universidade candido mendes pÓs-graduaÇÃo lato … · para compreensão desse fenômeno no novo...

50
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A INFLUÊNCIA DO LÍDER NO DESENVOLVIMENTO E MOTIVAÇÃO DE UMA EQUIPE Denise Maria Pacheco Orientador Professor Mario Luiz Trindade Rocha Rio de Janeiro 2009

Upload: dinhthuy

Post on 03-Dec-2018

215 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DO LÍDER NO DESENVOLVIMENTO E MOTIVAÇÃO DE UMA EQUIPE

Denise Maria Pacheco

Orientador

Professor Mario Luiz Trindade Rocha

Rio de Janeiro

2009

Page 2: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

2

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A INFLUÊNCIA DO LÍDER NO DESENVOLVIMENTO E MOTIVAÇÃO DE UMA EQUIPE

Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do

Mestre – Universidade Candido Mendes como

requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em Gestão Empresarial

Por: . Denise Maria Pacheco

Page 3: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus a oportunidade de

fazer a pós-graduação, a minha família,

amigos e parentes o incentivo para que

eu pudesse concluir mais essa etapa

da minha vida. Em especial agradecer

a minha filha, Gabriela Pacheco de

Oliveira pela compreensão pelos

momentos de ausência que deixamos

de compartilhar carinho, amor e

atenção.

Page 4: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

4

DEDICATÓRIA

Dedico a minha mãe, Maria Regina Alves

Pacheco, pela sua dedicação, ajuda e por

ter ensinado valores importantes para a

minha formação.

Page 5: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

5

RESUMO

O objetivo deste estudo monográfico é identificar o papel do líder no

desenvolvimento e motivação de uma equipe. Pretende-se analisar os métodos

que o líder usa para desenvolver e tornar sua equipe motivada e produtiva,

através das habilidades, valorização do talento humano, estimulando um

espírito empreendedor que desenvolva a criatividade, a satisfação dos

colaboradores, bem como na consolidação de um modelo de gestão que

represente a oportunidade de aprendizagem

Ao longo de seu desenvolvimento, são abordados temas como a

evolução da liderança, que função tem o líder nas empresas e quais são os

atributos deste líder. Os resultados elencados demonstraram que a importância

de lideranças nas organizações citadas neste estudo aponta diretamente essa

correlação de interesses na formação de lideranças.

A hipótese de estudo aponta que a criação de programas de treinamento

de lideranças tem por base as dificuldades de formar equipes de trabalho

dinâmicas e interativas. O pressuposto apontado é de que o papel do líder é

fundamental na organização para desenvolver as equipes.

.

Page 6: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

6

METODOLOGIA

O objetivo desta monografia pretende elencar algumas contribuições

teóricas sobre liderança com vistas à ampliação do diálogo sobre as várias

dimensões do homem enquanto gestor neste novo milênio. Para atingir este

objetivo utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica em livros, artigos

e Internet para compreender como em um cenário globalizado as organizações

cada vez mais precisam ter lideres que através de suas experiências,

conhecimentos técnicos, sensibilidade influencia a equipe para que possam se

desenvolver e apresentar resultados positivos para organização

Page 7: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 8

CAPÍTULO I - A EVOLUÇÃO DA LIDERANÇA 10

1.1 O Líder 12

1.2 Estilos de Liderança 15

1.2.1 Os antigos estilos 15

1.2.2 Os estilos atuais 18

1.2.2.1 Liderança Situacional 18

1.2.2.2 Liderança Carismática 19

1.2.2.3 Liderança Transacional 20

1.2.2.4 Liderança Visionária 22

CAPÍTULO II - O PAPEL DO LÍDER NAS ORGANIZAÇÕES 23

2.1 A Cultura Organizacional 25

2.2 A importância do líder no desenvolvimento de sua equipe de trabalho29

2.2.1 O líder treinando seus liderados 32

2.2.2 – Líder desenvolvendo a equipe 34

2.3 O Papel do Líder frente à Motivação 36

CAPÍTULO III–CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS A UM BOM LÍDER 40

3.1 Busca constante de desenvolvimento pessoal 43

3.2 Criatividade e capacidade de auto-avaliação 45

CONCLUSÃO 47

BIBLIOGRAFIA 49

Page 8: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

8

INTRODUÇÃO

O mundo empresarial constantemente alvo de intensas transformações

estão demandando adaptações rápidas e eficazes das empresas e dos líderes.

Em meio a esse ambiente a liderança é considerada elemento vital ao sucesso

de qualquer organização, empresa ou grupo comunitário.

A liderança é um assunto recorrente, importante e desafiador que

remete à discussão de temas variados como tipos de poder e autoridade,

características pessoais de líderes e liderados, inter-relações sociais, poderes

atribuídos aos cargos, necessidade de alcançar objetivos corporativos e

conjuntos de competências desejadas e necessárias ao seu exercício.

Liderança e motivação são ferramentas imprescindíveis no mercado

atual. As empresas e/ou organizações necessitam desenvolver mecanismos

para alcançar seus objetivos, precisam locar pessoas para desenvolver a

liderança e gerar motivação, sem estes elementos sua sobrevivência no

competitivo mercado sucumbe.

O trabalho está dividido em três partes, as quais contemplam o

referencial teórico onde na primeira parte apresenta-se a história da liderança

de maneira sintética, ou seja, mostra a evolução do conceito de liderança e os

estilos de liderança propriamente dita verificado numa perspectiva histórica.

No segundo discorre-se sobre o papel desta liderança nas empresas e

suas características na atualidade, responsabilidade do líder na vida das

pessoas e das organizações.

Na última parte vê-se a importância e a responsabilidade do líder na vida

das pessoas e das organizações, a satisfação no trabalho e os fatores que

geram a motivação. Após estas avaliações faz-se as considerações finais.

Page 9: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

9

Dessa forma não é objeto desta monografia focar em uma teoria

específica, estilo ou traço relativo à liderança, nem concluir que abordagens

são mais propensas ao sucesso que outras e sim trazer algumas contribuições

para compreensão desse fenômeno no novo milênio.

As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários

aos líderes nas organizações para formar equipes com base no conhecimento,

informação e comunicação, a fim de permitir que desenvolvam seus talentos

para aumentar o capital humano da empresa. Neste contexto, surge a seguinte

problemática: Qual o papel da liderança em relação ao desenvolvimento das

equipes e seu nível de crescimento produtivo e intelectual?

Page 10: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

10

CAPÍTULO I

A EVOLUÇÃO DA LIDERANÇA

Gerir pessoas é uma arte, pois o homem é um ser que vive naturalmente

em grupos, os quais também constituem as organizações.

Estas se fazem presentes na escola, no trabalho, na igreja e na vida

social, e o homem depende diretamente delas. Segundo CHIAVENATO (1989),

é difícil separar as pessoas das organizações e vice-versa.

Os primeiros estudos sobre liderança baseavam-se em traços e

características pessoais dos líderes eficazes, negando possibilidades da

ocorrência de um processo de aprendizagem quanto ao comportamento de

liderança. Os trabalhos que se seguiram, rompendo com essa visão

determinista, passaram a enfatizar os diversos estilos e padrões

comportamentais do líder. Essa abordagem, que prescrevia o estereótipo ideal

de liderança, foi dando lugar a uma perspectiva situacional ou contingencial,

que visualizava um estilo mais flexível e adaptativo para a liderança eficaz.

Para DRUCKER (1995) os primeiros líderes tratavam as pessoas como

funcionários contratados para ocuparem cargos de acordo com horários e

regulamentos internos e regras. A avaliação de desempenho envolvia diversos

aspectos, como assiduidade, pontualidade e disciplina pessoal. Eram chefias,

as quais,com a função de cobrar produção, exerciam seu controle sobre as

pessoas com autoritarismo.

Nesse contexto, a necessidade da mudança só era admitida frente a

uma crise, sendo que, nesse caso, o enfoque principal era dado ao

departamento.

Analisando a evolução da gestão e estabelecendo uma comparação

entre o antigo modelo de administrar e o atual, constata-se que, nos dias de

hoje, tem-se um gestor mais participativo das atividades de toda a sua equipe e

Page 11: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

11

com uma visão global dos negócios, diferente da maneira antiga de

administrar,que tinha como característica a visão local e regional.

A gestão moderna propõe que o administrador atual seja um facilitador,

assumindo maior parcela de responsabilidades pelo acréscimo de valor de

seus subordinados e, na organização, desempenham o papel fundamental de

determinar a direção da sua equipe, influenciar, estimular seus colaboradores e

suprir suas necessidades em busca do melhor resultado e com uma visão

externalizada para o cliente.

Os novos conceitos da gestão dão ênfase ao líder democrático e

impulsionador de pessoas, focando conceitos modernos, como motivação,

liderança, comunicação, relacionamento interpessoal e desenvolvimento de

equipes de alto desempenho. A avaliação de desempenho está sintonizada

com a visão, metas e resultados, principalmente com a contribuição pessoal do

negócio da empresa. Todas essas habilidades do novo modelo de gestão

expressam a importância da valorização do capital humano item mais

importante de uma organização, possibilitando não somente o desenvolvimento

de suas potencialidades, mas também a superação dos seus

limites.(MAXWELL:2008)

Nos tempos atuais muito se fala a respeito de líderes de gestores que

sejam Coach, empreendedores. Ser o Coach de uma equipe é ter o

entendimento das diferenças individuais, de suas potencialidades e das

possibilidades de sucesso. Deve ainda orientar seu time na condução do

processo, tornando-se, desta forma, co-gestor, co-responsável pela ação.

A liderança bem exercida, de acordo com o novo modelo, passa a atuar

em um novo cenário de multiplicação de esforços, podendo extrair a sinergia

das pessoas em busca de melhores resultados para todos, com ênfase no

grupo e no trabalho conjunto e cooperativo.

Page 12: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

12

1.1- O Líder

(TODO MUNDO, UM LÍDER). Esse slogan de uma corporação

internacional com sede em St. Louis visa instilar orgulho e estimular a

qualidade entre seus funcionários. Donald Weiss remodela o slogan para dizer:

“que todo mundo pode tornar-se um líder capaz de satisfazer as necessidades

do grupo, de uma maneira apropriada às suas próprias necessidades, estilo e

forças.” (1999)

A liderança sempre está ligada a pessoas. É uma função, papel ou

tarefa que qualquer pessoa desempenha, quando é responsável por um grupo.

Independentemente de suas competências, muitas pessoas são colocadas em

posições de liderança, em que precisam dirigir os esforços de outros para

realizar objetivos: treinadores de equipes esportivas, professores, regentes de

orquestras, sacerdotes, diretores de teatro e cinema, dirigentes de sindicatos e

todos os tipos de gerentes. Todas essas pessoas têm metas para realizar com

a colaboração de grupos.

Uma das formas de estudar a liderança focaliza os traços de

personalidade dos líderes. As conclusões dos estudos desse tipo não têm

nenhum valor de previsão. Sabe-se que os líderes têm determinados traços de

personalidade. No entanto, as pessoas que têm os mesmos traços não são

nem se tornam, necessariamente, lideres. Também não se conseguiu

demonstrar que os líderes têm traços de personalidade diferentes dos de

outras pessoas. Apesar desses problemas, o estudo dos traços de

personalidade mostra conclusões importantes. Alguns dos traços de

personalidade mais característicos dos líderes são: (a) determinação, (b)

iniciativa nas relações pessoais, (c) vontade de liderar e (d) autoconfiança.

Outra forma de estudar a liderança analisa as motivações dos líderes,

isoladas de outros traços de personalidade. David McClelland foi quem

identificou a necessidade de poder (o interesse em perseguir, ocupar e

exercitar posições de poder). A pessoa que busca a satisfação dessa

Page 13: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

13

necessidade realiza ações específicas para alcançar posições nas quais possa

influenciar o comportamento alheio: conseguir adeptos, candidatar-se a algum

cargo eletivo, fazer propostas a um grupo, aproximar-se da estrutura existente

de poder ou matricular-se em uma escola de liderança, como uma academia

militar.

Para DRUCKER não há um conjunto de características que descreva o

líder ideal. Segundo o autor, “o que distingue o líder do mau líder são suas

metas. A segunda exigência é que encare a liderança com responsabilidade”.

(1999), O líder carismático nem sempre pode ser considerado bom gestor,

ressaltando a importância de inspirar confiança e de possuir integridade em

suas ações. A nova visão estratégica deve criar, para o futuro, um propósito

positivo que seja contagiante e envolvente, para que todos se sintam, de

alguma forma, mobilizados a fazer parte de redes dotadas de autonomia e

flexibilidade das unidades de negócios e centros de lucros das empresas

Liderança é um processo por meio do qual as pessoas assumem

posições de “comando”, “coordenação” de grupo, com o objetivo de atingir um

resultado, uma meta. O processo de liderança nas organizações é cíclico. A

cada momento surge um novo líder e essa ascensão irá depender da

especificidade da ação, do resultado a ser alcançado, das competências

necessárias desse profissional, para a situação que se apresenta.

Quando se exerce o papel de líder, seja por definição da empresa, pela

posição que ocupa no nível hierárquico, ou quando, para determinada situação

você é quem tem as competências necessárias, faz-se necessário pensar

quem são os componentes da equipe que serão liderados, como conduzi-los

para a ação.

Ao assumir um papel de líder é preciso ter o olhar sobre todos, ter a

visão crítica da situação que se apresenta, quem são as pessoas que

compõem o grupo e qual o resultado a ser alcançado. Este olhar deve ser

diferenciado: desfoca a realidade para focar novamente. As pessoas que fazem

parte do processo precisam ser geridas de forma que o líder conheça suas

Page 14: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

14

potencialidades, suas expectativas, suas competências, para que essas,

quando inseridas num projeto, contribuam de uma maneira mais efetiva e

eficiente.Vale ressaltar que são as pessoas quem irão colocar literalmente “a

mão na massa” e fazer acontecer o projeto. Portanto, cabe ao líder considerar

cada pessoa como se fosse única, atribuindo-lhe responsabilidade para as

quais o profissional se sente maduro e apto a conduzir.

O líder deve empreender, orientar, educar sua equipe, proporcionando

aos lideradas condições para seu crescimento individual e profissional

Ser o Coach de uma equipe é ter o entendimento das diferenças

individuais, de suas potencialidades e das possibilidades de sucesso. Deve

ainda orientar seu time na condução do processo, tornando-se, desta forma,

co-gestor, co-responsável pela ação. Neste estilo liderar é empreender os

talentos e saber como esses podem contribuir para o sucesso do trabalho. Se

houver sucesso ou fracasso no processo, esse será compartilhado pelo grupo.

Liderar ou exercer a liderança é ter o entendimento da cultura

organizacional, do planejamento estratégico da mesma e alinhar sua equipe de

acordo com as competências contributivas da cada um para atingir os

resultados esperados. Isto torna cada elemento co-participativo do processo, é

fazer cada sentir que faz parte do time e não que está à parte.

É preciso conciliar os objetivos organizacionais com os individuais, e

saber em que momento ocorre a intersecção, o ponto comum entre as partes

envolvidas. O líder deve ter em mente que as pessoas fazem os processos.

São elas que por meio de seu trabalho contribuem efetivamente para com a

organização e com a equipe.

O capital humano deve ser valorizado para unir o grupo ao redor de um

objetivo comum.

Page 15: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

15

1.2 - Estilos de Liderança

São as teorias que estudam a liderança em termos de estilo de

comportamento do líder em relação aos seus subordinados, isto é, maneiras

pelas quais o líder orienta sua conduta, o seu estilo de comportamento de

liderar

A principal teoria que explica a liderança pôr meio de estilos de

comportamento, sem se preocupar com características de personalidade é a

que se refere a três estilos de liderança: autoritária, liberal e democrática. O

estilo pode ser autocrático ou democrático, dependendo de o líder centralizar

ou compartilhar a autoridade com seus liderados.

1.2.1 – Os Antigos Estilos de Liderança

A presente monografia não pretende conceituar todos os estilos de

liderança mas citaremos os mais comuns no meio empresarial, de acordo com

o professor CHIAVENATO (2005).

1.2.1.1 - Liderança Autocrática

O estilo autocrático é o mais antigo. Sua origem remonta à Pré-história,

quando os primeiros agrupamentos humanos se organizaram e surgiram os

primeiros chefes.

Na Liderança Autocrática o líder é focado apenas nas tarefas. Este tipo

de liderança também é chamado de liderança autoritária ou diretiva. O líder

toma decisões individuais, desconsiderando a opinião dos liderados. O líder é

quem ordena, impõe sua vontade, centralizando todas as decisões.

Page 16: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

16

Este tipo de liderança caracteriza-se pela confiança na autoridade e

pressupõe que os outros nada farão, se não lhes for ordenado. Geralmente não

se importa com o que os liderados pensam além de desestimular inovações.

O líder autocrático julga-se indispensável, mostrando que só a sua

maneira de fazer as coisas é a correta. Toma uma postura muita vezes

paternalistas, sentindo-se feliz por notar que os outros dependem dele. Divide

pouquíssimo serviço, preferindo fazê-lo. É comum por parte deste líder,

reações coléricas, de irritação, de incompreensão com erros alheios.

Infunde um certo temor nos liderados, para que não o contradigam. Usa

de artifícios para que o obedeçam sem dialogar. As decisões são tomadas com

rapidez, o que é muito positivo. Mas, quando um líder autocrático termina seu

mandato, muitas vezes o grupo fica perdido, não está acostumado a tomar

suas próprias decisões, provocando um vácuo no poder de comando. Além

disso a liderança autocrática geralmente leva a altos níveis de absentismo e

rotatividade do pessoal.

1.2.1.2 - Liderança Democrática

É voltado para as pessoas e há participação dos liderados no processo

decisório. O líder democrático tende a tomar decisões através do consenso do

grupo incentivando a participação de todos, procura delegar autoridade e usa

feedback. Aceita as decisões do grupo, mesmo que contrariem a sua própria

opinião. A preocupação do líder é atender as aspirações e os pontos de vista

dos subordinados que gozam de ampla liberdade para decidir, sugerir e

implementar.

Mas o estilo democrático tem suas desvantagens, que determinam por

que seu impacto no clima não é tão alto como alguns dos outros estilos.

Page 17: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

17

1.2.1.3 - Liderança Liberal

Também chamado de Laisse-Faire, que significa literalmente “deixai

fazer, deixai ir, deixai passar”. O líder toma poucas decisões. Neste tipo de

liderança o grupo atingiu a maturidade e não mais precisa de supervisão

extrema de seu líder, os liderados ficam livres para por seus projetos em

prática.

Vejamos a relação entre os três estilos de liderança, segundo CHIAVENATO,

no quadro a seguir:

OS TRÊS ESTILOS DE LIDERANÇA

LIDERANÇA AUTOCRÁTICA

LIDERANÇA DEMOCRÁTICA LIDERANÇA LIBERAL

TOMADA DE DECISÕES

Apenas o líder decide e fixa as diretrizes,

sem qualquer participação do grupo

As diretrizes são debatidas e decididas

pelo grupo que é estimulado e assistido

pelo líder

Total liberdade para tomada de decisões

grupais ou individuais, com participação mínima do líder

PROGRAMAÇÃO DOS

TRABALHOS

O líder determina providências para a

execução das tarefas, uma por vez, na

medida em que são necessárias e de modo

imprevisível para o grupo

O próprio grupo esboça providências e

técnicas para garantir o alvo com o

aconselhamento técnico do líder. As

tarefas ganham novos contornos com os

debates

A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas alternativas ao grupo,

esclarecendo que poderia fornecer

informações desde que solicitadas

DIVISÃO DO TRABALHO

O líder determina qual a tarefa que cada um

deverá executar e qual seu companheiro de

trabalho

A divisão das tarefas fica a critério do grupo

e cada membro tem liberdade de escolher seus próprios colegas

Tanto a divisão das tarefas como a escolha

dos colegas fica por conta do grupo.

Absoluta falta do líder

PARTICIPAÇÃO

O líder é pessoal e dominador nos elogios

e nas críticas ao trabalho de cada um

O líder procura ser um membro normal do grupo. É objetivo e estimula com fatos, elogios ou críticas

O líder não faz nenhuma tentativa de avaliar ou regular o

curso das coisas. Faz apenas comentários quando perguntado

Fonte: Chiavenato (2005: 187)

Page 18: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

18

1.2.2 – Estilos atuais

Com a evolução da liderança surgem novos estilos de lideres para

atender as exigências da globalização e do mundo corporativo, que cada vez

exige mais que o líder seja inovador, carismático, motivador, integrador de

equipes e criando clima propício à melhoria da qualidade e produtividade.

1.2.2.1 Liderança Situacional

Por volta de 1950, os estudiosos do comportamento humano

começaram a voltar sua atenção para um campo mais amplo do exercício da

liderança, a situação ou contigência, dando origem a essa nova visão de

liderança. Assim, no caso da liderança situacional, a autoridade formal ajuda

mas não é imperativa, ao passo que as características pessoais podem facilitar

ou dificultar conforme a situação, cabendo também considerar as expectativas

dos liderados ante a pressão das variáveis situacionais.

Os adeptos da aboradagem situacional ou contigencial não postulam um

melhor estilo de liderança, nem um estilo permanente, e sim o mais eficaz para

uma dada situação.

Tannenbaum e Schmidt (apud Moscovici, 1991) foram os primeiros

teóricos a descrever os três conjuntos de forças que influenciam um líder na

escolha de seu estilo, a saber: forças presentes no líder, forças presentes nos

colaboradores e forças presentes na situação.

Esse conjunto de forças ressalta a necessidade de flexibilização do

papel da liderança, o qual não mais deverá estar centrado na personalidade do

líder, e sim na maturidade dos colaboradores, do grupo ou da equipe. Do líder

poderá exigir-se num dado momento uma conduta autocrática, e noutro, um

comportamento democrático. Dependendo do grau de amadurecimento da

equipe, a qual seriam delegadas determinadas tarefas, o líder poderá até

assumir uma postura liberal. Assim, do líder de hoje espera-se ,aos

flexibilidade, inovação e adequação.

Page 19: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

19

1.2.2.2 - Liderança Carismática

Liderança carismática, inspiradora ou transformadora são nomes do

estilo usados pelos líderes que oferecem como recompensa a própria

realização da tarefa. Um líder é carismático quando oferece recompensas de

conteúdo moral e tem seguidores fiéis (em contraposição aos mercenários). O

líder carismático faz seus seguidores superarem seus próprios interesses e

trabalhar excepcionalmente para realizar a missão, meta ou causa. Para

alcançar esse grau de comprometimento e realização, os líderes carismáticos

dão especial atenção para as necessidades e potencialidades de seus

seguidores. Os líderes carismáticos afetam profundamente as emoções de

seus seguidores, encorajando-os e dando-lhes inspiração para que eles vejam

os problemas de maneira diferente, dêem o máximo de si e apresentem novas

idéias. A liderança carismática consiste em estabelecer valores e padrões e

criar os meios para guiar os esforços coletivos na direção das metas. O líder

carismático é capaz de incentivar os seguidores a superar seu desempenho

passado e seu interesse pessoal, criando um sentido de comprometimento em

relação aos objetivos. O carisma, ou capacidade de influência do líder,apela às

emoções dos liderados e estimula sua identificação com o líder.

Vejamos algumas recompensas que têm fundo carismático:

Satisfação e oportunidade de crescimento pessoal decorrente da

participação em um projeto ou tarefa inovadora e desafiadora.

Satisfação proporcionada pela associação com um líder e uma equipe

de prestígio.

Promessa de participação em novos projetos, mais desafiadores; reforço

do sentido de pertencer ao grupo dos “eleitos”.

Recompensas simbólicas: prestigio social pela participação em um

projeto importante para a organização, títulos e cargos que dão prestígio

Page 20: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

20

social, projeção dentro da própria organização, participação em

cerimônias e solenidades, reforço do sentido de participação em grupos.

Agradecimentos, reconhecimento do desempenho.

Satisfação intrínseca derivada da participação no processo decisório e

na resolução de problemas.

Promessa de desenvolvimento das competências, de crescimento ou de

uma realização sobrenatural, como a salvação da alma.

1.2.2.3 Liderança Transacional

STONER (1999) enfatiza que o líder transformador, ou carismático,

contrapõe-se a outro tipo de líder que emerge dos estudos contemporâneos

sobre a liderança: o líder transacional. O líder transacional é aquele que apela

aos interesses, especialmente às necessidades primárias, dos seguidores. Ele

promete recompensas ou ameaças para conseguir que os seguidores (ou

subordinados) trabalhem para realizar as metas.

O líder que oferece recompensas materiais é chamado líder transacional.

Algumas recompensas materiais que o líder transacional pode oferecer, no

campo da administração de projetos, são as seguintes:

Promoções;

Aumentos salariais;

Autonomia e liberalidade no uso do tempo;

Atendimento de solicitações relacionadas a transferências, designação

para outros projetos e dispensas.

Prêmios por desempenho, como o “diploma do melhor funcionário do

mês”, ou uma participação nos resultados.

Patrocínio de programas de treinamento.

Page 21: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

21

A liderança transacional baseia-se no princípio de que o desempenho e a

competência devem ser recompensados segundo algum critério. O líder

transacional estabelece metas e oferece incentivos para sua realização. Tanto

o gerente quanto o funcionário (ou líder e liderado), em uma relação

transacional, enxergam o trabalho como um sistema de trocas entre

contribuições e recompensas. A troca tende a ser racional, sem o fundo

emocional que caracteriza a liderança carismática.

O contrato psicológico calculista, que ocorre na liderança transacional, é

um ingrediente importante em certos tipos de projetos e em certas empresas.

Os sistemas motivacionais utilizados por algumas empresas são generosos no

fornecimento de recompensas para quem tem competência e sabe transformá-

la em resultados.

AN TIGO E N OVO PARADIGMA DE LIDERAN ÇA

AN TIGO PARADIGMA DE LIDERAN ÇA N OVO PARADIGMA DE LIDERAN ÇA

Separação entre líder e liderado Integração entre líder e liderado

Sentimento de superioridade do líder Sentimento sincero de igualdade entre líder e liderado

Estilos autocrático, democrático e liberal de liderança Estilo participativo de liderança

Simples relação visando cumprir os objetivos

Líder estabelece uma relação evolutiva visando ao crescimento em direção à plena consciência

Líder centrado em objetivos materiais Líder centrado em objetivos e valores superiores

Visão superficial dos objetivos de vida e do trabalho

Conscientização do sentido profundo da existência e do trabalho

Visão limitada e reducionista aos objetivos imediatos

Visão holística, abrangente e inclusiva: homem, sociedade e natureza

Conflito: procura de culpa Conflito: procura das causas, oportunidade de aprender e dialogar

Dirige grupos, departamentos, seções, setores isolados de organizações Incentiva redes de organismos vivos

Ênfase em personalidades autoritárias ou obedientes, disciplinadas e energéticas

Ênfase em personalidades harmoniosas, porém firmes e lúcidas.

Fonte: Weil, apud Cavalcanti et al. (2005:75)

Page 22: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

22

A liderança autocrática põe forte ênfase no líder, enquanto a

liderança liberal põe ênfase nos subordinados. Na prática, o líder utiliza os três

estilos de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser

executada. O líder tanto manda cumprir ordens, como sugere aos subordinados

a realização de tarefas, como ainda consulta os subordinados antes de tomar

alguma decisão. Ele utiliza coerentemente os três estilos de liderança. A

principal problemática da liderança é saber quando aplicar qual estilo com

quem e dentro de que circunstância e tarefas a serem desenvolvidas

(CHIAVENATO, 2005:188).

1.2.2.4 - Liderança Visionária

É a habilidade para criar e articular uma visão do futuro, realista, digna de

crédito e atraente, que cresce a partir do presente e o aperfeiçoa.

Características do líder visionário

Primeiro, podem explicar a visão aos demais.

Segundo conseguem expressar a visão não apenas verbalmente, mas

também por seu comportamento.

Terceiro, conseguem estender a visão para diferentes contextos de

liderança.

Page 23: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

23

CAPÍTULO II

O PAPEL DO LÍDER NAS ORGANIZAÇÕES

Como diz MOTTA (1995): “ser dirigente é como reger uma orquestra,

onde as partituras mudam a cada instante e os músicos têm liberdade para

marcar seu próprio compasso”. A função gerencial não se assemelha com

nenhuma outra atividade ou profissão; tornando-se difícil caracterizá-lo, sem

gerar controvérsias sobre sua natureza. Portanto, apesar de muitas pesquisas

e estudos diversos, permanece ainda um tanto ambígua e até mesmo

misteriosa para muitos dos que tentam se aproximar de seu conteúdo.

A globalização e a competitividade são as palavras-chave que

descrevem o contexto em que vivemos e onde as organizações se têm de

posicionar de forma a poderem prosperar. Neste cenário, as organizações têm

de elevar os seus padrões de excelência constantemente para se manterem

competitivas. Se antes o foco estava virado para o produto, o capital principal

de uma organização passou a ser a componente humana, o chamado capital

humano. É o capital humano que diferencia as organizações.

O contexto mundial veio alterar as regras do jogo, logo as exigências e o

que se espera das organizações sofreram grandes alterações. Neste sentido,

as organizações têm de ter impreterivelmente equipes produtivas, eficientes e

adaptáveis de forma a darem resposta ao mercado.

TANNEMBAUM (1979) fala da importância de um líder para a

organização em que trabalha. Certamente, a opinião unânime é que o líder é

fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa. Sem ele e sua visão

criativa, aglutinadora e inspiradora as empresas estariam paradas no tempo ou

nem existiriam.

MOTTA (1995) comenta que o tema liderança, atualmente muito

enfatizada no meio organizacional, é objeto de estudo de muitos

Page 24: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

24

pesquisadores, pois ao passar do tempo, percebeu-se a importância individual

do funcionário na organização. A pessoa passa a fazer parte da organização,

deixando de ser apenas uma peça no processo produtivo. Com isso, também

evoluiu o papel do líder, que deixa de ser o temido “chefe”, e passa a ser um

facilitador das relações de trabalho, tornando-se um Gestor de Pessoas.

Sabemos que este profissional é importante, mas é difícil saber o que

faz dele um líder. Que características ele deve ter? Há diferença entre gerente,

gestor e líder? Inicialmente sintetizaremos o perfil de um líder. Diferente do

chefe, o líder não é mandatório nem tarefeiro. Ele pensa. O objetivo do líder é

fazer com que sua liderança não informe valores, mas sim crie valores.

Normalmente, a empresa pede algo para o líder e ele apenas transfere o

pedido para sua equipe. Um bom líder deve fazer com que a equipe entenda o

real valor do que será feito. Criando esse valor, sempre dá resultado positivo,

pois ele se sente valorizado e integrante do processo e não apenas executor.

Ainda nos dias de hoje é muito comum também encontrar líderes que

usam o poder ou a altura da voz para “motivar” suas equipes. Obviamente que

esta prática é condenada. Um bom líder tem que se posicionar num mesmo

nível que sua equipe para poder ouví-los, entendê-los e saber direcioná-los.

Ele é o grande responsável por dar um norte. No entanto, a empresa que

precisa de bons resultados e equipes de alta performance usar o poder não vai

funcionar. Essa técnica não funciona com os profissionais mais talentosos.

O lider que dá foco em tarefas, que apenas administra, que prioriza

sistemas e estruturas e é controlador é considerado um gerente ou chefe.

Interpretando STONER, “líder é exatamente o contrário, pois ao invés de

administrar, inova. Não controla, mas inspira confiança nas pessoas, as quais

se sentem priorizadas”. (1995)

A capacidade de liderança sempre é o limite que determina até onde vai

a eficiência pessoal e organizacional. KOTTER diz “se a liderança é forte, o

limite fica em nível elevado. Do contrário, a organização permanece

limitada”(2000:101)

Page 25: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

25

É essencial que a organização ofereça a seus lideres oportunidades de

aprendizado fora do local de trabalho, é necessário também, que a organização

garanta a possibilidade de refletir e desenvolver o autoconhecimento. Por fim,

este clima econômico do século XXI, está exigindo que o líder trabalhe com

muitas limitações, sendo assim necessário experimentar formas inovadoras de

aprendizado e desenvolvimento.

2.1 - A Cultura Organizacional

O que pode se considerar, então, cultura organizacional? Na literatura

especializada encontra-se diversos autores que tratam do tema. A definição

mais completa e adotada pela maioria dos pesquisadores atuais é a de

SCHEIN na qual:

Cultura Organizacional é o modelo dos pressupostos básicos

que um dado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no

processo de aprendizagem, para lidar com os problemas de

adaptação externa e integração interna . Uma vez que estes

pressupostos tenham funcionado bem o suficiente para serem

considerados válidos, são ensinados como a maneira certa de se

perceber , pensar, e sentir em relação aqueles problemas.” (1986)

PINTO-ROCHA e co-autores (1995) lembram que nos últimos anos, a

cultura vem-se tornando um tema central de diversos debates na área de

estudos organizacionais. Os autores lembram que o interesse pelo assunto

surgiu sobretudo em razão da relação entre cultura e desempenho

organizacional (Coutinho ,1998). Entretando há que se concordar com eles que

inexiste uma massa de estudos significativa, pesquisando a fundo a relação

entre cultura organizacional e cultura nacional.

SHEIN (1982) ressalta que a cultura organizacional é um conjunto de

premissas básicas validadas ao longo do tempo por um determinado grupo.

Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

26

Cada organização têm uma vida própria, que inclui formalidade nas regras,

formas de comunicação, estilos gerenciais, formas de tratamento dos

funcionários, benefícios. No enfoque simbólico para as organizações, a cultura

é o resultado de sua história particular e do sistema de símbolos criado e

mantido pela sua liderança no passado e no presente, o qual serve para ser

interpretado e dar significado às experiências subjetivas de seus membros,

assim como para racionalizar e aumentar seu compromisso com a empresa.

Empresas com uma cultura organizacional com normas e valores rígidos

certamente contribuirão para o desenvolvimento de um clima organizacional,

pesado e até de certa forma agressivo.

O que podemos verificar é que, na maioria dessas empresas, o estilo de

liderança adotado, pelos gestores, é de fundamental importância para a criação

desta cultura.

Quando a empresa adota um estilo de liderança autocrático, os reflexos

na cultura organizacional têm conseqüências muito fortes, sendo

absolutamente difícil provocar uma mudança nos hábitos, mesmo se adotar

novos estilos de liderança. Se a empresa ficar por um período muito longo

imersa neste estilo liderança, seja ele autocrático, democrático ou liberal,

ficarão impressas as marcas do respectivo estilo na cultura organizacional. Daí

a importância das organizações selecionarem com muito cuidado aqueles que

ocuparão posições de liderança, pois as marcas que poderão deixar na cultura,

se negativas, serão muito difíceis de apagar, causando estragos em toda

estrutura, provocando também turbulências no clima organizacional, que levará

possivelmente à insatisfações e a perda de grandes talentos.

Nos últimos anos, o interesse dos altos executivos por cultura

corporativa saiu do reino da teoria para o reino da aplicação real. Muitos

executivos estão começando a acreditar que inovações bem sucedidas

também incluem mudanças na cultura corporativa – os valores e crenças

tradicionais da empresa e suas maneiras de fazer as coisas. Mudança na

cultura e a organização pode ser reformulada.

Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

27

PINTO-ROCHA e co-autores (2007) mencionam alguns dos indicadores

da cultura organizacional são:

Iniciativa individual. Nível de responsabilidade, liberdade e

independência das pessoas;

Tolerância ao risco. Nível de encorajamento da agressividade, inovação

e riscos;

Direção. Clareza em relação aos objetivos e expectativas de

desempenho;

Integração. Capacidade de as unidades trabalharem de maneira

coordenada;

Contatos gerenciais. Disposição dos gerentes para fornecer

comunicações claras,

assistência e apoio aos subordinados;

Controle. Volume de regras e regulamentos, e de supervisão direta que

se usa para supervisionar e controlar o comportamento dos

empregados;

Identidade. Grau de identificação das pessoas com a organização como

um todo, mais que com seu grupo imediato ou colegas de profissão;

Sistema de recompensa. Associação entre recompensas e

desempenho;

Tolerância ao conflito. Grau de abertura para a manifestação de conflitos

e críticas;

Padrões de comunicação. Grau de restrição das comunicações aos

canais hierárquicos.

A força da cultura organizacional é tão grande que passa a ser a mente da

organização e se torna uma variável importante que atua nas suas próprias

Page 28: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

28

estratégias competitivas. Por isto, pode-se dizer que a cultura organizacional

leva a empresa a ser ou não competitiva e, assim, está ligada diretamente à

sua própria sobrevivência. No processo de condução de mudanças, a cultura

da organização deve ser o primeiro elemento a ser observado atentando-se

para todos os seus elementos, sob a pena das mudanças não surtirem o efeito

desejado ou não se realizarem por questões de resistência por parte do grupo

componente da organização.

É importante observar que, como interage com o ambiente, a cultura

organizacional pode e deve sofrer mutações. E se isto não acontecer, a

organização passa a força de sintonia com o ambiente externo, e pode vir a

desaparecer.

Muitas empresas tidas como de sucesso não reagiram às mudanças do

ambiente econômico-político-empresarial e tecnológico e sucumbiram. Por

isso, é que podemos dizer que sucesso presente ou passado não é garantia de

sucesso futuro, justamente em função das próprias dinâmicas internas e

externas das organizações. PINTO- ROCHA e co-autores (2007) discorrem

que para facilitar a interação dinâmica da organização com o ambiente externo

e trabalhar o seu ambiente interno deve-se atuar na cultura da organização

com diversas ações de forma constante:

fazendo com que a sua estrutura organizacional seja sempre atualizada

e representativa da necessidade de sobrevivência da empresa no

mercado, dos seus valores já internalizados e dos valores que estão

sendo implementado sendo mudados pelas próprias pessoas.

implantando, atualizando, mantendo e melhorando continuamente

sistemas de gestão, que a levem a ter diferencial competitivo em relação

às suas concorrentes; treinando as pessoas através de ações

permanentes, que pelo próprio conceito de cultura organizacional são o

seu veículo e sua razão.

na mudança do quadro diretivo da organização, quando as pessoas

estão naturalmente já à espera de mudanças;

Page 29: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

29

quando da inserção de grande número de pessoas na organização, o

que gera a entrada de novos valores que irão naturalmente interagir com

os demais.

Concluímos então que para se trabalhar a cultura organizacional não se

devem esperar as situações ocasionais, embora se deva sempre aproveitá-las,

mas atuar dentro das ações permanentes, numa dinâmica de monitoramento

dos ambientes externos e internos e ações tanto reativas como pró-ativas para

que a competitividade da organização possa ser a característica maior dela de

forma a assegurar sua presença no mercado e mesmo a sua sobrevivência.

Cabe ao moderno gestor, além de impor um estilo distante do

autoritarismo, evitar a existência do mesmo dentro da estrutura, e será através

da utilização de estilos democráticos de liderança, de forma contínua

persistente e duradoura, que poderá apagar as marcas de um passado

autocrático mas que, infelizmente, por muitas vezes, deixa seqüelas que irão

influenciar na imagem da organização, imagem esta que é um dos elementos

formadores da cultura organizacional.

2.2 - A importância do líder no desenvolvimento de sua equipe de trabalho

A verdadeira liderança não pode ser concedida, designada nem

atribuída. É unicamente fruto da influência. (MAXWELL, 2008).

Se não tiver influência, nunca será capaz de liderar. A liderança é tema

que envolve relacionamento, comprometimento e performance. O líder

influencia o comportamento dos membros de sua equipe, para que sejam

executadas as demandas que necessitam serem realizadas. O líder também

tem a função de despertar as motivações das pessoas dentro do trabalho, para

que os resultados que nós esperamos aconteçam.

O verdadeiro líder é aquele que lidera pelo bom exemplo, pela

honestidade e transparência nos processos para com as pessoas. Se a função

é de formar líderes, a característica principal é de treinar pessoas estimulando

Page 30: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

30

a cooperação, o trabalho em equipe, o envolvimento pleno e com resultados

entre áreas construindo uma equipe eficaz.

A liderança tem a função de gerar benefícios significativos na vida de

cada indivíduo, se multiplicando na equipe. O líder tem a função de agregar

valores buscando performances diferenciadas em suas equipes com exemplo,

dedicação e resultados. A liderança é resultado comum entre as partes; é uma

situação em que se evidencia o comprometimento em busca do momento

mágico da performance e resultado final.

A habilidade de capacitar outras pessoas é um das chaves para o

sucesso profissional e pessoal. O líder ao se tornar um capacitador trabalha

com e por meio de pessoas mas faz muito mais, capacita outros a atingirem os

níveis mais altos de seu desenvolvimento. Sua meta deve ser delegar tarefas

relativamente pequenas e simples, no inicio, e progressivamente suas

responsabilidades e autoridades.

MAXWELL (2008) destaca alguns passos que orientarão a capacitar os

liderados de uma equipe:

Avaliação do membro da equipe

Delegar muita autoridade às pessoas inexperientes poderá leva-las

ao fracasso. Todas as pessoas têm potencial para o sucesso . O

trabalho do líder é enxergar o potencial, descobrir o que lhes falta

para serem desenvolvidas e municiá-las com aquilo de que precisam.

O líder deverá ser um modelo

É necessário ser exemplar em suas atitude e na ética de trabalho

que adotassem. Inclua os liderados no trabalho em que o líder estiver

desenvolvendo.

Page 31: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

31

O líder deverá permitir que o liderado tenha sucesso

Como líder e capacitador, deve-se fazer com o liderado acredite que

ele poderá ter sucesso, dizer com entusiamos e com freqüência que

acreditam na sua capacidade.

Delegar autoridade

As pessoas ficam fortes e eficientes somente quando lhes é dada a

oportunidade de tomar decisões, iniciar ações e solucionar

problemas e vencer desafios.

Para MACEDO e co-autores (2007) o líder precisa utilizar a melhor

ferramenta de gestão: o feedback alinhando assim: atitudes, estratégias e

valores. Nesse processo pode acontecer desvio, mas quando avaliado ele tem

que ser o mais próximo possível do acontecido aos fatos evidenciados., Essa

ferramenta ajuda os liderados a refletirem e conseqüentemente terão o

crescimento pessoal e profissional

Seria muito interessante se fossem revistos os pontos positivos e de

melhorias mensalmente, para que os avaliados tivessem a oportunidade de ter

um upgrade na performance, mesmo nos pontos positivos para que pudessem

ser lapidados e multiplicados aos integrantes da equipe.

Na avaliação de performance o líder tem papel importante para com

seus avaliados, uma vez que ficará evidenciado sua preocupação em busca de

melhorias, e seus colaboradores ficarão mais seguros no desenvolvimento de

suas atribuições.

Treinar, formar, ouvir, acrescentar e descartar situações freqüentemente

é o dia-a-dia de um bom líder, e comemorar os momentos das vitórias já que

isso provocará um clima organizacional muito favorável e os resultados

surgirão.

Page 32: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

32

2.2.1 – O líder treinando seus liderados

Trabalho e aprendizagem caminham juntos. Segundo PINTO-ROCHA os

profissionais do mundo moderno tem há necessidade de uma formação

continuada e com visão global e perspectivas internacionais do mundo dos

negócios, uma educação global, continuada.(2007:108)

A educação corporativa consiste em um processo contínuo de

ensino/aprendizagem. É definida a partir das estratégias organizacionais,

possibilitando, assim, o desenvolvimento de competências que proporcionam

uma base sólida para a geração de vantagens competitivas nos negócios. O

desenvolvimento de talentos é uma das funções mais importantes que o líder

desempenha dentro de uma organização.

Entre as atribuições do líder enquanto gestor de pessoas é a formação,

atualização e desenvolvimento da equipe, sendo ele responsável por:

Orientar e providenciar o treinamento necessário para os membros da

equipe.

Acompanhar as atividades executadas, avaliando resultados e

orientando a correção de desvios.

Estimular, orientar e apoiar o desenvolvimento do liderado.

Como podemos ver é de fundamental importância a participação da área

de RH, apoiando o líder na identificação das necessidades de treinamento e

desenvolvimento de seus liderados.

Tendo definido as metas da empresa ou de uma área em particular, o

líder deve, então, analisar as necessidades dos seus funcionários para o

correto atingimento das metas estabelecidas. Pode ocorrer de ter funcionários

que precisem de algum tipo de treinamento para poder cumprir com o que lhe

foi delegado, isso decorre da relação entre os:

Page 33: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

33

Conhecimentos e competências necessárias para a realização da tarefa

X

Conhecimento e competências existentes

Ao realizar esta análise, o líder pode se defrontar com as razões para

eventuais falhas no desempenho do liderado.

Por outro lado, o líder também deve estar atento para o potencial de

crescimento do liderado. Ao identificar um elemento da equipe que tenha um

grande potencial de crescimento, é função do líder planejar atividades que

possam dar impulso ao desenvolvimento da pessoa. Ao reconhecer que o líder

está valorizando suas qualidades, o liderado estará muito mais comprometido

com a organização e confiante na realização das suas atividades, gerando

assim uma maior propensão de continuar na empresa.

Vejamos alguns exemplos de ferramentas que o líder pode utilizar para

treinar e desenvolver seus liderados, segundo CHIAVENATO (2008: 412)

1.Treinamento “on the job” (no trabalho): o líder ou outra pessoa da equipe fica

responsável por fornecer treinamento para o funcionário.

2. Participação em cursos e seminários externos: É uma forma tradicional de

desenvolvimento através de cursos formais de leitura e seminários, objetivando

o desenvolvimento da capacidade do liderado. Pode ser feita in house, com

ajuda de consultores, fornecedores, etc.

3.Estágio em outras áreas da empresa, visita a clientes e fornecedores,

participação em encontros e congressos, cursos on-line, leituras, etc.

4. Exercícios de simulação: A simulação estrapolou a seleção de pessoal

tornou-se também uma técnica de desenvolvimento e treinamento. Os

exercícios de simulação incluem estudos de casos, jogos de empresas,

simulação de papéis (role playing).

Page 34: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

34

5. Treinamento (outdoor) fora da empresa. Uma recente tendência é a

utilização de treinamento externo, muitas vezes relacionado com a busca de

novos conhecimentos, atitudes e comportamentos que não existem dentro da

organização, e que precisam ser obtidos fora dela.

2.2.2 – Líder desenvolvendo a equipe

Avaliação de desempenho é o processo que permite ao gestor analisar

o desempenho do colaborador em respectiva função, com relação a

aspectos técnicos, administrativos e interpessoais. Este tipo de análise

tem uma série de objetivos:

1.Dar retorno ao colaborador sobre o seu desempenho, criando um clima

de diálogo entre o líder e sua equipe, eliminando ansiedades e

incertezas.

2.Estabelecer e acompanhar os objetivos propostos aos colaboradores.

3.Acompanhar o processo de trabalho, corrigindo os rumos, quando

necessários.

4.Avaliar os resultados obtidos.

5.Identificar colaboradores inadaptados, subaproveitados, desmotivados.

6.Identificar necessidades de treinamento e desenvolvimento.

Alguns passos para organizar o desenvolvimento dos liderados:

Estimular os liderados a buscarem o autodesenvolvimento, segundo

MAXWELL (2008:134).

Envolve-los na decisão das atividades de treinamento e

desenvolvimento que irão participar.

Page 35: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

35

Definir em conjunto com cada um, como avaliará a aplicação dos novos

conhecimentos em seu trabalho.

Estimula-los a ser um multiplicador, orientando-o a fazer uma

apresentação para os outros membros da equipe, dos aspectos mais

relevantes dos treinamentos em que participou.

Aproveitar toda oportunidade para fazer circular, entre a equipe, material

sobre os assuntos relacionados à área. Este material pode ser tanto

técnico como de gestão. Deve-se avaliar se leram o material

Feedback - A palavra feedback já é amplamente conhecida dentro da

maioria das organizações. Significa realimentar ou dar o retorno. Nas

empresas essa ferramenta é indicada para auxiliar o desenvolvimento

profissional de cada indivíduo, independentemente do seu nível

hierárquico. Donald Weiss (1999:48)

Normalmente o líder utiliza-se dessa ferramenta apenas na época em

que ocorre a Avaliação de Desempenho, geralmente uma vez ao ano.

É, então, o momento em que se diz ao funcionário tudo o que ele

deveria ter feito e não fez, quais as expectativas que não foram atingidas, os

objetivos não realizados.

Muito pouco se fala do que é positivo. Na verdade o feedback é para ser

usado sempre, a qualquer momento, tanto para propor melhorias como para

ressaltar o que está sendo bem feito.

O feedback é uma ferramenta que também deve ser usada por todo

funcionário para descrever as áreas onde a empresa falhou em prover o apoio

necessário, o quanto ele se sente satisfeito, enfim, comentar o que é bom e o

que deve ser melhorado.

MAXWELL (2008) ressalta que embora o feedback faça parte das

funções gerenciais, ele pode e deve ser solicitado, quando não ocorrer

espontaneamente. Cabe a cada indivíduo a responsabilidade pelo seu

Page 36: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

36

autodesenvolvimento - incluindo-se aí o próprio líder e através do feedback ele

pode conhecer seus pontos fortes, as oportunidades de melhoria e os pontos

que são importantes para a empresa, que irão mantê-lo ligado aos objetivos

organizacionais.

2.3 - O Papel do Líder frente à Motivação

Atualmente, fala-se tanto em liderança e motivação, sem antes entender

o que há por traz dessas palavras. Sem esse entendimento, são apenas duas

belas palavras. Assim, pode-se inferir de forma consciente da importância de

ambas em um contexto organizacional. Mas, enfim, vejamos o que o líder tem

a ver com a motivação.

Eis o que diz MACEDO e co-autores a respeito da motivação:

“Motivação significa motivo para ação. Por sua vez, as

palavras motivo e emoção compartilham a mesma raiz

do latim: movere, isto é, mover. Assim são as emoções

que impulsionam as pessoas em direção a suas metas

e que também influenciam a sua maneira de perceber

os fatos (2007:92)”.

HUNTER discorre com objetividade que ” a verdadeira motivação

consiste em manter a pessoa entusiasmada, querendo agir e dar o melhor de si

à equipe. Motivar é influenciar e inspirar à ação” (2006:109).

A definição de MOTTA focaliza a dimensão interna do indivíduo. Para

ele motivação “é a energia oriunda do conjunto de aspirações, desejos, valores,

desafios e sensibilidades individuais, manifestada através de objetivos e tarefas

especificas. (1995:192)”.

Teoricamente, o líder tem como competência fundamental manter a

equipe produtiva, motivada e gerando resultados para empresa, porém na

Page 37: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

37

prática muitos líderes esquecem-se deste papel no dia-a-dia e acabam

culpando a equipe pelos baixos resultados e pela falta de motivação. É incrível

como isto é presente em vários níveis de liderança nas empresas.

Como a realização é um forte fator para manutenção da motivação,

dependendo de condições controláveis, o trabalho apresenta-se como uma

possível fonte de satisfação, sendo espontaneamente desempenhado.

Segundo CHIAVENATO.

“As pessoas têm motivação básica, potencial de

desenvolvimento, padrões de comportamento adequados e

capacitados para assumir plenas responsabilidades. A tarefa

básica da administração é criar condições organizacionais e

métodos de operação por meio dos quais as pessoas possam

atingir melhor os seus objetivos pessoais, dirigindo seus

próprios esforços em direção aos objetivos da organização”

(2000: 52).

Alguns estudiosos afirmam que liderança é tema que envolve

relacionamento, comprometimento e performance. O líder influencia o

comportamento dos membros de sua equipe, para que sejam executadas as

demandas que necessitam serem realizadas. O líder também tem a função de

despertar as motivações das pessoas dentro do trabalho, para que os

resultados esperados aconteça.

O verdadeiro líder é aquele que lidera pelo bom exemplo, pela

honestidade e transparência nos processos para com as pessoas. Se a função

é de formar líderes, a característica principal é de treinar pessoas estimulando

a cooperação, o trabalho em equipe, o envolvimento pleno e com resultados

entre áreas construindo uma equipe eficaz.

A liderança tem a função de gerar benefícios significativos na vida de

cada indivíduo, se multiplicando na equipe. O líder tem a função de agregar

valores buscando performances diferenciadas em suas equipes com exemplo,

dedicação e resultados

Page 38: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

38

O líder precisa utilizar a melhor ferramenta de gestão: o feedback

alinhando assim: atitudes, estratégias e valores. Nesse processo pode

acontecer desvio, mas quando avaliado ele tem que ser o mais próximo

possível do acontecido aos fatos evidenciados.

O verdadeiro líder precisa de “gostar de gente”, já que ele tem que fazer

as pessoas refletirem e participarem, mostrando uma única direção entre as

áreas, e mostrar as conseqüências daquilo que estão planejando.

Interpretando MAXIMIANO (2000) a qualidade de um líder servidor é a

sensibilidade e a capacidade de trabalhar em equipe. O líder motivado sempre

tem objetivos claros e definidos para alcançar seus objetivos e metas dentro e

fora da organização.

O líder de sucesso deve possuir a capacidade de colocar-se no lugar

dos outros (empatia), saber trabalhar com gente em situação complexa e não

apenas administrar recursos, atribuição básica dos gerentes operacionais.

A preocupação das empresas com a motivação dos seus colaboradores

é grande, mas não simplesmente porque ela se preocupa com o bem-estar

deles, mas principalmente porque a motivação é um fator que influencia

diretamente a produtividade e, conseqüentemente o lucro. À frente disso está o

líder, seja ele um gerente, um supervisor, um coordenador, enfim, seja qual for

o cargo de liderança que ele ocupar.

O líder tem a responsabilidade de manter a motivação dos liderados, e

ainda assim, manter-se motivado, porque segundo FILHO (2009), “O lider que

não consegue se auto-motivar não tem a menor chance de ser capaz de

motivar os outros”. Acredita-se que as pessoas só podem motivar quando

estão motivadas, assim conseguem verdadeiramente expressar o seu valor.

STONER (1994) fala que algumas pessoas têm mais habilidades que

outras no papel do líder e algumas são mais motivadas que outras para

desempenha-lo. Ele completa as pessoas mais motivadas são as mais hábeis.

Page 39: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

39

As mudanças no ambiente organizacional revelam a necessidade de os

lideres estarem prontos para o próximo século. Alguns chegarão a ele

cautelosos, agarrados ao antigo, com medo do novo; outros saltarão rumo ao

desconhecido e apostarão no destino. O que se sabe, de antemão, é que todas

as ferramentas, que estão sendo utilizadas, neste momento, poderão abrir

caminho a novas maneiras de pensar, de olhar o futuro. Resultados acontecem

através de pessoas e pessoas motivadas, felizes e engajadas só tendem a

gerar resultados extraordinários

Page 40: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

40

CAPÍTULO III

CARACTERÍSTICAS NECESSÁRIAS A UM BOM LÍDER

Durante toda a história da humanidade poderíamos citar grandes lideres

que, por suas atitudes conseguiram estar à frente de grupos de pessoas,

alinhados a objetivos comuns, estavam em tal harmonia com os interesses

coletivos que foram adquirindo essa condição de liderança.

Algumas características devem ser levadas em consideração para o

bom entendimento do conceito de liderança. Porem todas remete ao alcance

de um objetivo comum. HUNTER (2006) define liderança como “a habilidade de

influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir

objetivos comuns, inspirando confiança por meio de força do caráter”.

A principal característica da situação de liderança, e a própria relação

entre líder e liderados. Embora por muitas vezes se faz imposta por linhas

hierárquicas, a liderança efetivamente não se constrói por meio de imposição

mais sim pelo respeito e admiração.

Sendo assim somos remetidos as outras características vitais para à

existência de uma liderança sadia: comunicação, influência, disciplina,

coragem e foco, a saber:

Comunicação:A concretização de ideais ocorre por meio de um

processo de comunicação eficaz. A comunicação é sobretudo um

exercício de mútua influência.

A mensagem deverá ter um bom canal de divulgação, sem falhas ou

ruídos para que se obtenha perfeito entendimento entre emissor e

receptor. Alem disto, o líder deverá estar atento a sinais emitidos por

seus liderados, esmo sem a intenção de se manifestar verbalmente,

muito poderá ser dito apenas com atitudes.

Page 41: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

41

SOUKI (2007) diz que as pessoas de sucesso possuem a habilidade de

comunicar-se com convicção e elegância.

Influência: “ A verdadeira medida da liderança é a influência, nada

mais, nada menos” (MAXUWELL, 2008:23) .

O autor discorre ainda que, a verdadeira liderança não pode ser

concedida, designada nem atribuída. É unicamente fruto da influência.

Para fazer com que as pessoas sigam uma nova direção, é preciso

influência.

Disciplina: é uma palavra derivada de “discípulo”, que é aquele que

recebe ensinamento de um mestre. Disciplinar não é castigar para exigir

o comportamento correto, mas sim, conduzir as pessoas ao caminho

certo, ajudando-as a ser o melhor que podem ser.

A disciplina (treinamento) é importante porque demonstra que nos

importamos com as pessoas e queremos que sejam as melhores que

puderem ser. Ser disciplinado é o mesmo que se preparar para seus

objetivos. Quem não se qualificar para o que pretende ser, quem não

conhecer a fundo o que faz, tem tudo para colher mais adiante o revés e

a decepção. E o papel do líder é justamente preparar mais líderes.

Disciplina consiste também em ter rigor. É estar comprometido com os

seus objetivos enquanto líder. É saber que você tem um papel e fazer

por merecê-lo, sendo exigente consigo mesmo e com as demais

pessoas, manifestando seu interesse e amor por elas, respeitando seu

limites, bem como os do próximo.

Para a realização do objetivo, líder e liderado deverão traçar seus

caminhos e desenvolver o planejamento que os farão atingir os melhores

resultados. Tal função poderá ser desenvolvida exclusivamente pela

liderança, porem deverá ter plena aceitação por parte dos liderados e

caberá ao líder fazer com que os liderados não percam o foco do

objetivo.

Page 42: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

42

Coragem: Toda decisão gera um risco, e o líder deve estudar as reais

possibilidades de arriscar, tendo consciência na hora de optar pela

melhor escolha. Conseqüentemente, decidindo e arriscando consciente

e prudentemente, persuade seus liderados, já que, um ato de coragem

muitas vezes trazer resultados positivos inesperados.

A posição de liderança não dá coragem a alguém, mas a coragem pode

dar-lhe uma posição de liderança. A coisa mais impressionante sobre

líderes altamente eficientes é que eles têm muito pouco em comum. O

que um jura ser bom, o outro diz ser ruim. Um traço, porém, destaca-se

em todos eles: a disposição de arriscar.

Foco: O líder deve concentrar seu tempo e sua energia, uma vez que o

mesmo deve conhecer suas prioridades a fim de conquistar seus

objetivos, direcionando sua equipe de maneira eficaz..

O foco é um dos atributos-chave de um líder, e não existe nenhuma

situação em que essa característica seja mais poderosa do que quando

é aplicada a outro ser humano.

Um líder não está acima das pessoas de sua equipe, mas atuando ao

lado delas, num mesmo patamar. O foco da arte da liderança se desloca

de dirigir e instruir, para facilitar e habilitar. É este o sentido do trabalho

em grupo, do criar valor perceptível para as demais pessoas, a fim de

persuadi-las a serem o máximo de si.

Não são as intenções, esforços ou tempo dispendido que contam ponto

para o seu sucesso, mas sim, a percepção dos outros para com esses

esforços. Liderança é dirigir o foco para esta criação de valores no

sentido de os líderes serem facilitadores, delegando e pensando na

coletividade, em um mundo complexo e interligado, estratégias

vencedoras estarão sempre baseadas na filosofia do 'nós’, não do 'eu'.

Page 43: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

43

3.1 Busca constante de desenvolvimento pessoal

O homem é um ser complexo e dinâmico, que não cabe simplesmente

em análises e modelos acadêmicos.

Toda a atividade humana seja ela familiar, profissional, acadêmica ou

social, deve visar o desenvolvimento do ser humano em todo seu potencial.

Nisso, diferimos das demais criaturas, pois temos a capacidade de crescermos

e expandirmos continuamente nossas fronteiras.

Há uma tendência a relacionar treinamento a um processo de aquisição

ou aperfeiçoamento de conhecimentos e habilidades e de mudanças de

atitudes, particulamente envolvido com o desempenho de uma tarefa ou de um

cargo.

Vejamos o que diz CHIAVENATO (2008) sobre desenvolvimento

pessoal, treinamento e educação:

Desenvolvimento pessoal: São as experiências não necessariamente

relacionadas com o cargo atual, mas que proporcionam oportunidades

para desenvolvimento e crescimento profissional

Treinamento: São as experiências organizadas aprendizagem e

centradas na posição atual da organização. O treinamento deve

aumentar a possibilidade do funcionário desempenhar melhor suas

atuais responsabilidades.

É o conjunto holístico das experiências de aprendizagem que preparam

pessoa para enfrentar a vida e se adaptar aos desafios do mundo atual.

Um líder desenvolve potencial e habilidades para executar seu trabalho,

a cada dia novos desafios surgem e conquistas podem ser alcançadas de

acordo com a sua capacidade de administrar o seu mundo real.

O desenvolvimento pessoal deve ser trabalhado levando-se em

consideração três dimensões que se manifestam no dia-a-dia.

Page 44: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

44

Podemos destacar a questão informação como aprendizado; como

capturamos, processamos e aplicamos informações relevantes com maior

efetividade, conhecendo os diferentes estilos de cada um e o propósito do

aprendizado.

O relacionamento compreende o comportamento adequado que é

sempre cobrado em toda instituição (sociedade); trata da nossa expressão

social, que deve ser coerente com um conhecimento autêntico e não fruto de

condicionamentos externos presentes no meio em que o indivíduo vive ou

trabalha e os costumes que são comportamentos sistemáticos ou até

inconscientes, que neste caso podem facilitar ou atrapalhar o crescimento

humano.

A alma que diz respeito ao interior humano normalmente esquecido,

onde se manifestam as motivações e intenções mais profundas do homem.

Esta avalia o que governa a vida do ser humano e revela a conduta nos

negócios, estabelecendo ética profissional e existencial.

Segundo PINTO- ROCHA e co-autores “Não basta apenas a boa

vontade para a busca de desenvolvimento pessoal se não se está aberto a

aprender, ou seja, “aprender a aprender”.(2007:102)

Vejamos algumas dicas para desenvolver o "aprender a aprender"

Seja curioso: Tenha vontade de saber, aprender e compreender.

Deixe os eventos mudarem você: Você deve estar disposto a crescer.

Crescer é diferente de algo que acontece com você: você produz o

crescimento. O pré-requisito para o crescimento é estar aberto para as

experiências de novos eventos e a disposição para ser transformado por

eles.

Page 45: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

45

3.2 Criatividade e Capacidade de auto-avaliação

CHIAVENATO (2008) aborda que algumas organizações mecanicista,

no passado, exigiam um comportamento burocrático, repetitivo e reprodutivo

das pessoas. O foco se concentrava na eficiência; fazer as tarefas de acordo

com regras, métodos e procedimentos da organização. O mundo mudou as

empresas evoluíram e impondo um comportamento criativo e inovador, não

importando tão somente a eficiência, nem a reprodução continuada na

confecção de tarefas.

Para o lider desenvolver o seu potencial criativo e estimular a

criatividade de seus colaboradores é importante saber que a criatividade está

relacionada a alguns fatores como a constante busca de informações;

mudança de pensamento; busca de melhoria, criar algo novo; exercitar a

imaginação, a intuição;liberdade, repensar as decisões e transformar as

ilusões em ações. O líder deve estimular a implementação de boas idéias para

os novos e diferentes processos de trabalho.

Citaremos duas etapas do processo de inovação:

1. Criação e Idéias: proporciona novas formas de conhecimento

através de descobertas, extensão de conhecimentos atuais ou

criatividade espontânea pela inventividade das pessoas e

comunicação com as outras.

2. Experimentação Inicial: Inicialmente as idéias são testadas em seus

conceitos através de discussões com outras pessoas, clientes,

consumidores e técnicos e/ou na forma de protótipos ou amostras.

A capacidade de interagir com os outros é importante no processo

criativo, pois pode se perceber que muitas atitudes positivas ou negativas que

somente são tomadas quando as pessoas estão em grupo, jamais se

manifestariam caso elas estivessem sozinhas. Desta forma, o sucesso de uma

organização é substancialmente influenciado pelo desempenho de diversos

grupos que interagem entre si e por toda a hierarquia da empresa.

Page 46: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

46

Interpretando DONALD WEISS (1999) as soluções dos problemas,

lançamentos de novos produtos, ações, decisões são resultado de esforços em

conjunto, entre equipes. Não chegaremos a lugar algum sem a ajuda de

diversas pessoas, de suas orientações, informações e experiências. O

processo criativo coletivo mesmo sendo de maior complexidade possui maior

poder de agregar.

As soluções dos problemas, lançamentos de novos produtos, ações,

decisões são resultado de esforços em conjunto, entre equipes. Não

chegaremos a lugar algum sem a ajuda de diversas pessoas, de suas

orientações, informações e experiências. O processo criativo coletivo mesmo

sendo de maior complexidade possui maior poder de agregar.

Page 47: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

47

CONCLUSÃO

A liderança pode ser exercida de várias formas, estilos e em muitos

níveis. Vai depender sempre de quem é o Líder e de quem são os Liderados

em relação a quê. Para se ter sucesso, principalmente no ambiente de

trabalho, é preciso escolher o estilo certo para o grupo certo, lembrando

sempre que hoje o homem está muito mais voltado para o relacionamento do

que para a tarefa.

Os critérios do mercado para avaliar o potencial de um colaborador,

estão cada vez mais dinâmicos e ter um alto QI não garante o conseqüente

sucesso na vida profissional, ou seja, já não importa mais o quanto somos

inteligentes, nem a nossa formação ou nosso grau de especialização, os novos

parâmetros prevêem quem tem melhor controle sobre suas emoções e

influência sobre as emoções dos demais, para um efetivo crescimento.

O líder que consegue aplicar estes conceitos e estimular os

colaboradores a utilizá-los, com seus pares, é sem duvida o que esta mais

propenso a ter oportunidades de crescimento e empregabilidade no mercado

de trabalho atual.

O líder que perceber isso terá muito mais facilidade para exercer sua

liderança, com sucesso e satisfação. Hoje as empresas querem líderes

estratégicos, assertivos e colaboradores. E, acima de tudo, seres humanos,

que tomem decisões justas e tenham atitudes corretas.

As avaliações de desempenho pautadas nas competências requeridas

para pessoas e grupos com critério claros, transparentes, favorecem o

crescimento dos funcionários e o desenvolvimento organizacional

Aprender a ser líder é um processo que não se consegue sozinho, tem

que haver muito feedback e muita reflexão. Somente as pessoas capazes de

olhar para dentro de si,podem ser verdadeiros líderes. Todos os dias temos

algo a aperfeiçoar e podemos superar este desafio, estando atento aos

Page 48: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

48

resultados e os rumos organizacionais, com visão de futuro de forma

empreendedora.

Pontualidade, sendo exato no cumprimento de seus deveres e do prazo.

Praticar o empowerment, possibilitando autonomia de seus colaboradores e

identificando o momento certo para a prática, preparando os mesmos para

exercer suas funções com a habilidade de capacidade de decisões.

Liderar é aperfeiçoar-se! Liderar é mudar atitudes! Liderar é investir em

seu desenvolvimento!

Page 49: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

49

BIBLIOGRAFIAS

BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas,

1994.

CHIAVENATO, I. Teoria Geral da Administração. 6ª ed. Rio de Janeiro,

Campus, 2000.

CHIAVENATO, Idalberto. Os novos paradigmas: como as mudanças estão

mexendo com as empresas. São Paulo: Atlas, 1996.

DRUCKER, Peter. Administração em tempos de grandes mudanças. São Paulo

: Pioneira, 1995

GOLEMAN, Daniel. Daniel Goleman na prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.

2ª reimpressão

HERSEY P. & BLANCHARD K. H. Psicologia Aplicada a Administração. São

Paulo, EPU, 1993.

HUNTER, James, O Monge e o Executivo Uma história sobre a essência da

liderança, Rio, Sextantem 2004

KOOTTER, J. P. O fator liderança. São Paulo, Makron, 1992.

KOTTER, John P. Afinal, o que fazem os líderes: a Nova Face do Poder e da

Estratégia. São Paulo: Campus, 2000.

MACEDO, Ivanildo Izaias de, RODRIGUES, Denize Ferreira, JOHANN Maria

Elizabeth, Aspectos comportamentais de gestão de pessoas, Rio, Editora FGV,

2007

MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria Geral da Administração. 2ª ed. São Paulo,

Atlas, 2000

Page 50: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO … · para compreensão desse fenômeno no novo milênio. As dificuldades se acentuam com o padrão de requisitos necessários aos

50

MAXWELL, John C., Os 4 segredos do sucesso, Rio, Thomas Nelson Brasil,

2008

MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. Rio

de Janeiro. José Olympio, 1997.

MOTTA, Paulo Roberto. Gestão contemporânea: a ciência e a arte de ser

dirigente. Rio de Janeiro: Record, 1995.

PINTO- ROCHA, Sandra Regina da, PEREIRA, Souza Cláudio de, COUTINHO

Correia Maria Tereza, JOHANN, Silvio Luiz J,Dimensões funcionais da gestão

de pessoas, Rio, Editora FGV, 2007

SOUKI, Omar, Liderança & genialidade empresarial, SP, Ed. Academia de

Inteligência, 2007.

STONER, JAMES A. F. Administração. 5ª Edição São Paulo: Ed. LTC, 1999

TANNEMBAUM, R., WECHLER, I., MASSARICK, F. Liderança e organização:

uma abordagem do comportamento. São Paulo, Atlas, 1979.

VERGARA, S. C. Gestão de pessoas. 3ª ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2003.