00859 - apocalipse no iii milênio

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Armando Vedovatto APOCALIPSE NO III MILÊNIO

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NO III MILÊNIO Armando Vedovatto ARVEDUS DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR 6 INTRODUÇÃO RELIGIÃO CIÊNCIAS SUBSÍDIO APOCALIPSE NO III MILÊNIO 7 REENCARNAÇÃO ARVEDUS As Ciências acadêmicas e/ou materiais são tão importantes quanto as Religiões. Ambas têm a função de conquistar o progresso físico e o progresso mental. 8 APOCALIPSE NO III MILÊNIO 9 MAGIA ARVEDUS 10

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ArmandoVedovatto

APOCALIPSENO III MILÊNIO

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ARVEDUS

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DADOS BIOGRÁFICOS DO AUTOR

Armando Vedovatto, brasileiro, pseudônimo ARVEDUS, nasceu em São Carlos, Estado de São Paulo/Brasil, em 1927. Tem três livros publicados e algumas poesias e artigos em jornais e revistas. É filiado à União Brasileira de Escritores. Desde menino tem inclinação para a Literatura. Entretanto, só começou a escrever e publicar alguns artigos e poesias em jornais e revistas por volta de 1980. Em 1981 editou o seu primeiro livro – APOCALIPSE TOTAL – com interpretação dos 22 capítulos do “Apocalipse”, a qual foi bastante elogiada pelo seu caráter eclético e ecumênico. Em 1984 editou outro livro – COMO ENRIQUECER APESAR DA INFLAÇÃO – com apenas 32 páginas, porém oferecendo eloqüente libelo contra a inflação que assolava o Brasil há quarenta anos. Em 1998 publicou o terceiro livro – ASSIM FALOU NOSTRADAMUS – com 540 páginas contendo a interpretação das dez Centúrias, da Carta ao filho César e da Carta ao Rei Henrique; e a interpretação do capítulo SETE do Livro do Profeta Daniel, outra do capítulo CINCO do Livro de São Marcos, e dos capítulos 21 e 22 do Apocalipse. Possui o Dom da interpretação de textos bíblicos e herméticos sob o prisma da Lei da Reencarnação. Em matéria de Religião, vagou por diversas correntes religiosas cristãs e não cristãs, porém radicou-se no Espiritismo Cristão codificado por Kardec. Argumenta que a sua preferência por esta Doutrina prende-se ao fato de ela oferecer horizonte mais amplo do que as demais – no sentido da religião, da filosofia, das ciências e das artes, seguindo o caráter de humildade e originalidade do Cristianismo testemunhado pelos Apóstolos e discípulos nos primeiros tempos após a Ressurreição de Jesus Cristo. Alega estar convicto de que todas as Instituições e/ou Escolas Religiosas têm suas funções adequadas aos Planos divinos para a Evolução do espírito e progresso humano e ambiental. Não obstante as suas divergências interpretativas e seus comportamentos em relação aos Escritos Sagrados. Tanto as Cristãs quanto as não Cristãs. Argumenta que mesmo as seitas pagãs e/ou primitivistas têm sua função em virtude do grau de evolução em que se encontra cada pessoa e cada alma radicadas no Planeta. Nestes termos, embora discorde da parafernália das superstições, rituais, tabus e misticismos inconseqüentes que ferem frontalmente a razão e os ditames evangélicos. Afirma que elaborou este livro ampliando a interpretação que foi oferecida no APOCALIPSE TOTAL editado em 1981, visto que aquela, tendo sido elaborada em forma sumária suficiente não ofereceu a suficiência esperada para os leigos compreenderem. Aliás, fato previsto pelo Autor – que prometeu naquele livro oferecer a ampliação que está sendo dada neste. O EDITOR

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INTRODUÇÃO

SUBSÍDIO Devo lembrar ao leitor que esta interpretação do livro do Apocalipse, não obstante oferecer um avanço para compreender as verdades que o Apóstolo João está transmitindo – ainda não passa de um subsídio que ofereço. Portanto, o leitor pode e deve utilizá-lo como compêndio – de acordo com a sua capacidade de conhecimentos adquiridos e a adquirir. Primeiro no universo prático de sua vida, depois nos universos da Religião, da Filosofia e das Ciências acadêmicas. O leitor deve conscientizar-se de que os conhecimentos intelectuais são importantes para a evolução do espírito e “salvação da alma”, porém, o mais importante – aqui e agora, e no Além ou Mundo Espiritual – é a Sabedoria de viver e conviver dentro das regras da boa Moral. Em todos os dias, e em todos os momentos a experiência nos mostra que o valor intrínseco da pessoa brilha indistintamente no rico e no pobre. No intelectual e no analfabeto. No grande empresário e no faxineiro. No grande sacerdote e na “viuva pobre”. No cientista e no último dos operários. Portanto, devemos lembrar que as virtudes não são apanágio de ricos nem de pobres; nem de cientistas nem de analfabetos. Pertencem a todos e estão no íntimo de todos. Depende de cada um utilizá-las na convivência com a devida humildade, moderação e boa vontade. É lei cósmica que Jesus sintetiza na parábola do pobre Lázaro no banquete do homem rico. Em contraposição estão os defeitos morais, que também não são de propriedade dos ricos, nem dos pobres, e dos demais. Isto é o essencial do que fala o Apóstolo no Apocalipse.

RELIGIÃO Do mesmo modo, as Religiões se enquadram pelos Evangelhos. Todas as Religiões que hoje existem são necessárias. A função primordial delas é a de ajudar aos seus seguidores a conhecer os princípios e as regras do bom comportamento no modo e forma em que esses princípios e regras são utilizados nos Céus. Estou ciente de que a partir do terceiro céu existe uma única Religião, visto que as almas ali já possuem uma visão mais dilatada das Verdades. Aqui na Terra, e até o segundo céu, as almas ainda estarão presas ao fanatismo próprio da natureza humana em sua limitação mental. E esta limitação perdurará até o último tempo do Juízo Final. Isto o Apóstolo profetiza com clareza.

CIÊNCIAS

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As Ciências acadêmicas e/ou materiais são tão importantes quanto as Religiões. Ambas têm a função de conquistar o progresso físico e o progresso mental. As Ciências são manifestadas pelos Seres Celestes aos homens a fim de que estes utilizem as riquezas da terra que lhes foram doadas por Deus para terem o conforto que produz a felicidade. Devemos sempre nos lembrar que Deus sente-se gratificado com a alegria dos homens. E se entristece com a tristeza deles.

REENCARNAÇÃO Estou consciente de que os leitores que não conhecem, e os que não aceitam, a Doutrina da Reencarnação desmerecerão e fugirão da leitura deste livro. A bem da Verdade, porém, não posso e não devo furtar-me ao objetivo de o apresentar. Mesmo porque sem os princípios da reencarnação os textos do Apocalipse não podem ser devidamente interpretados. Haja vista que até esta data não existe uma obra completa de interpretação dele como esta. Acredito que houve pessoas mais competentes que eu para isto, e conheço algumas, porém desconheço os motivos pelos quais tais pessoas não se propuseram a fazê-lo. Então, ousei, mesmo sentindo minha precariedade. Mas, estou convicto de que este pouco que ofereço como subsídio será bastante útil para quem tenha capacidade de desenvolver e publicar suas conquistas. Para o leitor que a desconhece devo afirmar que a Reencarnação é Lei de Deus, da mesma forma que o nascer, o viver, o morrer, o ressurgir. Por vários milênios está comprovado na prática que o espírito não nasce ao nascer o corpo. E está comprovado que não morre ao morrer o corpo. O espírito é imortal. Fato indiscutível devidamente aceito em todas as Religiões. A divergência entre reencarnacionistas e ressurreicionistas surge da posição pragmática daqueles e da posição dialética destes. Isto é, o reencarnacionista convicto conhece na prática, no contato constante com espíritos através das mediunidades de vidência, de materialização, de efeitos físicos, do desdobramento em vigília e outras. Ao mesmo tempo recebe comprovação científica elaborada por especialistas em regressão hipnótica, sendo que alguns desses especialistas, inicialmente, são ateus ou semi-ateus. O ressurreicionista convicto fixa a sua convicção em teorias dialéticas sem se dar ao trabalho de ao menos pesquisar e analisar os fatos evidenciados pelas experiências mediúnicas e, mesmo, as de regressão hipnótica. Daí em diante o ressurreicionista baseia a sua convicção no fato de não se encontrar na Bíblia a palavra reencarnação “uma única vez”, como alegam os Protestantes. Ao mesmo tempo alheiam-se do fato de que esta palavra reencarnação é encontrada em outras Escrituras Sagradas de outras religiões milenares. Da Ásia e do Oriente Médio.

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Outrossim, ao se utilizar a significação adequada oferecida pelo dicionário, o esclarecimento torna-se facilitado. Embora este coloque os verbos ressurgir e ressuscitar como sinônimos. Na prática, porém, têm sensível diferença. Na prática, o fenômeno ocorrido com Lázaro foi de ressuscitar, pois o espírito voltou a se manifestar no mesmo corpo que havia morrido há três ou quatro dias. O mesmo aconteceu com Jesus que ressuscitou após três dias da morte na cruz. Sinonimicamente, ambos ressurgiram no mesmo corpo. Lázaro continuou a viver normalmente, mesmo porque Jesus disse aos Apóstolos que ele não havia morrido. Ele disse: “Apenas dorme...” Creio que Lázaro passou por sono cataléptico. Quanto a Jesus, os Evangelistas narram alguns fenômenos esquisitos. Isto é, o fato de Ele entrar no Cenáculo atravessando a porta fechada; o fato de Maria Madalena não o reconhecer de pronto junto ao sepulcro. E o fato de os dois discípulos não o reconhecerem em todo o trajeto da estrada de Emaús. E, ainda, os Apóstolos e discípulos não o reconhecerem de imediato quando chegou à praia. O fato de não ser reconhecido por eles é facilmente explicável no Espiritismo e mesmo por psicanalistas. O atravessar a porta fechada é menos fácil de explicar, visto envolver processos de desmaterialização e rematerialização. Isto é constantemente experimentado por cientistas em colaboração com espíritas e espiritualistas. Estes, com o apoio de médiuns e espíritos produzem os efeitos físicos de desmaterialização de pedras, flores, plantas e muitos outros objetos e utensílios, fazendo-os atravessar portas e paredes e os rematerializam em ambientes hermeticamente fechados. Não tenho conhecimento de que isto tenha sido feito com animais e pessoas. A não ser nos filmes de ficção. Entretanto, estou convicto de que Jesus o fez. E o fez sem desvirtuar os parâmetros das Leis Naturais que ainda desconhecemos e que, no futuro, serão conhecidos pelos homens. E o mesmo o fez com o seu corpo após a ascensão aos Céus à vista de mais de quinhentas testemunhas. Então, depois de estar fora das vistas humanas, estou convencido de que produziu a desmaterialização de seu corpo de carne, o qual já não tinha mais utilidade para Sua missão. Ao subir aos Céus Ele utilizou os processos de levitação de Seu corpo denso. Quanto ao verbo “reencarnar” o dicionário é bem explícito: Reencarnar: “Reassumir ( o espírito ) a forma material; tornar a encarnar”. De qualquer modo o espírito passa pela lei da ressurreição. Quando encarna ou reencarna ele surge ou ressurge no corpo para ser visto pelos encarnados. Quando desencarna ele ressurge para ser visto pelos espíritos desencarnados e pode ser visto por alguns encarnados que possuam a faculdade de “vidência” ou “clarividência”. De onde se conclui que o corpo surge e o espírito ressurge dentro da Lei da Reencarnação. É o caso da resposta de Jesus a Nicodemos quando Ele disse: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do espírito não pode entrar no reino de Deus”. ( Vide João, cap. 3, vers. 5). No versículo 4: “Disse-lhe Nicodemos: como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer?” E vers. 6: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito”. E vers. 7: “Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo”.

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Ora, Jesus deve ter dito: “Nicodemos, é necessário o espírito reencarnar em vidas sucessivas.” São João, porém, narrou com outras palavras. Por isso, Ele retrucou no vers. 10: “Tu és mestre de Israel, e não sabes isto?” E no vers. 12: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” Ora, Jesus estava falando por parábola, cujas figuras podemos interpretar assim: A criança nasce na água da placenta, dotada de um espírito. Portanto, é um espírito que ressurge à vista humana em corpo de criança: “nascer de novo”. O espírito “retorna” ao ventre da mãe. É “carne nascida da carne” e “espírito nascido do Espírito”. Em ambos os casos há ressurreição. Quando nasce na carne o espírito ressurge aos olhos humanos. Quando o corpo morre o espírito deixa de ser visto pelos olhos humanos, mas ressurge para os olhos das almas. Não ressuscita, ressurge. Até mesmo os muçulmanos conhecem e aceitam a reencarnação como Lei. Por que a maioria dos Cristãos a repelem?

-- Porque a Igreja Católica e a Igreja Protestante têm-se enganado neste particular. -- Não obstante, posso afirmar com plena certeza que a pessoa que não sabe e a pessoa

que não aceita a existência desta Lei, sua alma, ao deixar o corpo, verá claramente esta realidade.

-- Tenho mais de cinqüenta anos de experiência deste fato. Entretanto, os contraditores não necessitam ficar atemorizados quanto à salvação das suas almas pelo caso de desconhecer e de não aceitar. Este temor lhes trará alguns problemas passageiros e surpresas diante da Verdade. Então, por experiência concreta devo afirmar que o conhecimento e aceitação desta Lei fortalecem as virtudes da pessoa no seu comportamento ético e enfraquecem os instintos materialistas que levam a alma à perdição. Digo, à perda de tempos úteis à evolução do espírito...

MAGIA O vocábulo magia tem a propriedade de nomear uma capacidade extraordinária ou incomum nas artes e Ciências. Desde a Antigüidade a significação correta foi sendo degenerada, sendo aplicada à feitiçaria e à prestidigitação. Desde então passou a ser compreendida com a distinção de magia branca e magia negra. Dependendo da intenção do agente ou mago. Nestes termos podemos nomear a Deus por Mago Supremo, e Jesus por Grande Mago. Os Apóstolos e Profetas, também, por Grandes Magos. Na atualidade, nossos Magos levam a designação de Cientistas – com as suas grandes magias em favor de todo tipo de progresso. – Não é? Outrossim, continuam existindo os magos negros, criando equipamentos e bombas de alto poder destrutivo. E os feiticeiros comuns.

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Portanto, magos brancos, magos negros, conforme a intenção deles, para o bem ou para o mal...

ESPÍRITO HUMANO Em algumas partes desta interpretação coloco em explicação sumária, simplista, o que entendo por espírito, alma, e corpo, como subsídio para o leitor não familiarizado com o assunto. Causará estranheza a muitos. Aquele, porém, que pesquisar ciosamente, compreenderá minhas razões ao distinguir cada um como entidade inteligente particular, e ao mesmo tempo una. Nesta introdução, repito: Espírito é um campo determinado de energias inteligentes – individuado pela alma. Em si mesmo não tem forma. A alma é outro campo de energias inteligentes menos sutis e menos poderosas que as do espírito. Estas energias que lhe dão forma ou corpo são constituídas por energias atmosféricas e/ou outras do lugar em que estará o espírito. Desde o nascimento dele até ao mais perfeito ambiente dos céus. NO TA - Este corpo atmosférico do espírito recebe denominações variadas nas diversas Religiões e Doutrinas: alma, corpo astral, corpo vital, duplo etéreo, perispírito, etc. O corpo é uma terceira entidade constituindo uma forma ou corpo denso, no qual transitam as energias do espírito e as energias da alma – enquanto ele tem vida humana no solo terrestre. O espírito possui inteligência vasta, tanto quando preso ao corpo quanto fora dele, e capacidade extraordinária de transportar sua inteligência e corpo a grandes distâncias. Capacidade extraordinária – em relação à capacidade do corpo e a da alma. A alma, de natureza mais densa do que a dele, embora seja seu corpo, possui capacidade de inteligência mais limitada, de conformidade com o grau de aperfeiçoamento moral e intelectual dela. E capacidade de transportar-se pelos espaços, também, mais limitada. Assim sendo, ela mantém o espírito preso junto ao solo, ou preso ao piso de variados círculos ou céus aos quais ela pode se elevar na conformidade do seu aperfeiçoamento moral ou ético. O peso específico deste corpo chamado alma vai diminuindo em razão direta com o seu comportamento ético em vidas sucessivas e intermitentes na carne e/ou fora da carne. O corpo humano, por ser constituído de energias mais adensadas do que a alma -- energias estas provindas das emanações das matérias orgânicas e inorgânicas que lhe dão o peso e as medidas – é uma entidade com inteligência e capacidade de transporte bastante limitadas. Sua natureza, aliás, é bem conhecida por qualquer leitor. Alçando a um raciocínio simplista é possível afirmar que tudo é espírito ou tudo é corpo. Tudo é espírito porque há o princípio da Energia Pura Universal, da qual tudo provém. Sabemos que o SER a quem nomeamos Deus é constituído por esta Energia Pura Universal, por cuja razão é Ele perfeito nos valores de Onisciente, Onipotente e Onipresente.

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Com tal dotação, Ele é o ESPÍRITO que cria todas as coisas e todos os seres, sendo que o espírito humano, “Ele cria à Sua imagem e semelhança”, como nos informam os textos bíblicos e outras fontes de conhecimento. Por outro lado, eu posso considerar que tudo é corpo, forma, denso; porque meu espírito está totalmente assimilado no meu corpo. Da mesma forma e modo que ele está assimilado na alma quando deixa o corpo pela ação da morte. No seu mundo, o espírito e/ou alma tem a presença vista pelos outros em forma tanto ou mais concreta do que a carne. -- Eu sou perfeito, e você, leitor, é perfeito?

-- Tudo é perfeito e, ao mesmo tempo, tudo está por fazer pela transformação perene, eterna, sob o olhar impassível do Tempo. Quando se raciocina em maior profundidade conclui-se que nossa vida sobrevive sob o dilema da perfeição e da imperfeição. Do acabado e do inacabado pela eternidade a fora. Lavoisier enxergou isto e situou com maestria no seu famoso axioma: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

-- Pois bem, meu caro leitor, queira agora ler, e/ou para melhor aproveitamento, queira estudar a interpretação que lhe ofereço. É sumamente importante confrontar cada versículo do original do Apóstolo pela sua Bíblia ou pela transcrição que ofereço no final deste livro.

O AUTOR

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NO TA IMPO RTANTE: Para maior facilidade de entendimento da Interpretação que ofereço neste livro, é bom que o leitor leia em CONFRONTO com o original em sua bíblia.

Para facilitar, ofereço uma transcrição fiel do original do Apóstolo no final do livro, também encontrado em todas as edições do Novo Testamento traduzido em Português por João Ferreira de Almeida.

CAPÍTULO 1

Versículos 1 e 2 Neste primeiro versículo o Apóstolo escreve que o Apocalipse (que se traduz por Revelação) é um livro trazendo revelações que Jesus Cristo fez a ele, a fim de que ele escrevesse e mostrasse a todos nós, que somos servidores de Jesus, as profecias sobre os acontecimentos futuros. Devo lembrar que, conforme vamos lendo e estudando este livro da Revelação somos levados a aprender melhor a respeito de toda a filosofia religiosa registrada na Bíblia (Velho e Novo Testamentos). Este Apocalipse vai-nos ensinando por profecias que envolvem o passado, o presente e o futuro. O sentido, ou espírito da profecia não tem apenas a função de informar-nos a respeito de acontecimentos que ocorrerão no futuro, como é comum as pessoas suporem. Não tem apenas a função de nos alertar que em algum tempo ocorrerá terremotos, tempestades, tufões, guerras, aqui, ali, lá, acolá. Tem a função primordial de nos ensinar as causas e efeitos psíquicos e físicos que nascem e são ativados pela mente de cada espírito, de cada alma, de cada cérebro humano.

E, ao mesmo tempo da Alma Humana ou Alma Coletiva no dia a dia. E, concomitantemente, explicar de maneira científica a ação e a reação das forças da Natureza. Tudo isto está coordenado por Deus e Sua Hierarquia com vistas para a evolução de cada espírito humano. E, por conseqüência, para todos os espíritos que povoam o âmbito da Terra, desde o mais ínfimo dos seres até ao mais brilhante e poderoso Arcanjo. Tal trabalho evolutivo envolve também todo o ambiente circunscrito ao âmbito da Terra., tanto o visível quanto o invisível para nós, terrenos. De posse deste conhecimento essencial é que podemos entender a linguagem profética do Apocalipse, vazada por São João em alegorias e metáforas – em poderosa redação literária. O mesmo ocorre com toda a Bíblia e também com outros livros sagrados que pontilham pelo mundo... E o Apóstolo termina este primeiro versículo com a sentença: “ ... e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João, seu servo”.

Nota: “Anjo”, em linguagem profética ou teosófica representa um poder inteligente, ou um Ser, ou uma coisa poderosa. A interpretação deste nome depende do sujeito ou agente da sentença. Neste período, que perfaz o versículo, o sujeito é Deus. O “ seu anjo” é a Sua Vontade. E também é Jesus Cristo, o qual obedece e cumpre a Vontade de Deus e pessoalmente notifica tudo o que São João escreve, que testifica no livro do Apocalipse (da Revelação), conforme ele especifica no versículo 2.

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V. I–3 No versículo 3 ele diz que toda pessoa, toda alma que lê, ouve (entende); e guarda ( e cumpre) as coisas ( ensinamentos), torna-se bem-aventurado. E finaliza: “porque o tempo está próximo”. Com isto ele está dizendo que o tempo para eu aprender e para por em prática todos os ensinamentos deste livro do Apocalipse está próximo de mim. É o meu presente. O aqui e agora. Não obstante ele estar profetizando também para o futuro da Humanidade.

DEDICAÇÃO ÀS SETE IGREJAS DA ÁSIA

Nota: Em sentido profético e/ou teosófico e/ou esotérico, a nossa cabeça é o templo do espírito. As sete portas são as portas dos sentidos: os dois ouvidos, os dois olhos, as duas narinas e a boca. São as sete portas por onde nosso espírito se manifesta e ao mesmo tempo recebe as manifestações do exterior. Vers. 4 Nestes termos o Apóstolo está saudando os membros das Sete Igrejas da Ásia Menor na época em que escreveu e, ao mesmo tempo, saudando todo aquele que está lendo os seus textos em qualquer tempo. E desejando que a Graça e a Paz de Deus esteja com cada um. Encerra este versículo 4 com a sentença: “e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono”. Isto é, deseja que eu e você tenhamos a Graça e a Paz provenientes de Deus entrando pelas “sete portas” ao ver, ao ouvir, ao cheirar, ao degustar e ao falar. Enfim, é um chamamento à nossa consciência para que saibamos usufruir dos bens que Deus nos oferece graciosamente: pela bondade e beleza que nos cercam a todo momento de nossa vida. Inclusive o que há de bom e de belo criado por arte e ofício de nossos semelhantes. Em todos os sentidos.

Vers. 5 No versículo 5 ele estende a mesma saudação enviada por Jesus Cristo, o qual é o anjo que vai mencionado por vários capítulos. Ele cognomina o Cristo por “primogênito dos mortos”, expressão que, na realidade, significa “primogênito dos vivos”, dos espíritos que são imortais. Os espíritos, os quais são mortos na concepção dos mortais, não na dos imortais, para os quais Cristo é o “Rei dos Reis”. E ainda diz: “ ... e o príncipe dos reis da Terra”. Estes somos nós, os homens, ou mais claramente, espíritos encarnados. Quanto à última sentença deste versículo 5, ele faz uma afirmação muito importante: “Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”.

Escreve “Àquele” ( a Aquele). Está rendendo graças ao Cristo, o qual, com o Seu Poder e com o Seu Sacrifício ( “Seu Sangue”), nos lavou dos nossos pecados.

Com este “nos lavou de nossos pecados” ele não está dizendo que, a partir do nascimento, vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo, as gerações se tornaram livres de pecados. O que está mais do que claro aos nossos olhos. Se assim fosse, as gerações anteriores a Ele estariam perdidas?

Este “ lavou” significa que os seus ensinamentos e os seus exemplos práticos passaram a nos oferecer melhor oportunidade para vencermos nossos maus instintos, nossos pecados. Evidentemente, desde que nos esforcemos por obedecer as Leis de Deus em nossa vivência e convivência com os nossos semelhantes.

A vida e a ação Dele têm o cunho de fortalecer a nossa boa-vontade, a nossa fé e a Esperança.

A Sua passagem pela Terra e a Sua ressurreição vieram mostrar-nos a realidade concreta da Eterna Presença de Deus e de Sua Hierarquia, sempre pronta a nos ajudar e a nos salvar (“nos lavar”) para encontrarmos o Paraíso prometido... Vers. 6 No versículo 6 diz: “e nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai”.

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Isto é, cada alma e cada homem que rege sua vida pelos valores filosóficos – religiosos ensinados e exemplificados por Jesus, sagra, santifica seu próprio espírito. E assim recebe valores de um sacerdote de Deus para ajudar a muitos a evoluir, de acordo com a sua exemplificação no dia-a-dia. Pode, então, ser considerado um rei da Terra ( rei metafórico), participante do Reino de Jesus quando afirmou: “Meu reino não é deste mundo...”. Ao finalizar o versículo, diz: “a ele a glória e o poder para todo o sempre”.

A tal espírito “glória e poder” progressivos, à semelhança da glória e poder do Cristo – Jesus. Vers. 7 No versículo 7 diz: “Eis que vem com as nuvens...”, isto é, o Seu poder e bondade envolvem a Terra para beneficiar homens e almas como as águas virtuosas das chuvas. “e todo o olho o verá”, isto é, a presença Dele é constante desde a época em que se manifestou na carne o homem Jesus. A poucos tem sido dado vê-lo com os olhos da carne. Prometeu, porém, e a promessa é irreversível, que todos nós, sem uma única exceção, o veremos com os olhos da alma; uns, antes do fim do Juízo Final; outros, após o Juízo Final. Não haverá exceção para almas boas nem para almas perversas. Isto é: “até os mesmos que o traspassaram”. É o mesmo que dizer: até mesmo aqueles que nunca acreditaram na Divindade Dele. E mesmo aqueles que participaram da crucificação. Ele finaliza este versículo 7 dizendo: “ e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre ele”. O que significa: todas as almas e homens que não confiaram na Sua grandeza de Regente da Humanidade – ungido por Deus para este fim – lamentar-se-ão por esse lapso de incompreensão, de ignorância. Vers. 8 No versículo 8 o Apóstolo repete a afirmação de Jesus: “Eu sou o Alfa e o Ômega”.

Com as sentenças que envolvem o período encerrado neste versículo ele faz uma declaração muito importante, a qual relaciona o seu Cristo e/ou Seu Espírito com o meu e o seu (do leitor) cristo e/ou espírito. Voltando à Sua declaração feita nos Evangelhos (Cap. 17, vers. 5 de São João, e outros) concluímos que a idade de Seu Ser ou ESPÍRITO (questão de nomenclatura) ultrapassa alguns bilhões de anos. Este SER, que na Terra se deu a conhecer pelo nome de Jesus, habitou um corpo comum como o meu e o seu (do leitor). Para nós, um milagre prodigioso. É difícil de compreender o fato de um SER tão poderoso ficar limitado a um corpo frágil como o meu e o seu, não é? Entretanto, este fato prodigioso mostra que o meu espírito e o seu são mais antigos do que nossa razão possa conceber. Nesta conjuntura eu entendo que o Apóstolo está-nos ensinando que o meu espírito e o seu, e de todos os seres humanos nascem e viverão pela Eternidade ( “o princípio e o fim”) conforme Jesus afirmou muitas vezes. E, à semelhança Dele, todo espírito, sem uma única exceção, chegará à Perfeição correspondente à de Jesus. Digo correspondente, não idêntica nem igual. Passemos ao outro item com o título: “Jesus aparece a João na Ilha de Patmos. Ordena-lhe que escreva o que viu e o participe às sete igrejas da Ásia”. Vers. 9 No versículo 9 o Apóstolo se identifica e fala das razões íntimas que o levaram à Ilha de Patmos, o que a História confirma. Vers. 10 No versículo 10 ele afirma que seu espírito foi arrebatado por alguém, algum Ser que não descreve, e nesse transe ouviu uma grande voz, possante como de trombeta. Diz que foi no dia do Senhor, em forma um tanto vaga, porém que nos permite entender que era um dia solene para o

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Senhor (Jesus), conforme se depreende do que ele narra a partir do Capítulo 4. Vers. 11 No versículo 11 ele diz que a grande voz ordenou que ele escrevesse tudo o que visse e enviasse o livro às sete igrejas que estavam na Ásia (hoje região identificada com o Oriente Médio ou Ásia Menor), as quais se localizavam nas cidades de Éfeso, Esmirna, Pérgamo, T iatira, Sardo, Filadélfia e Laodicéia. Vers. 12 No versículo 12 escreve que se voltou para ver quem falava com ele e viu sete castiçais de ouro. Não alcanço bem o que representam os castiçais em toda a sua extensão alegórica. Em parte, porém, eles representam as sete igrejas, conforme explica no versículo 20. Outrossim, considerando que o número 7 (sete) se tornou um número cabalístico, por convenção de Mestres sábios ou Magos, ele representa um número não definido, ou não especificado. Portanto, entendo que as citadas “sete igrejas”, no versículo 20 significam todas as Igrejas do mundo, da mais luxuosa até a mais humilde capelinha, pois todas elas são Casas de Deus, nas quais Ele marca presença enquanto elas existem, e mais ainda durante as orações e sermões edificantes, não importando a que instituições religiosas elas pertençam. O Templo de onde Jesus expulsou os “vendilhões” não era Cristão e, sim, Farisaico. E Jesus asseverou que ali era “Casa de meu Pai”. Lembrando ainda que o vocábulo “ igreja” tem o significado de reunião de muitas pessoas. Esotericamente, o corpo humano é uma igreja; Casa do Pai (casa do espírito). Portanto, neste caso, os “sete castiçais” estarão representando um indefinido número de pessoas, o que se depreende pelo versículo 13 a seguir. O corpo humano é um “castiçal de ouro”, isto é, um instrumento, ou um aparelho valioso para a evolução do espírito.

A alma, também, é um “castiçal de ouro”, pois é o corpo perenal do espírito. Vers. 13 No versículo 13 o Apóstolo traça uma perspectiva que assinala se tratar de Jesus, pois Jesus chamava-se a si mesmo “Filho do Homem”. O “vestido comprido” é metáfora de nobreza, dignidade, justiça, etc. “Cingido com um cinto de ouro”: esta alegoria significa Poder virtuoso, Poder constituído por todas as virtudes psíquicas e físicas. Vers. 14 No versículo 14 os “cabelos brancos” significam ideais ou pensamentos puros, santos. “Olhos como chamas de fogo” significam a capacidade inteligente de conhecer e ver, capacidade penetrante da inteligência do Ser descrito. Vers. 15 No versículo 15, segundo o meu entendimento, ele está alegorizando a alma do Ser ( “seus pés”), considerando que os pés estão na parte inferior do corpo, mas são de grande valor para o equilíbrio dele em sua necessidade de caminhar. Ora, a alma é o instrumento, o corpo que transporta o espírito individualizado, desde que ele passa a existir até a eternidade. Nestes termos, sou de opinião que todo e qualquer espírito (e a alma) passam pelo mesmo processo evolutivo. Sem nenhuma exceção. Concluo, então, que mesmo o Cristo Jesus tem estado passando pelo mesmo processo evolutivo, embora Ele seja o Primogênito, o Príncipe, o Paráclito, o Filho de Deus. Portanto, como Ele refere neste próprio livro do Apocalipse; além de fazer tal referência algumas vezes nos Evangelhos, quando diz a São João, no versículo 9 do capítulo 22: “porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Ainda mais confirma o meu entendimento o que o Apóstolo escreve

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neste versículo 15: “E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha”. Esta alegoria, interpretada literária ou esotericamente, merece a seguinte redação: -- Sua Alma reluzente mostra ter sido sublimada por vidas sucessivas e arrostada por muitos sofrimentos – como, por pálido exemplo, se pode representar por um latão reluzente que tivesse sido refinado em uma fornalha e transformado em figuras artísticas de dois pés humanos. Temos de observar o fato de o Cristo ter estado vivendo antes da criação da Terra, cuja idade ultrapassa os três bilhões de anos, conforme os cientistas de hoje e os teosofistas de “ontem”. Segundo sua afirmação, Ele participou do trabalho de criação deste Planeta. Aproveito a oportunidade para dizer algo a respeito do Seu corpo humano, que desapareceu e jamais foi encontrado. Existem três versões principais: A primeira versão vem dos seus inimigos religiosos da época e de seus pósteros. Têm eles alegado que o corpo foi roubado do sepulcro ( por sinal muito bem guardado por soldados romanos) e enterrado em lugar secreto, por seus discípulos. Isto não passou de boato malicioso dos saduceus e fariseus da época, pois, se fosse verdade, no mínimo existiriam dez mil deles para confirmar tal boato. A segunda versão vem de ficcionistas anônimos que alegam que o corpo foi roubado por Seus discípulos e que Ele não tinha morrido. Recebeu tratamento, curou-se e desapareceu; nesse meio tempo até se casou e teve filhos... Isto também não aconteceu. O cineasta Zefirelli até usou esta versão em um filme que o leitor pode ter visto. A terceira versão provém de teosofistas e é bastante passível de ser a verdadeira. Eles dizem que o Cristo, naqueles momentos da Ressurreição, simplesmente

desmaterializou o corpo, com o seu poder indiscutível, sem deixar partículas de cinzas. Aceito bem esta versão e penso que Ele o fez por dois motivos: Primeiro – Por um preito amorável e carinhoso para com o seu irmãozinho que o serviu dedicadamente por 33 anos. Segundo – Para deixar-nos uma lição: o alerta de que nosso corpo é valioso para o espírito e que devemos cuidar bem dele até que a morte nos separe. Esta versão é bastante confirmável pela Ciência atual... Voltemos à última sentença deste versículo 15: “e a sua voz como a voz de muitas águas”.

Não possuo as faculdades de vidência e de audiência do Apóstolo. Estou, porém, informado de que os videntes-audientes, em certas ocasiões, em transe, ouvem vozes assim como as descritas: com som de trombeta, de trovão, de murmúrio de muitas águas. T rata-se de uma peculiaridade que sensibiliza sobremaneira os dispositivos auditivos de tais pessoas, tornando-os tão sensíveis quanto os dispositivos da alma, a qual, pela sua conformação natural, atua em um universo mais sutil. Especialmente no caso do Apóstolo João, cuja alma já estava bem mais sublimada do que o comum de nós. De tal modo que ele foi cognominado “Apóstolo Amorável”. Ao mesmo tempo, desta sentença evola um simbolismo pujante, dando conta da atuação do poder mental do Cristo, que é manifestado por Suas palavras e sentenças evangélicas em o Novo Testamento. Elas guardam e irradiam o poder moralizador que atua pelo mundo como “voz de muitas águas”. E esta voz de muitas águas é a soma de todas as orações, sermões e conferências evangélicas que saem das bocas dos fiéis e permanecem vibrando no âmbito da Terra, sendo assimilados por todos aqueles que se sintonizam com tais vibrações benéficas. E esta “voz de muitas águas” é uma das grandes expressões simbólicas da

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“mulher vestida do sol” que encontramos no Capítulo 12: “ A mulher e o dragão”. Para aquele que não está familiarizado ainda com este assunto dou uma idéia concreta que explica o exposto: Ao assistir os programas de televisão vemos e ouvimos toda a movimentação das imagens enviadas pelas emissoras que, com os sons, viajam pela atmosfera, estratosfera e muito além. Haja vista as naves espaciais que emitem imagens de planetas e espaços distantes: de Júpiter, Urano, etc., e podemos vê-las no mesmo instante em nossos aparelhos por retransmissão de emissoras terrestres. Mais ainda: podemos ver e rever e ouvir imagens e sons que estiverem gravados em um videoteipe por tempo indefinido. Assim, concluímos que a expansão a que chamamos Céu está sempre impregnado de imagens e sons emitidos em todos os momentos por todos os seres e pela Natureza. De acordo com a capacidade de cada ser ou pessoa, ele ou ela pode sintonizar-se com tais imagens e sons, tanto do presente, como do passado e até do futuro. É o caso do Apóstolo João, que registrou para nós as imagens e os sons que a sua capacidade extraordinária de profeta captou das visões do passado, do seu presente e do futuro. Creio que estes esclarecimentos sumários serão suficientes para ajudar o leitor a entender melhor os textos originais do Apóstolo com toda a simbologia que ele aplicou ao escrever. Outrossim, quando narra que ouviu “a sua voz como a voz de muitas águas” está dizendo que a voz do citado Ser penetrou no íntimo do seu complexo auditivo da mesma forma que escutaríamos a fala gravada em uma fita magnética (cassete) quando colocamos um fone nos ouvidos e aumentamos o volume do som até atingir um estrondo ensurdecedor...

Vers. 16 A descrição do Ser continua no versículo 16, começando por dizer: “E ele tinha na sua destra sete estrelas”. O mistério ou significado é explicado no versículo 20, segundo a sentença do Ser: “As sete estrelas são os anjos das sete igrejas”. Com esta sentença ele explica que está falando de um número indefinido de Igrejas e igrejas. Não obstante estar, também, se referindo às Igrejas da Ásia anteriormente mencionadas. De uma maneira profética, teosófica ou esotérica, Ele está falando de cada espírito que vive radicado no âmbito da Terra. Visto que “anjo” é sinônimo de espírito. Questão de nomenclatura gramatical. E, ao mesmo tempo, está falando de “Igrejas”, do que entendemos por nomenclatura de Religião, Doutrina, Instituição Filosófico – Religiosa, etc. Eu tenho conhecimento de que em qualquer templo – desde a maior catedral até a mais modesta capelinha, -- de qualquer Organização Religiosa de escol, sempre estarão ali em serviço e assistência aos fiéis anjos ou espíritos da Hierarquia Divina. Da mesma forma que sempre há pessoas encarregadas dos misteres aos quais nelas se subordinam. Portanto, espíritos, anjos, almas, pessoas, que estão sendo regidos pela “destra” do Cristo, e formam a Sua Hierarquia Divina – Ungido por Deus, o Criador da Terra e de todas as coisas que nela existem. No Capítulo 4 o Apóstolo corrobora este fato, quando Deus entrega o “ livro secreto”, cujo livro simbólico representa mais um grau de Autoridade, Poder e Glória com que Ele coroa o Cristo, Jesus. Portanto, isto corrobora os títulos referentes a Ele no Velho e Novo Testamentos: “Rei dos Reis”, “Mestre dos Mestres”. Há muito tempo, as Igrejas Teosóficas originárias da Ásia e do Oriente Médio ( estas últimas as chamadas

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Herméticas, provenientes de Hermes Trismegisto) reconhecem estes fatos que são representados pelas máximas citadas. Aprendi isto com eles quando freqüentei as suas Igrejas, ou Sociedades, das quais infelizmente para mim não cheguei a ser membro, nem mesmo um “iniciado”. Somando, porém, o que eu tenho aprendido no seio do Espiritismo Cristão, o que aprendi dos Teosofistas e das outras seitas cristãs, e também por livros destas e de outras Doutrinas, penso que me está facultado entender boa parte das majestosas profecias deste Apocalipse de São João. Por isso, estou me propondo a retransmitir meu entendimento ao prezado leitor, cônscio de que meus conhecimentos ainda são medíocres em relação à grandeza necessária da obra. Tenho certeza, porém, de que este modesto trabalho incentivará a muitos de inteligência mais ampla e até mesmo prodigiosa em relação à minha. Ao mesmo tempo estou certo de que muitos leigos no assunto receberão útil compreensão dos ensinamentos que o Apóstolo vem transmitindo em essência simbólica e alegórica. A qual essência observo que não tem sido entendida e trabalhada como era esperado por Jesus, conforme Ele mandou que fosse feito pelas Suas Igrejas e “ igrejas”, por intermédio do Apóstolo. Continuamos com a sentença: “e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios”. Aqui ele está dizendo que este Ser é dotado de verdadeira Justiça. Que do Seu pensamento saem palavras justas com relação ao equilíbrio do Bem e do Mal. É a “espada da Justiça”. E continua: “e o seu rosto era como o sol...”. Nisto está dizendo que o semblante do Ser manifestava grande Sabedoria. Era como “a luz do Sol quando na sua maior força resplandece”.

Vers. 17 No versículo 17 ele expressa o sentimento de sua pequenez ante a grandeza do Ser: “Caí a seus pés como morto”. O Ser, porém, lhe diz: “Não temas”, “Eu sou o primeiro e o último”. O que, em outras palavras, significa: EU SO U. E Eu sou Aquele que teve o primeiro estágio de evolução e cheguei ao último estágio. Por conseqüência, eu sou o primeiro em relação aos seres da Terra e o último em relação ao Criador, a Deus. Vers. 18 No versículo 18 Ele manifesta a Verdade da vida eterna do espírito em relação à vida provisória do corpo humano: “Eu que vivo e fui morto, mas eis que estou vivo para todo o sempre”. E, na sentença seguinte, Ele declara que conhece os segredos ou mistérios da morte e as razões dos sofrimentos (“as chaves”). Portanto, Ele os supera e por eles não é mais afligido. Conquistou os poderes da Inteligência e do Sentimento para dominar a ilusão da morte e o assédio dos sofrimentos (“ inferno”) que assediam o espírito humano em fase de evolução. Vers. 19 No versículo 19, ordena ao Apóstolo que escreva em um livro uma essência de todos os seus conhecimentos ( do Apóstolo) a respeito do passado: “Escreve as coisas que tens visto”. E sobre as coisas do presente: “E as que são”. E as coisas do futuro, as quais são compostas por destinos determinados pelos planos Divinos, adequadas às circunstâncias ocasionais: “E as que depois destas hão de acontecer”. E o Apóstolo escreveu o livro do Apocalipse ( Revelação). Vers. 20 Sobre o versículo 20 já ofereci a interpretação com a dos versículos 13 e 16. As estrelas são os espíritos humanos e os castiçais são os seus corpos.

CAPÍTULO 2 CARTAS ÀS SETE IGREJAS

DA ÁSIA

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PRIMEIRA CARTA: À IGREJA DE ÉFESO

Conforme a exposição que redigi no Capítulo 1, neste Capítulo2 o Apóstolo dirigiu as Cartas às Igrejas citadas, Igrejas nascentes do Cristianismo, com extensão para todas as Igrejas do futuro. Para todas as Religiões e Seitas Cristãs, e não Cristãs. Ao mesmo tempo, até mais especificamente para cada alma circunscrita à Terra. E digo alma pelo fato de que o corpo tem vida provisória e pelo fato de que a alma é imortal. E pelo fato de que ela aprende os ensinamentos que o corpo aprende, pois que ela é a mãe, a matriz do corpo.

Pelo vers. número 1 ele passa a mensagem de Jesus ao espírito e/ou alma (“estrela”); e ao corpo e/ou cérebro (“castiçal”). Vers. 2, 3, 4. E diz no vers. 2: “Eu sei as tuas obras,...” (queira ler em sua bíblia), e também o vers. 3 e o 4. (Em sua bíblia ou nos textos que transcrevi neste livro e coloquei no final dele). Quanto à “primeira caridade”— a expressão dele é vaga e exige raciocínio. O substantivo “caridade” é derivado do adjetivo “caro”, que dá idéia de valor; de alta estima; de preço elevado. Do que custa grande sacrifício ou grande despesa . Ele está repreendendo a alguém, e a Igreja, e igreja. Há tantas caridades! Qual delas ele terá considerado a “primeira”? Acredito que essa “primeira caridade”é aquela que se faz a cada momento em que surge a necessidade de alguém a ser suprida. Um pedaço de pão, uma moeda, uma palavra de compreensão e carinho, um serviço edificante, etc.

Enfim, todo bem que se possa fazer sem esperar recompensa, nem mesmo gratidão. Caridade para com amigos, com estranhos e, até, e principalmente, com inimigos. Conforme Jesus ensinou. Vers. 5 – No vers. 5 Jesus, falando à Igreja (à ou às instituições religiosas) alerta-a de que lhe tirará a assistência que Ele lhe dá. Com isto, acontecerá o que se vê comumente: Igrejas vazias e os sacerdotes em triste frustração. – Ao mesmo tempo está falando a mim , a você (“ igreja”) que ao nos afastarmos dos deveres e da ajuda caritativa, do espírito fraternal – Ele estará afastado de nós. Então, estaremos entregues aos riscos da frustração íntima, a qual é sentida comumente por mim e por você. Não é? Estou convicto que sem a Graça de Deus, e de Jesus, torno-me muito frágil para suportar o peso das vicissitudes circunstanciais da vida. VERS. 6 – No vers. 6 Jesus repreende a Igreja e à “ igreja”, que atuam no mau comportamento semelhante aos nicolaítas, os quais, por sua vez, comportavam-se nos padrões do profeta pagão conhecido pelo nome de Balaão: do qual é relatada a crônica no livro do Deuteronômio, capítulo 23, vers. 4; Números, cap. 22, vers.5; e mencionado por São Pedro na II Epístola, cap. 2, vers.15. NO TA: Segundo as Escrituras, Balaão era profeta capacitado e, conforme os caps. 22 a 25, era muito tendente à ambição, ao poder, à sensualidade, à idolatria. E que ensinou Balaque, o rei moabita, como levar os israelitas a se prostituir com as mulheres moabitas e incliná-los à idolatria pelo deus Baal dos pagãos. Portanto, os nicolaítas foram censurados neste vers. 6 pelas obras injustas mencionadas acima. Outrossim, segundo a Pequena Enciclopédia Bíblica, impressa pela Imprensa Metodista em São Bernardo do Campo (São Paulo-Brasil), o nome Balaão,

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em hebraico, tem a significação de “devorador”. Assim sendo, a crônica sobre Balaão é, também, uma alegoria esotérica concernente aos defeitos humanos. Quando tais defeitos se sobrepõem às virtudes, degeneram-nas. Devoram-nas. Os moabitas (pagãos) que afligem e prostituem os israelitas (Servos de Deus) são símbolos dos defeitos e pecados que degeneram as virtudes (israelitas). Vers. 7 – E, no vers. 7, Jesus Cristo repete a Grande Promessa de Deus a todas as suas criaturas que vivem no âmbito da Terra ( “às igrejas”): “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do Paraíso de Deus”. Substituindo-se as metáforas, teremos a seguinte redação: Tanto o espírito quanto a alma, quanto o corpo que conquistar o fortalecimento das virtudes de tal modo que enfraqueça o poder dos defeitos até à extinção desses defeitos, terá o direito de viver nos mundos que circundam a Terra – onde reina a Felicidade proporcionada pelo ambiente natural e proporcionada pelos Seres angélicos e almas bondosas que habitam neles. E é onde o Cristo Jesus habita, não obstante o Seu Poder e o Seu Amor estarem presentes, também, nos círculos ou mundos menos felizes que envolvem a Terra. Devo esclarecer ao leigo no assunto que: a Terra é uma “árvore da vida”; que cada corpo humano é uma “árvore da vida”. Que cada círculo ou céu que envolve a Terra é “uma árvore da vida”. Que a felicidade mora em cada local e em cada corpo. Usufruir dela depende de cada ser – em todos os momentos. É evidente que a usufruição da felicidade pode ser diminuída pela hostilidade natural do ambiente em que se encontra cada ser. Tanto no ambiente externo, quanto no ambiente interno. Isto é, no interior da cabeça de cada pessoa.

Esta declaração do vers. 7 vem constantemente repetida pelo Apóstolo nesse seu livro chamado Apocalipse em outras formas de expressão ligadas aos fatos e acontecimentos do passado, presente e futuro. Continuemos pelo vers. 8.

SEGUNDA CARTA: À IGREJA DE ESMIRNA

Vers. 8 – No vers. 8 Jesus dá ênfase à importância da Sua ressurreição, a qual é modelo justo da ressurreição de nossa alma após a morte de nosso corpo. Vers. 9 – No vers. 9 ele afirma conhecer por experiência e sentimento todas as virtudes e fraquezas pelas quais a alma humana passa. Porém, acentua que o ser humano é rico por essência vital. Nota: O nome “judeus” no caso da sentença deste versículo é metáfora de mentes justas; “sinagoga”é metáfora de cabeça. Portanto, Ele está dizendo que havia membros daquela Igreja de Esmirna que tinham mentalidade anticristã e suas cabeças eram como sinagogas de Satanás. Ao mesmo tempo está-nos lembrando que em todas as Igrejas existem pessoas e almas pervertidas no meio do rebanho. E ainda nos faz observar que nossa cabeça é uma “sinagoga”( “ igreja”) onde os vícios, defeitos, pecados, andam par a par com nossas virtudes, as quais são nossa riqueza (“mas tu és rico”), na carne ou além dela. NO TA: O intérprete e o leitor precisam estar sempre muito atentos ao ler os textos originais do Apóstolo, o qual inclui a destinação da idéia para o indivíduo ou pessoa: isto é, espírito, alma, e corpo. Visto

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que a mente de cada entidade possui capacidade de inteligência distinta, facultativa. Embora entrelaçados operem com mentalidade una. “Trindade una”. O mesmo ocorre com a alma desencarnada. Sendo que ela, possuindo corpo e dispositivos mais sutis, na conformidade com a sua sublimação moral, vai diminuindo as suas limitações mentais e, assim, vai descartando a sua personalidade mental e se tornando apenas a forma física do espírito. No final de sua sublimação ou santificação é um anjo ou espírito puro. Acaba a dualidade mental... Outrossim, observe bem que Jesus está falando: “ao anjo da igreja”. E, ao mesmo tempo, ao anjo da “Igreja”. Ao espírito individual, eu e/ou você e, ao mesmo tempo, ao “anjo coletivo” das Igrejas citadas, e em correspondência com todas as Igrejas do mundo; em todos os tempos). Pelo esclarecimento que estou dando por esta Nota, podemos entender melhor todos os versículos do Apocalipse, e todos os versículos do Velho e do Novo Testamentos. Observe que Ele alerta para os bens e para os males que comumente acontecem à “ igreja” e à “Igreja”, por arte do “Satanás”, do diabo, do demônio – e os Bens que acontecem pelas artes dos anjos, almas e homens bons. Vers. 10 – Quando diz: “Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados”, em primeiro lugar Ele está falando ao espírito sobre uma condição evolutiva comum. Trata-se do espírito encarnado, cujo corpo lhe é uma prisão na qual ele está sujeito a todo tipo de tentação promovida pelos maus instintos ( “diabo”). Eu e você, nesta situação, estamos em prova. Em prova semelhante a de Jesus na prova do “jejum por quarenta dias no deserto”.

Na realidade, os tais “40 dias de prova para Jesus”, além de crônica de seus dias como “Filho do homem”, possuem um sentido alegórico ou esotérico mais amplo. Estes “40 dias” correspondem a 40 séculos de provas a que Ele esteve sujeito para provar a Deus a capacidade de Seu Poder, a fim de ir recebendo Autoridade para a Regência da Humanidade, conforme a população de almas e homens estava sendo aumentada. Questão de proporções de valores. Isto é confirmado, em parte, pelo relato do Apóstolo no Capítulo 4, quando Jesus recebe maiores poderes e maior Autoridade, que lhe são concedidos por Deus para o citado mister de Regente da Humanidade. Nesta conjuntura o Apóstolo menciona as provações com as quais o homem comum deve arcar durante um tempo indeterminado, embora com uma previsão aproximada, quando ele diz, e o Apóstolo escreve: “ ... e tereis uma tribulação de dez dias”.

Ora, “dez dias” em linguagem profética podem ser dez dias mesmo, como podem ser cem, mil, dez mil anos, ou mais. Estou ciente, e até convicto, que “eu” espírito tenho uma idade de milhares de anos. Que Jesus Cristo tem mais de três bilhões de anos. A VIDA é um eterno movimento prodigioso do qual eu faço parte. Inspirado, neste momento, eu rendo graças a Deus em canto uníssono do meu “Eu sou”: espírito, alma e corpo. E Ele termina neste vers. 10 com nova promessa: “Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida”. Vers. 11 No versículo 11 Ele diz: “O que vencer não receberá o dano da Segunda morte”. Declaração estranha! Não é? Estranha, porque Ele sempre nos promete vida imortal!

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Se eu me firmar, porém, no princípio teosófico de que para o espírito a morte é um estado provisório de segregação, posso concluir que a primeira morte do meu espírito deu-se no momento em que ele foi individualizado ao nascer. Deixou de ser um Todo de energia pura inteligente para ser uma partícula dela. Morreu para o Todo e nasceu para um campo inocente, ingênuo, limitado. A partir daí jamais sofrerá a morte danosa. Ao contrário, ao chegar de volta à extrema pureza, estará reintegrado à Vida Perfeita em ambiente Perfeito, mas não desintegrado no Todo, como supõem os panteístas. Nestes termos, a ciência teosófica alega que, esotericamente, o nome “morte” é sinônimo de limitação, de afastamento provisório. Então, quando o espírito encarna está morto para o seu mundo. Da mesma forma que está morto para os encarnados quando o seu corpo morre. Questão de concepção mental ao aplicar a palavra morte. Nesta conjuntura, a promessa de Jesus fica clara, verídica.

Quem vencer não receberá “dano” da morte. Ao contrário, receberá a graça da Vida, eterna, feliz. TERCEIRA CARTA: À IGREJA DE PÉRGAMO Vers. 12 No versículo 12 Jesus diz ser aquele que tem um julgamento penetrante e justo (“espada aguda de dois fios”). Vers. l3 No versículo l3 declara que conhece as obras dos membros da Igreja de Pérgamo e sabe perfeitamente que nesta cidade a população era idólatra, pagã. Portanto, ali estava o “ trono de Satanás”. Isto é, o comportamento desse povo era muito injusto, iníquo, anticristo.

E declara que está enxergando com precisão e com justiça as suas obras, e sua fé. NO TA. O Antipas mencionado neste versículo era um discípulo fiel do Cristianismo nascente. Foi sacrificado pelo povo pagão de Pérgamo. Consta que fora bispo cristão nesta cidade. Vers. 14 e 15 Nos versículos 14 e 15 Ele declara que está na obrigação de chamar a atenção deles para o fato de uma parte dos membros desta Igreja estar praticando o sincretismo pagão – cristão. Que estão seguindo a doutrina de Balaão e dos nicolaítas – submetendo-se às práticas fetichistas e idolátricas, e à prostituição dos valores cristãos. NO TA Admoestação igual aos de Éfeso, conforme o versículo 6 do Cap’1. Sobre o qual redigi dados mais amplos. Vers. 16 No versículo 16 Ele alerta: “e contra eles batalharei com a espada da minha boca”.

Com isto, Ele não quer dizer que mandará um raio na cabeça de cada um. Ou que mandaria seus anjos deceparem suas cabeças. Está alertando que usaria o Poder da Justiça Divina ( “espada de dois fios”). Com isto, está falando mais à alma do que ao corpo. E tais castigos, a tais t ipos de infiéis à Doutrina, principalmente sacerdotes ou pastores sobrevêm às almas, tanto enquanto no corpo, quanto, e mais, quando desencarnadas. Castigo sobre a própria consciência. Cuja consciência é o tribunal onde o juiz é implacável. E este juiz é a própria mente da alma e/ou pessoa.

E mais: esse autocastigo é como um ímã que atrai o ferro. Assim, atrairá, também, castigos ou sofrimentos vindos do exterior. Do ambiente, de almas, de pessoas. Nestes termos, raciocinando com o

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apoio da intuição e da inspiração, quem tem o Dom de interpretar visualiza os fatos e acontecimentos relativos aos mencionados em todas as sete cartas.

Primeiro, em si mesmo ( “ igreja”), em segundo lugar na “Igreja”; e em terceiro lugar na Alma Coletiva: seja de um grupo, de uma comunidade, de uma Nação, de toda a Humanidade.

Pois Jesus Cristo, nestas cartas em estudo neste livro, em todo o Apocalipse, e em todo o Novo Testamento, está falando à minha alma; à nossa alma, não obstante estar falando ao nosso cérebro, ou ao nosso Ego.

Isto que digo Ele confirma no versículo 17, o qual lhe peço ler com atenção, ao repetir Ele as promessas de uma paz ditosa pela qual cada um de nós ansiamos. Porém, que só por nós mesmos é difícil demais alcançar – sem a Graça de Deus, da qual Ele é o Dispensador. NO TA “Maná escondido”: virtudes que estão na mente da alma, e compulsoriamente escondidas no cérebro. “Uma pedra branca”: uma alma pura e/ou sublimada.

“Um novo nome escrito”: uma nova situação de vida. Tanto individual quanto ambiental. “o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”: É evidente que Ele está dando a entender que só a alma e/ou espírito de cada um pode saber e sentir o que está em sua consciência

portanto, só eu saberei sentir e usufruir da paz e ditosidade que “o novo nome” – o qual posso compreender por situação angélica – só eu, ou só você pode conhecer de fato. Vers. 18 a 29 Vamos à quarta carta: do versículo 18 ao versículo 29.

QUARTA CARTA: À IGREJA DE TIATIRA

NO TA Nesta carta Jesus continua falando à minha alma, e à tua. Ao mesmo tempo mandava o seu recado aos membros da Igreja de Tiatira, conforme lemos. E o Apóstolo utiliza com maestria a figura de uma mulher conhecida pelo nome de Jezabel, profetisa pagã, ou bruxa, ou feiticeira; a qual seduzia muita gente, inclusive membros daquela Igreja e os conduzia à idolatria, e à prostituição mental e física. Essa Jezabel, segundo a menção, era um fac – símile da Jezabel, filha do rei Sidôneo Etbaal, esposa do rei de Israel, cujo nome era Acab, do tempo do Profeta Elias. Ela seduziu Acab e o levou a se comportar contra Deus e os seus súditos, tendo sido considerado o pior rei do povo de Israel. Como rainha feiticeira chefiava 450 sacerdotes do deus Baal, e 400 sacerdotes da deusa Astarote, os quais mantinham os povos da região subordinados à idolatria e à prostituição dos valores virtuosos).

Nesta conjuntura simbólica o Apóstolo está simbolizando a minha e a sua alma. Os 850 sacerdotes pagãos simbolizam os defeitos, fraquezas, pecados que são condicionados pela minha mente quando eu atuo em prejuízo das virtudes que, também, estão na minha mente. Tais defeitos e virtudes são as manifestações naturais que bem conhecemos e estão cadastradas em qualquer dicionário: - egoísmo e altruísmo, amor e ódio, vileza e nobreza, prostituição e santificação, etc. NO TA O nome Jezabel ,em hebraico, tem a significação de “casta”. A palavra castidade representa, segundo o dicionário: “qualidade de casto; virtude da pureza”. A colocação deste nome Jezabel (“casta”) tem grande significação para se interpretar este Capítulo 2, com influência sobre todos os capítulos do livro.

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Isto porque este nome e aquela mulher é metáfora e é alegoria da alma humana. Assim, quero dizer que a alma nasce pura, inocente, ingênua. Da mesma forma que o espírito nasce puro, inocente, ingênuo. Ambos nascem no mesmo momento. Pela Vontade de Deus. Entretanto, entre eles há uma diversidade energética. Tanto física quanto mental. Não obstante as energias do espírito estarem e/ou agirem de modo recíproco. Por sua natureza mais densa a alma está mais sujeita ao apego ao meio ambiente. Ou melhor, às sensações do meio ambiente. Por esta razão, sua mente alia-se mais facilmente à mente do corpo humano, cuja natureza é ainda mais densa do que a dela. Quando na vida corporal ela facilmente se põe fascinada pelos desejos e emoções da carne e se dana E ainda carrega o coitado do espírito para sofrer as conseqüências dos desatinos. Os desatinos que eu e você conhecemos bem, parte dos quais Jesus aponta nestes versículos, e o Apóstolo João está-nos evidenciando. Arrojo-me a lhe falar destas coisas convicto de que é uma verdade essencial para a vitória do meu espírito. E do seu, também. Estou ciente de que muitos não familiarizados com essas verdades ficarão até estarrecidos. E que alguns até me considerarão visionário, ficcioso. E, pior, um sacrílego. Aqueles, porém, que as conhecem, compreenderão. Os que não as conhecem e procurarem conhecer encontrarão muitas fontes de informação e de experiência... Finalizando esta nota devo dizer que a nossa “Jezabel”, a casta, infelizmente, muitas vezes acompanha essa Jezabel do Apocalipse, e aquela Jezabel dos tempos do Profeta Elias.

Por esta razão é que estamos ainda aqui e não junto ao trono de Jesus, no Seu Reino. Mas um dia chegaremos lá, com a ajuda Dele, conforme prometeu e continua prometendo a todos os instantes. Quem me entendeu através destes esclarecimentos sumários já poderá entender o que Jesus falou pelos Evangelhos e está falando no livro do Apocalipse por intermédio de São João Evangelista. Vamos aos versículos: No versículo 20 Ele está mandando um recado aos membros da Igreja de T iatira. Ao mesmo tempo, porém, está dando o recado para mim, e para você. Em primeiro lugar Ele alerta para o fato da pessoa que vai à procura de adivinhos e feiticeiros, os quais prometem salvar a pessoa e a sua alma. Tanto no que se refere aos bens materiais e aos problemas do dia-a-dia, quanto aos problemas da mente e do espírito. Os quais, geralmente estão mais atolados na miséria e nos pecados do que aqueles que os procuram. E não têm condições para resolver os seus próprios problemas e muito menos os da própria alma. Outrossim, essa Jezabel também é figura da Alma Coletiva Humana, a qual fica prostituída pela idolatria a todos os deuses e anseios da carne. Idolatria aos interesses imediatos: à riqueza, à fama, ao poder, ao luxo, ao conforto material, à ostentação, e outros mais. E por esses motivos, cada pessoa, cada coletividade vai de ilusão a ilusão sofrendo frustrações e angústias. Por esses motivos cada pessoa, cada alma, perde a sensibilidade necessária para usufruir dos bens que estão ao seu redor na vida humana e, após a morte, continuará em “grande tribulação”, conforme diz Jesus no versículo 22. Em suma: é assim que a nossa Jezabel, que nasce casta, degenera-se no

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meio ambiente, no altar da idolatria aos bens provisórios. “Comem dos sacrifícios da idolatria” quando devem comer do altar das virtudes prodigalizadas por Deus. Que virtudes são estas? A humildade, a moderação, o trabalho útil, a recreação sadia, o altruísmo, a caridade, a fraternidade, etc. Vers. 22 No versículo 22 Ele diz: “Eis que a porei numa cama...” Esta “cama” é o ambiente físico e mental onde a alma vive e convive no corpo e no além. A semelhança de um prostíbulo onde a prostituta e os que adulteram com ela estão sujeitos às degradações que ali existem. Vers. 23 No versículo 23 Ele diz: “E ferirei de morte a seus filhos...” Estes “filhos” são: os pensamentos, os maus instintos, as más palavras, os maus comportamentos. “Filhos” que, com o tempo, irão sendo “feridos de morte” (vão sendo sanados) por força das tribulações causadas pelo meio ambiente, cujas tribulações sensibilizam a alma para aprender e praticar as virtudes. Por esta razão Ele afirma: “E darei a cada um de vós segundo as vossas obras”. Vers. 24 No versículo 24 Ele está dizendo em outro sentido: “digo a vós” e “aos restantes que estão em Tiatira”.

Portanto, a mim que estou lendo neste momento, e a todas as almas da Terra.. Vers. 25 No versículo 25 Ele adverte minha alma para que retenha minhas virtudes de modo a permitir que a ajuda Dele me leve a vencer minhas fraquezas, as quais são fortes. Vers. 26 No versículo 26 Ele confirma “e guardar até o fim as minhas obras”. Isto é, comportar-me na conformidade dos seus ensinamentos e dos seus exemplos.

“Eu lhe darei poder sobre as nações”: é o mesmo que estar dizendo; eu lhe darei poder sobre seu espírito, sobre sua alma, sobre seu corpo. Pois “nações”, neste caso, é metáfora de universos. Universo mental e universo físico. Meu cérebro e meu corpo são universos. Meu cérebro possui bilhões de seres microscópicos ( “nação”). Meu corpo, ídem. Vers. 27 No versículo 27 Ele assevera: “E com vara de ferro as regerá”. Com isto está dizendo a mim: você receberá forças provindas de Mim e vindas de si mesmo para disciplinar (“vara de ferro”) o seu comportamento. Assim suas fraquezas, seus instintos “serão quebrados como vasos de oleiro”. Para isto você receberá ajuda “como também recebi de Meu Pai”. Vers. 28 No versículo 28 Ele reafirma a Promessa de que pelos meus méritos, ampliados pela ajuda Dele, minha alma brilhará com a pureza da “estrela da manhã”. Vers. 29 E finaliza no versículo 29: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. É o mesmo que dizer: Quem quer se esforçar para que seu espírito alcance a vitória e a glória nos céus, ouça com atenção o que o Espírito ou Vontade de Deus está dizendo pelas páginas deste livro (Apocalipse de São João). CAPÍTULO 3

QUINTA CARTA: À IGREJA DE SARDO

Vers. 1 No versículo 1, Jesus começa repetindo a Sua capacidade de Regente da Humanidade por força dos poderes outorgados por Deus a Ele: “ isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus”.

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“e as sete estrelas”: isto é, a Autoridade para governar todas as almas e homens que vivem no âmbito da Terra. Ele continua dirigindo mensagem à Igreja de Sardo, como era necessário. Deixando evidente, porém, a intenção de orientar todas as Igrejas do Mundo em todos os tempos. E, ao mesmo tempo, dirigindo-se a mim e a você, quando diz: “Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto”. Por ciências esotéricas é tacitamente convencionado que o espírito encarnado está “morto”. Isto é, está com as suas capacidades psicofísicas muito limitadas pelas limitações do corpo. E mesmo desencarnado está “morto” devido às limitações psicofísicas da alma ainda imperfeita. Por conseqüência os nomes morte e morto são muito usados em literatura. “O dia morre no horizonte quando o Sol se esconde.” “A lua nasce no Leste e morre no Ocidente.” “Estou morto de fome.” “Eu morro a cada minuto”, etc. Então, neste versículo diz que a pessoa ou a alma que só cuida das coisas triviais da vida coloca o espírito em situação de morto. E, pior ainda, a pessoa que se compraz em fazer mal aos outros estará morto por muito tempo. Vers. 2 No versículo 2 Ele conclama a pessoa a ser vigilante, disciplinada dentro dos padrões evangélicos. “E confirma os restantes”: isto é, esforce-se por exercitar as virtudes que já possui, visto que as virtudes não exercitadas entram em estado mórbido “que estavam para morrer”. E acrescenta: “porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus”. Vers. 3 No versículo 3 Ele convida a alma a se cuidar, pois no Juízo Final Ele virá em ocasião inesperada.

Vers. 4 e 5 No versículo 4 Ele nos lembra que na Terra sempre há muitas almas que se cuidam bem. E diz: “e comigo andarão de branco”. NO TA Quando escrevo alma considero a encarnada e a desencarnada. Com isto está dizendo: almas que transparecem ainda algumas impurezas, porém alcançaram a dignidade por mérito. E pelo mérito receberão a Graça: “Será vestido de vestes brancas”, etc., conforme Ele promete no versículo 5. Vers. 6 E no versículo 6 repete: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Isto é, aprenda e ponha em prática a Vontade de Deus ( “Espírito”).

SEXTA CARTA: À IGREJA DE FILADÉLFIA

Vers. 7 O versículo 7 é claro para qualquer leitor. O que fica um tanto vago, pelo que eu entendo, é a sentença: “o que abre, e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre”. Entendo que Ele está falando dos mistérios. Mistérios para nós até que Ele os revele. Os que revelou nos Evangelhos e no Apocalipse. O maior mistério que Ele revelou para nós foi a Sua ressurreição, com a qual Ele confirma a Promessa de Deus, a Promessa capital de que desde que o espírito é criado jamais morrerá. Que o espírito terá sempre as suas ressurreições na Terra, e sempre as suas ressurreições nos céus, e/ou mundos espirituais. Visto que “há muitas moradas na Casa de meu Pai”. Ora, Jesus Cristo ressurgiu na Terra encarnado em corpo humano. Ele já vivia há bilhões de anos. Não é um espírito que

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nasceu ao nascer o seu corpo chamado Jesus. E ressurgiu nos céus após três dias da morte do seu corpo e sua ressurreição foi confirmada por mais de quinhentas pessoas. Sendo Ele o meu modelo, com o exposto está-me dizendo que eu também ressuscito em corpo e ressuscito em alma. Eu também já vivia há muito tempo antes de ser o Armando de agora. Não nasci por este corpo. Este corpo é que nasceu por mim. Portanto, Ele abriu este segredo para nós. Quem poderá fechá-lo? Vers. 8 No versículo 8 Ele diz: “Eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar”. Que porta é esta? Não tenho a menor dúvida de que esta “porta” é o Direito concedido por Deus pelo qual todo e qualquer espírito humano, sem uma única exceção, chegará à Perfeição e terá o direito de viver eternamente no Paraíso Perfeito, onde a Felicidade absoluta se encontra. Digo, sem um única exceção. O maior facínora, ou satanás, ou demônio, chegará lá um dia. Vers. 9 E isto Ele confirma no versículo 9, o qual solicito a você ler com atenção. Mormente a primeira frase: “Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás...” “Sinagoga de Satanás” é metáfora de cérebro de qualquer malfeitor humano. E neste caso Ele está envolvendo os saduceus e fariseus, sacerdotes e seguidores. Por “ judeus” usa metáfora de pessoas ou almas dignas, cumpridoras dos preceitos cristãos. Principalmente os Sacerdotes. Os quais, com tal dignidade no pensar, falar e comportar-se com humildade imponente, cristã, terão capacidade de corrigir a mentalidade “anticristo” dos que se comportam com indignidade religiosa, como os saduceus e fariseus daquele tempo. Vers. 10 O versículo 10 é claro. Desnecessário eu interpretar para você.

Vers. 11 A primeira sentença do versículo 11 é muito importante para a nossa tranqüilidade. Ele promete: “Eis que venho sem demora”. Com esta sentença Ele está prometendo a sua ajuda a qualquer momento que eu ou você tivermos necessidade e chamar por Ele. Está sempre aqui e agora. Não está em férias eternas láaaaa... no Céu como muitos supõem. A promessa feita no versículo 12 está clara. Vers. 12 Estranha é a frase “e também o meu novo nome”. Este novo nome é o novo plano de trabalho que Ele comandará após o Juízo Final. Até lá o Seu nome continuará sendo Jesus Cristo, o Salvador. Pois a atual etapa do seu trabalho é a da salvação das almas e/ou espíritos. Por isso Ele disse: “Eu vim comprar almas para Deus”. Vers. 13 No versículo 13 Ele repete a sentença pela terceira vez: “Quem tiver ouvidos...”

SÉTIMA CARTA: À IGREJA DE LAODICÉIA

Vers. 14 No versículo 14 Ele faz uma declaração lapidar: “Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus”.

Esta declaração traz vários fatores importantes da Sua missão ao encarnar no Planeta. Em primeiro lugar, veio testemunhar, veio mostrar de forma concreta para nós, para nossos olhos humanos que Deus é um SER. Um SER invisível para homens e almas que não O enxergam pelo

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fato de seus sentidos estarem ainda obstaculizados, ou melhor, limitados pelo véu de imperfeições. Ele, porém, é visível, com toda a Sua Onipotência, Onisciência e Onipresença, para as almas já purificadas. Almas e/ou espíritos humanos que já conquistaram a posse das virtudes morais (ética e estética). E, agora, dotadas dessas virtudes, cresceram em Sentimento e Inteligência e em poder. Valores suficientes para enxergar, ouvir, sentir de alma presente, a visão deste SER majestoso a Quem conhecemos pelo nome de DEUS. Esta Verdade, o Apóstolo João confirma no Capítulo 4, a seguir, onde, de alma presente, ele enxerga DEUS, o seu trono, Anjos e “milhões de milhões de almas”. Então nos ensina que DEUS não é um SER dotado de uma forma ilimitada.

Não descreve a Sua forma ou corpo. Descreve a imensidão do SEU

PODER e de SUA INTELIGÊNCIA, o que podemos chegar a compreender por ONISCIÊNCIA, ONIPOTÊNCIA e ONIPRESENÇA.

É disto que Jesus está falando neste versículo 14.

Quanto à frase: “o princípio da criação de Deus” eu entendo que Ele está nos cientificando que Ele, o Cristo nasceu, vive e viverá eternamente. Ou melhor: foi criado dentro da mesma LEI ou PRINCÍPIO em que eu e você e nós temos sido criados por Deus. Vers. 15 ao 19 Do versículo 15 ao 19 Ele está se dirigindo às almas desinteressadas pelas verdades que Ele e toda a Sua Hierarquia de anjos e/ou espíritos, e homens, trabalham por transmitir. Dirigindo-se aos de pouca fé. Aos céticos. Àqueles que dizem: “Ah! Destas coisas eu cuidarei depois da morte”. “Se é que céu e inferno existem!”

“Ah, mudemos de assunto. Vamos falar de futebol, de mulheres, de orgias, de riqueza, de fama, etc.” Aos tais e outros desinteressados é que Ele está declarando: “Que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente!” Frio: o ateu. Quente: o religioso consciente. Fervoroso. Vers. 18 Na sentença do versículo 18 Ele diz: “Aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo...” Com isto, está dizendo: Este tesouro de sabedoria e poder que te ofereço foi acumulado por mim por força de trabalho e sacrifício. Porém, terás sempre minha ajuda, se quiseres. Em parte está o teu mérito. Em parte a minha Graça. Do mesmo modo que comprei com mérito, e com Graça de outrem, e do Pai. Vers. 19 No versículo 19 Ele declara: “Eu repreendo e castigo a todos quantos amo”. Nestes termos Ele confessa o seu Amor incondicional de Irmão Maior ungido pelo Pai para reger os seus irmãos menores. Vers. 20 No versículo 20 Ele declara que está sempre alerta para atender o chamado e apoiar a quem quer que invoque sua ajuda. Não força, porém, a ninguém. Respeita o livre-arbítrio de cada um, conforme à Lei. Vers. 21 No versículo 21 Ele repete a Promessa de que todo aquele que vencer por mérito receberá por prêmio a Graça de viver no ambiente de Deus. Do mesmo modo que Ele conquistou este direito. E, pela quarta vez, repete: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas”. Em outros termos: Quem tem já alguma compreensão e Fé na Sabedoria (“Espírito”) de Deus, ouça o que venho ditando ao Apóstolo João destinado a você que está lendo agora este livro do Apocalipse.

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Vamos, agora, ao Capítulo 4.

CAPÍTULO 4

A VISÃO DO TRONO DA MAJESTADE DIVINA: OS VINTE E QUATRO

ANCIÃOS E OS QUATRO ANIMAIS

Com estes “vinte e quatro anciãos” o Apóstolo simboliza o TEMPO como sendo um SER vivente proporcionado pelas vinte e quatro horas do dia. E representa a Inteligência que envolve a Terra desde o íntimo do núcleo de cada átomo até a imensa Onisciência de Deus. Nesta conjuntura é a SABEDORIA acumulada no âmbito do Planeta, do mesmo modo que as ciências acumuladas em um banco de dados de um computador. E assim esse imenso campo inteligente está sempre pronto a informar à mente do SER (seres divinos e seres humanos) quando este SER se coloca em sintonia com aquele campo. Pelos quatro animais simbólicos, o Apóstolo representa as faculdades inteligentes do espírito, as quais atuam em conexão com as faculdades da alma, e com as faculdades do corpo e/ou cérebro humano. Para melhor percepção do assunto devo lembrar que o nome “inteligência” retrata um movimento de forças que dão vida a seres viventes e a todas as coisas. E tal movimento estabelece campo ou campos de ação criativa ou transformativa dentro de uma disciplina necessária a cada fato ou coisa.

Nestes termos, sabemos que o núcleo de um átomo de hidrogênio possui em seu interior doze elementos (segundo recentes informações científicas) vibrantes que processam e emanam energias, formando um campo inteligente, isto é, um constante movimento disciplinado e fechado por altíssima velocidade giratória de sua periferia. E este campo inteligente se amplia com a conjugação do movimento giratório do seu único elétron. E dentro deste campo inteligente, porque é disciplinado pelas forças em giros velozes, estão as forças positivas, neutras e negativas que proporcionam a existência deste átomo de hidrogênio, o qual é o átomo número um nas ciências da física e da química, as quais utilizam inumeráveis outros átomos para a criação e transformação de bens utilitários para os homens. Portanto, as coisas têm inteligência em seu íntimo, Pelo mesmo princípio e/ou lei, as plantas, os seres pequeninos, os animais, os homens, os espíritos, as almas, os Anjos são proporcionados por um campo inteligente disciplinado. Individual. Por conseqüência, a coletividade, a soma de coisas e seres proporcionam os campos inteligentes que proporcionam o todo. Por este raciocínio é que entendo o relato à primeira vista esquisito quando São João escreve no versículo 13 do Capítulo 5: “E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre”. Hoje Eu sou um espírito, um pequeno universo inteligente ainda não purificado, e sou uma alma com um seu universo menos puro que o espírito, e sou um corpo menos puro que ela, ainda. Um dia chegarei a ser um universo individual puro, revestido de uma alma pura,

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para viver em local igualmente puro, conhecido por reino de Deus ou Céu, etc. Mas não quero dizer que estarei eternamente deitado em nuvem esplêndida, tocando violino no coro dos anjos. Não! Como Jesus Cristo e seus anjos estarei trabalhando sempre. Em virtude do fato que “Na Casa de meu Pai há muitas moradas”. E assim você, também. E todos nós que hoje estamos radicados no âmbito da Terra. Vers. 1 e 2 Vamos, então, aos versículos 1 e 2 deste Capítulo 4. Esta “porta aberta no céu” significa que São João era clarividente. Então, ele teve uma primeira visão do lugar que vai relatando. Depois seu espírito segue rapidamente em companhia do SER que o chamava e por aquele foi arrebatado, conforme relata no versículo 2: “E logo foi arrebatado em espírito”, começando a narrar o local e o SER que lá estava e tudo o mais que via e ouvia. Vers. 3 e 4 No versículo 4 ele descreve as figuras simbólicas dos vinte e quatro anciãos sobre os quais teci alguns esclarecimentos durante a interpretação do título deste capítulo. Devo, porém, comentar a frase: “e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro”. A simbologia deste versículo 4 oferece duas concepções que fundamentam a minha dissertação anterior. Primeira concepção: a Sabedoria imanente no Espaço e no Tempo coroa a cada hora do dia a Tudo e a Todos que se sintonizam com ela. A cada cabeça ela coroa com “coroas de ouro”. Segunda concepção: a cada dia o sol coroa as horas com sua refulgência dourada e veste as horas com vestidos de luz... E ele via Deus “E o que estava assentado no trono...”, sem descrever a forma física DELE.

Vers. 5 No versículo 5 o Apóstolo, ainda restringido pelas limitações de seu espírito e pela influência do corpo, enxerga aquele ambiente Divino tomado de natural espanto; e vê, ouve, sente a expansão das energias em atividade normal para os Seres habituados, porém fantásticas para ele. E assim narra os acontecimentos dali com a originalidade própria oferecida pelos seus recursos de entendimento. Por outro lado, sou mais de opinião que ele já tinha conhecimentos e compreensão suficientes para não se espantar. Neste caso, usou um dos recursos literários apropriados para nós, a fim de conseguirmos imaginar aqueles fatos com melhor originalidade; na figura de relâmpagos, trovões e vozes tonitruantes. Outrossim, sou de opinião que ao escrever: “e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus”, ele montou uma alegoria no estilo usado pelos Mestres esotéricos ou ocultistas. Mesmo porque é sabido que ele e os outros Apóstolos receberam muitos ensinamentos secretos de Jesus. Ensinamentos sobre os mistérios de Deus, e mesmo os dos homens. Mistérios que, em todos os tempos, foram dados a uma ínfima minoria de Mestres, e estes os têm retransmitido a pequeno número de “ iniciados” ( discípulos). Boa parte destas “ciências ocultas”, como têm sido nomeadas, a serem abertas apenas a discípulos privilegiados por dons desenvolvidos, hoje são ensinadas em qualquer Escola, desde o curso primário até ao curso superior. Enfim, todas as ciências que são ensinadas nas escolas, abertamente. As ciências religiosas registradas nos Livros Sagrados são ensinadas singelamente em todas as Igrejas e nas Escolas Filosóficas profanas. Todas as Filosofias profanas fundamentam-se, hoje, nas tais “ciências ocultas” e mesmo em boa parte do Velho e Novo Testamentos. São, porém, ensinamentos filosóficos mais direcionados

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para a formação moral (ética e estética) do espírito humano. Embora também sejam direcionados para a moral terrena, visto que as regras de comportamento ético e estético são as mesmas, tanto no mundo terreno quanto no mundo do espírito. Ressalve-se a natureza ambiental e a natureza física do homem e do espírito. Mesmo porque quem vive, na realidade, é o espírito. O corpo é apenas um aparelho valioso para a sua ( do espírito) manifestação durante os poucos anos em que ele está enlaçado na carne. Nesta conjuntura, a alegoria das “ lâmpadas de fogo que são os Sete Espíritos de Deus” significa que o Apóstolo via e sentia, extasiado, a magnificência dos poderes de Deus ali à sua frente. NO TA O número sete sempre tem sido usado em literatura religiosa e esotérica como símbolo de um número indefinido de coisas. Neste caso, Espírito simboliza poder ou poderes; força ou forças de Deus. Vers. 6 No versículo 6 ele descreve o ambiente em linguagem poética. O chão não era de terra nem pedras. Era local bastante vasto onde ele via milhões de anjos e almas, cujo chão onde estava o trono era “como um mar de vidro, semelhante ao cristal”. No versículo 3 o Apóstolo descreve apenas a aparência de Deus. Não descreve a forma -- e o motivo não sei explicar nem a mim mesmo. Descreve a aparência do que estava lá assentado ( não sentado): “Semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono e parecia semelhante à esmeralda”. Então, faz-nos vislumbrar um SER resplandecente, do qual as cores falavam dos Poderes que Ele emanava naquele momento. Sim, porque sabemos que cada cor e cada matiz reflete as potencialidades que estão ativas em seus Campos. Segundo medidas científicas, terrenas, um campo energético de cor

vermelha é constituído por núcleos atômicos que possuem um padrão vibratório de milhões de vibrações por segundo. Um campo de cor lilás alguns milhões a mais. Em suma, cada cor possui em seu campo eletromagnético x-vibrações por segundo, número que aumenta à medida que ela mostra matizes mais claros, até chegar ao branco cristalino em que a pureza é total.. Por conseguinte, o padrão vibratório é mais veloz. Apoiados em tais dados científicos, podemos concluir que esta descrição poética do Apóstolo, embora brilhante e agradável, só pode nos dar um pálido vislumbre a respeito da grandeza e beleza de Deus, ali à frente dos olhos do seu espírito. Voltemos ao versículo 6 onde ele narra: “E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás”. Em literatura profética e/ou teosófica, como é a deste caso, “animal” é metáfora de mentalização de natureza humana em atividade no ambiente descrito. Outrossim, “olhos” é metáfora de inteligência. Então, ele estará mencionando o fato de que naquele ambiente de mentalidade Divina fazia-se presente a atividade de mentalização inteligente provinda de mentes humanas e/ou de almas que passaram pela vida humana. NO TA E mostra que o pensamento cerebral não tem fronteiras, atinge até o Sétimo Céu. O que demonstra que as nossas preces chegam até lá. Facilmente. Ele se sintonizou mais facilmente com essas almas em virtude de sua situação de espírito ainda enlaçado por um corpo humano. Observemos que na maior parte dos versículos dos textos é Jesus Cristo quem fala com ele. Jesus Cristo passou pela carne e, por conseqüência, foi dotado de energias humanas interligadas às energias divinas. E

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disto Ele faz constantes menções pelos textos do Apóstolo. Mormente quando Ele é citado como “o rei de Judá”, “Raiz de Davi”. E, no versículo 9 do Capítulo 22, Ele diz: “... porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas...” Vers. 7 No versículo 7 ele está se referindo a essa mentalização de natureza animal que é derivada dos instintos humanos. NO TA Entendo que o instinto é uma partícula da inteligência, concretizada pela soma de muitas experiências e inserida perenemente nos dispositivos da memória da alma. E, por conseqüência, inserida na memória cerebral do homem. Tanto o instinto bom, quanto o instinto mau. Por isso, é dificílimo destruir ou extinguir os instintos maus que pontificam na memória da alma. E é difícil transmudar na memória do cérebro. Por isso, o espírito leva milhares de anos para vencer no caminho da evolução. Assim, entendo que o Apóstolo está falando dos instintos transmitidos, ou melhor, sublimados, que ele vê e sente naquele ambiente. E os figura pelo animal carnívoro, o leão; pelo animal herbívoro, o bezerro; pelo homem , rei dos animais, porém dotado dos instintos dos outros; e pela ave de rapina, a águia. Depois ele descreve-os, dizendo que cada um tem “seis asas”. Com estas seis asas ele está enumerando as seis capacidades fundamentais do espírito para sentir o seu íntimo e para sentir o exterior. Tanto quando encarnado quanto quando desencarnado. Estas seis asas são os seis sentidos fundamentais: O primeiro sentido é a Inteligência, a qual possui a capacidade de interpretar a sua própria atividade e sentir e interpretar os desejos dos outros cinco sentidos que a

auxiliam no chamado “instinto de conservação da vida”. Os quais conhecemos por: sentido da visão, da audição, do olfato, do paladar e do tato. Alguns teosofistas alegam que o espírito humano é constituído por seis almas interpostas, que proporcionam a manifestação dele no mundo, ou céu, ou círculo, ou esfera ( nomes convencionados por Igrejas ou Escolas teosóficas para situar locais apropriados à situação do espírito, ou, onde ele fica radicado temporariamente). Nestes termos, o espírito é um pequenino universo radicado em um dos inumeráveis universos que compõem o Universo infinito. Semelhantemente à Terra, que é um universo pertencente ao universo do sistema solar, o qual pertence à galáxia Via Láctea, que por sua vez é um universo em relação aos de outras galáxias – até ao infinito ou ao desconhecido.

Da mesma forma, cada a alma é um campo energético particular em atividade, conjugada com as outras cinco no homem. Por esta concepção, a estrutura toda do corpo denso do homem é uma alma, ou forma, vista e ponderada por mim, e por você.

Partindo deste fato conhecido é que se torna possível raciocinar sobre o restante.

Pois bem. Dizem ainda mais os mencionados teosofistas -- entenda-se “ teosofia” por “sabedoria das coisas de Deus”. Não estou falando de sectários desta ou daquela Escola Religiosa; dizem eles que cada alma possui um padrão vibratório correspondente ao “céu” ou “círculo” em que vive ou viverá nas ocasiões oportunas.

Nele, o espírito tem o direito ou o mérito de viver, na conformidade de seu grau de evolução moral, ou valor moral.

Tais “céus” ou “mundos” são imensas camadas de energias a cada passo mais quintessenciadas, em camadas circulares semelhantes ao que enxergamos ao olhar para um arco-íris.

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Então, cada uma também tem as cores principais e muitos matizes, à semelhança do arco-íris. Cada cor e cada matiz mostra-nos o poder energético de cada faixa ou camada. Cada círculo é a periferia de uma esfera que atua com suas forças ou poderes interligados como um todo dentro de uma esfera máxima que, também, se expande em atuação concêntrica do planeta, até a um perímetro máximo, após o qual as energias da Terra não têm atuação. Então, estes seis “céus”, considerando-se o planeta denso como o primeiro deles, convivem em esferas concêntricas, possuindo a existência de energia pura em convivência com as menos puras, ou que podemos considerar degradadas. Nessas conjunturas, o sexto “céu” é o sexto círculo constituído por energias quintessenciadas emanadas da Terra, “círculo” pertencente ao âmbito da Terra, entretanto bem condicionado a se casar, ou se batizar com a energia pura, absolutamente pura que vem de Deus. Assim sendo, é o “céu” que acolhe o espírito humano purificado, o anjo que conquista o reino de Deus. E estará e verá o trono de Deus como esteve, viu e ouviu o Apóstolo João Evangelista.

Outrossim, devo acrescentar que, à medida que a alma se vai aperfeiçoando vai descartando as suas energias mais densas (densidade relativa ao corpo terreno) e vai tendo o direito, ou o mérito, de viver em um círculo mais sutil, condizente com suas energias ou o padrão vibratório do seu campo energético. À semelhança de um balão que vai alcançando as faixas mais leves da atmosfera, conforme a capacidade do ar quente produzido pelo fogo da tocha. Se o prezado leitor meditar profundamente sobre o balão e sua viagem em demanda do espaço, compreenderá os mistérios da vida do espírito, da alma e do corpo em demanda da evolução para atingir o Paraíso. O paraíso do progresso e da

alegria na Terra e o Paraíso da felicidade nos “céus”. Devemos lembrar que a Terra flutua nos céus. Portanto, está no Paraíso e é paraíso. Por conseqüência, eu e você estamos no Paraíso – e no paraíso. Depende de cada um saber utilizar as virtudes da inteligência e do sentimento para usufruir dos bens que Deus sempre tem colocado à nossa disposição. É disto que Jesus nos fala, através do Apóstolo João, e através de todos os Profetas. Acredito que esta exposição ampliará os horizontes da sua compreensão a tudo o que o Apóstolo escreveu no Apocalipse, o qual tem conexão com todos os textos bíblicos. Estarei oferecendo pouco no que tange à grandiosidade da obra dele, mas este pouco derivado do meu conhecimento limitado, tenho a certeza, ser-lhe-á de utilidade. Estou certo de que, se não beneficiar, não lhe prejudicará... Vers. 8 Continuando, no versículo 8 ele relata: “estavam cheios de olhos; e, ao redor, e por dentro...” E, no versículo 6 ele escreve: “por diante e por detrás”. E, ainda, que os quatro animais estavam “no meio do trono, e ao redor do trono”, “e não descansavam nem de dia nem de noite”. Por estas frases ele vem confirmar que naquele ambiente vibravam pensamentos, ondas ou raios de pensamentos humanos (“animais”); pensamentos ou inteligências (“olhos”) que enxergava, ouvia e sentia. Não se tratava de monstros fantásticos como a descrição faz supor através do simbolismo. Aproveitando a oportunidade quero voltar ao simbolismo das “seis asas” para antecipar uma parte da interpretação do número simbólico “de um homem”, “que é o número da besta, que subiu da terra” ( vide

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versículo 18 do Capítulo 13); “cujo número é 666”.

A “águia voando” simboliza o pensamento, o qual voa celeremente pelo espaço, com o vigor das asas da águia. O pensamento é filho da Inteligência. A função dele é a função de pensar, isto é, ligar, disciplinar a atividade criativa dela e transmitir esta atividade criativa para o exterior da mente, em direção de outrem. Então, a Inteligência é a águia. O pensamento é o coordenador das idéias que serão manifestadas por frases, sentenças e períodos gramaticais. Por palavras faladas e por palavras escritas, e por imagens, e por atitudes. Nestas condições, as “seis asas”, os seis sentidos mencionados antes geram todas as atividades e estados do ser. Do homem, e do espírito, e da alma. E representam também os seis centros vitais (chacras) que são: centro cerebral; centro laríngio; centro cardíaco; centro esplênico; centro gástrico; e centro genésico. Sobre os quais Francisco C. Xavier, psicografando André Luiz, dá-nos noção magistral nas páginas vinte e sete e quarenta e três do livro “Evolução em dois Mundos”.

Algum ou alguns mestres em Teosofia convencionaram que o número 6 é o número do homem, ou “de um homem” como escreve o Apóstolo. Considerando que os seis sentidos são atributos naturais da mente do homem, são atributos também do espírito, e também da alma. Portanto, é seis, e seis, e seis; o que o Apóstolo mandou calcular, o que é o mesmo que racionar: 6-6-6. Por conclusão: este 666 é um número cabalístico envolvendo ampla aplicação em textos escritos e em discursos para dar maior eloqüência ao que se deseje informar. O Apóstolo finaliza o versículo 8 informando que os quatro animais, sem descanso “de dia e de noite”, o que vale

dizer, a todos os segundos que, somados, perfazem a eternidade, terão estado a louvar o Criador de todos os seres e de todas as Coisas. Vers. 9, 10 e 11 Nos versículos 9 e 10 ele completa a informação mencionando a louvação por parte dos vinte e quatro anciões, os quais, segundo mencionado atrás, montam uma alegoria retratando as vinte e quatro horas do dia. Portanto, retratando a Eternidade. Então, no íntimo de toda esta expressão alegórica o Apóstolo está nos levando a sentir e compreender que o TODO INTELIGENTE, tanto em estado quanto em atividade, terá estado a louvar o Criador, nosso Deus, em todo o âmbito da Terra. A cada segundo. Em todos os tempos. Em louvação natural, harmônica, não obstante existam os contrastes, os quais classificamos por: o Bem e o Mal, as Virtudes e os Vícios. Ele não estará dizendo, com isto, que eu e você somos obrigados a passar cada segundo de nossa existência ajoelhados a louvar a Deus. Mesmo porque ELE não tem a mínima necessidade de nosso louvor para manter a felicidade Dele. ELE não exige, absolutamente, a nossa louvação. Eu e você, sim, necessitamos louvá-lo, ao menos de vez em quando. E quando O louvamos com sentimento de gratidão por tantas benesses que nos prodigaliza, de um modo natural, sem que entendamos como e por que passamos a usufruir dos bens e das belezas que estão sempre ao nosso redor. Assim ocorre sempre quando oramos, quando trabalhamos em serviços úteis, quando nos divertimos em diversões singelas. Em serviços e em diversões que não venham a causar degeneração de nossas virtudes, e não venham a causar o recrudescimento de nossos males físicos e mentais.

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Onde estejamos, e onde passemos estão o Bem e a Beleza doados por Deus. E, também, o bem e a beleza proporcionados pelos homens. Nosso mundo está sempre fantasiado por bens e belezas. E está sempre fantasiado por males e feiúras. Depende de mim, depende de você, escolher entre olhar para as belezas dos céus ou para a lama da terra. Depende de nós saber usufruir ou querer sofrer. É inegável, indiscutível que em nossa vida humana estamos sujeitos a sofrer hostilidades da Natureza e hostilidades vindas dos seres. Principalmente dos nossos semelhantes. Do nosso próximo. Evitar ou diminuir o sofrimento, porém, depende de nossa habilidade, esforço, inteligência. Para isto é interessante a máxima do filósofo chinês Lin Yutang: “A felicidade consiste na soma constante de pequenas alegrias”. Ora, é uma verdade o fato de que eu não posso ser feliz vinte e quatro horas por dia ou 1.440 minutos por dia, e muito menos possíveis setenta anos da minha vida. E, quiçá, por muitos anos que minha alma estará no Além. Mas, por atitude inteligente posso arrefecer a ação dos males e fortalecer a ação dos bens. Entretanto, conhecendo meus valores intrínsecos, conheço minhas forças e minhas fragilidades. E sei que, em certas ocasiões, minhas forças arrefecem e as fragilidades crescem. Nesses momentos a oração a Deus ou a Jesus Cristo, oração dotada de prece (petição) e louvores põe-me em sintonia com Eles, e Deles tenho recebido saudáveis milagres. Este é o meu critério de fé – ou dogma de fé cristã, que me tem trazido grandes bênçãos. Dogma implícito na sentença de Jesus: “Orai e vigiai...”

CAPÍTULO 5

O LIVRO SELADO COM SETE SELOS

SOMENTE O CORDEIRO É DIGNO DE ABRI-LO

Vers. 1 No primeiro versículo o Apóstolo escreve dizendo que Deus estava com um livro na mão direita, no qual estava “escrito por dentro e por fora, selado com sete selos”. Em sentido literal este item é muito estranho. Contraditório. Não é? Existe algum livro escrito por dentro e por fora? Principalmente se o seu conteúdo é tão secreto? Lacrado, selado, para não ser aberto? Isto se resolve por uma interpretação esotérica, isto é, pelo sentido oculto. T rata-se do LIVRO DA VIDA DO PLANETA TERRA, com todos os SERES que vivem dentro do âmbito da Terra, nos SETE CÉUS que pertencem a ela, conforme expliquei páginas atrás, com referência aos versículos números 7 e 8 do capítulo 4, onde não mencionei o sétimo céu, o qual é o círculo do Mundo Divino – que é a morada dos Anjos e dos Espíritos Perfeitos, aqueles que conquistaram a Perfeição pelos caminhos da Evolução, cujos Seres têm o privilégio de “ver a face de Deus”. Creio que a este círculo, o sétimo céu ou sétimo círculo, é que São João foi levado em espírito, conforme ele escreveu no segundo versículo do capítulo 4. Mestres em Teosofia e Teologia alegam a existência de um oitavo céu, que é a Morada de Deus, o qual Céu estará além da fronteira da Terra. Para mim, porém, tal notícia eu deixo no âmbito da especulação para não me confundir e, muito menos, confundir a outrem.

É fundamental atentarmos para o fato de que a Bíblia, com os Velho e Novo Testamentos, só nos informa a respeito de seres e coisas que se situam no âmbito do Planeta Terra.

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Já é difícil para nossa Humanidade conhecer tudo a respeito do homem e mesmo dos animais, aves, peixes, etc. E muito mais difícil é conhecer sobre a vida do espírito humano e de seus mundos invisíveis para nós. Dos quais recebemos informações precárias, principalmente pelo fato de os nossos seis sentidos terem capacidade muito limitada para penetrar nos universos e nas dimensões que, assim, são invisíveis e insensíveis para nós. Para mim é importante saber com certeza, com fé, que Deus está sempre junto de mim e em mim – como Jesus afiançou nos Evangelhos e no Livro do Apocalipse. E com a certeza de que “um dia” eu verei a face de Deus e terei o mérito e a Graça de morar no Seu Reino exclusivo. Digo exclusivo pelo fato de compreender que o âmbito da Terra sempre terá sido parte do Seu Reino. Se terei o direito de mudar, ou mesmo de visitar outros planetas deste sistema solar, ou desta galáxia, ou de outras galáxias; em breve futuro, ou em futuro distante – nada estará me excitando agora. Nem mesmo chega a excitar a minha curiosidade muito humana... Pois bem. Jesus fala e repete várias vezes do “ livro da vida”, da “árvore da vida”. Eu sou, estou, e tenho o meu “livro da vida”. Você também. Nós todos que vivemos no âmbito da Terra, também. Portanto, eu sou uma “página do Livro da Vida”. No livro que sou e estou registra-se todo o meu passado desde o momento em que nasci da essência e da forma que perfaz o espírito humano. Neste meu livro, que também é chamado por memória, preliminarmente estão registrados os meus destinos imutáveis determinados pelas Leis do meu Criador. Com o passar do tempo têm sido e serão registrados os destinos mutáveis que terão sido ocasionados pelas circunstâncias imprevistas.

O primeiro destino imutável é a minha imortalidade.

O segundo é a mortalidade de meus corpos densos, ou humanos.

O terceiro é o das ressurreições intermitentes. Ora no mundo da carne, ora no mundo do espírito. E assim vai havendo uma sucessão de registros de destinos imutáveis e mutáveis, que podemos classificar em conformidade com o conhecimento do assunto. Do mesmo modo que eu tenho o meu livro da vida onde terão sido registrados os meus destinos e a minha história, o Planeta Terra tem o seu Livro da Vida onde terão sido registrados os seus destinos e a sua história. É deste Livro que o Apóstolo fala neste primeiro versículo do capítulo 5. O “escrito por dentro” são os acontecimentos previstos, que sucederão. E o “escrito por fora” são os acontecimentos que já sucederam. As profecias são reportagens de destinos fixos ou fixados por Deus e Sua Hierarquia, e reportagens de destinos mutáveis que vão se sucedendo por força das circunstâncias ocasionais. Desse Livro da Vida é que Jesus foi achado digno de abrir, de conhecer os segredos, ou mistérios para nós, e nos informar de alguns deles. Tanto no Apocalipse quanto nos Evangelhos, pois no Apocalipse (Revelação) Ele revela uma série de fatos e/ou realidades que deixou implícitos nos Evangelhos. Da mesma forma que Ele revelou uma série de fatos que estão implícitos nos textos do Velho Testamento. Todas essas revelações correm paralelas com todas as Ciências humanas, pois que elas fazem parte do Livro da Vida. Cujo Livro da Vida, e o meu, e o seu livro da vida já estavam minuciosamente planejados por Deus antes da criação deste nosso mundo. Eu e você podemos nos vangloriar pelo privilégio de ser uma página desse

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Livro. Por sermos criaturas ou filhos de Deus. Vers. 2 ao 14 Ante o exposto, estou certo de que você estará apto a compreender adequadamente o que o Apóstolo escreve, do versículo 2 até o versículo 14. Ao mesmo tempo terá aptidão para entender boa parte do Apocalipse e dos Evangelhos. Digo isto me dirigindo aos leitores leigos nos assuntos dos textos.

Outrossim, devo lembrar ao leitor: quando o Apóstolo fala sobre a “árvore da vida”, a interpretação deve ser correspondente à interpretação deste “Livro” e deste “ livro” meu, e o seu. Raciocinando: eu sou uma árvore da vida. A Terra é uma árvore da Vida. Deus é o Criador destas árvores. Jesus é o Agricultor. Da mesma forma raciocinarei quando ele fala da “água da vida”. A “ÁGUA DA VIDA” são as energias criadoras emanadas de Deus. Jesus Cristo é o Aguadeiro. Eu sou o cantil que Ele supre enquanto caminho por campos, matas, e desertos. Outrossim, devo lembrar e confessar ao leitor que minha intenção de oferecer as interpretações escritas neste livro provém do desejo de distribuir alguma parte dos conhecimentos que a mim têm sido concedidos por mérito de esforços e, mais, por Graça de Deus. E com a intenção de dar do meu pouco conhecimento para o leitor leigo no assunto, mas desejoso de conhecer. E, também, oferecer aos leitores que conhecem estes assuntos, tanto quanto ou bem mais do que eu. Para eles, este livro terá a utilidade de lembrete e de recreação. O que vale a pena, não é? Devo confessar que, dentro da minha mediocridade, e nisto sou bastante sincero, sinto um orgulho saudável de realizar este trabalho. E estou certo de que este orgulho crescerá quando receber elogios sinceros de

alguns leitores. E mais orgulhoso ainda quando receber contestações, mormente as mais severas que poderão ser proporcionadas por eruditos nestes conhecimentos.

Tais contestações, se de um lado anularão os meus conceitos e propósitos, por outro lado incentivarão o cultivo e o florescimento desta obra do Apóstolo João.

Obra mater da Revelação, ditada por Jesus, o Cristo ressuscitado, ao Apóstolo.

Mas, que tem sido relegada, deixada no ostracismo.

Embora não relegada completamente, porém, precariamente interpretada em livros e filmes apresentando figurações ficciosas e aterrorizantes, muito ao paladar dos que adoram o misticismo.

E, por conseqüência, satisfazem os interesses imediatos de riqueza e fama dos que vendem tais obras de ficção aterradora.

Por este estudo será dado a compreender que as causas e efeitos de malignidade real derivam de cada ser, isto é, de cada alma, de cada pessoa, de cada cérebro.

Por conseqüência, deriva da soma de pessoas, grupos, comunidades de Nações.

Os abalos provocados pela Natureza, se motivaram o recrudescer de sofrimentos e angústias, na realidade são bem menos sinistros do que os abalos provocados em cada mente ou cérebro em todos os dias...

Pois bem. Outrossim, devo confessar que meu critério em apresentar este trabalho interpretativo tem por função, apenas, oferecer subsídios para aqueles que desejam começar a compreender melhor os textos do Apóstolo.

Cada leitor tem o livre-arbítrio de usá-lo na conformidade de seu gosto.

O leitor, porém, conseguirá maior e melhor aproveitamento se se decidir escrever interpretação própria para si e para outrem.

O erudito deve usar a sua experiência e habilidade para oferecer suas próprias interpretações a outrem – no papel, ou no discurso. Pois, os textos do Apóstolo

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são um pequeno frasco de essência mental capacitada a produzir muitas medidas de fragrâncias mentais diversificadas para satisfazer as mentalidades e os gostos – de mestres e de aprendizes. Continuando, acho por bem opinar sobre o escrito no versículo 5 a respeito das figuras “O Leão da tribo de Judá”, “a raiz de Davi”. Estas figuras são cognomes de Jesus Cristo. E, também, o “Cordeiro” mencionado nos vers. 6 e 8. Portanto, ele está relatando a presença de Jesus. Aquele que foi morto na carne mas vive em Espírito (“como havendo sido morto”). E ali estava dotado de grande poder – “sete pontas”—e grande sabedoria – “sete olhos”. O qual e a qual são todos ( “sete”) os Poderes (“Espíritos”) de Deus, “enviados a toda a terra”. A sentença do versículo 8: “ tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” leva-me a compreender que Jesus ( o “Cordeiro”) – o Manso no holocausto da carne, -- não era o candidato único para aumentar sua Autoridade, e para receber a Dignidade do cargo que o “ livro” exigia.

Deus, porém, ali contava com os votos dos “santos”, os quais diariamente (“vinte e quatro anciãos” ou vinte e quatro horas de cada dia), rendiam graças a Ele.

Eu e você perguntamos: quem são estes santos com “s” minúsculo a quem o Apóstolo se refere?

Se fossem os Santos com “S” maiúsculo, ele estaria se referindo apenas aos Seres celestiais, os quais desconhecemos. E, quiçá, também aos Santos da Terra, que lhe rendiam graças desde o Gênese até ao ano 90 d.C.

Raciocinando com o apoio da intuição e do instinto, minha inteligência é de opinião que estas “orações dos santos” eram a soma dos votos freqüentes emitidos por todos os Seres celestiais e todos os homens da Terra, e de todas as almas da Terra, sem distinção, através de

pensamentos e palavras de louvor e de agradecimento. Apoiados nas narrações do Apóstolo ficamos cientes de que os pensamentos e as palavras; as palavras que são pensamentos audíveis para nós, permanecem vivas nos espaços. Da mesma forma que eles e elas permanecem vivos em um livro. Deus que tudo vê e tudo sabe, naquele momento, conhecia o Poder peculiar de Jesus e a sua capacidade de galvanizar multidões de fiéis. De “comprar almas para Deus”. E o tal número e peso de votos dos fiéis eram provas incontestáveis do seu valor e de sua capacidade. Isto pode ser verificado por um pálido exemplo de uma eleição de um presidente de um País ou um governador de Estado. Nestes termos, minha opinião é reforçada pelo que ele escreve nos versículos 9 e 10: “porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nações”. “E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra.” Por estes “reis e sacerdotes” ele está se referindo a todos os homens (e/ou almas) dignos, civilizados de fato e de direito. Todos altamente capacitados a se comportar dignamente em todo o Universo da Terra. A se comportar com a dignidade condicionada pela essência dos DEZ MANDAMENTOS DE DEUS e pelos DOIS MANDAMENTOS ÁUREOS DE JESUS, O CRISTO DE DEUS: REGENTE das almas e dos homens. Esses bilhões de almas que povoam o âmbito da terra, espalhadas pelos “sete céus”. “Cujo número é como as areias do mar que ninguém pode contar.” Esse número que o Apóstolo menciona por “milhões de milhões, e milhares de milhares”. ( NOTA no versículo 11). Finalizando este Capítulo 5, no versículo 14 o Apóstolo nos leva a sentir e compreender toda a grandeza, toda a

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majestade da Onisciência, Onipotência e Onipresença de DEUS , subordinando a VIDA em atividade constante no ESPAÇO que configura por âmbito da Terra e subordinando o TEMPO – o qual é impassível em se considerando a Eternidade de Deus. O TEMPO que rege os nossos tempos medidos pela limitação da inteligência humana. Isto é: medidos por convenção matemática pelo movimento da Terra em relação ao sol. Assim, o simbolismo poético do Apóstolo “os vinte e quatro anciãos”, isto é: as vinte e quatro horas do dia, coroadas pelo sol, prostram-se obedientes e respeitosas, subordinando-se à VONTADE do Criador em perene adoração, levando a ELE, em oferenda, todas as belezas e bondade que DELE provêm e a ELE retornam em constantes transformações elaboradas por Arcanjos, Anjos, almas e homens. Nesta conjuntura, a Terra é semelhante a um altar imenso, esplendoroso, prodigioso, aonde devemos e podemos levar em oferenda a Deus as nossas virtudes já conquistadas e o sacrifício de nossos defeitos para que pelos nossos poucos méritos e premiados com as Graças Dele conquistemos aos poucos o Paraíso prometido por ELE e por Jesus.

CAPÍTULO 6

A ABERTURA DOS PRIMEIROS SEIS SELOS

Neste capítulo o Apóstolo fala-nos a

respeito do nascimento do espírito humano e da sua evolução através do corpo humano no ambiente da Terra.

Então, sujeito às limitações da carne estará subordinado às alegrias e às angústias que eu e você conhecemos muito bem pelas nossas experiências, até a ressurreição dos “mortos” que o Apóstolo cita nos versículos 9 até ao 11.

No meu entendimento, interpreto-o assim a partir do versículo 2. NO TA – “Cavalo”: símbolo de força e de poder. “Branco”: símbolo de pureza e, neste caso, símbolo de inocência. “Arco”: para este caso tomo o “arco” como imagem de circuito de energias inteligentes, atuando em círculo e/ou em qualquer outra figura geométrica em circuito fechado. Não se trata de arco para atirar flechas como parece à primeira vista. Vers. 1 a 3. – No primeiro versículo ele está mencionando que recebeu da voz da sua inteligência racional ( “animal”) a ciência ou conhecimento do vir a ser do espírito, alma, e corpo humano que ele vai figurando por imagens simbólicas de amplo efeito. Ciência que eu e você temos assimilado por força de ensinamentos bíblicos e ensinamentos profanos. Então, no versículo 2 ele está fazendo uma referência a uma Lei da criação que rege o vir a ser, o nascimento do espírito no contexto individual. O “cavalo branco” representa a alma ao nascer – um poder inteligente (“cavalo”) -- simples, pura, inocente ( “branco”). Ao mesmo tempo nasce o espírito ( “o que está assentado sobre ele”) . Ele não está sentado. Está assentado. E “sobre ele tinha um arco”: isto é, uma espécie de cinta energética muito potente agindo sempre em circuito fechado. Observe que ele não diz que o “arco” está na mão do cavaleiro. Como ele está falando de espírito humano, está dando um subsídio, mais um lembrete de que se trata do corpo original do espírito. E o mesmo acontecerá sempre quando o espírito assenta-se no corpo denso – o corpo humano, do qual ele fala no versículo 4. Estamos bem informados de que quando uma pessoa clarividente enxerga um espírito, seja ele do grau de elevação que for, esta pessoa enxerga um campo colorido

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luminoso que envolve o corpo dele, como um arco-íris. É um campo magnético inteligente, ao qual é dado o nome de aura. Esta aura é a fímbria, o “arco” mencionado pelo Apóstolo. Digo que é o perímetro luminoso que se estende um pouco além da forma ou corpo da alma. O mesmo é visto ao redor do homem. Pois que este corpo dela é visto pelo clarividente como uma figura iluminada por dentro pela luz irradiante do espírito.

A luz do espírito é que projeta essa aura.

Para dar uma imagem pobre deste fato, para exemplificar, tomo um eclipse total do Sol, naquele momento em que aparece um arco iluminado envolvendo a sombra projetada pela Terra. Nesse momento, a sombra da Terra está “assentada” sobre o Sol. O Profeta Ezequiel faz uma descrição mais pormenorizada, embora ainda sumária, e complicada pelo simbolismo que era obrigado a aplicar, quando teve a visão dos Anjos às margens do Rio Quebar. Esta descrição o leitor encontrará no Capítulo 1 do Livro de Ezequiel. Por ela você terá uma visão mais ampla do que a descrita por mim. -- Por conexão das duas você me entenderá melhor. Se você tiver uma pessoa vidente conhecida, esta explicará com mais minúcias. Ele diz ainda: “e foi-lhe dada uma coroa e saiu vitorioso, e para vencer”. Esta “coroa” representa uma Lei de Deus; lei de efeito eterno, ou cláusula eterna que Ele promete a todo espírito humano. Isto é: a Lei da Evolução por reencarnações intermitentes. Ou vidas sucessivas na carne. E Ele determina e cumpre, indiscutivelmente, à risca. Essa cláusula do contrato que o PAI faz com os seus filhos é extensa. Menciono abaixo o que julgo o principal:

Cada espírito deverá nascer puro e inocente. Puro no Sentimento. Inocente na Inteligência.

Daí por diante será um aprendiz a passar pela Terra sob as Leis e circunstâncias do ambiente em que se situar nos seus momentos e seus tempos. Até chegar à Perfeição relativa da Inteligência e do Sentimento. Em relação a DEUS é um semideus, ou um deus, ou Anjo – em formação. Este princípio está asseverado por Jesus quando afirmou”: “Sois deuses”. (Vide Capítulo 10, versículo 34 do Evangelho de São João). Cada espírito e todos os espíritos, sem uma única exceção, passará e passarão, por intermitentes, vidas em corpos terrenos por virtude dos quais corpos assimilará melhor conhecimento, melhor experiência, maior sensibilidade; relacionando as Leis e circunstâncias da Vida existentes nos locais de natureza energética mais densa e nos locais menos densos, até alcançar o mérito de viver e conviver nos locais onde a natureza energética é das mais sutis.

--Prezado leitor. Creio que esta súmula é suficiente para o seu entendimento deste versículo do Apóstolo. Somando você alguns esclarecimentos que lhe apresentei nos capítulos anteriores, mais os conhecimentos que você já possui, e outros mais que encontrará na Bíblia e em outros livros, e informações verbais, estará capacitado para compreender este versículo e os demais que vêm a seguir.

Pelo exposto, torna-se claro o que o Apóstolo escreve: “e saiu vitorioso, e para vencer”.

Isto é: em sua essência o espírito É um ser vivente dotado com atributos de Deus, o Pai; e É imortal.

Portanto, já nasceu: “saiu vitorioso”.

Terá, porém, que vencer a sua imperfeição pelos caminhos da evolução até conquistar a Perfeição moral e física

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determinada pelas cláusulas e regras proporcionadas por Deus, o Criador.

Por força do aperfeiçoamento moral e físico cada espírito vai adquirindo maior poder, e maior grau de felicidade, ao mesmo tempo em que irá vivendo e convivendo em mundos (locais) onde a natureza é mais propícia – em relação à vida corporal na face da Terra. Vers. 4 No versículo 4 ele está falando do espírito assentado (encarnado) em corpo humano. O segundo “animal” é, também, figura simbólica do raciocínio do Apóstolo. “Cavalo vermelho”: poder do sangue, poder da carne, poder do corpo humano. “e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra e que se matassem uns aos outros”. Com estas sentenças ele está notificando os fatos bastante conhecidos por mim e por você em nossa vida na Terra. O espírito anima o corpo. Sua natureza é pacífica e a sua mente é ajustada à obediência das Leis Divinas. O corpo, porém, e principalmente o cérebro, possui uma natureza conflituosa e muito pouco ajustada à obediência necessária às Leis Divinas. Então, o cérebro humano tem o livre arbítrio de “ tirar a paz” e de “matar”. O cérebro tem natureza violenta e se descontrola com facilidade. Nesse transe da vida do espírito assentado no corpo, ou encarnado, ele perde muito da capacidade de governar a mente cerebral – a qual comete todo o tipo de desatinos que eu e você conhecemos muito bem. Não é? Quando eu ou você cometemos erros, delitos, pecados, sofremos a condenação, do nosso espírito. Essa condenação a que chamamos “voz da consciência”. A frase do Apóstolo: “ ... que tirasse a paz da terra” tem significado global. Todo e qualquer comportamento mau ou injusto de uma pessoa tirará a paz do

seu espírito, da sua alma, do seu cérebro, do seu corpo. E poderá tirar a paz de um grupo de pessoas ao seu redor; e conforme as circunstâncias, t irar a paz de uma comunidade, de uma Nação, e do Mundo todo. Daí surgem os conflitos entre duas pessoas, e na família, e na comunidade, e na Nação, e no Mundo – pela soma dos maus comportamentos: amoralidade, imoralidade e seus derivados.

Tudo isto fica evidente a mim e a você quando analisamos as brigas, as discussões, até as guerras que têm avassalado o Mundo: ( “que tirasse a paz da terra”).

Outrossim, em sentido apenas psíquico, podemos interpretar essa frase com o fato de que os pensamentos e atos injustos ou maus de uma pessoa podem tirar a paz desta pessoa e de outrem, e do ambiente. Isto pelo fato de se considerar que os pensamentos e atitudes, injustos ou maus, enfraquecem as virtudes (“matam as virtudes”). Por esta exposição esclareço o que o Apóstolo escreve: “e que se matassem uns aos outros”. Este “matassem”, pela minha exposição, envolve o matar físico e o matar psíquico. Finalizando o período deste versículo 4 ele escreve: “e foi-lhe dada uma grande espada”. Por esta “grande espada” eu entendo que foi dada ao espírito uma grande capacidade de inteligência, de raciocínio, de justiça ou julgamento. À guisa de raciocínio criativo ainda podemos considerar essa faculdade de matar (“que se matassem”), pela faculdade que eu e você possuímos de transformar qualquer coisa, tanto psíquica quanto física. Tanto coisas boas, quanto coisas ruins. Por exemplo: quando um ferreiro transforma uma barrinha de ferro em uma ferradura, ele mata a figura da barrinha e faz nascer a figura da ferradura.

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No caso psíquico de eu decidir, de um modo terminante, jamais dizer uma mentira, só a verdade, em qualquer circunstância, até o último minuto da minha vida, e cumprir esta decisão à risca, eu terei “matado” o meu defeito de mentir. Terei matado o defeito de mentir e feito nascer a virtude de só falar a verdade... No versículo 5 e no versículo 6 ele fala do terceiro cavalo simbólico, o “cavalo preto”. NO TA Acho estranho que na redação do versículo 1 e no versículo 3, ele escreve que ouviu a voz de um dos animais. Vers. 5 No versículo 5 ele escreve: “ouvi dizer ao terceiro animal”. Com esta afirmação ele nos faz sentir que a mensagem é dirigida mais especificamente à mentalidade cerebral do homem, ou pessoa. Para conscientizá-lo com mais vigor da necessidade da aplicação da justiça no ambiente terreno. Não obstante a mensagem seja uma lição, também, para a mente do espírito e para a mente da alma. Volvendo ao esclarecimento que dei no início deste capítulo, devo ampliar esse esclarecimento para que você sinta e visualize as imagens com melhor percepção. Em primeiro lugar devo repetir a existência de um fato que qualquer psicanalista, seja ele religioso ou ateu, conhece. Isto é: a mente do espírito possui uma natureza íntima distinta, elemental, ou essencial. Queira entender elemental por composição de elementos eletromagnéticos, e outros não especificados. A mente da alma é de natureza mais adensada, digamos: fluídica e/ou substancial. Seu corpo é proporcionado pelas energias da atmosfera. A mente do corpo (ou cérebro) é de natureza material, portanto, mais densa do que a da alma.

Portanto, é a esta mente cerebral (“animal”, “ terceiro animal”) que o Apóstolo está-se dirigindo ao redigir “ao”. Sei que é um tanto difícil para o leitor leigo compreender ( entender comigo) essa disparidade que existe entre as três mentalidades, o que devo me esforçar mais para esclarecer:

• O espírito (o meu e o seu) nasceu puro e inocente. A alma também, e ao mesmo tempo.

• Desconhecemos a idade dele, a qual pode ser de centenas, milhares de anos.

• Nesta conjuntura, ele é bastante sábio ou bastante experiente.

• A alma, porém, não o acompanha na assimilação e na utilização de toda a experiência dele.

• O cérebro humano, muito menos, em virtude de nascer virgem, e o corpo subsistir por pouco tempo. Pois que sua capacidade cíclica de existência é da ordem de setenta anos. Poucas pessoas ultrapassam esta idade.

• Portanto, existência considerada por máximo de uma geração.

• Nestes termos, um tanto empiricamente, podemos afirmar que a cada geração de setenta anos a Humanidade é substituída quase totalmente.

• Não obstante ela vá crescendo conforme às estatísticas demográficas.

• Pois bem. Estou dizendo que as três mentes que se situam no homem possuem vontade, desejos e capacidades de mentalização distintas.

• Que o espírito é sábio; a alma menos sábia e o cérebro ou corpo material é ainda menos sábio.

• Por esta razão existe a propalada “ luta entre o espírito e o corpo”,

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conforme verificamos nos textos bíblicos. Principalmente no Novo Testamento e, com maior ênfase, nestes textos do Apocalipse que estamos estudando neste momento.

• Nesta conjuntura o Apóstolo está transmitindo a mensagem dos versículos 5 e 6 ao meu cérebro, e ao seu. E, ao mesmo tempo ao “cérebro” de nossas almas, dizendo: tu és ainda muito ignorante no que tange à capacidade de justiça.

NO TA O “cavalo preto” é metáfora de “poder da ignorância”. Neste caso. E acentua no versículo 5: “e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão”. Com isto ele está notificando que o espírito de qualquer pessoa é sábio e dotado de maior padrão de justiça ou de maior capacidade de julgamento do que o homem e a alma deste. Portanto, é a consciência, o juiz, que se assenta em nosso “cavalo preto”, nosso cérebro um tanto ignorante. E, com muita dificuldade, procura manter o equilíbrio ou justiça de nossos pensamentos e atitudes na vivência e convivência com o nosso próximo. Isto é: com nossos semelhantes e com o ambiente que nos rodeia. NO TA Balança, neste caso, é metáfora de justiça, de equilíbrio. Vers. 6 No versículo 6 ele dá uma lição singela, até simplória, pelas frases metafóricas: “Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro”. Com esta alegoria simplória ele faz uma parábola importante

para nos conscientizar dos valores da JUSTIÇA na troca de todos os bens e valores, psíquicos e físicos, os quais se fazem necessários à vida do espírito, da alma e do corpo. E, portanto, a JUSTIÇA necessária para a vivência e convivência entre os homens, na exigível troca de bens e serviços para o Bem Estar ou Felicidade de cada um e de todos os que povoam a Terra. Por isto ele acentua: “e não danifiques o azeite e o vinho”. Metáforas que significam: Homem, comporta-te com a melhor

justiça possível para que não causes danos, tanto psíquicos quanto físicos ao teu corpo, alma e espírito.

“O azeite e o vinho”: o corpo e o espírito ou vice-versa. Por conseqüência: não danifiques a todo o teu próximo, isto é, a teus semelhantes e teu ambiente.

Sobre os “quatro animais” devo ainda repetir, para melhor clareza, que ele está mencionando algo relacionado com campos energéticos de predominância animal ou hominal, os quais os teósofos, ou esoteristas, ou ocultistas, classificam da seguinte maneira:

SERES MUNDOS ou CÉUS

Corpo material – cérebro

1o Céu : Mundo terrestre

Alma

2o Céu : Mundo astral

Desejos

3o Céu : Mundo dos desejos

Pensamento concreto 4o Céu : Mundo do pensamento concreto

Pensamento abstrato 5o Céu : Mundo do pensamento abstrato

Pensamento virginal 6o Céu : Mundo virginal

Pensamento divino

7o Céu : Mundo divino

Por esta classificação, é tido todo o

processo evolutivo do espírito, tanto mental

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quanto físico, desde o seu nascimento até a sua divinização ou perfeição.

E os mundos citados estão constituídos de um ambiente natural similar às mentes e formas (ou corpos) dos espíritos.

Para uma visão prática deste fato, o leitor poderá traçar esferas concêntricas com um compasso, ampliando cada esfera para deixar círculos sucessivos até o sétimo.

Depois, pintar a esfera menor que é a Terra com a cor marrom e cada círculo das outras pintar com as cores de um arco-íris.

Sublinhei os quatro primeiros céus e mentes para agora mencionar que as energias eletromagnéticas e outras emanadas pela Terra alcançam do primeiro ao quarto céu, e sua influência, mais ou menos densas, é predominante sobre as mentes dos espíritos que ali se situam. E as mentes destes espíritos, também, influenciam seus meios ambientes. É o que o Apóstolo simboliza pelos quatro animais. Da mesma forma que nossas mentes influenciam o meio ambiente da Terra, e vice-versa. Do quinto céu ao sétimo os campos energéticos do ambiente e das mentes dos seres são mais sutis e mais poderosos. Assim, não sofrem as influências mais pesadas vindas da Terra. Por conseqüência, não vamos encontrar nestes três céus os “cavalos”: “vermelho”, “preto” e “amarelo”, com os defeitos e fraquezas do mundo hominal e do mundo animal descritos pelo Apóstolo através destes símbolos ou metáforas. O Apóstolo viu, ouviu e sentiu a presença dessas energias e pensamentos em virtude de a natureza psico-física do seu espírito, naquele momento, estar ligada ao seu corpo carnal, ou animal. NO TA Por associação de idéia, quero contar-lhe uma experiência muito interessante para mim, que ocorreu em uma viagem de avião de Brasília a São Paulo. Foi numa tarde em 1968. O avião a jato-hélice “Samurai” estaria a uma altitude de 6.000 metros.

Chovia torrencialmente em vários pontos, todos a talvez 30 a 100 quilômetros da rota e aos dois lados dela. A rota estava ensolarada. Então, surgiu um arco-íris circular, não em semicírculo como tenho enxergado, e ele tocava o solo e parecia deslizar majestosamente com a mesma velocidade do avião em que eu estava. Nessa viagem de duas horas, mais ou menos, ele viajou à minha frente por uns vinte minutos. Depois desapareceu aos poucos. Como que se desmaterializou. Por algumas vezes perguntei a algumas pessoas se já tinham tido esta experiência. Quiça, perguntei a meia dúzia de pessoas, as quais, como eu, nunca tinham experienciado este fato, e nem ouvido dele falar. Neste momento, após terem-se passado trinta anos, é que estou me lembrando. E pergunto a você: Já notou que o arco-íris, na realidade, é um círculo fechado? Ou ouviu falar? Que não é um semicírculo como vemos comumente? Neste instante ainda me sinto surpreso como me senti na ocasião. E mais surpreso ainda por nunca Ter lido a respeito, e mais ainda por Ter esquecido de perguntar a outrem. E acanhado por tomar a liberdade de lhe contar este fato. Se você está me considerando infantil, sorria e abane a cabeça, pois estou fazendo isto agora... Vers. 7 e 8 Pois bem. Vamos ao 7o e ao 8o versículos, que falam do “cavalo amarelo”(símbolo de poder inteligente). Nos meios teosóficos e/ou esotéricos o amarelo é símbolo de inteligência, de sabedoria, de ciência, de pensamento, de riqueza mental, etc. Neste caso do versículo 8, representa o poder da mente humana em comunhão com a mente da alma, as quais estão sujeitas à ação da Morte e do Inferno.

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Da Morte e do Inferno – dentro das concepções pelas quais estes dois nomes têm sido encarados pelos tempos a fora. Para uma razoável interpretação deste versículo é necessário destacar dois agentes inteligentes: a mente do homem, e a Mente da Natureza. Ambas estas mentes têm o poder de matar e o poder de infernar. O poder de suprimir e o poder de supliciar.

Com relação ao espírito, à alma, e ao homem – esta santa trindade tem cada uma de per si o poder inteligente de matar e infernar – conforme diz o Apóstolo.

Matar no psíquico e no físico. No campo psíquico o espírito pode

matar os vícios, os pecados, os maus pensamentos.

E, no campo físico, pode matar o seu corpo.

E o mata quando se desliga dele na ocasião da morte.

O mesmo faz a alma porque ela é parte integrante e imortal do espírito, é a esposa. O corpo é filho deles. Simbolicamente.

Deste modo, a morte, ou a ação da morte, é concebida pelo universo teosófico e pelo universo teológico.

O corpo, mais propriamente o cérebro, que é o centro da inteligência do corpo, também mata no físico e no psíquico.

No psíquico eu estou sempre matando os meus defeitos e fraquezas. E ando matando também as virtudes.

Matança em momentos e, às vezes, pela vida inteira.

--O leitor concorda comigo? --E vivo a matar as células e outros

microorganismos do meu corpo, tanto os bons quanto os ruins.

Se por um lado eu uso a acepção do nome morte com significado de extinção, devo e posso usá-lo com significado de transformação.

Neste sentido, o Apóstolo Paulo asseverou: “Morro todos os dias”. O que

corresponde a: transformo-me todos os dias. Em transformação física e psíquica.

No dia em que eu, corpo, morrer, eu, espírito, estarei a renascer. A ressuscitar para a vida imortal.

Então, a morte é o “anjo da vida”. Não é o “anjo da morte”, aquela figura tétrica com uma foice na mão, que vive a assustar a toda gente.

O Inferno, sim, este me assusta e com muita razão eu o temo. Porque ele já me fez sofrer muitas dores e muita angústia. A morte fustigar-me-á por alguns momentos. O inferno tem-me fustigado por setenta anos. E eu sei que já me afligiu por muitos séculos. Eu, porém, tenho vencido o inferno com galhardia. Disto me ufano! Sim, tenho vencido a ele com o poder do tempo que passou. Se tenho lembrança de dores que sofri ontem, ou há um ano, ou há trinta anos atrás, não passa de lembrança. Não sinto a mínima sensação das dores passadas. No momento presente sinto alguma dor e no futuro poderei sentir grandes sofrimentos. Não lhes dou guarida e logo ficam olvidados. Assim venço a morte. Assim venço o inferno. Assim Jesus ensinou-me a vencê-los. Além disto, ainda conto com o amparo das ciências médicas, farmacêuticas e outras. Não é? Quanto à parte deste versículo 8 que diz: “e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra”, a interpretação torna-se fácil desde que você interprete à luz da Psicologia. Digo “você”, visto que ao realizar este trabalho interpretativo tenho a intenção de auxiliar o leitor a interpretar, se tem gosto e boa vontade para “fazer por si mesmo”. Quem assim fizer em rascunho para si mesmo, além de fixar e ordenar a sua capacidade empírica para maior

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aproveitamento do conteúdo oferecido pelo Apóstolo, ainda gozará de úteis e recreativas horas. Isto é o que eu estou fazendo ao escrever este livro. Sou um aprendiz igual a você.

Além disto, ampliará o seu horizonte social, em conversação séria e sempre criativa. Em suma, você estará valorizando a si próprio e valorizando o seu próximo. Do mesmo modo que fazem e sentem o escritor e o conferencista. EXPERIMENTE! Não tenho a intenção de impor uma norma radical de interpretação destes textos, como pode parecer de improviso. Mesmo porque as idéias, ideais, e a maestria do Apóstolo são muito vastas para serem assimiladas por um aprendiz do meu porte... Pois bem, vamos ao texto. Em primeiro lugar, à parte: “matar a quarta parte da terra”. Esta metáfora “ terra” com a letra “t” minúscula deixa claro que ele está falando do cérebro e, por conseqüência, do corpo humano. Isto considerando-se o fato de que o corpo é um prolongamento, ou um acessório do cérebro, para a manifestação e a vivência no ambiente da Terra.. O mesmo para a alma, a qual considero o corpo sutil do espírito. Então, o Apóstolo está-se dirigindo mais a fatos mentais do que a fatos físicos. Assim sendo, esse valor aritmético, estatístico, não está aí para definir morte de seres humanos. Está para definir, empiricamente, a morte de inteligências, idéias, pensamentos, que são “vidas” abstratas. Que são, porém, o “espírito” das ações concretas. Tudo o que eu faço deriva de um pensamento de idéias. Qualquer ação ou atitude, ou gesto, vem após pensar. Principalmente a ação instintiva ou ato condicionado. Nestes termos, essa “Quarta parte da terra” traz a idéia de número aproximado, de percentual aproximado, empírico, cujo

número terá valor subordinado ao assunto a tratar. Por exemplo: pelo dicionário eu encontro, digamos, exatamente mil virtudes boas, e suas antônimas, mil virtudes ruins. Ora, eu estou cônscio de que durante a minha vida, nos meus atuais setenta anos, fortaleci certas virtudes. Por conseqüência, enfraqueci a ação de certos defeitos e/ou ruindades. E até tenho conseguido “matar” algumas ruindades e enfraquecer outras. Não tenho, porém, possibilidade de calcular o percentual. Suponho que é isto que ele propõe neste número ou percentual.

Por outro lado, em sentido físico, acredito que ele está, também, referindo-se ao universo dos microorganismos de meu corpo. E do leitor.

Quiçá, também, esteja se referindo a toda a estrutura física e orgânica do corpo.

Em última análise, é possível estar se referindo, ainda, a número de pessoas que seriam mortas por espada, e por fome, e por peste, e por feras.

Entretanto, há que observar o fato de que ele usou a preposição “com”. Não usou a preposição “por”.

A preposição “com” leva à idéia de “companhia” e de “meio”.

A preposição “por” leva à idéia de “relação” e de “causa”.

O “com” reforça a minha suposição de que ele está mencionado o “matar” no íntimo do corpo, e também, no íntimo da alma.

Não obstante relacionar os agentes a “matar” pessoas.

Se formos analisar o percentual da nossa inteligência que utilizamos pela vida a fora, apegamo-nos ao índice propalado por cientistas ou especialistas de hoje que é de l0% (dez por cento) de aproveitamento, vamos concluir que o Apóstolo sugere 75%. Então, o “matar”, ou a capacidade anulada (matada) do cérebro seria de 25%.

Estaria ele raciocinando neste sentido?

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Em nosso cérebro e em nossa mente visualizamos os inimigos “ infernais” trançando “espadas”, com nossos amigos “celestes”. Isto é a eterna luta entre o espírito e a matéria, entre pensamentos bons e pensamentos ruins; entre microorganismos benéficos e microorganismos prejudiciais ou maldosos.

Nossa mente sente “fome”, está sujeita à “peste”, e nela e no cérebro existem “as feras da terra”, os microorganismos destrutores (vírus, bactérias), os quais são “feras” incontáveis em nosso corpo.

Em conjuntura, o ambiente da Terra possui um imenso campo de energias sempre em luta formidanda. As energias construtivas e as energias destrutivas.

As construtivas são aquelas que o Apóstolo nomeia por “mulher vestida do Sol”. As destrutivas ele nomeia por “dragão vermelho”, no capítulo 12.

Literariamente “A Bela e a Fera”. Neste versículo ele está dando

ênfase à Fera ( “Morte e Inferno”). Partindo do princípio hermético que

diz: “O que está em cima no Céu é semelhante ao que está embaixo na Terra”: o ambiente dentro do meu ( e do seu) cérebro é semelhante ao que está no grande espaço que nos rodeia.

O mesmo ocorre com a máxima de Lavoisier: “Nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

É neste sentido que o Apóstolo deve ter pensado e escreveu os seus lembretes em simbologia literária.

Raciocinando e meditando sobre seus lembretes ou mensagens minha mente volita empolgada e vai assimilando a grandeza e os pormenores que explicam para mim todas as respostas que pretendo encontrar.

Algumas delas, poucas, estou oferecendo a você, meu caro leitor! Na expectativa de que lhe sejam úteis e recreativas.

Concluindo: Este “cavalo amarelo” simboliza o Bem e o mal, aos quais estamos subordinados na Terra, até o “dia” em que

conquistaremos a Perfeição mental e física de nossa alma.

Devo lembrar que o mal é também virtude. Virtude cruel, mas provisória.

O Bem é Virtude benfazeja e Eterna.... Vers. 9 Vamos ao versículo 9. Essa sentença do versículo 9: “vi debaixo do altar das almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram”, à primeira vista, ao ler, faz supor que ele está se referindo, apenas, aos cristãos que foram supliciados e massacrados no tempo dele. Portanto, umas poucas almas. Porém, assim não pode ser. E não pode ser porque só naquele lugar ele relatou que via milhões de almas vencedoras, santificadas. Por este prisma, é evidente que ele está falando das almas que ali estão e, sem dúvida, de “milhões de milhões” que não estão ali.

Por isto ele escreve: “vi debaixo do altar das almas”.

Partindo do conhecimento que adquirimos sobre as figuras simbólicas de “ trono do espírito”, “morada do espírito”, “reino do espírito”, os quais são localizados em minha ( e em sua ) cabeça, o Apóstolo estará se referindo à prodigiosa memória dele. Ela seria o “altar” onde ele guarda seus vastos conhecimentos a respeito do que ele expõe neste versículo e nos próximos versículos.

Então, está falando da memória de sua alma que fica “debaixo do Altar” do seu espírito.

Nestes termos estará considerando a situação ditosa daquelas almas que conquistaram os “Céus” desde há muito tempo até ao momento em que viu e relatou estes fatos.

Por conseqüência deste raciocínio eu entendo que ali estavam almas que conquistaram aquela plenitude há centenas e há milhares de anos. Vindas de todos os

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pontos da Terra. Sem distinção de raça, cor, nacionalidade, e religião.

Nestes termos, eu acredito que ele poderia apresentar, se o quisesse, uma redação clara, assim:

Confirmando meus conhecimentos por uma visão ilimitada eu vi milhões de milhões de almas livres dos pecados; cujos pecados delas “foram mortos” ou extintos por amorosa obediência e respeito aos ditames de Deus e por amoroso testemunho que deram pelo bom comportamento em suas vidas pela face da Terra.

Este meu ponto de vista confirma-se nos versículos 10 e 11.

Vers. 10 No versículo 10 encontra-se um aparente disparate quando ele narra que as almas clamavam a Deus, que estava ali: “Até quando, ó verdadeiro e Santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”

Ao ler, à primeira vista, ressalta a impressão de que essas almas estão clamando por vingança contra almas e homens malfeitores que habitam a face da Terra.

E que Deus se mantém descuidado, muito insensível à aflição destas almas e homens.

Além disso, dá a impressão que elas estão condenando a intenção DELE em dar vida aos seus filhos, criando-os imperfeitos e sujeitando-os a milênios de sofrimentos, e se deleitando com isto, como se fossem polichinelos que ELE manuseia a Seu bel-prazer, para seu deleite.

Nestes termos estariam julgando-O um Pai injusto e cruel. O que não é verdade!

E elas nem teriam possibilidade de apresentar tal julgamento com tal clamor de rebeldia, pelo fato de já estarem habitando universo perfeito, visto que elas já são perfeitas no que concerne ao seu destino evolutivo, segundo a nossa compreensão.

Com a redação dos versículos 10 e 11, na realidade, o Apóstolo está expondo o resultado de um raciocínio ilógico de almas e homens que ainda não compreenderam as

razões justas e lógicas da LEI DA EVOLUÇÃO.

Estas almas e homens pretendem sobrepor a sua mesquinha ciência à Onisciência de Deus.

Quero citar alguns casos típicos que tenho observado no relacionamento com pessoas religiosas de várias Seitas Cristãs, ateus e céticos.

Considere-se também outras denominações religiosas, não cristãs.

Por seitas cristãs eu compreendo o Catolicismo, Protestantismo, Espiritismo, e outras denominações.

Católicos e Protestantes concordam racionalmente, mas não intimamente, com o dogma de céu e inferno eternos e um purgatório temporário.

Mostram-se satisfeitos com o critério de uma única existência terrena, na qual o espírito nasce ao nascer o corpo. E, se a pessoa viver uma vida com dignidade suficiente na conformidade com as Leis de Deus irá para o Céu, um lugar ditoso, onde habitará eternamente.

Se a pessoa infringir as Leis por pecados capitais irá para o Inferno, eternamente, em um lugar de sofrimentos eternos.

Se a pessoa infringir as Leis por pecados moderados que não predispõem sua alma a ter o Direito de ir imediatamente para o Céu, nem para o inferno, após a morte do corpo então irá para um lugar determinado onde, por aprendizado e sofrimentos, sofrerá a expurgação e/ou purgação dos seus pecados, por tempo indeterminado, até que esteja sublimado para ter o Direito de habitar o Paraíso no Céu.

Os Espíritas Cristãos ( ou “Espíritas Evangélicos” ou “Espíritas Kardecistas”) fundamentados nas informações oferecidas por Espíritos chamados Superiores, ou Esclarecidos, ou Iluminados – informações dadas através de várias mediunidades: clarividência, materialização, comunicação oral e escrita, e outras – estão convictos da existência de Céus ou lugares ditosos

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(Paraísos ou “Planos Superiores”) onde habitam os Espíritos Aperfeiçoados.

Com relação a “Inferno” estão convictos de que existem lugares trevosos onde as almas malfazejas habitam por tempo indeterminado – até certa ocasião em que, sensibilizadas pela dor e por trabalho de espíritos benfazejos que as assistem continuamente, decidem se esforçar para mudar a sua consciência trevosa, e mudar de lugares trevosos para lugares “à luz do sol”. Com relação ao “purgatório” é conhecida a existência de lugares penumbrosos e/ou nebulosos onde habitam almas nem tão maldosas como as das “ trevas” nem tão bondosas como as dos “Céus”. Os lugares descritos: céu, inferno, purgatório são entendidos por nomenclatura de Plano Superior, Plano de trevas, Umbral, respectivamente. Outrossim, os Espíritas estão conscientes de que os espíritos destes três universos ou planos intervivem com os homens ou espíritos encarnados. Tanto na situação de desencarnados ( ou almas invisíveis para nós) quanto encarnados. Quanto às almas encarnadas não resta a menor dúvida para mim, e quiçá para você. Não é? Basta apenas observar o comportamento digno de uns; o comportamento malfazejo de outros; e o comportamento nem muito digno, nem muito indigno de uma grande maioria de pessoas. Não é? Até onde os meus conhecimentos alcançam, eu concluo que o Céu, o Inferno, e o Purgatório estão ainda na face da Terra. Por conseqüência: os anjos, os satãs e os demônios estão junto de nós; e dentro de nós. Dentro de nossas cabeças também estão o “céu”, o “ inferno” e o “purgatório”. Por conseqüência, tanto a face da Terra quanto cada corpo humano é paraíso, penitenciária, sanatório, respectivamente...

Os Ateus são aqueles que não acreditam na existência de Deus. E não acreditam na existência do espírito imortal. Para eles, a morte do corpo resulta em absoluta extinção do ser ou pessoa. Tenho observado, em conversa com pessoas atéias, que elas exteriorizam essa sua certeza. No íntimo, porém, mostram sempre certas dúvidas. Nestes termos, é bem cabível aquela anedota do amigo que pergunta ao ateu: -- “Diz aí, você tem certeza de que Deus não existe; e tem certeza, mesmo, que ao morrer o seu corpo e espírito irão à completa extinção? O outro responde sem pensar um segundo: “Graças a Deus eu tenho essa convicção”. Os Céticos são aqueles que acreditam na existência de Deus e, conforme a Religião que professam, ou supõem professar, acreditam que o seu espírito sobreviverá à morte do corpo. Vivem, porém, em constantes dúvidas quanto aos dois fatos. E não se interessam em procurar confirmação. São os “mornos, nem frios nem quentes”, conforme Jesus assevera na mensagem “às igrejas da Ásia”. Creio que por esta dissertação que lhe apresento, aquele “por nome Morte”, e esse “vingas o nosso sangue...” ficam bastante esclarecidos. E ao mesmo tempo facultará o entendimento dos versículos que vêm a seguir. Outrossim, tomando-se o sentido do verbo “vingar” para transformar o crescimento, como se usa a expressão: “esta planta que estava morrendo passou a vingar (a vivificar) após eu ter posto um bom adubo no canteiro”. E “nosso sangue” pode ser tomado pelo sentido de nosso destino. Então, a redação seria: Até quando, oh verdadeiro e Santo Dominador os vossos filhos, nossos irmãos que habitam sobre a face da Terra, continuarão subordinados à atual Lei da Evolução, a qual determina que deverão passar por séculos e/ou milênios de

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sofrimentos, desde que seus espíritos nascem até que atinjam a Perfeição? (ou purificação, ou sublimação). Vers. 11 Então, a resposta é dada no vers. 11, cuja expressão literal seria: E a cada alma que ali estava fora ungida com os valores da perfeição, tanto psíquicos quanto físicos. Ungidas em parte por seus méritos, e em maior parte pela Graça que Deus concede por prêmio ao espírito vencedor. NO TA “Compridas vestes brancas”, neste caso, é símbolo de sublimidade, de santidade, pureza – acompanhados dos seus valores: poder e felicidade particular. Quanto à expressão: “e foi-lhes dito que repousassem...”representa uma Lei para todos os espíritos humanos, envolvendo a Promessa Divina de que todos chegarão “um dia” à situação destas almas citadas pelo Apóstolo. Sem uma única exceção. Por “repousassem” ele está dizendo: que não se preocupassem. Quanto à expressão: “que haviam de ser mortos como eles ( espíritos) foram”: parece-nos muito contraditória. Não é? Como “ser mortos” se ali estavam bem vivos? Isto significa que aqueles espíritos e/ou almas estavam mortos para os pecados, por estarem vivificados pelas virtudes morais. Quanto ao : “se completasse o número de seus conservos e seus irmãos”, não quer dizer que Deus tenha estipulado um número restrito de espíritos a serem premiados, e deixar um número indeterminado à danação eterna ( no “inferno”). Isto significa: até que todo e qualquer espírito e/ou alma que hoje vive no âmbito da Terra chegue àquela situação de santidade. RESUMO destes capítulos 4, 5, 6, até o versículo 11 do Capítulo 6:

Entre outros fatos testemunhados pelo Apóstolo, os quatro cavaleiros do Apocalipse representam, em essência, lembretes sintéticos da Lei de criação do espírito humano (ou espíritos humanos) desde o nascimento, no qual ele é semiperfeito, ou “semideus”, ou “semi-anjo”, até conquistar a Perfeição, próximo à Perfeição do Anjo e Arcanjo, etc. Sendo eu um espírita e/ou espiritualista convicto, na medida de meus parcos conhecimentos, rejo minha vida pelos parâmetros da Doutrina da Reencarnação, ou também dita Doutrina das vidas sucessivas com intermitências na carne e no “além”. Compreendo que muitos leitores que pautam as suas vidas pela Doutrina da Ressurreição no após Juízo Final discordarão. Alguns me julgarão sacrílego e alguns até me anatematizarão. Para estes antecipo minha defesa nos seguintes termos: Tal divergência advém, apenas, de interpretação da nomenclatura ( “ termos peculiares a uma arte ou ciência”). A Doutrina da Reencarnação está fundamentada em notícias incontáveis oferecidas por Espíritos Superiores ( ou “Anjos”) desde tempos remotos, através de Mestres Religiosos ( “Profetas”, “Médiuns”) e médiuns que são pessoas comuns. Por “mediunidades variadas: clarividência, vidência, materialização e/ou efeitos físicos, etc. Destes médiuns e nestes médiuns é que a certeza ( a fé) é alicerçada. E para chegar a esta fé é imprescindível, a quem deseja procurar o conhecimento, ir às fontes que oferecem autoridade indiscutível. Antes do surgimento do Espiritismo Cristão, elaborado por Allan Kardec, na França, hoje amplificado, sobremaneira, principalmente pelo médium Francisco Cândido Xavier, e outros médiuns de reconhecida autoridade, no Brasil, a Doutrina da Reencarnação tem sido levada a muita gente por Religiões e Seitas do Oriente, Oriente Médio e Europa.

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Hoje pode-se contar um número eqüidistante entre reencarnacionistas e ressurreicionistas existentes no Mundo. Pode-se concordar em meio a meio. Na Bíblia, no Velho e Novo Testamentos, não se encontra a palavra reencarnação. Apenas a palavra ressurreição. Por quê? Em primeiro lugar, porque os Sacerdotes hebreus, posteriormente judeus, hoje israelitas, acharam por bem ( e não é possível a mim e a você explicar) não transmitirem e não transmitem esta verdade aos fiéis. Acredito que eles tinham, e têm, conhecimento seguro da existência desta Lei Divina, essencial. Não todos os Sacerdotes. Se Jesus a mencionou claramente aos Seus Apóstolos e discípulos, o Novo Testamento não o notifica. Mesmo porque havia divergência entre as Seitas Mosaístas a respeito da Ressurreição, cuja existência real Jesus veio confirmar. E nem assim a confirmação foi aceita na época pelos Saduceus. Os Fariseus acreditavam na Ressurreição, por tradição e por esta convergência a ensinavam aos seus fiéis. O mesmo ainda acontece hoje com os Israelitas e com os Cristãos e outros, os quais aceitam o dogma de que o espírito nasce ao nascer a pessoa. E só tem uma vida na carne. Quando o corpo morre, o espírito ou alma “dorme” até o “dia do julgamento final”( Juízo Final).

Depois do Juízo Final os bons “cordeiros e ovelhas” vão para o Céu, os meio bons vão para o Purgatório e, depois de expurgar e/ou purgar seus pecados e fraquezas, vão para o Céu eternamente. Os maus “bodes” e “cabritas” vão para o Inferno, onde serão supliciados eternamente. Então, repito: se Jesus exprimiu a palavra reencarnação aos Apóstolos e discípulos, destes, os que escreveram os Evangelhos não registraram esta palavra. Registraram sempre – ressurreição.

Em várias passagens, porém, do Velho e do Novo Testamentos a reencarnação aparece implícita.

A mais notável e indiscutível é o caso de João Batista, do qual Jesus afirma para os Apóstolos ser ele o espírito do Profeta Elias ( vide capítulo 11 de São Mateus, mormente o versículo 14, onde Ele diz: “E, se quereis dar crédito, é este o Elias que havia de vir”.

E há, também, o que Jesus fala a Nicodemos no Capítulo 3 do Evangelho de São João, mormente no versículo 10 onde Ele diz: “Tu és mestre de Israel, e não sabes disto?”

Eu repito: -- E tu, leitor, sabes disto? Se não sabes e tens boa vontade

procura nas fontes apropriadas... Pelo exposto, concluo que o sentido

lato de ressurreição é o mesmo que de reencarnação.

Quando o espírito deixa o corpo ao morrer, ressuscita no mundo espiritual. Quando reencarna, ressuscita no mundo material.

Por este fato o reencarnacionista concorda com o ressurreicionista com respeito ao reviver após o Juízo Final.

Isto é, que todos os espíritos e/ou almas que continuarão radicados no ambiente da Terra ressuscitarão em corpo perfeito. Em perfeição relativa, porém, à natureza material. Mortal.

Pelo que Jesus afirma: “ tragada foi a morte”, que estudaremos mais adiante neste livro. NO TA Com estes cinco “selos” (mistérios ou segredos) o Apóstolo vem-nos dando as cláusulas principais da Lei de Criação e Evolução do espírito humano. A partir do sexto selo irá mencionando acontecimentos sombrios referentes a esta nossa época, na qual está terminando a Era de Peixes e iniciando a Era de Aquário. De cada ciclo de 1.600 a 2.000 anos há um ciclo mais sombrio no seu final.

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Como aconteceu no tempo de Jesus e como está ocorrendo em nossos dias. A partir do ano 2,001 inicia-se novo ciclo, que é chamado nos meios espíritas e espiritualistas de ciclo da regeneração. Disto falaremos ao tratar destes estudos. Todos estes ciclos foram planejados pela Providência Divina, parte por destinos determinados e a maior parte sujeita às circunstâncias. Semelhantemente à vida de cada um de nós. A partir do versículo 12 (sexto selo) o Apóstolo oferece Profecias más e boas para nós, dando maior ênfase aos maus acontecimentos. Tais acontecimentos terão sido sempre resultantes do comportamento das gerações humanas que se terão sucedido. O estudioso perspicaz verificará isto através dos registros históricos. Outrossim, as catástrofes e hecatombes naturais acentuam-se mais nos finais dos ciclos, em conexão com as catástrofes e hecatombes produzidas pelos homens. Todas elas (as naturais) acabam por ter a finalidade de acomodação ambiental para que o progresso caminhe adequadamente com os planos Divinos adredemente preparados. Então, os próximos versículos e capítulos trazem profecias mais específicas para os nossos tempos. As quais são semelhantes aos ponteiros de um relógio imenso apontando para nós o século, a hora, o minuto, o segundo profético, movidos pelos acontecimentos que vemos e ouvimos em nossos instantes. Estas nossas horas e minutos estão bem visíveis para este século na voz da Quinta e da Sexta trombetas. Vers. 12 No versículo 12 ele profetiza a situação mental e moral e, ao mesmo tempo, a situação ambiental de nossos dias. Principalmente a partir do ano de 1900. Esse “ tremor de terra” simboliza todos os acontecimentos. Maus e bons.

Esse “sol tornou-se negro como saco de silício...” simboliza a poluição mental gerada por todas as pessoas e almas que habitam a face da Terra, com todas as suas violentações e medos, etc. E representa a angústia, a penitência (“saco de silício”) pelas quais o espírito passa quando a crueldade campeia – como está ocorrendo em nossos dias. E, também, simboliza a poluição física e/ou material do solo, águas, ar. Esse “a lua tornou-se como sangue” simboliza o cérebro humano tornando-se violento diante das circunstâncias provocadas pelo mau comportamento de todos. Vers. 13 No versículo 13 ele está falando sobre um recrudescimento repentino no envio de almas para encarnar e reencarnar na Terra (“estrelas do céu). NO TA Para os reencarnacionistas estudiosos o fato exposto neste versículo 13 é sobejamente conhecido. Para os ressurreicionistas e leigos devo uma explicação sumária. No chamado “mundo espiritual” existe uma hierarquia de Anjos e almas competentes para o mister de ajudar todos os espíritos desencarnados. Todos os espíritos ou almas necessitam ser ajudados após a morte do corpo, a fim de se integrar na vida nova, cuja situação de improviso lhes é dificultosa. Ao mesmo tempo tal ou tais hierarquias que é ou são parte da chamada Providência Divina, têm também a responsabilidade de ensinar e preparar as almas que precisam voltar a passar pelas provações e experiências do ambiente humano. Tal preparação é meticulosa, a fim de que a alma destinada à próxima existência terrena consiga vencer suas fraquezas e ímpetos prejudiciais às aspirações evolutivas.

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A citação do Apóstolo leva o reencarnacionista estudioso, conhecedor destas realidades, a compreender que, por motivos não bem esclarecidos ainda, o surto de encarnações necessárias da ocasião apontada não permite uma preparação rigorosa, eficiente, das almas. Portanto, são lançadas à encarnação “como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte”. Vers, 14 No versículo 14 ele está profetizando as transformações rápidas que estamos verificando no ambiente da face da Terra. As transformações psíquicas, físicas e/ou materiais provocadas pelo progresso e pela explosão demográfica.

Pelos fatos e estatísticas o leitor pode visualizar e sentir as transformações em sucessão neste século XX ( “Século das Luzes”). A população da Terra vem dobrando a cada cinqüenta anos, a um percentual de 2% ao ano. Com isto causa problemas difíceis de serem resolvidos, mormente para os setores governamentais de cada país. Essa transformação ambiental é que ele simboliza: “E o céu retirou-se como um livro que se enrola”. Esse: “montes e ilhas” simboliza todo tipo de organização governamental, social e individual. “Foram removidos”: foram mudados, transformados rapidamente. O progresso realizado no século XX, em todos os sentidos, superou largamente toda a soma de progresso conseguido nos seis mil anos que a História registra. Vers. 15 ao 17 Do versículo 15 ao 17 ele está profetizando uma aflição de medo e de autocondenação que sobreviria, e sobreveio, neste século, a cada pessoa, independentemente de posição social. Todo aquele que observa ou contempla os acontecimentos ao seu redor e por todo o Mundo, e medita, e faz um exame

de consciência, diariamente, verifica e elogia o resultado de suas ações e, ao mesmo tempo, autocondena seus deslizes e delitos. A consciência de cada pessoa, de cada indivíduo, é o juiz mais implacável que existe. Deus, o Juiz Supremo, é misericordioso. Jesus Cristo, o “Filho do homem” é misericordioso. A consciência individual não tem misericórdia “enquanto a alma não paga o último ceitil”. NO TA Estou convicto de que o sofrimento não paga os débitos de meus maus procedimentos. A moeda forte é: o altruísmo, a caridade, o trabalho, a fraternidade, o dever bem cumprido, etc. O sofrimento é a medicação natural que sensibiliza a alma e a leva ao exame de consciência e, daí, à atividade meritória. Assim, compreendo o que o Apóstolo está falando para o poderoso e até ao mais simplório servo nos versículos 15, 16, 17. Vers. 16 e 17 Essa menção da “ ira”: “daquele que está assentado sobre o trono” e da “ ira do Cordeiro” podemos interpretar por dois aspectos ambivalentes. Esta “ ira” não significa o que o dicionário registra: “cólera, raiva, desejo de vingança”. Significa ação e reação de um poder natural que tem a função de reparar, ou transformar, ou aperfeiçoar um poder prejudicial, que está contrafazendo uma lei ou leis que regem o ser, os seres, e o ambiente em que estão radicados. Tais leis têm a função de disciplinar o indivíduo e a Coletividade a fim de receberem benefícios. Se indivíduo e coletividade agirem com indisciplina, sofrem a reação da lei, na forma ou modo de malefícios. Em autopunição.

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Quando dois indivíduos brigam e se esfaqueiam, ambos sofrem a punição imediata por agirem contra a lei natural. Mostram sua indisciplina. O mesmo acontece a duas Nações em guerra. Neste caso, sofrem culpados e inocentes. Tais inocentes, porém, estarão sendo inocentes de fato? Analise e raciocine. As Leis Divinas são precisas no tocante aos acontecimentos naturais e artificiais. Encontramos um exemplo simplório nas leis que regem a eletricidade. A eletricidade é altamente beneficente para mim. Devo ter, porém, cuidados com ela.

Um fio de alta tensão está sempre “ irado”. Se eu agarrá-lo serei ferido e até morto. O mesmo acontecerá a uma criança inocente. Perante a lei natural esta criança é culpada e sofre o castigo da lei. Perante a Lei de Deus ela é inocente. Seu corpo sofrerá o castigo pela sua ignorância, porém o seu espírito, embora castigado provisoriamente, não é culpado. O adulto é castigado e é culpado por agir indisciplinadamente. Por descuido. Não obstante, as Leis Divinas são absolutamente sábias quanto à culpa ou inculpabilidade, em ambos os casos – para o espírito. Neste capítulo, o Apóstolo está-se referindo ao autocastigo para o indivíduo e para a Coletividade de almas e de homens. Outrossim, a redação “daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro”, permite uma interpretação eqüidistante. Primeiramente Deus e Jesus Cristo. Ao mesmo tempo, o espírito humano, o qual, simbolicamente, é considerado um “deus”. E um cordeiro.

Ele é o senhor e é sacrificado pelo corpo desde a criação do Mundo. Vers. 17 Este versículo 17 alerta-nos que a partir do nascimento de Jesus as almas e os homens passaram a assumir maiores responsabilidades. Em contraposição passaram a receber maior apoio físico e psicológico. Que as leis naturais regidas por Deus e pelo Cristo começaram a impor maior determinação contra a ignorância mental, e contra a indisciplina instintiva. Então, pergunta: “e quem poderá subsistir?” Esta pergunta corresponde à afirmação: a ignorância, a indisciplina, a irresponsabilidade não poderão predominar na face da Terra. Porque o Poder de Deus estará sendo imposto com maior determinação, tanto no ambiente mental quanto no ambiente natural. E irá ampliando até o Juízo Final através do esforço conjugado dos Seres Celestes e dos seres humanos. Esse tempo, portanto, é: “o grande dia da sua ira”. NO TA Esta profecia está-se realizando em velocidade impressionante neste século XX. E o progresso material e a prosperidade mental e/ou espiritual serão mais prodigiosos nos próximos séculos.

CAPÍTULO 7 OS ISRAELITAS FIÉIS SERÃO SALVOS

DE PERIGOS IMINENTES NO TA Este nome “israelitas” deve ser tomado por metáfora de :gente e almas semi-sublimadas, semi-santas. Não está nomeando apenas os judeus, hoje israelenses: devotos e fiéis da Seita Israelita.

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Portanto, almas e pessoas religiosas, dignas na convivência com o seu próximo. Assim o texto do Capítulo 7 torna-se mais claro. VERS. 1 e 2 Quanto aos anjos mencionados nos versículos 1 e 2, é muito difícil a qualquer pessoa encarnada entender e, mais difícil ainda, oferecer interpretação. Em primeiro lugar, a limitação natural dos nossos cinco sentidos não permitirem ver, ouvir, ponderar os seres e mundos impalpáveis por nós. Ainda! Mal tem sido dada a possibilidade de conhecer de fato as realidades da vida espiritual, e/ou celestial, a pouquíssimas pessoas, e mesmo às almas que se situam em regiões próximas da face da Terra, as quais são dotadas de capacidades menos limitadas dos sentidos em virtude de sua compleição física sutil e outros dotes. As poucas pessoas que tiveram acesso a essas realidades celestes foram os Profetas bíblicos, devido a seus méritos e à Graça divina. E este Apóstolo, João Evangelista. E outros clarividentes, alguns ilustres; alguns pouco notáveis no Ocidente e mesmo no Oriente e na Europa. O próprio Apóstolo Paulo registra em uma de suas Epístolas ter ficado surpreso pelo relato de um seu conhecido, o qual lhe afirmou ter estado no 3o Céu. Ele, Paulo, não teve tal privilégio. E não relata a narrativa de tal homem. E Paulo era vidente. Tanto que tivera o privilégio de ver e ouvir Jesus, face a face, na estrada de Damasco. A Providência Divina é assaz parcimoniosa em transmitir informações sobre os céus para nós, os terrenos. Em primeiro lugar, devido à carência e limitação natural dos nossos sentidos. Em segundo lugar, para preservar a grande maioria das pessoas de índole materialista que ignoram, por natureza e por descaso, tanto as realidades dos “céus” quanto as realidades dos “ infernos”.

Tem havido maior fluxo de informações a respeito dos “ infernos” e purgatório. No Mundo Ocidental, Dante Alighieri transmitiu informações realísticas, as quais o Espiritismo Kardecista vem corroborando aos poucos, sobretudo para o próprio Mundo Ocidental. No Brasil, os livros psicografados por Francisco Cândido Xavier relatam as realidades “ infernais” e as celestes com maior simplicidade e autoridade. As Religiões e Seitas do Oriente têm transmitido tais informações há milênios. Entretanto, o excesso de alegoria tem levado as camadas populares às superstições, tabus e ritualismos prejudiciais à boa compreensão dos fatos. Os teósofos e teólogos das Seitas conhecidas por Teosofistas, Esotéristas e Ocultistas provindas do Oriente, têm publicado variadas informações a este respeito. Dada a variedade, porém, provocar contestações, o assunto acabou ficando confuso. Para este caso dos versículos 1 e 2, até onde chegam os meus conhecimentos, baseados na leitura de livros procedentes destas Seitas, principalmente as obras dos Rosacruzes, existe uma Hierarquia comandada por um Arcanjo ungido por Deus para a função precípua de promover as criações e transformações cosmogônicas da Terra. É denominado Arcanjo Cosmogônico, responsável pela grande Hierarquia Cosmogônica formada por Arcanjos e Anjos, e almas. Da mesma forma que é dito que o Cristo Jesus é o Arcanjo Regente da Humanidade no comando de sua Grande Hierarquia composta de Arcanjos, almas e homens. Nesta conjuntura eu compreendo que o anjo mencionado pelo Apóstolo no vers. 2: “ e que tinha o selo de Deus vivo”, seja o citado Arcanjo Cosmogônico, o qual rege os quatro anjos mencionados no vers. 1.

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Os quais, acredito serem quatro Arcanjos principais subordinados ao primeiro. Nestes termos, cada um dos quatro deve comandar todo o serviço correspondente ao estado e à atividade criativa e transformativa dos homens e almas na sua caminhada evolutiva. Devemos lembrar que homens e almas participam, “ tacitamente”, desses trabalhos geradores de progresso. São os co-participantes de toda a Obra de Deus. Na conformidade dos seus valores do espírito, da alma, do corpo. Vers. 3 Com relação ao versículo 3 o Apóstolo conclui o ideal com a expressão: “Não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores...”, expressão que podemos interpretar com precisão fundamentada nas Promessas Divinas para a imortalidade do espírito humano. É uma Lei Dele, e Suas Leis Ele cumpre rigorosamente. Então, o Apóstolo poderia Ter redigido assim: Não destruas totalmente a fertilidade da terra, nem o mar humano, nem as árvores – pelo ar, pelo fogo, pelas águas. E/ou: “Não destruas todas as coisas e seres viventes (“ terra”) , nem a Humanidade (“mar”), nem um único espírito humano radicado na Terra (“nem contra árvore alguma”. (Vide versículo 1). Por interpretação literal o leitor desavisado chega à suposição errônea de que Deus tem tudo preparado para a destruição da Terra com todas as coisas e seres. Entretanto, não há esta intenção Dele. Se Ele o quisesse, simplesmente mandaria Seus Anjos provocar a entrada do vácuo existente logo após a atmosfera. No mais tardar – em poucas horas não sobraria um ser vivo sequer na face da Terra. Mormente os seres humanos. Morreriam todos asfixiados por um dilúvio, repentino, de vácuo, não é? Estamos no começo do “fim dos tempos” da prevalência do Mal sobre o

Bem. Do mal mental, dos vícios mentais sobre os bens mentais ou virtudes necessárias ao Bem-Estar ou Felicidade. Não se trata, absolutamente, do “fim do Mundo” propalado por agoureiros ignorantes e os de má-fé e/ou interesseiros imediatistas (materialistas). Vers. 4 ao 8 Quanto aos “assinalados” que o Apóstolo menciona nos versículos 3 e 4, cujo número é de 144.000 (cento e quarenta e quatro mil), sinceramente não chego a compreender. E não tenho tido quem explique. Para meu uso: posso aproximar por raciocínio intuitivo que Deus há muito tempo atrás determinou à Sua Hierarquia, a qual é denominada “Providência Divina”, que fosse selecionando, desde tempos imemoriais para nós, almas humanas que, por força da Evolução, iriam conquistando a Sabedoria e Poder próprios dos Arcanjos, desde aqueles tempos até o Juízo Final. E que o número necessário deles será de 144.000 para comandar os Anjos, as almas, e os homens que permanecerão no âmbito da Terra pelos bilhões de anos em que o nosso Planeta está destinado a existir como uma das “Moradas do Pai” doada a Seus filhos. Tais Arcanjos e Anjos que deverão ter passado pelas regras da Lei da Evolução, da mesma forma que eu e você, terão estado fadados, ou destinados, a executar os trabalhos necessários às suas funções com ocasionais encarnações na Terra. Em função prática de missionários. Estou certo de que com este raciocínio chocarei muitos leitores leigos nos parâmetros da Lei da Reencarnação. Prevejo a surpresa e a contestação desses muitos leitores. Pensarão: “Como este sujeito quer meter um Arcanjo poderoso, Divino, em um paupérrimo corpinho vindo do pó da terra, ou da “ lama”? Em resposta, devo lembrar ao caro leitor que toda criação de Deus é santa.

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Isto Ele deixou claro quando, na montanha, “do meio do fogo da sarça” disse a Moisés: “T ira as tuas sandálias, pois esta terra em que pisas é santa”. Por outro lado, a Energia Pura Universal (santa) é o princípio de todas as coisas e de todos os seres viventes. Deus, com Sua Onisciência e Onipotência manipula esta Energia para criar coisas e seres. Ela está sempre presente no seio do núcleo atômico e ao redor, idem no elétron, ao mesmo tempo no íntimo de todo o tipo de energia conhecida por nossas Ciências. Ela é adensada ou “degradada” na medida das necessidades da criação e/ou da transformação. Se, por um lado, esta Energia Pura É princípio, É, também, fim. O “alfa e o ômega”. Por conseqüência deste raciocínio, o meu espírito, a minha alma, e o meu corpo possuem valores diferentes por raciocínio, não por realidade ideal. Valores proporcionais às necessidades do espaço e do tempo. Todas as coisas e todos os seres estão subordinados a esse raciocínio em derivação para as necessidades da Vida. Eu Sou um espaço no tempo! Você é um espaço no tempo! Meu espírito é um espaço na imortalidade, no íntimo da minha alma, a qual também é imortal, por ser a forma ou corpo perenal dele. Quando minha alma alcançar a sublimação real deixará de ser inteligência dual com o espírito. Apenas a forma para manifestação onde eu estiver. Seja: “nos céus ou na terra”, ou em qualquer outra galáxia. Meu corpo, mortal, este sim voltará desintegrado no todo energético, conforme a concepção panteísta... Outrossim, voltando à menção no versículo 3: “até que hajamos assinalado nas suas testas os servos de nosso Deus”, o Arcanjo está-nos falando a respeito de todas

as almas que serão eleitas durante o Juízo Final. Esse: “assinalado em suas testas” significa que suas cabeças ou mentes já possuíam a predominância das virtudes sobre os defeitos e/ou vícios e, por conseqüência, o comportamento reto (moral) já lhes proporcionava o direito de habitar os céus da Terra. Por analogia, o Apóstolo deixa claro que o mesmo direito pertencerá a todas as almas que iriam chegando a essa eleição, desde aquele tempo até após o Juízo Final. Quanto aos 144.000 assinalados, além do que expus nas páginas precedentes, ainda alcanço a compreensão de que este número e os números referentes às doze tribos bíblicas, com seus 12.000 para cada uma, são números simbólicos para nos dar uma sugestão ao raciocínio quanto a um número aproximado de população que o Planeta possa comportar. Entendo que a matemática Divina é precisa dentro dos planos preestabelecidos pela Providência Divina. Não temos capacidade de saber e prever qual é a capacidade máxima do número de almas que devem habitar o âmbito da Terra. Deus sabe e prevê. Nem sabemos ainda qual seria o número máximo ideal de pessoas para povoar a Terra. Deus sabe e prevê e já planejou com sua Hierarquia antes e depois da criação da Terra, dotando-a de fertilidade e jazidas suficientes para os bilhões de anos a que ela, a Terra, terá a vida sobre a sua face. E ELE terá continuado a prever e cuidar; e a nos inspirar a prever e cuidar da capacidade ideal de população, encarando as circunstâncias dentro do espaço existente e as circunstâncias de tempo. Nestes parâmetros, estamos observando as providências que já estão começando a ser tomadas nos Países com a aplicação de planos de limitação familiar. Em outubro de 2000 a população alcançou o total de seis bilhões de almas, o

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que só deveria acontecer em janeiro de 2001! O Planeta tem capacidade para sustentar, tranqüilamente, TRINTA BILHÕES de habitantes. Quiçá até quarenta bilhões. Desde que a Tecnologia seja aplicada conscientemente. A Tecnologia e todas as Ciências, embora prodigiosas neste século XX, ainda estão engatinhando em relação ao porvir. Se a população continuar a crescer nos patamares dos últimos duzentos anos com a média anual de 2% (dois por cento), portanto dobrando a cada 50 anos, chegaremos ao ano 2.200 com uma população explodida de CEM BILHÕES de almas. Isto se constata por simples cálculo aritmético, como segue: Ano 2000 .............. 6 bilhões Ano 2050 ...............l2 bilhões Ano 2100 ..............24 bilhões Ano 2150 ..............48 bilhões Ano 2200 ..............96 bilhões – ou mais.

Imagine e calcule você, se continuar

nesse passo. Então, no ano 3800 teríamos alguns trilhões de pessoas neste mundo. Não se espante, porém. Os homens têm capacidade suficiente para desenvolver o planejamento familiar a contento. Se falharem, nosso Deus providenciará adequadamente. Não é necessário usar de medidas cruéis, desumanas, como está acontecendo na China de hoje, onde as meninas que nascem são eliminadas! Crueldade imperdoável! E não há necessidade de pânico pelo fato de termos experiência concreta oferecida pelas grandes Metrópoles: São Paulo, México, Nova York, Tóquio, e outras superpopuladas. A Grande São Paulo, com uma área aproximada de 4.000 (quatro mil)

quilômetros quadrados, abriga uma população de quinze milhões de pessoas. Não obstante haver ainda espaços vazios, indústrias, comércio e até um pouco de lavoura.

Duas mil metrópoles deste porte absorveriam os trinta bilhões em uma área aproximada de 8.000.000 (oito milhões) de quilômetros quadrados. A área total do Brasil é de 8.500.000 (oito milhões e quinhentos mil) quilômetros quadrados. Sua população atual é de 160.000.000 (cento e sessenta milhões). Nosso mundo possui mais de CEM MILHÕES de quilômetros quadrados ( sem contar as terras dos pólos). Poder-se-á subtrair 50% de terras ocupadas pelos acidentes naturais e ainda sobrariam 50 milhões de quilômetros quadrados para todos os fins: 8 milhões de km2 seriam metrópoles e sobrariam 42 milhões de km2 para todos os fins. Parece sofisma, não é? Faça os seus cálculos e você verá que não estou sofismando. Muitos dizem que morar numa dessas metrópoles é “ levar uma vida de cachorro”. Inclusive, os que moram nelas dizem. Poucos, porém, as deixam para ir viver no Interior. E destes poucos muitos voltam logo, logo. Somos como família em apartamento apertado. Queixamos, queixamos, mas se mudarmos para uma casa grande encontramos nela os prós e os contras que no fim da história fazem-nos continuar queixando. Mormente a mulher que se sente estafada com a serviceira que não tinha no “apartamentozinho apertado”. Estou residindo nos Estados Unidos há dez anos e tenho observado o esmero disciplinado deste povo em cumprir as leis que regem o respeito necessário à Ecologia. Um País grandioso, dotado de uma população prodigiosa, mesclada por imigrantes dos quatro cantos do Mundo; porém uma população tacitamente

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subordinada à disciplina britânica trazida pelos primeiros que aqui aportaram. E, secundados pelo fluxo de imigrantes europeus, também afeitos à disciplina, ao trabalho, e ao respeito às Leis da Natureza. Observo que os imigrantes vindos de Países menos disciplinados, por conseqüência menos organizados, aqui se subordinam à índole das gerações vindas da Europa. Então, vemos cidades bem planificadas, casas, prédios e vias públicas sempre limpas e ajardinadas no meio de uma floresta imensa. Sim, uma floresta que se espalha pelo País todo em virtude do capricho planificado por leis severas, as quais são aceitas e obedecidas mais por gosto do que pela imposição. Assim sendo, tornou-se em hábito que mantém as cidades e o País em imenso jardim onde os cidadãos convivem orgulhosos destes feitos. Dentro desta conjuntura esta Nação vive conforme as determinações do Anjo ou Arcanjo “que tinha o selo do Deus vivo”. Acredito que pelo correr dos próximos quinhentos anos, quando a população deverá até quadruplicar, este País continuará sendo um paraíso, um “Jardim de Alá”, um “Shangri-la”. Hoje me orgulho de ser um filho adotivo desta Nação, com o mesmo calor pelo qual me orgulho de ser filho de outro prodigioso País, chamado Brasil, onde nasci e vivi por sessenta anos; e, ao mesmo tempo, me orgulho de ser filho avoengo do brilhante País chamado Itália. Além disto, porém, me sinto intimamente orgulhoso de ser filho universal da Terra, este Paraíso criado pelo meu Pai, nosso Deus. Por obséquio, caro leitor, queira desculpar este arroubo. Coisas do amor! Passemos aos versículos seguintes:

VISÃO DOS MÁRTIRES NA GLÓRIA. Vers. 9 ao 17 Entendo que do versículo 9 ao 17 o assunto é claro no sentido literal ou

exotérico. Minha interpretação é dispensável. Pretendo, apenas, fazer alguns comentários rápidos com referência a algumas metáforas, mesmo porque a maioria dos simbolismos que aparecem nestes versículos já esclareci nas páginas anteriores. Primeiramente, devo comentar sobre o símbolo “Cordeiro” que aparece no versículo 9, no versículo 14 e no versículo 17. Nos versículos 9 e 17 é evidente que o “Cordeiro” representa Jesus Cristo. No versículo 14 representa dois fatos: O primeiro é o fato indiscutível de que o Cristo passou por grande Sacrifício por mais de 33 ( trinta e três) anos para cumprir uma missão importantíssima para o benefício psíquico de almas e homens que habitam o âmbito da Terra. Digo mais de 33 anos visto ser evidente ao raciocínio que houve um tempo de preparação para o Seu nascimento na carne, processo que já é doloroso para um espírito comum como eu e você. Por conseqüência bem mais doloroso para um Ser da grandiosidade Dele. Lembremos que Ele se subordinou a habitar um corpo comum como o meu, e o seu, com todas as limitações peculiares à vida da carne. Subordinou-se mansamente, como um cordeiro, obediente às ordens do Pai a não usar o imenso poder que tinha (e que tem) para se safar das circunstâncias desagradáveis que teria que enfrentar, e enfrentou com galhardia na pessoa de Jesus, “Filho do Homem”, como Ele se designou várias vezes.

Seu objetivo principal naquela missão era o de demonstrar os valores do espírito humano imortal, e os valores do corpo mortal, de maneira concreta para a compreensão limitada das pessoas.

E demonstrar em forma concreta a Presença contínua de Deus e de Sua

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Hierarquia junto aos homens em apoio constante.

E demonstrou, exemplificando, que veio dos céus, viveu na carne, e voltou para os céus, o que foi testemunhado por todos os viventes da região naquela época. Sendo que a Sua Ressurreição foi testemunhada pelos Apóstolos e discípulos e por mais de quinhentas pessoas, conforme os Evangelhos registram.

O segundo fato mostrado simbólica ou esotericamente confirma a realidade explicada pela Doutrina da Reencarnação, Doutrina esta que não é privilégio de nenhuma Religião ou Seita, mas sim uma Lei Divina.

Com esta exemplificação Ele veio demonstrar que todo e qualquer espírito humano existe antes da sua manifestação na carne, e sua vida não se extingue pela extinção do corpo.

Então, com essa demonstração Ele anula o falso conceito ainda existente no seio de Religiões e Seitas, as quais afirmam, dogmaticamente, que o espírito nasce com o nascimento do corpo, vive apenas uma existência nesse corpo, porém torna-se imortal.

E anula, principalmente, o falso conceito do ateu de que o espírito se extingue quando o corpo morre e vai à completa extinção.

Por estas razões o Apóstolo Paulo dá ênfase à importância da ressurreição de Jesus Cristo, deixando bem claro que se o Cristo não tivesse demonstrado a Sua ressurreição para centenas de testemunhas, os das gerações futuras continuariam em dúvida como acontecia à geração daquela época. (Vide Capítulo 15 da 1a Epístola aos Coríntios). Outrossim, devido à redação lacônica no versículo 46, paira uma dúvida a respeito do nascer do espírito, o que dá pretexto ao dogma de que o espírito nasce e vive uma única vez na carne e, depois da morte do corpo, dorme até o dia do Juízo Final. E após o Juízo Final os eleitos vão

para o Céu eterno e os condenados irão para o Inferno eterno. São Paulo escreveu no versículo 46: “Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual”. Todo aquele que tem interpretado este versículo supõe que com “o animal” o Apóstolo Paulo está-se referindo ao corpo, visto que se tornou uma tradição dizer-se que o corpo é o aparelho ou instrumento de manifestação do espírito. No Latim, ANIMA, AE traduz-se por “a alma”, e tem por sinônimos: a vida, a respiração, o vento, o ar. E também por “animal”, com os sinônimos: animado, ser vivente. ANIMAL, ALIS (substantivo) significa animal, ser vivente, animado. O adjetivo ANIMALIS, E, significa animado, que tem alma e sente; pertencente ao animal. ANIMANS, ANTIS, significa: que anima, que tem alma. Ora, a vida do espírito é o seu corpo sutil, a alma. Ela o anima, e ele a ela. Sem ela o espírito não existiria como um ser inteligente, um indivíduo. Pois ele, antes de ser individuado pela alma era uma partícula da Energia Universal, à semelhança de uma gota dágua do oceano. E torna-se gota ou centelha ou chama divina quando é criado pelo Nosso Criador, Deus. É semelhante ao núcleo atômico cujos elementos interiores, hoje mencionados pela Ciência, são contados por doze elementos, que são como doze partículas de pó. O corpo, ou alma, ou forma do átomo, é esférico. Uma pequenina esfera semelhante à casca de um ovo. Esta casca sobrevive e individualiza o núcleo por força de velocidade em giro dos seus elementos ou forças vindos da atmosfera. Esta velocidade é contada por milhões de giros por segundo. Se esta velocidade for diminuindo, chegará a um ponto em que o núcleo se desfaz no todo.

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A alma, que é o corpo do espírito, cuja forma é idêntica ao corpo humano da carne, é totalmente constituída de núcleos e elétrons sobrevindos da atmosfera terrestre. E do mesmo modo que o corpo de carne, o qual sobrevém dos sais da terra. Razão pela qual Jesus asseverou sutilmente: “Vós sois o sal da terra”. (Vide Mateus, Capítulo 5, versículo 13). E: “Vós sois a luz do mundo”. ( Vide versículo 14). O espírito, “ luz”; o corpo, “sal”. Por este prisma de ciência rudimentar tento esclarecer ao leitor, porém, se você se dirigir a um Cientista especializado ele poderá lhe esclarecer de fato. Com maior amplitude do que esta redação lacônica que apresento. Por esta exposição lanço uma tese nova, a qual gerará polêmica necessária. O Apóstolo escreveu que a alma (“animal”) é primeiro que o espírito. Não nasceu primeiro. É primeiro. E não é ao corpo que ele está-se referindo. Sim, à alma. E isto se consubstancia pelo versículo anterior ( número 45) quando ele expressa: “Assim está também escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente: o último Adão em espírito vivificante”. E por estas razões, também, venho expondo a tese ( que não é minha) que aprendi e aceitei: de que o espírito, a alma, e o corpo são três entidades inteligentes distintas e/ou exclusivas. Cada uma tem um grau de entendimento e ação peculiar. Ao mesmo tempo, ora concordam, ora discordam entre dois, ou entre os três. Só no futuro esta trindade entrará em consciência una.

Jesus demonstrou isto também. Sua alma e seu corpo obedeciam sábia e conscientemente ao comando de Sua Mente espiritual. Somos os seus irmãos menores mas cresceremos, não ao ponto a que Ele chegou e está, mas seremos como as almas mencionadas no Apocalipse.

Neste sentido, lembre-se do que Ele afirmou: “Tudo o que faço qualquer um de vós poderá fazer”. Quanto às promessas vazadas nos versículos 15 a 17, são e serão cumpridas à risca. E são promessas para o espírito humano e/ou alma. Não, especificamente para o ser humano ( quando encarnado).

Mesmo porque os espíritos que continuarão a reencarnar na Terra após o Juízo Final, perfazendo as gerações da Humanidade, ainda estarão semiperfeitos. E mesmo alguns Perfeitos que virão a trabalho missionário estarão sujeitos às Leis das formas densas, ou matéria.

Foi o que ocorreu com o Cristo Jesus, com seus Apóstolos e muitos discípulos cristãos. E é o que tem acontecido com espíritos de escol, Mestres e discípulos e fieis de quaisquer Religiões ou Seitas. E até mesmo a ateus e céticos. Enfim, religiosos e profanos que têm ocupado funções importantes em todos os segmentos da Sociedade humana, nas Ciências, nas Artes, na Religião, etc. Não obstante, não podemos avaliar a grandeza, o valor do espírito das pessoas apenas por funções profissionais que exercem na Terra. Só pela aparência física. Há campônios e operários, às mancheias, que suplantam largamente o valor espiritual de muita gente que brilha nos degraus profissionais.

É o caso distinto de São Francisco de Assis com a sua simplicidade marcante. Aparentemente um simplório.

Em nossos dias percebemos a grandeza do “médium” brasileiro Francisco Cândido Xavier trilhando nos mesmos passos do grandioso Francisco de Assis. Humildade ao extremo de parecer simplório tanto quanto o outro Francisco do século XIII. E neste particular o Evangelho nos mostra o fato pela parábola do rico e do pobre Lázaro, o qual comia as migalhas caídas da mesa do rico. (Vide São Lucas, Capítulo 16, versículos 19 a 31).

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Outrossim, por estar falando em aparência, quero apresentar uma imagem mais simples e consentânea dos espíritos como são vistos por videntes e, melhor, por clarividentes. Consideremos um espírito que já habita o 3o (terceiro) Céu. Considere em primeiro lugar uma grande bolha de sabão luzindo ao sol e movendo-se lentamente ao sopro da aragem, com suas cores e matizes próprios de um arco-íris. Vislumbre uma figura humana um tanto diáfana circundada por irradiação de cores e matizes de arco-íris com perímetro esférico, cujo perímetro será maior de acordo com a capacidade e/ou valor do espírito. Esta esfera é a aura formada pela emanação das forças íntimas dele, ou energia dele. Os espíritos inferiores que perambulam e/ou habitam o primeiro e segundo céus têm a contextura física da alma mais densa. Na conformidade com a sua situação mental possuem a aura em cores opacas com filetes e círculos sombrios e/ou plúmbeos como as nuvens, tanto em dias ensolarados como em dias nublados.

Esses espíritos e/ou almas quando vistos por algumas pessoas sem experiência no assunto são as chamadas assombrações. Pois bem, o exposto tem a finalidade de dar uma idéia da função da alma para a individuação do espírito. Assim como a película cria uma unidade cheia de ar atmosférico, uma bolha que em breve se desfaz, a alma, que é proporcionada por elementos e energias da atmosfera em que se encontra, cria e mantém uma unidade ou indivíduo, ao qual se denomina espírito. Precisamos lembrar, porém, que a alma não é uma bolha de ar. Ela possui uma estrutura física semelhante à do corpo de carne. Outrossim, é a matriz que desenvolve a estrutura física corporal desde as primeiras células ao nascer do feto até a

criança vir à luz e mantém a pessoa até o dia de sua morte. Do mesmo modo que a alma está inserida no corpo humano, o espírito está inserido na alma, a qual é um corpo sutil em relação ao corpo carnal. E é um corpo imortal. Sofre transformações contínuas em densidade, na proporção da elevação intelectual e sentimental (moral) do espírito e dela própria. Ao mesmo tempo vai conquistando aperfeiçoamento físico até chegar à angelitude. O corpo humano também está destinado a constante aperfeiçoamento. À semelhança do aperfeiçoamento da alma, e o aperfeiçoamento do espírito. Físico e mental. `Como está escrito no versículo 13: “estes que estão vestidos de branco”. E, no versículo 14: “e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro”. Passemos ao Capítulo 8. CAPÍTULO 8

A ABERTURA DO SÉTIMO SELO. OS SETE ANJOS COM AS SETE

TROMBETAS. AS QUATRO PRIMEIRAS

NO TA Estas “trombetas” têm a significação metafórica de noticiário constante manifestando todo tipo de acontecimentos com suas causas e efeitos. Estas páginas do Apocalipse é uma trombeta. Este livro com minha interpretação oferecida a você e a quantos o lerem e divulgarem, é uma trombeta a retransmitir as profecias do Apóstolo. Enfim, todas as comunicações a respeito destas profecias, que se sucedem de boca a boca até aos mais sofisticados aparelhamentos de comunicação, são inumeráveis trombetas a tocar para os nossos cinco sentidos. Tanto na Terra como nos “céus”. Os “anjos” mencionados neste capítulo são metafóricos também. Os “sete anjos”, por metáfora ou alegoria, representam o poder global das causas e efeitos dos acontecimentos que terão vindo

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a suceder desde antes do Apóstolo até o Juízo Final. Toda e qualquer atividade de valor, ou peso, ou medida, desde a ínfima até a de maior potência somam-se no todo. Cada atividade tem valor semelhante aos números da Matemática. Cada “trombeta” corresponde a um ciclo de trabalho por 1.200 anos, aproximadamente. Suas forças concentram-se em poder para o Bem ou para o Mal. Preste bastante atenção no que o Apóstolo escreve. Se ele está dando maior ênfase às causas e efeitos maléficos, não deixa de mencionar as Causas e efeitos benéficos que recebemos de Deus, da Natureza, dos Seres Divinos, das almas e dos homens. Por força dos ensinamentos que ele transmite pelo seu Apocalipse, a pessoa que o estuda ciosamente e o compreende ganha forças extraordinárias para vencer os óbices naturais e artificiais da vida. Passa a Ter mais fé em si mesma, nos seus semelhantes e fé mais sólida na ajuda paternal de Deus e na ajuda fraternal de Jesus. A pessoa não precisa possuir alta intelectualidade ou erudição. Só precisa saber sentir e usufruir desses ensinamentos. Não importa que a pessoa seja analfabeta a ponto de não saber assinar o próprio nome. Se ela ouvir uma “trombeta” bem afinada que lhe toque nos ouvidos, dentro do padrão de sua capacidade, poderá sentir e compreender as mensagens do Apóstolo tão bem quanto o erudito. Questão de esforço, boa vontade, e tempo. Isto para todos os citados. Isto é: eruditos, medianos, e pobres de intelecto. Digo isto por experiência fundamentada na prática. Principalmente em conversas ocasionais com pessoas interessadas no assunto. Passemos aos versículos.

Vers. 1 Este “fez-se silêncio no céu quase por meia hora” significa um chamamento para que o leitor dos textos dele preste toda a atenção ao que passa a dizer. É o mesmo que dissesse: concentre-se e esqueça tudo o mais e se prepare para meditar sobre estas mensagens. NO TA Por meditar entendo o que ocorre comigo ao ler o texto e tendo visão das mensagens com imagens ativas, conformadas e/ou configuradas como pensamento vivo do Apóstolo. Sem que pensamentos estranhos ao assunto venham interferir. Então, Jesus abre o sétimo selo. Vers. 1 e 2 Isto é, Ele autoriza sejam divulgados outros segredos que ainda estavam fechados para almas e homens até aquela data. Segredos de acontecimentos naturais e humanos que iriam suceder no futuro. Em cujo futuro tais profecias seriam interpretadas pela visão circunstancial dos acontecimentos, tanto os de caráter natural, isto é, geológico, climático, atmosférico, quanto os acontecimentos elaborados pelos homens. Acontecimentos construtivos e destrutivos. Vers. 3 ao 5 Quanto aos versículos 3, 4, 5, em se aplicando para a metáfora “altar” a imagem da Terra, teremos: O “incensário de ouro: por imagem do Poder Onisciente e Justo de Deus. O “muito incenso”: por imagem da Vontade de Deus. As “orações de todos os santos”: por imagem da soma de todas as súplicas que tivessem sido feitas desde os primórdios da Humanidade até aquela data em que o Apóstolo escreveu. Súplicas sinceras (santas) que todo e qualquer ser, seja humano, seja divino, eleva ao Criador solicitando a extinção das dores e/ou sofrimentos pelos quais almas e homens passam no caminho da evolução nos céus e/ou círculos inferiores do âmbito da Terra.

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E súplicas no sentido de que Ele antecipe a volta do Paraíso terreno. Isto é, um ambiente natural sem as hostilidades dos cataclismos que vergastam a Humanidade e sem a hostilidade das almas e homens perversos que infestam o ambiente terreno e, ainda, sem as hostilidades comuns ou naturais como doenças, calores e frios excessivos, etc. Para nossos sentidos é estranho o fato de que as súplicas e os louvores permaneçam impregnando espaços, indelevelmente, conforme o Apóstolo escreveu. E vão-se acumulando ante “o trono de Deus” assim como as rochas das montanhas acumulam-se nas linhas do horizonte por séculos e milênios. E, se se desgastam, renovam-se pelas “orações dos santos” nos momentos de oração. No tocante ao: “e foi-lhe dado muito incenso” é uma alegoria de poder energético mental e físico, de natureza benéfica emanada por celestes e por terráqueos (homens), o qual se acumula pelos espaços na amplidão e vagueia por canais cósmicos, quando acionado e dirigido pelos seres Celestes mencionados pelo Apóstolo. Ao utilizar o incenso e a sua fumaça para figurar um poder de natureza virtuosa, isto ele fez pelo fato que o perfume emanado dele é o mais suave e delicioso entre todos os perfumes. Ele leva facilmente o ser que o aspira a um êxtase suave bem confortante para uma reunião religiosa. É de tal modo que sensibiliza, ao mesmo tempo, o espírito, a alma e o corpo, os quais se quedam enlevados de um modo sentimental sui-generis, propiciando à pessoa chegar ao regaço Divino por momentos. Por esta razão o incenso sempre foi sagrado pelos sacerdotes do mundo todo pelos milênios a fora... Nestes termos, no versículo 4: “o fumo do incenso” que sobe “da mão do anjo até diante de Deus” significa: um poder

mental acumulado, que provém das mentes de bilhões de seres humanos e celestiais. À semelhança do fumo do incenso a perfumar os louvores e súplicas e cantos na hora da missa ou do culto. Pois bem. Nestes quatro versículos o Apóstolo fala de poderosas virtudes acionadas por celestes e terrestres. Vers. 5 a 13 Do 5o ao 13o , porém, ele apresenta profecias catastróficas que fazem gelar até os ossos de um cristão. Entretanto, no que tange a cataclismos, sempre houve e haverá ainda por séculos. Hoje, estes não pegam as populações de surpresa em virtude de as instituições que os estudam e prevêem alertarem a tempo de elas se resguardarem. A desgraça tem-se tornado maior do que há quinhentos ou há trezentos anos, devido ao crescimento das populações. Onde não há gente nem habitação, nem lavoura, não há catástrofes a lastimar. Nestes versículos ele está profetizando desastres mentais, originados na cabeça de cada pessoa por seu mau comportamento e, por conseqüência, da soma de cabeças que proporciona as Coletividades humanas. E estas geram as grandes calamidades e hecatombes bem maiores do que as catástrofes ocasionadas pela Natureza. Apenas a primeira Guerra Mundial matou mais gente e destruiu mais patrimônios do que as catástrofes naturais em quinhentos anos! A grande finalidade das catástrofes é a de despoluir a atmosfera e provocar as acomodações necessárias ao Planeta. E, na conformidade com o aumento populacional, a maior finalidade é a de despoluir e/ou humanizar a atmosfera mental; “o grande dragão vermelho” e as “bestas” mencionados nos capítulos 12 e 13. Creio que, pelo exposto, o prezado leitor já estará equipado para interpretar este e outros capítulos.

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Não obstante, quero apresentar alguns comentários por subsídio. Ao basearmo-nos na declaração de Jesus: “Não cuideis que vim trazer a paz, mas a espada”(vide S. Mateus, cap.10, vers. 34) e vers. 35: “ ...dissensão”, já encontramos esclarecimentos para boa parte deste Capítulo 8. Ora, Ele sabia, perfeitamente, que a sua proposta de paz iria gerar “vozes, trovões e relâmpagos e terremotos” religiosos, políticos e filosóficos, pela parte contrária, o “Grande Dragão vermelho”. Como aconteceu na época e vem sucedendo por estes dois últimos anos. A “Sua” espada simbólica representa o poder da Sua sabedoria, o poder emanado por Suas palavras e o poder difundido pelo Seu comportamento exemplar. Estes três substantivos reforçados pelo adjetivo exemplar representa o imenso poder da Sua “espada”. Poder pelo qual Ele fora investido por Unção do PAI. Nesta conjuntura Ele é a “Estrela da Manhã” que desceu à Terra. E a Sua “espada” é o PODER que Ele terá utilizado e utilizará após o Juízo Final quando novo plano evolutivo da Terra e de sua Humanidade entrará em execução. Por esta explanação o leitor poderá entender o simbólico “ ...fogo do altar” que o “anjo” “ lançou sobre a terra...”( do versículo 5). No versículo 7: “e houve saraiva” representa forças e poderes emanados pelos Seres que compõem a Hierarquia Divina. Poderes mentais. E físicos da Natureza. O “fogo misturado com sangue” representa: o “fogo” a ação dos poderes dos Celestes conjugados com a ação dos terrestres (homens). E o “sangue” representa o sofrimento e morte provocados pela luta proporcionada pelo poder contrário em sua reação rebelde contra os Ditames Divinos. Essa simbólica “queimada” da terça parte da “ terra”, da terça parte “das árvores;

e “ toda a erva verde”, eu compreendo que se trata do resultado do saneamento conseguido pela Hierarquia Divina desde a época em que o Apóstolo escreveu estas profecias até o final dos anos 1800. Resultado que podemos analisar através de todas as Ciências e Tecnologia. E considero até os anos 1800 pelo fato de que o Apóstolo alerta: “Ai! Ai! dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar”. E convencido pela razão relativa ao perfil alegórico traçado por ele para a “5ª trombeta” e “6a trombeta”. Pelas quais se desvelam quadros de progresso destrutivo que se sucederam pouco antes, durante e depois da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais, conforme aos textos do Capítulo 9. Substituindo-se o verbo “queimada” pelo verbo “transformada” chega-se à conclusão que as profecias realizaram-se nessa época no tocante ao movimento destrutivo. Nos setenta anos que se passaram ocorreu uma transformação pela reconstrução elaborada pelos povos atingidos por essas guerras e outras de menor porte. Entrementes tem estado havendo uma inusitada depreciação moral, que deverá ir se reabilitando, paulatinamente, nos próximos setenta anos. Visto que a partir do ano 2001 se inicia o ciclo de regeneração, durante o qual “o Diabo ou Satanás vai sendo aprisionado no abismo”, segundo profetizado por São João no Capítulo 20. Então podemos entender que pelas duas guerras foi destruída a terça parte do patrimônio dos Países que participaram ativamente delas (“ terra”). E morreu a terça parte das gentes que participaram direta e indiretamente das batalhas (“árvores”). Esta expressão: “e toda a erva verde foi queimada”, trata dos hábitos e costumes que seriam transformados, a partir dos anos 1900 como podemos verificar ciosamente através dos passos das Artes e Ofícios e

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Ciências. Mais acuradamente pelos registros fotográficos e filmes cinematográficos que hoje pontilham nos sistemas de televisão. Caro leitor: Pare um pouco e medite sobre a grandeza eloqüente da expressão literária do Apóstolo neste versículo 7. E evidentemente nos demais onde circunscreve um imenso caudal de fatos e acontecimentos vindos dos céus e da terra! Basta-nos, apenas, observar uma queimada no campo, ou mesmo imaginar, para em conexão ver e sentir a realização das suas profecias! Com a pluma em punho ele nos leva a uma visão segura das transformações sociais e ambientais que vêm se processando neste “Século das Luzes” que já preparou os destinos para o “Século da Justiça Social”, o Século XXI que já reponta no horizonte dos tempos. Do versículo 8 ao versículo 12 ele repete praticamente o mesmo idealismo com figuras literárias em diversos coloridos. E a cada versículo ele nos dirige a variados pontos de observação no grande horizonte da movimentação humana, e também, de um modo bastante sensível para a imaginação, leva-nos a sentir a movimentação, abstrata para nós, no universo espiritual. O qual, como diz bem Nostradamus: “Tenho a cabeça tão perto do céu quanto meus pés estão plantados sobre a terra”, está unido ao universo terreno. Apenas está invisível para os seres humanos. Sim, porque a vida é permanente para o espírito! Provisória para o corpo! Pelo comentado, acredito dispensável comentar mais sobre estes versículos. Pois, repito, minha intenção é a de incitar e excitar o leitor a escrever a interpretação própria. Mesmo que seja apenas por diletantismo. Mesmo só para você. Por isto, repito: embora eu esteja escrevendo esta obra em mais ampla forma em relação ao que fiz em 1981 no livro “Apocalipse Total”, é que lhe ofereço estes subsídios.

Se você assim o fizer, tenho certeza, assimilará melhor os ensinamentos do Apóstolo, os quais foram ditados pelo Cristo Jesus. E fortalecerá a sua fé em Deus, em Jesus e em Sua imensa Hierarquia proporcionada por Anjos, Espíritos, almas e homens. Alem disso, obterá horas ditosas a viver e a conviver com o Apóstolo em viagens homéricas pelos universos das Realidades da Vida nos céus e na terra. Tente e depois me conte, sim? Mesmo assim, quero tecer alguns comentários. Esse “mar” no versículo 8 podemos considerar o mundo humano e o mundo espiritual. O “monte ardendo em fogo” podemos considerar uma excitação provocada pelos seres Celestes nas energias ambientais. Mentais e físicas. Para impelir os celestes e os terrestres a ações construtivas. Evidentemente, tais excitações provocam reações “queimas e queimadas”. Da mesma forma que as queimadas nos campos e florestas, nas quais depois tudo recomeça a vicejar com maior vigor. “e tornou-se em sangue”: com isto o Apóstolo aponta o óbvio mostrado pela nossa experiência. Pelo embate entre forças e poderes positivos e negativos haverá sofrimento e morte ( “sangue”). E tem havido! No versículo 9 ele profetiza: “E morreu a terça parte das criaturas...” Tomemos “as criaturas” não só as pessoas. Tudo, porém, que pode ser criado no espaço e no tempo. Tudo que tem sido criado. Mental e fisicamente. Fazendo-se uma análise pela síntese destes assuntos chegamos a uma visão mais precisa dos fatos, quanto às causas e efeitos.

“e perdeu-se a terça parte das naus”. Ora, da mesma forma que as

Empresas de Navegação perdem naves por acidentes e constróem novas e mais modernas, do mesmo modo as Organizações Governamentais e as particulares falem e novas Organizações as sucedem. Não é?

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Então, estas “naus” significam: Países, Nações, Empresas, Instituições Políticas e Religiosas, etc. No versículo 10 o Apóstolo inspira os mesmos fatos do versículo 9, porém especificando causas físicas e mentais que provocam sofrimentos aos homens. E estas causas são produzidas pelos homens por força das transformações científicas dos produtos naturais, negligenciando no cuidado que devem ter com a POLUIÇÃO. Destes fatos o leitor tem grande experiência na pele. Não é?

E com o mesmo tipo de negligência a Moral, também, vai sendo poluída. Este é o fato mental envolvido por esta profecia. Na parte do mental “rios” representam as Instituições culturais: religiosas e profanas. As “fontes” representam o cérebro de cada pessoa ( e de cada alma) e, por conseqüência, de todos.

O “morreram das águas” envolve o sentido literal e o sentido esotérico. Físico e mental, também.

Morte literal do corpo. Opressão do espírito., em cuja situação de angústia e frustração consciencial causa sofrimento similar ao que se sente ante a morte do corpo. À semelhança do sofrimento do condenado à prisão perpétua ou à pena de morte.

No versículo 12: “Sol”, “ lua”, “estrelas”, também são metáforas com sentidos ambivalentes para o físico e o mental.

No sentido físico estamos vendo a poluição com os seus efeitos nebulosos.

No sentido mental, percebemos a poluição mental com os seus efeitos nebulosos.

O Apóstolo ressalta que esse mal afeta a Terça parte do ambiente da Terra e do ambiente das almas. Digo das almas porque compreendo que há permanente interação entre os dois mundos. Da mesma forma e modo que há interação entre o corpo e a alma; e entre ambos e o espírito.

Este “sol” simboliza: a consciência e a morte do espírito. Esta “ lua” simboliza o

cérebro do corpo e, ao mesmo tempo, o cérebro da alma. Digo cérebro da alma porque ele é similar ao do corpo. Não obstante sua natureza ou contextura seja sutil. Invisível aos nossos olhos.

Estas “estrelas” simbolizam os mundos espirituais ainda poluídos por emanações da Terra e por emanações mentais dos habitantes da Terra.

Ao finalizar este Capítulo 8, no versículo 13 o Apóstolo lança um alerta aflit ivo para os nossos tempos, cujos acontecimentos também se fizeram sentir desde o final dos anos 1800 e são visíveis e sensíveis até esta data.(abril/98). NO TA Devo repetir: o leitor precisa ler a interpretação em confronto com os versículos do Apóstolo. Lendo apenas a interpretação conturbará o entendimento.

CAPÍTULO 9 A QUINTA TROMBETA

NO TA Esta quinta “trombeta” é a profecia que diz respeito ao surgimento do petróleo como energia processada para a movimentação dos transportes, dos complexos industriais, etc., cuja utilização maciça teve início no dealbar dos anos 1900. Com o advento dos automóveis, aviões, barcos, equipamentos industriais, etc. Entretanto, o Apóstolo dá maior ênfase profética ao Poder Destruidor (“Abadon ou Apolion”) que seria desenvolvido pelos homens pelo fato de seus cérebros estarem ainda pervertidos pelos instintos satânicos. E é o que ainda está ocorrendo neste final do século XX com o maravilhoso engenho do cérebro humano ( “a besta que subiu da terra”) a criar e a desenvolver o imenso arsenal com seu poder militar. Por boa sorte da Humanidade, mais pela Graça de Deus, esta insanidade estará

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restringida e, quiçá, suprimida em 150 anos. Portanto, pelos arredores do ano 2050, conforme a profecia do Apóstolo vazada nos versículos seguintes. Esta “estrela”: “e vi uma estrela que caiu do céu na terra” é metáfora de Poder Científico e Tecnológico. Poder divulgado pelo “anjo”, o qual é metáfora de Hierarquia Divina. Isto significa que almas missionárias dotadas de conhecimentos científicos e tecnológicos, ainda desconhecidos na Terra, viriam ao Planeta, na figura de cientistas: inventores e subordinados, em todos os segmentos da Tecnologia. Esta profecia está sendo realizada à risca! Vers. 1 E: “e foi-lhe dada a chave do poço do abismo”. O que significa: e foram dadas ao complexo científico da Terra as chaves das capacidades energéticas do petróleo que estava guardado nas jazidas ou poços abissais sob a terra. Por conseqüência, também, os segredos foram abertos para a utilização de outros minerais que jaziam e jazem em profusão no abismo da terra. Vers. 2 No versículo 2, em arroubo poético, ele profetiza o recrudescimento do uso do petróleo, como estamos vendo nos dias de hoje. Com o uso do qual, por negligência no que tange a uma necessária anulação dos efeitos prejudiciais dos gases, resíduos e cinzas dispersados pelos veículos e máquinas estará surgindo a POLUIÇÃO ambiental a escurecer o sol e o ar. “Como o fumo de imensa fornalha”. NO TA Em profecias deste gênero, sempre os Profetas facultam-nos figurar as causas e efeitos mentais correlacionados com as causas e efeitos físicos. Neste caso, a correlação é bastante evidente. Tanto no sentido destrutivo quanto no sentido construtivo.

Estamos verificando no dia-a-dia a ação e a reação entre o progresso e o insucesso para o necessário Bem-Estar humano, promovido pelas Ciências e pela Tecnologia. Não é? Nisto está o valor destas profecias mostradas e ditadas por Jesus ao Apóstolo para que ele as escrevesse para nós, a fim de que os homens desenvolvessem as asas do progresso dentro da melhor prudência. O “anjo” do progresso, porém, alcançou a Humanidade com velocidade espantosa, de tal forma que não tem havido tempo nem meios econômicos-financeiros suficientes para impor as virtudes da prudência. Em todo caso, já está sendo movimentada uma ação contra os efeitos da poluição ambiental. De modo que, dentro de uns setenta anos, o progresso físico e o mental estarão muito beneficentes e pouco maleficentes em relação a esta nossa época. Vers. 3 ao 5 Do versículo 3 ao 5 o Apóstolo fala a respeito dos veículos e equipamentos que Deus e Sua Hierarquia, e mesmo os homens de Boa Vontade, queriam e quererão sejam utilizados para o Bem estar humano. Por insânia dos instintos, porém, os homens passaram a usar e abusar para destruição e sofrimento. Tornaram-se “gafanhotos” com poder de “escorpiões”. Os tormentos acidentais e os tormentos intencionais estão bem profetizados nestes versículos. Mas, devo repetir, o Apóstolo dá grande ênfase ao fato de que não é da intenção de Deus que isto deveria acontecer, conforme ele escreve no versículo 4. Vers. 6 No versículo 6 ele profetiza um surto de angústias e desespero que alcançaria grande número de pessoas que, sentindo-se frustradas, procurariam a porta sinistra do suicídio. Sendo, porém, a alma imortal é evidente: “e não a acharão e a morte fugirá deles”.

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Vers. 7 ao 12 Do versículo 7 ao 12 ele profetiza o surgimento dos aviões. Pelos perfis mencionados ele estava olhando para aviões ainda movidos a hélices, que eram usados no período da II Guerra Mundial. Portanto, esta profecia especifica os anos de 1940 a 1950. Nessa época a estrutura dos aviões realmente tinha a aparência de gafanhotos. As tais “coroas semelhantes ao ouro” só podem ser as hélices girando e reverberando à luz do sol. Quanto a: “e os seus rostos eram como rostos de homens” significa que, tendo visto aviões pela primeira vez, antes que alguém dissesse o que eram, e que nome iriam ter, ele aplicou “rostos” no sentido de inteligência. Ou, observando de longe e vendo uma figura de homem (apenas dos ombros para cima) com máscara e óculos baixados, como os aviadores usavam principalmente quando pilotavam aviões abertos do tipo “ teco-teco”, ele supôs que aquela figura fazia parte da estrutura do aparelho. E deve ter pensado que aquela figura semi-humana que enxergava na visão fosse o cérebro do aparelho. Vers. 8 No versículo 8 ele diz que os estranhos “gafanhotos” tinham cabelos “como cabelos de mulheres”. Isto demonstra que ele via, de longe, uma esquadrilha voando. A fumaça escura e ondulante expelida pelos motores inspirava “cabelos de mulheres”. NO TA O prezado leitor está confrontando a leitura com os textos do Apóstolo?

Se você não confrontar cada versículo do livro com cada versículo do original de sua Bíblia, ou do mesmo original que transcrevo fielmente neste livro, você vai se perder e perder tempo. Não poderá compreender e vai ficar aborrecido.

Isto aconteceu com o livro “APOCALIPSE TOTAL” editado em 1981.

Encontrei algumas pessoas que apenas leram, sem confrontar, que me disseram “ter entendido quase nada!”

Quanto a: “os seus dentes eram

como de leões”, ele está falando do poder destruidor que os aviões têm, com metralhadoras, canhões e bombas. Hoje, com mísseis.

Vers. 9 No versículo 9 o Apóstolo demonstra não conhecer o alumínio, ou o duralumínio, ou o aço inoxidável usados para a construção dos aviões.

Mas, descreve bem: “E tinham couraças como couraças de ferro”.

O ruído dos motores ele descreve poeticamente “como ruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate”. As caudas dos aviões realmente são “semelhantes às dos escorpiões”. Quanto aos “aguilhões em suas caudas” está-se referindo às metralhadoras e bombas. Ao afirmar: “e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses”, eu compreendo que está profetizando: por 150 anos. Do mesmo modo que profetiza o “ tormento semelhante ao tormento do escorpião” “por cinco meses”( cento e cinqüenta anos). Portanto 5x30 dias = 150 dias que, em linguagem profética, representam 150 anos. NO TA Devo esclarecer que horas, dias, semanas, meses, anos, utilizados pelos Profetas sempre têm valor simbólico. E a interpretação deles depende da idéia central que envolve as frases e sentenças. Podem representar anos, séculos ou milênios. É o caso típico das genealogias registradas no Velho Testamento, sobre as quais não me é possível comentar neste livro por ser assunto amplo.

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Faço, porém, a seguinte menção: Todas estas genealogias referindo-se à idade de cada personagem bíblico correspondem a ciclos de tempos (aproximadamente) ao número dado. E cada ciclo corresponde a uma determinada fase do PLANO DIVINO DE EVOLUÇÃO do ambiente da Terra e de todas as suas criaturas e Seres. É como o caso de Noé, que viveu 950 (novecentos e cinqüenta) anos. (Vide Gênese, cap. 9, vers.29). Noé, em hebraico, significa “repouso”. Depois do Dilúvio viveu 350 anos. (Gênese, cap. 9, vers. 28). Isto significa um longo tempo proporcionado por 950 ciclos de descanso, mais propriamente, de acomodação geológica do Planeta na fase de preparação climática que permitiria o surgimento de todos os seres vivos a ser espalhados pela superfície da Terra. Então, os últimos 350 ciclos mencionados no versículo 28 foram os tempos em que se deu a “criação” e evolução física ou material dos seres. Inclusive do Homem. Evidentemente, este grande ciclo de Noé está integrado aos outros ciclos mencionados, desde o primeiro, que é o de Adão. A “arca” é símbolo literário da Terra. Noé e esposa, e seus filhos e esposas, simbolizam gerações humanas mais aperfeiçoadas que foram substituindo os humanos das gerações anteriores. Aqueles que foram “tragados” pelo “dilúvio” dos tempos. O homem Moisés era um MAGO de grande sabedoria. Conhecia bem os fatos que registrou a respeito da criação e evolução da Terra, e dos seres, cujos fatos redigiu em literatura esotérica à guisa de lembretes científicos.

Lembretes extraídos dos arquivos imemoriais da TRADIÇÃO, que iam sendo guardados e aprimorados no suceder dos tempos pelos Magos ou Mestres que se

dedicavam à teosofia e teologia desde os primórdios da Humanidade.

É evidente que tais Magos possuíam o mérito de intercomunicar-se com os Seres Celestes, os quais, naturalmente, lhes transmitiam informações a respeito dos fatos visíveis e invisíveis para os seres humanos em geral.

Portanto, recebiam conhecimentos sobre as Ciências exotéricas e esotéricas. Das quais Moisés foi o primeiro a retransmitir por escrito, de forma durável por força da simbologia e das alegorias. Embora que, por motivos e razões sensatos, aludidos pelos Celestes, ele escreveu em forma obscura, a qual é nomeada por forma esotérica, ou ciência oculta.

E o mesmo tem sido feito pelos Profetas que surgiram posteriormente do seio do povo hebreu. No exposto está o caso do Apocalipse do Apóstolo João Evangelista.

Entrementes, baseando-me em informações de mestres em Teosofia, Moisés era um Anjo Missionário na Hierarquia do Arcanjo Miguel. Razão pela qual ele tinha o mérito de falar com Deus. Conforme está registrado no Velho Testamento.

De acordo com estes fatos, fica muito engraçado ver uma porção de cientistas escavando as encostas e sopé do Monte Ararat, à procura da lendária arca de Noé! Não é?

Pois bem, voltemos aos “cinco meses”, ou 150 dias, que, no caso dos versículos 5 e 10, correspondem, profética e/ou esotericamente, a 150 anos. Esta profecia é uma promessa alvissareira para as Gerações atuais e as que virão até o ano 2050, aproximadamente. São João está profetizando que os veículos de transporte e máquinas industriais que hoje ainda são movimentados pelas energias oferecidas pelo petróleo deixarão de serem usados e ABUSADOS pela finalidade militar de atormentar as gentes. Com o peso da morte e o peso da destruição dos bens que Deus e os homens trabalham

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por criar e oferecer, a fim de que vivam o mais confortavelmente possível. Neste fim do século XX já estamos observando vários acontecimentos importantes para a paz social e paz universal serem conquistados pelos homens. Dentro destes 150 anos profetizados. Digo acontecimentos políticos, religiosos e científicos. Esse: “anjo do abismo” mencionado no versículo 11 simboliza o poder mental destrutivo gerado pelos cérebros humanos, cujo “anjo” anima a prática da destruição. À semelhança do poder dos terremotos gerados no abismo da Terra e que vêm provocar as destruições e mortes. O “anjo” Abadon, ou Apolion, cuja tradução para o português é “Destruidor” ou “poder de destruição”. Passemos à Sexta “ trombeta”.

A SEXTA TROMBETA NO TA Pela “Sexta trombeta”( Sexta revelação) São João profetizou os acontecimentos da II Guerra Mundial ocorrida de 1939 a 1945. Vers. 13 No versículo 13 a alegoria: “e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de Ouro” trombeteia para nós o fato de que no Mundo Divino a Hierarquia é suficientemente informada e adestrada para preparar o ambiente da Terra para as fases de progresso material e progresso espiritual, com ampla antecedência. Neste versículo 13 ele evidencia que: há mais de 2000 anos era sabido pelos Celestes que o engenhoso cérebro humano estaria capacitado para criar o complexo tecnológico, do qual ele menciona parte. Acredito que foi mostrado a ele mais do que a visão que ele narra com originalidade. Narração que nos permite interpretar para conhecer nos tempos a época em que as profecias serão realizadas, como no caso deste Capítulo.

Vers. 14 Esses “quatro anjos” do versículo 14 é um simbolismo de poderes mentais destrutivos concentrados na atmosfera da Terra, aos quais o Apóstolo simboliza por “grande dragão vermelho” no Capítulo 12. Portanto, concentrados como em um reservatório junto à Terra “presos junto ao grande rio Eufrates”.

A bacia do rio Eufrates era na época uma região muito fértil e bela. Com isto o Apóstolo está simbolizando as capacidades criativas do “rio Humano” dentro do ambiente fértil e abastado do Planeta.

Vers. 15 No versículo 15 a menção: “a fim de matarem a terça parte dos homens” costuma levar os intérpretes pouco habilitados a considerar um castigo projetado há dois mil anos, por Deus, contra os homens. Não! É um autocastigo previsto pelos Celestes, em razão do mau comportamento de almas e homens que habitam a face da Terra. Estas visões do Apóstolo comprovam a capacidade inteligente dos Celestes, extraordinária para nós -- no “pré ver” as causas e os efeitos que promovem os acontecimentos materiais, físicos e mentais – disciplinados por destinos e circunstâncias. Vers. 16 Impressionou-me o fato de ele projetar o número de combatentes diretos e indiretos que participariam e participaram na II Guerra Mundial, quando ele escreveu no versículo 16: “E o número dos exércitos de cavaleiros era de duzentos milhões, e ouvi o número deles”. – Que precisão prodigiosa! Somando-se os militares e os civis que proporcionaram os esforços de guerra das Nações envolvidas nesta Guerra vamos encontrar o “número de exércitos dos cavaleiros” simbolizados por ele. E, conforme as estatísticas publicadas que tive a oportunidade de ler, o número de mortos nesta Guerra foi da ordem de sessenta milhões de pessoas envolvidas por ela. Portanto, “a Terça parte dos homens” do versículo 15.

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Vers. 17 ao 19 Nos versículos 17 a 19 ele narra a visão dos veículos e equipamentos (“os cavalos”). Mormente os tanques, aviões, canhões, metralhadoras e munições. E é importante notar que no vers. 18 ele está especificando um fato comum: “ ... foi morta a terça parte dos homens, ... isto é, o corpo do homem; visto que o espírito e a alma não morrem. No versículo 19 ele especifica os canhões: “ ... semelhantes a serpentes”, ... “... e têm cabeças, ...”-- as bombas. Vers. 20 No versículo 20 ele profetiza sobre a postura perniciosa dos homens, mantidas a despeito da experiência sacrificante pela qual passariam. E passaram! “Não se arrependeram das obras de suas mãos...” Continuaram a adorar os “demônios” dos desejos: ambição, usura, fama, ódio, crueldade, vingança, etc. E os luxos materiais e o dinheiro: “ ídolos de ouro, de prata... que nem podem ver, nem ouvir, nem andar”. Idolatria a imagens de santos, a talismãs, etc. E também a ídolos políticos e a guerreiros e a místicos de segunda categoria, etc. Vers. 21 No versículo 21 ele encerra este capítulo 9 com quatro instintos ou tendências básicas fixadas muito a gosto no cérebro humano e em almas inferiores. De cujas tendências derivam centenas de outras, como bem conhecemos e não conseguimos nos desligar delas. Não é, caro leitor? NO TA IMPO RTANTE- Voltando aos vers. 7 a 12 somos levados a antever o esgotamento das jazidas de petróleo logo após o ano 2050. Nessa época deverá entrar a utilização de outras fontes de energias mais potentes e menos poluidoras para mover todo tipo de veículos terrestres, marítimos e aéreos.

E os artefatos produzidos vindos dos subprodutos do petróleo virão de outras fontes previstas pela Providência Divina.

Não profetizo, antevejo que, também, a partir daquela época haverá um consenso inteligente e humanitário para eliminar a necessidade de guerras e revoluções. Por conseqüência, desaparecerá o militarismo com a sua hediondez.

Assim, não haverá a produção de veículos e equipamentos a serem utilizados para a destruição e a morte.

Quanto aos aviões militares baseio essa antevisão no que escreveu Nostradamus na carta ao Rei Henrique: “... e antes daqueles acontecimentos alguns pássaros desconhecidos criarão e gritarão pelos ares Huy, Huy, e depois de algum tempo desaparecerão. E depois que esses golpes tenham durado o bastante, será quase renovado um outro reino de Saturno (Saturno – símbolo da Justiça Social, Sabedoria e Fraternidade) e Século de Ouro”.

Sobre esta Carta ao Rei Henrique, o leitor interessado encontrará maiores detalhes no livro “Assim Falou Nostradamus”, deste autor.

CAPÍTULO 10 É COMIDO POR JOÃO UM LIVRINHO

TRAZIDO DO CÉU

NO TA Em síntese, este livrinho simbólico retrata os conhecimentos e experiências que o Apóstolo já possuía, mais as experiências e informações que esteve recebendo naquele Céu. Vers. 1 Este “anjo forte” mencionado no 1o versículo evidentemente é metafórico. Não se trata de um ser. Trata-se de um imenso poder inteligente manejado e disciplinado pela Hierarquia Divina. Partindo do princípio hermético que diz: “O que está embaixo na terra é semelhante ao que está em cima no céu”

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qualquer pessoa vem compreender, facilmente, este fato do “anjo forte”. Escrevo semelhante! Não igual! Semelhante no conteúdo. Não na forma. Semelhante no espírito. Não no corpo. Tomando a Terra como miniatura do CÉU, como o é na realidade você já tem condições de compreender o que o Apóstolo está dizendo com referência a esse poder inteligente da metáfora “anjo forte”. TUDO que existe nasce e deriva de um princípio ÚNICO. Este princípio único é denominado “Energia Pura Universal”. Ou ÉTER. É uma questão, apenas, de nomenclatura a ser convencionada por mestres e/ou Entidades religiosas e científicas. Como já esclareci em páginas anteriores: as COISAS – mentais, físicas e materiais – sobrevêm por transformações desta Energia pura em suposta energia impura. Ou da Energia Sutil em energia densa em graduação necessária às formas que delas nascem. Assim nasce cada campo de força inteligente que se manifesta na forma ou corpo. Nasce o átomo, a molécula, o grão de areia, a montanha, o mar; eu, você, nós. Assim está a Vida no ar, na água, na terra. Do mesmo modo: o meu espírito, a minha alma, o meu corpo. Cada um com o seu grau ou padrão energético apropriado. Por este raciocínio Lavoisier expôs a grande máxima: “Nada se cria, nada se perde. Tudo se transforma”. Por isto, São João usou a figura do “anjo forte” para nos permitir compreender a atividade majestosa que VIVE na NATUREZA, cuja atividade é manejada pela Providência Divina. No caso deste versículo, ele está falando de uma fase, ou ciclo, de trabalho da grande Hierarquia; trabalho que envolve aquela data ( 1o século d.C.) até estes nossos tempos, e além; dentro do Plano Divino de

Evolução da Terra e de seus seres, e de coisas ou criaturas. E posso dizer mais. A descrição que ele faz do “anjo” é semelhante ao que pode ser descrito para qualquer pessoa. Para mim ou para você. Uma pessoa clarividente olhando para você – você que é dotado de todo tipo de energias, desde a pura até a mais densa, formando um campo inteligente, individual, -- descreveria a sua figura algo semelhante. O seu cérebro “vestido de nuvem”. Sobre sua cabeça “o arco celeste” que é a mente de seu espírito. A sua inteligência e “o seu rosto era como o sol”. E os seus pés “como colunas de fogo”. Para o leigo: “ isto tudo é demais para sua cabeça” – como expressa um ditado brasileiro. Não é? Não importa. O leitor que não entendeu ao ler, e ao estudar sozinho, em alguma ocasião receberá esclarecimentos mais concretos da parte de alguém. Tenho experiência de, ao conversar com pessoas até de pequeno nível escolar sobre vários temas do Apocalipse, mormente sobre as “bestas”, elas entenderam. E compreenderam melhor sobre as Promessas sublimes para após o Juízo Final. Assisti, na TV, algumas preleções de Frei Herculano Alves, frei português, em uma de suas passagens aqui pelos Estados Unidos, em linguagem popular, ao nível de qualquer escolaridade. Ele é um dos poucos que tenho encontrado com bons conhecimentos deste livro do Apóstolo João.

Faço estas menções pelo fato de já não poder concordar com o hábito, que já se tornou um dogma, de considerar prudente não falar e não escrever claramente a respeito destas e de outras profecias a pessoas de pequeno nível de conhecimento.

É sofisma! O que pode acontecer de pior é tais

pessoas permanecerem em sua ignorância inata a tal respeito.

Por estas razões, proponho-me a escrever este livro colocando o pouco

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conhecimento que ainda me é facultado à disposição do leitor de qualquer nível de compreensão. E bastante convicto de que se não trouxer boas conseqüências, muito menos trará más conseqüências.

E parto do princípio de que Jesus ordenou ao Apóstolo João que escrevesse sobre tudo o que via e ouvia, para levar ao conhecimento de todo aquele que se interessa por conhecer essas profecias. (Vide o versículo 11 do 1o Capítulo).

Ao agricultor compete lançar as sementes dos cereais na terra de melhor fertilidade. Ele sabe, porém, que certas flores e certos frutos germinam em manchas de terra aparentemente inférteis.

Na pior hipótese ele pode criar um jardim gramado e florido. Não é?

Com esse esforço paciente e ao mesmo tempo produtivo tal agricultor alimentará e embelezará um pedacinho do mundo.

É o que espero deste livro. Vers. 2 No versículo 2 o Apóstolo diz: “e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra”. Com isto, ele está dizendo: Daquele momento em diante um trabalho de transformação mental e física começou a ser executado pelas Hierarquias Celestes sobre o ambiente e sobre as mentes das almas (“sobre o mar”). E sobre o ambiente e sobre as mentes dos homens ( “sobre a terra”). Esse “pé direito” é referente, também, ao hemisfério direito do cérebro humano. Nele estão dispositivos de manifestação da inteligência da alma, em interação com a inteligência do espírito. O “pé esquerdo” é referente ao hemisfério esquerdo onde estão dispositivos de manifestação de inteligência do corpo. Por razões ainda não esclarecidas o cérebro não possui dispositivos apropriados para receber as emissões inteligentes diretamente da mente do espírito. As emissões inteligentes do espírito são recebidas pela mente da alma e retransmitidas para a mente do cérebro.

Para se ter uma idéia desta distinção podemos ter um exemplo pelo aparelho de rádio com ondas curtas, médias e longas. As curtas nunca interferem nas longas. Às vezes, interferem nas médias. As longas, às vezes, interferem nas médias. Às vezes, as médias interferem nas longas. Dependendo de local e de intempéries. Então, essa alegoria do “pé direito sobre o mar” significa a ação de energias ambientais e de energias mentais dos Celestes sobre as mentes das almas. E do “pé esquerdo sobre a terra” significa a ação de energias ambientais e de energias mentais dos Celestes sobre os homens. Estes : “e os seus pés como colunas de fogo” no versículo 1, representa o resultado de atritos entre as energias ambientais e entre as energias mentais. Tanto no mundo das almas ( “o mar”) quanto no mundo dos homens (“ terra”). Visto que as energias sutis que descem em padrão vibratório de maior velocidade chocam-se com as energias mais densas que estarão no padrão vibratório de menor velocidade. É semelhante à energia do sol ao se chocar com uma grande chapa de ferro em dia ensolarado. A chapa fica quente devido ao atrito dos elementos atômicos e outros com o aglomerado da chapa. Nos últimos tempos de um ciclo evolutivo, os fluxos de energias mentais e de ambientais palpitam em fluxos mais rápidos ainda para o saneamento e higienização do ambiente e das mentes. As mentes pervertidas estando em padrão de vibração mais baixo sofrem choques de impulsos irados. Neste particular é que na Bíblia encontramos muitas menções sobre a “IRA DE DEUS”. Como no episódio de Sodoma e Gomorra, no da Torre de Babel, e em outros. O Apocalipse, cap. 19, vers. 15, registra: “e ele mesmo é o que pisa o lagar

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do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso”. Mormente no fim dos ciclos, como o do nosso ( “fim dos tempos”) essa “IRA” de Deus “desce do céu” sobre os homens; e estes ficam muito “ irados” e muito mais AMEDRONTADOS. É o caso típico deste nosso Século XX com seu surto de violência e medo pânico sem precedentes... Vers. 3 No versículo 3, ele diz: “os sete trovões fizeram soar suas vozes...” Repito: o número sete em profecia significa um número indeterminado da coisa mencionada. Então, estes “sete trovões” representam todo tipo de calamidades e, ao mesmo tempo, as vozes dos noticiários emitidos por todos os canais de comunicação. Vers. 4 No versículo 4 ele informa que tinha a intenção de escrever informando claramente o que iria acontecer em cada época. Foi persuadido, porém, a não fazê-lo. Deveria “selar” (deixar em segredo) tanto os fatos quanto as épocas. Vers. 6 No versículo 6 o “anjo” jurou... que não haveria mais demora”. Com isto, está informando, indiretamente, que o nosso ciclo já estava sendo posto em execução. Aliás, o plano de trabalho para nosso ciclo evolutivo. Vers. 7 Depois ele diz no versículo 7 que: “quando o sétimo anjo tocar a sua trombeta se cumprirá o segredo de Deus”. Ora, o texto da “sétima trombeta” refere-se ao Juízo Final. Para o qual no Apocalipse o Apóstolo oferece as profecias seladas ou simbolizadas, porém não abre o “selo” do ano em que se dará o fechamento do Juízo. Ironia da sorte para a nossa curiosidade! Não é, caro leitor? Nostradamus arriscou escrever na “Carta ao Rei Henrique II”, dizendo, ou

melhor, afirmando que o Juízo Final terminará no ano 3797. Portanto há exatamente 1800 anos desta data em que escrevo. No meu livro “ASSIM FALOU NOSTRADAMUS”, já lançado no Brasil em 1999, emiti comentário a respeito dessa data de 3797... Vers. 8 a 11 Finalizando este capítulo 10 o Apóstolo alega que comeu o livrinho: “e na minha boca era doce como mel... o meu ventre ficou amargo”. Cuja interpretação está evidente. Ele viu, ouviu e compreendeu (“comi-o”). E ficou muito feliz com relação às Promessas Divinas de que as Gerações futuras terão a paz e a felicidade na Terra (“na minha boca era doce como mel”). Mas, sentiu-se intimamente amargurado ( “o meu ventre ficou amargo”) porque se condoeu com as angústias e sofrimentos pelos quais as Gerações teriam de passar por aproximadamente 4.000 anos ainda.

CAPÍTULO 11 AS DUAS TESTEMUNHAS

NO TA Entendo que as duas testemunhas citadas neste Capítulo 11 simbolizam o Espírito e a Forma de todos os seres e de todas as coisas ou criaturas existentes no âmbito da Terra. A “oliveira” é símbolo de Vida. Tanto do espírito quanto do seu corpo. Do seu corpo imortal, que compreendemos por “alma”. E da sua forma mortal, que compreendemos por corpo. O “castiçal” é símbolo da Inteligência que está na mente do espírito, e na mente da alma, e na mente do corpo, considerando-se o seu corpo que é concreto e a sua luz no topo, a qual manifesta a existência das energias que são abstratas para os nossos sentidos.

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Portanto, Espírito e Corpo (“oliveira”) são as duas “oliveiras”; as “duas testemunhas” da existência do Criador, “Deus da terra”. Testemunhas para nós, os humanos. “Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra.” Ao mesmo tempo, esta simbologia dá evidência de que toda criatura de Deus nos universos – criatura orgânica e inorgânica – são testemunhas para nós da existência do Criador: DEUS. Pelo exposto, nota-se que o Apóstolo colocou estes símbolos dotando-os de grande amplitude a envolver seres e coisas de natureza concreta e de natureza abstrata. Com isto, uma interpretação sintética ainda fica vaga e confusa. Analisando, porém, com atenção cuidadosa e perspicaz, nos é possibilitado compreender o pensamento vivo colocado em cada versículo. Vers. 1 No versículo 1, esta “cana semelhante a uma vara” é símbolo de ponderação justa. Ponderação na justa medida da capacidade mental de São João. Visto que “vara” representa medida. Então, o anjo estava ordenando ao Apóstolo a se ambientar naquele Céu e a observar tudo quanto possível para a sua capacidade de inteligência e de conhecimento adquirido. Isto porque tudo ali era uma novidade extasiante para ele. Ele estava perplexo. Ainda precisava se familiarizar com aquele lugar no âmbito da Terra, a qual é um dos Templos de Deus, onde o Rei do Universo estava Presente em ocasiões solenes como aquela narrada no Capítulo 4 – “Em Seu Templo”. E local onde estavam presentes Jesus, Arcanjos e Anjos da imensa CORTE de Deus. É como se eles fizessem parte de um “altar”.

E o anjo ainda ordenou que ele observasse de perto como era a natureza das almas puras que estavam ali a servi-los (“e os que nele adoram”). Isto por que João fora incumbido de revelar esses fatos quando voltasse ao seu corpo que estava, sem dúvida, inerme na Ilha de Pátmos, para onde fora degredado por ordem do Imperador de Roma, inimigo feroz do Cristianismo. Vers. 2 No versículo 2 o anjo ordena-lhe que não se preocupasse (“não meças”) com almas e homens que habitavam a face da Terra (“e pisarão a cidade santa”) durante o tempo em que iria permanecer naquele páramo divino.

Mesmo porque aquelas almas, encarnadas ou desencarnadas, estavam destinadas a passar pelo processo de regeneração e/ou santificação, por um ciclo de 1.260 anos (“ ... e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses”). O que corresponde a mais ou menos 4.200 anos; no máximo em se multiplicando 42 x 100 anos e com o mínimo de 1.260 anos. NO TA Esta “cidade santa” é metáfora da Terra.

Este sentido simbólico corresponde ao mesmo sentido da frase dita por Deus a Moisés, pela voz vinda do fogo da sarça: “Tira as sandálias de teus pés porque a Terra que pisas é santa”.

Com isto Ele está afirmando que a NATUREZA do planeta é santa.

A Natureza em si mesma não tem maldade.

Com esta sentença Deus está dizendo a nós, humanos: “Respeitai o chão em que pisais”. Ou: respeitai os valores ecológicos e tereis vida farta e ditosa.

Os “quarenta e dois meses” correspondem a 1.260 dias. Profeticamente representa 1.260 anos e/ou 4.200 anos.

Entendo que o anjo está dizendo ao Apóstolo que havia uma grande expectativa por parte dos Celestes, de que o Cristianismo prosperaria amplamente pela

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força e/ou poder das Artes e das Ciências, todas, que seriam e são utilizadas pelo universo Religioso e pelo universo Científico.

Portanto “as duas testemunhas” simbólicas representam as Artes e as Ciências.

O que pode ser confirmado nos versículos seguintes.

À primeira vista parecerá ao leitor haver um contra-senso de minha parte.

No início do Capítulo afirmo que o espírito e o corpo são estas “duas testemunhas”.

Agora afirmo que as duas testemunhas são: Artes e Ciências.

Não há contra-senso! Mesmo porque em todas as coisas e

em todos os seres há espírito e corpo. Ou, mais propriamente: energia eletromagnética inteligente, e corpo constituído pelas mesmas e mais outras energias que o tornam mais adensado.

Nestes termos as Artes e as Ciências têm o seu espírito e o seu corpo. E, assim, também todos os seres e coisas.

Nestas conjunturas vemos a asseveração do Apóstolo Paulo quando escreveu: “... a letra mata e o espírito vivifica”. (Vide II aos Corintos, Capítulo 3 vers. 6).

Neste caso, a letra ou escrita aparece aos nossos olhos morta na forma ou corpo, porém viva na manifestação do pensamento vivo. Ambos, sempre, vivos. Sempre em atividade recíproca.

O meu, e o seu espírito, sempre em atividade. Em atividade perene, imortal em reciprocidade com a alma. Quando encarnado, em atividade recíproca com o corpo pelo tempo que este durar.

Este esclarecimento todo auxiliará o leitor a compreender este Capítulo e naturalmente os demais.

Outrossim, para Artes estou aplicando a concepção para todas as artes e ofícios. Todo e qualquer trabalho feito com boa vontade no sentido de progresso mental, físico e material.

Assim sendo, a Ciência e/ou Conhecimento é o Espírito. A Arte é o corpo manifestante, ou forma.

Qualquer serviço em ação construtiva concebe a atividade da ciência e da arte engendrada pelo indivíduo que executa tal serviço. Em qualquer uma das funções profissionais. E mesmo em função diletante.

Até mesmo nas artes causadoras de resultados destrutivos, como os artifícios da guerra. Sim, porque a guerra é o pior inimigo das criaturas de Deus. Não obstante beneficiar uma parte das populações nos entretempos de paz. Não é? Vers. 3 Por esta exposição vamos observar no versículo quem é o “anjo” (poder divino): “darei poder às minhas duas testemunhas”.

Com isto ele está informando que a Providência Divina estará sempre auxiliando o progresso das Artes e Ciências que vão sendo desenvolvidas pelos homens.

E: “e profetizarão por mil e duzentos e sessenta dias”.

É estranho eu interpretar “as duas testemunhas” colocando Ciências e Artes como profetas, não é?

Raciocinando, porém, nas minúcias a proposta aparecerá correta.

Porque a cada avanço delas surge em nossa mente a perspectiva de novos avanços.

Para ilustrar este fato ocorre-me a lembrança de um fato simplório quando eu tinha dez anos de idade, em 1937, em uma cidadezinha do interior de São Paulo.

Até aquele dia, uma “jardineira” (pequeno ônibus Ford-29) com seis bancos de madeira com três lugares para passageiros, com portas dos dois lados para cada banco, cujas portas eram protegidas por cortinas corrediças, de lona em sentido vertical. Haviam os estribos compridos de madeira e balaustres de madeira para auxiliar os passageiros nas entradas aos bancos. Às vezes, por estar a jardineira lotada, algumas pessoas viajavam na condição de pingentes sobre os estribos e

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agarrados aos balaustres. Era muito pitoresco ver e viajar naqueles veículos. Uma graça!

Um dia, sem que eu tivera informação, o concessionário daquela linha de transporte de passageiros entre aquela pitoresca cidadezinha chamada Analândia e a cidade de São Carlos, comprou um ônibus Ford-37 com estrutura toda de chapa com janelas equipadas de vidraças corrediças em horizontal.

Lembro-me que fiquei perplexo com a novidade! Então pensei: “que coisa linda! Nunca mais construirão uma jardineira mais perfeita do que esta!”

Naquela época do gramofone, circunscrito a um pequeno lugarejo contando perto de mil habitantes, eu só conhecia a jardineira, o automóvel Ford 29, o lindo trenzinho a vapor, o radio cheio de interferências do comerciante ali da esquina, o qual instalara um alto-falante para os vizinhos ouvirem música durante algumas horas do dia, e jogos de futebol nos sábados e domingos. Em poucas viagens a São Carlos, e a Rio Claro; distantes a 50 quilômetros de Analândia eu tinha visto, embasbacado, as locomotivas elétricas.

Mas nunca tinha visto uma jardineira tão bonita e forte como aquela.

Talvez por descuido! T inha visto aviõezinhos teco-teco de

uma e de duas asas. Jamais pensei, porém, que estes estariam profetizando os rapidíssimos aviões a jato de hoje, e muito menos o surgimento das naves espaciais.

Pudera! Eu não entendia de profecias!

Pois bem. Voltemos ao versículo 3. Então diz o anjo que as testemunhas

profetizarão por 1.260 dias, o que me deixa embaraçado, visto que tal profetização manifestada pelas Artes e Ciências atravessa milênios.

Estaria ele propondo uma expectativa sobre um ciclo preestabelecido partindo daqueles dias em que o Apóstolo esteve naquelas plagas? Então, esta

expectativa iria até o ano 1.300 d.C., aproximadamente.

Ou será que ele estaria se referindo a um ciclo maior, de 4.200 anos, que já teria se iniciado a alguns séculos e teria influência até o fim do Juízo Final?

Aquele fim que Nostradamus afirma ocorrerá no ano 3797 d.C.?

Estes 4.200 anos eu calculo os 1.260 anos deste versículo 3 multiplicados pelos “ três dias e meio” citados no versículo 9.

Tomo estes “ três dias e meio” por “ três tempos e meio” comumente usados pelos profetas para determinar algum ciclo que se refere ao enunciado do texto em questão.

E acredito que esta minha versão está certa pelo fato de ele mencionar que as duas testemunhas estarão: “vestidas de saco”.

Na época o vestido de saco era usado pelos judeus da Palestina para demostrar penitência, em esforço de humildade.

Com este sentido, o anjo estará ordenando aos homem que eles têm a obrigação de pautar as Ciências e as Artes (e Ofícios) acompanhadas sempre pela Moral Religiosa a fim de obedecer a Deus, dentro de Suas Leis que regem o ambiente natural e o ambiente humano.

Por isto ele profetiza que durante esses “ três dias e meio” as duas testemunhas estarão sendo sacrificadas: “e jazerão seus corpos mortos na praça...” (Vide versículos 8 e 9), mortas no sentido de não ultimar o Bem-estar psicofísico de todos os homens conforme as leis Divinas. Vers. 4 Quanto ao versículo 4 já coloquei os esclarecimentos pela nota no início.

Queira reler. Vers. 5 No versículo 5 as sentenças expressam bem os resultados funestos que seriam provocados pelo mau uso das Ciências e das Artes, mormente pelo mau uso das Artes Tecnológicas, cujos maus

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resultados estão bastante evidentes em nossos dias.

Neste século temos visto o “fogo devorador”, saindo das bocas dos revólveres, dos fuzis, das metralhadoras, dos canhões e das bombas despejadas pelas aberturas (“bocas”) dos aviões.

Então, a desobediência coletiva e o mau uso dos artefatos culminam no: “ importa que assim seja morto”. Vers. 6 No versículo 6 o anjo está mencionando pelo pronome “estes” que os Celestes possuem as Ciências e as Artes e, por conseqüência: “Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova nos dias da sua profecia; e têm poder...”

Os homens, também, têm e terão estes poderes à medida que vão desenvolvendo as Ciências e as Artes. Vers. 7 Pelo versículo 7 eu entendo que o anjo está dizendo que por conseqüência das más intenções e do mau uso das capacidades das Ciências e das Artes: os homens: “a besta que sobe do abismo” ao usar o poder proporcionado pela matéria-prima e substâncias extraídas do solo e do subsolo (“a besta que sobe do abismo”) limitariam as capacidades beneficentes proporcionadas pelas Ciências e Artes no sentido de beneficiar a Humanidade para que esta usufruísse do melhor conforto e bem viver (“e os vencerá, e os matará”).

Este “matará” tem o sentido de anular, limitar, os benefícios pela ação contrária dos malefícios.

Por este versículo o Apóstolo está nos mostrando exatamente a situação atual.

Sua profecia está se realizando neste século com a precisão do relógio.

Contamos hoje com uma produção de bens prodigiosa. As nossas possibilidades, porém, de usufruição desses bens são bastante limitadas.

Não estamos sabendo, e não estamos podendo, usufruir desses bens como desejamos.

Perdemos a ciência e a arte de usufruir.

Uns, obstados pela pobreza e pelas circunstâncias hostis do meio ambiente. E mais ainda por não terem habilidade para usufruir dos bens e das belezas postos gratuitamente ao seu redor por Deus e pelos homens. Falta-lhes arte e ciência de usufruir.

Outros, embora abastados, não encontram tempo e nem possuem sensibilidade adequada para usufruir dos bens gratuitos nem dos bens que o dinheiro pode comprar. Falta-lhes arte e ciência de usufruir.

Ambos andam com a sensibilidade morta. Afogada pela ambição de ter e manter o muito ou o pouco que têm. Ambição excitada pelo medo de perder do muito ou do pouco que têm.

Na maior parte estão “mortos” pelo medo pânico. Vers. 8 No versículo 8 a “grande cidade” é metáfora da Terra. “Espiritualmente se chama Sodoma e Egito”, visto que o mau comportamento (Imoralidade) prevalece com as mesmas insanidades que marcaram a história daquela cidade e daquele país. Sendo que o Egito daquela época era famoso pelo misticismo politeísta, pela idolatria aos inúmeros deuses e pelo cultivo da magia negra (feitiçaria).

Quanto ao: “ jazerão seus corpos mortos na praça...” ele está considerando o interesse materialista na utilização dos bens produzidos pelas Ciências e pelas Artes, e abandonando as capacidades delas que deveriam ser utilizadas para desenvolver as capacidades do espírito.

Ao contrário do que é esperado por Deus, os homens interessam-se pelo mercantilismo em desfavor da Moral.

Grande parte das artes é produzida com vistas ao lucro.

Na Arte Musical prevalece a música degradante com a tônica primitiva dos tambores e guitarras trombeteantes, acompanhados por letras de poesia medíocre e dança satânica.

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Peças musicais do estilo de Chopin, de Debussy, Schumann, Tchiaikovsky, Verdi, Puccini, Carlos Gomes, Schubert, Lizst, e tantos outros que por suas melodias o espírito vibra afinado com a música das esferas, raramente aparece um compositor deste quilate para nos oferecer.

Assim, a Arte grandiosa daqueles “ jazem mortas na praça”.

E as peças, as poucas peças de autores do porte daqueles logo “jazem mortas na praça”.

Por que a juventude e a mocidade ficaram escravizadas pelo poder da propaganda a fazer-lhes a lavagem cerebral com a espuma de um jargão: “o moderno”, “a modernidade dos anos 60”, “dos 70”, “dos 90”. Agora, será “o moderninho do ano 2000”.

Na Arte da pintura está a mesma tragédia.

Até macaco é pintor sacramentado. Coisas da “arte abstrata”, da

badalada arte surrealista, a qual permite ao artista, e principalmente ao “artista”, empunhar um pincel e respingar tintas na tela, espalhar borrões e arabescos os quais deverão exprimir figuras na conformidade da visão de cada espectador. Em uma hora o quadro estará pronto para ser vendido.

Desta forma alguém pôs uma brocha na mão de macacos e estes se igualaram a surrealistas renomados.

Isto vi em televisão, e vi também um artista que amarrou a brocha no rabo de um burro. Fazendo cócegas no traseiro deste “artista” ele brochava a tela com os decantados efeitos do surrealismo.

Assim, a pintura está fazendo parte dos “corpos mortos na praça”.

A literatura avança no mesmo pé! A poesia “moderna” e outros títulos

sem métrica nem rima. Uma “prosopoética” que nem é prosa nem poesia.

Por ela o “artista” granjeia o direito de expor a sua mediocridade montada na preguiça e negligência.

Assim, a poesia é a carantonha das “duas testemunhas” cujos “corpos jazem mortos na praça da grande cidade...”

E assim por diante todas as Artes e todas as Ciências jazem estropiadas espiritual e fisicamente com “seus corpos mortos na praça da grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado”.

Para sorte da Humanidade, as Hierarquias da Providência Divina, consentindo mas não aprovando, por respeito ao livre-arbítrio oferecido por Deus aos homens, estão sempre ativas no amparo a eles.

Então, sutilmente ajudam-nos a manter o progresso em marcha, conjugando seus esforços com os esforços “dos homens de boa vontade” até o final do ciclo dos “três dias e meio” que eqüivalerá a 4.200 anos. Vers. 9 É isto o que diz o anjo no versículo 9. Por estas razões, os homens de boa vontade regerão as atividades de tal forma que: “e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros”. (Os “corpos” das Ciências e das Artes). Vers. 10 No versículo 10 ele menciona que a maioria dos povos “se regozijarão sobre eles... porquanto esses dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra.” Não é uma verdade patente em nossos dias? O progresso material e a evolução espiritual exigem esforço e disciplina. O esforço cansa. A disciplina aborrece. Atormentam... Vers. 11 No versículo 11 o anjo promete a vitória Divina e a vitória humana conquistada pelo PODER das Ciências, das Artes ( e dos Ofícios). Poder este proporcionado por Celestes e humanos (“o espírito de vida, vindo de Deus...”). Esta vitória será realizada a poucos séculos após o encerramento do Juízo Final. É o que eu entendo pela menção do anjo

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(“os quarenta e dois meses”) que já propus nas páginas anteriores para 4.200 anos. Cujo tempo cíclico reputo a partir daqueles dias até aproximadamente 500 anos após o Juízo Final. Vers. 12 ao 14 Outrossim, ao que o anjo refere nos versículos 12, 13 e 14, o Apóstolo está profetizando acontecimentos que se sucederão alguns séculos antes do Juízo Final. Acontecimentos profetizados para o após dos “mil anos, quando Satanás será solto do abismo”. Naquela época a Humanidade estará bastante amadurecida para os novos eventos. Amadurecida na fase de regeneração proporcionada pela ausência do “Satanás” durante os mil anos profetizados. Apesar de que boa parte dos encarnados ainda esteja suscetível de ser subordinada pelo poder perversor deste “Satanás” que reside nos cérebros humanos, e nos das almas desde os primórdios da humanidade. Vers. 13 Nestes termos o versículo 13 tem sentido quando ele diz: “E naquela hora (naquele tempo, naquela época) houve um grande terremoto”. Evidentemente, este grande terremoto é simbólico. Ele está se referindo ao grande abalo provocado pela Segunda Guerra Mundial. Abalo material, físico e mental. Quanto ao “e caiu a décima parte da cidade” ao estar falando sobre o Planeta (“cidade”) é fácil deduzir que naquele dia ele profetizava os resultados da Segunda Guerra Mundial; “ naquela hora” (metáfora de naquele tempo que virá). O qual veio entre 1939 a 1945. Nessa época, eu contava doze anos de idade, e até aos meus dezessete anos lia todas as notícias sobre ela no jornal “O Estado de S. Paulo”, nas revistas, e alguns filmes documentários que via no cinema, uma vez por semana, no lugarejo em que morava. Não havia ainda a televisão.

Deste modo eu participava ativamente desta Guerra, e torcia com grande entusiasmo de menino e de rapaz pelas vitórias que os Aliados iam conseguindo contra as forças militares e políticas do famigerado “Eixo Berlim-Roma-Tóquio”. Exultava-me com as vitórias heróicas do pequeno exército finlandês sob o comando do Marechal Manerhein contra o exército russo. Para mim, alegoricamente, eu vislumbrava o exército finlandês na figura do jovem Davi, o exército soviético na figura do gigante Golias. No fim o pequeno Davi alcançou a vitória e a paz se fez com a expulsão do invasor de seu território fronteiriço. Soltei foguetes de admiração e de alegria. A Segunda Grande Guerra teve seu fim com a vitória dos Aliados contra o poderoso “Eixo Berlim-Roma-Tóquio” e a Paz quase cobriu “a grande cidade” com as suas asas brancas. Digo quase, visto que imediatamente “subiu da terra” uma terceira Guerra Mundial gerada pelo Comunismo. A famigerada “Guerra Fria”, que fustigou a Humanidade desde 1945 até 1991, quando o Bloco Soviético implodiu. E assim está quase findado o “grande terremoto” profetizado pelo Apóstolo João Evangelista, no versículo 13.

Quase findado, visto que estamos vendo e sentindo constantes abalos menores pelo Mundo em processo de acomodação material, física e mental. Processo que ainda gerará abalos por mais uns cem anos. Talvez cem anos.

Sim, porque além dos abalos provocados pelo militarismo, e pelas ideologias políticas, e pelos interesses econômicos dos Países, ainda estarão em curso os abalos sociais, no universo econômico, e no religioso, e no político no seio de cada Nação.

É o que vemos nestes dias, com as atividades terroristas dos guerrilheiros, dos traficantes de drogas e de armas, do

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banditismo em geral, da prostituição sexual, da prostituição e/ou corrupção econômica nos meios governamentais, nos meios sociais e nos meios empresariais.

Enfim, abalos calamitosos que saem e que entram do “abismo” de cada cabeça humana, e/ou de cada alma humana.

Calamidades geradas pelo egoísmo e pela ambição e pela ganância e pelo interesse imediato, e tantos outros derivados destes, os quais geram e recrudescem os poderes satânicos: “o Grande Satã”; ou “o grande dragão vermelho” convencionado pelo Apóstolo no Capítulo 12.

Por este universo global, que só descrevo em parte, é que podemos deduzir o axioma: “e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens”.

Esta calamitosa “décima parte” será encontrada na soma dos desastres materiais, físicos e mentais. Por quem se puser a analisar com as minúcias devidas, todos os acontecimentos que se deram neste século 20.

Da mesma forma o: “foram mortos sete mil homens”.

Repito: o “sete” profético corresponde a número indefinido no espaço e no tempo. Na conformidade com as circunstâncias.

Nestes últimos “dias” do século 20 já se pôde render preitos de glória a Deus, conforme a profecia deste versículo 13: “e deram glória ao Deus do céu”.

Sim, porque já está bastante patente a vitória do Poder Celeste sobre o poder satânico, conforme argumentei nas páginas anteriores a esta.

Acredito piamente que “a mulher vestida do sol” já “saiu do deserto” e está iluminando as mentes dignas., e as menos dignas, contra as “ trevas” das indignas e/ou perversas.

Entendo, segundo as profecias, que o Século 21 será o “século da Concórdia e Paz Social”, as quais abençoarão almas e homens pelos “mil anos” profetizados no Capítulo 20.

Novas leis sociais, necessariamente rigorosas, virão beneficiar os Povos.

Todos aceitarão tacitamente a Disciplina, coisa desagradável, porém fundamentalmente benéfica para o viver e o conviver humano.

Isto é, francamente patenteado nos Países do chamado “Primeiro Mundo”, onde as leis sociais são mais severas. Por conseqüência, os seus povos são mais eficientes no proporcionar o progresso e gozar dos frutos dele.

O que não ocorre nos Países do Terceiro mundo, onde seus povos possuem grande maioria de gente indisciplinada, negligente e preguiçosa.

Por conseqüência, tais populações vivem em maioria de pobreza e de miséria.

Há certa justificação para as Nações cujos Países estão situados em regiões onde a Natureza impõe as hostilidades próprias do Equador e dos Trópicos.

Esta justificação, porém, não diminui o julgamento quando se observa a situação dos Israelenses em relação às Nações circunvizinhas.

O mesmo é observado com o Japão, Singapura e outros.

E o mesmo é fácil verificar no seio de cada Povo em cada Continente próximo ao Equador.

Sempre há um percentual relativo de gente disciplinada e criativa que constitui os esteios que obrigam boa parte de cada população a trabalhar, mesmo com pouca vontade, no sentido de produzir bens e benfeitorias com vistas ao necessário bem-estar requerido.

Passemos agora ao versículo 15.

A SÉTIMA TROMBETA

NO TA Até onde chega o meu conhecimento a respeito das profecias do Apocalipse e outras, esta “trombeta” (anúncio ou profecia) refere-se ao sétimo milênio a partir de Adão e/ou terceiro milênio a partir da Era Cristã.

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Por conseqüência refere-se ao “começo” do fim do Juízo Final. Após os “mil anos” mencionados pelo Capítulo 20. Este texto é claro no sentido literal e ainda mais esclarecido por constante repetição do assunto em outros capítulos. Vers. 19 Eu só pretendo tecer algumas considerações a respeito do versículo 19. Este: “E abriu-se no céu o templo de Deus” representa o fato profetizado de que os homens que comporão as gerações daqueles tempos estarão bem amadurecidos mental e espiritualmente. Apesar de que, segundo as profecias, haverá ainda um pequeno percentual de almas altamente rebeldes que serão degredadas para outro ou outros planetas. Como aconteceu com os “anjos decaídos” da alegoria do “Lúcifer”.

Neste caso: “céu” representa a mente virtuosa que está situada no cérebro, o qual é “o templo de Deus” onde habita o espírito, que é o filho imortal de Deus.

A “arca do seu concerto” é a consciência do espírito. Esta consciência é a arca onde está guardado o tesouro da sabedoria de cada pessoa. E é do “concerto” porque “abriu-se” para conhecer as Leis que regem a vida do espírito e a vida do corpo através de todas as Ciências e de todas as Artes que vêm de Deus, o Criador.

Pela qual a consciência concorda (“concerta”) em obedecer e executar as Leis Divinas, as quais regem as leis humanas.

Deus concerta ou faz o pacto de conceder o livre-arbítrio à alma e ao homem. E de ajudá-los perenemente, à semelhança do pai terreno que cria seu filho e o ajuda mais ou menos conforme as necessidades solicitadas por seu filho. Desde o primeiro vagido até a maturidade. E até além pela herança.

Nosso espírito é herdeiro perene de Deus. Este é o “concerto” que está na “arca”.

Já expliquei o que é a ira em páginas anteriores.

Quanto ao “e o tempo dos mortos”, no versículo 18, o “morto” no caso não

significa que a pessoa tem uma única vida e, ao morrer, o seu espírito ficará dormindo até o “dia” do juízo Final, quando então Deus constrói um corpo para ele, provocando sua ressurreição na carne, como conceituam certas religiões e seitas em seus dogmas.

Este “morto” é, mais propriamente, uma gíria e metáfora utilizada até pelos Celestes. À semelhança da expressão usada pelo Apóstolo no versículo 8: “que espiritualmente se chama Sodoma e Egito”.

Nestes termos, o espírito ainda imperfeito, e o espírito encarnado, espiritualmente é cognominado “morto”.

Morto no sentido de ter suas faculdades físicas e psíquicas limitadas.

É o caso em que expressamos constantemente: “estou morto de fome”, “morto” de sede”, “morto de raiva”.

Quanto a: “e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva”, o Apóstolo está profetizando que durante alguns poucos séculos após os “mil anos” haverá uma situação de decadência das virtudes humanas, ou da moral, semelhante a esta situação de decadência que estamos atravessando neste século.

Esquisito, hein? Após aprimorar a moral por mil anos as futuras gerações voltarem a degenerar?!

Haverá aprimoramento. Não ainda a perfeição!

As profecias do Apóstolo não falham.

Outrossim, com relação aos “mortos sete mil homens” do versículo 13, devo lembrar que pode e deve ser interpretado por degeneração mental e física. Degeneração das virtudes. O que é semelhante a uma paralisia, a qual é a morte de um braço, de uma perna, de uma parte do cérebro, etc.

Esta sentença representa, também, os sete milênios.

Antes de passar ao Capítulo 12 quero dar mais algum subsídio sobre “as duas testemunhas”. Embora esteja repetindo o assunto.

Desde que o leitor medite e raciocine, escrevendo, sobre todos os

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pormenores que compõem uma oliveira e sobre um castiçal verificará que o Apóstolo é bastante preciso na figuração do tema.

Então, o leitor precisa processar o estudo colocando ESPÍRITO e FORMA em sentido concreto.

Temos o hábito de considerar REAL, VERDADE, tudo o que pode ser visto.

IRREAL, tudo o que não podemos enxergar.

O ESPÍRITO das coisas e dos seres, porém, é tão real quanto a FORMA.

Ambos existem em atividade. Se não igual, existem por semelhança.

Um compõe e manifesta o outro. Ambos estão sempre em

transformação. Nossos seis sentidos – inteligência,

vista, ouvido, paladar, olfato e tato – manifestam a existência do ESPÍRITO do mesmo modo e forma que manifestam a FORMA.

Não obstante a limitação das capacidades produzida pelo corpo, por sua natureza concreta ou densa.

O Apóstolo João confirma estas verdades ao escrever suas revelações, relatando como via Deus, o Céu, os anjos, as almas e as energias, e os pensamentos, com os olhos do espírito.

Por limitação visual não enxergo o ar, nem o vento. Sinto-os, porém, pelo tato.

Por fim vejo o ar manifestado nas cores.

Sei que um espírito humano enxerga o ar que me rodeia, da mesma forma que eu enxergo a água.

Por isso o Apóstolo escreveu que via: “a besta que subiu do mar”. Este “mar” é a atmosfera que ele via com os olhos do espírito.

Quando eu olho para um arco-íris não enxergo as energias e/ou forças que o compõem.

Vejo-as, porém, manifestadas pelas cores.

Aliás, posso dizer que enxergo o ar, quando olho a Lua cheia em noite límpida.

Enxergo a atmosfera da lua restringida pelo perímetro iluminado, semelhante a uma bolha de sabão. Portanto, um oceano de ar circundando a esfera concreta do nosso satélite.

Então, concluo: as forças e/ou energias que se costuma chamar de ESPÍRITO são tanto ou mais concretas do que as Coisas e seres que eu enxergo.

Conclusão: eu (e você) somos espírito e forma. Semelhantes a Deus. Portanto, eu e você somos “duas testemunhas” da existência de Deus.

As Ciências e as Artes, também, são “duas testemunhas” de Deus.

Por conseqüência, tudo que É e que VIVE são “ testemunhas” da existência de Deus.

Nem Jesus, nem o Apóstolo, nem Daniel, os quais têm tido o privilégio de ver e sentir Deus contaram a FORMA com a qual ELE se apresentava para eles.

Jesus fez menções por parábolas. João mencionou apenas o Poder que

Ele emanava, o qual João enxergava em círculos superpostos, em cores.

Nesta conjuntura, eu vejo a Deus porque enxergo a sua Onisciência, Onipotência e Onipresença em tudo que enfeita este nosso Mundo com o primor da Arte que vejo nas Formas, conforme a capacidade dos meus seis sentidos até o “dia” que eu tiver o mérito e a Graça de enxergar a Sua Face, conforme prometido por Jesus...

Outrossim, creio ser importante notar que no versículo 3 ele acentua: “diante do Deus da terra”.

Com isto me faz entender que Deus dá o devido valor aos Seres Celestiais e seu ambiente, porém dá mais valor, também, aos seres e ao ambiente da Terra.

Eu, você, todos nós temos recebido maior atenção e carinho Dele do que recebem os Anjos.

Leia o Capítulo 15 de São Lucas e você sentirá este fato através das parábolas da “ovelha” e do “filho pródigo”.

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Então, você verá as razões pelas quais Ele e Jesus vivem nos conclamando à fraternidade, à amizade, ao Amor, ao altruísmo, etc.

Eu cresço em felicidade na proporção em que aumento o número de amigos!

Vamos a outro subsídio.

O ESPÍRITO DE DEUS Moisés deixou escrito no Gênese,

Capítulo 1, versículos 1 e 2: “No princípio criou Deus os céus e a terra”. “E a terra era sem forma e vazia, e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.”

No Livro de Jó, Capítulo 26, versículo 13: “Pelo seu Espírito ornou os céus; a sua mão formou a serpente enroscadiça”.

Nos Salmos, Capítulo 104, versículo 30: “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra”.

Apelando à linguagem das Ciências e das Artes você compreenderá o que é ESPÍRITO e FORMA. Então, compreenderá a linguagem de Moisés, de Jó e de Davi.

Assim: Espírito é o nome convencionado para um campo energético e inteligente.

Portanto: A INTELIGÊNCIA e o PODER de Deus movia todas as energias criadoras da Terra, a qual no princípio da criação era uma “nebulosa” ou “massa estelar ainda em via de condensação”, ou “universo em formação”. “ ...era sem forma e vazia”.

Então, era um campo energético inteligente com as energias já condensadas, as quais já seriam visíveis aos meus e aos seus olhos, da mesma forma em que os astrônomos hoje enxergam as nebulosas, cujas nebulosas eu e você vemos nas fotos, na TV, etc.

E assim por diante vamos encontrando “as duas testemunhas” do “Deus da terra” conforme as palavras do

Apóstolo, em cada ser e em cada coisa em que colocamos os nossos sentidos com atenção total.

No átomo de hidrogênio visto no microscópio; na galáxia vista pelo telescópio; na pessoa; no animal; na ave; no peixe; na árvore; na folha; nas palavras deste papel; na minha e na sua cabeça. Pois eu e você somos “duas testemunhas” da Onisciência, da Onipotência e Onipresença de Deus.

Por conseqüência, eu e você conhecemos Deus. Só não conhecemos ainda a Sua face, ou Forma, ou figura, ou semblante.

Estou dissecando este assunto de forma enfadonha para muitos por sentir a necessidade que os leitores terão para compreender.

Hoje mesmo, conversando com um amigo bastante erudito a respeito das coisas espirituais e terrenas ele demonstrou grande dificuldade para compreender minha interpretação. Pelo visto e pelo dito ainda se mostra pouco convencido .

E você, meu caro leitor? Não é fácil, bem sei. Entretanto, se

você tiver o ânimo de garimpeiro – compreenderá...

CAPÍTULO 12

A MULHER E O DRAGÃO Neste Capítulo 12 o Apóstolo João

sintetiza um relato de grandes acontecimentos que se deram no Mundo invisível para nós na época em que Jesus veio à Terra.

Relata em redação simbólica a ação de um imenso campo mental malicioso que envolvia a atmosfera terrestre, e continua envolvendo.

Este campo malicioso que era e é sustentado pela projeção mental de almas e homens, ao qual ele nomeia por “dragão vermelho”.

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E esta alegoria informa-nos que tal campo de energias mentais degradantes, violentas e malignas terão estado sempre em interação com as mentes dos homens e das almas. Na razão direta com as tendências mentais de cada pessoa e de cada alma.

Em contraposição a esse poder mental maligno que tem sido, ultimamente, nomeado por “poder oculto maligno”, ele nos fala do “poder oculto benigno”, na figura de “uma mulher vestida do sol”.

Por esta “mulher vestida do sol” informa-nos que se trata do imenso campo energético inteligente benigno que envolve o campo maligno e o restringe nos seus efeitos.

Ao mesmo tempo informa-nos que essa “mulher vestida do sol” simboliza toda a imensa Hierarquia Divina que atua coesa e disciplinada sob o comando de Deus e do Cristo Jesus; em contraposição às almas malfazejas denominadas “Diabo, e Satanás”.

E, ao mesmo tempo estas figuras simbólicas alertam-nos a compreender que, cada pessoa e/ou cada alma é um universo em miniatura, tendo na cabeça uma “mulher vestida do sol” e um “dragão vermelho”; os quais estão sempre em interligação com os mencionados campos mentais citados. Na conformidade com as tendências e comportamentos de cada pessoa e/ou cada alma.

Assim, quando eu (ou você) tenho ímpetos de altruísmo, fraternidade, bondade, dever, e quantas outras tantas virtudes; automaticamente estou me interligando ao campo mental benigno, inclusive às pessoas.

Quando tenho ímpetos negativos, maldosos, egoístas, violentos, maliciosos; automaticamente estarei me interligando com o campo mental degradante; e com almas e homens de personalidade ruim.

O conceito maniqueista do Bem e do mal é uma realidade que opera no âmbito da Terra, e quiçá no âmbito de todos os planetas. Não atua nos âmbitos Divinos onde se situam os Anjos e/ou almas purificadas. É obvio ululante!

Outrossim, cumpre-nos lembrar que o mal é sempre um agente provisório e bastante discutível.

É como o veneno da serpente: mau para mim, porém, benéfico para ela.

E mais: há males que me atingem, os quais na realidade irão me fazer bem.

Outrossim, neste Capítulo 12 o Apóstolo João nos fala de várias outras coisas e eventos. Vers. 1 No primeiro versículo ele coloca a “mulher vestida do sol” também como figura do espírito humano. Nisto, está mencionando que o espírito é dotado de Inteligência e Sentimento irradiando como o sol. E que sua inteligência e sentimento sobrepassam e dominam a inteligência e o sentimento do cérebro, da mesma forma que o sol sobrepassa em esplendor as capacidades de iluminação da lua.

Com isto ele está, também, dizendo que o meu cérebro (“ lua”) tem uma capacidade de sabedoria muito limitada e que apenas ele manifesta no mundo humano muito pouco da sabedoria que o meu (e o teu, leitor) espírito possui.

Neste particular as doutrinas reencarnacionistas explicam este fato com a melhor veracidade quando afirmam que o espírito da maior parte da nossa Humanidade é muito antigo. Que os espíritos de quase toda a totalidade da população da Terra contam com milhares de anos de existência.

Nestes termos ensinam que o cérebro humano é um órgão precioso, prodigioso, não obstante a sua natureza provisória para a manifestação das necessidades do espírito.

Nesta conjuntura, quando eu digo a alguém “Eu sou” estou falando da minha vida imortal que se iniciou não sei quando, e estou aqui, agora. E serei, e estarei vivo pela Eternidade.

Por esta razão entendo o que Jesus disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida”.

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Considerando que Ele é o modelo perfeito do homem (ao se nomear: “Filho do homem e filho de Deus”) é evidente que está nos informando que ele também teve Sua evolução pelo mesmo sistema de reencarnações a que todo ser humano, seja da Terra, seja de qualquer outro planeta, terá que passar.

Nestes termos eu concluo que na realidade “eu sou” espírito, vida, verdade, e por setenta anos, que é a minha idade nesta data apenas estou em um corpo que manifesta a verdade da vida. Então, eu sou o viajante que temporariamente está neste “caminho”.

E conclui no versículo 6 do Capítulo 14 do Evangelho de São João: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”.

Ele afirma: “vem ao Pai”. Não diz: vai ao Pai.

E, no vers. 10 Ele diz: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim”? “As palavras que eu voz digo não as digo de mim mesmo, mas o Pai, que está em mim, é quem faz as obras”.

Ao se ler este Capítulo 14 todo é necessário muita atenção, pois, em certos versículos Ele está chamando o Seu espírito de Pai, e em outros versículos Ele está se referindo a Deus, o PAI.

Outrossim, quando se lê o Evangelho deste Apóstolo João Evangelista nota-se uma lúcida conjunção dos ensinamentos que ele cifra nas Profecias do Apocalipse.

E há ainda um fato interessante. O seu estilo de redação e as profecias são um tanto similares ao estilo do Profeta Daniel, mormente no Capítulo 7, o capítulo dos “Quatro animais simbólicos”. Similar, também, à redação do Profeta Joel.

Pois bem. Quanto a “uma coroa de doze estrelas sobre sua cabeça”, ele está se referindo às glândulas principais que processam a manifestação da inteligência e ação do espírito pelo corpo humano.

A partir do versículo 2 o Apóstolo está falando sobre a ação da Hierarquia Divina, cuja ação é conjugada com a da

Humanidade no sentido de desenvolver a evolução de almas e homens tanto em valores psíquicos, éticos, morais, quanto no sentido material.

Por conseqüência fala da contraposição das forças e seres negativos, e mesmo malignos.

E faz referência à missão do Cristo; e das causas e efeitos dos bens e dos males que terá atingido homens e almas desde o advento de Jesus até o Juízo Final, cujo final se dará após o ano 3000 d.C.

Aliás, a respeito deste final, o Apóstolo faz breve e pouco clara menção em um dos capítulos que mencionarei neste livro, mais adiante, dizendo que será entre os sete e os oito mil anos a partir da Era Adâmica.

Nostradamus, na “Carta ao filho Cézar”, afirma categoricamente que se dará no ano 3797 d.C. Até onde entendo, acho provável esta afirmação do Nostradamus, porém quedo-me em expectativa...

Continuemos pelos versículos. Vers. 2 No 2º versículo o Apóstolo escreve que a Humanidade estava necessitada e com certa maturidade para receber uma nova onda de aperfeiçoamento psíquico e físico através de uma nova Doutrina, conforme metaforiza neste versículo 2: “E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz”.

Pois bem. Se nos reportamos aos registros históricos verificamos que na época que precedeu à vinda de Jesus, o paganismo e o obscurantismo dominavam a Humanidade.

Uma pequena parte de gente, mais nobre, ansiava e batalhava por uma elevação mental e moral do meio ambiente do Mundo conhecido na ocasião. Ao mesmo tempo as populações, sofrendo as injunções da movimentação humana e dos fatores hostis da Natureza, ansiavam por uma transformação cultural que lhes desse alívio e esperanças.

Deus, acompanhado por Sua Hierarquia Superior, sempre atento na

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condução de seus filhos, aos quais sempre concedeu o livre-arbítrio para progredir enfrentando as circunstâncias da vida, colocou em ação o plano de choque necessário.

Isto é, de acordo com seus planos milenarmente preparados, conforme se pode depreender pelas profecias vindas até nós desde os registros do Livro do Gênese escrito por Moisés.

Então, enviou o seu Cristo, Jesus, para nos trazer a grande mensagem de Amor e de Esperança, conforme está escrito em o “Novo Testamento”.

Essa vinda de Jesus é mencionada no versículo 5, o qual comentarei mais adiante. Vers. 3 No versículo 3 o Apóstolo relata o que estava ocorrendo no universo invisível para nós, sobre a ação do “dragão vermelho” que comentei no início.

De posse dos registros históricos e do Novo Testamento somos levados a entender o que o Apóstolo está dizendo do versículo 3 ao versículo 6.

Quanto às sete cabeças mencionadas no versículo 3 temos a considerar que o número “sete” sempre tem sido usado por convenção entre os Mestres ocultistas, ou esoteristas, com um valor indefinido. Não exprime exatamente o número de sete coisas. Mais propriamente é usado para dar ênfase a alguma expressão literária, ou expressão eloqüente.

Por outro lado cabeça simboliza capacidade inteligente.

Por exemplo: a Hidra de Lerna da mitologia grega, em algumas versões, traz a versão de nove cabeças e outras versões de até cem cabeças.

Consta que a cada cabeça decepada cresciam imediatamente outras duas.

Ora, esta hidra representa os defeitos humanos e os pecados que dominam o cérebro.

Hércules cortou-lhe as cabeças e Iolaus cauterizou-as com um ferro em brasa.

Interpreta-se que Hércules, um deus, mais propriamente o espírito humano, vai cortando o poder dos pecados na cabeça de seu próprio corpo, ajudado pelo próprio cérebro que é figurado por Iolaus.

E o espírito faz o mesmo com o cérebro da alma, a qual é o corpo sutil do espírito. E ao mesmo tempo a alma é a mãe ou matriz do corpo. A forma da alma é semelhante a forma do corpo. Não é igual.

Os antigos Mestres religiosos da Ásia, do Oriente Médio e da Europa usavam tais mitos e alegorias para representar a luta mental entre as virtudes e os vícios que assediam o cérebro da alma e do corpo, cujos defeitos são mais propriamente denominados fraquezas e pecados, ou males do ser vivente.

São João Evangelista foi um dos maiores Mestres religiosos do seu tempo. Principalmente por Ter sido discípulo do Cristo Jesus.

Por esta razão usou os mitos e alegorias e redigiu no Apocalipse para dar eloqüência literária aos fatos e circunstâncias mentais que abrangem o cérebro e a mente do homem e da alma.

E com tais figurações transmitir as Revelações (“Apocalipse”) em textos curtos para serem expandidos por interpretes, que os devem transformar em linguagem clara.

Quanto aos “dez chifres” ele está informando que este campo mental acumulado ao redor da Terra é constituído de muitos poderes mentais destrutivos.

E poderes destrutivos semelhantes àqueles que estão ativos em nossas cabeças.

Tanto os poderes mentais individuais quanto os coletivos.

Estes poderes destrutivos são contados às centenas. Porém, ele escreve: dez chifres. (Chifre ou ponta é metáfora de força e/ou poder).

O número (10) em ciência esotérica representa totalidade indefinida.

Portanto, este “dragão” mitológico possui em seu bojo todas as forças e poderes mentais destrutivos.

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Estas forças e poderes que nós conhecemos por maldade. As quais são: o egoísmo, a inveja, o ciúme, a ambição, a avareza, a vingança, o ódio, e todos os defeitos, fraquezas e pecados que se encontram em um dicionário.

Da mesma forma encontramos nos dicionários todas as Virtudes, pois somos todos criados por Deus com as virtudes do Espírito.

Os pecados são virtudes degeneradas que serão eliminadas de nós por um demorado esforço de regeneração.

Esforço este que nos levará à Salvação, conforme o Apóstolo menciona no versículo 10.

Pelo exposto vemos que todos nós estamos sujeitos aos pecados e às suas desgraças; da mesma forma que estamos sujeitos aos riscos de todas as doenças terríveis e não terríveis para nosso corpo.

Estamos, porém, também sujeitos a todas as virtudes e podemos conquistá-las com o poder da Boa Vontade e com o poder da Disciplina.

É disto, principalmente, que o Apóstolo nos fala com as suas alegorias do “dragão” e da “mulher vestida do sol”.

Com referência aos “sete diademas” a coisa fica um bocado esquisita. Não é?

Ele pinta o “dragão” de vermelho, negro e plúmbeo, e acaba adornando-o com um final de glória?!

Pois bem! Em primeiro lugar devemos

compreender que todo o livro do Apocalipse tem a função essencial de transformar a nossa mentalidade e as nossas tendências para as virtudes benfazejas.

Se ele fala do “dragão” (campo mental destrutivo) quer dar maior ênfase ao (dragãozinho) nosso cérebro e/ou mente, que é símile desse dragão.

Se em meu cérebro e/ou mente há hoje virtudes conquistadas pelo meu espírito, há naquele campo mental as virtudes naturais ou princípio das coisas.

Esta “princípio de todas as coisas” é designado por energia pura universal, a qual é eterna, embora transformável.

Se Deus considerasse necessário, benéfico, destruiria subitamente tal “dragão”, liberando a energia pura universal e transformando os resíduos em cinzas.

Por outro lado, esses espaços ou campos mentais destrutivos são apenas como nuvens circundadas por imensos espaços ou campos ensolarados ou virtuosos.

Portanto estes espaços são como diademas.

O mesmo ocorre dentro da minha cabeça em espaço miniaturizado, evidentemente.

Deus jamais destruirá a minha alma, a qual Ele criou para ser imortal. Mas, Ele sabe que me esforçarei por transformá-la até a sublimação. E Deus ajuda-me para esse fim, do mesmo modo que meu pai da Terra. E com mais Amor! Vers. 4 No versículo 4 o Apóstolo narra uma série de acontecimentos dos quais tinha visão, envolvendo a época em que Jesus nasceu na Terra, e morreu, e ressuscitou.

Neste versículo e nos seguintes narra as atividades dos satãs e demônios que povoam os campos do “dragão”, e a face da Terra, inclusive os encarnados que conhecemos pela História.

Então ele escreve: a terça parte das almas (“estrelas do céu”) foi lançada sobre a terra. (Em sentido esotérico, estrela tem significado de espírito, alma, inteligência, sorte, pessoa, etc.)

No caso, ele está falando de almas e, de acordo com o assunto do capítulo, está falando de almas ignorantes e de almas maldosas que encarnaram antes de Jesus, as quais se concentraram na região e acabaram sendo personagens da História. Pelo mencionado por ele entendo que algumas vieram destinadas, não por Deus, mas por chefes satânicos para destruir a obra missionária de Jesus, visto que eles tinham conhecimento dos motivos da vinda Dele.

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A maior parte das outras, embora maldosas, foram personagens ignorantes e circunstanciais, devido às suas tendências íntimas e ao meio ambiente.

E o Apóstolo deixa bem evidenciado o episódio da matança dos inocentes por ordem do Rei Herodes. O qual não deixa dúvidas de que foi um satã encarnado com a missão de destruir o próprio Jesus e assim barrar o plano Divino. NO TA Devo esclarecer que estou convicto de que não existe um chefe supremo chamado Satanás e que fora um semideus com o nome de Lúcifer que se rebelou contra Deus e foi expulso do Céu com seus subordinados.

Há satãs e demônios que povoam apenas os âmbitos mais baixos da Terra, sem organizações unificadas.

São grupos e até coletividades de centenas que dominam almas sofredoras e só assediam os humanos por ação mental.

E são de capacidade tão fraca de modo que não podem atingir qualquer pessoa fisicamente como desejam.

Mal conseguem atingir uma pessoa encarnada através da ação de feiticeiros ou quando a pessoa esteja com a mente fraca devido a vícios: de sexo, bebidas, drogas, delitos violentos, corrupção, etc.

Pessoas dominadas pelo ódio, desejos de vingança, inveja, ciúme, ambição desenfreada, vaidade, e similares são também passíveis de ser atingidas por insinuação mental perigosa.

Outrossim, satãs que costumam ser líderes cruéis, e demônios que são geralmente subordinados dos satãs, encarnam e fazem suas estrepolias, as quais e os quais os canais de comunicação nos relatam a todas as horas.

Nem só no “dragão” e nos infernos vivem os satãs e demônios, mas entre nós também.

Quando se fala de profecias do Apocalipse e de Nostradamus as pessoas ficam curiosas e horrorizadas pelos eventos horripilantes que a literatura do Apóstolo e

a do vidente francês oferecem, supondo o surgimento de determinados homens bestiais e de cataclismos e hecatombes jamais vistos.

Ficam em pânico por isso. Entretanto, por desconhecimento das coisas que estou relatando, não têm medo do fator principal, o qual está dentro de cada pessoa, principalmente na cabeça.

O “dragão vermelho” que está em nosso corpo, sim, é realmente sinistro.

E a soma dos “dragões” das pessoas é que cria e expande o “grande dragão” citado pelo Apóstolo.

Isto sim é que temos de temer e temos que desligar nossas “antenas”, ligando-nos a Jesus através de bom comportamento ético e preces constantes.

Quem leva uma vida com dignidade pouco tem a temer para seu espírito e mesmo para o seu corpo.

Esta é a finalidade das revelações feitas pelo Apóstolo por ordem direta de Jesus... Vers. 5 Continuando pelo versículo 5 vemos que ele faz rápida menção à passagem de Jesus, o Cristo de Deus.

E nos informa que Jesus recebeu a Autoridade de Deus para ser o Regente da Humanidade até a consumação da Terra, consumação que é previsível para alguns BILHÕES de anos.

E que Ele regerá almas e homens “com vara de ferro”. Isto é, com uma Nova Aliança que exige disciplina férrea para que o espírito consiga vencer as fraquezas do corpo e da alma.

Então Ele exige que cada alma encarnada e cada alma desencarnada tenham um comportamento digno, nobre, trabalhador, dentro das especificações do grande mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu pensamento”. “E amarás o teu próximo como a ti mesmo”. “Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas”.

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Esta é a ALIANÇA determinada por Jesus para que possamos conquistar a felicidade na Terra e nos Céus.

Dentro desta disciplina o espírito da pessoa e o Espírito Humano (Coletividade) encontrarão a Paz e a Felicidade tão almejadas por cada um.

É bastante difícil cumprir essa Aliança! Não é?

Eu sei que eu (espírito) venho procurando conquistar esse objetivo há muitas centenas de anos e ainda me sinto a meio caminho.

E você, meu caro leitor, já meditou e analisou a sua posição nesses caminhos?... Vers. 6 No versículo 6 ele diz que “a mulher fugiu para o deserto...”

Isto significa que as virtudes do espírito, assediadas pelos “demônios” do cérebro, ficam reprimidas, ou melhor, limitadas dentro de nossas cabeças. Como se estivessem escondidas em um deserto.

“ ... para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias”.

Estes mil duzentos e sessenta dias correspondem a mil duzentos e sessenta anos que é o prazo ideal para uma alma conquistar um padrão de virtude razoável que a torna digna. Aliás, desde que tal alma proponha a si mesma, e espera vencer com a ajuda de Deus, e com a regência de Jesus, conforme o Apóstolo especifica e repete no seu Evangelho e neste Apocalipse.

Não é fácil enriquecer o espírito. Não é?

Exige muita paciência, perseverança e sacrifício. Sacrifício dos desejos sensuais e materiais.

A disciplina é fator desagradável, embora seja uma das maiores virtudes.

O que digo neste tópico parecerá ficção para os leigos no assunto.

Entretanto posso afirmar que se você reage assim procure conversar a respeito destes assuntos com psicanalista, mesmo que ele seja ateu, ou um cético a respeito da Doutrina Cristã, e tenho certeza que ele endossará estes conceitos.

Outrossim, devo esclarecer que esses mil duzentos e sessenta anos referem-se ao prazo previsto nos planos Divinos de evolução para o amadurecimento de grande parte da Humanidade, no que tange ao amadurecimento das virtudes do Espírito Humano, a partir da data do nascimento de Jesus.

Para confirmar isto é apenas necessário fazer uma análise das atividades e desenvolvimento do Cristianismo no Mundo, analisando os seus altos e baixos.

Observe que o Cristianismo vai prosperando a cada dia, e hoje atinge a aproximadamente dois bilhões de pessoas. E, ao mesmo tempo, vai exercendo influência benéfica sobre outras grandes Religiões e Seitas.

Nestes termos, a profecia do Apóstolo é precisa.

Pelos registros históricos observa-se essa prosperidade até a Idade Média, com pequenas intermitências e suposto insucesso nessa época em que predominou o obscurantismo.

Logo depois surgiu a Reforma Luterana. E em 1860 surgiu o Espiritismo Cristão codificado por Alan Kardec, o qual vem atuando como um revisor do espiritismo primitivista, do paganismo antigo, e do ritualismo supersticioso do chamado Espiritualismo da Ásia, da Europa, do Oriente Médio e da África.

Esta nova Doutrina ainda nascente em proporção de número e qualidade de adeptos vem prosperando mais no Brasil, principalmente através do trabalho profícuo do grande Médium Francisco Cândido Xavier, acompanhado de perto por seus mentores espirituais: Emanuel, André Luís e outros.

Esta nova Doutrina, sem rituais, liturgias, tabus e superstições começa a caminhar pelo Mundo apoiada pela Humildade e seriedade singular própria dos Apóstolos e discípulos de Jesus quando implantaram o Cristianismo com grandes sacrifícios...

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Hoje a maturidade intelectual e sentimental do Espírito Humano está mais avançada, e o trabalho que irá sendo desenvolvido pelos construtores desta nova Doutrina Cristã francamente baseada nos Evangelhos do Cristo, se necessariamente trabalhosa não terá o assédio violento do “dragão vermelho” como ocorreu na época do Império Romano, na Idade Média e nos tempos da Reforma Protestante, na Europa.

E não acontecerá tais suplícios porque o Espírito Consolador (ou “a mulher vestida do sol”) está atento e altamente capacitado para neutralizar os dragões destrutivos, e transformar satãs e demônios em almas benevolentes.

De nossos dias em diante a guerra entre o “dragão” e “a mulher vestida do sol” só terá por armas: o pensamento, a palavra falada e escrita, a fraternidade e o perdão contínuo.

Esta fase é a do ecletismo ecumênico, na qual irá havendo maior respeito religioso e social entre as Religiões Cristãs e Religiões não Cristãs. E forçosamente entre as Seitas ou Doutrinas Cristãs: Catolicismo, Protestantismo, Espiritismo, pois que a base delas, ou o espírito delas, é a mesma. Isto é, os Evangelhos doados por Nosso Senhor Jesus Cristo, com muito amor e sacrifício... Vers. 7 Agora, no versículo 7, o Apóstolo nos informa que durante e após a implantação do Cristianismo, se houve lutas sangrentas na Terra, houve também batalhas no céu entre o Arcanjo Miguel e seus anjos, e o dragão e seus anjos. E no versículo 8 ele afirma que o Arcanjo e seus anjos os venceram e os puseram para fora dos céus. E, no versículo 9, ele afirma que eles foram precipitados na terra. Para entender esses fatos temos que analisar as informações que possuímos a respeito do que ocorre nos mundos invisíveis para nós. Informações que, de certa forma, são um tanto precárias. Pela Religião Católica somos informados que existem três regiões

destinadas às almas que nascem ao nascer a pessoa; dá vida à pessoa; e, pela morte do corpo, a alma vai: para o céu se se comportou com dignidade; para o purgatório se teve um comportamento razoável dentro das leis e da ética. E, após um tempo indefinido de purgação, é levada para o céu, pela eternidade. E as almas perversas, cruéis, irrecuperáveis, vão para o Inferno, eternamente. O mesmo ensinam os da Religião Protestante, por todas as suas seitas. No Espiritismo Cristão é ensinado que raríssimas almas vão diretas para o Céu logo após a morte. Ensina que há três grandes planos, ou círculos pela expansão dos céus, pertencentes à Terra, com indefinido número de círculos como se fossem degraus entre eles, até alcançar o Céu onde Deus está. As almas vão povoando espaços nesses círculos na conformidade do grau de virtudes e defeitos de cada uma. Os três círculos principais são nomeados por céus, umbrais, e trevas; que correspondem a céu, purgatório e inferno. Com a diferença que as almas jamais serão condenadas a inferno eterno. As que alcançam a angelitude, sim, terão o direito de gozar das plagas celestiais pela eternidade, mas sempre trabalhando lá e nas outras esferas. Porém, verão a face de Deus.

As almas que hoje ainda estão situadas nas trevas terão sempre a oportunidade de salvação, desde que sintam a vontade de progredir e se esforcem intrepidamente para isso, mesmo que leve mais séculos ou milênios para conquistar o sétimo céu.

Estes conceitos da Doutrina Espírita correspondem aos conceitos teológicos e teosóficos das Religiões reencarnacionistas da Ásia.

E sou de opinião que estas apresentam uma classificação mais esclarecida.

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Ensinam que há sete céus dispostos em sete esferas concêntricas a partir da Terra.

O 1º céu é o mundo denso que aloja os seres humanos, e almas penadas. Estas povoam a face da Terra e imediações até à ionosfera.

1º Céu – Mundo denso = almas em corpo humano.

2º Céu – Mundo astral = almas em corpo astral.

3º Céu – Mundo dos desejos = almas em corpo dos desejos.

4º Céu – Mundo do pensamento concreto = almas em corpo do pensamento concreto.

5º Céu – Mundo do pensamento abstrato = almas em corpo do pensamento abstrato.

6º Céu – Mundo do espírito virginal = almas em corpo virginal.

7º Céu – Mundo do espírito divino = almas em corpo divinal.

Por esta classificação podemos Ter um vislumbre da extensão do último perímetro que encerra o âmbito da Terra. Isto é, até onde a emanação das energias da Terra atingem. Energias que vão se sublimando paulatinamente em esferas concêntricas ao centro da Terra formando círculos distintos e indistintos para nossa visão à semelhança de imenso arco-íris.

Baseado no que escreve o Apóstolo no Capítulo 21: “A Nova Jerusalém”; entendo que o âmbito pertencente a Terra atinge o limite a aproximadamente 1.300 quilômetros. Visto que ele informa a altura da cidade é de 12.000 estádios.

Cada estádio corresponde a 111 metros. Portanto; 111 x 12.000 = 1.332.000 metros (1.332 Km).

Sabemos que o diâmetro da Terra mede 12.732 quilômetros.

Pela informação do Apóstolo podemos concluir que as emanações físicas ou energéticas da Terra atingirão aproximadamente um diâmetro 15.400 Km, visto que a medida de 1.332 Km parte da superfície, com raios de 7.700 Km para

todas as direções a partir do ponto central do planeta.

E de onde se pode concluir que o âmbito pertencente à Terra, onde bilhões de almas estão radicadas, será de 48.380 Km.

Hoje a população humana é de seis bilhões de almas habitando a superfície do Planeta.

Não nos é dado saber quantas almas povoam hoje esses sete círculos principais que envolvem a face do planeta.

Deus o sabe! Atendo-nos à informação do

Apóstolo, no versículo 4, de que o “dragão” foi precipitado na Terra levando após si a Terça parte das almas penadas (almas sob penas de variados delitos); se tal índice de encarnação for uma constante, podemos Ter noção de que se hoje a população humana é de seis bilhões de almas, o número de almas que estão povoando o primeiro céu, ou primeiro círculo será de doze bilhões de almas (“dois terços a mais”).

O Apóstolo relata no Capítulo 5: “O livro selado com sete selos”, no versículo 11, que “o número de anjos era de milhares de milhares, e milhões de milhões”.

O local, naturalmente, era o sétimo céu, ou mundo divino, mencionado pelos Teosofistas. Portanto, o sétimo e último círculo pertencente à Terra onde Deus viera naquele dia solene visto pelo Apóstolo.

Com relação aos corpos, ou almas, dos espíritos; classificadas pelos Teosofistas, devo esclarecer para o leitor leigo no assunto o seguinte:

O espírito humano, só tem forma ou corpo ao nascer. Ao ser criado por vontade de Deus.

Então ele nasce do mesmo modo que a molécula da água, (a qual é composta de dois átomos de hidrogênio, e um átomo de oxigênio – H2O).

Ao nascer ele se torna um campo inteligente, formado – individualizado por energias atmosféricas do local, seja no mundo divino, seja no mundo humano. No âmbito do planeta, no caso da Terra.

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A esta forma o corpo composto de elementos atmosféricos é convencionado o nome de alma ou perispírito ou corpo astral, segundo a nomenclatura colocada por esta ou aquela doutrina religiosa.

Nestes termos podemos, também, concluir que o corpo humano é alma do espírito, pois é todo composto de átomos, compostos de prótons, neutrons, elétrons, etc. Tudo provindo da Energia Cósmica.

Por este fato é que o Apóstolo Paulo escreve aos Coríntios, Capítulo 15: “Mas não é primeiro o espiritual, senão o animal; depois o espiritual”.

(Por este princípio, se o leitor estudar esse Capítulo 15 todo compreenderá melhor o assunto que ponho em pauta).

Seguindo devo dizer que o espírito e a alma evoluem juntos, e sua evolução ou purificação vai-se realizando pela conquista disciplinada das virtudes conhecidas, e pelo afastamento constante dos defeitos psíquicos.

Assim, o espírito cresce em sabedoria e em poder, e sua alma vai sendo sublimada na sua forma física e vai escalando os círculos superiores, paulatinamente, até chegar ao mundo divino, onde o espírito, e/ou alma, é também denominado por anjo, arcanjo, querubim, serafim, na conformidade de suas capacidades de Inteligência, Sentimento e Poder.

Até o ponto em que tenho informações, e até ao ponto a que chega a minha capacidade de compreensão, estou convicto de que todo e qualquer espírito hoje radicado no planeta Terra chegará ao mundo divino pertencente ao planeta.

Só de lá para adiante é que poderá mudar-se para outro planeta. Por vontade própria e endossada por desígnio da Hierarquia Divina. E, de acordo com o que informa o Apóstolo João só serão banidos da Terra para planeta ou planetas de situação inferior à da Terra, as almas que serão deportadas por ocasião do Juizo Final. Portanto, a emigração e imigração de almas

e anjos são disciplinadas pela Providência Divina.

Emigração e Imigração de seres radicados na Terra não são realizadas ao bel-prazer dos seres interessados.

Com relação ao nome céu, que menciono do 1º ao 7º céu, colocando a Terra como 1º céu, à primeira vista fica estranho. Mas está correto, em virtude de a Terra flutuar na expansão infinita, a qual é chamada por Céu. Não é?

Portanto, eu e você, aqui e agora, estamos no Céu... Vers. 8 e 9 Nos versículos 8 e 9 ele diz que o dragão ou serpente , ou Diabo, ou Satanás, foi precipitado na Terra e os seus anjos foram lançados com ele. Isto logo após a ressurreição de Jesus.

Considerando que o mencionado “dragão vermelho” é um campo mental imenso que envolve a Terra, semelhante a um cinturão de nuvens coligadas, e que este cinturão estava situado mais ao alto, em diâmetro maior, e assim abarcava também, talvez, até o segundo céu. E nesta circunstância os satãs e demônios que nele se alojavam tivessem ensejo de influir sobre as almas que se situavam nesse círculo superior ao nosso.

Então, por ordem Divina e a ação do Arcanjo Miguel e seus comandados, tal cinturão deve Ter sido restringido em seu diâmetro e rebaixado de modo a liberar aquele círculo da influência deles. E assim passou a incidir apenas sobre o primeiro céu, a face da Terra.

É uma hipótese, não certeza minha. Vers. 10 Esta hipótese toma força pelo relato do versículo 10: “porque já o acusador de nossos irmãos é derribado o qual diante de nosso Deus os acusava de dia e de noite”. Ora, estou informado de que as almas que se situam até o 4o céu, embora tenham conquistado grandes virtudes éticas e morais, ainda estão sujeitas a certas fraquezas que podem ser influenciadas por

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almas malfazejas, as quais visam a certos delitos daquelas. Assim, as malfazejas podem colocá-las em alguma aflição e as prejudicam, acusando-as constantemente, “acusando de dia e de noite”, no dizer do Apóstolo. Vers. 11 No versículo 11 ele afirma algumas razões pelas quais essas almas venceram. Isto é: primeiro por Graça do Cristo, o qual se sacrificou por nós; segundo pelo fato de terem se comportado bem durante a vida humana, dentro dos padrões evangélicos; e, em terceiro lugar, pelo fato de terem vivido desapegados dos bens materiais e das sensualidades da carne. No versículo 12 ele confirma a vitória das almas que conseguiram chegar àqueles círculos, os quais foram livrados da influência do dragão.

E lamenta a situação das almas encarnadas (“que habitam na Terra”) e das que habitam no espaço mais próximo da Terra ( “e no mar”).

E diz que o Diabo (milhões de almas malfazejas) tem grande ira, sabendo já que tem pouco tempo para maltratar os outros em proveito próprio, por egoísmo, ambição, bestialidade, ignorância, inveja, ciúme.

Aliás, os tais satãs e demônios possuem as fraquezas psíquicas que verificamos nos ditadores cruéis; nos chefões e chefinhos de traficantes de drogas e de armas; chefões de bandidos, caftinas e prostitutas; juízes tirânicos; chefes de guerrilheiros, médicos e enfermeiras que praticam abortos para enriquecer; e outros tantos que praticam toda série de injustiças e iniqüidades.

No fundo são fracos, fracassados e covardes.

Há algum tempo atrás eu deparei com um “satã” que se comunicou comigo através de um médium.

Após alguns minutos ele me afrontou altamente irado e me disse: - “Quem pensa que você é querendo me doutrinar?” E me ameaçou com o seu poder

de comandante supremo de uns três mil demônios.

Não me fiz de rogado e lhe respondi: - Sou tão pequeno e fraco quanto

um dos teus comandados. - Não temo, porém, tua ameaça e

muito menos o teu poder. Se é que tu estás dizendo a verdade.

- Neste momento eu sou um operário de Jesus, o Cristo.

- Se tu queres lutar vai ser com Ele, agora.

- Por outro lado, se tu fosse assim poderoso como dizes já não o és.

- Dize-me, por que estás aqui a falar comigo, se nem nos conhecemos?

- Quem te trouxe até o médium? Respondeu-me: - “Trouxeram-me

contra minha vontade, amarrado. Mas me pagarão bem caro esta afronta e sobrará para você também. Ouviu?

Respondi: - Então, acredito que já percebeste que teu poder já foi retirado por Jesus e se quiseres verificar aqui e agora verás que foste dominado por alguns dos menores “soldados” Dele. Teu poder acabou.

- Há por aqui algum dos teus comandados?

Respondeu: - “Não. Na luta que tive com estes que estão aí eles fugiram e não cumpriram minhas ordens. Covardes! Canalhas! Abandonaram-me!”

- Pois bem. Percebes que estás só. Abandonado.

- Que pretendes fazer? - “Não sei”. E chorou. - Pergunte aos meus amigos que

te trouxeram e que poderão ajudá-lo, em nome de Jesus.

Após uns segundos respondeu: - “Estão me dizendo que se eu aceitar levar-me-ão para um lugar onde passarei por tratamentos psíquicos e evangélicos até sarar da minha loucura”.

- “Se eu não aceitar serei encerrado em um antro com almas da minha estirpe até que eu tenha vontade de me

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endireitar, e se pedir a Jesus para me livrar com sinceridade e a humildade necessária”.

- Pois bem. E o que decides? - “Vou com eles e quero fazer o

possível para vencer os meus maus instintos”.

- Vai com a graça de Deus e use da coragem que tens para vencer a ti mesmo.

E ele se foi... Tenho centenas de fatos semelhantes

a este para contar por contato com “satãs” e “demônios” como este. Almas que passaram pela vida humana, e dominados pelos maus instintos naufragaram nas águas da ilusão.

Sei que alguns leitores anatematizarão a mim e a este livro – por fazer este relato – porém, isto não me preocupa. Pois, é uma verdade que devo expor. Com a intrepidez requerida a todo operário de Jesus, que marcha sob a luz da Doutrina Espírita Cristã à luz dos Evangelhos.

E ainda obedecendo ao ditame do Senhor: “Conhece a Verdade, e a verdade te libertará”.

E no caso deste capítulo a Verdade está no fato de que não existe um Satanás, ex-Lúcifer com uma hierarquia unificada, coesa e Eterna para implantar o mal.

Hierarquia unificada e coesa e Eterna só há a de Deus, e de Jesus.

Os tais satanases não passam de almas arrogantes, com poderes ínfimos, cujos poderes são facilmente dominados por almas humildes, como as do fato que relatei por ilustração.

Em nosso Mundo Humano tais satãs, quando encarnados conseguem assumir o Governo de uma Nação por força das armas, e galvanizar até milhões de simpatizantes, adoradores, fanáticos e executores de tirania contra o seu povo, ou em guerra com outra ou outras Nações. São os idólatras descuidados.

Os registros históricos estão cheios deles.

No mundo das almas tais satãs não conseguem comandar além de alguns milhares.

Geralmente atuam em grupos de dezenas, ou de centenas, compostos de demônios executores, e de almas penadas que são escravizadas por eles durante algum tempo, até que são ajudadas por almas socorristas para se livrarem.

E devo repetir que a atividade deles se espalha apenas junto ao planeta, pois que são almas dotadas de espírito que encarnam e desencarnam em vidas sucessivas do mesmo modo que eu e você, até chegar à sublimação do espírito.

Não são seres malfazejos fabricados como robôs com a finalidade de serem cruéis algozes pela eternidade.

Raras pessoas enxergam esses tais demônios. Todos nós, porém, os conhecemos por que estão encarnados em grande parte da humanidade. Não é?...

Vamos aos versículos 13 e 14. Vers. 13 No versículo 13 ele informa: “ lançado na terra perseguiu a mulher que dera a luz ao varão”.

Isto é uma alegoria que, interpretada, mostra a situação da alma encarnada sujeita às hostilidades naturais e ao instinto de conservação. Por conseqüência aos bons maus instintos.

Ela (a alma) é que da vida ao homem (“luz ao varão”). Vers. 14 No versículo 14 ele diz: “foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto”. Nesta alegoria ele está dizendo: Por Deus, o Criador, foi dado à alma humana duas grandes capacidades: a Inteligência e o Sentimento, para viver fora do seu habitat natural, limitada por um corpo terreno que, para ela, é como viver em um deserto. Contudo, é o “seu lugar” necessário à sua evolução. No corpo humano ela é sustentada por um “tempo” cujo número de anos é indefinido, pois dependerá da capacidade desse corpo e das circunstâncias ambientais em que vive.

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E na conformidade do comportamento dela e de suas necessidades exigíveis para a sua evolução ela deverá ir reencarnando intermitentemente (“e tempos”). Durante a caminhada toda até chegar à angelitude ela terá passado por corpos humanos a “metade de um tempo”, e a outra metade, evidentemente, no mundo das almas. O espírito, que é a sua essência, sua inteligência, sua vida, a vida real, embora junto dos maus instintos (“serpente”) não os assimila. Portanto, está “fora da vida da serpente”. Vers. 15 e 16 Nos versículos 15 e 16 ele tece uma alegoria que mostra a ação das forças psíquicas negativas, ou antiéticas, que assediam a alma quando está no corpo humano.

Sendo que no versículo 16 ele fala do valor do corpo para ajudar a alma. (Neste caso: “terra” é metáfora de corpo humano).

Realmente o corpo humano é um instrumento valioso para a defesa da alma contra o assédio das nocividades psíquicas que a envolvem. Apesar de que ele concorre muitas vezes para o fracasso dela, pela força das emoções que lhe são peculiares, as quais se associam com as sensações que são peculiares dela.

Para esclarecer bem ao leigo teria eu que fazer uma redação longa, o que não posso fazer neste livro.

Darei, então, algumas coordenadas que facilitarão aos que desejem procurar:

Já expus no começo deste capítulo o fato de que o espírito é uma essência inteligente corporificado pela alma, a qual é formada por elementos da atmosfera em que vive.

E que o corpo formado pelas propriedades da terra recebe as mesmas formas da alma. Ela é a “matriz”, a “mãe”, a “mulher”.

O espírito é o “pai”. O corpo é o “filho”.

Por isto Jesus cognominou-se: “Filho do homem”.

O espírito, não obstante suas fraquezas no que tange à experiência necessária ao anjo, é puro, santo em relação à alma e ao corpo.

Pelo exposto devo acrescentar: um homem, ou pessoa, é dotado de três inteligências distintas e conflitantes.

Uma é a inteligência do espírito, outra é a inteligência da alma, outra é a inteligência do corpo.

Estranho, não é? O espírito atua pela vontade. É o

juiz consciente, obediente a Deus. A alma atua pelos desejos ilusórios.

É vaidosa. O corpo atua pelas emoções. É

egoísta. Alma e corpo compactuam-se nos

desejos e são literalmente avessos à disciplina.

Pelo exposto, sobrevem a eterna luta entre o espírito e o homem fartamente mencionada pelos Mestres e estudiosos dos assuntos religiosos e psíquicos.

Dentro destes parâmetros vemos que o corpo atrapalha a vida da alma, mas ao mesmo tempo a ajuda a sublimar-se por força da hostilidade do meio ambiente e por força das limitações a que o corpo está sujeito e às quais a alma e o coitado do espírito ficam sujeitos.

Com “os tempos”, através de muitas encarnações, a alma vai aprendendo a disciplinar sua inteligência e sentimentos por força dos sacrifícios que vai passando neste mundo e no seu mundo com as devidas intermitências. E sempre auxiliada por almas que já se tornaram benevolentes e obedientes aos desígnios de Deus.

O exposto, e bem mais, é o que está sintetizado na alegoria oferecida pelo Apóstolo neste Capítulo 12. Vers. 17 No versículo 17 ele arremata o assunto referindo-se mais diretamente à Humanidade.

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NO TA Neste versículo a metáfora “mulher” representa o Espírito Digno que envolve a Humanidade. E não deixa de representar o indivíduo, o homem também. Neste versículo ele deixa clara a ação do “poder psíquico oculto” que guerreia principalmente contra as pessoas e almas da melhor dignidade (“sua semente”).

“ ... os que guardam os mandamentos de Deus que têm o testemunho de Jesus Cristo”. NO TA Devo confessar aos Espiritas, e aos espíritos cristãos que já alcançaram o Conhecimento religioso-científico dos fatos e realidades expostos neste livro, que muitas vezes repito e minucio esses fatos, em linguagem simplória com a intenção de oferecer o melhor subsídio aos leitores que não estão familiarizados com tais assuntos. E estes perfazem grande maioria.

Tenho experiência, e os companheiros terão maior experiência que a minha, que mesmo os iniciados, adeptos, freqüentadores, em maioria, das Instituições Espíritas Cristãs, e das Instituições Espiritualistas; portanto, pessoas que conhecem e aceitam os princípios da Lei da Reencarnação, mas não tiveram ainda a oportunidade de alcançar os parâmetros requeridos pelo pensamento vivo do Apóstolo, necessitarão deste tipo de redação que exponho.

Mais ainda terão necessidade os que não entendem, não conhecem, e não aceitam a Doutrina da Reencarnação: - os Católicos, Protestantes; e também aqueles que praticam o espiritismo primitivista, e seus seguidores.

- Por estes motivos solicito a condescendência dos amigos.

Aos Católicos e Protestantes peço desculpar minhas citações claras, porém despidas de condenação por não compreenderem e não aceitarem os princípios da reencarnação. Devo confessar, porém, que se não compreendem e nem aceitam enquanto nesta vida,

aceitarão quando chegarem de volta ao mundo espiritual.

Digo-o fundamentado em pelo menos cinqüenta anos de experiência, em intercâmbio com amigos espirituais.

Por esta razão não posso nem devo me omitir, embora tais declarações gerem situação desagradável.

Quanto àqueles que praticam o espiritismo primitivista e/ou pagão, portanto têm noções da Lei da Reencarnação com os seus parâmetros, conclamo-os a estudar melhor e praticar e ensinar melhor os seus seguidores.

Para estes é que me esforço em pormenorizar os ensinamentos do Apóstolo na forma em que coloquei neste livro. Tenho certeza que estes terão bom proveito se se dedicarem a estudar e praticar.

Principalmente em se ligando a Instituições Espíritas Cristãs e/ou Kardecistas; ou a Instituições Espiritualistas (Rosacruzes, Círculo Esotérico, Teosofistas, e outras).

Há abundante literatura a respeito deste assunto, o que ajuda bastante a qualquer pessoa. Melhores resultados, porém, dependem de freqüentar uma das Instituições apontadas.

Com a finalidade de ser útil devo confessar o meu posicionamento religioso:

Sou Espírita Cristão Kardecista convicto.

Entretanto eclético. Estudei com afinco as variadas

literaturas religiosas e tenho freqüentado as variadas Instituições Religiosas Cristãs e não Cristãs.

Em todas elas tenho recebido ensinamentos úteis que me permitiram compreender até o Apocalipse e mesmo as intrincadas Centúrias de Nostradamus.

Devo confessar que tudo isto não me fez um santo. Tem-me ajudado bastante, porém, para levar uma vida digna no mínimo requerido.

Dentro destes fatos eu sinto que não sou candidato direto ao Céu, porém não me sinto candidato ao inferno.

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Por algumas fraquezas deverei passar algum tempo ainda pelo purgatório.

Conhecedor dos princípios reencarnacionistas compreendo que ainda carrego débitos desta vida, os quais levarão “tempos” para resgatar.

Então, conhecer o que conheço é bom.

Transmiti-lo ao prezado leitor é bom.

Excelente, porém, é o que o Apóstolo oferece e isto é o que me esforço em retransmitir ao leitor, sem a pretensão de ser o dono da Verdade.

Quanto ao valor da Religião tenho por mim que depende de gosto.

Todas as boas Religiões ajudam a chegarmos a Deus. Ajudam, se a pessoa cuidar de se ligar e religar a Ele.

Então, embora ligado a várias Doutrinas Religiosas decidi ser Espírita Cristão.

Por quê? Porque a Doutrina Kardecista vem

sendo regida pelo ESPÍRITO CONSOLADOR prometido por Jesus.

Este ESPÍRITO CONSOLADOR não é um ser apenas.

É toda uma Hierarquia composta por Arcanjos, Anjos, Almas, e homens sob a Regência do Cristo Jesus.

Devo esclarecer que esta Hierarquia opera não apenas no âmbito do Espiritismo Kardecista.

Opera assistindo a todas as Instituições Religiosas Reencarnacionistas e não Reencarnacionistas.

Portanto, este CONSOLADOR prometido por Jesus não é privilégio apenas dos Espíritas Kardecistas.

Mesmo porque a partir do segundo céu não há a necessidade da distinção desta ou daquela Instituição Religiosa com sua cultuação dogmática exterior (liturgia, ritual, práticas de magia, e que tais) como é praticado aqui na Terra, onde os homens ainda estão sofismados pelas antigas exteriorizações do paganismo.

Ali e aqui – nos mundos espirituais as verdades estão à vista, claras até mesmo para as almas penadas, e as perversas e cruéis. Em virtude de que Anjos e almas benignas manifestam-se a uma e outras, da mesma forma que se manifestam aos videntes e clarividentes daqui. E se manifestam pelos médiuns às pessoas que não possuem capacidades de visão e audição.

Antes da passagem de Jesus pela Terra sempre houve espiritismo na Ásia, Oriente Médio, África e Europa.

Com manifestações ritualísticas, porém, prejudiciais às Verdades Celestes, e mesmo às verdades terrestres.

Portanto, o espiritismo denominado pagão e/ou primitivista eivado de lendas e mitos.

Há milênios, assistidas pelos Celestes surgiam religiões e seitas reencarnacionistas que receberam ensinamentos mediúnicos e/ou proféticos para que os seus Mestres distribuíssem ao povo de modo e forma que este ficasse esclarecido da realidade da vida do espírito eterno ou imortal com relação à efêmera vida do corpo ou vida material.

Tais Religiões e Seitas não têm cumprido tais orientações como era esperado.

Têm restringido tais Conhecimentos a alguns Mestres e a alguns discípulos, os quais vêm retransmitindo ao povo os tais Conhecimentos em literatura enigmática e rituais complicados.

Daí a confusão existente. Eis, então, que pelos arredores de

1860 surge Alan Kardec como missionário para manifestar a Doutrina do CONSOLADOR prometido por Jesus. Consolador que já vem operando desde o tempo dos Apóstolos, pelo Cristianismo nascente, o qual aos poucos foi se tornando eivado de paganismo.

Então, os Espíritos Superiores (ou Anjos, conforme denominação habitual) deixaram claro a Kardec que esta Doutrina nascente, de aparência simplória à

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semelhança dos tempos dos Apóstolos não era e não poderá jamais ser batizada com exteriorizações humanas do tipo do paganismo como tem sido ocasionado.

Que esta Doutrina nomeada como Espiritismo Cristão e/ou Espiritismo Evangélico deverá ser distribuída em linguagem popular, através da mediunidade, e propalada pela literatura psicografada por comunicação de Espíritos iluminados e por espíritos e/ou almas de todo o tipo, os quais e as quais manifestariam muitas verdades, boas e más, do Mundo espiritual. Verdades que virão ajudar os homens a conhecer os aspectos essenciais que os levarão a conquistar a sublimação da alma no chamado “caminho da evolução”, a fim de atingir o prometido “Reino de Deus”.

Portanto, é Doutrina e/ou Religião dos Espíritos (do Consolador), não é religião criada pelos Homens, com suas limitações cerebrais e da carne.

Assim, nasceu o Espiritismo Cristão na França, onde era esperado pelo CONSOLADOR que os seguidores de Kardec se esforçariam para desenvolvê-lo a contento e da França se espalhasse pelo Mundo.

Entretanto, com o falecimento de Kardec e de alguns de seus arrojados companheiros, os seus seguidores perderam a fibra para fazer o trabalho prosperar.

Então, setenta anos depois o CONSOLADOR surgiu no Brasil através de um médium humilde e arrojado, Francisco Cândido Xavier, que nesta data ainda vive com seus 89 anos de idade.

Este missionário está fazendo o Espiritismo Cristão prosperar com suas mais de trezentas obras literárias psicografadas, secundadas por ingente serviço de benemerência, nos moldes do trabalho executado pelos Apóstolos após a Ressurreição de Jesus Cristo.

Hoje, o “Chico Xavier” está sendo secundado nesses serviços por uma plêiade de homens e mulheres que estão levando o Espiritismo Cristão a prosperar a cada dia no Brasil. E dali para muitos países.

Aqui nos Estados Unidos já foram criados muitos “Centros” em vários Estados. Este espiritismo, porém, ainda está na fase dos primeiros vagidos do bebê.

Mas, crescerá, porque é obra do Consolador prometido.

Assim, meu caro leitor, termino esta exposição do por quê sou Espírita Cristão convicto; não obstante sentir-me, também, católico, protestante e/ou evangélico, budista, etc. Pois, todas as boas Religiões são Casas e Escolas que levam ao Criador através de Evangelhos de Jesus, o Cristo de Deus.

E, como escreveu Nostradamus: “Deus opera entre os homens pelo ministério de seus anjos”.

E, acrescento: e almas e homens. E devo ainda acrescentar que até as

almas penadas, e até mesmo as almas perversas e cruéis, apesar de sua rebeldia, ao nos fustigar ajudam-nos a caminhar mais depressa na evolução.

É por onde vem o adágio: “Deus escreve direito por linhas tortas”.

CAPÍTULO 13

A BESTA QUE SUBIU DO MAR NO TA “areia do mar”: neste caso é metáfora de Humanidade.

“mar”: metáfora de atmosfera. “besta”: neste caso é metáfora de

alma (ou vida animal). “chifres”: símbolos de poderes ou

forças que animam o ser. “diademas”: símbolos de vitória. A alegoria da besta é igual à do

dragão. Se o Apóstolo quisesse ter escrito

com clareza redigiria assim: Vers. 1 Estava eu em meditação contemplativa quando tive uma visão simbólica da Humanidade em gerações

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sucessivas, cujo número de almas era para mim incontável como a areia do mar.

E vi subir do mar humano uma besta fabulosa, que entendi representava a alma humana com as sua virtudes e os seus defeitos.

E tinha sete cabeças, as quais representam as capacidades inteligentes da alma, as quais não nomeio.

E dez chifres que representam os poderes da vontade da alma.

E sobre os seus chifres dez diademas que representam a vitória que a alma poderá alcançar em sua sublimação ou santificação após dez ciclos determinados de tempos, quiçá dez milênios.

E sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia representando todo tipo de ultraje e desrespeito a Deus, almas e pessoas. Vers. 2 “E a besta que eu vi era semelhante ao leopardo e os seus pés como os de um urso, e a sua boca como a de um leão”, cuja alegoria mostra todos os instintos animalizados que se encontram na alma desde tempos imemoriais. Por isso, a alegorizo por besta, pois existem as bestas mansas, as semibravias e as ferozes. Da mesma forma existem as almas mansas, as semibravias conforme as circunstâncias ocasionais, e as ferozes.

E todas elas surgiram com as sementes da maldade, pelo que alegorizei: “e o dragão deu-lhe o teu poder e o seu trono” (no cérebro); “e grande poderio” para gerar a maldade (“dragão”). NO TA O Apóstolo não menciona, mas quero ressalvar o fato de que na mente ou “cérebro” da alma há, também, e primordialmente, o trono das virtudes, que ele metaforiza com a figuração dos diademas.

- De agora em diante passarei a comentar os versículos: Vers. 3 Do versículo 3 em diante ele passa a falar sobre as atividades da Alma Coletiva

da Humanidade, sendo que na primeira sentença ele faz referência a resultados imediatos da ação doutrinária de Jesus Cristo, a qual provocou uma transformação radical, tanto no ambiente terreno quanto nas esferas das almas. (Por Alma Coletiva considero toda a soma das atividades humanas com suas causas e efeitos).

O impacto provocado pelos seus discursos, milagres, e pelo seu sacrifício, ocasionou uma transformação filosófica e psicológica bastante grande, principalmente no universo cultural da época, nas regiões do Oriente Médio e Europa e essa transformação foi tomando maior impulso por força do trabalho ingente dos Apóstolos e discípulos, conforme é relatado no Novo Testamento.

Por isso ele expressa: “E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta”.

Neste versículo ele traça o perfil da reação feroz do “dragão” através dos potentados saduceus e fariseus da Judéia, e dos potentados pagãos do Império Romano.

Nesta fase que os registros históricos nos contam os episódios a mancheias o Cristianismo quase foi sufocado pela ferocidade tirânica.

Os Apóstolos, porém, discípulos e seguidores foram mantendo a prosperidade da Doutrina até nossos dias, e prosperará ainda mais pelo futuro.

E ele fecha o versículo 3 dizendo: “e toda a terra se maravilhou após a besta”.

Isto é, a grande maioria das populações daquelas paragens cantou hosanas ao materialismo pagão a que estavam habituados. Materialismo pomposo manejado por tiranos em nome dos deuses mitológicos. Isto os maravilhava.

Na Judéia o “dragão” usou sacerdotes e reis ambiciosos que sempre enganaram o povo no mercado do templo e sinagogas, usando o fanatismo que dominava aquela gente.

E esses, também, “maravilharam-se após a besta”.

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Vers. 4 E pelo versículo 4 ele diz que: “adoraram o dragão, e a besta”. NO TA Para entender melhor a isto temos que lembrar que o “dragão” é o grande espaço, ou grande reservatório de energias mentais ou psíquicas. E, também, energias negativas ou deprimentes, naturais, geradas pela atmosfera do planeta. As energias psíquicas são geradas pelas almas. Tanto das encarnadas, quanto das desencarnadas.

E não podemos esquecer que ali estão misturadas, também, energias nobres. Contudo, as energias degradadas preponderam. Por esta razão o Apóstolo coloca a figura dos diademas.

Outrossim, devemos lembrar, também, que a cabeça da alma e/ou do homem é um universo semelhante ao tal reservatório. É uma miniatura dele.

Dentro deste parâmetro a besta (animal) é a alma humana. Encarnada ou desencarnada.

E a grande besta é a soma das energias mentais e/ou psíquicas emanadas de toda a população de almas.

Por outro lado, existe o reservatório positivo ou virtuoso que é concentrado pela parte virtuosa das mentes, principalmente das almas dignas, dos anjos e sem a menor dúvida da Bondosa MENTE de Deus. E, também, não devemos esquecer que ali entram as energias virtuosas emanadas da atmosfera do planeta.

Esse reservatório virtuoso circunda o “o grande dragão” e a “grande besta” e não permite que ele e ela predominem.

Entretanto, Deus não extingue seus poderes por motivos Oniscientes que podemos apontar mas não temos capacidade suficiente para julgar.

Por todo o exposto, caro leitor, é fácil concluir que esta “besta que subiu do mar” sou eu, você e todos nós, almas que ainda não conquistamos a pureza do anjo.

Nós que ainda estamos frágeis no tocante ao que denominamos “o Bem e o mal”...

E quando o Apóstolo menciona:

“Quem é semelhante à besta?”, só podemos responder: nós ainda somos semelhantes a ela.

E: quem poderá batalhar contra ela? Podemos responder: Todos nós

podemos, desde que nos esforcemos a não fazer o seu jogo antiético. Isto é, viver com o pensamento e ação voltados para as melhores regras do comportamento, em todos os sentidos.

Evitar ao máximo os deslizes do mau comportamento.

Já é um bom passo! E ter plena fé na ajuda constante de

Deus e de sua Hierarquia, a qual abrange: desde Jesus, o Cristo, até a mais humilde das almas benfazejas... Vers. 5 No versículo 5 ele diz: “E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias, e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses” Este: “foi-lhe dada” é uma metáfora subentendendo que Deus deu o livre-arbítrio para a alma pensar e dizer e fazer. Livre-arbítrio para proferir palavras construtivas, e palavras destrutivas. Inclusive a alma pode, se quiser, blasfemar contra Deus. E Deus, na conformidade de seus planos para a evolução da alma, permitiu que ela use o seu poder inteligente e físico livremente. Restringiu, porém, tal liberdade para quarenta e dois meses. NO TA Quando o Profeta fala em “tempos” para a ultimação de uma profecia ele nunca especifica datas. Como é o caso destes quarenta e dois meses. Numa destas o intérprete “fica no mato sem cachorro”. Isto é, perdido. Os Mestres ocultistas alegam que tais tempos alegóricos devem ser encarados na conformidade com a idéia central do

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texto, interligada às causas e efeitos das atividades humanas que estão sendo mencionadas. E com base na época em que a profecia foi emitida. Neste caso, vamo-nos quedar na noite dos tempos, pois que a alma humana já existe na Terra há milhões de anos. E já tem vindo dotada das virtudes e defeitos e vícios apontados pelo Apóstolo, desde tempos imemoriais. Ele nos dá, porém, um apoio pelo Capítulo 12 situando seu relato em um perfil lacônico da estada de Jesus na Terra. A Bíblia menciona que, para Deus, um dia é como mil anos, e mil anos é como um dia. Os Mestres alegam que: na conformidade do assunto, o intérprete deve tomar os dias por cem ou por mil anos. Neste caso, teríamos 126.000 anos, ou 1.260.000 anos. Podemos, também, nos restringir ao mês como unidade de um século. Assim, 42 meses x 100 dará 4.200 anos. Ou 42 x 1000 = 42.000 anos. Conclusão: Os 1.260 anos já estão fora de cogitação, visto que a situação apresentada pelos homens até esta data pouco está modificada no sentido ético. Continuam com a mesma liberdade de pensamento e de expressão que tinham até bem antes do Apóstolo. O mais provável é que esta profecia tem condições de ser realizada se usarmos os 4.200 anos. Então, isto quer dizer: a retirada dessa liberdade de blasfemar contra Deus e sua Hierarquia dar-se-á aí pelos anos 2300 d.C. Data que combina com as profecias do Capítulo 20 do Apocalipse, o qual informa que Satanás será preso no abismo junto com a besta, etc., por mil anos, o que deve ter início no ano 2001 d.C. De fato, se a Humanidade dessa época estiver consciente das responsabilidades como é profetizado para os mil anos. E confio que deverá estar visto

que a Hierarquia Divina aprisionará as almas criminosas em lugares pré-preparados para elas. Por mil anos estarão confinadas sem a mínima possibilidade de comunicação e de influência mental com as almas e homens. Inclusive a Hierarquia Divina deverá neutralizar a troca de influência do tal “dragão” mental que envolve a Terra, não de todo, e talvez nem o suprima, mas o diminuirá em tamanho e poder.

E digo isto baseado nas profecias que informam que após os mil anos as tais almas (“Satanás”) serão soltas a fim de terem oportunidade de sublimar as suas consciências, com a oportunidade de aprenderem a viver dentro das boas regras da ética da moral, junto da Humanidade.

Então, por alguns séculos elas reencarnarão, e o surto da sua religação na vida humana trará tristes conseqüências ao nosso Mundo.

Conseqüências semelhantes às atuais, as quais darão muito trabalho, lágrimas e sangue até às portas do Juízo Final.

Após esse Juízo Final, aquelas almas que não conseguirem suplantar seus maus instintos, o suficiente para permanecerem radicadas a este Mundo serão banidas para outros orbes onde a natureza é de hostilidade similar aos instintos delas.

E as almas boas, embora apenas razoavelmente evoluídas permanecerão e terão a seu favor uma natureza ambiental menos hostil do que a de agora, e menos hostilidade da parte da Humanidade que aqui permanecerá.

Será, então, a “Idade de Ouro” ou “a volta ao Paraíso”.

Estas são as Promessas Divinas que voltaremos a recapitular pelos últimos capítulos do Apóstolo. Vers. 6, 7, 8 Nos versículos 6, 7 e 8 ele passa a reafirmar a ação das almas malfazejas, cujos resultados são evidentes nos noticiários que assistimos a todas as

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horas pelos canais de comunicação e pelos resultados que sentimos a todo momento ao nosso redor. O que ele escreve no versículo 8 merece um esclarecimento. Diz: “esses cujo nome não estão escritos no livro da vida do Cordeiro”. Quem é este Cordeiro? Qual livro?

E escreve: “do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

Este “Cordeiro”, em primeiro lugar, é metáfora do espírito humano, cuja essência é a Mansidão.

Sua essência é divina. É o espírito santo, puro. Com inteligência pura provinda do Criador. Sem maldade.

O “livro da vida” é a sua mente, na qual desde o seu nascimento pela individuação apropriada pela alma já ficam registrados nos dispositivos da memória que a alma possui, todos os ditames e/ou leis éticas e morais, com suas virtudes essenciais.

As virtudes que são cumpridas à risca, disciplinadamente, nos mundos ou universos divinos.

Nos mundos divinos onde os Seres puros se comportam com a maior dignidade para com Deus, e para com os seus semelhantes a fim de gerar a felicidade geral.

Este “Cordeiro” é metáfora das radicais ou essências do que conhecemos por MORAL. Isto é: o Bem e o Belo. Ou a Ética e a Estética.

Pelo que se conclui que nos mundos divinos não se encontram o mal e o feio.

Bem e mal são binômios, ou dualismo maniqueísta próprio do planeta, devido à densidade natural que forma o meio ambiente e, por conseqüência, os seres que vivem em seus limites, ou âmbito.

Se os espíritos nascessem e permanecessem eternamente nos mundos divinos, suas almas seriam puras, também, pois as suas formas ou corpos surgiriam daquela atmosfera pura.

Permaneceriam, porém, eternamente inocentes e sem o poder que Deus quer dar às suas criaturas.

E assim não existiriam os mundos mais densos.

Tais espíritos ou almas seriam apenas como as flores: belas mas sem a atividade que propicia a alegria de viver.

Deus é Onisciente e sabe o motivo pelo qual as Suas criaturas devem passar pelo sacrifício do Bem e do mal.

Coisa que o nosso raciocínio tem dificuldade de entender e muito mais dificuldade para aceitar.

Aí está o sentido do que ele escreve “do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo”.

Está falando de “ todos os que habitam sobre a Terra”. Todas as almas que passam por reencarnações sucessivas até chegar à purificação, revestindo os espíritos com o poder gerado pela experiência facultada pelo embate entre o Bem e o mal.

E tudo isto está exposto pelos Profetas, e pelos Apóstolos, e pelos discípulos de Jesus no “ livro da vida”, o qual conhecemos por Bíblia Sagrada, ou Sagradas Escrituras.

Ao mesmo tempo, este “Cordeiro” é metáfora referente a Jesus, o Cristo de Deus, o qual, como ele próprio afirmou e está escrito no Novo Testamento, que Deus criou este Mundo para Ele, pois que Ele já estava com Deus antes da criação da Terra.

Por conseqüência, desde que Ele veio a assumir a regência da Humanidade, passou a habitar no âmbito da Terra e assim deixou o Mundo onde habitava com a determinação de aqui estar até a consumação natural desta Esfera. Consumação que ainda levará bilhões de anos... Vers. 9 e 10 No versículo 9 ele manda prestar bastante atenção no que ele escreve no versículo 10, pois que é um alerta muito importante. Este período do versículo 10 alerta-nos sobre o fato indiscutível de que a qualquer ato e atitude prejudiciais e

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maldosos assacados por nós contra nossos semelhantes levar-nos-ão a sofrer reações correspondentes. Nosso espírito e nossa alma sofrerão inesperados castigos, tanto aqui como no Além. No entanto, o Apóstolo não menciona neste versículo 10, mas quero lembrar ao leitor que há uma recíproca importante. Isto é, por outro lado esta Lei compensa por mérito a todo ato e atitude beneficentes para nosso próximo. No balanço desses débitos e créditos é que vamos prestando contas na intermitência de alegrias e sofrimentos até conquistar a ditosidade do anjo... Passemos agora à interpretação do item referente a “A besta que subiu da terra”.

A BESTA QUE SUBIU DA TERRA NO TA Neste item que vai do versículo 11 ao 18 ele fala da atividade do corpo como instrumento ou aparelho animado pela alma (“besta”: animal, ânimo), a qual é animada pelo espírito; essa trindade una que conhecemos melhor. E ao mesmo tempo ele traça um quadro das atividades da coletividade humana com os resultados prejudiciais que bem conhecemos: Vers. 11 Então, no versículo 11 ele está dizendo que o homem é uma figura, ou forma, ou corpo constituído de energias condensadas provenientes da terra; o que em outras sentenças bíblicas é alegorizado que o homem foi criado do pó, ou do barro, ou dos sais da terra.

E, “ tinha dois cifres semelhantes aos de um cordeiro”.

Nisto ele quer dar a entender que: o ser humano é dotado de dois poderes que vem do espírito (“cordeiro”); a inteligência e o sentimento.

E, “falava como o dragão”. Isto é, o homem pensa, fala e se comporta

maldosamente como o “dragão” já explicado atrás. Vers. 12 E continua repetindo no versículo 12 que os homens (cada pessoa) comportam-se mal como os satãs e demônios, os quais são os componentes da primeira besta.

E, “na sua presença”, na presença da besta. Com isto ele quer dizer que as almas fora da carne estão presentes junto às almas encarnadas.

E, “cuja chaga mortal fora curada”. Com isto ele quer dizer que os

habitantes da Terra voltaram a cultuar e a cultivar os maus instintos e os maus costumes, colocando-se na adoração dos desejos materiais, das superfluidades, do luxo, da fama, da riqueza, etc.

Da mesma forma que os pagãos do Império Romano e outros, inclusive os da Judéia na época de Jesus. Vers. 13 e 14 No versículo 13 diz: “e faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra a vista dos homens”. Neste versículo ele está fazendo referência às pessoas atéias e também às pessoas céticas, estas que, embora creiam em Deus e em Jesus, não têm fé suficiente. Sua fé está nas ciências e tecnologia humanas, no materialismo, esquecendo que todo progresso material provém do Céu, de Deus. Por desconhecerem que todo grande homem religioso, todo cientista, todo filósofo de escol, todo inventor, etc., são emissários preparados nos céus para trazerem as ciências e as benesses do progresso a fim de facultar mais conforto a todos nós. Esta exposição que ofereço do versículo 13 explica o que ele diz no versículo 14. Vers. 15 No versículo 15, sobre “à imagem da besta”, ele está se referindo também ao misticismo que pulula pelo Mundo, provindo do paganismo com seus deuses

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medíocres e provindo do fetichismo primitivista da África, Ásia, Europa e Oriente Médio. De todos com seus rituais, tabus e superstições infantis, e também maldosos, com vistas às ambições de alguns com a finalidade de espoliar os incautos em benefício próprio. Em conclusão e para incluir em pormenores essa adoração citada por ele devemos lembrar que toda grande idolatria aos bens materiais e a pessoas é uma cultuação funesta para o espírito da pessoa. É uma idolatria “`a besta”. Quanto à sentença: “e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta” é uma referência aos sacerdotes e potentados pagãos que perseguiam supliciavam e/ou matavam os cristãos que teimavam em não adorar os seus deuses, os quais, inermes, falavam só pela boca dos Sacerdotes hipócritas e interesseiros. O mesmo aconteceu na Judéia, onde os Saduceus e Fariseus cultuavam de fato ao Deus único, o nosso criador, na conformidade do Velho Testamento e sob a inspiração de Moisés i dos outros grandes profetas. Eram dotados, porém, de bestialidade hipócrita. Então, idolatravam o poder, o dinheiro, a fama, e superfluidades. Razão pela qual a “besta” que morava em suas cabeças levaram-nos à condenação e à morte de Jesus. E depois perseguiram, supliciaram e mataram muitos cristãos que se negavam a cultuar os “deuses” deles, e assim temiam que seus templos ficassem vazios e suas benesses luxuosas acabariam. Vers. 16 No versículo 16 ele ensina que a alma que possui a mentalidade degenerada, “a besta”, coloca um sinal distintivo em cada pessoa: “na sua mão direita, ou nas suas testas”. Sem distinção de nenhuma.

Isto motiva duas interpretações coincidentes para este versículo 16 e outra para o versículo 17.

A mão direita do homem, com exceção dos canhotos é a alavanca que constrói tudo no Mundo. A mão esquerda é a alavanca auxiliar.

Portanto, o sinal que a besta coloca na mão direita da pessoa são as más atividades de criação e de produção em toda as artes e ofícios.

Quem trabalha na produção de armas de guerra: desde o industrial ou empresa anônima até ao pobre do faxineiro que recebe o seu salário minguado; todos que trabalham em tal indústria estarão colaborando para a destruição de bens e de vidas humanas. Portanto, “ricos e pobres” estarão fazendo o jogo da “besta”.

A “testa” neste caso é o mesmo que cabeça, onde são gerados os pensamentos construtivos, virtuosos, e os pensamento destrutivos e viciosos.

O sinal da besta fica visível na pessoa, na conformidade dos seus gestos, palavras, artes e ofícios que a pessoa manifesta.

No caso da indústria citada está o pensamento do industrial que decide por produzir armas e munições que terão a finalidade de matar e destruir.

Os projetistas que criam tais armas projetam-nas pelo pensamento.

Os escritores e os conferencistas que escrevem e que falam a respeito de assuntos degenerantes têm o sinal da besta.

Os religiosos, os filósofos, jornalistas e outros que criam e propagam doutrinas degenerantes, falseando as verdades divinas, têm o sinal da besta na “ testa” e na “mão direita”. E assim por diante os sinais da besta estão em nossa testa e mão direita, a cada pensamento, a cada palavra, a cada gesto, a cada ação de natureza maldosa e destrutiva. Vers. 17 No versículo 17, ele diz:

“Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome”.

Ora, os verbos vender e comprar redundam em outro verbo: TROCAR.

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No Velho Testamento há menções de profetas dizendo que eles estavam comprando almas para Deus. E, também, no Novo Testamento há menções de que Jesus veio comprar almas para Deus – vendendo em troca o conforto que a sua grandiosidade merece nos Céus.

Aqui Ele vendeu as suas idéias e os conceitos de Amor e de Ordem em troca das almas que desejem chegar aos Páramos Celestiais.

Muitas e muitas almas têm se vendido a Deus pagando o preço cobrado pelo comportamento ordeiro, disciplinado, obediente, etc. Coisas caras, difíceis de executar!

Dimas, o bom ladrão, comprou o direito ao Paraíso pagando-o com algumas poucas palavras de compreensão e simpatia por Jesus, nos últimos momentos na cruz.

Jesus, Emissário de Deus, comprava almas e vendia o direito de elas irem viver no Paraíso Celeste.

Considerando o refrão: “Tudo na vida tem um preço”. Ele pagava e continua pagando a elas com o direito irreversível de usufruírem do Paraíso.

E, onde encontraremos esse Paraíso? - Poucos o sabem. Porém, eu sei e

vou contar a você, prezado leitor. - Você está nele aqui e agora.

Todos nós que vivemos no âmbito da Terra estamos nele.

- E estamos junto de Deus, pois ELE está em nós, e nós estamos nele, conforme assevera o Apóstolo João no Capítulo 14 do seu Evangelho.

- Quem está desligado Dele é o nosso corpo e a nossa alam. Porém, desligados pelos sentidos, não pelo espaço e nem pelo tempo.

- Vivemos em constante religião ou religação com Ele: quando pensamos e falamos e ouvimos, e quando executamos tarefas virtuosas em nosso dia a dia.

- Desligamo-nos Dele quando fazemos o contrário, e é nestes momentos que estamos ligados à “besta” e ao “dragão”.

- Olhe para as flores, os pássaros, os animais, o sol, a lua, as estrelas, longínquas pintando a abóbada celeste. E sentirá a presença de Deus.

- Depois aplica seus sentidos e a sua inteligência no seu corpo que é valioso instrumento para sua vida, para vida que é o seu espírito, e perceberá que seu corpo e sua alma possuem a presença de Deus!

- Depois disto joga a sua atenção para o lado negativo que circunstancialmente, e provisoriamente está junto de você. Então verá a presença da “besta” que está junto e dentro de você.

- Então perceberá que está intermitentemente se ligando e se desligando dela na medida em que você pensa, fala, e age viciosamente.

- Por esta razão sábia de Deus estamos aqui e agora em um ambiente misto de céu e inferno. Em momentos somos anjos, em outros somos demônios. Somos “a mulher vestida do Sol” e a “besta” escatológica.

- Com a medida de nossos esforços intrépidos podemos ir nos desligando da besta a partir de agora. E mais: contamos sempre com a ajuda de Deus através dos bons espíritos, também chamados anjos.

Pois bem. Jesus, ao passar pela Terra propôs

um contrato ou pacto de compra e venda de nossa alma.

Um contrato de longo prazo em que vamos vendendo e comprando bens e males, na conformidade de nosso livre-arbítrio rigorosamente determinado e respeitado por ELE.

Nós somos os que desrespeitamos e desobedecemos às cláusulas. E por tais desrespeitos pagamos os preços com sofrimentos.

As cláusulas principais desse contrato são: Amar a Deus sobre todas as coisas. E, amar o seu próximo como a si mesmo. E, não fazer aos outros os males que não queira que lhe façam.

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Você costuma cumprir este contrato?

Eu o cumpro rigorosamente? Não, não tenho cumprido. Por esta

razão estou aqui entre o céu e o inferno. Porém, tenho a fé de que

paulatinamente irei galgando a “escada de Jacó” com meus esforços e com a primazia da Graça de Deus...

Voltando ao versículo 17 – pergunto:

- A “besta” impõe-me um contrato a fim de eu poder comprar e vender: Comprar o que? Vender o que? De quem e para quem?

Coloca uma cláusula só, que eu terei que respeitar: devo Ter em minha mão direita, ou na testa – o sinal, ou o nome, ou o número do seu nome.

Cláusula esdrúxula!? Dizem por aí que a gente pode

vender a alma para o Diabo e que ele dá em pagamento: riquezas, fama, luxo e quantas outras coisas os meus desejos de felicidade anseiam.

E até há as chamadas igrejas onde se realizam missas negras com rituais e cerimônias misteriosas onde se firmam contratos selados com sangue.

Nunca fui a um antro destes, mas vi em filmes e programas de televisão que isto realmente existe.

Entretanto pude verificar que esse Diabo é um tremendo gozador, falso, e não cumpre com as promessas que oferece.

E mais. Promete apenas a satisfação dos desejos acima mencionados enquanto a alma está aqui no corpo. Por conseqüência por poucos anos de vida.

E deixa claro que a alma contratante entrará na pior miséria e desgraça no Além.

Péssimo negócio!? Não é? E pior! Na realidade, mesmo que ele

queira cumprir tal contrato aqui, não consegue.

Mesmo que a alma contratante venha receber tais pagamentos, ela não consegue ser feliz como pretendia.

Isto porque sua cabeça é pobre de valores morais; éticos e estéticos; e o tal diabo não tem competência para consertar essa cabeça. Nem mesmo que ele queira.

Não tem competência para consertar nem a própria, quanto mais a dos outros!

O poder de tais diabos, que os estultos destas igrejas sinistras supõem ser tão grande quanto o poder de Deus só pode Ter grandeza nos filmes de ficção. De resto é pura balela pois que tais diabos ou satãs que as comandam não passam de almas transviadas, cujo poder é menor que o poder de uma alma das menores almas benfeitoras.

Isto é uma verdade que o leitor pode verificar facilmente no contato com a literatura e com a prática do Espiritismo Cristão. Mormente no Brasil.

Nos Estados Unidos onde vivo há dez anos, nesta data, praticamente o Espiritismo Cristão não existe.

Recentemente alguns brasileiros vêm implantando-o em alguns Estados facultando o acesso das comunidades de língua portuguesa e de língua espanhola. Está começando a estender seu trabalho a pessoas de língua inglesa. Inicialmente com livros de Kardec e estudos deste.

Há também poucas igrejas espíritas provindas da doutrina das Irmãs Fox, as quais operam bastante divorciadas dos Evangelhos do Cristo, e seus trabalhos se processam mais de uma forma especulativa. Não apresentam a seriedade exigível que é encontrada na doutrina Kardeciana, nas Igrejas Protestantes, e nas Igrejas Católicas.

Outrossim, há reduzido número de Igrejas Teosofistas que embora não se rejam pelos Evangelhos são baluartes expressivos de Deus contra a “besta”, na Terra.

Voltando ao versículo 17 cumpre-nos entender o que é o sinal, o nome, e o número da besta.

Entendo que o mencionado “sinal” é o mau comportamento da pessoa , que é o mesmo da alma desencarnada.

O nome ele já expôs: dragão, besta, satanás, Diabo, demônio, ou alma ruím,

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perversa, cruel, ignorante, malfazeja, maligna, etc.

O “número do seu nome está no versículo 18, o qual encerra este capítulo.

Compreender este número citado pelo Apóstolo não é fácil pois sujeita à especulação, pois é um número cabalístico utilizado pelos Mestres ocultistas: por convenção literária.

Eu ainda não tive oportunidade de ser iniciado em tais Escolas ou Sociedades, e por conseqüência não fui informado pessoalmente, e nem encontrei explicações em livros procedentes deles.

Freqüentei o Círculo Esotérico, e a Sociedade Rosacruciana “São Paulo”, a qual se de um lado regem seus trabalhos religiosos pelos parâmetros teosóficos de origem de doutrinas da Ásia, regem-nos mais a luz dos Evangelhos.

Devo confessar ao leitor que: dou ênfase a estas doutrinas reencarnacionistas pelo motivo de que elas mantêm intercâmbio direto, prático, com as entidades espirituais, através das mediunidades de vidência, de psicografia, materialização, efeitos físicos e outros, as quais credenciam aos seus membros retransmitirem as mensagens e informações trazidas por tais entidades. Cujas mensagens e informações autorizam o entendimento da parte alegórica, metafórica, esotérica da literatura do Apóstolo. Não só do livro do Apóstolo (Revelação), mas também de toda a Bíblia, e de outros livros ditos sagrados. Vers. 18 Então ele escreveu no versículo 18 que o número da besta é o número de um homem.

Portanto, eu, você, a pessoa “um homem” é a besta citada, no que concerne à natureza “animal” ou material, ou física.

Este número cabalístico que ele usou provém de convenção entre os Mestres ocultistas ou esoteristas, baseados em um fato natural visto por médiuns clarividentes, nestes termos, os teosofistas informam que os clarividentes enxergam a aura das

pessoas, e a aura das almas e/ou espíritos ou anjos.

Que esta aura reluzente é um campo energético inteligente em cores matizadas como um arco-íris que atinge um perímetro de aproximadamente dez a vinte centímetros ao redor do corpo.

Seu colorido transmuda de acordo com os pensamentos da pessoa. A cada instante.

Cientificamente, isto vem sendo hoje confirmado por fotografias tiradas pela câmera fotográfica kirlian, tanto de pessoas quanto de animais e plantas.

Informam ainda que nos momentos em que a pessoas tem ímpetos de raiva as cores sofrem uma predominância de vermelho. O ódio faz permanecer o vermelho, e cada vez mais escuro conforme a intensidade do mesmo.

Se a pessoa está fortemente angustiada, ou medrosa, prevalece uma cor de chumbo acompanhando a intensidade desses sentimentos.

Nos momentos em que os pensamentos e atitudes dignos e altruístas ou caridosos prevalecem a aura transcende cores alegres com matizes suaves, na conformidade com tais pensamentos e atitudes.

Cada cor e cada matiz é um campo eletromagnético constituído por forças de energias e vibração atômica e/ou nuclear emanadas pelas mentes do espírito, da alma, e do corpo.

Nestes termos elas e eles possuem uma natureza mental e física também.

E assim mantêm a vitalidade do homem. Mantêm o seu ânimo, o seu caráter e a sua personalidade mostrados pelas cores e matizes.

Os teosofistas dizem mais: Que os clarividentes enxergam no

cimo da cabeça uma coroa de luzes coloridas com forma semelhante a uma flor com 999 pétalas.

Então convencionaram para ela o nome de “Lótus de mil pétalas”, ou “coroa de mil cores”.

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É a coroa do espírito humano, resultante dos terminais nervosos que fecham os circuitos constantes das forças energéticas que circulam pelo corpo, à semelhança do sangue que circula pelo corpo e é recebido e reconduzido pelo coração, incessante e ritmadamente.

Nesta conjuntura “o número de um homem” ou pessoa é “999”.

O Apóstolo afirma, porém, que “seu número é 666”. O qual é também o número da “besta”, no caso o número da alma, também.

Pelo exposto, sou levado a concluir que: 333 dos citados círculos energéticos são de propriedade do espírito; 333 de propriedade da alma; e 333 de propriedade do corpo.

Então, quando o espírito está encarnado a coroa mostrará 999 circuitos com suas cores e matizes.

Desencarnado terá 666 com a soma dos seus e os da alma, “a besta que subiu do mar”, a qual é à “ imagem do homem”.

Por conseqüência, o homem sendo dotado de alma, e que é mencionado por “a besta que subiu da terra”, terá a soma de 666 circuitos constantes que são acionados por glândulas do corpo, e por outros dispositivos implantados no cérebro.

O Espírito, o Cristo Jesus era dotado de uma Alma Pura, Divina, irrepreensível. Por esta razão Ele governava o seu cérebro, e seu corpo, os quais eram idênticos aos nossos, com as emoções, desejos e sensações. Portanto, o Seu número era 999 a despeito de Seu corpo ser idêntico ao nosso.

Por esta razão, Ele venceu galhardamente a prova de quarenta dias de jejum no deserto, conforme rezam as Escrituras.

E venceu a grande angústia que pesava sobre os seus ombros, no Monte das Oliveiras, quando exclamou: “O espírito é forte, mas a carne é fraca!”

E venceu a angústia e a dor quando, pregado na cruz, nos últimos momentos, exclamou: “Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?”

Esta exclamação não veio do espírito, em virtude de Ele conhecer perfeitamente o seu destino após o desenlace do corpo. Ele sabia que Sua amarga missão terminava vitoriosamente em poucos minutos. E sabia que a ressurreição o levaria ao Mundo Divino de onde viera.

Portanto, quem clamava era seu cérebro que já se encontrava nos últimos estertores.

Era a inteligência cerebral que amava ardentemente o Cristo que, por trinta e três anos, passou entronizado Nele, ali mesmo na cabeça.

E ele sabia que seu Senhor imortal iria para o Paraíso e o abandonava desamparado na escuridão de um sepulcro com seu corpo entregue à sanha dos microorganismos e vermes predadores.

Ele que foi seu servo fiel por trinta e três anos de lutas amargas ficava abandonado ao destino cruel dos mortais,

Quiçá, por sete dias veria e sentiria o efeito da guerra intestina que culminaria na decomposição de seu corpo tão belo e precioso, tornando-o em uma ossada horrenda, igual a muitas que seus olhos viram.

É pena, pois ele não sabia que não iria ficar abandonado, assim como supunha.

Não sabia que seria transformado e jamais achado. E sem sofrimento algum. Embora extinto, não seria desamparado.

E assim, caro leitor, ocorre sempre durante a nossa morte.

Nosso ego, mente, ou cérebro, sempre desejará ser imortal como o seu senhor, o espírito.

E na hora da agonia se contorce, treme, tenta agarrar-se ao seu senhor como o náufrago agarra-se à tábua de salvação.

Ambição vã de um aparelho que, embora valioso para o espírito, tem o seu destino traçado que é: nascer, viver por alguns ou muitos anos, gozar e sofrer, e depois se desintegrar a fim de que seu senhor, que está destinado à imortalidade e à verdadeira felicidade, possa se liberar e voltar a um descanso para depois enfrentar

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novas lutas, até conquistar o direito de ver a face de Deus nos Páramos Divinos.

Atente bem: estes episódios reais da vida de Jesus narrados no Novo Testamento é preciosa lição esotérica traçada pelos Apóstolos e discípulos de Jesus, a fim de registrar, em poucas sentenças, as suas verdades, o seu conhecimento ( deles) para irmos conhecendo e compreendendo que a morte do corpo não é a figura sinistra do anjo negro e, sim, a figura do “anjo libertador” que vem libertar o “senhor” nosso espírito.

E, assim, os demais episódios, os quais sucederam realmente, mas foram reportados em estilo e técnica literários de forma a nos dizer: Meus irmãos em Deus, os destinos e circunstâncias que envolveram a vida de Jesus são similares à vida de cada um, na conformidade com a capacidade da inteligência e do sentimento de cada um perante a vida humana, e da vida espiritual.

Nisto é marcante o episódio da “Via Crucis”.

Este episódio retrata a caminhada do espírito por uma vida humana, onde a pessoa nasce ( surge), vive, morre, e o seu espírito ressuscita para a vida real e gloriosa.

“O corpo é a cruz onde o espírito está pregado neste Gólgota a que chamamos Terra...”

Pois bem. Voltando ao versículo 18 quero comentar alguma coisa sobre a interpretação desse número 666.

Todo esforço de interpretação é válido e plausível.

Merece e exige, porém, muita prudência do intérprete ao publicar seus conceitos e conclusões, pelos quais poderá chegar a situações imperdoáveis de injustiça contra Instituições e pessoas, com maus resultados para muita gente e, principalmente, para o próprio espírito de tal intérprete.

Neste particular, devo mencionar o caso de uma senhora, líder de uma Seita Cristã benfazeja, registrado em um livro dessa Seita. Não devo mencionar o nome da senhora, nem da Seita, considerando que a

atitude de ambas é e continua sendo condenável até que haja uma necessária retratação por parte dos atuais responsáveis. Porém, não invalida o trabalho virtuoso que os membros e adeptos oferecem, por ser tal Seita uma célula, uma Igreja a serviço de Deus.

Esta senhora, conforme está escrito no livro, usou valores dados às letras segundo convencionado na Cabala, e ao fazer a soma das letras que compõem os nomes de pessoas famosas: Napoleão, Hitler, etc., fez também a soma das palavras em Latim de um dístico da Igreja Católica. Cuja soma, por tal processo, dá como resultado 666.

Então, concluiu que a Igreja é a grande “Besta” e o Papa é a “besta”, apontadas pelo Apóstolo do Apocalipse. Portanto, que a dita Igreja e cada Papa que vai surgindo são as “bestas” responsáveis por todos os transtornos humanos que se sucedem na Terra.

Não será este um lamentável sofisma de graves conseqüências?

Historicamente, vamos verificando que a Igreja Católica, em seu todo, tem ocasionado distorções lamentáveis, tendo por preponderante o caso da malfadada Inquisição.

Com o passar dos tempos, ela vem se retratando dos erros que geraram certas ortodoxias e ordenanças, cujos erros são facultados pela mentalidade humana de parte de seus dignitários e seus subordinados.

Aliás, isto acontece em todas as Religiões e Seitas, em todo o Mundo.

Não é por isso que Religiões e Seitas deverão ser extintas como era o desejo de muita gente.

É necessário analisar bem os prós e os contras para concluir um julgamento adequado.

Em cada cabeça encontra-se a “mulher vestida do sol”, e se encontra a “besta” aqui no Planeta.

Da mesma forma em cada Instituição.

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A cada pessoa, e a cada alma cabe o Dever e o Direito de ampliar o poder desta “mulher vestida de sol” e diminuir o poder da “besta”.

Isto exige esforço e perseverança até cada uma, e todos, chegarem à prometida perfeição do espírito e da alma. Esotericamente chegar à “Terra Prometida”.

Creio que, embora ainda em forma sucinta, eu tenha levado o prezado leitor ao melhor entendimento a respeito destas “bestas” e de outras que se seguem: “a grande prostituta”, “o falso profeta”, “o Anticristo”, etc.

As quais são alegorias concernentes ao universo psíquico e físico de cada alma, de cada pessoa.

E, por conseqüência do todo humano, e do todo ambiental...

Pelo que é fácil deduzir que o espírito perfeito possui a faculdade de enxergar essa profusão de cores que circulam por dentro e ao redor de cada ser humano, cujas cores manifestam os valores graduais das energias que se movimentam pelo âmbito da Terra, do mesmo modo e forma que se movimentam por toda a amplidão, entendida por CÉU infinito.

É o que o Apóstolo teve o privilégio de enxergar e nos relatar...

Esta súmula permite compreender a declaração de Jesus quando disse: “Eu sou o Caminho, a Verdade, a VIDA”.

Outrossim, a ciência deste fato está mostrada na alegoria das mil mulheres do harém do rei Salomão, no Capítulo 11 do Livro I Reis, versículo 1 a 40.

No versículo 3 está escrito em alegoria: “E tinha setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas, e suas mulheres lhe perverteram o coração”.

Se formos interpretar este versículo e os demais trinta e nove ao pé da letra, veremos um contra-senso imperdoável.

E, ligando à toda história e estória de Salomão, iríamos concluir que Deus seria insensato, injusto, indeciso.

Prato cheio para os contraditores da Bíblia!

Ao colocar, porém, a alegoria dentro das proporções científicas mencionadas atrás a verdade transparece lisonjeira.

Em primeiro lugar é preciso reconhecer que o escritor ou escritores que relatam a vida deste rei Salomão utilizaram alguns episódios de sua vida e enxertaram os conhecimentos científicos com a sutileza exigível por convenção dos Mestres ou Teósofos. Aliás, por convenção contínua que foi estruturando a chamada Cabala.

Neste particular temos que atender ao fato que Salomão figura o Intelecto do homem, e seu pai, Davi, figura o Sentimento do homem. E figuram , também, e principalmente, o espírito humano.

Então, temos o seguinte: Salomão é o espírito do homem.

A princesa egípcia é a alma, a esposa. As 699 princesas são as energias circulantes mais virtuosas.

As 300 concubinas são as energias que se pode considerar menos virtuosas.

Portanto, aí estão as 999 energias que são enxergadas pelos clarividentes em forma de “coroa” ou “lótus de mil pétalas”. Energias que circulam disciplinadamente pelo corpo e são governadas pela inteligência do espírito, a qual é enxergada em um pequeno campo de forças, com a forma de uma “flor” ou de “coroa”, proporcionada pelos terminais nervosos.

Há outras menções na Bíblia referentes a este fato.

No livro “Cantares de Salomão”, Capítulo 8, versículo 11-12 é uma delas.

Sobre o número 666, que o Apóstolo João informa ser “o número de um homem” há menção no Livro II Crônicas, Capítulo 9, versículo 3, dizendo: “E era o peso do ouro, que vinha em um ano a Salomão, seiscentos e sessenta e seis talentos de ouro.

O que, interpretado, dará: O ser humano (“Salomão”) possui

666 forças energéticas inteligentes circulantes em seu corpo durante a sua vida terrena (“em um ano”).

De posse destes esclarecimentos, concluímos a sua importância na arte de

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viver e conviver. Pois, o importante é utilizar a Inteligência e o Sentimento, os quais são os fundamentos da Moral. Ou melhor, aplicadas disciplinadamente no viver do dia a dia de cada pessoa dentro das regras da Moral; cada pessoa, e a Coletividade humana realizam a Evolução e o Progresso planejado a fim de ser alcançada a Felicidade prometida por Ele.

Por estas razões o Apóstolo acentua no versículo 18 deste Capítulo 13: “Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta, porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis”.

Há, ainda, um outro modo de calcular este número, tomando-se o alvitre teosófico hermético: “O que está em cima é igual ao que está embaixo”. E vice-versa.

Neste particular só é necessário virar o número 999 e então o cálculo torna-se 666. Não é?

Nostradamus demonstrou conhecer bem este assunto quando, em forma sibilina, escreveu na Carta ao Rei Henrique: “aproximando `sentença de um dos mil e dois profetas que apareceram depois da criação do mundo, justamente o cálculo e Crônica Púnica de Joel”.

Lendo-se o Livro de Joel, do qual o Apóstolo João faz algumas menções e até repete alguns versículos, percebe-se que Nostradamus figurou o espírito, alma, corpo, e 999 canais de energias circulantes por “mil e dois profetas”.

Mesmo porque não existiram 1.002 profetas ungidos e mencionados na Bíblia.

NO TA: Somando-se as 999 cores com espírito, alma, corpo, temos os “1.002 profetas”.

Outrossim, à guisa de curiosidade,

quero mencionar o escritor da história das mil e uma noites.

Este, também, demonstra Ter conhecido este assunto, tendo colocado o rei como figura do espírito e Scheherazade

como figura da alma, vivendo as mil e uma noites até o dia da salvação e/ou perfeição...

CAPÍTULO 14

O CORDEIRO E SEUS REMIDOS NO MONTE DE SIÃO

Vers. 1 No primeiro versículo o Apóstolo narra a sua presença em espírito em um lugar de um “céu” ou “círculo” onde Jesus habita. Este lugar sempre tem sido chamado pelos profetas Sião, Monte Sião, a Jerusalém Celestial, Monte Sagrado, etc. (Vide Samuel, 6-12; Salmo, 2, versículo 6; 9, versículo 11; 76, versículo 2; Mateus, 21, versículo 5; Hebreus, 12, versículo 22; Salmo 48; e várias outras citações nos textos do Velho e do Novo Testamentos. Na conformidade do assunto no capítulo da Bíblia, o profeta estará falando do lugar ou estará oferecendo uma relação do lugar com a mente da pessoa. Da mesma forma em que aplica “ trono do espírito”, “reino do espírito”, “monte Sião”, etc. Outrossim, neste versículo ele define a presença ali dos 144.000 Espíritos eleitos, os quais, sob o comando do Cristo Jesus, o “Cordeiro”, lideram toda a Hierarquia Celeste e humana no trabalho dirigido para o aperfeiçoamento dos espíritos e/ou almas humanas, e o aperfeiçoamento do meio ambiente da face da Terra. Nestes termos, somos levados a concluir que estes 144.000 “comprados da terra”, portanto espíritos humanos que completaram o seu aperfeiçoamento na conformidade com a Lei da Evolução e através da Lei da Reencarnação ou vidas sucessivas, são aqueles denominados Anjos e/ou Arcanjos. Nesta conjuntura, este capítulo adverte os líderes, principalmente os líderes da Seita “Testemunhas de Jeová”, de que estão laborando em grande engano pelo fato de pregar aos seus seguidores uma promessa

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sofismada. Ao pregar que os 144.000 Anjos requeridos para compor a Hierarquia do Cristo Jesus deverá sair de suas fileiras. Ledo engano! Erro de interpretação. Reputo o labor desta Seita bastante saudável em sua finalidade, considerando o seu grau de boa vontade e de bom comportamento no exercício do dia a dia. Não obstante este lapso apontado, esta Igreja é uma das casas de Deus... Vers. 2 No versículo 2 “a voz de muitas águas” “como a voz de um grande trovão” representa todo o trabalho de comunicação falado e escrito que vai sendo difundido pelo Universo Religioso Cristão e não Cristão. A “voz de harpistas” representa todo o trabalho dos discípulos, ou fiéis, de todas as Religiões e Seitas que pautam seus ensinamentos dentro dos ditames saudáveis do Velho Testamento e do Novo Testamento. E aquelas que laboram os ensinamentos em padrões saudáveis correspondentes a estas duas Escrituras Sagradas. Sejam elas de origem Reencarnacionista, seja de origem ressurreicionista. O melhor caminho para o Sião é o ecletismo ecumênico. A Igreja Católica já compreendeu este pormenor, a partir do Papa João XXIII, já bem secundado por Sua Santidade João Paulo II. Neste particular, devemos e podemos ter em mente que todas as Fontes e fontes têm a sua pureza e todas elas estão sujeitas a poluições. Até mesmo as águas fortemente poluídas podem ser decantadas pelo Sol e pelos ventos. Assim ocorre com qualquer Religião e Seita. Da mesma forma que ocorre com toda e qualquer alma. Sem exceção. Devemos lembrar que a função da Religião é a de ajudar na salvação e/ou aperfeiçoamento da alma que se decide a ajudar a si própria. “Todos os caminhos levam a Deus”, o qual habita no “Sião”...

Acredito que esta exposição é subsídio suficiente para o leitor que deseje interpretar este Capítulo 14. Não obstante, pretendo oferecer mais alguns comentários. Vers. 4 a 7 Esta primeira sentença do versículo 4: “Estes são os que não estão contaminados com mulheres, porque são virgens”, significa que eles são espíritos sublimados, purificados, despidos completamente das emoções, sensações e desejos próprios da natureza humana. Dos desejos que degradam a vontade do espírito. Portanto, “são irrepreensíveis diante do trono de Deus”. Em outras palavras: são Seres que obedecem as Leis Divinas à risca...

TRÊS ANJOS PROCLAMAM OS JUÍZOS DE DEUS

Vers. 8 No versículo 8: “Caiu, caiu Babilônia” significa que o mal figurado pela Babilônia histórica já estava restringido pelo Poder do BEM emanado pela ação da Providência Divina, por força da passagem de Jesus Cristo pela terra. Digo restringido. Não digo extinto. Mesmo porque esse MAL está patente ao nosso redor. Vers. 9 Com referência à besta do versículo 9: “Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa e na sua mão”, eu acredito que o leitor entenderá por si mesmo, seguindo minha interpretação do Capítulo 13. Repito laconicamente: neste caso a “besta” figura os instintos selvagens e/ou as tendências da pessoa e da Coletividade para o mal. Ou figura de nossa inteligência bestial, incivilizada, animalizada. E “e a sua imagem” figura a manifestação concreta para nós. Manipulação da bestialidade por palavras, gestos, atitudes, comportamento, etc. O: “receber o sinal na sua testa” é referente aos pensamentos; “na sua mão”

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corresponde a qualquer ação maldosa e a qualquer ação violentadora ou bestial, ou infraternal, ou desumana, etc. Por estas quatro expressões se infere a manifestação do lado mau da mente como causa e os seus lados maus como resultado dos maus efeitos para a pessoa e para a Coletividade. Alma e corpo ou abstrato e concreto. O que vai, por exemplo, do abstrato do egoísmo, da avidez, da cupidez, da ganância, do orgulho, do desperdício, do luxo, para os seus efeitos concretos. Enfim, em tudo o que as mãos, a boca, os gestos, fazem de mal está manifestado o “sinal da besta” na “ testa” e nas “mãos”. Vers. 10 a 12 Outrossim, no versículo 10, ele alerta para cada pessoa: “e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro”. Não está dizendo que a alma vai para o sofrimento eterno no Inferno, como supõem certos dogmas. Este tormento é proporcionado pela consciência da pessoa, a qual é o juiz muitíssimo mais severo do que Deus. E o : “com fogo e enxofre” é uma expressão simbolizando o processo consciencial de sublimação da alma, visto que pelo fogo e o enxofre processa-se a sublimação de algum material. Por exemplo: o açúcar refinado. Também ao dizer ele no versículo 11: “E o fumo de seu tormento sobe para todo o sempre;...” não está dizendo que a alma estará no inferno eternamente, como muita gente supõe. Este “sempre” simboliza o tempo em que a alma se subordina à vontade de sua própria besta. A sua mente. O mesmo que se dá com o corpo. Digamos uma pessoa que vive exatamente 70 anos. O seu “sempre” é 70 anos. Nós vivemos atormentados pela nossa própria “besta”, que habita no cérebro desde que nascemos até que morremos. O

corpo morrendo a besta do corpo vai à extinção. Mas, a alma leva essa besta dela em sua mente, a qual a irá infernando; ali, no Além. Vers. 13 No versículo 13 o Apóstolo faz uma referência semivelada para quem conhece e aceita a doutrina da reencarnação, quando ele escreve: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor”. É o mesmo que dizer: Bem-aventurados os espíritos ( “mortos”: limitados ao corpo) que a qualquer tempo (“desde agora”) morrem tendo obedecido e cumprido as Leis do Senhor (sublinhado pelo Autor). “Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam”. Este versículo deixa bem evidente que ao morrer o corpo, se o espírito comportou-se dignamente na obediência às Leis Divinas, ele recebe o Direito de descansar após os seus trabalhos sacrificantes na terra ( no corpo). Com o: “e as suas obras os sigam” ele não está dizendo que os espíritos chegam ali no outro lado da vida e se deitam na ociosidade. “Tocando viola deitadinho nas nuvens pela eternidade.” Seguem em suas obras meritórias do mesmo modo que fazem na Terra. Portanto, nem as almas penadas, e muito menos as almas sublimadas ao deixar seus corpinhos aqui na sepultura vão para ali o “ficar dormindo” até o dia do juízo final como propõe o dogma da ressurreição de algumas Igrejas. Verdadeiramente, as almas penadas vão descansar do corpo, mas, não conseguirão descansar a mente enquanto não se põem a trabalhar. As almas sublimadas descansam quase plenamente. Quase porque ficam entristecidas por comiseração por seus irmãos penados na Terra e ali nos céus. Então, para elas, o trabalho é a melhor recreação.

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Creio que recreação tanto ou bem mais agradável do que sinto ao escrever estas páginas...

A CEIFA E A VINDIMA NO TA O sentido literal ou exotérico deste texto, que vai do versículo 14 ao 20 e, também, o do Capítulo 15, aparenta uma intenção cruel de Deus contra Suas pobres criaturas aqui na Terra. Todavia a realidade é outra, quando se utiliza segundo sentido ou sentido oculto, chamado também de sentido esotérico. A finalidade de Deus é planejada pela Sua Hierarquia e executada por ela com a disposição justa de ajudar os homens a realizar o progresso contínuo, paulatinamente, dentro das capacidades de suportação Conforme a máxima popular: “Deus dá o frio conforme o cobertor”. Ou vice-versa. O que neste texto transparece de calamitoso, devido à força da simbologia aplicada pelo Apóstolo, por advertência necessária para acordar a consciência dos “mortos” que somos nós, nada mais é do que nos informar que ELE e eles estão sempre atentos a ajudar-nos a progredir por nós mesmos. A Sua Hierarquia, neste papel, é o “Cirineu que ajuda o Cristo ( espírito humano) a carregar a sua cruz pela Via Crucis da vida”. A “cruz” original é leve em relação à capacidade física e mental de cada pessoa. Torna-se pesada se a própria pessoa fixa nela os pesos da imprudência e da injustiça. Os pesos: da ambição, do luxo, do desperdício, dos vícios de toda sorte, dos delitos, etc. Enfim, de toda sorte de pecados e pecadilhos. Por isto Jesus asseverou: “meu jugo é suave, e meu fardo é leve”.

Que corresponde a: comporte-se com disciplina evangélica utilizando o

“mandamento áureo” e terás uma vida suave e com pouco peso de sofrimentos... Vers. 14 No versículo 14 diz que um Ser semelhante ao Filho do homem estava assentado sobre uma nuvem branca.

Isto significa que o Apóstolo estava vendo um Arcanjo de natureza mansa (“nuvem branca”) porém dotado de grande poder e de grande senso de Justiça (“coroa de ouro”) e de Autoridade.

A “foice aguda” de segar que ele traz na mão simboliza poder de vida e morte em massa. Morte de multidão de gente.

Com isto não significa que Deus lhe ordena: “meu filho, vá lá em baixo e mate uns tantos milhares ou milhões de homens”.

Não! Este Anjo (ou Arcanjo?) comanda uma multidão de anjos e almas que têm a função de ajudar as almas no seu desligamento dos corpos que morrem em acidentes, catástrofes naturais e guerras.

E de lhes dar assistência socorrista no mundo espiritual.

Este: “um semelhante ao Filho do homem” da a entender que ele já passou pela vida humana como Jesus também passou. Por isto Jesus intitulava-se: “Filho do homem”. Vers. 15 a 17 Depois no versículo 15 é dito que outro anjo diz ao primeiro: “Lança a tua foice e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura”.

Com “hora” e “madura” significa as ocasiões de tumulto guerreiro cujas hecatombes são produzidas pelos homens.

Estes é que são os anjos da morte e amadurecem a hora. O tempo, a ocasião. Vers. 18 e 19 O “anjo que tinha poder sobre o fogo” do versículo 18 representa o poderio de guerra dos Países. O: “os cachos da vinha da terra” representa Países prontos para iniciar combates. Estão maduros para entrar em guerra. É evidente que Deus fica irado com a loucura dos homens. Mais propriamente,

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Ele fica aborrecido com seus filhos. Não é? Visto que Ele é supremamente misericordioso. É semelhante a um pai de muitos filhos; alguns bons mesmo, muitos mais ou menos bons, e muitos mais ou menos maus, e alguns muito maus mesmo. Um pai que conhece todas as ciências, e todas as artes, e todos os ofícios. É riquíssimo e poderoso. O seu deleite é de criar filhos para trabalhar em sua imensa fazenda. Pessoalmente ele reside em uma outra fazenda vizinha com seus filhos mais velhos que O servem. São filhos excelentes que têm a função primordial de ajudar os seus irmãos da outra fazenda. Os da outra fazenda não têm acesso à dele enquanto não aprendem a viver e conviver com a devida civilidade, conhecida por MORAL. A essência desta moral é: amar seu pai e amar seus irmãos como a si mesmo.

Para todos os fins da existência de cada filho, e ao mesmo tempo para todos, este pai montou esta imensa fazenda com tudo o que é necessário para a existência dos filhos. E tudo até com superabundância.

Deu-lhes livre-arbítrio para fazerem o que quiserem. De bom e de mau para eles mesmos.

Impôs, porém, uma Lei que são obrigados a respeitar à risca.

Esta se chama: LEI DOS DIREITOS E DEVERES.

Os DIREITOS cada filho já recebe ao nascer.

Desde então terá o direito de viver e conviver com os irmãos desta fazenda e com os irmãos que habitam na fazenda do pai. Os quais vêm continuamente a esta com a missão de ensinar e ajudar a progredir, mental e materialmente.

E desde o nascimento estarão dotados do Direito de herança desta fazenda e da herança de habitar e usufruir dos bens da fazenda do pai, quando comprovarem suas capacidades intrínsecas para lá chegarem.

Estas capacidades devem ser desenvolvidas com esforço e boa vontade para o bem-estar de todos.

Entrementes, estes filhos têm o direito de passar férias em uma terceira fazenda, a qual circunda esta.

Esta terceira possui uma natureza mais amena em relação à primeira.

Contudo, possui algumas áreas tanto ou mais hostis do que a primeira.

Nesta conjuntura os filhos que vão em férias para esta terceira só terão o direito de permanecer por tempos necessários nas áreas que correspondem ao temperamento de cada um.

Estas “férias” são compulsórias. Para poucos ou para muitos anos.

E elas têm a função de dar o direito a cada um de receber experiências que sensibilizam a mente de cada um para preparar a este e aquele para: junto com as experiências que adquire na primeira fazenda conquistar o direito de habitar na fazenda do pai. No futuro.

Nestes termos entra a função dos DEVERES, os quais vão aumentando em peso e valor na proporção em que cada um vai aumentando as suas capacidades para os cumprir.

Portanto, à semelhança da capacidade intelectual e física do nascituro, do menino, do adolescente, do jovem, do maduro, e do ancião.

Com a diferença que: neste caso o ancião ao invés de diminuir capacidades físicas e mentais, ao contrário, aumenta-as.

Creio que por esta parábola simplória o prezado leitor, se ainda leigo em questões de doutrina da reencarnação, aceitando-a ou não, terá uma visão mais facilitada para compreender estas profecias que estou oferecendo por subsídio de interpretação.

Por meio dela esforço-me a explicar que a “ ira de Deus” não tem ímpetos de crueldade como muitos supõem.

É semelhante à ira do fazendeiro mencionado na parábola, o qual se deleita

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com o bom comportamento de alguns filhos excelentes; muitos filhos nem tão bons, nem maus; muitos filhos nem tão maus, nem bons; e se aborrece com alguns filhos muito maus.

É misericordioso e compassivo, porém, com todos, como a luz e o calor do sol que a todos ilumina e aquece. Sem uma única exceção.

Cada um de nós recebe e deve na conformidade de suas tendências e de seu comportamento no viver e no conviver com os irmãos... Vers. 20 Com o: “E o lagar foi pisado fora da cidade”, o Apóstolo leva-me a entender que as calamidades e hecatombes profetizadas no Apocalipse só ocorrem na face da Terra.

E o: “e saiu sangue do lagar até os freios dos cavalos” significa que todo o peso e medida proporcionado pelo processo humano de viver dentro da disciplina requerida pelas Leis Divinas é determinado para incidir dentro de um tempo cuidadosamente planejado. No espaço e no tempo.

Neste caso: “sangue” simboliza sacrifício e, ao mesmo tempo, vitalidade.

Sacrifício proporcionado pelo esforço de trabalho, serviço, conjugado pelo peso de sofrimentos circunstanciais, naturais e artificiais dos homens.

Pelo: “até aos freios dos cavalos” entendo que é expressão de força coercitiva da disciplina exigida pelas Leis “freios”.

Perfeitamente suportável, porém, pelo poder “cavalos” e/ou capacidade do ser humano para suportar o peso das vicissitudes circunstanciais proporcionadas pelo ambiente e pelos semelhantes.

Quanto à frase: “pelo espaço de mil e seiscentos estádios”, não tenho alcançado, ainda, a que tempo o Apóstolo faz referência.

E também fico em dúvida se ele se refere a tempo ou a espaço. Ou se ele, ou o tradutor considerou “espaço” por metáfora de tempo.

Se for espaço, significa que o Anjo citado recebeu a responsabilidade, de com sua hierarquia realizar um trabalho em uma determinada região do Mundo – abrangendo uma área de apenas 1.190 quilômetros quadrados, se tomarmos o estádio por 120 metros. Tomando-se-lhe por um raio de 120 metros teremos uma superfície circular de 1,190 quilômetros quadrados.

O que é inaceitável pelo raciocínio ao relacionarmos esta extensão com a extensão e o valor do trabalho requerido.

Se tomarmos uma aplicação arbitrária multiplicando este número por mil, por livre arbítrio concedido para interpretação de profecias, a medida torna-se viável ao raciocínio.

Então, teríamos 1.190.000 quilômetros quadrados, aproximadamente.

E considerando informações que tenho conhecimento de que: “O Arcanjo Miguel é, ou Terá sido Regente da Raça Hebraica”.

E, que o Arcanjo Gabriel é, ou terá sido Regente da Raça Ismaelita.

Se, por outro lado, a informação trata de tempo, e se “estádios” for metáfora de anos; o Apóstolo estará se referindo a um ciclo de 1.600 anos de trabalho de socorro e ajuda para almas cujos corpos morrem em acidentes e catástrofes. Principalmente nas guerras calamitosas.

Como a frase é curta e vaga, sem subsídios do texto, ficamos sem alcance para o raciocínio até quando for possível obter informações precisas.

Suponho que alguém deve possuir tal informação... Vamos ao Capítulo 15.

CAPÍTULO 15

OS SETE ANJOS COM AS SETE TAÇAS

CHEIAS DAS ÚLTIMAS PRAGAS NO TA Deste capítulo 15 ao Capítulo 20 o Apóstolo está profetizando o advento do

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Juízo Final, cujo início estava planejado para ir sucedendo a partir de quando ele teve as visões. Portanto, pelos anos 90 d.C.

E até o Capítulo 20 ele vai descrevendo alguns acontecimentos terríveis; os quais terão sua culminância no fim do Juízo Final – de cujos prognósticos e profecias ocorrerá nas proximidades dos anos 3800.

Repito que Nostradamus prognosticou em afirmação categórica que este fim do Juízo Final dar-se-á no ano de 3797.

Pelo que veremos no texto da “grande prostituta” a afirmação de Nostradamus torna-se viável.

Mesmo porque Jesus assegurou que nessa época Ele viria de improviso: “como o ladrão na noite”.

Porém, como, ele ordenou ao Apóstolo que revelasse estas profecias por escrito, ele o fez! Porém, obedecendo a ordem de revelar os acontecimentos em linguagem velada por símbolos e alegorias literárias – conforme à tradição literária dos profetas. Por razões que entendo por Ter aprendido em fontes autorizadas, mas não quero expor por não Ter possibilidade de comprovar com precisão.

Acredito que hoje há quem saiba e possa explicar. Deixo a cargo destes.

Todavia, desvelando o sentido oculto (velado), das palavras, frases, e sentenças; em forma comum na literatura simbólica, é possível ao intérprete ter visões e vislumbres condizentes com o sentido real que o Apóstolo desejou transmitir.

É o que faço neste livro. E mais: utilizo a conjunção das

minhas experiências sensíveis com as informações literárias e orais que reputo abalizadas. E as concretizo com o resultado da análise dos acontecimentos passados e presentes.

Não há misticismo nem milagres neste serviço.

Quando muito um dom inato de interpretar, amadurecido por experiências e pesquisas.

Outrossim, no Capítulo 15 até o 20 o Apóstolo está revelando um ciclo de trabalho de aproximadamente 4.000 anos, planejado para a evolução dos espíritos circunscritos ao âmbito da Terra, para ser executado pela Providência Divina.

Isto ele viu, ouviu, e escreveu quando naqueles dias ele “comeu o livro”, isto é, foi devidamente informado com pormenores. Dos quais retransmitiu a parte essencial.

Hoje estamos na primeira fase, pela qual toda alma que desencarna é julgada pela sua própria consciência e situada em regiões e locais cujo padrão vibratório do ambiente é similar ao padrão vibratório de cada alma.

Isto em correspondência com o seu grau de moralidade (comportamento moral).

Nesta primeira fase, que vai até o último dia do Juízo Final, é dado por Graça Divina o direito de se regenerar.

Alma alguma fica ao léu da própria sorte. Por pior que seja. Sempre recebe ajuda fraternal das almas e Anjos benfeitores que se sacrificam com amor fraterno no propósito de salvação.

Todas, sem uma única exceção, têm o direito de serem transferidas do pior “inferno” e paulatinamente galgar locais e estados de progressiva sublimação.

Almas malfazejas, e as supinamente malfazejas, em muitos casos são ilhadas em abismos tenebrosos, à semelhança dos delinqüentes de alta periculosidade que são trancafiados em solitárias nas penitenciárias.

Existem aquelas que ali permanecem por séculos até que germinem sentimentos de fraternidade tais que permitam serem devolvidas à convivência com almas de melhor comportamento.

Então, são socorridas e ajudadas a prosperar.

Em muitos casos suplantam as almas medianas (“as nem quentes e nem frias”) e recuperam com galhardia o tempo perdido, ultrapassando essas na escada da evolução.

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Muitas outras do gênero, talvez irão à condenação decisiva que as levará ao degredo em planetas inferiores à Terra onde suas Humanidades ainda estão na situação da Idade da Pedra.

Estas é que sofrerão a “segunda morte” mencionada pelo Apóstolo do Apocalipse.

Em suma, esta primeira fase irá até o último dia do Juízo Final.

Logo após haverá um período curto para a separação dos “bodes e ovelhas” mencionados na Bíblia, período este que é a segunda fase.

Após este período entrará a realização das PROMESSAS sob a ação de outro grande ciclo de trabalho já planejado, o qual só Deus, Jesus Cristo e alguns Arcanjos hoje têm conhecimento.

Estes planos estão naquele “livro selado” que o Cristo recebeu naqueles dias, conforme o Apóstolo relata.

Outrossim, com respeito a estes “sete anjos” permito-me expor uma TEORIA.

Teoria na completa acepção do termo. A qual não poderá ser aceita por Verdade, visto que estará montada por retalhos de informações que me levam a crer em uma aproximação de uma verdade. Teoria fundamentada, principalmente, na informação do Apóstolo, quando escreveu no Capítulo 5, versículo 11: “E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos... e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares”.

Conjugada na informação dos versículos 9 ao 11 do Capítulo 6: “E, havendo aberto o quinto selo vi debaixo do altar das almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus...”

Portanto, “milhões de milhões” de almas que já conquistaram a sublimação através de reencarnações sucessivas na Terra.

Então, estes “sete anjos” os quais o Apóstolo cognomina, também, os “Sete Espíritos de Deus” podem ser SETE SERES ou SETE CRISTOS (ungidos) por DEUS

para comandar SETE HIERARQUIAS que perfazem a HIERARQUIA de DEUS.

Um deles é o CRISTO JESUS, o qual conhecemos por ter-se manifestado em corpo humano a fim de comprovar a Sua existência no cargo de REGENTE da Humanidade e, ao mesmo tempo, comprovar a EXISTÊNCIA DO DEUS ÚNICO CRIADOR DA TERRA.

Os outros seis “Anjos” comandam suas hierarquias de anjos e almas nos serviços cosmogônicos com seus poderes específicos para a utilização do Ar, da Água, do Fogo, da Terra, em trabalho perfeitamente sincronizado, coeso.

“Desde antes da criação deste Mundo”, como assevera Jesus nos Evangelhos.

O Apóstolo escreve informando (revelando) que o Cristo Jesus comanda 144 mil Anjos, os quais, evidentemente, comandam sua hierarquias de “milhões de milhões” de anjos, e almas e homens. Cujo número exato tenho fé, sem dúvida, está registrado no “livro selado” entregue a Jesus naquele dia solene.

Se nesta data o número de homens é de seis bilhões de almas, aproximadamente, conforme a últimas estatísticas publicadas pela O.N.U., o número de Seres Celestiais, e de almas desencarnadas – puras e as ainda impuras poderá ser da ordem de 144 bilhões – habitando todo o âmbito do Planeta; situados nos “sete céus”, onde habitam na conformidade com seus índices de perfeição moral e física.

Por conseqüência destes fatos cada “anjo” representa um imenso poder que aciona atividades criativas e transformativas sobre os “céus” e sobre o primeiro “céu” que é a esfera terrestre.

A estas atividades ele nomeia por metáforas: “sinal no céu”, “fumo do templo”, “salvas”, “pragas”, “fumo da glória”, salvas cheias da ira de Deus, e “anjos”.

“Anjo por metáfora de onda poderosa de um tipo de atividade, seja

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ambiental, material, física, mental ou espiritual”. Vers. 1 e 2 No versículo 2 – o “mar de vidro misturado com fogo”- é uma alegoria do círculo da ionosfera. Vista com os olhos do espírito.

Os vitoriosos que “ tinham as harpas de Deus” são as almas que obedecem as Leis(palavras “harpas”) de Deus. Vers. 3 e 4 Nos versículos 3 e 4 eles “harpejam” louvores ao Criador. Vers. 5 No versículo 5 “o templo do tabernáculo” representa a manifestação das atividades Divinas que são encaminhadas aos homens. As quais atividades manejadas pelos Anjos e almas serão compreendidas pelos homens por força dos testemunhos ocasionados pelos acontecimentos de toda ordem, ambientais, materiais e humanos.

Tanto os construtivos quanto os destrutivos.

Testemunhos do Poder de Deus doado aos homens, os quais homens materializam criações maravilhosas em todos os campos das Ciências, das Artes, da Cultura, da Tecnologia. Principalmente no universo da Religião visto que esta tem papel preponderante para o espírito humano.

Para que serviria o corpo humano, esta máquina prodigiosa, senão tivesse o espírito eternal?

Apenas um robô dotado de um computador! Se é que pudesse ter anos de vida. O que não tem. E se consegue ter vida vegetativa por alguns anos ficaria inerme em uma cama. O que não poderia por não ter quem cuidar.

Quando muito seria um zumbi. Por conseqüência uma população de zumbis e, com muito favor, de vida curta. Vers. 6 No versículo 6 ele diz que estes anjos são dotados de virtudes perfeitas e de inteligência brilhante (“vestidos de linho puro e resplandecente”).

Com: “e cingidos com cintos de ouro pelos peitos” é um simbolismo marcante de que eles estavam dotados de absolutos sentimentos altruístas, fraternais, amorosos, etc.

É o que costumamos dizer: “dotados de coração de ouro”. Vers. 7 Para “salvas de ouro” do versículo 7, podemos entender poderes justos, embora pareçam poderes arbitrários vindo de alguém muito enraivecido. Visto que estavam “cheias da ira de Deus”. Por que Deus iria ficar tão enraivecido e cruel, se ELE é todo Amor, Bondade, Compaixão? Se apelamos para o sentido de poder determinante necessário para a retificação de homens e almas, este símbolo “ ira” fica explicado. Concorda comigo? Com o versículo 8 o Apóstolo quase nos põe a nocaute. Literalmente, ele apresenta uma simbologia berrante. Uma aberração do raciocínio. Não é? Você já viu alguma glória simbolizada por fumo? Até este momento eu só tenho visto e ouvido símbolos graciosos. De luzes, cores, ramos, flores, medalhas, etc. E o pior é que, com esta frase, o Apóstolo contradiz tudo o que tem escrito e o que ainda vai relatar sobre o “ templo” e sobre o “ trono” de Deus nos próximos capítulos, onde ele só fala de resplandecência empolgante. Nesta frase faz transparecer um Deus angustiado, vencido, irado! Vencido por uma caterva de homens e almas que, diante da Onipotência e Onisciência Dele não passam de um bando de formigas. Se ele falasse do fumo do incenso ainda daria para compreender. Não é? Quem estará enganado? O Apóstolo ou eu? “A Bíblia ou a cigana”? Espera aí! Parece que apeguei meu raciocínio ao sentido exotérico ao invés de me reger pelo sentido esotérico.

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Assim deslizei, como faz muita gente que conheço, que se ufana em encontrar centenas de contradições na Bíblia, a expor com o ventre inchado de orgulho vaidoso a sua sabedoria medíocre. E, assim, vão desmerecendo a obra dos escritores bíblicos. Impetuosamente, como se fossem donos da verdade. Ao mesmo tempo, para reforçar suas alegações, culpam sacerdotes e ministros religiosos de terem “batizado” os textos originais por interesses pouco recomendáveis a fim de impor os dogmas de suas Igrejas. O que vem acontecendo na realidade, há séculos, são os erros de interpretação. Erros exotéricos por interpretação apenas literal ou “ao pé da letra”. Erros por não cuidar do sentido esotérico que flui par a par com o sentido exotérico calcados nos textos bíblicos em literatura simbólica e alegórica. Simbolismos e alegorias que, na realidade, trazem a segurança para que os textos não possam ser batizados por má-fé e nem mesmo por boa-fé. E há nela, ainda, as constantes repetições dos mesmos assuntos registrados por variados Profetas, escritores, e Apóstolos como chaves de segurança. As tais “contradições” que provocam tanta celeuma desvanecem-se ante a aplicação da análise cuidadosa e do raciocínio sereno que inspira àquele que possui o dom para interpretar. Uma parte deste dom é inata. Outra parte depende de atenção concentrada nos acontecimentos, na pesquisa, na seleção das informações, na análise e na síntese, e na boa vontade. Além disto, ainda depende de capacidade para receber inspiração vinda de seres que se propõem desinteressadamente, isto é, sem o interesse particular de fama e riqueza que subordina o ser humano... Pois bem. Vamos tentar pôr este versículo às claras.

No versículo 6 o Apóstolo menciona o “ templo” com idéia de lugar no “céu”. Ao mesmo tempo, com idéia de lugar na mente dos “anjos” mencionados. Portanto, anjos puros na inteligência, os quais por conseqüência habitam o Céu puro de Deus (lugar). Vers. 8 Ele está mudando o “ templo” para esfera terrestre (lugar) e para a cabeça de gente (cérebro, mente humana). Neste parâmetro o “ templo” da primeira sentença: “E o templo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu poder”, é a cabeça do homem, e das almas imperfeitas que habitam no ambiente denso da face da Terra. O que é assaz evidente! Então, estes ainda têm o seu “ templo” ( mente) com capacidade limitada pela natureza densa interna, e pela natureza externa ( lugar). E o que é pior: poluída pelo “fumo” dos seus erros, fraquezas e vícios. Nestes termos, estão incapacitados para habitar junto a Deus no seu “ templo” (lugar). Pelo que escreveu o Apóstolo: “e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos”. Para confirmar o sentido desta sentença, o Apóstolo João é exemplo vivo. Naqueles dias, embora encarnado, seu espírito entrou no “templo” de Deus. E entrou por Ter a sua alma já sublimada. E este “consumassem” confirma o exposto, ao se aplicar a sentença ao cérebro humano ( e/ou mente humana). Isto é: ninguém poderá entrar no Mundo divino enquanto não tenha extinguido, “morto”, “consumado” todas as tendências viciosas, todos os instintos viciosos, que infestam a alma. Os quais ele simboliza pelas “sete pragas”. O que vai corroborar pelos versículos seguintes até ao Capítulo 20. Referindo-se, sempre, ao ambiente terrestre e ao cérebro humano. O qual é o “ templo” do espírito e está envolvido pela abóbada do crânio, à

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semelhança do “templo” de Deus que está envolvido pela abóbada celeste. Em suma: o “fumo” gerado pelos maus instintos e mau comportamento dos homens prejudica a sua capacidade e mérito de entrar no “reino dos céus”... Não é necessário ser um sábio acadêmico para compreender estas coisas. Até o analfabeto simplório poderá compreender, desde que se lhe explique por figuras simples.

CAPÍTULO 16 NO TA Para compreender com mais clareza o que o Apóstolo vai dizendo por estes versículos, o leitor necessita colocar o raciocínio a funcionar com toda atenção nos fatores psíquicos que envolvem as palavras, frases, e sentenças. Evidentemente, fixando a atenção, também, nos fatores físicos e/ou ambientais. Se acompanhar com atenção moderada os meus raciocínios alcançará boa parte do pensamento dele.

Se, depois, decidir-se a estudar de fato, partindo para interpretação própria, obterá conhecimentos excelentes conjugados ao sabor de recreação por horas diárias e por longos anos.

Digo-lhe por experiência vivida. Vamos em frente: Vers. 1 e 2 Devo repetir que estas “salvas da ira de Deus” representa a Vontade e o Poder de Deus postos em ação – em fluxos cíclicos, pelo trabalho dos Seus Celestes conjugado com almas e homens. Poder físico e psíquico que atua sobre as mentes e sobre o ambiente terreno semelhante à ação das energias solares, ventos, água, frio, calor, etc., com suas causas e suas conseqüências. Assim sendo, a “salva” no versículo 2 representa um fluxo maior de trabalho doutrinário, cultural, artístico, científico e tecnológico. Em fluxo rápido como

aconteceu no século 20, cognominado “Século das Luzes”. As causas e efeitos que resultaram dos acontecimentos, físicos, materiais, estão aí, neste século em que o progresso suplantou imensamente, em cem anos todas as realizações dos sessenta séculos que a História registra. Não é? Está claramente à vista o resultado que o Apóstolo profetizou: “e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem”. Atente bem: “chaga má e maligna”. Corpo e mente feridos por circunstâncias martirizantes (“chaga má”); e a conseqüente reação maligna que estamos encarando no dia a dia em todo o mundo. Afetando com mais força as pessoas dotadas de instinto ruim maior (“o sinal da besta”); e os que adoram os bens materiais e os prazeres da carne. Os ambiciosos, os insensíveis à dor do próximo, os egoístas, os concupiscentes, etc. (“adoradores da besta”). Vers. 3 e 4 Nos versículos 3 e 4 ele profetiza a poluição das águas dos mares e rios. Enquanto ela não for devidamente controlada.

Ao mesmo tempo se refere à poluição mental.

Quanto ao mar: é visível que a poluição só atinge a orla dos litorais e nem mesmo todo o litoral de um País.

E ela mata mesmo “toda a alma vivente”. Com relação ao mental do “mar” humano, então sim a poluição restringe (“mata”) as virtudes.

Da mesma forma que os vírus e bactérias matam os microorganismos do corpo.

O mesmo ele profetiza no versículo 4 para fontes e rios. Fatos hoje patentes.

Agora com relação à poluição mental ele aponta distinção para cada cérebro (“fonte”) e para cada comunidade e povo dos Países. Sendo que “mar” é símbolo da Humanidade toda. Inclusive almas de mentalidade poluída.

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O símbolo (“sangue”) nestes dois versículos figura o sofrimento produzido pela poluição mental e o conseqüente comportamento injusto ou mau. Vers. 5 No versículo 5 o “anjo das águas” representa a mente do ser virtuoso. Homem e/ou alma que reconhece a absoluta Bondade e Justiça de Deus. Vers. 6 e 7 No versículo 6 destaca “santos e profetas”. Esta expressão, porém, inspira maior abrangência, alcançando até as almas ainda imperfeitas, como é o caso de Dimas, o bom ladrão crucificado ao lado de Jesus. Vers. 8 e 9 Nos versículos 8 e 9 ele diz: “E o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo”. Observe o leitor que, ao pé da letra, esta sentença é disparatada. Em sentido esotérico é perfeita, justa. Tomando o símbolo “quarto anjo” por poder inteligente concentrado para dar maior velocidade ao progresso humano a questão fica esclarecida.

Basta analisar e raciocinar sobre os movimentos de progresso ocorridos neste nosso Século XX.

Nossa geração está obrigada a pensar, agir, estudar, trabalhar com maior rapidez. Empurrada pelo advento progressivo de toda sorte de máquinas, veículos, aparelhos, dispositivos, etc. E empurrada pelo progresso das Ciências, principalmente da Ciência Religiosa.

Então, a mente (“sol”) em atividade mais veloz do que há cem anos, esquenta o cérebro e o sangue com o “fogo” do processo executado pela inteligência mental.

As sensações e emoções recrudescem as paixões!

Estas incitam e incentivam a ambição, a preocupação, o egoísmo, a usura, o desperdício, a incivilidade, os desejos sensuais e sexuais, e quejandos.

Nestas conjunturas as profecias do Apocalipse estão se realizando, claramente, em nosso século. Pelo exposto por São João no versículo 9: “E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória”.

Entendo que minha exposição esclarece devidamente os versículos 10 e 11.

Por subsídio repito: “o trono da besta” está na cabeça do homem. Ao redor do “ trono do espírito”. Ou “no átrio do templo” referido pelo Apóstolo.

E assim, os terrícolas e almas “de espírito pobre”, estão aí “a morder as suas línguas de dor”.

Porém: “blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras”.

Pelo que vale lembrar: os terrícolas não aprenderam ainda a usufruir dos bens gratuitos doados pelo Céu; nem dos bens gratuitos e dos bens que pagam, fornecidos pelos homens. Vers. 12 Quero apresentar a interpretação do versículo 12 com a redação seguinte:

Aquele grande progresso que sobrevirá do Céu para a Terra (“sexto anjo”) produzirá um arrefecimento da moral no rio humano e, por conseqüência, os terrícolas sofrerão muito.

Isto beneficiará as gerações do futuro (“para que se preparasse o caminho dos reis do oriente”). NO TA Lembremos que o rio Eufrates ajuda a fertilizar a Mesopotâmia. Vers. 13 e 14 Para se compreender os versículos 13 e 14 temos que levar em conta o que é mencionado nos Capítulos 12 e 13: “o grande dragão vermelho”; as “duas bestas”; e “o falso profeta” que está nos textos dos Evangelhos. Devem ser analisados e raciocinados como um todo. Do qual surgem as “rãs” que são as atividades mentais e físicas dos homens e almas, no sentido de poluir,

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perverter, prostituir e provocar a degradação da moralidade. Outrossim, se estas “rãs” ou “espíritos de demônios” apontam , em primeiro plano, os potentados de todas as Ciências, Artes, Religiões e Tecnologia; não todos, mas aqueles que lançam pensamentos, imagens e atividades destrutivas contra a MORAL estabelecida e disciplinada pelas Leis de Deus; e pelas Leis dos Homens, as quais são similares e subordinadas às Leis de Deus; não inocentam todos aqueles que se subordinam e até se escravizam a eles. São coniventes por interesses imediatos. Nesta posição entram os Governantes, os Políticos, cientistas, inventores, empresários, dignitários religiosos, filósofos, escritores, artistas, etc. e todos aqueles que se subordinam a estes. Desde o ministro até ao faxineiro. Os quadros e episódios mais ilustrativos da época que vai do século XVIII a este século XX no que tange ao Poder Governamental, ao Poder Político, ao Poder Militar, e até ao Poder Religioso comprovam esta profecia. Quando analisamos os movimentos beligerantes do Império Napoleônico, do Império Nazi-fascista, do Império Comunista, e do Império Capitalista, comprovamos o grau de culpabilidade dos líderes e de quantos os terão seguido na loucura que a História registra... Tais líderes são : “os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia de Deus Todo-Poderoso”. - Verifique com atenção “reis de todo o mundo”. Os coniventes que mencionei. A frase: “naquele grande dia do Deus Todo-Poderoso” é o tempo em que o Juízo Final terá estado em curso até o seu fim previsto por Nostradamus para 3797 d.C. Vers. 15 No versículo 15 o Apóstolo transmite a declaração formal que o Cristo

Redivivo: Jesus, ditou naquele momento, confirmando a sua mesma declaração feita enquanto vivia na carne, e está registrada nos Evangelhos.

- Tomemos cuidado minha gente! É preciso tomar cuidado e vigiar e orar ao encarar este versículo 15: “Eis que venho como ladrão, Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se veja as suas vergonhas”.

- Se neste instante você perceber que está inserido no rol dos culpados, e pensar: “Ah! O Juízo Final só terminará daqui a 1.800 anos (um mil e oitocentos anos)! Eu nem tenho a certeza de que sou um espírito imortal! Outrossim, dizem por aí que Deus, e Jesus são absolutamente misericordiosos e compassivos! Até lá... mil e oitocentos anos, ELES terão bastante tempo para me perdoar e livrar da terrível condenação citadas pelas profecias...”

Meu caro, que sou um dos últimos operários do Senhor Jesus, e sou um pobre faxineiro ainda, tenho condições de assegurar a você que a coisa não é bem assim. “Ponhamos a barba de molho” aqui e agora!

Se você ainda não sabe, porque não conhece ou porque não aceita a realidade da Lei da Reencarnação, eu lhe digo: você, aqui, agora, é um espírito que nasceu há alguns milênios.

Se ainda está dominado, atolado, no brejo das “rãs”, no pantanal da “besta” – cuidado! Os 1.800 anos poderão ser poucos para você se livrar dos maus instintos.

Eu, um pobre dos últimos faxineiros do Senhor Jesus ainda estou aqui. E tenho certeza que nasci há alguns milênios.

Por limitação da carne desconheço o porquê, a razão de estar ainda em um dos últimos degraus, sabendo agora e aqui que muitas almas que ombreavam comigo já conquistaram o direito de habitar no “reino do Senhor”.

Nesse reino descrito por São João Evangelista.

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Suponho que nesta vida em que estou há setenta e um anos eu tenha conseguido subir um degrau na “escada de Jacó”.

Suponho... Continuemos pelo versículo 16:

Vers. 16 “Armagedom” era um reduto estratégico onde os Israelitas obtiveram vitórias decisivas naqueles tempos dos Profetas. Por isto o Apóstolo utiliza o Armagedom como símbolo da vitória decisiva que será obtida pela Hierarquia de Jesus, no Juízo Final, contra as legiões do mal. E, principalmente, contra os maus instintos que estão enquistados nas mentes das almas humanas. Vers. 17 ao 21 Do versículo 17 ao 21 o Apóstolo profetiza os grandes acontecimentos que iriam suceder. E grande parte deles já sucedeu desde aqueles dias até os dia de hoje. Vers. 18 Toda essa infernália profetizada simbolicamente no versículo 18, por metáforas de vozes, trovões, relâmpagos, terremotos, representando movimentos sociais, políticos, militares, ocorria antes da chegada de Jesus. E têm continuado a ocorrer até hoje. Inclusive acompanhados pelas catástrofes naturais.

As calamidades e hecatombes, porém, recrudesceram a partir do século XVIII na proporção do aumento sucessivo da população mundial. Óbvio ululante! Em razão da expressão demográfica que tem prosperado à taxa de dois por cento ao ano. Portanto, dobrando a população a cada cinqüenta anos.

Lembro-me que em 1948 a população mundial era contada por dois bilhões e meio de almas.

Em 1995 dados estatísticos publicados pela ONU indicavam cinco bilhões e seiscentos milhões.

A atual geração já chegou aos seis bilhões no ano 2.000.

Se continuasse nesta proporção a população atingiria os cem bilhões, o que seria uma calamidade total, já no ano 2.200.

O “anjo divino”, porém, secundado pelo “anjo terreno” das autoridades em cada País, já vem instituindo medidas de “planificação familiar”, as quais regulamentarão paulatinamente as necessidades demográficas...

Vers. 18 ao 20 Outrossim, no meu entender, as profecias dos versículos 18 a 20 figuram a situação da Humanidade neste século XX até ao século XXI, sendo que, a partir do século XXI, os “anjos” continuarão em atividade crescente no sentido de levar boa moralidade a predominar sobre a moralidade malfazeja, e o século XXI será cognominado: “Século da Concórdia Universal” e “Século da Justiça Social”. Por força da Dignidade, Fraternidade, Nobreza, será alcançada a Civilização de fato e de direito para prevalecer por mil anos, à medida que, pelas força destas virtudes e suas derivadas, “Satanás será preso no abismo por mil anos”, segundo as profecias do Capítulo 20. No limiar do ano 3000 d.C. as gerações da época voltarão a se subordinar aos maus instintos, do mesmo modo que a nossa geração está subordinada neste século XX. À primeira vista, é de se estranhar tal acontecimento após a profetizada vitória dos “mil anos”. Não é difícil, porém, compreender. Grande parte das almas que proporcionarão aquelas gerações não estarão completamente sublimadas e/ou santificadas. “Canteiro de horta e de jardim negligenciados pelo dono geram tiririca, espinheiros, e bichos predadores.” Assim sendo, é previsto: aquelas populações negligenciarão no “orai e vigiai”, no trabalho, na disciplina.

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Dos malfeitores que voltarão do “abismo”, a fim de ter o direito a se regenerar por mérito, grande parte falhará, e congregarão grande multidão de gente ainda frágil, que se subordinarão àqueles – como profetiza o Apóstolo: (“no Armagedom”). Quanto à sentença do versículo 19: “E a grande cidade fendeu-se em três partes”, é simbolismo representando os chamados “Países do Primeiro Mundo”; “Os do Segundo Mundo” e “Os do Terceiro Mundo”. Ou: “Países Ricos”, “Países Meio Ricos” e “Países Pobres”. Os quais abrigam três classes de cidadãos distinguidas por convenção: classe rica, classe média e classe pobre. Então, o Apóstolo escreveu: “e as cidades das nações caíram; ...” Sim. Estamos vendo que caíram. A profecia já está realizada. E a partir de janeiro do ano 2001 recomeçarão a subir, conforme as Promessas Divinas proclamadas pelo Livro do Apocalipse. Em todos os Países, ricos, médios e pobres, cada nação caiu: em índices estatísticos. Portanto: “caíram” da Moralidade; “caíram” da fé Religiosa; “caíram” do conforto; “caíram” dos bens artificiais e, assim, “caíram” da Felicidade. Por conseqüência: “caíram” na miséria psíquica, na miséria física e na miséria material, assim “caíram” os ricos, os da classe média, os pobres. As causas da queda são muitas e os efeitos são muitas vezes muitos. São tantas e tantos que só posso mencioná-los pelos adjetivos e advérbios que os definem a grosso modo. Não há espaço neste livro. Para distinguir bem é necessário um tratado. Não é, caro leitor? Entretanto, menciono algumas causas mais possantes, das quais os efeitos são mais dilacerantes. (Rimo por intenção). E para ser breve o bastante, repito a citação do Apóstolo no versículo 21 do

Capítulo 9: “homicídios, feitiçarias, prostituição, ladroíces”. São quatro causas–mater que desovam as demais. O pior, o mais calamitoso e catastrófico efeito que delas provém, indiscutivelmente é a GUERRA. A guerra é, ao mesmo tempo, causa e efeito. É efeito gerado por estas causas-mater acima citadas.

É causa da destruição, da hecatombe e do recrudescimento das outras causas e seus efeitos.

Com relação à “feitiçaria” se você leitor, é atencioso e esperto deve ter pensado: Epa! O Apóstolo e o intérprete “pisaram na bola e caíram de quatro patas!”.

Não, meu caro leitor! Este substantivo “feitiçaria” foi

aplicado por ele em sentido metafórico. Profética e/ou esotéricamente

“feitiçaria” simboliza uma projeção mental malfazeja contra alguém.

Tanto projeção mental direta do feiticeiro quanto projeção mental suportada e transportada por substâncias; por vegetais; por minerais; por objetos; por instrumentos; etc.

Na antigüidade o farmacêutico, o médico, o artífice, o sacerdote eram encarados e considerados feiticeiros.

E muitos destes, principalmente os sacerdotes usando e abusando dos seus conhecimentos ocultos a sete chaves, t iravam grande proveito da ignorância popular, a fim de usufruir das riquezas, do poder, da fama; que os reis, os faraós, concediam a eles com um misto de temor e de boa vontade.

Enfim, usufruir destes valores que foram sintetizados por eles no substantivo: “benesses”.

Muitos cientistas (“sacerdotes das Ciências”) têm usufruído das benesses criando e desenvolvendo todo tipo de armamento destrutivo, que tem vindo destruir vidas e bens patrimoniais das sociedades humanas.

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Com isto homens e almas são levados à danação.

Estes são os “anjos” que produzem a “foice aguda” e colocam essa “foice aguda”, “na mão do anjo” cujo “anjo” é constituído por Governantes, Políticos, e gentes que se prestam e apresentam a produzir as loucuras, as imbecilidades, e as bestialidades dos grandes movimentos beligerantes (“ terremotos”). Revoluções e Guerras.

Por estes parâmetros, acredito que o prezado leitor estará pensando:

- Ah! Então Deus é o culpado desses terríveis acontecimentos! É um Deus cruel que se deleita “ao ver o circo humano pegar fogo!” ELE é quem manda uma profusão de anjos ensinar e incitar e excitar os homens a destruir vidas e patrimônios!”

- Antecipo a resposta a você! - Deus é Onisciente e Onipotente. - ELE SABE PERFEITAMENTE

que o progresso humano, e a evolução do espírito humano devem e podem ser conquistados, adequadamente, pelo trabalho pacífico. Não devem ser conquistados pela luta. Embora possam ser conquistados pela luta.

- Este raciocínio é suficiente para você compreender a realidade?

- Se não é suficiente queira acompanhar-me no raciocínio seguinte.

- Eu sou um dos filhos de Deus. - No instante em que me criou

“simples e inocente” deu-me uma gota de Sua Onisciência a qual conheço por Inteligência.

- Pela capacidade desta “gota” ELE me diz: “meu filho, EU POSSO criar coisas e seres viventes perfeitos do mesmo modo e da mesma forma que SOU PERFEITO.

- Mesmo sabendo, porém, que é muito difícil para você compreender, se Eu o criasse perfeito você jamais teria a possibilidade de possuir a Felicidade plena – do mesmo modo que Eu a possuo.

- Do mesmo modo que você está sujeito a sofrer as vicissidades da VIDA que envolve “gota imortal” que você conhece

por espírito; e essa “gota imortal” que você conhece por alma, a qual é o corpo ou forma do espírito; e essa “gota mortal” que você conhece por corpo humano; Eu, também, estou sujeito a sofrer as vicissidades da VIDA.

- Por isto ordenei aos meus missionários, principalmente a Jesus, que ensinassem a você que Eu Sou um Pai que está sempre em misericórdia e/ou compaixão com você até a ocasião em que você conquistar o Direito de habitar no meu REINO. O qual você conhece pelo nome de Céu, Paraíso, etc.

- A partir de então você vai saber, pela realidade de sentir o que é a FELICIDADE PLENA.

- Se você prestar a devida atenção compreenderá que desde este instante já está capacitado para sentir e para usufruir da felicidade relativa de modo a suportar os reveses da VIDA no Mundo da alma, e no Mundo do corpo durante a sua caminhada pela evolução.

- Esta capacidade é propiciada pela sua Inteligência – a qual você conhece por “espírito do espírito” ou “ luz do espírito”.

- Outrossim, Eu possuo o livre-arbítrio de criar, e de destruir, de fazer e de desfazer. Mais propriamente, o livre arbítrio para transformar.

- Utilizo-o com plena JUSTIÇA. - E sempre terei concedido o

mesmo livre-arbítrio a você. Por conseqüência a todos os meus filhos.

- Embora, PRÉ-CIENTE de que meus filhos terão capacidade precária na utilização desta minha Lei do Livre-arbítrio e praticarão muita injustiça – Eu terei respeitado esta Lei que impus primeiramente a mim próprio. Portanto, respeito-a em sua plenitude.

- Meu caro leitor: se você já compreende ou se conseguiu entender e aceitar esta minha exposição compreenderá, devidamente, as causas e efeitos danosos, alertados pela redação do Apóstolo. E

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compreenderá que a culpa terá sido sempre dos homens. Jamais de Deus.

- Por outro lado, as causas e efeitos benéficos constituem mérito para os homens no cálculo do “débito e haver”.

- Se os homens tivessem tido a capacidade de justiça suficiente para trabalhar construindo, ao invés de tentar construir lutando – este nosso Mundo teria prosperado muito mais nestes seis mil anos registrados pela História. É óbvio...

- O prezado leitor concorda ou discorda?

- Vamos ao versículo 20. Vers. 20 Esta sentença: “E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam” envolve significação ampla.

O significado de “ ilha” entra conforme a idéia central do texto.

Neste capítulo ele está falando de homem, de população, de cidades, de Países, de Nações.

Então: “ toda a ilha fugiu” corresponde: a toda população fugiu aos preceitos de Deus. A todas às regras da MORAL. Fugiu de Deus, etc.

Por isto deixaram de viver com a devida sabedoria (“os montes não se acharam”)

Como usou ilha no singular significa que ele está se dirigindo mais diretamente a mim, a você.

Com um alerta velado, a fazer sentir: “você não está vigiando e orando!” Assim você está perdendo tempo; perdendo oportunidades de chegar à sublimação de sua alma; perdendo tempos de felicidade. E está aumentando seus tempos de angústia e dores: “montes”.

Finalizando ele profetiza as angústias e dores que obviamente recairiam sobre a Humanidade; causadas pelos seus desatinos e incúria (“grande saraiva... por causa da praga da saraiva: porque a sua praga era muito grande”. “e os homens blasfemaram de Deus”.

Isto é: jogaram toda a culpabilidade deles nas costas largas do Pai.

É o mesmo o que acontece com os filhos de hoje.

Fazem suas asneiras por negligência, e por preguiça, e por ânsia de satisfazer todos os desejos da carne. “Viver no bem bão pela lei do menor esforço”.

Se o delito é grande, a ladainha é sempre a mesma: “Ah! Seu Juiz a culpa é dos meus pais. Nunca me ensinaram direito como deviam! Nunca me forçaram a ir na Igreja – ao menos nos domingos! Nunca se prontificaram a “dialogar comigo” – como eu vejo e ouço psicólogos exigir deles na TV, nos jornais, nas revistas de quadrinhos, etc.”

- “Oh! Seu Juiz, eu quero dizer para o senhor que se meu pai t ivesse dado umas boas chibatadas em mim de vez em quando eu não estaria aqui agora nas barras do seu tribunal”.

E o Juiz muitas vezes torna-se compassivo e ameniza a pena. E até, às vezes, condena o pai ou a mãe por responsáveis dos delitos.

Aqui nos Estados Unidos eu vejo que a coisa é pior.

Leis severas contra os pais não admitem que estes apliquem algumas cintadas e muito menos chibatadas em filhos rebeldes e maldosos.

Estes aprendem na rua, na TV e nas escolas, que se o pai bater eles têm o “dever” de chamar a polícia pelo “911”.

Se cumprem a lei o pai ou a mãe vai às barras do tribunal, passa por vexames, perdem dias de serviço; e às vezes perdem até o emprego.

E os tais filhos saem garbosos, flauteando.

Por quê? Porque anteriormente muitos pais

abusavam do direito de disciplinar. “A emenda está saindo pior do que o

soneto”, porém. A juventude está sem os “freios”

necessários que eram usados antes dos anos 60.

Então hoje são os imperadores da casa.

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Já não pedem. Exigem! E exigem, não o suprimento

necessário. Exigem o supérfluo e o luxo. Se os pais se negam a obedecer suas

exigências eles os infernizam de tal maneira que acabam cumprindo com cara de “ trouxa”.

Até quando isto vai? - Faço esta digressão porque sinto

que este comportamento da juventude tem peso importante para: “o trono da besta”, e “para o reino dela”. – é uma “praga muito grande” - como diz o Apóstolo.

- Agora vamos ao Capítulo 17.

CAPÍTULO 17

A QUEDA DE BABILÔNIA – A VISÃO DA GRANDE

PROSTITUTA ASSENTADA SOBRE A BESTA

CO MENTÁRIO Com esta alegoria da “prostituta assentada sobre a besta” o Apóstolo configura uma visão completa dos valores do homem, dos valores da Humanidade, dos valores do ambiente terreno ou, mais propriamente, dos valores oferecidos pela Natureza. Valores doados por Deus aos homens para que estes, com o seu engenho e o seu trabalho, processem a transformação desses valores em bens materiais de toda sorte, de modo a proporcionar o melhor conforto e bem-estar para todos. Porém, com o mal comportamento os homens desvirtuam, prostituem os valores e/ou virtudes do modo e forma em que se apresentam aos nossos olhos. Vers. 4 Estas riquezas - as riquezas materiais – as recebidas e as produzidas pelo Homem, ele as representa no versículo 4 por “vestida de púrpura e de escarlate, e

adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas”. Ao mesmo tempo, ele apresenta a alegoria da mente humana e/ou “Ego” simbolizado pelo “cálice de ouro”. “Cálice de ouro” que, simbolizando a cabeça dotada com todas as riquezas da Inteligência encerradas nela, carrega todos os desvalores dos defeitos psíquicos que prostituem, ou poluem, a mente. E esta ‘prostituição” aciona as atitudes e comportamentos prejudiciais e/ou maléficos para a pessoa. E a soma de pessoas então proporciona a “grande besta” na qual “a mulher está assentada”. Desta conjuntura vive e cresce o sofrimento humano, o qual obsta a usufruição dos valores, para cada pessoa e cada alma, e para toda a Humanidade. Pela seqüência dos versículos o Apóstolo vai compondo os aspectos e resultados que se sucedem no espaço e no tempo. E vai esclarecendo, embora não de todo, com a aplicação do simbolismo literário que permite ao intérprete desenvolver o todo das realidades manifestadas no espaço da Terra e no tempo.

No primeiro versículo, tomando-se o substantivo metafórico “condenação” pelo substantivo “restrição”, temos por resultado o fato de que a mencionada prostituição mental ocorre apenas na face da Terra (primeiro céu) e em parte no “segundo céu”. No “1o céu” habitam as almas encarnadas ( homens) e almas desencarnadas que vivem junto e ao redor dos homens. No “2o céu” habitam as almas que são levadas a espaços apropriados à situação mental e física de cada uma. Em tais espaços, os quais são mencionados pelo nome de “purgatório”, as almas e/ou espíritos são postas em colônias assistenciais à guisa de hospitais e escolas. Em grupos, em comunidades e até mesmo cidades com população de milhares. NO TA Por experiência, estou convicto de que esta descrição sumária chocará a

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muitos leitores ainda leigos nos parâmetros da doutrina e/ou Lei da Reencarnação. A bem da verdade, porém, sou obrigado a mencionar estes fatos que são ensinados e aplicados no seio da doutrina Espírita Cristã, codificada por Alan Kardec, hoje bastante desenvolvida no Brasil e, principalmente, desenvolvida pelo poder de mais de trezentos livros psicografados pelo extraordinário médium Francisco Cândido Xavier. Obras estas que relatam a vivência das almas desencarnadas: na terra e na face da terra. Existência e/ou vivência cujos relatos são confirmados por permanente intercâmbio mediúnico em instituições chamadas “Centro Espírita” ou “Grupo Espírita” ou “Templo Espírita”, as quais vêm proliferando e prosperando desde os anos de 1930, por força do trabalho literário e do trabalho prático, assistencial, de “Chico Xavier”, como é tratado na intimidade por seus adeptos. Devo ainda mencionar que este trabalho vai sendo secundado por muitas pessoas de alto gabarito e autoridade, dentre as quais aponto o nome de Divaldo Franco e Raul Teixeira, os quais de algum tempo para cá vêm ajudando na implantação de Centros Espíritas Cristãos em vários Estados aqui dos Estados Unidos e em diversos países da Europa. Outrossim, no Brasil tais Centros estão sendo regidos por algumas Federações, com a proeminência da Federação Espírita do Rio de Janeiro e da Federação Espírita do Estado de São Paulo. De minha parte, devo confessar que a minha convicção na realidade da Lei da Reencarnação, proporcionada pela Doutrina Espirita Cristã e pela Doutrina Espiritualista (esta atuante há milênios na Ásia, Oriente Médio e um pouco na Europa), esta minha convicção está alicerçada nos registros literários e no intercâmbio com os espíritos na prática mediúnica por mais de cinqüenta anos.

Esta experiência é que me capacita a compreender o pensamento vivo do Apóstolo situado no simbolismo de suas profecias apocalípticas. Vers. 1 A alegoria “grande prostituta que está assentada sobre muitas águas” representa as energias mentais depreciantes e destrutivas que estão concentradas ao redor da face da Terra, em espaços à semelhança de nuvens plúmbeas. O que o Apóstolo simboliza pelo “grande dragão vermelho”, sendo que o adjetivo “vermelho” significa a participação das emanações mentais do homem (ou gentes). Então, estas energias mentais estão “assentadas” (concentradas) tanto nos grandes espaços quanto nos pequenos espaços de cada cabeça, de cada cérebro ( “muitas águas”). Vers. 2 No versículo 2 a metáfora “os reis da terra” simboliza os homens ou pessoas em geral. “Vinho da prostituição”: os prazeres, as sensações, as emoções, as paixões, gerados pelo sangue ou pela carne. Vers. 3 Quando ele escreveu no versículo 3: “E levou-me em espírito a um deserto”, está dizendo que foi levado à contemplação, raciocínio e meditação. Como se estando no silêncio do deserto. “Besta de cor escarlate”: a parte animal do homem. O “escarlate” do sangue e/ou da carne. Quanto a: “e tinha sete cabeças e dez chifres”, nesta frase o “sete” e o “dez” envolvem sentido de número indefinido. “Cabeças” aqui é metáfora de inteligência; “chifres” é metáfora de força e poder. Portanto, ele está asseverando que a Humanidade ( “besta”) é dotada de muita inteligência, a qual proporciona a Sabedoria humana, a qual proporciona o Poder humano.

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Esta sabedoria e este poder ficam bem simbolizados na máxima popularizada: “A voz do povo é a voz de Deus”. Vers. 4 No versículo 4 a mente humana, tanto a individual quanto a coletiva, e o corpo também, estão representados pelo simbolismo de: “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e t inha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundície da sua prostituição”. Colocando este período gramatical simbólico em redação clara compreenderemos o julgamento raciocinado por ele, assim: A alma humana está constituída de valores e desvalores. Seu procedimento mental e físico o demonstra facilmente. Vemos, então, as virtudes da sabedoria do espírito, da alma, e do cérebro guardadas dentro da cabeça, como um tesouro valioso constituído por ouro, pedras preciosas e pérolas. Ao seu redor convergem os desvalores das intenções malévolas que se manifestam pelo mau comportamento do homem. Então, o cérebro do homem passa a transparecer a “um cálice de ouro cheio de abominações e da imundície da prostituição da sua mente”. NO TA Assim vemos o homem e assim vemos a sua alma, pois que a alma desencarnada traz estas virtudes e estes desvalores em seu corpo sutil quando reencarna; e carrega estas virtudes e desvalores quando desencarna (quando o corpo morre e vai ao sepulcro). Caro leitor: estou acompanhando o pensamento do Apóstolo que está dando ênfase aos desvalores mentais e físicos, os quais coloco em nossos tempos. Não obstante tais valores e desvalores transpareçam desde os primórdios históricos da Humanidade.

É evidente que a alma, ao chegar ao clímax da sua sublimação, ou perfeição, estará plenamente constituída de valores. Então, deixa de existir a dualidade mental entre ela e o espírito como tenho explicado nas páginas anteriores. A partir daí a alma é a veste vestal, ou corpo, ou forma purificada do espírito. Então, a mente do SER é una: ‘Mente sana in corpore sano”. É fato plenamente incontestável que o corpo humano jamais conseguirá a perfeição absoluta a que estão destinados o espírito ( Inteligência) e a alma ( forma ou corpo do espírito). Isto o Cristo veio nos ensinar nos trinta e três anos em vida humana. Carne, sangue, nervos, ossos: não obstante ser gerados pelo mesmo e único princípio, o qual conhecemos por Energia Pura Universal, constituem a estrutura corporal por mecânica de adensamento transformativo. A densidade provoca a limitação dos valores convencionais da mente, e do próprio corpo. Creio que essas elucidações serão bastante suficientes para o leitor não familiarizado nestes assuntos... Vers. 5 No versículo 5 ele escreveu: “E na sua testa estava escrito o nome Mistério, a Grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”. Ao se traduzir “mistério” por ignorância das verdades que pontilham pelos céus e pela terra, em cada mente, seja mente erudita, seja mente simplória, enxergamos o resultado deste julgamento exposto por ele. E, podemos compreender o motivo pelo qual Jesus levou o Apóstolo, em espírito, para ver e ouvir das coisas dos céus e, ao mesmo tempo, das coisas da terra, e ordenou-lhe que escrevesse e entregasse os textos às Igrejas. E está evidente que o Apóstolo redigiu simbolicamente toda a

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experiência que já possuía, mais as verdades que até aquela data ainda não conhecia, pelo que ele confessa as suas perplexidades. E teceu essa literatura simbólica na expectativa de que as “Igrejas”, isto é, os Magos das Ciências Religiosas e das Ciências acadêmicas retransmitissem as informações essenciais vazadas nestes termos, às “ igrejas”, isto é, a cada pessoa, a partir da geração daqueles dias, dos anos 90 d. C. Fato muito estranho! Não é, meu caro leitor? Por motivos inexplicáveis e injustificáveis as “Igrejas” têm negligenciado na retransmissão dessas mensagens que estão apenas cifradas por simbolismo literário, cuja interpretação é facilmente possibilitada a qualquer pessoa de grau escolar mediano. Grau escolar mediano, como é o meu. Visto que não completei sequer o grau de ensino colegial do Brasil. Acredito que os líderes das sete Igrejas da Ásia, embora não tenhamos notícias concretas que o confirme, tinham capacidade suficiente para executar este trabalho, e devem tê-lo feito. Não foi dado, porém, continuidade nestes 2000 anos, pelas “Igrejas” e “ igrejas” Cristãs. Igrejas e “Igrejas” cognominadas Teosofistas, Espiritualistas, Esoteristas, Ocultistas têm elaborado algum trabalho literário com retalhos de interpretação do Apocalipse dirigido ao senso popular. Eu não encontrei, porém, até esta data uma obra de interpretação nos moldes desta que venho oferecer. Isto é, uma interpretação completa que, mesmo não sendo a última palavra, ou seja, uma interpretação perfeita como é de se esperar, porém com bom conteúdo como subsídio, tanto para eruditos quanto para as pessoas de capacidade intelectual secundária ou colegial. E tenho convicção de que até pessoas de nível escolar primário entenderão esta interpretação. Visto que experimentei

com sucesso em conversa informal com pessoas deste nível. Por estas razões expostas é que não consigo justificar o fato de a REVELAÇÃO conhecida por APOCALIPSE permanecer no ostracismo como bicho de sete cabeças. Entendo que as Igrejas, “Igrejas”, e “ igrejas” Cristãs que laboram sobe a égide do dogma “ressurreicionista” não consigam compreender os postulados de Jesus oferecidos através do Apocalipse, o qual sintetiza as notícias e informações vazadas no Velho e no Novo Testamentos. Visto que o “ressurreicionismo”, por lógica, obsta a possibilidade de conhecer as verdades que se tornam claras, reais, pelos postulados da Lei da Reencarnação, a qual é esposada pelos Espiritualistas e pelos Espíritas. No meu entendimento, não consigo justificar o fato de as Igrejas e as “Igrejas” Espiritualistas não terem ainda confeccionado uma obra de interpretação completa do Apocalipse em padrão semelhante a esta que estou apresentando. E afirmo isto pelo fato de serem essencialmente reencarnacionistas, e ainda pelo fato que conheço, de haver no seio de suas Igrejas pessoas eruditas e altamente capacitadas, muito e muito mais capacitadas do que eu. Outrossim, em razão dos termos em que apresento esses julgamentos e prevendo reações estéreis, devo confessar que me orgulho de poder apresentar este trabalho e que ele alcançará a utilidade prevista. Estou convicto, porém, de que ainda ele é um tanto medíocre e merece ampliação de valores por parte de outrem mais capacitado.

É confissão franca e sincera, mesmo porque pouco terei a ganhar com ele, em elogios sinceros. E muito menos em questão de riqueza e fama. Duas coisas que são importantes nesta vida, porém, de muito pouco valor para a alma. E mesmo porque, com meus setenta e um anos, poucos anos terei para usufruir de tais benesses.

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Assim sendo, já me sinto bem pago por estar usufruindo dos frutos do diletantismo com os quais venho me recreando desde o ano 1975.

Com a edição da interpretação lacônica apresentada no livro “Apocalipse Total” em 1981, recebi alguns elogios sinceros além das horas de recreação que gozei ao escrevê-lo.

Por outro lado, perdi algum dinheiro das minhas parcas economias, recebi muitos elogios hipócritas, algumas críticas acerbas que até me agradaram pela franqueza e sinceridade dos críticos. E, nem cheguei à conclusão se a obra alcançou a utilidade pretendida por mim, o que é mais importante.

Prevendo, antes de editar aquele livro, que poucos iriam compreender o valor que a interpretação levava, visto que lacônica, prometi uma interpretação mais ampla para ser editada em breve, aquele “breve”. Aquele breve é agora, dezenove anos depois.

Nesse ínterim, elaborei uma interpretação completa das Centúrias e Cartas do Nostradamus, a qual foi editada em 1999.

O título é: “ASSIM FALOU NOSTRADAMUS” e a leitura dele se torna valiosa para o leitor porque o conteúdo é interessante, curioso, e construtivo, como se fosse primo-irmão, ou primo em primeiro grau do Apocalipse.

Queira o leitor desculpar esta digressão que considero importante para o conteúdo deste Capítulo 17... Volvamos ao versículo 5: De conformidade com o exposto, o “mistério”, ou melhor, o “misticismo” é conivente com “a grande Babilônia”, a grande confusão e violentação que o Apóstolo considera “a mãe da prostituição” mental do indivíduo e da Coletividade. O Apóstolo, em síntese, está alertando que muitos mistérios propalados pelos homens, o são por ignorância de realidades da VIDA, não pela Vontade de Deus. Assim colocam-se em postura e

comportamento prejudiciais à sua evolução. Principalmente aplicando o misticismo pagão. Vers. 6 No versículo 6 este “sangue dos santos” e “e do sangue das testemunhas de Jesus” representam as virtudes das pessoas menos impuras, mais dignas do que o comum das pessoas. NO TA: “Sangue dos santos” é expressão metafórica de virtudes dos santos. É o mesmo que “sangue de Jesus”, o qual veio salvar a todos com o sangue dos Evangelhos. Vers. 7 Do versículo 7 ao 17 entendo que pouco tenho a interpretar para oferecer ao leitor, visto que o Apóstolo explica, o que permite mesmo ao leigo compreender. Todavia, desejo oferecer algum subsídio que suponho necessário. Vers. 8 No versículo 8 ele está notificando que a Humanidade daquele tempo já não era tão ignorante e estúpida e bestial como antes. Acompanhando, porém, o crescimento da população (“e há de subir do abismo”), cresceria em proporção percentual nos maus instintos. O que é evidente a qualquer raciocínio.

Mas, diz ele: “e irá à perdição”. Isto é, a bestialidade humana será dissipada pelo crescimento virtuoso que sucede em cada pessoa, em cada geração. Mormente no período dos “mil anos” profetizado, e no após Juízo Final. Ver. 9 Os “sete montes” do versículo 9 é símbolo dos sete continentes.

Ao mesmo tempo significa todas as cabeças e/ou cérebros humanos. Vers. 10 No versículo 10 o: “sete reis” é símbolo de ciclos de trabalho evolutivo proporcionais em sete milênios, e parte do oitavo milênio.

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Cinco milênios históricos já haviam passado “cinco já caíram”, no dia em que ele escreveu.

“outro ainda não é vindo”, isto é, ele já estava no 6º milênio, porém o 5º ciclo de trabalho não estava completado (“e um existe”).

“outro ainda não é vindo”, isto é: ainda não entrou no 6º ciclo de trabalho planejado para ultimar a evolução do espírito humano.

“e, quando vier”, isto é: quando entrar em ação, este ciclo – é conveniente, é bom para o ser que ele dure pouco tempo.

O Apóstolo não está dizendo que o ciclo duraria pouco. Diz: “convém que dure um pouco de tempo”.

Pois, esse ciclo que iniciou logo após a morte e ressurreição de Jesus só terminará, segundo as profecias, nas proximidades de 3.800 d. C. O que confirma pela duração da permanência da “besta” – no versículo 11:

Portanto, um ciclo de 1.800 anos. Vers. 11 Então, no versículo 11 ele complica o fato mas assegura o tempo. O que entendo ele deveria redigir assim:

A bestialidade humana hoje está menos bestial (“era e já não é”), mas ela ainda estará ativa no oitavo milênio a partir do sétimo ciclo de trabalho ( e é dos sete”). Vers. 12 Pelo período gramatical que proporciona o versículo 12 ele insinua que o poder dos maus instintos (“dez chifres da besta”) permanecerão nas cabeças humanas mesmo ainda depois do Juízo Final, conforme já expliquei em páginas atrás.

Isto é: continuarão viventes, mas não imperantes como ocorre hoje.

Estes são os “dez reis” com poder muito restrito dentro de cada cérebro (“reis por uma hora”). E esta “uma hora” representa, também, tempo indefinido de novo grande ciclo de evolução que iniciará após o Juízo Final.

O qual tempo é aquele enquanto existir seres humanos na face da Terra.

Por isso ele escreveu (“ juntamente com a besta”). “Besta” com acepção de “animal” –corpo de carne.

Então, o Apóstolo simbolizou o tempo, e em conjunto a numerosa coorte de pecadilhos e pecados, ao que se denominam amoralidades e imoralidades – por “reis” e “chifres”.

Os “chifres” representando os poderes que estes “reis” geram, e fustigam a todos nós.

Tanto assim que no versículo 16 ele assinala que estes “reis” com seus “chifres” “aborrecerão”; “desolarão”; “comerão”; “queimarão” a besta.

Estes fatos são evidentes quando se observa, analisa e raciocina.

Estes “reis” provocam o sofrimento de pessoa à pessoa; de gente à gente, de comunidade à comunidade; de Nação à Nação quando estão em discórdia; em briga; em revolução; em guerra.

A guerra é o fator que melhor ilustra estas situações aflit ivas. Ela aborrece, desola, come a carne, queima, as mentes e os corpos em razão das calamidades e hecatombes que assolam as Regiões e afetam o Mundo todo.

Outrossim, se alguém pretender interpretar o versículo 17 pelo sentido literal, irá julgar e condenar o nosso Deus por sádico e cruel, insensível à Dor e sofrimento dos seus pobres filhinhos que Ele criou só para vê-los sofrer como as formigas em dias de chuvas e enchentes e naqueles dias em que alguém bota fogo na mata.

Para o intérprete sensível, porém, não é nada disto.

ELE nos criou com a determinação de sermos eternos como ELE é Eterno.

ELE SABE e muito bem que é necessário ao espírito humano passar um tempo submetido às agruras que cometemos por um tempo relativo.

Da mesma forma que o pó e as pepitas de ouro terão que passar pelo calor do fogo do maçarico a fim de serem purificados e transformados em jóia graciosa.

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Este ouro é fustigado pelo fogo por alguns minutos apenas e, por mais alguns minutos, o artífice o transforma em linda jóia que terá milênios de existência. Não é?

Esta expressão: “Por que Deus tem posto em seus corações...” não significa que Deus tenha imposto (particípio passado do verbo impor que envolve as ações de constranger, enganar, iludir, para lucrar ou gozar em benefício de seu interesse particular. Como fazem bandidos e charlatães).

ELE “tem posto” o espírito humano a serviço Dele no planeta com o “intento” de o espírito aprender, por certo tempo, sob as muitas dificuldades e hostilidades naturais, à arte de viver e conviver em trabalho harmonioso e fraterno que consiste na troca de favores.

E promete (e cumpre) um prêmio de felicidade eterna após o espírito vencer os maus instintos naturais do mundo denso, ou mundo da matéria orgânica e da matéria inorgânica.

E isto cada espírito e cada homem sente no íntimo de sua consciência, o que simbolicamente ele mencionou (“em seus corações”).

Tanto é verdade que é dificílimo você encontrar pessoas com vontade de morrer.

Você, caro leitor, por acaso é um dos que têm desejo intenso de morrer?

Olha! Nem os poucos suicidas têm esta vontade.

Suicidam-se em um ímpeto de insânia.

E posso afirmar que todos eles se arrependem de Ter conseguido a coragem para ultimar o delito contra si mesmos.

Neste caso é o cérebro quem deseja morrer, pois ele sabe que, ao morrer, irá fatalmente à extinção!

O Egoísmo predomina dentro dele. Pouco lhe importa o que acontecerá com o seu senhor, seu pai, sua vida: o espírito.

Neste transe, o espírito reage desesperadamente com as armas da inteligência, as quais são as únicas forças

que possui para conter as investidas malucas do seu filho.

Estas forças são a “voz da consciência”.

No mais das vezes a voz da consciência consegue demover o intento insano. Em poucas vezes o Ego transtornado executa o delito na sombra sinistra de uma forca, na lâmina de uma faca, no impacto destroçante de uma bala, no despenhar de uma altura, no vórtice das águas, etc.

A alma, em todo esse transe, luta em desespero, porém o seu desespero enfraquece-lhe as forças necessárias para conter os ímpetos do Ego suicida.

Ela sabe muito bem que o terrível sofrimento, pelo que o seu irmão passa por alguns dias e que se extingue em minutos, acarretará a ela e a seu irmão imortal trágicos sofrimentos por anos e anos. Indefinidamente.

Desde então ela estará trancafiada em uma cela exígua que é o campo da consciência, e por tempo incerto estará sendo fustigada pela idéia fixa, encarando os episódios malfazejos nos quais ela foi conivente com seu irmão-corpo, parte dos quais levou ambos à loucura dos últimos momentos.

Após anos de prisão nessa cela escura e fria onde ela fica “desolada e nua”, onde os fantasmas da imaginação viventes nas celas da memória, verdugos cruéis, “aborrecerão a prostituta”, “e comerão a sua carne”, “e a queimarão no fogo”, ela abrirá os olhos da consciência para o exterior real onde se encontra.

Este é o momento em que termina a primeira fase da autocondenação no tribunal da consciência.

Olha ao redor e vê que é tão

desagradável e fustigante quanto a cela exígua de sua consciência.

Chora e grita desolada e apavorada pelo ambiente horrendo e as horrendas figuras de outras almas que ali estão a sofrer penas semelhantes às dela.

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No mais das vezes corre desabaladamente e se esconde em grutas sombrias que pululam pelas cercanias até que almas benfazejas a socorram e a levem para colônias assistenciais e existentes nas imediações. Ali ela será cuidada por anos e anos até restabelecer sua saúde.

Quando recuperar a saúde mental e física ela irá trabalhar em socorro de almas penadas semelhantes a ela. Depois de anos pedirá para reencarnar a fim de solver seus débitos para com as Leis Divinas e leis humanas.

Esta Lei que está registrada no Evangelho de São Mateus, no Capítulo 16, versículo 19, e Capítulo 18, versículo 18, que determina: “ E eu te darei as chaves do reino dos céus, e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus”.

E esta Lei está ligada a uma Lei similar registrada por São João no Capítulo 20, versículo 23: “Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes são retidos”.

Prezado leitor: nesta exposição estou enfatizando os maus resultados produzíveis pelo suicídio por ser este um dos maiores delitos da alma perante as Leis Divinas.

Todos os pecados e pecadilhos, porém, estão subordinados a penas destas Leis.

Todos eles predispõem a alma ao castigo consciencial ( ou autocastigo) e ao castigo externo, o qual é denominado inferno e/ou purgatório.

Em contraposição, o homem, o espírito, a alma, e o corpo estão sempre agraciados ou gratificados com a dimensão das Leis que regem a Felicidade.

A mente humana é semelhante a um jardim, ou a um pomar, ou a um campo agricultável.

Possui e gera flores, frutos, ervas e arbustos e matas benfazejas.

Entretanto, possui uma natureza que gera espinhos, ervas daninhas, bichos e animais predadores.

Depende do esforço e boa vontade de cada um em cultivar bem as virtudes e evitar o acesso dos vícios e/ou pecados como fazem o bom jardineiro e o bom agricultor.

Esta é a intenção essencial que Jesus envolveu ao levar João a ver e ouvir a fim de ensinar a mim, a você, e à Coletividade Humana em todas as gerações a respeito dos fatos, verdades e acontecimentos que existem e proporcionam a atividade da VIDA nos céus e na terra.

Céus e terra que vivem e revivem em minha, sua, nossas cabeças.

Por isto, Ele expressou a Verdade registrada no Evangelho: “Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim”. (Vide São João, Capítulo 14, versículo 6).

Observe que diz: “Vem ao Pai”. Ele não diz “vai”. Este “vem” confirma o fato, a verdade, de que o Pai está sempre junto e dentro de nós. O que Ele repete várias vezes neste Capítulo 14 e em outros capítulos dos Evangelhos: “ ...estou no Pai, que está em mim...”

Outrossim, estou inspirado neste momento a contar uma parábola criada por algum sábio teosofista e que é bastante difundida nos meios Espiritualistas.

Relato-a porque ela ajuda a esclarecer a simbologia deste Capítulo 17 e outros, envolvendo o postulado que distingue o grau de inteligência particular do espírito, da alma e do corpo.

Grau de inteligência secundado pelas tendências naturais e circunstanciais.

Assim, redijo conforme a minha lembrança, pois que não tenho o texto em mãos:

“A situação e a atividade do espírito, da alma e do corpo pelo caminho da Vida é semelhante a três figuras distintas de: uma carruagem puxada por cinco cavalos, um condutor, e um passageiro amarrado dentro da carruagem.

A carruagem é o corpo humano. O condutor é a alma. Os cavalos são os cinco sentidos.

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O caminho é pedregoso e cheio de buracos.

O condutor está muito empolgado pelos desejos da aventura e a todo tempo chicoteia os cavalos que correm desabaladamente pelas subidas e descidas, levando a carruagem a disparar aos solavancos com perigo de tombar a qualquer instante e a despenhar-se por algum precipício dos que ladeiam o caminho estreito nas curvas.

O passageiro grita desesperadamente para que o condutor dirija o veículo com cuidado, visto que os solavancos o estão magoando muito e teme um desastre iminente.

O condutor continua todo excitado pelas sensações da velocidade e do perigo e não ouve o que o passageiro ordena aos gritos.

A barulheira abafa o som da voz e do pouco que o condutor ouve e entende e ainda ri às escâncaras da má sorte do pobre passageiro.

E assim vai o inocente senhor passageiro até uma curva perigosa onde a carruagem desliza e cai no abismo da morte, no qual se desintegra toda e os cavalos se afogam no rio. Ou se despedaçam todos desastradamente contra uma rocha que surge inesperadamente no fim da curva.

Passageiro e condutor, então, passarão a penar por longos anos com os ferimentos produzidos pela imprudência do néscio condutor que não quis controlar a força dos cavalos”.

Finalizando este Capítulo 17, o Apóstolo confirma a figuração dupla da “mulher”. Vers. 18 Isto é: figurando a mente individual da pessoa em conjugação com a figura da mente coletiva “a grande cidade”. No versículo 18. CAPÍTULO 18 A QUEDA DE BABILÔNIA – LAMENTAÇÃO SOBRE A TERRA

CO MENTÁRIO Os textos dos Capítulos 18,19 e 20 mostram a função essencial em nos auxiliar a discernir as virtudes, ou valores da DISCIPLINA. Os valores da Disciplina que valorizam o Bom e o Belo. Valores que em filosofia são entendidos por Ética e Estética. Estas virtudes estarão subentendidas quando alguém profere ou escreve a palavra MORAL. Obviamente, estas palavras estão subordinadas à dualidade do Bem e do mal, na proporção dos valores da pessoa mencionada. Por isso, para expressar com clareza eu devo dizer:

Jorge tem moral. Joaquim não tem moral.

O que significa que Jorge tem bom comportamento ético e estético. Joaquim, não tem.

Visto que em filosofia a palavra “ética” simboliza regras de bom comportamento; e estética simboliza ciência que trata do belo ou beleza, na natureza e na arte.

Então, Jorge as utiliza com boa disciplina. Joaquim, não.

Nesta conjuntura, vamos compreender todos os textos do Apóstolo. Do primeiro ao vigésimo segundo Capítulo. Vers. 1 Entremos no versículo 1 discernindo sobre os fatos patentes de que essa “Babilônia” já caiu sobre a terra desde os primórdios da Humanidade. Então, ele está distinguindo estes nossos tempos, os quais, segundo o sermão profético de Jesus: estamos no começo do fim da “Babilônia”. No fim da indisciplina moral. No fim da rebeldia contra o bom comportamento, ético e estético. Outrossim, o “anjo” que ele vê “descer do céu à terra” já tem descido desde os primórdios.

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Pois este “anjo” simboliza a ação perene do Poder Divino auxiliando sempre as almas e homens que habitam na atmosfera terrena. Então, na realidade, esta caída da “Babilônia” está nos falando sobre o recrudescimento dos maus hábitos, maus costumes, mau procedimento que vêm caindo sobre a terra, nestes últimos séculos. Está falando de número, não de percentual, visto que os percentuais de virtudes e defeitos nos homens e almas são os mesmos, dos primórdios até hoje. Neste século XX está havendo recrudescimento, tanto do mal quanto do Bem, proporcionado pelo número crescente da população que, no ano 1900 era da ordem aproximada de dois bilhões de pessoas, e hoje é de seis bilhões! Vers. 2 No versículo 2, com a sentença: “e se tornou morada de demônios, e coito de todo espírito imundo, e coito de toda ave imunda e aborrecida”, ele está especificando nosso corpo, mormente a cabeça. Por conseqüência, está situando a ação dos mesmos males na face da terra. NO TA O substantivo “demônio” é derivado do grego “daimóniun”, cuja acepção é: pessoa e povo. Do qual derivam: democracia, que significa poder do povo; demografia, que significa contagem estatística de povo; demologia e/ou demopsicologia, que significam estudo da psicologia de um povo ( folclore), etc. Com o tempo, alguém inseriu o derivado demônio com a acepção de: espírito maligno, gênio do mal, diabo, pessoa má, pessoa turbulenta, pessoa feia. O substantivo coito, ou couto, tem a significação de antro, casa de perdição e vícios, caverna, abismo, asilo, refúgio, etc. “Espírito imundo”: com esta metáfora ele designa todo tipo de energias inteligentes perniciosas, destrutivas. “Toda ave imunda”: todo tipo de intenção malfazeja.

Neste versículo 2, aplicando uma força magistral, ele simboliza os fatos e acontecimentos profetizados, os quais têm se realizado com precisão. Estou convicto de que estes subsídios interpretativos facultarão aos prezados leitores compreender e ampliar estas interpretações. Repito: será excelente para você ler, estudar e, principalmente, depois desenvolver sua interpretação no papel, como estou rascunhando neste momento em simples papéis à caneta. Se o fizesse no computador, melhor! Infelizmente, por imperdoável negligência o computador “ainda é grego” para mim. E por preguiça pago para alguém digitar os textos. “Tudo na vida tem um preço”. Não é? Vers. 3 Do versículo 3 estou certo de que o leitor entenderá o assunto facilmente. Apenas quero ressaltar o fato de o Apóstolo distinguir os bons aspectos dos resultados beneficentes derivados dos maus comportamentos aos quais ele vem dando ênfase, quando escreveu: “e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias”. No transcorrer dos textos ele nos alerta que, não obstante a incapacidade humana de saber usufruir dos bens naturais e artificiais em abundância, pelo menos os homens sabem e se esforçam por aumentar o conforto exigível para a alegria de viver. Vers. 4 e 5 No versículo 4 ele retransmite uma conclamação do Céu repetindo todos os chamamentos que são efusivamente repetidos nos textos bíblicos. Vers. 6 No versículo 6 conclama-nos a comportamo-nos com esforço duplo no universo da moral para que a prática e os resultados de todas as Ciências, Artes, e ofícios (“as suas obras”) suplantem as

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causas e efeitos do mau comportamento (“Babilônia”), o que concederá a capacidade de usufruir realmente das “delícias”. Vers. 7 No versículo 7 ele lembra o conceito vulgarizado, e repetido, pelo qual os ambiciosos e egoístas pretendem justificar seu procedimento: “Não importam os meios, importam, sim, os fins”. “Não me importa que mil olhos chorem, importa que não chorem os meus”. Daí vem a máxima de Leon Tolstoi: “o homem vive de justificativas”. Ambas correspondem a: “Estou assentada como rainha, e não sou viúva”. (Não sou só eu o egoísta e ambicioso. Se eu não proceder ambiciosa e descaradamente os outros, quase todos, o farão. Por quê não eu?!) Com as frases: “Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto”, ele está repetindo o que já comentamos atrás. Isto é: na ânsia ingênua de usufruir o máximo dos bens materiais o homem se enleia em muitos conflitos, aflições e preocupações; e de tal forma que não sobra tempo para usufruir do pouco, e mesmo do muito, que consegue acumular com sacrifício tormentoso. É o caso do povo norte-americano. Verifico in loco a Disciplina de ascendência britânica influindo no comportamento dele, o que tem influído a contento no progresso material do País, e daqui para o Terceiro Mundo, devido à sua influência hegemônica. Este povo, porém, ainda não aprendeu e não consegue usufruir dos bens à mão por se dedicar demais ao trabalho e por se preocupar demasiadamente com muitas superfluidades. Falta-lhes a MODERAÇÃO na “corrida ao ouro”.

Neste Capítulo o Apóstolo está nos chamando à Moderação, que consiste saber ser pobre para saber ser rico.

E saber ser rico para viver na pobreza.

Quem consegue ter a mente rica vive feliz, independendo de posição social. Vers. 8 No versículo 8 ele alerta que essa situação babilônica será arrefecida da mesma forma que o corpo humano ao se tornar cadáver. Isto em “um dia” profético que durará dezenas de séculos. E da mesma forma que meu corpo, e o seu, um dia sofrerá doença mortal (“pragas”), “a morte”, “o pranto”, e a “fome” de viver; mas nosso corpo será “queimado” – desintegrado pelo “fogo” energético da terra após Ter sido “destroçado pela população microscópica e pelos vermes”, conforme expôs Nostradamus em algumas quadras das Centúrias. Nos versículos seguintes o Apóstolo profetiza para os próximos “mil anos” que a grande maioria da população terrena aprenderá a ter “espírito de pobre”, tanto na pobreza quanto na riqueza material. Portanto, com mente rica nas duas situações. Esta profecia confirma a mesma profecia feita por Jesus – à guisa de promessa irreversível; no Sermão da Montanha. “Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o reino dos céus”.

Entende-se: o reino dos céus na cabeça de cada um. Porque cada cabeça tem um “céu”, que é o pequenino reino virtuoso do espírito; e está rodeado por um “inferno” que é um reino vicioso da “besta”, ou “satã”.

Portanto, bem-aventurados os pobres seres humanos que permitirem que o espírito reine em si – com as ricas virtudes dele. CO MENTÁRIO

Quero contar ao leitor um fato que para mim, como intérprete, foi muito importante.

Há muito tempo eu não conseguia atinar com o sentido deste “pobre de espírito” dito por Jesus.

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Para mim havia nele uma contradição escrita pelo Apóstolo Mateus, e por São Lucas no Capítulo 6, versículo 20; ou contradição dos tradutores dos textos.

Até que em um dia dos anos 80, quando o Papa João Paulo II esteve no Brasil, em um dos seus sermões que vi pela TV, comentou esta Bem-aventurança colocando esta sentença assim: “Bem-aventurados os que têm espírito de pobre...”

Naquele instante senti-me esclarecido e ainda mais pelo fato de o Papa sublinhar com a explicação simples dizendo: “Espírito de pobre semelhante ao de Jesus, de São João Batista, e dos outros Apóstolos e discípulos. Semelhante ao de São Francisco de Assis que antes de se dedicar de corpo e alma na reedificação dos postulados da Igreja Católica era um “nobre” filho de pais muito ricos.

“Nobre” que inclusive sendo um militar graduado esteve em campos de batalha.

Deixou tudo isso para ser um soldado do Senhor Jesus – uniformizado com um simples uniforme de frade, e passou a caminhar sobre sandálias, e como Jesus – não possuía sequer um travesseiro para pousar a sua rica, virtuosa cabeça.

Por muitas vezes nos caminhos o seu travesseiro era uma pedra. As ervas, a grama era o colchão sobre o qual seu corpo descansava.

Semelhante ao "espírito de pobre” do Apóstolo Paulo: um rico, “nobre”, doutor em leis da Igreja Farisáica que trocou o brilho da “nobreza” dessa Igreja para ser um simples sacerdote do Senhor Jesus.

Para sobreviver “para não pesar” nos minguados orçamentos das Igrejas nascentes e/ou dos irmãos no Cristo, outros pobres “de espírito rico” mantinha o sustento de suas despesas com o resultado do seu trabalho de tecelão de tendas... NO TA Devo confessar, para evitar de ser taxado de mentiroso, que esta citação do santo e do Apóstolo é minha.

O santo Papa utilizou outras citações ilustrativas de exemplos, das quais já não me lembro. É deste comportamento ilustrado pelo comentário que o Apóstolo conclama para seguirmos, na conformidade do conteúdo dos versículos 4, 5, 6, em mensagem direta a pobres e ricos, independente da situação e da posição social de cada pessoa. Vers. 9 ao 20 Repito: do versículo 9 ao versículo 20 o Apóstolo profetiza a situação que se instalará no Mundo pelos “mil anos” que se iniciarão no século XXI, cuja situação desagradará a muitos, mormente aos “mercadores da terra” que usam e abusam do mercantilismo para acumular riqueza e fama, incitando e excitando as populações ao consumismo do luxo e do supérfluo, o que redunda em prejuízo geral. E pior: redunda na miserabilidade da classe pobre existente e a existir. Nestes versículos ele envolve os “mercadores do templo”, cujo “ templo” é a cabeça de cada pessoa. Indistintamente. E os “mercadores do Templo” cujo “Templo” representa Religiões, Seitas, grupos e indivíduos que usam e abusam dos santos postulados por instrumento de autoridade, a fim de enganar a muitos e assim granjear benesses de riqueza e fama.

Nesta conjuntura vemos o misticismo medíocre da “grande prostituta” cujo nome é: “Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”, envolvendo todos os segmentos profanos e segmentos religiosos do nosso Mundo.

Então, o Apóstolo discrimina a totalidade de bens de consumo essencial, no versículo 14, o que, literalmente, faz transparecer insensato.

Mas não é, porque ele está abrangendo o sentido do DESPERDÍCIO. Do mínimo ao máximo.

O desperdício máximo dos bens essenciais vamos encontrar durante as

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guerras, quando a sanha da “besta” dos contendores está enlouquecida, produzindo a destruição de quase todos valores patrimoniais das Nações em conflito.

Obviamente estarão sendo destruídos todos os bens do luxo, do supérfluo, e do essencial.

Isto traz uma época de prosperidade para os “mercadores” que estão fora do conflito, enquanto naquela seus povos vão à miserabilidade durante e muito tempo depois. Não é?

Entrementes, nestes versículos o Apóstolo inspira-nos a sentir que o Desperdício é um dos grandes poderes da “besta” para levar a Humanidade à situações aflit ivas de pobreza e de miséria física e mental.

O que é obvio ao se analisar os fatos constantes.

Diante desta conjuntura ele profetiza que as gerações futuras terão aprendido sobre o valor das virtudes da poupança, da moderação, da sobriedade, etc., e de modo bastante inteligente eliminarão as necessidades supérfluas e luxuosas – desperdiçantes.

Acredito que até o militarismo será eliminado naquele tempo. Então, “os mercadores da guerra” clamarão e lamentarão: “Ai, ai daquela grande cidade... que foi assolada...” e com isto perdemos as nossas “naus douradas”! Vers. 17 O versículo 17 já está claro, porém o verto na redação seguinte para melhor clareza. E todo Governante, todo Político, todo Militar, todo Empresário (grandes, médios e pequenos) simbolizados por “ todo o piloto”; enfim, todos aqueles que lideram em qualquer tipo de organização governamental, empresarial, social, com intenções de lucros e/ou de salários mais altos (“e todos os que navegam em naus”). E no fim das contas todas as pessoas empregadas por aqueles – sob salários baixos (“ todo o marinheiro”).

NO TA À primeira vista parece estranho que o Apóstolo coloca os pobres coitados assalariados por conviventes da “besta babilônica”, não é?

Entretanto, temos de convir que ele estará considerando o fato de que o poder da “besta” é constituído por elementos de energia inteligente da mesma forma e modo que o ar é constituído pelos elementos poluidores que infestam a atmosfera.

Nestes termos, cada pessoa emite pensamentos de intenção nociva – os quais inflam o “corpo” da “besta” da mesma forma que o fumo do breu e querosene inflam um balão, ou para ser mais concreto – da mesma forma que o pó, detritos e pedaços de carvão enchem um grande saco com carvão.

Então, cada qual é conivente na proporção dos seus pensamentos e da ação concreta gerada por eles.

E: “e todos os que negociam no mar se puseram de longe”.

Ele diz todos. Todos nós humanos, sem exceção.

Todos nós negociamos valores e desvalores neste “mar” humano. Vers. 19 e 20 Os versículo 19 e 20 são claros em sentido literal. Vers. 21 Pelo versículo 21 ele profetiza que essa “Babilônia” ou “grande prostituta” será extinta da atmosfera, e da mente humana e das almas. Vers. 22 ao 24 Pelos versículos 22, 23 e 24 as mensagens estão dirigidas mais diretamente a cada espírito humano. Indiretamente à “Babilônia” a qual simboliza o ambiente.

Ele está dizendo ao meu espírito (e ao seu espírito) que ao conquistar a Perfeição da alma a minha mente (a sua, a nossa) não estará mais sujeita às fantasias ilusórias do Ego, nem do Ego alheio (“a voz de harpistas, e de músicos, e de flauteiros, e de trombeteiros”).

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Quanto a: “nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti”, eu entendo que ele está falando das artes, dos artifícios, das ilusões da imaginação provocadas pelos desejos. Pois que tais sensações e emoções são geradas pelo corpo humano.

Este: “e ruído de mó não se ouvirá mais”, significa que o espírito vivendo em um céu purificado como ele estará, evidentemente não estará sujeito – nem à hostilidade natural do ambiente terreno, nem à hostilidade dos semelhantes ainda na carne.

Portanto, não terá sofrimentos a moer (“mó em ti”). Vers. 23 Pelo versículo 23 ele se dirige ao espírito santificado. Isto é: com todas as virtudes sublimadas, inclusive as energias inteligentes negativas que compreendemos por vícios e pecados.

Então, ele está chamando nossa atenção para o fato de que os males são passageiros e transformáveis. No caso podemos discernir essa transformação por: processo de quintessência conjugado com processo de sublimação – o que nos faz entender melhor desta glória que é para os espíritos; e que será para mim e para você.

Continuando – o Apóstolo esclarece que nesta condição de perfeição o espírito é, e/ou será sábio. Iluminado não por luz semelhante à “ luz de candeia”.

Estará dotado de uma mente única. Não terá mais a dualidade com a mente da alma (“esposa”). CO MENTÁRIO

Acredito que muitos leitores não vão entender este fato tacitamente. E muito menos aceitar minha versão a respeito da trilogia mental que no homem comum é semi-una. Por isto bastante divergente na razão e no sentimento.

Então, em mais um esforço que possa levar à clareza volto a repetir:

Partamos da SANTÍSSIMA TRINDADE que você já leu e ouviu falar desde criança.

Eu deveria partir do pé para a cabeça do assunto, mas vou partir ao contrário.

A Igreja Católica ensina que a SANTÍSSIMA TRINDADE é constituída por DEUS, o PAI, por Jesus, o Filho; e pelo ESPÍRITO SANTO.

Até este momento eu não sei por que motivo ela não explica quem é o Espírito Santo.

Ninguém até este momento deu-me qualquer esclarecimento do por que.

Então quedo na dúvida: será porque não quer ou porque não sabe?

Então, simplesmente os sacerdotes alegam que para nosso bem Deus quer que isto permaneça em MISTÉRIO.

Diante desta resposta eu pergunto: Ora, por que então Deus ordenou a

Jesus que levasse São João em espírito à Presença Dele para que o visse e ouvisse, e que visse e ouvisse de tudo que ele encontrasse no Céu e deveria REVELAR na Terra. O que o Apóstolo cumpriu fielmente quando escreveu o Livro do Apocalipse ou Livro da Revelação.

E neste Apocalipse são João escreveu que o Mistério é um atributo da “besta”: “é o seu nome”.

É atributo malfazejo e atributo da ignorância, a qual veda e limita a capacidade do ser progredir.

Ora, todo o trabalho que Deus executa tem o objetivo primordial de levar o espírito humano à PERFEIÇÃO, e ao mesmo tempo levar o meio ambiente às raias da Perfeição.

Digo meio ambiente dos céus, dos “sete céus” atrás mencionados, e principalmente o primeiro “céu” que é o planeta Terra – o qual exige maior esforço por parte da Hierarquia Divina que atua em conjunção com os homens a fim de conquistar o Progresso, e a Civilização ou MORAL.

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Portanto, necessitamos saber quem é ELE; como É; o que pretende; quando; onde; por que?

Respondendo a estas perguntas eu passo a conhecê-lo. NO TA Durante este comentário quero convencionar com o leito que, ao escrever EU – você está raciocinando comigo. E corresponde a mim e você e nós. Combinado?

Outrossim, as respostas que darei a estas perguntas proporcionam a minha convicção, a minha Fé, a qual me granjeia o privilégio de ser um ser imortal filho de Deus – gratificado pela Lei dos Direitos e Deveres que ELE concede a todos os Seus filhos.

Assim sendo, EU digo que já O conheço – com uma única exceção: que é o privilégio de enxergar a ELE face a face – como foi concedido ao Apóstolo João.

Enxergá-lo face a face é uma Promessa irreversível que EU terei o privilégio de receber por mérito e por GRAÇA.

Então, quem é Deus? É um SER finito na forma – Infinito

na Sabedoria, no Poder, na Presença. Portanto, como está convencionado

na linguagem humana – é um SER Onisciente, Onipotente, Onipresente.

Sendo seu filho, EU SOU ciente, potente, presente; visto que ELE ordenou a todos Seus Emissários que informassem que EU fui criado à Sua imagem e semelhança. O que foi bastante confirmado por Seu Filho Jesus.

À “semelhança”. Não idêntico na forma.

Com este discernimento sumário respondo às perguntas: quem? como? é Deus?.

Quando? O Apóstolo responde por mim:

“AQUELE que era, que é, e que há de vir”.

Portanto, segundo a maior acepção da palavra humana: eterno, Ele é eternamente.

EU, seu filho, sou imortal. Onde? Ele é, e onde está? Onde

habita? De onde veio? EU sei que Ele é, e sei que Ele está

no âmbito da Terra. Isto é mais do que o suficiente para

mim. Querer saber o nome do lugar que

Ele habitava na imensidão de espaços de onde veio é uma curiosidade fútil.

Será até possível EU saber “um dia”.

Até lá a pergunta é fútil. Não importa.

O que Ele pretendeu e o motivou a criar o espírito e o homem?

Pelo mesmo motivo que leva o homem a criar uma família e todas as coisas que são necessárias para ele e para sua família.

Você já conjecturou na hipótese de se colocar no lugar Dele, criar um céuzinho só para você e uma terra só para você?

E viver eternamente só nesses dois paraísos?

Você já pensou no tédio de uma solidão eterna?

Imagine-se no lugar Dele, criando céus e terras. Sistemas solares, constelações, galáxias.

Quando se sentisse enfarado, enfadado, entediado com a perfeição do Céu pretendesse meter-se em um corpinho humano para sentir as limitações da densidade por algum tempo a fim de sentir depois as delícias do Céu Perfeito. E, então fazer isto com intermitência pela eternidade?

Teria você Sabedoria? Pois, do mesmo modo ELE não seria

Onisciente. Não é? Creio que ficam respondidas as

perguntas: quem, o que, quando, como, onde e por que.

Se restam dúvidas: é o bastante EU raciocinar com parâmetros da lógica.

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Portanto, acredito que EU já compreendi quem é o PAI e o Filho.

E o Espírito Santo? É um SER? Ou é um adjetivo qualificativo e determinativo do SER.

Para mim é um adjetivo qualificativo e determinativo.

Muitos leitores ficarão muito preocupados com estes conceitos.

Sei que há certo perigo de que esta explanação sumária possa ocasionar transtornos psíquicos a alguns.

É dos efeitos desta responsabilidade que os líderes de todas as Religiões fogem atemorizados e por séculos e séculos ficam a servir “aguinha com açúcar” para seus adeptos e/ou “iniciados”.

Não temo tal perigo e não temo assumir esta responsabilidade perante Deus e perante os homens.

Mesmo por que com esta explanação estou apenas servindo o “leite e mel” do raciocínio lógico, necessário a eruditos, a leigos e mesmo àqueles de nível escolar primário.

Tenho experimentado transmitir estes conceitos em conversa informal com pessoas destes três níveis sem resultados nocivos de choques psicológicos.

Alguém pensará e/ou dirá que é sacrilégio. Como alguns dogmáticos têm-me dito.

Posso e devo afirmar, porém, com toda a confiança que se bem não faz, muito menos fará mal.

O pior tem sucedido até hoje com a excessiva preocupação de só abrir a cortina, ou “descerrar o véu”, para uns poucos adeptos e/ou iniciados.

Por isto a maior parte da Humanidade ainda continua no quarto escuro da ignorância porque os líderes religiosos têm medo da responsabilidade de abrir as cortinas.

Imagine você em que situação estaria este nosso Mundo se fosse vedada a difusão dos “mistérios” da gramática e da matemática aos analfabetos?! E das outras Ciências também. É evidente!

Se você juntar trinta adultos analfabetos em uma sala, desde que não haja algum retardado mental, porém de grau de inteligência comum, e só lhes ensinar gramática e matemática por sistema lógico durante três horas por dia, em pouco tempo estarão doutores nestas duas matérias.

Depois, terão facilidade em assimilar as outras Ciências.

A Ciência Divina é mais simples e é mais fácil de ser assimilada por qualquer cérebro mediano. Desde que seja ensinada com método simples e lógico.

Qualquer analfabeto em Teosofia pode ser doutor em Teosofia e Teologia em pouco tempo. Mesmo que seja medíocre em matemática e em outras Ciências.

Questão de método e boa vontade de ambas as partes. Daquele que ensina e daquele que aprende.

Pois bem. EU já sei quem é o PAI e quem é o Filho, e quem é o ESPÍRITO SANTO na convencionada Santíssima Trindade.

Aliás, devo ainda complementar que o Espírito Santo é um nome convencionado para qualificar e determinar os valores virtuosos mentais e físicos ou abstratos e concretos que estão no ser humano, e eqüidistante no ambiente natural.

É o complexo de energias puras e inteligentes que estão eternamente atuantes no íntimo dos seres e todas as coisas, tanto Divinos quanto humanos.

Para se alcançar uma idéia bastante aproximada da existência deste Espírito Santo o arco-íris serve de símbolo.

Por esta razão o Livro do Gênese registra uma Verdade sobre o pacto feito por Deus com os homens, quando expressa no Capítulo 9 a colocação do “arco-íris na nuvem” no versículo 13; e “nas nuvens” nos versículos 14 e 16.

Se EU interpretar este Capítulo 9 do Gênese ao pé da letra (exotericamente) e não esotericamente, o sentido fica contraditório, infantil, insensato. Visto que no versículo 16 está escrito: “E estará o

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arco nas nuvens, e eu (eu, Deus) o verei, para me lembrar do concerto eterno entre Deus e toda alma vivente de toda a carne, que está na terra”.

Então, a contradição transparece neste “para me lembrar”

Ora, sendo Deus Onisciente jamais terá tido razão de colocar o arco-íris nas nuvens para poder lembrar que fez um concerto ou pacto com toda a criatura vivente. Seria uma contradição imperdoável! Não é?

Todavia, se EU interpretar este “arco” ou “arco-íris” por símbolo literário do “Espírito Santo”, isto é, por todo o complexo de energias quintessenciadas, puras, santas, divinas, representadas pelo “arco-íris”, e, interpretar “nuvem” e “nuvens” por complexo de energias impuras e/ou densas, a luz da Verdade se faz neste Capítulo 9 do Gênese.

E terei de interpretar “nuvem” por complexo de energias mentais existente no cérebro humano, no qual existem energias puras, as quais são denominadas por virtudes, e energias mentais adensadas, que são denominadas por vícios, defeitos, pecados.

Estas mesmas “energias impuras” adensadas estão em uma pedra; em um copo de água da torneira; em um copo de água poluída tomada do rio Tamanduateí; no ar poluído ou não poluído, enfim em todas as coisas que compreendemos por matéria, substância, fluido, gás etc.

Queira o leitor, agora, ler este Capítulo 9 do Gênese. Estou convicto que agora você compreenderá bem.

Ao mesmo tempo, estou apresentando esta dissecação do assunto para mandar um recado para aqueles que se deleitam em procurar “pêlo em ovo”, isto é, procurar contradições nos textos da Bíblia e manterem inacabáveis polêmicas insensatas.

E o pior: deleitando-se em culpar e desmerecer o Sol da Onisciência de Deus e os raios de sol da Ciência de teósofos e teólogos renomados, com a sombra de suas “nuvens” (dos contraditores).

Outrossim, estes “me lembrar” e “me lembrarei” fazem-me supor um “cochilo” de Moisés ao redigir o texto. Ou “cochilo” dos tradutores.

Pois que o sentido justo da sentença deve ser: toda vez que os homens enxergarem um arco-íris no céu lembrarão deste concerto que tenho feito com eles.

Isto porque o óbvio ululante é que os homens esquecem. Deus jamais esquece.

Por isto Jesus asseverou: “Não cai um cabelo de tua cabeça sem que Deus o saiba”.

Outrossim, o “dilúvio” mencionado é um simbolismo para a mente do espírito humano, o qual passa “tempos” simbolizados pelos “quarenta dias e quarenta noites” submetido ao dilúvio das sensações, emoções e paixões da carne que irrompem de “todas as fontes do abismo”, isto é, do íntimo do corpo, e das “águas (das nuvens) do céu”, que são as energias densas do ambiente terreno.

A “arca de Noé” é o corpo humano, e também o Planeta.

Todo tipo de animais são os incontáveis microorganismos.

O “monte Ararat” é o cérebro onde o espírito, encerrado em sua “arca” aporta quando encarna pela primeira vez, ao nascer simples e inocente. Jamais ele será morto pela ignorância total ("dilúvio total”) produzível pelo corpo e pelo ambiente da terra.

Esta é a promessa eterna de Deus no concerto com “Noé” o espírito humano, e por conseqüência com o “Noé” Homem.

Evidentemente, esta interpretação sumária não poderá explicar toda a complexidade da Vida que foi simbolizada por Moisés nessa alegoria prodigiosa do Gênese.

Acredito, porém, que o prezado leitor sentir-se-á munido da essência desta alegoria para desenvolver o seu raciocínio interpretativo.

Ao mesmo tempo, tenho a intenção de dar um recado aos arqueologistas que

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andam procurando a arca lá pelas fraldas do Monte Ararat.

Meus caros, esta arca está no topo do seu pescoço!

Pois bem, caro leitor, voltamos à TRINDADE para descer até a última trindade santa, a qual é o princípio de TUDO e do TODO.

Ante a Verdade de EU ser um ser filho de Deus, EU sou uma santa trindade. Visto que fui “criado à imagem e à semelhança Dele”.

EU devo, porém, atender ao fato de que o EU espírito sou à imagem e semelhança Dele, não à imagem da forma ou corpo.

E isto fica bastante patente pela descrição feita pelo Apóstolo João, o qual descreveu potencialidades Dele. Não descreveu a forma.

Desconheço o motivo por não ter ele descrito a forma e não tenciono especular, embora a curiosidade me espicace...

“Um dia” EU terei o privilégio de enxergá-lo, conforme a Promessa irreversível feita por Jesus.

Nestes termos, EU sou a santa trindade constituída pelo espírito, a alma e o corpo.

E esta santa trindade (e/ou trilogia e/ou trinacria) é proporcionada pela ação do PRINCÍPIO conhecido por Energia Pura Universal, através de transformações manipuladas por Deus.

E deste PRINCÍPIO terão sido criados todos os seres e todas as coisas por ação da Onisciência e da Onipotência Dele, as quais e nas quais ELE terá estado Onipresente pela ETERNIDADE.

Esta trindade santa nasce e desenvolve pela união de forças de outra trilogia: a força positiva, a neutra e a negativa.

As quais concentram-se no interior do núcleo atômico e no elétron, os quais criam a primeira massa, a qual é o princípio da formação da alma; e a formação do corpo humano.

Ao mesmo tempo é o princípio de todas as coisas que vão desde o grão de areia até as galáxias.

Todos partindo do átomo de hidrogênio, que é o princípio da Física, da Química e da conjugação de todas as Ciências, em suas criações por transformações inumeráveis.

Então, vamos encontrar a SANTÍSSIMA TRINDADE nas miniaturas da santa trindade, manejando todas as forças poderosas que criam, mantêm e desenvolvem todos os seres viventes e todas as coisas necessárias à Vida deles.

Esta SANTÍSSIMA TRINDADE, constituída de ENERGIAS PURAS, proporciona a santa trindade que, pelo exposto, é constituída por ELA mesma conjugada às energias degradadas que formam o TODO.

Por isso, Jesus declarou: “O Pai está em mim, e eu no Pai”.

Por isso Moisés escreveu que “Deus pôs o arco na nuvem” e pôs “o arco nas nuvens para lembrar o concerto com os espíritos que estão na terra, e nos homens”.

Neste momento em que escrevo estas linhas, e nos momentos em que terei escrito as páginas deste livro, o meu espírito santo, ou meu cristo, está ungido por sintonia com o ESPÍRITO SANTO de Deus, e em sintonia com o ESPÍRITO SANTO de Jesus, o CRISTO, que foi Ungido para ser o NOSSO Regente.

Nestes momentos a minha santa trindade (espírito, alma e corpo) está com a cabeça no céu; e da mesma forma que o “anjo” do versículo 2 no Capítulo 10, a minha santa trindade está com o pé direito no mar e o pé esquerdo na terra.

Nos momentos em que você, meu caro leitor, estiver lendo este livro a sua santa trindade estará comigo, com a cabeça no céu, embora esteja com os pés na terra.

Porque você estará viajando no dorso do Espírito Santo por céus, mares e terras, da mesma forma e modo em que estou viajando, com a minha santa trindade ligada com todos os seis sentidos na

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REVELAÇÃO (Apocalipse do Apóstolo João).

Tenho certeza que você, como eu, sentirá grande alegria ao “comer o livrinho”, aliás, comer parte do livrinho que São João “comeu”, segundo ele relata no versículo 10 do Capítulo 10. E você sentirá o “mel”,da felicidade prometida por Deus e por Jesus, aqui e agora, não obstante estar ainda com os pés no vaso de “fel” que deixa um “amargo no ventre”.

Assim, a sua alegria será mais constante à medida que você olhar mais para a graça das estrelas no céu na noite desta fase da Vida, e menos para a lama.

Como faziam aqueles prisioneiros que olhavam pelas grades da janela: “o otimista olhava para as estrelas e sentia ‘como é lindo o céu e linda a terra!’ O pessimista olhava para a lama e sentia: ‘a terra é um mar de lama’”.

Pois bem. Terminemos este Capítulo 18 procurando obedecer ao alerta de Jesus, transmitido pelo Apóstolo, deixando ao máximo de participar do engano: “todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”(Versículo 23).

CAPÍTULO 19

A QUEDA DE BABILONIA: ALEGRIA E TRIUNFO NOS CÉUS

Vers. 1 No versículo 1, a frase: “ouvi no céu” significa – ouvi com as faculdades do espírito.

Do versículo 2 em diante ele nos cientifica que em nossos tempos, principalmente em nossos tempos a Humanidade já teria maturidade moral mais acentuada e suficiente para predominar sobre a ação da “grande prostituta”.

Ou melhor, que a inteligência e sentimento do homem alcançaria uma proeminência virtuosa sobre o poder vicioso que tem estado vivendo na mente humana.

Tanto mente individual quanto Coletiva. Vers. 3 No versículo 3 ele diz que a imperfeição ou impureza própria do mundo denso, com suas limitações e fraquezas naturais; limitações em relação à vida sutil do espírito, permanece por todo o sempre na terra: “E o fumo dela sobe para todo sempre”.

O que é obvio ao se confrontar as Leis que regem as causas e os efeitos que facultam a vida do corpo.

Por exemplo marcante temos a capacidade de movimentação. Um espírito já sublimado, possui a capacidade de se transportar a grandes distâncias à razão de 300.000 quilômetros por segundo, a qual é a velocidade da luz.

O mesmo, corporificado na carne como eu e você: só se transportará à media de 5 quilômetros por hora. Não é?

Então, eu e você estamos subordinados ao “fumo dela”.

No versículo 7 ele está informando que a partir do dia da Ressurreição de Jesus a Humanidade (“esposa”) já começou a ficar amadurecida para efetivar a Civilização de fato e de direito que ocorrerá até o fim do Juízo Final; segundo as profecias (“por que vindas são as bodas do Cordeiro”).

E, em seqüência, entendo que a maior parte da Humanidade daquela geração estará pronta, amadurecida, para receber a glória de viver em um ambiente natural ameno, e conviver com semelhantes civilizados – nos padrões das profecias registradas nos Capítulos 21 e 22 (“e já a sua esposa se aprontou”).

Outrossim, temos a considerar que cada alma vai se aprontando mais rapidamente pela força dos Evangelhos e assim vão galgando os céus antes do final profetizado.

E isto é uma certeza facilmente confirmável pelo relato do Apóstolo no Capítulo 6, versículo 9 ao 11 que fala às almas ainda presas à terra. E pelo relato no Capítulo 5, versículo 11: “milhões de

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milhões” de anjos (espíritos ou almas) que estavam ali no céu.

Do que se deduz o fato de que antes da vinda do Cristianismo as almas já alcançavam o mérito de habitar os céus, ajudados pelo apoio cultural das Religiões e Seitas dotadas de valores éticos adequados para reger o comportamento das Humanidades daquelas épocas distantes.

As quais, sem dúvidas, eram comandadas por Jesus Cristo, que já era Regente da Humanidade desde os primórdios, conforme Ele notificou pelos Evangelhos.

Com a Sua manifestação na carne Ele veio testemunhar a sua posição de Regente Ungido por Deus. Isto entre outras grandes revelações transmitidas por Ele. Vers. 8 No versículo 8 o Apóstolo explica o simbolismo do linho fino: (“porque o linho fino são as justiças dos santos”) Considerar este “santos” por pensamentos e atos virtuosos; justos.

Ele não está enfatizando Santos com “S” maiúsculo. E, sim, o lado santo que existe em dualidade com o lado vicioso ou impuro da pessoa e da alma.

O versículo 9 é claro. Vers. 10 No versículo 10 o Apóstolo expõe a santa humildade de Jesus. Pois Este era quem estava falando com ele.

O mencionado “espírito da profecia” pode e deve ser entendido por: soma de Todas as Verdades que compõem a VIDA, cuja VIDA é irradiada de Deus, o Criador. Jesus, não obstante a sua grandeza, humildemente, coloca-se na posição de Filho, e se nivela a nós outros filhos como irmão. Com isto Ele confirma uma Verdade de uma cláusula da Lei de Deus, a qual especifica que todo e qualquer espírito, sem uma única exceção alcançará a Perfeição do Anjo, e do Arcanjo e do Cristo...

Vamos ao item deste capítulo que vai do versículo 11 ao 21.

VITÓRIA DO CRISTO SOBRE A BESTA E O FALSO PROFETA

NO TA Neste item, com o símbolo do “cavalo branco” o Apóstolo oferece-nos uma expressão viva da AUTORIDADE COM PODER TOTAL que Deus concedeu a Jesus para ultimar o aperfeiçoamento de todos os espíritos que terão estado circunscritos ao Planeta Terra até o Juízo Final. O cavaleiro: “e o que estava assentado sobre ele”, É, sem a menor dúvida, Jesus. E, “os exércitos” simboliza toda a Hierarquia Celeste Dele que, também, sem a menor dúvida, terá estado interligando com a hierarquia terrestre constituída por espíritos encarnados – os quais participam dos esforços para a ultimação do Aperfeiçoamento dos espíritos e/ou almas – o que é compreendido por Evolução. E, ao mesmo tempo, as duas Hierarquias terão indo promovendo o aperfeiçoamento material e/ou físico ao qual entendemos por Progresso.

O leitor que concordar com estes sentidos, ao aplicá-los, terá facilidade de interpretar estes versículos por si mesmos.

- Tenta! Fecha este livro, apanha caneta e papel.

Depois caminha comigo pelos subsídios que vou apresentando.

Faz assim como estou solicitando e verá que você é tão capaz quanto eu. E recreará tanto quanto eu... Vers. 11 No versículo 11 ele nos chama a atender para a necessidade de sermos fiéis, verdadeiros, e justos, como Jesus demonstrou a Sua Fidelidade, as Suas Verdades, e a Sua Justiça durante os trinta e três anos na vida corporal, suportando, disciplinadamente, e transpondo todos os obstáculos arquitetados pelos inimigos da Verdade e da Justiça de Deus. Até ao supremo sacrifício do Seu corpo. Então, para um de nós ter o direito de ser um operário da Sua Hierarquia tem

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que ser fiel, verdadeiro, justo como Ele exemplificou. Vers. 12 No versículo 12, para entender o simbolismo de “olhos eram como chama de fogo”, é só considerar “olhos” por Inteligência. Portanto, uma Inteligência virtuosa com poder de queimar sublimando as impurezas da mente, da mesma forma que a chama do fogo queima e sublima o ouro em um cadinho. E com: “e sobre a sua cabeça havia muitos diademas” leva-nos a compreender que Jesus terá passado pelo mesmo caminho evolutivo que EU terei passado até conquistar a situação própria do Cristo (Ungido) que demonstrou ou testemunhou em Sua vida humana. Portanto, mostra-nos os seus gloriosos “diademas” citados por João. O “e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo” simboliza o grau de conhecimento e o grau de poder particular que Ele possui. Evidentemente, só Ele conhece. Ao mesmo tempo este: “nome” simboliza todo o conteúdo do “Plano de trabalho adredemente preparado para ser executado pela Sua Hierarquia”. De cujo Plano Ele revela-nos uma parte através destas Profecias escritas por São João no livro do Apocalipse. Com a intenção de cientificar a cada um que cada um de nós pode colaborar na execução deste Plano, na conformidade da capacidade individual de cada alma e/ou espírito encarnado ou não encarnado. Isto é comprovável pelos versículos que se seguem. Vers. 13 No versículo 13: “vestido de uma veste salpicada de sangue” simboliza o fato de Ele ter passado por sacrifícios semelhantes aos que EU tenho passado como espírito humano.

E “e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus” simboliza que Ele representa o Filho Ungido que obedece com

extrema Fidelidade e Verdade às Leis e Ditames de Deus. Com isto Ele é o Paráclito (“Espírito Santo, mentor , intercessor, Salvador” nosso).

O versículo 14 já está claro. Vers. 15 No versículo 15 “uma aguda espada” simboliza todo o Evangelho (Boas Novas) ensinado e vivido por Ele. O qual tem o poder de “ferir as Nações”. Isto é: acirrar a luta entre o espírito e a carne, entre as virtudes e os defeitos que vivem e convivem na mente do espírito, mormente quando encarnado. E esta luta manifesta-se ampliada no universo coletivo (Humanidade). Por esta razão Ele declarou: “Não cuideis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz, mas a espada”. (vide Mateus, Capítulo 10, versículos 34 e seguintes). Verificamos a manifestação desta “espada” na guerra psicológica de caráter religioso entre grupos, seitas, Religiões, Nações. Da mesma forma que sentimos a luta psicológica produzida em nosso cérebro entre a disciplina evangélica e a indisciplina dos desejos, emoções e paixões, ao que denominamos “luta entre o espírito e a carne”. Por estas razões, o Apóstolo especifica: “e ele as regerá com vara de ferro”. Isto é, com a força da Disciplina severa, a qual é bastante desagradável para o ser humano. Não é? Podemos ver e sentir que a Disciplina é desagradável a medida que o ser é indisciplinado. Ser individual e ser coletivo. E é agradável à medida que o ser é disciplinado. Queira o leitor meditar ciosamente sobre estes fatos... Outrossim por conseqüência da indisciplina, o cérebro de cada um, a Alma Coletiva, e o ambiente ficam sujeitos ao simbolismo: “e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo- Poderoso”.

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Isto é: “furor”, “ ira” das Leis Divinas e/ou Naturais que atuam sobre a mente e/ou consciência do espírito e do homem. Vers. 16 No versículo 16 o Apóstolo especifica a posição de Jesus em relação aos seres que estão sob a Sua Regência: “Rei dos reis, e Senhor dos senhores”. Vers. 17 e 18 Nos versículos 17 e 18 está dizendo que via um “anjo” “que estava no sol”. Por este simbolismo está dizendo que via um poder virtuoso e de grande sabedoria divina atuando sobre todos os seres viventes. O: “que estava no sol” simboliza que estava dotado de sabedoria. Este: “ todas as aves que voavam pelo meio do céu” simboliza as virtudes que volitam no meio da cabeça de cada ser humano. Ao mesmo tempo em que volitam em atividade no meio ambiente. Atividade esta que “come”, que restringe, que anula a força e/ou poder dos vícios e/ou defeitos mentais, físicos, materiais, dos seres e do ambiente, conforme ele especifica no versículo 18. Entendo desnecessário oferecer interpretação ampla a respeito do simbolismo do versículo 18. Não obstante ofereço um sumário:

“Reis” espíritos humanos, e homens, em quaisquer posições destacadas na Sociedade, do mais poderoso até ao ínfimo, convencionado.

As posições externas ao ser ele especifica por “carne dos cavalos”, isto é, transformar o poder dos defeitos e fraquezas em virtudes, do mesmo modo em que os alimentos são transformados para dar vitalidade ao corpo. Vers. 19 No versículo 19 ele está traçando uma visão global do poder bestial inteligente do ambiente terreno (“E vi a besta”) e do poder concentrado dos homens líderes (“reis da terra”) e “e os seus exércitos reunidos”,

cujos exércitos são constituídos pela soma das atividades gerais destrutivas que terão emanado do pensamento e da ação por séculos e séculos das gerações que se terão sucedido até o Juízo Final. Vers. 20 E, finalizando, ele profetiza a vitória final de Jesus e Sua Hierarquia, que é e será irreversível. Já sabemos que a “besta” é o complexo animal dos instintos, pensamentos e atitudes que estão e que são ativados pelo homem. São os nomes antônimos das virtudes que encontramos classificados no dicionário. Portanto, são as forças negativas mentais e físicas. Ou forças destrutivas, ou maldosas, demoníacas, satânicas e nomeadas por outros sinônimos. Isto tudo gera a “grande besta” que envolve o ambiente da atmosfera terrena, a qual o Apóstolo nomeia por “dragão vermelho”, Satanás, Diabo, Demônio, Anticristo, Falso Profeta, etc. E quem é o falso profeta? O falso profeta é toda idéia, todo pensamento, todo ato que faz compreender a ilusão materialista de que a engenhosidade dos homens é auto-suficiente para efetivar a felicidade de cada um e de todos. É a ilusão de efetivar a felicidade ambicionada, que é oposta à felicidade aspirada pelo espírito. É a intenção ilusória de que os bens e riquezas acumulados na Terra pelo homem ambicioso, acumulados para si e sua família apenas, dentro do lema “luta pela vida”; do “salve-se quem puder”; do “que chorem mil olhos, desde que não chorem os dois meus e de meus familiares e de alguns amigos”.

Por força destas ilusões é que nós, todos os seres que habitamos a face da terra, estamos “no lago de fogo e enxofre” para sermos “queimados”, sublimados, purificados, aperfeiçoados, a fim de conquistarmos o mérito de habitar “no reino de Deus”.

Então, o sentido global da sentença: “Estes dois foram lançados vivos no ardente

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lago de fogo e de enxofre” é que pelo constante trabalho da Hierarquia Divina conjugada com a hierarquia humana lavará a mente de cada pessoa e/ou alma. Por conseqüência, despoluirá o meio ambiente... Vers. 21 No versículo 21 ele está nos dando a entender que após o Juízo Final os espíritos e homens que permanecerão na Terra até a sua consumação não estarão ainda perfeitos. Estarão sendo aperfeiçoados ainda pelos ditames dos “Dez Mandamentos” e pelos ensinamentos contidos nos Evangelhos, os quais são: “a espada que saía de sua boca”. Todas as palavras, frases, sentenças dos Evangelhos, são: “ todas as aves se fartaram das suas carnes”. Redigindo este versículo 21, em outros termos temos: Todos os maus instintos, e pensamentos e más intenções enquistados ainda na mente dos seres humanos que permanecerão na face da Terra após o Juízo Final serão extinguidos, paulatinamente, por força do trabalho continuado de ensinamento e prática dos Ditames Evangélicos. Portanto, segundo as Profecias as almas perversas incorrigíveis serão banidas do Planeta. As que permanecerem serão corrigidas... Pois bem. No Capítulo 20 a seguir, pelos versículos de 1 a 10, o Apóstolo amplia as revelações deste Capítulo 19, especificando os acontecimentos que iriam se sucedendo. E, por este texto a seguir é patente o fato de que o profetizou para estes nossos tempos que vão se iniciando neste século XX e irão até o final do III Milênio.

CAPÍTULO 20

SATANÁS É AMARRADO POR MIL ANOS OS FIÉIS REINAM COM CRISTO

Vers. 1 No versículo 1, o “anjo” é o Poder constituído pela Hierarquia Celeste interligada com a hierarquia terrestre. Repito: esta hierarquia terrestre é constituída pelas Igrejas ou Religiões, e Seitas, e todas as pessoas que se comportam com a melhor dignidade. Estas, direta ou indiretamente, são operárias do Senhor. Tanto os líderes religiosos como os líderes de todas as Ciências, de todas as Artes, de todos os Ofícios. Portanto, todos aqueles que trabalham cumprindo os seu deveres com dignidade nas suas profissões estarão ajudando a promover o progresso material e, ao mesmo tempo, a evolução do seu espírito. Cada um na sua proporção de valores. Valores intelectuais comandando os valores sentimentais, visto que ambos perfazem o comportamento moral gerador da Justiça disciplinada, da Fraternidade, do Altruísmo e demais virtudes que são encontradas no dicionário. Em termos religiosos, a conquista da Civilização de fato e de direito, que vem sendo realizada por esse “anjo” funciona nos moldes de qualquer Empresa humana de grande porte. Analise o leitor a organização de uma grande empresa que constrói aviões, uma que fabrica computadores, outra automóveis, outra que edita livros, e assim por diante. Depois medite sobre a utilização de tais utilidades de tais engenhos, e de tais utilidades que funcionam em favor do Bem Estar humano. Verá que cada Empresa participa no trabalho deste “anjo”. Por conseqüência, cada Presidente e cada subordinado dele, até o faxineiro, é um “anjo” que colabora com o “ANJO”. Em contraposição, os homens têm colocado o “Satanás” da Guerra no uso abusivo, aberrativo dos engenhos. Não é? Por que? Porque o mesmo “satanás” vem habitando no nosso engenho (cérebro) ao redor do nosso engenho (espírito).

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Então, o Apóstolo figura a posição dele na sombra do cérebro como habitante secreto do “abismo” ambiental no íntimo das causas e dos efeitos. Por este raciocínio compreendemos o simbolismo de “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo”. O “anjo”, porém, tem também “uma grande cadeia na sua mão”. Isto é: o conjunto das virtudes exigíveis para subjugar, cercear a ação do figurado “satanás”. Então, no versículo 2, ele profetiza que esse presunçoso e ardiloso “Satanás” estará “amarrado” por mil anos (“e amarrou-o por mil anos”). Outrossim, se por um lado o Apóstolo vem notificando que esse “Satanás” estará sendo subordinado pelo trabalho generalizado do progresso material e espiritual, no versículo 3 ele está informando de uma providência muito necessária que é o afastamento das almas malfazejas do meio ambiente e do meio social. Este fato é facilmente compreendido pelas pessoas que conhecem e aceitam a realidade da Lei da Reencarnação. Evidentemente, é difícil este fato ser compreendido pelos “ressurreicionistas”, e pelos ateus. Visto que, em parte, não conhecem, e em parte têm ouvido falar mas não raciocinaram devidamente a respeito e, assim, não têm condições para o aceitar. Nesta conjuntura, sou obrigado a escrever com clareza, por força do rigor da realidade, sem o que a interpretação será desvirtuada. Assim sendo, devo esclarecer que desde os primórdios as almas malfazejas têm tido o Direito de reencarnar no seio da Sociedade humana a fim de conviver com as pessoas dotadas de melhor dignidade e aprender com elas como se comportar dentro da Lei dos Direitos e Deveres, instituída por Deus para disciplinar almas e homens. Neste sentido, a face da Terra é como um hospital, como uma escola, e como um presídio para as almas e/ou espíritos.

Da mesma forma que para os homens ela é céu, purgatório, inferno. Dotada de ambiente paradisíaco, com manchas de ambientes infernais. Tanto no ambiente da cabeça, quanto no ambiente externo ou ambiente natural. Entretanto, no outro lado da fronteira do corpo, no mundo das almas, estas vivem um tanto selecionadas em espaços condizentes com suas tendências e comportamento. Digo um tanto, porque de certo modo as almas perfeitas e/ou sublimadas, e as almas boas são enviadas para conviver com os homens, por necessidade de serviço. E têm o Direito de visitar, de quando em quando, seus parentes e amigos que estão encarnados. Tais visitas, porém, dependem de autorização de superiores. Por outro lado, as almas malfazejas, e almas penadas de pouca periculosidade costumam fugir de seus lugares e conviver com os homens, sem permissão antecipada, como se dá com as almas boas, as quais obedecem a disciplina instituída. Nestes termos, você estará perguntando: “Ora, por que Deus, ou, as organizações de espíritos ou anjos superiores deixam tais almas fujonas ficar convivendo ao lado dos humanos?” Posso afirmar que há várias razões para isto, as quais não quero comentar nestas páginas. Se o leitor procurar livros, em instituições espíritas e espiritualistas, encontrará as razões, as quais poderá aceitar ou não aceitar. Pois bem. Ante este esclarecimento sumário, podemos entender que, durante os “mil anos”, -- que já estão entrando em vigor – as almas extremamente malfazejas estarão sendo terminantemente proibidas de sair dos lugares em que serão encerradas. Tais lugares serão cercados por uma cúpula de energias eletromagnéticas que não permitirão a saída de tais almas, e nem sequer de suas emissões mentais. Pelos mil anos, porém, elas estarão sendo assistidas pelas almas superiores e

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lhes estará sendo mantido o Direito de regeneração. E o Direito de conviver com as almas boas e homens enquanto o seu comportamento não venha a prejudicar o meio social. À semelhança dos detentos de nossas penitenciárias, os quais recebem indulto com liberdade vigiada. Portanto, liberdade restrita. Para as almas penadas estarão sendo tomadas providências semelhantes, na perspectiva de que estas e aquelas se livrem da condenação ao degredo para outro ou outros planetas inferiores quando do encerramento do Juízo Final. Ao mesmo tempo, acredito que já estará sendo providenciado pela Hierarquia Divina um potente muro energético que não permitirá a saída de energias mentais nocivas e malfazejas do “grande dragão” ambiental mencionado pelo Apóstolo no Capítulo 12. Creio ter conseguido ser o bastante explícito para o leigo compreender. Caso não tenha conseguido o suficiente, aquele que se interessa de fato encontrará livros e pessoas e instituições espíritas e/ou espiritualistas que ajudarão suficientemente para que entenda estes três versículos – 1, 2 e 3. Ah! Quanto à sentença: “E depois importa que seja solto por um pouco de tempo” significa que, no entretempo dos mil anos e do encerramento do Juízo Final, que terá uma duração de, quiçá, sete séculos, será dada a todas as almas, penadas e malfazejas, uma última oportunidade de se livrarem da condenação... Vers. 4 No versículo 4 ele profetizou a instalação do grande tribunal que executará o julgamento até o final, tribunal este que acredito já esteja em funcionamento. Não com a função de condenar as almas, porém com a função de ajudá-las no aprimoramento ou preparação para os últimos séculos. No item “daqueles que foram degolados... e viveram, e reinaram...” o Apóstolo não está falando de algumas

poucas pessoas que terão sido sacrificadas por causa do Cristianismo. Está falando de todas as almas que por força dos Evangelhos não “adoraram a besta”.

Este simbolismo “degolados” está bem colocado para exprimir a sangria dos vícios e defeitos, à semelhança do cabrito ou do cordeiro quando degolados purgam o sangue do corpo.

Portanto, este “degolado” tem o sentido de purgar e de expurgar.

Por isto ele completa: “e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos”. Vers. 5 Tanto assim que os que não purgaram e expurgaram seus defeitos e vícios continuaram “mortos” e “não reviveram”, conforme o versículo 5. Continuaram “mortos” por afastamento do reino das virtudes, que é o “reino dos céus”. E ele fecha o versículo 5 com a sentença: “Esta é a primeira ressurreição”. Com esta sentença o Apóstolo está dando um recado simbólico para os Ressurreicionistas, principalmente aos das Igrejas Protestantes que até o momento supõem que todos os espíritos nascem com o corpo e após a morte deste dormirão ou ficarão como mortos até o dia do Juízo Final. Quando, então, receberão novos corpos (ou serão vivificados) e irem para o céu eternamente, ou irem para a danação eterna em um infernão muito grande. Então, o Apóstolo está falando da ressurreição do espírito e/ou alma, o qual nesta fase está, podemos dizer, semiperfeito. Ou com um grau de dignidade suficiente para viver e trabalhar com o Cristo no Seu reino na Terra por mil anos. Estes são homens e almas com graus de nobreza, dignidade, virtude, capacitados para não voltar à perversão. Não serão almas penadas e muito menos malignas. E estas, que estão e estarão “mortas” pelo veneno da maldade, terão oportunidade de se revivificar até o

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encerramento do Juízo Final, como esclareci logo atrás. Se não conseguirem por falta de mérito sofrerão a segunda morte. Isto é, estarão condenados a viver em outro planeta mortificados pela inconsciência, à semelhança dos homens da Idade da Pedra. Ali reencarnarão em corpos rudimentares e a sua inteligência estará limitada a uma situação primitiva. Estarão na posição de um indivíduo que chegou até a Universidade, mas no primeiro ano teve amnésia total. Então, estará obrigado a recomeçar no primeiro ciclo escolar. Vers. 6 Por este sentido, o Apóstolo repete no versículo 6: “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a Segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e do Cristo, e reinarão com ele mil anos”. Em tempo: o Apóstolo está falando da ressurreição do espírito, não do corpo. Mesmo porque qualquer leitor, ainda que seja ateu ou cético, sabe e muito bem que o corpo humano não ressuscita. Mesmo o corpo do Lázaro e o da menina, quando Jesus os ressuscitou, ressuscitou o espírito e/ou alma. Os corpos destes ainda possuíam vida vegetativa. Tanto assim que disse aos circunstantes que uma e outro apenas dormiam. Quiçá estivessem em estado de morte clínica ou em sono cataléptico. Outrossim, nos Evangelhos está escrito que Jesus disse, em ambos os casos, que apenas dormiam. No versículo 4 do Capítulo 5 de São João, Jesus diz: “esta infermidade não é para morte, mas para glória de Deus; para que o Filho de Deus seja glorificado por ela”. Este Capítulo 5 narra a “morte” de Lázaro, irmão de Marta e Maria...

SATANÁS É SOLTO E DEPOIS VENCIDO PARA SEMPRE

Vers. 7 ao 10 Do versículo 7 ao 10 o Apóstolo profetiza o tempo entre o fim dos mil anos e o fim do Juízo Final. Tempo que durará aproximadamente oitocentos anos. Segundo afirma Nostradamus, categoricamente, o encerramento se dará no ano 3.797. Não endosso a exatidão desta data e nem a contradigo. Morro na dúvida até lá.

De posse dos esclarecimentos anteriores, que vão se coadjuvando desde o primeiro capítulo, o leitor que terá estudado todos os assuntos destas profecias compreenderá bem este item, com o qual o Apóstolo encerra todo o ciclo do Grande Plano Divino determinado para a higienização da mente de cada espírito, de cada alma, de cada corpo humano. Por conseqüência, de toda a Coletividade humana. E ao mesmo tempo a higienização de todo o ambiente da face da Terra, compreendido até o perímetro máximo da Ionosfera. Pois que esta esfera é a primeira, a que pode ser considerada o primeiro céu. É a esfera de maior densidade energética, densidade que se vai subtilizando por camadas e círculos, à semelhança do arco-íris com as suas cores e matizes. As energias menos densas vão se aninhando em faixas circulares flutuando umas sobre as outras em escala ascendente. Sofrem uma destilação idêntica ao processo de destilação do petróleo na torre.

Os derivados do petróleo aquecidos pelo fogo deixam, na primeira faixa, o asfalto; na segunda, o piche; na terceira, o óleo lubrificante e, sucessivamente, os gases vão subindo, deixando a parafina, o querosene, a gasolina, o GLP, até o topo no qual os gases sutis deixam de ser aproveitados. Aquele topo onde a gente enxerga um fogo permanente. Este é o “sétimo céu” da torre de petróleo.

As camadas circulares do Planeta sobem à semelhança da torre de petróleo: a primeira esfera chamada pirosfera e, em

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seguida, a barisfera, a litosfera, a hidrosfera, a atmosfera, a ionosfera, a estratosfera, etc.

Por jogo de raciocínio simbólico, podemos dizer que a composição destas esferas, que se vão expandindo uma das outras, em círculos concêntricos, é o “primeiro céu” com subcéus que vão até o limiar da estratosfera.

Nossa cabeça vive à semelhança desta realidade do ambiente. É miniatura da Terra.

Ao mesmo tempo em que é frágil é surpreendentemente potente. Pois dentro dela está o trono do espírito, o qual é o filho dileto de Deus.

E é deste filho que Jesus está cuidando pela mediação do Apóstolo, para que cada filho e no final a grande maioria dos filhos de Deus entrem no Seu reino.

Hoje estamos vivendo no “lago de fogo e enxofre” para sermos destilados e passarmos ao Paraíso.

Devemos lembrar, porém, que estamos com um pé no paraíso e outro pé no “lago de fogo enxofre”, onde está a besta, o falso profeta, o anticristo, o diabo, etc.

Vivemos “atormentados de dia e de noite” na proporção dos valores de nosso comportamento...

Com o item que vai do versículo 11 ao versículo 15, a seguir, o Apóstolo encerra as revelações desagradáveis e entra na profecia da Ditosidade que sobrevirá após o Juízo Final, em dois capítulos sumários: os de número 21 e 22. Vers. 11 O JUÍZO FINAL A expressão literária do Apóstolo no versículo 11 é um bocado vaga! Baseado, porém, no estilo simbólico creio poder alcançar o sentido que exponho a seguir. Quem serão “eles”? Substituindo “terra” por homem, e “céu” por espírito, mato a charada. Então ele está mencionando os homens e as almas e/ou espíritos que entrarão no julgamento final ante um grande número de juízes perfeitamente justos

(“grande trono branco”), “e o que ( e os que) estava assentado sobre ele”. Portanto, homens e almas fugiram do comportamento justo instituído pelas Leis de Deus. Daí, fugiram da presença de Deus e de Jesus. Por conseqüência, até o encerramento do Juízo Final, a situação deles estará indefinida (“e não se achou lugar para eles”). Vers. 12 No versículo 12 ele diz: “E vi os mortos”. Esta expressão menciona o fato de que todo julgamento é processado para as almas. Não é processado enquanto elas estiverem encarnadas. E mostra que o julgamento vai sendo feito paulatinamente até o último dia. Depois, por algum tempo, o degredo vai sendo executado. Por: “grandes e pequenos” podemos inferir que toda e qualquer alma que não tenha ainda conquistado o grau mínimo do mérito para entrar no “céu”, cujo “céu” suponho, ser o quarto céu convencionado pelos teósofos espiritualistas. Ao que eles denominam “mundo do pensamento concreto”. E também “grandes e pequenos” significa que, no julgamento, não haverá distinção de classe nem de posição social que a alma terá ocupado na Terra. Com referência a: “ e abriram-se os livros”, estou informado por literatura psicografada que em organizações socorristas existentes na face da Terra há aparelhos do tipo de nossos computadores que registram todos os passos, virtuosos e não virtuosos, das almas que estão afetas à responsabilidade de assistência proporcionada por tais organizações. Além disto, cada alma traz arquivado na sua própria memória tudo o que terá acontecido na vida do seu espírito desde que foi criado. Que este arquivo prodigioso não é dado a conhecer ao próprio espírito, porém é

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acessível a Espíritos Superiores(Anjos) a qualquer momento que se faça necessário. Isto já explica esse: “os livros”, e explica este: “abriu-se outro livro, que é o da vida”, vazados neste versículo 12. Por estes pormenores, o meu raciocínio supõe que haverá um “aparelhamento” à semelhança de um banco de dados computadorizado, no qual estarão centralizados todas as informações importantes referentes a cada espírito e/ou alma que está radicado no âmbito do Planeta. Esta informação concretiza o dito popular a respeito do “ livro que está nas mãos de São Pedro junto à porta do Céu”. Portanto: “o livro da vida” é a memória da alma, na qual estão registrados todos os fatos importantes da vida do espírito. E também o tal “banco de dados” que está no Céu e é operado por Anjos. Só por esta conjuntura os Juízes do julgamento final estarão perfeitamente capacitados para chegar rapidamente ao resultado da sentença adequada a cada alma. Sentença de salvação ou sentença de condenação. Vers. 13 No versículo 13 ele repete o fato de que, nos últimos “dias” do Juízo Final, o “mar” que é o âmbito da Terra dará todas as almas para ser julgadas. Almas dos que morreram e dos que morrerão naqueles dias. E estas serão as que ainda estarão em situação de “mortas” por força dos erros e pecados que pesam em suas consciências (“e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia”) para serem julgados, “cada um segundo as suas obras”. Vers. 15 Finalizando, ele escreve que a alma que não alcançar um certo índice mínimo o suficiente de virtude (o qual não é descrito nem conhecido) será lançada no lago de fogo. Isto é, terá que começar tudo de novo em ambiente hostil semelhante ao da Terra nos primórdios desta Humanidade. Portanto, em um “lago de fogo”.

Caro leitor: antes de entrarmos nos dois últimos capítulos, os quais falam da volta do Paraíso na Terra, o qual virá impreterivelmente, quero dizer a você que o Livro do Apocalipse, além das outras virtudes, possui a virtude, a finalidade mesmo, de fortalecer a Fé em Deus, e a fé em si mesmo. Fé recíproca. Falo por experiência própria, por ver e sentir. É a fé humana e fé divina, e fé divina que nos leva a Deus – pelas mãos de Jesus, o qual é “O caminho, a verdade, a Vida”. Vejo e sinto com perplexidade que milhões e milhões de pessoas depositam uma fé reverente, forte, irrestrita em ídolos, rituais, cerimônias, tabus, superstições, mitos, pedras, escrituras; como se tais seres e pessoas, e coisas fossem divindades oniscientes e onipotentes. Não é estranho isto? Como entender a razão que leva essa gente a dedicar toda a sua fé divina que é Dom do espírito, e a fé humana que é Dom do cérebro na cultuação e veneração de seres e coisas tão impotentes quando por simples raciocínio qualquer mente mediana pode enxergar a Onisciência, a Onipotência, e a Onipresença de Deus em nós e junto de nós? Embora compreenda um pouco, isto ainda me deixa perplexo. Mormente com relação a pessoas eruditas. Por esta razão esforcei-me em dar maior ênfase aos testemunhos de fé oferecidos pelo Apóstolo em linguagem literal e em subliminar escrita por ele. Escrevo este item – não com a vaidosa intenção e pretensão de “salvar ou reformar o mundo”. Não! Apenas por intenção de levar a quem ler a um raciocínio franco que sem dúvida levará a pessoa ao fortalecimento da fé em si mesma e em Deus. Da mesma forma e modo que foi bom para mim acompanhar a fé demonstrada pelo Apóstolo em seus versículos...

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Vamos ao capítulo 21 pelo qual o Apóstolo traça em magistral alegoria o perfil do ambiente da Terra. Ambiente transformado em Paraíso semelhante ao Éden descrito no livro do Gênese. Ao mesmo tempo a alegoria traça o perfil da Humanidade que permanecerá no âmbito da Terra. E ainda o perfil de cada pessoa e de cada alma no íntimo do seu ser. Isto é: a situação psíquica, a situação física e/ou corporal.

Devo esclarecer, segundo os meus conhecimentos, que em toda a sua exposição profética ele não está revelando o evento da Perfeição e/ou sublimação absoluta de todas as almas que irão permanecer na Terra, da noite para o dia. Nem a Perfeição absoluta do ambiente das esferas e/ou círculos mais próximos do solo. Digamos: do 1º ao 4º céus.

Estes ambientes e as almas que os terão habitado não terão ainda a Perfeição que já existe no 7º céu.

No mundo da carne, porém, as condições ambientais, físicas e psíquicas, permitirão um viver ditoso, de um modo e forma quase tão agradável quanto o viver nos mundos mais aperfeiçoados dos espíritos.

Considerando que hoje eu e/ou você não desejamos morrer, mesmo dentro destas condições altamente hostis do ambiente terreno e do ambiente humano, imagine se alguém desejará morrer estando a viver na situação que é prometida por Jesus nestas profecias. Não é?

Então vamos lá.

CAPÍTULO 21

OS NOVOS CÉUS E A NOVA TERRA

Vers. 1 Entendo que no versículo 1 o Apóstolo está profetizando sobre os primeiros tempos em transformação paulatina, logo após o Juízo Final, quando ainda as almas rebeldes estarão sendo expulsas, embora já tenham sido retiradas do meio da Sociedade humana e da Sociedade das almas no 1º céu. E assim entendo em virtude do que ele expõe no versículo 8. Entretanto, nesta primeira fase o nosso sistema solar deverá ter sido mudado de sua atual posição no Zodíaco, e já estar em nova relação com outras Constelações. Já terá deixado Aquário. Então, também a Terra já não estará singrando na órbita atual em relação ao Sol, cuja nova órbita permitirá clima ameno constante. É o que deduzo de: “um novo céu”, “e uma nova terra”. Pela mesma razão o “céu” e a “ terra” que enxergamos hoje já não serão enxergados naqueles novos tempos. Da mesma forma – o Planeta já não estará mais na mesma órbita “mar”. Outrossim, a mesma alegoria pode ser aplicada aos seres humanos e almas, visto que são os atores principais deste palco. Estarão com a mente “céu” mais virtuosa, e por conseqüência com o corpo (“ terra”) mais saudável e mais bonito (“novo céu e nova terra”).

Porque os seres humanos e almas já venceram a primeira fase evolutiva do espírito (“céu”), e por conseqüência a primeira fase da evolução do corpo (“ terra”) cuja evolução vem se processando desde os primórdios da Humanidade.

Quanto ao: “e o mar já não existe”, é obvio ululante, não obstante as almas serem as mesmas , a Coletividade Humana ou Mar Humano estará mais aprimorado no que concerne à elevação do padrão moral, e do progresso material.

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Vers. 2 No versículo 2 ele nos faz compreender, por repetição de idéia implícita, que a vinda da nova ordem ambiental e psíquica estará se realizando aos poucos. Em séculos (“adereçada como uma esposa ataviada para o marido”). Portanto, aquela Humanidade não estará Perfeita, embora já esteja “casada”. Está à semelhança de uma esposa descendo do altar para iniciar a lua de mel com o marido. O ambiente terreno estará nas mesmas condições. À semelhança de uma fazenda imensa com toda a terra fértil e adubada já estar produzindo toda a sorte de flores, frutos, cereais, e matas, porém começando a receber a aplicação de enxertos e novas técnicas que trarão o aprimoramento.

Nesta conjuntura, é evidente que as almas terão condições íntimas e condições externas muito mais favoráveis do que nos dias de hoje para escalar a “Escada de Jacó” com maior rapidez. É claro que esta escalada, também, não será da noite para o dia. Durará séculos. Nas condições atuais, porém, levaria milênios.

Cada espírito e/ou alma eleito estará com sua mente enriquecida moralmente na proporção das capacidades de cada um, de modo e forma que não haverá a miserabilidade mental e física que vemos e sentimos hoje.

Assim, o universo terreno estará como uma grande fazenda a prosperar, na qual o Patrão, além de pagar bons salários por mérito ainda premiará regiamente a cada um repartindo os lucros com o prêmio da Graça Divina.

E, assim cada alma terá tido situações semelhantes a pessoas que nascem em uma favela, utilizam sua inteligência, suas mãos, e o tempo; acumulam ciosamente algum dinheiro, compram um sítio, trabalham e estudam arduamente, e vão prosperando e comprando outros pedaços de terra até formar uma fazenda. Na velhice terão um patrimônio que lhes dará uma vida confortável de classe média. Em alguns

casos algumas estarão sendo fazendeiros ricos.

A diferença entre a realidade desta figuração e a realidade do espírito é que este – quanto mais envelhece mais remoça física e mentalmente... Vers. 3 Pelo versículo 3 o Apóstolo leva-nos a compreender que naqueles tempos almas e homens livrar-se-ão completamente do paganismo. Então serão fiéis e verdadeiros a Deus, nos moldes de Jesus Cristo. Conforme o Apóstolo acentua no versículo 11 do Capítulo 19 “ele se chama Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça”.

Por força de tal comportamento todos receberão – mais por Graça do que por mérito, as bençãos e as benesses prometidas no versículo 4.

Os versículos 5, 6, 7 e 8 estão redigidos literalmente claros. Vers. 8 eu quero apenas realçar o alerta que o Apóstolo faz no versículo 8, com toda a clareza sobre os vícios básicos que podem levar almas à condenação. Entendo que os “ tímidos” são aqueles que temem a ira das Leis de Deus e fogem acovardados sabendo que se dedicarem a conhecê-las estarão assumindo maiores responsabilidades para seu espírito. Então tornam-se tímidos; frágeis para serem envolvidos pelos vícios mencionados, os quais com seus derivados levam à condenação. É o caso dos céticos e dos ateus confessos. E ao mesmo tempo do religioso negligente e indolente que se torna frágil por não querer aprender os ditames das sagradas Escrituras, e muito menos querem executá-los no dia a dia como é esperado por Deus. Então, se tímidos com as Verdadeiras Leis de Deus – tornam-se valentes com as leis do materialismo; e/ou com as leis do paganismo. São presas fáceis do misticismo primitivista (“feitiçaria”), da idolatria

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materialista (“ idólatras”), e passo a passo vão se tornando insensíveis às conseqüências funestas propiciadas por todo tipo de vícios. Para os “ incrédulos” ocorre praticamente o mesmo.

Há por aí aqueles ateus que dizem não acreditar absolutamente na existência de Deus, os quais no íntimo das suas consciências acreditam. Esses que são figurados por aquela anedota em que o ateu trai-se inopinadamente: “Graças a Deus eu não acredito nesse Deus lendário que inventaram para enganar os trouxas. A vida do homem acaba na sepultura. Esse Deus não passa de lenda inventada por teósofos e teólogos ambiciosos a fim de enriquecer, ter fama, ter poder à custa da crendice popular”.

Quanto aos “feiticeiros” eu entendo que o Apóstolo aplica este substantivo em sentido amplo. Não só para os feiticeiros propriamente ditos.

Por exemplo: ele envolve todo tipo de magia misticista promovida por seitas primitivistas; doutrinas pagãs; horoscopistas medíocres, buenas dichas, e outros charlatães do gênero.

E envolve todo tipo de invenção científica e tecnológica que tem a função de enganar, e a função de destruir corpos e almas por força da intenção para conquistar riqueza, fama, poder.

Portanto, invenção de instrumentos mentais, e/ou instrumentos materiais.

É o caso das artes e ofícios aplicados em tudo o que é produzido.

Como instrumentos mentais temos por exemplo todo o universo falado e escrito da comunicação, no qual ao lado da intenção benemérita segue a intenção gananciosa, egoísta, etc.

Como instrumentos materiais temos por exemplo o avião, navio, canhão, metralhadora, etc., cujo valor benemérito acaba por ser abusado pela má fé, ou má intenção. Digo – todo veículo, e todo aparelho, e todo dispositivo usado em guerra.

Além da guerra com suas causas e efeitos da intenção, é fácil ver e sentir outros fatos para exemplificar. Outro é o caso das drogas e o seu famigerado narcotráfico.

A produção das drogas é uma feitiçaria produzida pela ciência da química.

O tráfico destas drogas é uma atividade feiticeira, pois que vai enfraquecer, adoecer, desmoralizar, e matar milhões e milhões de pessoas.

O luxo e o supérfluo produzido em larga escala e consumido em larga escala são feitiçarias.

Por quê? Porque em razão da disparidade que

há entre uma minoria rica e uma maioria pobre nas populações o luxo e o supérfluo tornam-se em desperdício produzido por poucos – em prejuízo de muitos.

Fato que o Apóstolo aborda com realce no capítulo 18.

Se as populações não estivessem com a maioria pobre: e falo da pobreza somada ao paupérrimo, à indigência, a miserabilidade material – o que afeta e aflige e suplicia as almas – o luxo e o supérfluo seriam beneméritos. Não é?

Digo no mesmo sentido em que São Paulo colocou o valor da caridade quando ele escreveu no Capítulo 13 da I Epístola aos Coríntios, no versículo 8: “A caridade nunca falha, mas havendo línguas cessarão; havendo ciência, desaparecerá”.

Lendo-se apenas este versículo o sentido fica vago – porque ele deve ser compreendido com a junção dos versículos anteriores que perfazem este capítulo.

Então, para ser compreendido eu junto o conteúdo deste e daqueles na forma seguinte:

A caridade nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas, havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá”. E o versículo 10: “Mas, quando vier o que é perfeito, então o que é em parte será aniquilado”.

Portanto, à medida que o espírito, a alma, o cérebro, as mãos forem usados para

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só realizar o Bem, o mal irá sendo aniquilado dentro e ao redor da pessoa.

E do mesmo modo e forma em que a Coletividade humana for realizando o Bem, o mal irá sendo aniquilado no ambiente da Terra.

Duas premissas óbvias, porém tão difícil para serem executadas, não é?

Então, até a própria caridade “desaparecerá”. Irá sendo “aniquilada”.

Evidentemente, a caridade “em parte”, como ele expressou.

Porque a Caridade in totum só tenderá a crescer, pelo fato verdadeiro de ser ela o dote do Amor, ou a alma do Amor.

Podemos dizer, plagiando o estilo literário do Apóstolo, que ela é o “anjo” cujo nome é CARO, pois é um grande valor vindo do “trono” de Deus.

Portanto, ela é cara, valiosa, querida, na perfeita acepção do termo, visto que é o adjetivo qualificativo do Amor quando posta em serviço pelo pensamento e pela ação concreta.

Daí vem a razão pela qual São João fala da “primeira caridade” no versículo 2 do Capítulo 2, na carta à Igreja de Éfeso.

E no versículo 5 ele conclama: “e pratica as primeiras obras”.

Pelo que compreendo que a primeira caridade é o trabalho eficiente. Qualquer trabalho realizado com a intenção de beneficiar.

Mesmo o necessário trabalho compulsório de todos os dias, entendo que é a primeira caridade.

Trabalho construtivo, evidentemente.

O “trabalho” executado na produção e distribuição de drogas; na execução do aborto; no latrocínio; na prostituição sexual; nas guerrilhas; nas guerras, etc., tem preço caro porém não é querido, não provém do Amor.

Este é “ trabalho” mais árduo que o serviço, que “em parte” favorece a alguns e desgraça a muitos. Não é?

É “trabalho” que é executado por ordem do satã que habita na cabeça dos

servos dele. Cujo dono da cabeça – o homem e/ou alma deixa de ser filho de Deus para ser servo do “satã” por artimanhas dos desejos, das concupiscências, dos interesses materiais, etc...

Pois bem. Voltemos às Promessas gratificantes pelo versículo 9:

A NOVA JERUSALÉM Vers. 9 Esta: “a esposa, a mulher do Cordeiro” é simbolismo da Humanidade. O “alto monte” é um círculo ou céu acima da face da Terra.

A “grande cidade” é a Terra. Santa por princípio (“Santa Jerusalém”) e santificada no fim dos maus tempos.

A partir do versículo 11 o Apóstolo traça um maravilhoso quadro em poesia simbólica, pujante, profetizando o que e como estará a Terra e suas populações após o Juízo Final.

Ao mesmo tempo em que ele descreve a visão grandiosa sobre o ambiente ele insinua os mesmos valores simbólicos para a mente individual e para a mentalidade coletiva, etc.

É-me difícil transmitir até o pouco que compreendo desta prodigiosa profecia, visto estar obrigado a resumir o texto deste livro por razões óbvias.

Vamos lá:

Vers. 11 Ao passar pelo versículo 11 sinto o arrebatamento do Apóstolo ao ver a Terra com a visão do seu espírito sublime. Naturalmente com visão dual do presente e do futuro que naqueles momentos lhe era propiciado enxergar e sentir. Observe o leitor que ele diz: “E tinha a glória de Deus;”, isto é, ele estava vendo a Terra ensolarada da mesma forma que eu e você vemos. Porém, com a capacidade ilimitada do seu espírito ele enxergava, também, o universo das energias puras, as quais estão sempre intercambiando com as energias densas. Então, para ele era como se estivesse olhando por um caleidoscópio em movimento contínuo.

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Vers. 12 e 13 Pelos versículos 12 e 13 ele transmite algumas noções sumárias de como enxergava o universo todo que envolve a Terra com os seus astros e planetas. Universo para ser visto por alguém postado com os pés no solo e que só pode ser abrangido se a pessoa se colocar nas doze posições que ele determina. É evidente. Atentemos para o fato de que ele estava postado a uma grande altitude em relação ao solo. Ao mesmo tempo ele usa o mesmo simbolismo para descrever este pequenino universo que sou eu (e você), o qual possui uma organização similar ao grande universo pontilhado de estrelas e planetas. E, também, ao mesmo tempo utiliza este simbolismo para representar as Leis Divinas que regem a Humanidade e os espíritos e anjos, portanto, todos os seres dos céus e da Terra. As quais são compostas por doze leis essenciais, sendo as demais derivadas delas. Vers. 17 Por isso , ele escreveu no versículo 17: “ ...conforme a medida de homem, que é a medida de um anjo”. Estas Leis são: os Dez Mandamentos mais os dois mandamentos ditados por Jesus. Estes, à guisa de essência das essências, sintetizam o poder dos Dez: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma e de todo o teu pensamento”. NO TA Atente bem o leitor que, simbolicamente, Jesus está falando para a santa trindade que está no ser humano: “coração” com idéia de íntimo, o espírito; “alma”: corpo perene do espírito; e “pensamento”: que é o homem com cérebro pensante. E o segundo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.

Ambos são: “ ... conforme a medida de homem , que é a de um anjo”. A mesma LEI para homens e anjos. Outro pormenor importante destes dois mandamentos, que pouquíssimas pessoas têm atinado com ele, é o fato de Jesus ter colocado o verbo amar no futuro. Por que será? Será porque EU ainda não O estou amando? (lembro o leitor que convencionei o “EU” maiúsculo por “nós”). Eu tenho a ousadia de afirmar que ainda não amo a Deus do modo que Jesus solicitou que eu faça.

E faço esta confissão sem temor de represália da parte Dele. Por que?

Porque eu sei que Ele sabe muito bem deste particular.

Então como posso esconder isto da Onisciência Dele?

É um pecado mortal esta irreverência?

Não. É um pecado temporal. E Ele sabe disto. E Jesus sabia disto

quando usou o verbo amar no futuro. Neste momento posso afirmar que já

estou me esforçando para amá-Lo. Pois, tenho envidado esforços para

obedecer e respeitar as Leis Dele, e as leis civis e/ou humanas.

Então, estou consciente de que, ao transgredir as Leis, mormente contra o segundo mandamento de Jesus, tanto em grandes quanto em pequenos pecados, estarei demonstrando que ainda não estou amando a Deus, de fato e de direito.

E sei que a cada passo em falso acarreto autocondenação e conseqüentes sofrimentos.

Entretanto, tenho certeza que “um dia” eu conseguirei amar à Ele. E tenho a certeza que Ele perdoará muitos deslizes do meu passado. Um pouco por mérito e muito por Graça.

Por muito tempo de minha vida eu tive muito medo do meu PAI. Até aprender que preciso ter medo de mim mesmo. Medo do tribunal em que minha consciência é juíza severa.

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Deus é austero, porém, Misericordioso.

Ele jamais permitirá que eu permaneça eternamente no “ tacho de fogo e enxofre”, ou “ lago de fogo e enxofre”, como diz o Apóstolo...

Posso ter a ousadia de confessar a você que alcancei o privilégio de conhecer o nosso DEUS na conformidade dos fatores o que, onde, quando, como, por quê. O fator quem: estou convicto que alcançarei o privilégio em futuro incerto.

Neste “quando” eu realizarei o recebimento do grande prêmio prometido por Jesus: “E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome”. (Vide Apocalipse, Capítulo 22, versículo 4). E outros do Novo e do Velho Testamentos. Vide também: Mateus, 5, vers. 7; João 3, vers. 3; Mateus, 18, vers. 10.

É conveniente observar que ele utiliza o número 12, neste capítulo, para adjetivar, ou melhor, determinar e qualificar uma porção de coisas essenciais, na conformidade com a estrutura de cada coisa.

Está utilizando alguns conceitos da Cabala para o número 12, os quais foram convencionados por Mestres de Escolas e/ou Seitas que existiam no Oriente Médio naqueles tempos.

Tais conceitos eram utilizados pelos Essênios no estudo e redação de literatura científico-religiosa.

Há informação de que este Apóstolo era Mestre solidário desta Seita, razão pela qual a sua redação literária está pontilhada pelo simbolismo cabalístico. Mormente neste capítulo.

Nestes termos, ele sintetizou a revelação essencial da estrutura da Terra com o seu ambiente natural e, ao mesmo tempo, essências da estrutura física e mental do homem, as quais, para serem devidamente esclarecidas, exigem a aplicação de todas as Ciências Religiosas e Acadêmicas. Em seu conjunto. Pelo que só posso apresentar uma interpretação também bastante sumária.

Assim sendo, ele toca de leve em doze valores essenciais que vão do núcleo atômico com seus pesos e medidas e valores até ao macrocosmo do sistema solar. Cujos valores físicos possuem atributos conjugados com os valores morais e estes são os que têm a maior importância nestas revelações.

Então, ele está lembrando que no seio do núcleo existem doze elementos, o que a Ciência Física de hoje começou a conhecer.

Que no corpo humano existem doze glândulas principais que regem todos os sistemas do corpo sob comando do espírito que está “entronizado” na glândula pineal, a qual possui uma capacidade prodigiosa de governar as demais, e estas reciclarem todo o trabalho do sistema estrutural do corpo.

Na mesma seqüência, ele nos lembra a situação e existência de doze planetas que perfazem o nosso sistema solar.

Sistema macrocósmico no qual o sol tem um papel de atuação semelhante ao papel desempenhado pelo espírito, no complexo de viver.

Por esta síntese, ao evoluir pela análise através de todas as Ciências, podemos compreender toda a extensão do que o Apóstolo se propôs a revelar.

Estou convicto que neste instante você estará pensando como eu: “Epa! Como chegarei a compreender o que Jesus pretende que eu conheça, a fim de que eu alcance a Perfeição do meu espírito? Como, se não existe alguém que mesmo sendo um sábio especializado em uma só das Ciências conhece tudo a respeito de tal única Ciência?”

Não importa, meu caro leitor. O Apóstolo, também, só conhecia uma pequenina parte das Ciências; porém ele teve o mérito e a Graça de “ver a face do Criador”.

Conhecer as coisas e valores das Ciências é bom , porém o excelente é saber amar Deus e ao próximo. Saber viver e conviver.

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O resto será acrescentado a cada espírito humano pela eternidade a fora.

Nestes conceitos entra a sabedoria do Rei Salomão.

E a sabedoria do Apóstolo Paulo quando disse e escreveu: “E ainda que tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse aos montes, e não tivesse caridade, nada seria”.

Portanto, ele diz no versículo 12 que a Terra: “um grande e alto monte” tem doze portas para o Céu. Fato óbvio.

Isto é, de qualquer quadrante em que eu me colocar estarei vendo o espaço celeste.

E um anjo em cada porta: “e nas portas doze anjos”, o que significa que em cada setor e encontra o poder da Natureza em atividade. E a influência de doze planetas pertencentes ao nosso sistema solar. NO TA Vi em algum livro, do qual não me lembro, para citar nem o título nem o nome do autor, mas lembro que era de autor teosofista, que nosso sistema solar é constituído por doze planetas. Que no tempo de São João, no primeiro século da Era Cristã só eram catalogados sete. Hoje os astrônomos já registram nove. Porém, existem três outros, os quais os astrônomos descobrirão oportunamente. Entendo que São João tinha conhecimento deste fato. E o mais importante: é a “Terra Prometida” dentro das Promessas que têm sido feitas aos homens dos termos ou cláusulas escritos no Velho Testamento pela crônica simbólica das doze tribos de Israel: “e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel”.

Prestando atenção ao que Deus promete, e ao que Ele exige das tribos de Israel vemos claramente o que Ele exige e o que promete a todos os seus filhos (espíritos, almas, homens).

Vers. 13 Para o versículo 13 a idéia é redundante. Está evidente que ela é um “pedaço” do Céu. Portanto, um céu com portas abertas para o Céu.

Da mesma forma, em redundância, as portas estão abertas em relatividade com o sol.

Então, pelos tempos, a cada vinte e quatro horas tais portas estarão direcionadas ao sol. As do “levante”; do “norte”; do “sul”; do “poente’.

Por esta figura ele está nos lembrando do essencial: cada homem “ terra” está direcionado a Deus “Sol”, esteja em que ponto estiver da Terra, com portas abertas, em todos os tempos. Questão de raciocínio. Vers. 14 No versículo 14 ele está mencionando as Leis que regem o ambiente e os homens, dando-lhes a segurança (“muro”). Segurança que é propiciada pelos ensinamentos escritos pelos Apóstolos (“doze fundamentos”), os quais foram ditados a eles por Jesus Cristo (“e neles os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro”). Vers. 15 No versículo 15 essa “uma cana de ouro” simboliza os princípios de Justiça que servem para distinguir os valores, tanto os do homem quanto os valores do ambiente. Portanto, a Terra (“a cidade”), o homem (“a cidade”). No homem (“as suas portas”) são os sentidos; e (“o seu muro”) é o corpo. E “o seu muro” simboliza, também, as Leis e ensinamentos Divinos em conjunção com as leis e ensinamentos terrenos. Vers. 16 Por este versículo 16 ele traça uma figura simples do planeta em um croquis. Para você compreender basta traçar um quadrado de 12 cm para cada lado, e

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partindo do centro traçar uma circunferência. Terá uma circunferência correspondente à do planeta, a qual, segundo dados atuais, possui um diâmetro de 12.760 km que multiplicado por 3,1416 (pi) alcança a circunferência de 40.000 km, aproximadamente. Torna-se surpreendente que a “cidade” possui a mesma altura de 12.000 estádios! A surpresa, porém, se desvanece ao passo que você traça um cubo e uma esfera usando os 12 cm correspondentes aos 12.000 estádios. O que confirma ele estar figurando a Terra. O mesmo fez Moisés no Capítulo 6, versículo 15 do Gênese com as medidas da “Arca de Noé”: “E desta maneira o farás: de trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura”. Pela medida de comprimento (“ trezentos côvados”) você traçará a figura correspondente à figura da Terra, colocando o côvado a 0,44.4 cm (conforme a “Pequena Enciclopédia Bíblica”, publicada pela Igreja Metodista, pág. 494). Assim: 300 x 0,444 = 133,10 cm 133,20 x 3.1416 (pi) = 418,46 m 418,46 x 100 = 41.846 km, o qual perfaz a circunferência da Terra. O número 100 sobrevem a este cálculo pela alegoria do tempo que Noé gastou para construir a arca. O nome Noé significa “repouso” em hebraico. Portanto, é figura de aclimatação do ambiente da Terra, aclimatação que, a partir da Era Noé, viria permitir o desenvolvimento da Humanidade após o “dilúvio” alegórico. Outrossim, o tempo de existência de Noé (“950 anos”) corresponde a um ciclo evolutivo de 9.500 anos, mais ou menos. Ao interpretar o versículo 6 do Capítulo 7: “E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra”.

Estes 600 anos correspondem a um ciclo de 6.000 anos a partir de Adão, e assim é um dado profético importante para nossos dias. Este dado vem coadunar-se com as profecias do Apocalipse, as quais notificam o início de um ciclo de regeneração moral e progresso físico e material da Humanidade ao iniciar-se o sétimo milênio ( ou terceiro milênio da Era Cristã). Com apenas estes dados sintéticos o prezado leitor já começara a entender as ciências que estão ocultas nas alegorias do Gênese, as quais falam, em essência, da Evolução do espírito humano, do ambiente natural, e das gerações que irão até o Juízo Final. E com alguns dados para o após Juízo Final. Tudo planejado por Deus desde antes da criação da Terra. Verificará que na arca lendária mal caberiam alguns animais. E Moisés não será taxado de burrão querendo que Noé introduzisse nela casais de todos os animais, aves, etc., o que seria o absurdo dos absurdos. Não é? Pelo exposto, os arqueólogos estarão conscientizados de que jamais encontrarão essa arca nas faldas do Monte Ararat. E estarão conscientes de que o tal “dilúvio” também é alegórico. Ele representa um movimento transformativo proporcionado por Seres Celestes e homens, em ciclos de tempos coordenados por planificação Divina. Vers. 17 Agora vamos encontrar outro “contra-senso” no versículo 17 se formos guiados pelo sentido literal. Ora, a função do “muro” ou muralha era a de proteger uma cidade contra invasores. Então teria que circundá-la toda. Este “muro” tem apenas 144 côvados cuja equivalência, adotada nos Países que ainda usam as medidas antigas, varia de 58 a 66 centímetros. Para os judeus na época era de 0,444 do metro.

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Calculando-se por média de 60 centímetros, temos 7.200 metros para 48.000 quilômetros. Então, em sentido de muralha tal cidade estaria virtualmente desprotegida. Não é? Conclusão: este “muro” está simbolizando Leis. Leis que regem a atividade das energias ambientais e, por conseqüência, a atividade das energias mentais: “conforme a medida do homem, que é a de um anjo”. Portanto, Leis que vêm do Céu e regem todas as atividades na Terra, as quais são: “conforme a medida do homem, que é a de um anjo”. Outrossim, esse “muro de cento e quarenta e quatro côvados” pode e deve ser interpretado por alegoria referente aos “cento e quarenta e quatro mil assinalados” do Capítulo 7, os quais deverão ser a coorte de Anjos ou Arcanjos sob o comando direto do Cristo Jesus, portanto podemos considerá-los como Primeiros Ministros dele. E atuarão ora encarnados, ora desencarnados, junto a almas e homens na posição de governantes. Aliás, entendo que este sistema hierárquico sempre tem existido desde os primórdios da Humanidade. Naqueles tempos futuros, porém, estará atuando com número completo, que é o de “144.000 assinalados”. Vers. 18 Como ele está-se referindo ao mundo no após Juízo Final, quando então todas as atividades ambientais e mentais estarão bem mais sublimadas, passa a simbolizar tudo por pedras preciosas com suas cores representando os valores em ascensão. Tais cores são utilizadas pelos cabalistas e/ou teosofistas para classificar os valores mentais e/ou espirituais na conformidade da pulsação ou vibração das energias atômicas que as compõem, segundo as suas potencialidades. Nestes termos, por exemplo, um campo magnético de cor vermelha que se

enxerga no arco-íris possui um padrão atômico cujos átomos pulsam à razão aproximada de quatro milhões de vibrações por segundo. Outras cores ultrapassam este número, deixando patente que elas têm potencialidade maior, sendo que a cor ametista mostra aos olhos a potência maior, em termos de ambiente denso. Por esta conjuntura, no versículo 18 o Apóstolo oferece uma noção simbólica da situação e da atividade mental e/ou espiritual do homem naquela época com a predominância das potencialidades de energias densas simbolizadas pela pedra semipreciosa “ jaspe”. Da qual o dicionário registra: “Variedade semicristalina de quartzo, opaca, de cores diversas, sendo a mais comum a cor vermelha”. Portanto, com esta cor assemelhada do jaspe ele está simbolizando as potencialidades do sangue humano que circulam no corpo sob a regência do espírito, que tem o seu “ trono” no cérebro. A “Pequena Enciclopédia Bíblica”, editada por O. S. Boyer, impressa pela Imprensa Metodista do Estado de São Paulo, 3a edição, dá-nos boa noção a respeito do conhecimento esotérico e/ou teosófico dos sacerdotes hebreus dos tempos de Moisés, a respeito das atividades energéticas que vêm do Céu e atuam na Terra. E usavam a simbologia que demonstra essa ciência, a qual deixaram oculta para a mentalidade popular. Vejamos: “JASPE: Pedra preciosa, da natureza da ágata, com veios e manchas coloridas. A última em ordem das doze jóias que brilhavam no peitoral do sumo sacerdote e a primeira das doze formando os alicerces da Nova Jerusalém. Êxodo 28.20; Apocalipse 21. 19. Na lista de pedras preciosas do rei de T iro, Ezequiel 28.13. Brilhante e transparente, Apocalipse 4.3. Preciosíssima e afamada por seu fulgor, Apocalipse 21.ll”. Por conclusão do raciocínio, o Apóstolo está profetizando por este versículo 18 que a mente do homem estará mais moralizada em relação à Moral pura

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determinada por Deus. Por conseqüência, a Coletividade também estará no mesmo padrão. E ajudados pela melhoria do meio ambiente que terá sido higienizado pela ação da Hierarquia Celeste. E conclui o pensamento com: “e a cidade de ouro puro”, referindo-se ao valor da situação que cada pessoa, e por conseqüência com o resultado do comportamento coletivo, disciplinado e melhor ajustado ou justo, redundará em um viver e conviver bastante ditoso, bastante aproximado ao viver nos céus, aos quais me referi em páginas anteriores. Uma glória, não é? Vers. 19 e 20 Pelos versículos 19 e 20 ele está nos lembrando que o homem estará, também, melhor dotado de outros valores mentais e físicos. Valores estes proporcionados pelo simbolismo das gemas mencionadas, de cujas cores e brilho e contextura está o reflexo das energias vindas do Céu desde a Criação da Terra. A degradação delas no ambiente e no homem é natural por ação da densidade necessária. Sendo que a problemática que encontramos na proporção dos valores é por conseqüência do comportamento desajustado, ou injusto, indisciplinado dos seres humanos. Devo repetir o que já tenho mencionado atrás: a Terra é parte do Céu, o homem criado do pó e/ou sais da terra é partícula do Céu. Portanto, todas as energias puras do Céu terão estado sempre a circular no homem e ao seu redor. Da mesma forma que as energias do sol atravessam e/ou circulam pela Terra e na Terra. Por conseqüência, aqui vemos e sentimos a ação do Bem e do mal na conformidade do conceito maniqueísta. Aquele, porém, que raciocina e medita com o devido cuidado compreende que o mal existe na face da Terra em caráter provisório. Que o Bem e o mal, na realidade, estarão aqui sempre sujeitos aos embates da Lei da Transformação como bem ensinou

Lavoisier: “nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. O valor essencial está para o espírito humano que nasce do mortal e, ao nascer, torna-se eterno, conforme São Paulo assevera com sabedoria. Vers. 21 Pelo versículo 21 ele volta a lembrar das potencialidades de doze glândulas principais que estão no corpo do homem, regendo a circulação de todas as energias sob o comando inteligente da mente do espírito. Pérolas de valor extraordinário quando na atividade vital. Extirpadas do corpo por operação cirúrgica, ou por dissecação do cadáver para estudo, o valor delas fenece... Sendo que as sete primeiras glândulas são os principais centros de forças que na literatura teosófica são conhecidos por “sete chacras”. Em literatura médica, a primeira glândula que comanda todas as outras é nomeada por pineal ou epífise; a segunda por hipófise ou pituitária. Ambas no cérebro. A Madame Blavastky, em seu livro “Doutrina Secreta” menciona estas sete glândulas principais ( “chacras”) numeradas com seus índices de vibração energética e cores correspondentes destas energias, valores que confirmam os valores da Medicina e da Biologia. Portanto, estas doze glândulas são as “doze pérolas” e “doze portas” que promovem a circulação de energias fundamentais; “doze fundamentos” com suas doze cores mencionadas pelo Apóstolo. Estas doze cores fazem parte das 666 cores que é “o número de um homem”( Capítulo 13, versículo 18, da besta ( animal) que é a parte animal do homem) e, como expliquei nesse Capítulo 13, fazem parte das 999 cores que o clarividente enxerga no topo da cabeça de toda e qualquer pessoa, em forma de “coroa” ou “lótus de mil pétalas”. “Coroa” ou “lótus” que perfaz a visão de todas as energias que circulam disciplinadamente, em circuito fechado, pelo

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corpo humano. E, naturalmente, permanecem no espírito quando está fora da carne após a morte do corpo. Aliás, por estas figuras temos noção de toda a potencialidade energética do Ser humano, a qual é correspondente à potencialidades ambiental. E com: “e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente” ele está se referindo ao cérebro humano (ou mente), o qual é valioso e estará mais ajuizado, ou melhor ajustado, dentro das leis e regras da Moral. Então, as virtudes utilizadas no bom comportamento estarão visíveis na prática: “como vidro transparente”. Quanto ao que ele diz no versículo 22: “E nela não vi templo”, com isto ele não estará dizendo que naquela época já não haverá diversidade de Doutrinas Religiosas como hoje há. Ao menos nos primeiros séculos após o Juízo Final. Eu entendo que não haverá doutrinas (“ templos”), mescladas com personalidade pagã e/ou primitivista. Do tipo de paganismo lendário que tem pontilhado em todo o Mundo; e do tipo de espiritismo primitivista nos moldes do vodu, candomblé, quimbanda, umbanda, vindos da África; e alguns do gênero vindos da Ásia, Oriente Médio, e Europa. Encontrado, também, nas Américas, nas tribos anteriores ao Descobrimento. Tenho informação que já nos dias de hoje não se encontram templos das variadas doutrinas aqui da Terra, no 3o Céu. Que ali a Ciência e a Religião estão comungadas, principalmente pelo fato de as almas ali terem a certeza viva, por experiência indiscutível, da realidade da Lei da Reencarnação. Ali – plagiando o Apóstolo – “a lâmpada do Cordeiro” e a “glória de Deus” já alumiam as almas. Assim sendo, a comunhão com Deus é feita com orações nos jardins, lares, e Escolas. Sem necessidade de altares consagrados, liturgias, rituais pagãos, fetichismos primitivistas, e quejandos.

Vers. 23 a 27 Do versículo 23 ao 27 o Apóstolo reforça o fato de que a Humanidade daquela época terá conquistado um progresso material extraordinário e uma consciência religiosa respeitável, de modo que as pessoas terão a fé consciente, forte o suficiente para falar com Deus e ouvir a voz de Deus sem necessidade das muletas do paganismo, do misticismo, e do primitivismo, com seus rituais, tabus, superstições, liturgias, e que tais.

CAPÍTULO 22 Acredito que o leitor, que tenha acompanhado a minha interpretação com boa vontade e atenção, está bastante capacitado para compreender este Capítulo 22, no qual o Apóstolo utilizou redução clara para ser entendido em sentido literal. Não obstante aplicar algum simbolismo literário convencionado por teósofos e teólogos. Ante esta conjuntura, acho por bem apresentar alguns subsídios. Vers. 1 Versículo 1: “rio puro da água da vida” – todas as energias concebíveis, com as quais Deus cria e transforma seres e coisas no processo eterno do viver. “Procedem” da Mente de Deus (“ trono”) . Vers. 2 No versículo 2 ele está se referindo à Terra ( “no meio de sua praça”). “De uma e de outra banda do rio”, isto é: do mundo espiritual e do mundo humano. Nela ele via que “estava a árvore da vida”, “que produz “frutos”, “de mês em mês”, portanto, com idéia de tempos sucessivos pela eternidade. As “folhas da árvore” simboliza os seres e homens dignos capacitados para desenvolver a Humanidade digna ( “para a saúde das nações”).

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Vers. 5 Do versículo 5: “E ali não haverá mais noite” significa que naquela época os homens já terão uma consciência iluminada o bastante para suplantar a negatividade da ignorância e da maldade.

ADMOESTAÇÕES E PROMESSAS FINAIS –

CONCLUSÃO Este: “enviou o seu anjo” eu considero que Deus enviou Jesus ordenando que Ele fizesse estas revelações vazadas no Apocalipse. Vers. 9 No versículo 9, Jesus, mais uma vez, demonstra a Sua franca humildade e sincera obediência a Deus. Vers. 10 No versículo 10 Jesus ordena a João que torne toda a Revelação publicada. Portanto, ao alcance de todos os homens e almas. Porque toda profecia desses textos já estava em andamento: “porque próximo está o tempo”. João redigiu-as em literatura simbólica, o que à primeira vista parece-nos não ter obedecido à ordem para deixá-las claras. Deve ter t ido razões suficientes para isto. Acredito que na ocasião em que entregou os textos aos responsáveis das Sete Igrejas da Ásia, Ele tenha esclarecido verbalmente àqueles, os quais, por sua vez, teriam esclarecido os seus discípulos. E assim por diante, mas com o propósito de manter os textos do Apóstolo com a redação original para comprovação segura. Na realidade isto não sucedeu até nossos dias, quando ainda a interpretação continua nas asas da ficção e dando maior ênfase a terríveis e hediondos acontecimentos que estarão por vir , quando na realidade estes acontecimentos já têm vindo freqüentemente. Ao mesmo tempo a Humanidade está sendo levada a esperar o surgimento de homens satânicos que

manifestem a presença das bestas, do falso profeta, do anticristo, do Satanás, dos demônios, etc., os quais já têm surgido e têm passado pelo mundo, em profusão. Poucos têm tido consciência dos fatos e, mesmo estes poucos, não esclareceram aos demais. Talvez, e digo talvez, por não ter qualquer notícia, alguns discípulos daquelas Igrejas devem ter escrito a interpretação nos moldes desta que estou apresentando. E não há como explicar como e por que tal interpretação terá desaparecido. É muito estranho! Mistério! Suponho, também, que alguém ou alguns tenham escrito interpretação completa cujos livros quedaram no olvido por falta de interesse, principalmente de líderes religiosos e de intelectuais capacitados. E também do povo em geral. Estas deduções extraio do fato que experimentei durante estes dezessete anos após o lançamento do meu livro “Apocalipse Total”, no qual expus alguns esclarecimentos essenciais que permitem aos eruditos penetrarem no âmago destas profecias, e permitem aos leigos terem uma visão mais racional, acima das ficções oferecidas em livros, revistas, filmes, televisão e cinema. Nestes dezessete anos, por acaso, t ive a oportunidade de ver e ouvir um conferencista expondo um pouquinho e citando o meu livro. Ao cumprimentá-lo após a conferência, confessou que teve o prazer de estudar o livro em confrontação com o original e desenvolver a sua interpretação própria nos moldes em que apresentou parte naquela conferência. Depois daquele dia não o encontrei mais. Encontrei alguns intelectuais, por acaso, que me deixaram patente o seu desinteresse. E também uma porção de leigos que me lançaram aqueles elogios hipócritas: “Oh! Adorei o teu livro”, porém, com três

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perguntas, demonstravam logo que não passaram da leitura de vinte páginas temperadas por maior número de bocejos. Houve até um escritor bastante capacitado que fechou o assunto com esta sentença: “Meu caro, a tua obra é sui generis! Estás a cem anos na frente, de tal modo que não consegui alcançar o teu ideal”. Que resposta lhe poderia dar senão a seguinte: “Agradeço a sua gentileza e, se você tiver interesse, leia o conteúdo todo e queira estudar por confrontação com o original e tenho a certeza que você me alcançará nos cem anos – em poucos dias”. Encontramo-nos algumas vezes, conversamos, mas não se tocou mais no assunto. Vers. 12 Ao afirmar: “E eis que cedo venho” está dizendo que a qualquer momento em que alguém se liga a Ele por uma prece, e também se comporta com dignidade, Ele está vindo à pessoa ou alma. Ao mesmo tempo significa que está sempre presente antes do Juízo Final. Está falando no presente “venho”, não no futuro “virei”. Por estes termos, e por outros fatos, concluo pela experiência que; se há falta de interesse de gente capacitada para compreender o Apóstolo e retransmitir o propósito destas Profecias, seja por má intenção, seja por preguiça e negligência, há falta, também, de interesse por parte dos leigos. Por esta razão propus-me a escrever este livro, bastante mais ampliado do que o outro e em forma convidativa à leitura por recreação e, ao mesmo tempo, útil, principalmente ao espírito. Creio que os leitores terão gosto em ler, e até boa-vontade em estudar, como eu estudei ao confeccionar este livro, o qual tem a finalidade de servir de subsídio. Se você assim proceder terá por conseqüência: prosperidade nesta vida e sucesso imprevisível na outra vida que está

logo aqui e/ou ali no chamado “mundo das almas” ou “mundo espiritual” ou “céu”. Ao mesmo tempo estará obedecendo a ordem de Jesus : “Não seles as palavras da profecia deste livro porque próximo está o tempo”... E, assim, caro leitor, chegamos ao final desta interpretação. Fico na expectativa de que você extraia bom proveito por ela. De minha parte, sinto-me bastante gratificado por Jesus Cristo pelo fato de Ele ter-me enviado estas Revelações através do amorável Apóstolo João.

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TRANSCRIÇÃO DO APOCALIPSE DO APÓSTOLO SÃO JOÃO

NO TA: Transcrição fiel da Bíblia, para facilitar o estudo em confrontação. Se o amável leitor desejar o estudo mais facilitado pode tirar cópias deste original ou da Bíblia.

O TÍTULO E O ASSUNTO DO LIVRO Cap. 1 REVELAÇÃO de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo; 2 O qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto. 3 Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que estão escritas; porque o tempo está próximo.

Dedicação às sete igrejas da Ásia

4 João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz sejam convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete espíritos que estão diante do seu trono; 5 E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Aquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados, 6 E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. 7 Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.

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8 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o todo-poderoso.

Jesus aparece a João na ilha de Patmos. Ordena-lhe que escreva o que viu e o participe às sete igrejas da Ásia 9 Eu, João, que também sou vosso irmão, e companheiro na aflição, e no reino, e paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus, e pelo testemunho de Jesus Cristo. 10 Eu fui arrebatado em espírito no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta, 11 Que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a T iatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéia. 12 E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro: 13 E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até os pés de um vestido comprido, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro. 14 E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo; 15 E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas. 16 E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece. 17 E eu, quando o vi, caí aos seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último; 18 Eu que vivo e fui morto, mas eis - me aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.

19 Escreve as coisas que tens visto, e as que são, e as que depois destas hão de acontecer: 20 O mistério das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete castiçais de ouro. As sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete castiçais, que viste, são as sete igrejas. Cartas às sete igrejas da Ásia – Primeira

carta, à igreja de Éfeso Cap. 2 ESCREVE ao anjo da Igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro: 2 Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são, e tu os achastes mentirosos. ão te cansaste.

3 E sofreste, e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome, e não te cansaste. 4 Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade. 5 Lembra-te pois donde caíste, e

arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e t irarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres.

6 Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.

7 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no meio do paraíso de Deus.

Segunda carta, à igreja de Esmirna

8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna, escreve: Isto diz o primeiro e o último, que foi morto, e reviveu:

9 Eu sei as tuas obras, e tribulação, e pobreza ( mas tu és rico), e a blasfêmia dos

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que se dizem judeus, e não o são, mas são a sinagoga de Satanás.

10 Nada temas das coisas que hás de padecer. Eis que o diabo lançará alguns de vós na prisão, para que sejais tentados; e tereis uma tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

11 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas: O que vencer não receberá o dano da segunda morte.

Terceira carta, à igreja de Pérgamo 12 E ao anjo da igreja que está em Pérgamo escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios: 13 Eu sei as tuas obras, e onde habitas, que é onde está o trono de Satanás; e reténs o meu nome, e não negaste a minha fé, ainda nos dias de Antipas, minha fiel testemunha, o qual foi morto entre vós, onde Satanás habita. 14 Mas umas poucas coisas tenho contra ti: porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos sacrifícios da idolatria, e se prostituíssem.

15 Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.

16 Arrepende-te, pois, quando não em breve virei a t i, e contra eles batalharei com a espada da minha boca.

17 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao que vencer eu darei a comer do maná escondido, e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe.

Q uarta carta, à igreja de Tiatira

18 E ao anjo da igreja de T iatira escreve: isto diz o Filho de Deus, que tem seus olhos como chama de fogo, e os pés semelhantes ao latão reluzente: 19 Eu conheço as tuas obras, e a tua caridade, e o teu serviço, e a tua fé, e a tua

paciência, e que as tuas últimas obras são mais do que as primeiras.

20 Mas tenho contra ti que toleras Jezabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria.

21 E dei-lhe tempo para que se arrependesse de sua prostituição; e não se arrependeu.

22 Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. 23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda os rins e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras. 24 Mas eu vos digo a vós, e aos restantes que estão em Tiatira, a todos quantos não têm esta doutrina, e não conhecerem, como dizem, as profundezas de Satanás, que outra carga vos não porei.

25 Mas o que tendes retende-o até que eu venha.

26 E ao que vencer, e guardar até ao fim as minhas obras, eu lhe darei poder sobre as nações. 27 E com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai. 28 E dar-lhe-ei a estrela da manhã. 29 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às Igrejas.

Q uinta carta, à igreja de Sardo Cap. 3 E AO ANJO da igreja que está em Sardo escreve: Isto diz o que tem os sete Espíritos de Deus, e as sete estrelas: Eu sei as tuas obras, que tens nome de que vives, e estás morto. 2 Sê vigilante, e confirma os restantes, que estavam para morrer; porque não achei as tuas obras perfeitas diante de Deus. 3 Lembra-te pois do que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-

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te. E, se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei.

4 Mas também tens em Sardo algumas pessoas que não contaminaram seus vestidos, e comigo andarão de branco; portanto são dignas disso. 5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira alguma riscarei o seu nome diante de meu Pai e diante de seus anjos. 6 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Sexta carta, à igreja de Filadélfia 7 E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha e ninguém abre: 8 Eu sei as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome.

9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. 10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.

11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.

12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. 13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.

Sétima carta, à igreja de Laodicéia

14 E ao anjo da igreja que está em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus: 15 Eu sei as tuas obras, que nem és frio nem quente: oxalá foras frio ou quente! 16 Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca. 17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu; 18 Aconselho-te que de mim compres ouro aprovado no fogo, para que te enriqueças; e vestidos brancos, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas. 19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê pois zeloso, e arrepende-te.

20 Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele comigo. 21 Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no meu trono; assim como eu venci, e me assentei com meu Pai no seu trono. 22 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. A visão do trono da majestade divina; os vinte e quatro anciãos e os quatro animais Cap. 4 DEPOIS destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer. 2 E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no céu, e um assentado sobre o trono. 3 E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda.

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4 E ao redor do trono havia vinte e quatro tronos; e vi assentados sobre os tronos vinte e quatro anciãos vestidos de vestidos brancos; e tinham sobre suas cabeças coroas de ouro. 5 E do trono saíam relâmpagos, e trovões, e vozes; e diante do trono ardiam sete lâmpadas de fogo, as quais são os sete Espíritos de Deus. 6 E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal. E no meio do trono, e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos, por diante e por detrás. 7 E o primeiro animal era semelhante a um leão, e o segundo animal semelhante a um bezerro, e t inha o terceiro animal o rosto como de homem, e o quarto animal era semelhante a uma águia voando. 8 E os quatro animais tinham, cada um de per si, seis asas, e ao redor, e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, santo, santo é o Senhor Deus, o Todo-poderoso, que era, e que é, e que há de vir. 9 E, quando os animais davam glória, e honra, e ações de graças ao que estava assentado sobre o trono, ao que vive para todo o sempre, 10 Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado sobre o torno, e adoravam o que vive para todo o sempre; e lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: 11 Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder; porque tu criaste todasas coisas, e por tua vontade são e foram criadas.

O livro selado com sete selos

Somente o Cordeiro é digno de abri-lo

Cap. 5 E Vi na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. 2 E vi um anjo forte, bradando com grande voz: Quem é digno de abrir o livro e de desatar os seus selos?

3 E ninguém no céu, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar para ele.

4 E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.

5 E disse-me um dos anciãos: não chores: eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos. 6 E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e t inha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus, enviados a toda a terra.

7 E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.

8 E havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos mortos. 9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação; 10 E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra. 11 E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões, e milhares de milhares, 12 Que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. 13 E ouvi a toda a criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, a que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro, sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre. 14 E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos

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prostraram-se, e adoravam ao que vive para todo o sempre.

A abertura dos primeiros seis se los Cap. 6 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. 2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dado uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer. 3 E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal dizendo: Vem, e vê. 4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.

5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto; e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão. 6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho. 7 E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê. 8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra. 9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar das almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram. 10 E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra? 11 E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que

repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram. 12 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue.

13 E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte. 14 E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares. 15 E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; 16 E diziam aos montes e aos rochedos: Caís obre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; 17 Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir? O s israelitas fié is são salvos de perigos

iminentes Cap. 7 E DEPOIS destas coisas vi quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra, para que nenhum vento soprasse sobre a terra, nem sobre o mar, nem, contra árvore nenhuma. 2 E vi outro anjo subir da banda do sol nascente, e que tinha o selo de Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar, 3 Dizendo: não danifiques a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos de nosso Deus. 4 E ouvi o número dos assinalados, e eram cento e quarenta e quatro mil assinalados, de todas as tribos dos filhos de Israel.

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5, 6 Da tribo de Judá, havia doze mil assinalados; da tribo de Rubem, doze mil; da tribo de Gade, doze mil; da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Nafta II, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 Da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 Da tribo de Zabulom, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil.

Visão dos mártires na glória 9 Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono, e perante o Cordeiro, trajando vestidos brancos e com palmas nas suas mãos; 10 E clamavam com grande voz, dizendo: Salvação a nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro. 11 E todos os anjos estavam ao redor do trono, e dos anciãos, e dos quatro animais; e prostraram-se diante do trono sobre seus rostos, e adoraram a Deus, 12 Dizendo: Amém. Louvor, e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder, e força ao nosso Deus, para todo o sempre. Amém. 13 E um dos anciãos me falou, dizendo: Estes que estão vestidos de vestidos brancos, quem são, e donde vieram?

14 E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, e lavaram os seus vestidos e os branquearam no sangue do Cordeiro. 15 Por isso estão diante do trono de Deus, e o servem de dia e de noite no seu templo; e aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a sua sombra. 16 Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. 17 Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá

de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima. A abertura do sétimo selo. O s sete anjos

com as sete trombetas; as quatro primeiras.

Cap. 8 E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora. 2 E vi os sete anjos, que estavam diante de Deus, e foram-lhes dadas sete trombetas. 3 E veio outro anjo, e pôs-se junto ao altar, tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o por com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do trono.

4 E o fumo do incenso subiu com as orações dos santos desde a mão do anjo até diante de Deus. 5 E o anjo tomou o incensário, e o encheu do fogo do altar e o lançou sobre a terra; e houve depois vozes, e trovões, e relâmpagos e terremotos.

6 E os sete anjos, que tinham as sete trombetas, prepararam-se para tocá-las.

7 E o primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve saraiva, e fogo misturado com sangue, e lançados foram na terra, que foi queimada na sua terça parte; queimou-se a terça parte das árvores, e toda a erva verde foi queimada.

8 E o segundo anjo tocou a trombeta; e foi lançada no mar uma coisa como um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. 9 E morreu a terça parte das criaturas que tinham vida no mar; e perdeu-se a terça parte das naus. 10 E o terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes das águas. 11 E o nome da estrela era Absinto, e a terça parte das águas tornou-se em absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas.

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12 E o quarto anjo tocou a sua trombeta, e foi ferida a terça parte do sol, e a terça parte da lua, e a terça parte das estrelas; para que a terça parte deles se escurecesse, e a terça parte do dia não brilhasse, e semelhantemente a noite. 13 E olhei, e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! Ai! dos que habitam sobre a terra! Por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar.

A quinta trombeta Cap. 9 E O QUINTO anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo. 2 E abriu o poço do abismo, e subiu fumo do poço, como o fumo de uma grande fornalha, e com o fumo do poço escureceu-se o sol e o ar. 3 E do fumo vieram gafanhotos sobre a terra; e foi-lhes dado poder como o poder que têm os escorpiões da terra. 4 E foi-lhes dito que não fizessem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o sinal de Deus. 5 E foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem; e o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem. 6 E naqueles dias os homens buscarão a morte, e não a acharão; e desejarão morrer, e a morte fugirá deles. 7 E o parecer dos gafanhotos era semelhante ao de cavalos aparelhados para a guerra; e sobre as suas cabeças havia umas como coroas semelhantes ao ouro; e os seus rostos eram como rostos de homens.

8 E tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como de leões. 9 E tinham couraças como couraças de ferro; e o ruído das suas asas era como

oruído de carros, quando muitos cavalos correm ao combate. 10 E tinham caudas semelhantes às dos escorpiões, e aguilhões nas suas caudas; e o seu poder era para danificar os homens por cinco meses. 11 E tinham sobre si rei, o anjo do abismo; em hebraico era o seu nome Abadom, e em grego Apolion. 12 Passado é já um ai; eis que depois disso vêm ainda dois ais.

A sexta trombeta 13 E tocou o sexto anjo a sua trombeta e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus. 14 A qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos, que estão presos junto ao grande rio Eufrates. 15 E foram soltos os quatro anjos, que estavam preparados para a hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens. 16 E o número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões, e ouvi o número deles. 17 E assim vi os cavalos nesta visão; e os que sobre eles cavalgavam tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre; e as cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões; e de suas bocas saía fumo e enxofre. 18 Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pelo fumo, e pelo enxofre, que saía das suas bocas. 19 Porque o poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas. Porquanto as suas caudas são semelhantes a serpentes, e têm cabeças, e com elas danificam. 20 E os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras de suas mãos, para não adorarem os demônios, e os ídolos de ouro, e de prata, e de bronze, e de pedra, e de madeira, que nem podem ver, nem ouvir, nem andar.

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21 E não se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem das suas ladroíces. É comido por João um livrinho trazido do

céu Cap. 10 E VI outro anjo forte, que descia do céu, vestido de uma nuvem; e por cima da sua cabeça estava o arco celeste e o seu rosto era como o sol, e os seus pés como colunas de fogo; 2 E tinha na sua mão um livrinho aberto, e pôs o seu pé direito sobre o mar, e o esquerdo sobre a terra; 3 E clamou com grande voz, como quando brama o leão; e, havendo clamado, os sete trovões fizeram soar as suas vozes.

4 E, sendo ouvidas dos sete trovões as suas vozes, eu ia escrevê-las, e ouvi uma voz do céu, que me dizia: Sela o que os sete trovões falaram, e não o escrevas. 5 E o anjo que vi estar sobre o mar e sobre a terra levantou a sua mão ao céu, 6 E jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra, e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora; 7 Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo de Deus, como anunciou aos profetas seus servos. 8 E a voz que eu do céu tinha ouvido tornou a falar comigo, e disse: Vai, e toma o livrinho aberto, da mão do anjo que está em pé sobre o mar e sobre a terra. 9 E fui ao anjo, dizendo-lhe: Dá-me o livrinho. E ele disse-me: Toma-o, e come-o, e ele fará amargo o teu ventre, mas na tua boca será doce como mel. 10 E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o; e na minha boca era doce como mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo. 11 E ele disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis.

As duas testemunhas Cap. 11 E FOI-ME dada uma cana semelhante a uma vara; e chegou o anjo, e disse: Levanta-te, e mede o templo de Deus, e o altar, e os que nele adoram. 2 E deixa o átrio que está fora do templo, e não o meças; porque foi dado às nações, e pisarão a cidade santa por quarenta e dois meses. 3 E darei poder às minhas duas testemunhas, e profetizarão por mil duzentos e sessenta dias, vestidas de saco. 4 Estas são as duas oliveiras e os dois castiçais que estão diante do Deus da terra. 5 E, se alguém lhes quiser fazer mal, fogo sairá da sua boca, e devorará os seus inimigos; e, se alguém lhes quiser fazer mal, importa que assim seja morto. 6 Estes têm poder para fechar o céu, para que não chova, nos dias da sua profecia; e têm poder sobre as águas para convertê-las em sangue, e para ferir a terra com toda a sorte de pragas, todas quantas vezes quiserem. 7 E, quando acabarem o seu testemunho, a besta que sobe do abismo lhes fará guerra, e os vencerá, e os matará. 8 E jazerão os seus corpos mortos na praça da grande cidade que espiritualmente se chama Sodoma e Egito, onde o seu Senhor também foi crucificado.

9 E homens de vários povos, e tribos, e línguas, e nações verão seus corpos mortos por três dias e meio, e não permitirão que os seus corpos mortos sejam postos em sepulcros. 10 E os que habitam na terra se regosijarão sobre eles, e se alegrarão, e mandarão presentes uns aos outros; porquanto estes dois profetas tinham atormentado os que habitam sobre a terra. 11 E depois daqueles três dias e meio o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre seus pés, e caiu grande temor sobre os que viram.

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12 E ouviram uma grande voz do céu, que lhes dizia: Subi cá. E subiram ao céu em uma nuvem; e os seus inimigos os viram. 13 E naquela mesma hora houve um grande terremoto, e caiu a décima parte da cidade, e no terremoto foram mortos sete mil homens; e os demais ficaram muito atemorizados, e deram glória ao Deus do céu. 14 É passado o segundo ai: eis que o terceiro ai cedo virá.

A sétima trombeta

15 E tocou o sétimo anjo a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. 16 E os vinte e quatro anciãos, que estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos e adoraram a Deus. 17 Dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo-poderoso, que és, e que eras, e que hás de vir, que tomaste o teu grande poder, e reinaste. 18 E iraram-se as nações, e veio a tua ira, e o tempo dos mortos, para que sejam julgados, e o tempo de dares o galardão aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome, a pequenos e grandes, e o tempo de destruíres os que destróem a terra.. 19 E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos e grande saraiva.

A mulher e o dragão Cap. 12 E VIU-SE um grande sinal no céu; uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. 2 E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz.

3 E viu-se outro sinal no céu; e eis que era um grande dragão vermelho, que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre as suas cabeças sete diademas. 4 E a sua cauda levou após si a terça parte das estrelas no céu, e lançou-as sobre a terra; e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho. 5 E deu à luz um filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu filho foi arrebatado para Deus e para o seu trono. 6 E a mulher fugiu para o deserto, onde já t inha lugar preparado por Deus, para que ali fosse alimentada durante mil e duzentos e sessenta dias. 7 E houve batalha no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhava o dragão e o seus anjos; 8 Mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. 9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele. 10 E ouvi uma grande voz no céu, que dizia: Agora chegada está a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é é derribado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite. 11 E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até a morte.

12 Pelo que alegrai-vos, ó céus, e vós que nele habitais. Ai dos que habitam na terra e no mar; porque o Diabo desceu a vós, e tem grande ira, sabendo já que tem pouco tempo. 13 E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera luz ao varão. 14 E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por

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um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. 15 E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar. 16 E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca. 17 E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardamos mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.

A besta que subiu do mar

Cap. 13 E EU pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres, e sobre os seus chifres dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfêmia.

2 E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso, e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder, e o seu trono, e grande poderio. 3 E vi uma de suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra se maravilhou após a besta. 4 E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela? 5 E foi-lhe dada uma boca para proferir grandes coisas e blasfêmias; e deu-se-lhe poder para continuar por quarenta e dois meses. 6 E abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar do seu nome, e do seu tabernáculo, e dos que habitam no céu. 7 E foi-lhe permitido fazer guerra aos santos, e vencê-los; e deu-se-lhe poder sobre toda a tribo, e língua, e nação. 8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estarão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.

9 Se alguém tem ouvidos, ouça.

10 Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto. Aqui está a paciência e a fé dos santos.

A besta que subiu da terra 11 E vi subir da terra outra besta, e t inha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. 12 E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que a habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada. 13 E faz grandes sinais, de maneira que até fogo faz descer do céu à terra, à vista dos homens.

14 E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.

15 E foi-lhe concedido que desse espírito à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse, e fizesse que fossem mortos todos os que não adorassem a imagem da besta.

16 E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas;

17 Para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome.

18 Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. O Cordeiro e os seus remidos no Monte

de Sião

Cap. 14 E OLHEI, e eis que estava o Cordeiro sobre o monte de Sião, e com ele cento e quarenta e quatro mil, que em suas testas tinham escrito o nome dele e o de seu Pai.

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2 E ouvi uma voz do céu, como a voz de muitas águas, e como a voz de um grande trovão; e ouvi uma voz de harpistas, que tocavam com as suas harpas. 3 E cantavam um como cântico novo diante do trono, e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia prender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra. 4 Estes são os que não estão contaminados com mulheres; porque são virgens. Estes são os que seguem o Cordeiro para onde quer que vá. Estes são os que dentre os homens foram comprados como primícias para Deus e para o Cordeiro. 5 E na sua boca não se achou engano; porque são irrepreensíveis diante do trono de Deus. Três anjos proclamam os juízos de Deus 6 E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda a nação, e tribo, e língua, e povo. 7 Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas. 8 E outro anjo segui dizendo: Caiu, caiu Babilônia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição. 9 E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, 10 Também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro. 11 E o fumo do seu tormento sobe para todo o sempre; e não têm repouso nem de dia nem de noite os que adoram a besta e a sua imagem, e aquele que receber o sinal do seu nome.

12 Aqui está a paciência dos santos; aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus e a fé de Jesus. 13 E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as obras os sigam.

A ceifa e a vindima 14 E olhei, e eis uma nuvem branca, e assentado sobre a nuvem um semelhante ao Filho do homem, que tinha sobre a sua cabeça uma coroa de ouro e na sua mão uma foice aguda. 15 E o outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega; é já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura. 16 E aquele que estava assentado sobre a nuvem meteu a sua foice à terra e a terra foi segada. 17 E saiu do templo, que está no céu, outro anjo, o qual também tinha uma foice aguda. 18 E saiu do altar outro anjo, que tinha poder sobre o fogo, e clamou com grande voz ao que tinha a foice aguda, dizendo: Lança a tua foice aguda, e vindima os cachos da vinha da terra, porque já as suas uvas estão maduras. 19 E o anjo meteu sua foice à terra e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da ira de Deus. 20 E o lagar foi pisado fora da cidade, e saiu sangue do lagar até aos freios dos cavalos, pelo espaço de mil e seiscentos estádios. O s sete anjos com as sete taças cheias das

últimas pragas Cap. 15 E VI outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; por que nelas é consumada a ira de Deus.

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2 E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número de seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus. 3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos. 4 Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos. 5 E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu. 6 E os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro pelos peitos. 7 E um dos quatro animais deu aos sete anjos salvas de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. 8 E o templo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos. Cap. 16 E OUVI, vinda do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide, e derramai sobre a terra as sete salvas da ira de Deus. 2 E foi o primeiro, e derramou a sua salva sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem. 3 E o segundo anjo derramou a sua salva no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu no mar toda a alma vivente. 4 E o terceiro anjo derramou a sua taça nos rios e nas fontes das águas, e se tornaram em sangue. 5 E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas.

6 Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. 7 E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos. 8 E quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe permitido que abrasasse os homens com fogo. 9 E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória. 10 E o quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso; e eles mordiam as suas línguas de dor. 11 E por causa das suas dores, e por causa das suas chagas, blasfemaram do Deus do céu; e não se arrependeram das suas obras. 12 E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se, para que se preparasse o caminho dos reis do oriente. 13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi sair três espíritos imundos, semelhantes a rãs. 14 Porque são espíritos de demônios, que fazem prodígios; os quais vão ao encontro dos reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha, naquele grande dia do Deus Todo-poderoso. 15 Eis que venho como ladrão, Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda os seus vestidos, para que não ande nu, e não se vejam as suas vergonhas. 16 E os congregaram no lugar que em hebraico se chama Armagedom. 17 E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito.

18 E ouve vozes, e trovões, e relâmpagos, e um grande terremoto, como nunca tinha havido desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto.

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19 E a grande cidade fendeu-se em três partes, e as cidades das nações caíram; e da grande babilônia se lembrou Deus, para lhe dar cálice do vinho da indignação da sua ira.

20 E toda a ilha fugiu; e os montes não se acharam.

21 E sobre os homens caiu do céu uma grande saraiva, pedras do peso de um talento; e os homens blasfemaram de Deus por causa da praga da saraiva: porque a sua praga era mui grande. A queda de Babilônia – A visão da grande

prostituta assentada sobre a besta Cap. 17 E VEIO um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas; 2 Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição. 3 E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor escarlate, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres. 4 E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlate, e adornada com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e t inha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundície da sua prostituição; 5 E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra, 6 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do sangue das testemunha de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração. 7 E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres. 8 A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os

que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão, vendo a besta que era e já não é, mas que virá. 9 Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada. 10 E são também sete reis; cinco já caíram, e um existe; outro ainda não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo. 11 E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição. 12 E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino, mas receberão poder como reis por uma hora, juntamente com a besta. 13 Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta. 14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, e eleitos, e fiéis. 15 E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas. 16 E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo. 17 Porque Deus tem posto em seus corações que cumpram o seu intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus. 18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra. A queda de Babilônia – Lamentações

sobre a terra Cap. 18 E DEPOIS destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória. 2 E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de

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todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. 3 Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias. 4 E ouvi outra voz do céu, que dizia: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas. 5 Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela. 6 Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro. 7 Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto, porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto. 8 Portanto, num dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga. 9 E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem o fumo do seu incêndio; 10 Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu juízo. 11 E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque ninguém mais compra as suas mercadorias: 12 Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de seda, e de escarlate; e toda a madeira odorífera, e todo o vaso de marfim, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore; 13 E cinamomo, e amomo, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e azeite, e flor de farinha, e trigo, e cavalgaduras, e ovelhas; e mercadorias de

cavalos, e de carros, e de corpos e de almas de homens. 14 E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás. 15 Os mercadores destas coisas, que com ela se enriqueceram, estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando, e lamentando. 16 E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlate; e adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! Porque numa hora foram assoladas tantas riquezas. 17 E todo o piloto, e todo o que navega em naus, e todo o marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe; 18 E, vendo o fumo do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade? 19 E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada. 20 Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós, santos apóstolos e profetas; porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela. 21 E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será jamais achada. 22 E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de frauteiros, e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e ruído de mó em ti se não ouvirá mais; 23 E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.

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24 E nelas se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra. A queda de Babilônia. Alegria e triunfo

nos céus Cap. 19 E, DEPOIS destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia: Salvação, e glória e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus; 2 Porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. 3 E outra vez disseram: Aleluia. E o fumo dela sobe para todo o sempre. 4 E os vinte e quatro anciãos, e os quatro animais, prostraram-se e adoraram a Deus, assentado no trono, dizendo: Amém, Aleluia. 5 E saiu uma voz do trono, que dizia: Louvai o nosso Deus, vós, todos os seus servos, e vós que o temeis, assim pequenos como grandes. 6 E ouvi como que a vós de uma grande multidão, e como que a vós de muitas águas, e como que a vós de grandes trovões, que dizia: Aleluia: pois já o Senhor Deus Todo-poderoso reina. 7 Regozijemo-los, e alegremo-los, e demos-lhe glória; porque vindas são as bodas do Cordeiro; e já a sua esposa se aprontou. 8 E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandescente; porque o linho fino são as justiças dos santos. 9 E disse-me: Escreve: Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro. E disse-me: Estas são as verdadeiras palavras de Deus. 10 E eu lancei-me a seus pés para o adorar; mas ele disse-me: Olha, não faças tal; sou teu conservo, e de teus irmãos, que têm o testemunho de Jesus; adora a Deus; porque o testemunho de Jesus é o espírito da profecia.

Vitórias de Cristo sobre a besta e sobre o

falso profeta 11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. 12 E os seus olhos eram como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. 13 E estava vestido de uma veste salpicada de sangue; e o nome pelo qual se chama é a Palavra de Deus. 14 E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. 15 E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-poderoso. 16 E no vestido e na sua coxa tem escrito este nome: Reis dos reis, e Senhor dos senhores. 17 E vi um anjo, que estava no sol, e clamou com grande voz dizendo a todas as aves que voavam pelo meio do céu: Vinde, e ajuntai-vos à ceia do grande Deus; 18 Para que comais a carne dos reis, e a carne dos tribunos, e a carne dos fortes, e a carne dos cavalos e dos que sobre eles se assentam; e a carne de todos os homens livres e servos, pequenos e grandes. 19 E vi a besta, e os reis da terra, e os seus exércitos reunidos, para fazerem guerra àquele que estava assentado sobre o cavalo, e ao seu exército. 20 E a besta foi presa, e com ela o falso profeta, e diante dela fizera os sinais, com que enganou os que receberam o sinal da besta, e adoraram a sua imagem. Estes dois foram, lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre. 21 E os demais foram mortos com a espada que saía da boca do que estava assentado sobre o cavalo, e todas as aves se fartaram das suas carnes.

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Satanás é amarrado por mil anos – O s

fié is reinam com Cristo Cap. 20 E VI descer do céu um anjo que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. 2 Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. 3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo. 4 E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas e nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. 5 Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição. 6 Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a Segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos. Satanás é solto, e depois vencido para

sempre 7 E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão, 8 E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra. Gogue e magogue, cujo número é como a areia do mar, para as ajuntar em batalha. 9 E subiram sobre a largura da terra, e cercaram o arraial dos santos e a cidade amada; mas desceu fogo do céu, e os devorou. 10 E o Diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde estão a besta e o falso profeta; e de dia e de

noite serão atormentados para todo o sempre.

O juízo final 11 E vi um grande trono branco, e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu; e não se achou lugar para eles. 12 E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida; e os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. 13 E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.

14 E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo; esta é a segunda morte.

15 E aquele que não foi achado no livro da vida foi lançado no lago de fogo.

O s novos céus e a nova terra

Cap. 21 E VI um novo céu, e uma nova terra. Porque já o primeiro e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2 E eu, João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido. 3 E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus. 4 E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas. 5 E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e fiéis.

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6 E disse-me mais: Está cumprido: Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida. 7 Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho. 8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.

A nova Jerusalém 9 E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro. 10 E levou-me em espírito a um grande e alto monte, e mostrou-me a grande cidade, a santa Jerusalém, que de Deus descia do céu. 11 E tinha a glória de Deus; e a sua luz era semelhante a uma pedra preciosíssima, como a pedra de jaspe, como o cristal resplandescente. 12 E tinha um grande e alto muro com doze portas, e nas portas doze anjos, e nomes escritos sobre elas, que são os nomes das doze tribos de Israel. 13 Da banda do levante tinha três portas, da banda do norte três portas, da banda do sul três portas, da banda do poente três portas. 14 E o muro da cidade tinha doze fundamentos, e neles os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 15 E aquele que falava comigo tinha uma cana de ouro, para medir a cidade, e as suas portas, e o seu muro. 16 E a cidade estava situada em quadrado; e o seu comprimento era tanto como a sua largura. E mediu a cidade com a cana até doze mil estádios; e o seu comprimento, largura e altura eram iguais.

17 E mediu o seu muro, de cento e quarenta e quatro côvados, conforme a medida de homem, que é a de um anjo. 18 E a fábrica do seu muro era de jaspe, e a cidade de ouro puro, semelhante a vidro puro. 19 E os fundamentos do muro da cidade estavam adornados de toda a pedra preciosa. O primeiro fundamento era jaspe; o segundo, safira; o terceiro, calcedônia; o quarto, esmeralda.

20 O quinto, sardônica; o sexto, sárdio; o sétimo, crisólito; o oitavo, berilo; o nono, topázio; o décimo, crisopraso; o undécimo, jacinto; o duodécimo, ametista.

21 E as doze portas eram doze pérolas: cada uma das partes era uma pérola; e a praça da cidade de ouro puro, como vidro transparente.

22 E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Todo-poderoso, e o Cordeiro.

23 E a cidade não necessita de sol nem de luz, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem alumiado, e o Cordeiro é a sua lâmpada.

24 E as nações andarão à sua luz; e os reis da terra trarão para ela a sua glória e honra.

25 E as suas portas não se fecharão de dia, porque ali não haverá noite.

26 E a ela trarão a glória e honra das nações.

27 E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro.

Cap. 22 E MOSTROU-ME o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro. 2 No meio da sua praça, e de uma e da outra banda do rio, estava a árvore da vida. Que produz doze frutos, dando seu fruto de mês em mês; e as folhas da árvore são para a saúde das nações.

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3 E ali nunca mais haverá maldição contra alguém ; e nela estará o trono de Deus e do Cordeiro, e os seus servos o servirão. 4 E verão o seu rosto, e nas suas testas estará o seu nome. 5 E ali não haverá mais noite, e não necessitarão de lâmpada nem de luz do sol, porque o Senhor Deus os alumia; e reinarão para todo o sempre.

Admoestações e promessas finais – Conclusão

6 E disse-me: Estas palavras são fiéis e verdadeiras; e o Senhor, o Deus dos santos profetas, enviou o seu anjo, para mostrar aos seus servos as coisas que em breve hão de acontecer. 7 Eis que presto venho: Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro. 8 E eu, João, sou aquele que vi e ouvi estas coisas. E, havendo-as ouvido e visto, prostrei-me aos pés do anjo que mas mostrava para o adorar. 9 E disse-me: Olha, não faças tal; porque eu sou conservo teu e de teus irmãos, os profetas, e dos que guardam as palavras deste livro. Adora a Deus. 10 E disse-me: Não seles as palavras da profecia deste livro; porque próximo está o tempo. 11 Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda. 12 E, eis que cedo venho, e o meu galardão está comigo, para dar a cada um segundo a sua obra. 13 Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o primeiro e o derradeiro. 14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas. 15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os

homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira. 16 Eu, Jesus, enviei o meu anjo, para vos testificar estas coisas nas igrejas: eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã. 17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida. 18 Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhe acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ela as pragas que estão escritas neste livro; 19 E, se alguém tirar quaisquer palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, e da cidade santa, que estão escritas neste livro. 20 Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho, Amém. Ora vem, Senhor Jesus.

21 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós. Amém.

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INTRO DUÇÃO AO LIVRO DO PRO FETA EZEQ UIEL

O livro do profeta Ezequiel contém

um jogo de alegorias surpreendentes que leva o leitor não familiarizado com as Ciências religiosas, sociais, físicas, filosóficas e outras a uma confusão desmedida. À primeira vista, isto é, ao ser lido ao pé da letra (leitura exotérica), ou mesmo estudado ao pé da letra, o embaraço prevalece.

É necessário aliar os sentidos exotéricos aos sentidos esotéricos.

Não estou falando do esotérico misticista. Falo do esotérico literário, isto é, do sentido subliminar ou subconsciente, ou subentendido, comumente designado como ciência oculta.

Tal designação é medíocre e algumas vezes cheira a má-fé.

Em todos os tempos tem havido grandes Mestres denominados esoteristas, teosofistas, hermetistas, teologistas, etc. e, também, grandes iniciados ou discípulos deles.

Pessoas altamente dedicadas, de corpo e alma, a conhecer as ciências religiosas aliadas às ciências acadêmicas.

Os Profetas e ou Apóstolos são expoentes dessa classe. Desde Abraão até São João Evangelista.

E seus discípulos não deixam de ter tal grandeza como é o caso de São Marcos, São Lucas e São Paulo.

São Paulo, embora não tenha privado com Jesus, possuía tal grandeza que acabou sendo considerado um Apóstolo à altura dos demais.

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Por ser Cristão convicto estou citando os Profetas, Apóstolos e discípulos registrados na Bíblia.

Devo lembrar, porém, que sempre houve grandes Mestres provindos de outras Religiões da Ásia, Europa, Oriente Médio, os quais também têm orientado os seus rebanhos dentro das Leis e ditames de Deus, o Deus Único para todas as raças que povoam a Terra.

Se há divergências de crenças, isto só é motivado por situação geográfica, linguagem e costumes, visto que as ações e as reações do espírito e do corpo são as mesmas em todos os quadrantes da Terra.

E tais ações e reações estão classificadas em qualquer dicionário completo.

Assim sendo, devemos lembrar que apenas em um dicionário vamos encontrar a síntese de todas as virtudes, vícios e defeitos que são ensinados e explicados em maior amplitude pelas Escolas Religiosas (Religiões) e pelas Escolas Científicas.

Dentro desse contexto posso dizer ao leitor que o livro de Ezequiel e os livros de todos os profetas e Apóstolos e discípulos que estão na Bíblia podem ser compreendidos por qualquer pessoa de nível escolar mediano. Pelos de nível mais elevado, evidentemente, é mais fácil.

Dentro deste parâmetro é que me esforcei por apresentar a interpretação que vem a seguir. E devo confessar que não possuo o nível universitário.

Consigo, porém, compreender os textos bíblicos por força da experiência, boa vontade, e dedicação.

Por isto afirmo: mesmo as pessoas de nível escolar médio pode compreender os livros bíblicos – desde que se proponha a estudá-los com boa vontade, plena atenção, e dedicação.

Tenho desejado elaborar uma interpretação completa desse livro, porém resolvi parar no 4o capítulo e colocar o 18o capítulo, o qual resume a essência dos 48 capítulos.

Este Capítulo 18 é o da “responsabilidade pessoal”.

Por ele, Ezequiel situa os Deveres e os Direitos do espírito e do homem. E mostra nas entrelinhas que Deus, Pai Criador, respeita plenamente o livre-arbítrio que concedeu ao espírito e ao homem. Portanto, com a plenitude da SUA JUSTIÇA.

Então, meu caro leitor, de posse da interpretação dos quatro primeiros capítulos e do Capítulo 18 estou certo que você poderá interpretar os restantes.

Não tenha pressa e você viajará alegremente por “um mar nunca dantes navegado”, como diria Camões e sentirá uma grande transformação em sua vida...

O melhor modo, seja de leitura, seja de estudo, para maior aproveitamento, sobrevem dos passos seguintes:

1o – Ler o capítulo original da Bíblia.

2o – Ler a interpretação desse capítulo.

3o – Estudar em confrontação cada versículo.

4o – Tomando minha interpretação por subsídio praticar sua própria interpretação no papel.

Se os três primeiros passos propiciaram recreação e aproveitamento, o quarto passo dará a você prazer maior e o conseqüente melhor proveito. E o habilitará a compreender os capítulos seguintes com maior facilidade.

As mesmas sensações você terá com o Apocalipse e outros livros da Bíblia.

Vamos agora à interpretação.

CAPÍTULO 1 INTERPRETAÇÃO

NO TA É necessário, é essencial para poder compreender, que o leitor leia em confrontação a cada versículo do original da Bíblia. Vers. 1 Esse: “ ... se abriram os céus, e eu vi visões de Deus” significa que ele, estando

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em meditação teve a abertura da terceira visão, ou seja, seu espírito ficou liberado das limitações do cérebro e entrou na capacidade de ver e ouvir lugares e Seres do universo espiritual (em outra dimensão). Para um pálido exemplo: é o mesmo que ocorre com o poder de nossos olhos quando vemos os astros em noite de céu estrelado. Astros que estão a milhares de anos-luz, vemo-los em fração de segundo. Vers. 4 Neste versículo 4 Ezequiel relata que via um grande ser angelical aparecendo a grande distância vindo ao seu encontro. Via a aura ou campo de forças inteligentes como uma grande nuvem tocada velozmente por vento tempestuoso.

A luminosidade do anjo parecia-lhe como fogo a revolver-se, com grande resplendor ao redor.

No meio desse fogo e resplendor, à distância, ele enxergava uma coisa parecida com metal brilhante, cor de âmbar.

Sem dúvida, esta coisa era o Corpo ou forma do Espírito (anjo); a qual forma ele narra no versículo 5, quando o Ser parou próximo a ele. Vers. 5 Então, diz que do meio dessa nuvem saiam como que quatro animais e tinham a aparência semelhante à de um homem . Do versículo 6 em diante ele faz uma descrição complicadíssima para nós, com imagens de literatura hermética (alegórica). Essas alegorias, porém, vão se tornando mais claras do Capítulo 8 em diante, cujos capítulos são profecias de acontecimentos que irão se sucedendo pelas gerações a fora até o Juízo Final. Juízo Final que, segundo afirma Nostradamus na Carta ao filho César, deverá encerrar-se no ano 3797 d.C. Desejo apresentar uma interpretação dos versículos a partir do versículo 6, de acordo com os meus conhecimentos das alegorias. Entendo que tal interpretação, porém, será um subsídio para quem possui

melhores conhecimentos, os quais poderão realizar um trabalho de melhor amplitude. Vers. 6 “Cada um tinha quatro rostos, como também quatro asas.”

Com estes quatro rostos e as quatro asas ele mostra que tinha conhecimento das capacidades físicas e mentais daqueles anjos.

Capacidades que estão latentes em toda e qualquer pessoa, segundo ensinam os Mestres teósofos desde a Antigüidade.

Isto é, as capacidades físicas e mentais latentes, que vão sendo desenvolvidas na conformidade da evolução da inteligência, e do sentimento, e da prática de cada espírito e de cada pessoa; ao mesmo tempo em que evolui o Espírito da Coletividade Humana, na Moral, nas Ciências, e na Tecnologia.

Portanto, estes quatro rostos figuram o espírito, a alma, o corpo e o cérebro humano.

As quatro asas figuram as capacidades criativas do cérebro e da mente, capacidades estas mais humanas do que espirituais, embora também espirituais.

Os teósofos reencarnacionistas informam que estas quatro capacidades mentais são de natureza terrena, as quais incidem na natureza espiritual, na conformidade do grau evolutivo de cada ser humano.

Para eu conseguir oferecer entendimento disto a quem não está familiarizado com o assunto, necessito transcrever o que ensinam tais teósofos.

Informam eles que existem sete círculos principais de energias que compõem nosso Planeta. Em cujo âmbito a vida está em atividade em circunstâncias adequadas aos campos energéticos de cada círculo.

Denominam por sete céus. Outrossim, cada círculo está

subdividido por número empírico de círculos energéticos que se vão sutilizando à medida que vão tendo uma natureza mais pura e/ou mais aperfeiçoada, segundo nossa

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compreensão a respeito do que existe de material e espiritual.

Então, para melhor entendimento do assunto, classificam esses círculos, ou mundos, ou céus, na forma a seguir:

1o Céu Mundo

denso Onde vivem os espíritos humanos encarnados, e almas desencarnadas pouco evoluídas na inteligência e na moral. Este círculo tem sua periferia na ionosfera.

2o Céu Mundo astral

Onde habitam almas um pouco mais evoluídas.

3o Céu Mundo dos desejos

Onde vivem almas um pouco mais evoluídas do que do 2o Céu.

4o Céu Mundo do pensamento

concreto

Onde vivem almas mais evoluídas do que as do 3o Céu

Entretanto, os seres que habitam neste Céu (4o ) possuem ainda um padrão vibratório e/ou peso específico do corpo anímico (alma) que não permite habitar no 5o Céu. Estes seres (almas) se tentarem penetrar no 5o Céu serão rechaçados por uma força de padrão vibratório de maior velocidade, a qual atuará sobre eles como se fosse um vento muito forte, ou com calor muito forte, ou luz excessiva. Tudo insuportável para a alma. Ou, para facilitar o entendimento, sofrerão uma retração correspondente a dois imãs retangulares colocados frente a frente com os pólos positivos ou negativos, cujas forças emitidas produzem o afastamento das duas peças. E assim ocorre entre cada círculo inferior para o superior. Do primeiro ao sétimo céu...

5o Céu Mundo do pensamento

abstrato

Mundo onde a ama alcançou a maior sutileza e menor peso específico do que no anterior.

6o Céu Mundo do espírito virginal

Mundo onde a natureza é mais pura do que a anterior e, por conseqüência mais poderosa. Abriga almas puras. Nele o espírito humano nasce e desce à carne. Simples, inocente. Após centenas de reencarnações voltará a ele com a alma aperfeiçoada, com pureza virginal. Mas ainda não divinizada ou angelical

7o Céu Mundo do Mundo da perfeição máxima, onde habitam os espírito que

espírito divino

conquistaram a perfecarne até a denomina

Postado até onde chega meu aprendizado considero que é o céu onde nós, as criaturas de Deus, teremos a graça de ver a face do Pai, segundo as promessas de Jesus Cristo. Suponho que São João Evangelista e o Profeta Daniel, conforme relatam pelo Apocalipse e Daniel no Capítulo 7 de seu livro, estiveram de alma presente neste círculo, o qual é o último círculo pertencente à Terra. Pois bem. Até onde chega o meu conhecimento, ainda precário, estes sete céus consubstanciam-se em um único Céu, visto que as energias inteligentes que os compõem atuam em esferas concêntricas com a esfera terrestre, a qual é vista e sentida pelos nossos sentidos da carne.

A esta esfera denominamos mundo material, ou mundo denso, ou mundo concreto.

As outras esferas denominamos mundos abstratos pelo fato de serem invisíveis e insensíveis para os nossos cinco sentidos. Na realidade, porém, são mais concretos do que o mundo denso.

Outrossim, da mesma forma e modo que estas esferas se interpenetram e vão evidenciando círculos mais e mais sutis, de céu a céu, o mesmo ocorre com o espírito encarnado e com o espírito desencarnado. Visto que o espírito é miniatura do Mundo que chamamos Terra.

Então, do mesmo modo que as energias inteligentes atuam no Mundo, atuam no espírito e, por conseqüência, no homem.

O princípio da Vida e de toda Criação que existe no Infinito é uma energia inteligente denominada cientificamente Energia Pura Universal ou Fluído Puro Universal.

Para alcançar entendimento podemos conceituar, por convenção, que ela é a deusa das energias ou mãe das energias. É a VIRGEM mencionada pelas doutrinas espiritualistas.

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Todas as demais, mesmo quando atingem a maior pureza, são filhas desta por degradação (em termos acadêmicos).

Todo campo energético oferece cores e matizes que determinam o padrão vibratório de suas forças e aglomerados atômicos. Tanto em circuito quanto em faixas, ou em linhas, ou em canais.

Então, afirmam os teósofos e os cientistas que um campo atômico vermelho possui um padrão vibratório e/ou pulsante de mais ou menos quatro milhões de vibrações por segundo. E num campo atômico azul mais; e o de cor ametista ainda mais; e o branco transparente luminoso, como a cor do diamante, tem um padrão vibratório maior do que todos.

Por esta exposição podemos chegar a compreender a alegoria colocada por Ezequiel a partir do versículo 6.

Em sua presença havia quatro animais. O que corresponde ao que entendemos por quatro almas, e/ou anjos.

Possuo o conhecimento teosófico, e por conseqüência científica de que a alma (o ânimo, ou o animal do homem) é o corpo físico do espírito.

O espírito é constituído por energias mais sutis, mais poderosas. É um campo energético com um padrão vibracional mais veloz em giro e pulsação.

Pietro Ubaldi em seu livro “A Grande Síntese” explica bem este fato.

Nesta conjuntura o corpo humano é composto de energias densas; concreto aos nossos sentidos. Proporcionado por energias atômicas e outras.

A alma é um corpo menos denso composto pelas substâncias da atmosfera do mesmo modo que o corpo é composto pelas substâncias assimiladas dos componentes da terra e dos componentes da nossa atmosfera.

O espírito é um campo energético inteligente, cujas energias são mais sutis do que as da alma e está radicado à alma da mesma forma que a alma fica radicada ao homem na existência provisória do corpo.

A alma, porém, é corpo perene do espírito e lhe dá a forma necessária exigida pelo ambiente em que ele estará vivendo.

Outrossim, o espírito no seu íntimo possui índice de inteligência superior, ou menos limitado, do que a alma. Assim como a alma possui um índice de inteligência e/ou experiência superior ao índice do cérebro, em virtude de ela ser veste imortal do espírito.

Ela sofre transformações físicas e mentais através do tempo evolutivo em que vai sendo aperfeiçoada.

Quando ela atingir a perfeição do intelecto e do sentimento deixará de existir a dualidade inteligente, visto que seu corpo estará proporcionado pelas mesmas energias do espírito. Então ambos serão um ser com uma mente só.

Então, o ser torna-se no que é denominado anjo, querubim, serafim e outras nomeações. E estará capacitado a habitar o sexto céu ou mundo virginal mencionado por teósofos clarividentes, e também o sétimo céu ou Mundo Divino conforme as narrações do Apóstolo João, no Apocalipse, e as de Daniel no Capítulo 7 do seu livro.

Por estes subsídios lacônicos o leitor

chegará a entender as alegorias de Ezequiel e de outros profetas, e de Apóstolos, e de Jesus.

Então, os quatro rostos simbólicos estão representando as emanações potenciais e inteligentes dos quatro seres cujas energias são do mesmo valor – ou padrão vibratório correspondente à natureza substancial dos quatro céus.

Energias quintessenciadas, porém com peso específico adequado para que eles possam atuar tanto no 1o Céu quanto no 4o Céu. E quiçá em outros superiores.

As quatro asas representam o poder inteligente deles para atuar nos quatro céus, ou mundos.

Razão pela qual eles mostravam sua presença a Ezequiel, o qual os enxergava em virtude de possuir a capacidade de

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clarividência. Faculdade limitada a poucas pessoas neste Mundo (1o Céu) e mesmo a almas desencarnadas que habitam por mérito individual o 1o e o 2o Céus.

Por conclusão, Ezequiel está informando que os querubins lhe mostravam o fato de que, mesmo sendo seres puros (talvez já habitando o sétimo céu), mantinham em sua estrutura as capacidades naturais do ser humano, em ação psíquica e física da alma (animais). Portanto, na forma e no conteúdo.

O que me leva a compreender que o espírito puro (anjo ou arcanjo), mesmo tendo conquistado o direito de habitar o sétimo céu, mantém em si as propriedades da natureza humana, concernentes à forma e à atividade psíquica e/ou mental.

Com essa descrição Ezequiel mostra-nos o fato de que todo e qualquer ser humano traz em si as mesmas qualidades psicofísicas dos Seres puros. Resguardando-se, porém, as proporções de valores.

Jesus confirma este fato quando assevera: “Sois deuses” (João, Capítulo 10, versículo 34).

Em contraposição os tais querubins traziam em si as qualidades psicofísicas do ser humano, visto que o princípio da VIDA é único, isto é, a Energia Pura Universal, a qual grada e degrada em menores e maiores densidades.

Outrossim, o fato de o Cristo Jesus encarnar em um corpo humano comum aos humanos confirma a tese supra. E Ele é um SER mais grandioso do que os tais querubins... Vers. 7 Devido à minha convicção reencarnacionista, entendo que a alegoria do versículo 7 restringe-se ao fato de esses anjos terem evoluído pelos processos determinados na Lei da Reencarnação. Então, por “pés direitos” ele representa o fato de que eles dominaram os instintos inferiores próprios da carne (do homem) para engrandecer o espírito. E do mesmo modo dominaram as emoções inferiores próprias do homem pela

figuração: “e as plantas de seus pés como a planta do pé de uma bezerra; e luziam como a cor de cobre polido”. Em linguagem esotérica é convencionado que: boi, bezerra, novilho, novilha, touro, representam emoções. Emoções das bestas (animais), ora moderadas, ora apaixonadas. O “cobre” ou “cor de cobre” é figura de corpo humano. Portanto, “cor de cobre polido” significa o polimento moral da alma através da vivência intermitente dela na carne e nos mundos das almas. Vers. 8 “E tinham mãos de homem debaixo de suas asas, aos quatro lados.” Com isto ele está representando a idéia de que eles foram homens em reencarnações e conquistaram a angelitude por força das “boas obras.

Daí ele acentua que essas alegorias são expressões e manifestações (“rostos e asas”) das conquistas através de vidas humanas. Vers. 9 Neste versículo 9 ele está dizendo que a mente da alma deles já está devidamente unida à mente do espírito, como expliquei anteriormente. Já não há neles a dualidade de inteligência. Que a inteligência da alma já não está limitada por energias mais densas dela (“Uniam-se as suas asas uma a outra”). NO TA Para dar uma idéia aproximada do que entendo sobre isto, peço ao leitor raciocinar sobre o nosso organismo. Sobre órgãos, glândulas e sistemas do nosso corpo. Se nosso corpo os possui, o espírito e a alma possuem, se não iguais, semelhantes. Observe que Ezequiel usa bastante a palavra “semelhança”. Analise a potencialidade extraordinária de nossas glândulas, nas quais os videntes enxergam focos e circuitos luminosos que manifestam o poder das

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energias que circulam dentro e ao redor de nosso corpo. Analise a potencialidade de nossos olhos e ouvidos, etc. Só com isto entenderá boa parte das alegorias e das que apresenta nos versículos a seguir. Vers. 10 Neste versículo ele nos mostra que os seres apresentavam a forma humana (“rostos... como o rosto de homem”). Pelos outros “rostos” ele está representando os poderes energéticos e inteligentes deles. Poderes que estão em qualquer pessoa, mas neles estão ampliados. Portanto “rosto de leão” é o poder do espírito; “rosto de boi” é o poder dos desejos, do amor; “rosto de águia” é o poder do pensamento. Vers. 11 Neste versículo ele diz: “E os seus rostos e as suas asas eram separados em cima”, isto é, as energias motoras (“rostos”) e as energias mentais (“asas”) atuando separadas na cabeça (“em cima”) mas superpostas (“cada qual t inha duas asas juntas uma à outra”). “E duas cobriam os corpos deles”: com isto está dizendo que os mesmos circuitos energéticos atuam pelo corpo deles. Da mesma forma que as energias do meu corpo e do leitor circulam, conforme passo a computar: CO MENTÁRIO Segundo aprendi por livros teosóficos e durante algum tempo em que freqüentei o Círculo esotérico e a Associação Rosacruz, o ser humano mostra aos olhos da pessoa clarividente 999 forças energéticas distintas em atuação circulante pelo sistema nervoso. Estes círculos ou circuitos são vistos em cores e matizes na conformidade dos seus valores conceituados. Ou, melhor, de acordo com os resultados benéficos ou resultados maléficos que estas forças estarão produzindo.

Tanto a favor quanto contra o próprio indivíduo; ou a favor ou contra outrem e, por conseqüência, a favor ou contra o ambiente em que tal pessoa se encontra. O conjunto dessas forças, desses circuitos, ou “rodas”, produz a emanação iluminada de um campo energético que circunda o corpo humano, à qual é dado o nome de aura. Essa aura é vista com a extensão de dez a vinte centímetros do corpo, ou mais, dependendo da vitalidade física e mental de cada pessoa. O mesmo é visto pelo clarividente em uma alma desencarnada. Ou em um anjo ou querubim, como é mencionado por Ezequiel. Cada circuito ou círculo ou “roda” forma um padrão vibratório constituído por elementos conhecidos cientificamente como elementos atômicos, elétricos e magnéticos; raios gama, raios x e outros componentes da energia universal ou fluído universal. Todos esses circuitos e campos magnéticos sofrem a ação dos pensamentos e das atitudes do ser. Seja do espírito encarnado, seja do desencarnado. Então, quando o clarividente observa um facínora elucubrando alguma crueldade, ou praticando uma crueldade contra outrem, ele enxerga a aura dele e os circuitos dominados por cores vermelhas, negras, plúmbeas. Cores de caráter negativo e destrutivo. Quando ele observa uma pessoa altruísta concentrada em pensamentos beneméritos e em atitudes beneméritas ele enxerga a sua aura e circuitos em cores e matizes suaves e luminosos.

Informam os teósofos que os citados circuitos formam uma coroa iluminada no cimo da cabeça, na qual o clarividente enxerga-os como uma flor de 999 pétalas com suas cores e matizes.

Por este motivo os chamados Mestres esoteristas, ou herméticos, ou

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magos do Oriente denominaram essa coroa radiante por “lótus de mil pétalas”.

Toda e qualquer pessoa, por ser constituída de espírito, alma, e corpo manifesta essas forças circulantes. E a coroa é proporcionada no alto da cabeça em virtude de todos os terminais do sistema nervoso estarem situados no cérebro.

Considerando que a alma é a matriz da existência do corpo, ela possui todos os dispositivos orgânicos, glandulares, e sistemas correspondentes aos do corpo, e vice-versa.

Por este motivo o clarividente enxerga tal tipo de coroa e circuitos energéticos no espírito desencarnado, anjo, etc.

Por esta explanação sintética o leitor pode compreender que o relato de Ezequiel, e outros semelhantes feitos por profetas e Apóstolos nada tem de místico.

Todos estes fatos e outros que vêm sendo mistificados por milênios vão sendo esclarecidos e ponderados pelas ciências terrenas, cujos cientistas embora não sejam dotados de capacidades de clarividência vêm criando aparelhos que enxergam, que medem, que pesam forças, energias e poderes que Deus, o Criador, maneja em benefício do espírito humano. Esteja ele encarnado ou desencarnado habitando os sete céus que perfazem nosso planeta a que chamamos Terra.

E sem dúvida, sob o mesmo princípio estará beneficiando humanidades em Orbes incontáveis que devem existir pelas galáxias que pontilham aquém e além da nossa imaginação.

Creio que este comentário sintético seja suficiente para o leitor compreender o que Ezequiel inspira neste capítulo e outros, e também compreender outros profetas e principalmente São João do Apocalipse quando ele fala das bestas. Mormente da “besta que subiu da terra” cujo número é 666.

Com este número 666 está falando dos mesmos circuitos energéticos.

Entretanto, com este número 666 ele se cingiu ao sistema vital do corpo humano.

Então, acho por bem oferecer um subsídio prático que poderá melhorar a compreensão do leitor:

Até aqui mencionei energias vitais abstratas ao comum das pessoas. Concretas para o clarividente.

Devo esclarecer que faço parte do comum. Não sou clarividente. Apenas tenho visão mental do que aprendi, o que ainda é precário.

Então vamos raciocinar sobre energias vitais para o corpo humano, às quais também acrescem as energias vitais abstratas da alma e do espírito. Vão passando a fazer parte delas durante a vida humana e após.

Todo e qualquer tipo de energia nasce de um princípio único – denominado Energia Pura Universal, Energia Cósmica ou Fluído Puro Universal.

Existe, então, um eterno fluxo e refluxo de adensamento, e de utilização.

Portanto, um fluxo e refluxo eterno do abstrato para nossos sentidos humanos para o qual se torna concreto aos nossos sentidos e vice-versa.

Então, a vitalidade do corpo depende de alimentos concretos e de alimentos abstratos.

Ingerimos as comidas e a água, que são dotadas de energias densas, concretas.

Ao mesmo tempo estamos aspirando (ingerindo) ar com energias menos densas, abstratas.

Nosso organismo assimila os valores essenciais e expele os resíduos.

Se ingerimos alimentos nocivos ao organismo, bebidas nocivas, água poluída e ar poluído, evidentemente vamos causar envenenamentos proporcionais e sofrer doenças dolorosas.

Se ingerimos alimentos saudáveis, águas puras das fontes, e respiramos ar não poluído teremos maior vitalidade, mais saúde e maior índice de alegria de viver.

Portanto, a alimentação racional beneficia corpo, alma e espírito.

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A alimentação viciosa porá corpo, alma e espírito em doenças físicas e mentais proporcionadas por grandes sofrimentos.

Do mesmo modo ocorre com a ingestão de energias psíquicas, as quais embora abstratas para os cinco sentidos, são tanto ou mais concretas ainda para a alma e espírito.

E quais são esses alimentos psíquicos que fazem crescer o espírito e a alma, e que lhes dão vitalidade?

São: o Amor, amizade, carinho, caridade, justiça, inteligência, sentimento, paz, moderação mental, bons hábitos e bons costumes, respeito aos semelhantes e ao ambiente. Enfim, pensamentos e comportamentos virtuosos, que estão classificados em dicionários e bem repetidos na Bíblia.

Ao contrário, os alimentos psíquicos que envenenam o corpo, a alma e o espírito são: o ódio, a vingança, a crueldade, a maledicência, o egoísmo, a vaidade, a gula, etc. Enfim são todos os vícios antônimos das virtudes, os quais encontramos em qualquer dicionário, e na Bíblia.

De modo que toda a alegoria literária de Ezequiel tem a finalidade de inspirar e exercitar o leitor a procurar o conhecimento científico das figuras que ele apresenta, afim de sentir com melhor eficácia os ensinamentos de civilidade religiosa e social que ele oferece pelos capítulos e versículos em seguimento.

Aliás, é o mesmo que fazem todos os profetas bíblicos. E, principalmente o faz Jesus Cristo através dos livros dos Apóstolos e discípulos em o Novo Testamento.

Continuemos com a interpretação. Vers. 12 NO TA Quando ele diz: “E cada qual andava diante do seu rosto”, não está dizendo que os seres andavam de cá para lá. Eles estavam parados em sua frente e ele os observava. Tanto neste versículo quanto nos seguintes ele está mencionando a

movimentação de energias que apareciam dentro e fora deles. Continuando: Tomando “espírito” por energias ele está dizendo que via as energias girando como o aro e uma roda, sempre no mesmo lugar (“não se viravam quando andavam”). Vers. 13 “E quanto à semelhança dos animais, o seu parecer era como brasas de fogo ardentes, como uma aparência de tochas”. Aí está falando da movimentação das energias que enxergava neles. Portanto, em animação, “como brasas de fogo ardentes”; “ ... tochas”. NO TA Há algum tempo atrás eu vi na televisão um documentário que mostrava uma pessoa sendo filmada por uma câmera acionada por dispositivo infra-vermelho. Nesse filme são mostradas as energias circulando, transitando e explodindo em focos, em forma semelhante à descrita nestes versículos. Se o leitor viu esse documentário vai ter boa visão disto... “tochas”: com estas tochas está se referindo aos sete chacras (centros de força energética). E nesse documentário eu vi em uma pessoa comum o que ele descreve dos seres à sua frente: “o fogo corria”, “resplandecia”, “e do fogo saíam relâmpagos”. Evidentemente, o resplendor destes anjos terá sido bem maior do que o da pessoa comum que vi no documentário. Vers. 14 “E os animais corriam”, entenda-se energias animadas correndo pelo corpo (ou alma) dos seres, “à semelhança de relâmpagos”. Vers. 15 Neste versículo 15 ele via quatro “rodas”, isto é, quatro círculos energéticos, sendo um circuito para cada “rosto”.

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Não menciona a cor de cada um nem que estavam sobrepostos, o que ele deixa meio explicito nos versículo seguintes. Mas, segundo entendo, ele está mencionando o poder mental do espírito (“ leão”, do versículo 10), o poder emocional da alma (“boi”); o poder do pensamento (“águia”); e o poder do espírito humano (“rosto de homem”). Classificando pela colocação dos teósofos, a qual redigi em página anterior compreendo que estes Seres ultrapassaram os quatro céus, ou seja, o Mundo humano; o mundo astral; o mundo dos desejos; e mundo do pensamento concreto. Por conseqüência, dá a entender que já conquistaram o direito de ver a Deus face a face. E naquele dia vieram trazer as mensagens que seguem até o Capítulo 10, admoestando o povo hebreu da época e, ao mesmo tempo, colocando esse povo como alegoria para as demais Gerações até o Juízo Final. Vers. 16 Neste versículo ele fala de cor e de superposição das rodas, esta última significando o poder conjugado da inteligência e do sentimento (“quatro rostos” dos animais). Vers. 17 Neste versículo ele repete que o sentido de circulação das energias inteligentes era sempre o mesmo. Vers. 18 Aqui ele faz menção do poder irradiante de cada Ser o qual visto em relação à aura do homem comum – de dez a vinte centímetros além da periferia de nosso corpo – mostrava um campo energético de poder gigantesco. Amedrontador. “Cambas cheias de olhos” significa que o poder deles provinha do fato de possuir muitos conhecimentos e muita experiência. NO TA Olhos, profeticamente, simbolizam Inteligência, consciência, capacidade mental.

Quanto ao tamanho e aparência das “rodas” que ele descreve faz-me lembrar um fato interessante que ilustra bem isto: Em um verão de 1968 eu viaja de Brasília para São Paulo em um avião “Samurai”, jato-hélice, com janelas panorâmicas e velocidade aproximada de 600 Km/h, na altura de 4 a 5 mil metros sobre o sertão do Estado de Goiás. E ambos os lados do avião eu enxergava focos de chuvas torrenciais, comuns na época de verão. Tais chuvas estariam à distância de 30 a 100 quilômetros. Pela rota, a tarde estava ensolarada. Sem névoas visíveis. De súbito, surgiu um arco-íris em círculo perfeito, à frente e à esquerda, pois eu estava sentado junto à janela do lado esquerdo. Esse arco-íris parecia deslizar na mesma velocidade do aparelho, e parecia manter uma distância constante de um quilômetro. Assim deslizava desde o rés do chão até o seu ápice, o qual quase alcançava a mesma altura do avião. E assim segui por uns vinte minutos, quando deixou de aparecer. De súbito. Até esse dia eu só tinha visto arco-íris estando em terra, com a forma de um semicírculo. Não havia lido, visto ou ouvido falar que, estando no alto, eles seriam vistos naquela forma circular, o que me surpreendeu e me senti maravilhado. Percebo que Ezequiel via a aura dos querubins assim como vi aquele arco-íris. Pois no versículo 28 ele relata: “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia de chuva...”. Esta experiência explica bem a mim o relato que ele faz nos versículos seguintes. E o leitor que já passou por essa experiência entenderá bem. Vers. 19 A exposição acima explica. Vers. 20 Entendo que ele ao escrever: “o espírito da criatura vivente estava nas

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rodas”, está se referindo à manifestação dos poderes mentais e físicos, com todos os valores do espírito. Vers. 21 E neste versículo: “por que o espírito dos animais estava nas rodas”, com “animais” ele distingue a alma, a qual é o corpo do espírito. Compreendo que com estes dois versículos ele pretendeu nos informar que o espírito e a alma de qualquer pessoa possuem poderes físicos e mentais semelhantes aos querubins mencionados. Evidentemente, resguardando-se a proporção de valores. Cada ser humano é um candidato a anjo. Sem exceção alguma. O pior facínora de hoje, e o pior satanás de hoje, serão transformados em anjos após séculos ou milênios. Isto é promessa justa de Deus, a qual opera pela Lei da Reencarnação. Jesus assevera isto em uma simples frase: “Sois deuses”. São Paulo, Apóstolo dos gentios, e São Francisco de Assis são os exemplos marcantes desta promessa. Foram transformados de satãs em santos em poucos anos, na própria vida do momento. São Paulo era o Saulo de Tarso, doutor da Igreja Farisaica e exercia uma atividade satânica contra os cristãos. Instado por Jesus ressuscitado, no caminho de Damasco, transformou sua mente, de súbito, e passou a atividade santificante. Deixou de ser o Saulo e tornou-se o Paulo. São Francisco, nascido em casa nobre, era militar e participava de batalhas. T rocou a espada da morte pelo bastão de peregrino; o luxo da Corte pela modéstia do frade servidor.

Mudou de servo do diabo para se transformar no eleito filho de Deus... Vers. 22 Para podermos entender os versículos: do 22 ao 28 é necessário volver

ao versículo 1 onde escreveu: “ ... junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus”. Assim sendo, fica subentendido que as visões não ocorreram às margens do rio e, sim, em algum lugar do espaço da Terra, ou seja, em um céu. Do qual ele faz uma descrição lacônica, isto é, “uma semelhança de firmamento, como um aspecto de cristal terrível (terrível com significado de espantoso para um ser humano)”. NO TA São João descreve um lugar semelhante por “mar de vidro”, no Apocalipse. Então, como profeta, clarividente, t inha também o Dom da ubiqüidade. Isto é, a faculdade de seu espírito sair do corpo e ir a longas distâncias, enquanto o corpo permanecia inerte. Ou, sem sair do corpo pode ser visto em vários lugares. Isto ocorre, comumente, com médiuns espíritas, cuja faculdade é chamada de “desdobramento”. Tais médiuns, ao voltar para o corpo que fica em transe, lembram-se de tudo o que viram e ouviram. É diferente do transe comum do sonho, no qual a pessoa se lembra de algumas coisas e com muita confusão, visto que o cérebro está em repouso e os neurônios não estão funcionando normalmente como nas horas de vigília. Em nossos dias, temos a oportunidade de presenciar e conhecer estas coisas no seio do Espiritismo Cristão, mormente nos Centros onde se processam trabalhos de materialização e de efeitos físicos. Principalmente no Brasil, sob a custódia do grande médium Francisco Cândido Xavier. Há uma porção de livros que narram esse intercâmbio entre homens e espíritos os quais se tornam visíveis e iluminados, tendo por corpo alguns quilos de ectoplasma, um fluído que é emanado por médiuns especializados e em parte vindo de pessoas que assistem a esses trabalhos.

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Então, os espíritos de variadas categorias surgem aos olhos e ouvidos das dezenas de pessoas presentes e processam a cura de males físicos e mentais, dão esclarecimentos evangélicos e, ao mesmo tempo, incentivam e auxiliam os dirigentes e freqüentadores de tais Centros a criar instituições caritativas, a fim de amparar muita gente pobre. Destes Centros têm surgido hospitais, escolas, comunidades agrícolas e fabris, etc.

Ao mesmo tempo muita gente de todas as classes sociais têm recebido verdadeiros milagres de cura física e psíquica, e por isto passam a doar um pouco de seus bens patrimoniais e serviços em prol dos deserdados da sorte.

Assim, tais instituições vão prosperando em caráter humanitário e religioso sob a direção de homens e almas, na conformidade dos Evangelhos do Cristo Jesus.

Devo comentar que, conhecendo de perto estes fatos e outros, me é dado compreender estas alegorias do profeta Ezequiel.

Outrossim, devo confessar que o intercâmbio entre homens e seres celestiais – e por seres celestiais devemos entender anjos e arcanjos, espíritos e almas, inclusive as penadas, -- é um intercâmbio que sempre tem ocorrido, desde os primórdios da Humanidade.

Por isto existem as Religiões. A diferença está no modo e forma

do processamento de trabalho no intercâmbio entre homens e seres celestiais.

O Espiritismo Cristão, iniciado por Alan Kardec nos idos de 1860, veio facultar a participação pública nesse intercâmbio.

Antes, as Religiões e/ou Escolas Religiosas restringiam-no a alguns dirigentes e a alguns poucos “ iniciados”. Mesmo as Escolas ou Religiões de caráter reencarnacionista.

Daí pululou o misticismo tão a gosto do público em geral.

Então, foi dado ensejo a uma divinização de sacerdotes, mestres, hierofantes, e até de faraós, mahatmas e imperadores e filósofos profanos.

Não podemos, a bem da verdade, menosprezar a grandeza desses homens que pontilham nas páginas da História e no universo cultural.

De certo modo, bem ou mal, eles têm produzido evolução e progresso, espiritual e material, das gerações.

Mesmo porque a assistência e o amparo das Hierarquias Celestiais sempre terão estado presentes.

Nem desejo apontar os abusos, os quais têm sido sempre evidentes.

Estou, apenas, criticando a tradição milenar dos sacerdotes, mestres, magos e semelhantes em supor que as realidades da vida celeste, isto é, dos mundos invisíveis, dos arcanjos, anjos, espíritos e almas, não podem ser esclarecidas ao público em geral.

Podem, sim. E o Espiritismo Cristão o faz.

E o faz corretamente através das comunicações mediúnicas alicerçadas por farta literatura.

Principalmente por literatura psicografada em forma e conteúdo simplificados.

Mesmo porque os espíritos que instruíram e apoiaram Kardec nos seus primeiros passos para a codificação deixaram bastante claro: “Esta Doutrina não é e nem será obra de homens. É e será Obra do Espírito Consolador prometido por Jesus”.

Voltemos aos versículos. Vers. 23 Entendo que as explicações anteriores esclarecem este. Entretanto, a partir do versículo 24 faço um comentário prático, simplificado, para maior compreensão do leitor, de forma que possa entender os pensamentos do profeta e as suas reações íntimas ante a majestade dos fatos que ele narra.

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Vers. 24 Para início, voltemos ao versículo 1, onde ele diz: “ ..., se abriram os céus, e eu vi visões de Deus”. Esta sentença é a chave que abre o “meu céu” e eu entro no “céu” dele para acompanhá-lo nos acontecimentos. Neste momento abro o “céu” do prezado leitor que se propuser a me acompanhar com atenção concentrada. Praticamente. Sem misticismo.

Então, neste momento eu concentro toda a minha atenção no texto e minha consciência (“céu”) abre as portas.

O processo é idêntico ao de estar em frente a um aparelho de televisão, apertar o botão que o liga e assistir a um documentário científico ou a um filme histórico.

Nesta situação, não são cogitados distância e tempo.

O aparelho está ligado a uma emissora que pode estar a cem metros, a mil ou a vinte mil quilômetros.

Hoje se pode ver até as imagens e sons enviados de uma astronave que alcança Júpiter, Saturno, etc. Portanto, a milhões de quilômetros.

E por um vídeo-teipe de tais emissões. Não é?

Daí surge o fato extraordinário que a Ciência explica:

Nosso cérebro é um aparelho muito mais prodigioso do que o aparelhamento emissor e receptor de televisão.

Nosso espírito o tem à sua disposição e o utiliza segundo as necessidades do momento.

Deus os utiliza conforme a Sua Vontade e com o maior respeito ao livre-arbítrio do homem.

Foi o que aconteceu com Ezequiel, Daniel, São João (no Apocalipse) e, enfim, com todos os Profetas, Apóstolos e discípulos de Jesus.

Por conseqüência, com todos os grandes Mestres e discípulos de todos os tempos.

E devemos lembrar que utiliza a nós todos, na conformidade de nossas capacidades materiais, físicas e espirituais.

Eis o que aconteceu naqueles momentos:

Ezequiel, evidentemente um Missionário provindo da Hierarquia Celeste, de grande valor, portanto co-responsável pela orientação e progresso da raça hebraica, encontrava-se solitário junto ao rio Quebar, meditando.

Subitamente, recebeu um chamado emitido do Céu e os quatro Seres mencionados aproximaram-se dele e, com seus poderes descritos no texto, capacitaram-no a enxergar e ouvir a Deus (que ele nomeia por Jeová, em versículo à frente).

Pelo relato ele deixa dúvida se seu espírito permaneceu no local e ficou em transe para que seu cérebro registrasse fielmente os fatos, ou se foi levado à distância, à presença de Jeová. Ambas as situações são facilmente exeqüíveis.

Por isto ele cita estar vendo e ouvindo a Jeová logo acima das cabeças dos Seres.

Isto me faz lembrar da prodigiosa capacidade de nossos olhos quando olhamos o céu em noite límpida estrelada.

Vemos focos de luz de astros que estão a mil, a dez mil, ou mais anos-luz de distância, num átimo de segundo.

Nesses instantes nossa capacidade de visão suprime o espaço e o tempo. Leva-os praticamente à inércia.

Neste particular, duvido da teoria científica de que a luz emitida pelos astros viaja. Duvido da teoria que afirma que se um astro deixa de existir repentinamente, caso esteja a mil, dez mil anos-luz de distância, ou mais, sua luz ainda chegará aos meus olhos mil, ou dez mil anos depois, ou mais.

Podemos apontar várias razões que põem essa teoria em dúvida. Não é oportuno, porém, discorrer sobre isto neste texto...

Sigamos pelo versículo 24. Com essa menção: “E, andando

eles”... “parando eles...” não quer nos dizer que ficaram o tempo todo indo para cá e para lá, subindo e descendo, a exibir suas

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capacidades para impressionar o Profeta, e a nós que o lemos.

Deve ter citado isto para informar o que viu, ouviu e sentiu com a presença deles, a fim de que, ao ler seus textos, percebamos o que sentiríamos em tais circunstâncias.

Ao mesmo tempo, dá-nos uma noção do potencial energético - inteligente dos mesmos, cuja visão e sentimento, assim de improviso, deixará qualquer cidadão entre maravilhado, pasmado e amedrontado.

O: “ouvi o ruído das suas asas” significa que, estando ele junto a eles, ouvia e sentia as poderosas vibrações de modo semelhante a alguém que entra em um compartimento de uma subestação de energia elétrica.

No meu tempo de menino tive experiência disto.

Meu pai era eletricista. Gerente em Analândia, uma pequena cidade no Estado de São Paulo/Brasil.

Junto à nossa residência, a uns vinte metros da casa, havia uma cabina com transformadores de até 10.000 volts. E tinha umas “facas” grandes que ligavam os pólos negativos e positivos das linhas de força da cidade e de algumas fazendas. Uma faca para cada uma.

E havia um volante de comando que meu pai manobrava quando havia tempestade e árvores batiam nos fios das linhas de força e provocavam curtos-circuitos e estes derrubavam a ponta superior das facas, a qual desligava a linha toda. As facas eram grandes fusíveis, como os fusíveis de cartucho que temos nas residências.

Então, ele tinha que manobrar o comando para descobrir que linha estava com o curto-circuito e a anulava para não prejudicar as outras linhas até que a causadora fosse reparada.

Com um grande bastão recoberto de grossa camada de borracha ele mexia com as tais facas.

Em dias normais, sem tempestades, os equipamentos roncavam e zumbiam como um gigante adormecido.

Nos dias tempestuosos, com dezenas de raios nas proximidades, lá dentro era um pandemônio de estrondos, raios e faíscas. E eu ficava apavorado vendo meu pai mexendo com aquele gigante enfurecido.

Assim eu imaginava, com medo de que ele acabasse sendo eletrocutado pelo monstro furioso.

Por esta experiência eu compreendo o que Ezequiel relata neste versículo 24:

“Ouvi o ruído de suas asas (“asas”: poderes físicos e mentais), como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, a voz de um estrondo, como o estrépito de um exército...” NO TA Há um meio bastante simples para você ter um exemplo para ilustrar este relato. 1o,leva a ponta do polegar sobre a asinha da orelha e vai comprimindo-a sobre o canhão do ouvido (cada polegar em cada orelha). Conforme vai comprimindo vai surgindo um barulho cada vez maior, como o barulho de muitas águas, ou de uma catarata, estrondando ao longe. E semelhante ao barulho de terremoto, ou das vagas do mar quebrando ao longe. Se você usar a parte da palma da mão que fica abaixo do polegar, o rumor fica maior. Se você mantiver a posição por mais tempo (é cansativo!) ouvirá, intermitentemente, outros ruídos: assobios, pios como de pássaros, pulsar do coração (como batidas de tambor), risos, palavras, frases, gritos, etc. Aliás, se se colocar em lugar bem silencioso e fechar os olhos, sem tapar os ouvidos, e prestar toda atenção nos ruídos que surgirão nos ouvidos, ouvirá os ruídos mencionados e mais. Não ouvirá o tal barulho do terremoto ou estrondo de águas.

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Isto é uma prática simples, natural, que os misticistas, principalmente os charlatães, alardeiam como faculdades sobrenaturais ou, falsamente, como possessão de demônios. Toda e qualquer pessoa tem tais ruídos, principalmente um ruído semelhante ao da queda de uma cascata. Por cansaço e sono eles aumentam. É só concentrar-se por alguns minutos, com plena atenção, você ouvirá a atividade dos neurônios, de outros dispositivos do cérebro e de inumeráveis seres microscópicos do seu corpo. Até Nostradamus fez rápida menção disto na quadra...... da Centúria número ....... . Nosso corpo é uma usina eletromagnética. E como usina possui os seus zunidos, fogos, relâmpagos, raios, trovões e resplendores semelhantes aos que Ezequiel relata no versículo 24

Vamos agora aos versículos 25 a 28, nos quais ele fala da presença de Deus (Jeová). Vers. 25 Então ele ouviu uma “voz por cima do firmamento” e os quatro seres quedaram em silêncio respeitoso. Vers. 26 Então, escreveu: “havia uma semelhança de trono, como de uma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem, no alto, sobre ele”. Esta expressão combina com o relato de São João no Capítulo 4 do Apocalipse, e o relato de Daniel no Capítulo 7 do Livro de Daniel. Esse: “semelhança de trono” representa um pedaço do céu. Não representa a figura de um móvel para sentar. E “semelhança de um homem” não quer dizer que Deus tenha a acanhada figura de um ser humano, como os grandes artistas costumam pintar. Tem “semelhança”. Por outro lado, esta menção vem confirmar o que está escrito no livro do Gênese, Capítulo 1, versículo 26: “Façamos

o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” E no versículo 27: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou...” O que nos ensina o fato de que o homem é dotado de todas as energias que existem na Natureza, do mesmo modo que o seu Criador, Deus, as possui. Evidentemente, ressalvando-se a proporção de valores. E esta proporção, tanto Ezequiel quanto São João deixam bem claro em suas eloqüentes alegorias. Outrossim, a frase “no alto” determina a altura em relação à face da Terra. Local onde está Deus, o Altíssimo. Devo repetir que ele, naquele momento, estava vendo e ouvindo Deus, como se ele fosse um aparelho de TV posto no chão, recebendo sons e imagens de uma potentíssima emissora postada bem longe dele. Contudo, era como se ele estivesse dentro da onda. NO TA Pare, agora, e releia o texto original desde o versículo 24 ao 28, com plena atenção concentrada. Você terá uma visão dilatada da grandiosidade de Deus como nunca a teve. Prossigamos. Vers. 27 Se você atendeu ao meu pedido, meu comentário é dispensável para este versículo. Vers. 28 Vê que ele cita a figura do arco-íris, porém com um grande resplendor ao redor. E arremata: “Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor”.

Em suma, está a dizer que a glória de Deus vai muito além da nossa mais potente imaginação.

Se você me acompanhou na viagem

por este Capítulo 1 com toda a atenção e boa vontade, torna-se-me desnecessário oferecer

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interpretação para o restante do livro de Ezequiel.

Pois, a partir do Capítulo 2 os assuntos estão razoavelmente claros.

Basta apenas eu esclarecer alguns pontos que suponho passarão despercebidos.

CAPÍTULO 2

Vers. 2 “Então entrou em mim o espírito”. Com esta expressão ele dá a entender que estava o tempo todo em transe mediúnico. Neste transe é possível que seu

espírito nem tenha saído de perto do corpo. Então, os querubins aplicaram-lhe

energias suficientes para dilatar a capacidade de sua visão e de sua audição, para ver e ouvir Deus.

Do mesmo modo que os meus e os seus olhos têm a capacidade de enxergar o foco luminoso de astros que estarão a mil ou mais anos-luz quando olhamos para o céu em noite límpida.

Não obstante, é possível que também com o auxílio dos querubins o espírito dele pode ter sido levado até a presença de Deus e o seu cérebro ter acompanhado as visões.

Sou de opinião que atento ao que ele escreveu o primeiro caso é mais válido. Vers. 9 e 10 Este livro “escrito por dentro e por fora” é uma alegoria representando o fato de que ele foi bastante informado e registrou bem na memória o que devia escrever, falar e fazer. E, também, profecias de acontecimentos futuros que produziriam

sofrimentos e lamentações. O “escrito por fora” representa os segredos e “mistérios” já conhecidos pelos homens; e “por dentro” os segredos e mistérios ainda a serem conhecidos.

CAPÍTULO 3 Vers. 1 a 3 Este comer o rolo (livro) representa aprender e gravar bem na memória. “Doce como mel”: metáfora significando que tudo que lhe foi explicado, embora profetizasse sofrimentos e lamentos do povo, tais sofrimentos e lamentações redundariam em benefícios para os espíritos das populações mencionadas, conforme as constantes promessas de Deus.

Outrossim devemos atentar ao fato de que a partir do Capítulo 2 Deus está determinando a Ezequiel avisar (profetizar) “aos filhos de Israel” e, ao mesmo tempo, profetizar para todas as gerações do futuro: “às nações rebeldes que se rebelaram contra mim”. (Vide versículo 3 do Capítulo 2).

Ao mesmo tempo é um aviso para cada pessoa e cada alma que estão radicadas neste Planeta, em todos os tempos. NO TA “Filhos de Israel”, neste caso, alegoricamente, significa: todas as almas e todas as pessoas que desobedecem as Leis de Deus.(Em outros casos significa: “filhos de Deus”). Depende do texto.

Por isto a ordem e os avisos dados no versículo 3 do Capítulo 2 não são destinados apenas aos hebreus daquele tempo.

O nome “Israel” é metáfora muito utilizada na Bíblia, com o sentido de “aquele que luta com Deus”.

Esta metáfora “Israel” nasceu do fato alegorizado no Gênese, Capítulo 32, versículo 28 e Capítulo 35, versículo 10, quando o Patriarca Jacó lutou com um anjo. Por conseqüência, lutou com Deus.

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É importante saber que essa é uma alegoria da luta entre o corpo e o espírito de qualquer ser humano.

Observe o leitor que o texto disse: “lutou com”, não diz: lutou contra.

Nosso corpo luta com o nosso espírito por uma existência toda: com as suas sensações, emoções e paixões que redundam em pecados contra as virtudes do espírito. Portanto, contra as leis de Deus.

Não obstante corpo e espírito lutam juntos (“luta com”) contra as vicissitudes da vida.

E, assim, lutam até o espírito conquistar a perfeição moral e física, a angelitude. O que é explicado cabalmente para quem aceita a realidade da Lei da Reencarnação.

O dogma de uma única vida humana que levará o espírito ao céu ou ao inferno é um raio de filosofia medíocre que deslumbra quem o aceita e, assim, turva o entendimento das verdades.

Contudo, é um raio fugaz que pode perdurar somente durante uma vida na carne.

Logo após a morte do corpo o véu deste dogma se desfaz e o espírito enxerga as verdades da Lei da Reencarnação.

Esse livro simbólico mencionado por Ezequiel é “o livro da vida”.

O “escrito por fora” é a sabedoria que estava em seu cérebro.

O “escrito por dentro” é a sabedoria que estava na mente do seu espírito, a qual se dilatou pelas visões e pela audição que lhe foram dadas naqueles momentos.

O mesmo aconteceu com São João Evangelista e com Daniel.

Para eles a sabedoria proporcionada pelo “livro da vida” tem “o gosto do mel” para o espírito.

São João, no Apocalipse, Capítulo 10, versículo 10 escreveu: “E tomei o livrinho da mão do anjo, e comi-o, e na minha boca era doce como o mel; e, havendo-o comido, o meu ventre ficou amargo”.

Esta alegoria pode e deve ser interpretada assim: Foi-me dada a sabedoria para conhecer o que há de bom e belo, tanto na vida humana quanto na vida imortal do espírito.

Para minha consciência isto tem o sabor do mel.

Ao mesmo tempo, foi-me dado conhecer o que há de ruim e feio na vida humana (“o meu ventre”) e isto tem o sabor amargo para a minha consciência.

Então escreveu no versículo 11: “E ele (o anjo) disse-me: Importa que profetizes outra vez a muitos povos, e nações, e línguas e reis”.

E João o fez magistralmente pelo Apocalipse e pelo seu Evangelho.

Em seguimento, no versículo 7, Ezequiel escreveu: Vers. 7 “Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos...”

Esta: “casa de Israel” não quer dizer particularmente a nação de Israel.

É símbolo da mente humana. A minha mente, a mente do leitor, a mente de qualquer alma e pessoa.

Do mesmo modo Ezequiel está ensinando pelo versículo 10. Vers. 10 “Filho do homem, mete no teu coração todas as minhas palavras que te hei de dizer, e ouve-as com os teus ouvidos”.

Este é um chamamento que Deus faz repetidamente nos textos bíblicos. Dirigido a cada ser humano em todos os tempos.

“Mete no teu coração” corresponde a: fixe em teu íntimo, cérebro e/ou mente e te esforces a desenvolver a tua sensibilidade, fraternidade, amor na consciência com o teu próximo. Isto é, com tudo o que tem vida e com o ambiente. Vers. 14 “... mas a mão do Senhor era forte sobre mim.” Faz compreender que o seu espírito era o bastante obediente a Deus, por cuja razão o poder de Deus o amparava.

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O mesmo ocorre para mim e para você quando cumprimos os ditames das Leis de Deus.

CAPÍTULO 4 Devo repetir que para compreender os sentidos dos textos bíblicos em maior profundidade é necessário saber interligar o sentido exotérico ao sentido esotérico. Ou melhor, a história e a estória com suas alegorias, metáforas, símbolos e figuras literárias ligadas ao sentido subentendido. Assim é que estamos analisando este livro de Ezequiel. Deste modo podemos entender o ritual esquisito que Deus ordena a Ezequiel mostrar ao povo de Jerusalém naquela época. Vers. 1 Esta “cidade de Jerusalém” representa a cabeça de cada pessoa e de cada alma. Assim, da mesma forma como vão se desenrolando a história do povo hebreu e as estórias, vamos observando que as mesmas se desenrolam pelos tempos a fora em modo e forma semelhante. Analise você a situação mundial, nacional, comunitária, familiar e individual nestes nossos dias. Então você verificará o que tem havido de progresso moral e de progresso material. Verá que o progresso material tem sido prodigioso. Verificará que os vícios e/ou defeitos da moral persistem com grande força: o egoísmo, a avidez, a ambição, a insensibilidade, a rebeldia, a sensualidade, o luxo, a indisciplina; e quantos outros vícios que são “ tranqueiras” contra as virtudes necessárias para o bem-estar humano e o bem-estar do espírito. Verificará, porém, que se não há o progresso moral almejado e batalhado por Deus e sua Hierarquia de anjos, almas e homens dignos, pode-se entrever alguns

progressos morais nas leis e costumes pelo Mundo a fora.

Nota-se, porém, alguma proliferação de novos vícios e/ou pecados que abalam o indivíduo e a sociedade de modo cruel.

Em nossos tempos sobrevivem as guerras com arsenais de armamentos destruidores altamente sofisticados, as guerrilhas, o narcotráfico, o aborto, a “ liberdade sexual”, o seqüestro, o roubo, a ganância, a corrupção administrativa nos governos e empresas, etc. (“ tranqueiras”).

Este macrocosmo de horrores nasce e é desenvolvido por cada cérebro.

Por esta razão ninguém possui capacidade para usufruir dos bens materiais prodigioso que são postos ao alcance de todos.

Muito menos os pobres e os indigentes.

Por este prisma, o quadro é dantesco!

Entrementes, se olharmos por um outro prisma o quadro não é tão negro.

Verificaremos que este Mundo oferece oportunidades para se usufruir de relativo bem-estar.

Depende do comportamento de cada pessoa e de cada alma.

Se de um lado a Terra é um inferno, uma penitenciária, é também um céu, um hospital onde a alma pode viver em paraíso relativo, até conquistar o mérito de habitar mundos mais e mais ditosos, pertencentes ao próprio âmbito do Planeta.

Fora isto virá um Mundo humano mais ditoso após o Juízo Final profetizado para os arredores do ano 3.800 d.C.

Promessa divina alvissareira que Ezequiel e João viram e ouviram da boca de Deus.

E não podemos esquecer do fato de que a cada dia que passa, desde a chamada Era de Adão, tem havido espíritos que terão conquistado o mérito de habitar mundos mais e mais ditosos.

Eu, nesta minha existência de pessoa comum, com mínimas virtudes de santo, conquistei por experiência uma relativa

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capacidade de usufruir dos bens que este Mundo de Deus oferece. Tanto bens naturais quanto bens oferecidos pelos meus irmãos, os homens e as almas.

Nasci pobre e com 72 anos de idade continuo materialmente pobre.

Moralmente nasci remediado e continuo remediado.

Considero que pobreza não é virtude, porém ela ajuda a desenvolver virtudes, quando se sabe utilizá-la.

Observo que as pessoas ricas, em sua maioria, não sabem utilizar a virtude da riqueza, e no mais das vezes essa maioria não usufrui dos bens da vida como eu usufruo.

Meus dias, a partir dos 60 anos quando me aposentei, passam céleres e com bastante alegria. Apesar de sofrer, também, aborrecimentos eventuais por pequenas doenças, clima, e dissabores passageiros comuns, próprios da convivência e do meio ambiente.

Empolgo-me com as belezas naturais e as belezas e benefícios prodigalizados pelos homens; na sua maioria, recebo estes bens gratuitamente. E como estou aposentado nos Estados Unidos com pequeno salário e todo tipo de assistência médico-hospitalar gratuita para mim e minha esposa, sinto-me rico. Embora considerado pobre.

Quando trabalhava, recebia os pagamentos dos meus esforços.

Agora ganho sem esforços e responsabilidades compulsórios.

De 1990 para cá escrevi um livro de interpretação de todas as Centúrias de Nostradamus, o qual acaba de ser editado aqui e impresso no Brasil.

Tenho pronto um rascunho de interpretação do Apocalipse de São João, uma interpretação ampliada sobre a que editei no Brasil em 1981 com o título de “Apocalipse Total”.

Agora estou rascunhando esta de Ezequiel.

Aliás, no livro que intitulei “Assim Falou Nostradamus”, que a gráfica acabou

de imprimir em 30 de Janeiro de 1999, coloquei a interpretação do capítulo 7 de Daniel e uma do Capítulo 5 de São Marcos, o qual fala do endemoninhado gadareno.

Neste Capítulo 5, São Marcos insinua uma profecia para o ano 2000, mostrando a situação mental desta geração, correspondendo à situação mental do “endemoninhado gadareno”. O afogamento dos 2000 porcos (“perto de dois mil”) significa que nos arredores do ano 2000 se iniciará uma higienização mental coletiva por força de novas leis e ação mais severa dos padrões de Justiça Social em todos os Países...

Esta menção particular tem a finalidade de mostrar o fato de que a riqueza, a fama, o poder, não são virtudes imprescindíveis para viver com felicidade.

A boa filosofia de vida está na capacidade de viver com tudo o que está ao alcance da mão. por conseqüência, viver tranqüilo segundo a capacidade de cada um.

Se é rico, poderoso, afamado, usufruir destas virtudes sem extorquir os bens de outrem.

Se é pobre, usufruir do que possui e usufruir dos bens da Natureza, os quais chegam gratuitamente, e de muitos bens gratuitos prodigalizados pela Sociedade Humana.

E estar sempre despido da inveja pelos bens particulares dos que são distinguidos como pessoas afortunadas.

Eu sou afortunado, embora economicamente pobre.

E conheço muita gente rica e afortunada. E muita gente pobre afortunada.

É raro, sim, encontrar pessoas afortunadas em favelas, outras vivendo ao relento pelas ruas, outras vivendo em asilos para crianças e em asilos para velhos.

Digo em asilos miseráveis, sujos, mal providos.

Porque existem asilos confortáveis, o bastante suficientes para crianças, velhos, aleijados, sentirem-se afortunados. Não é?

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Voltemos ao versículo 1 e aos seguintes, os quais falam exatamente das coisas que acabo de mencionar.

Mencionei que “a cidade de Jerusalém” representa a cabeça do homem.

Inicialmente Deus conclama: “ó filho do homem”.

Não está se dirigindo a Ezequiel e, sim, ao espírito humano em geral.

Ao mesmo tempo ele ordena a Ezequiel que apresente rituais em Jerusalém, os quais são alegorias para a nossa inteligência gravar os ensinamentos e admoestações.

O “tijolo” representa cabeça dura, rebelde. Vers. 2 e 3 Todo esse: “cerco”, “ tranqueira”, “arraiais”, “sertã de ferro” (frigideira) representa as disciplinas que a pessoa e a coletividade humana deve impor a si mesmos a fim de alcançar a ordem e progresso individual e coletivo. Vers. 4 e 5 Nestes dois versículos Ezequiel escreve uma profecia referente à duração do tempo de cativeiro que as tribos hebraicas estavam sofrendo desde o ano de 950 a.C. e que terminou no ano de 550 a.C. Portanto 400 anos. Por 400 anos foram cativos dos Assírios, Babilônios e Persas.

É curioso observar que o cativeiro no Egito, também, teve uma duração aproximada de 400 anos.

Os profetas utilizaram, simbolicamente os dados históricos e populares para montar profecias e ensinamentos referentes à evolução do espírito individual e do Espírito Coletivo da Humanidade. Também para profetizar o progresso material da Humanidade e o progresso e/ou evolução ambiental.

É o que o intérprete pode encontrar desde o primeiro até o Capítulo 48 de Ezequiel.

Nos Capítulos 47 e 48 ele está profetizando a época do Juízo Final em forma literária aproximada à de São João.

Se você ler, confrontando estes com os Capítulos 21 e 22 do Apocalipse, verificará a eqüidistância de pensamento e de linguagem.

Eu gosto muito de interpretar textos proféticos e poderia oferecer a interpretação dos 48 capítulos desse Profeta.

Quiçá o farei em outra oportunidade. Então, ofereço ao leitor este

modesto trabalho que vai do 1o ao 4o Capítulos.

Acredito que com isto estarei oferecendo um subsídio do essencial para que o leitor tenha uma noção para interpretar o restante por si mesmo.

Além de útil é passatempo agradável. Tem “sabor de mel”.

E tenha certeza de que alguns leitores possuidores do dom de interpretar serão incentivados a elaborar trabalho completo.

Voltemos aos versículos 4, 5 e 6. Nestes ele fala de “360 dias” e mais

“40 dias”. E no versículo 6 ele chama a atenção

do intérprete: “um dia te dei por cada ano”. Portanto, 400 anos foi o tempo de

cativeiro dos hebreus. Vers. 6 Neste versículo 6 ele esclarece que está falando de 400 anos, por que arremata: “ ... um dia te dei por cada ano”.

Como dei início está falando ao homem: “ ... ó filho do homem”; está nos dizendo que o tempo mínimo necessário para evolução do espírito depende de 400 reencarnações, até chegar a anjo.

E esta menção passa a ser complementada no versículo 8. Vers. 8 “E eis que porei sobre ti cordas; assim tu não voltarás de um lado para o outro, até que cumpras os dias do seu cerco.”

O que, em linguagem corrente, representa:

Ó espírito ou “ó filho do homem”, Eu te porei sob a Lei da Reencarnação, em

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prova e expiação, até conquistares o mundo dos espíritos puros e/ou perfeitos.

Assim tu caminharás com mais segurança pela estrada da evolução (“assim tu não voltarás de um lado para o outro”).

Até quando conquistares a pureza moral e tiveres o mérito de habitar em um mundo espiritual puro (céu), onde tu não te verás cercado (“ teu cerco”) pelas fraquezas da carne. Vers. 9, 10 e 11 Nestes versículos ele opina que é bom para o homem comer com frugalidade e utilizar o regime vegetariano. Vers. 12 Este versículo traz dois sentidos: 1o – Que os homens têm o mau costume de comer alimentos contaminados, principalmente carnes. 2o – Que, em correspondência, alimentam a mente com pensamentos e intenções viciosas (pecados, enganos, sofismas); o que está simbolizado por “ ... e o coserás com o esterco que sai do homem”. Coisas a que Ezequiel estava propenso. Então, ele retruca no versículo 14: “Ah! Senhor, Senhor! eis que minha alma não foi contaminada, porque nunca comi coisa morta, nem despedaçada, desde a minha mocidade até agora; nem carne abominável entrou na minha boca”. Se o Senhor falou a Ezequiel, por conseqüência está falando a toda pessoa que toma os mesmos cuidados na alimentação do corpo e da alma. Daí ele retruca: Vers. 15 “Vê, tenho-te dado esterco de vacas, em lugar de esterco de homem, e com ele prepararás o teu pão.” O que corresponde a dizer: Homem que obedeces os meus ditames! Vê que eu deixo à tua disposição muitas coisas e virtudes que não contaminam o corpo e nem a alma (“esterco de vacas”), embora tu estejas ainda obrigado a viveres na Terra, cujo ambiente físico e mental está sujeito a tais contaminações.

Vers. 16 e 17 Nestes dois versículos o Senhor finaliza a orientação com a desisão de retirar as bênçãos aos homens e almas de má vontade, respeitando o livre-arbítrio deles, mesmo que abusem, mesmo que se comportem mal uns com os outros e sofram o efeito das suas próprias maldades. E assim vem acontecendo desde os primórdios da Humanidade até os dias de hoje.

Não obstante, Deus está sempre presente ajudando.

Constantemente vem fazendo novos pactos através de grandes luminares.

O último pacto, e o mais importante, foi feito por Jesus, o Cristo, nosso Regente.

O terceiro pacto será assinado por Jesus no Juízo Final. Por esse pacto a Humanidade conquistará crescente paz e tranqüilidade semelhante às existentes nos mundos espirituais.

Prezado leitor: devo repetir que minha intenção ao escrever esta interpretação é apenas a de oferecer um modesto subsídio.

Agradeço sua atenção e faço votos que ela lhe seja útil.

Espero que você se proponha a continuá-la e tenha maior capacidade que a minha para isso...

Agora quero finalizar deixando um recado para o Sr. Daniken, autor do livro “Eram os Deuses Astronautas?”, e aos seus leitores:

Sr. Daniken Sua obra, na parte científica, é

bastante valiosa. Na parte em que monta as alegorias

de Ezequiel e de São João Evangelista sobre discos voadores e astronautas extraterrestres – é um fracasso.

Acredito, como o senhor, na vinda constante de astronautas de outros Orbes em seus discos voadores. Embora ainda não tenhamos confirmação concreta.

A finalidade deste recado é a de lhe informar que as suas idéias e conceitos expostos no livro está levando muita gente a enfraquecer a fé nas Verdades Divinas

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expostas pelo Profeta e pelo Apóstolo. Principalmente no seio da juventude.

Tenho tido oportunidade de presenciar este fato muitas vezes.

Tendo o senhor merecido grande consideração dos meios acadêmicos por ser um escritor brilhante, faz-se necessário o senhor estudar estes textos com alguma pessoa ou grupo espiritualista altamente capacitado. Principalmente um grupo que conte com médiuns clarividentes.

Fazendo isto o senhor estará capacitado a reformular a sua imaginação científica em conclusão científico-religiosa em livro que viria beneficiar aqueles que sofreram o enfraquecimento da fé.

CAPÍTULO 18 Vers. 1 ao 3 A repreensão tangente ao provérbio mencionado no versículo 2 é causada pelo fato de que os hebreus da época supunham que os filhos responderiam perante Deus -- os pecados dos pais até a quarta geração. Então, Deus leva Ezequiel a esclarecer que a coisa não é bem assim. Que a responsabilidade é individual, tanto para o espírito e/ou alma quanto para o homem. NO TA Distingo espírito e homem pelo fato de que o espírito é imortal e o homem é apenas um aparelho valioso, mas provisório. A responsabilidade do homem termina na sepultura. A do espírito permanece. Vers. 4 Devemos observar que Deus assevera: “a alma que pecar, essa morrerá”. Ele não diz; o espírito morrerá. Visto que é imortal. A alma morrerá porque, embora seja imortal, ela é transformável, na dependência do local em que se situar.

Ela é transformável física e psiquicamente ( ou mentalmente).

NO TA Para melhor clareza devo argumentar que o homem é constituído por três entidades inteligentes distintas. O espírito é um campo energético inteligente com dispositivos de manifestação ainda desconhecidos por nós. Sua capacidade de visão, de ouvir, de sentir, e de alcançar grandes distâncias (volitação), embora limitada na conformidade com o seu grau de evolução mental é extraordinário, em relação à da alma e do corpo. A alma é o seu corpo permanente, desde que ele nasce. É constituída pelas substâncias da atmosfera onde ele se encontra.

Portanto, ela tem um peso de algumas gramas quando desencarnada.

Possui um cérebro semelhante ao do corpo. Por conseqüência da densidade seu grau de inteligência, visão, audição, volição, é bastante limitado.

Almas cruéis e almas penadas, quando desencarnadas, têm as suas capacidades quase tão limitadas quanto as encarnadas.

O espírito, embora habitando nela, permanentemente, fica em situação de semiletargia. Do mesmo modo em que se encontra no corpo humano quando encarnado.

O corpo, por sua vez, tem o seu grau de inteligência, como bem conhecemos. Habitando nele, porém, o espírito se encontra em situação, também, de semiletargia durante a existência do corpo.

Tal semiletargia fica limitada ao grau da inteligência e ao grau da moral da alma, e do homem. Quando desencarnado: ao da alma.

Quando encarnado estará limitado ao grau dos dois.

Por esta exposição podemos entender o que Deus diz por intermédio de Ezequiel, no versículo 4 e em seqüência nos outros versículos. Vers. 6 “Não comendo sobre os montes.”

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Esta sentença representa todos os maus comportamentos físicos e mentais destrutivos, dos quais ele cita os mais perversos. E esses correspondem às Leis do Decálogo. Vers. 9 Quando Ele diz: “o tal justo viverá” está explicando que o injusto poderá tornar-se justo e ser perdoado. E “viverá”. Do contrário, nem uma alma sequer, e nem um espírito sequer, ficaria vivo. Não é?

Esse perdão Ele confirma no versículo 21. Vers. 21 “Mas se o ímpio se converter de todos os pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá”. Neste versículo Ele está mencionando uma cláusula importantíssima das Suas Leis. E esta cláusula não poderia jamais ser cumprida por todos os espíritos se eles só passassem por uma única encarnação, como prescreve o dogma de algumas Religiões e seitas. Isto é, que o espírito nasce em um bebê, vive “x” anos, o corpo morre, o espírito fica dormindo até o último dia do Juízo Final. Então, é acordado por um anjo e levado ao tribunal Divino. Este faz o cálculo de débitos e créditos das virtudes e pecados. Se o débito é maior, o infeliz vai penar eternamente no fogo do inferno. Se o crédito é um pouco maior, o infeliz vai penar alguns séculos no purgatório. Depois um anjo vai lá e resolve se ele vai para o Céu ou não. Se o crédito é bem maior então os pecados são perdoados e ele vai todo feliz direto para o Céu. Tão feliz que não chega a lembrar dos infelizes que vão para o inferno eterno! Os geradores deste dogma inteiramente humano, e seus seguidores, criaram e sustentam um “deus” cruel, injusto, sádico, que só deve servir para eles.

Outros, os ateus e os céticos, geraram o dogma de um “deus” injusto e menos cruel. Simplificando as coisas, a fim de ter menos preocupações e menor responsabilidade, decidiram que não há sobrevivência do espírito. Que este nasce com o corpo e morre com o corpo. É o dogma da extinção. Bastante prático, não é? E é engraçado que muita gente que freqüenta Igrejas passa a vida sendo partidária deste dogma. Enfim, os apologistas e seguidores de ambos os dogmas só vão enxergar a verdade da imortalidade quando abrirem os olhinhos da alma ali no outro lado da vida. Só então vão exclamar: Ah! E não é que o espírito é imortal mesmo?! E não é que o espírito passa por vidas sucessivas na carne? Puxa! E não é que a Lei da Reencarnação é uma verdade?! “E agora, José?” Daí, então, os Josés do além mostram para eles que Deus é plenamente Justo e de modo algum vai jogá-los no inferno eterno, e que terão oportunidade de habitar no Céu, mesmo que isso demore cem, mil ou dez mil anos. Dependerá do esforço e da boa vontade de cada um. É dessas coisas que Deus está falando por Ezequiel neste versículo e nos seguintes. O leitor estará observando que Ezequiel redigiu este capítulo com clareza, usando poucas metáforas. Então permite a todos compreender sob leitura ao pé da letra. Visto que o valor do conteúdo é essencial para cada pessoa aprender como se comportar na vida dentro de um padrão justo, a fim de que o espírito progrida na conquista da perfeição moral que o levará ao céu. Por conseguinte, os capítulos redigidos com alegorias podem ser compreendidos por qualquer pessoa, até mesmo por analfabetos desde que alguém

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lhes explique com palavras e sentenças simplificadas. Tenho experiência disto. Se o analfabeto é inteligente entenderá, visto que seu espírito tem sabedoria suficiente, motivado por idade de milhares de anos.

Neste caso, a limitação está no cérebro, pelo fato de tal pessoa não ter passado por escolas, a fim de ter o aprendizado disciplinado por programas escolares.

Aliás, o mesmo ocorre com a pessoa de nível escolar superior que não cuida de conhecer os segredos das coisas do espírito e das coisas de Deus. Por isso, mantém-se analfabeta ante a linguagem dos profetas e Apóstolos.

A grandeza do cientista afamado em Física, em Química, em Mecânica, etc., surge do fato de ele se dedicar de corpo e alma a uma destas ciências.

O mesmo ocorre com o Mestre religioso, denominado “teósofo”. NO TA Teosofia é palavra derivada do grego: teo, Deus; sofia, sabedoria.

Isto é, sabedoria das coisas de Deus. Não estou falando de determinada igreja da Ásia. Estou falando do teósofo e do teólogo que se dedicam a conhecer e a explicar os segredos da natureza de Deus e de Sua Hierarquia, através da conjugação das Ciências espirituais e das Ciências terrenas. É o que fez Ezequiel, e o que fez Jesus Cristo ao mostrar e demonstrar em maior profundidade a Onisciência, Onipotência e Onipresença de Deus em nosso Mundo e em nossa vida e, ao mesmo tempo, mostrar a potencialidade do espírito humano e do corpo humano, individual, e a potencialidade do Espírito, e do Corpo coletivo que perfaz a Humanidade. Neste século, pelo progresso das Ciências terrenas, o homem já possui mais

facilidade em conhecer a Deus e a Hierarquia Celeste, não obstante não os enxergar como Ezequiel, Daniel e São João Evangelista enxergaram e descreveram em alegoria. Em todos os tempos tem havido alguns homens que têm enxergado anjos e almas, os quais são denominados videntes e/ou clarividentes, segundo as suas capacidades. No Brasil, hoje, há uma porção deles, com destaque para o médium Francisco Cândido Xavier. Destaque proporcionado pela sua humildade, altruísmo e moderação. Entre as suas qualidades destaca-se a de escritor benemérito com aproximadamente quatrocentas obras e milhões de exemplares. Contudo, todo o resultado financeiro da venda delas, ele doa para Instituições de caridade, mantendo-se pobre como Jó. São obras psicografadas por espíritos através de suas mãos. Portanto, confessa humildemente que não são obras suas. Que não passa de simples instrumento de mensageiros da Hierarquia Divina. Confissão que nos faz lembrar da sentença de Nostradamus: “Deus opera entre os homens pelo ministério de seus anjos”.

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TRANSCRIÇÃO FIEL DO LIVRO DE EZEQUIEL Capítulos 1 a 4 e 18

A primeira visão dos querubins

CAPÍTULO 1 E ACONTECEU no trigésimo ano, no quarto mês, no dia quinto do mês, que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu vi visões de Deus.

2 No quinto dia do mês ( no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim),

3 Veio expressamente a palavra do Senhor a Ezequiel, filho de Buzí, o sacerdote, na terra dos caldeus, junto ao rio Quebar, e ali esteve sobre ele a mão Senhor.

4 Olhei, e eis que um vento tempestuoso vinha do norte, e uma grande nuvem, com um fogo a revolver-se; e um resplendor ao redor dela, e no meio uma coisa como de cor de âmbar, que saía dentre o fogo.

5 E do meio dela saía a semelhança de quatro animais. E esta era a sua

aparência; t inham a semelhança de um homem.

6 E cada um tinha quatro rostos, como também cada um deles quatro asas.

7 E os seus pés eram pés direitos, e as plantas dos seus pés como a planta do pé de uma bezerra; e luziam como a cor de cobre polido. 8 E tinham mãos de homem debaixo das suas asas, aos quatro lados; e assim todos quatro tinham seus rostos e suas asas.

9 Uniam-se as suas asas uma à outra; não se viravam quando andavam; cada qual andava diante do seu rosto.

10 E a semelhança dos seus rostos era como o rosto de homem; e à mão direita todos os quatro tinham rosto de leão, e à mão esquerda todos os quatro tinham rosto

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de boi; e também o rosto de águia todos os quatro.

11 E os seus rostos e as suas asas eram separados em cima: cada qual t inha duas asas juntas uma à outra, e duas cobriam os corpos deles.

12 E cada qual andava diante do seu rosto; para onde o espírito havia de ir, iam; não se viravam quando andavam. 13 E, quanto à semelhança dos animais, o seu parecer era como brasas de fogo ardentes, como uma aparência de tochas; o fogo corria por entre os animais, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos;

14 E os animais corriam, e tornavam, à semelhança dos relâmpagos.

15 E vi os animais; e eis que havia uma roda na terra junto aos animais, para cada um dos seus quatro rostos.

16 O aspecto das rodas, e a obra delas, era como cor de turquesa, e as quatro tinham uma mesma semelhança; e o seu aspecto, e a sua obra, era como se estivera uma roda no meio de outra roda.

17 Andando elas, andavam pelos quatro lados deles; não se viravam quando andavam.

18 Estas rodas eram tão altas, que metiam medo; e as quatro tinham as suas cambas cheias de olhos ao redor.

19 E, andando os animais, andavam as rodas ao pé deles; e, elevando-se os animais da terra, elevavam-se também as rodas.

20 Para onde o espírito queria ir, iam; para onde o espírito tinha de ir; e as rodas se elevavam defronte deles, porque o espírito da criatura vivente estava nas rodas.

21 Andando eles, andavam elas; e, parando eles, paravam elas; e, elevando-se eles da terra, elevavam-se também as rodas defronte deles; porque o espírito dos animais estava nas rodas.

22 E sobre as cabeças dos animais havia uma semelhança de firmamento, como um aspecto de cristal terrível, estendido por cima, sobre as suas cabeças.

23 E debaixo do firmamento estavam as suas asas direitas, uma em direção à outra; cada um tinha duas, que lhe cobriam o corpo de uma banda, e cada um tinha outras duas, que os cobriam da outra banda.

24 E, andando eles, ouvi o ruído de suas asas, como o ruído de muitas águas, como a voz do Onipotente, a voz de um estrondo, como o estrépito de um exército; parando eles, abaixavam as suas asas.

25 E ouviu-se uma voz por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças; parando eles, abaixavam as suas asas.

26 E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como de uma safira; e sobre a semelhança do trono havia como que a semelhança de um homem, no alto, sobre ele.

27 E vi como a cor de âmbar, como o aspecto do fogo pelo interior dele, desde a semelhança dos seus lombos, e daí para cima; e, desde a semelhança dos seus lombos, e daí para baixo, vi como a semelhança de fogo, e um resplendor ao redor dele.

28 Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do Senhor; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava. A vocação de Ezequiel – Visão do rolo de

livro CAPÍTULO 2 E disse-me: Filho do homem, põe-te em pé, e falarei contigo.

2 Então entrou em mim o espírito, quando falava comigo, e me pôs em pé, e ouvi o que me falava.

3 E disse-me: Filho do homem, eu te envio aos filhos de Israel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; a eles e seus pais prevaricaram contra mim, até este mesmo dia.

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4 E os filhos são de semblante duro, e obstinados de coração. Eu te envio a eles, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ.

5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta.

6 E tu, o filho do homem, não os temas nem temas as suas palavras; ainda que sejam sarças e espinhos para contigo, e tu habites com escorpiões, não temas as suas palavras, nem te assustes com os seus rostos, porque são casa rebelde.

7 Mas tu lhes dirás as minhas palavras, quer ouçam quer deixem de ouvir, pois são rebeldes.

8 Mas tu, ó filho do homem, ouve o que eu te digo, não sejas rebelde como a casa rebelde; abre a tua boca, e come o que eu te dou.

9 Então vi, e eis que uma mão se estendia para mim, e eis que nela estava um rolo de livro.

10 E estendeu-o diante de mim, e ele estava escrito por dentro e por fora; e nele se achavam escritas lamentações, e suspiros e ais. CAPÍTULO 3 DEPOIS me disse: Filho do homem, come o que achares; come este rolo, e vai, e fala à casa de Israel. 2 Então abri a minha boca, e me deu a comer o rolo. 3 E disse-me: Filho do homem, dá de comer ao teu ventre, e enche as tuas entranhas deste rolo que eu te dou. Então o comi, e era na minha boca doce como o mel. 4 E disse-me: Filho do homem, vai, entra na casa de Israel, e dize-lhe as minhas palavras. 5 Porque tu não és enviado a um povo de estranha fala, nem de língua difícil, mas à casa de Israel; 6 Nem a muitos povos de estranha fala, e de língua difícil, cujas palavras não possas entender; se eu aos tais te enviara, certamente te dariam ouvidos. 7 Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem

dar ouvidos a mim; porque toda a casa de Israel é de rosto obstinado e dura de coração. 8 Eis que fiz duro o teu rosto contra os seus rostos, e forte a tua fronte contra a sua fronte. 9 Fiz como diamante a tua fronte, mais forte do que a pederneira; não os temas pois, nem te assombres com os seus rostos, porque casa rebelde são. 10 Disse-me mais: Filho do homem, mete no teu coração todas as minhas palavras que te hei de dizer, e ouve-as com os teus ouvidos. 11 Eia pois, vai aos do cativeiro, aos filhos do teu povo, e lhes falarás, e lhes dirás: Assim diz o Senhor JEOVÁ; quer ouçam quer deixem de ouvir. 12 E levantou-me o espírito, e ouvi por detrás de mim uma voz de grande estrondo, que dizia: Bendita seja a glória do Senhor, desde o seu lugar. 13 E ouvi o barulho das asas dos animais, que tocavam umas nas outras, e o barulho das rodas defronte deles, e o sonido de um grande estrondo. 14 Então o espírito me levantou, e me levou; e eu me fui mui triste, no ardor do meu espírito, mas a mão do Senhor era forte sobre mim. 15 E vim aos do cativeiro, a Tel-Abibe, que moravam junto ao rio Quebar; e eu morava onde eles moravam, e fiquei ali sete dias, pasmado no meio deles.

O atalaia de Israel 16 E sucedeu que, ao fim de sete dias, veio a palavra do Senhor a mim, dizendo: 17 Filho do homem, eu te dei por atalaia sobre a casa de Israel; e tu da minha boca ouvirás a palavra, e os avisarás da minha parte. 18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.

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19 Mas, se avisares o ímpio, e ele não se converter da sua impiedade e do seu caminho ímpio, ele morrerá na sua maldade, mas tu livraste a tua alma. 20 Semelhantemente, quando o justo se desviar da sua justiça, e fizer maldade, e eu puser diante dele um tropeço, ele morrerá; porque, não o avisando tu, no seu pecado morrerá, e suas justiças que praticara não virão em memória, mas o seu sangue da tua mão o requererei. 21 Mas, avisando tu o justo, para que o justo não peque, e ele não pecar, certamente viverá, porque foi avisado; e tu livraste a tua alma. 22 E a mão do Senhor estava sobre mim ali, e me disse: Levanta-te, e sai ao vale, e ali falarei contigo. 23 E levantei-me, e saí ao vale, e eis que a glória do Senhor estava ali, como a glória que vi junto ao rio Quebar; e caí sobre o meu rosto. 24 Então entrou em mim o espírito, e me pôs em pé, e falou comigo, e me disse: Entra, encerra-te dentro de tua casa. 25 Porque, ó filho do homem, eis que porão cordas sobre ti, e te ligarão com elas; não sairás pois ao meio deles. 26 E eu farei que a tua língua se pegue ao teu paladar, e ficarás mudo, e não lhes servirás de varão que repreenda; porque casa rebelde são eles. 27 Mas quando eu falar contigo, abrirei a tua boca, e lhes dirás: Assim diz o Senhor: Quem ouvir ouça, e quem deixar de ouvir, deixe; porque casa rebelde são eles.

Predição do cerco de Jerusalém CAPÍTULO 4 TU pois, ó filho do homem, toma um tijolo, e pô-lo-ás diante de ti, e grava nele a cidade de Jerusalém. 2 E põe contra ela um cerco, e edifica contra ela uma fortificação, e levanta contra ela uma tranqueira, e põe contra ela arraiais, e põe-lhe vaivéns em redor. 3 E tu toma uma sertã de ferro, e põe-na por muro de ferro entre ti e a cidade; e dirige para ela o teu rosto, e assim será

cercada, e a cercarão; isto servirá de sinal à casa de Israel. 4 Tu também deita-te sobre o teu lado esquerdo, e põe a maldade da casa de Israel sobre ele; conforme o número dos dias que te deitares sobre ele, levarás as suas maldades. 5 Porque eu te tenho fixado os anos da sua maldade, conforme o número dos dias, trezentos e noventa dias; e levarás a maldade da casa de Israel. 6 E, quando cumprires estes, tornar-te-ás a deitar sobre o teu lado direito, e levarás a maldade da casa de Judá quarenta dias; um dia te dei por cada ano. 7 Dirigirás pois o teu rosto para o cerco de Jerusalém com o teu braço descoberto, e profetizarás contra ela. 8 E eis que porei sobre ti cordas; assim tu não te voltarás de um lado para o outro, até que cumpras os dias do teu cerco. 9 E tu toma trigo, e cevada, e favas, e lentilhas, e milho, e aveia, e mete-os num vaso, e faze deles pão; conforme o número dos dias que te deitares sobre o teu lado, trezentos e noventa dias, comerás disso. 10 E a tua comida, que hás de comer, será do peso de vinte siclos cada dia; de tempo em tempo a comerás. 11 Também beberás a água por medida, a Sexta parte de um him; de tempo em tempo beberás. 12 E o que comeres será como bolos de cevada, e o cozerás com o esterco que sai do homem, diante dos olhos deles. 13 E disse o Senhor: Assim comerão os filhos de Israel o seu pão imundo, entre as nações, para onde serão lançados. 14 Então disse eu: Ah! Senhor, Senhor! eis que a minha alma não foi contaminada, porque nunca comi coisa morta, nem despedaçada, desde a minha mocidade até agora; nem carne abominável entrou na minha boca. 15 E disse-me: Vê, tenho-te dado esterco de vacas, em lugar de esterco de homem, e com ele prepararás o teu pão.

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16 Então me disse: Filho do homem, eis que eu torno instável o sustento de pão em Jerusalém, e comerão o pão por peso, e com desgosto; e a água beberão por medida, e com espanto; 17 Para que o pão e a água lhes faltem, e se espantem uns com os outros, e se consumam nas suas maldades.

A responsabilidade é pessoal CAPÍTULO 18 E VEIO a mim a palavra do Senhor, dizendo: 2 Que tendes vós, vós que dizeis esta parábola acerca da terra de Israel, dizendo: os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? 3 Vivo eu, diz o Senhor JEOVÁ, que nunca mais direis este provérbio em Israel. 4 Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha: a alma que pecar, essa morrerá.

5 Sendo pois o homem justo, e fazendo justiça,

6 Não comendo sobre os montes, nem levantando os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, nem contaminando a mulher do seu próximo, nem se chegando à mulher na sua separação;

7 Não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, e não roubando, dando o seu pão ao faminto, e cobrindo ao nu com vestido;

8 Não dando o seu dinheiro à usura, e não recebendo demais, desviando a sua mão da injustiça, e fazendo verdadeiro juízo entre homem e homem;

9 Andando nos meus estatutos, e guardando os meus juízos, para obrar segundo a verdade, o tal justo certamente viverá, diz o Senhor JEOVÁ.

10 E se ele gerar um filho ladrão, derramador de sangue, que fizer a seu irmão qualquer destas coisas;

11 E não cumprir todos aqueles deveres, mas antes comer sobre os montes, e contaminar a mulher do seu próximo;

12 E oprimir ao aflito e necessitado, praticar roubos, não tornar o penhor, e levantar os seus olhos para os ídolos, cometer abominação;

13 E emprestar com usura, e receber demais, porventura viverá? Não viverá. Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.

14 E eis que, se ele gerar um filho que veja todos os pecados que seu pai fez, e, vendo-os, não cometer coisas semelhantes;

15 Não comer sobre os montes, e não levantar os seus olhos para os ídolos da casa de Israel, e não contaminar a mulher de seu próximo;

16 E não oprimir a ninguém, e não retiver o penhor, e não roubar, der o seu pão ao faminto, e cobrir ao nu com vestido;

17 Desviar do aflito a sua mão, não receber usura em demasia, fizer os meus juízos, e andar nos meus estatutos, o tal não morrerá pela maldade de seu pai; certamente viverá.

18 Seu pai, porque fez opressão, e roubou os bens do irmão, e fez o que não era bom no meio de seu povo, eis que ele morrerá pela sua maldade.

19 Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso certamente viverá.

20 A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade dopai, nem o pai levará a maldade do filho. A justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele.

21 Mas se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá.

22 De todas as suas transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela sua justiça que praticou viverá.

23 Desejaria eu, de qualquer maneira, a morte do ímpio? Diz o Senhor JEOVÁ; não desejo antes que se converta dos seus caminhos, e viva?

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24 Mas, desviando-se o justo da sua justiça, e cometendo a iniqüidade, fazendo conforme todas as abominações que faz o ímpio, porventura viverá? De todas as suas justiças que tiver feito não se fará memória; na sua transgressão com que transgrediu e o seu pecado com que pecou, neles morrerá.

25 Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é direito. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho direito? Não são os vossos caminhos torcidos?

26 Desviando-se o justo da sua

justiça, e cometendo iniqüidade, morrerá por ela; na sua iniqüidade que cometeu morrerá.

27 Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu, e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.

28 Pois que reconsidera, e se converte de todas as suas transgressões que cometeu, certamente viverá, não morrerá.

29 Contudo, diz a casa de Israel: O caminho do Senhor não é direito. Não são os

meus caminhos direitos, ó casa de Israel? E não são os vossos caminhos torcidos?

30 Portanto, eu vos julgarei, a cada um conforme os seus caminhos, ó casa de Israel, diz o Senhor JEOVÁ; vinde, e convertei-vos de todas as vossas transgressões, e a iniqüidade não vos servirá de tropeço.

31 Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes, e criai em vós um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel?

32 Porque não tomo prazer na morte do que morre, diz o Senhor JEOVÁ; convertei-vos, pois, e vivei.

INTERPRETAÇÃO DO CAPÍTULO VII DO LIVRO DO PRO FETA DANIEL

OS QUATRO ANIMAIS SIMBÓLICOS

INTRO DUÇÃO

Conforme exposto por Nostradamus nos dez tópicos da carta ao Rei Henrique, o “fim dos tempos” significa o fim das más tendências humanas, ou melhor, o fim da predominância destas tendências; o fim da predominância do mau comportamento, individual e social, que tem ocasionado inusitada destruição dos valores morais e materiais da Humanidade e, em nossa época, a predominância da injustiça atingiu o clímax.

A Lei e a Justiça estão desvirtuadas, ora por excessos de liberalismo, ora por excesso de severidade. A Consciência e a Sensibilidade estão muito inibidas, no que tange aos Direitos e Deveres, do indivíduo e da Coletividade. A Lei e a Justiça são instrumentos que existem com a finalidade de beneficiar ao todo, não obstante a disciplina que irreversivelmente é acionada por elas seja um fator desagradável e aparentar prejuízo. A Lei e a Justiça precisam e devem ser aplicadas com o bom discernimento e não com licenciosidade. A própria Justiça Divina sabe ser justa com magnanimidade, mas quando o abuso excede os limites Ela sabe ser severa.

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No Livro do Apocalipse, capítulo 18, versículo 21, São João acentua este fato com uma alegoria marcante, quando escreve: -- “E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e lançou-a ao mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, aquela grande cidade, e não será mais achada”. Estamos nessa fase babilônia... Segundo Nostradamus, essa fase de injustiça e terror irá a seu clímax até julho de 1999, quando então se inicia a transformação e regeneração dos valores morais e materiais, e a Humanidade inicia um programa ordeiro e disciplinado de reconstrução através da Concórdia justa. Diz ele na X Centúria, quadra LXXII: “No ano mil novecentos e noventa e sete /mês Do céu virá um grande Reide assustar: Ressuscitar o grande Rei d’Angoumois, Antes depois Marte por boa sorte reinar”. Estará ele falando da mó que o anjo vai jogar em nossas cabeças? Em outras quadras Nostradamus mostrou com precisão datas em que se dariam certos acontecimentos sociais, e tais acontecimentos foram sendo confirmados. Para nossa época essa previsão já se evidencia. Através de acontecimentos passados e presentes distinguem-se, por simples análise e observação dos fatos, que essa data marcará o ponto crítico da transição da desordem para a Ordem, da degeneração dos costumes para a regeneração deles. Se os dizeres desta quadra apresentam-se um pouco nebulosos, podemos clareá-los assim: No ano de 1999, mês de julho, sucederão acontecimentos jamais vistos. Embora previstos e alertados no correr dos séculos, através de profetas e cientistas. Os Poderes Celestes entrarão em ação com determinação necessária, embora surpreendente, e essa ação receberá reações

humanas e ambientais, sujeitando o mundo a calamidades e hecatombes. E tais acontecimentos surpreenderão e assustarão a todos os que não abriram os olhos e ouvidos do entendimento para os alertas dos Santos e Homens. Isto se dará “antes” que o poderio belicoso (Marte) desenvolvido pela Humanidade entre em domínio irreversível, e “depois” de os belicosos terem chegado ao ápice do abuso. Na quadra LXXIII ele comenta que um grande Ser Celeste (jovialista) – do Monte Jovis romano, com significado relativo ao Monte Sião de Israel – o qual representa a Justiça Divina na Terra, e apóia a Justiça terrena, cuidará do julgamento ideal para as ações necessárias. X Centúria – quadra LXXIII O tempo presente com o passado, Será julgado por grande Jovialista: O mundo tarde lhe ficará fatigado E desleal pelo clero jurista. Entendo que por esta quadra ele quer dizer que o grande Tribunal Celeste já está instalado em nossos tempos, e já está acionando uma forte inspiração dirigida às mentes dos Legisladores e Magistrados e Chefes Religiosos no sentido de reestruturarem as leis vigentes e torná-las mais eficazes contra os abusos e más interpretações e decisões injustas, em âmbito nacional e internacional. Que a precariedade das leis vigentes proporcionam desgraças em todos os sentidos, e os povos já estão fatigados com a situação reinante. Ao mesmo tempo os povos tornam-se desleais aos bons costumes por aproveitarem dos precedentes facultados aos seus interesses imediatos. Um dos casos patentes hoje é o das leis do aborto, as quais inocentam os abortistas, proporcionando-lhes a liberdade de assassinar milhões e milhões de crianças, as quais receberam da Divindade o Direito de nascer. Contudo, certos médicos, parteiras e outros empregados coniventes, e também os pais arrostam a Lei Divina do Direito de Nascer, supondo estarem livres do

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castigo por estarem velados por leis fantasiadas de direito humano de fugir das responsabilidades que o gozo do sexo proporciona. E há os casos de terroristas que compõem os grupos guerrilheiros, os quais assassinam e destróem, desbragadamente, e depois têm ainda o desplante de reivindicar os benefícios dos “direitos humanos”. E alguns tíbios governantes até conferem aos líderes altos cargos na política e no Governo. As promessas do Cristo para o bem-estar da Humanidade começam a realizar-se. As almas e os homens que se deleitam em suas atividades satânicas engolirão seus próprios vômitos... Pois bem. Vamos agora às profecias de Daniel. CAPÍTULO SETE – OS QUATRO ANIMAIS SIMBÓLICOS PREÂMBULO : Inicialmente devemos observar que os quatro animais simbólicos apresentados por Daniel correspondem aos quatro animais relatados pelo Apóstolo João, no Apocalipse, capítulo 4 (Os quatro cavaleiros). Aliás, São João teve sua visão a mais ou menos 700 anos após Daniel e o registra talvez com o intuito de mais uma vez confirmar os Profetas, as profecias de Jesus e de seus Apóstolos. Escrevo em empatia com Daniel, descrevendo e explicando, sinteticamente, a sua visão: Cap. VII – v. 1: Estando eu na cidade de Babilônia, no primeiro ano de Baltazar, deitado em minha cama tive uma visão das coisas que passo a relatar. Não foi um sonho comum, mas sim uma visão grandiosa e racional mostrada ao meu espírito, cujas faculdades de inteligência e sentimentos não têm as limitações do cérebro, e meu cérebro registrou tais conhecimentos em símbolos de grande simplicidade, mas de difícil entendimento, em virtude das limitações do

cérebro humano em sua limitada capacidade de conhecimento das verdades da vida espiritual, e mesmo das coisas materiais. Porém, fatos que irão sendo experimentados e conhecidos pelos homens no decorrer dos tempos. Embora eu tenha recebido de Deus faculdades excepcionais para conhecer muitas coisas que não foram dadas ao comum das pessoas do meu tempo, estas ciências surpreenderam e me confundiram, e isto ocorrerá a muitos que leremos os meus escritos. E poucos compreenderão, mesmo no futuro, quando as ciências humanas já terão evoluído bastante. Cap. 7-2: Foi-me dado ver em um todo a natureza da Terra em seu âmbito, ao que eu chamo por “mar grande”, isto é: - a esfera da terra, de águas, de ar que compreende a atmosfera, e a estratosfera; todas intercambiando as suas forças energéticas em atividades centrífuga e centrípeta. Pois que são esferas dotadas de energias distintas, isto é, mais sutis e menos sutis, e suas forças se interpenetram. Outrossim, são esferas concêntricas em relação ao centro da Terra, e suas camadas distintivas transparecem em círculos superpostos, como que flutuando uns sobre os outros, desde a pirosfera até a estratosfera. Observando atentamente a grandiosidade dessas esferas em movimento exuberante de trocas e transformações, de estado e de ação, eu via tudo isso como um formidando combate no entrechoque dos quatro ventos do céu. Cap. 7 – 3: Eis que desse universo maravilhoso surgem quatro animais enormes, de cuja visão fiquei aterrado. Só mais tarde pude raciocinar e entender que eram figuras alegóricas para simbolizar ciclos de evolução do espírito, do homem, da humanidade e do ambiente da Terra. Que o quarto animal vem a simbolizar a engenhosidade humana no uso do ferro e dos metais na conformidade do progresso científico e tecnológico, para

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usufruir das dádivas Celestes prodigalizadas por Deus, o Criador da Terra e de todas as coisas. Cap. 7 – 4: O primeiro animal representa o Espírito humano com suas potencialidades. É aqui simbolizado pelo leão, o qual usa suas forças com engenhosidade adequada para conquistar o suprimento adequado às suas necessidades. As asas de águia representam as forças do pensamento humano. Quando o Espírito humano se prende ao corpo pela encarnação, as suas potencialidades mentais tornam-se limitadas, então a limitação causada pelo cérebro é como se as asas de águia fossem arrancadas. O mesmo se dá com sua capacidade de sentimento. Então o homem tem a sede da inteligência na cabeça, e a sede do sentimento no coração. Embora a Inteligência e o Sentimento fiquem individuados no homem e tenham sua atuação restringida, com relação ao infinito, possuem a faculdade de influir no conjunto da Coletividade por intercâmbio de comunicação psíquica e física. Cada pessoa atua como uma pequena estação de televisão em intercomunicação inteligente e sentimental com o todo. Atinge espaço mais amplo, ou também menor, segundo o seu padrão vibratório átomo-sentimental, isto é, em ondas longas, curtas e supercurtas. Entretanto, sua capacidade de visão, recepção e transmissão, fica muito aquém da capacidade da alma não encarnada ou anjo. Algumas pessoas, como Daniel, São João, São Paulo, recebem a capacidade de ver e se comunicar em maior expansão. E assim relatam suas experiências e conhecimentos para serem aproveitados pelos demais. O mesmo ocorre com os sábios, cientistas e santos, em seus trabalhos específicos em favor do progresso conjugado em todos os setores da vida. Cap. 7 – 5: Vi outro animal, semelhante ao urso, o qual simbolizava o homem

carnívoro, isto é, o homem que foi criado com a determinação de alimentar-se de frutas e produtos vegetais, mas que por força de circunstâncias e vícios passou a alimentar-se também de carnes. Tornou-se então necessário que os Celestes elaborassem uma dentição com três ordens de dentes (molares, incisivos e caninos). (“ três costelas...”). A Providência Divina aceitou essa aberração, segundo a sentença relatada por Daniel: - “Levanta-te e come carne em abundância”. NO TA: Quero lembrar um dado estatístico bastante curioso: uma pessoa que viver 70 anos e comer, em média, 200 gramos diários de carne, terá comido ao redor de 5.000 quilos de carne, o que corresponde a uns l5 bois. Há quem coma bem mais do que isto. Ingerindo 500 gramos diários de alimentos terá ingerido 12,775 quilos deles. Bebendo um litro de água por dia, terá ingerido 25 mil litros de água. Cap. 7 – 6: Depois disto vi outro animal semelhante ao leopardo com quatro asas e quatro cabeças e foi-lhe dado o poder. NO TA : Entendo que o profeta está mencionando as quatro faculdades inteligentes do homem, isto é, a intuição, intelecto, instinto e sensibilidade. Por quatro asas de um pássaro creio que são quatro glândulas e/ou dispositivos do cérebro que processam os pensamentos. Como o leopardo aparenta as tendências de violência, astúcia, ardil, flexibilidade, ferocidade, insensibilidade pelas suas vítimas, entendo que neste caso ele representa essas tendências do homem, que nos são familiares por experiência e análise. Outrossim, o poder intelectual e coletivo tem sido fundamentado nessas tendências, o que vem confirmar esta simbologia do profeta, e de outros. Cap. 7 – 7: Depois disto, prosseguindo na contemplação, vi outro animal, terrível e

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espantoso, o qual simbolizava a industrialização do ferro e de outros metais que deveriam entrar na composição da tecnologia humana aliada a todos os setores de produção, transportes e comunicação. Mantenho o relato sintetizado e profetizo seu evento maciço, e também o desenvolvimento científico previamente elaborado pela Providência Divina em favor do progresso necessário ao conforto dos homens. Contudo, antevejo que, levados pelas más tendências, os homens farão mau uso das ciências que lhes são proporcionadas por Deus. O que lhes é doado para construir, usarão para destruir. Este meu relato tem a finalidade de esclarecer e alertar, e o faço na esperança de ser entendido e atendido, pois, se de um lado, o produto da tecnologia trará um prodigioso bem-estar, por outro lado será um monstro cruel, para desgraçar a humanidade. Então, apresento os artefatos de ferro e metais como um monstruoso ser vivente acionado pela mente e as mãos dos homens. Considere como poderosos dentes de ferro: as engrenagens, polias e rodas das máquinas e veículos nas suas ações construtivas e destrutivas. Os dez chifres e também o pequeno chifre que repontará e arrancará três deles representam a totalidade das atividades psíquicas e físicas da humanidade, secundadas pelo poder dos artefatos que ela terá para manejar, na conformidade de seus méritos e deméritos. O 11o chifre simboliza mais especificamente os canais de comunicação – pela fala, escrita e imagens, apoiados por todos os equipamentos e acessórios físicos e tecnológicos que envolvem os sistemas de comunicação, e inclusive os do sistema de transportes. Eu via que este novo sistema “arrancava”, substituía três outros sistemas de comunicação, transportes e costumes por sistemas de grande velocidade, tanto físicos quanto psíquicos.

Neste contexto, por um lado trazia um progresso fabuloso, e por outro lado facultava uma decadência impressionante. NO TA: Devemos lembrar que esta profecia não leva uma intenção de a Divindade predeterminar a decadência moral e os movimentos destrutivos para castigar a Humanidade. Ela predetermina os planos de progresso. O que seria de nossa Humanidade de hoje, com os seus seis bilhões de pessoas no Mundo, e quiçá dos 50 ou 100 bilhões que estarão vivendo aqui nos próximos 2.000 anos, se tal progresso, e o mais prodigioso ainda do futuro, não fossem realizados? NO TA: Para se entender as referências do profeta no vers. 8 a seguir é preciso saber que: “olhos” simbolizam centros e fulcros de inteligência. Cap. 7 – 8: Eu estava contemplando e analisando o processo de ação organizada desses sistemas de poder ( chifres ou pontas) e eis que do meio deles surgiu um sistema organizado de comunicação que anulou três outros, pois, aparentando um pequeno poder físico, na realidade difundia grande poder de inteligência Humana. Seus artefatos pareciam possuir fulcros de inteligência, e bocas a falar com insolência em prejuízo da mentalidade humana, e falava também com grandiosidade. NO TA: Entendo que por esse versículo Daniel está profetizando a atividade grandiosa da televisão, rádio, revistas, jornais, computadores, etc., os quais atualmente estão sendo mais utilizados para difundir idéias de violência, fraude, beligerância e toda sorte de corrupção, do que para divulgar idéias construtivas e benéficas. Cap. 7-9: Estava eu atento ao que via e ouvia, e em certo tempo foi determinado que a hierarquia Divina assumisse o comando (tronos), e Deus (Ancião de muitos dias)

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assumiu o comando da Terra e diminuiu o livre-arbítrio dos homens. NO TA: Vem em seqüência uma descrição dos atributos de Deus e do Cristo. Esta descrição é reiterada pela visão de São João Evangelista, relatada no Apocalipse, cap. 1, vers. 13 a 16, quando se encontrava na presença de Jesus Cristo e de Deus. Cap. 7 -10: O solo em que Ele se encontrava parecia um impetuoso rio de fogo , semelhante ao horizonte ao despontar da aurora; eram milhares os anjos que o serviam, e milhões de milhões de almas encontravam-se diante dele. E iniciou o julgamento dos homens e almas do âmbito da Terra. Cap. 7 –11 e 12: Eu analisava atentamente o resultado das palavras arrogantes disseminadas pelo poder do sistema de comunicações. Vi que as más tendências humanas tiveram sua ação neutralizada. (“Como se o animal fora morto”), e as lembranças de tais blasfêmias foram apagadas das mentes como que se houvessem sido queimadas pelo fogo; e vi também que as outras más tendências simbolizadas pelos outros animais foram neutralizadas e já não tinham mais poder sobre as virtudes dos homens, e que a duração dessas tendências tinham um final estabelecido, mas seriam suprimidas paulatinamente pelo correr de alguns tempos. Cap. 7 – l3: Eu estava ainda observando estas coisas e eis que vi um Ser, como o filho do homem, que vinha célere pelo espaço (Jesus Cristo, o filho do homem, segundo os Evangelhos), e chegou à presença de Deus, e a Ele foi apresentado solenemente. Cap. 7 – 14: e Deus o ungiu com o Poder, a Honra e a Responsabilidade de reinar; e todos os seres humanos e todas as almas e todos os seres celestiais radicados na Terra

ficaram obedientes ao seu governo; e o seu poder é um poder eterno que jamais lhe será tirado; e o seu reino jamais será destruído. Cap. 7- 15: Meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me espantavam. Cap. 7 – 16: Aproximei-me de um Ser que estava perto e pedi-lhe a verdade sobre o que via. Ele me fez saber a interpretação das coisas, e me disse: Cap. 7 – 17: Estes quatro grandes animais simbolizam quatro ciclos evolutivos da Terra e sua Humanidade. Cap. 7 – 18: Mas os Santos do Deus Altíssimo, que perfazem a Hierarquia da Providência Divina, receberão o reino e entrarão na posse do mesmo reino até a consumação física da Terra (bilhões de anos), e serão partícipes pela eternidade. Cap. 7 – 19 e 20: Depois disto, quis eu diligentemente me informar sobre o quarto animal, que era diferente de todos os outros, sobremaneira apavorante, cujos dentes e unhas eram de ferro e metais, e que devorava e despedaçava e calcava aos pés o que sobejava. E quis também me informar dos dez chifres que tinha na cabeça, e de outro que lhe viera de novo e ao repontar arrancou três outros chifres. Deste chifre que tinha olhos e tinha uma boca que falava com insolência, e que se fez mais poderoso que os outros. Cap. 7 – 21: Eu olhava e observei que aquele poder inteligente lutava contra os justos e prevalecia sobre eles. Cap. 7 – 22: Até que veio Deus e sentenciou a favor dos santos de Deus Todo-Poderoso. Então chegou o tempo pré-estabelecido e os santos receberam o reino da bondade que lhe tem sido prometido.

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Cap. 7 – 23: Ele falou assim: O quarto animal será na Terra o quarto ciclo evolutivo (hoje conhecido por Idade do Ferro), que será maior do que todos os outros reinos. Pelo mau uso do seu poder pelos homens, devorará a Terra e calcará aos pés, e a despedaçará por força dos artefatos destruidores criados pelos homens. Cap. 7-24: Os dez chifres significam dez ciclos de tempos nos quais os poderes organizados pelos homens serão acionados coletivamente com fraudulência; e depois deles será desenvolvido esse poder já mencionado – quando os homens colocarão a inteligência nos artefatos e usarão os equipamentos e dispositivos para destruir as coisas, e para corromper os costumes através dos seus canais de comunicação, máquinas e veículos. Essa Idade do Ferro será mais poderosa do que todas as outras anteriores, e suplantará em poder as três mencionadas, isto é, a Idade da Pedra, Idade da Madeira e a Idade do Cobre. Cap. 7 –25: Nessa Idade do Ferro os homens falarão e atuarão insolentemente contra o Excelso, como nunca fora feito antes. Atropelarão os santos e os justos do Altíssimo, e imaginarão poder mudar os planos Divinos adredemente elaborados para a evolução da Terra e de sua Humanidade. Desobedecerão e desrespeitarão as Leis Divinas. Os justos ficarão entregues ao seu alvitre até o tempo necessário estabelecido pelo Senhor do Mundo. Cap. 7-26 e 27: Depois desse tempo, e no grande momento adequado, o Poder Celeste usará de suas prerrogativas e atuará com justa determinação. Fará um julgamento seletivo, neutralizará o poder nocivo cultivado pelos homens e almas perversos, e tal poder nocivo não poderá ressurgir por todo o sempre – enquanto o Planeta existir. Daí em diante imperará o poder da justiça e da bondade, e da obediência ao Deus Altíssimo e aos seus santos. Desde então a nova Humanidade ( “Nova Jerusalém”) receberá um novo direito ao

livre-arbítrio em razão de ter conquistado maior capacidade de bom-senso, o qual será cultivado e cada vez mais aprimorado pelos homens e almas da Terra, enquanto ela existir, por mais alguns bilhões de anos e pela eternidade – pelos espíritos que a ela terão estado radicados. Cap. 7-28: Aqui terminou o que me foi dito. Eu, Daniel, fiquei muito perturbado pelo que vi e ouvi, e todo o meu entendimento foi transformado; mas conservei os conhecimentos proporcionados por essas visões profundas das coisas, isto é, da natureza humana e ambiental da Terra, e mais as visões dos páramos celestiais que me foram dados a conhecer ainda nesta minha vida humana.

TRANSCRIÇÃO DA BIBLIA

Do Capítulo 7 do Profeta Daniel

Para estudar em confronto com a

Interpretação

A visão dos quatro animais simbólicos Cap. 7 – No primeiro ano de Belsazar, rei de Babilônia, teve Daniel, na sua cama, um sonho e visões de sua cabeça; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas. V. 2 – Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu combatiam no mar grande. V. 3 – E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. V. 4 – O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; eu olhei até que lhe foram arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem; e foi-lhe dado um coração de homem.

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V. 5 – Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. V. 6 – Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; t inha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. V. 7 - Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual t inha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e t inha dez pontas. V. 8 – Estando eu considerando as pontas, eis que entre elas subiu outra ponta pequena, diante da qual três das pontas primeiras foram arrancadas; e eis que nesta ponta havia olhos, como olhos de homem, e uma boca que falava grandiosamente. V. 9 – Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; o seu vestido era branco como a neve, e o cabelo de sua cabeça como a limpa lã; o seu trono chamas de fogo, e as rodas dele fogo ardente. V. 10 – Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. V. 11 – Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que provinha da ponta; estive olhando até que o animal foi morto e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo. V. 12 – E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes dada prolongação de vida até certo espaço de tempo. V. 13 – Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. V. 14 – E foi-lhe dado o domínio e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e

línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino o único que não será destruído. V. 15 – Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me espantavam. V. 16 – Cheguei-me a um dos que estavam perto, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele me disse, e fez-me saber a interpretação das coisas. V. 17 – Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. V. 18 – Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e possuirão o reino para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. V. 19 – Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro, e as suas unhas de metal; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés os que sobravam. V. 20 – E também das dez pontas que tinha na cabeça, e da outra que subia, de diante da qual caíram três, daquela ponta, digo, que tinha olhos, e uma boca que falava grandiosamente, e cujo parecer era mais firme, do que o das suas companheiras. V. 21 – Eu olhava, e eis que esta ponta fazia guerra contra os santos, e os vencia. V. 22 – Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. V. 23 – Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na Terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a Terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. V. 24 – E, quanto às dez pontas, daquele mesmo reino se levantarão, dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. V. 25 – E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo; e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão por um tempo, e tempos, e metade de um tempo.

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V. 26 – Mas o juízo estabelecer-se-á e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. V. 27 – E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. V. 28 – Aqui findou a visão. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me espantavam, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei estas coisas no meu coração.