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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA "PRINCÍPIOS DE DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO" AUTOR NELSO BOZIO ORIENTADOR PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA

"PRINCÍPIOS DE DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO TRABALHO"

AUTOR

NELSO BOZIO

ORIENTADOR

PROF. CARLOS AFONSO LEITE LEOCADIO

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA

"PRINCÍPIOS DE DIREITO MATERIAL E PROCESSUAL DO

TRABALHO"

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Direito do Trabalho Por: . Nelso Bozio.

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Agradeço a Deus, minha esposa querida, aos amigos e professores.

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Dedico à minha querida esposa Janaina, sempre ao meu lado e confiante no meu potencial.

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RESUMO

Os princípios que envolvem todo esse arcabouço jurídico trabalhista sendo eles na esfera material ou processual são indispensáveis para a manutenção e formação de um estado mais justo e democrático de direitos e que a sua violação como sustenta o nosso grande mestre Celso Antônio Bandeira de Melo é muito mais grave que a violação de uma norma,e, é a mais grave forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade que se pode ter em nosso ordenamento jurídico. Através do presente projeto pretender-se-á expor os principais princípios que acompanham o nosso direito material trabalhista e sua interpenetração em nosso consagrado direito processual do trabalho.

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METODOLOGIA

O estudo que ora se apresenta foi levado a efeito a partir do método da

pesquisa bibliográfica, em que se buscou o conhecimento em diversos tipos de

publicações, como livros e artigos em jornais, revistas e outros periódicos

especializados, além de publicações oficiais da legislação e da jurisprudência,

bem como diversos arquivos dispostos na internet.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9

CAPÍTULO 1

Princípios ....................................................................................................... 11

1.1 – Definição ............................................................................................... 11

1.2 – Parêmias ............................................................................................... 13

1.3 – Dos Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho e outras fontes legislativas ................................................................................. 14

CAPÍTULO 2

Princípios Específicos do Direito do Trabalho ........................................... 17

2.1 – Princípio da Proteção .......................................................................... 18

2.2 – Princípio da Primazia da Realidade .................................................... 18

2.3 – Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas ............... 19

2.4 – Princípio da Boa Fé .............................................................................. 19

2.5 – Princípio da Continuidade do Emprego ............................................. 19

2.6 - Princípio da Integralidade e da Intangibilidade do Salário ................ 20

CAPÍTULO 3

Princípios Processuais Gerais ..................................................................... 21

3.1 – Contraditório ......................................................................................... 21

3.2 – Ampla Defesa ........................................................................................ 22

3.3 – Isonomia ................................................................................................ 22

3.4 – Inafastabilidade Jurisdicional ............................................................. 22

3.5 – Juiz Natural ........................................................................................... 22

3.6 – Publicidade e Motivação ...................................................................... 23

3.7 – Vedação a Prova Ilícita......................................................................... 23

3.8 – Razoabilidade Temporal ...................................................................... 23

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3.2 – Principais Gerais Infra Constitucionais ............................................. 23

3.2.1 – Princípio da Ação, ou da Demanda, ou da Inércia ................. 23

3.2.2 – Impulso Oficial .......................................................................... 23

3.2.3 – Lealdade Processual................................................................. 24

3.2.4 – Livre Convencimento Motivado ou Persuasão Racional ....... 24

3.2.5 – Oralidade .................................................................................... 24

3.2.6 – Identidade Física do Juiz .......................................................... 25

3.2.7 – Imediação ................................................................................... 25

3.2.8 – Eventualidade ............................................................................ 25

3.2.9 – Instrumentalidade das Formas ................................................ 25

3.3 – Princípios Doutrinários do Processo ................................................. 26

3.3.1 – Instrumentalidade do Processo ............................................... 26

3.3.2 – Imparcialidade do Juiz .............................................................. 26

3.3.3 – Duplo Grau de Jurisdição ......................................................... 26

3.4 – O Processo do Trabalho ...................................................................... 27

CAPÍTULO 4

Princípios Próprios do Processo do Trabalho ........................................... 29

4.1 – Princípio da Proteção .......................................................................... 30

4.2 – Princípio da Finalidade Social ............................................................ 31

4.3 – Princípio da Busca da Verdade Real .................................................. 31

4.4 – Princípio da Indisponibilidade ............................................................ 31

4.5 – Princípio da Conciliação ...................................................................... 32

4.6 – Princípio da Normatização Coletiva ................................................... 32

Aplicação dos Princípios do Direito Material do Trabalho do Direito Processual do Trabalho ............................................................................... 32

CONCLUSÃO ................................................................................................. 34

BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 36

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho trará em linhas gerais a definição e a aplicação

dos princípios gerais e específicos do Direito do Trabalho e sua interpenetração

no Direito Processual do Trabalho.

Valendo-se das leis brasileiras, específicas ou não do Direito do

Trabalho, da doutrina e da jurisprudência, o autor exporá a aplicabilidade dos

princípios do direito material no adjetivo trabalhista e vice-versa.

Busca demonstrar alguns dos princípios específicos do Direito do

Trabalho, analisando suas influências e aplicabilidade, bem como sua importância

na proteção do hipossuficiente na relação trabalhista, ou seja, numa tentativa de

resguardar o trabalhador neste tipo de relação.

Os princípios jurídicos, em toda a história do Direito, se revelaram

como “guias” do que se deve ser observado durante a elaboração, interpretação e

aplicação das leis, as normas elementares ou requisitos primordiais instituídos

como base, como alicerce de alguma coisa. Os princípios revelam o conjunto de

regras ou preceitos, que se fixam para servir de norma a toda espécie de ação

jurídica, traçando, assim, a conduta a ser tida em qualquer operação jurídica.

Desse modo exprime sentido mais relevante que o da própria norma ou regra

jurídica. Mostram a própria razão fundamental de ser das coisas jurídicas,

convertendo-as em perfeitos axiomas. Princípios jurídicos, sem dúvida, significam

normas básicas, pontos de partida ou de elementos vitais do próprio Direito.

Indicam o alicerce do Direito.

O Direito do Trabalho, assim como os demais ramos do Direito,

também é orientado por princípios jurídicos. Estes podem ser classificados como

gerais e específicos (ou próprios da relação trabalhista). Aqueles são assim

denominados, visto que se aplicam a também a outros ramos do Direito; enquanto

estes se referem a princípios peculiares à disciplina Direito do Trabalho.

Podemos fazer referência ao conceito de Manuel Alonso Garcia citado

por Alice Monteiro de Barros, explicitando que os princípios de Direito do Trabalho

são “linhas diretrizes ou postulados que inspiram o sentido das normas

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trabalhistas e configuram a regulamentação das relações de trabalho conforme

critérios distintos dos que podem encontrar-se em outros ramos do Direito”.

Convém ressaltar que a Consolidação das Leis do Trabalho, em seu

artigo 8º, prescreve, in verbis:

“As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de

disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência,

por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito,

principalmente do direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e

costumes, o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de

classe ou particular prevaleça sobre o interesse público.”

Faz-se necessária uma análise dos princípios norteadores do Direito do

Trabalho, refletindo a aplicabilidade e efetividade dos mesmos na resolução de

casos concretos. Analisaremos, então, os seguintes princípios: o princípio da

proteção; o princípio da primazia da realidade; o princípio da irrenunciabilidade de

direitos; o princípio da continuidade da relação de emprego; o princípio da

irredutibilidade salarial; o princípio da liberdade sindical; o princípio da

imperatividade das normas trabalhistas.

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CAPÍTULO 1

PRINCÍPIOS

1.1 – Definição

A palavra princípio traduz na linguagem corrente a idéia de “começo,

início”, ou: “o primeiro momento da existência de algo ou de uma ação ou

processo”. (HOUAISS, 2001, p.2299).

Princípios são as diretrizes mestras de um sistema, como os

fundamentos ou regras fundamentais de uma ciência.

São os princípios que conferem coerência e consciência a determinado

conjunto de normas, possibilitando sua compreensão como sistema orgânico.

Há, inclusive, previsão legal em nossa constituição para o uso dos

princípios. Vide o art. 5º §2º:

Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem

outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados

internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte.

Os princípios gerais do Direito servem para: a) orientar o legislador, b)

auxiliar o intérprete e c) integrar o ordenamento jurídico.

Esta última função acima descrita encontra-se na LICC (Lei de

Introdução do Código Civil – Decreto-Lei nº4.657 de 4 de setembro de 1942) em

seu artigo 4º:

“Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a

analogia, os costumes e os princípios gerais de direito”

Também se extrai a importância dos princípios gerais e,

especificamente, do direito do trabalho na CLT, em seu artigo 8º, in verbis:

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“As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta

de disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso,

pela jurisprudência, por analogia, por equidade e outros

princípios e normais gerais de direito, principalmente do

direito do trabalho, e, ainda, de acordo com os usos e costumes,

o direito comparado, mas sempre de maneira que nenhum

interesse de classe ou particular prevaleça sobre o interesse

público”.

Conforme a CLT, ao explicitar a função integrativa dos princípios, no

artigo em suso, diz-se que estes serão aplicados à falta de disposições legais ou

contratuais, bem como a equidade e a analogia.

Como já citamos, cabem aos princípios também a função de orientar o

legislador e auxiliar o intérprete para a devida obtenção da norma legal em sua

exegese.

O próprio artigo 8º da CLT já traz o Princípio da Primazia do Interesse

Público, em sua última parte.

Nas palavras do mestre Arnaldo Sussekind, princípios são:

“...enunciados genéricos, explicitados ou deduzidos, do

ordenamento jurídico pertinente, destinados a iluminar tanto o

legislador, ao elaborar as leis dos respectivos sistemas, como ao

intérprete, ao aplicar as normas ou sanar as omissões.”

(SUSSEKIND, 2003, p. 42)

E ainda, da professora Vólia Bomfim Cassar:

“Princípio é a postura mental que leva o intérprete a se posicionar

desta ou daquela maneira. Serve de diretriz, de arcabouço, de

orientação para que a interpretação seja feita de uma certa

maneira e, por isso, tem função interpretativa.” (CASSAR, 2008,

p.165).

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Por fim, temos três princípios gerais do Direito que são de suma

importância à ciência jus-trabalhista, são eles: o princípio da lealdade e boa-fé, da

não alegação da própria torpeza e do efeito lícito do exercício regular do próprio

direito que, a contrario sensu, veda a prática do abuso do direito. (DELGADO,

2009, p.178).

Sérgio Pinto Martins afirma que “princípios são proposições básicas

que fundamentam as ciências. Para o Direito, o principio e seu fundamento a

base que ira informar e inspirar normas jurídicas” .

São premissas éticas extraídas da legislação e do ordenamento

jurídico em geral. São eles estabelecidos com a consciência ética do povo em

determinada civilização, e podem suprir lacunas e omissões da lei , adaptados as

circunstanciais do caso concreto.”

Os jus naturalistas acreditavam que os princípios estavam em um

patamar superior em relação as demais normas positivadas. Estes seriam a

sínteses das idéias fundamentais do direito, baseadas em ideais absolutos e

universais e eternos correspondente ao direito natural.

Já para os positivistas os princípios não estão fora da lei, mas sim

inseridos em seu conteúdo, sua essência inspirava a formação concreta de cada

legislação.

1.2 – Parêmias

No estudo do Direito temos ainda as “parêmias”, também chamadas de

“máximas” e de “brocado jurídicos”.

As parêmias não tem o mesmo mérito dos princípios, mas auxilia em

muito o aplicador do Direito.

Como exemplo clássico de parêmias temos: “quem pode o mais pode o

menos”, “o direito de um termina quando começa o do outro” . (DELGADO, 2009,

p.180).

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1.3 – Dos Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho e Outras Fontes

Legislativas

Dentre os princípios gerais do direito, podemos destacar aqueles

insculpidos na Constituição Federal para aplicação direta no Direito do Trabalho.

Eis alguns deles:

• Dignidade da pessoa humana

• Valores sociais do trabalho

• Insculpidos no Artigo 1º, incisos III e IV, fundamentos da

República Federativa do Brasil.

• Igualdade (ou isonomia)

• Não-discriminação

Artigos 5º, caput e incisos I e XLI, e 7º, incisos XXX e XXXI

• liberdade de associação profissional e sindical

Artigos 5º, inciso XX, e 8º, caput e inciso V

• O trabalho como direito social

Artigo 6º

• O livre exercício de qualquer trabalho ou ofício

Artigo 5º, XIII

• A não exclusão do valhacouto judiciário a lesão ou ameaça de

direito

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Art. 5º, XXXV

Ainda em sede constitucional, a Carta Magna nos traz diversos

princípios específicos ao Direito do Trabalho, são eles:

No artigo 7º:

• Da proteção ao trabalhador e prevalência da condição mais

favorável

• Da proteção contra despedida arbitrária

• Garantia de salário mínimo (digno) capaz de atender às

necessidades básicas e vitais do trabalhador e de sua família

Periodicidade de reajuste do salário mínimo.

• Da irredutibilidade salarial

• Proteção do mercado de trabalho da mulher

• Do reconhecimento dos Convênios Coletivos

• Da proteção ao trabalhador em face da automação

• Da isonomia salarial e de tratamento

• Da não discriminação

• Da proibição do trabalho infantil e proteção de trabalho noturno,

perigoso e insalubre ao adolescente

• Da redução dos riscos inerentes ao trabalho

• Do seguro contra acidentes do trabalho a cargo do empregador

No artigo 8º:

• Liberdade sindical

• Não interferência estatal nos sindicatos

• Unicidade sindical

• Representação sindical

• Contribuição sindical compulsória

• Livre filiação sindical

• Necessária intervenção sindical nas negociações coletivas

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• Proteção ao dirigente sindical

• Garantia do sistema confederativo.

• Subordinação do sindicato à vontade da assembléia.

No artigo 9º - Direito de greve.

No artigo 11º - Representação dos trabalhadores na empresa.

Dentre os vários princípios gerais do direito, de origem doutrinária ou

de legislação diversa à trabalhista podemos citar: a) da não alegação da

ignorância da lei (LICC), b) da boa-fé e lealdade nos contratos, c) do exceptio

contractus non adimplendi, d) da razoabilidade, e) da proteção a criança e do

adolescente (ECA) entre outros.

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CAPÍTULO 2

Princípios Específicos do Direito do Trabalho

A diretriz básica do Direito do Trabalho é a proteção do trabalhador,

uma vez que o empregado não tem a mesma igualdade jurídica que o

empregador. (CASSAR, 2008, p.182).

A doutrina hodierna entende que o Direito do Trabalho possui natureza

jurídica de direito privado.

É um “Direito Civil específico”, com contrato entre partes privadas. Só

que estas possuem enorme desigualdade de forças, o que leva o legislador a

proteger o trabalhador – lado mais fraco da corda.

Dentre os princípios próprios do Direito do Trabalho, pelo exposto

acima, surgem princípios específicos de tal matéria, sendo maior.

Deles o princípio da proteção ao trabalhador, que busca o equilíbrio

trazendo maior proteção ao hipossuficiente econômico da relação contratual – o

trabalhador.

Para o professor Américo Plá Rodriguez (RODRIGUEZ, 2004, p.220), o

princípio acima se divide em:

Princípio in dubio pro operario ou in dubio pro misero – Entre duas ou mais

interpretações viáveis, o intérprete deve escolher a mais favorável ao trabalhador.

É uma regra de hermenêutica, e não um caso de lacuna da lei.

Princípio da norma mais favorável – Não se aplica, no direito do trabalho, a

famosa pirâmide kelseniana, que trata da hierarquia das normas jurídicas. Aqui, o

ápice da pirâmide deve ser ocupado pela norma mais favorável ao trabalhador

(arts. 444 e 620 da CLT).

Princípio da condição mais benéfica – Prevalecem as condições mais

vantajosas para o trabalhador, não importa o momento em que foram ajustadas.

Esse princípio pode ser encontrado de maneira concreta no art. 468 da CLT e

súmula 51 do TST, e tem, como fundamento, o direito adquirido.

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Daremos maior destaque ao princípio da proteção (ou da proteção ao

trabalhador, ou do favor) por ser este o de maior aproveitamento entre os Direitos:

Material e Adjetivo do Trabalho.

2.1 - Princípio da Proteção

Pelo princípio acima, havendo duas ou mais normas, estatais ou não

estatais, sobre a mesma matéria, deverá ser aplicada, no caso concreto, a mais

benéfica para o trabalhador.

Não há no Direito do Trabalho, como no Direito comum, uma hierarquia

exata entre as normas que o regulam; tal hierarquia poderá mudar ante a

necessidade de aplicação da norma mais favorável.

Insta salientar que, em casos específicos, a norma mais favorável pode

dar preferência a aplicação de lei ou norma infra-constitucional sobrepujando

nossa Carta Magna.

Não se aplica este princípio mor quando a lei especificamente o proibir,

v.g, planos econômicos editados em épocas de inflação que retiravam direitos dos

trabalhadores tentando conter galopantes inflações.

Outra exceção à aplicabilidade do princípio da proteção é quando tratar

de matéria de ordem pública e a proteção ao trabalhador forem conflitantes a

interesse maior da sociedade.

Certo ainda é o fato de nossa Constituição ter garantido a redução de

salário, se previsto em convenção ou acordo coletivo (CF 7º VI).

2.2 - Princípio da Primazia da Realidade

Talvez o segundo princípio maior aplicabilidade no Direito do Trabalho,

este impõe que os fatos valem mais do que constante em documentos.

Na prática forense trabalhista, temos como o maior exemplo as

assinaturas fraudulentas de CTPS, onde o empregado consta com tal função e,

de fato exercia outra.

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2.3 - Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas

Considerando-se o fato, já narrado que o Direito do Trabalho tem a

natureza jurídica de Direito Privado e que possui normas cogentes instituídas para

favorecer o lado mais fraco da relação jurídica – o empregado – tais normas são

irrenunciáveis.

Como mero exemplo, podemos citar a obrigatoriedade de se conceder

férias nos doze meses seguintes ao período aquisitivo. Mesmo que o trabalhador

queira trabalhar e dispense o gozo das férias, o mesmo não poderá fazê-lo pois é

norma cogente, estando o empregador obrigado a concedê-las, acrescidas com a

pecúnia do terço garantido pela Constituição.

2.4 – Princípio da Boa Fé

Trata-se de um princípio jurídico fundamental, uma premissa de todo

ordenamento jurídico. É um ingrediente indispensável para o cumprimento do

direito, sem o qual, a maioria das normas jurídicas perde seu sentido e seu

significado.

Refere à conduta da pessoa que considera cumprir realmente com seu

dever. Pressupõe honestidade, consciência de não enganar, não prejudicar, não

causar danos, não trapacear etc. A consciência do agente aqui é aquela exigida

do homem médio. É um modo de agir, um estilo de conduta. Tal princípio ganha

especial relevo nesse ramo do Direito, eis que o contrato de trabalho é uma

relação continuada, e não uma transação mercantil, um negócio circunstancial.

2.5 - Princípio da Continuidade do Emprego

Como regra, o contrato de trabalho é por tempo indeterminado.

Objetiva tranquilizar e dar segurança ao trabalhador, pois o mesmo depende da

contraprestação pecuniária advinda do seu trabalho para sustento próprio e de

sua família.

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Reforçando o entendimento de tal princípio, trazemos o enunciado 212

do TST, in verbis:

TST Enunciado nº 212 - Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 Ônus da Prova - Término do Contrato de Trabalho - Princípio da Continuidade O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.

2.6 – Princípio da Integralidade e da Intangibilidade do Salário

Visam proteger o empregado de descontos abusivos, preservar sua

impenhorabilidade e assegurar-lhe posição privilegiada em caso de insolvência do

empregador.

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CAPÍTULO 3

PRINCÍPIOS PROCESSUAIS GERAIS

O procedimento realizado em contraditório, animado pela relação

jurídica processual é o que denominamos processo. (CAMARA, 2006, p.147).

A CLT consagra a aplicação do uso do CPC no processo do trabalho

em seu artigo 769:

Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será

fonte subsidiária do direito processual do trabalho, exceto naquilo

em que for incompatível com as normas deste Título.

De qualquer forma, como supracitado, os princípios sempre norteiam o

Direito.

Não haveria o porquê de não aplicar os princípios gerais do processo,

constitucionais ou não, ao processo do trabalho.

Única limitação, seria a possibilidade de utilizarmos princípios

específicos justrabalhistas ante os princípios gerais.

Citaremos uma breve lista de princípios constitucionais, legais e

doutrinários do direito adjetivo:

3.1 – Contraditório (artigo 5º, LV, CF)

Corolário (subprincípio, decorre do devido processo legal), assenta-se

em um tripé: conhecimento, participação e convencimento ou influência. É

inerente ao direito de defesa, é decorrente da bilateralidade do processo: quando

uma das partes alega alguma coisa, há de ser ouvida também a outra, dando-lhe

oportunidade de resposta. Ele supõe o conhecimento dos atos processuais pelo

acusado e o seu direito de resposta ou de reação.

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3.2 – Ampla Defesa (artigo 5º, LV, CF)

Corolário do devido processo legal, diferença entre contraditório e

ampla defesa, tecnicamente há, o contraditório cuida mais da manifestação das

partes, ampla defesa cuida da possibilidade de produzir provas. Esta deve

abranger a defesa técnica, ou seja, o defensor deve estar devidamente habilitado,

e a defesa efetiva, ou seja, a garantia e a efetividade de participação da defesa

em todos os momentos do processo. Em alguns casos, a ampla defesa autoriza

até mesmo o ingresso de provas favoráveis à defesa, obtidas por meios ilícitos,

desde que devidamente justificada por estado de necessidade.

3.3 – Isonomia (artigo 5º “caput” e I, CF) (formal e material)

Trata-se de um princípio jurídico disposto pela Constituição da

República Federativa do Brasil que diz que "todos são iguais perante a lei",

independentemente da riqueza ou prestígio destes. O princípio informa a todos os

ramos do direito.

3.4 – Inafastabilidade Jurisdicional (artigo 5º, XXXV, CF)

A lei não excluirá da apreciação do Judiciário lesão ou ameaça de

lesão. Desta forma, ocorre a Constituição Federal garante a qualquer pessoa se

valer do Poder Judiciário toda vez seu seu direito tiver sido lesado ou ameaçado

de lesão.

3.5 – Juiz Natural (artigo 5º LIII e XXXVII, CF)

Quando não existir tribunal cuja competência seja estabelecida após o

fato a ser julgado. O Princípio do juiz natural estabelece que deve haver regras

objetivas de competência jurisdicional, garantindo a independência e

a imparcialidade do órgão julgador.

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3.6 – Publicidade e Motivação (artigo 5º LXV e 93 IX, CF)

Todas as decisões devem ser fundamentadas, as decisões devem ser

públicas, segredo de justiça só hipóteses do artigo 155 do CPC e causas de

interesse público.

3.7 – Vedação à Prova Ilícita (artigo 5º, LVI, CF)

Pelo princípio da vedação da prova ilícita encontra-se expressamente

previsto no art. 5º, LVI, daConstituição de 1988, in verbis:

"São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos".

3.8 – Razoabilidade Temporal (artigo 5º, LXXVIII, da CF)

Razoável duração do processo, conceito indeterminado, e não é

novidade no Brasil, existe desde 1992 no Brasil, signatário do Tratado

Internacional Pacto de San José da Costa Rica.

3.2 – Princípios Gerais Infra-constitucionais

3.2.1 – Princípio da Ação, ou da Demanda, ou da Inércia

Ou Dispositivo (artigo 2º, CPC). O Princípio da Demanda é também

conhecido como Princípio da ação ou da iniciativa das partes, e indica a atribuição

à parte da iniciativa de provocar o exercício da função jurisdicional.

3.2.2 – Impulso Oficial (artigo 262 do CPC)

Princípio segundo o qual, uma vez iniciado, o processo deve ser

impulsionado pelo juiz, independentemente da vontade das partes.

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3.2.3 – Lealdade Processual (artigo 14 do CPC)

Cuja conseqüência por sua violação é litigância de má-fé; legalidade

estrita, artigo 127 do CPC. As partes têm o dever de se conduzir com ética e

lealdade, cabendo ao juiz reprimir qualquer ato atentatório à dignidade da justiça

3.2.4 – Livre convencimento motivado ou Princípio da persuasão racional -

(artigo 131 do CPC)

Significa que o juiz não mais fica preso ao formalismo da lei, antigo

sistema da verdade legal, sendo que vai embasar suas decisões com base nas

provas existentes nos autos, levando em conta sua livre convicção pessoal

motivada.

3.2.5 – Oralidade

O princípio da oralidade, nesse sentido, é um princípio fundamental,

pois além de ser o operador de um conjunto de outros princípios, tem por isso

mesmo um caráter de garantia. Nos dizeres de Leonardo Greco ao se considerar

o princípio da oralidade, visualiza-se primordialmente sua leitura como garantia do

efetivo acesso à justiça e como desdobramento do princípio da participação

democrática, ou seja, o princípio da oralidade apreende-se como forma adequada

de poder influir as partes nas decisões judiciais”.

Os princípios que são coordenados pelo princípio da oralidade são:

concentração, imediação e identidade física do juiz.

A concentração quer dizer que todos os atos devem ser concentrados

em um número mínimo de oportunidades; a imediação significa que as provas

serão produzidas diretamente na presença do juiz, sem intermediários; a

identidade física do juiz estabelece que o juiz que iniciou a instrução deverá

concluir o julgamento da causa.

O princípio da oralidade merece ser mais estudado e prestigiado. O

primeiro reflexo de sua utilização intensiva é a celeridade processual, mas usado

adequadamente tem ainda o potencial de melhorar o acesso à justiça e a

qualidade da prestação jurisdicional.

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3.2.6 – Identidade física do juiz (artigo 132 do CPC)

Juiz que encerra a instrução, ouve a última testemunha é obrigado a

julgar o processo, sob pena de ser nulo.

Determina que o magistrado que presidiu e concluiu a instrução

probatória fica vinculado ao processo, devendo, assim, ser o prolator da sentença,

exatamente porque estará em melhores condições para analisar a questão, uma

vez que colheu as provas.

3.2.7 – Imediação (artigo 466, II, CPC)

O princípio da imediação, que se interliga com o princípio da oralidade,

exige, o contato direto do juiz com as partes e as provas, a fim de que receba,

sem intermediários, o material que se servirá para julgar. Este princípio, encontra

suas diretrizes acolhidas pelo artigo 446, inciso II do Código de Processo Civil.

3.2.8 – Eventualidade (artigo 300 do CPC)

O réu deverá concentrar na contestação toda matéria de defesa, ainda

que incompatíveis. Manda que as partes, logo que possível, apresentem tudo

quanto têm a dizer em seu favor, ou que indiquem desde logo todas as suas

provas, conforme a hipótese, sob pena de preclusão.

3.2.9 – Instrumentalidade das Formas (artigo 244 do CPC)

Não há nulidade sem prejuízo. Se o processo é um instrumento, não

pode exigir um dispêndio exagerado com relação aos bens que estão em disputa.

E mesmo quando não se trata de bens materiais deve haver uma necessária

proporção entre fins e meios, para equilíbrio do binômio custo-benefício. Assim,

esse princípio preconiza o máximo de resultado na atuação do direito com o

mínimo possível de atividades processuais.

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3.3 - Princípios Doutrinários do Processo

3.3.1 – Instrumentalidade do Processo

Instrumento para aplicação de direito material, com três escopos,

social, pacificar com justiça; político, aplicar o direito objetivo ou material; e

jurídico, serve para o autor o seu direito de ação, e para o réu defender-se. Tal

princípio possui aplicação subsidiária na seara trabalhista, uma vez que é

compatível com o processo do trabalho e dispõe que serão válidos os atos que

embora realizados de outra forma, alcançarem a sua finalidade, desde que a lei

não preveja a sua nulidade, pois o processo não é um fim em si mesmo, mas tão-

somente um instrumento para que o Estado preste a jurisdição.

3.3.2 – Imparcialidade do Juiz

Para que o processo seja justo e válido, é preciso que o juiz atue de

forma imparcial, ou seja, não exibir-se de forma tendenciosa para qualquer das

partes. O juiz coloca-se entre as partes e acima delas: esta é a primeira condição

para que possa exercer a sua função dentro do processo. A imparcialidade do

juiz é pressuposto para que a relação processual se instaure validamente.

3.3.3 – Duplo Grau de Jurisdição

Princípio que possibilita a revisão das causas já julgadas por juiz de

primeira instância (ou grau), denominada jurisdição inferior: garante, assim, um

novo julgamento, por parte dos órgãos da jurisdição superior, ou de segundo grau

(também denominada de segunda instância), através de recurso. Apesar do duplo

grau de jurisdição ser prática comum nos sistemas processuais contemporâneos,

inclusive o brasileiro, tal princípio não é expressamente garantido na Constituição

Federal, desde a proclamação da República. Todavia, a própria Constituição

autoriza essa prática, ao atribuir competência de recurso a várias instâncias

jurisdicionais. É o caso, por exemplo, da competência atribuída ao STF de julgar

ordinariamente os recursos de Habeas Corpus, Habeas Data, mandados de

segurança e de injunção e os crimes políticos, conforme o contido no artigo 102,

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inciso II, da CF. Ora, se o STF está “autorizado” constitucionalmente a acolher

recursos.

Dos princípios processuais cíveis acima expostos, são comuns ao

Direito Processual do Trabalho: a) do dispositivo ou da demanda, b) inquisitivo ou

do impulso oficial, c) instrumentalidade, d) da impugnação especificada (corolário

ao do contraditório), e) da estabilidade da lide, f) da eventualidade, g) da

preclusão, h) da economia processual, i) perpetuatio jurisdictionis, j) do ônus da

prova, k) da oralidade e l) da lealdade processual.

3.4 – O Processo do Trabalho

Processo, latu sensu, é a sequencia ordenada e predeterminada de

atos destinados a compor litígios. (GIGLIO, 2007, p.2).

Processo do trabalho é o método segundo o qual os Tribunais de

Justiça do Trabalho conciliam e julgam os dissídios individuais e coletivos, bem

como as demais controvérsias oriundas de relações de trabalho regidas pelo

direito do trabalho. O conjunto das normas que regulam esse processo forma o

Direito Processual do Trabalho. (SUSSEKIND, 2003, p.1363).

É composto de princípios, regras e instituições próprias, formando um

sistema destinado a regular a atividade dos órgãos da justiça do trabalho.

Como nas demais ciências, a existência de princípios próprios ao

Direito Processual do Trabalho é uma das comprovações como ramo autônomo

do direito.

A maioria das regras da disciplina em tela encontra-se contida na CLT.

O processo é o complexo de atos seqüenciais e termos por meio dos

quais se concretiza a prestação jurisdicional, através de um instrumento chamado

"Ação", originado de um dissídio trabalhista, ou seja, é meio pelo qual o

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empregado ou empregador se utiliza para satisfazer um prejuízo que

eventualmente tenha tido da relação de trabalho.

O processo do trabalho é bastante dinâmico e diferentemente do

processo civil, que se apresenta com maior rigor formal, possui características

próprias, orientando-se por princípios menos complexos os quais visam dar maior

celeridade processual e resolver o conflito com o menor tempo possível.

O propósito desta celeridade está consubstanciado na redução de

várias fases processuais e recursos que existe na esfera civil, bem como na

redução de prazos e procedimentos dos atos processuais.

Dentre as principais características (princípios) do processo do

trabalho, podemos citar:

Finalidade Social: em razão da própria diferença entre as partes, o Direito do

Trabalho procura assegurar que haja um equilíbrio entre o empregado e o

empregador. O processo trabalhista permite que o mais fraco (empregado) goze

de benefícios que não atingem o empregador, como por exemplo, a isenção do

depósito recursal.

Oralidade: O processo do trabalho é eminentemente oral, isto é, nele prevalece a

palavra falada, não só pela valorização da conciliação (acordo), como também

pela própria faculdade à parte de propor uma ação ou se defender, sem

intermediação de advogado (embora não seja muito recomendado pela falta de

conhecimento técnico).

Celeridade: as questões trabalhistas por trazerem em seu ânimo o único meio de

sobrevivência do trabalhador e de sua família (salário), nada justificaria a demora

na resolução do conflito. A Justiça Trabalhista prevê, por exemplo, que se o juiz

perceber que a reclamada se utiliza de recursos com fins exclusivamente

protelatórios (adiar o julgamento), poderá aplicar-lhe multa por tal ato.

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CAPÍTULO 4

PRINCÍPIOS PRÓPRIOS DO PROCESSO DO TRABALHO

Correntes doutrinárias divergem se existem ou não princípios próprios

do Direito Processual do Trabalho.

Uma corrente diz que são os mesmos princípios do Direito Processual

Civil, apenas com maior ênfase na aplicação de alguns princípios.

Outra defende a existência autônoma de princípios do Direito

Processual do Trabalho. Poucos princípios, dois ou três, mas existentes.

Insta salientar que, com visto no capítulo acima, a não existência de

princípios autônomos (primeira corrente) não fariam do Direito Processual do

Trabalho uma ciência reconhecidamente autônoma.

Embora divergências doutrinárias, aqueles que aceitam o Direito

Processual do Trabalho como ciência autônoma, ou seja, que aceitam princípios

próprios para tal disciplina, são uníssonos em dizer que a pedra angular do

processo do trabalho é o princípio da proteção.

O professor Wagner Giglio leciona que existem princípios reais (ou

concretos) nacionais e internacionais e princípios ideais (ou abstratos).

Entre os princípios reais temos:

Princípio Protecionista (internacional) – É internacional e se revela em normas

que garantem ao trabalhador benesses como isenção de custas, assistência

jurídica gratuita, impulso oficial de ofício etc.

Princípio da Jurisdição Normativa – Funciona como verdadeira delegação de

poderes legislativos ao Judiciário Trabalhista

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Princípio da Despersonalização do Empregador – Onde persegue-se os bens

que compõem a empresa podendo ser executado até quem não fez parte do feito.

Princípio da Simplificação do Procedimento (internacional) – Demonstrado

pela existência do jus postulandi das partes, pela comunicação postal, pela

nomeação de perito único, eliminação da fase de avaliação de bens penhorados

etc.

Entre os princípios ideais temos:

Princípio da Extrapetição: que possibilita ao juiz conceder além do pedido,

fugindo do princípio do dispositivo.

Princípio da Iniciativa de Ofício da Ação

Princípio da Coletivização das Ações Individuais: que traz celeridade para

decidir sobre insalubridade e periculosidade num mesmo ambiente de trabalho.

(GIGLIO, 2007, p.95).

Passemos a análise detalhada dos princípios acima e de outros

adotados pela doutrina, específicos para o processo do trabalho.

4.1 - Princípio da Proteção

Tal princípio já foi estudado no item 4 deste artigo – Princípios

Específicos do Direito do Trabalho – e é de total aplicabilidade, também, no

processo do trabalho.

Sendo certo que seu uso, agora adjetivo, atende a necessidades

específicas de proteger o empregado (lado hipossuficiente do contrato)

processualmente.

O professor Sérgio Pinto Martins assim leciona: “O verdadeiro princípio

do processo do trabalho é o da proteção. Assim como no Direito do Trabalho, as

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regras são interpretadas mais favoravelmente ao empregado, em caso de dúvida,

no processo do trabalho também vale o princípio protecionista, porém analisado

sob o aspecto do direito instrumental.” (MARTINS, 2008, p.41).

Comprova a proteção desprendida ao empregado pela legislação: a

ausência de custas para demandar, a assistência judiciária do sindicato é apenas

para o empregado, inverte-se, as vezes, o ônus da prova e muitas vezes são

aceitas presunções que favorecem o empregado, o impulso de ofício na execução

etc.

O juiz não protege o trabalhador, o sistema é que assim o faz.

4.2 - Princípio da Finalidade Social

Diferencia-se o processo do trabalho do processo civil, também, pela

quebra do princípio da isonomia entre as partes.

Busca-se a finalidade social da jurisdição através de um processo que

desfaça a desigualdade econômica e, normalmente, cultural entre as partes.

Neste princípio o juiz tem atuação mais ativa, diferentemente do

princípio da proteção, onde o magistrado apóia-se na escolha da norma mais

benéfica.

4.3 - Princípio da Busca da Verdade Real

É o derivado do princípio da primazia da realidade do direito material

do trabalho.

4.4 - Princípio da Indisponibilidade

Deriva do princípio da indisponibilidade ou irrenunciabilidade do Direito

material do trabalho.

Busca-se no processo do trabalho o cumprimento dos direitos

indisponíveis dos trabalhadores, férias, gratificação natalina, FGTS etc.

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4.5 - Princípio da Conciliação

Embora comum aos demais ramos processuais, encontra-se mais

evidente no processo do trabalho, haja vista ser obrigatório durante a instrução,

conforme a CLT.

4.6 - Princípio da Normatização Coletiva

A Justiça do Trabalho é a única que pode criar normas e condições

gerais abstratas, algo que seria próprio do poder legislativo, com eficácia ultra

partes, para determinada categoria profissional através das “sentenças

normativas”.

Aplicação dos Princípios do Direito Material do Trabalho no Direito

Processual do Trabalho

O Direito Processual do Trabalho é apenas o instrumento que vai

assegurar a concretização e a efetivação das normas do Direito do Trabalho,

quando postuladas em processo.

Logo, a aplicação dos princípios do Direito do Trabalho no Direito

Processual do Trabalho é mister, quando da sua necessidade de aplicação

“dinâmica” – considerando-se a marcha processual.

Aplicam-se as garantias constitucionais principiológicas aos direitos

material e instrumental.

Não só através de garantias claras que sustentam o devido processo

legal – “princípio mor de um estado democrático de direito”, como com a função

integrativa dos princípios insculpidos em nossa Carta Magna.

A aplicação dos princípios constitucionais para ambos os direitos

garante o valhacouto do Estado-juiz nas questões originárias da relação de

emprego e do trabalho.

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Assegurar os direitos trabalhistas objetivamente através da norma é

insuficiente. Caso esses direitos não sejam observados, é necessário haver

mecanismos processuais que funcionem. Só assim será garantida de forma eficaz

uma ação jurisdicional do estado.

Por isso, será sempre preferível uma norma processual mais favorável

à garantia efetiva da proteção dos direitos do empregado, v.g., crédito de

natureza alimentar, a uma norma adjetiva trabalhista que contrarie os interesses

do trabalhador.

O direito pátrio abre esta possibilidade, uma vez que o processo do

trabalho é de tipo sumário e não descreve todos os atos do procedimento. Desta

forma, desde que a outra norma não seja incompatível com o processo do

trabalho, é possível provocá-la subsidiariamente. (ART. 769, CLT).

E é precisamente esta flexibilidade das normas, visando uma

interpretação que priorize a garantia dos direitos do trabalhador, que melhor

traduz as nuances do Direito Processual do Trabalho e do próprio Direito do

Trabalho em si.

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CONCLUSÃO

Com tudo que foi dito acima sobre princípios, resta hialino a

importância dos mesmos, sendo indispensáveis à manutenção de um Estado

Democrático de Direito.

No corpo deste texto, podemos ver que, até quando tratamos de

princípios específicos do processo do trabalho, o primeiro da lista é o princípio

protetivo, comum também ao direito material do trabalho e a derivação adjetiva do

princípio da primazia da realidade – princípio da busca da verdade real – e,

também derivado de outro princípio material, o da indisponibilidade, o da

indisponibilidade ou irrenunciabilidade processual.

O professor Celso Antônio Bandeira de Melo define princípio:

(BANDEIRA DE MELO, 1995, p.538)

“é por definição, mandamento nuclear de um sistema, verdadeiro

alicerce dele, disposição fundamental que se irradia sobre

diferentes normas compondo-lhes o espírito e servindo de critério

para sua exata compreensão e inteligência, exatamente por

definir a lógica e a racionalidade do sistema normativo, no que lhe

confere a tônica e lhe dá sentido humano. É o conhecimento dos

princípios que preside a intelecção das diferentes partes

componentes do todo unitário que já por nome sistema jurídico

positivo. Violar um princípio é muito mais grave do que violar

uma norma. É a mais grave forma de ilegalidade ou

inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio atingido,

porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão

de seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu

arcabouço e corrosão de sua estrutura mestra”.

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Vale lembrar que a origem do Direito do Trabalho no Brasil é

descendente. Foram movimentos governistas que o criaram e, praticamente, teve

sua origem quando da criação da CLT. Sendo certo que esta consolidação traz ao

intérprete a normatização não só material, mas instrumental do trabalho, toda ela

se baseia nos princípios das duas matérias, que se fundem em busca do

equilíbrio de forças entre o capital e a mão-de-obra.

Salientemos que depois de tal origem, diversas foram as normas

positivadas advindas da expressão da vontade do trabalhador.

A normatização jus-trabalhista tanto descendente quanto ascendente

deve seguir os princípios próprios do Direito do Trabalho e gerais do Direito, pois,

como citado, os princípios servem para: a) orientar o legislador, b) auxiliar o

intérprete e c) integrar o ordenamento jurídico.

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BIBLIOGRAFIA

CLT – Conslolidação das Leis do Trabalho

CRFB – Constituição da República Federativa do Brasil

CPC – Código de Processo Civil

LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro

BANDEIRA DE MELO, Celso Antônio. Curso de Direito Administrativo. São Paulo:

Malheiros, 1995.

CAMARA, Alexandre Freitas. Lições de Direito Processual Civil, vol I. 15. ed. Rio

de Janeiro: Lumen Júris, 2006.

CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 2ª ed. Niterói: Impetus, 2008.

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DELGADO, Mauricio Godinho, Curso de Direito do Trabalho. 8ª ed. São Paulo:

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GIGLIO, Wagner D., Direito Processual do Trabalho, São Paulo: Saraiva, 2007.

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HOUAISS, Antônio, et alii. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. Rio de

Janeiro: Objetiva, 2001.

LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de Direito Processual do Trabalho. São

Paulo: LTr. 2008.

MARTINS, Sérgio Pinto. Direito Processual do Trabalho. 28. ed. São Paulo: Atlas,

2008.

MARTINS, Sergio Pinto.- Direito do Trabalho – 22. Ed. – São Paulo – Atlas, 2006.

SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de Direito do Trabalho. 21. ed. São Paulo:

LTR, 2003.

SUSSEKIND, Arnaldo. Instituições de Direito do Trabalho. 18. ed. São Paulo:

LTR, 2003.

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ÍNDICE

RESUMO ........................................................................................................ 5 METODOLOGIA ............................................................................................. 6 SUMÁRIO ....................................................................................................... 7 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 9 CAPÍTULO 1 Princípios ....................................................................................................... 11 1.1 – Definição ............................................................................................... 11 1.2 – Parêmias ............................................................................................... 13 1.3 – Dos Princípios Constitucionais do Direito do Trabalho e outras fontes legislativas ......................................................................................... 14 CAPÍTULO 2 Princípios Específicos do Direito do Trabalho ........................................... 17 2.1 – Princípio da Proteção .......................................................................... 18 2.2 – Princípio da Primazia da Realidade .................................................... 18 2.3 – Princípio da Irrenunciabilidade dos Direitos Trabalhistas ............... 19 2.4 – Princípio da Boa Fé .............................................................................. 19 2.5 – Princípio da Continuidade do Emprego ............................................. 19 2.6 - Princípio da Integralidade e da Intangibilidade do Salário ................ 20 CAPÍTULO 3 Princípios Processuais Gerais ..................................................................... 21 3.1 – Contraditório ........................................................................................ 21 3.2 – Ampla Defesa ....................................................................................... 22 3.3 – Isonomia ............................................................................................... 22 3.4 – Inafastabilidade Jurisdicional ............................................................. 22 3.5 – Juiz Natural ........................................................................................... 22 3.6 – Publicidade e Motivação ...................................................................... 23 3.7 – Vedação a Prova Ilícita ........................................................................ 23 3.8 – Razoabilidade Temporal ...................................................................... 23 3.2 – Principais Gerais Infra Constitucionais ............................................. 23 3.2.1 – Princípio da Ação, ou da Demanda, ou da Inércia ......................... 23 3.2.2 – Impulso Oficial .................................................................................. 23 3.2.3 – Lealdade Processual ......................................................................... 24 3.2.4 – Livre Convencimento Motivado ou Persuasão Racional ............... 24 3.2.5 – Oralidade ............................................................................................ 24 3.2.6 – Identidade Física do Juiz .................................................................. 25 3.2.7 – Imediação ........................................................................................... 25 3.2.8 – Eventualidade .................................................................................... 25 3.2.9 – Instrumentalidade das Formas ........................................................ 25 3.3 – Princípios Doutrinários do Processo ................................................. 26 3.3.1 – Instrumentalidade do Processo ....................................................... 26 3.3.2 – Imparcialidade do Juiz ...................................................................... 26 3.3.3 – Duplo Grau de Jurisdição ................................................................. 26 3.4 – O Processo do Trabalho ...................................................................... 27 CAPÍTULO 4 Princípios Próprios do Processo do Trabalho ........................................... 29 4.1 – Princípio da Proteção .......................................................................... 30 4.2 – Princípio da Finalidade Social ............................................................ 31

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4.3 – Princípio da Busca da Verdade Real .................................................. 31 4.4 – Princípio da Indisponibilidade ............................................................ 31 4.5 – Princípio da Conciliação ...................................................................... 32 4.6 – Princípio da Normatização Coletiva ................................................... 32 Aplicação dos Princípios do Direito Material do Trabalho do Direito Processual do Trabalho ............................................................................... 32 CONCLUSÃO ................................................................................................. 34 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 36