido pela

comunidade local.

Outro engano muito comum é mandar para a lata do lixo parte dos

alimentos que poderiam ir para o prato: folhas de muitas hortaliças (como as da

cenoura e da beterraba), talos, cascas e sementes são ricas fontes de fibra e

de vitaminas e minerais fundamentais para o bom funcionamento do

organismo. O que comprova que a melhoria da saúde tanto de famílias ricas ou

pobres pode ser conseguida com medidas simples como o reaproveitamento

integral de alimentos, e o desenvolvimento de bons hábitos de vida e nutrição.

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Todos os restos de alimentos, estercos animais, aparos de grama,

folhas, galhos, restos de culturas agrícolas enfim, todo o material de origem

animal ou vegetal pode entrar na produção do composto. Contudo, existem

alguns materiais que não devem ser usados na compostagem, que são:

¬ madeira tratada com pesticidas contra cupins ou envernizadas;

¬ vidro, metal, óleo, tinta, couro, plástico e papel que, além de não serem

facilmente degredados pelos microorganismos, podem ser transformados

através da reciclagem industrial ou serem reaproveitados em peças de

artesanato.

A fabricação do composto imita este processo natural, porém com

resultado mais rápido e controlado. A seguir, serão descritos os materiais e as

etapas para a elaboração das pilhas de composto.

8.3.1. Materiais para fazer o composto

• Esterco de animais.

• Qualquer tipo de plantas, pastos, ervas, cascas, folhas verdes e secas.

• Palhas.

• Todas as sobras de cozinha que sejam de origem animal ou vegetal: sobras

de comida, cascas de ovo, entre outros.

• Qualquer substância que seja parte de animais ou plantas: pêlos, lãs,

couros, algas.

Quanto mais variados e mais picados (fragmentados) os

componentes usados, melhor será a qualidade do composto e mais rápido o

término do processo de compostagem.

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8.3.2. Modo de preparo das pilhas de composto – Escolha do

local

Deve-se considerar a facilidade de acesso, a disponibilidade de

água para molhar as pilhas, o solo deve possuir boa drenagem. Também é

desejável montar as pilhas em locais sombreados e protegidos de ventos

intensos, para evitar ressecamentos.

Iniciar a construção da pilha colocando uma camada de material

vegetal seco de aproximadamente 15 a 20 cm, com folhas, palhadas, troncos

ou galhos picados, para que absorva o excesso de água e permita a circulação

de ar.

Terminada a primeira camada, deve se regá-la com água, evitando

encharcamento e a cada camada montada, deve-se umedecê-la para uma

distribuição mais uniforme de água por toda a pilha.

Na Segunda camada, deve-se colocar restos de verduras, grama e

esterco. Se o esterco for de boi, pode-se colocar 5 cm e, se for de galinha,

mais concentrado em nitrogênio, um pouco menos.

Vale lembrar que durante a compostagem existe toda uma

seqüência de microorganismos que decompõem a matéria orgânica até surgir o

produto final, o húmus maduro. Todo este processo acontece em etapas, nas

quais fungos, bactérias, protozoários, minhocas, besouros, lacraias, formigas e

aranhas decompõem as fibras vegetais e tornam os nutrientes presentes na

matéria orgânica disponíveis para as plantas.

Além disso, o processo da compostagem traz em si outros

resultados que favorecerão o posterior desenvolvimento das culturas agrícolas,

tais como:

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Diminuição do teor de fibras do material, o que no caso do composto que

será incorporado ao solo evitará o fenômeno da “fixação do nitrogênio”, que

provoca a falta deste nutriente para a planta.

Destruição do poder de germinação de sementes de plantas invasoras

(daninhas) e de organismos causadores de doenças (patógenos).

Degradação de substâncias inibidoras do crescimento vegetal existente na

palha in natura (não compostada).

8.4. SOLUÇÕES PARA FAZER A COMPOSTAGEM EM

PEQUENOS ESPAÇOS

Embora a compostagem em pilhas apresente a vantagem de não

exigir equipamento especial, apenas algumas ferramentas como pás e

enxadas, por exigir amplos espaços e volumes relativamente grandes de

resíduos animais e vegetais, seu uso fica restrito às propriedades rurais, não

podendo ser praticada por quem dispõe de um espaço menor.

Contudo, essas limitações de espaço e de quantidade de resíduos

não impedem quem deseja reciclar seus resíduos orgânicos de realizar a

compostagem. O uso de composteiras é indicado para esses casos.

A composteira mais conhecida atualmente é uma caixa de madeira

sem fundo nem tampa desenvolvida na década de 1940, na Nova Zelândia. A

caixa tem um tamanho padrão: 1 metro por 1 metro na base e, também, 1

metro de altura permitindo a circulação de ar pelas laterais. Quando cheia, ela

pode ser desmontada e montada novamente ao lado da posição anterior,

porque suas paredes laterais são removíveis. Ao transferir a matéria orgânica

de uma posição para outra, a pessoa estará fazendo o revolvimento do

material. Pode-se também construir duas ou três caixas simultaneamente, para

que a matéria orgânica seja transferida de uma caixa para outra.

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Uma outra opção interessante para quem possui pouco espaço é a

composteira feita com cesto telado, que nada mais é do que um cilindro

formado com tela plástica ou de galinheiro, dessas que se encontram em casas

de material para horticultura e jardinagem. As vantagens do cesto telado é ser

leve, resistente e não enferrujar.

O mais importante de uma composteira, independente do tamanho e

forma, é que ela permita a circulaçao de ar e comporte cerca de 1 metro cúbico

de resíduos. Isso limita as dimensões da composteira de cesto telado:

• Se for muito alta (mais de 1,5 cm), o peso do material deixará a

base compactada demais, dificultando o revolvimento e impedindo uma

aeração adequada.

• Se tiver menos de 1 metro de altura ou de largura, perderá calor e

umidade.

• Se a largura ultrapassar 1,5 metro, o ar não penetrará no interior

do composto.

De acordo com as disponibilidades de materiais e a criatividade de

cada um, podem ser construídos outros tipos de recipientes para

compostagem, desde que se respeitem as regras anteriormente evitadas. As

vantagens de se construir a própria composteira são a economia de dinheiro e

o aproveitamento de materiais disponíveis ou de fácil acesso. O importante é

começar, pois uma vez experimentados os benefícios da compostagem, quem

a realiza não deseja mais parar. É uma atividade apaixonante como todo

aprendizado com a natureza.

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8.5. MANUTENÇÃO E CUIDADOS COM O COMPOSTO

Durante os primeiros dias, em função da decomposição da matéria

orgânica e do acamamento do material, a pilha pode Ter seu volume reduzido

até um terço do inicial, tornando as camadas inferiores mais densas. Para

descompactar essa camada, recomenda-se fazer o revolvimento da pilha.

O ideal é que sejam feitos pelo menos três revolvimentos no primeiro

mês de compostagem, aos 7, 17 e 30 dias, aproximadamente. Nessas datas,

deve-se aproveitar para verificar a umidade da pilha e, caso seja necessário,

irrigar o material para torná-lo úmido, mas não encharcado.

É importante manter sempre a umidade adequada, entre 40% e

60%, ou seja, de modo que quando aperte um punhado do composto na mão

pingue, mas não escorra água. No período sem chuvas, deve-se cuidar para

que não seque, regando por cima, cada dia um pouco. Se ocorrerem chuvas

fortes e por um longo período, é bom cobrir o composto enquanto chove com

plásticos seguros por tijolos ou pedras. O reviramento da pilha faz perder o

excesso de umidade.

No verão, se o composto estiver a pleno sol, é bom cobri-lo com

folhagens para evitar o excesso de evaporação de água.

Uma vez que a pilha de composto for montada, não se deve

acrescentar novos materiais. Pode-se começar a juntá-los novamente no lugar

destinado a fazer as próximas pilhas de composto.

Se o material colocado na pilha estiver dentro das proporções

corretas, se as demais condições de umidade, temperatura e aeração forem

atendidas e houver os revolvimentos periódicos da pilha, o composto estará

pronto para uso em um prazo que varia de 60 a 90 dias. Uma vez pronto, ou

seja, quando o composto estiver maduro, ele não deve ficar exposto à ação do

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tempo. Enquanto não for utilizado, deve permanecer umedecido e protegido do

sol e da chuva.

8.6. VERIFICANDO A MATURIDADE DO COMPOSTO

Quando o composto for destinado para enchimento de covas de

árvores, vasos de flores ou no preparo de canteiros para hortas, deve-se ter a

certeza de que o material está realmente curtido, maduro, pronto para o uso.

O composto maduro tem um cheiro agradável de terra vegetal úmida

(terra de floresta) e os materiais usados formam uma massa escura na qual

não se diferencia um material do outro. Numa pilha, quando a temperatura no

interior da mesma fica próxima ao da temperatura ambiente (composto “frio”

por dentro, num período de 60 a 90 dias após o início do processo), pode-se

considerar que o composto está maduro. Uma forma simples de se verificar a

maturação do composto é misturando uma porção dele em um copo de água.

Vai ocorrer um desses fenômenos:

O líquido, após revolvido fica escuro como se fosse uma tinta

preta e tem partículas em suspensão, mostrando que o composto está curado,

pronto para uso.

A água não foi colorida pelo material colocado e ele se depositou

no fundo do copo, indicando que o processo de compostagem ainda não

terminou e deve-se esperar mais para se utilizar o composto.

O composto pode ser utilizado não só nos canteiros, como também

em sementeiras ou como substituto do esterco quando se for fazer um segundo

monte de composto.

A aplicação deve ocorrer no mínimo duas vezes ao ano. Como se

trata de um produto natural, uma quantidade acima da recomendada não será

prejudicial às plantas. É necessário, porém, ter cuidado em usar o adubo

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apenas quando ele tiver realmente maduro, isto é, quando o processo de

fermentação já estiver terminado (ou seja, quando o composto não estiver mais

esquentando).

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CAPÍTULO IX

HORTA ESCOLAR: UMA VISÃO NUTRICIONAL

9.1. EDUCAÇÃO NUTRICIONAL

À medida que as crianças crescem, elas adquirem conhecimentos e

assimilam conceitos. Estes anos são ideais para dar informações sobre

nutrição e promover atitudes positivas para todos os alimentos. Este

aprendizado pode ser informal e natural, como em casa com os pais usando a

comida em experiências diárias combinada com o desenvolvimento da

linguagem, cognição e auxílio próprio, isto é, nomeando; descrevendo o

tamanho, a forma e a cor; classificando; auxiliando no preparo e provando.

Em ambientes mais formais, a educação nutricional pode ser

fornecida em escolas.

Tentativas de ensinar às crianças conceitos de nutrição e

informações devem levar em conta seu nível de desenvolvimento. O conceito

de nutrientes é abstrato e perdido na maioria das crianças. Atividades que se

concentram nas relações do mundo real da criança com o alimento mais

provavelmente mostram resultados positivos.

Uma vez que crianças de todas as idades beneficiam-se de uma

abordagem “palpável” para aprender a informação sobre alimento e nutrição

pode ser incluída em refeições ou lanches, preparação da comida e atividades

que também se dirigem ao aprendizado cognitivo.

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9.2. ASPECTO NUTRICIONAL

Nosso organismo requer alimentos para os seguintes propósitos:

Fornecer energia para as funções orgânicas.

Fornecer energia para o movimento e o trabalho do corpo.

Manter a temperatura do corpo.

Fornecer materiais para a formação de enzimas.

Fornecer materiais para o crescimento, para substituições e

reparações.

O organismo necessita de nutrientes para levar avante suas

funções. Nutrientes são elementos contidos nos alimentos e que são

necessários para as funções orgânicas.

O crescimento durante os anos escolares (6-12 anos) é lento, porém

constante, acompanhado de um aumento na ingestão alimentar. Além de

passar na escola a maior parte do dia, a criança também começará a participar

de clubes, atividades em grupo, esportes e programas recreacionais. A

influência de colegas e adultos importantes (por exemplo professores ou ídolos

esportivos) é maior. Amizades e outros contatos sociais tornam-se mais

importantes. Exceto em casos severos, a maioria de problemas de

comportamento relacionados à alimentação foi resolvido com esta idade, e a

criança gosta de comer para aliviar a fome e obter satisfação social.

Crianças na escola elementar podem começar a preparar seus

próprios lanches se uma variedade de alimentos nutritivos estiver disponível.

Uma revisão do desempenho escolar e nutrição sugere que crianças

que vão à escola sem desjejum são possivelmente menos atentas, são

letárgicas e irritáveis. Um breve jejum pode causar alterações que afetam a

função cognitiva.

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Na maioria das vezes, bons hábitos alimentares estabelecidos nos

primeiros anos conduzirão a criança através deste período de tomada de

decisões e responsabilidades.

9.3. CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO

Em geral, o crescimento é lento e equilibrado durante os anos pré-

escolares e escolares, mas pode ser errático em algumas crianças. Elas

podem estar em um “padrão mantido” por vários meses ou um ano e depois ter

um estirão na estatura e no peso. Curiosamente, estes padrões geralmente são

paralelos a alterações similares no apetite e na ingestão alimentar.

9.3.1. Avaliando o crescimento

Devido às crianças estarem crescendo constantemente e mudando,

torna-se importante avaliar seu progresso periodicamente, detectando e

tratando precocemente qualquer problema.

Uma avaliação completa do estado nutricional inclui a coleção dos

dados antropométricos. As medidas mínimas obtidas devem ser peso e

estatura que devem estar em proporção entre si.

A monitorização regular do crescimento permite que alterações

sejam identificadas e tratadas de forma que o crescimento a longo prazo não

seja comprometido.

9.3.2. Progresso do desenvolvimento

O crescimento e desenvolvimento de uma criança depende de mais

coisas do que alimentos e nutrientes. A alimentação com carinho, o

aprendizado de experiências e socialização, todos tem uma parte no

desenvolvimento da personalidade, habilidades e peculiaridades da criança. Os

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anos entre a infância e a adolescência são marcados por um crescimento

rápido na função cognitiva, aquisição na linguagem e comportamentos sociais.

9.4. NECESSIDADES NUTRICIONAIS

Pelo fato das crianças estarem crescendo e desenvolvendo os

ossos, músculos e sangue, necessitam de mais alimentos nutritivos em relação

ao seu peso do que os adultos. Elas podem correr risco de desnutrição quando

têm pouco apetite por tempo prolongado, aceitam um número limitado de

alimentos ou diluem suas dietas com alimentos nutricionalmente pobres.

9.4.1. Energia

Calorias suficientes devem ser fornecidas para assegurar o

crescimento e evitar que a proteína seja usada como energia, mas não podem

ser tão excessivas que resultem em obesidade.

9.4.2. Proteína

As crianças precisam de um aporte protéico adequado para cobrir as

necessidades de manutenção e prover o crescimento ideal. Leite e derivados

contribuem com uma quantidade significativa de proteína na dieta. Carne e

ovos são também proteínas completas importantes, com a proteína

remanescente vindo de cereais, pães e vegetais. Atuam na formação da

globulina.

9.4.3. Minerais

Minerais são necessários para o crescimento e desenvolvimento

normais. Ingestão insuficiente pode causar atraso no crescimento e resultar em

doenças deficitárias.

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A criança pré-escolar está em alto risco para anemia ferropriva (há a

necessidade de ferro na ingesta). Este risco ocorre pelo rápido período de

crescimento, bem como quando a dieta é pobre em alimentos ricos em ferro.

Para obter o material necessário à produção dos glóbulos vermelhos

do sangue, o organismo depende do aporte de alimentos, mediante uma dieta

balanceada, a qual fornece os nutrientes essenciais para tal produção.

A função do ferro no organismo é a de participar da formação da

hemoglobina que está intimamente envolvida no transporte de oxigênio para

todas as células do organismo e, também, é necessário para a fabricação de

enzimas que controlam a oxidação celular.

O simples ato de cozinhar grandes pedaços de alimentos em

pequenas quantidades de água reduz muito a perda de ferro e, também, de

outros nutrientes durante a cocção.

O cálcio é necessário para a mineralização adequada para o

crescimento ósseo e para a sua manutenção.

O zinco é essencial para o crescimento, uma deficiência resulta em

atraso no crescimento, pouco apetite, diminuição da acuidade da gustação e

cicatrização deficiente.

O cobre é essencial para a síntese da hemoglobina. Participa

também da formação e da atividade de algumas enzimas.

9.4.4. Vitaminas

Assim como os minerais, as vitaminas são necessárias para o

crescimento e desenvolvimento normais podendo, caso tenha uma ingesta

insuficiente, causar atraso no crescimento desenvolvendo também, doenças

carenciais.

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O aporte de vitaminas A e C pode ser baixo; frutas e vegetais devem

ser aconselhados. Folhas verdes e vegetais amarelos também devem fazer

parte da dieta como fonte vitamínicas.

A vitamina A exerce numerosas funções importantes no organismo,

como ação protetora na pele e mucosas e, papel essencial na função da retina

e da capacidade funcional dos órgãos de reprodução.

A vitamina C ou ácido ascórbico é necessária para a produção do

colágeno (proteína, principal componente orgânico do tecido conjuntivo,

cartilaginoso e ósseo), para a integridade das paredes capilares, para a

formação dos glóbulos vermelhos do sangue, para o metabolismo dos

aminoácidos e para a redução dos sais de ferro.

A vitamina B6 (piridoxina) é essencial para a síntese da

hemoglobina. É utilizada pelo organismo para sintetizar também aminoácidos

não essenciais, para assegurar o perfeito funcionamento das células

sanguíneas e do sistema nervoso central.

A vitamina D é necessária para o metabolismo e crescimento

esquelético em crianças.

O ácido fólico (vitamina do complexo B) é essencial para o

metabolismo de certos aminoácidos e para a manutenção dos glóbulos

vermelhos do sangue.

A vitamina B12 é utilizada na produção das enzimas necessárias à

metabolização dos alimentos, do ácido nucléico e do ácido fólico. É também

necessária ao próprio funcionamento de todas as células, particularmente as

da medula óssea, as do trato gastrintestinal e as do sistema nervoso. É

essencial para a matinação dos glóbulos vermelhos. (ver tabela em anexo)

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9.5. POSSÍVEIS DEFICIÊNCIAS NUTRICIONAIS

Estudos sobre os aportes dietéticos de crianças relataram que

cálcio, ferro, ácido ascórbico (vitamina C) e vitamina A são os nutrientes que

mais provavelmente estarão baixos ou deficientes.

9.5.1. Deficiência de Cálcio

A hipocalcemia resulta ou de uma ingesta insuficiência de cálcio, ou

da má absorção, ou de perdas excessivas ou, ainda, de hipovitaminose D. O

cálcio influencia a irritabilidade neuromuscular, participa na formação dos

dentes e dos ossos e, da coagulação do sangue. A hipocalcemia aguda causa

tetania (hipersensibilidade dos nervos motores a estímulos afetando

principalmente a face, as mãos e os pés e, pode acompanhar o raquitismo) e

pode levar o paciente à morte.

O cálcio é absorvido no duodeno. Condições que aumentam a

motilidade intestinal podem reduzir a absorção de cálcio.

9.5.2. Deficiência de Ferro

A deficiência de fero é a causa mais comum de anemia nutricional.

9.5.3. Deficiência de Ácido Ascórbico (vitamina C)

A falta de vitamina C leva ao aparecimento do escoburto; sua

carência se caracteriza pelo envelhecimento, inchação e sangramento das

gengivas; pela má cicatrização de feridas; pela fragilidade capilar e pelas

hemorragias subcutâneas. A vitamina C tem numerosas funções enzimáticas e

parece ser necessária ao funcionamento de todas as células do organismo.

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9.5.4. Deficiência de Vitamina A

A carência desta vitamina provoca distúrbios nas mucosas, no

processo visual e no desenvolvimento dos ossos e dentes. Pode também levar

ao ressecamento e ao espessamento das superfícies da conjuntiva e da córnea

(xeroftalmia) que é a principal causa da cegueira nas crianças nos países

subdesenvolvidos.

9.6. AVALIAÇÃO DO COMPORTAMENTO

Na subnutrição protéico-calórica severa, a pessoa é apática, distante

e desinteressada do que a cerca.

Algumas alterações neurológicas e comportamentais devido à

deficiências vitamínicas são observadas. (ver tabela em anexo)

9.7. USO DA AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL

A informação na avaliação nutricional é geralmente usada como

base para designar um plano de cuidado nutricional. Uma avaliação completa

permite o planejamento do suporte nutricional, educação alimentar ou

aconselhamento mais efetivo. (ver tabela em anexo)

9.8. RESÍDUOS DE PESTICIDAS

Os pesticidas desempenham um papel na agricultura, sendo um

impedimento contra pestes que ameaçam a produção alimentar. Uma

desvantagem no seu uso é sua natureza tóxica e venenosa, a qual aumenta a

qualidade prejudicial dos resíduos. (ver tabela em anexo)

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É bem reconhecido que traços de pesticidas retidos nas frutas,

vegetais e material devastado podem ser ingeridos de duas formas,

diretamente por seres humanos ou por animais que depois serão consumidos

por seres humanos.

Resíduos de pesticidas levados nos alimentos assim como outros

aspectos na produção convencional (por exemplo, erosão de solos e

sedimentação, poluição da água a partir do transbordamento de fertilizantes e

pesticidas) são uma preocupação para os consumidores.

Estas preocupações surgiram nos movimentos agrícolas orgânicos.

A agricultura orgânica é um “sistema de produção que exclui

largamente o uso de fertilizantes compostos sinteticamente, pesticidas,

reguladores de crescimento e aditivos para armazenagem alimentar. Para o

máximo de extensão possível, sistemas de agricultura orgânica baseiam-se em

safras rotativas, resíduos de colheitas, adubo animal, legumes, adubos verdes,

cultivo mecânico, pedras de sustentação mineral e aspectos de controle de

pestes biológico para manter a produtividade do solo e camada saudável do

solo, para suprir os nutrientes das plantas e para controlar insetos, ervas

daninhas e outras pestes.

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CONCLUSÃO

Os anos pré-escolares até a metade dos anos escolares

representam cerca de metade do período de tempo desde o nascimento até a

maturidade e é uma época de aquisições de habilidades, destreza e

conhecimento, o que requer uma nutrição adequada, balanceada para que não

haja comprometimento no crescimento, na aprendizagem.

Partindo do ponto de vista de que os vegetais são fontes de

vitaminas C e A são os nutrientes que mais provavelmente estarão baixos ou

deficientes nas crianças, o intuito de se ter uma horta orgânica na escola é

justamente tentar suprir essas necessidades utilizando o produto da horta na

merenda escolar, complementando o fornecimento dos nutrientes.

Além disso, sabemos que uma aprendizagem se faz mais eficiente

quando vivenciada. Portanto, o acompanhamento, a integração dos alunos em

cada etapa do preparo da horta, desde o cuidado com o solo, a questão do

agrotóxico, semeadura, plantio, enfim até a preparação do alimento é

fundamental para que se alcance o objeto dessa pesquisa, que se traduz na

valorização do homem do campo, do meio ambiente, da necessidade de uma

dieta balanceada, dos benefícios que a mesma nos traz, proporcionando um

crescimento e desenvolvimento saudável.

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BIBLIOGRAFIA

BODINSKI. Guia de Dietoterapia para Enfermeiras. Rio de Janeiro/São

Paulo: Livraria Atheneu, 1988.

Escala Rural Especial. Ano II, nº 10.

FRANCO, Guilherme. Tabela de Composição Química dos Alimentos. 8.

ed., Rio de Janeiro/São Paulo: s/l, 1987.

Horticeres Sementes. Minas Gerais, 2001.

Internet. Planeta Orgânico. http:\\www.planetaorganico.com.br/composto.

Internet. Planeta Orgânico. http:\\www.planetaorganico.com.br/hortadom.

KRAUSE & MAHAN. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 7. ed., São Paulo:

Roca, 1991.

MITCHELL, Rynbergen, Anderson, Dibble. Nutrição. 16. ed., Rio de Janeiro:

Editora Interamericana, 1978.

Sadol. Almanaque Renascim. 56. ed., Joinville, SC: Laboratório Catarinense

AS, 2001.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO IIAGRADECIMENTO IIIDEDICATÓRIA IVRESUMO VMETODOLOGIA VIINTRODUÇÃO 09

CAPÍTULO I

A horta – uma visão orgânica 11

CAPÍTULO II

Cresce o consumo orgânico 12

CAPÍTULO III

A questão do agrotóxico 13

CAPÍTULO IV

O solo 154.1. A química do solo 164.2. Características do solo 174.3. Húmus e solo: benefícios 18

CAPÍTULO V

Agricultura orgânica 19

CAPÍTULO VI

Minhocas no solo 20

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CAPÍTULO VII

Horta escolar 217.1. A escolha do local e seu uso adequado 217.2. Ferramentas e equipamentos 227.3. Formas de reprodução das hortaliças 237.4. A sementeira 237.5. Como fazer uma sementeira 247.6. Como semear 247.7. Escolha das sementes para o cultivo 257.7.1. Alface lisa 257.7.2. Couve chinesa 257.7.3. Chicória – escarola lisa 267.7.4. Cebolinha de folha 267.7.5. Cebola 277.7.6. Cenoura de inverno 277.7.7. Tomate salada 287.7.8. Abóbora jacarezinho 287.7.9. Beringela 287.8. Adubação orgânica 29

CAPÍTULO VIII

Compostagem: a arte de transformar o lixo em adubo orgânico 308.1. Compostagem composta: definição e benefícios 308.2. O que é exatamente o composto? 308.3. Aprendendo a fazer a compostagem 328.3.1. Materiais para fazer o composto 338.3.2. Modo de preparo das pilhas de composto – Escolha

do local 348.4. Soluções para fazer a compostagem em pequenos

espaços 358.5. Manutenção e cuidados com o composto 378.6. Verificando a maturidade do composto 38

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CAPÍTULO IX

Horta escolar: uma visão nutricional 409.1. Educação nutricional 409.2. Aspecto nutricional 419.3. Crescimento e desenvolvimento 429.3.1. Avaliando o crescimento 429.3.2. Progresso do desenvolvimento 429.4. Necessidades nutricionais 439.4.1. Energia 439.4.2. Proteína 439.4.3. Minerais 439.4.4. Vitaminas 449.5. Possíveis deficiências nutricionais 469.5.1. Deficiência de Cálcio 469.5.2. Deficiência de Ferro 469.5.3. Deficiência de Ácido Ascórbico (vitamina C) 469.5.4. Deficiência de Vitamina A 479.6. Avaliação do comportamento 479.7. Uso da avaliação do estado nutricional 479.8. Resíduos de pesticidas 47

CONCLUSÃO 49BIBLIOGRAFIA 50ANEXOS 54FOLHA DE AVALIAÇÃO 55

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ANEXOS

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

Instituto de Pesquisa Sócio-Pedagógicas

Pós-Graduação “Latu Sensu”

Título da Monografia

Data da Entrega: ___________________________

Avaliado por: ______________________________Grau: ________________

Rio de Janeiro, ______ de ______________________ de ________

_______________________________________________________________

Coordenação do Curso

FOLHA DE AVALIAÇÃO