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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” FACULDADE INTEGRADA AVM SOMESTESIA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A PSICOMOTRICIDADE Por: Kelly Cavalcante Porfirio Orientador Prof(a). Ms Fátima Alves Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

SOMESTESIA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A

PSICOMOTRICIDADE

Por: Kelly Cavalcante Porfirio

Orientador

Prof(a). Ms Fátima Alves

Rio de Janeiro

2011

UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

FACULDADE INTEGRADA AVM

SOMESTESIA E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A

PSICOMOTRICIDADE

Trabalho realizado ao cumprimento as

exigências curriculares para obtenção do

certificado de Pós-graduação “Latu senso”

em psicomotricidade, pela aluna Kelly

Cavalcante Porfírio.

AGRADECIMENTOS

A Deus por mais uma conquista em minha vida

A minha mãe, ao meu filho e família

Aos amigos que contribuíram para a confecção

deste trabalho.

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a todas as pessoas

que me incentivaram durante todo curso.

Aos professores que tanto contribuíram e

que, com certeza, deixarão saudades.

Ao meu grande amor, meu filho, Lucas.

E principalmente, a minha mãe que me

ajudou, incentivou e supriu a minha falta

dando total atenção ao meu filho.

RESUMO

O presente estudo teve como objetivo fazer uma análise da literatura visando

relacionar a Somestesia e a importância para o desenvolvimento da

Psicomotricidade. Os diversos estímulos que são proporcionados ao ser humano

desde o nascimento vão contribuindo para a formação do esquema corporal

individual e social, fazendo com que esses indivíduos tenham uma aprendizagem

significativa em relação os aspectos cognitivo, afetivo, motor. Sabe-se que a

estimulação é essencial para o desenvolvimento pleno e sadio da criança, por isso

a importância de proporcionar atividades, brincadeiras que despertem o interesse e

a motivação. Cabe ressaltar que a Psicomotrocidade vêm de encontro com as

necessidades básicas da criança, partindo daquilo que ela já conhece para chegar à

aprendizagem, evitando pular etapas, mas oferecendo oportunidades que

desenvolvam o seu amadurecimento. Assim sendo, podemos constatar que a

somestesia contribui não só para a aprendizagem, mas também para a formação da

personalidade do individuo em sua totalidade preparando para exercer a sua

cidadania. Ao final serão apresentadas algumas atividades que poderão ser

utilizadas no cotidiano escolar.

.

METODOLOGIA

Esta pesquisa será de Caráter direto com a intenção de investigar a

somestesia e a sua importância para Psicomotricidade desde a vida ultra interina

até a fase adulta através de uma pesquisa bibliográfica para melhor conhecimento

sobre o assunto. Efetuaram-se pesquisas bibliográficas, a fim de dar sustentação

teórica científica à proposta de esclarecer como a somestesia é importante para o

desenvolvimento do ser humano. As fontes utilizadas foram livros e Artigos e

Internet.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO................................................................................08

CAPÍTULO I - Sistema Somestésico.......................................10

CAPÍTULO II – Psicomotricidade.............................................19

CAPÍTULO III – A importância da Somestesia para o desenvolvimento

da Psicomotricidade........................................................................25

CAPÍTULO IV - Atividades Psicomotoras........................................32

CONCLUSÃO..................................................................................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................42

ÍNDICE.............................................................................................43

8

INTRODUÇÃO

No século XVII, John Locke (1632-1704) propôs a teoria Ta tabula Rasa, que

determinava a ausência de qualquer conhecimento até o nascimento e que o

aprendizado viria a partir de experiências sensórias. Hoje essa teoria é considerada

ultrapassada, embora as experiências sensórias sejam importantes no processo de

aprendizado.

O humano nasce potencialmente inclinado a aprender, necessitando de

estímulos externos e internos (motivação, necessidade) para o aprendizado. Há

aprendizados que podem ser considerados natos, como o ato de aprender a falar, a

andar, necessitando que ele passe pelo processo de maturação física, psicológica e

social. Na maioria dos casos, a aprendizagem se dá no meio social e temporal em

que o indivíduo convive, sua conduta muda, normalmente, por esses fatores e por

predisposições genéticas.

O desenvolvimento motor é uma contínua alteração no comportamento ao

longo da vida que acontece por meio das necessidades de tarefa, da biologia do

indivíduo e o ambiente em que vive. Ele é viabilizado tanto pelo processo evolutivo

biológico quanto pelo social. Desta forma, considera-se que uma evolução neural

proporciona uma evolução ou integração sensório-motora que acontece por meio

do sistema nervoso central (SNC) em operações cada vez mais complexas

(Fonseca, 1988), ou seja, todo comportamento envolve processos neurais

específicos, que ocorrem desde a percepção do estímulo até a efetivação da

resposta selecionada. Esses processos neurais possibilitam o comportamento e o

aprendizado, que acontecem de maneiras diferentes no cérebro.

Desde que nascemos à maturação do sistema nervoso possibilita o

aprendizado progressivo de habilidades. À medida que uma determinada área

cerebral amadurece, a pessoa exibe comportamentos correspondentes àquela área

madura, desde que tal função seja estimulada.

No primeiro capítulo desta pesquisa abordaremos sobre a somestesia, suas

modalidades e intensidades, como o estimulo chega até ao SNC e como

9

contribuem de diversas maneiras para o desenvolvimento humano desde os

primeiro movimentos até a maturação biológica das estruturas.

Na segunda parte falaremos sobre a Psicomotricidade, seus conceitos, suas

estruturas funcionais.

No capítulo III é valorizada a importância da somestesia para o

desenvolvimento da psicomotricidade e estimulação em Bebês para o processo de

aprendizagem.

Para finalizar o IV capítulo indicaremos algumas atividades que poderão ser

proposta nas escolas com o objetivo do desenvolvimento psicomotor

Concluímos a partir desta pesquisa que a aprendizagem é a mudança de

comportamento viabilizada pela plasticidade dos processos neurais cognitivos.

Considerando que a aprendizagem motora é complexa e envolve praticamente

todas as áreas corticais de associação, é necessário compreender o funcionamento

neurofisiológico na maturação a fim de fornecer bases teóricas para a estruturação

de um plano de ensino que considere as fases de desenvolvimento neural da

criança, maximizando o aprendizado. Sendo assim, podemos revelar a importância

da somestesia no processo de adaptação de cada organismo ao seu meio ambiente

e dentro do esquema corporal para o desenvolvimento do ser humano.

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CAPÍTULO I

SISTEMA SOMESTÉSICO

“O homem se assume, cria e constrói o

conhecimento em função de um meio que ao longo

da vida lhe impõe necessidades, motivações,

interesses e conflitos.” (Ferreiro & Teberosky,1986,

p.31)

Somestesia = do latim soma, que quer dizer corpo e aesthesia, que significa

sensibilidade.

É a capacidade que homens e animais têm de receber informações

sobre as diferentes partes do seu corpo. Essas informações não se restringem

somente a superfície externa do corpo podem ser referentes ao meio ambiente ou

ao próprio corpo do animal e nem todas se tornam conscientes. Embora não

tenhamos consciência de todas as informações recebidas pelo organismo, estamos

sujeitos a diversos tipos de estímulos provenientes do meio. A detecção de um

estímulo propriamente dito é denominada sensação e a interpretação do estímulo

que envolve a consciência é chamado de percepção.

O sistema somestésico divide-se em um subsistema epicrítico e um

protopático.

Sistema epicrítico- É preciso, rápido, discriminativo e apresenta uma

representação espacial detalhada. Submodalidades Tato fino- Percepção das

características dos objetos que tocam a pele. Propriocepção consciente- Localizar a

posição e movimento das diferentes partes do corpo sem utilizar a visão.

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Sistema protopático- É grosseiro, lento e impreciso. Submodalidades

Termossensibilidade- Percepção da temperatura do ambiente e de objetos. Dor-

Percepção de estímulos fortes e capazes de lesar o organismo.

1.1 – Sensibilidade Cutânea

A pele é composta por uma grande inervação sensitiva que lhe permite

registrar uma ampla variedade de estímulos provenientes do exterior e proporcionar

informações muito importantes sobre o mundo que nos rodeia. De fato, é graças à

pele que podemos sentir atritos e pressões, muito delicadas, que nos permitem

identificar a forma, a textura e as restantes qualidades palpáveis dos objetos

através do tato. A pele ajuda-nos, igualmente, a reconhecer as variações térmicas,

o frio e o calor, independentemente destas se manifestarem globalmente em todo o

corpo ou em setores bem localizados, podendo também detectar vários tipos de

agressões mecânicas, térmicas ou químicas, que gerem estímulos dolorosos. Como

é óbvio, existem inúmeras sensações,

A superfície cutânea é, em toda a sua extensão, uma privilegiada fonte de

informação sobre o meio externo mais próximo, já que como a pele é o elemento

que está imediatamente em contato com o nosso corpo, fornece informações como,

por exemplo, o ardor ou o prurido, que correspondem à combinação de vários

estímulos, por vezes difíceis de definir, mas que todos podem compreender. Tão

importantes como as dadas por setores mais distantes como a visão ou a audição,

sendo por isso que, a pele é, entre outras coisas, um órgão sensorial. A pele

desempenha esta função sensorial, graças a uma série de formações nervosas

específicas que atuam como receptores e registram os vários estímulos, enviando

esta informação sob a forma de impulsos elétricos através de complexas vias

nervosas para o cérebro, onde são interpretados.

Ao longo da superfície da pele, é possível encontrar distribuídos, embora

com uma concentração desigual conforme as várias regiões do corpo, uma série de

elementos receptores que respondem a determinados estímulos, ao enviarem

12

informações para o sistema nervoso central de modo a que possam ser

devidamente interpretados. Embora esta função seja, essencialmente,

desempenhada pelas ramificações finais dos nervos sensitivos que se encontram

em contacto com a pele, existe igualmente determinados receptores intimamente

ligados a estes nervos, cuja específica constituição lhes permite captar com maior

precisão os diversos tipos de estímulos.

Terminações nervosas livres. São as ramificações finais das fibras

nervosas sensitivas que chegam à derme, formando uma rede à volta dos folículos

pilosos e tendo a tendência para penetrarem na epiderme. Estão distribuídas ao

longo de toda a superfície do corpo e embora respondam aos estímulos tácteis, são

mais sensíveis aos estímulos dolorosos.

Corpúsculos de VatePacini. São receptores de forma ovóide constituídos

por uma camada de células concêntricas que envolve uma terminação nervosa

sensitiva. Dado que se situam nas zonas profundas da derme, costumam detectar,

sobretudo, as alterações de pressão, as vibrações produzidas sobre a pele e os

seus estiramentos. A sua presença é mais abundante nas zonas do corpo sem

pêlos, como as palmas das mãos.

Corpúsculos de Meissner. São receptores formados por uma fina cápsula

de tecido conjuntivo composta por uma série de células sobrepostas, de modo a

constituírem uma pilha, por onde circulam as terminações nervosas sensitivas,

encontrando-se localizados nas papilas dérmicas e respondem essencialmente aos

estímulos tácteis. São particular mente abundantes nas polpas dos dedos, nos

lábios e na região genital.

Corpúsculos de Krause. São receptores em forma de bulbo com uma rede

de terminações nervosas sensitivas no seu interior, estando situados na derme,

próximos da epiderme e respondem aos estímulos térmicos, já que são sensíveis

ao frio.

Corpúsculos de Ruffini. São receptores de forma plana com terminações

nervosas sensitivas ramificadas como se fossem uma árvore, estando situados na

zona profunda da derme, na hipoderme, e registam estímulos térmicos, pois são

sensíveis ao calor.

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1.2 – Vias Sensitivas

Existem receptores sensoriais em todos os órgãos do corpo, embora a pele

seja o “órgão somestésico” por excelência. Os receptores são estruturas

histológicas especializadas para melhor detectar os diferentes estímulos que

incidem sobre a pele (ou os órgãos internos), compostos pela extremidade de uma

fibra nervosa, que pode estar livre ou associada a células não-neurais, formando

um “mini-órgão”. As fibras que emergem desses mini-órgãos podem ser

mielinizadas ou não, e vão se juntando em filetes nervosos e nervos periféricos, até

finalmente penetrar no Sistema Nervoso Central (SNC) através das raízes dorsais

da medula ou através de alguns nervos cranianos diretamente no encéfalo. Os

corpos celulares que dão origem a essas fibras ficam localizados nos gânglios

espinhais: são eles os neurônios primários do sistema somestésico. Em ambos os

subsistemas (epicrítico e protopático), o neurônio primário estabelece contato

sináptico com o neurônio secundário em algum nível do SNC (na medula ou no

tronco encefálico), e o axônio deste geralmente cruza a linha média antes de

estabelecer contato com o neurônio de terceira ordem. Desse modo, a

representação somestésica do SNC é quase sempre contralateral: o hemisfério

cerebral esquerdo recebe informações do lado direito do corpo e vice-versa. A

informação codificada dos estímulos ambientais, então, pode ser conduzida ao

tálamo, onde estão os neurônios de terceira ordem, cujos axônios projetam

diretamente às regiões somestésicas do córtex cerebral.

Muitas fibras proprioceptivas secundárias seguem outro caminho: mantêm-se

do mesmo lado projetando diretamente ao cerebelo, onde se encontram os

neurônios de terceira ordem. Neste caso, os neurônios de terceira ordem formam

circuitos intracerebelares e não projetam às regiões somestésicas do córtex

cerebral. Além disso, muitas fibras nociceptivas de segunda ordem estabelecem

contato com neurônios do tronco encefálico, e estes iniciam uma seqüência

numerosa de sinapses que dirigem a informação dolorosa a diversas regiões

cerebrais

14

Esses estímulos fazem parte de uma modalidade somestésica que

representam vários tipos de sensibilidades que se dividem em algumas

submodalidades responsáveis pela interpretação do corpo sobre o mesmo. São

elas:

O Tato ( Tátil ) - que nos permite estabelecer contato com o ambiente que

nos rodeia, informando-nos quanto a seus estados (sólido, liquido, gasoso), seus

aspectos, suas formas e dimensões, dentre outras características.

Os neurônios táteis de segunda ordem do sistema epicrítico situam-se nos

núcleos da coluna dorsal e no núcleo principal do trigêmeo, ambos no tronco

encefálico; já os do sistema protopático, situam-se no corno dorsal da medula e no

núcleo espinhal do trigêmeo. Todos os neurônios táteis de segunda ordem projetam

seus axônios para o tálamo contralateral, onde estão as células de terceira ordem.

Estas, por sua vez, projetam para as regiões somestésicas do córtex cerebral. O

tato epicrítico e o tato protopático permanecem separados até o tálamo,

constituindo vias ascendentes distintas, e isso é verdade tanto para a sensibilidade

do corpo como para a da cabeça.

A Propriocepção - que é utilizada pelo SNC simultaneamente para produzir

a percepção e para exercer o controle da motricidade.

As somas das fibras aferentes que se originam na cabeça pertencem a

neurônios primários situados no gânglio trigêmeo, e as suas terminações sinápticas

contactam os neurônios de segunda ordem situados no núcleo principal desse

nervo craniano. Já os somas das fibras que se originam no corpo estão situados

nos gânglios espinhais, e seus prolongamentos centrais trafegam pelo feixe da

coluna dorsal até os núcleos grácil e cuneiforme, onde se situam os neurônios de

segunda ordem. Daí em diante, as fibras secundárias unem-se às do núcleo

principal do trigêmeo do lemnisco medial, até atingirem o núcleo ventral do tálamo,

onde fazem sinapses com os neurônios de terceira ordem.

A Térmica - são sensíveis a variações térmicas em torno de uma

temperatura corporal (capta a sensibilidade fria ou quente) situados na pele.

15

Os corpos dos neurônios primários estão situados nos gânglios espinhais e

no gânglio trigêmeo, e as fibras que emergem desses gânglios fazem sinapses com

os neurônios situados no corno dorsal da medula ou no núcleo espinhal do

trigêmeo. Os neurônios de segunda ordem da medula emitem axônios que cruzam

a linha média na própria medula, e a seguir trafegam pela coluna ântero-lateral até

o tronco encefálico, onde se encontram com os axônios originários do núcleo

espinhal do trigêmeo oposto para formar o lemnisco espinhal, que se projeta até o

tálamo.

Dolorosa - são sensíveis a estímulos, geralmente intensos, os quais causam

lesões no tecido, seja por dano físico ou químico.

Os corpos dos neurônios primários da dor localizam-se, como em todas as

demais submodalidades somestésicas, nos gânglios espinhais e no gânglio

trigêmeo. A maioria dos neurônios de segunda ordem, entretanto, situa-se no corno

dorsal da medula e no núcleo espinhal do trigêmeo, onde recebem as sinapses dos

aferentes de primeira ordem e de outros aferentes, formando aí pequenos circuitos

locais de grande importância para a percepção final da dor.

1.3 – Processo de Informação

Os sentidos somáticos são mecanismos nervosos que coletam informações

sensoriais, a partir do corpo. Esses sentidos diferem dos sentidos especiais, que

compreendem especificamente, a visão, a audição, o olfato, a gustação e o

equilíbrio. Estes últimos são trabalhados por receptores eletromagnéticos –

detectam luz sobre a retina do olho; e quimioreceptores – detectam o gosto, o

cheiro, nível de oxigênio no sangue arterial, concentração de dióxido de carbono e

talvez outros fatores que constituem a química do corpo.

Receptores sensoriais são estruturas responsáveis pelo contato do corpo

com o mundo externo. São órgãos e células especializados capazes de transformar

um tipo de energia em energia eletroquímica comum (potencial de ação), inteligível

ao sistema nervoso. Cada receptor é específico, dotado de sensibilidade máxima

16

para determinada forma de energia (baixo limiar de resposta para seu tipo

específico e alto limiar para os demais tipos). As informações táteis, proprioceptivas,

termossensíveis e de dor – as quais constituem a somestesia – são trazidas por

receptores de diferentes tipos.

Mecanorreceptores - Sensíveis a estímulos mecânicos contínuos ou

vibratórios, relacionados ao controle motor e funções orgânicas.

Termorreceptores - Sensíveis a variações térmicas em torno da temperatura

corporal, situados na pele e em menor número no hipotálamo (o qual é referido

como centro de controle da temperatura corpórea).

Nociceptores - Sensíveis a estímulos diversos, geralmente intensos, os

quais sejam potencialmente danosos (nocivos).

A partir daí já sabemos como o nosso corpo recebe e interpreta essas

informações ( sensibilidades) e o que precisamos entender é como ocorre o

processo para que esses estímulos cheguem até o SNC e seja gerado uma

resposta.

A energia (estímulo) chega aos receptores que leva a um processo chamado

de potencial de ação. Este representa a capacidade de cada neurônio disparar

quando estimulado, ou após vários estímulos, ou até dependendo da intensidade

desses estímulos. Ocorrendo assim a despolarização ou hiperpolarização local da

membrana celular do receptor. O resultado desse processo é o recrutamento de

outros neurônios e a manifestação de todas as funções cognitivas cada vez que um

estímulo novo se apresenta.

O estímulo deve ser adequado (capaz de ativar o receptor) atingindo o limiar

absoluto ou diferencial. Então, o organismo diferencia os potenciais de ação

levando em conta os atributos de estímulos (modalidades, intensidade, duração e

localização) os quais conferem as especificações necessárias.

ü Modalidade - A modalidade depende do órgão sensorial. O estímulo

ao receptor pode ser diverso, a sensação enviada pelo receptor é sempre a mesma.

17

ü Intensidade é determinada pelo o número de receptores estimulados e

pela freqüência dos potencias de ação em cada fibra estimulada, ou seja, depende

da magnitude do estímulo.

ü Duração é definida por receptores de adaptação rápida e lenta.

ü Localização as informações são trazidas por diferentes fibras, e a

concentração de receptores é maior nos locais mais sensíveis como as pontas dos

dedos e os lábios.

1.4 – Maturação Biológica das Estruturas

O ser humano amadurece à medida que o tempo passa. O SNC no momento

do nascimento não se encontra estruturado de forma definida. Os estímulos e

respostas emitidas a esses estímulos aparecem como fundamentais para essa

maturação.

Esse processo se dá de dentro para fora, o que determina uma motricidade

reflexiva no primeiro período de vida. Com o passar do tempo e a exposição desses

estímulos o córtex ganha a possibilidade de trabalhar adequadamente o que vai

determinada à capacidade do movimento controlado, a fala, a representação

simbólica e o planejamento dos esquemas de ação.

Segundo Oliveira (1993), um dos pilares do pensamento de Vygotsky é a

idéia de que as formas mais elaboradas de pensamento são construídas ao longo

da história social do homem, na sua relação com o meio físico e social, que é

medida pelos instrumentos e símbolos desenvolvidos no interior da vida social, o

ser humano cria e transforma seus modos de ação no mundo. Assim, a história

social objetiva tem um papel crucial no desenvolvimento psicológico.

O Cérebro é um sistema aberto, que está em constate interação com o meio

e que transforma suas estruturais e mecanismo de funcionamento ao longo desse

processo de interação. Não podemos, portanto, pensar o cérebro como um sistema

18

fechado, com funções pré-definidas, que não se altera no processo de relação do

homem com o mundo.

1.5 – O Processo de Aprendizagem

A aprendizagem e a memória necessitam de mecanismos neuronais mediados

pelas sinapses nervosas. Estas sinapses podem ser afetadas por estímulos

neuropsicológicos, eletrofisiológicos, e genética molecular, que determinam

alterações nos circuitos celebrais:

Habituação: as respostas de um determinado estímulo diminuem à medida que

este ocorre rapidamente. Nesta situação, o influxo de íons de Ca diminui,

diminuindo, assim, os neurotransmissores na membrana pré-sináptica, liberando

um estímulo fraco na membrana pós-sináptica.

Sensibilização: o influxo de íons de Ca aumenta, aumentando, assim, os

neurotransmissores na membrana pré-sináptica.

Condicionamento Clássico: ocorre a associação de estímulos. O estímulo

incondicionado (EI) é apresentado e ocorre a resposta incondicionada (RI). Quando

um outro estímulo, no caso neutro (EM), é relacionado ao (EI), provoca uma

resposta semelhante à RI, só que denominada como resposta condicionada (RC).

Condicionamento Operante: associação entre estímulos e comportamento.

Ocorre quando as respostas a um estímulo aumentam ou diminuem ao serem

desempenhadas. Se as respostas forem positivas, vão ocorrer com mais

freqüências; se forem negativas, vão ocorrer com menor freqüência.

Para se armazenar informações, é necessário que ocorram modificações

permanentes nas sinapses das redes neurais de cada memória, e para evocação

de uma memória, é necessária a reativação das redes sinápticas de cada memória

armazenada.

19

CAPÍTULO II

Psicomotricidade

“A Psicomotricidade, enquanto ciência que

estuda o corpo por meio do movimento amplia as

práticas pedagógicas nas aulas de educação

física. Com a sua evolução, a Psicomotricidade

passou a ser sinônimo de relacionar-se por meio

de ação, permitindo a união do ser corpo, o ser

mente o ser espírito, o ser natureza e o ser

sociedade. Machado & Nunes (2010 p. 23)

A psicomotricidade é a relação entre o pensamento e a ação, envolvendo a

emoção. Assim, a psicomotricidade como ciência da Educação procura educar o

movimento, ao mesmo tempo em que envolve as funções da inteligência. Portanto,

o intelecto se constrói a partir do exercício físico, que tem uma importância

fundamental no desenvolvimento não só do corpo mas também da mente e da

emotividade. Sem o suporte psicomotor, o pensamento não poderá ter acesso aos

símbolos e à abstração.

A estimulação do desenvolvimento psicomotor é fundamental para que haja

consciência dos movimentos corporais integrados com a emoção e expressados

pelo movimento, o que proporciona ao ser uma consciência de indivíduo integral.

“Psicomotricidade, portanto, é um termo

empregado para uma concepção de movimento

organizado e integrado, em função das

experiências vividas pelo sujeito cuja ação é

resultante de sua individualidade, sua linguagem e

sua socialização. Almeida (2007,p.17)

20

A motricidade é o resultado da ação do Sistema Nervoso sobre a

musculatura, como resposta a estimulação sensorial. O psiquismo seria

considerado como o conjunto de sensações, percepções, imagens, pensamentos,

afetos e etc. Portanto, a função psicomotora é a unidade onde se integram a

incitação, a preparação, a organização temporal, a memória, a motivação, a

atenção, etc.

“Consideramos a motricidade, a linguagem

e a linguagem escrita como formas de expressão,

ação e comunicação que funciona como evidência

de equilíbrio afetivo e inteligência. O

desenvolvimento destas formas de manifestação

humana se explica a partir da interação do ser com

o mundo. A evolução das faculdades perceptivo-

motoras, trazendo consigo a possibilidade de agir

sobre o mundo é o motor do desenvolvimento

infantil. Calello (1990, p.5)

2.1 – Desenvolvimento da Criança

Ao estudarmos uma criança que brinca espontaneamente dentro do seu

mundo lúdico repleto de símbolos e significados, podemos entender o processo de

desenvolvimento humano como uma seqüência de aprendizados, que se dá no

decorrer da intervenção do homem em seu meio, a influência deste homem.

O movimento permite a criança explorar o mundo exterior através de

experiências concretas sobre as quais são construídas as noções básicas para o

desenvolvimento intelectual. É importante que a criança viva o concreto.

21

“Segundo Piaget, “as raízes do raciocínio

lógico terão que basear-se na coordenação das

ações a partir do nível sensório-motor, cujos

esquemas têm importância fundamental desde o

início.” (1983,p.72)

Cada criança é única, pois apesar do desenvolvimento comum a todas, as

diferenças de caráter, as possibilidades físicas, o meio, o ambiente escolar e a

família explicam que com a mesma idade crianças perfeitamente “normais” possam

comporta-se de maneira diferentes.

2.2 – Corpo e Movimento

“Todas as experiências da criança (o prazer,

a dor, o sucesso ou fracasso) são sempre vividos

corporalmente. Se acrescentarmos valores sociais

que o meio dá ao corpo e as cerção de suas

partes, este corpo termina por ser investido de

significações, de sentimento e valores muito

particulares e absolutamente pessoais.” Vayer

(1984,p.21)

O primeiro objeto que a criança percebe é o seu próprio corpo. Este

conhecimento se estrutura através das sensações, mobilizações e deslocamentos.

A construção do esquema corporal se dá partir da maturação neurológica da

evolução sensório-motora e da relação do corpo com o outro. Sendo o movimento

22

uma resposta muscular a estimulação sensorial, levando em consideração a

informação motora.

2.3 – Estruturação funcional

O desenvolvimento psicomotor abrange o desenvolvimento funcional de todo

o corpo e suas partes. Ele desenvolvimento está dividido em vários fatores

psicomotores. São classificados, tais como:

Esquema Corporal: é o saber pré consciente a respeito do próprio corpo e de suas

partes, permitindo que o sujeito se relacione com objetos, espaços e pessoas que o

circudam.

Segundo Wallon (1961), Esquema Corporal é o elemento básico

indispensável para a formação da personalidade da criança. É a representação

relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem do seu próprio

corpo.

“É por meio do corpo que a criança vai

descobrir o mundo, experimentar sensações e

situações, expressar-se, perceber-se e perceber

as coisas que o cercam.” (Alves, 2077, p.49)

Lateralidade: A lateralização, cujo termo vem do latim e quer dizer “lado”, tem sido

tema para muitos autores que se dedicam ao estudo da psicomotricidade, da

linguagem e das dificuldades de aprendizagem. Para Negrine (1986), é durante o

crescimento que a lateralidade da criança se define naturalmente, podendo,

também, ser determinada por fatores sociais ainda muito marcantes nos dias de

hoje em nossa sociedade.

23

“A lateralidade constitui um processo

essencial às relações entre a motricidade e a

organização psíquica intersensorial. Representa a

conscientização integrada e simbolicamente

interiorizada dos dois lados do corpo, lado

esquerdo e lado direito, o que pressupõe a noção

da linha média do corpo”.(Fonseca,1989,p.69)

Estruturação Espacial: a noção espacial se desenvolve a partir do corpo da

própria criança. É a tomada de consciência do seu corpo em um meio ambiente,

isto é, do lugar e da orientação que pode ter em relação às pessoas e coisas. A

estruturação espacial possibilita a criança organizar-se diante do mundo que a

cerca, organizar os objetos entre si e movimentá-los e colocá-los em determinado

lugar.

Orientação Temporal: a noção de tempo se desenvolve a partir da audição. É mais

difícil apreendê-la do que a noção espaço. Temos o tempo rítmico, que é aquele

que demarca o compasso de tudo que fazemos e é individual. Temos também a

noção de tempo cronológico que diz respeito às idéias temporais, como ontem,

hoje, amanhã.

O desenvolvimento da Orientação Temporal deve objetivar a:

ü Aquisição de noções de antes, durante, agora, depois, primeiro, último...

ü Aquisição de noções de simultaneidade e sucessão;

ü Percepção de duração

ü Percepção de pausa e sua duração;

ü Apreciação de estruturas rítmicas e apreciação de velocidades e aceleração.

Equilíbrio: Segundo MATTOS, 2005 é o controle do corpo em ação com relação ao

seu centro de gravidade (sobre uma base) por combinação de ações musculares;

estado de repouso em que se acham os corpos solicitados por forças iguais e

contrárias; estado particular pelo qual um sujeito pode, por sua vez, manter uma

24

atividade ou um gesto, ficar imóvel ou lançar seu corpo no espaço utilizando a

gravidade e, ao mesmo tempo, resistindo-a; faculdade para manter o controle do

corpo em circunstâncias difíceis.

Coordenação Motora: Esta é a capacidade de coordenação de movimentos

decorrente da integração entre comando central (Cérebro) e unidades motoras

(neurônio e conjunto de fibras musculares inervadas) dos músculos e

articulações.Qualidade considerada primordial para execução de qualquer tarefa,

portanto é a mais trabalhada na atividade física durante o crescimento e

desenvolvimento.

Existem algumas subdivisões dos tipos de capacidades coordenativas:

Global: é a ação simultânea de diferentes grupos musculares na execução de

movimentos voluntários, amplos e relativamente complexos. Exemplos: para

caminhar utilizamos a coordenação motora ampla em que os membros superiores e

inferiores se alternam coordenadamente para que haja deslocamento.

Fina: Compreende todas as tarefas motoras finas, onde associa a função de

coordenação dos movimentos dos olhos durante a fixação da atenção e da

manipulação dos objetos que exigem controle visual, além de abranger as funções

de programação, regulação e verificação das atividades preensivas e manipulativas

mais finas e complexas.

“Segunda fase da aprendizagem motora,

em que a seqüência do movimento se faz

harmônica e fechada. É a fase de correções,

refinamento e diferenciação do movimento”.

(MATTOS,2005,p.65)

25

CAPÍTULO III

A importância da somestesia para o desenvolvimento da

psicomotricidade

“Encontro no movimento a mais pura forma

humana de manifestação, a verdadeira conquista

de identidade e do conhecimento de si como ser

autônomo e independente”. Le Boulch,1982,p.23

Como esse estímulo contribui de diversas maneiras para o desenvolvimento

humano desde os primeiro movimentos até a maturação biológica das estruturas?

3.1 – Estimulação em bebês

Nos primeiro anos de vida, o bebê precisa de carinho , atenção, cuidados e

muito estímulo para o seu desenvolvimento. Ao ser apresentado a cores, luzes e

movimentos, ela vai formando suas conexões cerebrais, sendo assim, quanto mais

estímulos mais conexões.

Assim que nasce, a criança enxerga objetos que estejam com uma distância

aproximada de 25 cm e a estimulação visual ajuda a melhorar a fixação, a

coordenação, a consciência espacial e a memória. Uma boa brincadeira para essa

fase é mover objetos de um lado para o outro na frente da criança, que vai

acompanhar com a cabeça e logo mais vai querer agarrar o brinquedo.

Entre os 3 e 6 meses, bate nos brinquedos, ficam de bruços, levantam a

cabeça. Inicia o processo de conseguir ficar sentado já tendo mais autonomia e

26

uma nova perspectiva visual. Ele se torna um explorador querendo tocar, manipular

e inspecionar cada objeto e essa é a hora de aproveitar toda curiosidade para, de

novo, estimulá-lo bastante com brinquedos de encaixe, sons e efeitos divertidos.

Toda as atividades diárias devem ser aproveitadas para estimulá-lo pois é

através desse contato que a criança aprende. Os brinquedos servem de pretexto

para boas conversas gerando aprendizado das cores, formas, texturas e parte do

corpo. Ela vai querer repetir a atividade varias vezes e é bom que seja assim pois a

repetição faz parte do aprendizado.

3.2 - Contribuição para a formação

Alguns autores, entre eles, Le Boulch (1982), encontram no movimento a

mais pura forma de manifestação humana, a verdadeira conquista da identidade e

do conhecimento de si como ser autônomo e independente. É quase insensível às

intensidades normais dos outros tipos de estímulos sensoriais.

Para Wallon, citado por Dantas (1992), o movimento pode ser:

Movimento reflexo onde temos a motricidade inata, que nos é natural desde

o nascimento. Sua característica principal é de autopreservação, é o movimento

instintivo, pois a execução do seu movimento é reflexa, não depende de sua

vontade e do comando cerebral, devido à rápida reação a informação (estímulo)

não tem tempo para percorrer o SNC e SNP (Sistema Nervoso Periférico), com isso

a decisão do movimento é tomada pela medula óssea e cérebro não chega a

participar.

“as raízes do raciocínio lógico terão que se

basear na coordenação de ações a partir do nível

sensório-motor, cujos esquemas tem importância

fundamental desde o início”. Piaget (1983,p.72).

27

Um exemplo disso é quando estamos deitados e ouvimos um barulho.

Nossos olhos arregalam, os ouvidos ficam atentos e o coração dispara e fica na

expectativa de ouvir novamente o barulho. Este reflexo nos prepara para receber

mais informações do ambiente. Quando somos bebê, nosso reflexo rege nosso

comportamento, mas à medida que vamos crescendo os estímulos passam a ser

conhecidos e comuns e não temos mais a mesma reação para estímulos que se

repete, nossa atenção passa a ser dominada de acordo com os nossos interesses e

vontades.

Movimento voluntário define-se pela motricidade que exige o

estabelecimento de um plano de ação, ou seja, a decisão é tomada pelo córtex

cerebral. Nesta etapa ao recebermos um estímulo ocorre o planejamento da ação

motora, a avaliação de seus resultados e o acumulo em formas de experiências.

Movimento automático se repetido em uma quantidade considerável de

vezes (o corpo já se adaptou ao estímulo recebido) realiza uma migração cerebral

(sai do córtex e penetra na região sub-cortical) possibilitando o estabelecimento de

novos planos de ação motores mais avançados.

Tais estímulos incididos em nosso cotidiano são de estrema importância para

o desenvolvimento dos movimentos, tendo cada vez um aperfeiçoamento dessas

habilidades. Possibilitando assim, (Wallon, 1992) o desenvolvimento de habilidades

motoras, capacidades e qualidades físicas, priorizando o aprendizado do aspecto

motor, e compreendendo os aspectos afetivos, cognitivos e sociais. Partindo dessa

fundamentação vejamos os conceitos de alguns filósofos sobre o movimento.

Segundo Piaget “as raízes do raciocínio lógico terão que se basear na

coordenação de ações a partir do nível sensório-motor, cujos esquemas tem

importância fundamental desde o início”. (1983,p.72). Nesta fala, o autor indica

alguns aspectos fundamentais para a compreensão da importância da ação como

meio de construir conhecimento.

28

“o espaço motor e o espaço mental se

supõem de tal maneira que a perturbação de

arrumar os objetos no espaço associa a de

ordenar as palavras na frase”. Wallon(1966,p.147).

Assim podemos constatar que a psicomotricidade surge de um alicerce

sensório-perceptivo-motor indispensável na contribuição do processo de educação

e reeducação psicomotora, pois atua diretamente na organização das sensações,

das percepções e nas cognições, visando à utilização em respostas adaptativas

previamente planificadas e programadas. Mas inicialmente a psicomotricidade

estava relacionada a uma concepção neurofisiológica, ancorada na neuropsiquiatria

infantil. O interesse de estudiosos na área da psicologia, pedagogia e educação

física foi aos poucos mudando o enfoque deste trabalho. Os autores que mais

influenciaram os psicomotricistas nesta mudança foram Wallon, Piaget e Lê Boulch,

que em suas obram tratam da informação da inteligência, deixando que esta se

produza a partir de experiências (estímulos) motriz da criança.

O perfil psicomotor baseia-se na leitura de macro e micro movimentos do

corpo, procurando traçar as conexões existentes entre os aspectos sensórias,

motores, afetivos, emocionais, cognitivos e de desenvolvimento da pessoa. Piaget

acredita que o fenômeno de adaptação é o processo básico pelo qual passam todos

os seres humanos em fase de desenvolvimento. A adaptação compreende a

assimilação seguida de acomodação. Primeiramente o objeto de conhecimento se

encontra externo ao indivíduo, a assimilação, ou seja, a imitação, o tentar fazer

igual não implica em modificações das estruturas internas. Essa modificação só se

da através da acomodação, quando conhecimento de padrões mais elevados vem

transformar aquilo que o indivíduo já possuía anteriormente. É dessa forma, pela

adaptação que devemos compreender todo processo de construção cognitiva,

afetiva e psicomotora.

A Educação Física e a Psicomotricidade tem o objetivo de desenvolver em

sua totalidade as relações entre o corpo e psiquismo. No trabalho com crianças na

Educação Infantil, o movimento é um papel muito importante no desenvolvimento

29

psicológico, representa a expressão das relações entre o ser e o meio. Sendo

assim, é de suma importância o trabalho de interação da atividade motora e do

psiquismo com a finalidade de obter resultados para tentar normalizar ou de

melhorar o desenvolvimento dos educando.

Segundo Le Boulch (1986), o objetivo da Educação Física, seria o domínio

do corpo, que corresponde na realidade ao desenvolvimento das funções

psicomotoras.

O movimento como forma de expressão encontra-se intimamente ligado à

personalidade. O que somos nada mais é do que o fruto de todas as experiências

vividas tanto as positivas quanto negativas, portanto, a ação sobre o meio e a

resposta que esse meio emite em conseqüência dessa ação determinarão a forma

de ser, ou seja, o caráter da criança.

3.3 – Desenvolvimento do Esquema Corporal

Sabemos que o ser humano comunica-se através da linguagem verbal, mas

também através de gestos, olhares, movimentos, emoções e forma de andar – sua

linguagem corporal. A criança se faz entender por gestos nos primeiros dias de vida

e, até o inicio da linguagem verbal, o movimento constitui a expressão global de

suas necessidades. A profundidade e o valor da intercomunição humana pelos

gestos são de extrema importância para a criança (FONSECA, 1998).

“O desenvolvimento de uma criança é o

resultado da interação de seu corpo com os

objetos de seu meio, com as pessoas e com o

mundo ao seu redor” (OLIVEIRA, 1997).

Segundo Wallon (1979), o esquema corporal ou a noção de corpo se

constitui no elemento básico indispensável à formação da criança, é a

30

representação relativamente global, científica e diferenciada que a criança tem de

seu corpo.

Um elemento básico indispensável para a formação da personalidade

da criança é o esquema corporal. De acordo com Meur & Staes (1989,p.10), a

estruturação espaço-temporal fundamenta-se nas bases do esquema corporal sem

o qual a criança, não se reconhecendo em si mesma, só dificilmente poderia

aprender o espaço que a rodeia.

Sua Personalidade se desenvolverá graças a uma progressiva tomada de

consciência de seu corpo, de seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar

o mundo à sua volta.

Oliveira (1997,p.48) diz que para uma criança agir através de seus

psicológicos, psicomotores, emocionais, cognitivos e sócias, precisa ter um corpo

organizado. E isso só ocorrerá se for proporcionada a essa criança uma

estimulação diária, que muitos não têm noção que o mover corporal, mesmo

espontânea, é fator essencial ao desenvolvimento da criança. As regras, a

imaginação, o prazer, a criação e as emoções experimentadas durante as

atividades físicas e lúdicas ainda não são vislumbradas como instâncias

facilitadoras no processo ensino-aprendizagem.

De acordo com Oliveira (1997,p.74), é através do espaço e das relações

espaciais que nos situamos no mundo em que vivemos, em que estabelecemos

relações entre as coisas, em que fazemos observações, comparações,

combinações, vendo semelhanças e diferenças entre elas ( 2). Esse conhecimento

espacial se dá mediante ao fator de sensibilidades táteis e proprioceptivas nos

permite tocar, conhecer e preparar o corpo para receber a informação. É a tomada

de consciência do seu próprio corpo em um meio ambiente. A criança se situa, situa

os objetos, um em relação ao outro, e se organiza em função do espaço que

dispõe.

Sendo assim, reconhece que a partir da corporeidade e motricidade (

adquirida através de estímulos) a criança se faz no tempo histórico e no espaço

social, conquistados através dos movimentos das idéias do jogo de corpos, que se

proporciona ao indivíduo a busca pela autonomia e consciência de cidadania.

31

Portanto, entender a corporeidade não concerne somente perceber o corpo como

estrutura anatômica-fisiológica, mas também nas ações corporais emanadas por

normais sociais e significativas, sendo conteúdo e sentido referenciais de

expressões do ser pois só assim ele adquire a subjetividade e a consciência do

próprio EU. Compreender o corpo, como ato motor, é ter consciência de suas

próprias peculiaridades na representação de uma realidade pessoal, consciente e

intencional.

3.4 – O brincar no desenvolvimento da psicomotricidade

O brincar é o combustível de todas as atividades intelectuais e motoras das

crianças e por isso faz-se tão necessária a sua estimulação.

É por meio da brincadeira que a criança se desenvolve e aprende a

solucionar problemas. É através dela que as crianças compreendem o seu mundo,

aprendem mais sobre si mesma e sobre o relacionamento com os outros. Ainda

desenvolvem habilidades de concentração, atenção, raciocínio e lógica. Para o

psicólogo russo Vygotsky, a brincadeira é o caminho para o desenvolvimento da

mente humana, porque é quando a criança começa a se sentir parte do mundo e

pode até modificá-lo.

A brincadeira está presente em todas as culturas e é sempre vista como

experiência prazerosa, mesmo sem brinquedos disponíveis, as crianças se divertem

e desenvolvem a criatividade com outros matérias.

32

CAPÍTULO IV

Atividades psicomotoras

Tendo como ponto de partida o desenvolvimento cronológico e os aspectos

psicomotores que deverão ser desenvolvidos e encontrados em uma criança uma

vez que os jogos, de forma geral, trabalham nas crianças os aspectos cognitivos,

motores, afetivos e a integração social. A seguir apresentaremos atividades a serem

desenvolvidas no contexto educacional, proporcionando vivências psicomotoras,

sendo divididas por faixa etária e os aspectos psicomotores: Esquema Corporal;

Imagem corporal; Coordenação motora; Equilíbrio; Lateralidade; Estruturação e

orientação espacial.

Na concepção de Bueno(1998), com cerca de Três a quatro anos a criança

está com uma boa percepção do espaço que tem a sua volta e do seu corpo em

relação ao seu espaço. Sendo assim, podemos propor atividades que permitam a

criança a criar e recriar ofereça momentos de desenvolvimento integral.

Relacionaremos agora atividades que poderão ser proposta em instituições

escolares, sendo baseadas nos aspectos psicomotores e no desenvolvimento

cronológico psicomotor.

1 – Seguir sombras

Objetivos: Localização espaço-temporal

Faixa etária: A partir dos 3 anos

Desenvolvimento: Crianças em pares, um deles tenta seguir o outro pisando na

sombra.

2 - Vamos conhecer o corpo

Objetivos: esquema corporal, o equilíbrio, atenção, coordenação audimotora.

33

Faixa etária: 3 a 4 anos

Desenvolvimento: Os alunos farão um circulo e o professor dirá o nome de uma

parte do corpo para que eles encostem a mão. Exemplo: Vamos encostar a mão no

nariz. Agora encoste no pé.

Uma variação desta atividade seria o professor pedi para que as crianças se

dividissem em pares e que localizasse no amigo a parte do corpo solicitada.

3 – Eu sou assim

Objetivos: Imagem corporal, atenção e criatividade.

Faixa etária: 3 a 4 anos

Desenvolvimento: Colocar as crianças de frente para o espelho pedindo que se

olhem e que se toquem atentamente; em seguida dará a criança uma folha e

pedirá que ela faça um desenho de si mesma.

4 – Vamos atravessar a ponte

Objetivos: Equilíbrio, orientação espacial, atenção.

Faixa etária: 3 a 4 anos

Material: Um banco sueco e giz

Desenvolvimento: Colocará de um lado um banco e do outro um caminho

desenhado no chão que servirá para que as crianças façam o caminho de volta. As

crianças deverão ficar formadas em uma coluna e ao comando do professor, uma

de cada vez, irá caminhar por cima do banco e na volta caminharão colocando os

pés em cima do caminho desenhado no chão.

34

5 - Caixinha de tarefas

Objetivos: Socialização, criatividade, ritmo, comunicação. Exercitar manifestação

de carinho e afeto.

Faixa etária: a partir dos 4 anos

Desenvolvimento: Dispor os alunos de modo que forme uma grande roda, e o

professor entregará a algum uma caixinha, que, ao iniciar uma música, deverá ser

passada de maão em mão. Quando a música para, o aluno que estiver com a

caixinha neste momento deverá abri-la e sortear uma tarefa, Tal como:

Abraçar um amigo;

Cantar o refrão de uma música que mais gosta;

Contar uma passagem bonita da vida;

Imitar um animal preferido

6 – Caminha três

Objetivos: Coordenação motora, socialização, afetividade, equilíbrio, limites,

comunicação, orientação espaço-temporal.

Faixa etária: A partir dos 4 anos

Desenvolvimento: Separar a turma em trios de maneira que os participantes

deverão caminhar com as pernas unidas, ou seja, o aluno do centro deverá amarrar

sua perna esquerda na perna direita do amigo que está colocado a esquerda e

amarrar sua perna direita na perna esquerda do amigo que está posicionado a sua

direita. Ao som da música com ritmo lento, os trios deverão caminhar livremente

pelo espaço do jogo, de forma sincronizada, devendo coordenar os passos. Quando

o ritmo da música aumentar, os trios deverão aumentar também o ritmo das

passadas.

35

7 – Lata barulhenta

Objetivos: Agilidade, coordenação motora, reflexo

Faixa etária: A partir dos 5 anos

Material: Lata e cadeira

Desenvolvimento: Uma distância de 10 metros da linha de saída coloca-se uma

cadeira ou outro material. Ao sinal do educando a primeira criança da fila sai

chutando a lata com os pés, passa por trás da cadeira e a conduz até a linha de

partida, entregando-a ao próximo companheiro.

8 – Animais e seus elementos

Objetivos: Agilidade, atenção, prontidão

Faixa etária: A partir dos 6 anos

Material: Saquinho de areia “o alimento”

Desenvolvimento: Crianças separadas em dois grupos A e B, cada criança do

grupo A representando um determinado animal, que terá correspondente no grupo

B; todas sentadas em um grande circulam; no centro, o “alimento”.

O educador chamará o animal e as crianças que o representam. Emitindo o som,

correrão para pegar o alimento. Quem chegar primeiro é o ganhador.

9 – Bola ao Alto

Objetivos: Agilidade, atenção, prontidão, coordenação viso-motora

Faixa etária: A partir dos 6 anos

Material: 1 bola de borracha

Desenvolvimento: Educando em círculos, numerados seguidamente.O educador,

no centro do circulo, atirará a bola para o alto, chamando um dos números, “cinco”

36

por exemplo; o educando assim indicado deverá pegar a bola antes que ela toque

no solo, caso consiga ou não, inicia-se de novo a brincadeira.

10 – Sílabas embaralhadas

Objetivos: Discriminação auditiva, atenção, ritmo, integração.

Faixa etária: A partir dos 6 anos

Desenvolvimento: Divididos em duas ou mais equipe, escolhe-se uma palavra com

três ou mais silabas. Os educandos de uma equipe devem falar ao mesmo tempo,

cada um, uma silaba da palavra, a outra equipe deve descobrir qual é a palavra. Se

não conseguirem adivinhar pode-se fazer uma mímica que represente a palavra.

Depois trocam-se as equipes.

11– Cabo de guerra com bala

Objetivos: Agilidade, espírito de grupo, descontração

Faixa etária: A partir dos 7 anos

Material: Barbante com uns 2 metros de cumprimento, uma bala ou chocolate.

Desenvolvimento: Duas crianças farão a brincadeira, cada uma defendendo a sua

equipe. Cada uma colocará na boca a ponta do barbante, tendo ao centro uma bala

ou chocolate. Ao sinal, elas deverão comer o barbante, sem engolir, quem chegar

primeiro perto da prenda ganha ponto para sua equipe e fica com a prenda.

12– Corrida Maluca

Objetivos: Agilidade, atenção, concentração, ritmo, orientação espacial.

Faixa etária: A partir dos 7 anos

37

Desenvolvimento: Educandos em pares, lado a lado, com a perna direita de uma

elevada e entrelaçada com a esquerda do outro, colocam-se atrás de uma linha de

partida. Ao sinal de início, as duplas sairão correndo, procurando alcançar uma

linha predeterminada, ali chegando troca-se as posições, voltando a linha de

partida. Ganha a dupla que chegar primeiro sem soltar Mem apoiar as pernar

entrelaçadas no chão.

13– Estafetas de Bastões

Objetivos: Coordenação motora e viso-motora.

Faixa etária: A partir dos 7 anos

Material: Três bastões para cada equipe

Desenvolvimento: Os alunos em fila, o primeiro com três bastões, um em cada

mão para empurar o terceiro que está no chão, devendo levá-lo a um ponto

determinado. Após ter ido e voltado, entrega ao segundo da fila, continuando o jogo

até que todos tenham participado.

14 – Há Há

Objetivos: Descriminação auditiva, atenção, prontidão, socialização.

Faixa etária: A partir dos 7 anos

Desenvolvimento: Educandos, sentados em círculos, sendo um indicado para

começar a brincadeira. O educando indicado dirá Há, o seguinte Há-Há, que

provocará risos, mas não é permitido quem fala Há sorrir. Quem não conseguir falar

sem rir perde e da próxima vez ele não fala.

15 – Onde está o apito?

Objetivos: Percepção auditiva

38

Faixa etária: A partir dos 7 anos

Material: Apito e uma venda

Desenvolvimento: Os alunos deverão ficar dispostos em círculos e um participante

com os olhos vendados. O apito será passado de mão em mão, ao sinal do

educador, o participante que estiver com o apito irá assoprá-lo. Aquele que está no

centro deverá adivinha a direção do som.

16 – Roda de fogo

Objetivos: Agilidade e coordenação

Faixa etária: A partir dos 8 anos

Material: Bambolês

Desenvolvimento: Grupo de crianças disposta em circulo com no mínimo seis

participantes, todos de mãos dadas. Coloca-se um bambolê entre elas e ao sinal do

educando deverão passar o bambolê para os companheiros sem soltar as mãos. E

depois aumenta-se a quantidade de bambolês.

17 - Raptado

Objetivos: Observação, memorização

Faixa etária: A partir dos 9 anos

Desenvolvimento: O educando pedira aos participantes que formem um grande

circulo e que todos se olhem cuidadosamente, estudando bem a fisionomia dos

colegas. Deverão fechar os olhos e a luz será apagada e, bem devagar retira um

dos participantes. Acende a luz e pede que todos abram os olho e tentem adivinhar

quem foi retirado.

39

18 – Futebol de casais

Objetivos: Buscar a socialização e a aproximação das pessoas. Competitividade

de forma criativa.

Faixa etária: A partir dos 10 anos

Material: 1 bola

Desenvolvimento: O jogo é bem semelhante ao futebol original. Menino e menina

jogam com uma das mãos dadas formando a dupla ou casal. Os meninos trocam os

pares com os outros casais de sua equipe, mas quem deve chutar ao gol são as

meninas. Assim como os casais de goleiros, os jogadores da linha não podem em

hipótese alguma, soltar as mãos.

19 – Queimas e cortês

Objetivos: Atenção, memória, raciocínio lógico

Faixa etária: A partir dos 10nos

Material: Baralho completo

Desenvolvimento: Cada participante recebe quatro cartas e seis são viradas na

mesa. primeira carta virada é o jogo que não pode ser feito. Pode-se trocar uma

carta por outro que esteja na mesa ou no monte. O objetivo é ficar com quatro

cartas iguais na mão. Quando isso acontece diz-se “queima” e ganha a partida.

20 – Mensagem secretíssima

Objetivos: Domínio verbal, integração

Faixa etária: A partir dos 10 anos

Material: Folhas de sulfite, lápis ou caneta, palitos de dentes, suco de limão

40

Desenvolvimento: Escreva uma carta comum, normal, sem nada que possa

despertar a curiosidade dos inimigos. Depois, nos intervalos entre as linhas,

escreva a mensagem secreta com um palito de dente, usando suco puro de limão

com tinta. Deixe secar e entregue a mensagem. O amigo secreto, ao receber a

mensagem, só precisará colocá-la alguns segundos sobre o calor de uma lâmpada.

O texto aparecerá, então, claramente.

41

CONCLUSÃO

De acordo com as pesquisas realizadas durante a elaboração deste trabalho,

concluímos que a somestesia é de extrema importância para o desenvolvimento do

ser humano. Ela engloba experiências vividas a partir do nascimento, onde a

criança inicia através de alguns estímulos o seu processo de aprendizagem.

Podemos constatar que esse processo é contínuo e evolutivo e são

provenientes de estímulos proporcionados do meio externo e interno que valorizam

o processo da aprendizagem através do prazer da consciência corporal, que se

expressa e se percebe no mundo, em uma interação e inter-relação com o meio

sócio-histórico-cultural, expressando sua forma de ser, sentir, agir e pensar. Com

isso temos a construção e formação das estruturas cerebrais e o aperfeiçoamento

motor, cognitivo e sócio-afetivo do individuo preparando para a cidadania

Constatamos também a importância do brincar e dos estímulos através dos

brinquedos desde os primeiros dias de vida até a construção do esquema Corporal.

É pelo ator de brincar que são aprimoradas as conexões cerebrais e neste

momento desenvolve-se a motricidade. A educação Infantil não deve visar

exclusivamente ao espaço físico ou cultural. O ambiente deve ser especialmente

criado para desenvolver as potencialidades da criança, respeitando a

individualidade, a capacidade de cada uma delas onde o professor poderá

desenvolver seu trabalho utilizando a psicomotricidade, que serve como ferramenta

para todas as áreas de estudo voltadas a organização afetiva, motora, social e

intelectual do individuo, acreditando que o homem é um ser ativo capaz de se

conhecer cada vez mais e se adaptar as diferentes situações e ambientes.

.

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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DANTAS, Eloísa, OLIVEIRA, Marta K. & TAILLE, Yves. Piaget, Vygotsky, Wallon.

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Paulo: Scipione, 1988

GUYTON, Arthur C., Tratado da fisiologia médica, 11ª edição, 2006.

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QUEIROZ, Tânia dias; MARTINS, João Luiz. Jogos e Brincadeira de A a Z. 1º

edição. 2002.

RELVAS,Marta Pires. Neurociência e Educação, 2ª edição, 2010.

43

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO...........................................................................02

AGRADECIMENTO...........................................................................03

DEDICATÓRIA..................................................................................04

RESUMO...........................................................................................05

METODOLOGIA................................................................................06

SUMÁRIO..........................................................................................07

INTRODUÇÃO ..................................................................................08

CAPÍTULO I - Sistema Somestésico ................................................10

1.1 – Sensibilidade cutânea................................................................13

1.2 - Processo de informação............................................................15

1.3 – Maturação Biológica das estruturas.......................................... 17

1.4 - Processo de aprendizagem.......................................................18

CAPÍTULO II – Psicomotricidade.......................................................19

2.1 - Desenvolvimento da criança......................................................20

2.2 – Corpo e movimento....................................................................21

2.3 - Estruturação Funcional..............................................................22

CAPÍTULO III A importância da Somestesia para o desenvolvimento da

Psicomotricidade

3.1- Estimulação em Bebes................................................................25

3.2–Contribuição para a formação......................................................26

3.3 - Desenvolvimento do Esquema Corporal.....................................29

3.4 – O brinca no desenvolvimento da psicomotricidade....................31

44

CAPÍTULO IV – Atividades Psicomotoras.........................................32

CONCLUSÃO ....................................................................................41

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................42

ÍNDICE