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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE DESCONHECIMENTO GERA MORTE NO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS Por: Welton da Costa Silveira Orientador Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço Rio de Janeiro 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

DESCONHECIMENTO GERA MORTE NO TRANSPORTE

DE CARGAS PERIGOSAS

Por: Welton da Costa Silveira

Orientador

Professor Jorge Tadeu Vieira Lourenço

Rio de Janeiro

2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

DESCONHECIMENTO GERA MORTE NO TRANSPORTE

DE CARGAS PERIGOSAS

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em LOGÍSTICA

EMPRESARIAL.

Por: Welton da Costa Silveira.

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AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares por me apoiarem

em tudo que faço e, principalmente à

minha mãe que do seu jeito simples

contribuiu para o meu

engrandecimento pessoal e

profissional.

A todos os professores pela paciência

e dedicação com que me passaram

seus ensinamentos.

Ao amigo Aurélio e em especial à

minha esposa Nina pelo apoio que me

deram no decorrer do curso e pelas

palavras de incentivo que me fizeram

chegar ao final dessa caminhada.

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DEDICATÓRIA

À minha esposa Nina por ter me

incentivado a reiniciar os estudos

parados a mais de 25 anos, num

momento difícil quando enfrentava

várias dificuldades inclusive financeiras

e psicológicas, ensinando-me uma

nova forma de ver a vida e de como

enfrentar os problemas cotidianos

separando-os em solucionáveis ou

não. Lembro-me de uma de nossas

conversas quando me falou com essas

palavras: “Não fique procurando

solução para problemas que não lhe

pertencem”.

Não entendi inicialmente, mas fui

percebendo aos poucos que o que eu

fazia em nada iria alterar ou solucionar

determinados problemas. Essas

palavras tiveram uma força imensa

dentro de mim, pois sempre que me

preocupava em busca de qualquer

saída para um determinado problema,

pensava em primeiro lugar em

identificar qual era o problema e não

mais ficava com a sensação de ser o

único responsável em resolver os

problemas do mundo.

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A Oração abaixo resume muito bem o

meu novo conceito de viver a vida.

“ORAÇÃO DA SERENIDADE”

“Concedei-nos, Senhor, a serenidade

necessária para aceitar as coisas que

não podemos modificar, coragem para

modificar aquelas que podemos, e

sabedoria para distinguir uma das

outras”.

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RESUMO

O intuito deste trabalho é proporcionar uma sistematização dos

procedimentos que devem ser adotados para evitar ou pelo menos

amenizarem os acidentes no transporte de gases perigosos, sem a intenção de

esgotar o assunto, pretende-se apenas sinalizar o caminho a ser seguido.

Identificando como sua principal causa à inexistência de especialistas no

transporte bem como a falta de conhecimento técnico e equipamentos

necessários por parte dos condutores e fiscalização (policia rodoviária federal),

para o correto e seguro transporte de cargas perigosas.

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METODOLOGIA

Expomos as possíveis causas dos acidentes como as exigências legais

comparando que a falta de obediência legal por desconhecimento técnico e

equipamentos, geraram a maioria dos acidentes, bem como que a sua

obediência poderia evitar ou pelo menos amenizá-los.

Esse trabalho foi fundamentado com o método de pesquisa bibliográfica

das publicações existentes nos “sites” mantidos pelos órgãos de controle

rodoviário (CNT –Confederação Nacional de Transportes e ANTT – Agência

Nacional de Transporte Terrestres), que reprovaram 69% das rodovias

brasileiras, onde de forma categórica tiraram várias fotografias da real situação

do transporte no Brasil, principalmente das Rodovias Brasileiras.

Demonstrando a fragilidade do transporte terrestre e o excessivo número de

acidentes no transporte de cargas perigosas.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 09 1. DEFINIÇÕES BÁSICAS 11 1.1. Gases de Uso Comum 11 1.1.1. Oxigênio 11 1.1.2. Nitrogênio e Argônio 13 1.1.3. Hidrogênio 13 1.1.4. Acetileno 14 1.2. Gases Especiais 15 2. MOVIMENTAÇÃO DE GASES COMPRIMIDOS 16 2.1. Irregularidades no transporte 17 2.2 Responsabilidades 18 2.2.1. Do condutor 18 2.2.2. Do fabricante do produto 19 2.2.3. Do expedidor 19 3. IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS, SINALIZAÇÃO 20 3.1. Rótulo de Risco 22 3.2. Sinalização em veículos 24 3.3. Sinalização da unidade de carga 25 3.4. Regras de colocação dos painéis e rótulos 27 4. INCOMPATIBILIDADE DE TRANSPORTE 30 5. REGISTRO NACIONAL TRANSP. ROD. CARGAS 31 6. NORMAS TÉCNICAS 32 7. DO CONDUTOR DE PRODUTOS PERIGOSOS – HABILITAÇÃO 34 7.1. Curso MOPP 35 7.2. Corpo docente 35 7.3. Regime de funcionamento do curso 36 7.4. Conteúdo didático ministrado no curso MOPP 36 CONSIDERAÇÕES FINAIS 45 BIBLIOGRAFIA 47 FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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INTRODUÇÃO

O trabalho foi dividido em sete capítulos onde no capitulo 1, foi tratado as

definições básicas identificando e conceituando os vários tipos de gases

perigosos e nos capítulos seguintes expomos como é realizado sua

movimentação, tipos de transportes, passando para a identificação dos tipos

de sinalizações e as incompatibilidades entre os gases, finalizando com as

obrigações técnicas e legais como os registros nos Órgãos de controle até as

exigências para habilitação dos motoristas.

Toda a gama de dados expostas nesses capítulos propiciaram o

fechamento do trabalho com a conclusão que o excessivo número de

acidentes no transporte de cargas perigosas verificadas nas estradas, foi

gerado pela falta de conhecimento e obediência das exigências legais, por

desconhecimento das normas de segurança, falta de equipamentos e,

principalmente as condições das estradas rodoviárias brasileiras, que

propiciaram a maioria dos acidentes, o que demonstrou a fragilidade do

transporte terrestre de cargas perigosas.

Esta pesquisa procurou sinalizar os caminhos que devem ser percorridos

para habilitação no transporte desse tipo de carga e coibir as irregularidades

praticadas.

O objetivo desse trabalho é sinalizar os caminhos que devem ser

percorridos para habilitação de especialista na condução e gerenciamento no

transporte terrestre de gases perigosos. É derivado da constatação de que há

um enorme desconhecimento sobre a questão, fora do segmento rodoviário.

A inexistência dessa especialidade no transporte é por si só, um fato

relevante por trazer consigo uma potencialidade de risco à vida e ao meio

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ambiente. A manipulação de produtos perigosos tem evoluído no caminho da

maior prevenção e redução de riscos nos diversos segmentos produtivos e de

consumo em que eles são partes necessárias.

O motorista deve conhecer os riscos presumíveis, relacionados aos

produtos perigosos, no deslocamento desses produtos entre localidades. Por

mais que haja medidas de segurança por parte das entidades envolvidas na

operação comercial do transporte, há um período de maior potencialidade de

risco quando, apesar das precauções, uma falha do veículo transportador, de

seu condutor ou ainda, uma ação involuntária externa de outro veículo pode

potencializar o perigo que vem sendo conduzido sob medidas preventivas

regulamentadas.

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CAPÍTULO I

1. DEFINIÇÕES BÁSICAS

Gases comprimidos são fluidos infinitamente compressíveis, cujo volume

é o reservatório que os contém. Sua forma mais comum de fornecimento é em

cilindros, que variam em dimensões, volume e pressão. Por serem

compressíveis, os gases alteram seu estado, passando de estado gasoso para

normalmente, líquido altamente refrigerado. (extraída de INFOSINAL, 2009).

Os gases podem ser segregados em dois grupos:

Gases de uso comum: oxigênio, nitrogênio, argônio, hidrogênio e

acetileno;

Gases especiais: demais gases.

1.1. Gases de Uso Comum

1.1.1. Oxigênio

É um gás incolor, inodoro é insípido. A nossa atmosfera contém

aproximadamente 21% de oxigênio.

Por ser um gás altamente oxidante, comprimido a altas pressões, jamais

deve ser permitido seu contato com óleo, graxa ou outros combustíveis.

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O oxigênio, embora não seja inflamável, torna-se altamente perigoso, não

só por manter, como pela capacidade de acelerar bastante a combustão. O

oxigênio gasoso frio ou liquefeito, por ser extremante frio (-183ºC), pode causar

lesões aos olhos ou à pele.

Não devem ser tocadas as tubulações ou válvulas congeladas. Não se

deve permitir que ele respingue ou derrame. É preciso lembrar-se de que é um

gás armazenado em estado liquefeito. Os olhos precisam estar protegidos com

óculos de segurança ou mascará facial e a pele protegida (luvas de mangas

compridas limpas e sem punhos, para rápida remoção). Ainda como proteção

contra respingos, as calças (sem bainhas externas viradas) devem ser usadas

sobre botas ou sobre botinas. Em caso de respingos de oxigênio liquido ou de

saturação de oxigeno gasoso na roupa, esta deve ser retirada e ventilada

imediatamente. Considerando o perigo de flamabilidade e fácil ignição da

roupa impregnada de oxigênio, só se deve reutilizá–la após meia hora, no

mínimo.

Em caso de contato acidental com oxigênio liquido, um médico deverá ser

consultado com urgência. Caso não seja possível, deve-se aquecer as áreas

atingidas com água à temperatura próxima à do corpo (36ºC).

Os produtos combustíveis devem ser mantidos afastados do oxigênio e

eliminar possíveis fontes de ignição ─ muitas substâncias que não queimam

normalmente e outras substâncias combustíveis, na presença do ar, poderão

queimar rapidamente em meio às altas percentagens de oxigeno. Assim, fica

claro quaisquer materiais de natureza orgânica, ou substâncias inflamáveis,

como óleos, graxas, querosene, tecidos, madeiras, tintas, alcatrão, pó de

carvão, ou sujeiras que possam conter óleo ou graxa, devem ser mantidos

afastados de possível contato com oxigênio.

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1.1.2. Nitrogênio e Argônio

São gases inertes, incolores, inodoros e insípidos. A nossa atmosfera

contém aproximadamente 78% de nitrogênio e 0,9% de argônio.

Importante lembrar que o nitrogênio e o argônio podem causar asfixia e

morte, por exclusão de oxigênio, quando presentes em áreas confinadas ou

pouco ventiladas. Qualquer atmosfera que não contenha o mínimo de 18% de

oxigênio para respiração pode causas vertigem, desmaio ou até a morte.

Por não poderem ser detectados através dos sentidos humanos, estes

gases são passíveis de inalação igual à do ar. Como já foi dito, tem a

capacidade de deslocar e substituir o oxigênio normalmente contido no ar, sem

apresentar indícios de que a atmosfera está se tornando perigosa à vida

humana.

Por serem gases extremamente frios (-196ºC), as precauções para

manuseio recomendadas no item anterior também se aplicam, exceto no

tocante à flamabilidade.

1.1.3. Hidrogênio

É um gás incolor, inodoro, insípido, inflamável, comprimido a altas

pressões. A mistura de hidrogênio com oxigênio ou simplesmente com o ar,

em áreas confinadas, poderá ocasionar uma explosão na presença de uma

centelha ou outra fonte de ignição. Vazamentos de alta pressão

frequentemente se inflamam espontaneamente, produzindo uma chama

incolor.

Por ser um gás extremamente frio (-215ºC), as precauções

recomendadas para o manuseio de oxigeno de aplicam integralmente ao

hidrogênio.

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1.1.4. Acetileno

É um gás incolor, inflamável, acondicionado dissolvido em um solvente

(normalmente acetona). Uma mistura de acetileno com oxigênio, ou ar, em

local confinado, pode explodir, quando em contato com uma chama ou outra

fonte de ignição.

Sob determinadas condições, o acetileno em contato com o cobre, a

prata ou mercúrio forma compostos de elevado potencial explosivo, devendo,

portanto, ser evitado qualquer contato entre o acetileno e estes metais, bem

como sais compostos ou ligas de alto teor.

Os cilindros contendo acetileno devem ser estocados sempre na posição

vertical, em áreas externas, bem ventiladas e afastadas tanto de fontes de

calor, como de materiais inflamáveis (gasolina, querosene, óleo e combustíveis

sólidos).

Os cilindros de acetileno são equipados com bujões-fusívies de

segurança, os quais se fundem à temperatura de aproximadamente (73ºC), ou

seja, antes do ponto de ebulição da água.

Todos os cilindros devem ser protegidos de quedas de objetos e

manuseio violento, como choques ou quedas. Seu transporte e

armazenamento, como já dito, deverão sempre ser feitos com os cilindros na

posição vertical.

Apesar de não ser tóxico, o acetileno, além de ser um anestésico, pode

causar asfixia quando confinado em áreas sem ventilação adequada. Como

citado anteriormente, em qualquer atmosfera que não contenha suficiente

oxigênio (no mínimo 18%) para respiração, poderá haver sintomas de

vertigem, desmaio e até a morte. Em caso de ventilação inadequada, o

acetileno pode deslocar o ar normal do ambiente e substituí-lo. Sua presença

pode ser detectada através do ser odor característico de alho. Ao sentir o odor,

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procure localizar e corrigir o vazamento. Caso o vazamento existente em um

cilindro ou em um equipamento a ele conectado não possa ser corrigido,

remova o conjunto para uma área externa e segura afastada de fontes de

ignição e comunique-se imediatamente com o fornecedor.

Não se deve armazenar ou transportar cilindros de acetileno em áreas

confinadas ou pouco ventiladas, como armários, saletas, quartos de

ferramentas, malas de veículos ou carrocerias fechadas.

Deve-se utilizar chaves apropriadas para abrir as válvulas dos cilindros de

acetileno e manter sempre a chave na válvula quando em uso, de forma a

permitir seu rápido fechamento em caso de emergência.

1.2. GASES ESPECIAIS

Os gases especiais constituem misturas, em diversas combinações

compatíveis, de líquidos e gases componentes, destinados a fim específicos.

Essas misturas incluem líquidos voláteis, gases atmosféricos e químicos.

Por se tratarem de misturas, os gases especiais assumem propriedades

diversas, tais: inflamáveis, tóxicas, corrosivas, oxidantes, etc. as quais podem

causar lesões graves ou fatais, mesmo em concentrações mínimas, em caso

de contato com a pele ou com os olhos; se misturados a outros gases

inflamáveis, podem causar incêndios ou explosões. Assim, é fundamental

observar as precauções de segurança que cada m exige.

Devido à existência de grande variedade de gases especiais e misturas

de gases, aliada às diversas características de periculosidade, não será

possível abordar todas as medidas de segurança nesse trabalho. Assim, em

caso de dúvida ou necessidade de esclarecimento adicionais, sugere-se

contatar o fornecedor.

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2. MOVIMENTAÇÃO DE GASES COMPRIMIDOS

Transportar significa ato ou atividade de carregar, levar, conduzir,

incluindo também as operações de carga, transporte, descarga, transbordo,

limpeza e descontaminação, englobando ainda o estacionamento; as paradas

técnicas (por falha mecânica ou acidente) e a imobilização, involuntária ou em

razão de emergência.

Entende-se por carga tudo aquilo que é ou pode ser objeto de transporte.

Quanto à forma de acondicionamento, a carga pode ser subdividida em carga

a granel ou carga embalada.

Carga a granel pode ser aquela transportada sem qualquer embalagem,

encerrada e mantida apenas pelas partes do próprio equipamento de

transporte.

Carga embalada pode ser definida como aquele objeto de manuseio com

seu recipiente, nas operações de carga, descarga ou transferência de um

veículo para outro, mais conhecido como transbordo. (extraída de ANTT, 2010).

2.1. Irregularidades no Transporte

As irregularidades apuradas são:

13% sem Ficha de Emergência (que orienta as ações do motorista, para

cada tipo de produto, em caso de acidente);

32% com Equipamento de Proteção Individual (EPI) incompleto;

39% com Conjunto de Emergência incompleto (materiais e equipamentos

que auxiliam a ação do motorista, em caso de acidente);

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20% dos veículos com irregularidades ou sem Certificado de Capacitação

para transporte de produtos perigosos;

39% com irregularidades na identificação externa do tipo de produto

perigoso transportado.

FIGURA 1 - Irregularidades no Transporte.(extraída de INFOSINAL, 2009)

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2.2. Responsabilidades

2.2.1. Do condutor

O condutor é um dos integrantes do sistema que compõem o transporte

de gases comprimidos, além de estar devidamente habilitado, deverá possuir o

certificado de treinamento específico para esse tipo de carga. O treinamento

deve ser ministrado por órgãos ou entidades, devidamente cadastrados para

esse fim. Os conhecimentos adquiridos no treinamento servem de base para o

transporte seguro, devendo o condutor aplicar as técnicas em caso de

emergência.

Antes de iniciar a viagem alguns procedimentos básicos de segurança

devem ser aplicados, dentre eles:

• Verificar se a documentação da carga está de acordo com a ficha de

emergência;

• Confrontar os dados da ficha de emergência com a padronização do

veículo;

• Verificar se todos os equipamentos de segurança obrigatórios estão

disponíveis e adequados ao uso;

• Efetuar uma vistoria rigorosa em todo o veículo antes de partir.

Durante o trajeto:

• Ficar vigilante para qualquer alteração no veículo;

• Escolher antecipadamente o trajeto a ser seguido, evitando sempre

que possível congestionamento;

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• Evitar o estacionamento perto de veículos que transportem produtos

vivos, procurando sempre locais determinados ao transporte de

produtos perigosos;

• Evitar estacionar o veículo com produtos perigosos, perto de pontes,

rios, viadutos, habitações coletivas ou locais que estejam em obras;

• Trafegar preferencialmente durante o dia;

• Salvo questões de emergência, nunca parar na estrada, se for

obrigado a parar, tomar imediatamente as providências necessárias

para sinalização do veículo.

2.2.2. Do fabricante do produto

A responsabilidade do fabricante do produto é também uma peça

importante no segmento de transporte e deve colaborar para que o translado

seja feito da melhor maneira possível. Sua parte compete em fornecer todas as

informações sobre o produto transportado, dentre elas:

• O cuidado que deve ser ministrado ao produto no manuseio.

• As informações que devem constar na ficha de emergência e as

especificações técnicas que devem ser seguidas para o devido

acondicionamento e forma de transporte do produto.

2.2.3. Do expedidor

O expedidor é o responsável pelo transporte e deve ter conhecimentos

técnicos específicos para esse tipo de transporte. Deve proporcionar o

treinamento para os empregados que irão manipular os produtos e zelar para

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que não se efetue o transporte de produtos incompatíveis, dentre outras

providências que achar necessário para o transporte de forma mais adequada.

3. IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS – SINALIZAÇÃO

Todos os veículos que estiverem transportando produtos perigosos ou

que apesar de não estarem mais transportando, mas ainda não foram

descontaminados devem obrigatoriamente portar adesivos (placas) de

sinalização, sendo: (extraída de ANTT, 2010).

• Painel de Segurança: Painel medindo 30 x 40 cm, na cor laranja, com

tarja preta e números indicativos do risco e número da ONU

(numeração pelo qual o produto é registrado internacionalmente, ONU

= Organização das Nações Unidas).

O primeiro e o segundo número indicativo da parte superior referem-

se à indicação do risco do produto.

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Figura 2. Painel de Segurança (extraída de INFOSINAL, 2009)

NOTA: Quando for expressamente proibido o uso de água no produto,

deve ser colocada a letra X no início antes do número de identificação de risco.

Quando o veículo estiver descontaminado deverá obrigatoriamente retirar

as placas de sinalização, sob pena de ser autuado se não o fizer.

Painel de Segurança Painel de Segurança

Vazio Vazio

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Figura 3. Veiculo descontaminado (extraída de INFOSINAL, 2009).

3.1. Rótulo de Risco

Seguindo as regras de padronização de veículos têm-se os Rótulos de

Risco. São painéis pictográficos, com desenhos estilizados que simbolizam o

grupo (reações) que podem ocasionar. (extraída de ANTT, 2010).

O rótulo de risco acompanha o painel de segurança e tem como

finalidade a imediata identificação do tipo de reação que pode provocar.

Deve ter o tamanho padrão, no limite de corte da moldura, de 300 mm x 300

mm, com uma linha na mesma cor do símbolo a 12,5 mm da borda e paralela

a todo seu perímetro. Para utilitários o tamanho do rótulo de risco é 250 mm x

250 mm.

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Figura 4. Rótulo de Risco (extraída de INFOSINAL, 2009)

Com a publicação da Resolução N° 420/04 ANTT (Agência Nacional de

Transporte Terrestre), deixou de existir o rótulo de risco com a indicação

“NOCIVOS”, para os produtos tóxicos do Grupo de Embalagem 111. Desta

forma, todos os produtos fitossanitários que se classificam como tóxicos, dos

Grupos de Embalagem I, II e III devem utilizar o mesmo rótulo de risco.

Conforme o produto que esteja sendo transportado, será necessária a

aposição do painel de segurança, o painel de símbolo de risco acompanhado

do painel de símbolo de risco subsidiário (que obedece aos mesmos

parâmetros do rótulo de risco principal).

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3.2. Sinalização em Veículos

Os veículos utilizados no transporte de gases comprimidos deverão portar

o conjunto de equipamentos para situações de emergência indicado por Norma

Brasileira, no caso a NBR 9735 que estabelece o conjunto de equipamentos

para emergências no transporte terrestre de produtos perigosos. Essa norma

foi atualizada em 30/06/2004, alterando a tabela mínima de fita ou corda e os

dispositivos de sinalização por veículo. (extraída de ANTT, 2010).

Os veículos e equipamentos devem ser vistoriados, em periodicidade não

superior a três anos, pelo INMETRO ou entidade por ele credenciada, de

acordo com instruções e cronologia estabelecidos pelo próprio INMETRO,

observados os prazos e rotinas recomendadas pela normas de fabricação ou

inspeção, fazendo-se as devidas anotações no Certificado de Capacitação

para o Transporte de Produtos Perigoso a Granel.

Em caso de acidente ou avarias, os veículos sinistrados deverão ser

vistoriados e testados pelo INMETRO ou entidade pelo mesmo credenciada,

antes de retornarem à atividade.

Quando se tratar de transporte de produto perigoso a granel, os veículos

deverão estar equipados com tacógrafo, ficando os discos utilizados à

disposição do expedidor, do contratante, do destinatário e das autoridades com

jurisdição sobre as vias, durante três meses, em caso de acidente, serão

conservados por um ano.

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3.3. Sinalização da unidade de carga

No transporte de carga fracionada/embalada de produtos perigosos, são

previstas as seguintes regras:

• Na frente: o painel de segurança, ao lado do motorista. Na parte

superior, deve haver o número de identificação de risco do produto e, na

parte inferior, o número de identificação do produto (número de ONU,

conforme Resolução N° 420/04 ANTT - Instruções complementares ao

Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos), quando

transportar apenas um produto;

• Na traseira: o painel de segurança, ao lado do motorista, idêntico ao

colocado na frente, e o rótulo indicativo do risco principal do produto, se

todos os produtos pertencerem a uma mesma classe de risco;

• Nas laterais: o painel de segurança, idêntico aos colocados na frente e

na traseira, e rótulo indicativo do risco do produto, colocado do centro

para a traseira, em local visível, se todos os produtos pertencerem a

uma mesma classe de risco.

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Figura 5. Sinalização da unidade de carga (extraída de INFOSINAL, 2009)

• No caso de carregamento inicial de dois ou mais produtos perigosos de

classes ou subclasses de riscos diferentes e que no final do trajeto haja

apenas um produto perigoso sendo transportado, deverá ser mantido o

painel de segurança sem qualquer inscrição. Neste caso, o rótulo de

risco não é colocado.

• Quando o transporte for realizado em carroceria aberta, recomenda-se o

uso de lonas de forma que a identificação da carga fique visível.

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3.4. Regras de colocação dos painéis e rótulos

• Transporte de embalados ou fracionados

Figura 6 - Regra de colocação de painéis (extraída de INFOSINAL, 2009)

1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO

Painel de Segurança Rótulo de Risco

Nas duas laterais, frente e traseira com números. Nas duas laterais e na traseira.

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Figura 6.1 - Regra de colocação de painéis (extraída de INFOSINAL, 2009)

1 (UM) PRODUTO E 1 (UM) RISCO PRINCIPAL COM RISCO SUBSIDIÁRIO

Painel de Segurança Rótulo de Risco

Nas duas laterais, frente e traseira com números Nas duas laterais e na traseira

Figura 6.2 – Regra de colocação de painéis (extraída de INFOSINAL, 2009)

PRODUTOS DIFERENTES E MESMO RISCO

Painel de Segurança Rótulo de Risco

Nas duas laterais, frente e traseira sem números Nas duas laterais e na traseira

Figura 6.3 – Regra de colocação de painéis (extraída de INFOSINAL, 2009)

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PRODUTOS E RISCOS DIFERENTES

Painel de Segurança Rótulo de Risco

Nas duas laterais, frente e traseira sem números. Somente nas embalagens

Lembretes:

• Realizar limpeza e descontaminação antes de retirar a sinalização.

• Após a limpeza e descontaminação, o veículo não deve continuar

portando a ficha de emergência e o envelope para transporte, para

que o atendimento emergencial não seja prejudicado.

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4. INCOMPATIBILIDADE DE TRANSPORTE

Muitos gases especiais têm propriedades similares entre si, sendo por

isso agrupados em seis classes que são atribuídas em função das

propriedades químicas e físicas similares, compatibilidade de transporte e

manuseio de emergência. Assim, as classes podem variar do grau 1 (menos

perigosos) ao 6 (mais perigosos). (extraída de ANTT, 2010).

Observe os seguintes cuidados para transporte de cilindros de gases

especiais:

Gases cuja soma da classe perfizer o total de (5) podem ser

transportados juntos. Assim, por exemplo, amônia (grupo 4) e GLP (grupo 2)

são incompatíveis (2+4=6). Por outro lado, amônia (grupo 4) e

diclorofluormetano (grupo 1) são compatíveis (4+1=5).

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5. REGISTRO NACIONAL DO TRANSPORTADOR RODOVIÁRIO DE

CARGAS (RNTRC)

A Resolução n.o 437/04, da ANTT, publicada no DOU em 16 de março de

2004, instituiu oficialmente o Registro Nacional do Transportador Rodoviário de

Cargas (RNTRC). O registro é de porte obrigatório dos transportadores em

seus veículos, ficando isentos apenas os transportadores de carga própria

(comércio, indústria e atividades prestadoras de serviços que possuem

veículos próprios). (extraída de ANTT, 2010).

O RNTRC deve ser requerido por empresas prestadoras de serviços de

transporte de cargas, cooperativas de transporte de cargas e transportadores

autônomos de cargas. A inscrição é isenta de cobrança de quaisquer taxas,

sendo que para se inscrever as empresas de transporte de cargas e as

cooperativas de transportes de cargas devem dispor de frota própria ou

arrendada (ou de associados, no caso de cooperativas), além de estarem

legalmente constituídas, de acordo com as normas e legislação vigentes.

Para as duas categorias serão exigidas informações como razão social e

responsável legal, CNPJ, inscrição estadual, contrato social na Junta

Comercial e no Cartório de Títulos (para as cooperativas), endereços da

matriz, área de atuação, relação de filiais, área de armazenagem, relação de

veículos (com todas as características).

Para os transportadores autônomos de cargas, é necessário que sejam

proprietários ou co-proprietários de um veículo rodoviário de cargas, podendo

adicionalmente dispor de veículos arrendados sob sua responsabilidade, bem

como residir e ter domicílio no país.

Serão exigidos, igualmente, nome e documento de identidade, inscrição

no CPF/MF, inscrição de autônomos no INSS, endereço completo e dados do

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veículo (bem como dos arrendados, se for o caso), além da principal área de

atuação.

O registro terá validade de quatro anos, devendo ser renovado no período

de 90 dias antes do seu prazo ter expirado. O processo de inscrição no

RNTRC teve inicio no dia 15 de junho de 2004.

6. NORMAS TÉCNICAS

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) disponibiliza para

consulta e aquisição de todas as normas técnicas emitidas pela instituição. A

ABNT mantém uma comissão permanente, que é formada por especialistas e

técnicos de diversos órgãos e entidades envolvidos com o transporte de

produtos perigosos. É uma entidade governamental, responsável pelo estudo e

elaboração de Normas Técnicas Oficiais, bem como a revisão e atualização de

normas editadas anteriormente. (extraída de ABNT, 2010).

Referindo-se ao transporte terrestre de cargas perigosas, destacamos as

seguintes Normas Técnicas:

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Tabela 1. Normas técnicas(extraída de ABNT, 2010).

ASSUNTO NORMA ANO Inspeção periódica dos tanques de carga utilizados no

transporte rodoviário NBR 12227 1984

Instalação de anteparos para evitar deslocamento da carga em veículos rodoviários de carga

NBR 8688 1984

Ficha de Informação de Segurança de Produtos Químicos – FISPQ

NBR 14725 2001

Embalagem de produtos perigosos - classes 1, 3, 4, 5, 6 e 8

NBR 11564 2002

Desvaporização de tanque para transporte rodoviário para transporte de produtos perigosos - classe de risco 3 -líquidos inflamáveis norma NBR 12982

NBR 12982 2003

Transporte terrestre de resíduos NBR 13221 2003 Atendimento à emergência no transporte rodoviário de

produtos perigosos NBR 14064 2003

Área de estacionamento para veículos rodoviários de transporte de produtos perigosos

NBR 14095 2003

Transporte de produtos perigosos - incompatibilidade química

NBR 14619 2003

Transporte terrestre de produtos perigosos –terminologia

NBR 7501 2003

Contentores para produtos perigosos NBR 15054 2004 Identificação para o transporte, manuseios,

movimentação e armazenagem de produtos. NBR 7500 2004

Ficha de emergência e envelope para o transporte de produtos perigosos - características e dimensões e preenchimento

NBR 7503 2004

Conjunto de equipamentos para emergências no transporte rodoviário de produtos perigosos

NBR 9735 2004

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7. DO CONDUTOR DE PRODUTOS PERIGOSOS – HABILITAÇÃO

O condutor de produtos perigosos deve ser habilitado (sentido lato), em

treinamento específico, tema que será abordado em detalhes posteriormente.

Antes de mobilizar o veículo, deverá inspecioná-lo, assegurando-se de suas

perfeitas condições para o transporte para o qual é destinado e com especial

atenção para o tanque, carroçaria e demais dispositivos que possam afetar a

segurança da carga transportada.

Durante o trajeto, o condutor, é o responsável pela guarda, conservação

e bom uso dos equipamentos e acessórios do veículo, inclusive os exigidos em

função da natureza específica dos produtos transportados. Deverá examinar,

regularmente e em local adequado, as condições gerais do veículo,

verificando, se não existe nenhum tipo de dano ao conjunto transportador.

Se no decorrer da viagem, acontecer alguma alteração que possa colocar

em risco a segurança de vidas, de bens ou do meio ambiente, a mesma

deverá ser interrompida e o condutor entrará em contato com a transportadora,

autoridades ou a entidade cujo telefone esteja listado no Envelope para o

Transporte, para que seja orientado sobre qual a medida deve ser adotada.

A Resolução n.o 91, de 04 de maio de 1999, estabelece as normas gerais

de cursos de treinamento específico e complementar para condutores de

veículos rodoviários transportadores de produtos perigosos. Curso este

destinado ao condutor que deseja habilitar-se para conduzir veículos para

transportar produtos perigosos ou para a renovação do seu certificado do

curso de Treinamento Específico.

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O curso deve ser ministrado por:

• órgão ou entidade executivo rodoviário da União ou instituições

vinculadas ao Sistema Nacional de Formação de Mão-de-Obra nas

modalidades de ensino a distância e/ou de ensino regular;

• estabelecimentos ou empresas legalmente instalados na forma da

legislação local e cujo funcionamento tenha sido autorizado pelo

órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do Distrito

Federal, apenas na modalidade de ensino regular.

O condutor comprovará a participação em Curso de Treinamento

Específico para Transporte de Produtos Perigosos mediante Certificado

atualizado.

7.1. Curso MOPP

O Curso do MOPP tem por finalidade formar, instruir e proporcionar

atualização periódica a condutores na respectiva área de atuação, habilitando-

os à melhor condução de veículos rodoviários transportadores de produtos

perigosos.

Estes Cursos devem oferecer condições ao condutor de:

• Transportar produtos perigosos com segurança, de maneira a

preservar a integridade física do condutor, da carga, do veículo e do

meio ambiente; e

• Conhecer e aplicar os preceitos de segurança adquiridos durante o

treinamento, assim como fazer uso dos comportamentos preventivos

e procedimentos em casos de emergência, desenvolvidos para cada

uma das classes de produtos perigosos.

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7.2.Corpo docente

As disciplinas que constituem os currículos dos cursos deverão ser

regidas por pessoas de capacidade compatível com o grau de ensino a ser

ministrado e que tenham conhecimentos pedagógicos satisfatórios.

Dos Requisitos para Freqüentar o Curso, são condições para efetivação

da matrícula:

• Ser habilitado (Carteira Nacional de Habilitação) nas categorias B, C,

D ou E;

• ter capacidade para interpretar textos.

7.3. Regime de funcionamento do curso

Os cursos deverão ter um máximo de 20 participantes em cada turma,

apostilas, materiais e equipamentos para demonstração, atualizados que serão

utilizados, abrangendo todas as matérias constantes dos currículos.

O curso tem duração de 40 horas e o complementar, de 16 horas,

distribuídas em 8 horas diárias, em dias úteis, ou de maneira a atender às

conveniências dos interessados.

7.4. Conteúdo didático ministrado no curso MOPP

a) Direção defensiva:

• Abertura; pré-teste; acidente evitável e não-evitável - 1h45 -

Exemplos de acidentes de trânsito com produtos perigosos

ocorridos no Brasil; acidente evitável (conceito; quem o evita;

efeitos do álcool e das drogas; e o Código de Trânsito Brasileiro); e

acidente não-evitável (principais causas).

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• Como evitar colisão com o veículo que vai à frente - 1h45 - O que é

dirigir na defensiva; o modo comum de dirigir dos condutores; o

padrão que impede o envolvimento em colisão com outro veículo.

• Como evitar colisão com o veículo de trás - 1h45 - O que fazer com

o gruda-traseira; o veículo de trás é totalmente culpado se "entrar"

na traseira do veículo da frente? O que se precisa saber para

poder dirigir?

• Como evitar colisão frontal - 1h45 - Por que as batidas de frente

são as mais fatais; os sinais de que o veículo em sentido contrário

pode invadir a mão oposta; o que fazer quando outro veículo vem

direto sobre o seu (numa estrada reta, numa curva); como um

condutor pode ser envolvido num acidente em uma curva para a

esquerda (força centrífuga).

• Como evitar colisões em cruzamentos - 1h45 - Quais os

procedimentos que evitam colisões em cruzamentos; quem tem

preferência em cruzamentos sem sinais de trânsito; a distância

necessária para parar estando a 80km/h; para onde olhar primeiro

em cruzamentos.

• Como ultrapassar e ser ultrapassado - 1h45 - Acidentes possíveis

na ultrapassagem; como ajudar o outro condutor a ultrapassar;

quanto se gasta para ultrapassar outro veículo a 80km/h; sugestão

de velocidade de segurança para transporte de produtos

perigosos.

• Colisão misteriosa - 1h45 - O que é colisão misteriosa, qual o

conceito, o que a provoca; como evitá-la; como controlar o veículo

numa curva; como recuperar-se com segurança quando as rodas

direitas saírem da pista; o que fazer quando um pneu estoura; o

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perigo de dirigir com todas as janelas fechadas; substâncias que

interferem no modo de dirigir.

• Como evitar outros tipos comuns de colisão - 1h45 - Acidentes

com pedestres; acidentes com objetos fixos; distância de parada

em cruzamentos com estradas de ferro; colisões com ciclistas; a

perigosa manobra de marcha-ré; o que torna as rodovias de alta

velocidade mais fatais que as comuns com tempo ruim;

derrapagens; hidroplanagens e correntes aerodinâmicas.

b) Prevenção de incêndio:

• conceito de fogo;

• triângulo de fogo;

• fontes de ignição;

• classificação de incêndios;

• tipos de aparelhos extintores;

• agentes extintores;

• escolha, manuseio e aplicação dos agentes extintores.

c) Elementos básicos da legislação

• Cargas x produtos perigosos - 15 min.

• Conceitos, considerações e exemplos.

• Análise e interpretação da legislação - 45 min.

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• Produtos perigosos: acondicionamento e compatibilidade - 30 min.

• Acondicionamento: verificação da integridade do

acondicionamento (se há vazamentos ou contaminação externa).

Verificação dos instrumentos de tanques (manômetros, etc.).

Proibição do transporte de animais, produtos para uso humano ou

animal (alimentos, medicamentos e embalagens destinadas ao

mesmo fim), juntamente com produtos perigosos. Utilização do

veículo que transporta produtos perigosos para outros fins e

descontaminação.

d) Responsabilidade do condutor durante o transporte – 30 minutos.

• fatores de interrupção da viagem;

• participação do condutor no carregamento e descarregamento do

veículo; e

• trajes e equipamentos de proteção individual.

e) Documentação e simbologia – 1 hora.

• Apresentação de documentos fiscais e de trânsito;

• Apresentação de documentos e símbolos relativos aos produtos

transportados:

o certificados de capacitação;

o ficha de emergência;

o envelope para o transporte;

o marcação e rótulos nas embalagens;

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o rótulos de risco principal e subsidiário;

o painel de Segurança;

o sinalização em veículos.

f) Registrador gráfico ou similar (tacógrafo) – 30 minutos.

• Para que serve o tacógrafo. O que é. Como funciona. E a

importância do seu uso.

g) Das infrações e penalidades – 30 minutos

• Neste tópico serão abordados temas referentes a multas.

h) Movimentação de produtos perigosos

• Produtos perigosos - 2h - Qual a classificação dos produtos

perigosos. Qual a simbologia. Quais as reações químicas

(conceituações). Efeito de cada classe sobre o meio ambiente.

• Explosivos - 2h30 - Conceituação. Divisão da Classe.

Regulamentação específica do Ministério do Exército.

Comportamento preventivo do condutor. Procedimentos em casos de

emergência.

• Gases - 3h - Inflamáveis, não-inflamáveis e não-tóxicos; tóxicos:

Comprimidos; Liquefeitos; Mistura de gases; Refrigerados e em

solução. Comportamento preventivo do condutor; e os

procedimentos em casos de emergência.

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• Líquidos inflamáveis e produtos transportados a temperaturas

elevadas - 3h - Ponto de fulgor. Comportamento preventivo do

condutor e os procedimentos em casos de emergência.

• Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas a combustão espontânea;

substâncias que, em contato com a água, emitem gases inflamáveis

- 2h - Comportamento preventivo do condutor e procedimentos em

casos de emergência. Produtos que necessitam de controle de

temperatura.

• Substâncias oxidantes e peróxidos orgânicos - 1h30 -

Comportamento preventivo do condutor e procedimentos em casos

de emergência. Produtos que necessitam de controle de

temperatura.

• Substâncias tóxicas e substâncias infectantes - 30 min. -

Comportamento preventivo do condutor e procedimentos em casos

de emergência.

• Substâncias radioativas - 30 min. - Legislação específica

pertinente. Comportamento preventivo do condutor e procedimentos

em casos de emergência.

• Corrosivos - 30 min. - Comportamento preventivo do condutor e

procedimentos em casos de emergência.

• Substâncias perigosas diversas - 30 min. - Comportamento

preventivo do condutor e procedimentos em casos de emergência.

• Riscos múltiplos - 30 min. - Comportamento preventivo do condutor

e procedimentos em casos de emergência.

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• Resíduos - 30 min. - Legislação específica pertinente.

Comportamento preventivo do condutor e procedimentos em casos

de emergência.

i) Meio ambiente

• O cidadão e o meio ambiente -15 min

• legislação específica - 25 min

• conceito de poluição: causas e conseqüências - 25 min

• riscos para a saúde - 15 min

• a importância de uma operação - 15 min

• cuidados na substituição de fluídos - 15 min

• detecção de veículos poluidores - 10 min

j) Curso de treinamento complementar

Para revalidação do certificado do curso conforme dispositivo expresso

será distribuído com a carga horária mínima da seguinte forma:

• Direção Defensiva - 4 horas

• Prevenção de Incêndio - 2 horas

• Movimentação de Produtos Perigosos - 6 horas

• Atualização em Legislação - 4 horas

TOTAL 16 horas

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k) Exames finais e habilitação

Os conhecimentos de cada condutor serão aferidos mediante exames

finais compostos de uma prova escrita (múltipla escolha) e uma prático-oral:

• a prova escrita constará de vinte perguntas no mínimo bem

distribuídas entre as matérias constantes do currículo,

• a prova prático-oral será constituída por uma apresentação oral

abrangendo as diversas matérias do currículo, quando será

apreciado o conhecimento do condutor.

Para ser considerado aprovado, o condutor deverá acertar no mínimo

70% das questões de cada prova (escrita e prático-oral). Em caso de

reprovação em uma das provas poderá repetir no curso de treinamento

específico seguinte apenas o exame correspondente à prova na qual foi

reprovado, e, se reprovado novamente, deverá matricular-se para novo Curso

integral.

O condutor aprovado nos exames finais receberá o correspondente

Certificado, válido por um período de cinco anos, expedido pela instituição

executora do treinamento.

l) Renovação do certificado

O condutor que candidatar-se à renovação do Certificado terá seu

aproveitamento avaliado mediante uma prova escrita e uma prova prático-oral,

sendo considerado aprovado aquele que acertar no mínimo 70% das questões

de cada prova.

Se o condutor que não atingir o exigido no item anterior deverá submeter-

se ao Curso de Treinamento Complementar integral. Após submeter-se ao

Curso de Treinamento Complementar, o condutor será novamente avaliado

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mediante uma prova escrita e uma prova prático-oral, onde deverá acertar, no

mínimo, 70% das questões de cada prova para ter seu certificado renovado,

por cinco anos.

m) Dos auxiliares

Todo pessoal envolvido nas operações de carregamento,

descarregamento e transbordo de produto perigoso usará traje e equipamento

de proteção individual, conforme normas e instruções baixadas pelo Ministério

do Trabalho.

Durante o transporte o condutor do veículo usará o traje mínimo

obrigatório, ficando desobrigado do uso de equipamento de proteção

individual.

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CONCLUSÃO

Após constatar um grande desconhecimento sobre o transporte terrestre

de gases comprimidos fora do segmento rodoviário, esta pesquisa procurou

sinalizar os caminhos que devem ser percorridos para habilitação no transporte

desse tipo de carga e coibir as irregularidades praticadas como trafegar sem a

ficha de emergência, com o equipamento de proteção individual (EPI) e/ou o

conjunto de emergência incompleto. Irregularidades ainda como veículos sem

o certificado de capacitação para o transporte de produtos perigosos e com

irregularidades na identificação externa do tipo de produto perigoso que está

sendo transportado.

O apontamento das medidas preventivas visa a preservação da vida

humana e do meio ambiente uma vez que elucida os procedimentos

necessários para o translado seguro dos gases comprimidos.

É imprescindível que estejam devidamente identificados e qualificados

por meio de placas e códigos estabelecidos pela Agência Nacional de

Transporte Terrestre – ANTT e que esses códigos e símbolos sejam de fácil

assimilação para todo o condutor de transporte terrestre a fim de aumentar a

cautela ao deparar-se nas estradas e rodovias com esse tipo de carga.

As regras e punições mais rígidas estabelecidas no novo Código de

Trânsito Brasileiro configuram um fator importante na segurança do transporte

terrestre dos gases comprimidos uma vez que lida com a prevenção de

acidentes.

A fim de que esse transporte seja seguro não basta apenas confiar que a

legislação por si só conseguirá inibir abusos e conseqüentes acidentes. É

necessário investir em treinamento do pessoal encarregado pelo

armazenamento, manipulação e transporte do mesmo.

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Em especial, o motorista deve conhecer todos os riscos que envolvem o

transporte desse tipo de carga e os riscos presumíveis e, de preferência, agir

de forma preventiva, possuindo ainda competência para exercer a direção

defensiva. Deve estar apto a lidar com situações de emergência em caso de

vazamento de material. Para isso, a logística deve compreender desde a

identificação do produto perigoso, o seu manuseio, até o estabelecimento e a

prévia identificação das rotas a serem percorridas de maneira a não só

minimizar os riscos, mas efetivamente eliminá-los.

Procedimentos como identificação dos pontos falhos, bem como adoção

de medidas para o correto armazenamento, manuseio e transporte dos gases

comprimidos, conhecimento da legislação pertinente, identificação das

responsabilidades do condutor, do fabricante do produto, do expedidor, o

cumprimento de todas as normas técnicas vigentes de rótulo e sinalização,

configuram medidas suficientes para que o transporte terrestre de gases

comprimidos seja efetuado de maneira segura em todos os momentos e para

toda a população protegendo ainda o meio-ambiente de desastres e

contaminações.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

ANP- AGÊNCIA NACIONAL DE PETRÓLEO. Distribuição de Gás Natural

Comprimido (GNC) a Granel. Disponível em: http://www.anp.gov.br/. Acesso

em: 06 mai. 2010.

ANTT- AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE. Transporte

Terrestre de Produtos Perigosos. Disponível em:

http://www.antt.gov.br/faq/produtos_perigosos.asp. Acesso em: 02 jun. 2010.

CNT- CONFEDERAÇÃO NACIOANL DE TRANSPORTE. Pesquisas

Rodoviárias. Disponível em:

http://www.cnt.org.br/informacoes/pesquisas/rodoviaria/–. Acesso em: 02 jun.

2010.

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ. Pesquisa de Transporte Rodoviário

de Produtos Perigosos. Disponível em: http://www.pr.gov.br/. Acesso em: 06

mai. 2010.

INFORSINAL.Transporte materiais perigosos. Disponível em:

http://www.inforsinal.pt/index.php?view=produtos&option=listar&subcat=32 .

Acesso em: 07 jun. 2009.

LINO, P. M. Conceito de gases. Disponível em:

http://www.grupoescolar.com/materia/usos_domestico_-

gases_nitrogenio__oxigenio_e_argonio.html. Acesso em: 07 jun. 2009

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48

PAUL, G e BATISTA, H.G. A Situação das Rodovias no Brasil. O Globo, Rio

de Janeiro, 19 ago. 2009. p. 19-20.

PAUL, G e RODRIGUES, E. Dos trilhos para o asfalto. O Globo, Rio de

Janeiro, 19 ago. 2009. p. 19-20.

WEBER, D. Perigos nas Estradas. O Globo, Rio de Janeiro, 29 out. 2009. p. 3-4.

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49

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 6

METODOLOGIA 7

SUMÁRIO 8

INTRODUÇÃO 9

CAPÍTULOS

1. DEFINIÇÕES BÁSICAS 11 2. MOVIMENTAÇÃO DE GASES COMPRIMIDOS 16 3. IDENTIFICAÇÃO DE PRODUTOS, SINALIZAÇÃO 20 4. INCOMPATIBILIDADE DE TRANSPORTE 30 5. REGISTRO NACIONAL TRANSP. ROD. CARGAS 31 6. NORMAS TÉCNICAS 32 7. CONDUTOR DE PROD. PERIGOSOS – HABILITAÇÃO 34

CONCLUSÃO 45

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ÍNDICE 49

FOLHA DE AVALIAÇÃO 50

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50

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:

Título da Monografia:

Autor:

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: