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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE Por: ALESSANDRA QUINTINO RODRIGUES Orientador Prof. JORGE VIEIRA Rio de Janeiro 2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

Por: ALESSANDRA QUINTINO RODRIGUES

Orientador

Prof. JORGE VIEIRA

Rio de Janeiro

2012

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Marketing.

Por: . Alessandra Quintino Rodrigues

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus que me permitiu

completar mais uma etapa de minha

evolução acadêmica.

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RESUMO

Para satisfazer a seus clientes, uma empresa tem de oferecer serviços de qualidade. A empresa precisa investir em qualidade, oferecendo treinamento e ferramentas para seus funcionários, capacitando-os a produzir um trabalho de alta qualidade que aproveite bem suas habilidades, e da qual eles passam orgulhar-se.

Uma das principais maneiras de uma empresa que presta serviços

diferenciar-se de concorrentes é prestar serviços de alta qualidade. A chave é atender as expectativas da qualidade dos consumidores. Suas expectativas são formadas por experiências passadas, divulgadas boca-a-boca e através de propagandas da empresa.

Assim, destaca-se que se os serviços recebidos ficarem abaixo da

expectativa, os consumidores perdem o interesse pela empresa e seus serviços, mas se o contrário ocorrer, os consumidores procurarão a empresa e aquilo que ela oferece.

Dessa maneira, as ações do marketing serão voltadas para os

consumidores finais, práticas que proporcionam as empresas um melhor relacionamento com seus clientes finais e um maior alcance aos clientes potencias. Para uma empresa, é fundamental que ela tenha o consumidor como centro e ponto de partida par mudanças no eixo decisório. Cada vez mais se exige como capacidade competitiva, que a empresa possa oferecer serviços que venham de encontro ao que o cliente espera, pois é ele que mostra os possíveis rumos das organizações.

Palavras-chave: Qualidade, qualidade no atendimento, satisfação dos

clientes.

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METODOLOGIA

Quanto aos fins, para o estudo da busca pela excelência no atendimento ao cliente, será utilizada a pesquisa explicativa. Explicativa porque o estudo buscará explicar, com base no material lido, a importância do marketing de relacionamento para a qualidade no atendimento ao cliente.

Quanto aos meios, a pesquisa será de cunho bibliográfico, a partir de autores que versam sobre o tema estudado.

Ao longo desse estudo, serão cumpridas as seguintes etapas para a sua realização: levantamento e seleção da literatura, realização dos distintos procedimentos da leitura analítica e dos que se referem à elaboração do projeto monográfico, prevendo a incorporação destes dados no desenvolvimento da monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07

CAPÍTULO I - O conceito básico da qualidade 09

CAPÍTULO II - Serviços e Clientes 18

CONCLUSÃO 32

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 33

ÍNDICE 35

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INTRODUÇÃO

Este trabalho destina-se a enfocar a importância da qualidade no

atendimento ao cliente que a cada dia ficam mais exigentes e conhecedores

do assunto. O mercado apresenta-se atualmente muito preparado e bem

informado nos diversos assuntos de prestação de serviços. Antes de procurar

a prestação de um serviço, o cliente busca informações dos procedimentos,

detalhes de aquisição, conseqüências contratuais caso as regras não sejam

cumpridas. Tais informações têm sua origem em diversos canais, como:

internet, amigos e familiares, universidade e no próprio trabalho.

A prestação de serviços tem uma peculiaridade especial: a confiança.

Por meio do serviço, constrói-se uma relação de confiança com o cliente e a

qualidade no atendimento está diretamente ligada à qualidade de

relacionamento que se estabelece com ele. Cuidar dessa relação, observando

os seus mais diversos aspectos é algo recomendável para todos os

profissionais preocupados em satisfazê-los e posteriormente fidelizá-los.

Tendo ciência do tipo de serviço e da necessidade do cliente, este

procura o prestador de serviço para lhe atender. O cliente requer, naquele

momento, a solução de sua necessidade (implícita ou explícita) de forma

transparente, eficaz e ética. Administrar e, antes de tudo, saber gerenciar

pessoas e processos. Um ponto bastante relevante neste aspecto é a cultura

organizacional (conjuntos de crenças, valores, visão e objetivos). È esta cultura

que irá determinar o ritmo das mudanças e o sucesso das organizações,

desenvolvendo um projeto de excelência no atendimento.

Qualidade no atendimento é algo que está presente no dia-a-dia de toda

e qualquer empresa, seja qual for a sua área de atuação, ela desenvolve um

papel importante em todo o ambiente organizacional e em inúmeros aspectos

que estão ligados a vida das pessoas.

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As críticas feitas pelos clientes representam uma oportunidade para que

se possa identificar possíveis falhas e corrigi-las rapidamente, evitando que

tais situações venham ocorrer novamente. Toda organização tem clientes e

deste depende para sobreviver.

O atendimento ao cliente com qualidade reflete na personalização do

atendimento e pode ser dividido em três etapas significativas: identificar o

cliente, aprender sobre ele e atendê-lo. Neste cenário é importante que a

empresa ofereça além de serviços e produtos de qualidade, atendimento com

qualidade, porque o cliente leva junto à credibilidade da empresa.

Qualidade no atendimento ao cliente é premissa básica. A busca pela

excelência no atendimento ao consumidor está baseada em objetivos

estratégicos da organização, no oferecimento do atendimento com qualidade e

humanização. O atendimento ao cliente, pela empresa, deve estar

comprometido com os anseios do cliente.

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CAPÍTULO I

O CONCEITO BÁSICO DA QUALIDADE

O conceito do que se entende por qualidade teve muitas alterações ao

decorrer do século passado, e atualmente tem se tornado uma das práticas

mais exigidas por qualquer organização, sejam elas pequenas médias ou

grandes empresas. Desde o momento que se iniciou a era industrial a

qualidade já era praticada, pois já se conferia o trabalho realizado pelos

artesãos da época. Nas últimas décadas, devido ao saturado número de

produtos do mercado, a acirrada competitividade entre as empresas e, mais

recentemente, o fenômeno da globalização, o enfoque da qualidade foi

alterado, pois o mercado passou a ser regido pelos clientes, ao invés dos

produtores.

Segundo Grönroos (2003) qualidade é considerada como uma das

chaves do sucesso, e afirma ainda que a vantagem competitiva de uma

empresa está diretamente relacionada com a qualidade e valor de seus

produtos e serviços, o autor ressalta que uma empresa só pode vencer a

concorrência se fornecer a seus clientes mais e melhores serviços cuja

qualidade funcional seja enfatizada.

O termo, Qualidade, vem do latim Qualitate e, segundo o dicionário

significa:

1.Propriedade, atributo ou condição das coisas ou

das pessoas capazes de distingui-las das outras ou de

lhes determinar a natureza; 2. Numa escala de valores,

qualidade que permite avaliar e, conseqüentemente,

aprovar, aceitar ou recusar, qualquer coisa; 3.Dote, dom,

virtude; 4.Condição, posição, função”. (FERREIRA,

1986, p. 1675)

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Diante das definições da qualidade, somente as duas primeiras

definições são associadas ao conceito que se pretende aqui desenvolver. Além

disso, é possível ainda verificar que não existe um termo único para expressar

o significado da qualidade, ou seja, um sinônimo; existe sim um conjunto de

atributos, propriedades ou características relacionado a um produto/serviço.

Nos últimos anos, vários autores têm definido o que significa qualidade. Ao

analisar as inúmeras definições existentes, pode-se identificar algumas

abordagens principais, desenvolvidas por alguns autores, os chamados “Gurus

da Qualidade”, dentre os quais se destacam: Deming, Juran, Crosby,

Feigenbaum, Ishikawa. A maior parte dos conceitos de qualidade foi criada por

eles, considerados mestres da qualidade, por percorrem o mundo com suas

teorias, orientando empresas sobre o melhor método de gerenciar a qualidade.

Apesar de suas definições terem variações em amplitude e profundidade,

giram a todo o momento em torno dos conceitos de conformidade, adequação

ao uso e a atender as expectativas do cliente (RANGEL, 1995).

A qualidade, portanto, é definida segundo alguns autores da seguinte

forma:

a) Características do produto que vão ao encontro das necessidades

dos clientes e, dessa forma, proporcionam a satisfação em relação ao produto

(JURAN, 1991).

b) Perseguição às necessidades dos clientes e homogeneidade dos

resultados do processo. A qualidade deve visar às necessidades do usuário,

presentes e futuras (DEMING, 1990).

c) Combinação das características de produtos e serviços referentes a

marketing, engenharia, fabricação e manutenção, através das quais o produto

ou serviço em uso, corresponderão às expectativas do cliente (FEIGENBAUM,

1994).

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d) Conformidade com as exigências, ou seja, cumprimentos dos

requisitos (CROSBY, 1979 apud GARVIN, 1992).

e) É o mais econômico, útil e que satisfaça o consumidor (ISHIKAWA,

1993).

Como pode ser notado, existem diversos pontos de vista diferenciados

do que quer dizer qualidade. A princípio, seu conceito parece ser de fácil

entendimento, mas, na realidade, é difícil defini-la. Para entendimento desse

conceito é importante lembrar que sua definição parte da mistura de métodos e

técnicas e não tão somente de um conceito estabelecido.

Os métodos e as técnicas relacionadas à qualidade existem há milhares

de anos. Por exemplo, a grande Muralha da China, apesar de não ter relatos

sobre as técnicas de construção percebe-se, diante da sua forma e

grandiosidade, o planejamento e a alta preocupação com a qualidade. No

Egito se utilizava a técnica da medição das pedras para poder levantar as

grandes e históricas pirâmides. Já na Europa, especificamente na era do

Renascimento, já havia uma exigente preocupação com a qualidade

garantindo a beleza e perfeição dos trabalhos relacionados à pintura,

arquitetura e escultura.

O histórico desenvolvimento da qualidade pode ser dividido em quatro

etapas que de acordo com Garvin (1992) se definem da seguinte forma:

a) 1ª Era: da Inspeção: Entre o final do século XVIII e princípio do século

XIX, a qualidade era alcançada de uma forma muito diferente que hoje em dia.

A atividade produtiva era basicamente artesanal e em pequena escala. Os

artesãos eram os responsáveis pelo produto e pela qualidade final deste.

Nesta fase, o objetivo era a qualidade igual e uniforme em todos os produtos e

sendo sua ênfase a conformidade. Esta fase prevaleceu por muitos anos, não

havia uma análise crítica das causas do problema ou dos defeitos.

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b) 2ª Era: Controle Estatístico da Qualidade: Durante a década de 1930,

já saindo da Administração científica de Taylor e Fayol e entrando na Escola

das Relações Humanas de Elton Mayo, alguns desenvolvimentos significativos

começaram a acontecer entre eles o trabalho pioneiro de pesquisadores para

resolver problemas referentes à qualidade dos produtos da Bell Telephone,

nos Estados Unidos. Este grupo de pesquisadores da qualidade era composto

por: Walter A.Shewhart criador da Carta de Controle que foi aluno do professor

Clarence Irwin Lews com sua Teoria Pragmática do Conhecimento,

Harold Dodge, Harry Romig, G.D. Edwards e, posteriormente, Joseph Juran

que dedicou esforços consideráveis em pesquisas que levaram ao surgimento

do Controle Estatístico de Processos.

c) 3ª Era: Garantia da Qualidade: Entre 1950 e 1960 durante atividade

da Escola de Recursos Humanos e com trabalhos de Maslow, McGregor e

Herzberg no estudo da motivação humana, publicou vários trabalhos no campo

da qualidade. Mais uma ferramenta foi criada a prevenção e as técnicas foram

além das ferramentas estatísticas, incluindo conceitos, técnicas gerenciais e

habilidades. Os quatro principais movimentos que compõe essa era são: a

quantificação dos custos da qualidade; controle total da qualidade; as técnicas

de confiabilidade; programa “Zero Defeitos” de P. Crosby.

d) 4ª Era: Gestão da Qualidade Total: Gestão Estratégica da Qualidade

(Total Quality Management-TQM): Esta fase teve início a partir da invasão no

mercado americano dos produtos japoneses de alta qualidade no final da

década de 1970. A Era da Gestão da Qualidade Total ou Gestão é a soma e

conseqüência das três que a precederam e está em curso até hoje, onde

sofreu uma alteração para Gestão Estratégica da Qualidade, e se posiciona

dentro dos enfoques da moderna Gestão Estratégica de Porter, Mintzberg,

Prahalad & Hamel entre outros. A Figura 1 apresenta a evolução das quatro

Eras da Qualidade.

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1.1 - A Empresa Voltada ao Atendimento de qualidade

Uma vez que as empresas decidiram colocar o cliente em primeiro lugar

como estratégia para garantir o presente e o futuro da empresa é fundamental

perceber o atendimento como um valor presente no conjunto de sentimentos

do cliente. No entanto, a questão que necessita de reflexão, por parte das

empresas, é como passar dos planos à realidade diária no contato com o seu

público. Segundo Whiteley (1992): “Seus clientes incluem todos aqueles cujas

decisões determinam se sua organização irá prosperar (...) mas é preciso

conhecer e servir todos os seus componentes para garantir a prosperidade”

(p.22).

Conhecer bem os clientes pode ser uma estratégia com

base no tempo, poder e na informação. Não é possível que se consiga realizar

um "atendimento excelente" se não houver um conhecimento prévio das

necessidades, expectativas e ansiedades que estão na mente do cliente. O

mesmo se aplica às pessoas envolvidas na empresa quanto ao atendimento

ao cliente, uma vez que as mesmas devem se utilizar de seus conhecimentos

sobre a empresa, do produto/serviço que oferecem, do mercado e dos

diferentes tipos de cliente. Segundo Whiteley (1992) uma empresa totalmente

voltada para o cliente deve seguir alguns itens tais como: faça o que diz; esteja

sempre medindo; aprenda com os vitoriosos; derrube as barreiras ao

desempenho conquistador de clientes; libere os defensores dos seus clientes;

sature sua companhia com a voz do cliente e crie uma visão que preserve o

cliente. Estes itens se encontram ao redor do cliente que é o centro.

Para se alcançar um "atendimento excelente" é importante que, com

base nas inúmeras experiências de empresas vencedoras como, se

estabeleçam objetivos orientadores que devem ser seguidos por todos na

empresa, desde o principal executivo ao cargo mais simples na estrutura

organizacional. É importante que se reflita nas seguintes mudanças pelas

quais as empresas estão passando, pois como considera Whiteley (1992):

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“A industria é um processo de satisfação do cliente, e

não de produção de bens. Conheça os seus clientes

como sua própria família, satisfaça-o completamente e

você terá sucesso (...) qualquer um pode saturar a

companhia com a voz do cliente” (p.21).

A nova economia nos leva a um dilema: andarmos cada vez mais

depressa de forma não planejada e não sustentável ou então mudarmos como

forma de garantia de nossa própria sobrevivência. Por analogia, devemos

recordar Peter Senge (1986), quando este considera que "a nova lógica fará

com que as empresas mudem, seguindo o ciclo de todos os sistemas vivos (...)

produzir, reciclar e regenerar (...)Basta de extrair, produzir, vender, usar e

descartar" (p.69).

Por incrível que possa parecer a maior resistência não

está nos funcionários e sim no nível intermediário, ou seja, nos gerentes e

supervisores por se sentirem ameaçados em sua autoridade, função e

comprometimento. Vale salientar que o consultor Arie de Geus, ex-executivo

da Shell disse em seu artigo Planejamento como Aprendizado, publicado na

Harvard Business Review – HBR, de março/abril 1988: "Compreendemos que

a única vantagem competitiva que a empresa do futuro terá é a capacidade de

seus gerentes aprenderem mais rápido que os concorrentes” (pág.27).

Pode-se perceber que o maior problema está realmente

nas mãos dos gerentes e supervisores que perfazem a parte maior do

“iceberg” e que segundo Whiteley (1992) pode se estimar:

“... ser cinco vezes mais caro repor um típico cliente do

que tomar providências para evitar que ele mude para

outra firma. Companhias incapazes de escutar o cliente

despendem milhões em marketing e vendas,

simplesmente para substituir o cliente que estão

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perdendo. E elas não têm a mínima idéia da razão de

seus negócios estarem com problemas” (p. 20).

É possível considerar que os consumidores mais jovens estão muito

mais direcionados para as questões ambientais que os mais experientes,

adeptos do tradicionalismo.

O atendimento parece aumentar em qualidade á medida que se oferece,

em tempo real, para o cliente, a solução do problema por ele apresentado ao

vendedor. O pronto atendimento da necessidade garante receber um

“feedback” do cliente possibilitando assim, ao vendedor, confirmar o seu acerto

ou proceder alguma correção em seu procedimento. As empresas devem

orientar seus colaboradores de forma única com a finalidade de que eles usem

o atendimento ao cliente, ou seja, que eles utilizem seu poder de

convencimento para orientar e satisfazer seu cliente. O treinamento deve ser

contínuo de forma a garantir ao atendente um modo do mesmo manter a sua

"performance de atendimento" em nível excelente.

É interessante que todos parecem procurar por uma fórmula pronta, que

garanta “performance de atendimento com qualidade”, mas isto é impossível

uma vez que esta não existe e que é preciso que seja criada de acordo com as

especificidades de cada empresa. O que as empresas podem fazer é

estabelecer algumas metas e estarem sempre avaliando-as. Tais metas,

dentre outras, poderiam ser: planejar com antecedência e estipular objetivos a

serem alcançados; procurar ter um diferencial competitivo; colocar o foco na

melhoria e estar sempre monitorando-o; praticar a cultura do "ganha-ganha";

investir em sistemas de atendimento e de treinamento de funcionários e

procurar acompanhar o desenvolvimento do mercado.

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1.2 - A importância da qualidade no atendimento

Segundo Sheth (1999), “O cliente é uma pessoa ou unidade organizacional

que desempenha um papel na consumação de uma transação com uma

entidade”. ”As empresas precisam ser orientadas para os clientes...”. ”Criar e

manter clientes satisfeitos deve ser o propósito da empresa...”

O comportamento do cliente alterou-se com o passar dos anos, a

exigência da qualidade atinge quase o 100% dos consumidores, pois há

inúmeros pontos de venda com o mesmo produto ou serviço, diferenciados

apenas no atendimento.

Para Corres, et al. (2002), “Simplesmente o atendimento de qualidade leva

as empresas a aumentar sua lucratividade...”.

Uma correta gestão no atendimento somado com o serviço ofertado será

responsável por produzir um pacote de valor que gere níveis de satisfação que

garantam que o cliente fique fidelizado. Um cliente fiel será um cliente retido,

será um agente de marketing da empresa, fazendo propaganda de boca a

boca, auxiliando a ampliar a conquista de novos clientes, portanto, clientes fiéis

aumentam substancialmente o potencial de lucro a longo prazo.

Martinelli et al. (1997), “O principal ponto a ser trabalhado para atingir a

qualidade no atendimento sem duvida é a negociação...”.

Estudando alguns princípios básicos de negociação, fará com que os

funcionários que englobam a linha de frente, transforme num relacionamento

duradouro, marcado pela negociação “ganha-ganha” encantando o cliente pela

habilidade de negociar.

Retornando ao conceito de Caon, et al. (2002), “Para cada cliente

insatisfeito, a propaganda negativa da empresa será repassada no mínimo

para 11(onze) futuros consumidores...”.

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Na mente do consumidor o atendimento com qualidade é essencial e

obrigação da empresa, assim quando suas expectativas são frustradas o

marketing negativo pode atingir proporções consideráveis na redução do lucro

a curto e longo prazo. Assim fica clara a importância no atendimento, hoje é o

principal fator que mantém as empresas respirando, o cliente é o combustível

de qualquer empresa.

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CAPÍTULO II

SERVIÇOS

Para entender as atividades que envolvem a prestação de serviço

inicialmente, é necessário entender a definição de serviços.

Para Troster (1999) apud Fernando, Machado e Queiroz (2006, p. 262)

os serviços “são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se

destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas.” Na

mesma linha de pensamento os autores Zeithaml e Bitner (2000) apud

Fernando, Machado e Queiroz (2006, p. 262), definem “serviços como atos,

processos e performances, incluindo também todas as atividades econômicas

cujo produto não é físico ou construído”.

Já os autores, Kotler e Armstrong (1998) apud Fernando, Machado e

Queiroz (2006, p. 262), definem serviços “como um ato ou desempenho

essencialmente intangível que uma parte pode oferecer a outra e que não

resulte na posse de nenhum bem. Sua execução pode ou não estar ligada a

um produto físico.”

Percebe-se, diante das definições acima, que uma das características

que melhor identifica os serviços é a intangibilidade, já que o serviço não pode

ser visto e é consumido no momento em que é produzido, dessa maneira não

pode ser devolvido como se pode fazer com um produto defeituoso. Cada

serviço prestado é único e resultará na satisfação ou não do cliente e

conseqüentemente na permanência ou não da empresa no mercado, como

afirmam os autores: “O objetivo dos fornecedores de serviços é idêntico aos de

outros setores, ou seja, desenvolver e proporcionar ofertas que satisfaçam as

necessidades dos consumidores e suas expectativas, garantindo, assim, sua

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própria sobrevivência econômica” (ZEITHAML; BITNER, 2000 apud

FERNANDO; MACHADO; QUEIROZ, 2006, p. 262).

Fitzsimmons e Fitzsimmons (2005) acrescenta nesse estudo um pacote

de serviços, definindo-o como um conjunto de bens e serviços oferecidos por

uma empresa. De acordo Corrêa e Gianesi (1994) esse pacote está dividido

em quatro elementos:

a) Instalações de apoio: instalações e equipamentos utilizados no serviço;

b) Bens facilitadores: bens consumidos ou utilizados pelo cliente durante a

prestação do serviço;

c) Serviços explícitos: benefícios claramente percebidos pelo cliente como

resultado da prestação do serviço; e

d) Serviços implícitos: benefícios psicológicos que o cliente pode obter com a

prestação do serviço.

Cada elemento desse pacote influenciará e definirá o resultado do

serviço prestado, a partir dos benefícios propostos na própria definição do

serviço e da forma pela qual o mesmo é oferecido. De acordo com o autor

referido anteriormente esse pacote dependerá também das expectativas do

cliente e da vivência que ele tem durante esse encontro.

De acordo com Kotler (1998), existem quatro características importantes

nos serviços:

a) Intangibilidade: não podem ser vistos, provados, sentidos, ouvidos ou

cheirados antes de serem comprados;

b) Inseparabilidade: São produzidos e consumidos simultaneamente;

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c) Variabilidade: são altamente variáveis, já que dependem de quem os

executa e de onde são prestados; e

d) Perecibilidade: refere-se à impossibilidade dos serviços serem estocados.

Normann (1993) e Grönroos (1995) citam como principais características:

· Intangibilidade;

· Não pode ser revendido;

· Não pode ser efetivamente demonstrado antes da aquisição;

· Não pode ser estocado;

· Produção e consumo simultâneos;

· Produção venda e consumo são espacialmente unidos;

· Não pode ser transportado;

· Cliente é parte da produção;

· Na maior parte dos casos, o contato direto é necessário; e

· Valor principal é produzido nas interações entre vendedor e cliente.

Diante dos conceitos e características apresentados é importante ressaltar que

o resultado de um serviço prestado dependerá de quem fornece, sendo,

portanto caracterizado também por atributos particulares do fornecedor. Porém

existem serviços que o resultado dependerá da necessidade e do desejo do

cliente, sendo, portanto personalizado. Já outros serviços podem ou devem ser

padronizados, oferecendo benefícios idênticos para qualquer cliente. Cabe a

empresa, portanto, treinar e capacitar os seus funcionários de forma eficaz e

eficiente atendendo de maneira satisfatória cada cliente que procura pelos

serviços da empresa, cuja expectativa e percepção também irão variar de um

consumidor para outro.

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2.1 – A BUSCA DA QUALIDADE NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO

Ferreira e Sganzerlla (2000) observam que a única maneira de ser bem

sucedido com os clientes é fornecer continuamente atendido ao ponto da

obsessão. A obsessão significa ter em mente o atendimento ao cliente como

prioridade hoje, amanhã, no mês que vem no ano que vem e nos próximos dez

anos. O atendimento é algo que jamais pode ser esquecido, não é algo que se

faça hoje e suponha que esteja certo amanhã. Sempre haverá novas chances,

novos desafios.

À medida que os consumidores passaram a ter mais poder aquisitivo

nos anos 90, seu critério de medida passou a depender mais do atendimento

do que do produto e do preço. Com a disponibilidade cada vez maior da

tecnologia moderna, as empresas consideraram relativamente fáceis competir

em termos de produto. O que elas vão achar difícil é competir em termos de

atendimento, pois isso não depende só de tecnologia moderna, mas também

da atitude das pessoas e, consequentemente, da capacidade dos gerentes

(FERREIRA & SGANZERLLA, 2000, P 28).

Ferreira e Sganzerlla (2000) observam que o estabelecimento de

conceitos de serviços voltados para os clientes deve orientar o gerenciamento

dos recursos e atividades geradoras da qualidade. Essa deve ser a primeira

tarefa no processo de desenvolvimento da qualidade em serviços. A qualidade

do atendimento ao cliente reflete a eficiência e a eficácia de toda a

organização, ou seja, da sua cultura, da sua integração, das relações e

trabalho, de sua capacidade gerencial, da motivação de seus profissionais, da

consciência da importância do trabalho em equipe.

Os gerentes devem orientar os profissionais que trabalham direta ou

indiretamente com o cliente de que forma procurar despertar a consciência, o

respeito, o reconhecimento, e o pronto atendimento ao cliente. Esta

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preocupação é de vital importância para a qualidade do serviço, pois, de

acordo como kotler (2003, p. 157):

Porque esse novo enfoque de manter os clientes? As empresas hoje

estão diante das novas realidades de marketing. Uma demografia em

mudança, uma economia de crescimento lento, concorrentes mais sofisticados

e o excesso de produção de muitas indústrias são fatores que significam

menos clientes novos. Muitas companhias lutam hoje por participações em

mercados esgotados, portanto os custos para se atingir novos clientes estão

subindo. Na verdade custa cinco vezes mais atrair um cliente novo do que

manter um cliente antigo satisfeito.

O autor ressalta que estamos vivendo um momento onde a

competitividade está em alta e, devido a isso, existe um aumento do grau de

exigência do consumidor. O que acaba levando à necessidade de todos dentro

de uma organização se aperfeiçoarem em qualidade de atendimento ao

cliente, quer seja o mesmo interno ou externo.

Kotler (2003) diz que há fatores diferenciais nas empresas que

trabalham voltadas para o cliente, as quais se preocupam intensamente com o

atendimento dos mesmos, tais como:

Cumprir a promessa de atendimento – Todas as declarações de

intenção feitas pela organização como corporação ou por empregados em

particular e, portanto, encaradas pelos clientes como promessas devem ser

cumpridas.

O atendimento telefônico em cinco segundos – todas as chamadas

telefônicas devem ser atendidas em cinco segundos. Cada segundo além dos

cinco que o cliente espera para ser atendido, diminuirá a credibilidade da

organização e resultará, posteriormente, em negócios perdidos.

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2.2 – PROGRAMA DE GESTÃO DA QUALIDADE DO SERVIÇO

A qualidade é definida pelo cliente, pois corresponde às suas

especificações. Os clientes decidem o que consideram boa qualidade, o que

considera importante e o que não é importante na produção do serviço.

Também julgam a Qualidade percebida do serviço.

A melhoria da qualidade no atendimento não deve ser vista como um

processo de “soluções temporárias”. É uma iniciativa de longo prazo que exige

mudança e reestruturação organizacional. Elevar o nível de conscientização da

equipe dirigente é pré-requisito para dar início e continuidade à iniciativa.

Começa por ensinar aos gerentes os conceitos básicos da qualidade. Eles

precisam entender a definição da qualidade e valorizar suas profundas

conseqüências para o sucesso, a longo prazo, da empresa. Ainda mais

importante, os gerentes devem identificar-se e sentir-se à vontade com seu

papel no processo de melhoria da qualidade (FERREIRA & SGANZERLLA,

2000, P.40).

Percebe-se então que a qualidade é uma jornada, mas fórmulas para se

estabelecer rapidamente e de uma vez por todas, não existem. A boa

qualidade tem que ser percebida constantemente e igualmente, tanto quanto

os lucros estiverem lá em cima, quanto em tempos ruins.

O alcance da qualidade requer o trabalho de todos, pois todo mundo

tem clientes, sejam internos ou externos. A responsabilidade pela produção e

pelo controle da qualidade não pode ser delegada a uma única pessoa ou, por

exemplo, a um único órgão da empresa. Todo mundo tem que considerar a

produção e a entrega de uma boa qualidade com sua própria responsabilidade.

FERREIRA & SGANZERLLA (2000) ressalta que a qualidade, a

liderança e a comunicação são inseparáveis, uma vez que para ser capaz de

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produzir uma boa qualidade, as pessoas necessitam de conhecimento,

feedback, apoio e encorajamento de seus gerentes e supervisores. Os

gerentes têm que mostrar uma liderança genuína ao gerenciar seus

subordinados.

Uma boa qualidade requer uma cultura corporativa que enfatize a

integridade. A justiça no tratamento, tanto dos clientes, quanto dos

colaboradores da empresa, tem que ser um valor principalmente compartilhado

por todos.

A qualidade nos serviços tem que ser formulada e projetada

antecipadamente. O uso da tecnologia e dos recursos humanos, bem como a

participação dos clientes no sistema para uma produção dos serviços, deve ser

previsto de antemão, caso contrário, a organização estará apenas

parcialmente preparada para produzir boa qualidade (KOTLER, 2003, p. 285)

Mais do que tudo, os clientes têm como expectativa que os prestadores

de serviço cumpram o que prometem. Se as promessas não forem cumpridas

ou se uma parte crítica do total das promessas não for cumprida, a qualidade

de serviços se deteriorará.

2.3 – A EXCELÊNCIA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

Dentro de uma organização o cliente torna-se o foco principal para

atingir os objetivos proporcionados pela mesma, diante disso vê-se a

necessidade de um bom atendimento com a finalidade de proporcionar maior

satisfação para o cliente e com isso aumentar a rentabilidade da organização.

Segundo Soares (2008), as organizações têm que, além de prestar um

excelente serviço, deve encantar o cliente, e quem consegue terá vida longa

no mercado. Para muitos administradores o bom atendimento é essencial para

a sobrevivência da empresa, só que para se diferenciar de seus concorrentes é

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imprescindível que ofereça excelência no atendimento, ir além do que o cliente

espera. Isto é, estar sempre à frente e não atender apenas às exigências do

cliente.

A excelência no atendimento faz com que o cliente retorne a empresa.

Segundo Francês: Bee (2000) os lucros auferidos com um único cliente

aumentam significativamente com o correr do tempo, e isso é notório através

das novas compras que esse cliente volte a realizar, por meio de indicações

que o cliente faça aos colegas e familiares, e em conseqüência da redução de

custos de marketing para alcançar este cliente.

Segundo Cobra (2004) a excelência no atendimento é com certeza uma

das melhores formas de seduzir clientes. Dessa maneira, o ato de oferecer um

atendimento de qualidade se torna imprescindível, pois se perder um cliente

não estará perdendo apenas uma venda, mas uma vida inteira que poderiam

estar realizando negócios. Segundo Francês; Bee (2000) Clientes satisfeitos

provocam menos estresse, clientes satisfeitos tomam menos o tempo dos

funcionários, clientes satisfeitos falam de sua satisfação a outras pessoas, o

que amplia a boa imagem da empresa e trazem satisfação ao trabalho,

ajudando a motivar a equipe e se sentir bem em seu trabalho.

Para alcançar a excelência em um atendimento é imprescindível que

toda a organização esteja comprometida e preparada para atender a cada

cliente, dessa forma é necessário pôr os clientes no centro das atenções,

conscientizar todos os funcionários da importância do cliente para a empresa,

e que tenham conhecimento das metas e dos objetivos da organização.

Não basta apenas satisfazer os clientes. Estar satisfeito não é mais

satisfatório. As empresas sempre perdem alguns clientes satisfeitos. Esses

clientes mudam para concorrentes capazes de deixá-los ainda mais satisfeitos.

Assim, é necessário fornecer mais satisfação do que os concorrentes.

(KOTLER 2003 p.27)

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Para competir no mercado é imprescindível diferenciar de seus

concorrentes, e oferecer além de produtos excelentes, um atendimento

encantador.

2.4 – CONQUISTANDO OS CLIENTES PARA SEMPRE

Conquistar clientes para sempre significa alcançar a fidelidade do

cliente. Para que isso aconteça, é preciso que a empresa quebre paradigmas e

tenha como foco principal não só a conquista, mas também a fidelização dos

seus clientes.

Existem algumas atitudes que podem mudar definitivamente o

relacionamento da empresa com seus clientes. Dentre os quais, Kotler (2003)

destaca:

- Se o cliente pergunta se a empresa pode fazer alguma coisa por ele, a

resposta deve ser sempre sim, desde que, de alguma forma, esteja

relacionada ao seu negócio;

- A empresa deve querer cuidar de seus clientes;

- Uma das piores coisas que pode fazer é cobrar mais do cliente do que

ele tenha estimado. A empresa deve embutir uma reserva para poder comprar

um pouco menos;

- Ser simpático com as pessoas é apenas 20% da prestação de bons

serviços aos clientes. A parte importante é projetar sistemas que permitam a

empresa fazer o trabalho de maneira correta da primeira vez. Nem todos os

sorrisos do mundo irão ajudar se o produto ou serviço não for aquilo que o

cliente deseja;

- As pessoas que tratam diretamente com os clientes devem ter

autoridade para resolver problemas;

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- A coisa mais importante para um cliente é que a empresa faça tudo

aquilo que prometeu;

- As críticas dos clientes são mais valiosas que seus elogios,

principalmente para que a empresa na corra o risco de repetir o mesmo erro;

- Se o cliente pede alguma coisa que a empresa não tenha, ela deve

tentar conseguir. Mesmo que para isso a empresa tenha que entrar em contato

com alguns de seus concorrentes e fazer acordo com eles;

- A empresa deve estabelecer metas elevadas e continuar a elevá-las

logo que sejam atingidas.

Nesse sentido, a fidelidade do cliente deve ser considerada um

ingrediente altamente perecível, isto é, deve-se partir da idéia de que o cliente

deixará de comprar da empresa por qualquer motivo, por mais fútil que seja,

por isso a relevância de a empresa se cercar de todos os cuidados.

Não é mais segredo. Para a maior parte das empresas, a fidelidade do

cliente é a chave para a lucratividade e o crescimento futuro.

2.5 - A IMPORTÂNCIA DA SATISFAÇÃO DO CLIENTE

O objetivo de toda empresa, principalmente, nos dias atuais, é a

satisfação do cliente, já que um cliente insatisfeito raramente volta a empresa e

facilmente troca-a por uma concorrente.

Segundo Surprenant e Churchill (1982), a satisfação está ligada aos

processos de aquisição, consumo e nos fenômenos pós-compra, como

mudança de atitude, reincidência da compra e lealdade à marca.

Dessa forma, a satisfação pode ser definida como sendo a avaliação

realizada ao final de uma experiência de consumo. A satisfação relaciona-se

com o sentimento do cliente, já que está ligado as suas necessidades e seus

desejos. Pode-se afirmar, portanto, que a satisfação será mensurada de

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acordo com a expectativa e a percepção do cliente. Se o grau de percepção for

maior que a expectativa, tem-se um cliente satisfeito, porém se o grau de

expectativa for maior do que o serviço percebido, o cliente, certamente não

estará satisfeito com o resultado do processo.

Oliver (1993) segue visão parecida ao afirmar que a conotação da

satisfação é pontual no momento pós-compra. Com o distanciamento

temporal, o momento da experiência vivida no passado permanece apenas

como lembrança no aspecto cognitivo. Para que o sentimento de satisfação

com presença de afetividade seja outra vez vivenciado, uma nova experiência

deve ocorrer. Assim podemos dizer que os consumidores buscam empresas

com alta qualidade de serviço para vivenciar experiências contínuas de

satisfação. Segundo esse autor, a satisfação é um suprimento de alguma

necessidade, desejo ou objetivo, gerando como conseqüência um estado de

prazer.

Kotler (1998) também afirma que a satisfação é o sentimento de prazer

ou desilusão resultante da comparação do desempenho dos produtos ou

serviços em relação às expectativas dos consumidores.

A satisfação do cliente, segundo Tse e Wilton (1988) é a resposta do

consumidor à avaliação da discrepância percebida entre as expectativas

anteriores e o desempenho percebido do produto após seu consumo.

A satisfação propiciada por um produto, serviço ou sentimento é função

direta do desempenho atingido e das expectativas. Se o desempenho ficar

distante das expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se atender a esta, ficará

satisfeito e caso venha a exceder as expectativas ficará altamente satisfeito ou

encantado (KUAZAQUI, 2000).

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Para Kotler (1998) a quebra de expectativa positiva ocorre quando as

percepções excedem estas, resultando satisfação do cliente, publicidade boca-

boca positiva e retenção do cliente perante aquela empresa.

O processo de avaliação da satisfação do cliente pode ser definida,

portanto como resultado da comparação entre a expectativa criada pelo cliente

e a sua vivência no momento da aquisição do serviço. Toda avaliação é

realizada a partir de parâmetros. Nesse caso a maioria dos autores, determina

que o grau de satisfação será analisado a partir da análise do que aconteceu

durante o serviço e o que o cliente esperava do serviço. O resultado dessas

comparações pode ser positivo, negativo ou neutro determinando assim o grau

de satisfação.

Uma forma de compreender as expectativas dos clientes é identificar os

critérios segundo os quais os mesmos avaliam os serviços. A determinação

dos critérios priorizados pelos clientes, em determinado par serviço-mercado,

permite que a gestão das operações de serviço, desde o início do seu projeto

até a operação do sistema, possa garantir o desempenho nestes critérios

priorizados. Estes devem refletir os fatores que determinam a satisfação do

cliente ou, em outras palavras, a qualidade do projeto e da prestação do

serviço (CORRÊA; GIANESI, 1994).

É necessário destacar que apesar de importante a satisfação

isoladamente não é suficiente para que um cliente retorne a uma empresa, já

que existem produtos ou serviços que o cliente não precisa ou não tenha a

necessidade de consumir repetidamente, ou ainda preferem conhecer as

concorrentes do ramo.

Embora a satisfação não seja obrigatoriamente revertida em lealdade,

as empresas devem persegui-la e reconhecer que ela é conquistada pela

entrega consistente de valor superior ao cliente (REICHHELD, 1996).

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2.6 - FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES

Griffin (1998, p. 12) definiu fidelidade como sendo as compras não

aleatórias feitas ao longo do tempo por alguma unidade de tomada de

decisões. Sendo assim o cliente tem uma tendência específica em relação

àquilo que compra e de quem compra. Além disso, o termo fidelidade denota

uma condição relativamente duradoura e exige que a ação de comprar ocorra

no mínimo duas vezes.

Pode-se dizer, portanto que fidelização é o sentimento que um cliente

tem por uma marca, um produto ou um serviço tornando para ele algo

diferenciado.

Griffin (1998) destaca ainda que quando compra algo o cliente percorre

um ciclo o qual se divide em cinco etapas. Na primeira etapa o comprador

conscientiza-se da existência de um produto e, então, faz uma compra inicial.

Em seguida, o comprador passa por duas fases de formação da atitude, uma

delas chamada de avaliação pós compra e a outra denominada decisão de

comprar novamente. Se há a decisão de comprar novamente, acontece

finalmente à quinta etapa, a reaquisição. A seqüência que inclui reaquisição, a

avaliação pós compra e a decisão de comprar novamente forma um circuito

fechado de reaquisição que se repete algumas ou centenas de vezes durante

o relacionamento entre cliente, uma empresa. A cada ciclo completo de

compra existe a chance de fortalecer ou estremecer o vínculo com o cliente.

Quanto mais forte for o vínculo, maiores serão a fidelidade e os benefícios para

a empresa.

A definição de cliente fiel para Griffin (1998) pode ser entendida como

aquele que:

a) Realiza compras regularmente

b) Compra as diversas linhas de produtos e serviços

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c) Indica os produtos e serviços a outras pessoas

d) Apresenta-se imune aos apelos da concorrência

Segundo Reichheld (1996), fidelizar o cliente é tão importante, ou até

mesmo de maior valia, quanto atraí-los.

O grande apelo para que as empresas desenvolvam relacionamento

com seus clientes focando em sua fidelização é o fato de que custa mais caro

conquistar um novo cliente a reter um cliente atual, ou seja, a busca de novos

clientes pode ser mais atraente e motivadora, mas é mais cara do que manter

um cliente atual. Além disso, atender as necessidades dos atuais clientes pode

ser mais fácil, porque pode saber melhor quem são, onde estão e quais as

suas necessidades (KOTLER, 1998).

Para Raphel (1999) o criar valor é conseguir transformar um cliente

eventual em cliente leal, construindo fidelidade; e não existe motivo para que

um cliente seja fiel a uma organização se a mesma não for fiel a ele.

Os clientes preferem empresas que ofereçam serviços agregados,

garantindo um resultado positivo antes, durante e após a venda. Procuram,

portanto manter um relacionamento a longo prazo, onde suas necessidades e,

principalmente, seus desejos sejam supridos no presente, mas também no

futuro. Dessa forma, quanto maior for a qualidade na prestação de serviço e a

satisfação do cliente, aumenta, conseqüentemente a possibilidade de

fidelização do cliente para com a organização.

2.7 – PRINCIPAIS FALHAS NO ATENDIMENTO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Mais difícil do que conquistar um cliente é mantê-lo satisfeito. Quando

esta peça-chave das organizações, o cliente, aproxima-se de uma loja ou

departamento, quer toda sua atenção e compreensão para resolver seus

problemas e apontar soluções.

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Estudos realizados por pesquisadores do assunto em questão,

comprovaram quais os motivos que levam o cliente a parar de comprar em

uma empresa.

_ 1% por falecimento

_ 5% por mudança de endereço

_ 5% por amizades comerciais

_ 10% por maiores vantagens em outras organizações

_ 14% por reclamações não atendidas

_ 65% por indiferença do pessoal que os atende, ou seja, falta de qualidade

no atendimento.

Fonte: ( AMARO apud BOGMAN,2002.p.98)

Como é possível observar, um número expressivo, comprova que existe

muita deficiência nesta área do atendimento ao cliente. As empresas que não

despertarem para esses resultados, sofrerão com a evasão de seus clientes e

a médio prazo poderão entrar em dificuldades. É preciso “abrir o olho” e

acompanhar se o cliente está sendo bem ou mal atendido. O cliente tem sido

historicamente desrespeitado, pelo mau atendimento dado por um grande

número de empresas.

Devido a termos vivido muitos anos de regime autoritário, protecionismo

de mercado, monopólios e etc., muitas empresas foram levadas a uma atitude

de prepotência perante o consumidor. Porém, com a globalização da economia

e a integração da nossa economia ao mercado, da competitividade crescente e

da comunicação na era da Internet, o cliente começa a despertar para seu

verdadeiro papel que é exercer o seu poder de escolha. As empresas

necessariamente terão que se adequar a essa nova era, ou seja, preocupar-se

com a excelência da qualidade de seus serviços ou não sobreviverão no

mercado. Os clientes, desta nova era, querem muito mais do que cortesia,

querem serviços que agreguem valor, prestando ao consumidor serviços que,

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na sua percepção, atendam ou superem suas expectativas (ABDALA,on-line,

2008).

Segundo ABDALA (2008), as estatísticas indicam que mais de 90% dos

clientes insatisfeitos com uma empresa nunca mais a procurarão e ainda

comentarão sobre sua experiência negativa com 10 a 17 pessoas de seu

relacionamento.

O cliente não é apenas o consumidor final do produto ou serviço que

colocamos no mercado. Temos que considerar, também, os clientes potenciais

e os clientes internos, sendo esses últimos quase sempre esquecidos nos

planos de marketing. Cliente interno é o colega do lado, do departamento

vizinho ou da filial e qualquer solicitação que ele fizer deve ser tratada como

solicitação de um cliente. Se não conseguirmos dar uma atenção adequada e

redobrada a um colega de trabalho, provavelmente não seremos capazes de

satisfazer as necessidades do consumidor. Segundo Whiteley (1992) “... pode

melhorar bastante suas perspectiva de longo prazo simplesmente

apreendendo a se comunicar com exatidão” (p. 33).

2.8 - OS SETE PECADOS DA QUALIDADE DO SERVIÇO AO

CLIENTE

A forma que o cliente é abordado ou atendido pode ser um ultimato para

qualquer empresa. Segundo Cobra ( 2003.p.32) “esses deslizes representam a

maior ameaça ao negócio de qualquer empresa”. São eles:

1) Apatia: atitude de pouco caso dos funcionários da empresa, tais como

vendedores, recepcionistas, pessoal de entrega etc;

2) Dispensa: procurar livrar-se do cliente desprezando suas necessidades ou

seus problemas, com frases como: “não temos” ou “ainda não chegou”;

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3) Condescendência: tratar o cliente como se ele fosse uma criança e não

soubesse o que quer;

4) Automatismo: significa um atendimento indiferente ou robotizado;

5) Passeio: jogar o cliente de um departamento para outro sem se preocupar

em resolver o problema do cliente;

6) Frieza: quando o cliente é atendido com indiferença, hostilidade, rispidez,

desatenção ou impaciência;

7) Livro de regras: Essa é uma das desculpas mais frequentes para o mau

atendimento, onde as normas da empresa são colocadas acima dos interesses

de satisfação do cliente.

Cobra (2003), afirma que as conseqüências dessa forma de

atendimento ao cliente para a empresa que as pratica são graves, ela corre um

sério risco de perder clientes e ser desprezada pelo mercado. Sem um bom

relacionamento com os clientes, uma empresa não sobrevive.

As organizações precisam estar atentas aos atendimentos de seus

colaboradores a seus clientes, pois atitudes como essas relatadas acima

podem segundo o autor arrasar qualquer empresa.

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CONCLUSÃO

Entende-se que o cliente dos dias atuais está cada vez mais exigente,

ele sabe de seus direitos e deveres junto ao Código de defesa do consumidor.

Sendo assim , observa-se que os administradores atuais precisam despertar

para isso, pois a empresa que continuar agindo como nas décadas passadas,

em que não havia tanta concorrência e o cliente era obrigado a comprar em

um determinado estabelecimento, sendo bem ou mal atendido, visto que

necessitava daquele produto ou serviço. Mas, felizmente os tempos são outros

e quem não se reciclar em todos os sentidos, isso quer dizer, a visão dos

administradores, e da empresa, buscando qualificar-se a si e a todos que

fazem parte da mesma, direta ou indiretamente, ficará para trás, ou seja,

fechará as portas.

Consumidores mais maduros e exigentes com concorrência, a cada dia,

mais acirrada é uma equação devastadora para as empresas que

negligenciam o atender bem. Portanto, a maneira como uma empresa atende o

seu cliente pode ser a diferença entre obter sucesso ou fracassar nos

negócios. Cabe a cada empresa, baseado na sua condição econômica, na sua

visão de mercado e na sua missão, crenças e valores, programar a forma

eficaz, transparente e ética para atender seu cliente frente suas necessidades

e preocupações, transmitindo a ele a segurança necessária para se prestar o

serviço proposto.

Então, podemos concluir que a excelência no atendimento ao cliente é

um dos maiores diferenciais competitivos do mercado e o fator principal para o

crescimento das vendas e a evolução das empresas. Não existe empresa

estabilizada que prospere e conquiste mercado sem clientes satisfeitos. Ainda

assim, organizações de todos os portes persistem em atendê-los com

desatenção.

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38

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

RESUMO 4

METODOLOGIA 5

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I

O CONCEITO BÁSICO DA QUALIDADE 9

1.1 - A empresa voltada ao atendimento de qualidade 13

1.2 - A importância da qualidade no atendimento 16

CAPÍTULO II

SERVIÇOS

2.1 – A busca da qualidade na prestação do serviço 21

2.2 – Programa de gestão da qualidade do serviço 23

2.3 – A excelência no atendimento ao cliente 24

2.4 – Conquistando os clientes para sempre 26

2.5 – A importância da satisfação do cliente 27

2.6 – Fidelização de clientes 30

2.7 – Principais falhas no atendimento e suas conseqüências 31

2.8 – Os sete pecados da qualidade do serviço ao cliente 33

CONCLUSÃO 35

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 36

ÍNDICE 38