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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A importância do líder ao influenciar pessoas na busca de
seus objetivos
Por: Daniele Rodrigues de Araújo
Orientador
Prof. Paulo José
Rio de Janeiro
2011
2
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
FACULDADE INTEGRADA AVM
A IMPORTÂNCIA DO LÍDER AO INFLUENCIAR PESSOAS NA
BUSCA DE SEUS OBJETIVOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em Gestão em
Recursos Humanos
Por: Daniele Rodrigues de Araújo
3
AGRADECIMENTOS
... A Deus primeiramente por ter me
ajudado até aqui, aos meus pais João
e Maria José, ao meu noivo Paulo pelo
incentivo por estar sempre me
apoiando...
4
DEDICATÓRIA
...Dedico este trabalho a toda minha
família, meu noivo Paulo, meus sobrinhos
queridos Lucas, Mariana e Larissa que
me trazem muita alegria...
5
RESUMO
O presente trabalho aborda a influência e a liderança, que é
fundamental para as organizações, pois o líder é responsável pela participação
efetiva de todas as pessoas da empresa motivando-as e inspirando-as a
trabalharem em conjunto, com uma visão e objetivo em comum; Uma visão
que exige um líder facilitador e integrador aos objetivos organizacionais, pois
em uma equipe há membros que se completam um ao outro, dessa forma a
liderança associa-se a estímulos e incentivos que promovam a motivação das
pessoas para o alcance dos objetivos comuns, e é importante que a liderança
seja qualificada para que tenha capacidade de influenciar o grupo em direção à
realização das metas.
Construir um ambiente organizacional pautado no fator da empresa
com o funcionário e o funcionário com a empresa é de extrema importância
para motivação, sendo que a atuação do líder influencia decididamente na
motivação dos funcionários, favorecendo a construção da auto estima dos
funcionários com respeito mútuo, os anseios dos clientes internos e externos,
uma tarefa e desafio do líder assumir efetivamente, em parceria com os seus
colaboradores, a função de proporcionar a empresa oportunidades de alcançar
suas metas.
Para isto, a liderança dever ser eficiente e eficaz, é cuidar da sua
equipe de trabalho, motivando-a, buscando sempre alcançar as metas, e
acima de tudo acreditando e favorecendo a realização pessoal, demonstrando
reconhecimento pelo valor profissional, oferecendo oportunidades de
promoção, dando responsabilidade à cada um, tornando agradável o próprio
trabalho e possibilitando o crescimento do indivíduo, as organizações podem
atingir maiores níveis motivacionais de seus empregados. A parceria entre
empresas e colaboradores é imprescindível com isso será um forte contributo
para o sucesso da organização.
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METODOLOGIA
O tipo de pesquisa desenvolvida foi bibliográfica tendo seu
embasamento a partir de livros dentre outras fontes literárias. A principal
vantagem da pesquisa bibliográfica de acordo com Gil (p.17,1996). ¨ É a de
possiblitar que o investigador obtenha dados muitos mais amplos que se ele
for pesquisar diretamente¨.
Este trabalho será baseado em autores como Cecilia Bergamini(1997),
Roberto Coda (1997) , Idalberto Chiavenato(1994), Paul Hersey (1986), entre
outros, que publicaram livros sobre este assunto e destacam a importância do
líder ao influenciar pessoas na busca de seus objetivos.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 08
CAPÍTULO I - Conceitos e Teorias sobre Liderança 09
CAPÍTULO II - A Influência da Motivação Humana 16
CAPÍTULO III - Condições para Motivar no Trabalho 27
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
Í
8
INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo esclarecer qual é a influência do líder
no alcance dos objetivos na organização bem como a motivação e o bem
estar da sua equipe de trabalho para que ocorra o comprometimento e
colaboração de toda equipe visando o sucesso da organização.Um líder é
muito mais que um superior hierárquico. É alguém que possui sabedoria,
conhecimentos e técnicas para desenvolver pessoas, criando à sua volta um
ambiente no qual a comunicação, a coesão, a criatividade e o trabalho em
equipe estão sempre presentes. Liderar é persuadir e pedir o
comprometimento dos seus seguidores através de seu próprio exemplo. É
motivá-los a desempenhar suas atividades corretamente, comprometendo-se
com os resultados. Não só por meio de disciplina e responsabilidade como
também pelo entusiasmo.
Foram realizadas muitas leituras interpretativas de diferentes obras,
leituras, estas fundamentais para embasar uma pesquisa bibliográfica. Os
resultados apontaram que uma pessoa altamente motivada trabalhará com
afinco para atingir metas de desempenho. Com habilidade e entendimento
adequados na sua função essa pessoa será altamente produtiva,levando em
conta a motivação para as pessoas e organizações, uma vez que tal processo
configura-se como transformador de qualquer ambiente organizacional.
A pesquisa se divide em três capítulos, no primeiro capítulo
trataremos conceito e princípios da liderança, no segundo capítulo A influência
na motivação humana e no terceiro capítulo: Condições para motivar no
trabalho.
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CAPÍTULO I:
LIDERANÇA
O CONCEITO E TEORIAS
Segundo o dicionário Aurélio (1999), define-se como espírito de
chefia, forma de dominação com prestígio pessoal,indivíduo que comanda ou
orienta, em qualquer tipo de ação, empresa ou linha de idéias:guia, chefe ou
condutor que representa um grupo, uma corrente, uma opinião.Segundo
Bergamini (1997) Trata-se de um processo de influenciação exercido de forma
intencional.
Liderança é um termo carregado de conotações enviesadas que
evoca a idéia de comando ou controle de um indivíduo sobre os seus
seguidores, tendo como base um conjunto de traços pessoais. Se o poder é
visto como algo negativo, a liderança tende a ser considerada como uma
qualidade. Essa colocação tem sido um dos fatores que impedira, através dos
tempos, uma análise neutra e sistemática desse fenômeno que surge toda vez
que pessoas se reúnem em grupo, seja esse formal ou informal.
A questão da liderança atraiu principalmente a atenção dos
estudiosos da psicologia e da administração no afã de se compreender a
emergência e estabelecer a sua eficácia nas organizações produtoras de bens
ou serviços. Apesar do acúmulo de estudos nessa área, cujo número tem-se
multiplicado nos últimos oitenta anos, os resultados têm sido pouco
conclusivos. O conceito de liderança tem um status ambíguo na prática
organizacional, da mesma forma como na teoria. As primeiras investigações
sistemáticas sobre a liderança centraram-se na procura de um conjunto de
traços universais que distinguiram o líder dos seus seguidores. Essas
características procuradas variavam desde fatores físicos e constitucionais até
habilidades, traços de personalidade, história de vida etc. Os resultados dessa
linha de investigação acabaram por redirecionar o foco para análise da
interação mais como uma forma de relacionamento e com a definição de
categorias ou fatores que captassem as características do líder eficaz e
permitisse encontrar fórmulas ou prescrições universais para a liderança ideal.
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Para Chiavenato (1997), A liderança é necessária em todos os tipos de
organização humana, seja nas empresas, seja em cada um de seus
departamentos.Ela é essencial em todas as funções da Gestão: o gestor
precisa conhecer a natureza humana e saber cnsuzir as pessoas, isto é,
liderar.Para os humanistas, a liderança pode ser visualizada sob diversos
ângulos a saber: 1) Liderança como um fênomeno de influência interpessoal.
Liderança é a influência interpessoal exercida em um situação e dirigida por
meio do processo da comunicação humana para a consecuçãode um ou mais
objetivos específicos. A liderança ocorrre como um fênomeno social Ela é
decorrente do relacionamento entre as pessoas em uma determinada estrutura
social. Nada tem a ver com os traços pessoais da personalidade do líder. A
influência significa uma força psicológica, uma transação interpessoal na qual
uma pessoa age de modo a modificar o comportamento de outra de modo
intencional. A influência envolve conceitos como poder e autoridade,
abrangendo maneiras pelas quais se provocam mudanças no comportamento
de pessoas ou de grupos sociais. O controle representa as tentativas de
influência bem-sucedidas, isto é, produzem as consequências desejadas pelo
agente influenciador. O poder significa um potencial de influência de uma
pessoa sobre outras: é a capacidade de exercer influência, emobra isso não
signifique que essa influência seja realmente exercida. O poder é um potencial
influencial que pode ou não ser realizado. A autoridade (o conceito mais
restrito desses todos) é o poder legítimo, isto é, o poder que tem uma pessoa
em virtude do seu papel ou posição em uma estrutura organizacional. È,
portanto, o poder legal e socialmente aceito. 2) Liderança como um processo
de redução da incerteza de um grupo. O grau em que um indivíduo demonstra
qualidade de liderança depende não somente de suas próprias características
pessoais, mas também das características da situação na qual se encontra.
Liderança é um processo contínuo de escolha que permite que a empresa
caminhe em direção a sua meta, apesar de todas as pertubações internas e
externas. O grupo tende a escolher como líder a pessoa que pode lhe dar
maior assistência e orientação (que defina ou ajude o grupo a escolher rumose
as melhores soluçãoe para seus problemas)para que alcance seus objetivos. A
liderança é uma questão de redução de incertezas do grupo e o
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comportamento pelo qual se consegue essa redução é a escolha, isto é, a
tomada de decisões adequadas.3) Liderança como uma relação funcional
entre líder e subordinados. Liderança é uma função das necessidades
existentes em uma determinada situação e consisite em uma relação entre um
indivíduo e um grupo. A relação entre líder e subordinado repousa em três
generalizações:
A) Vida para cada pessoa pode ser vista como uma contínua luta para
satisfazer necessidades, aliviar tensões e manter equilíbrio.
B) A maior parte das necessidades individuais, em nossa cultura, é satisfeita
por meio de relações com outras pessoas e grupos sociais.
C)Para pessoa, o processo de se relacionar com outras pessoas é um
processo ativo- e não passivo- de satisfazer necessidades.
A pessoas não espera que a relação capaz de lhe proporcionar os meios de
satisfazer uma necessidade ocorra naturalmente, mas eka própria procura nos
relcionamentos já existente com o propósito de satisfazer suas necessidades
pessoais. Há uma relação funcional em que o líder é percebido pelo gurpo
como possuidor ou controlador dos meios para a satisfação de suas
necessidades. Assim, seguí-lo pode constituir para o grupo um meio para
aumentar a satisfação de suas necessidades ou de evitar suas diminuição. O
líder surge como um meio para a consecução dos objetivos desejadas por um
grupo. Assim, o líder é um estrategista que sabe indicar os rumos para as
pessoas.
4) Liderança como um processo em função do líder, dos seguidores e de
variáveis da situação. Liderança é o processo de exercer influência sobre
pessoas ou grupos nos esforços para realização de objetivos em uma
determinada situação . A liderança depende de variáveis no líder(l), nos
subordinados (s) e na situação (v). Ela pode ser definida pela equação:L=F
(L,S,V).A liderança existe em em função das necessidades existentes em
determinada situação, ou seja, da conjugação das características pessoais do
líder, dos subordinados e da situação que os envolve. Trata-se de uma
abordagem situacional. O líder é a pessoa que sabe conjugar e ajustar todas
essas características. Assim, não um tipo único e exclusivo para cada situação.
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De acordo com Bergamini (1997) A liderança constitui um dos temas
mais pesquisados e estudados nas últimas décadas. As teorias sobre a
liderança que foram apresentadas por autores humanistas podem ser
classificadas em 3 grupos:
A)Teoria de traços de personalidade: São as teorias mais antigas a
respeito da liderança. Um traço da personalidade é uma qualidade ou
características distintiva da personalidade. Segundo essas teorias, o líder é
aquele que possui alguns traços específicos de personalidade que o
distinguem das demais pessoas. O Líder apresenta características marcantes
da personalidade por meio das quais pode influenciar o comoportamento das
demais pessoas. Essas teorias são para explicar que o progresso de mundo foi
produto das realizações pessoais de alguns homens que dominam a história
da humanidade. Cada autor especifica alguns traços carcterísticos da
personalidade que definem o líder como:
Traços físicos:como energia, aprência pessoal, estatura e peso
Traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e
auto confiança
Traços sociais:Cooperação,habilidades interpessoais e habilidade
administrativa.
Traços relacionados com a tarefa:I mpulso de realização,
persistência e iniciativa.
Em resumo, o líder deve inspirar confiança, ser inteligente,
perceptivo e decisivo para ter condições de liderar com sucesso. Na verdade,
as teorias de traços são criticadas pela seguintes razões:
Não ponderam a importância relativa de cada uma das varias
características e traços da personalidade que realçam os aspectos da
liderança:nem todos os traços são igualmente importantes na definição de um
líder, pois alguns deveriam ter maior realce que os outros.
As teorias de traços ignoram a influência e a reação dos
subordinados. A pergunta que paira no ar é: um indivíduo pode ser líder para
todo e qualquer tipo de subordinado ou de grupo social?
Essas teorias não fazem distinção entre os traços válidos quanto ao
alcance de diferentes tipos de objetivos a serem alcançados. Em certas
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missões, alguns traços de personalidade são mais importantes do que os
outros: uma missão militar de guerra exige certos traços de um líder, enquanto
uma missão religiosa ou filantropica exige outros diferentes.
As teorias dos traços ignoram a situação em que a liderança se
efetiva. Nas organizações existem diferentes situações que exigem
características diferentes de outros líderes. Uma situação de emergência exige
um tipo de comportamento do líder, enquanto uma situação de estabilidade e
calma exige outras carcterísticas diferentes.
Bergamini(1997),Dentro dessa abordagem simplista, uma pessoa
dotada de traços de liderança é sempre líder durante todo o tempo em toda e
qualquer situação,, o que não ocorre na realidade. Um indivíduo pode ser o
líder inconteste na seção onde trabalha e o último a dar palpites em seu lar.
b) Teorias sober estilos de liderança:São teorias que estudam a
liderança em termos de estilo de comportamento do líder aos seus
subordinados. Enquanto a abordagem do traços se refere àquilo que o líder
faz, isto é, o seu estilo de comportamento para liderar.
A teoria mais conhecida refere-se a tres estilos de liderança:
autoritária, liberal e democrática.As carcterísticas de estilo de liderança são:
1-Liderança autocrática: O líder centraliza as decisões e impõe
ordens ao grupo, O comportamento dos grupos mostrou forte tensão,
frustração e agressividade, de um lado e, de outro, nenhuma espontaneidade,
nem iniciativa, nem formação de grupos de amizade. Embora aparentemente
gostassem das tarefas, não demonstram satisfação em relação a situação. O
trabalho somente se desenvolvia com a presença física do líder. Quando ele
se ausentava, as atividades paravam e os grupos expandiam seus sentimentos
reprimidos,chegando a explosões de indisciplina e agressividade.
2-Liderança liberal: O líder delega totalmente as decisõesao grupo e
deixa-o completamenteà vontade e sem controle algum.Embora a atividade
dos grupos fosse intensa, a produção foi medíocre. As tarefas se
desenvolviam ao acaso, com muitas oscilações, perdendo-se tempo com
discussões por motivos pessoais e não relacionados com o trabalho. Notou-se
forte individualismo agressivo e pouco respeito ao líder.
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3-Liderança democrática:O líder conduz e orienta o grupos
encentiva a participação democrática das pessoas. Houve uma formação de
gupos de amizade e relacionamentos cordiais. O trabalho mostrou um ritmo
suave e seguro, sem alterações, mesmo quando o líder se ausentava. Houve
um nítido sentido de responsabilidade e comprometimento pessoal além de
uma impressionante integração grupal dentro de um clima de satisfação.
Os grupos submetidos à liderança autocrática apresentam maior
quantidade de trabalho poduzido. Sob a liderança liberal não se saíram bem
quanto à quantidade e qualidade. Com a liderança democrática, os grupos
apresentaram um nível quantitativo de produção.Sob a liderança liberal não se
saíam bem quanto à quantidade e qualidade. Com a liderança democrática, os
grupos apresentaram um nível quantitativo de produção equivalente à
liderança autocrática, com uma qualidade de trabalho surpreendentemente
superior.
Na prática, o líder utiliza os 3 processos de liderança, de acordo
com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada. O líder tanto
manda cumprir ordens, como consulta os subordinados antes de tomar
decisão, como sugere a maneira de realizar certas tarefas:ele utiliza a
liderança autocrática, democrática e liberal. O desafio da liderança é saber
quando aplicar qual estilo, com quem e em que circunstâncias e atividades.
C) Teorias situacionais da liderança: Enquanto as teorias sobre
traços da personalidade são simplistas e limitadas, as teorias sobre estilos de
liderança consideram apenas certas variávies da situação. As teorias
situacionais explicam a liderança dentro de um contexto mais amplo e partem
do princípio de que não existem um único estilo de liderança válido para toda e
qualquer situação. A recíproca é verdadeira: cada situação requer um tipo de
liderança, para alcançar eficácia dos sibordinados. As teorias situacionais são
mais atrativas ao admnistrador , pois aumentam as opções e possibilidades de
mudar o modelo de liderança e adequá-lo a situação. O líder deve ajustar a um
grupo de pessoas sob condições variadas. A localização de um líder depende
da posição estratégica que ele ocupa dentro de uma cadeia de comunicações
e não apenas de suas características de personalidade. A abordagem
situacional de liderança passou a ganhar predominâcia na teoria admnistrativa.
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O comportamento de liderança localizado no lado extremo esquerdo
denota o admnistrador que mantém alto grau de controle sobre os
subordinados, enquanto o comportamento localizado no lado extremo direito
denota o admnistrador que permite ampla liberdade de ação para os
subordinados. Nenhum dos extremos é absoluto, pois a autoridade e liberdade
são ilimitadas. Para escolher o padrão de liderançaa adotar em relação aos
subordinados, o admnistrador deve considerar e avaliar 3 forças:
Da abordagem situacional, pode-se inferir as seguintes proposições:
A – Quando as tarefas são rotineiras e repetitivas, a liderança é
limitada e sujeita a controles pelo chefe, que passa a adotar um padrão de
liderança próximo ao extremo esquerdo do gráfico.
B- Um líder pode assumir diferentes padrões de liderança para cada
um de seus subordinados, de acordo com as forças anteriores.
C-Para um mesmo subordinado, o lider também pode assumir
diferentes padrões de liderança, conforme a situação envolvida. Em situações
e, que o subordinado apresenta alto nível de eficiência, o líder pode dar-lhe
maior liberdade nas decisões, mas se o subordinado apresenta erros seguidos
e imperdoáveis, o líder pode impor-lhe maior autoridade pessoal e menor
liberdade de trabalho.
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CAPÍTULO II
A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO HUMANA
Este capítulo abordará a atuação do líder na motivação humana,
Segundo Bergamini (1997), a motivação procura explicar porque as pessoas
se comportam. Segundo a qual o comportamento do homem é motivado
exclusivamente pela busca do dinheiro e pelas recompensas salariais e
materiais de trabalho.
Quem é responsável pela motivação das pessoas dentro de um
ambiente organizacional? Deve ser a própria pessoa que deve se auto-
,abastecer de motivação pessoal ou a motivação é uma função gerencial?
Chiavenato (1997) sugere a segunda colocação. Argumenta que a
motivação está contida dentro das próprias pessoas e pode ser amplamente
influenciada por fontes externas ao indivíduo ou pelo seu próprio trabalho na
empresa.
O gerente deve saber como extrair do ambiente de trabalho as
condições externas para elevar a satisfação profissional. Segundo Stephen P.
Robbins, fica evidente a função do gerente de motivar o empregado. Isto fica
evidenciado na colocação em que os empregados tem necessidades
diferentes, e, portanto, não devem ser tratados da mesma forma.Devem ser
estabelecidas metas e dados os respectivos feedback sobre seu progresso. Os
empregados devem participar de decisões que os afetem, com o objetivo de
motivá-los a aumentar a produtividade, o compromisso de trabalhar metas, a
motivação e a satisfação do empregado no trabalho.
É importante também vincular recompensas a desempenho, pois se
os indivíduos perceberem essa relação os resultados serão: baixo
desenpenho, diminuição na satisfação no trabalho e aumento nas estatísticas
de rotatividade e absenteísmo.
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O terreno da motivação é ainda muito nebuloso. Apesar da enorme
quantidade de pesquisas sobre a motivação não existe ainda conclusões
cientificamente corretas sobre o assunto. As empresas querem funcionários
motivados, mas não sabem como motivá-los.
Segundo Chiavenato (1997), ainda não se sabe distinguir entre o
que é causa e o que é efeito no comportamento motivado. E também não se
descobriu se o comportamento é causado por fatores intrínsecos ou
extrínsecos ao indivíduo ou ao grupo. As diferenças entre as pessoas
dificultam enormemente a definição de parâmetros universais que as empresas
possam utilizar para motivar as pessoas em igualdade de condições. Há
sempre um componente subjetivo na motivação que provoca uma enorme
complicação. A motivação funciona como um dinamizador, um impulsionador
do comportamento humano.
Muitos gerentes rotulam como preguiçosos empregados que
parecem não ter motivação. Segundo Stephen P. Robbins (1998) isto não é
verdade. “A motivação é o,resultado da interação entre o indivíduo e a
situação.” (Robbins, 1998:109-121) Conclui que para formar o conceito de
motivação, devemos ter em mente que o nível de motivação varia tanto entre
indivíduos quanto para indivíduos em tempos diferentes. Assim, motivação é
definida como a vontade de empregar altos níveis de esforço em direção a
metas organizacionais, condicionada pela capacidade do esforço de satisfazer
alguma necessidade do indivíduo.
A motivação existe dentro das pessoas e se dinamiza através das
necessidades humanas. Todas as pessoas têm suas necessidades próprias,
que podem ser chamadas de desejos, aspirações, objetivos individuais ou
motivos. Certas necessidades são basicamente semelhantes quanto à maneira
pela qual fazem as pessoas organizarem seu comportamento para obter
satisfação.
Segundo Chiavenato (1994) O estudo da motivação do
comportamento supõe o conhecimento das necessidades humanas. A teoria
das relações humanas constatou a existência das necessidades humanas
18
básicas. O comportamento humano é determinado por causa que às vezes,
ao próprio entendimento e controle da pessoa. Essas causas são
necessidades ou motivos: forças conscientes ou inconscientes que levam a
pessoa a determinado comportamento. A motivação se refere ao
comportamento que é causado por necessidades dentro do indivíduo e que é
dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades.
O homem é considerado um animal dotado de necessidades que se
alternam ou se sucedem conjunta ou isoladamente. Satisfeita uma
necessidade, surge outra em seu lugar e, assim por diante, contínua e
infinitamente. As necessidades motivam o comportamento das pessoas dando-
lhe direção e conteúdo. Ao longo de sua vida, o homem evolui por 3 níveis ou
estágios de motivação: na medida em que cresce e amadurece, vai
ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de
níveis mais elevados. As diferenças individuais influem na duração, na
intensidade e na possível fixação em cada um desses estágios. Os três níveis
ou estágios de motivação correspondem à necessidades fisiológicas,
psicológicas e de auto-realização.
(2-1): Necessidades humanas básicas:
A) As Necessidades fisiológicas: São as necessidades primárias,
vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São
inatas e instintivas. Situadas no nível mais baixo, as necessidades fisiológicas
são também comuns aos animais. Exigem satisfação periódica e cíclica. As
principais necessidades fisiológicas são as de alimentação, sono, atividade
física, satisfação sexual, abrigo e proteção contra os elementos e de
segurança física contra os perigos. Se um indivíduo tem fome, procura
alimentos, porém, quando come regularmente, a fome deixa de ser uma
motivação importante. As necessidades fisiológicas podem ser satisfeitas por
antecipação, sem mesmo atuarem sobre o comportamento humano.
B) Necessidades psicológicas: São necessidades secundárias e
exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e
representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades.
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Raramente são satisfeitas em sua plenitude. A pessoa procura indefinidamente
maiores satisfações dessas necessidades, que vão se desenvolvendo
gradativamente. As principais necessidades psicológicas:
1- Necessidades de segurança íntima. É a necessidade que leva o
indivíduo à autodefesa, procura de proteção contra o perigo, ameaça ou
privação. Conduz a uma busca incessante de ajustamento e tranqüilidade
pessoal em direção a uma situação segura para o indivíduo.
2-Necessidade de participação. È a necessidade de fazer parte, de
ter contato humano, de participar conjuntamente com outras pessoas de algum
evento ou empreendimento. A necessidade de participação, a aprovação
social, o reconhecimento do grupo, o calor humano, a vontade de fazer parte
de um grupo são necessidades que levam o homem a viver em grupo e
socializar-se. Dentro do grupo social existem simpatia (que leva à coesão e a
antipatia que leva a dispersão social), dependendo da maneira como essa
necessidade é satisfeita ou não.
3-Necessidade de autoconfiança. É decorrente da auto-avaliação e
auto-apreciação de cada indivíduo. Refere-se à maneira pela qual cada
pessoa se vê e avalia, ao auto respeito e à consideração que tem consigo
mesma.
4-Necessidade de afeição: É a necessidade de dar e receber afeto,
amor e carinho.
C) Necessidade de auto-realização: São as necessidades mais
elevadas e decorrem da educação e cultura da pessoa. São raramente
satisfeitas em sua plenitude, pois o ser humano procura maiores satisfações e
estabelece metas crescentemente sofisticadas. A necessidade de auto-
realização é o corolário de todas as necessidades humanas. É o impulso de
realizar o próprio potencial e de estar em contínuo auto-desenvolvimento.
(2-2): O Significado da Motivação no Trabalho
20
O mundo da administração vem passando por mudanças
constantes nos últimos tempos e, hoje, sabe-se muito mais a respeito de como
gerir eficazmente, organizações complexas. Neste contexto, concebe-se a
motivação como parte integrante desse processo; é uma condição fundamental
e indispensável para o alcance dos objetivos do trabalho e das organizações.
Sendo assim, há muitos anos, um grande número de pesquisadores e
estudiosos vem salientando a importância de reconhecer esse fenômeno.
Faz-se necessário ressaltar que os novos desenvolvimentos em de
reconhecer esse fenômeno. Faz-se necessário ressaltar que os novos
desenvolvimentos em administração e planejamento das organizações têm-se
mostrado relevantes para a motivação e para a eficácia das organizações.
Muito mais se aprendeu nos campos da administração e da organização do
que em termos da compreensão básica sobre o tema motivação. Este fato não
surpreende, uma vez que a motivação tem sido estudada durante décadas e o
comportamento humano nas organizações não tem apresentado muitas
modificações. Lawler (1993) considera a motivação como um fator crítico em
qualquer planejamento organizacional; por isso deve-se, observar quais
arranjos organizacionais e práticas gerenciais fazem sentido a fim de evitar o
impacto que terão sobre o comportamento individual e organizacional. Para
ele, é preciso compreender a teoria motivacional para se pensar analiticamente
sobre todos os comportamentos nas organizações.
Nesse contexto, é imprescindível deixar claro que a tarefa da
administração não é a de motivar as pessoas que trabalham numa
organização. Até porque isto é Até porque isto é impossível, levando-se em
consideração que a motivação é um processo intrínseco; íntimo para cada
pessoa. No entanto, a organização pode e deve criar um ambiente motivador,
onde as pessoas devem buscar satisfazer suas necessidades próprias. A
verdade é que o mito da motivação vem perseguindo o administrador.
Nesse sentido, Archer (in Bergamini e Coda,1989, p. 24) destaca
cinco interpretações errôneas:
1-A crença de que uma pessoa possa literalmente motivar outra;
21
2-A crença de que a pessoa é motivada como resultado da
satisfação;
3-A crença de que aquilo que motiva o comportamento seja
também aquilo que determina sua direção, tanto positiva como
negativamente;
4-A crença de que a motivação seja o catalisador que induz a
comportamentos positivos:
5-A crença de que fatores de motivação e fatores de satisfação
sejam a mesma coisa.
Conforme o mesmo autor, o mito da motivação se propagou
rapidamente devido à confusão entre necessidade e fator de satisfação. Esta
tendência incorreta de perceber o assunto tem levado a falsas conclusões em
relação à motivação e ao comportamento humano. Desse modo, quando
fatores de satisfação, tais como alimento, água, reconhecimento, entre outros,
são vistos como necessidades, torna-se bem mais fácil admitir que as
necessidades têm origem no meio ambiente. Se estes fatores de satisfação
forem erroneamente identificados como motivadores, então também será fácil
acreditar que os motivadores podem ter sua origem no ambiente. A
conseqüência natural dessas crenças é, então, o falso pressuposto de que
uma pessoa pode motivar a outra. Segundo Archer (1989, p. 25), [...] “a
motivação, portanto, nasce somente das necessidades humanas e não
daquelas coisas que satisfazem estas necessidades. ”Levando em
consideração a afirmação anterior, justifica-se, então, que uma pessoa não
pode motivar outra¨. O que é possível, ao invés de motivar, é satisfazer ou
contra-satisfazer as necessidades daquela. Pode-se, assim, oferecer fatores
de satisfação às pessoas, mas isto é satisfação e não motivação.
Bergamini (1997b) ressalta que quando se assume a possibilidade
de motivar as pessoas, está-se confundindo motivação com condicionamento.
Uma vez que se aborda condicionamento, está-se sabendo que, quando as
forças condicionantes desaparecerem, sejam elas reforçadores positivos ou
negativos, essas pessoas param, precisando de novos estímulos para que
voltem a movimentar-se em qualquer direção.
22
Nesse sentido, podemos acrescentar ainda, que muitos enfoques
teóricos ressaltam que não se pode motivar as pessoas, uma vez que a fonte
de energia que move o comportamento motivacional vem do interior delas,
sendo inerente às suas características de personalidade. Da mesma maneira
que pesquisas foram feitas a fim de se compreender a possibilidade de se
condicionar o comportamento dos seres vivos, muito se tem trabalhado
cientificamente para se provar o contrário move o comportamento motivacional
vem do interior delas, sendo inerente às suas características de personalidade.
Da mesma maneira que pesquisas foram feitas a fim de se compreender a
possibilidade de se condicionar o comportamento dos seres vivos, muito se
tem trabalhado cientificamente para se provar o contrário.
É indiscutível então, que ninguém consegue motivar alguém, uma
vez que a motivação nasce no interior de cada um. No entanto, é possível, de
acordo com Bergamini (1997b), manter pessoas motivadas quando se conhece
suas necessidades e se lhes oferece fatores de satisfação para tais
necessidades. O desconhecimento desse aspecto poderá levar à
desmotivação das pessoas. Portanto, a grande preocupação da administração
não deve ser em adotar estratégias que motivem as pessoas, mas acima de
tudo, oferecer um ambiente de trabalho no qual a pessoa mantenha o seu
tônus motivacional.
Observamos que recentemente a preocupação em relação ao
fenômeno da motivação tem mudado de sentido. Passamos a entender que
cada pessoa já trás dentro de si suas próprias motivações. Aquilo que mais
interessa, então, é encontrar e adotar recursos organizacionais capazes de
não sufocar as forças motivacionais inerentes às próprias pessoas. O
importante é agir de tal forma que as pessoas não percam a sua sinergia
motivacional. Descobrimos, finalmente, que o ser humano não se submete
passivamente ao desempenho de atividades que lhe sejam impostas e que
não tenham para ele nenhum significado.
De acordo com Bergamini (1997ª) a motivação cobre grande
variedade de formas comportamentais. A diversidade de interesses percebida
entre os indivíduos permite aceitar que as pessoas não fazem as mesmas
23
coisas pelas mesmas razões. É dentro dessa diversidade que se encontra a
principal fonte de informações a respeito do comportamento motivacional.
Nesse contexto, ao falarmos em motivação humana, parece
inapropriado que uma simples regra geral seja considerada como recurso
suficiente do qual se lança mão quando o objetivo é a busca de uma
explicação mais abrangente e precisa sobre as possíveis razões que levam as
pessoas a agir. Para Bergamini (1997ª), existem muitas razões que explicam
uma simples ação: grande parte desses determinantes reside no interior das
pessoas, tornando o estudo da motivação bem mais complexo, ao contrário
daquilo que freqüentemente se conclui, tomando-se por base explicações
leigas geralmente adotadas no dia-a-dia da convivência humana.
Segundo Bergamini (1997ª), uma vez que cada pessoa possui
certos objetivos motivacionais, o sentido que elas dão a cada atributo que lhes
dá satisfação é próprio apenas de cada uma. Isto é, o significado de suas
ações tem estreita ligação com a sua escala pessoal de valores. Esse
referencial particular é que realmente dá sentido à maneira pela qual cada um
leva a sua existência de ser motivado. Em outras palavras, as atitudes e os
comportamentos de cada pessoa dependem de seus valores, os quais variam
de pessoa para pessoa (Sá e Lemoine, 1999). Nesse sentido, variam também
as necessidades de cada um. Uma outra característica da pessoa motivada
que deve ser ressaltada é que ela espera que reconheçam sua capacidade de
desenvolver a motivação. O desejo de trabalhar em tal direção é um tipo de
necessidade de ordem afetiva que continuamente está relacionada com os
valores que as pessoas guardam no seu interior para colimarem o destino que
desejam.
É importante destacar, ainda, a questão do sentido que as pessoas
dão ao seu trabalho, uma vez que se torna difícil experimentar qualquer tipo de
satisfação motivacional quando se está ligado a um trabalho que não tem ou
não faz o menor sentido para elas. Sabemos que esta atividade representa o
referencial que reata o homem à realidade e fornece os indícios necessários
de que precisa para conhecer as expectativas, as idéias e as visões pessoais
que fazem sentido para cada um. Isso ajuda a disciplinar talentos, bem como
facilita redirecionar aqueles impulsos que já fazem parte das características de
24
cada um. Assim, há condições de delinear o conceito de motivação como
aquilo que liga o desejo natural das pessoas de se engajarem em atividades de
trabalho, mas agora o fazem pelo prazer que elas proporcionam, visando a
satisfação interior que podem oferecer.
Verificamos assim, que para manter as pessoas motivadas é
necessário ter muita sensibilidade para detectar suas diferentes necessidades,
bem como levarem consideração a variabilidade entre os estados de carência
que podem ocorre internamente a um mesmo sujeito. Lévy-Leboyer (apud
BERGAMINI, 1997b, p. 89), na sua obra A Crise das Motivações, propõe
claramente que: A motivação não é nem uma qualidade individual, nem uma
característica do trabalho. Não existem indivíduos que estejam sempre
motivados nem tarefas igualmente motivadoras para todos. Na realidade, a
motivação é bem mais do que um composto estático. Trata-se de um processo
que é ao mesmo tempo função dos indivíduos e da atividade que
desenvolvem. É por isso que a força, a direção e a própria existência da
motivação estarão estreitamente ligadas à maneira pessoal que cada um
percebe,compreende e avalia sua própria situação no trabalho, e certamente
não à percepção daqueles que estão fora dela como os tecnocratas, os
administradores e os psicólogos. Segundo o autor anteriormente citado, a
motivação então concebida como um processo intrínseco às pessoas,
prescinde de relações interpessoais, mais próximas, onde se procurem
conhecer mais os valores e as necessidades dos subordinados, ao contrário
do que se pensava anteriormente, chefes que conheçam todos os serviços que
os seus subordinados devem realizar. Eis a grande mudança e o principal
desafio para as organizações no novo século.
(2-3) Ciclo motivacional:
A partir da teoria das relações humanas, todo o acervo de teorias
psicológicas a respeito da motivação humana passou a ser aplicado dentro
das organizações. O comportamento humano é motivado. A motivação é a
tensão persistente que leva o indivíduo a alguma forma de comportamento
visando a satisfação de suas necessidades. Daí o conceito de ciclo
motivacional: o organismo humano permanece em estado de equilíbrio
psicológico, até que um estímulo o rompa e crie uma necessidade. Essa
25
necessidade provoca um estado de tensão em substituição ao estado de
equilíbrio anterior. A tensão conduz a um comportamento ou ação para
alcançar a satisfação das necessidades. Quando a necessidade é satisfeita, o
organismo retorna seu estado, de equilíbrio inicial até que outro estímulo
sobrevenha. Toda satisfação representa uma liberação tensão ou carga
tensional.
(2-4) Frustração e compensação:
A satisfação das necessidades nem sempre é plenamente
alcançada. Pode existir uma barreira ou obstáculo que impeça a satisfação da
necessidade. Toda vez que a satisfação é bloqueada por uma barreira, ocorre
frustração. A frustração impede que a tensão existente seja liberada e mantém
o estado de desequilíbrio e tensão.
Além da satisfação ou frustração da necessidade, o ciclo
motivacional pode ter uma terceira solução: a compensação da transferência.
A compensação ocorre quando o indivíduo tenta satisfazer uma necessidade
impossível de ser satisfeita,, através da satisfação de uma outra necessidade
complementar ou substitutiva. Assim, a satisfação de outra necessidade aplaca
a necessidade mais importante e reduz ou evita a frustração. Dessa forma, as
necessidades humanas podem ser satisfeitas, frustradas ou compensadas.
Toda necessidade não-satisfeita é motivadora de comportamento. Quando
uma necessidade não é satisfeita dentro de um tempo razoável, ela passa a
ser um motivo frustrado. A frustração pode conduzir a reações
comportamentais, como:
A- Desorganização do Comportamento: A conduta da pessoa
frustrada pode se tornar repentinamente ilógica e sem explicação
aparente.
B- Agressividade: A pessoa frustrada pode tornar-se
agressiva. A liberação da tensão acumulada pode ocorrer por meio de
agressividade física, verbal, simbólica, etc.
C- Reações emocionais: A tensão retida pela não-satisfação
da necessidade pode provocar formas de reação, como ansiedade,
aflição, estados de intenso nervosismo, insônia, distúrbios circulatórios,
digestivos, etc.
26
D- Alienação e apatia: O desagrado pela não satisfação das
necessidade pode ocasionar reações de alienação, apatia e
desinteresse pelo alcance dos objetivos frustrados como mecanismo
inconsciente de defesa do ego. Daí a importância de evitar a frustração
no comportamento das pessoas.
(2-5): Moral e clima organizacional:
Para os autores humanistas, a motivação é o impulso de exercer
esforço para o alcance de objetivos organizacionais desde que também tenha
condição de satisfazer a alguma necessidade individual. Daí decorre o conceito
de moral. A literatura sobe o moral dos empregados teve início com a teoria
das Relações Humanas. O moral é um conceito abstrato, intangível, porém
perfeitamente perceptível. Na verdade é decorrência, do estado motivacional
das pessoas provocado pela situação ou não das suas necessidades
individuais. Na medida em que as necessidades das pessoas são satisfeitas
pela organização, ocorre abaixamento do moral. Via de regra, o moral é
elevado porque as necessidades individuais encontram meios e condições de
satisfação. O moral é baixo porque elas se encontram barreiras que impedem
sua satisfação e provocam a frustração.
Do conceito do moral decorre o conceito de clima organizacional. O
clima representa o ambiente psicológico e social que existe em uma
organização e que condiciona o comportamento dos seus membros. O moral
elevado conduz a um clima receptivo, amigável, quente e agradável, enquanto
o moral baixo quase sempre provoca um clima negativo, adverso e frio.
27
CAPÍTULO III
CONDIÇÕES PARA MOTIVAR NO TRABALHO
Diante da globalização, mudança intensa, clientes cada vez mais
exigentes, busca intensa pela qualidade e produtividade, grande volume de
informações, inovações tecnológicas e competitividade acirrada terão mais
chances de sobreviver aquelas organizações que forem capazes de vislumbrar
s seus recursos humanos como seres únicos, ímpares, dotados de diferenças
e com necessidades diversas. Na era do conhecimento que passou a constituir
a principal vantagem estratégica competitiva, as empresas de vanguarda
focam suas atenções nas pessoas, aquelas que realmente fazem a diferença
e. que detêm o conhecimento.
O sistema tradicional de gestão de pessoas não responde mais
adequadamente às necessidades impostas às organizações do século XXI e
nem aos anseios e expectativas do profissional do terceiro milênio, por isso a
utilização de tecnologias, métodos e ferramentas de trabalho que atendam a
nova demanda faz-se de vital importância para o sucesso das organizações na
atualidade. e sua habilidade A área de RH tem um papel vital nesse processo,
pois ela é responsável por criar programas que mantenham os colaboradores
energizados o tempo todo.
O presente capítulo tem como objetivo enfocar a importância da
tecnologia da qualidade de vida no trabalho como fundamental no processo de
motivação das pessoas dentro das organizações serão mais chances de
sobreviver as empresas que se proporem a atender aos anseios, expectativas
e objetivos dos funcionários, compatibilizando-os com o alcance de resultados
favoráveis para estas. Cada vez mais as empresas se perguntam: como é
possível manter pessoas motivadas? Segundo Hoffman: “É importante tratar
outros seres humanos exatamente como você gostaria que eles o tratassem.”
Hoffman era muito conhecido e respeitado como executivo para motivar
pessoas tornou-se lendária nos círculos empresariais. Portanto, a Qualidade
28
de Vida no Trabalho aliada aos aspectos motivacionais, constitui importante
ferramenta na busca da satisfação das necessidades das pessoas.
(3-1) Correlação entre Qualidade de Vida no Trabalho e Motivação Humana
De acordo com Porter e Miles (apud STONER, 1982) uma
perspectiva sistêmica da motivação é de grande utilidade, pois segundo os
autores para que a motivação do empregado possa ser adequadamente
compreendida deve ser levado em consideração um conjunto de forças que
atuam sobre ele, são elas: as características individuais (interesses, atitudes,
expectativas e necessidades) que as pessoas trazem para o ambiente de
trabalho, as características do trabalho que são os atributos das tarefas do
empregado e as características da situação do trabalho, que são as políticas
de pessoal e de recompensa da organização, o clima organizacional e as
atitudes e os atos dos colegas e dos chefes. Por ser um fenômeno contínuo, a
motivação nunca está definitivamente resolvida para cada indivíduo, cada
momento motivacional é ímpar para cada pessoa, quando a pessoa satisfaz
uma necessidade, imediatamente se volta para buscar a satisfação de outra.
Segundo Deci (apud BERGAMINI, 1997, p. 33) “a maneira mais fundamental e
útil de pensar a respeito desse assunto envolve a aceitação do conceito de
motivação intrínseca, que se refere ao processo de desenvolver uma atividade
pela recompensa inerente a essa mesma atividade”.
A perspectiva sistêmica da motivação, apontada anteriormente,
ressalta um conjunto de forças (características individuais, as características
do trabalho e as características da situação do trabalho) que atuam sobre o
empregado. Dentro desta abordagem, as pessoas também seriam estimuladas
pelo reconhecimento, desafios, novas oportunidades, feedback, recompensas,
participação, benefícios e condições de trabalho adequadas. A ausência
destes fatores, denominados extrínsecos, é causa de desmotivação. Por
exemplo um bom salário, por si só, não é causa exclusiva de motivação, mas a
falta dele é um forte elemento de desmotivação. Dinheiro pode não ser tudo,
29
mas pesa muito para dar sustentação aos outros fatores de motivação (lazer,
habitação, educação, alimentação, saúde...). Bergamini (1997, p. 11) tem sido
radicalmente contra esta abordagem quando afirma que “não tem sido fácil
transmitir de forma mais convincente que a fonte de energia motivacional vem
do interior de cada pessoa e não dos fatores encontradiços no ambiente que
as cerca”. As teorias motivacionais acusam dois enfoques diferentes a respeito
do comportamento humano, o primeiro tende a considerar o ser humano como
sendo possível aos estímulos do meio ambiente, sendo conhecido como
enfoque behaviorista e o segundo enfoque explora a energização e
a direção do comportamento humano, sendo fundamentalmente uma questão
de satisfação das necessidades internas. Não há um consenso entre os
autores se a motivação é intrínseca ou extrínseca e não é
objeto deste estudo enfatizar esta questão. Bergamini (1997), aborda a
importância da QVT como uma 7 das importantes tecnologias que contribuem
com a motivação e satisfação dos funcionários nas empresas.
Independentemente das várias correntes que dispõem sobre o assunto
motivação, a tarefa do administrador é cooperar para que as pessoas não
fiquem desmotivadas através de condições de trabalho (características da
situação de trabalho) satisfatórias, tais como: ambiente adequado, boas
instalações, iluminação, ventilação, bom refeitório, clima organizacional de
confiança e lealdade, benefícios, sistema de recompensa etc,das
características do trabalho em si, inerentes às tarefas que o funcionário
desenvolve, oportunidades, novos desafios, participação nas decisões da
empresa, utilidade do trabalho e satisfação das necessidades, expectativas e
objetivos de vida, dentro e através da própria organização, a partir de um
esforço contínuo de compatibilizar objetivos pessoais e objetivos empresariais.
Neste sentido a abordagem da qualidade de vida no trabalho pode contribuir
com o que Lopes (1980, VII) salientou: “a motivação precisa ser positivamente
estimulada, a fim de liberar todo o potencial das pessoas que compõem a
organização e, em conseqüência, maximizar a eficácia daquelas e desta”. Até
porque como resultado de “um imenso descompasso entre progresso
tecnológico e progresso social em termos de qualidade de vida” (MOSCOVICI
30
apud FERNANDES, 1994, p. 21) é que surgiu o interesse para o estudo da
Qualidade de Vida no Trabalho.
Com todas estas incertezas, turbulência ambiental, mudanças o
homem nunca precisou tanto da motivação, para o que nos parece ser o
grande desafio que é o de sobreviver, de acordo com Bergamini (1997, p. 13):
muitos precisam aceitar qualquer tipo de emprego para sobreviver. Já não está
sendo mais possível questionar se ele atende ou não as expectativas
motivacionais de cada pessoa, pois o trabalho parece estar perdendo a
centralidade da vida das pessoas como referencial de auto-estima.
No Brasil tem-se 10% de pessoas desempregadas, isto é, sem
condições de satisfazer as suas necessidades básicas, portanto torna-se difícil
questionar se o trabalho atende ou não as expectativas motivacionais, pois
esta constitui uma etapa posterior para as pessoas que estão colocadas no
mercado de trabalho. Segundo Rifkin (apud BERGAMINI, 1994) o emprego,
que antes representava um referencial de valorização pessoal, já não oferece
os antigos parâmetros de auto-merecimento, pois a ameaça constante da
perda do emprego faz com que as pessoas enfrentem problemas que são de
difícil resolução. Entendendo a importância do momento, pois se vive "em
tempos difíceis", é que se lança mão da Qualidade de Vida no Trabalho como
uma importante aliada na tentativa de se resgatar a auto-estima e em última
instância a motivação humana, fundamentais para um ambiente de trabalho
saudável, eficaz e produtivo. Na realidade, desde o início da sua existência, o
homem tem se preocupado com a qualidade de vida no trabalho. Qualidade de
Vida no trabalho possui um conceito amplo, o qual inclui fatores pessoais que
são entendidos como necessidades, valores, crenças e expectativas dos
trabalhadores e fatores situacionais como tecnologia, sistema de ambiente de
trabalho e estado geral da economia, sendo comum a todos os autores que
abordam o tema, a conciliação dos interesses dos trabalhadores e da
organização no sentido de humanizar as situações de trabalho.
Segundo Búrigo (1997, p. 15): a QVT busca humanizar as relações
de trabalho na organização, mantendo uma relação estreita com a
31
produtividade e principalmente com a satisfação do trabalhador no seu
ambiente de trabalho. Constitui-se, ainda, em condição de vida no trabalho,
associada ao bem-estar, à saúde e à segurança do trabalhador.
Como a Qualidade de Vida no Trabalho se constitui num ponto vital,
não só para realização do homem no trabalho, mas também em toda a sua
existência, Rodrigues (1994) salienta que pode a QVT constituir uma
importante tecnologia para que as pessoas enfrentem problemas que são
realmente de difícil resolução durante a busca da sua satisfação motivacional.
E atualmente tudo o que se tem pensado ou dito a respeito de sucessos ou
fracassos organizacionais vem sendo interpretado à luz de uma possível
influência nos níveis de satisfação motivacional no trabalho, pois embora a
motivação seja considerada como algo um tanto complexo, por abranger um
número grande de variáveis que devem ser analisadas em profundidade,
conhecendo o sentido que as pessoas atribuem àquilo que fazem e admitindo
ser o trabalho o referencial que liga o homem ao mundo real é possível
disciplinar talentos e aguardar o momento oportuno para chegar a
recompensadora satisfação emocional. Para que a QVT possa de fato
contribuir com os aspectos motivacionais que cercam cada pessoa no seu
ambiente de trabalho, administradores devem estimular seus funcionários para
que sejam ativos, apreciem seu trabalho, trabalhem de forma cooperativa em
equipes, desenvolvam novas competências, alcancem metas ambiciosas,
sejam mais reconhecidos, considerando necessidades e expectativas
individuais e procurando uma convergência entre estes e os objetivos
organizacionais.
É preciso que a QVT, que busca humanizar as relações de trabalho
na organização, resgate o senso de valorização das pessoas (auto-estima)
hoje tão abalado pela necessidade de sobrevivência, fazendo com que muitos
se sujeitem a salários indignos e a condições sub-humanas ou desumanas de
trabalho. É preciso que os administradores, diretores, gerentes de empresas
reflitam que nenhum outro tipo de atividade é tão amplamente motivador ou
tem importância psicológica que o trabalho. Neste sentido, a QVT constitui
importante passo para aquelas organizações que desejarem sucesso
32
organizacional. Rodrigues (1994, 95) admite "que a QVT é um ponto vital, não
só para realização do homem no trabalho, mas também em toda a sua
existência". Em tempos difíceis, é vital que a QVT constitua mola propulsora na
busca de uma energia motivacional por ora comprometida, estimulando as
pessoas não apenas a uma série de tarefas satisfatórias, mas a fatores
contextuais nos quais estas tarefas estão incorporadas, que
despertem emoções positivas e energizantes em cada funcionário da empresa.
Na realidade, o estudo da motivação humana se refere à descoberta
do porque as pessoas se movimentam e qual a fonte de energia que estão
usando para tanto (BERGAMINI, 1994). O grande desafio da QVT na busca de
profissionais mais motivados é, portanto, descobrir por que as pessoas agem
de determinadas maneiras, como a motivação varia de pessoa
para pessoa, elas não fazem as coisas pelas mesmas razões, assim é
importante que num estudo visando a qualidade de vida no trabalho, leve-se
em consideração não somente os objetivos que cada um procura atingir, mas
também que fontes de energia são responsáveis por disparar esse
9 diferentes tipos de comportamento. Se identificadas as fontes de energia, a
tecnologia da QVT terá maiores chances de ter profissionais mais
participativos, satisfeitos e, porque não dizer, motivados. A QVT, como uma
tentativa séria de humanizar o trabalho, de resgatar a auto-estima
através da motivação e satisfação dos trabalhadores e o senso de valorização
dos mesmos, considera o que James (apud SPITZER, 1997) salienta como
princípio mais profundo da natureza humana: o anseio de valorização.
Pode-se dizer que o comportamento motivacional é como uma fonte de
energia, praticamente em estado de ebulição dentro de cada um de nós e que
a qualidade de vida no trabalho por buscar satisfazer as necessidades
pessoais importantes, através da empresa em que as pessoas atuam, constitui
importante fonte de energia motivacional e imprescindível para os dias atuais,
lembrando Vianna (apud MERINO, 2000) “não há organizações
estrategicamente vencedoras sem trabalhadores estrategicamente
vencedores”. Segundo Maxiamiano (2000) Sem dúvida, os motivos internos
interagem com os motivos externos, que estão presentes na situação de
trabalho. Podemos definir como motivos externos, os seguintes itens:
33
- Iluminação do local de trabalho;
- Arranjo dos instrumentos de trabalho;
- Relacionamento com o chefe;
- Relacionamento com os colegas de trabalho; e
-A natureza do próprio trabalho;
De acordo com a teoria dos dois fatores, proposta por Frederic
Herzberg, os motivos que estão na situação de trabalho e que influenciam o
desempenho podem ser divididos em duas categorias principais: O próprio
trabalho; e as condições de trabalho.
Herzberg conduziu uma série de entrevistas para determinar qual o
fator que gera a maior satisfação entre trabalhadores. Nestas entrevistas, ele
perguntou às pessoas o que lhes deixavam satisfeitos ou insatisfeitos em
relação ao trabalho que executavam. Ao analisar as respostas, o pesquisador
descobriu que parte delas estavam relacionadas com fatores do próprio
trabalho, ou seja, a tarefa que o trabalho pressupõe que deve ser realizada por
ele. Este fator foi denominado de Fatores Intrínsecos. A outra parte das
respostas, a respeito da satisfação com o trabalho, tratou de fatores do
ambiente de trabalho, pois o contexto no qual o trabalho é realizado e suas
condições de realização são fundamentais nos critérios para se medir o grau
de satisfação ou insatisfação entre trabalhadores. Estes fatores foram
denominados de Fatores Extrínsecos.
A partir destes estudos, Herzberg e seus colaboradores criaram a
teoria dos dois fatores. Vejamos alguns apontamentos importantes no que diz
respeito às proposições desta teoria:
De acordo com esta teoria, em situações de trabalho, somente
os fatores intrínsecos produzem satisfação em relação ao trabalho. Apenas o
trabalho em si e os fatores que lhe são diretamente relacionados podem fazer
as pessoas sentirem se satisfeitas; Os fatores extrínsecos não fazem a pessoa
sentir-se satisfeita com o seu trabalho. Os fatores extrínsecos influenciam
34
apenas o estado de satisfação em relação às condições dentro das quais o
trabalho é realizado. Para Herzberg, os fatores extrínsecos reduzem a
satisfação: O principal aspecto da teoria dos dois fatores é a proposição de
que a satisfação e a insatisfação não são extremos opostos de uma mesma
régua (como se o de satisfação fosse igual ao 10 de insatisfação). Os dois
estados – satisfação e insatisfação -,são processos diferentes e influenciados
por fatores diferentes. É como se um estudante estivesse feliz com o seu
curso, mas ao mesmo tempo descontente com as condições da escola, ou
vice-versa.
Nas palavras de Herzberg, o oposto da SATISFAÇÃO é a NÃO SATISFAÇÃO,
enquanto que o oposto da INSATISFAÇÃO é a NÃOINSATISFAÇÃO. Desta
forma, podemos afirmar que:
-O ambiente de trabalho produz satisfação com o próprio ambiente;
-O conteúdo do trabalho produz satisfação com o próprio trabalho.
De acordo com esta teoria, as condições ambientais não são
suficientes para induzir a um estado de motivação com o trabalho. Para que
haja esta motivação, a pessoa tem de estar contente com o trabalho em si, ou
seja, ela deve ser capaz de enxergar nele a possibilidade de exercer suas
habilidades ou de desenvolver aptidões.
De acordo com Herzberg, é a combinação dos dois fatores que faz
com que as pessoas fiquem motivadas. Um dos fatores sem o outro não
funciona. O ambiente de trabalho tem de ser propicio, assim como o conteúdo
do trabalho também, para que o indivíduo se sinta plenamente satisfeito.
(3-2) FATORES HIGIÊNICOS:
Devido às necessidades socialmente adquiridas, o que é motivador
para os membros de um grupo pode não oferecer qualquer atrativo para
35
membros de outro. As profissões que fornecem prestígio social oferecem forte
pelo para membros de uma sociedade, e podem ser irrelevantes em outras.
No Japão, os japoneses transferiram para os imigrantes certas
profissões, que para eles deixaram de ser atraentes. Brasileiros e outros latino-
americanos descendentes e japoneses, no entanto, sentiam-se
suficientemente motivados a viajar à terra de seus ancestrais para ocupar
aquelas posições desprestigiadas por seus habitantes.
A mudança tecnológica, a conjuntura econômica e a evolução dos
costumes podem contribuir para alterar os valores sociais e a disposição para
o trabalho. Desde o inicio da década – vizinhos, colegas ou conterrâneos.
1990, os operários da Volkswagen na Alemanha passaram a trabalhar apenas
28 horas por semana, em resposta à crise da indústria automobilística, e como
contribuição à redução do desemprego. Todos trabalhando menos,havendo
mais trabalho para mais gente. A necessidade de uma resposta de consenso
(entre empresa e empregados) ao problema, produziu uma solução que
motivou as pessoas a reduzirem sua carga de trabalho e seus rendimentos. O
grupo de trabalho representa os fatores sociais em escala menor. O nível de
desempenho de alguém que trabalha em grupo é determinado não apenas por
sua competência ou motivação, mas principalmente pelo seu nível de
desempenho que o grupo define como apropriado ou não. Cada grupo de
trabalho cria seus padrões específicos de valores e comportamentos,
estabelecendo o que é certo ou errado, e o que os integrantes do grupo devem
fazer ou não. Um recém-chegado deve amoldar-se às regras do grupo de
trabalho, ou senão não consegue integrar-se socialmente. Pode até mesmo
ser castigado de alguma forma, seja sendo Ignorado , ameaçado ou até
mesmo expulso do grupo.
A chegada de um novo membro em determinado grupo de trabalho é bastante
interessante de ser analisada. A pessoa chegará num primeiro momento,
tentando entender as regras que movimentam o grupo, ou seja, as regras que
regem o convívio social. Todo e qualquer grupo no qual as pessoas se
relacionam, tem este tipo de regra, que inclui desde a forma de cumprimentar
36
as pessoas de manhã cedo, bem como a forma como ocorre o trabalho em
equipe, além também das sugestões que são encaradas, e assim por diante.
Outro aspecto interessante com relação aos Fatores Sociais diz respeito aos
utilizados na Propaganda. As empresas devem ter a consciência de que suas
ações de marketing têm um grande impacto na forma como as pessoas e a
sociedade em geral pensa. Pode acontecer de uma empresa, por meio de uma
série de propagandas, mudar a forma como as pessoas pensam sobre
determinado assunto. Esta mudança impactará, com certeza, diretamente no
tocante à forma como as pessoas valorizam determinados objetos, idéias ou
profissões.
37
Conclusão:
A liderança é um tema importante para os gestores devido ao papel
fundamental que os líderes representam na eficácia do grupo e da
organização. Os líderes são responsáveis pelo sucesso ou fracasso da
organização. Liderar não é uma tarefa simples. Pelo contrário. Liderança exige
paciência, disciplina, humildade, respeito e compromisso, pois a organização é
um ser vivo, dotado de colaboradores dos mais diferentes tipos. Liderar, de
forma bem clara ,pode ser entendida como a gestão eficaz e eficiente das
pessoas de uma equipe, para que se atinja os objetivos propostos pela
organização é necessário que a equipe esteja motivada, pois A motivação é
resultado de fatores internos e externos como o ambiente de trabalho, o
trabalho em si e as relações desenvolvidas entre os chefes e subordinados e
entre os subordinados.
Alem de salário, segurança no emprego e de boas condições para o
desenvolvimento do trabalho os funcionários desejam reconhecimento e
valorização do seu trabalho. Pois os indivíduos agem de forma a satisfazer as
suas necessidades, sejam elas físicas ou psicológicas, E a motivação é o que
vai direcionar o comportamento das pessoas em busca do alcance desses
objetivos. Onde a intensidade desse direcionamento vai depender da
necessidade do indivíduo sejam elas físicas, sociais, etc.
O trabalho para ser motivador precisa ser interessante deve
possibilitar autonomia e responsabilidades, assim como a possibilidade de auto
realização e reconhecimento bem como bem como segurança, feedback,
desenvolvimento e oportunidade de crescimento. Por isto é importante que os
líderes compreendam não só os fatores externos como os internos de cada um
dos membros da sua equipe para que possa usar as ferramentas adequadas
para motivá-lo.
38
O líder deve ajudar seu colaborador a amadurecer como oferecer
um trabalho motivador, que possibilitem crescimento, aumento de
responsabilidade e desafio. Para motivar, o líder precisa então conhecer a sua
equipe, e as necessidades dos funcionários. Essas necessidades vão
depender de cada um e do momento que estão vivendo.
A liderança tem um papel muito importante que é da compreensão
do grupo, pois é o líder quem oferece direção em relação ao alcance dos
objetivos, a função do líder é facilitar a consecução cooperativa dos objetivos,
dando oportunidade para crescimento e desenvolvimento pessoal.
39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BERGAMINI, Cecilia W& Coda, Roberto. Psicodinâmica da vida
organizacional.São Paulo: Atlas, 1997. pp.323-326
CHIAVENATTO,Idalberto. Gerenciando Pessoas. São Paulo – São Paulo:
Makron Books,1994, 3ª ed., pp.167-181
HERSEY, Paul. & BLANCHARD, Kenneth H. Psicologia para Administradores: A Teoria e as técnicas da Liderança Situacional. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 1986, pp.17-56,103-132,185-238
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. São Paulo: Atlas, 1995, pp.213-246, 285-329
MONTANA, Patrick J. & CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 1999. pp.204-236.
ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. São Paulo: Atlas, 1998, 8ª ed., pps.109-142
40
INDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
CONCEITOS E TEORIA SOBRE LIDERANÇA 9
CAPÍTULO II A INFLUÊNCIA DA MOTIVAÇÃO HUMANA 16 2.1 – Necessidades Humanas básicas 18
2.2 – O significado da motivação no trabalho 19
2.3 – Ciclo Motivacional 24
2.4 – Frustração e Compensação 25
2.5 – Moral e Clima Organizacional 26
CAPÍTULO III
CONDIÇÕES PARA MOTIVAR NO TRABALHO 27
3.1 – Correlação entre qualidade de vida no trabalho 28
3.2– Fatores Higiênicos 34
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 39
ÍNDICE 40
FOLHA DE AVALIAÇÃO 41
41
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito:
42