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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E
DESENVOLVIMENTO DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS
CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO "A VEZ DO MESTRE”
O PAPEL DA CRECHE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Por
LUCIA DE FIGUEIREDO PEREIRA Professor Orientador: Diva Nereida Marques M. Maranhão
RIO DE JANEIRO Dezembro/2002
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PRÓ-REITORIA DE PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO
DIRETORIA DE PROJETOS ESPECIAIS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
PROJETO "A VEZ DO MESTRE”
O PAPEL DA CRECHE NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Monografia apresentada como requisito parcial para a conclusão do curso de Pós Graduação Lato Sensu em Administração Escolar para disciplina de metodologia da Pesquisa. Por: Lucia de Figueiredo Pereira Professora Orientadora: Diva Nereida Marques M. Maranhão
RIO DE JANEIRO/RJ Dezembro/2002
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Agradeço a
Professora Orientadora Diva, pela sua
grande dedicação, paciência e
carinho, elementos que são e foram
fundamentais para a realização dessa
monografia.
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Dedico esse trabalho a
Deus e a todos aqueles que estão
envolvidos nos ideais da educação,
que direta e indiretamente
contribuíram para a execução dessa
monografia.
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“Educar uma criança não é como encher um
vaso, mas como acender uma fogueira.”
Michael D. Montaigne
(1533 – 1592) escritor francês.
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RESUMO
O estudo sobre creches propõe a compreensão do seu universo, ou
seja, entender as crianças que precisam ficar, os pais que necessitam deixar
seus filhos, o atendimento e as rotinas do dia-a-dia, bem como o regimento
escolar, a qualificação profissional de professores, o espaço físico, e os
recursos materiais. A fim de mostrar que a proposta pedagógica da creche
vai muito além de um simples “guarda-crianças”, mas aponta para um
trabalho de características mais amplas, contemplando princípios
filosóficos, políticos e éticos, traduzindo um novo olhar para a creche.
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METODOLOGIA
A respeito de conhecimento, ciência e pesquisa, pensa-se que a
ciência necessita de um objeto específico de estudo e de uma metodologia
de investigação própria.
A pesquisa é uma busca, um estudo minucioso com o fim de
descobrir fatos relativos a um campo do conhecimento e o ensino é a
transmissão do conhecimento.
Fazendo um paralelo entre esses três tópicos, conclui-se que se
identificam e estão fundidos no conhecimento pois este envolve uma íntima
relação entre sujeito e objeto.
A pesquisa é qualitativa pois tem uma abordagem mais aberta,
buscando todo o histórico do objeto, pesquisando com profundo interesse
em obter informações sobre o mesmo, sendo o sujeito e objeto muito
próximos.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, acompanhada
pela pesquisa de campo que visou atingir o objetivo final da pesquisa. O
desenvolvimento da pesquisa de campo foi composto de observação
participante, ou seja, ambiente das creches visitadas, os pais, crianças e o
andamento do dia-a-dia na creche. Levou-se a conhecer a situação do que
está acontecendo hoje em relação ao cotidiano escolar na formação da
criança na fase da Educação Infantil, e também o uso da entrevista semi-
estruturada.
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“(...) que é primordial, por ser instrumento privilegiado de coleta de informações para as ciências sociais, por ser a fala reveladora de condições estruturais de sistemas de valores e normas e símbolos e ao mesmo tempo ter a magia de transmitir, através de um porta-voz as representações de grupos determinados”. (MINAYO, 1992, p.109/110)
Esta pesquisa foi acompanhada por uma análise de todo material
reunida através da coleta de dados, realizada através de instrumento
próprio, aplicado nos professores e nos pais das creches pesquisadas, para a
elaboração de uma análise qualitativa, para ressaltar e proporcionar a
compreensão entre o pesquisador e os sujeitos pesquisados, permitindo
assim compreender como o capital cultural familiar pode ser transmitido
ou, na sua ausência, como os saberes escolares podem, da mesma forma
serem apropriados pelos pais.
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SUMÁRIO
Introdução ..................................................................................................10
Capítulo I – Histórico do surgimento da creche ........................................13
Capítulo II – Estrutura de uma creche .......................................................17
Capítulo III – Condições importantes para o funcionamento ....................22
Capítulo IV – Aspectos pedagógicos .........................................................25
Capítulo V – Análise qualitativa da pesquisa de campo........................... 29
Conclusão ................................................................................................. 33
Bibliografia citada .................................................................................... 36
Bibliografia consultada ............................................................................ 37
Apêndice – Modelo do questionário ........................................................ 39
Anexos ..................................................................................................... 44
Índice ....................................................................................................... 47
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INTRODUÇÃO
A Educação Infantil é de importância fundamental para os
educadores. É importante ressaltar o universo da creche com relação à
etapa que compreende da educação básica. Sendo esta a fase inicial da
integração com o meio social em que vive, e conhecimento de si mesma
com relação aos aspectos que dizem respeito a: autonomia, independência e
cidadania, pontos importantes a serem buscados pelos responsáveis que
procuram a escola ideal. De que formas a instituição “creche” atende aos
pressupostos relativos a estimulação, visando o desenvolvimento integral e
harmonioso da criança, através de uma proposta educacional coerente e
objetiva?
A creche deve oferecer cuidados físicos, emocionais, educacionais e
esclarecimentos aos pais sobre o papel da instituição na Educação Infantil,
porque muitas mudanças vêm ocorrendo em nossa sociedade. É cada vez
maior o número de mães trabalhando fora de casa. Suas razões vão desde
as questões econômicas até a busca de realização profissional. Essas
mulheres vão se libertando de modelos estereotipados que as confinavam
às prendas domésticas ou a alguns papéis que lhes eram reservados, onde
eram discriminadas salarialmente. Trabalhar fora, por necessidade ou
opção, significa tomar decisões que afetam os filhos, e que estão longe de
ser simples. Uma delas diz respeito à escolha da instituição ideal, onde
devem deixar seus filhos para os cuidados necessários e inerentes ao seu
desenvolvimento saudável.
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No passado, essa questão era muito mais difícil. Quando as creches
surgiram, funcionavam em instalações precárias, em forma de instituições
de caridade, atendendo apenas mães que realmente não podiam ficar sem
trabalhar, não havendo assim, preocupação com a educação, socialização,
afetividade e desenvolvimento cognitivo e motor. Eram verdadeiros
“depósitos de crianças”.
Hoje, em alguns lugares, a creche já está incluída no sistema
educativo, pois a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) já postula
essa obrigação. São creches com profissionais especializados, oferecendo
cuidados físicos, afetivos e educacionais, passando assim a atender melhor
as necessidades das crianças e dos pais.
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O Governo Federal proporcionou o Referencial Curricular Nacional
para a Educação Infantil (PCNs) para auxiliar o educador de pré-escolas e
os profissionais referente às creches na realização de seu trabalho educativo
diário junto às crianças pequenas, contribuindo para que tenham um
desenvolvimento integral de suas identidades, capazes de crescerem como
cidadãos cujos direitos à infância são reconhecidos. Visa, também,
contribuir para que possa realizar, nas instituições, o objetivo socializador
dessa etapa educacional, em ambientes que propiciem o acesso e a
ampliação, pelas crianças, dos conhecimentos da realidade social e cultural.
A creche precisa preocupar-se com o desenvolvimento integral da criança e
a sua adaptação ao mundo social.
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CAPÍTULO I
HISTÓRICO DO SURGIMENTO DA CRECHE
As creches surgiram durante o século XIX, na Europa e Estados
Unidos. No início, a era industrial atraiu um grande número de mulheres
para trabalhar, surgindo o problema do destino de seus filhos, durante a
jornada de trabalho. Na falta de organizações assistenciais, quem passava a
cuidar das crianças, eram as mulheres de mais idade, porque presumiam
que estas teriam mais experiência e cuidado com as mesmas. Eram
denominadas “criadeiras” e foram as precursoras da creche.
As creches foram idealizadas por Fermim Malbeau, em 1844, sendo
a primeira instalada nesse mesmo ano em Paris. No ano de 1854, foi a vez
dos Estados Unidos em Nova Iorque. No Brasil as creches apareceram
somente no século XX, devido a estruturação do capitalismo e a
urbanização.
Inicialmente, as creches não só tomavam conta dos filhos de
mulheres que precisavam trabalhar, mas tinham uma preocupação de
reforçar seu lugar em casa, tendo cuidado com os filhos e o marido. Nesse
período, a creche não visava a mulher como trabalhadora. Funcionava em
forma de instituição de caridade, atendendo as necessidades de mulheres
viúvas ou abandonadas, que necessitavam trabalhar por não ter outra
escolha, e filhos de mulheres consideradas como mães incompetentes.
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O funcionamento era precário, sem normas básicas, tendo recursos
insuficientes, atendimento de má qualidade, funcionários sem formação
específica.
No Brasil, essas características existem até hoje. São encontradas
creches improvisadas nos fundos de quintais e garagens com equipamentos
inadequados, sem propostas educativas e tendo, muitas vezes focos de
doenças.
Com o golpe militar em 1964, surgiram vários movimentos
populares, reivindicando a participação do Estado na criação de redes
públicas de creches. As reivindicações foram atendidas pelo Poder Público
Municipal, tendo início uma rede de creches mantida pelo Município.
Atualmente a creche vem avançando no País, devido ao interesse de
vários setores da sociedade, tais como: movimentos populares;
profissionais que atuam nos programas pré-escolares; comunidade
acadêmica; conselho da condição feminina, que vem reivindicando creches
e pré-escolas como um direito a educação de todas as camadas sociais.
“Creche é um direito da criança, uma extensão do direito universal a
educação, um direito dos pais e um dever da sociedade.”(ROSEMBERG,
1985, p.105)
A pressão desses vários setores junto a Assembléia Constituinte,
resultou na aprovação das principais reivindicações na carta constitucional
de 1988. Dentre os principais artigos está o que determina com o dever do
Estado, o atendimento da creche e pré-escolar para crianças de 0 a 6 anos
(artigo 208, inciso IV) e o que inclui como direito dos trabalhadores
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homens e mulheres, no campo e na cidade, a assistência gratuita aos filhos
desde o nascimento até os 6 anos, em creches e pré-escolas (artigo 7, inciso
XXV).
Dessa forma, pela primeira vez uma instituição brasileira fez
referências aos direitos das crianças sem serem circunscritas à família e
também ao atendimento em creches e pré-escolas como um direito à
educação e um dever do Estado.
A inclusão da creche no sistema educativo abre importantes
perspectivas para a evolução das propostas que reconheçam as
necessidades das crianças pequenas.
“ A creche não deve ser uma unidade isolada, independente, mas integrada num todo orgânico que lhe permita a consecução de seus objetivos, numa perspectiva dinâmica e crescente.” (CARDOSO, 1998, p.11)
Portanto, a creche deve ter um ambiente especialmente criado para
oferecer excelentes condições, que estimulem o desenvolvimento integral e
harmonioso da criança.
A creche é comparada a pré-escola. Ambas atendem crianças
pequenas. No entanto, o que caracteriza a creche, é que além de ter uma
proposta educativa, atende as necessidades de trabalho dos pais, oferecendo
maior flexibilidade com relação a horários, matrículas e férias.
Para um ótimo desenvolvimento da creche, é preciso que os
profissionais questionem sua prática, tendo preocupações com a questão
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educacional, “reconhecendo-a como uma área legítima da educação e
desenvolvimento da criança pequena.”(HADDAD,1991, p.21)
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CAPÍTULO II
ESTRUTURA DE UMA CRECHE
2.1 Aspectos funcionais:
As creches funcionam em regime de semi-internato e atendem as
crianças na faixa de 0 a 6 anos. A maioria das atividades desenvolvidas,
dizem respeito à assistência pedagógica, psicológica, dentária, médica e
alimentar. No que se refere às atividades pedagógicas, devem ser
oferecidos os cursos: Maternal, Jardim I, II, III.
A assistência psicológica, poderá ser feita com acompanhamento
periódico das crianças com deficiência, seja ela emocional, auditiva, de fala
ou escrita e na difícil socialização.
A assistência dentária deve ser feita como um trabalho preventivo e
constante. No que diz respeito à assistência médica, esta deve ser exercida
através do médico que vai a própria creche, com a ajuda de um auxiliar de
enfermagem, onde a criança é conduzida aos demais cuidados dentro da
creche. A alimentação deve estar a cargo de uma nutricionista que prepara
todos os cardápios, de acordo com a necessidade de cada faixa etária.
Quadro funcional:
· um diretor;
· um orientador educacional e pedagógico;
· um coordenador;
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· um secretário;
· um psicólogo;
· um dentista;
· um médico e um auxiliar de enfermagem;
· um nutricionista;
· professoras;
· auxiliares de creche;
· um auxiliar de serviços gerais;
· um auxiliar lactário;
· cozinheiras;
· serventes.
É exigido nível de escolaridade de acordo com cada função. O
horário de trabalho depende do cargo ocupado.
2.2 Aspectos administrativos:
Os aspectos administrativos relativos a creche são alguns dos pontos
fundamentais para o êxito em trazer um ambiente saudável para as
crianças. Cabe administração planejar,coordenar e contratar todos processo
de funcionamento dirigindo os recursos disponíveis com eficiência e
segurança.
A direção também deve organizar a estrutura interna:
· distribuição de atribuições;
· participação no desenvolvimento do planejamento das atividades;
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· contratação de pessoal, que também pode ser feita pelo coordenador
na falta do diretor.
Os pais também são responsáveis pela avaliação e desenvolvimento
apropriado dos serviços. A contabilidade da creche é imprescindível para a
previsão orçamentária.
2.3 Aspectos físicos e construtivos:
As crianças devem desfrutar de um amplo espaço para o
desenvolvimento de suas potencialidades. Por isso devem ser levados em
consideração os seguintes pontos:
· a criança gosta de pular, brincar, jogar bola. Precisam de espaço ao
ar livre com bastante verde;
· uma área que receba raios solares na parte da manhã,para o auxilio
da fixação do cálcio;
· os muros que circundam deverão ser projetados com telas de maneira
que as crianças não joguem objetos que possam atingir as pessoas do
lado de fora;
· a entrada social deverá ser separada das demais.
O prédio:
A creche deverá oferecer ambientes reservados para cada atividade.
1) Entrada social e de serviço – deve ser separada. Compras, alimentos
e outros materiais devem entrar em locais isolados da circulação de
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crianças. Deve ser coberta, para proteger pais e crianças de chuva ou
sol intenso.
2) Recepção – lugar de permanente exposição do trabalho com
crianças. Deve ter um banheiro para uso de pessoas alheias.
3) Áreas de uso das crianças:
· berçário – recepção própria, sala de banho, lactário;
· sala de estimulação para bebês – atividades desenvolvidas com
objetivo psicomotor, dependendo da faixa etária;
· solário para bebês;
· salas de aula;
· sala de repouso;
· sala de multimeios – aparelho de som,televisão, vídeo, projetor de
slides e jogos diversos;
· sala de refeição;
· área coberta para recreação;
· pátio para o desenvolvimento de diversas brincadeiras.
4) Áreas administrativas:
· gabinete da diretora;
· coordenação;
· sala de reuniões de equipe pedagógica;
· secretaria;
· gabinete médico / psicólogo;
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· gabinete do nutricionista anexo a cozinha.
5) Área de serviço:
· dispensa;
· cozinhas;
· lavanderia;
· banheiro de funcionários.
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CAPÍTULO III
CONDIÇÕES IMPORTANTES
PARA O FUNCIONAMENTO
3.1 Condições essenciais para o funcionamento:
Segurança e prevenção de acidentes:
· locais isolados para bujões de gás;
· utilizar pisos não escorregadios;
· barras de apoio dentro do chuveiro;
· ausência de plantas tóxicas.
Higiene e saúde:
É muito importante para a credibilidade da creche um ambiente
limpo com funcionários uniformizados e com uma aparência agradável.
Organização e funcionalidade:
O trabalho deve ser feito com total segurança,transmitindo alegria e
simpatia.
Estética:
Um lugar feito para cuidar das crianças deve ser bonito, pois, a
beleza enriquece e melhora o ambiente de trabalho.
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3.2 A importância do ambiente e dos aspectos físicos na creche:
O ambiente em que a criança está inserida exerce um papel
preponderante na sua formação cognitiva. Diante destes aspectos, os
professores ou orientadores de creches devem proporcionar situações em
que as crianças possam agir sobre objetos, adquirindo novas experiências e
ações significativas.
Os ambientes das creches são muito diferenciados. A organização
adequada facilitará o trabalho do educador e exercerá grande influência na
estrutura psicológica da criança. Por isso, o ambiente deve refletir os
princípios educativos em que se baseiam, e a prática dos profissionais de
educação.
O espaço físico da creche deve ser desafiador ao pensamento da
criança, sendo organizado e flexível diante das necessidades, acolhedor e
principalmente seguro. O ambiente deve favorecer a livre circulação para
que a criança possa engatinhar, brincar, pular, ou seja, para praticar todas
as ações que desejar, sem correr riscos de se machucar.
A organização do ambiente deve ser feita através de um
planejamento prévio do professor,podendo agir de uma forma positiva,no
sentido de estimular o aluno na construção de sua autonomia, cooperação e
desenvolvimento cultural. É muito importante que o educador tenha um
bom relacionamento com as crianças, e que saiba utilizar os ambientes e
recursos que possui,de forma que a creche constitua um ambiente propício,
onde a criança possa escolher as atividades, despertando o seu interesse,
curiosidade e cooperação diante das suas tarefas.
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Os locais das atividades podem ser em pátios, jardins e outros locais
que a creche dispor, não precisando, necessariamente, realizarem-se em
áreas internas.
É fácil ver a importância que o espaço físico exerce no
desenvolvimento, na criatividade e no equilíbrio emocional da criança.
Basta oferecer um ambiente onde elas podem escolher e agir livremente.
A criança da creche aprende a viver social e democraticamente. Mas,
para que essa ação se realize é preciso que a creche propicie autonomia,
provoque e desenvolva a tomada de decisão, a responsabilidade e respeito
mútuo, estimule a cooperação e transmita o valor do bem comum.
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CAPÍTULO IV
ASPECTOS PEDAGÓGICOS
4.1 O trabalho pedagógico:
Os principais aspectos de um projeto pedagógico são raízes e metas,
analisados com ponto de partida e chegada, considerando tempo e espaço
como formas de organização e aproveitamento, em vista dos objetivos
traçados. O ato de planejar,consiste na atividade de projetar metas e
estabelecer meios para atingi-las.
Onde se encaixa a creche neste assunto? Uma das principais
dificuldades da escola de horário integral está relacionada a observação e
funcionamento, e deveriam estar aliados a tempo e espaço. As metas deste
trabalho devem fornecer a dosagem e o equilíbrio, encaminhando às ações
a obtenção de resultados desejados.
A integração entre profissionais desta área, a organização das
atividades a serem realizadas de vem desenvolver-se de maneira tranqüila e
prazerosa, adquirindo uma conotação socializadora e cooperativa.
A análise do tempo e do espaço, deve levar em consideração que
estes dois aspectos são conquistas progressivas, passíveis de mudanças de
acordo com o dinamismo do modelo curricular adotado. Todos os dias, no
momento em que cada atividade se reinicia, deve-se ter uma postura
consciente sobre aquilo que vai ser feito. É preciso estar ciente da
finalidade do ato que vai ser praticado.
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4.2 O respeito à criança:
A partir do texto Ação Educativa na Creche de Jussara Hoffmann e
Maria Beatriz G. da silva (1995), percebe-se que a idéia de respeito à
criança vem sendo equivocada.
Se perguntarmos aos adultos o que pensam sobre respeitar as
crianças, temos respostas sobre boa alimentação, disciplina, vigilância,
proteção. Em grande parte das creches a criança é vigiada, protegida,
guardada, alimentada. Contudo, não lhes é permitido crescer realmente.
Em algumas instituições, as crianças não podem brincar na água,
pisar na areia, porque segundo os pais e /ou professores, tais atividades
podem causar gripes, alergias. Não podem fazer barulho, nem se sujarem,
para que isso não cause o desconforto daqueles que trabalham na creche.
Muitas vezes, professores escolhem temas de seu próprio interesse ou
impostos pela direção, para serem trabalhados, enquanto os interesses das
crianças são deixados de lado, não sendo nem mesmo observados. “as
crianças realizam as brincadeiras e ouvem a história que a professora
propõe, seguem rotinas pré-estabelecidas mesmo que não as interesse.”
(HOFFMANN,1995, p.13)
Os desenhos feitos pelas crianças ficam guardados em pastas,
enquanto o que enfeita a creche são os murais feitos pelas “Tias” ou
funcionários da secretaria. Quanto mais as crianças permanecerem
sentadinhas e quietinhas em suas mesas, maior será o mérito da professora.
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Esses são alguns exemplos do autoritarismo e dos limites impostos às
crianças, impedindo a espontaneidade. Será que isso é o ideal de uma
instituição de educação infantil?
É muito importante que a creche estimule a espontaneidade, a
liberdade, o desenvolvimento moral e intelectual das crianças. Deve
encorajar a criança à independência, a integração com as outras crianças, a
formação de suas próprias idéias e a expressão dessas idéias. A creche deve
auxiliar, incentivar a construção do conhecimento das crianças, estando
atenta as mesmas. Deve oferecer espaços amplos, onde possam criar suas
próprias brincadeiras. As atividades devem ser organizadas, sem
estabelecer rotinas que as limitem.
“ Respeitar a criança não é limitar suas oportunidades de
descoberta , é conhecê - la verdadeiramente para proporcionar-lhe experiências de vida ricas e desafiadoras, é procurar não fazer por ela, auxiliando-a a encontrar meios de fazer o que quer, é deixá- la ser criança. Respeitá- la é oferecer- lhe um ambiente livre de tensões, de pressões, de limites às suas manifestações, deixando-a expressar-se de
maneira que lhe convém e buscando entender o significado de todas as suas ações.” (HOFFMANN, 1995, p.14)
4.3 Sugestão para uma política nacional de educação:
Existe uma grande dificuldade em estabelecer as funções de
organização da creche e da pré-escola. A constituição promulgada, oferece
a possibilidade de uma reorganização dessa forma de atendimento. “ A
Constituição Federal em seu artigo 208,inciso IV, determina que é dever
do Estado garantir atendimento em creches.” ( Constituição
Federal,1998,p. 104)
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Quando se fala de municípios, englobam-se numa mesma
classificação realidades discrepantes,devido a contextos físicos,
sociais,políticos e financeiros. Por outro lado,alguns Estados incumbidos de
executar tarefas de coordenação, gestões, controle e avaliação dos Sistemas
Estaduais de Educação, não cumprem este papel.
Aos Municípios, União e os Estados cabem atribuições das quais
serão destacadas aquelas referentes a legislação,regulamentação e
fiscalização dos serviços prestados:
· As relativas arrecadações e distribuições de recursos captados;
· Convênios com entidades sem fins lucrativos. Ex.: ONGS;
· Implementação de programas de ação social do setor público;
· Administração, controle, avaliação e coordenação;
· Repasse de recursos financeiros dos Estados e Municípios feito pela
União.
Uma ação integrada entre vários setores, facilitaria um processo de
caráter educacional bem mais efetivo, tendo como meta principal a
continuidade do ensino. Entretanto, é notório que a educação infantil tem
seus recursos diminuídos, ao passo que o Fundo de Valorização do
Magistério, só restringe ao ensino fundamental.
É importante salientar que vários direitos foram consagrados com a
LDB, para a melhoria da educação infantil representando para o
trabalhador, uma conquista sociaL.
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CAPÍTULO V
ANÁLISE QUALITATIVA DA PESQUISA DE CAMPO
Para analisar a visão dos pais sobre o papel da creche e da Educação
Infantil, foram necessárias coletas de dados. Esses dados são apresentados
e analisados de forma integral, abordando temas como: o papel da
educação na vida dos filhos, mudanças ocorridas no comportamento
durante o período escolar, a relação pais e comunidade escolar. Tal
abordagem se fez necessária em vista de que as opiniões se convergem o
tempo todo, independentemente da creche em que os entrevistados estão
inseridos. Foram visitadas creches municipal, comunitária e federal.
Nas falas, percebemos que a relação sociedade e creche vêm com
bastante destaque, pois acreditando que a creche, assim como a família é
um grupo promotor do social, conforme foi dito pela senhora Cristina, mãe
do aluno Gustavo do maternal: “ Coloquei meu filho na creche, para que
ele ficasse mais sociável, se entrosando com as crianças da sua idade.”
Levam seus filhos em primeiro plano, para que na creche possam aprender
a melhor conviver com os outros, principalmente com as crianças que em
seu cotidiano familiar, o convívio predominante acaba sendo com adultos.
Com isto observado a chamada socialização, começam então a
direcionar suas preocupações para a aprendizagem de conteúdos, onde a
colocam como essencial para um futuro de sucesso. O que ficou bem claro
no depoimento da senhora Andréa, mãe do Pedro Henrique, aluno do
jardim I: “Decidi então matricular meu filho na creche não só para que ele
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se integrasse socialmente, mas também, para aprender os conteúdos e
conviver com as diferenças.”
Além disso, o discurso é único, quando afirmam que tanto a
socialização quanto a aquisição de conteúdo, só ocorrem num ambiente
acolhedor, onde existem a preocupação e o cuidado com os alunos de
forma integral. Isto vai de encontro com o que a senhora Denise, mãe da
aluna Vanessa do jardim II disse: “Aqui não só minha filha como as demais
crianças e todos os pais, encontram uma creche que da abertura à criticas,
proporcionando amor e um ótimo acolhimento que foi o primeiro
sentimento que encontrei aqui”. A creche deve estar sempre aberta a
críticas buscando a cooperação dos pais em todos os aspectos, pois, “A
creche e a família tem que somar. Eu sei que se eu caminhar com a escola,
quem ganha é meu filho”. (responsável Jaqueline, do aluno Carlos Alberto
do jardim I).
Este último atributo à escola vem ao encontro com a afirmação de
todos os professores que conhecemos: “Quando os pais se envolvem na
educação dos filhos, eles aprendem mais”.
Completando a linha de pensamento dos pais, ficou claro na pesquisa
que, diante de uma creche assim, todos os pais entrevistados acreditam que
seus filhos modificam-se de forma integral ficando mais abertos à troca de
experiências, partilhando o que possuem e sabe, tornando-se mais
independentes, responsáveis descontraídos e começam a entender melhor e
criticamente a “teia” dos direitos e deveres necessários a convivência
democrática entre as pessoas, e o mundo que os cercam. Em outras
palavras, ditas pela mãe da aluna Ana Maria do jardim II, a senhora Ana
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Cristina: “Importante para mim, é que minha filha adquiriu independência
e já sabe compartilhar com os outros”.
Diante deste quadro da educação, os pais dentro de suas condições
reais de vida, pesquisam e dispõe de o máximo que podem para investir no
melhor que encontram para seus filhos, pensando sempre na qualidade de
ensino sem esquecer da qualidade de vida em seu total. Logo “Educação
nunca foi despesa, sempre foi investimento com retorno garantido”. (Artur
Levi, 1979).
Cabe então acreditar nestes dados, e finalizar esta analise com uma
“chuva de idéias”, que são as falas dos pais entrevistados, e que refletem o
papel da creche na concepção deles: educação, amor, atenção, satisfação,
cuidado, alegria, amadurecimento, socialização, compromisso, parceria,
responsabilidade, acolhimento, escolha, carinho, aconchego,
conhecimentos, conteúdo, liberdade, sucesso, vida.
Após esta “chuva”, surge um belo “arco-íris”, necessário para uma
educação de qualidade, um “arco-íris” de compromisso pedagógico,
descrito em todas as cores na frase de Paulo Freire: “Para educarmos
alguém, antes de conhecimentos e inteligências,é preciso trabalharmos o
coração”.
Só assim, poderemos reconhecer que a infância é também a idade do
possível. Pode se projetar sobre ela a esperança de mudança, de
transformação social e renovação moral. Logo, a educação infantil é
essencial, é o primeiro passo para um mundo melhor, menos injusto e mais
igualitário.
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Com a experiência adquirida ao longo desse trabalho, adota-se um
posicionamento de busca por uma reformulação nas bases pedagógicas das
creches, pelo desenvolvimento integral da criança, por um crescimento
social e a construção do conhecimento, desligando da creche a idéia de ser
apenas uma guardiã de crianças aprofundando seu projeto pedagógico de
acordo com a LDB.
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CONCLUSÃO
Nesse período de pesquisa, o trabalho foi fazer o trans porte para a
realidade da creche: seu dia-a-dia, a direção, os pais, mas principalmente, a
relação da criança com o educador.
Educar é uma paixão. Não aquela paixão paranóica e alienada, mas
uma paixão transformadora e revolucionária. Essa paixão, é fundamental ao
educador de creche. A criança de horário integral, não deve somente
receber os conteúdos didáticos. Grande parte de sua emoção e valores
éticos são construídos no di-a-dia da creche. O educador de creche, precisa
se integrar com a criança, inspirando confiança, segurança, afetividade e
alegria.
Verifica-se com esse trabalho, que a realidade apresentada em
algumas creches, estão longe do padrão estabelecida, o que leva a uma
reflexão sobre as devidas implicações legais da creche nos aspectos de
segurança e educação, captação de recursos, administração financeira e
planejamento coerente das atividades realizadas na creche.
A inclusão das creches no sistema educacional implica considerá-las
na perspectiva da instituição escolar, ou seja de um espaço educativo, onde
a proposta pedagógica ou curricular, a formação dos profissionais, a
relação escola/família, e o ambiente físico, são itens a serem considerados.
Todos eles devem fazer parte de um projeto educativo onde se explicitam
as características da instituição, criando sua identidade, a partir das
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necessidades e vontades da comunidade em que está inserida e da
população atendida.
Nesta perspectiva, outro ponto de fundamental importância no
processo de incorporação das creches ao sistemas de ensino diz respeito ao
profissional a sua formação. A consideração da educação infantil como
parte da educação básica é uma contribuição decisiva da LDB para com a
Educação Infantil, porque lhe dá uma dimensão maior, no momento em que
ela passa a ter uma função específica no sistema educacional. Suas ações
passam a ter uma intencionalidade educativa, não se restringindo mais à
“guarda” e ao “cuidado”. Ou seja, é imprescindível que haja uma estreita
articulação entre os projetos pedagógicos do ensino fundamental e da
educação infantil, sem a incorporação daquilo que tem de nocivo na cultura
escolar,principalmente no que diz respeito à relação criança X educador.
Diante deste estudo, fica evidente a importância dos educadores de
creche conhecerem a realidade em que atuam. Mais que isso, é necessário
conhecer a realidade do país, pois o fenômeno educacional não é apolítico e
muito menos neutro, estando intrinsecamente ligado aos problemas sócio-
político-econômico-culturais da sociedade.
Cabe então a creche fazer da educação um instrumento de mudança
social, de melhoria, de desenvolvimento do país, viabilizando informações
e relacionando-as com a realidade que atua, buscando sempre o
envolvimento e o compromisso dos pais, levando-os à consciência crítica
da realidade em que vivem, a participação dos alunos nas decisões e
atividades da creche como um todo, exercendo assim sua cidadania, e mais,
35
a creche deve estar sempre estimulando e propiciando a todos (pais, alunos,
professores ) a liberdade de expressão.
Nesta pesquisa, nota-se como a creche ainda é a esperança de
mudança, onde os pais não querem que o STATUS QUO ( sociedade
dividida em classes) continue, desejando um mundo mais justo com
oportunidades iguais para seus filhos, assim como para todas as pessoas.
A realização desta pesquisa acrescenta significativamente na vida
acadêmica e profissional, destacando a importância da busca e vivência de
experiências, que foram essenciais para o processo de construção do
conhecimento.
36
BIBLIOGRAFIA CITADA
CARDOSO, Mariete. Creche: um guia para a compreensão de sua
dinâmica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1988.
HADDAD, Lenira. A creche em busca de identidade: perspectivas e
conflitos na construção de um projeto educativo.São Paulo: Loiola, 1991.
HOFFMANN, Jussara & SILVA, Maria Beatriz G. da (coord.). Ação
educativa na creche.Porto Alegre: Mediação, 1995.
MINAYO, C. O. Desafio do conhecimento.SP/RJ: Hucetec, 1992.
ROSEMBERG, Fúlvia (org). Creche. São Paulo: Cortez. Fundação Carlos
Chagas, 1989.
37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABRANDOWICH, Anete. Creches: Atividades para crianças de zero a
seis anos.São Paulo: Moderna, 1995.
BRASIL, Constituição Federal. Brasília: 1988.
CARDOSO, Mariete. Creche: um guia para a compreensão de sua
dinâmica. Rio de Janeiro: UFRJ, 1988.
HADDAD, Lenira. A creche em busca de identidade: perspectivas e
conflitos na construção de um projeto educativo.São Paulo: Loiola, 1991.
HOFFMANN, Jussara & SILVA, Maria Beatriz G. da (coord.). Ação
educativa na creche.Porto Alegre: Mediação, 1995.
KRAMER, Sônia. Com a pré-escola nas mãos: uma alternativa curricular
para a educação infantil. São Paulo: Ática, 1992.
LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL. Lei
nº. 9394.20 de dezembro, 1996.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação Infantil. São Paulo:
Cortez, 1994. ( Coleção magistério do 2º grau – série formação do
professor).
MINAYO, C. O. Desafio do conhecimento.SP/RJ: Hucetec, 1992.
38
REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL PARA A EDUCAÇÃO
INFANTIL (PCNs). Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de
Educação Fundamental – Brasília: MEC / SEF, 1998.
RIZZO, Gilda. Creche: organização, montagem e funcionamento.Rio de
Janeiro: Livraria Francisco Alves Editora S/A, 1984.
ROSEMBERG, Fúlvia (org). Creche. São Paulo: Cortez. Fundação Carlos
Chagas, 1989.
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APÊNDICE
MODELO DO QUESTIONÁRIO
Escola: ______________________________________________________
Educador (a): _________________________________________________
Caro colega,
Suas respostas abaixo serão muito importantes para o
trabalho que ora se realiza.
1.Qual a clientela atendida pela creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
2.Qual a proposta curricular da creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3.Qual a função da creche para os pais? E para o desenvolvimento da
criança?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
4.Quais as normas legais que permitem um bom funcionamento da creche?
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_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
5.Como você vê a função social do educador?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
6.Quais as maiores dificuldades encontradas para o desenvolvimento de
uma creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
7.Na sua visão, além dos profissionais de ensino, que outros seriam
necessários na creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
8.Que critérios são levados em consideração para a elaboração dos
cardápios?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
9.Qual é a rotina da creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
41
10.De que forma são elaboradas as reuniões pedagógicas?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
11.Na sua opinião,quais os benefícios e malefícios que a nova Lei de
Diretrizes e Bases trouxe para a creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
42
Escola: ______________________________________________________
Responsável: _________________________________________________
Senhor(a) Responsável,
Suas respostas abaixo serão muito importante para
o trabalho de pesquisa que ora se realiza.
1.Na sua opinião,Qual a função da creche?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
2.Quais as atividades desenvolvidas por seu filho(a) na creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3.Que mudanças significativas foram apresentadas depois de terem
ingressado na creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
4.Que critérios foram utilizados na escolha da creche?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
5.De que forma você participa das atividades?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
43
6.Levando em consideração a sua atividade profissional,quais as maiores
dificuldades encontradas para a formação educacional de seu filho(a)?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
7.Quais os pontos positivos e negativos da creche? No caso de negativo,
quais as sugestões para melhorar?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
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ANEXOS
45
46
47
ÍNDICE
Introdução ..................................................................................................10
Capítulo I – Histórico do surgimento da creche ........................................13
Capítulo II – Estrutura de uma creche .......................................................17
2.1 Aspectos funcionais .............................................................................17
2.2 Aspectos administrativos .....................................................................18
2.3 Aspectos físicos e construtivos ............................................................19
Capítulo III – Condições importantes para o funcionamento ....................22
3.1 Condições essenciais para o funcionamento .......................................22
3.2 A importância do ambiente e dos aspectos físicos .............................. 23
Capítulo IV – Aspectos pedagógicos ........................................................25
4.1 O trabalho pedagógico ........................................................................25
4.2 O respeito à criança ............................................................................26
4.3 Sugestões para uma política nacional de educação ............................27
Capítulo V – Análise qualitativa da pesquisa de campo...........................29
Conclusão .................................................................................................33
Bibliografia citada ..................................................................................36
Bibliografia consultada ........................................................................... 37
Apêndice – Modelo do questionário ........................................................39
Anexos .....................................................................................................44
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FOLHA DE AVALIAÇÃO
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PROJETO “A VEZ DO MESTRE”
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
O papel da creche na Educação Infantil
Data de entrega: 14/12/2002
Auto Avaliação
Através desse estudo, foi possível esclarecer que a creche é muito
mais que um “depósito de crianças”, apresentando sua proposta pedagógica
que é de fundamental importância para as futuras mães, mostrando que
cuidar de crianças em creches é acima de tudo uma atitude de amor e
responsabilidade, não só com a parte física, mas também emocional e
educacional.
Avaliado por: Lucia de Figueiredo Pereira
Rio de Janeiro, 14 de dezembro de 2002.
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