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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA OS BENEFÍCIOS DE UM CORRETO CONTROLE E AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES Por: PAULO GARCIA ALMEIDA Orientador Prof. ANA CLAUDIA MORRISSY Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

OS BENEFÍCIOS DE UM CORRETO CONTROLE E AVALIAÇÃO

DOS ESTOQUES

Por: PAULO GARCIA ALMEIDA

Orientador

Prof. ANA CLAUDIA MORRISSY

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

OS BENEFÍCIOS DE UM CORRETO CONTROLE E AVALIAÇÃO

DOS ESTOQUES

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Finanças e Gestão

Corporativa.

Por: . Paulo Garcia Almeida

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AGRADECIMENTOS

A minha esposa pelo carinho e paciência, aos meus colegas da Caixa

Econômica Federal pelo apoio e incentivo, aos professores da Universidade Candido

Mendes pelo comprometimento e conhecimento compartilhado.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a quem foi, é e

sempre será meu companheiro de

jornada. A Deus toda honra e toda a

glória.

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RESUMO

Atualmente as empresas buscam melhorar seu resultado através não só do

aumento das vendas, mas também utilizando um método de gestão mais

eficaz. Para as empresas, um setor muito importante, é o estoque que bem

controlado e avaliado contribui para um baixo custo e consequentemente um

aumento no resultado. Uma empresa com um bom planejamento e gestão de

estoque torna – se mais eficiente e pronta para enfrentar o mercado e a

concorrência.

Com conceitos simples e diretos , este trabalho traz a definição do estoque,

suas formas de controle e avaliação e as técnicas de auditoria mais utilizadas,

porém é importante que métodos e técnicas de controle de estoque sejam

aplicados de acordo com as necessidades de cada empresa, e para isso

torna-se fundamental conhecer todo o processo da empresa e preparar um

bom planejamento, assim, o objetivo a ser atingido será alcançado, com

clientes satisfeitos, baixo custo e bons resultados.

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METODOLOGIA

A metodologia quanto aos meios, abordará uma pesquisa bibliográfica, pois

irá se basear em vários textos da internet, livros e revistas.

Após a apresentação do problema a ser tratado neste trabalho, iremos

dividir a estrutura em cinco capítulos que serão abordados da seguinte

forma:

No capítulo 1 será discutido o conceito de estoque, apresentando uma idéia

de seu significado e a sua classificação quanto às mercadorias para

revenda, produtos prontos, produtos em fabricação e matérias-primas.

No capítulo 2 serão discutidos os métodos de inventário no estoques, onde

mostrará os sistemas, suas utilizações nas empresas e sua importância.

Também apresentará a finalidade do livro de registro de inventário e sua

estrutura.

No capítulo 3 serão apresentados os métodos avaliação dos custos de

estoque, informando como são calculados os custos tanto de

armazenamento, quanto de transporte e suas relevâncias. Além de informar

outros sistemas de custos que são importantes para esse setor.

No capítulo 4 serão discutidos os procedimentos de auditoria em estoque,

mostrando o seu conceito, o papel do auditor dentro da empresa na área

relatada e a relevância de se ter um controle sobre este setor, além de

informar como é afetado o balanço patrimonial.

No capítulo 5 serão discutidas as formas de avaliar os estoques, informando

os procedimentos que as empresas efetuam nos estoques para burlar a

legislação e ao auditor.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - O Estoque 10

CAPÍTULO II - Inventários de Estoque 12

CAPÍTULO III – Método de Avaliação de

Custo dos Estoques 24

CAPÍTULO IV – Procedimentos de Auditoria 32

CAPÍTULO V – Avaliação dos Estoques 36

CONCLUSÃO 39

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 41

INTRODUÇÃO

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No mercado atual, a competitividade ocasionada pela globalização da

economia, impõe que as empresas tenham um compromisso ainda maior

com o contínuo aperfeiçoamento de seus produtos e processos, para que

não haja ineficiência, elevados custos e prejuízos. Com isso, estão se

preocupando cada vez mais com os investimentos em estoques, já que é

um dos itens que mais afetam a rentabilidade da entidade. Utilizando

técnicas como a auditoria à entidade passa a ter mais domínio sobre o saldo

do balanço patrimonial.

Auditoria é uma especialização contábil voltada para prestar o controle

patrimonial implantado nas diversas entidades, com o objetivo de expressar

uma opinião sobre um determinado dado. O auditor que é o profissional

responsável deverá averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas de

controle e atentar para a manutenção dos mesmos com o objetivo de

minimizar o problema existente, emitindo assim, um parecer sobre as

evidências relacionadas à riqueza patrimonial.

Estoque são as quantidades armazenadas ou em processo, com a principal

função de criar uma independência entre vários estágios da cadeia

produtiva, tanto no setor comercial como no industrial.

Usando os métodos de auditoria, as empresas podem obter também mais

controle do saldo declarado no livro de registro de inventário. Assim,

podendo calcular os custos de suas mercadorias vendidas, além de obter

mais segurança do funcionamento dos procedimentos dos controles internos

e precisão das informações.

Outro item que as entidades devem ficar atentas é o local de armazenagem

dos seus produtos, a fim de melhorar o procedimento operacional e o tempo

de armazenamento dos mesmos. Com isso, devem optar por sistemas de

armazenamento que possam facilitar a movimentação dos estoques e o seu

período de permanência, fazendo uma avaliação da sua importância na

empresa.

Este trabalho tem como objetivo principal, apresentar, de forma estruturada,

a relevância do correto controle dos estoques e da auditoria como uma

forma de controle para a melhoria do fluxo operacional e sua influência no

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resultado financeiro e no balanço patrimonial. Como objetivo intermediário,

demonstrar o conceito de auditoria, estoque, inventário e como é feito o

processo de auditoria na área de estoque.

De acordo com a pesquisa quanto aos fins, este trabalho irá apresentar o

método de pesquisa descritivo, pois irá demonstrar quais são os métodos de

auditoria de estoque, explicando suas razões para que as empresas possam

ter uma melhoria em seu controle.

CAPÍTULO I

O ESTOQUE

Estoque são bens destinados à venda ou produção, ligados com os

objetivos da empresa. Representam um dos ativos mais importantes do

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capital circulante e da posição financeira das entidades industriais e

comerciais.

Conforme Ferrari (2005, p. 37), nas empresas comerciais os estoques

significam um conjunto de mercadorias a disposição da empresa. Estes

estoques de mercadoria são adquiridos de um fornecedor para posterior

revenda. Já nas empresas industriais podem ser divididos conforme o

estágio que se encontram os produtos, ou seja, estoque de matéria – prima

ou material bruto adquirido para transformação do produto que será

destinado à venda, estoque de material em processo, que são os materiais

que estão ao longo do processo produtivo no qual já sofreu alguma

operação de produção e o estoque de produtos acabados, que são aqueles

que já estão prontos para a venda e que foram fabricados a partir das

matérias-primas para posterior venda.

Existem também os estoques que não constituem bens de venda, como, por

exemplo, estoques de materiais de expediente, estes são considerados na

conta almoxarifado. Tais bens não serão vendidos e sim consumidos pela

própria entidade. Uma vez consumidos, serão consideradas despesas,

porém se a empresa trabalhar com pouca quantidade desses materiais,

mesmo que não sejam para consumo imediato, poderão ser considerados

como despesas e não como estoque.

Do ponto de vista administrativo podemos ainda destacar com grande

importância o estoque de segurança, onde quantidades são guardadas para

garantir o andamento do processo produtivo caso ocorra um aumento na

demanda do item por parte do processo ou atraso no abastecimento futuro.

A boa administração dos estoques é de vital importância para a saúde

financeira da empresa, uma vez que grande parte do capital está nos

materiais envolvidos na produção, sendo comum representarem 50% de

todo o seu capital. Assim, reduções no montante estocado se traduz na

liberação de um grande volume do capital necessário ao andamento do

negócio como um todo.

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Os estoques merecem uma atenção especial pela administração, pois sua

avaliação no início e no fim do período contábil, reflete diretamente na

apuração do lucro líquido de cada exercício pelo o fato de ter efeito no custo

das mercadorias ou produtos vendidos.

CAPÍTULO II

INVENTÁRIOS DE ESTOQUE

Existem duas formas de controlar contabilmente o valor dos estoques e,

conseqüentemente, os custos das mercadorias vendidas, que se faz através

do inventário periódico e permanente.

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2.1 Inventário Periódico

No método de inventário periódico, as entidades não controlam seus

estoques ao longo do período, havendo necessidade do seu levantamento

físico, ao fim de cada período, que podem ser mensais, trimestrais,

semestrais, entre outros, no qual irá depender da necessidade da empresa,

a fim de que possa apurar os custos das mercadorias vendidas e o

resultado com as mercadorias.

De acordo com Ferrari (2005, p.352), o inventário periódico não é um

sistema ideal a nível gerencial, pois não permite o controle dos custos das

mercadorias e seus resultados após cada operação de venda. No entanto,

dada a sua praticidade nas pequenas e médias empresas, é o sistema mais

utilizado, tendo em vista a relativa facilidade do levantamento físico dos

estoques. Assim, o custo da venda é apurado pela soma do estoque inicial e

as compras do período menos o estoque final.

O inventário periódico tem como característica básica, o método do

inventário perpétuo, que proporciona um registro permanente dos estoques

disponíveis. Alterações nos estoques são registradas conforme elas

ocorram, através de créditos e débitos à conta de estoques. Quando se

vendem mercadorias, são necessários dois tipos de lançamentos: pela

venda, que é registrada pelo preço de venda e pela diminuição dos

estoques, que é registrada pelo custo.

Neste procedimento de inventário também é indispensável à utilização de

um instrumento extra contábil, que é a ficha de controle de avaliação de

estoque, por meio dessa ficha acompanha-se a movimentação física e

contábil das mercadorias, no qual o valor de compras deve ser efetuado na

coluna Entradas e na escrituração contábil, debita-se uma conta

representativa de mercadorias, creditando em caixa, fornecedores ou banco

conta movimento.

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Trabalhando com o método de inventário periódico, pode se optar por dois

métodos alternativos de contabilização:

• Conta Mercadoria Mista

• Conta Mercadoria Desdobrada

2.1.1 Conta Mercadorias Mista ou Sistema de Conta Única

Nesta forma de apuração, todas as operações envolvendo mercadorias,

ocorridas durante o período, estão concentradas em uma única conta, no

livro razão ou razonete. Esse método é denominado misto, pelo fato das

mercadorias serem ao mesmo tempo conta patrimonial e conta de resultado.

Assim, no final de cada período, no débito da conta mercadorias irão ser

registradas o valor do estoque inicial e às devoluções de vendas, além dos

abatimentos sobre vendas e descontos comerciais concedidos. No crédito,

irá ser registrado o valor correspondente às vendas e às devoluções de

compras, além dos abatimentos sobre compras.

De acordo com Pimentel (2004, p. 41), para que se possa apurar o

resultado, é preciso inicialmente conhecer o saldo da conta mercadorias e

em seguida, efetuar o levantamento das mercadorias existentes em

estoques no último dia do período (estoque final). Assim, ficaremos diante

de dois valores:

• Valor do estoque final

• Saldo da conta mercadorias, que poderá der devedor ou credor,

uma vez que é uma conta mista e recebe valores tanto de

contas patrimoniais como de contas de resultado.

A partir desses dois valores, procede-se de duas formas para apurar o

resultado com mercadorias. Na primeira, utiliza-se a conta mista de

mercadoria como conta patrimonial devendo refletir o valor do estoque de

mercadorias e em seguida fazer o seguinte procedimento:

• Transferir o saldo da conta mercadorias para a conta resultado

com mercadorias

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• Registrar o valor do estoque final a débito da conta mercadorias

e o crédito da conta resultado com mercadorias

• Apurar no razonete o saldo da conta resultado com

mercadorias, sendo devedor será igual a prejuízo sobre vendas

e, sendo credor, será igual a lucro sobre vendas ou lucro bruto.

Na segunda forma, utiliza-se a conta mista mercadoria como conta de

resultado, indicando o valor do resultado com mercadorias, devendo o valor

de o estoque final ser refletido em outra, que podemos denominar estoque

de mercadorias.

2.1.2 Conta Mercadorias Desdobrada

No método da conta mercadoria desdobrada, a conta mercadorias assume

apenas a função de conta patrimonial, pelo fato de ser utilizada

exclusivamente para o registro dos estoques. As compras, vendas,

devoluções e abatimentos são desdobrados em contas específicas, as quais

são consideradas contas de resultado.

Para Ferrari (2007, p. 356), as compras, abatimentos sobre vendas e

devoluções de vendas representam contas de despesas, e

conseqüentemente, vendas, devoluções de compras e abatimentos sobre

compras representam contas de receitas.

2.2 Inventário Permanente

O inventário permanente é um sistema utilizado normalmente nas grandes

empresas, tendo em vista o grande volume de estoques e a necessidade de

um controle mais preciso dos resultados brutos, pois a cada venda é

possível saber o valor do custo das mercadorias vendidas.

De acordo com Ferrari (2007, p.364), ao contrário do sistema de inventário

periódico, onde o valor dos estoques só é apurado de período em período,

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através da contagem física, no sistema de inventário permanente há um

controle contínuo dos estoques, por meio da utilização de fichas de controle

para cada espécie de mercadoria. Entre esses sistemas de controle

podemos destacar como principais o método PEPS, método UEPS e o

método do custo médio.

2.2.1 Ficha de Controle de Estoques

A ficha de controle de estoque possui essencialmente, três colunas

principais:

• Coluna de entradas: é utilizada para compras, devoluções de

compras e abatimentos de compras.

• Coluna de saídas: é utilizada para vendas e devoluções de

vendas

• Coluna de estoque: é utilizada para saldo de estoques, isto é,

valor dos estoques existentes.

Cada coluna (entradas, saídas ou estoque) possui três subcolunas:

• Coluna de quantidades (Quant.)

• Coluna de valor unitário da mercadoria (V. Unit.)

• Coluna saldo ou total (quantidade x valor unitário)

Tabela A : Ficha de controle de estoque

Entradas Saídas Saldo

Quant. V.Unit Total Quant. V.Unit Total Quant. V.Unit Total

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2.2.2 Método PEPS (a Primeira a Entrar é a Primeira a Sair)

Nesse método, para dar baixa no custo deve-se considerar primeiro a saída

nas mercadorias mais antigas, ficando nos estoques as mais recentes.

Para Iudícibus, et al (1998, p. 102), à medida que as empresas vendem,

deverá ser dado baixa a partir das primeiras compras, o que equivale ao

raciocínio que se vende primeiro as primeiras unidades compradas.

Para Ferrari (2005, p.365), num regime inflacionário, os valores do estoque

final e do custo de mercadoria vendida são, respectivamente maiores e

menores, pois, na venda sairão primeiro as mercadorias mais baratas,

ficando nos estoques as mais caras. Conseqüentemente, o resultado com

mercadorias é o maior possível e o custo o menor possível. Caso haja

deflação, sairão primeiro as mais caras, ficando nos estoques as

mercadorias mais baratas. Assim, conseqüentemente, o resultado será o

menor possível e o custo com as mercadorias vendidas, o maior possível.

No caso de estabilidade econômica de preços, os valores do estoque final,

os custos das mercadorias vendidas e os resultados com mercadorias serão

os mesmos que aqueles encontrados em qualquer outro método.

2.2.3 Método UEPS (A Última a Entrar é a Primeira a Sair)

Neste método, deve-se dar baixa primeiro nas saídas das mercadorias mais

recentes, ficando nos estoques as mais antigas. Assim, à medida que

ocorrem as vendas, irá ser dado baixa a partir das primeiras compras, o que

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equivaleria ao raciocínio de que as primeiras unidades compradas seriam as

primeiras a serem vendidas.

Para Ferrari (2005, p. 365), num regime de inflação, os valores do estoque

final e do custo de mercadorias vendidas, serão respectivamente, os

menores e os maiores possíveis. No caso de deflação, ocorrerá o inverso e

no caso de estabilidade econômica de preços, os valores seriam os mesmos

daqueles apurados por outro método.

2.2.4 Método do Custo Médio ou média ponderada móvel

Nesse método, as quantidades que ficam em estoque e as que saem são

valorizadas pelo custo unitário médio de aquisição ou fabricação. Para evitar

o controle de preços por lotes, usa-se a possibilidade de se dar como custo

o valor médio das compras, que pode ser calculado pela as médias das

compras do período ou só do último mês. Chama-se média ponderada

móvel, pois o valor médio de cada unidade em estoque altera-se pela

compra de outras unidades por um preço diferente. Assim, o calculo será

feito pela divisão do custo total do estoque e as unidades existentes.

Para Iudícibus, et al (1998, p. 104), esse é o método mais utilizado pelas

empresas e o mais lógico também, pois é calculado pelo valor médio do

custo de estoque existente e faz com que as empresas não demandem

muito tempo para se obter os valores necessários.

Conforme exemplo de Ferrari (2005, p. 371), no início de um período, o

estoque de mercadorias da empresa comercial São Luís S/A era de 45

unidades a $80 a unidade. Ao longo do período, ocorreram os seguintes

fatos:

• Compra de 80 unidades a $ 90

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• Devolução de 25 unidades das últimas compras

• Abatimento sobre a última compra no valor de $ 165, a fim de

evitar nova devolução.

• Venda de 80 unidades a $180 cada

• Devolução de 40 unidades da última venda

• Abatimento sobre a última venda no valor de $ 1200

Apure o custo das mercadorias vendidas (CMV), o estoque final e o

resultado com mercadorias considerando (RCM) os métodos PEPS, UEPS e

custo médio.

Tabela B: Método PEPS

Entradas Saídas Saldo

Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total

45 80,00 3.600

80 90,00 7.200 45

80

80,00

90,00

3.600

7.200

(25) 90,00 (2.250) 45

55

80,00

90,00

3.600

4.950

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(165) 45

55

80,00

87,00

3.600

4.785

45

35

80,00

87,00

3.600

3.045

20

87,00

1.740

CMV=Total da coluna de saída= R$3.600 + R$3.045 – R$3.045 – R$400 =

R$3.200

Estoque final= R$ 400 + R$4.785 = R$ 5.185

Vendas líquidas = 80 x R$ 180 – 40 x R$ 180 - R$ 1.200 = R$ 6.000

RCM = R$ 6.000 – 3.200 = R$ 2.800

Tabela C: Método UEPS

Entradas Saídas Saldo

Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total Quant. V. Unit. Total

45 80,00 3.600

80 90,00 7.200 45

80

80,00

90,00

3.600

7.200

(25) 90,00 (2.250) 45

55

80,00

90,00

3.600

4.950

(165) 45 80,00 3.600

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55 87,00 4.785

55

25

87,00

80,00

4.785

2.000

20

80,00

1.600

(25)

(15)

80,00

87,00

(2.000)

(1.305)

45

15

80,00

87,00

3.600

1.305

CMV = R$4.785 + R$2.000 – R$2.000 – R$ 1.305 = R$ 3.480

Estoque Final = R$3.600 + R$ 1.305 = R$4.905

RCM = R$6.000 – R$3.480 = R$2.520

Tabela D: Método Custo Médio

Entradas Saídas Saldo

Quant. V. Unit. Total Quant. V.Unit. Total Quant. V. Unit. Total

45 80,00 3.600

80 90,00 7.200 125 86,40 10.800

(25) 90,00 (2.250) 100 85,50 8.550

(165) 100 83,85 8.385

80 83,85 6.708 20 83,85 1.677

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(40) 83,85 (3.354) 60 83,85 5.031

CMV = R$6.708 – R$ 3.354 = R$ 3.354

Estoque Final = R$ 5.031

RCM = R$6.00 – R$ 3.354 = R$2.646

2.3 Livro de registro de inventário

O livro de registro é obrigatório, segundo a legislação tributária brasileira. No

fim de cada exercício, devem constar transcritos todos os componentes do

inventário final do exercício. Por ser uma forma de comprovação legal, o

auditor deve iniciar seus exames partindo deste livro, procurando examinar o

processo através de testes ou amostragens dos estoques confrontando

sempre com as contas do controle razão.

Este livro possui como outra finalidade arrolar (alistar), pelos seus valores e

especificações que permitam sua perfeita identificação, mercadorias,

matérias-primas, produtos intermediários, materiais de embalagem,

produtos manufaturados e produtos em fabricação, existentes no

estabelecimento na época do balanço.

As pessoas jurídicas com base no lucro real devem escriturar o livro de registro de inventário da seguinte forma:

• Trimestralmente, no caso de pessoa jurídica que efetue o pagamento do

Imposto de Renda com base nos resultados efetivamente apurados em

balanços/balancetes trimestrais;

• Anualmente, caso a pessoa jurídica tenha optado pelo pagamento do

Imposto de Renda mensalmente por estimativa, hipótese em que estará

sujeita à elaboração do balanço somente no final do ano-calendário,

observando-se que, no caso de utilização de balanço com vistas à

suspensão ou redução do imposto devido mensalmente por estimativa, a

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pessoa jurídica que possuir registro permanente de estoques integrado e

coordenado com a contabilidade somente estará obrigada a ajustar os

saldos contábeis, pelo confronto da contagem física, ao final do ano –

calendário ou no encerramento do período de apuração, nos casos de

incorporação, fusão, cisão ou extinção da atividade. (Fonte: IOB –

publicada em 05/07/2006)

Os registros no livro de inventário serão feitos em colunas próprias conforme

descrição abaixo:

• Coluna classificação fiscal: deverá conter a

indicação relacionada com o código da Nomenclatura Brasileira

de mercadorias – sistema Harmonizado – NBM/SH;

• Coluna discriminação: deverá conter a especificação

que permita perfeita identificação da mercadoria –espécie,

marca, tipo, modelo;

• Coluna quantidade: deverá conter a quantidade em

estoque na data do balanço;

• Coluna unidade: deverá conter a especificação da

unidade, como: quilograma, metro, litro ou dúzia, de acordo com

a legislação do IPI;

• Colunas sob o título valor: na coluna unitário deverá

discriminar o valor de cada unidade de mercadoria, pelo custo

de aquisição, de fabricação ou pelo preço corrente de mercado.

Na coluna parcial, deverá informar o valor correspondente ao

resultado da multiplicação da quantidade pelo valor unitário e na

coluna total, o valor correspondente ao somatório dos valores

parciais constantes no mesmo código da coluna classificação

fiscal.

Tabela E: Livro de registro de inventário

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Registro de Inventário

Firma

Insc. Estadual CGC

Folha Estoques existentes em:

Valores

Classificação Fiscal

Discriminação Unidade Quantidade Unitário Parcial

CAPÍTULO III

MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE CUSTO DOS

ESTOQUES

A escassez de recursos financeiros torna o problema de redução dos custos

como um dos principais problemas a serem resolvidos atualmente. O

investimento em estoque e o custo de armazenagem dos materiais são os

itens que mais afetam a rentabilidade da empresa e por isso merece

atenção da gerência moderna.

O valor contábil dos estoques deve agregar todos os custos diretos ou

indiretos que ocorreram para a sua formação. A avaliação dos estoques ao

custo histórico de aquisição foi adotada pelos profissionais de contabilidade

e consagrada pelos princípios fundamentais de contabilidade.

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Segundo Ferrari (2005, p.130), os custos representam gastos no consumo

de bens e utilização de serviços para a produção de outros bens ou

serviços.

No setor de estoque, o custo é à base da avaliação dos estoques. A

matéria-prima e a mercadoria para revenda são avaliadas como custo de

aquisição e os produtos acabados e em elaboração como custo de

produção.

3.1 Componentes do custo dos estoques

O conceito de custo de aquisição engloba o preço do produto comprado e

os demais custos incorridos adicionalmente.

Segundo Dantas (2003, p.69), o custo total do estoque é calculado pela

soma de quatro custos: custo de material, de armazenagem, de pedido e de

transporte.

• Custo do material

O custo do material corresponde à quantidade desembolsada pela entidade

com a compra do material a ser mantido em estoque, ou seja, a soma de

todas as notas fiscais de entrada de produtos / mercadorias.

• Custo de Armazenagem

Todo o armazenamento de material gera determinados custos, que

chamamos de custo de armazenagem, entre esses custos estão: juros,

depreciação, aluguel, equipamentos de movimentação, seguros,

conservação e outros.

A quantidade em estoque e o tempo de permanência dos mesmos são duas

variáveis que aumentam os custos de armazenagem. Grandes quantidades

em estoques somente poderão ser movimentadas com a utilização de mais

pessoal e com maior uso de equipamentos, tendo como conseqüência a

elevação desses custos. Esse custo é proporcional ao estoque médio da

empresa.

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Segundo Dantas (2003, p.70), as empresas devem fazer uma relação entre

o custo de armazenagem e o valor do estoque médio referente a um

determinado período, para determinar uma taxa anual de armazenagem,

com o intuito de reduzir este custo.

• Custo do Pedido

O custo do pedido ou custo de aquisição é o valor monetário dos custos

incorridos no processamento de cada pedido de compra. Para calcular o

custo do pedido, se faz necessário apurar o valor anual de todo os custos

envolvidos no processamento dos pedidos de compra (mão – de – obra,

material utilizado na confecção do pedido e os custos indiretos, como:

telefone, luz, viagens entre outros), dividir pelo o número de pedidos

processados no período, considerando um número médio de itens por

pedido.

• Custo do Transporte

Esse custo deve-se apurar todos os valores gastos com o transporte de

matérias – primas, do fornecedor até as dependências da empresa e

acrescentar ao valor das mercadorias.

Segundo Dantas (2003, p.74), quando o frete for efetuado por

transportadora independente, também deverá ser acrescentado ao valor da

mercadoria. Se a nota fiscal constar mais de um tipo de material, o valor do

transporte deverá ser rateado em função do valor de cada item constante na

nota fiscal.

As despesas de transporte do setor comercial, ou seja, despesas de

transporte quando da entrega dos produtos acabados ao cliente é

considerada contabilmente como despesa da área comercial e não como

custo do setor de estoque.

No caso de importações de mercadorias, o custo deve ser adicionado pelo

imposto de importação, pelo (IOF) incidente sobre a operação de câmbio,

pelos custos alfandegários e por outras taxas de importações.

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3.2 Método do Preço Específico

Esse método é utilizado quando existe a possibilidade de determinar o preço

específico de cada unidade em estoque, mediante a identificação física,

dando-se baixa em cada venda por unidade. Dessa forma, cada mercadoria

terá seu preço específico e, por este preço, será dado baixa no momento da

venda.

3.3 Método do Custeio por Absorção

O custo dos estoques dos produtos em processo ou acabados na data do

balanço deve ser feito pelo método do custeio por absorção, onde se deve

debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam

esses custos definidos como diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de

estrutura ou operacionais.

O procedimento é fazer com que cada produto absorva uma parcela dos

custos diretos ou indiretos relacionados à produção, ou seja, todos os

gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os

produtos.

Segundo Dantas (2003, p.109), na legislação tributária brasileira do imposto

de renda, esse método é recomendado, porém se devem fazer sempre

ressalvas, como quando existem muitos gastos potenciais não podem fazer

parte do custo por absorção para fins tributários, pelo fato de não ser

reconhecido tributariamente como encargo. O imposto de renda do exercício

é um gasto operacional que não pode ser rateado e nem classificado como

despesa operacional.

3.4 Método do Custeio Variável

O custeio variável é um tipo de custeamento que consiste em considerar

como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos.

Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não

são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo

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encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo

dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e

produtos acabados só conterão custos variáveis.

Segundo Dantas (2003, p.109), esse sistema fundamenta-se na separação

dos gastos variáveis e fixos, isto é, gastos que oscilam proporcionalmente

ao volume da produção e venda.

Esse método produz informações importantes para a entidade, como a sua

margem de contribuição e é o sistema que proporciona subsídios

necessários para a tomada de decisões, porém esse sistema não é aceito

para demonstrativos externos, pois fere um dos princípios contábeis aceito

no Brasil e também não é aceito perante a legislação do imposto de renda.

3.5 Método de Custeio da Produção e por Processo

Os custos dos produtos acabados e em processo são geralmente

determinados por dois tipos básicos de métodos de custeio que são: o

custeio de produção e por processo.

Esses métodos são considerados viáveis e aceitáveis pela contabilidade e

pela legislação fiscal, o único requisito que é exigido é que sejam aplicados

com base no custo por absorção e pelos custos reais incorridos.

• Custeio da produção

Nesse método, os custos são acumulados para cada ordem de produção de

um lote ou mais itens produzidos. Geralmente esse tipo de custeio é

empregado em produções por encomenda e não ficam vinculados a

determinado período de tempo.

Através desse custo, podemos transferir valores das contas de produtos em

processo de fabricação para as de produtos acabados.

• Custeio por processo

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Esse sistema de custeio é adotado quando o processo de produção é

contínuo e se fabricam produtos homogêneos.

Nesse método, os custos são acumulados por fases de processo de

produção, em que se deve fazer uma média de custo baseado na

quantidade de unidades processadas em cada fase do processo produtivo.

Segundo Dantas (2003, p.111), a média dos custos é baseada no parâmetro

de consumo, horas, máquinas entre outros fatores que alteram o custo de

produção. Desta forma, os custos totais acumulados durante um

determinado período de cada departamento são divididas pela a quantidade

produzida e assim, rateando esses custos para cada unidade produzida.

3.6 Método de Custeio ABC

O custeio ABC está baseado nas atividades que a empresa efetua no

processo de fabricação de seus produtos. Esse método é um instrumento

de planejamento que permite ao gerente a orientar os seus esforços em

direção aos resultados mais significativos para a sua organização, além de

analisar os custos de atividades, seus direcionadores e os objetos de custo

focados para um tratamento especial dos custos indiretos.

Um diferencial do sistema ABC é que a sua utilização, por exigir controles

pormenores, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos

processos internos da empresa e ao mesmo tempo, possibilita a

implantação e o aperfeiçoamento dos controles internos da entidade.

Segundo Dantas (2003, p.60), o fundamento do método é aplicável a muitas

situações onde seja possível estabelecer prioridades, uma vez que

determinadas tarefas a serem cumpridas podem ser mais importantes que

outras. Pode-se fazer uma classificação ABC por peso, tempo de reposição,

valor da demanda, aquisições realizadas entre outros.

O sistema de custo baseado em atividades (ABC - Activity Based Costing)

procura amenizar as distorções provocadas pelo o uso do rateio, que são

utilizados por outros métodos de custos, principalmente o custeio por

absorção. “O custeio ABC é uma metodologia que procura reduzir

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sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos

indiretos”.(Martins -2003, p.87).

Esse sistema tem como fundamento básico à busca do princípio da causa,

ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o

agente causador do custo, para atribuir a responsabilidade do valor. A idéia

básica é atribuir primeiramente os custos as atividades e posteriormente

atribuir custos das atividades dos produtos. Sendo assim, primeiramente se

faz o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo esses

custos e, posteriormente verificar como os portadores finais dos custos

consumiram os serviços das atividades, atribuindo os custos definidos.

Segundo Dantas (2003, p. 60), o método ABC aplicado ao estoque pode

evidenciar que na maior parte das organizações os estoques se apresentam

em média com a seguinte distribuição em termos de quantidade e valor:

Tabela F: Estratificação dos Estoques

Classe % de itens % total em estoque

A 10 70

B 25 20

C 65 10

Total 100 100

A classificação acima varia de empresa para empresa, porém, de uma

forma geral os valores variam bastante em torno dos valores que a tabela

apresenta. Na tabela, os 10% do total de itens respondem por 70% dos

valores totais do estoque, 25% dos itens existentes no estoque respondem

por 20% do valor total em reais no estoque e finalmente 65% dos itens

respondem por apenas 10% do valor investido em estoque.

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Esse método possui algumas vantagens e desvantagens para a entidade.

Como vantagens pode-se destacar:

• Informações gerenciais relativamente mais fidedignas por meio

da redução do rateio;

• Menor necessidade de rateios arbitrários;

• Atende aos Princípios Fundamentais da Contabilidade;

• Obriga a implantação, permanência e revisão de controles

internos;

• Proporciona melhor visualização dos fluxos dos processos;

• Identifica, de forma mais transparente, onde os itens em estudo

estão consumindo mais recursos;

• Identifica o custo de cada atividade em relação aos custos totais

da entidade;

• Pode ser empregado em diversos tipos de empresas

(industriais, comerciais e serviços, com ou sem fins lucrativos);

• Pode fornecer subsídios para gestão econômica, custo de

oportunidade e custo de reposição;

• Possibilita a eliminação ou redução das atividades que não

agregam valor ao produto.

Como desvantagens pode-se citar os seguintes itens:

• Gastos elevados para implantação;

• Alto nível de controles internos a serem implantados e

avaliados;

• Necessidade de revisão constante;

• Necessidade de reorganização da empresa antes de sua

implantação;

• Falta de pessoal competente, qualificado e experiente para

implantação e acompanhamento;

• Maior preocupação em gerar informações estratégicas do que

em usá-las.

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CAPÍTULO IV

PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA

“Auditoria é uma especialização contábil voltada para testar o controle

patrimonial implantado nas diversas entidades com o objetivo de expressar

uma opinião sobre determinado dado”. (Pimentel -s.d, p. 1)

O auditor é o profissional responsável em obter elementos de satisfação que

o levem a fundamentar sua opinião sobre determinado objeto de estudo,

além de averiguar e detectar eventuais falhas nos sistemas de controle e

atentar para a manutenção dos mesmos, para que os problemas existentes

sejam minimizados, atuando de forma preventiva e apresentando sugestões

para os eventuais desvios.

A entidade com a expansão dos negócios tem a necessidade de dar ênfase

às normas ou procedimentos internos de auditoria, devido ao fato de que o

administrador não poderia supervisionar todas as atividades da empresa.

Adicionalmente a esse processo, o auditor externo ou independente, além

de sua opinião ou parecer sobre as demonstrações contábeis, passou a

emitir um relatório, que apresenta sugestões para solucionar os problemas

da empresa, porém esse tipo de auditor passa um período de tempo muito

curto dentro da empresa.

Para atender a necessidade da empresa, seria necessária uma auditoria

mais periódica e mais profunda, assim sendo, surgiu o auditor interno, que é

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um empregado da empresa e dentro da organização ele não deve estar

subordinado àqueles cujo trabalho examina. Além disso, não deve

desenvolver atividades que ele possa vir um dia examinar, para que não

interfira na sua independência.

Para que o auditor possa dar o seu parecer, ele deve fazer testes com

amostras do setor específico. Primeiramente o auditor deve determinar o

tamanho da amostra e considerar o risco de amostragem, bem como erros

toleráveis e os esperados. Para que a sua conclusão, utilizando uma

amostra, seja corretamente planejada para aplicação a população

(totalidade dos dados do qual o auditor deseja tirar a amostra para chegar a

uma conclusão) é necessário que a amostra seja representativa dessa

população e que todos os itens da população tenham oportunidade idêntica

de serem selecionados.

O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do

auditor, com base da amostra possa ser diferente da conclusão que seria

alcançada se toda a população estivesse sujeita ao mesmo procedimento

de auditoria.

Existem três tipos de selecionar essa amostra: a seleção de forma aleatória,

onde assegura que todos os itens da população tenham idêntica

possibilidade de serem escolhidos. Na seleção sistêmica, a escolha dos

itens é procedida de maneira que haja sempre um intervalo constante entre

cada item selecionado. Já na seleção casual, o auditor deve extrair uma

amostra representativa da população, sem intenção de incluir ou excluir

unidades específicas.

Segundo Pimentel (s.d, p.22), o auditor está sujeito ao risco de amostragem

nos testes de observância e testes substantivos, porém esses testes são

necessários para a sua opinião.

Os testes de observância visam o controle do processo, onde possui o

objetivo de obter uma margem de segurança de que estão em pleno

funcionamento os procedimentos de controle interno adotados pela

administração da empresa auditada. Já os testes substantivos, objetivam a

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obtenção de evidência quanto à suficiência, precisão e validade das

informações geradas pelo sistema de contabilidade da organização.

Para Pimentel (s.d, p.22), o erro tolerável é o erro máximo na população, no

qual ele está disposto a aceitar e ainda assim, concluir que o resultado da

amostra atingiu o objetivo da auditoria.

4.1 Procedimentos de auditoria dos estoques

O auditor poderá avaliar e fornecer a sua opinião em uma auditoria no setor

de estoque, quando este seguir alguns procedimentos específicos:

• O auditor deverá confrontar as informações apresentadas no

saldo do balanço e o saldo declarado no livro de registro de

inventário. Se for apurada alguma diferença a maior na

contabilidade, é caracterizada super avaliação dos estoques,

podendo o auditor acusar a entidade de omissão de receitas.

• Deverá comprovar de forma física a quantidade de produtos

que o estoque possui. Essa verificação pode ser realizada

através de testes estatísticos. Essa verificação deve ser a mais

rigorosa possível, examinando os detalhes de cada material.

• Caso haja dificuldade em verificar a quantidade de material em

estoque, o auditor deve fazer a contagem no método

tradicional, ou seja, através da contagem dos produtos,

avaliando assim, os inventários feitos na organização

anteriormente.

• Deverá proceder com os exames de avaliação dos estoques,

onde serão analisados os custos bem como os critérios de

avaliação dos estoques.

• Revisar o sistema de alocação de custo aos estoques e os

cálculos para a apuração dos custos unitários comparando o

custo unitário atual com o valor de mercado. Na hipótese do

valor de mercado estar abaixo do custo, à empresa deve

constituir uma provisão para desvalorização dos estoques.

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• Verificar a existência de estoques obsoletos ou com baixa

movimentação.

• O auditor deve verificar se os valores constantes no balanço

patrimonial, bem como as apropriações dos custos dos bens de

venda se converteram em receita. Para isso, o auditor deve

analisar toda a documentação necessária de entrada e saída

dos estoques na entidade, verificando a autenticidade dos

documentos, confronto com as notas de entrada e saída e

verificação aritmética do saldo, para se certificar que está

correto.

• Utilizar o método de amostragem mais adequado para se

certificar que suas conclusões irão estar corretas atribuindo

uma atenção mais específica aos bens de maior valor e de

maior giro do estoque (tempo de permanência do produto no

estoque).

• Deve-se existir uma correlação entre a auditoria dos estoques e

os custos dos produtos vendidos.

• No caso de devolução de vendas, verificar pelas fichas de

estoque, examinando se essa devolução foi processada com

documento fiscal e se foi devidamente lançado no livro de

entrada de mercadoria.

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CAPÍTULO V

AVALIAÇÃO DOS ESTOQUES

Os estoques são avaliados de acordo com o custo de aquisição, deduzindo

as provisões para ajustá-los ao valor de mercado, quando este for inferior.

De acordo com a legislação do Imposto de Renda, quando a empresa não

possuir contabilidade de custos, os estoques deverão ser avaliados da

seguinte maneira:

• Produtos acabados – 80% do preço de venda

• Produtos em processo – 70% do valor atribuído aos produtos

acabados

5.1 Subavaliação dos Estoques

Algumas entidades com a intenção de recolher um valor menor de imposto

de renda, as mesmas utilizam a prática de sub avaliação dos estoques, que

consiste em avaliar os estoques por um valor inferior do seu valor real,

elevando assim, os custos das mercadorias ou produtos vendidos e

consequentemente reduzindo o lucro líquido.

De acordo com Lugon (2005, p.76), o imposto de renda deve respeitar três

critérios que interferem diretamente na entidade e estão de acordo com a

legislação tributária, que são: a progressividade, generalidade e

universalidade.

Em relação à progressividade das alíquotas, significa que quanto maior a

renda maior será a alíquota incidente; A generalidade estabelece que todas

as pessoas estarão sujeitas ao imposto, não importando o cargo que

ocupem ou função que exerçam e a universalidade estabelece que todos os

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rendimentos do contribuinte estão sujeitos ao imposto não importando o

título jurídico de tais acréscimos patrimoniais.

De acordo com Ferrari (2005, p.366), para não infringir a constituição, as

organizações estão demonstrando mais relevância no período inflacionário,

onde consiste em um regime de tendência crescente de preços, evitando

assim, utilizar o método UEPS para critério de avaliação já que os valores

do estoque final e do custo médio de mercadorias vendidas serão

respectivamente, os menores e os maiores possíveis. Assim,

consequentemente o resultado com mercadorias também irá reduzir

fazendo com que o imposto de renda sobre o lucro também seja menor e

que conforme o regulamento de imposto de renda, não permite que as

empresas do Brasil utilizem esse método nesse período já que estão

obrigadas a declararem o imposto com base no lucro fiscal.

O auditor deve utilizar alguns métodos específicos para detectar se a

entidade está sub avaliando os seus estoques:

• Efetuar testes envolvendo as últimas aquisições e proceder com

um levantamento específico;

• Confrontar o inventário e as vendas do mês de Janeiro do

exercício subseqüente, envolvendo as últimas aquisições;

• Confrontar o registro de inventário com o balanço patrimonial.

Com esses métodos o auditor poderá verificar se a organização efetuou

algum erro proposital, como: somar, multiplicar, diminuir alguma quantidade

física do estoque, se avaliou alguma mercadoria por um preço inferior ao

período ou se omitiu o arrolamento das mercadorias adquiridas no fim do

período.

5.2 Super avaliação dos Estoques

Algumas empresas super avaliam seus estoques de maneiras diferentes. A

primeira ocorre quando existem saídas de mercadorias sem a emissão do

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documento fiscal, resultando em falta quando ocorre o inventário físico no

final do período. Para suprir essa ausência de mercadoria, as entidades

incluem no livro de registro de inventário quantidades que deveriam constar

fisicamente, super avaliando assim, os estoques.

Também é considerado super avaliação de estoque, quando existem

mercadorias com um valor unitário superior do que quando a organização

adquiriu.

Outra forma de super avaliar os estoques ocorre quando as empresas

efetuam erros propositais como erros nos cálculos e nos transportes de

valores ou simplesmente efetuar o registro contábil maior do que o registro

do inventário.

Essa prática é considerada ilícita, pois visa ocultar dos olhos do auditor

fiscal a sonegação de tributos através de omissão das receitas, além de

infringir a legislação tributária, na qual determina que as mercadorias devam

ser inventariadas ao custo histórico de aquisição ou de produção que

engloba os seguintes fatores: preço da mercadoria, fretes, seguros e demais

custos de fabricação, deduzindo os impostos recuperáveis, ICMS e IPI.

O auditor fiscal poderá verificar se a empresa super avaliou os seus

estoques efetuando um levantamento específico das mercadorias, antes

que a organização possa regularizar a falta da mercadoria no estoque, com

a compra da mercadoria da mesma espécie e quantidade sem o devido

documento fiscal.

Outro método do auditor fiscal verificar se a empresa está utilizando o

critério de super avaliação é arbitrar o lucro bruto da organização, parcela

sobre o qual efetivamente incide os impostos não cumulativos, IPI e ICMS e

para efetuar a fiscalização do ICMS o auditor deve fazer o levantamento das

mercadorias.

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Conclusão

As inúmeras mudanças no mercado atual e a grande competitividade entre

as empresas estão obrigando as organizações a encontrarem melhores

formas para desempenhar suas atividades.

Neste ambiente competitivo, as entidades estão cada vez mais se

preocupando com os investimentos em estoques, que afeta tanto no

aspecto econômico – financeiro, já que influencia diretamente no lucro

líquido e quanto no sistema operacional, implantando políticas de estoque

para que possa chegar ao seu objetivo no mercado.

No cenário apresentado, as organizações estão utilizando técnicas para ter

um maior controle sobre os seus estoques e métodos de avaliação dos

mesmos, tendo como objetivo a redução dos custos das mercadorias, já que

muitas empresas sofrem com a escassez de recursos financeiros. Além

disso, as entidades também estão preocupadas em seu controle patrimonial

e para verificar se existem falhas nos sistemas, as organizações executam o

procedimento de auditoria, que testa esse controle patrimonial implantado e

que fornece um parecer através de testes sobre aquele determinado dado.

Os principais benefícios de um correto controle e avaliação dos estoques é

verificar a exatidão do saldo dos estoques demonstrado no balanço

patrimonial e o saldo declarado no livro de registro de inventário e, caso

exista alguma apuração de diferença entre esses dados, o auditor

caracteriza uma super avaliação de estoque, já que esse fato resulta na

redução da parcela tributária e o auditor pode ainda acusar a entidade de

omissão de receitas.

Para que a auditoria possa ter mais exatidão nos dados coletados para a

verificação de irregularidades dos processos, ela vem aprimorando cada vez

mais os seus procedimentos, a fim de também chegar ao seu objetivo de

forma mais rápida e eficaz.

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Atualmente, se torna imprescindível à auditoria de estoque, já que tem sido

objeto de levantamento de grandes somas de valores que são recuperadas

para os cofres públicos, uma vez que diversas entidades desviam alguma

parcela de tributo que lhe é de direito, além de sonegar o mesmo através da

omissão de receitas.

Com profissional de auditoria e as suas técnicas, pode-se descobrir se as

organizações estão usando algum procedimento incorreto para tentar

ocultar informações importantes da visão de um auditor fiscal, entrando no

critério de super e subavaliação de estoque.

Assim, conclui-se que a auditoria de estoque é de extrema relevância, pois

aliada a outras técnicas eficazes e eficientes, estará cada vez mais

ajudando ao Estado a descobrir se as empresas estão recolhendo os seus

tributos de maneira correta e consequentemente evitando que as mesmas

possam se apropriar indevidamente dessas parcelas que configuram a

riqueza que mantém o Estado.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

DANTAS, Sérgio Baptista. Logística de Materiais. Rio de Janeiro:

Univercidade, 2003. Apostila

FERRARI, Ed Luiz. Contabilidade Geral. Rio de Janeiro: Campus, 2005.

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http://www.iob.com.br. Acesso em 05.07.2006.

IUDÍCIBUS, Sérgio, et al. Contabilidade Introdutória. 9. Ed. São Paulo:

Atlas,1998.

LUGON, Alexandre. Direito Tributário. Rio de Janeiro: Academia do

Concurso Público, 2005.

MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9ª Edição. São Paulo: Atlas,

2003

PIMENTEL, Edson. Contabilidade Básica. Versão 2. Rio de Janeiro:

Academia do Concurso Público, 2004. Apostila.

PIMENTEL, Edson. Auditoria MBA. Rio de Janeiro: Academia do Concurso

Público, s.d.