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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ DEPARTAMENTO DE ESTUDOS SOCIAIS E EDUCACIONAIS CAMPUS DE CAICÓ CURSO DE DIREITO PROJETO PEDAGÓGICO CURSO DE DIREITO (Conforme o Novo Acordo Ortográfico) Caicó 2012

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS SOCIAIS E EDUCACIONAIS

CAMPUS DE CAICÓ

CURSO DE DIREITO

PROJETO PEDAGÓGICO

CURSO DE DIREITO

(Conforme o Novo Acordo Ortográfico)

Caicó

2012

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS SOCIAIS E EDUCACIONAIS

CAMPUS DE CAICÓ

CURSO DE DIREITO

PROJETO PEDAGÓGICO

CURSO DE DIREITO

Comissão de Elaboração:

Prof. Ms. Rogério de Araújo Lima - Presidente

Prof. Ms. Carlos Francisco do Nascimento - Membro

Profª. Esp. Lidianne Araújo Aleixo - Membro

Caicó

2012

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S U M Á R I O

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................................05

2. HISTÓRICO DA UFRN, DO CERES E DO CURSO DE DIREITO ...........................06

3. DIAGNÓSTICO.............................................................................................................09

4. JUSTIFICATIVA............................................................................................................13

5. OBJETIVOS...................................................................................................................14

5.1. Geral...........................................................................................................14

5.2. Específicos...................................................................................................14

6. PERFIL DO PROFISSIONAL.......................................................................................15

7. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES...........................................................................15

8. ESTRUTURA CURRICULAR......................................................................................16

8.1. Conteúdo de formação fundamental em direito.................................................17

8.2. Conteúdo de formação profissional....................................................................18

8.3. Conteúdo de formação prática............................................................................18

9. COMPONENTES CURRICULARES.............................................................................19

9.1. Componentes obrigatórios..................................................................................19

9.2. Componentes optativos......................................................................................21

9.3. Estágio Curricular Obrigatório...........................................................................21

9.4. Estágio Curricular não Obrigatório....................................................................22

9.5. Atividades complementares...............................................................................23

9.6. Trabalho de Curso (TC).....................................................................................23

10. METODOLOGIA...........................................................................................................24

10.1. A interdisciplinaridade.....................................................................................26

10.2. A flexibilização................................................................................................26

10.3. A articulação entre teoria e prática...................................................................27

10.4. A indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão..............................27

10.5. Educação a distância........................................................................................27

11. DA AVALIAÇÃO........................................................................................................28

11.1. Da avaliação do processo ensino-aprendizagem..............................................28

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11.2. Da avaliação do projeto pedagógico................................................................29

12. PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS NA ESTRUTURA

CURRICULAR...............................................................................................................29

12.1. Eixo de formação fundamental..............................................................................30

12.2. Eixo de formação profissional...............................................................................30

12.3. Eixo de formação prática.......................................................................................30

13. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR.................................................................................31

13.1. Estrutura curricular.................................................................................................31

13.2. Equivalência de disciplinas....................................................................................34

13.2.1. Disciplinas obrigatórias.................................................................................34

13.2.2. Disciplinas optativas......................................................................................37

14. RECURSOS HUMANOS...............................................................................................39

14.1. Corpo Docente.......................................................................................................39

15. RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA NECESSÁRIOS PARA A

OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO....................40

15.1. Recursos Humanos.................................................................................................40

15.2. Infraestrutura..........................................................................................................40

16. POLÍTICA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL...................40

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1. INTRODUÇÃO

Este Projeto Pedagógico surge da necessidade de se repensar a estrutura do Curso de

Direito em razão da insatisfação presente, tanto no corpo docente quanto no discente, aliada

a uma nova legislação nacional que propõe um redimensionamento dos cursos de

graduação em direito no tocante ao novo perfil do formando, competências e habilidades,

estrutura curricular, metodologia e avaliação, dentre outros aspectos relevantes. O curso de

Direito/CERES/Campus de Caicó não pode ficar alheio às mudanças significativas

ocorridas no mundo contemporâneo. Nesse contexto, a difusão do desenvolvimento

técnico-científico-informacional tem o condão de interferir nos diversos âmbitos da

sociedade, inclusive no jurídico, modificando as formas de pensar e atuar de seus agentes.

Decorrido mais de uma década de sua implantação, constata-se que diante das novas

demandas sociais, dos avanços das novas tendências pedagógicas e tecnológicas aplicáveis

ao ensino, e, sobretudo, com a vigência da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional) e da Resolução CNE/CES nº 9, de 29 de

setembro de 2004 (Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em

Direito), o atual currículo do Curso de Direito não mais preenche a contento os requisitos

essenciais ao desenvolvimento das novas competências e habilidades necessárias à

formação de um bacharel em Direito, para atuar na pesquisa e nas diversas carreiras

jurídicas.

Atualmente, atribui-se à defasagem dos currículos dos cursos de Direito grande

parte dos problemas do ensino jurídico. A maioria das propostas reformadoras inicia sua

análise por este aspecto, sempre acreditando que pode resolver a crise estrutural do ensino

jurídico por meio de um novo modelo normativo e de uma nova proposta curricular.

Em consonância com esses pressupostos, foi elaborado o Projeto Pedagógico do

Curso de Direito/CERES/Campus de Caicó, cujas reflexões de seus elaboradores levaram

às proposições que versam sobre a definição de um perfil do formando que apresente

competências e habilidades voltadas a dotá-lo de capacidade ética e crítica, além de uma

autonomia para enfrentar diferentes situações no âmbito de sua atividade.

A construção desse projeto para o Curso de Direito do CERES passou por diferentes

fases. No entanto, é preciso respeitar a grande certeza do mundo na atualidade, que é a

mudança; sendo assim, um projeto político-pedagógico deve fomentar uma permanente

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crítica sobre seus conteúdos e métodos, objetivando manter uma sintonia com as novas

exigências. Esse contexto direcionou a escolha dos pilares fundamentais e linhas de

formação do bacharel do Curso de Direito do CERES, constituindo as diretrizes da

sistematização deste Projeto.

Fruto de uma ampla discussão e articulação da comunidade acadêmica ligada à área

jurídica do CERES, esta proposta surge como resposta às exigências atuais de mudanças

indicadas pelo contexto no qual estão inseridos os cursos jurídicos no país.

A análise desses fatores forneceu as bases para formulação de um perfil do egresso

no Curso de Direito do CERES. A partir desta formulação, definiu-se a organização do

presente Projeto, no qual se baseia o novo modelo da estrutura e definição das estratégias

de sua implementação.

O Projeto ordena os conteúdos em conformidade com os objetivos do curso e com a

proposta de perfil profissional do egresso. O desafio, portanto, a partir desse momento,

compreende a execução curricular que vai dar a validação desse novo paradigma e a

avaliação dos processos e resultados.

Dessa forma, o Projeto Pedagógico do Curso de Direito/CERES/Campus de Caicó

está composto de tópicos que apontam na direção de uma análise ampla da relação

universidade e sociedade, especialmente definindo a correta localização do Curso de

Direito nesse contexto. A estrutura do projeto apresenta um diagnóstico que traça uma

radiografia da estrutura vigente do curso. Em seguida é delineada uma nova proposta para o

ensino jurídico do Curso de Direito/CERES/Campus de Caicó, por meio da definição de

perfil profissional, objetivos, competências e habilidades desejadas para os formandos.

Como suportes à condução do processo de implantação da nova proposta de ensino, são

apresentados neste projeto a metodologia, os tópicos de estudo, a estrutura curricular e a

avaliação.

2. HISTÓRICO DA UFRN, DO CERES E DO CURSO DE DIREITO

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi criada como instituição federal

de ensino superior por meio da Lei nº. 3.849, de 18 de dezembro de 1960. Antes da

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centralização administrativa, existiam faculdades e escolas isoladas, tais como: Escola de

Serviço Social (1945), Faculdade de Farmácia e Odontologia (1947), Faculdade de Direito

(1949), Faculdades de Medicina e de Filosofia (1955), Escola de Engenharia e Faculdade

de Ciências Econômicas (1957).

Na década de 70, o governo federal adotou uma política de expansão da

Universidade brasileira, propiciando a sua interiorização, por meio de unidades

descentralizadas, permitindo, com isso, que o ensino superior chegasse à cidade de

Caicó/RN, com o advento da Resolução nº. 83/73-CONSUNI, de 04 de outubro de 1973,

criando o Núcleo Avançado de Caicó (NAC).

Por sua vez, a Resolução nº. 105/73-CONSEPE, de 18 de outubro de 1973,

implantou o NAC, oferecendo 10 (dez) Cursos na área humanística, quais sejam: Ciências

Sociais, Assessor-Secretário Executivo, Ciências Econômicas, Direito, Geografia, História,

Letras, Pedagogia, Serviço Social e Administração.

O NAC foi elevado à categoria de Centro Regional de Ensino Superior do Seridó

(CERES), pela Resolução nº. 59/77-CONSUNI, de 21 de dezembro de 1977, constituído

pelos Campi de Caicó/RN e Currais Novos/RN, sendo sua estrutura acadêmica formada por

02 (dois) Departamentos: Formação Básica e Formação Profissional, contando com 07

(sete) Cursos de graduação: Administração, Ciências Contábeis, Estudos Sociais,

Geografia, História, Letras e Pedagogia.

A Resolução nº. 004/95-CONSUNI reestruturou o CERES, passando a sua estrutura

acadêmica a funcionar com 03 (três) Departamentos. No Campus de Caicó/RN: o

Departamento de Ciências Exatas e Aplicadas (DCEA) e o Departamento de Estudos

Sociais e Educacionais (DESE); e no Campus de Currais Novos/RN, o Departamento de

Ciências Sociais e Humanas (DCSH).

Na mesma oportunidade, também foi reestruturada a oferta dos Cursos de graduação

do CERES, permanecendo no Campus de Caicó/RN os Cursos de Ciências Contábeis,

Geografia, História, Matemática e Pedagogia; e no Campus de Currais Novos/RN,

Administração e Letras.

Em 1999, no Campus de Caicó/RN, foi instituído, em face de desmembramento do

DESE, o Departamento de História e Geografia – DHG.

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Atendendo aos apelos dos mais diversos segmentos da sociedade seridoense e do

sertão paraibano, foi baixada a Portaria nº. 009/97-CERES, de 11 de abril de 1997, pela

Profª. Maria Lúcia da Costa Bezerra, ex-diretora do CERES, designando uma Comissão

constituída pelos Professores Roldão Gurgel Diniz, José Aranha Sobrinho, Arthúnio da

Silva Maux, Mário Lourenço de Medeiros e Douglas Araújo para, sob a presidência do

primeiro, “realizar estudos objetivando a criação do Curso de Direito neste Centro”.

Durante o desenvolvimento dos trabalhos, a Comissão recebeu a manifestação de

apoio da Associação dos Municípios do Seridó Oriental, das Prefeituras e das Câmaras

Municipais de Vereadores da região, dos Juízes de Direito, dos Promotores de Justiça, dos

Advogados, dos Sindicatos, das Igrejas, dos Clubes de Serviços, das Instituições bancárias

e de outras entidades da sociedade civil, destacando-se a do então Arcebispo Metropolitano

do Rio de Janeiro/RJ, Dom Eugênio de Araújo Sales, e a do presidente nacional da CUT,

sindicalista “Vicentinho”, seridoenses de Acari/RN, no sentido da concretização da

implantação do Curso de Direito no Centro da UFRN/Campus de Caicó.

Também foi realizada uma pesquisa com aqueles que já haviam concluído o 2º

(segundo) grau e com alunos concluintes das Escolas da Região, no sentido de se apurar o

interesse em cursar Direito, cujo resultado foi altamente positivo, evidenciando a existência

de uma demanda excepcional.

Em 20 de junho de 1997, a proposta de implantação do Curso de Direito no

CERES/Campus de Caicó foi aprovada, por unanimidade de votos, pelo CONSEC. Na

sequência, a proposição obteve parecer favorável da Coordenação Didática Pedagógica

(CDP) da PROGRAD, tendo sido aprovada, também por unanimidade de votos, pela

Câmara de Graduação, na reunião realizada em 24 de junho de 1997.

Finalmente, a Resolução nº. 052/97-CONSEPE, de 01 de julho de 1997, resolveu

“Aprovar a implantação do Curso de Direito no Centro de Ensino Superior do Seridó –

CERES, Campus de Caicó”.

E, ainda, consoante a Resolução nº. 108/97-CONSEPE, de 23 de dezembro de 1997,

foi aprovada a estrutura curricular do Curso de Direito do CERES/UFRN, Campus de

Caicó/RN.

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3. DIAGNÓSTICO

Conforme já referido anteriormente, o Projeto Pedagógico do Curso de Direito do

CERES surgiu a partir da necessidade de se repensar a estrutura do Curso em função da

insatisfação presente em toda comunidade acadêmica da área jurídica, aliada a nova

legislação que prevê o redimensionamento dos bacharelados e suas habilitações. A

elaboração deste diagnóstico envolve professores e alunos visando uma avaliação em

termos de estrutura curricular, infraestrutura e recursos humanos disponíveis.

No Curso de Direito do CERES os principais problemas estão relacionados à falta

de articulação entre os componentes curriculares que, na maioria das vezes, gera

sobreposição ou falta de conteúdos. Dentro desse contexto é observada a falta de

componentes curriculares e conteúdos fundamentais para o atual ensino do Direito. É

evidente a ausência de sintonia entre as componentes curriculares teóricas e as atividades

práticas. Compreende-se que as mudanças não ocorrerão tão somente a partir da criação de

novas componentes curriculares ou novas denominações, mas também mudando as suas

estruturas, através da adequação e revisão de suas ementas.

Nesse caso os componentes curriculares deverão ser organizadas em conteúdos que

atendam aos eixos interligados de formação fundamental, profissional e prática, o que

permitirá a construção de saberes fundamentais para a formação do bacharel em Direito.

O quadro atual de professores efetivos do Departamento de Direito consiste em 11

(onze) docentes, dos quais 09 (nove) possuem Mestrado em Direito, 01 (um) especialização

e 01 (um) graduação. Dos professores efetivos, 01 (um) se encontra realizando doutorado.

Contamos ainda com 02 (dois) professores substitutos e 02 (dois) professores

colaboradores voluntários.

Dos 11 (onze) professores permanentes, 06 (seis) estão sob o regime de dedicação

exclusiva com 40 horas de trabalho e 05 (cinco) sob o regime de 20 horas.

A demanda sempre maior que a capacidade efetiva (baixo número de professores

efetivos) tem forçado o DIR a frequentemente recorrer à contratação de professores

substitutos e contar com a contribuição de professores colaboradores voluntários para

garantir a oferta dos componentes curriculares. Esta realidade, de certa forma, dificulta a

consolidação de uma política de melhoria e ou qualificação das atividades de ensino de

graduação.

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Parte do quadro docente efetivo tem que assumir as funções administrativas

necessárias ao funcionamento das diferentes unidades da instituição (Departamento,

Coordenação de Curso, representação em Colegiados Superiores, em Comissões etc.).

Nos últimos anos, a presença do professor substituto e do professor colaborador tem

sido impreterível na viabilização das atividades departamentais, fato considerado

preocupante, sobretudo no que diz respeito a um planejamento, pelo menos, de médio prazo

para o Departamento.

O quadro permanente dos docentes é reforçado, semestralmente, em média por três

professores, ofertados por outros departamentos do CERES e dois professores substitutos.

Por sua vez, o Curso oferta professores a outros departamentos do centro que necessitam de

componentes curriculares ligadas à área do Direito.

Quanto à qualificação desses docentes, nota-se um significante avanço no último

ano, com ótimas perspectivas para o futuro, definidas no plano trienal do CERES, centro a

que está vinculado o Curso de Direito.

No tocante a extensão, o Curso desenvolve um contato e integração com a

sociedade mediante da prestação de assistência jurídica gratuita à população de baixa renda,

desenvolvida pelo Núcleo de Assistência Jurídica, onde o discente, em contato direto com a

população, desenvolve a prática jurídica. São desenvolvidos, ainda, no mínimo, dois

seminários jurídicos anualmente. Estas atividades são executadas por membros do corpo

docente, discente e funcional, por meio de projetos de extensão da Pró-Reitoria de Extensão

(PROEX). Além disso, por intermédio da UFRN, o Curso também mantém convênio de

cooperação com diversas instituições jurídicas como a Justiça Federal, Tribunal de Justiça

do Estado, Ministério Público, INSS, prefeituras da região etc., que concedem estágios aos

discentes.

A pesquisa científica, embora incipiente, está a caminho de se constituir numa

discussão fortalecida a pretexto da disposição dos docentes pesquisadores em desenvolvê-la

a partir da criação de grupos de pesquisa e outras ações que se encaminham nesta direção.

O Centro Acadêmico do Curso de Direito tem passado por um processo de

reestruturação, no que se visualiza uma ação mais participativa, em curto prazo, nas

deliberações dos colegiados do Curso nos quais os discentes possuem representação.

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Em termos de infraestrutura física e material, o CERES, Campus de Caicó, oferece

ao Curso de Direito dois laboratórios de informática, uma sala audiovisual, biblioteca,

instalações destinadas exclusivamente para o desenvolvimento da Assistência Jurídica, sala

de professores, sala de coordenação, aproximadamente cinco salas de aula, e um pequeno

auditório com cerca de sessenta lugares.

Os computadores estão ligados à rede interna do CERES, que por sua vez, faz parte

da rede da UFRN, que possibilita o acesso à internet.

Um dos laboratórios conta com vinte e cinco microcomputadores,

aproximadamente, e atende a todos os alunos dos cursos oferecidos pelo CERES, Campus

de Caicó. Outro laboratório conta com cerca de quinze microcomputadores e se destina a

atender aos professores. Levando em consideração que existem seis cursos de graduação

presenciais e dois cursos de graduação a distância em atividade no CERES, Campus de

Caicó, além da oferta de cursos de pós-graduação lato-sensu e proposta de um curso de

pós-graduação stricto-sensu, faz-se necessário uma considerável ampliação nos laboratórios

de informática, em no mínimo mais trinta microcomputadores, para atender a contento

docentes e discentes do CERES, Campus de Caicó, inclusive o Curso de Direito.

O CERES, Campus de Caicó, conta com apenas uma sala de audiovisual disponível

para todos os cursos. Para atender toda demanda seriam necessárias, no mínimo, três salas

audiovisuais, contendo multimídia, tela interativa, aparelho de DVD, televisor e

equipamento de som.

No que diz respeito aos aparelhos audiovisuais móveis, o Departamento de Direito,

possui apenas 05 (cinco) multimídias (data-show). Não possui nenhum notebook.

A biblioteca era um ponto de fragilidade para o Curso de Direito. Entretanto, após a

construção da biblioteca do CERES, foram feitas aquisições e doações de novos livros

jurídicos, de forma que, o acervo bibliográfico é razoável, com obras nacionais e

estrangeiras. Por outro lado, há carência de periódicos e softwares específicos para a área

jurídica.

As instalações físicas destinadas exclusivamente ao Núcleo de Assistência Jurídica

do Curso de Direito supre as necessidades de espaço para esta atividade, mas necessita de

reforma e novos equipamentos. Nessas instalações é desenvolvido um trabalho de

atendimento jurídico à população carente da cidade.

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Os problemas diagnosticados com relação à Assistência Jurídica dizem respeito aos

recursos humanos disponíveis para o desenvolvimento da prática jurídica, pois o curso

conta com apenas dois professores, com carga horária de trabalho de 20 horas cada um,

para coordenar o Núcleo de Assistência Jurídica, lecionar quatro componentes curriculares

relacionadas à Assistência Jurídica, acompanhar o atendimento ao público e a confecção

das peças jurídicas, e ainda, todo o caminhar dos processos no Judiciário, inclusive,

participando das audiências referentes a esses processos. O professor da Assistência

Jurídica recebe ajuda apenas de um funcionário para atividades administrativas.

É de suma importância a instalação de uma sala com toda infraestrutura necessária

para os alunos do curso desenvolverem programas e projetos de monitoria, de iniciação

científica e de extensão.

O curso de Direito do CERES evidencia um dos seus principais problemas na área

pedagógica, pois se pauta em uma concepção tradicional que vê o aluno como um mero

receptor passivo. Esta realidade está sendo questionada mediante as discussões que vêm

sendo travadas no contexto didático-pedagógico das práticas docentes e a confirmação cada

vez mais pertinente de que o ensino e a aprendizagem ocorreu de forma dinâmica e

participativa tendo como primordiais, o aluno, o professor e o conhecimento.

O Curso de Direito tem gerado em seus alunos uma série de falsas expectativas,

como uma suposta autonomia profissional e uma retribuição pecuniária compatível com a

qualificação e o status profissional para os que fazem opção por certas carreiras, por

exemplo, advocacia, magistratura etc. Essa situação faz gerar uma questão delicada que

evidencia no Curso de Direito a profissionalização. Na prática, o curso não forma

bacharéis em Direito, mas pessoas habilitadas a desenvolver as múltiplas funções da área

jurídica, tais como fazem advogados, procuradores públicos, promotores de justiça,

magistrados, delegados etc. É preciso dosar essa perspectiva de profissionalização dos

alunos do Curso de Direito, pois não se pode dar ampla ênfase à formação de técnicos em

Direito Positivo, meros exegetas das normas legais.

É essencial que esse Projeto Pedagógico pense o ensino no Curso de Direito dentro

de uma perspectiva de futuro, em que o egresso desse curso esteja preparado

cientificamente, pois cresce o aspecto principiológico da Ciência do Direito, buscando a

superação do paradigma atual, pautado na implementação de novos modelos estruturados,

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no diálogo de ideias a respeito de temas como diferenças, solidariedade, acesso à justiça,

efetividade do direito etc.

4. JUSTIFICATIVA

Desde a sua criação, os Cursos de Direito no Brasil foram responsáveis pela

formação de profissionais que, ao longo desse período e até os dias atuais, exerceram

influência marcante nos principais movimentos políticos e sociais da nossa história.

Não obstante isso, os Cursos de Direito não conseguiram se modernizar a ponto de

formar um profissional que, a par do importante papel representado na sociedade brasileira,

se desvencilhasse de uma formação meramente técnica e de sustentação ideológica.

Dentro desse contexto e após inúmeros estudos realizados em torno do tema da

relevante reforma do ensino do Direito no Brasil, chegou-se à difícil, porém realista

constatação de que “150 anos de continuadas mudanças curriculares não [resolveram]

nenhum dos problemas básicos do ensino do Direito”1.

Na última década, a proposta de um modelo educacional crítico, reflexivo,

interativo e inovador tem obtido respaldo dos operadores do Direito, emergindo como

elementos indispensáveis para se congregar ao mero conhecimento dogmático, a

criatividade, o agir ético, a responsabilidade social e uma visão atualizada do mundo, de

modo a configurar um perfil de egresso adaptável às novas e emergentes demandas, reflexo

das mudanças culturais e comportamentais da sociedade.

Considerando essa nova dimensão dos Cursos de Direito do Brasil, os docentes do

Curso de Bacharelado em Direito do CERES encetaram a realização do Projeto

Pedagógico, que deverá contemplar, no seu texto, uma perspectiva crítico-reflexiva,

humanista e transformadora, que integre os diversos níveis do processo educacional

proposto no trabalho de Projeto Pedagógico que ora se inicia.

1 RODRIGUES, Horácio Wanderlei. Pensando o ensino do direito no século XXI: diretrizes curriculares, projeto político pedagógico e outras questões pertinentes. Florianópolis: Fundação Boiteux, 2005, p. 16.

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5. OBJETIVOS

5.1 Geral

Formar Bacharéis em Direito com a capacidade de análise e articulação de conceitos

e argumentos, com o domínio dos princípios doutrinários, com visão crítica das instituições

jurídicas e das transformações dinâmicas da norma legal, no âmbito de uma sociedade em

permanente mutação, na busca da concretização da cidadania, através da influência decisiva

que a área jurídica exerce sobre as transformações sociais e sobre os fenômenos e conflitos

político-sociais presentes na sociedade brasileira.

5.2 Específicos

1) Contribuir para a formação humanística, técnico-jurídica e prática do formando;

2) Possibilitar o domínio dos fundamentos, da evolução e do conteúdo do

ordenamento jurídico vigente;

3) Vincular o curso ao progresso tecnológico e às mutações da legislação, buscando

resposta aos desafios criados pela competição nacional e internacional, com base no

conhecimento da realidade;

4) Interagir com a sociedade, sobretudo no âmbito da Região do Seridó, realizando

assim a missão de proporcionar extensão e assistência jurídica, mormente a

população carente da Região;

5) Formar um profissional capaz de utilizar o raciocínio jurídico, de argumentação,

de persuasão e de reflexão crítica;

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6) Construir uma ciência sócio-jurídica que possibilite ao formando realizar a

interação entre os conceitos inerentes à dogmática jurídica e os conteúdos inerentes

às demais ciências sociais.

6. PERFIL DO PROFISSIONAL

O Bacharel em Direito deve ter uma formação humanista que ultrapasse a

exclusividade do tecnicismo. O curso de graduação em Direito deverá assegurar, no perfil

do graduando, sólida formação geral, humanística e axiológica, capacidade de análise,

domínio de conceitos e da terminologia jurídica, adequada argumentação, interpretação e

valorização dos fenômenos jurídicos e sociais, aliada a uma postura reflexiva e de visão

crítica que fomente a capacidade e a aptidão para a aprendizagem autônoma e dinâmica,

indispensável ao exercício da Ciência do Direito, da prestação da justiça e do

desenvolvimento da cidadania.

Deverá desenvolver em sua prática, também, a unidade dos saberes técnicos com

uma conduta reflexiva, conforme a missão da UFRN de disseminar o saber universal e de

contribuir com o desenvolvimento humano, o que indica que os paradigmas a serem

adotados devem se distanciar das preocupações do mercado, para se aproximarem dos

objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, de construir uma sociedade

livre, justa e solidária.

7. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES

Na formação do bacharel em Direito deve ser assegurado o desenvolvimento das

seguintes competências e habilidades:

I – desenvolver a capacidade de leitura, compreensão e elaboração de textos, atos e

documentos jurídicos ou normativos, observando as normas técnico-jurídicas;

II – desenvolver o poder de análise e de síntese;

III – aprimorar o senso crítico;

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IV – saber interpretar e aplicar o Direito;

V – ter domínio sobre a pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da

doutrina e de outras fontes do Direito;

VI – ter adequada atuação técnico-jurídica, em diferentes instâncias, administrativas

ou judiciais, com a devida utilização de processos, atos e procedimentos;

VII – saber fazer correta utilização de raciocínio jurídico, de argumentação, de

persuasão e de reflexão crítica;

VIII – utilizar corretamente da terminologia jurídica ou a Ciência do Direito;

IX – saber emitir julgamento e tomar decisões;

X – ter o domínio de tecnologias e métodos para permanente compreensão e

aplicação do Direito;

XI – atuar com comportamento ético-jurídico adequado;

XII – ter domínio sobre a análise dos fatos sociais e a correta adequação à norma

jurídica;

XIII – ter visão humanista no desenvolvimento e na aplicação da norma jurídica.

8. ESTRUTURA CURRICULAR

Sob o pálio da Resolução CNE/CES nº 09/04, que instituiu as diretrizes curriculares

nacionais, as competências a serem desenvolvidas e os objetivos definidos para o Curso de

Direito, os conteúdos curriculares, em consonância com esta proposta, têm caráter

interdisciplinar, agrupados em três eixos de formação: conteúdos de formação fundamental

em direito, conteúdos de formação profissional e conteúdo de formação prática.

8.1 Conteúdos de formação fundamental

Estes conteúdos abrangem conhecimentos elementares de direito, que são aqueles

cuja finalidade visa a formação de uma sólida base de conhecimentos humanísticos. Deve

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atender também às lacunas de saberes decorrentes das diferenças e eventuais deficiências

de formação do graduando.

Visam fornecer uma constatação da importância do direito, como instrumento útil

na resolução e crítica dos problemas sociais, além de iniciar o graduando num sistema

abstrato de idéias que refletem as diretrizes epistemológicas do direito. O desenvolvimento

desses conteúdos permitirá ao graduando compreender a necessidade de estabelecer

relações entre os vários ramos do direito, bem como desse com os outros ramos do

conhecimento.

Assim, para que o graduando tenha uma sólida formação jurídica humanística, ele

deve dominar os seguintes conteúdos:

Fundamentação de filosofia e ética;

História do direito;

Introdução ao direito;

Hermenêutica jurídica;

Teoria da argumentação;

Metodologia do trabalho científico;

Sociologia geral;

Antropologia;

Ciência política;

Filosofia do direito;

Psicologia jurídica;

Sociologia jurídica; e

Economia.

8.2 Conteúdo de formação profissional

A finalidade dos conteúdos dos componentes curriculares de formação profissional

é proporcionar ao graduado do Curso de Direito um saber abrangente das aplicações do

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direito no mundo contemporâneo e, por consequência, o acesso às tecnologias da atualidade

utilizadas na atividade jurídica, a partir dos seguintes conteúdos:

Direito civil;

Direito constitucional;

Direito empresarial;

Direito penal;

Direito internacional;

Direito administrativo;

Direito processual;

Direito do trabalho;

Direito previdenciário;

Direito da criança e do adolescente;

Direito tributário;

Direito ambiental; e

Direito do consumidor.

8.3 Conteúdo de formação prática

Os conteúdos de formação prática do Curso de Direito têm como finalidade permitir

ao graduando compreender a unidade da ciência jurídica, ou seja, sua dimensão

especulativa e sua dimensão prática. A proposta firmada neste Projeto Pedagógico

contempla o domínio de conhecimentos, competências e habilidades adequadas às novas

realidades impostas pela atual dinâmica social.

Neste desiderato, a ação vincula-se a uma função social, qual seja, disponibilizar aos

graduandos saberes que ensejem a crítica à ciência que aprendem, reelaborando

conhecimentos para se firmar novos paradigmas, sem que se desconheça o que já foi

construído.

Faz-se necessário, portanto, o comprometimento ético de manter o mesmo rigor

metodológico que orientou os conteúdos de formação fundamental e os conteúdos de

formação profissional do Curso de Direito/CERES/Caicó.

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A partir dessa compreensão, em consonância com os objetivos do Curso de Direito;

perfil do egresso; competências e habilidades previstas para o graduando do Curso de

Direito/CERES/Caicó; a formação prática (compreende os estágios supervisionados, a

serem desenvolvidos no Núcleo de Prática Jurídica); o trabalho de curso; e as atividades

complementares; todos esses conhecimentos adquiridos durante o curso devem ser

interligados.

9. COMPONENTES CURRICULARES

Os componentes curriculares do Curso de Direito/CERES– Caicó estão organizados

em componentes curriculares de formação fundamental, formação profissional, formação

prática e em outras formas de atividades acadêmico-científicas, obedecendo ao disposto na

Resolução/CNE, nº 9 de 29 de setembro de 2004, que institui as diretrizes curriculares

nacionais do Curso de Graduação em Direito e dá outras providências. A integralização do

Curso de Direito/CERES/Caicó deverá ocorrer no prazo de 5 (cinco) a 8 (oito) anos, com

carga horária mínima de 3.700 (três mil e setecentas) horas, distribuídas em componentes

curriculares teórico-práticos.

9.1 Componentes obrigatórios

Código Disciplina Aplicação Crédito/Carga

Horária DIR0100 INTRODUÇÃO AO DIREITO I Fundamental 04/60 DIR0101 SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA Fundamental 04/60 DIR0102 ECONOMIA POLÍTICA Fundamental 04/60 DIR0103 ANTROPOLOGIA JURÍDICA Fundamental 04/60 DIR0104 PSICOLOGIA JURÍDICA Fundamental 04/60 DIR0105 INTRODUÇÃO AO DIREITO II Fundamental 04/60 DIR0106 FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA Fundamental 04/60 DIR0107 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA Fundamental 04/60 DIR0108 CIÊNCIA POLÍTICA Fundamental 04/60 DIR0109 HISTÓRIA DO DIREITO Fundamental 02/30 DIR0110 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL Fundamental 04/60 DIR0111 DIREITO CONSTITUCIONAL I Profissional 04/60 DIR0112 DIREITO CIVIL I Profissional 04/60

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DIR0113 DIREITO PENAL I Profissional 04/60 DIR0114 DIREITO ADMINISTRATIVO I Profissional 04/60 DIR0115 DIREITO CONSTITUCIONAL II Profissional 04/60 DIR0116 DIREITO CIVIL II Profissional 04/60 DIR0117 DIREITO PENAL II Profissional 04/60 DIR0118 TEORIA GERAL DO PROCESSO Profissional 04/60 DIR0119 DIREITO ADMINISTRATIVO II Profissional 04/60 DIR0120 DIREITO CIVIL III Profissional 04/60 DIR0121 DIREITO PENAL IIII Profissional 04/60 DIR0122 DIREITO PROCESSUAL CIVIL I Profissional 04/60 DIR0123 DIREITO EMPRESARIAL I Profissional 04/60 DIR0124 DIREITO CONSTITUCIONAL III Profissional 04/60 DIR0125 DIREITO CIVIL IV Profissional 04/60 DIR0126 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II Profissional 04/60 DIR0127 DIREITO PROCESSUAL PENAL I Profissional 04/60 DIR0128 DIREITO DO TRABALHO I Profissional 04/60 DIR0129 DIREITO EMPRESARIAL II Profissional 04/60 DIR0130 DIREITO PENAL IV Profissional 04/60 DIR0131 DIREITO CIVIL V Profissional 04/60 DIR0132 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III Profissional 04/60 DIR0133 DIREITO PROCESSUAL PENAL II Profissional 04/60 DIR0134 DIREITO DO TRABALHO II Profissional 04/60 DIR0135 DIREITO EMPRESARIAL III Profissional 04/60 DIR0137 DIREITO PROCESSUAL PENAL III Profissional 04/60 DIR0138 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO Profissional 04/60 DIR0139 DIREITO TRIBUTÁRIO I Profissional 04/60 DIR0140 DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV Profissional 04/60 DIR0141 DIREITO CIVIL VI Profissional 04/60 DIR0143 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO Profissional 04/60 DIR0144 DIREITO CIVIL VII Profissional 04/60 DIR0146 DIREITO PREVIDENCIÁRIO Profissional 04/60 DIR0147 DIREITO TRIBUTÁRIO II Profissional 04/60 DIR0149 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO Profissional 04/60 DIR0150 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Profissional 04/60 DIR0151 DIREITO AMBIENTAL Profissional 04/60 DIR0152 DIREITO DO CONSUMIDOR Profissional 04/60

9.2 Componentes optativos

Código Disciplina/Atividade Aplicação Crédito/Carga Horária

DIR0153 Direito Financeiro Profissional 04/60

DIR0154 Direito Eleitoral Profissional 04/60 DIR0155 Direito Municipal Profissional 04/60

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DIR0156 Medicina Legal Profissional 04/60 DIR0157 Direito Internacional Privado Profissional 04/60 DIR0158 Direito Romano Profissional 02/30 DIR0159 Teoria da Argumentação Profissional 04/60 DIR0160 Hermenêutica Jurídica Profissional 02/30 DIR0161 Técnica Legislativa Profissional 02/30 DIR0162 Direito do Idoso Profissional 04/60 DIR0163 Legislação Penal Extravagante Profissional 04/60 DIR0164 Direito Econômico Profissional 04/60 DIR0165 Direito Agrário Profissional 04/60 DIR0166 Direito Imobiliário Profissional 02/30 DIR0167 Biodireito e Bioética Profissional 02/30 DIR0168 Direito Educacional Profissional 02/30 DIR0169 Latim Jurídico Profissional 02/30 DIR0170 Direitos Humanos Profissional 04/60 DIR0171 Português Jurídico Profissional 04/60 DIR0172 Processo nos Juizados Especiais Profissional 04/60 DIR0173 Direito das Organizações Internacionais Profissional 04/60 DIR0174 Direito Constitucional Internacional Profissional 04/60 DIR0175 Direito da Integração Latino Americana Profissional 02/30 DIR0176 Tópicos Especiais I Profissional 02/30 DIR0177 Tópicos Especiais II Profissional 02/30

9.3 Estágio curricular obrigatório

A carga horária de 240 (duzentos e quarenta) horas do estágio Curricular

Supervisionado será desenvolvida nos 04 (quatro) últimos períodos letivos do curso.

O Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) é o espaço destinado ao desenvolvimento das

atividades do estágio supervisionado, de caráter obrigatório e outras atividades relativas à

assistência jurídica e convênios das quais faça parte o Curso de Direito, compreendendo

aulas expositivas e procedimentos próprios da atividade jurídica.

O Estágio Supervisionado, como atividade de ensino obrigatória, supõe uma

estrutura que agregue professores e alunos ao Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), composto

por um professor coordenador, professores de acompanhamento e grupos de alunos,

visando a vivência de atividades pertinentes á prática jurídica. Caberá ao Colegiado do

Curso regulamentar a estrutura e diretrizes do NPJ, inclusive indicar o seu coordenador.

Neste contexto, o projeto de ensino e estrutura do NPJ propiciará ao aluno-

estagiário, devidamente assistido pelos professores do NPJ, experiências nas diversas

atividades da área jurídica.

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Objetivando a fomentação do estágio supervisionado, poderão ser celebrados

convênios com instituições da área jurídica.

A carga horária do estágio supervisionado será distribuída em 04 (quatro) períodos

letivos e será desenvolvida em ações de forma inter-relacionada, não constituindo fases

estanques. Durante cada fase, os alunos deverão apresentar relatórios das atividades

desenvolvidas, que servirão de base para avaliação de aprendizagem e para o controle do

NPJ, reflexão sobre as experiências vividas, avaliação e o planejamento da fase seguinte.

O estágio supervisionado compreende as seguintes fases (componentes):

Código Disciplina Aplicação Crédito/Carga

Horária DIR0136 Prática e Estágio Supervisionado I Prática 04/60 DIR0142 Prática e Estágio Supervisionado II Prática 04/60 DIR0145 Prática e Estágio Supervisionado III Prática 04/60 DIR0148 Prática e Estágio Supervisionado IV Prática 04/60

9.4 Estágio Curricular não Obrigatório

O Estágio não obrigatório orienta-se pela Lei nº 11.788/2008 e pela Resolução nº

001/2009 – COORDI, datada de 15/12/2009, em acordo com a Resolução nº 227/2009 -

CONSEPE. O estágio deve ter duração mínima de 100 (cem) horas, e deve compatibilizar-

se com o horário das aulas.

O Estágio não obrigatório pode ser realizado mediante convênio com os mais

diversos órgãos, tais como:

- Ministério Público Estadual;

- Tribunal de Justiça do Estado;

- Defensoria Pública do Estado;

- Ministério Público Federal;

- Procuradoria Geral do Estado;

- Procuradoria Geral da União;

- Justiça Federal;

- Instituições Financeiras; e

- Escritórios de Advocacia devidamente conveniados.

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O estágio realizado nos órgãos conveniados permite o acesso do aluno a situações

reais com as quais não convive na universidade, adquirindo, com isso, o aporte necessário

para atuar nas diversas profissões jurídicas.

A extensão integrada ao estágio curricular obrigatório e não obrigatório é um

importante instrumento de formação do graduando, pois, ao atuar prestando serviços,

solucionando conflitos e auxiliando pessoas e a comunidade a se desenvolverem, está se

enriquecendo com novas experiências trazidas da sociedade, na relação bilateral da troca de

saberes entre a Academia e a Sociedade.

9.5 Atividades complementares

As atividades complementares têm por finalidade propiciar ao aluno a oportunidade

de acrescentar outros conhecimentos à sua formação jurídica e cidadã.

Essas atividades serão desenvolvidas extraclasse, com uma carga horária de 190

(cento e noventa) horas. Elas se referem à participação dos alunos em atividades de

pesquisa, de ensino e de extensão, tais como: congressos, seminários, monitórias, iniciação

científica, atividades de extensão, produção e/ ou publicação de artigos, elaboração de

papers, resenhas ou similares, ente outras, devidamente regulamentadas pelo Colegiado de

Curso.

9.6 Trabalho de Curso (TC)

O Trabalho de Curso (TC), obrigação legal do aluno, é requisito necessário à

conclusão do curso e deverá ser produzido sob forma de Trabalho Científico, ou

monográfico, ou outra forma definida pelo colegiado de curso; constituindo um trabalho de

pesquisa sobre determinada área de conhecimento jurídico; elaborado sob a supervisão de

um professor-orientador; seguindo um determinado procedimento metodológico, submetido

à avaliação da banca examinadora que, após exame do conteúdo e da forma do trabalho,

atribuirá um conceito.

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10. METODOLOGIA

De acordo com o documento “Projeto Pedagógico: orientações para a sua

elaboração”, redigido pela Coordenação Didático-Pedagógica da UFRN, em dezembro de

2005; e consoante o Parecer CNE/CES 0055/2004 do Conselho Nacional de Educação,

aprovado em 18.02.2004, o Curso de Direito da UFRN/CERES – Caicó tem como

concepção de aprendizagem as ações que busquem dotar o seu graduando de ferramentas e

equipamentos pessoais, num processo que dependa e valorize bilateralmente a autonomia

do conhecimento, assim, privilegiando as competências intelectuais que reflitam a

heterogeneidade das demandas sociais.

Na dicção de Zotti, nos diversos períodos históricos do Brasil, verifica-se que a

educação sempre foi conduzida pela classe dominante, de acordo com os seus objetivos

econômicos e políticos. Por isso, as definições curriculares oficiais tiveram por objetivo

fazer cumprir, sobretudo na prática, os paradigmas dominantes. Com essa política a

organização curricular, por diversos mecanismos, entre eles as definições oficiais,

historicamente, negou ao cidadão o direito ao conhecimento científico2

O apogeu da especialização foi o século XIX, com a aceleração da informação e a

solidificação das tecnologias. Com isso, o saber tomou contornos com fronteiras rígidas , e

as disciplinas se converteram em micro saberes e fontes de micro poderes, autoritarismo e

dogmatismo.

Ocorre que, novos conceitos que são reinterpretados, reclamam novos componentes

curriculares s e novos argumentos. Cada vez mais a complexidade da sociedade necessita

de abordagens transdisciplinares, para problemas cujas respostas são encontradas por uma

concentração de saberes e componentes curriculares. Neste contexto, se precisa, leciona

Japiassu3, tomar consciência das razões da filosofia.

Assim, diante da crise do saber e da sociedade, se consente que, o que mais se

precisa não é “slogans”, mas de uma ciência que dote o indivíduo de inteligibilidade e que

o permita interpretar e argumentar, seja a respeito dele “mesmo” seja quanto ao “outro”,

sem que se suprima a diferença.

2 ZOTTI, Solange Aparecida. Sociedade, educação e currículo no Brasil: dos jesuítas aos anos 80. 3 JAPIASSU, Hilton. Transdiciplinar.

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Uma ciência não pode ter como finalidade a exclusividade de um saber, logo, em

seu projeto devem constar aberturas para todas as luzes a fim de se conferir um sentido ao

individuo e ao todo da sua condição humana.

Relativamente às metodologias e às técnicas de ensino, os professores devem se

utilizar, nos diversos componentes curriculares técnicas didático-pedagógicas - levando em

conta que se estabeleçam durante todo o Curso - da relação teoria e prática, bem como que

as atividades curriculares procurem a articulação dos dados da realidade com o

conhecimento elaborado, na busca da produção do conhecimento novo ou na sua aplicação.

Entende-se que a metodologia deva obedecer a parâmetros delineados, permitindo-

se ser:

. Problematizadora – na medida em que apresenta as contradições básicas de uma situação

existencial concreta com problemas que desafiam as pessoas nela envolvidas;

. Interdisciplinar – na medida em que várias disciplinas ou vários ramos do saber abordam

determinado tema sob prismas diversos;

. Integradora – na medida em que possibilita às pessoas captarem o desafio como um

problema que tem conexões com outros problemas;

. Crítica – na medida em que oportuniza a busca das causas sociais, políticas, econômicas e

históricas de sua situação existencial;

. Impulsionadora da ação – na medida em que, ao responderem os desafios, as pessoas se

sintam comprometidas e cada vez mais engajadas no processo de transformação de sua

realidade;

. Dialogante – na medida em que elas são chamadas a conhecer, a elaborar o seu

conhecimento, quando se encontram em autêntica comunicação com outras pessoas;

. Criativa – na medida em que oferece a elas a possibilidade de construir seu saber,

partilhando suas experiências, inventado e reivindicando seu mundo, criando sua cultura e

forjando seu destino como seres históricos;

. Continuada – na medida em que, considerando os alunos como seres inacabados, numa

realidade igualmente inacabada, lhe dá a chance de refazerem, na ação-reflexão,

constantemente, sua realidade existencial, tendo em vista sua plena libertação.

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Ressalve-se, como destaque para reflexão, o que estabelece a Constituição Brasileira

de 1988, Arts. 207; 208, V; 214, V; e a LDB, Arts. 43, III, V, VII; 44, II, III, IV; 45; que o

ensino superior não se resume à graduação, que é apenas a formação inicial do graduando,

implicando a continuidade e aprofundamento dos estudos. O Curso de Direito da

UFRN/CERES – Caicó concebe a sua graduação no ensino jurídico, norteando-se pelos

seguintes princípios.

10.1 A interdisciplinaridade

O princípio da interdisciplinaridade consiste na base metodológica do Curso de

Direito da UFRN/CERES – Caicó.

No processo de produção e disseminação do conhecimento, isto é, na pesquisa e na

sala de aula, deve ser adotada a inter-relação dos diversos saberes que compõem os vários

componentes curriculares. Esta é a metodologia a ser cultivada, cuja finalidade está na

comunicação entre forma de conhecimento que se desenvolve a partir da especulação

teórica, com a forma de saber advinda do exercício da prática jurídica. Em outras palavras,

busca dotar o formando de capacidade para que desenvolva a crítica da ação prática através

da reflexão racional. Repudia, portanto, a compartimentalização dos componentes

curriculares, o que fere o princípio da unidade do conhecimento, que é a base da formação

pretendida pelo Curso de Direito da UFRN/CERES – Caicó.

10.2 A flexibilização

O princípio da flexibilização consiste na abertura do curso para as demandas

advindas do avanço do conhecimento e da tecnologia, e para as propostas apresentadas pela

sociedade e pelo mercado. Nas suas realizações, os programas serão abertos e de estrutura

curricular flexível, para que possam atender às necessidades advindas das diferenças dos

graduandos do Curso de Direito da UFRN/CERES – Caicó.

Nessa perspectiva, o curso busca dotar o graduado de habilidades que lhe permitam

identificar e se adaptar às novas competências.

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10.3 A articulação entre teoria e prática

O princípio da articulação entre teoria e prática insere-se no contexto programático

dos componentes curriculares, permitindo a adequação às necessidades específicas.

Nesse sentido, busca dotar o graduando do Curso de Direito da UFRN/CERES –

Caicó da compreensão de que a sua formação é uma especulação intelectual, que não

dissocia a teoria da prática. Portanto, o graduando deve desenvolver competências para

extrair da prática elementos que lhe permitam criticar o Direito e, buscar, na teoria, as

regras para a orientação de sua ação profissional.

10.4 A indissociabilidade do ensino, da pesquisa e da extensão

O princípio da indissociabilidade entre o ensino, pesquisa e extensão articula as três

principais funções da Academia.

Com isso, prevê a articulação da graduação com bases de pesquisa e projetos de

extensão. Portanto, busca envolver o graduando do Curso de Direito do UFRN/CERES –

Caicó com projetos de pesquisa e de extensão fomentados pelo Curso.

10.5 Educação a distância

A oferta de cursos na modalidade EAD surge como uma proposta alternativa de

expansão da educação superior em todo o Brasil. De uma maneira geral, a educação a

distância é uma realidade que se mostra como uma opção a mais, além dos cursos

presenciais tradicionais.

Essa nova proposta provocou uma alteração no conceito de presencialidade,

remodelando e redimensionando o papel do professor. O mesmo ocorre com o alunado, que

passa a ter acesso ao professor através de um processo mais dinâmico e flexível, não

havendo necessidade de aguardar os encontros presenciais para expor suas dúvidas.

Essa interação constante entre aluno e professor possibilita um maior intercâmbio de

saberes, estimulando a atividade de aprendizado e de busca pelo conhecimento. O modelo

mais descentralizado proporcionado pela educação a distância permite que o aluno tenha a

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sua prática orientada pelo professor, possibilitando que esse aluno desenvolva capacidades

de aprendizado por investigação, aprendendo a trabalhar com autonomia.

Para a implementação do modelo de educação a distância é necessário que

professores e alunos envolvidos nesse processo recebam treinamento para o uso do

ambiente virtual e da confecção de conteúdos apropriados.

11. DA AVALIAÇÃO

11.1 Da avaliação do processo ensino-aprendizagem

O sistema de avaliação do processo ensino-aprendizagem deverá levar em conta as

diretrizes estabelecidas pelo art. 9º da Resolução CNE/CES nº 09/2004, bem como a

Resolução nº 227/2009-CONSEPE/UFRN. Deverá considerar as metodologias e técnicas

didático-pedagógicas que permitam ao graduando desenvolver uma visão crítica do Direito,

além de implementar a transparência no processo avaliativo.

As técnicas pedagógicas utilizadas pelo professor no processo de ensino-

aprendizagem, em sintonia com a proposta metodológica, podem conter:

(a) exposição pelo professor, na forma de aulas expositivas participativas, dialogais e

interativas;

(b) estudos de texto, de casos reais e/ou simulados;

(c) estudos dirigidos e/ou orientados;

(d) mesa redonda; círculo de estudos; apresentação de seminários, painéis; e similares;

(e) trabalho e apresentação em grupo;

(f) utilização da informática como técnica de apoio didático-pedagógico;

(g) pesquisas na internet, ou na biblioteca; por meio de livros, periódicos, CD-ROMS;

(h) pesquisas orientadas de campo;

(i) atividades jurídico-sociais extensionistas desenvolvidas em eventos públicos, fora da

instituição;

(j) visitas acompanhadas a órgãos que desenvolvem atividades jurídicas;

(l) debates interdisciplinares.

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11.2 Da avaliação do projeto pedagógico

O processo avaliativo do Projeto Pedagógico realizar-se-á de forma permanente,

anualmente; envolvendo toda a comunidade acadêmica; utilizando-se de metodologias que

permitam evidenciar os avanços e os desacertos decorrentes de sua implementação, na

busca de possível redimensionamento em torno das potencialidades e fragilidades

identificadas.

Quanto à materialização do processo avaliativo, esta será consubstanciada em

regulamento a ser produzido por Comissão designada pelo Colegiado do Curso, sendo esta

formada por representantes de todos os segmentos acadêmicos direta ou indiretamente

relacionados com a consecução do projeto.

12. PROCESSO DE ORGANIZAÇÃO DOS CONHECIMENTOS NA ESTRUTURA

CURRICULAR

Tem como finalidade explicar os critérios adotados para a distribuição dos

conteúdos. Estes devem ser organizados na forma de unidades de estruturação didática

pedagógica.

Os conteúdos do Curso de Direito da UFRN/CERES/Caicó serão organizados e

interligados em três eixos de formação:

12.1 Eixo de Formação Fundamental

Tem a finalidade de integrar o graduando no âmbito da Ciência do Direito,

possibilitando relações entre o conhecimento jurídico e outras ciências, em estudos que

envolvam os conteúdos essenciais da filosofia, da ética, da política, da economia, da

história, da sociologia, da antropologia e da psicologia.

12.2 Eixo de Formação Profissional

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30

Tem a finalidade de estudar o direito positivo pátrio numa perspectiva dogmática,

conforme as peculiaridades dos diversos ramos do Direito, numa contextualização que

observe as evoluções do conhecimento humano e a missão da UFRN de disseminar o saber

universal e de contribuir com o desenvolvimento humano, a partir dos seguintes conteúdos:

Introdução ao Direito, Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Penal, Direito

Civil, Direito Empresarial, Direito do Trabalho, Direito Internacional e Direito Processual.

12.3 Eixo de Formação Prática

A finalidade do eixo de formação prática é a reflexão e a integração dos conteúdos

teóricos já estudados com o desenvolvimento da experiência prática em atividades

relacionadas com estágio curricular supervisionado, atividades complementares e trabalho

de curso. As atividades extraclasse também partem do princípio de que o graduando do

Curso de Direito da UFRN/CERES/Caicó é o sujeito do processo de sua formação, assim, é

um dos responsáveis pela finalidade social do conhecimento.

Quanto à distribuição da carga horária das atividades complementares, os critérios

para a seleção destas atividades e respectivas pontuações serão determinados pelo

Colegiado do Curso, que estabelecerá normas, controle e aproveitamento dessas atividades.

13. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR

13.1 Estrutura curricular

A estrutura curricular proposta para o Curso de Direito/CERES/Caicó está

estruturado em consonância com os pressupostos estabelecidos pela legislação vigente e as

novas concepções e paradigmas do ensino jurídico.

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31

UNIDADE DE VINCULAÇÃO: CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO SERIDÓ

Curso: DIREITO

Turno: ( )M ( )T ( )N ( )MT ( )MN ( X )TN ( )MTN

Município-Sede: CAICÓ/RN

Modalidade: ( X )Bacharelado ( )Licenciatura ( )Formação ( )Tecnólogo

Habilitação: -

Ênfase: -

Código do Currículo: 02

UFRN

Período letivo de ingresso pelo Vestibular: 1º ( X ) Vagas: 50 2º ( ) Vagas: ___

EXIGÊNCIAS PARA INTEGRALIZAÇÃO CURRICULAR

COMPONENTES CURRICULARES OBRIGATÓRIOS

ATIVIDADES ACADEMICAS ESPECÍFICAS CARGA HORARIA TOTAL: I+II+III+IV+V

DISCIPLINAS BLOCOS

MODULOS

OPTATIVAS

ESTÁGIO SUPERVISIONADO

TC ATIV. COMPLEM

ATIV. INTEGR.

CRÉDITOS C. HORÁRIA

AULA LAB AULA LAB

CREDITOS C. HORÁRIA

C. HORÁRIA

210 00 2910 00 - - - 240 60 190 -

TOTAL 210

TOTAL I 2910

TOTAL II -

TOTAL III -

TOTAL IV 300

TOTAL V: 490 3700

DURAÇÃO DO CURSO (Períodos letivos)

MÁXIMO IDEAL MÍNIMO

16 10 10

LIMITES DE CARGA HORÁRIA POR PERÍODO LETIVO

MÁXIMO IDEAL MÍNIMO

390 370 300

E S T R U T U R A C U R R I C U L A R

NÍVEL I Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0100 INTRODUÇÃO AO DIREITO I 04 60 - - -

DIR0101 SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA 04 60 - - -

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32

DIR0102 ECONOMIA POLÍTICA 04 60 - - -

DIR0103 ANTROPOLOGIA JURÍDICA 04 60 - - -

DIR0104 PSICOLOGIA JURÍDICA 04 60 - - -

DISCIPLINA OPTATIVA 04 60 - - -

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL II Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0105 INTRODUÇÃO AO DIREITO II 04 60 - - DIR0100

DIR0106 FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 04 60 - - DIR0100

DIR0107 METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTÍFICA 04 60 - - -

DIR0108 CIÊNCIA POLÍTICA 04 60 - - DIR0100

DIR0109 HISTÓRIA DO DIREITO 02 30 - - -

DISCIPLINA OPTATIVA 02 30 - - -

TOTAL 20 300

NÍVEL III Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0110 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 04 60 - - DIR0100

DIR0111 DIREITO CONSTITUCIONAL I 04 60 - - DIR0105

DIR0112 DIREITO CIVIL I 04 60 - - DIR0105

DIR0113 DIREITO PENAL I 04 60 - - DIR0105

DIR0114 DIREITO ADMINISTRATIVO I 04 60 - - DIR0105

DISCIPLINA OPTATIVA 04 60 - - -

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL IV Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0115 DIREITO CONSTITUCIONAL II 04 60 - - DIR0111

DIR0116 DIREITO CIVIL II 04 60 - - DIR0112

DIR0117 DIREITO PENAL II 04 60 - - DIR0113

DIR0118 TEORIA GERAL DO PROCESSO 04 60 - - DIR0111

DIR0119 DIREITO ADMINISTRATIVO II 04 60 - - DIR0114

TOTAL 20 300 - - -

NÍVEL V Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0120 DIREITO CIVIL III 04 60 - - DIR0112

DIR0121 DIREITO PENAL III 04 60 - - DIR0113

DIR0122 DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 04 60 - - DIR0118

DIR0123 DIREITO EMPRESARIAL I 04 60 - - DIR0112

DIR0124 DIREITO CONSTITUCIONAL III 04 60 - - DIR0111

DISCIPLINA OPTATIVA 04 60 - - -

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL VI Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0125 DIREITO CIVIL IV 04 60 - - DIR0112

DIR0126 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 04 60 - - DIR0122

DIR0127 DIREITO PROCESSUAL PENAL I 04 60 - - DIR0118

DIR0128 DIREITO DO TRABALHO I 04 60 - - DIR0111

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33

DIR0129 DIREITO EMPRESARIAL II 04 60 - - DIR0123

DIR0130 DIREITO PENAL IV 04 60 - - DIR0113

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL VII Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0131 DIREITO CIVIL V 04 60 - - DIR0112

DIR0132 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 04 60 - - DIR0118

DIR0133 DIREITO PROCESSUAL PENAL II 04 60 - - DIR0118

DIR0134 DIREITO DO TRABALHO II 04 60 - - DIR0128

DIR0135 DIREITO EMPRESARIAL III 04 60 - - DIR0123

DIR0136 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 04 60 - - DIR0122

DISCIPLINA OPTATIVA 02 30 - - -

TOTAL 26 390 - - -

NÍVEL VIII Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0137 DIREITO PROCESSUAL PENAL III 04 60 - - DIR0118 DIR0138 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 04 60 - - DIR0118 DIR0139 DIREITO TRIBUTÁRIO I 04 60 - - DIR0111

DIR0140 DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 04 60 - - DIR0118

DIR0141 DIREITO CIVIL VI 04 60 - - DIR0112

DIR0142 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 04 60 - - DIR0122

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL IX Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0143 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO 04 60 - - DIR0118

DIR0144 DIREITO CIVIL VII 04 60 - - DIR0112

DIR0145 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 04 60 - - DIR0122

DIR0146 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 04 60 - - DIR0128

DIR0147 DIREITO TRIBUTÁRIO II 04 60 - - DIR0139

DISICPLINA OPTATIVA 04 60 - - -

TOTAL 24 360 - - -

NÍVEL X Código COMPONENTES CURRICULARES CR CH Requisito Co Pré

DIR0148 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 04 60 - - DIR0122

DIR0149 DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO 04 60 - - DIR0111 DIR0150 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 04 60 - - DIR0111 DIR0151 DIREITO AMBIENTAL 04 60 - - DIR0111 DIR0152 DIREITO DO CONSUMIDOR 04 60 - - DIR0111 TOTAL 20 300 - - -

QUADRO DE PRÉ-REQUISITOS DAS DISICPLINAS OPTATIVAS

Cód. Denominação CR. PRÉ DIR0153 Direito Financeiro 04 DIR0111 DIR0154 Direito Eleitoral 04 DIR0111 DIR0155 Direito Municipal 04 DIR0111 DIR0156 Medicina Legal 04 -

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34

DIR0157 Direito Internacional Privado 04 DIR0111 DIR0158 Direito Romano 02 - DIR0159 Teoria da Argumentação 04 - DIR0160 Hermenêutica Jurídica 02 - DIR0161 Técnica Legislativa 02 - DIR0162 Direito do Idoso 04 - DIR0163 Legislação Penal Extravagante 04 DIR0113 DIR0164 Direito Econômico 04 DIR0111 DIR0165 Direito Agrário 04 - DIR0166 Direito Imobiliário 02 - DIR0167 Biodireito e Bioética 02 - DIR0168 Direito Educacional 02 - DIR0169 Latim Jurídico 02 - DIR0170 Direitos Humanos 04 DIR0111 DIR0171 Português Jurídico 04 - DIR0172 Processo nos Juizados Especiais 04 DIR0118 DIR0173 Direito das Organizações Internacionais 04 DIR0111 DIR0174 Direito Constitucional Internacional 04 DIR0111 DIR0175 Direito da Integração Latino Americana 02 - DIR0176 Tópicos Especiais I 02 - DIR0177 Tópicos Especiais II 02 -

13.2 Equivalência de disciplinas 13.2.1 Disciplinas obrigatórias 13.2.1.1 Equivalência de disciplinas entre o currículo vigente e o proposto

Centro:CERES Curso: DIREITO Turno: ( )M ( )T ( )N ( )MT ( )MN (X)TN ( )MTN Cidade:CAICÓ Modalidade: ( X )Bacharelado ( )Licenciatura ( )Formação ( )Tecnólogo Habilitação: - Ênfase: -

UFRN

Currículo: 02

QUADRO DE EQUIVALÊNCIA I (código 01A – 2009.1) Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente:

Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR. DIR0100 INTRODUÇÃO AO DIREITO I 04 DIR0600 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO

DIREITO I 04

DED0327

SOCIOLOGIA GERAL 06 DIR0101 SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA 04

DIR0602 SOCIOLOGIA JURÍDICA 04 DIR0102 ECONOMIA POLÍTICA 04 DIR0601 ECONOMIA POLÍTICA I 04

DHG0001 ANTROPOLOGIA I 04 DIR0103 ANTROPOLOGIA JURÍDICA 04 DHG0162 ANTROPOLOGIA 04

DIR0104 PSICOLOGIA JURÍDICA 04 DED0061 PSICOLOGIA I – GERAL 04

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35

DIR0105 INTRODUÇÃO AO DIREITO II 04 DIR0604 INTRODUÇÃO À CIÊNCIA DO DIREITO II

04

DIR0106 FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 04 DED0328 FILOSOFIA I 04 DIR0107 METODOLOGIA DA PESQUISA

CIENTÍFICA 04 CSH0001 METODOLOGIA CIENTÍFICA 04

DIR0108 CIÊNCIA POLÍTICA 04 DHG0040 CIÊNCIA POLÍTICA I 04 DIR0109 HISTÓRIA DO DIREITO 02 DIR0608 HISTÓRIA DO DIREITO 04

DED0609 ÉTICA 04 DIR0110 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 04 DIR0628 ÉTICA PROFISSIONAL 02

DIR0111 DIREITO CONSTITUCIONAL I 04 DIR0606 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 04 DIR0112 DIREITO CIVIL I 04 DIR0605 TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 04

DIR0607 TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL I

04 DIR0113 DIREITO PENAL I 04

DIR0614 TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL II

04

DIR0114 DIREITO ADMINISTRATIVO I 04 DIR0617 DIREITO ADMINISTRATIVO I 04 DIR0115 DIREITO CONSTITUCIONAL II 04 DIR0613 SISTEMA CONSTITUCIONAL

BRASILEIRO 04

DIR0116 DIREITO CIVIL II 04 DIR0610 TEORIA DAS OBRIGAÇÕES 04 DIR0117 DIREITO PENAL II 04 DIR0619 CRIMES EM ESPÉCIE I 04 DIR0118 TEORIA GERAL DO PROCESSO 04 DIR0612 TEORIA GERAL DO PROCESSO 04 DIR0119 DIREITO ADMINISTRATIVO II 04 DIR0621 DIREITO ADMINISTRATIVO II 04

DIR0615 CONTRATOS 04 DIR0120 DIREITO CIVIL III 04 DIR0665 CONTRATOS EM ESPÉCIE 04

DIR0121 DIREITO PENAL III 04 DIR0623 CRIMES EM ESPÉCIE II 04 DIR0122 DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 04 DIR0618 PROCESSO DE CONHECIMENTO

CIVIL 04

DIR0123 DIREITO EMPRESARIAL I 04 DIR0616 TEORIA GERAL DO DIREITO COMERCIAL

04

DIR0124 DIREITO CONSTITUCIONAL III 04 - - - DIR0125 DIREITO CIVIL IV 04 DIR0624 DIREITOS REAIS 04 DIR0126 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 04 DIR0618 PROCESSO DE CONHECIMENTO

CIVIL 04

DIR0127 DIREITO PROCESSUAL PENAL I 04 DIR0626 PROCESSO PENAL I 04 DIR0128 DIREITO DO TRABALHO I 04 DIR0634 TEORIA GERAL DO DIREITO DO

TRABALHO 04

DIR0129 DIREITO EMPRESARIAL II 04 DIR0625 DIREITO CAMBIÁRIO 04 DIR0130 DIREITO PENAL IV 04 - - - DIR0131 DIREITO CIVIL V 04 DIR0611 DIREITO DA FAMÍLIA 04 DIR0132 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 04 DIR0627 PROCESSO DE EXECUÇÃO CIVEL 04 DIR0133 DIREITO PROCESSUAL PENAL II 04 DIR0633 PROCESSO PENAL II 04

DIR0647 CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO

04 DIR0134 DIREITO DO TRABALHO II 04

DIR0656 CONTRATO COLETIVO DO TRABALHO

04

DIR0135 DIREITO EMPRESARIAL III 04 DIR0630 DIREITO FALIMENTAR 04 DIR0136 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 04 DIR0631 ASSISTÊNCIA JURÍDICA I 01 DIR0137 DIREITO PROCESSUAL PENAL III 04 - - - DIR0138 DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO 04 DIR0661 DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO 04

DIR0139 DIREITO TRIBUTÁRIO I 04 DIR0659 DIREITO TRIBUTÁRIO 04 DIR0140 DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 04 DIR0622 RECURSOS E CAUTELARES CIVEIS 04 DIR0141 DIREITO CIVIL VI 04 DIR0629 DIREITO DAS SUCESSÕES 04 DIR0142 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 04 DIR0635 ASSISTÊNCIA JURÍDICA II 04

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36

DIR0143 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO 04 DIR0638 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO 04 DIR0144 DIREITO CIVIL VII 04 DIR0658 RESPONSABILIDADE CIVIL 04 DIR0145 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 04 DIR0648 ASSISTÊNCIA JURÍDICA III 06 DIR0146 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 04 DIR0645 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 04 DIR0147 DIREITO TRIBUTÁRIO II 04 - - - DIR0148 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 04 DIR0657 ASSISTÊNCIA JURÍDICA IV 06 DIR0149 DIREITO INTERNACIONAL

PÚBLICO 04 DIR0642 DIREITO INTERNACIONAL

PÚBLICO 04

DIR0150 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

04 DIR0651 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTO

04

DIR0151 DIREITO AMBIENTAL 04 DIR0662 DIREITO DO MEIO AMBIENTE 04 DIR0152 DIREITO DO CONSUMIDOR 04 DIR0655 DIREITO DO CONSUMIDOR 04

QUADRO DE EQUIVALÊNCIA II (código 01 – 1998.1)

Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente:

Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR. DIR0100 INTRODUÇÃO AO DIREITO I 04 ESE0600 INT. À CIÊNCIA DO DIREITO I 04

ESE0327

SOCIOLOGIA GERAL 06 DIR0101 SOCIOLOGIA GERAL E JURÍDICA 04

ESE0602 SOCIOLOGIA JURÍDICA 04 DIR0102 ECONOMIA POLÍTICA 04 ESE0601 ECONOMIA POLÍTICA I 04 DIR0103 ANTROPOLOGIA JURÍDICA 04 DHG0001 ANTROPOLOGIA I 04 DIR0104 PSICOLOGIA JURÍDICA 04 ESE0061 PSICOLOGIA I – GERAL 04 DIR0105 INTRODUÇÃO AO DIREITO II 04 ESE0604 INT. À CIÊNCIA DO DIREITO II 04 DIR0106 FILOSOFIA GERAL E JURÍDICA 04 ESE0328 FILOSOFIA I 04 DIR0107 METODOLOGIA DA PESQUISA

CIENTÍFICA 04 CSH0001 METODOLOGIA CIENTÍFICA 04

DIR0108 CIÊNCIA POLÍTICA 04 DHG0040 CIÊNCIA POLÍTICA I 04 DIR0109 HISTÓRIA DO DIREITO 02 ESE0608 HISTÓRIA DO DIREITO 04

ESE0609 ÉTICA 04 DIR0110 ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL 04 ESE0628 ÉTICA PROFISSIONAL 02

DIR0111 DIREITO CONSTITUCIONAL I 04 ESE0606 TEORIA DA CONSTITUIÇÃO 04 DIR0112 DIREITO CIVIL I 04 ESE0605 TEORIA GERAL DO DIREITO CIVIL 04

ESE0607 TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL I

04 DIR0113 DIREITO PENAL I 04

ESE0614 TEORIA GERAL DO DIREITO PENAL II

DIR0114 DIREITO ADMINISTRATIVO I 04 ESE0617 DIREITO ADMINISTRATIVO I 04 DIR0115 DIREITO CONSTITUCIONAL II 04 ESE0613 SISTEMA CONSTITUCIONAL

BRASILEIRO 04

DIR0116 DIREITO CIVIL II 04 ESE0610 TEORIA DAS OBRIGAÇÕES 04 DIR0117 DIREITO PENAL II 04 ESE0619 CRIMES EM ESPÉCIE I 04 DIR0118 TEORIA GERAL DO PROCESSO 04 ESE0612 TEORIA GERAL DO PROCESSO 04 DIR0119 DIREITO ADMINISTRATIVO II 04 ESE0621 DIREITO ADMINISTRATIVO II 04 DIR0120 DIREITO CIVIL III 04 ESE0615 CONTRATOS 04 DIR0121 DIREITO PENAL III 04 ESE0623 CRIMES EM ESPÉCIE II 04

DIR0122 DIREITO PROCESSUAL CIVIL I 04 ESE0618 PROCESSO DE CONHECIMENTO CIVIL

04

DIR0123 DIREITO EMPRESARIAL I 04 ESE0616 TEORIA GERAL DO DIREITO COMERCIAL

04

DIR0124 DIREITO CONSTITUCIONAL III 04 - - - DIR0125 DIREITO CIVIL IV 04 ESE0665 CONTRATOS EM ESPÉCIE 04

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37

DIR0126 DIREITO PROCESSUAL CIVIL II 04 ESE0618 PROCESSO DE CONHECIMENTO CIVIL

04

DIR0127 DIREITO PROCESSUAL PENAL I 04 ESE0626 PROCESSO PENAL I 04 DIR0128 DIREITO DO TRABALHO I 04 ESE0634 TEORIA GERAL DO DIREITO DO

TRABALHO 04

DIR0129 DIREITO EMPRESARIAL II 04 ESE0625 DIREITO CAMBIÁRIO 04 DIR0130 DIREITO PENAL IV 04 - - - DIR0131 DIREITO CIVIL V 04 ESE0624 DIREITOS REAIS 04 DIR0132 DIREITO PROCESSUAL CIVIL III 04 ESE0627 PROCESSO DE EXECUÇÃO CIVEL 04 DIR0133 DIREITO PROCESSUAL PENAL II 04 ESE0633 PROCESSO PENAL II 04

ESE0647 CONTRATO INDIVIDUAL DO TRABALHO

04 DIR0134 DIREITO DO TRABALHO II 04

ESE0656 CONTRATO COLETIVO DO TRABALHO

04

DIR0135 DIREITO EMPRESARIAL III 04 ESE0630 DIREITO FALIMENTAR 04 DIR0136 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO I 04 ESE0631 ASSISTÊNCIA JURÍDICA I 01 DIR0137 DIREITO PROCESSUAL PENAL III 04 - - - DIR0138 DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO 04 ESE0661 DIREITO PROCESSUAL DO

TRABALHO 04

DIR0139 DIREITO TRIBUTÁRIO I 04 ESE0659 DIREITO TRIBUTÁRIO 04 DIR0140 DIREITO PROCESSUAL CIVIL IV 04 ESE0622 RECURSOS E CAUTELARES CIVEIS 04 DIR0141 DIREITO CIVIL VI 04 ESE0611 DIREITO DA FAMÍLIA 04 DIR0142 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 04 ESE0635 ASSISTÊNCIA JURÍDICA II 04 DIR0143 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO 04 ESE0638 DIREITO PROCESSUAL COLETIVO 04 DIR0144 DIREITO CIVIL VII 04 ESE0629 DIREITO DAS SUCESSÕES 04 DIR0145 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO III 04 ESE0648 ASSISTÊNCIA JURÍDICA III 06 DIR0146 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 04 ESE0645 DIREITO PREVIDENCIÁRIO 04 DIR0147 DIREITO TRIBUTÁRIO II 04 - - - DIR0148 PRÁTICA E ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV 04 ESE0657 ASSISTÊNCIA JURÍDICA IV 06 DIR0149 DIREITO INTERNACIONAL

PÚBLICO 04 ESE0642 DIREITO INTERNACIONAL

PÚBLICO 04

DIR0150 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

04 ESE0651 DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTO

04

DIR0151 DIREITO AMBIENTAL 04 ESE0662 DIREITO DO MEIO AMBIENTE 04 DIR0152 DIREITO DO CONSUMIDOR 04 ESE0655 DIREITO DO CONSUMIDOR 04

13.2.2 Disciplinas optativas 13.2.2.1 Equivalência de disciplinas entre o currículo vigente e o proposto

Centro:CERES Curso: DIREITO Turno: ( )M ( )T ( )N ( )MT ( )MN ( X )TN ( )MTN Cidade: Modalidade: ( X )Bacharelado ( )Licenciatura ( )Formação ( )Tecnólogo Habilitação: - Ênfase: -

UFRN

Currículo: 02 QUADRO DE EQUIVALÊNCIA III (código 01A – 2009.1)

Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente:

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38

Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR. DIR0153 Direito Financeiro 04 DIR0636 Direito Financeiro e Finanças Públicas 04 DIR0154 Direito Eleitoral 04 DIR0639 Direito Eleitoral 04 DIR0155 Direito Municipal 04 DIR0640 Direito Municipal 03 DIR0156 Medicina Legal 04 DIR0643 Medicina Legal e Criminalista 04 DIR0157 Direito Internacional Privado 04 DIR0644 Direito Internacional Privado 04 DIR0158 Direito Romano 02 DIR0646 Direito Romano 04 DIR0159 Teoria da Argumentação 04 DIR0652 Teoria da Argumentação 04 DIR0160 Hermenêutica Jurídica 02 DIR0653 Hermenêutica Jurídica 04 DIR0161 Técnica Legislativa 02 - - - DIR0162 Direito do Idoso 04 - - - DIR0163 Legislação Penal Extravagante 04 - - - DIR0164 Direito Econômico 04 DIR0663 Direito Econômico 04 DIR0165 Direito Agrário 04 DIR0678 Direito Agrário 04 DIR0166 Direito Imobiliário 04 DIR0650 Direito imobiliário 04 DIR0167 Biodireito e Bioética 02 - - - DIR0168 Direito Educacional 02 - - - DIR0169 Latim Jurídico 02 - - - DIR0170 Direitos Humanos 04 - - - DIR0171 Português Jurídico 04 - - - DIR0172 Processo nos Juizados Especiais 02 - - - DIR0173 Direito das Organizações

Internacionais 04 - - -

DIR0174 Direito Constitucional Internacional 04 - - - DIR0175 Direito da Integração Latino

Americana 04 - - -

DIR0176 Tópicos Especiais I 04 - - - DIR0177 Tópicos Especiais II 04 - - -

QUADRO DE EQUIVALÊNCIA IV (código 01 - 1998) Disciplinas do currículo proposto: Disciplinas do currículo vigente:

Cód. Denominação CR. Cód. Denominação CR. DIR0153 Direito Financeiro 04 ESE0636 Direito Financeiro e Finanças Públicas 04 DIR0154 Direito Eleitoral 04 ESE0639 Direito Eleitoral 04 DIR0155 Direito Municipal 04 ESE0640 Direito Municipal 03 DIR0156 Medicina Legal 04 ESE0643 Medicina Legal e Criminalista 04 DIR0157 Direito Internacional Privado 04 ESE0644 Direito Internacional Privado 04 DIR0158 Direito Romano 02 ESE0646 Direito Romano 04 DIR0159 Teoria da Argumentação 04 ESE0652 Teoria da Argumentação 04 DIR0160 Hermenêutica Jurídica 02 ESE0653 Hermenêutica Jurídica 04 DIR0161 Técnica Legislativa 02 - - - DIR0162 Direito do Idoso 04 - - - DIR0163 Legislação Penal Extravagante 04 - - - DIR0164 Direito Econômico 04 ESE0663 Direito Econômico 04 DIR0165 Direito Agrário 04 ESE0678 Direito Agrário 04 DIR0166 Direito Imobiliário 04 ESE0650 Direito imobiliário 04 DIR0167 Biodireito e Bioética 02 - - - DIR0168 Direito Educacional 02 - - - DIR0169 Latim Jurídico 02 - - - DIR0170 Direitos Humanos 04 - - - DIR0171 Português Jurídico 04 - - - DIR0172 Processo nos Juizados Especiais 02 - - -

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DIR0173 Direito das Organizações Internacionais

04 - - -

DIR0174 Direito Constitucional Internacional 04 - - - DIR0175 Direito da Integração Latino

Americana 04 - - -

DIR0176 Tópicos Especiais I 04 - - - DIR0177 Tópicos Especiais II 04 - - -

14. RECURSOS HUMANOS

14.1 Corpo Docente

O quadro atual de professores efetivos do Departamento de Direito consiste em 11

(onze) docentes, dos quais 09 (nove) possuem Mestrado em Direito, 01 (um) especialização

e 01 (um) graduação. Dos professores efetivos, 01 (um) se encontra realizando doutorado.

Contamos, ainda, com 02 (dois) professores substitutos e 02 (dois) professores

colaboradores voluntários.

Dos 11 (onze) professores permanentes, 06 (seis) estão sob o regime de dedicação

exclusiva com 40 horas de trabalho, e 05 (cinco) sob o regime de 20 horas.

15. RECURSOS HUMANOS E INFRAESTRUTURA NECESSÁRIOS PARA A

OPERACIONALIZAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO

15.1 Recursos Humanos

O quadro permanente ideal de docentes para o curso de Direito do CERES suprir as

demandas atuais é de 15 (quinze) professores, sendo 10 (dez) com dedicação exclusiva e 05

(cinco) com regime de trabalho de 20 horas. Ou seja, necessitaríamos realizar,

imediatamente, concurso público de provas e títulos para preenchimento de 04 (quatro)

vagas de docentes, preferencialmente doutores, com regime de 40 horas e dedicação

exclusiva.

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Para o seu funcionamento, também se faz necessário no mínimo 02 (dois) servidores

técnico-administrativos, visando o melhor desenvolvimento das atividades do

departamento, da coordenação do curso e o do Núcleo de Prática Jurídica.

15.2 Infraestrutura

A infraestrututra necessária para o funcionamento do curso de Direito do CERES

requer: auditório; banheiros; salas para professores; salas de aula (mínimo de cinco);

computadores, multimídia (data show); bem como a reforma do prédio do Núcleo de

Prática Jurídica e a instalação de uma sala com toda infraestrutura necessária para os alunos

do curso desenvolverem programas e projetos de monitoria, iniciação científica e de

extensão.

16. POLÍTICA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

O Plano de Desenvolvimento Institucional - PDI é o plano estratégico que define os

rumos da instituição universitária em termos de sua expansão e as metas que pretende

atingir. O Plano explicita a missão da universidade, os objetivos institucionais e as políticas

pedagógicas orientadoras das ações acadêmicas da UFRN.

Os tempos atuais exigem que a introdução das ideias de interdisciplinaridade e de

indissociabilidade ensino-pesquisa-extensão se dê através de novos parâmetros de

flexibilização. A Universidade se obriga, assim, a redimensionar as suas estratégias de

produção do conhecimento.

O princípio metodológico fundamental que orienta todas as atividades pedagógicas

é a flexibilidade, comungando com amplas e diversificadas competências demandadas pelo

mundo do trabalho e, sobretudo, com os novos desafios da sociedade contemporânea. A

extensão desse conceito comporta as idéias de: (1) Indissociabilidade: desenvolvimento de

atividades de ensino, de extensão e de pesquisa integradas às atividades formais pertinentes

ao conteúdo curricular. Isso significa que toda atividade de extensão e de pesquisa deve ser

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desenvolvida como parte das atividades curriculares previstas em componentes curriculares

dos cursos, tendo sua carga horária e avaliação computadas nos componentes curriculares

envolvidas; (2) Interdisciplinaridade: integração de conteúdos de vários componentes

curriculares no desenvolvimento de estudo de um determinado tema ou eixo conceitual,

tendo sua carga horária e avaliação computadas nas disciplinas envolvidas; (3) Formação

integrada à realidade social: ampliação das políticas de inclusão para garantir a igualdade

de acesso e o respeito às diferenças econômico-sociais e àquelas referentes aos portadores

de necessidades educacionais especiais, tomando essas diferenças como parte das

características que dão unidade ao trabalho da UFRN; e (4) Articulação teoria-prática:

superação da dicotomia teoria-prática, realizada, prioritariamente, nas atividades

curriculares de estágio e de extensão.

A nova concepção do processo educacional expressa que o ensino não pode mais ser

reduzido à “aulificação” do saber, isto é, ao entendimento de que o processo ensino-

aprendizagem é medido apenas em termos de carga horária despendida em sala de aula por

meio de atividades de preleção. Esse processo, antes centrado fortemente na ótica docente -

ensino desenvolvido através de horas em sala de aula -, deve ser, mediante orientação

docente, transferido para o discente, sob a ótica da carga de trabalho necessária para a

aquisição do saber.

O processo educacional deve ser apreendido pelo estudante e pode ocorrer de

formas variadas. O aluno pode receber o conteúdo do seu curso em atividades teóricas e,

sob orientação docente, em atividades de pesquisas e/ou experimentais, no campo, em

laboratórios, em bibliotecas, ou em atividades práticas em estágios supervisionados e

práticas profissionais. Para tanto, torna-se imperativo a combinação de metodologias

adotadas no ensino presencial e na educação a distância.

Mesmo em uma atividade teórica, o professor poderá diversificar e flexibilizar suas

atividades acadêmico-pedagógicas, distribuindo as horas de trabalho dos estudantes em

aulas presenciais, não-presenciais e outras atividades, desenvolvidas junto aos órgãos que

prestam atendimento jurídico, bem como de pesquisa jurisprudência.

Outro aspecto da nova concepção do processo educacional é o entendimento de que

a formação superior envolve necessariamente o estudo individual, cuja duração excede em

muito o trabalho acadêmico efetivo previsto nos projetos pedagógicos dos cursos.

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A Universidade se obriga a redimensionar as estratégias do processo de

aprendizagem, com a reorganização dos cursos de graduação de forma a contemplar a

construção de novos itinerários formativos, tendo em vista a incorporação de princípios

como a flexibilização, a mobilidade estudantil, a interdisciplinaridade, a inovação científica

e tecnológica e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão.

Assim, inovações curriculares flexíveis e significativas passam pela construção de

itinerários formativos diversificados e pela adoção de currículos integrados que promovam

a interação entre os conteúdos dos componentes curiculares e os níveis de formação. A par

de uma redução significativa de pré-requisitos e de conteúdos obrigatórios, alcançam-se

índices de flexibilidade que propiciam oportunidades diferenciadas de integralização

curricular.

Para enfrentar esses novos desafios, a UFRN deve desenvolver ações de forma a:

1. Fortalecer e disseminar a flexibilidade curricular nos projetos pedagógicos dos cursos de

graduação. Ela deve permitir que o aluno adapte o seu percurso formativo ao longo do

curso, de acordo com o seu interesse. Os projetos pedagógicos devem privilegiar estruturas

curriculares com número reduzido de pré-requisitos e apenas os conteúdos obrigatórios

estritamente necessários à formação acadêmica, com primazia para as atividades

complementares que contemplem a um só tempo o ensino, a pesquisa e a extensão;

2. Criar espaços diversificados de formação nos cursos de graduação, possibilitando o

desenvolvimento de atividades práticas em ambientes externos à Universidade;

3. Estimular o desenvolvimento de práticas pedagógicas com a utilização de recursos das

novas tecnologias de apoio ao ensino e à aprendizagem;

4. Estimular a mobilidade estudantil, mediante o aproveitamento da carga horária com a

circulação de estudantes entre cursos e programas de educação superior;

5. Atualizar os projetos pedagógicos dos cursos, com alterações curriculares que

contemplem as demandas do avanço do conhecimento, da tecnologia e do mercado; e com

a redução da carga horária necessária à integralização curricular e a consequente

diminuição do tempo de duração dos cursos de graduação, sem comprometer o ensino-

aprendizagem.