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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O BSC como Ferramenta para uma Gestão Estratégica de Sucesso
Por: Ana Cristina Conceição Libório
Orientador
Prof.(a) Aleksandra Sliwooska
Rio de Janeiro
2012
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
2
O BSC como Ferramenta para uma Gestão Estratégica de Sucesso
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Gestão empresarial
Por: Ana Cristina Conceição Libório
3
AGRADECIMENTOS
À minha mãe pelo apoio e incentivo.
Aos meus professores pelos ensinamentos.
Aos amigos pela força e companheirismo.
4
DEDICATÓRIA
Agradeço ao professor Mario Manhães Mosso pelos ensinamentos.
Agradeço a todos que contribuíram de forma direta ou indireta para a
finalização deste Trabalho.
5
RESUMO
De acordo com Pinto (2004), a estratégia deve ser entendida como
uma conspiração para o sucesso.
Na gestão estratégica, o balanced scorecard pode ser utilizado como
um sistema de controle estratégico que permite as organizações utilizarem o
desdobramento da estratégia para elaborar o seu planejamento tático e
operacional objetivando o alcance deste sucesso.
A utilização da ferramenta BSC em uma empresa contribui para o
entendimento da visão de futuro; auxilia no estabelecimento de seus objetivos
estratégicos; viabiliza a definição e cria um consenso sobre qual é a
estratégia da empresa; identifica quais as competências necessárias e
suficientes para implementar a estratégia escolhida e define os indicadores
para associar aos objetivos estratégicos com metas de longo prazo
consistentes com o Planejamento Estratégico.
Este trabalho é o resultado de uma pesquisa realizada com o objetivo
de analisar as contribuições alcançadas com a aplicação da ferramenta
Balanced Scorecard como apoio à gestão estratégica, sendo uma
fundamentação teórica sobre planejamento estratégico, gestão estratégica e
da ferramenta BSC como suporte para mensuração do desempenho da
organização.
6
METODOLOGIA
Para atender a demanda dos objetivos propostos, foi realizada uma
pesquisa bibliográfica referente ao tema: Gestão Estratégica e Balanced
Scorecard, e uma análise superficial de empresas que contém e não contém
estratégias pré-definidas.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - A Estratégia 10
CAPÍTULO II - O Planejamento Estratégico 16
CAPÍTULO III – A Gestão Estratégica 20
CAPÍTULO IV- Formulação de Estratégias 24
CAPÍTULO V- O Balaced Scorecard 27
CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33
ÍNDICE 35
8
INTRODUÇÃO
A gestão estratégica, segundo Richardson & Richardson (1992, p. 26-
27), é um processo, em última análise de adaptação organizacional aos
ambientes através do tempo: uma tarefa para o estrategista de gestão, que é
totalmente responsável pela forma como a organização se adapta ao seu
ambiente e satisfaz as pessoas; uma tarefa para cada um na organização,
porque seus planos, decisões e ações criam coletivamente o nível de sucesso
alcançado pela organização como a estratégia; um conjunto de trabalhos de
planejamento crítico sustentado pelas necessidades, impactos e de
adaptação ao meio ambiente, que os estrategistas podem reunir para manter
ou melhorar o sucesso organizacional, e para alcance desse lançamos mão
de ferramentas e gestão e atualmente a mais utilizada é o BSC.
A avaliação de desempenho de uma organização é geralmente
efetuada por meio de indicadores, que constituem parte central da função de
planejamento e controle, devido os mesmos estarem coerentes com os
objetivos definidos pela organização. Sua utilização não está restrita somente
ao acompanhamento e correção das operações, podendo servir também
como parametrização e auxílio para tomada de decisões (KAPLAN e
NORTON. 1997).
Os modelos de avaliação de desempenho empregados pelas
organizações, em sua maioria, ainda preservam valores e idéias que estão
centradas em indicadores financeiros, contábeis e de eficiência operacional
(KAPLAN e NORTON, 1997). Com a evolução histórica, os modelos de
medição de desempenho deram espaço a modelos de avaliação de
desempenho organizacional e, consequentemente induzem à aprendizagem
da organização.
Segundo Kaplan e Norton, o Balanced Scorecard (BSC), é uma técnica
que visa a integração e balanceamento de todos os principais indicadores de
desempenho existentes em uma empresa, desde os
financeiros/administrativos até os relativos aos processos internos,
estabelecendo objetivos da qualidade (indicadores) para funções e níveis
relevantes dentro da organização, ou seja, desdobramento dos indicadores
9
corporativos em setores, com metas claramente definidas. Assim, esse
modelo traduz a missão e a estratégia de uma empresa em objetivos e
medidas tangíveis.
Esta ferramenta (BSC) “é um sistema de mensuração e gestão do
desempenho organizacional, visando auxiliar as organizações a expressar
sua estratégia em metas, objetivos e indicadores, alinhados e balanceados,
direcionando comportamentos e resultados” Kaplan e Norton (1997, p.52).
Para Faria (2005), a implantação do BSC objetiva criar uma visão
partilhada das metas da organização entre todos os seus níveis, definindo
quais os objetivos a atingir e medindo seu desempenho em quatro
perspectivas distintas: Financeira, do Cliente, de Processos Internos e
Aprendizado e Crescimento.
O BSC permite avaliar até que ponto as unidades de negócio geram
valor para os clientes atuais e futuros, e como devem aperfeiçoar as
capacidades internas e os investimentos necessários em pessoal, sistemas e
procedimentos visando melhorar o desempenho futuro (JERÔNIMO, 2008).
Segundo CAVALHEIRO, 2006, uma das principais ferramentas
aplicadas a gestão estratégica é o desenvolvimento de um sistema de
medição de desempenho, pois possibilita a tomada de decisões corretas e a
tempo, das operações da organização.
Logo o BSC é um método que auxilia os gestores a desenvolver uma
gestão estratégica de sucesso do início ao fim, com total envolvimento de
seus colaboradores.
O Balanced Scorecard é uma ferramenta que vai analisar a
organização sobre quatro perspectivas equilibradas: financeira, do cliente, dos
processos internos da empresa, e do aprendizado e conhecimento, permitindo
assim o acompanhamento do desempenho financeiro, monitorando, ao
mesmo tempo, o progresso na construção de capacidades e na aquisição dos
ativos intangíveis necessários para o crescimento futuro.
10
CAPÍTULO I
A Estratégia
Estratégia é a palavra-chave da modernidade, conforme esclarece
Williams (1976). Em termos etimológicos, ela provém do grego strategia, que
significa comando de exército, cargo ou dignidade do chefe militar, bem como
aptidão para comandar. Nessa língua, encontra um leque de extensões,
ligadas principalmente ao ato de guerrear, como stratégos, ou o general, o
chefe militar, o ministro da guerra; strategicós, o próprio do general chefe;
stratégema, ou estratagema, ardil de guerra; stratiá, ou expedição militar;
stratégion, ou tenda do general, local de reuniões militares, stráteuma, ou
exército em campanha; entre outras (Pereira, 1969).
O vocábulo estratégia surgiu na língua inglesa apenas no final do
século XVII, para designar alguma coisa feita longe da visão do adversário,
em oposição à tática, que implica o comportamento inverso. Estes conceitos
já faziam parte da clássica obra de Sun Tzu escrita em 500 A.C. – “A Arte da
Guerra”, na qual se percebe que a maioria dos princípios básicos da definição
e aplicação da “estratégia” são originados, muito antes da era cristã, seja no
tempo de Péricles, para apontar as atividades de liderança, oratória ou poder,
ou seja no tempo de Alexandre da Macedônia, para indicar um sistema
unificado de Governo (Quinn, 1992; Whipp, 1996).
De várias maneiras, tal uso da estratégia chegou à época
contemporânea, por exemplo, nos escritos datados do século XIX do general
prussiano Carl Von Clausewitz, sugerindo como administrar os exércitos em
épocas de conflitos e, mais tarde, no pensamento dos estrategistas militares
Foch e Grandmaison sobre as ações francesas na Primeira Guerra Mundial e
nas manobras de batalha elaboradas por Patton, McArthur e Rommel durante
a Segunda Guerra Mundial. (Quinn, 1992).
Nos dias atuais, estratégia diz respeito à condução de organizações no
contexto da competição. A sua operacionalização inclui a seleção de objetivos
para delimitar e guiar as ações de manutenção ou de melhoria da posição
alcançada no mercado, a reunião dos recursos disponíveis, a avaliação de
contingências ambientais tais como os interesses de determinados grupos,
11
inovações tecnológicas, medidas governamentais, entre outras tarefas (Hatch,
1997). Conforme observa Quinn (1992), atividades ainda muito similares
àquelas desempenhadas na remota Grécia pelos conquistadores em tempos
de luta.
São muitas as definições para Gestão Estratégica, uma delas de
Andrews, Christensen, Bower, Hamermesh e Porter (citados por Mintzberg et
al., 2000:28), é que a estratégia é: “a união entre qualificações e
oportunidades que posiciona uma empresa em seu ambiente”.
Para Bryson (1988), um plano estratégico se assemelha a uma série de
discussões e decisões tomadas entre os administradores sobre o que
verdadeiramente é importante para uma organização. Ele analisa que,
usualmente, os responsáveis pelas grandes decisões necessitam de um
processo estruturado para auxiliá-los na identificação e resolução das mais
importantes situações pela qual passa uma organização.
Já para Ferreira (1996), o planejamento estratégico assume papel
determinante num ambiente envolto em profundas transformações e sob a
ação imprevisível das mudanças. Ele cita que “normalmente associa-se risco
à mudança, mas, muitas vezes o risco maior está em não mudar!”
(FERREIRA, 1996, p. 31). Tais mudanças são sempre conduzidas pelos
indivíduos que prestam o serviço direcionado às pessoas que usam o serviço.
Para o autor, antes era possível imaginar processos, quase rituais, em que as
organizações ao lidar com um problema idealizavam a solução em momentos
separados, ou seja, o planejamento e a operacionalização. Na atualidade, a
organização moderna necessita de prontidão na sua ação para com as
diversas situações. E ele cita que: Neste contexto, as organizações
orientadas por visões fazem a diferença. Ter uma bela e inspiradora visão e
compartilhá-la dentro da organização, não significa adivinhar o futuro, significa
sim, construí-lo. Uma visão tem força, mais do que isto tem poder, pode
substituir o líder nos seus impedimentos, funcionando como orientadora das
ações institucionais (FERREIRA, 1996,p.28).
O planejamento estratégico organizacional é realizado em diversas
etapas, de acordo com o porte, a estrutura e a mobilização das lideranças.
12
De modo geral, segundo McKinsey (2009), as principais etapas do processo
são:
1) Formulação dos objetivos organizacionais e das prioridades a longo prazo,
a qual Inclui:
a) A definição da visão – o que se “sonha” para a organização, o futuro
realizável que motiva o presente.
Como exemplo o Portal de Internet Yahoo declara na sua visão o
compromisso com o futuro da internet e para isso realiza ações diretamente
relacionadas a recuperação de informação e processamento de linguagem, a
pesquisa sobre microeconomia (modelos de micropagamentos e serviços
personalizados), a mineração de dados (Processo de explorar grandes
quantidades de dados à procura de padrões consistentes), estudos
sociológicos (para a compreensão do comportamento coletivo em
comunidades) e a criação de redes de relacionamento.
b) A definição da missão – identifica a organização, suas áreas de atuação,
seus rumos.
A missão do Flickr, site de arquivamento e marcação de fotos, é "ajudar
pessoas a tornar suas fotos disponíveis para as pessoas que realmente
importam" e também "prover novas maneiras de organizar fotos". A visão
deve ser específica para cada caso e não deve ter lugares comuns a todas as
organizações, como "destacar-se pelo atendimento ao cliente", por exemplo.
2) Análise das forças e limitações internas – Também conhecida como análise
SWOT, é realizada para o fortalecimento dos pontos fortes e superação dos
pontos fracos, inclui:
a) O entendimento e a investigação da situação presente, com a modelagem
dos grandes processos de negócios, a documentação e descrição dos
processos e atividades, a construção de cenários, a identificação dos pontos
13
de melhoria e mudança (tempo, custo e aplicação de tecnologias, por
exemplo), a identificação de problemas.
b) A análise dos recursos (financeiros, patrimoniais, humanos, tecnológicos)
disponíveis para as operações atuais e futuras.
c) A análise da estrutura organizacional – aspectos positivos e negativos,
divisão de trabalho entre departamentos e unidades; como os objetivos
organizacionais foram distribuídos em objetivos departamentais; como as
áreas respondem às mudanças de rumo.
d) A avaliação dos resultados financeiro, de produtividade, inovação,
crescimento.
Fonte:http://fazer-euros-na-net.blogspot.com.br/
3) Análise do ambiente externo, desafios e oportunidades. Envolve a
avaliação e o intenso monitoramento:
a) Da conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais, legais,
que afetam a sociedade e demais empresas.
b) Do mercado e do público, das características atuais e das tendências
futuras, das oportunidades e perspectivas.
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c) Das empresas que atuam na mesma área, com os mesmos clientes,
consumidores ou recursos especialmente em relação a novos produtos,
qualidade, reputação, imagem da marca.
d) Dos fornecedores e parceiros, para verificar se os termos das negociações
com estas empresas podem ser alterados em relação aos preços dos
produtos e aos acordos de crédito.
e) Da conjuntura tecnológica, pois as atividades-fim de muitas indústrias estão
sujeitas a rápidas e imprevisíveis mudanças nesta área.
O acompanhamento do mercado é seguido da formulação dos
indicadores-chave que servirão para a o posicionamento da empresa.
4) Formulação das alternativas de melhoria, linhas de ação para alcançar os
objetivos, tendo em vista as condições internas e externas, com:
a) A análise das mudanças dos processos correntes (requisitos de mudança).
b) A busca de boas práticas internas e no mercado.
c) A modelagem e simulação dos processos propostos.
d) A identificação de responsáveis pelos novos processos.
e) A identificação e detalhamento de tecnologias necessárias aos novos
processos.
f) O detalhamento do plano de desenvolvimento e implementação de novos
processos.
5) Criação da estratégia (processos, produtos estrutura, cultura, liderança),
com desenvolvimento de métricas de performance, planos de contigência,
prazos, delegação de responsabilidades e outras iniciativas para a
implementação dos objetivos estratégicos. Uma análise dos projetos em
realização verifica se estão alinhados aos objetivos a curto e médio prazos.
15
6) Divulgação e alinhamento, com a comunicação dos planos para toda a
organização, de forma que cada unidade desenvolva um planejamento
próprio, que dê suporte aos objetivos gerais.
7) Controle estratégico dos resultados em relação aos objetivos do
planejamento (através de ferramentas como Balanced Scorecard – BSC, por
exemplo). O monitoramento da performance pode ser sistematizado através
de relatórios periódicos.
8) Avaliação dos resultados, com indicadores que evidenciem se alguma área
está aquém das expectativas e precisa de interferência gerencial. Leva ao
aprimoramento do planejamento e sua adaptação ao ambiente e à cultura
corporativa.
O gráfico abaixo resume as etapas do Planejamento supracitadas:
16
CAPÍTULO II
O Planejamento Estratégico
Para Chiavenato (2004), a estratégia precisa ser planejada e o
planejamento estratégico é a maneira pela qual ela é articulada e preparada.
Geralmente ele é uma mudança ambiental, sendo que quanto maior for à
mudança ambiental,mais contínua devem ser as adaptações desse
planejamento.
Chiavenato e Sapiro (2004, p.68) definem planejamento estratégico
como sendo “um processo de formulação de estratégias organizacionais que
está relacionado com os objetivos estratégicos de médio e longo prazo que
afetam a direção ou a viabilidade da empresa”. Drucker (1984, p.133) ainda
ressalta que: Planejamento estratégico é o processo contínuo, sistemático e
com maior conhecimento possível do futuro contido, tomar decisões atuais
que envolvem riscos;organizar sistematicamente as atividades necessáriasà
execução dessas decisões e, através de uma retroalimentação organizada e
sistemática, medir o resultado dessas decisões em confronto com as
expectativas alimentadas.
Chiavenato e Sapiro (2004, p.89) afirmam que “o planejamento deve
maximizar os resultados e minimizar as deficiências utilizando princípios de
maior eficiência, eficácia e efetividade. Eles são os principais critérios de
avaliação da gestão”
Portanto, o planejamento estratégico pode ser visto como um
instrumento dinâmico de gestão, que contém decisões antecipadas sobre a
linha de atuação a ser seguida pela organização no cumprimento de sua
missão. Para Wright (2000), este modelo deve conter:
· Análise de oportunidades e ameaças ou limitações que existam no ambiente
externo à organização.
· Análise dos pontos fortes e fracos do ambiente interno à organização.
· Definição da missão e dos objetivos gerais da organização.
· Formulação das estratégias de âmbito corporativo e unidades de negócios
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funcional, que permitam à organização combinar seus pontos fortes e fracos
como oportunidades e ameaças do ambiente.
· Implantação das estratégias.
·Controle estratégico visando assegurar o alcance dos objetivos organizacionais.
2.1 – Elementos de um Planejamento Estratégico;
Chiavenato & Sapiro (2004) defendem que o processo de planejamento
estratégico é constituído por 6 elementos:
· Declaração da missão: a missão traduz as responsabilidades e pretensões da
organização delimitando o seu ambiente de atuação, portanto sua definição
antecede o diagnóstico estratégico.
· Visão de negócios: a visão mostra uma imagem da organização no momento
da realização de seus propósitos no futuro, que associada a uma declaração de
missão compõe a intenção estratégica da organização.
Visão É a posição que queremos ocupar num cenário futuro, seja em
negócios existentes, seja em uma nova composição de negócio. Deve ser uma
imagem ambiciosa de um estado que deseja alcançar a logo prazo. É um marco
para um ponto de chegada, para a jornada que a empresa vai enfrentar nos
próximos cinco a dez anos.
· Diagnóstico estratégico externo: este diagnóstico procura antecipar
oportunidades e ameaças para a concretização da visão, da missão e dos
objetivos empresariais, correspondendo à análise de diferentes dimensões do
ambiente que influenciam as organizações.
“ Se conhecemos o inimigo (Ambiente Externo) e a nós mesmos (Ambiente Interno), não precisamos temer o resultado de uma centena de combates. Se nos conhecemos, mas não ao inimigo, para cada vitória sofreremos uma derrota. Se não nos conhecemos nem ao inimigo, sucumbiremos em todas as batalhas” Sun Tsu
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· A formulação de estratégias: a partir da análise competitiva está baseada
no modelo proposto por Porter, composto de cinco forças: o poder de
barganha dos clientes e dos fornecedores, a ameaça de substitutos e novos
entrantes e a rivalidade dos atuais concorrentes.
Esta Formulação da estratégia consiste na execução de cinco tarefas que
estão interligadas:
1- Desenvolver a visão estratégica e missão;
2- Definição de objectivos (financeiros e estratégicos);
3- Definição da estratégia para atingir os objectivos;
4- Implementação e execução da Estratégia;
5- Avaliação da performance, monitorização de novos
desenvolvimentos e iniciação de ajustamentos corretivos.
· Diagnóstico estratégico interno: corresponde ao diagnóstico da situação
da organização diante das dinâmicas ambientais, relacionadas às suas forças
e fraquezas e criando as condições para a formulação de estratégias que
representam o melhor ajustamento da organização no ambiente em que atua.
Maximiano (2006) define a análise interna como “a identificação de
pontos fortes e fracos dentro da organização anda em paralelo com a análise
do ambiente”.
Os estudos dos pontos fortes e fracos da organização são realizados
através da análise das áreas funcionais de uma organização (produção,
marketing, recursos humanos e finanças), e a comparação do desempenho
destas áreas com empresas de destaque (prática conhecida como
benchmarking).
O benchmarking é a técnica por meio da qual a organização compara
seu desempenho com o de outra (MAXIMIANO, 2006).
Através do benchmarking, a organização pode observar em outras
organizações as melhores práticas para cada uma das áreas funcionais,
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adaptando suas tarefas e procedimentos de acordo com a conduta destas
organizações.
· Fatores-chave de sucesso: é uma etapa do processo que, inserida entre o
diagnóstico e a formulação das estratégias propriamente ditas, procura
evidenciar pontos realmente críticos para a organização através dos
elementos apontados da análise realizada.
Aplicado isoladamente, o planejamento estratégico é insuficiente, pois
não se trabalha apenas com ações imediatas e operacionais, é preciso que
no processo sejam elaborados de maneira integrada e articulada todos os
planos táticos e operacionais da empresa (CHIAVENATO, 2004).
Para Botelho e Melo (2009), a adoção de um novo sistema gerencial
estratégico estimula o rompimento de estruturas tradicionais e institucionaliza
novos valores culturais em qualquer organização que os implemente,
definindo um novo modelo de gestão.
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CAPÍTULO III
A Gestão Estratégica
Hunger e Wheelen (2002, p.40), conceituam gestão estratégica como
um conjunto de ferramentas para a tomada de decisões e ações estratégicas
que determinam o desempenho de uma organização em longo prazo. Esse
modo de gestão leva em consideração a análise dos ambientes interno e
externo, o planejamento estratégico, a implementação, avaliação e controle
da estratégia.
Desse modo, o estudo da gestão estratégica destaca o monitoramento
e a avaliação de oportunidades e ameaças externas frente às potencialidades
e limitações de uma organização.
Fonte: estrategiaconsultoria.com.br
A evolução da gestão estratégica tem sido observada por meio do
desenvolvimento de conceitos e técnicas, relacionados à gestão estratégica e
ao planejamento de longo prazo, definido como planejamento estratégico. No
entanto, tem se observado que poucas são as organizações que têm se
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utilizado de ferramentas de gestão estratégica, o que as leva a conduzir sua
gestão de modo intuitivo. Nesse sentido, Hendersen (apud, HUNGER e
WHEELEN, 2002), chama atenção que a forma intuitiva de conduzir as
estratégias perdem espaço em três situações significativas, ou seja, quando:
a organização se torna grande, os níveis de gerencia aumentam e o ambiente
se modifica substancialmente. Decorrente disso, e tendo conhecimento que
na atualidade os riscos enfrentados pelas organizações são cada vez
maiores, seus gestores têm sido mais exigentes e cautelosos em relação á
gestão estratégica, para que possam garantir a competitividade em um
ambiente cada vez mais volátil.
Atualmente, a gestão estratégica ganhou novos conceitos, sendo
considerado seu principal valor ajudar a organização a operar de maneira
bem-sucedida em um ambiente dinâmico e complexo. Para que as
organizações se tornem competitivas em ambientes dinâmicos, têm que ser
mais flexíveis e menos burocráticas.
Ao considerar que em ambientes estáveis, como os do passado,
bastava às organizações definir uma posição competitiva e depois defende-la,
enquanto estratégia competitiva, com o advento da evolução tecnológica e a
rapidez que um bem substitui outro, não há mais estratégias competitivas
permanentes. Como já afirmava D’Aveni (1994, p.95), “não existem mais
planos que resistam a longos prazos, mesmo que bem gerenciados e
acompanhados, a vantagem competitiva se encontra em combinar uma série
de decisões estratégicas de curto prazo”.
A adoção da gestão estratégica produz um impacto no desempenho da
organização. Segundo Hunger e Wheelen (2002, p.17), ―”pesquisas
mostraram que as organizações que adotam a gestão estratégica geralmente
apresentam melhor desempenho do que organizações que não a adotam”. Os
autores argumentam que para ser eficaz, a gestão estratégica não precisa
seguir um processo formal, pois o planejamento estratégico pode ser mais
utilizado na orientação do próprio processo de planejamento para o futuro, do
que em qualquer plano estratégico escrito.
Hunger e Wheelen (2002) propõem uma estrutura de tomada de decisões
estratégicas que pode ajudar os membros de uma organização a decidir suas
22
ações. Primeiro, questionam sobre o que faz com que uma decisão seja
estratégica e respondem argumentando que diferentes de muitas outras, as
decisões estratégicas lidam com o futuro de longo prazo de toda a
organização, e se caracterizam a partir de três pontos: Raras - Decisões
estratégicas são incomuns e geralmente não têm precedentes a serem
seguidos; Conseqüências - As decisões estratégicas comprometem recursos
significativos e exigem elevado grau de compromisso; Diretivas - As decisões
estratégicas estabelecem precedentes para decisões de menor importância e
futuras ações em toda a organização.
Desse modo, o processo de tomada de decisão estratégica necessita
de uma dinâmica específica para que atinjam os objetivos previstos. Hunger e
Wheelen (2002, p.80) sugerem que sejam seguidos oito passos:
1. Avaliar os atuais resultados do desempenho em termos de; (a) retorno
sobre investimento, lucratividade e assim por diante; (b) da postura
estratégica atual da empresa (missão, objetivos, estratégias e políticas).
2. Rever a gestão corporativa, isto é, o desempenho da diretoria e da alta
administração da empresa.
3. Fazer a análise sistemática do ambiente externo para localizar fatores
estratégicos que sinalizem oportunidades e ameaças.
4. Fazer a análise sistemática do ambiente corporativo interno para
determinar os fatores estratégicos que representam forças e fraquezas.
5. Analisar fatores estratégicos (SWOT): (Strenght, Weakness, Opportunities,
threats) para: (a) determinar precisamente áreas com problemas; (b) rever e
revisar a missão e os objetivos corporativos conforme o necessário.
6. Gerar, avaliar e selecionar a melhor estratégia alternativa face à análise
realizada no passo 5.
7. Implementar estratégias selecionadas via programas, orçamentos e
procedimentos.
8. Avaliar estratégias implementadas por intermédio de sistemas de feedback
e controle de atividades, para garantir o mínimo desvio nos planos.
Os autores apresentam os passos do processo de tomada de decisão
estratégica e, ainda, propõem um modelo básico de gestão estratégica, que
se constitui de quatro elementos: 1) análise sistemática do ambiente; 2)
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formulação da estratégia; 3) implementação da estratégia e; 4) avaliação e
controle. Esses quatro elementos devem interagir de modo que a gerência
pode fazer uma análise sistemática, tanto do ambiente externo, identificando
ameaças e oportunidades, quanto do interno, identificando forças e fraquezas.
Esses fatores, considerados os mais importantes para o futuro da
organização, são chamados de fatores estratégicos (SWOT): forças,
fraquezas, oportunidades e ameaças.
Fonte:
elciofernando.com.br
3.1 – Análise Ambiental;
De acordo com Kotler (1994, p.46): A análise ambiental constitui-se em
uma das etapas principais da gestão estratégica, pois o seu monitoramento
pode auxiliar na identificação de riscos e oportunidades para a organização,
sendo que muitas não consideram as mudanças ambientais como
oportunidades, ignoram-nas ou resistem a elas até quando já for muito tarde,
fazendo com que suas estratégias, estruturas, sistemas e cultura empresarial
cresçam obsoletos e desordenados.
O ambiente em uma empresa pode ser estruturado em três
subdivisões, que se relacionam, interagem e se complementam, os quais são:
ambiente geral ou macroambiente, ambiente operacional e ambiente interno.
Isso faz com que haja uma melhor compreensão da questão ambiental e das
influências que provocam nas empresas.
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CAPÍTULO IV
Formulação de Estratégias
A formulação de estratégias constitui-se no desenvolvimento de planos
de longo prazo para a eficaz gestão de oportunidades e ameaças ambientais,
considerando as forças e fraquezas da organização; Isso inclui definir a
missão corporativa, especificar os objetivos atingíveis, desenvolver
estratégias e estabelecer linhas mestras das políticas. Portanto, inicialmente é
necessário entender os conceitos que envolvem a formulação de estratégias,
ou seja, missão, objetivos, estratégias e políticas. A missão de uma empresa
é a razão de ser da sua existência. A missão situa o que a empresa está
oferecendo à sociedade.
Para Hunger e Wheelen (2002, p.10): Uma declaração de missão
bem concebida define o propósito fundamental e único que destaca uma
empresa de outras do mesmo tipo, e identifica o escopo das operações da
empresa em termos de produtos (incluindo serviços) oferecidos e em termos
de mercados atendidos.
A missão deve expor não apenas o que a empresa é atualmente, mas
o que ela pretende se tornar: a visão estratégica da gerência, quanto ao
futuro, além disso, transmite aos funcionários um consenso de expectativas e
demonstra a imagem pública que a organização tem em seu ambiente.
Quanto aos objetivos, são os resultados que se espera alcançar com
uma atividade planejada, pois além de definirem o que deve ser conquistado
e quando, definem ainda o que deve ser quantificado. A realização dos
objetivos coorporativos deve derivar no cumprimento da missão da empresa.
As estratégias de uma empresa fazem parte de um planejamento
amplo, que define como a empresa irá alcançar sua missão e seus objetivos.
A estratégia poderá maximizar a vantagem competitiva e minimizar a
desvantagem competitiva.
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4.1- Implementação da Estratégia
A implementação da estratégia é o método pelo qual as estratégias e
políticas são colocadas em ação, com base no desenvolvimento de
programas, em orçamentos e procedimentos. Este procedimento pode
envolver alterações na cultura, na estrutura ou no sistema de gerência de
toda a organização. A implementação da estratégia, também denominada de
planejamento operacional, usualmente envolve programas e decisões do dia-
a-dia na alocação de recursos.
Os programas são entendidos como as etapas necessárias para a
realização de um plano de uso específico. Isso faz com que a estratégia seja
orientada pela ação, podendo envolver a reestruturação da empresa, a
mudança da cultura interna da empresa ou o começo de um novo esforço de
pesquisa.
Já os procedimentos, às vezes chamados de procedimentos
operacionais padrões, são uma sequencia de passos ou técnicas que relatam
em detalhes como uma ação ou função deve ser realizada. Os procedimentos
costumam delinear as várias atividades que devem ser realizadas para que
sejam concluídos os programas da empresa.
A formulação e a implementação de estratégias, principalmente da
estratégia corporativa, impõem vários desafios à organização: escolher entre
reduzir de maneira defensiva, manter ou aumentar o seu escopo corporativo,
escolha que envolve um grande esforço por parte da organização como um
todo.
A seleção do melhor método leva em conta o tempo gasto para
implementação, o custo e o controle do processo escolhido.
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4.2- Avaliação e Controle Estratégico
Avaliação e controle é o processo pela qual as atividades
organizacionais e os resultados de desempenho são monitorados de forma
que o desempenho real possa ser comparado ao desempenho estimado.
A avaliação e o controle de desempenho completam o modelo de
gestão estratégica, pois de acordo com os resultados de desempenho, o
gestor poderá adequar a formulação ou a implementação de sua estratégia,
ou de ambas.
Através do diagrama a seguir é possível através das combinações
verificarmos se a estratégia e sua implementação estão adequadas:
- Sucesso: Se ambas forem satisfatórias;
- Roleta: Estratégia mal formulada mas com implementação boa, faz com que
as ações reiniciem sempre não atingindo os objetivos determinados.
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CAPÍTULO V
O Balanced Scorecard
O BSC é uma metodologia desenvolvida por Robert Kaplan, da
Universidade de Harvard, e David Norton, um consultor da cidade de Boston,
no início dos anos 1990 com o objetivo de mudar a maneira de administrar,
originalmente, organizações privadas, em que o foco foge da visão
marcadamente financeira daqueles organismos, passando a ser a agregação
de valores intangíveis aos clientes seu principal objetivo. Contudo, os próprios
criadores entendem que ela poderia ser adaptada para fins de utilização por
instituições públicas ou sem fins lucrativos, tendo-se como referencial final o
cidadão.
A criação da ferramenta BSC foi motivada pela crença de que os
métodos existentes para avaliação de desempenho das organizações, em
geral baseados em indicadores contábeis e financeiros, estavam prejudicando
a capacidade das empresas de criar valor econômico futuro.
Nesse contexto, o consultor acadêmico Robert Kaplan e o executivo
David Norton, enunciaram o Balanced Scorecard, um sistema que contempla
indicadores financeiros e não-financeiros, provenientes da estratégia
organizacional.
Segundo Kaplan e Norton (2000), os indicadores financeiros somente
medem os resultados dos investimentos e das atividades, medidas em termos
monetários, não sendo sensíveis aos chamados impulsionadores de
rentabilidade de longo prazo, anunciando, portanto, o Balanced Scorecard,
um sistema que contempla não apenas indicadores financeiros como também
não-financeiros, provenientes da estratégia organizacional.
O Balanced Scorecard – BSC - é uma metodologia de gestão
empresarial que mede o desempenho operacional, usando além dos
indicadores financeiros costumeiros, indicadores de acompanhamento da
satisfação do cliente, da eficácia dos processos operacionais internos e da
capacidade de inovação da empresa.
O BSC traduz a missão e a estratégia da empresa, baseada em um
mapa estratégico de informações, onde é possível visualizar e acompanhar as
28
metas e objetivos da empresa. Muitas empresas ao serem criadas voltam sua
preocupação para atrair clientes e compor uma estrutura física, acreditando
que estas atitudes lhes garantirão a sobrevivência. No entanto, não há uma
preocupação em determinar qual será sua estratégia para acompanhar as
mudanças que ocorrem na economia e direcionar suas ações de forma que
se mantenham competitivas.
Com a utilização do BSC em uma empresa, na sua implementação,
espera-se resultados que venham a auxiliar o entendimento da visão de futuro
da empresa; auxiliar no estabelecimento de seus objetivos estratégicos a
partir da visão (ou missão); viabilizar a definição e criar consenso sobre qual é
a estratégia da empresa; identificar quais as competências necessárias e
suficientes para implementar a estratégia escolhida; definir os indicadores
para associar os objetivos estratégicos com metas de longo prazo e
orçamentos; e identificar e alinhar as iniciativas estratégicas na forma de
planos de ação (PANDOLFI, 2005).
O Balanced Scorecard é organizado em torno de quatro perspectivas
distintas: financeira, do cliente, dos processos internos da empresa e do
aprendizado e conhecimento. Tais indicadores permitem que as organizações
acompanhem seu desempenho financeiro bem como seu progresso na
construção de capacidades e aquisição de ativos intangíveis necessários para
o crescimento futuro.
Para Faria e Costa (2005) implantação do BSC tem como objetivo criar
uma visão partilhada das metas das organizações entre todos os seus níveis,
visando direcionar a empresa para seu sucesso futuro, definindo quais os
objetivos a atingir e medindo o seu desempenho.
Um dos aspectos fundamentais do BSC é promover um alinhamento
dos diversos setores da empresa em prol de uma estratégia única.
O BSC é uma abordagem que suporta a implementação da estratégia e
a monitorização da sua execução a todos os níveis da organização. O BSC
garante o alinhamento das ações das diferentes áreas organizacionais em
torno do entendimento comum dos objetivos estratégicos e das metas a
atingir, integrando indicadores financeiros e não financeiros - Cliente,
Processos Internos e Inovação, garante também uma perspectiva abrangente
29
do desempenho das áreas críticas do negócio.
Através do BSC, a alta direção dispõe de uma visão compreensiva e
integrada do desempenho e de um processo contínuo de avaliação e
atualização da estratégia da empresa. Para KAPLAN e NORTON (1997), “O
Balanced Scorecard é basicamente um mecanismo para a implementação da
estratégia, não para sua formulação [...] ele oferecerá um mecanismo valioso
para a tradução dessa estratégia em objetivos, medidas e metas
específicas.”.
Para auxiliar na interpretação dos objetivos estratégicos as empresas
utilizam Mapas Estratégicos que são uma representação visual, dos objetivos
estratégicos de uma instituição e de suas relações cruciais, além de
possibilitar que a organização descreva e ilustre, em linguagem clara e geral,
seus objetivos e as conexões que são o fundamento da direção estratégica,
como exemplo abaixo observamos o Mapa Estratégico da Secretária Pública
de Assuntos Internacionais do Brasil:
Fonte: http://www.fazenda.gov.br/sain/sobre_sain/missao.asp
O BSC, a partir de uma visão integrada e balanceada da organização,
tem por objetivo descrever, implementar e gerenciar estratégia em todos os
níveis de uma empresa através do alinhamento de objetivos, iniciativas e
indicadores da estratégia da organização (KAPLAN; NORTON; 1997, p. 8)
Os objetivos estratégicos de uma empresa são atingidos quando a
diretoria é capaz de difundir uma visão comum e induzir ações relevantes
30
para se atingir o sucesso empresarial. O BSC integra os três grupos de ações
que conduzem a este fim: Estratégicas, Operacionais e Organizacionais,
estabelecendo um processo estruturado para a criação de medidas
adequadas e objetivos em todos os níveis, possibilitando a integração entre
os grupos de ações e garantindo o alinhamento de toda a organização.
Segundo Kaplan; Norton (1997; p. 8), este sistema deixa claro que não basta
apenas medir a empresa sob uma única ótica, mas, por um conjunto
adequado de indicadores que reflitam a empresa de forma dinâmica e
principalmente integralizada com suas metas, objetivos e estratégias.
O processo de elaboração do BSC deve ser desenvolvido de
acordo com as características de cada organização. Não existe uma
seqüência padrão, devendo ser adaptada conforme a aplicação.
5.1 - Benefícios decorrentes da implementação do BSC;
•Traduz a estratégia em objetivos e ações concretas;
• Promove o alinhamento dos indicadores com os objetivos estratégicos a
todos os níveis organizacionais;
• Proporciona à gestão uma visão sistematizada do desempenho operacional;
•Constitui um processo de avaliação e atualização da estratégia;
•Facilita a comunicação dos objetivos estratégicos
• Permite desenvolver uma cultura de aprendizagem e melhoria contínua;
• Fornece à gerência um controle de dimensões estratégicas;
Fonte:http://www.unisuamnews.com
31
CONCLUSÃO
O sucesso de uma organização é decorrente, dentre outros fatores,
de sua capacidade de enxergar possibilidades para o futuro (visão) e
preparar-se bem para o mesmo, formulando os caminhos para atingi-lo
(estratégias) e definindo claramente os objetivos e as metas necessários.
Definir metas, expressões quantitativas (físicas ou financeiras) dos
objetivos, não basta. É preciso executar ações de gestão e processos de
negócios para atingi-las, assim como constatar os êxitos, os desvios e os
fracassos da gestão. Para isso, é preciso medir e acompanhar indicadores
de desempenho. Os indicadores, métricas ou índices que expressam as
metas são, portanto, a base da avaliação do desempenho de qualquer
organização, a luz do seu planejamento estratégico. Esse ciclo deve se
repetir, continuamente, de forma a aperfeiçoar os resultados e garantir a
sobrevivência e o crescimento das empresas.
Com a análise de uma fundamentação teórica sobre planejamento
estratégico, gestão estratégica e da ferramenta Balanced Scorecard (BSC) como
suporte para mensuração do desempenho da organização, conclui-se que o objetivo
geral do BSC é auxiliar nessa sobrevivência da empresa comunicando a estratégia
corporativa a toda empresa; analisando os objetivos estratégicos e correlacionando
com as recompensas pessoais; identificando, analisando os resultados obtidos em
relação às metas estabelecidas e dando o feedback , auxiliando assim seu
crescimento.
O BSC preenche a lacuna da grande maioria dos sistemas gerenciais, que é
a falta de um processo sistemático para implementar e obter feedback sobre a
estratégia utilizada, e quando utilizado em pequenas empresas facilita o processo de
gerenciamento ajudando a estas na manutenção da sua sobrevivência por envolver
um menor número de pessoas torna-se mais fácil a sua implementação.
Os principais objetivos da implementação do Balanced Scoredcard- BSC
estão relacionados a três fatores: facilitar e orientar o estabelecimento de objetivos e
medidas, traduzidos da visão e estratégia e atrelados a cada perspectiva definida;
obtenção do consenso entre todos os participantes.
32
Esta metodologia de gestão permite a organização e a flexibilidade exigida pelo
mercado, bem como a eficácia no uso das informações estratégicas da empresa
para a tomada de decisão de forma correta. Partindo desta premissa, este trabalho
teve como contribuição a demonstração dos objetivos e ganhos resultantes da
utilização de uma ferramenta de gestão como Balanced Scoredcard em uma
empresa estabelecendo assim ferramentas para controle e tradução das suas ações
estratégicas com reais possibilidades de alcance do sucesso organizacional.
33
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Fundamentos e Aplicações. Editora CAMPUS, 2004.
WRIGHT Peter L.; KROLL, Mark J.; PARNELL, John. Administração
estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.
35
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
A Estratégia 10
CAPÍTULO II
O Planejamento Estratégico 12
2.1 – Elementos de um Planejamento Estratégico 13
CAPÍTULO III
A Gestão Estratégica 14
3.1 – Análise Ambiental 17
CAPÍTULO IV
Formulação de Estratégias 17
4.1- Implementação da Estratégia 18
4.2- Avaliação e Controle Estratégico 19
CAPÍTULO V
O Balanced Scorecard 19
5.1- Benefícios decorrentes da implementação do BSC 22
CONCLUSÃO 23
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 24
ÍNDICE 26