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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O papel da liderança nas organizações
Por: Rogério Aguiar Pereira
Orientador
Prof. Nelson Magalhães
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
O papel da liderança nas organizações
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Administração da Qualidade
por Rogério Aguiar Pereira.
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AGRADECIMENTOS
A Deus pela criação de um ser único
em sua essência em cada um de nós,
pela minha vida e pela oportunidade de
poder contribuir com o universo.
Enfim, a todos que, direta ou
indiretamente, colaboraram na
elaboração desta pesquisa e deixaram
de ser citados, mas não esquecidos.
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DEDICATÓRIA
À minha esposa Carla e filhos
Christian e Caio, pelo incentivo e
compreensão pela minha ausência
para a realização deste trabalho.
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RESUMO
Em um mundo globalizado, no qual as distâncias se tornam cada vez
menores, as organizações buscam novos conhecimentos e formas de gestão
como oportunidades para evoluir seu desempenho e potencializar seu
crescimento, Neste contexto o trabalho aborda a liderança através dos tempos
até os dias de hoje e comenta as características de um líder desde sua
formação, bem como seu comportamento diante das diversas situações com
que se depara no dia a dia.
O presente trabalho explica a liderança enquanto um dos pilares da
gestão para excelência nas organizações e explora a representação de seu
papel e suas funções diante das constantes transformações necessárias ao
desenvolvimento das empresas.
O estudo apresenta os estilos de liderança presentes nas organizações,
suas características e sua funcionalidade diante dos desafios enfrentados na
gestão dos problemas cotidianos.
Por fim o texto descreve a visão de conflito ora como o desacordo que
rompe o fluxo de trabalho ora como acontecimentos comuns característicos do
processo contínuo de transformações e da relação entre as pessoas presentes
nas organizações, também comenta a atuação da liderança para a gestão
eficaz dos conflitos através do seu comportamento.
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METODOLOGIA
A metodologia aplicada para o desenvolvimento da pesquisa permitiu a
coleta de dados a partir de cada literatura explorada ao longo do tempo,
através da marcação de parágrafos e citações presentes, bem como do
fichamento de conteúdos, que se mostraram relevantes para a construção do
trabalho.
A leitura de livros, textos e artigos publicados por meio informatizado
através de mídias eletrônicas e principalmente da internet permitiu captar
várias visões sobre o tema que serviram para enriquecer os textos.
O material coletado antecipadamente para a realização do trabalho
serviu como linha guia que direcionou e deu sentido para a construção de cada
capítulo construído ao longo do tempo de elaboração do trabalho apresentado.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - CONCEITO SOBRE LIDERANÇA 10
CAPÍTULO II - LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES 14
CAPÍTULO III - ESTILOS DE LIDERANÇA 19 CAPÍTULO IV - A LIDERANÇA NA GESTÃO DE CONFLITOS 25 CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CITADA 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33 WEBGRAFIA 34
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INTRODUÇÃO
Sobre os pontos relevantes que caracterizam a existência de líderes,
Cortella, diz que:
Liderança não é dom, mas virtude. Aliás, é exatamente
porque não é dom que podemos debater o tema. Porque, se fosse
dom, não haveria discussão: a pessoa nasce ou não com esse traço;
elas o possuem ou não. Já que não é dom, podemos considerá-la
virtude. A filosofia define virtude como força intrínseca, capacidade a
ser desenvolvida (CORTELLA, 2011, P.10).
Ao escolher-se o tema Liderança para elaboração deste estudo sabe-se
tratar-se de um tema de extrema abrangência, raramente examinado em sua
totalidade, apesar do grande número de publicações sobre o assunto.
Sabe-se também que a grande preocupação com a liderança diz
respeito à falta de líderes eficazes e que essa descoberta nasceu,
provavelmente, do mito de que a competência para dirigir pessoas depende de
talentos invulgares, tais como um grande carisma pessoal.
Dessa forma, aquilo que chamamos de liderança ou que se pensa de
líderes notáveis parece ter desenvolvido em torno de si, certa mítica, em que
somente pessoas eleitas ou muito especiais e diferentes podiam desfrutar do
privilégio de se sobressaírem entre os demais.
Assim, ser líder, conforme muitos ainda pensam, é algo extraordinário,
invulgar e extremamente meritório, no entanto se buscarmos o significado da
palavra mito, uma resposta menos elaborada diz tratar-se de uma espécie de
crença não cientificamente comprovada, portanto, passível de constatação no
mundo objetivo da ciência.
No entanto Hunter (2006) nos remete a definição de liderança através
do surgimento natural de indivíduos que influenciam suas equipes
proporcionando-lhes a oportunidade de mudanças que marcarão suas vidas.
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O que define a palavra liderança é a capacidade de influenciar
os outros para o bem. As equipes realmente eficazes não são
comandadas por ditadores ou autocratas. Na verdade, nas
comunidades que surgem naturalmente, todos são líderes,
assumindo, cada um, a responsabilidade pessoal pelo sucesso da
equipe. Todos deixam sua marca na equipe – a única questão é tipo
de marca que cada um quer deixar (HUNTER, 2006, P.20).
Pesquisas feitas, nos últimos anos, abrem a visão, apontando que a
liderança não pode ser abstraída do ambiente social em que está inserida, pois
ela não pode ser compreendida apenas em si mesma. Ao estudar a liderança o
objetivo não é descrever como alguém chega à posição de líder, mas
configurar principalmente o tipo de atitude, característica que o qualifica ao
exercício de uma função de liderança.
A descrição de que o líder é ou faz, deixando de lado a análise mais
cuidadosa da influência que pudesse sofrer de seus seguidores, subjaz, de
maneira muito sutil, a crença de que o seguidor permanece a maior parte do
tempo passivo diante da ação do líder.
Ainda segundo Cortella (2009), “A liderança é uma questão de mão
dupla, porque nenhum de nós exerce liderança ou é liderado o tempo todo.
Vivemos as duas condições em momentos variados.” (P.9).
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CAPÍTULO I
CONCEITO SOBRE LIDERANÇA
Durante anos foi possível dizer que liderança não é outra coisa senão a
função exercida pelo líder, onde o poder caracterizava a condição de
superioridade sobre seus liderados.
Embora o termo liderança venha sendo usado apenas há
aproximadamente duzentos anos, na língua inglesa, acredita-se que ele tenha
aparecido por volta do ano1300 da era cristã. Como tal, é justo que apresente
inúmeras interpretações. A preocupação com a liderança é tão antiga quanto à
história escrita. A república de Platão constituiu um bom exemplo dessas
preocupações iniciais ao falar da adequada educação e treinamento dos
poderes políticos, assim como da grande parte de filósofos que desde essa
época procuraram lidar com esse problema.
Na atualidade, existem inúmeras possibilidades de definir a liderança,
pois esse conceito está intimamente ligado às competências de comunicação,
que nada mais é do que habilidade em fazer-se compreender, a transmissão
de ideias, onde o poder de influenciar a equipe torna possível alcançar os
objetivos e o caráter. Estas características formam os princípios que seguimos
e nos fazem reagir às situações que nos ocorrem de modo honesto.
Abaixo uma definição atual de liderança encontrada durante o processo
de pesquisa em HUNTER, 2006.
A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente
visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do
caráter (HUNTER, 2006, P.18).
Estudos mais, sistemáticos e completos sobre a liderança abandonaram
a mitificação da liderança, ao perceber-se que a liderança esta ligada a
determinados tipos de relações de desempenho de papéis. Pode-se assim,
considerar que ser um líder eficaz faz parte de um conjunto de características
que integram a personalidade de alguém.
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A liderança tem evoluído muito ao longo da história da
humanidade. Segundo estudos da socióloga Jean Limpman – Blumen,
evoluímos do que poderíamos chamar de “Era Física”, na qual os
líderes eram intrépidos, fortes e tinham como objetivo conduzir seu
seguidores para a “Era Geopolítica”, em que os líderes adotaram
postura autoritária, legitimada na defesa de suas ideologias e
fronteiras geográficas. Hoje vivemos na “Era da Interdepêndencia”,
comandada por um novo tipo de líder com competências para
identificar e capitalizar aspectos capazes de unir pessoas.
(COELHO, 2008, p.112).
Muitas pesquisas feitas nas últimas décadas em universidades e centros
de estudos reconhecidos por sua seriedade, indicam que a liderança
caracteriza-se por ser um processo em que alguém determina o propósito ou o
sentido para uma ou mais pessoas, fazendo também com que todos se
mobilizem em alguma direção não só de maneira eficaz, mas com total
envolvimento por parte de todos da equipe, sem agredir suas escalas de
valores pessoais.
No mundo contemporâneo, marcado pelo processo de globalização das
economias mundiais, pelo desafio proposto, pela constante necessidade de
transformações e pela automação digital generalizada, requer mais do que
nunca que alguém interprete com sensibilidade o que ocorre na organização e
sinalize novas direções a seguir.
Entretanto, segundo Hunter (2006) “Fala-se de uma crise generalizada
de líderes eficazes, o que tem presumivelmente, resultado no aumento da
complexidade dos problemas dos recursos humanos nas organizações.”
Ainda segundo o autor citado, “Muitos gerentes preocupam-se em causar uma
boa impressão ao chefe, em vez de se empenharem em fazer a coisa certa
para as pessoas que lideram.” (P. 17)
A suposição era de que o líder nascesse como tal, hoje se passa a
cogitar que as pessoas podem ser treinadas para exercerem com eficácia o
seu papel de liderança.
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Em Hunter (2006) Peter Drucker, declara categoricamente que pode
haver muitos “líderes natos”, mas são bem poucos para que possamos
depender deles. “A liderança é uma coisa que deve ser administrada” (P. 24).
Sobre isto Coelho (2008), expõe que:
Temos características inatas e outras que podem ser
desenvolvidas. Este mesmo fato também pode ser transferido
para a questão da liderança. Algumas pessoas nascem com
esse perfil e podem exercê-lo, desenvolvê-lo ou até
negligenciá-lo, de acordo dos estímulos que recebe. Contudo a
liderança pode ser ensinada, porque é uma competência.
Liderança é o processo de influenciar pessoas para obtenção
de resultados em benefício de uma coletividade (COELHO,
2008, P. 113).
Em decorrência da globalização e do aparecimento de novas
tecnologias, as organizações passam por diversas mudanças, e precisam
promover atualizações, a fim de garantir a qualidade de produtos e/ou serviços,
a continuidade da competitividade e sua própria sobrevivência.
As mudanças constantes no mercado têm exigido, continuadamente
uma maior competitividade, exigência mais apurada de qualidade sobre
produtos e serviços e melhor atendimento aos clientes, o que tem imposto às
organizações uma busca incessante por evoluções, tanto no que tange o
perímetro tecnológico quanto no fator humano, com a finalidade de garantir o
crescimento e a continuidade no mercado onde estejam atuando.
Coelho explica que:
“A economia globalizada comprimiu distâncias
geográficas, cindiu barreiras culturais e proporcionou um
admirável mundo novo de oportunidades, mas também
“comoditizou” tudo: produtos, serviços e até pessoas
(COELHO, 2008, P.112).
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As organizações lutam para se manterem vivas em um cenário, onde a
capacidade de mudar determina o sucesso ou o fim de um negócio, e como na
realidade habilidade isolada alguma leva a empresa ao sucesso, existem
aquelas que são fundamentais e que fazem a diferença na vida das
organizações.
Neste contexto, a liderança que desde o principio foi um dos tópicos de
maior relevância para estudiosos, pode ser relacionada diretamente ao
surgimento do fenômeno da organização social, ocorrido desde o momento em
que os homens passaram a viver em grupos, na época de forma primitiva e
precária. Em diversos aspectos, como organização dos grupos, manutenção
da ordem e estabilidade social, se fez necessário atribuir a alguém o comando
desses grupos.
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CAPÍTULO II
LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES
Os líderes causam um profundo impacto na vida das pessoas e das
organizações. A liderança é, portanto um processo chave em toda organização
e tem sido uma preocupação constante, tanto das companhias que dela
necessitam quanto de estudiosos e pesquisadores.
Por essas razões, a complexidade do assunto tem levado a uma
infinidade de teorias e tentativas de explicações sobre o tema liderança. Um
líder precisa ter visão, saber questionar a realidade e para isso reunir coragem
para quebrar conceitos e mobilizar pessoas para que possam enfrentar
desafios em busca da excelência em tudo que fazem. Esta é a função do líder.
Coelho (2008) comenta sobre o tema desta forma: “Buscar a excelência
significa fazer o melhor com o que se tem e onde estiver. É esforçar-se 110%
em uma tarefa, sempre com elevado nível de exigência qualitativa” (P.104).
Liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las de forma que
coloquem seu coração, mente, espírito, criatividade e excelência a serviço de
um objetivo.
Qualquer que seja o produto ou serviço que a empresa ofereça, ela
opera no ramo de relacionamentos, por isso é fundamental saber lidar com
conflitos e incertezas entre seus subordinados e internamente com eles
próprios, algumas decisões darão certo e outras não. Torna-se importante
neste momento saber ouvir. Tornar a equipe unida e sempre motivada em
busca de novos projetos e inovações, pois só assim as empresas obterão
lucros e crescerão.
A liderança deve incentivar o desenvolvimento de talentos e uma das
formas de realizar isso é dar motivos para que os talentos possam surgir, as
pessoas devem acreditar no líder e confiar em sua palavra,
Em Hunter 2006), ken Blancharrd autor de “gerente minuto” questiona:
“O que é liderança? É um processo de influenciar pessoas” (P.27).
Segundo Peter Drucker a exigência final da liderança eficaz é a
conquista da confiança.
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Para alguns filósofos o processo de liderança é a capacidade de
inspirar, motivar e movimentar pessoas a atingir e superar metas,
ultrapassando aquilo que aparentava se sem limites. Esta tentativa de
influência pode originar o processo entusiástico de algumas pessoas em
situações determinantes. É uma influência de relacionamento buscando-se
mudanças reais nas organizações.
A liderança é um fator que permeia toda implantação e manutenção de
qualquer processo empresarial, pois as organizações são feitas de pessoas e
para que as mesmas possam trabalhar satisfatoriamente em equipe, elas
precisam de liderança.
A liderança constitui uma necessidade típica do trabalho em equipe.
Para fazer a equipe funcionar e produzir resultados, o gerente precisa
desempenhar muitas funções ativadoras. Dentre estas funções sobressai a
liderança. O gerente deve saber como conduzir pessoas, isto é, como liderar e
administrar as diferenças.
Trabalhar para uma grande empresa significa administrar a comunicação através de todos os tipos de barreiras e em meio a uma gama enorme de personalidades. Incluir significa trabalhar para garantir que você obterá o melhor de todos. Não é apenas seguir políticas, mas abrir mão de seus próprios modelos mentais e tratar todos os colegas com a mesma generosidade e compreensão que gostaria de receber (Otazo, karen, 2010, p. 46).
O líder á a mola propulsora responsável pela sobrevivência e sucesso,
ou fracasso, de uma organização.
A excelência empresarial está intimamente ligada a excelência
gerencial. Para o sucesso empresarial, as principais determinantes são: visão,
dedicação e integridade do líder.
Bons gerentes não necessariamente são bons líderes, gerenciar exige
conhecimentos, habilidades e inteligência lógica para realizar planejamentos,
orçamentos, organização, análise de dados, controle, desenvolvimento de
estratégias, entre várias outras tarefas, porém isso não garante que um
gerente com domínio sobre essas técnicas seja um bom líder. Por isso as
grandes corporações de hoje em dia estão contratando pelo caráter e
treinando para a habilidade.
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Sobre o assunto, Hunter confirma que:
Liderança não é sinônimo de gerência, mas de influencia.
No passado, aquele que conhecia mais profundamente a
empresa ou era o melhor gerente, virava rei. Não é mais assim.
Agora, agora os altos execultivos das empresas listadas na revista
fortune vivem trocando de emprego (HUNTER, 2006, P.27)
As tarefas que executadas dizem aos outros o que um gerente faz, para
ser um líder eficaz torna-se necessário mostrar o que um gerente é de fato.
Neste contexto conforme observa James Hunter “gerenciar é o que
fazemos, liderança é quem somos”.
A respeito desse conceito, Mussak nos esclarece dizendo:
Liderança não é cargo. Nas organizações existem cargos de
gerente, diretor, supervisor, superintendente, mas não de líder, embora algumas empresas adotem essa denominação. Em princípio liderança não é cargo, mas uma condição, um comportamento humano. E, logicamente, é desejável que as pessoas que ocupam esses cargos comportem-se como líderes, o que nem sempre acontece. (MUSSAK, EUGENIO, 2009, p.8).
Abaixo o quadro comparativo entre as características do gerente e do
líder em relação ao perfil adotado que os caracterizam em sua essência.
Quadro 1 (BENNIS, 1996, P 93)
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Um líder além de todo conhecimento profissional e conceitual é
imprescindível que tenha atitudes produtivas e positivas, ele pode ser uma
influência positiva ou negativa em uma organização.
Para ter um bom desempenho e influenciar positivamente, deve ter
autocontrole, saber ouvir, aprender, realizar, incluir, e excluir quando
necessário. Tem que proporcionar a sua equipe o direito ao erro e aprender
coisas novas e sempre motivá-la e elogiá-la, a fim de manter os níveis de
eficiência exigidos pelo mercado, o gestor tem o papel principal de agregador
para enfim manter a equipe motivada.
A relação no processo de tomada de decisões, sua relevância e
influencia, constitui-se como um dos diversos processos internos das
empresas e cabe a liderança esta função.
Decisões são tomadas o tempo inteiro, todos os dias, e podem ser
caracterizadas como sendo de extrema importância, são aquelas que buscam
alternativas para melhorar a posição competitiva da organização.
O processo de tomada de decisão implica sempre risco, pois se
caminha para o novo, o desconhecido, desta forma o líder deve ser bem
informado de todos os pontos relevantes, sejam, financeiros, políticos,
humanos, entre quaisquer outros que venham se apresentar e que cercam sua
decisão, qualquer que ela seja.
Uma característica importante para a liderança na tomada de decisões é
a audácia, um líder deve ser audacioso para fazer progredir sua equipe e a
organização.
A esse respeito, Cortella (2009), nos explica que a audácia, diferente da
aventura, é a capacidade de, apesar do temor, preparar-se para enfrentar as
adversidades.
Aventura é o vamos que vamos, é o primeiro a gente enlouquece, depois vê como fica”.
Várias pessoas que escalam montanhas, abrem empresas, dirigem escolas ou arquitetam projetos grandiosos, são audaciosas. Mas elas não decidem atuar apenas porque acham que devem fazê-lo, ou porque estão iluminadas. Alguns dos que perecem na ação chegam às raias da irracionalidade. Não se resolvem tais questões com o coração (CORTELLA, MUSSAK, 2009, P.43).
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Bons líderes conseguem realizar transformações em suas equipes,
levando-a a se tornarem eficazes através do diálogo, incentivo e clareza.
Sobre equipes podemos observar algumas características quanto ao
tipo e razões para sua formação.
Uma equipe é muito mais do que um grupo de pessoas trabalhando
juntas. Por equipe queremos dizer um número reduzido de pessoas que
demonstram habilidades complementares e que se comprometem com um
mesmo propósito, com os mesmos objetivos de desempenho e com a mesma
abordagem para a qual demonstram uma responsabilidade coletiva.
Quando as equipes trabalham bem, os resultados podem ser
extremamente poderosos. Dentre eles, podemos citar:
• Melhor desempenho
• Ambiente mais motivador
• Responsabilidade compartilhada pelas tarefas
• Habilidade de reagir mais prontamente em face de mudanças tecnológicas
• Uso mais eficaz dos poderes delegados
• Compromisso compartilhado com os objetivos
• Maior criatividade e eficácia ao lidar com problemas
• Habilidade de ser mais flexível ao fazer designações de tarefas
• Decisões mais eficazes
• Melhoria nas comunicações
• Incremento do treinamento e desenvolvimento inter funcional
Muitas dessas vantagens originam-se na sinergia das habilidades e da
experiência dos membros. Além disso, as equipes tendem a estabelecer novos
processos de comunicação, os quais tornam possível resolver problemas
correntes. Finalmente, o trabalho em equipe não só é encorajador, como
também é fonte de satisfação para muitas pessoas, que, em vista disso,
acabam dando de si o melhor quando trabalham em equipe.
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CAPÍTULO III
ESTILOS DE LIDERANÇA
Vive-se a era que tem a informação como seu recurso primeiro e que é
assustadoramente diferente daquela cujos recursos primários foram, o capital
em si, a força física, a matéria prima e a terra.
Dessa forma, nessa nova era, a discussão sobre a liderança, segundo
Coelho (2008),
Um líder autêntico é alguém apto a conduzir um grupo com
igual empenho com empenho e entusiasmo pelo mesmo objetivo,
além de vislumbrar e desenvolver qualidades extraordinárias em
pessoas comuns, alocando-as nas funções certas – aquelas em que
podem exercer seus talentos. É alguém capaz de inspirar as pessoas
(COELHO, 2008, P.113)
O que se quer são pessoas que tenham mentalidade global, adaptando-
se às mudanças e liderando com as contradições da vida, lidando com o
inesperado, para si mesmas e para os outros, encontrando significado no
trabalho e permitindo que outros também encontrem.
Outra característica pessoal é a disponibilidade para aprender
continuamente. Em uma época de mudanças dramáticas, são os que têm a
capacidade de aprender que herdam o futuro. Mussak comenta o pensamento
de Sócrates.
O conhecimento é um halo luminoso que se forma em torno
de minha cabeça. Quanto mais aprendo, mais esse halo cresce. O
resto é a escuridão, é a ignorância. Porém quanto mais eu aprendo,
mais esse halo cresce e mais aumenta a superfície de contato com a
escuridão. (Mussak, Cortella, 2011, pag. 135)
Goleman (2002) elaborou uma pesquisa, na qual a amostra aleatória de
3.871 executivos selecionados de uma base de dados de mais de 20.000 em
todo o mundo, esclarece algumas dúvidas sobre a liderança eficaz.
Na pesquisa foram encontrados seis estilos de liderança, cada um deles
oriundos de diferentes componentes da inteligência emocional. Os estilos,
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observados individualmente, permitem evidenciar um impacto particular que
diretamente afeta o clima de trabalho em um setor, departamento ou mesmo
na organização como um todo., influenciando também seu desempenho
financeiro.
O estudo coloca a luz o fato de que os líderes mais eficazes, cujos
resultados se destacam, são aqueles navegam pelos vários estilos de
liderança, em consonância com os meios, as pessoas, os problemas e a
ocasião em que se encontra, a pesquisa começou a ganhar uma visão mais
nítida das conexões entre liderança e a inteligência emocional, o clima e o
desempenho das pessoas nas organizações.
Através da pesquisa de Goleman, tomou-se conhecimento de que os
seis estilos de liderança possuem um impacto mensurável nos aspectos do
clima organizacional.
Segundo HUNTER, 2006, Dale Carnegie declarou á cinquenta anos que
mais de 75% do sucesso de um líder está ligado a suas habilidades
interpessoais, e embora muitos duvidaram, Goleman baseado em estudos e
fatos empíricos, determinou que a necessidade é de 80 a 100%.
Ainda em HUNTER, 2006, Goleman cita que “Há uma palavra antiga
para o conjunto de habilidades que a inteligência emocional representa:
caráter” (P.96).
Os líderes que usaram estilos que positivamente afetaram o clima
tinham decididamente melhores resultados financeiros do que aqueles que não
usaram. Isto não quer dizer que o clima organizacional é o único condutor de
desempenho. As condições econômicas e as dinâmicas competitivas importam
enormemente, mas segundo ainda as análises da pesquisa sugerem que o
clima conta com aproximadamente um terço dos resultados.
E isso implica impacto razoável para ser ignorado. Examinemos, a seguir, os
resultados da pesquisa, segundo o autor sobre cada estilo de liderança.
• Estilo Coercitivo
É o mais ineficaz em diversas situações. O estilo citado coage e obriga
às pessoas, tornando frágil ou nula a flexibilidade da equipe.
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O líder determina suas ordens através do poder, destruindo qualquer
possibilidade de sua equipe contribuir com ideias e iniciativas criativas, já que
as pessoas se sentem desrespeitadas e inibidas e tendem a sentirem-se
pouco responsáveis pelo seu desempenho.
Ainda que o estilo coercisivo cause profundos impactos negativos,
Goleman afirma o mesmo pode ser aplicado em algumas situações, onde é
necessário uma atitude forte e decisiva para repor a ordem, porém mesmo
nestas condições o estilo coercitivo deve ser usado somente quando
extremamente necessário e ainda durante um período de tempo justo para
sanar o problema, tais como:
• No tratamento de uma crise;
• Durante uma hostil tomada de poder que se aproxima.
• Em uma cctástrofe (terremoto, incêndio)
• No tratamento de funcionários onde todas as alternativas de solução
fracassaram.
• Estilo Confiável ou Visionário
Dentre os seis estilos de liderança, o confiável é que mais se mostra
eficaz, pois conduz através da exemplaridade e da compreensão dos fatos
toda a equipe ao alto desempenho de suas funções, levando a atingimento dos
objetivos.
Os membros da equipe conseguem compreender a importância de cada
um deles dentro da equipe e do impacto de suas atribuições em um contexto
mais amplo na organização.
Este estilo de liderança permite a visão do objetivo primeiro e sua
ligação com o objetivo de cada um, levando as pessoas a demosnstrarem o
máximo engajamento e estimulando a criatividade, responsabilidade e iniciativa
em cada um.
O reconhecimento pelos bons desempenhos são claros para todos e o
senso de justiça prevalece claro neste estilo.
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Embora o etilo confiável funcione bem na maioria dos casos, existem
situações em que o mesmo não deve ser aplicado como quando o líder
trabalha em uma equipe de experts ou pessoas mais experientes que ele, pois
poderá ser visto como exibicionista ou mesmo desatento.
• Estilo Agregador
O estilo agregador faz a equipe funcionar através das pessoas, priorizando
valores individuais e emocionais mais do que tarefas e objetivos. A ideia de
manter a equipe unida e em harmonia através da construção de laços
emocionais entre os membros e objetiva obter a lealdade e o engajamento da
equipe através das relações de gratidão e lealdade construídas.
O estilo permite a liberdade de expressão e de confiança na equipe,
possibilitando a presença da criatividade e eficácia na equipe.
Apesar dos benefícios, este estilo pode ser prejudicial quando os
desempenhos medíocres ou mesmo fracos não são corrigidos sob o risco de
se romper os laços emocionais, neste contexto o estilo torna-se ineficaz e deve
dar ser usado em alternância com o estilo confiável.
Os líderes confiáveis estabelecem uma visão, determinam padrões e
deixam as pessoas saberem como seus trabalhos estão promovendo os
objetivos do grupo. Alternando-se com cuidado e cultivando a abordagem do
líder agregador, tem-se uma combinação eficiente.
• Estilo Democrático:
O estilo de liderança democrática se foca em obter ideias das pessoas,
desta forma contrói a confiança, respeito e compromisso da equipe. Os
membros da equipe participam das decisões que terão consequências sobre
seu objetivos e mesmo sobre a avaliação de seus desempenhos.
As pessoas tendem a serem muito realistas sobre o que é possível ou
não de ser realizado.
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No entanto este estilo apresenta dificuldades como quando a equipe é
inexperiente ou pouco desenvolvida, gerando reuniões longas e confusas e
ainda trazendo contestações quanto a atuação eficaz do líder, já que os
resultados podem não acontecer em virtude da ausência de um
posicionamento determinante do líder para resolução de problemas que se
arrastam sem solução.
O estilo é ideal, quando o líder precisa de informações e opiniões, a
respeito da tomada de decisão sobre um tema pouco conhecido de sua parte.
Se o líder tiver uma forte visão, o estilo democrático funciona bem na
geração de idéias novas para executar essa visão. Porém, quando os
funcionários não são competentes, ou mal informados, o estilo democrático faz
menos sentido
• Estilo Agressivo
Neste estilo o líder é torna-se extremamente exigente com as pessoas,
estabelecendo altos padrões de desempenho e coloca a obtenção de
resultados à frente de tudo.
Demonstra pouca habilidade para tratar desempenhos que não
correspondem as suas expectativas, substituindo as pessoas que não
conseguiram atingir bons resultados, tirando-lhes o direito a uma nova
oportunidade para melhorarem.
Embora a busca incessante pelo resultado seja clara neste estilo de
liderança, ele não melhora o resutado, mas acabam por destruir o espírito da
equipe.
Os líderes agressivos tendem a não respeitar as pessoas, forçando-as a
darem o máximo por obrigação e não por espontaneidade, ele não comunica
claramente o que deseja, deixando esta missão para os colaboradores
adivinharem e raramente recompensa o esforço das pessoas.
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• Estilo Conselheiro
Neste estilo de liderança, os membros da equipe são encorajados a a
desenvolver objetivo
O líder conselheiro ajuda os funcionários a identificar suas forças e
fraquezas exclusivas e atá-las às suas aspirações pessoais e de carreira.
Encoraja os funcionários a estabelecer em um desenvolvimento de objetivos
de longo prazo e os ajuda a idealizar um plano para alcançá-los.
O líder faz acordos com seus funcionários a respeito de seus papéis e
responsabilidades em desempenhar planos em desenvolvimento e dá
suficiente instrução e “feedback”. Sobressai na delegação de poderes, dá aos
funcionários, tarefas desafiadoras, mesmo que isso signifique que as missões
não serão executadas rapidamente.
Este Estilo de liderança requer um constante diálogo e esse diálogo tem
uma forma de incrementar cada condutor do clima. É o menos freqüente dos
estilos de liderança, entretanto seu impacto no clima e no desempenho é
acentuadamente positivo. O progressivo diálogo garante que as pessoas
saibam o que é esperado delas e como o seu trabalho se encaixa em uma
grande visão ou estratégia, afetando a responsabilidade e a clareza.
Esse método funciona melhor com funcionários que mostrem iniciativa e
desejem mais desenvolvimento profissional, por outro lado, fracassa quando o
funcionário não tem motivação ou requer demasiada direção e feedback
pessoais, ou quando faltam ao líder o conhecimento ou a sensibilidade
necessário para ajudar seus subordinados.
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CAPÍTULO IV
A LIDERANÇA NA GESTÃO DE CONFLITOS
No universo organizacional complexo e dinâmico dos tempos atuais,
onde as empresas sobrevivem condicionadas a conquistarem novos mercados,
os indivíduos que ocupam funções onde a liderança é exercida sofrem
crescentemente a pressão por melhores resultados.
O grande dilema neste contexto é responder a duas perguntas vitais
para o sucesso da organização: Como ser agressivo na luta para realizar as
metas estabelecidas e ao mesmo tempo atender as necessidades das
pessoas?
Para continuarem vivas no mercado, as empresas necessitam diminuir
os custos, aumentar a produtividade e elevar a qualidade de seus produtos e
serviços, para que estes objetivos sejam possíveis de serem alcançados; as
organizações precisam de um fator determinante: seus funcionários.
Da forma como descrito acima, às organizações são dependentes das
pessoas e as pessoas precisam das organizações para viver com dignidade,
em conseqüência, a relação entre ambas no clima organizacional deve ser
estabelecida para que a empresa alcance seu desenvolvimento, aumentando
sua produtividade e as pessoas possam ser tratadas com gentileza e tenham a
possibilidade de crescimento.
Porém em se tratando de gerenciamento de equipes, os conflitos são
parte integrante do trabalho, pois cada indivíduo é único em sua existência;
com seus costumes, valores e crenças. Ao conviver com outros indivíduos
precisa vivenciar um relacionamento de colaboração dentro de um clima
organizacional que muitas vezes não favorece a criação de um ambiente
favorável para um clima de cooperação mútua.
Neste contexto o líder precisa estar preparado para receber as
informações de seus liderados, ser flexível e estar apropriado dos fatos que
cercam a situação apresentada, para poder contextualizar e fazer as ligações
das informações que muitas vezes são apresentadas de maneira fragmentada
![Page 26: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · fichamento de conteúdos, que se mostraram relevantes para a construção do trabalho. A leitura de livros, textos e artigos publicados](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022011807/5c1fdb4709d3f2ef478b6fe1/html5/thumbnails/26.jpg)
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e carregadas de inferências e emoções pelos membros de sua equipe e todos
os outros personagens envolvidos.
Um conflito pode ser definido como: “um estado de luta aberta; um
estado de discordância e desarmonia”. Têm como sinônimos a discórdia,
hostilidade, fricção, luta, disputa, controvérsia.
Várias pesquisas apresentam o conflito como o desacordo que conduz a
uma luta de poder. Desde que há oposição, não há forçosamente uma
situação conflitante, enquanto se tratar de posições argumentadas divergentes,
se esta diante de objeções e não forçosamente conflitos.
Se as diferenças de visão perturbam a relação no grupo, criam tensões
declaradas ou não, aí se pode dizer que existe uma situação conflitante, o
elemento característico de um conflito é a subjetividade; desde que exista
subjetividade levando a dificuldades de relacionamento, então há conflito.
O surgimento de conflitos se dá de uma visão da realidade muito ligada
às próprias sensibilidades de cada membro da equipe e o elemento disparador
é muitas vezes a emoção, onde o canal da comunicação são palavras que
alimentam a discórdia e minam a racionalidade dos envolvidos.
Sobre isso Gardner (1995) nos conta que: “Conversar é falar
sobre o mundo que nos cerca, dialogar é falar sobre o mundo que somos.
Dialogar é contar experiências, é segredar o eu está oculto no coração, é
penetrar além da cortina dos comportamentos, é desenvolver inteligência
interpessoal.” (Augusto Cury, 2003, pag. 42)
Pelo menos uma das quatro emoções de referência está presente em
conflitos: o medo, a tristeza, a raiva e a alegria. A primeira ação para tratar
conflitos é evacuar os sentimentos, para assim entender os fatos e tomar as
ações necessárias para resolver o problema.
Em se tratando de gerenciamento de equipes, os conflitos são parte
integrante do trabalho, pois cada indivíduo é único em sua existência. Com
seus costumes, valores e crenças. E ao conviver com outros indivíduos precisa
vivenciar um relacionamento de colaboração dentro de um clima
organizacional que muitas vezes não favorece a criação de um ambiente
favorável para um clima de cooperação mútua.
![Page 27: UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO … · fichamento de conteúdos, que se mostraram relevantes para a construção do trabalho. A leitura de livros, textos e artigos publicados](https://reader030.vdocuments.com.br/reader030/viewer/2022011807/5c1fdb4709d3f2ef478b6fe1/html5/thumbnails/27.jpg)
27
Neste contexto o líder precisa estar preparado para receber as
informações na maioria das vezes imprecisas, cheias de detalhes e emoções
negativas; precisa ser flexível e estar apropriado dos fatos que cercam a
situação apresentada, para poder contextualizar e fazer as ligações das
informações.
“Reclamações demoradas funcionam da mesma
maneira que longas explicações”. Ambas sobrecarregam
os ouvintes e roubam a energia do assunto em questão.
(OTAZO, 2010, P. 113)
Caso o número de conflitos seja elevado e os acontecimentos sejam
freqüentes, os mesmos podem comprometer a evolução e o crescimento da
organização, com a criação de um círculo vicioso, que se renova naturalmente,
inibindo e até anulando a realização de projetos que fariam a empresa se
manter competitiva no mercado.
Os conflitos podem ser bons ou ruins, de acordo com algumas
observações é possível estabelecer se a situação conflitante gera progresso ou
atrasa o desenvolvimento da organização naquele dado momento.
Pode ser ruim:
• Se permanecer sem solução;
• Se evoluir para o ataque pessoal que leva à ruptura;
• Se dirigir a equipe a desviar-se dos objetivos;
• Se deixar a equipe sem direção.
Podem gerar benefícios:
• Se é um desafio para a criação de novas soluções e idéias
• Se demonstrar para a equipe que algo está mal
• Se favorecer o crescimento e desenvolvimento da equipe
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Existem diversas fontes de conflito:
• Pelas diferenças de idade]
• Referências culturais
• Relações com os adultos e a autoridade
• Desenvolvimento cognitivo
• Pelas diferenças étnicas]
• Dificuldades lingüísticas, freio à comunicação
• Ritos e códigos
• Abertura às diferenças
• Pelas diferenças de credos]
• Ritmos e deveres
• Peso da história
• Valores
• Pelas diferenças de origem social]
• Educação
• Necessidades sociais
• Conhecimentos
Nas organizações em particular as fontes de conflito se restringem a um
campo limitado de causas que geralmente se alternam ou se complementam,
fazendo com que a instabilidade resulte em conflitos, são eles:
• Recursos limitados.
• Valores, objetivos e prioridades.
• Responsabilidades mal definidas.
• Mudanças no contexto, mercado, sociedade ou economia.
• Motivação Humana para o sucesso e a competição.
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O líder deve reconhecer um conflito através das evidências que surgem
com sua aparição, através da observação de comportamentos e gestos como:
• Gestos físicos que mostram insatisfação, irritação, ironia entre outros gestos
estranhos as pessoas que os demonstra;
• Uma raiva declarada;
• Discussões acaloradas;
• Um ou mais membros da equipe se distanciam;
• As pessoas não estão se falando;
• As pessoas deixam de se comunicar com o líder.
Os conflitos podem ser classificados em três níveis, segundo sua
característica e gravidade:
Conflito percebido: Acontece quando as partes interessadas percebem e
compreendem que o conflito existe devido à existência de objetivos diferentes.
Este é o conflito conhecido como latente, em que ambas as partes percebem
sua existência potencial.
Conflito experienciado: ocorre quando provocam emoções e
sentimentos de hostilidade, raiva, medo, descrédito entre uma parte para com
a outra, provocando uma reação de mesma força e intensidade. Este é
conhecido como conflito velado, quando é dissimulado, oculto e não
manifestado com clareza.
Conflito manifesto: quando o conflito é expresso e manifestado através
de comportamento, com inferência ativa ou passiva de pelo menos uma das
partes. É o conhecido como conflito aberto, já que se revela sem dissimilação
entre as partes envolvidas.
Ao se liderar uma equipe é relevante entender bem quais são os objetivos
da resolução de conflitos, senão entender bem o benefício da gestão de
conflito o líder corre o risco de não resolver problemas simples pela falta de
comprometimento de sua equipe.
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Desta forma, a gestão eficaz de um conflito serve para encontrar a melhor
solução na qual todos ganham, fazendo e o desempenho da equipe evoluir.
Sendo assim para o líder conseguir administrar os outros é preciso primeiro
saber fazer a gestão de si mesmo, por isso a primeira e suprema
responsabilidade de quem pretende liderar, é administrar a si mesmo:
integridade, caráter, ética, conhecimento, sabedoria, temperamento, palavras e
atos são os ingredientes essenciais para o sucesso do líder na gestão de
conflitos.
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Conclusão
A liderança no cenário onde as empresas dependem da criatividade e
da vontade das pessoas em querer fazer mais e melhor fica dependente de
líderes eficazes capazes de mover a organização através das pessoas que a
compõe.
Sobre liderança, ainda nos tempos atuais e apesar de serem
amplamente conhecidas, as organizações carecem de líderes eficazes para
liderar suas equipes, a liderança, por falta de preparo, força a empresas a
mudarem suas equipes ao perceberem deficiências em seu estilo de liderança.
Os diversos estilos de liderança servem para delimitar comportamentos em
consonância com as situações vivenciadas na organização. O comportamento
do líder, bem como sua vontade são fatores determinantes para levar sua
equipe ao sucesso e assim fazer evoluir os resultados das organizações, por
outro lado um líder que não consegue levar sua equipe a excelência, inibe a
vontade e desmotiva as pessoas gerando insatisfação e um desempenho
abaixo do esperado.
Os conflitos são inerentes às pessoas que trabalham nas organizações e o
líder neste contexto deve ser capaz de tratar comportamentos inapropriados e
a administrar seu trabalho para criar um clima de desafio que levará a equipe a
evoluir pela realização de duas ações.
As organizações que bem identificam seus líderes e os preparam, são as
que têm a visão da qualidade de sua gestão para a evolução de seus
indicadores de sucesso através da motivação de seus funcionários que
trabalham entusiasmados pela realização de seus objetivos e dos objetivos da
empresa.
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32
BIBLIOGRAFIA CITADA
1. BENNIS, Warren G. A formação do líder. São Paulo, 1996
2. COELHO Tom. Sete vidas. São Paulo, 2008.
3. CORTELLA Mario Sergio, MUSSAK Eugenio. Liderança em foco. São
Paulo, 2011.
4. CURY, Augusto Jorge. Pais brilhantes, professores fascinantes. Rio de
Janeiro, 2003
5. HUNTER, James. Como se tornar um líder servidor. Rio de Janeiro,
2006
6. OTAZO, Karen L. 60 verdades para administrar sua carreira. Rio de
janeiro, 2010
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33
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
1 – HUNTER James C. O monge e o executivo. Rio de Janeiro, 2004.
2 – BYRNE Rhonda. O segredo. Rio de janeiro, 2007.
3 - BERGAMINI, Cecília Whitaker. O líder eficaz. São Paulo: Atlas, 2002.
4 – GOLEMAN Daniel. O Poder da inteligência emocional. Rio de Janeiro, 2002.
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34
WEBGRAFIA
1. http://www.avm.edu.br/novo_site2/folha_azul/folha_azul.asp/ Fator
humano na otimização da logística. 1-3, 2012
2. http://www.avm.edu.br/novo_site2/folha_azul/folha_azul.asp/ A
qualidade em uma colcha de retalhos. 1-3, 2012
3. http://www.brasilescola.com/psicologia/motivacao-psicologica.htm, em
20/09/2012.
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - CONCEITO SOBRE LIDERANÇA 10
CAPÍTULO II - LIDERANÇA NAS ORGANIZAÇÕES 14
CAPÍTULO III - ESTILOS DE LIDERANÇA 19 CAPÍTULO IV - A LIDERANÇA NA GESTÃO DE CONFLITOS 25 CONCLUSÃO 31
BIBLIOGRAFIA CITADA 32
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33 WEBGRAFIA 34