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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EBITDA: UMA FERRAMENTA DE ANÁLISE DE DESEMPENHO
FINANCEIRO EMPRESARIAL
Por: Vanessa Rodrigues Porto
Orientador
Prof. Antônio Ney
Niterói
2009
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
EBITDA: UMA FERRAMENTA DE ANÁLISE DE DESEMPENHO
FINANCEIRO EMPRESARIAL
Apresentação de monografia ao Instituto A Vez do
Mestre – Universidade Candido Mendes como
requisito parcial para obtenção do grau de
especialista em Finanças e Gestão Corporativa.
Por: Vanessa Rodrigues Porto
2
AGRADECIMENTOS
A Deus, o grande e verdadeiro
responsável por nossas vitórias.
Ao meu namorado, familiares e amigos
que de alguma forma estiveram ao meu
lado, me apoiando e acreditando na
capacidade de realização deste grande
sonho.
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RESUMO
O presente trabalho visa ressaltar a relevância da utilização do
EBITDA como indicador de desempenho financeiro das empresas de grande
porte provido da análise das demonstrações contábeis. Tendo em vista que
nos últimos anos o EBITDA passou a ser um indicador financeiro amplamente
empregado pelas empresas e pelos analistas de mercado como sendo a
principal ou até mesmo a única ferramenta de avaliação de desempenho
financeiro empresarial. Para tanto, é feita uma revisão bibliográfica abordando
alguns métodos utilizados pelas empresas na análise de suas demonstrações
contábeis, buscando destacar os indicadores financeiros, dando uma maior
ênfase ao indicador EBITDA, alvo deste estudo, visando buscar conhecer a
importância de sua utilização por um grande número de empresas.
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METODOLOGIA
A metodologia adotada para a elaboração deste trabalho trata-se da
pesquisa bibliográfica. Visto que segundo Vergara (2007, p. 48) “pesquisa
bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material
publicado em livros, revistas, jornais, redes eletrônicas, isto é, material
acessível ao público em geral”. Pois para tanto foram consultados livros e
artigos das áreas contábeis e financeira referentes ao tema proposto.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I - Métodos de Análise das Demonstrações Contábeis 09
CAPÍTULO II - Indicadores Financeiros 14
CAPÍTULO III - EBITDA 27
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42
7
INTRODUÇÃO
A dinâmica empresarial faz com que cada vez mais seja necessário
que as empresas façam o levantamento sobre a sua posição econômica e
financeira. E para a compreensão desta posição, é preciso uma análise mais
profunda de suas demonstrações contábeis.
Através da análise das demonstrações contábeis podem-se extrair
diversas informações sobre a posição econômica e financeira das empresas,
que ajudarão para a tomada de decisões.
Entre essas informações está o EBITDA alvo principal deste estudo
que visa ressaltar a relevância da sua utilização como indicador de
desempenho financeiro empresarial. Tendo em vista que nos últimos anos o
EBITDA passou a ser um indicador financeiro amplamente empregado pelas
empresas e pelos analistas de mercado como sendo a principal ou até mesmo
a única ferramenta de avaliação de desempenho financeiro das empresas.
Diferentemente de uma avaliação que visa somente o resultado final
da empresa, ou seja, se gerou lucro ou prejuízo, que por muitas vezes não
reflete seu verdadeiro desempenho no período, o EBITDA analisa os
resultados provenientes das atividades operacionais da empresa, não levando
em consideração os efeitos financeiros e de impostos, refletindo a eficiência,
eficácia e produtividade organizacional.
Organizada em três capítulos, a presente pesquisa visa abordar as
informações fornecidas pelo EBITDA como indicador de desempenho
financeiro das empresas de grande porte provido da análise das
demonstrações contábeis.
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O capítulo I aborda alguns métodos de análise das demonstrações
contábeis, como a análise vertical, análise horizontal e análise por meio de
indicadores.
O capítulo II identifica os principais indicadores financeiros, que podem
ser agrupados em indicadores de estrutura de capital, indicadores de liquidez e
indicadores de rentabilidade.
No capítulo III é feita uma avaliação das informações fornecidas pelo
EBITDA, abordando seu conceito, a forma como se deve calculá-lo, sua
importância, além de relatar algumas vantagens e críticas relativas ao seu
emprego.
Ao final é apresentada a conclusão baseada nas referências teóricas
que foram levantadas através de pesquisas bibliográficas para o
desenvolvimento deste trabalho.
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CAPÍTULO I
MÉTODOS DE ANÁLISE
DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Em tempos de acirrada competitividade, onde as empresas buscam
aumentar cada vez mais seu desempenho, a análise das demonstrações
contábeis vem se tornando além de uma formalidade uma ferramenta de
grande utilidade, sendo essencial nos dias de hoje.
Alguns autores utilizam nomenclaturas diferentes para denominar a
expressão análise das demonstrações contábeis. Pode se tomar como
exemplos Hoji (2000, p. 268) que diz que “análise de demonstrações contábeis
e análise de balanços têm o mesmo significado” e Marion (2002, p. 21) que
mostra “a análise das demonstrações contábeis, também conhecida como
análise das demonstrações financeiras [...]”.
Segundo Silva (2001, p. 202):
“quando desenvolvemos a chamada análise de demonstrações financeiras, estamos utilizando nosso conhecimento sobre a empresa, bem como as informações obtidas por meio das demonstrações financeiras, com intuito de compreender e avaliar aspectos como: a capacidade de pagamento da empresa mediante geração de caixa; capacidade de remunerar os investidores gerando lucro em níveis compatíveis com suas expectativas; nível de endividamento, motivo e qualidade do endividamento; políticas operacionais e seus impactos na necessidade de capital de giro da empresa e impacto das decisões estratégicas relacionadas a investimentos e financiamento, por exemplo”.
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Alguns métodos de análise das demonstrações contábeis utilizadas
são a análise vertical, a análise horizontal e a análise dos indicadores
financeiros e econômicos.
Para Iudícibus e Marion (2000, p. 138) “uma das técnicas bastante
conhecidas na Análise de Balanços é a Análise Horizontal das Demonstrações
Financeiras, seguida da Análise Vertical”. Os autores complementam ainda
dizendo que “todavia, os quocientes (índices) são tidos como melhores
instrumentos para avaliar a saúde das empresas”.
No entanto antes da realização de qualquer uma dessas analises é
preciso que se tenha o conhecimento histórico da empresa analisada, além de
informações sobre empresas do mesmo segmento para que se possa
compará-los.
1.1 – Análise Vertical
A análise vertical calcula a participação percentual de cada conta das
demonstrações contábeis em relação ao somatório de seu grupo.
Silva (2001, p. 203) descreve que o “propósito da análise vertical (AV)
é mostrar a participação relativa de cada item de uma demonstração financeira
em relação a determinado referencial”. O autor continua exemplificando, “No
balanço, por exemplo, é comum determinarmos quanto por cento representa
cada rubrica (e grupo de rubricas) em relação ao ativo total”.
Para HOJI (2000, p. 273) “a análise vertical facilita a avaliação da
estrutura do Ativo e do Passivo, bem como a participação de cada item da
Demonstração de Resultado na formação do lucro ou prejuízo”.
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Conforme Silva (2001, p. 204) “em cada ano, para calcularmos os
percentuais da coluna da análise vertical (AV), dividimos o valor da rubrica que
queremos calcular pelo valor-base e multiplicamos por cem”.
AVn = Rubrican
x 100
Basen
Silva (2001, p. 204) destaca ainda que “o valor-base no balanço
patrimonial é o ativo total e na demonstração do resultado é a receita líquida
de vendas”.
A análise vertical é importante pois indica a composição da estrutura
das contas, ou seja o quanto cada conta representa em relação ao todo.
Possibilita a visualização da evolução das contas ao longo do tempo, de dois
ou mais exercícios. E permite também uma comparação entre empresas de
mesmo segmento, para verificar se está compatível com o mercado. Sendo
assim, a manutenção, o aumento ou a redução no percentual de cada conta
analisada expressa a sua composição e o seu desempenho.
1.2 – Análise Horizontal
A análise horizontal verifica a evolução de cada conta ou grupo de
contas das demonstrações contábeis durante um determinado período,
permitindo sua comparação em diferentes exercícios sociais.
Para Silva (2001, p. 208) “o propósito da análise horizontal (AH) é
permitir o exame da evolução de cada uma das contas que compõem as
demonstrações financeiras”.
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Silva (2001, p. 209) diz que “tradicionalmente, na análise horizontal
tomamos o primeiro exercício como base 100 e estabelecemos a evolução dos
demais exercícios comparativamente a essa base inicial”.
AH em 20Xn = (rubrica em análise em 20Xn : Rubrica em análise em 20X1) x 100
O procedimento para o cálculo da análise horizontal é dado pela
relação entre o valor de uma conta em um determinado período e o valor desta
conta no seu período base.
A análise horizontal é importante pois demonstra o comportamento das
contas ao longo do tempo, ou seja a evolução de cada conta, o quanto
apresentou de crescimento anual, se manteve constante ou até mesmo o
quanto reduziu comparada a um período considerado.
1.3 – Análise por meio de Índices
A análise por meio de índices, também conhecida como análise de
quocientes ou análise de indicadores, é usada para analisar o desempenho
econômico e financeiro das empresas.
De acordo com Matarazzo (2003, p. 147) “índice é a relação entre as
contas ou grupo de contas das demonstrações financeiras, que visa evidenciar
determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”.
O índice estabelece a relação entre duas contas ou grupo de contas de
um mesmo exercício das demonstrações contábeis, indicando a proporção de
uma em relação à outra.
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Conforme Silva (2001, p. 228) os índices “têm por objetivo fornecer-nos
informações que não são fáceis de serem visualizadas de forma direta nas
demonstrações financeiras”.
Para Marion (2002, p. 36) os índices “facilitam sensivelmente o trabalho
do analista, uma vez que a apreciação de certas relações ou percentuais é
mais significativa (relevante) que a observação de montantes, por si só”.
Embora os índices tenham o objetivo de contribuir, Silva (2007, p. 250)
enfatiza que “é importante destacar que os mesmos normalmente referem-se
ao passado,quando para o analista o mais importante é saber o presente e ter
uma expectativa do futuro”. O autor complementa dizendo que “ainda assim,
os índices financeiros são ferramentas que podem e vão prestar grande auxílio
aos analistas, credores e investidores, entre outros usuários”.
A análise por meio de índices permite uma compreensão do
desempenho da empresa no passado, podendo ser utilizada através da
comparação com empresas do mesmo segmento permitindo observar sua
posição neste setor em relação a sua concorrência e desta forma ser uma
ferramenta de auxilio para projetar seu futuro.
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CAPÍTULO II
INDICADORES FINANCEIROS
Uma das ferramentas utilizadas no diagnóstico de desempenho das
empresas é a análise de indicadores financeiros, obtidos através do cálculo de
dados fornecidos nas demonstrações contábeis das empresas. Tem por
objetivo fornecer informações de forma mais clara, que não são fáceis de
serem visualizadas de forma direta nas demonstrações financeiras.
Segundo Hoji (2000, p. 274):
“podem-se classificar os índices da empresa como ótimo, bom, satisfatório ou deficiente, ao compará-los com os índices de outras empresas do mesmo ramo e porte, ou com índices do setor, publicados pelas revistas especializadas”.
A análise por meio de indicadores financeiros permite comparações
com sua própria evolução ao longo do tempo, além de comparações com as
empresas concorrentes, auxiliando assim, seu posicionamento no mercado.
Dentro da análise financeira, os indicadores financeiros de uma
empresa podem ser agrupados em três categorias: indicadores de estrutura de
capital, indicadores de liquidez e indicadores de rentabilidade, conforme
Matarazzo (2003, p. 150):
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Quadro 1: Principais aspectos revelados pelos índices financeiros (Matarazzo, 2003, p. 150).
Ainda segundo Matarazzo (2003, p. 152) os principais indicadores
financeiros que devem ser utilizados na análise das demonstrações contábeis
estão contidos no que o autor nomeou de “quadro-resumo dos índices”:
Quadro 2: Quadro-resumo dos índices (Matarazzo, 2003, p. 150).
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2.1 – Indicadores de Estrutura de Capital
Conforme Matarazzo (2003, p. 151) “os índices desse grupo mostram
as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação
de recursos”.
Desta forma, os indicadores de estrutura de capital servem para
evidenciar o grau de endividamento da empresa decorrentes das origens dos
capitais investidos no patrimônio, mostrando a proporção existente entre o
capital próprio e o capital de terceiros.
São calculados através de valores extraídos do Balanço Patrimonial e
pelo fato de avaliar a relação entre os capitais investidos na empresa, quanto
menor o índice, melhor.
Os principais indicadores de estrutura de capital são: de participação
de capital de terceiros, composição do endividamento, imobilização do
patrimônio líquido e imobilização dos recursos não correntes.
2.1.1 – Participação de Capital de Terceiros (PCT)
“O índice de participação de capitais de terceiros indica o percentual de
capital de terceiros em relação ao patrimônio líquido, retratando a dependência
da empresa em relação aos recursos externos” (SILVA, 2001, p. 256).
Este indicador mostra qual a proporção existente entre o capital de
terceiros e o capital próprio.
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Participação de Capital
de Terceiros (PCT) =
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Revela quanto a empresa está utilizando de capital de terceiros para
cada unidade monetária de capital próprio.
Quanto menor for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que ela possui mais capital próprio aplicado e menos dívida.
Quando o grau de endividamento apresentado por esse indicador for
elevado, geralmente a empresa encontrará dificuldade para obter empréstimos
e outros financiamentos porque serão poucas as garantias disponíveis para
oferecer em troca.
2.1.2 – Composição do Endividamento (CE)
“Indica quanto da dívida total da empresa deverá ser pago a curto
prazo, isto é, as obrigações a curto prazo comparadas com as obrigações
totais” (SILVA, 2001, p. 259).
Este indicador tem o objetivo de evidenciar a composição da dívida em
curto prazo em relação às obrigações totais.
Composição do
Endividamento (CE) =
Passivo Circulante
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
Revela quanto a empresa terá que pagar em curto prazo para cada
unidade monetária do total das obrigações.
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Quanto menor for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que ela terá prazos maiores para saldar seus compromissos.
2.1.3 – Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL)
“O índice de imobilização do patrimônio líquido indica quanto do
patrimônio líquido da empresa está aplicado no ativo permanente” (SILVA,
2001, p. 254).
Este indicador demonstra quanto do patrimônio líquido foi utilizado
para financiar a compra do ativo permanente.
Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL) = Ativo Permanente
Patrimônio Líquido
Revela quanto a empresa imobilizou no seu ativo para cada unidade
monetária do patrimônio líquido.
Quanto menor for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que ela utilizou menos recursos do patrimônio líquido no ativo
permanente, sobrando recursos para o ativo circulante e o realizável a longo
prazo.
2.1.4 – Imobilização dos Recursos não Correntes
Para Matarazzo (2003, p. 160) tem “a lógica de comparar as
aplicações fixas (ativo permanente) com os recursos não correntes (patrimônio
líquido + exigível a longo prazo)”.
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Este indicador indica o percentual dos recursos não correntes que a
empresa aplicou no ativo permanente.
Imobilização dos Recursos
não Correntes =
Ativo Permanente
Patrimônio Líquido + Passivo Exigível a Longo Prazo
Revela quanto a empresa investiu no ativo permanente para cada
unidade monetária do patrimônio líquido mais o passivo exigível a longo prazo.
Sendo que quanto menor for este indicador, melhor será para a empresa.
2.2 – Indicadores de Liquidez
De acordo com Marion (2002, p. 83) os indicadores de liquidez
“são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é,
constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar
seus compromissos”. Ainda segundo o autor “essa capacidade de pagamento
pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo imediato”.
Ou seja, avalia se a empresa apresenta solidez financeira ou não que
garanta o pagamento de compromissos assumidos a prazo imediato ou a curto
ou longo prazo.
São calculados através de valores extraídos do Balanço Patrimonial e
pelo fato de avaliar a capacidade de pagamento, quanto maior o índice,
melhor.
Os principais indicadores de liquidez são: de liquidez imediata, liquidez
corrente, liquidez seca e liquidez geral.
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2.2.1 – Liquidez Imediata (LI)
“Mostra o quanto dispomos imediatamente para saldar nossas dívidas
de curto prazo” (MARION, 2002, p. 90).
A liquidez imediata é um indicador que apresenta a capacidade de
pagamento da empresa para saldar seus compromissos de curto prazo.
Liquidez Imediata (LI) = Disponibilidades
Passivo Circulante
Revela quanto a empresa possui de dinheiro em caixa, bancos e
aplicações de liquidez imediata para cada uma unidade monetária de passivo
circulante.
2.2.2 – Liquidez Corrente (LC)
“Mostra a capacidade de pagamento da empresa a curto prazo”
(MARION, 2002, p. 83).
A liquidez corrente indica a capacidade financeira da empresa para
cumprir os seus compromissos de curto prazo.
Liquidez Corrente (LC) = Ativo Circulante
Passivo Circulante
Revela quanto a empresa tem a receber no curto prazo em caixa,
bancos, clientes, estoques, etc, ou seja, quanto a empresa possui de ativo
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circulante, em relação a cada unidade monetária que tem a pagar, passivo
circulante, no mesmo período.
2.2.3 – Liquidez Seca (LS)
Segundo Silva (2001, p. 272):
“Indica quanto a empresa possui em disponibilidades (dinheiro, depósitos, bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata), aplicações financeiras a curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face ao seu passivo circulante”.
A liquidez seca mostra a capacidade da empresa para cumprir seus
compromissos de curto prazo, mas sem levar em consideração a conta
estoques, uma vez que a venda dos estoques dependem de diversos fatores
que podem ocasionar em imprevistos.
Liquidez Seca (LS) = Ativo Circulante - Estoques
Passivo Circulante
Revela quanto a empresa tem de ativo circulante sem a utilização de
seus estoques para cada unidade monetária de passivo circulante.
2.2.4 – Liquidez Geral (LG)
“Mostra a capacidade de pagamento da empresa a longo prazo,
considerando tudo o que ela converterá em dinheiro (a curto e longo prazo),
relacionando-se com tudo o que já assumiu de dívida (a curto e longo prazo)”
(MARION, 2002, p. 88).
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A liquidez geral indica a capacidade da empresa para cumprir seus
compromissos de longo prazo, contanto, para isso, com seus recursos
realizáveis a curto e longo prazos.
Liquidez Geral (LG) = Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo
Passivo Circulante + Passivo Exigível a Longo Prazo
Revela quanto a empresa tem no ativo circulante e no ativo realizável a
longo prazo para honrar cada unidade monetária de sua obrigações totais, ou
seja, de passivo circulante e de passivo exigível a longo prazo.
2.3 – Indicadores de Rentabilidade
Os indicadores de rentabilidade segundo Matarazzo (2003, p. 175)
“mostram qual a rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto renderam
os investimentos e, portanto, qual o grau de êxito econômico da empresa”.
Sendo assim, os indicadores desse grupo servem para medir a
capacidade econômica da empresa, avaliando seu desempenho econômico
obtido pelo capital investido.
São calculados através de valores extraídos da Demonstração do
Resultado do Exercício e do Balanço Patrimonial e pelo fato de medir a
capacidade econômica da empresa, quanto maior o índice, melhor.
Os principais indicadores de rentabilidade são: de giro do ativo,
margem líquida, rentabilidade do ativo, rentabilidade do patrimônio líquido e
margem EBITDA.
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2.3.1 – Giro do Ativo
Conforme Silva (2001, p. 233) “o giro do ativo é um dos principais
indicadores da atividade da empresa”. O autor ainda complementa dizendo
que este indicador: “estabelece relação entre as vendas do período e os
investimentos totais efetuados na empresa, que estão representados pelo ativo
total”.
O giro do ativo demonstra a relação existente entre o total das vendas
e os investimentos totais efetuados na empresa.
Giro do Ativo (GA) = Vendas Líquidas
Ativo Total
Revela quanto a empresa vendeu para cada unidade monetária de
investimento realizado.
Quanto maior for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que ela está tendo lucro suficiente para cobrir todos os gastos e ainda
investir no seu ativo.
2.3.2 – Margem Líquida
“Compara o lucro líquido em relação às vendas líquidas do período,
fornecendo o percentual de lucro que a empresa está obtendo em relação ao
seu faturamento” (SILVA, 2001, p. 235).
A margem líquida apresenta a margem de lucratividade obtida pela
empresa em relação ao seu faturamento.
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Margem Líquida (ML) = Lucro Líquido
Vendas Líquidas
Revela quanto a empresa teve de lucro líquido para cada unidade
monetária vendida.
Quanto maior for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que ela está tendo um bom desempenho global.
2.3.3 – Rentabilidade do Ativo
“Indica a lucratividade que a empresa propicia em relação aos
investimentos totais representados pelo ativo total” (SILVA, 2001, p. 237).
A rentabilidade do ativo mede o desempenho da empresa na geração
de lucros com os ativos disponíveis.
Rentabilidade do Ativo (RA) = Lucro Líquido
Ativo Total
Revela quanto a empresa teve de lucro líquido para cada unidade
monetária de investimentos totais.
Quanto maior for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que maior será a lucratividade dela em relação aos seus
investimentos realizados.
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2.3.4 – Rentabilidade do Patrimônio Líquido
De acordo com Silva (2001, p. 240) este indicador “indica quanto de
prêmio que os acionistas ou proprietários da empresa estão obtendo em
relação aos seus investimentos no empreendimento”. O autor ainda
complementa esclarecendo que “lucro, portanto, é o prêmio do investidor pelo
risco de seu negócio”.
A rentabilidade do patrimônio líquido mede a taxa de rentabilidade
obtida pelo capital próprio investido na empresa.
Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) = Lucro Líquido
Patrimônio Líquido
Revela quanto a empresa teve de lucro líquido para cada unidade
monetária de capital próprio investido.
Quanto maior for este indicador, melhor será para a empresa, pois
significa que maior será o ganho dos investidores.
2.3.5 – Margem EBITDA
De acordo com Vasconcelos (2005, p. 201):
“como a receita líquida apresenta em seu saldo o impacto dos impostos sobre o faturamento (ICMS sobre as vendas e ISS), a relação entre o EBITDA e a receita líquida acaba evidenciando a influência dessa carga tributária sobre a capacidade de geração de caixa”.
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A Margem EBITDA mede a capacidade da empresa em gerar
resultados comparativamente ao seu faturamento líquido.
Margem EBITDA = EBITDA
x 100
Receita Líquida de Vendas
Revela o percentual que a empresa teve de lucro para cada unidade
monetária vendida.
Quanto maior for esse indicador, melhor será para a empresa, pois
proporciona uma idéia de retorno em termos de dinheiro em caixa, já que
significa que tanto seu custo fixo quanto o seu custo marginal por unidade
monetária vendida diminuiu.
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CAPÍTULO III
EBITDA
EBITDA é a abreviação da expressão inglesa Earnings Before Interest,
Taxes, Depreciation and Amortization, que em português significa o Lucro
Antes dos Juros, Impostos sobre o lucro, Depreciações e Amortizações,
LAJIDA.
O EBITDA vem sendo, cada vez mais, utilizado nas análises
financeiras das empresas, todavia, este indicador não é uma novidade, uma
vez que, se tornou conhecido e popularizado no mercado norte-americano na
década de 70.
O uso do EBITDA ganhou importância pois os investidores têm neste
indicador uma medida de desempenho empresarial, já que ele visa considerar
apenas a atividade operacional da empresa, ao excluir os juros dos recursos
financiados e adicionar a depreciação dos ativos, uma vez que, analisar
apenas o resultado final da empresa, ou seja, se ela gerou lucro ou prejuízo,
muitas vezes não demonstra muito bem o desempenho empresarial, pois os
dados finais podem ter sido influenciados por fatores difíceis de serem
mensurados.
Inicialmente o EBITDA foi empregado pelos analistas em empresas
com grande volume de investimento em infra-estrutura como sendo uma
medida temporária para avaliar o tempo que seria necessário para que
viessem a crescer ao logo prazo.
Segundo Vasconcelos (2005, p. 197) “embora seja uma medida antiga,
seu alcance informativo é bastante atual”. Desta forma, hoje em dia, o EBITDA
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vem sendo muito utilizado também por grande parte dos analistas financeiros e
das empresas brasileiras, especialmente as voltadas para o mercado de
ações.
3.1 – Cálculo
O cálculo do EBITDA é bastante simples. Parte da premissa de obter
informações estritamente operacionais da empresa.
Segundo Vasconcelos (2005, p. 198) “o indicador considera em seu
cômputo somente as contas diretamente relacionadas ao ciclo operacional,
desconsiderando as contas não operacionais e de caráter extraordinário”.
Quadro 3: Cálculo do EBITDA (Vasconcelos, 2005, p. 198).
Portanto para seu cálculo, inicia-se pelo Lucro Operacional, pois desta
forma os Impostos sobre o lucro (taxes) não estarão inclusos no cálculo. Isso
porque tanto o imposto de renda e a contribuição sobre lucro geralmente são
influenciados por outros fatores não operacionais.
Do Lucro Operacional, expurga-se as Receitas Financeiras e Despesas
Financeiras (interest). As receitas financeiras são provenientes das sobras de
caixa aplicadas no mercado financeiro, o que não constitui uma atividade
inerente ao negócio da empresa. Do mesmo modo, as despesas financeiras
decorrem da decisão de tomar dinheiro emprestado e não das atividades
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básicas da empresa. Assim, as receitas e as despesas não devem ter
influencia no lucro, quando se quer mensurar a capacidade de geração de
caixa dos ativos rigorosamente operacionais.
A última etapa consiste em adicionar as depreciações, amortizações e
exaustões (depreciation and amortization) ao lucro operacional, visto que as
mesmas não representam desembolso. Portanto, para o objetivo do EBITDA,
as citadas despesas não devem ser subtraídas do lucro, pois o que se quer
mensurar é a capacidade de geração de caixa apenas pela atividade básica da
empresa.
Para exemplificar o cálculo do EBITDA é apresentada a Demonstração
de Resultado do Exercício (DRE) da empresa fictícia Beta S/A do ano 200X:
Demonstração de Resultado do Exercício
Receita Bruta de Vendas 400.000
(-) Deduções de Vendas (50.000)
Receita Líquida de Vendas 350.000
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (150.000)
Lucro Bruto 200.000
(-) Despesas de Vendas (15.000)
(-) Despesas Administrativas (60.000)
Despesas de Depreciação (20.000)
Outras Despesas Administrativas (40.000)
(-) Despesas Financeiras Líquidas (25.000)
Lucro Operacional 100.000
(±) Receitas/Despesas não Operacionais 500
Lucro antes dos Impostos 100.500
(-) Imposto de Renda e Contribuição Social (34.000)
Lucro Líquido 66.500
Quadro 4: DRE da Empresa Beta S/A - Ano 200X.
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Com base na DRE apresentada, pode-se calcular e encontrar o valor
do EBITDA da empresa Beta S/A no ano 200X:
Reconciliação da DRE
Lucro Operacional 100.000
(+) Despesas Financeiras Líquidas 25.000
(+) Despesas de Depreciação 20.000
(=) EBITDA 145.000
Quadro 5: Reconciliação da DRE da Empresa Beta S/A - Ano 200X.
Em suma, para calcular o EBITDA, tem-se que adicionar ao Lucro
Operacional o valor total das Depreciações e Amortizações de seus bens e
além disso, não devemos subtrair as Despesas Financeiras.
Os valores encontrados são mais significantes em empresas
submetidas a depreciações consideráveis, como a indústria de bens de capital,
de capital intensivo, ou em casos em que a empresa possui um montante
significativo de ativos intangíveis (marcas, patentes). Desta forma, é um
indicador representativo em empresas de grande porte, e relativamente
ineficaz em empresas pequenas, com passivo pequeno ou irrelevante.
3.2 – Importância
Conforme Vasconcelos (2005, p. 197) “o índice sinaliza o quanto a
empresa analisada gera de recursos em sua atividade, sem considerar os
efeitos das despesas escriturais, operações financeiras e de impostos”. A
autora complementa dizendo que “o indicador retrata a eficiência financeira
proporcionada pelo desempenho das estratégias operacionais”.
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Para Silva (2007, p. 221) o EBITDA “é uma medida de performance
operacional, que considera as receitas operacionais líquidas menos os custos
e as despesas operacionais, exceto as depreciações e amortizações”
O EBITDA é um indicador muito valorizado pelo mercado na avaliação
de uma empresa porque reflete o desempenho da empresa levando em
consideração somente os ganhos gerados por sua atividade principal, ou seja,
o quanto a empresa gera de recursos apenas através de suas atividades
operacionais, sem contabilizar a amortização de pagamento de empréstimos
ou dívidas, os pagamentos de juros de empréstimos, a depreciação de
equipamentos e instalações e o imposto de renda, medindo assim, a
produtividade e a eficiência do negócio.
Segundo Vasconcelos (2005, p. 199) “o EBITDA afere a eficiência
operacional da empresa”. A autora ainda complementa dizendo que “a
variação do EBITDA de um exercício para outro mostra aos investidores a
evolução desses padrões de eficiência”. Pois ainda segundo a autora “quanto
maior for o EBITDA gerado no exercício, maior será o êxito da estratégia”.
O mercado valoriza ainda mais a variação percentual de crescimento
ou queda do EBITDA em relação ao período anterior do que o valor do
EBITDA isoladamente. Este percentual mostra aos investidores se a empresa
em questão conseguiu ser mais eficiente ou aumentar sua produtividade.
Em suma o EBITDA corresponde ao caixa gerado pelas operações da
empresa. Quanto maior o indicador, mais eficiente se apresenta a formação de
caixa proveniente das operações, e melhor ainda a capacidade de pagamento
aos proprietários de capital e investimentos demonstrada pela empresa.
32
3.3 – Vantagens
Para Vasconcelos (2005, p. 200) “o EBITDA é conhecido como medida
financeira globalizada porque elimina de seu cálculo elementos que
prejudicariam a comparação entre empresas de contexto econômico diferente”.
Conforme Zaffani (2005, p. 14) os defensores da aplicação do EBITDA
sustentam, entre outros, os seguintes argumentos:
• Pode ser utilizado na análise da lucratividade entre as empresas;
• Por eliminar os efeitos dos financiamentos e decisões contábeis,
sua utilização pode fornecer uma comparação relativamente boa
para o analista, pois mede a produtividade e a eficiência do
negócio;
• O EBITDA, como percentual de vendas, pode ser utilizado para
identificar empresas que sejam as mais eficientes operadoras
dentro de um determinado segmento de mercado;
• O EBITDA pode ser utilizado para comparar a tendência de
lucratividade nas indústrias pesadas (ex: siderúrgica e
automobilística) até as de alta tecnologia, porque remove da
análise, o impacto dos financiamentos de grandes inversões de
capital;
• A variação percentual do EBITDA de um ano em relação a outro
mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais
eficiente ou aumentar sua produtividade;
33
• O EBITDA é uma excelente ferramenta de medição para
organizações que apresentem uma utilização intensiva dos
equipamentos (mínimo de vinte anos).
Vasconcelos (2005, p. 200) conclui que “fato é que a medida pode ser
utilizada como benchmark financeiro, uma vez que diversas empresas a
utilizam em suas divulgações”.
3.4 – Críticas
Apesar de ser um indicador muito utilizado e valorizado pelo mercado
como uma medida de desempenho financeiro empresarial, muitas críticas são
apresentadas sobre o EBITDA, na maioria das vezes é devido ao fato do
indicador não divulgar totalmente a verdadeira geração de caixa da empresa
no período analisado.
Para Zaffani (2005, p. 14) embora reconhecendo a validade relativa da
utilização do EBITDA, os críticos apresentam os seguintes argumentos:
• É muito comum que empresas contratem financiamentos e
empréstimos para alavancar suas operações. Assim, é mais
comum as empresas apresentarem despesas financeiras
superiores às receitas financeiras. Outrossim, como também é
comum às empresas apresentarem Imposto de Renda e
Contribuições sobre seus lucros operacionais, é fácil presumir-se
que o EBITDA seja superior ao lucro líquido, sendo que, em
muitos casos, o EBITDA é positivo, muito embora a linha final da
demonstração de resultados apresente prejuízo líquido;
34
• O EBITDA não considera as mudanças no capital de giro e,
portanto, supervaloriza o fluxo de caixa em períodos de
crescimento do capital de giro;
• O EBITDA pode dar uma falsa idéia sobre a efetiva liquidez da
empresa;
• O EBITDA não considera o montante de reinvestimento
requerido, especialmente nas empresas que apresentam ativos
operacionais de vida curta (três a cinco anos);
• O EBITDA nada apresenta sobre a qualidade dos lucros;
• Ele ignora as distinções existentes na qualidade dos fluxos de
caixa originados de diferentes práticas contábeis (nem todas as
receitas geram caixa!);
• O EBITDA ignora atributos específicos na análise de
determinadas empresas/negócios;
• Companhias da chamada “nova economia” têm tentado
convencer os investidores de que devem ser avaliadas,
exclusivamente, com base no EBITDA, desconsiderando-se até a
hipótese de prejuízo e, com isso, têm conseguido ludibriar
investidores leigos ou mal informados;
• A aparente hipótese de estar livre de manipulações caiu por terra
com o escândalo da WorldCom, quando esta reconheceu US$ 7
bilhões de despesas operacionais como investimentos de capital,
o que provocou profunda distorção no lucro e conseqüente
aumento do EBITDA;
35
• Por ser de fácil apuração, o EBITDA é freqüentemente utilizado
como a mais importante medida de performance do resultado de
muitas empresas. Entretanto, seu resultado pode dar uma falsa
idéia do verdadeiro potencial de investimento de uma empresa,
justamente por não refletir adequadamente a verdadeira
habilidade na geração de caixa para continuidade das operações.
36
CONCLUSÃO
O trabalho objetivou analisar a relevância do uso do indicador EBITDA
na avaliação de desempenho financeiro das empresas. Pois, de forma a obter
uma vantagem competitiva no mundo globalizado, cada vez mais se torna
necessário que as empresas busquem informações sobre o seu desempenho
financeiro. Já que sem acesso a elas a empresa acaba se tornando menos
competitiva em relação aos seus concorrentes. A análise das demonstrações
contábeis visa obter justamente as informações financeiras da empresa, tendo
como objetivo a tomada de decisão.
Sabe-se que a utilização de indicadores é o instrumento mais
tradicional e também importante para uma análise financeira empresarial.
Esses indicadores financeiros são extraídos de suas demonstrações contábeis,
buscando com isso identificar o desempenho da empresa. Entre esses
indicadores financeiros está o EBITDA alvo principal deste estudo.
Como podemos perceber nos capítulos anteriores, os indicadores
financeiros são relações entre as contas das demonstrações contábeis.
Através de seu uso, temos possibilidades de analisar a performance passada
da empresa, avaliar sua posição financeira atual, e tirar conclusões sobre o
seu futuro, além de poder compará-las com seus concorrentes.
Desta forma, o EBITDA é um indicador que auxilia os investidores em
suas análises de investimentos, pois fornece informações sobre o desempenho
operacional das empresas, uma vez que mede quanto a empresa está gerando
de caixa em suas operações. Essa geração de caixa é importante por ser a
principal fonte de recursos para a empresa remunerar as fontes de
37
financiamento de suas operações, inclusive os recursos provenientes do
mercado acionário, e arcar com seus compromissos.
No entanto, quando uma empresa é analisada, não se pode focar as
decisões em um único indicador. No caso do EBITDA ele mede o desempenho
operacional da empresa, no que se refere à geração de caixa nas atividades
operacionais desta, claro que esta é extremamente importante, mas o futuro de
uma empresa também depende de outros aspectos como endividamento,
natureza dessas dívidas, sua liquidez, as perspectivas para seu ramo de
atividade, a natureza de seus ativos etc.
Vasconcelos (2005, p. 200) conclui que “fato é que a medida pode ser
utilizada como benchmark financeiro, uma vez que diversas empresas a
utilizam em suas divulgações”. Sendo assim, podemos observar que o
EBITDA como indicador de desempenho financeiro empresarial opera como
um facilitador das informações que os gestores necessitam para a tomada de
decisões.
38
BIBLIOGRAFIA
COELHO, Fabiano Simões. EBITDA: a busca de uma melhor compreensão
do maior vox populi do mercado financeiro. Revista Pensar Contábil. Ano
VI, n. 26, Nov/Dez 2004 a Jan 2005.
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matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, analise,
planejamento e controle financeiro. 2.ed. São Paulo : Atlas, 2000.
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não contadores: para as áreas de administração, economia, direito e
engenharia. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2000.
LAROSA, Marco Antonio; AYRES, Fernando Arduini. Como produzir uma
Monografia: passo a passo... siga o mapa da mina. 6.ed. Rio de Janeiro:
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contabilidade empresarial. 2.ed. São Paulo : Atlas, 2002.
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básica e gerencial. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2003.
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39
VASCONCELOS, Yumara Lúcia. Compreenda as finanças de sua empresa:
introdução à análise das demonstrações contábeis. Rio de Janeiro:
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VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e relatórios de pesquisa em
administração. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
ZAFFANI, Carlos Alberto. EBITDA: virtudes e defeitos. Boletim CRCSP. Ano
XXXV, n. 154, Mar/Abr/Mai 2005.
40
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 01
AGRADECIMENTO 02
DEDICATÓRIA 03
RESUMO 04
METODOLOGIA 05
SUMÁRIO 06
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I
MÉTODOS DE ANÁLISE DAS DEMOSNTRAÇÕES CONTÁBEIS 09
1.1 - Análise Vertical 10
1.2 - Análise Horizontal 11
1.3 - Análise por meio de Índices 12
CAPÍTULO II
INDICADORES FINANCEIROS 14
2.1 - Indicadores de Estrutura de Capital 16
2.1.1 - Participação de Capital de Terceiros 16
2.1.2 - Composição do Endividamento 17
2.1.3 - Imobilização do Patrimônio Líquido 18
2.1.4 - Imobilização dos Recursos não Correntes 18
2.2 - Indicadores de Liquidez 19
2.2.1 - Liquidez Imediata 20
2.2.2 - Liquidez Corrente 20
2.2.3 - Liquidez Seca 21
2.2.4 - Liquidez Geral 21
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2.3 - Indicadores de Rentabilidade 22
2.3.1 - Giro do Ativo 23
2.3.2 - Margem Líquida 23
2.3.3 - Rentabilidade do Ativo 24
2.3.4 - Rentabilidade do Patrimônio Líquido 25
2.3.5 - Margem EBITDA 25
CAPÍTULO III
EBITDA 27
3.1 - Cálculo 28
3.2 - Importância 30
3.3 - Vantagens 32
3.4 - Críticas 33
CONCLUSÃO 36
BIBLIOGRAFIA 38
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 42