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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA ANA PAULA ROCHA NEVES Orientadora Profa. Edla Trofoli Niterói 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA

ANA PAULA ROCHA NEVES

Orientadora

Profa. Edla Trofoli

Niterói

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

GESTÃO DEMOCRÁTICA NA ESCOLA

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em

Administração/Supervisão Escolar

Por: Ana Paula Rocha Neves

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AGRADECIMENTOS

Passado, Presente e Futuro.

Agradeço, aos meus pais, a dedicação o apoio, o

incentivo e a compreensão.

A imensa ajuda da minha Orientadora Edla Trotoli e

a todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram

para a realização deste trabalho, os meus sinceros

agradecimentos e minha gratidão para todos vocês.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais e a minha filha,

pelo incentivo, cooperação e apoio pois, além de terem me

acolhido durante todo o curso, compartilharam comigo os

momentos de tristezas e também de alegrias, nesta etapa,

em que, com a graça de Deus, está sendo vencida.

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RESUMO

Há bem pouco tempo, dirigir uma escola era considerado uma tarefa

rotineira. Cabia ao diretor zelar pelo bom funcionamento da escola,

centralizando em si todas as decisões, e administrar com prudência os

eventuais imprevistos.

Esse novo enfoque traz à tona o conceito de liderança educacional,

indispensável a um bom diretor escolar. O diretor-líder desperta o potencial de

cada pessoa da instituição, transformando a escola em oficina de trabalho onde

todos cooperam, aprendem e ensinam o tempo todo. Assim como a essência

da gestão é fazer a instituição operar com eficiência, a eficácia da gestão

depende, em parte, do exercício efetivo da liderança.

Construir novas formas de relação no ambiente escolar significa uma

guinada para uma prática educativa em que o diálogo, e a comunicação

substituam os esquematismos fixos nas formas de aprender, de se relacionar e

de organizar a vida escolar e desta forma é necessário que existam gestores

especializados em técnicas de mudanças, no terreno que auxiliem os membros

das organizações – no caso as escolas, professores, e funcionários.

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METODOLOGIA

.

Primeiramente a escolha do tema, que deve estar ligado ao curso de

Administração/Supervisão Escolar

A metodologia utilizada neste trabalho foram leituras de livros,

revistas, material colhido através da internet e das referências bibliográficas e

desenvolvido dentro de um aspecto investigativo, analítico, qualitativo e

quantativo.

Com todo este material reunido e estudado, a monografia foi dividida

em 3 (três) capítulos.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I - Rumo à Democracia Educacional 11

CAPÍTULO II - Liderança em uma Organização Educacional 20

CAPÍTULO III – Gestão Democrática,Compartilhada e Participativa 39

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

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INTRODUÇÃO

A expressão gestão escolar, em substituição à “administração escolar”,

não e apenas uma questão semântica. Ela representa ma mudança radical de

postura,um novo enfoque de organização, um novo paradigma de

encaminhamento das qestões escolares, ancorado nos princípios de

participação, de autonomia, de autocontrole e de responsabilidade. Segundo

Helopisa Lück, “a gestão não deprecia a administração, mas supera as suas

limitações de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, para atender às

exigências de uma realidade cada vez mais complexa e dinâmica”.

Na área da educação, a escola é responsável pela transmissão do

conhecimento, porém, no mundo globalizado, exige-se que a escola tenha uma

nova concepção e uma forma diferenciada de trabalhar, ou seja, uma constante

renovação na sua postura, para transmitir um conhecimento de nível elevado

para preparar o aluno.

Do tempo em que os educadores começaram a aplicar pela primeira

vez os princípios de uma gestão democrática, ocorreram consideráveis

melhorias nos métodos de gestão.

Considerando a gestão dos sistemas educacionais, os fatores que têm

sido apontados como essenciais para a qualidade do ensino são: o

comprometimento político do dirigente, a busca por alianças e parceiras; a

valorização dos profissionais da educação, o fortalecimento e a modernização

da gestão escolar.

Partindo deste princípio, surge a figura do gestor escolar, como sendo

o indivíduo que irá propagar idéias para que ocorra a transformação, aquele

que irá articular essas idéias junto à comunidade escolar. Trata-se de:

“repensar a escola como um espaço democrático de troca e produção de conhecimento que é o grande desafio que os profissionais da educação, especificamente o Gestor Escolar, deverão enfrentar neste novo contexto educacional, ois o Gestor Escolar é o maior articulador deste processo e possui um papel fundamental na organização do processo de democratização escolar.” (ALONSO, 1988).

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A atual forma de gestão deve extinguir o modelo tradicional, onde a

concentração da autoridade fica a cargo do gestor, pois, assim, ele será

responsável por todas as decisões dentro da escola. Para que ocorra uma

gestão democrática, norteiam-se uma participação efetiva da comunidade, no

momento de partilhar o poder através da descentralização até o momento de

ser tomadas decisões importantes, que irão influenciar no cotidiano da escola,

na consecução de resultados que proporcionem a satisfação de todos os

indivíduos que compõem a comunidade escolar.

Vale ressaltar que, existem escolas/gestores, que priorizam a identidade

escolar, sua autonomia como ponte para que haja a ruptura necessária nos

paradigmas ultrapassados e intoleráveis como práticas escolares. Todavia,

existem escolas que buscam apenas a democratização, sem pensar na

autonomia e descentralização; outras apenas na autonomia sem levar em

conta a descentralização e democratização, como se esses fatos fossem

isolados possíveis para grandes mudanças.

Dessa forma, para que se instale o processo de Gestão Democrática,

surgem algumas dificuldades ao longo do caminho, pois, existem gestores que

em busca dessa democratização acabam tomando atitudes autoritárias, e

outros que mostram descontinuidade na política e administração do sistema

educacional.

Portanto, para construir esse novo modelo de gestão é preciso enfrentar

desafios, pois, percebe-se que até hoje o processo para implantar a

democratização no interior da escola ainda encontra muitos obstáculos, afinal,

não é possível pensar em democracia sem que os sujeitos tornem-se

conscientes para exercer esta prática.

“Nessa relação, entretanto, é necessário uma visão crítica do processo da administração escolar, a qual exige um conhecimento mais ou menos preciso da estrutura sócio-econômico da sociedade capitalista que vivemos. A gestão escolar precisa ser entendida no âmbito da sociedade política comprometida com a própria transformação social” (PARO, 1997).

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CAPÍTULO I

RUMO À DEMOCRACIA EDUCACIONAL

A gestão passa a ser sinônimo de ambiente autônomo e

participativo, o que implica trabalho coletivo e compartilhado por várias pessoas

para atingir os objetivos comuns.

A gestão democrática implica primeiramente o repensar da estrutura de poder da escola, tendo em vista sua socialização. A socialização do poder propicia a prática da participação coletiva, que atenua o individualismo da reciprocidade, que supera a expressão da autonomia, que anula a dependência, de órgão intermediário que elaboram políticas educacionais tais quais a escola é mera executora. (VEIGA, 2001)

No que diz respeito ao papel do diretor, este deixa de ser alguém

que tem a função de fiscalizar e controlar, que centraliza em si as decisões,

para ser “um gestor da dinâmica social, um mobilizador, um orquestrador de

atores, um articulador da diversidade para dar unidade e consistência, na

construção do ambiente educacional e promoção segura da formação de seus

alunos.” (LUCK, 2000).

Ou ainda:

“o diretor coordena, mobiliza, motiva, lidera, delega aos membros da

equipe escolar, conforme suas atribuições específicas, as

responsabilidades decorrentes das decisões, acompanha o

desenvolvimento das ações, presta contas e submete à avaliação da

equipe o desenvolvimento das decisões tomadas coletivamente”.

(LIBÂNIO, OLIVEIRA e TOSCHI, 2003).

Com a nova concepção de gestão e do papel do diretor

intensificaram-se os debates sobre a necessidade da profissionalização das

pessoas envolvidas na administração escolar como condição para melhoria da

qualidade da educação. Para Luck, esta alteração corresponde a uma

mudança paradigmática “isto é uma visão de mundo e óptica com que se

percebe e reage em relação à realidade”. (LUCK, 2000).

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O conhecimento sobre a gestão democrática educacional está

sendo construído diariamente na atuação de cada gestor com sua equipe. Há o

consenso de que, para gerar um ambiente no qual todos atuem para alcançar o

objetivo comum de garantir a aprendizagem, os diretores precisam desenvolver

algumas competências, que são simples na definição, mas complexas na

execução, como saber ouvir e levar em consideração idéias, opiniões e

posicionamentos divergentes.

1.1 – As Organizações Escolares e a Gestão Educacional

As instituições de ensino, independente da esfera e do nível,

devem ser pensadas e geridas como organizações eficientes, às quais é

atribuído um importante papel na construção social.

Assim como nas demais organizações da sociedade, também na

escola existe uma cultura organizacional que reflete sua história. As instituições

de ensino mantida privada incorporam os valores e preceitos das entidades

mantenedoras. No caso das escolas públicas a cultura organizacional é

fortemente influenciada pelas questões de ordem política partidária e pela

concepções dos gestores que representam o poder constituído. Como um dos

aparelhos ideológicos do Estado, a escola, não apenas o legítima, como

reproduz, internamente, as mesmas relações de poder, esta legitimação faz

parte da cultura da organização escolar. A administração da área da educação

tem preocupado o poder público, docentes, pesquisadores, alunos e pais de

alunos, pois exige um profissional competente na área educacional e com

conhecimentos suficientes de administração que possibilite adotar um modelo

de gestão compatível com os princípios e objetivos da instituição escolar. A

visão de educação, de mundo e de sociedade, os valores e crenças do gestor

determinam o modelo de gestão a ser adotado.

O conhecimento teórico construído ao longo da vida acadêmica

do gestor educacional aliado as experiências realizadas no convívio familiar,

social e profissional, formam o arcabouço que dará direcionamento e

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sustentação a proposta de gestão construída, e nela em especial, a gestão dos

profissionais envolvidos.

No ambiente educacional as relações entre as pessoas devem

pautar-se pelos princípios da co-responsabilidade.

O gestor da escola tem importante papel a desempenhar nas

mudanças a serem desenvolvidas dentro das organizações escolares, na

construção de uma nova cultura organizacional desvestida de valores

centrados em paradigmas predominantemente tradicionais que impedem a

execução de projetos pedagógicos inovadores.

A gestão escolar deverá fundamentar-se nas novas teorias da

administração que apontam para modelos de gestão centrados em parcerias,

no planejamento estratégico, na gestão compartilhada. Buscando alternância

na gestão, garantindo assim a inovação e oxigenação, apostando nos

profissionais, que além de formação adequada à função tenham habilidade na

condução de processos e na gestão de pessoas.

1.2 – A Conquista da Gestão Democrática

Para que se alcance a participação tão desejada nas escolas, é

preciso que se faça um resgate na trajetória histórica da busca democrática e

da formação do gestor considerando o momento social, político, cultural e

econômico vivido pela educação. Desta forma, a questão sobre a gestão

escolar nos faz primeiramente analisar o que vem a ser administração no

sentido amplo e escolar, pois, a visão que o gestor tem sobre sua função é

fundamental para que seu desempenho tenha êxito, pois, a Administração

Geral e a Escolar possuem seus respaldos teóricos baseados nos mesmos

conhecimentos sobre administração, no entanto sua aplicabilidade está

atrelada ao ambiente, clientela e objetivo que pretende alcançar.

Diante do objetivo estabelecido pela educação em busca da

democracia, é fundamental que o gestor seja politizado, no sentido de ter bem

claro seu papel de “modelo” de educador, pautado em conhecimentos

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acumulados ao longo de sua formação e experiência em diversas funções

desenvolvidas antes mesmo de ser diretor.

O gestor escolar, poderá desenvolver uma grande parceria em

sua gestão proporcionando um melhor processo de aprendizagem, enfrentando

desafios cotidianos com esperança e perseverança, transformando a escola

num lugar prazeroso e amigo, capaz de desenvolver em cada pessoa o gosto

pelo saber/aprender/conhecer, entretanto, torna-se imprescindível conhecer a

dimensão do conjunto organizacional, isto é, a escola como a realidade global:

ser capaz de ajustar-se às novas exigências de acordo com sua necessidade.

Assim, (DALMAS, 1994) :

“... aborda a questão do clima escolar mostrando que não pode haver na escola um clima de hostilidade, de individualismo, de irresponsabilidade e de não envolvimento, pois esses comprometem o andamento do planejamento participativo e que ao invés da construção desse clima deva existir sim, um ambiente de acolhida, aceitação mútua e interesses um pelo outro”.

Nesse sentido, há um grande desafio para os gestores pela

própria exigência de atenção, conhecimento e habilidades. Vale ressaltar que,

existem escolas/gestores, que priorizam a identidade escolar, sua autonomia

como ponte para que haja a ruptura necessária nos paradigmas ultrapassados

e intoleráveis como práticas escolares. Todavia, existem escolas que buscam

apenas a democratização, sem pensar na autonomia e descentralização;

outras apenas na autonomia sem levar em conta a descentralização e

democratização, como se esses fatos fossem isolados possíveis para grandes

mudanças.

Dessa forma, para que se instale o processo de Gestão

Democrática, surgem algumas dificuldades ao longo do caminho, pois, existem

gestores que em busca dessa democratização acabam tomando atitudes

autoritárias, e outros que mostram descontinuidade na política e administração

do sistema educacional.

Portanto, para construir esse novo modelo de gestão é preciso

enfrentar desafios, pois, percebe-se que até hoje o processo para implantar a

democratização no interior da escola ainda encontra muitos obstáculos, afinal,

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não é possível pensar em democracia sem que os sujeitos tornem-se

conscientes para exercer esta prática.

1.3 – O Papel do Diretor Escolar

Segundo Paro (2003) é preciso buscar a reorganização da

autoridade no interior da escola, conferindo-lhe poder e condições concretas

para que ela alcance objetivos educacionais. O diretor escolar é um agente de

transformação e deve assumir o papel de motivador, incentivador e catalisador

de ações que liguem a sua escola às outras escolas e a comunidade. O diretor

e seu vice “... devem ser capazes de ‘seduzir’ os demais segmentos para a

melhoria da qualidade do trabalho desenvolvido na escola” (PADILHA, 2002).

São várias as responsabilidades de um Diretor, e destacamos

entre elas: fazer cumprir as políticas do sistema educacional. Entretanto, é

preciso que o Diretor tenha claro dois aspectos principais da teoria e da prática

da administração. De um lado as atividades de gerenciamento, que tem a ver

com o controle das relações de trabalho entre pessoas. De outro, a

racionalização, que se encarrega da distribuição de tarefas especializadas,

buscando o desenvolvimento da produtividade. Ou seja, através da

organização e coordenação da rotina escolar, cabe ao Diretor controlar as

questões administrativas, burocráticas e financeiras, além de acompanhar a

execução do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar em que atua,

afinal, o Diretor é o líder da escola, e como tal, deve ter uma visão ampla da

rotina da escola para melhor gerenciá-la. (SAVIANI, 2000)

Numa perspectiva de trabalho coletivo, cabe ao Diretor de

Escola buscar envolver toda a comunidade escolar: professores, equipe

pedagógica, alunos e pais de alunos na gestão da escola. Quer dizer, o Diretor

continua com a responsabilidade de estar coordenando as tarefas inerentes à

Administração Escolar, como, por exemplo, dar conta da parte burocrática da

escola junto às instâncias superiores (MEC, SECRETARIA DE EDUCAÇÃO,

entre outros órgãos), porém, não mais decide de forma arbitrária pela escola

em que atua, no sentido de simplesmente reproduzir as desigualdades sociais,

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mas poder convocar os profissionais da escola para a elaboração e execução

do projeto político-pedagógico, momento em que se discute, no coletivo, o dia-

a-dia da escola em todos os sentidos que lhe sejam inerentes. Procura criar

momentos de conscientização, como um todo, para o fato de que os problemas

enfrentados no cotidiano escolar. Inclusive, pode fazer um trabalho de

conscientização junto aos professores no sentido de que revejam sua postura e

atualizem-se para melhor exercerem sua função de agentes de transformação

neste contexto.

1.4 - Responsabilidade do Gestor e da Organização

A incerteza do novo e a ineficiência do velho provoca uma inércia

inicial que tende a gerar resistência à mudança. A necessidade de estabilidade

e o conforto do conhecido dificultam a adoção de mudanças nas organizações

educacionais. Quanto mais inovadora a nova situação, maior será o grau de

resistência natural. Porém, qualquer mudança gera resistência. Assim, cabe ao

gestor da organização escolar fazer com que essa resistência seja vencida de

maneira construtiva, não impondo o novo modelo, mas gerando

comprometimento para que seja adotado e cultivado.

As atitudes, os conhecimentos, o desenvolvimento de habilidades

e competências na formação do gestor da educação são tão importantes

quanto a prática de ensino em sala de aula. No entanto, de nada valem estes

atributos se o gestor não se preocupar com o processo de

ensino/aprendizagem na sua escola. Os gestores devem também possuir

habilidades para diagnosticar e propor soluções assertivas às causas

geradoras de conflitos nas equipes de trabalho, ter habilidades e competências

para a escolha de ferramentas e técnicas que possibilitem a melhor

administração do tempo, promovendo ganhos de qualidade e melhorando a

produtividade profissional.

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Na análise de Kisil (1998):

“um dos grandes marcos do mundo contemporâneo é o fenômeno da mudança”. Sabendo disso, a escola e seus profissionais devem cada vez mais investir em conhecimento e socializá-lo para que a organização escolar aumente sua capacidade de criar e de inovar, já que “mudar é confrontar a organização com novas perspectivas, iniciativas e modelos mentais (paradigmas); usar o pensamento sistêmico e desenvolver o aprendizado colaborativo entre pessoas de capacidade equivalente”. (SENGE, 1998 citado por MOTTA, 2001).

Segundo Heloísa Luck:

“os dirigentes que desenvolveram as competências de liderança nunca se deixam paralisar diante dos desafios. Os que não as têm, contudo, se sentem imobilizados diante de pessoas que resistem às mudanças, sobretudo aquelas que manifestam de forma mais veemente seu incômodo com situações que causam desconforto. Em vez de colocar energia em atividades burocráticas e administrativas, fazendo fracassar os propósitos de criação de uma comunidade de aprendizagem, cabe aos gestores – e a todos os educadores, na verdade – promover o entendimento de que as adversidades são inerentes ao processo educacional. O enfrentamento delas implica o desenvolvimento da compreensão sobre si mesmo, sobre os outros e sobre o modo como o desempenho individual e coletivo afeta as ações da organização.”

Segundo Paro (2003) é preciso buscar a reorganização da

autoridade no interior da escola, conferindo-lhe poder e condições concretas

para que ela alcance objetivos educacionais. O diretor escolar é um agente de

transformação e deve assumir o papel de motivador, incentivador e catalisador

de ações. O diretor e seu vice “... devem ser capazes de ‘seduzir’ os demais

segmentos para a melhoria da qualidade do trabalho desenvolvido na escola”

(PADILHA, 2002).

A autonomia é uma tarefa que se apresenta de forma complexa,

pois se pode crer na idéia de liberdade total ou independência, quando temos

de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas interfaces e

interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve

ser muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de

direcionamento camuflado das decisões, ou a desarticulação total entre as

diferentes esferas, ou o domínio de um determinado grupo, ou, ainda, a

desconsideração das questões mais amplas que envolvem a escola.

O diretor escolar deve dividir responsabilidades e buscar a

participação de todos e confiar no potencial de sua equipe. Portanto, a escola

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organizada democraticamente, desempenhará um papel transformador e

atenderá aos interesses de todos os participantes. Uma gestão democrática

não é centrada apenas na figura do diretor, mas também nas figuras dos

professores, dos funcionários, pais e alunos.

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CAPÍTULO II

LIDERANÇA EM UMA ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL

As empresas são entidades vivas, compostas por seres humanos.

Os conservadores, resistentes a mudanças, normalmente inseguros com

relação ao novo, preferem habitar o velho, já conhecido, dominado, daí a

necessidade de se ter um personagem principal, cujo papel nas empresas seja

o de fazer a diferença e procurar fazer do sucesso uma realidade.

O diretor eficaz é um líder que trabalha para desenvolver uma

equipe composta por pessoas que conjuntamente são responsáveis por

garantir o sucesso da escola. A ênfase principal da liderança está no papel de

ensino, pois o líder deve ajudar a desenvolver habilidades nos outros para que

compartilhem a gestão da unidade.

A confiança, o potencial de sua equipe, é fundamental para o

desenvolvimento da instituição, pois demonstra uma organização unida em prol

dos mesmos objetivos, o que facilita uma comunicação mais direta e eficaz,

para solucionar ações cometidas, o que proporciona um relacionamento de

cumplicidade entre líder e liderados.

2.1 - O Gestor nas atividades de Motivação Interna

Motivar para a qualidade, portanto, está na base do ser humano,

na sua essência. Naturalmente, e em combinação com objetivos comuns, é

possível haver espaço para novos projetos, além de assegurar eficácia nos

resultados.

Atualmente, a gestão escolar necessita promover a eficácia e a

produtividade para conseguir seus objetivos. A chegada de um novo paradgima

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direciona para gestão mais democrática, com a finalidade de proporcionar

uma interlocução entre os membros da comunidade escolar, de uma forma

flexível e consistente, através de uma confrontação de idéias.

Conforme Oliveira (2009) “a liderança é uma habilidade que

pode ser desenvolvida e exercida a cada dia” e “o gestor escolar deve agir

como líder, pensando no progresso de todos que fazem parte de sua equipe”.

Desta forma, entende ainda que “o gestor deve ser democrático, opinar e

propor medidas que visem o aprimoramento dos trabalhos escolares, o

sucesso de sua instituição, além de exercer sua liderança administrativa e

pedagógica, visando a valorização e desenvolvimento de todos na escola”.

Portanto:

“ Um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela instituição de ensino. Para conduzir sua equipe o gestor competente sempre tem um propósito a ser concretizado e uma estratégia de ação para conquistar seus objetivos. Esse é o ponto de partida para que as ações da equipe escolar sejam bem sucedidas e quando uma de suas estratégias falha, o gestor educacional incentiva sua equipe a descobrir o que é necessário fazer para dar um passo a diante. O gestor escolar deve ter consciência de que sua equipe não se limita a alunos, professores e demais funcionários internos da instituição. A equipe escolar é composta também pelos pais dos alunos e por toda a comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos alunos. Uma escola que viabiliza o sucesso escolar de seus alunos tem nesse fator sua maior propaganda de marketing, pois justamente por se sentirem satisfeitos com o sucesso escolar de seus filhos, os pais se empenharão mais em colaborar com o desenvolvimento das atividades escolares, projetos e até mesmo na divulgação do nome da instituição de ensino. (OLIVEIRA, 2009).

2.2 - Desafios Diante do Gestor Escolar

É de grande importância a atuação do gestor escolar nas relações

e situações que circundam a escola, bem como da urgência da mudança na

estrutura da gestão escola.

É de fundamental importância na realização do planejamento

escolar a ação do gestor escolar, e acreditamos que para este desenvolver o

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processo, deve saber como conduzir-se diante das situações que o

planejamento lhe impõe.

Assim, cabe ao administrador escolar dar os esclarecimentos

teóricos necessários a comunidade escolar no que se refere a planejar

coletivamente, e que o encontro de pessoas, o diálogo e o próprio debate, onde

discutem e decidem, provoque crescimento pessoal e comunitário, tornando

possível uma educação mais humana e democrática.

O gestor consciente das necessidades, dos problemas

educacionais e sociais da escola, direcionará o diálogo a respeito de todas as

atividades. É sua função analisar a realidade e posicionar-se em relação a ela,

sem contudo efetivar um comprometimento tal que o impeça a objetividade de

sua opinião nas decisões com o grupo ou mesmo que expanda suas idéias

formadas.

Despertar o interesse da sociedade não é tarefa fácil. A

elaboração do planejamento participativo na escola depende da disposição dos

que participam, bem como da existência de um clima favorável para que ele

tenha um bom andamento. Em relação ao clima que deve existir na escola

FAVERO (1988), comenta que “é necessário uma disposição interior para

assumir este planejamento”.

Sendo assim cabe ao administrador envolver-se a fim de

contagiar a todos com a sua disposição e entusiasmo, para que participem de

livre e espontânea vontade no que se refere ao clima escolar. DALMAS (1994),

afirma que “não pode haver na escola um clima hóstil, de individualismo e

irresponsabilidade”. É de fundamental importância que na escola exista um

ambiente de escolhida aceitação mútua e um interesse uns pelos outros. Com

isso, acreditamos que a liberdade, o respeito, o companheirismo e a

fraternidade são fatores marcantes e de valia para o bom andamento do

planejamento participativo.

O gestor escolar deve observar na escola um clima favorável,

caso não tenha, ele deve promover situações em que se consiga chegar a

fraternidade, ao diálogo e só terá condições de exercer essa função mediante

rumos transparentes, na qual todos participantes confie na eficiência e

compromisso que defende. Porque, muitas vezes, na escola há pessoas que

participam da realização do trabalho apenas por obrigação ou porque desejam

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garantir seus empregos, mas que não compartilham necessariamente

objetivos, valores, crenças, expectativas comuns, embora estejam unidas por

uma dependência recíproca.

A gestão democrática é uma nova forma de administração

totalmente e integralmente à esfera pedagógica. Ela requer abrir à escola a

comunidade, estimular o talento de cada membro da equipe, não perdendo de

vista as metas educacionais, está em sintonia com as mudanças sociais, criar

um ambiente de amizade e entusiasmo e principalmente saber partilhar o

poder.

A participação de todos na organização educacional é entendida

como o principio primordial, para garantir, um pleno desenvolvimento da gestão

democrática, como afirma Libâneo (2007):

A participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática, possibilitando o envolvimento de todos os integrantes da escola no processo de tomada de decisões e no funcionamento da organização escolar.

2.3 - Mudança e Inovação na Organização Educacional

Sendo a escola, um ambiente social, formado por diferentes

sujeitos, das mais variadas opiniões e comportamentos, é proveniente

esclarecer que “uma escola democrática não é aquela em que todos fazem o

querem, mas sim aquela em que todos fazem o que é bom para todos”

(Oliveira, 2008).

Dirigir uma escola era considerado há bem pouco tempo

uma tarefa rotineira onde cabia ao diretor zelar pelo bom funcionamento da

escola. Atualmente, essa situação mudou. A partir de 1980 o paradigma do

autoritarismo passou a ser duramente criticado. As grandes e contínuas

transformações sociais, científicas e tecnológicas passaram a exigir um novo

modelo de escola e conseqüentemente, um novo perfil de dirigente, com

formação e conhecimentos específicos para o cargo e a função de diretor-

gestor.

O Diretor deve estar ciente que a qualidade da escola é global,

devido à interação dos indivíduos e grupos que influenciam o seu

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funcionamento. O gestor, que pratica a gestão com liderança deve buscar

combinar os vários estilos como, por exemplo: estilo participativo que é uma

liderança que se caracteriza por uma dinâmica de relações recíprocas; estilo

perceptivo/flexível que é uma liderança situacional que se caracteriza por

responder a situações específicas; estilo participativo/negociador que é uma

liderança consensual que se caracteriza por estar voltada a objetivos comuns,

negociados; e estilo inovador: que é uma liderança prospectiva que se

caracteriza por estar direcionada à oportunidade, isto é, à visão de futuro. O

gestor deve saber integrar objetivo, ação e resultado, assim agrega à sua

gestão colaboradores empreendedores, que procuram o bem comum de uma

coletividade.

Como bem diz Chiavenato (2000), “para fazer uma empresa ou

um departamento produzir resultados, o administrador deve desempenhar

funções ativadoras tais como liderança e motivação”, precisa conhecer a

motivação humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar.

Normalmente, uma mudança representa uma certa ameaça à

segurança daqueles que ela irá afetar. Resultam os temores da superfluidade,

tanto para os pais, professores, funcionários em questão como para outros do

seu grupo de trabalho.

O gestor deve visar o sucesso de sua instituição, além de exercer

sua liderança administrativa e pedagógica, visando à valorização e

desenvolvimento de todos na escola, deve agir como líder, pensando no

progresso de todos que fazem parte de sua equipe. Ele deve ter consciência de

que sua equipe não se limita a alunos, professores e demais funcionários

internos da instituição, é composta também pelos pais dos alunos e por toda a

comunidade de forma geral, que deve ser mobilizada para que juntos possam

promover o principal objetivo de toda equipe escolar: a aprendizagem dos

alunos.

Conforme aborda Sergiovanni (1976) “todas as organizações

existem para realizar propósitos”, e que a maneira como a estrutura

organizacional é determinada depende de como as organizações estabelecem

a realização desses propósitos. Entende-se a organização escolar como grupo

de pessoas que, intencionalmente, trabalha em conjunto para o alcance de

objetivos educacionais. A escola é o principal exemplo de uma instituição

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organizacional voltada para o desenvolvimento da sociedade e para isso deve

seguir alguns princípios em sua organização. Princípios e procedimentos que

caracterizam a organização escolar, que ofereça apoio estrutural e material

para o desenvolvimento do processo educativo.

Libâneo (2007), define a organização escolar como “unidade

social que reúne pessoas que interagem entre si, intencionalmente, operando

por meio de estruturas e de processos organizativos próprios a fim de alcançar

objetivos educacionais.”

Assim, um gestor líder é capaz de desenvolver o potencial de

trabalho de toda sua equipe, fazendo com que esta se sinta capaz de

transformar e realizar com sucesso todos os projetos desenvolvidos pela

instituição de ensino.

2.4 - Competência do Gestor

Quem gere o sistema educacional possui responsabilidades

amplas, igualmente diferenciadas e que pedem um novo olhar nesses novos

tempos. Algumas competências também são esperadas desses profissionais,

além daquelas desejáveis para os professores, funcionários e alunos, para que

o processo ensino-aprendizagem flua de forma coerente. Entre as

competências dos gestores estão: competência pedagógica, competência

técnica, e competência administrativa.

Lück (2005), relaciona habilidades e conhecimentos em áreas:

administrativas, relacionamento interpessoal e pedagógica elencando as

principais habilidades e conhecimentos que os profissionais da gestão,

precisam refletir de modo que possam liderar de forma competente uma

escola, independentemente do nível de escolaridade que esta ofereça.

Na área pedagógica a autora sugere:

Compreensão dos fundamentos e bases da ação educacional; Compreensão da relação entre ações pedagógicas e seus resultados na aprendizagem e formação dos alunos; Conhecimento sobre organização do currículo e articulação entre seus componentes e processos; Habilidade de mobilização da equipe escolar para a promoção dos objetivos educacionais da escola; habilidade de orientação e feedback ao trabalho pedagógico. (Lück, 2005).

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A dimensão ou competência técnica refere-se à organização do

trabalho escolar na dimensão administrativa e financeira. Essa competência

requer do gestor conhecimentos para o gerenciamento de recursos humanos e

materiais, prestação de contas dos mesmos, conservação dos materiais e

patrimônio da escola.

Lück (2005) define para o gestor na área administrativa uma:

Visão de conjunto e de futuro sobre o trabalho educacional e o papel da escola na comunidade; Conhecimento de política e da legislação educacional; Habilidade de planejamento e compreensão do seu papel na orientação do trabalho conjunto; Habilidade de manejo e controle do orçamento; habilidade de organização do trabalho educacional; habilidade de acompanhamento e monitoramento de programas, projetos e ações; habilidade de avaliação diagnóstica, formativa e somativa; habilidade de tomar decisões eficazmente; habilidade de resolver problemas criativamente e de emprego de grande variedade de técnicas.

Articular de forma democrática o planejamento/administração

escolar e viabilizá-lo politicamente requer que o gestor consiga administrar as

regras do sistema. Isso nem sempre é fácil e sem dúvida requer o

desenvolvimento de uma competência administrativa. Administrar, nesse noto

tempo, não é garantir que as regras sejam cumpridas a todo custo, mas ser

capaz de flexibilizar as regras quando for necessário para que se possa ir em

direção à obtenção dos objetivos comuns propostos. A função do gestor é

conseguir e garantir a imagem institucional, maior patrimônio de uma Escola.

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CAPÍTULO III

GESTÃO DEMOCRÁTICA, COMPARTILHADA E PARTICIPATIVA

A discussão sobre a gestão participativa mostra-se relevante na

medida em que se observa, no âmbito escolar, uma prática autoritária e

conservadora, voltada apenas para a parte burocrática-administrativa e

colocando em segundo plano a ação progressista, participativa, que busque

uma ação transformadora no cotidiano escolar e de todos os envolvidos no

processo educacional.

Nesse contexto, o Diretor é figura de suma importância, visto que

uma liderança consciente o auxiliará na transformação da prática

administrativa, pedagógica e relacional no contexto escolar. A atuação do

Diretor no âmbito escolar,enfoca a gestão democrática e participativa como

também à função do Diretor dentro do novo modelo organizacional para a

construção de um ensino de qualidade.

A gestão participativa não só produz visões compartilhadas pelos

vários segmentos internos e externos da comunidade escolar, como promove a

divisão de responsabilidades e o acompanhamento formal e informal das

ações. Ela também enriquece os processos de busca coletiva de soluções para

os problemas que surgem na escola e em suas relações com a comunidade

usuária e com os órgãos centrais do sistema de ensino.

A gestão participativa (ou compartilhada), como o próprio nome

sugere, compreende aquela em que todos os agentes envolvidos participam no

processo decisório, partilhando méritos e responsabilidades. Dentro do

processo democrático e descentralizador a gestão participativa escolar propicia

igualdade de condições na participação e distribuição eqüitativa de poder,

responsabilidades e benefícios. Considerando os esforços da democratização,

na busca da qualidade da escola, promovendo, por um lado, a melhoria das

condições concretas do funcionamento, através da participação, mobilização e

comprometimento dos diferentes segmentos da comunidade, visando superar

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os problemas existentes no processo educativo, a gestão participativa compõe

a ferramenta determinante para assimilação do que é ser um cidadão

socialmente responsável.

3.1. Administração Escolar

Há bem pouco tempo, falava-se em administração escolar, que

compreendia as atividades de planejamento, organização, direção,

coordenação e controle. “A gestão, por sua vez, envolve estas atividades

necessariamente, incorporando certa dose de filosofia e política. O que existe é

uma dinâmica interativa entre ambas”. (LUCK, 2006).

No tocante a crise que a administração sofreu, pois tais teorias

jamais foram capazes de conduzir a uma teoria satisfatória do que seja

administrar, não obstante, surgiu à necessidade de um conceito mais

abrangente que descrevesse a administração e suas alternativas. Daí o

conceito de gestão.

Como ilustra Heloisa Luck, (2006) “a gestão não deprecia a

administração, mas supera as suas limitações de enfoque dicotomizado,

simplificado e reduzido, para atender as exigências de uma realidade cada vez

mais complexa e dinâmica”.

Dessa forma a gestão democrática surge para fixar novas idéias e

estabelecer na instituição uma orientação transformadora conforme sustenta a

Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 em seu artigo 206,

inciso VI e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 em seu

artigo 14.

Participar da gestão democrática da escola significa que todos se

sentem e efetivamente são partícipes do sucesso ou do fracasso da escola em

todos os seus aspectos: físico, educativo, cultural e político. Significa usar o

espaço escolar como um recurso de Educação para todos, na perspectiva do

“aprender a viver juntos”, de tal forma que os espaços públicos e particulares

possam ser respeitados, de modo ativo, ou seja, no sentido de agir a favor de

um modo mais satisfatório de vida para todos.

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“A gestão democrática é condicionante imprescindível da

qualidade” (GADOTTI, 1994). Faz-se necessário, por sua vez, que todos

participantes, os usuários da escola sejam os seus dirigentes e gestores. Na

gestão democrática pais, alunos, professores e funcionários assumem sua

parte de responsabilidade pelo projeto da escola.

“Uma escola é o que são os seus gestores, os seus educadores,

os pais dos estudantes, os estudantes e a comunidade. A ‘cara da escola’

decorre da ação conjunta de todos esses elementos”. (LUCKESI, 2007, p. 15).

Uma gestão democrática precisa da participação ativa da

comunidade escolar, no momento de partilhar o poder e tomar uma decisão.

Implica a efetivação de novos processos de organização e gestão baseados

em uma dinâmica que favoreça os processos coletivos e participativos de

decisão. Nesse sentido a participação constitui uma das bandeiras

fundamentais a serem implementadas pelos diferentes atores que constroem o

cotidiano escolar. O gestor deve proporcionar, no ambiente escolar, ações que

viabilizem a participação de todos, de forma compartilhada, como também

garantir a formação continuada de seus profissionais, contribuindo para a

qualificação da prática pedagógica. “A própria sala de aula é um lugar de

gestão e, principalmente, de aprendizagem da gestão democrática, não só da

escola, mas da vida. Exercitar a gestão democrática na escola é uma forma de

ensinar e aprender”. (LUCKESI, 2007).

Como bem indica Luck (2006) “é pela gestão que se estabelece

unidade, direcionamento, ímpeto, consistência e coerência a ação educacional,

a partir do paradigma, ideário e estratégias adotadas para tanto”.

Gerir democrática e participativamente a escola significa usar de

todas as oportunidades que ela oferece, tanto para realizar práticas como para

aprender condutas com elas. Mais importante do que os resultados práticos

imediatos da gestão democrática é a aprendizagem para vida pessoal e social.

Afinal, a escola não é uma oficina produtiva, mas sim um lugar de

aprendizagem e desenvolvimento. “O mais importante na vida escolar não é o

ganhar ou o perder, mas o aprender a ser e o aprender a viver juntos, para o

bem-estar de si mesmo e do outro, com qualidade” (LUCKESI).

A Lei de Diretrizes e Bases redirecionou as formas de

organização e gestão. A esse respeito à lei estabelece o princípio da gestão

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democrática, ou seja, a necessidade de que a gestão das escolas se efetive

por meio de processos coletivos envolvendo a participação da comunidade

escolar. Assim, por gestão democrática entendemos a garantia de mecanismos

e condições para que espaços de participação, partilhamento e

descentralização do poder ocorram.

Desse modo, a Lei de Diretrizes e Bases ao encaminhar para os

sistemas de ensino as normas para a gestão democrática, indica dois

instrumentos fundamentais: a elaboração do Projeto Político Pedagógico da

escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos

Escolares ou equivalentes.

3.2. Participação Coletiva na Gestão Escolar

Em uma gestão escolar democrática, todos os amplos setores

envolvidos no processo precisam ser considerados. Quanto ao corpo discente,

ao mesmo tempo em que é preciso estimular os alunos a se interessarem e a

tomarem parte na solução dos problemas administrativos da escola – o que

lhes em sido historicamente negado – é necessário também evitar que a

abertura de canais de expressão e de participação na gestão da escola sirva

como pretexto para o mero “contestar apenas por contestar” ou como

justificativa para um descuido para com suas atribuições essenciais de

educandos, que devem se esforçar, sobretudo para se apropriarem da melhor

forma possível do saber acumulado.

Os funcionários em geral, embora não trabalhem em funções

propriamente docentes, nem por isso deixam de emprestar o seu esforço na

concretização dos objetivos educacionais. Em vista disso, sua participação na

gestão da escola deve levar em conta, não apenas sua colaboração no

empreendimento, mas também seus interesses e reivindicações enquanto

trabalhadores que são.

Os professores e o pessoal técnico-pedagógico (orientadores

educacionais, coordenadores pedagógicos etc.) também são trabalhadores e

como tais possuem seus interesses ligados a essa condição. Mas eles são,

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acima de tudo, os educadores, por excelência, da escola, ou seja, as pessoas

encarregadas,em última instância, das atividades-fim da instituição escolar.

O esforço de funcionários, professores, pessoal técnico-

pedagógico, fundamentada na participação coletiva, é de extrema relevância

na instalação de uma administração democrática no interior da escola. É

através dela que são fornecidas as melhores condições para que os diversos

setores participem efetivamente da tomada de decisões, já que estas não se

concentram mais nas mãos de uma única pessoa, mas na de grupos ou

equipes representativos de todos. É necessário, entretanto, que essa

representação seja realmente autêntica e que estejam sempre funcionando

adequadamente os mecanismos mais eficientes de expressão das idéias e de

intercâmbio de informações.

As vantagens de uma gestão escolar participativa, em que as

decisões são tomadas pelo grupo, não se referem apenas à democratização

interna da escola, mas também ao fortalecimento da unidade escolar.

3.3. Autonomia escolar nos procedimentos de gestão

Ao defendermos a autonomia da escola, estamos defendendo que

a comunidade escolar tenha liberdade para coletivamente pensar, discutir,

planejar, construir e executar o seu Projeto Político- Pedagógico, entendendo

que neste está contido o projeto de educação, da escola que toda equipe

almeja. No entanto, mesmo tendo essa autonomia, a escola está subordinada

às normas gerais do sistema de ensino e às leis que o regulam, não podendo,

portanto, desconsiderá-las.

A questão da gestão financeira da escola assumiu também

grande centralidade no âmbito das discussões educacionais, tendo em vista

que a implementação de projetos mais participativos, idealizados e discutidos,

passa a requerer que a escola tenha cada vez mais autonomia na gestão dos

recursos. Nesse sentido, ter autonomia de gestão financeira requer muita

responsabilidade.

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Nessa perspectiva, a profissionalização da gestão escolar, a

modernização dos procedimentos administrativos, a revisão das funções, o

realinhamento das decisões e a participação dos diversos segmentos da escola

no seu gerenciamento, tornaram-se o cerne do novo estilo de gestão escolar,

cujo conceito nos é apresentado por Lück (2000):

“[...] ultrapassa o de administração escolar, por abranger uma série de concepções não abarcadas por este outro, podendo-se citar a democratização do processo de construção social da escola e realização de seu trabalho, mediante a organização de seu projeto político - pedagógico,o compartilhamento do poder realizado pela tomada de decisão de forma coletiva, a compreensão da questão dinâmica e conflitiva e contraditória das relações interpessoais da organização, o entendimento dessa organização como uma entidade viva e dinâmica, demandando uma atuação especial de liderança e articulação, a compreensão de que a mudança de processos educacionais envolve mudanças nas relações sociais praticadas na escola e nos sistemas de ensino.”

Nos limites da autonomia escolar, devem ser respeitadas as

normas comuns e as do sistema de ensino. Ou seja, a autonomia do docente

para elaborar seu planejamento não pode ser confundida com liberdade

absoluta, pois a proposta pedagógica da instituição deve ser o seu norte.

No papel, portanto, a autonomia escolar parece ser ampla, mas

sua realização ainda está em fase embrionária por falta de informação das

pessoas que têm de exercê-la e pela tradição centralista da Educação

brasileira. Afinal, autonomia não é uma palavra de fácil interpretação e sua

subjetividade exige dos gestores muita discussão e prática para lhe dar vida.

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CONCLUSÃO

A construção da escola democrática passa por longo período de

conscientização que deve ser refletido entre gestor, equipe pedagógica,

professores, funcionários, alunos com objetivo de um papel mais participativo

desses sujeitos a se comprometerem com o processo de mudança.

É impossível mudar a forma de gestão, sem que se estabeleça a

articulação entre a escola e os seus participantes, pois a escola não é um

órgão isolado e suas ações devem estar sempre voltadas para atender as

necessidades de toda equipe escolar, com dedicação, responsabilidade e

participação, para se chegar ao objetivo da educação, que é promover o

homem dentro de seu contexto social e político.

Falar em Gestão Democrática é acreditar em uma educação com

relevância social e, logo, em uma escola construída a partir da ação coletiva.

Assim, se o propósito é formar cidadãos honestos e responsáveis, a gestão

democrática é necessária para qualquer administrador escolar. A partir dessa

administração será possível desenvolver e vivenciar a democracia no dia-a-dia

da escola e levá-la a consolidar a participação entre toda a comunidade

colaborando, assim, no processo de inclusão social do País.

Dessa forma, a Gestão Democrática requer conquistar a própria

autonomia escolar, haja visto que, sua trajetória traz a descentralização, o

crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e

conseqüentemente do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que

precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma

educação melhor e inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de

elevar o conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores

humanos que engrandeçam ações e ideais. Portanto, só assim o gestor não

cairá no risco de ações pragmáticas e tecnicistas, mas promoverá as inter-

relações, compreenderá as diferenças e priorizará sempre o bem-comum.

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A gestão democrática prioriza também a participação da toda

equipe na tomada de decisões, não só na administração dos recursos

financeiros e físicos, mas também na elaboração do PPP, nas mudanças no

currículo escolar, bem como, no processo de ensino-aprendizagem.

Sendo assim, fica evidente que a configuração dos cursos de

formação e, por conseqüência, o perfil dos gestores educacionais esteja

pautada na capacidade de interação e decisão coletiva, uma vez que é o gestor

educacional que irá mediar as relações entre a instituição em que atua e todos

os participantes da escola.

Dentro desse cenário de gestão, o gestor tem que mudar

concepções, quebrar paradigmas, assumir papeis dentro dos novos princípios

da educação, ter postura ética e cidadã são algumas das questões para

possibilitar à reflexão. Este caminho será significativo para a formação de uma

nova mentalidade, desenvolvendo uma boa gestão na escola.

.

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Fonte:http://www.webartigos.com/articles/5895/1/GestaoParticipativa

http://www.webartigos.com

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 7

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I

Rumo à Democracia Educacional 10

1.1 – As Organizações Escolares e a Gestão Educacional 11

1.2 – A Conquista da Gestão Democrática 12

1.3 - O Papel do Diretor Escolar 14

1.4 – Responsabilidade do Gestor e da Organização 15

CAPÍTULO II

Liderança em uma Organização Educacional 18

2.1 – O Gestor nas Atividades de Motivação Interna 18

2.2 – Desafios Diante do Gestor Escolar 19

2.3 – Mudança e Inovação na Organização Educacional 21

2.4 – Competência do Gestor 23

CAPÍTULO III

Gestão Compartilhada e Participativa 25

3.1 – Administração Escolar 26

3.2 – Participação Coletiva na Gestão Escolar 28

3.3 – Autonomia Escolar nos Procedimentos da Gestão 29

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

ÍNDICE 36