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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DA INFORMAÇÃO: GARANTIA DE QUALIDADE TOTAL
NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO
Por: Roberta Fogagnoli de Oliveira
Orientador
Prof. Marcelo Saldanha
Rio de Janeiro
2012
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
AVM FACULDADE INTEGRADA
GESTÃO DA INFORMAÇÃO: GARANTIA DE QUALIDADE TOTAL
NO ATENDIMENTO AO USUÁRIO
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em Administração da
Qualidade.
Por: Roberta Fogagnoli de Oliveira
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RESUMO
A busca por melhorias no fluxo do prontuário do paciente no Hospital
Federal da Lagoa tem sido objeto de estudo por parte do Arquivo Médico desta
Unidade de Saúde. Através do levantamento dos problemas que o mau
gerenciamento da informação tem gerado entre os setores, buscamos analisar
esses fatores negativos e estudar maneiras que possam minimizar ou mesmo
zerar tais problemas, para que possamos oferecer um serviço de qualidade
aos usuários do serviço.
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METODOLOGIA
A leitura de livros e artigos sobre gestão da informação, a coleta de
dados nos setores do hospital envolvidos no processo, a pesquisa bibliográfica
e a observação do fluxo do prontuário pela instituição foram utilizadas como
fatores de acréscimo à produção desta monografia.
O foco deste trabalho é a gestão da informação no atendimento aos
usuários do serviço prestado pelo arquivo médico, utilizando a literatura
pertinente ao assunto. O levantamento bibliográfico abrangerá livros e artigos
bem como textos disponíveis na internet e a observação do fluxo que ocorre no
hospital.
6
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
CAPÍTULO I – O Arquivo Médico 08
CAPÍTULO II – O fluxo do prontuário no hospital 10
CAPÍTULO III – Gestão da informação 16
CAPÍTULO IV – Qualidade e usuários 18 CAPÍTULO V – Qualidade total 30 CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 38
ANEXOS
ÍNDICE
7
INTRODUÇÃO
Atualmente um assunto tem gerado preocupação nas
empresas/instituições: a gestão da informação. Este processo como garantia
de qualidade total no atendimento ao usuário é de extrema importância, visto
que o gerenciamento adequado da informação (e consequentemente, do
documento), poderá proporcionar benefícios para todos os envolvidos no
processo.
Até pouco tempo a qualidade era vista como atributo inerente aos
bens e serviços prestados. Aos poucos, o conceito de qualidade passou a ser
percebido de forma mais abrangente estando presente em todas as etapas do
bem ou serviço. Logo, qualidade traduz-se na busca da melhoria contínua de
tudo que se faz.
Qualidade em processos implica em garantir que as necessidades e
expectativas dos clientes sejam atendidas. Dessa forma, não se pode falar em
qualidade sem relacioná-la aos processos, porque ambos caminham juntos.
No caso do fluxo do prontuário do paciente no hospital, vê-se que é urgente a
melhoria desse caminho que o documento percorre.
8
CAPÍTULO I
O ARQUIVO MÉDICO
O Hospital Federal da Lagoa é uma unidade integrada à rede SUS,
articulada com todos os níveis de atenção, que oferece serviços especializados
de alta e média complexidade.
Situado às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, o hospital foi
inaugurado em dezembro de 1962, inicialmente destinado à categoria
profissional dos bancários. Com a unificação dos Institutos da Previdência, em
1967, recebeu o nome de Hospital da Lagoa. Seu projeto arquitetônico é de
autoria de Oscar Niemeyer e Hélio Uchoa, com jardins de Roberto Burle Marx.
Oferece assistência ambulatorial e internação em 27 especialidades médicas,
sendo referência para cirurgias pediátricas, cirurgia ortopédica da mão, cirurgia
cardíaca para a colocação de marca-passo, cirurgia vascular e neurocirurgia.
O arquivo médico está subordinado à Chefia da Documentação
Médica, e interligado aos setores de Admissão e Alta, Ambulatório,
Faturamento e NEP (Núcleo de Epidemiologia); passou por um projeto de
Revitalização e Modernização, durante os anos de 2008, 2009 e que foi
concluído em meados do ano de 2010. Este projeto, criado para os hospitais
da rede federal, adequou o espaço físico, climatizou o ambiente e padronizou
os prontuários dos pacientes. A manutenção do projeto está garantida com a
capacitação dos servidores, que hoje totalizam onze pessoas (oito funcionários
federais e três contratados).
Foram reorganizados 470 mil prontuários de pacientes. Outros
114.575 prontuários inativos, embalados em 4.583 caixas tipo box, estão sob a
responsabilidade de uma empresa terceirizada, fora do hospital. Quando
precisamos desses prontuários que estão na guarda externa, fazemos a
solicitação via site da empresa, e em dois dias recebemos a pasta.
A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do hospital
ainda trabalha na análise de 18.944 prontuários sem informação de dados
clínicos.
9
Os prontuários de pacientes ativos foram organizados pelo “Método
Dígito Terminal Composto”, com identificação por meio de código de barras
para leitura digital, armazenados em estantes coloridas para evitar o
arquivamento errado e promover o acesso rápido ao documento.
A nova forma de arquivamento otimizou o espaço físico e agilizou o
serviço oferecido pelo setor. A melhoria visual dos materiais utilizados também
é outra característica do projeto, e influencia diretamente os funcionários que
lidam com esta documentação. Vale ressaltar que o registro eletrônico tem
como finalidade a preparação para a implantação futura do prontuário
eletrônico.
10
CAPÍTULO II
O FLUXO DO PRONTUÁRIO NO HOSPITAL
Hoje, outubro/2011, no HFL, o fluxo do prontuário do paciente se
apresenta da seguinte forma:
FIGURA 1 - O fluxo atual do prontuário
Este fluxo é bastante confuso, à medida que não há procedimento
nenhum descrito e o trâmite do documento obedece a prioridades
momentâneas dos setores. De acordo com observações feitas ao longo dos
AMBULATÓRIO
ARQUIVO MÉDICO
ADMISSÃO E ALTA
FATURAMENTO
DIREÇÃO
INTERNAÇÃO
NEP/COMISSÕES
SECRETARIAS DOS ANDARES
DOCUMENTAÇÃO
MÉDICA
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últimos meses pela equipe do Arquivo Médico, observa-se que a melhor
maneira de solucionar o problema seria modificando e padronizando o fluxo do
prontuário, de forma que apenas as exceções fossem tratadas de maneira
diferente.
Após observações acerca do fluxo do prontuário pelo Hospital,
verificou-se que o caminho percorrido não é o mais adequado, e sugere-se que
o fluxo seja o seguinte:
FIGURA 2 – Simulação do fluxo correto do prontuário
AMBULATÓRIO
ARQUIVO MÉDICO
ADMISSÃO E ALTA
FATURAMENTO
DIREÇÃO
INTERNAÇÃO
NEP/COMISSÕES
SECRETARIAS DOS ANDARES
DOCUMENTAÇÃO
MÉDICA
12
2.1 Problemas encontrados
Os principais problemas que se apresentam hoje são:
a) Inexistência de uma Política do Arquivo Médico em funcionamento e
aprovada pela Direção do hospital;
b) Falta de procedimentos escritos que validem as ações que são
feitas;
c) Desconhecimento do fluxo do prontuário por parte dos profissionais
que lidam com a documentação;
d) Falta de um sistema de rastreabilidade do prontuário do paciente,
principalmente para os casos onde o prontuário não pode ser
devolvido a arquivo imediatamente após a consulta (após uma
internação, por exemplo, o prontuário precisa ser faturado e não
pode retornar ao arquivo antes de passar pelo setor de
Faturamento);
e) Grande acúmulo de evoluções médicas nos setores (principalmente
nas clínicas do Ambulatório), criando enormes “arquivos paralelos”.
No último mês foram entregues ao arquivo para anexação nos
respectivos prontuários evoluções dos anos de 2000, 2004 e 2007;
f) Carência de câmera de segurança no arquivo médico;
g) Falta de procedimentos de segurança em todo o hospital, o que
facilita a entrada de qualquer pessoa na Unidade;
h) Descumprimento do prazo de devolução dos prontuários ao arquivo
médico. Em alguns casos, o prontuário chega a ficar mais de dois
meses no setor de Faturamento;
i) Falta de procedimentos em outros setores no que diz respeito ao
tratamento do prontuário do paciente;
j) Descaso, por parte de alguns profissionais, quanto ao recebimento
dos prontuários referentes à determinada clínica do Ambulatório,
negando-se a assinar o protocolo de entrega.
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2.2 Propostas de melhoria
Com o intuito de otimizar o fluxo do prontuário do paciente e
consequentemente melhorar o atendimento a todos os setores do hospital que
fazem uso deste tipo documental, sugere-se algumas medidas:
a) Elaboração de uma Política do Arquivo Médico que inclua todos os
procedimentos que devem ser seguidos no que diz respeito ao
empréstimo, acesso, segurança e confidencialidade do prontuário do
paciente por todos os funcionários do hospital que lidam com esse
documento; b) Solicitar à Direção melhorias quanto à rastreabilidade do prontuário
pelo hospital, visto ser esse um dos maiores problemas encontrados;
c) Divulgar, a todo o hospital, dos procedimentos operacionais
adotados pelo Arquivo médico, incluindo aí o procedimento e
abertura de prontuário, a não indicação de pacientes ao arquivo
médico (pois o setor que dá informações é o de Admissão e Alta), a
solicitação de prontuários pelo sistema, com 48 horas de
antecedência, a solicitação de prontuários extras, que devem ser
exceção, a EXTINÇÃO DOS “ARQUIVOS PARALELOS” nas clínicas,
etc. d) Palestrar para que haja conscientização de médicos e residentes
sobre a importância do preenchimento e anexação das evoluções no
prontuário do paciente; e) Cobrar aos setores a obediência ao tempo de devolução do
prontuário do paciente ao arquivo, que é de 24 horas;
f) Esclarecer sobre o pedido de abertura de prontuário, que deve ser
encaminhado pelo médico assistente ao setor de Admissão e Alta;
g) Informar sobre as medidas necessárias para o cuidado com o
prontuário do paciente, não escrevendo, rabiscando ou furando a
capa do documento, e a importância desse cuidado;
h) Abolir alguns formulários utilizados no arquivo, devido à má
formatação, ao pouco uso e à pouca serventia;
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i) Analisar e listar 19.000 folhas de identificação de paciente,
denominadas “prontuários sem dados clínicos”, que estão
acondicionadas em sacos plásticos na sala do almoxarifado, próxima
ao arquivo;
j) Pesquisar histórico dos microfilmes armazenados no hospital,
escrever um documento sobre o assunto e deixar salvo na rede, para
futuras consultas;
k) Realizar um estudo sobre os microfilmes de prontuários antigos e
buscar consultoria técnica para a análise dessa documentação
especial, já que são solicitados com certa frequência.
Como se vê, são poucas medidas, mas que se adotadas por todos
gerarão um enorme benefício para a gestão da informação no hospital.
Desta forma, busca-se a qualidade total no atendimento ao usuário
(não apenas o paciente, mas todos que lidam com o prontuário e precisam da
informação de maneira ágil e precisa) e o reconhecimento da prestação do
serviço oferecido pelo setor de Arquivo Médico e consequentemente pelo
hospital.
Manuais estão sendo escritos com o objetivo de padronizar, informar
e otimizar o processo, até porque o hospital está buscando a Acreditação.
Quanto aos usuários dos serviços do setor (ver anexo 2 – Setores
atendidos pelo Arquivo Médico), cabe escrever uma rotina geral e conversar
com os responsáveis por eles sobre particularidades que possam ocorrer.
Como alguns casos que o prontuário pode atender, podemos citar:
fornecimento de cópia do documento ao paciente (pela Documentação
Médica); cálculo dos gastos com o paciente, ou seja, faturamento da
internação referente a determinado período (pelo Faturamento); emissão de
laudo para o paciente (pela Documentação Médica); realização de estudos
sobre determinada doença (pelo Núcleo de Epidemiologia); elaboração de
levantamentos e estatísticas (pelo NEP, Comissão de Revisão de Prontuário,
Comissão de óbito e pelo próprio Arquivo Médico); servir de base para
respostas judiciais (para a Direção), servir para análise de alguma internação
15
ou mesmo busca de informações sobre o tratamento do paciente no hospital, e
pesquisa para médicos, por exemplo.
16
CAPÍTULO III
GESTÃO DA INFORMAÇÃO
Antes mesmo de iniciar a definição dos conceitos objetos deste
estudo, é necessária uma breve definição dos termos relacionados a eles.
Dados são todos os elementos que servem de base para a
formação de opiniões ou para a tomada de decisões. Um dado é apenas um
índice, um registro, uma manifestação objetiva, passível de analise, exigindo
interpretação da pessoa para sua manipulação. Em si, os dados têm pouco
valor, mas quando classificados, armazenados e relacionados entre si, eles
permitem a obtenção de informações. A informação apresenta significado e
intencionalidade, aspectos que a diferenciam do conceito de dados (FERRARI,
1991).
Informação é um termo com muitos significados dependendo do
contexto, mas como regra é relacionada com conceitos tais como significado,
conhecimento, instrução, comunicação, representação e estímulo mental.
Informação é uma mensagem recebida e entendida. Informação é uma
coleção de fatos dos quais conclusões podem ser extraídas.
Acima de tudo, informação é o resultado do processamento,
manipulação e organização de dados numa forma que se some ao
conhecimento da pessoa que a recebe. Uma informação é basicamente a
interpretação e compreensão de um conjunto de dados.
Informação é o dado trabalhado que permite ao gestor tomar
decisões. É o resultado do tratamento dos dados existentes acerca de alguém
ou de alguma coisa. Pode-se definir também a informação como um conjunto
de fatos organizados de tal forma que adquirem valor adicional além do valor
do fato em si. (CARVALHO, 1993)
Pode-se dizer que informação é o dado trabalhado que permite ao
gestor tomar decisões. A informação, ao ser utilizada pelos gestores, pode
afetar ou modificar o comportamento existente na empresa, bem como o
relacionamento entre as suas várias unidades organizacionais.
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Nas últimas três décadas, as organizações brasileiras, tanto
privadas como públicas, de forma crescente passaram a se conscientizar da
importância da revisão dos seus modelos de gestão: no caso das empresas
privadas, a motivação era a sua sobrevivência e competitividade no mercado;
no caso das empresas públicas, tal motivação era a sua capacidade de
cumprir sua missão, ou seja, atender com qualidade a prestação de serviços
de interesse da sociedade.
Segundo NÓBREGA (2008), gestão “são os mecanismos que têm
de ser implantados para que tendências instintivas (naturais) originadas no
auto interesse das pessoas, sejam canalizadas para o interesse da empresa.”
Entendendo informação como um fator intrínseco a qualquer
atividade, seu processamento e uso devem ser consolidados por toda uma
organização. Sendo gestão da informação e qualidade total termos
relativamente novos, é oportuno um breve comentário sobre suas definições.
A gestão da informação significa unir planejamento, construção,
organização, direção, treinamento e controle ao uso da informação,
envolvendo pessoas, equipamentos, recursos financeiros e tecnologia.
De acordo com a legislação, considera-se gestão arquivística de
documentos:
o conjunto de procedimentos e operações técnicas referentes à produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. (CONARQ, 2004)
Inserido nesse contexto está o prontuário do paciente, objeto do
serviço prestado pelo Arquivo da Unidade.
A gestão da informação é um conjunto de estratégias que visa
identificar as necessidades informacionais, mapear os fluxos formais de
informação nos diferentes ambientes da organização, assim como sua coleta,
filtragem, análise, organização, armazenagem e disseminação, objetivando
apoiar o desenvolvimento das atividades cotidianas e a tomada de decisão no
ambiente corporativo.
18
CAPÍTULO IV
QUALIDADE E USUÁRIOS
O conceito de qualidade evoluiu ao longo do tempo, mas só
recentemente passou a ser utilizada como uma forma de gestão.
Nas definições de qualidade que se seguem, verifica-se que elas se
complementam: JURAN (1990) determina que: “qualidade é a adequação do
produto ou serviço ao uso, ou seja, à necessidade do consumidor”. Para
CROSBY (1990), qualidade é “fazer bem desde a primeira vez (e) isto significa
manter um compromisso real com aquilo que está sendo realizado”. E
FALCONI (1992) diz que: “o verdadeiro critério para boa qualidade é a
preferência do consumidor em relação ao concorrente, uma vez que isto
garantirá a sobrevivência da empresa”. Assim, pode-se dizer que um
produto/serviço possui qualidade quando ele está adequado para o uso,
atendendo às necessidades dos usuários.
A gestão da qualidade é definida pela Associação Brasileira de
Normas Técnicas como:
(...) modo de gestão de uma organização, centrado na qualidade, baseado na participação de todos os seus membros, visando ao sucesso a longo prazo, através da satisfação do cliente e dos benefícios para todos os membros da organização e para a sociedade.(ABNT, 2005)
A gestão da qualidade prevê o aporte do conhecimento necessário
para a empresa oferecer produtos de acordo com os requisitos do mercado.
Esse conhecimento é adquirido por meio da informação que, como insumo
principal da empresa, é utilizada para capacitar pessoas e estabelecer um
sistema organizacional que as oriente e as instrua sobre como executar suas
atividades.
Hoje podemos dizer que o cliente/usuário atua ativamente deste
processo. No caso de um setor como o Arquivo Médico, a prestação de um
serviço de qualidade ao usuário depende fortemente do envolvimento de todos
que participam do trâmite do prontuário pelo hospital.
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Sistemas de gestão da qualidade podem ajudar as organizações a
aumentar a satisfação do cliente.
Uma abordagem para desenvolver e implementar um sistema de
gestão da qualidade consiste em várias etapas, apresentadas a seguir:
a) determinação das necessidades e expectativas dos clientes e das
outras partes interessadas;
b) estabelecimento da política da qualidade e dos objetivos da
qualidade da organização;
c) determinação dos processos e responsabilidades necessários
para atingir os objetivos da qualidade;
d) determinação e fornecimento dos recursos necessários para
atingir os objetivos da qualidade;
e) estabelecimento de métodos para medir a eficácia e a eficiência
de cada processo;
f) aplicação dessas medidas para determinar a eficácia e a
eficiência de cada processo;
g) determinação dos meios para prevenir não-conformidades e
eliminar suas causas;
h) estabelecimento e aplicação de um processo para melhoria
contínua de um sistema de gestão da qualidade existente.
Qualquer atividade, ou conjunto de atividades, que usa recursos
para transformar insumos (entradas) em produtos (saídas) pode ser
considerado como um processo.
Para que as organizações funcionem de forma eficaz, elas têm que
identificar e gerenciar processos inter-relacionados e interativos.
Frequentemente, a saída de um processo resultará diretamente na entrada do
processo seguinte. A identificação sistemática e a gestão dos processos
empregados na organização e as interações entre tais processos são
conhecidas como "abordagem de processos".
Daí a importância da integração e o alinhamento entre todos os
setores que utilizam os serviços do Arquivo Médico.
A política da qualidade e os objetivos da qualidade são
estabelecidos para proporcionar um foco para direcionar a organização.
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A ABNT aponta conceitos relacionados com a Gestão:
Sistema Conjunto de elementos inter-relacionados ou
interativos
Alta Direção Pessoa ou grupo de pessoas que dirige e controla uma organização no mais alto
nível
Gestão Atividades coordenadas para dirigir e controlar
uma organização
Sistema de gestão Sistema para estabelecer
política e objetivos
Sistema Conjunto de elementos inter-relacionados ou
interativos
Planejamento da qualidade
Parte da gestão da qualidade focada no estabelecimento dos
objetivos da qualidade e que
especifica os recursos e processos operacionais
necessários para atender a estes
objetivos
Gestão da qualidade Atividades coordenadas
para dirigir e controlar uma organização, no que diz respeito à qualidade
Política da qualidade Intenções e diretrizes globais de uma organização, relativas à qualidade, formalmente
expressas pela Alta Direção
Objetivos da qualidade Aquilo que é buscado ou almejado, no que diz respeito à qualidade
Melhoria contínua Atividade recorrente para aumentar a capacidade de
atender requisitos
Melhoria da qualidade
Parte da gestão da qualidade focada no aumento da capacidade de atender aos requisitos da qualidade
Eficiência Relação entre o resultado alcançado e os recursos
usados
Eficácia Extensão na qual as
atividades planejadas são realizadas e os resultados planejados, alcançados
Controle da qualidade
Parte da gestão da qualidade focada no atendimento dos requisitos da
qualidade
Garantia da qualidade
Parte da gestão da qualidade focada
em prover confiança de que os
requisitos da qualidade serão
atendidos
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Tanto a política quanto os objetivos da qualidade determinam os
resultados desejados e auxiliam a organização na aplicação dos recursos para
alcançar esses resultados. A política da qualidade fornece uma estrutura para
estabelecer e analisar criticamente os objetivos da qualidade. Os objetivos da
qualidade precisam ser consistentes com a política da qualidade e o
comprometimento para melhoria contínua, e o atingimento desses objetivos
deve ser mensurável. O cumprimento dos objetivos da qualidade pode ter um
impacto positivo na qualidade do serviço, na eficácia operacional e no
desempenho financeiro, conduzindo assim à satisfação e confiança das partes
interessadas.
4.1 Usuários
No Brasil, a formação do profissional da informação para trabalhar
em campos específicos é ainda algo recente, havendo poucos cursos de
graduação voltados para este objetivo.
Entretanto, especificamente, tratando-se do acesso ao prontuário do
paciente, os funcionários que lidam com o prontuário nesta Unidade de Saúde
são pessoas que possuem apenas o ensino fundamental (os auxiliares
administrativos), ensino médio (secretárias de clínicas) ou graduação (médicos
e enfermeiras).
Há uma Arquivista há pouco mais de um ano no hospital, que torna-
se a pessoa responsável por gerenciar o fluxo de informação de toda a
unidade. Como esta profissional está lotada no Arquivo Médico, tem sido
produtivo para o andamento das atividades no setor e para a padronização e
elaboração de novos procedimentos, até então inexistentes. Através de
contínua conscientização dos funcionários Internos e externos ao setor, tem
sido produtivo o andamento das atividades.
Tentando superar a formação dita generalista, o curso de Ciências
da Informação e Documentação da Universidade de São Paulo (USP), iniciado
em 2003, traz uma proposta de um curso de graduação em Ciência da
Informação com especialização em três áreas, quais sejam: Informação em
educação, Informação em negócios, e Informação em saúde.
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Como ainda não é possível ter um profissional desta formação no
quadro de funcionários do hospital, a responsável pelo setor de Arquivo Médico
(uma Arquivista) buscou especializações na área da Saúde e da Qualidade,
através de dois cursos realizados simultaneamente no último ano:
- Curso de Especialização Técnica em Registros e Produção de
Informações em Saúde, ministrado na Fiocruz, com duração de dez meses, de
nível médio; e
- Curso de Pós-Graduação em Administração da Qualidade,
ministrado na Universidade Cândido Mendes, com duração de um ano, de
nível superior.
Hoje as pessoas que atuam como usuários do Arquivo Médico estão
conhecendo, aos poucos, a rotina do setor e reuniões tem sido feitas com o
intuito de otimizar o serviço oferecido a estes usuários. Entretanto, o trabalho
mais difícil é a conscientização dos médicos sobre os procedimentos acerca do
prontuário do paciente. Muitos desconhecem a importância do registro escrito,
e mesmo digitado – agora com a implantação do prontuário eletrônico, que
está em fase de implantação gradativa em alguns setores do hospital.
Segue abaixo os principais usuários do serviço de Arquivo Médico:
*NEP = Núcleo de Epidemiologia
*Comissões = Comissão de Revisão de Prontuários e Comissão de Óbitos
DIREÇÃO
NEP/COMISSÕES
SECRETARIAS
ARQUIVO MÉDICO
DOCUMENTAÇÃO
MÉDICA
INTERNAÇÃO
ADMISSÃO E ALTA
AMBULATÓRIO
FATURAMENTO
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4.2Ferramentas da qualidade
Quanto às ferramentas de Gestão da Qualidade, citaremos os 5”S, o
PDCA, os fluxogramas e as Normas ISO.
Sobre o método geral de modelo gerencial que mais se adequa às
tarefas do setor de Arquivo Médico, o PDCA, este será mais detalhado no
capítulo seguinte, que trata de Qualidade Total. Mas no caso da implantação
da gestão da Informação como garantia da qualidade total no atendimento ao
usuário, o Arquivo Médico está se valendo do conhecimento fornecido por
todas as ferramentas citadas para alcançar o objetivo final.
Assim, abordaremos brevemente essas ferramentas que auxiliam o
alcance da qualidade.
4.2.1 O 5S
A ferramenta 5S não é apenas um programa, mas uma filosofia de
vida. Com o objetivo de tornar o ambiente de trabalho mais agradável e
seguro, a organização pode aplicar o princípio japonês do 5s para atingir a
Qualidade Total. Com treinamento e conscientização, os colaboradores são
incentivados a implementar ações de melhoria para cada um dos princípios do
5S. A primeira impressão é a de que os cinco passos desta ferramenta
aplicam-se simplesmente à organização do espaço de trabalho, mas este
programa pode causar grandes transformações na empresa e alcançar
resultados muito além do que se poderia supor. Os 5S referem-se a cinco
palavras japonesas:
SEIRI ( organização e senso de utilização)
SETON (arrumação e ordenação)
SEISO (limpeza)
SEIKETSU (padronização)
SHITSUKE (disciplina).
Através do 5S os colaboradores são envolvidos na melhoria de tudo
o que os rodeia e rodeia seu trabalho, são convidados a usar sua criatividade e
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dar soluções pessoais e em grupo, para pequenas melhorias. As pessoas
tornam-se motivadas para gerar mudanças e percebem que essas melhorias
podem afetá-las diretamente.
O 5S muda o relacionamento psicológico da pessoa com o seu
trabalho, com os colegas e com a empresa, e vai alterando seus hábitos,
atitudes, práticas, isto é, altera os padrões culturais do grupo e
consequentemente a cultura da empresa.
Os principais benefícios da metodologia 5S são:
1) maior produtividade pela redução da perda de tempo procurando por
objetos; só ficam no ambiente os objetos necessários e ao alcance da mão;
2) redução de despesas e melhor aproveitamento de
Materiais; a acumulação excessiva de materiais tende à degeneração;
3) melhoria da qualidade de produtos e serviços;
4) menos acidentes do trabalho;
5) maior satisfação das pessoas com o trabalho.
4.2.2 Fluxogramas
O fluxograma é um gráfico que demonstra a sequência operacional
do desenvolvimento de um processo, que caracteriza: o trabalho que está
sendo realizado, o tempo necessário para sua realização, a distância
percorrida pelos documentos, quem está realizando o trabalho e como ele flui
entre os participantes deste processo.
O Fluxograma de Análise de Processos – o FAP – originou-se a
partir do aperfeiçoamento do diagrama de blocos e do fluxograma utilizado na
área de processamento de dados. Como instrumento de múltiplas funções, o
FAP, através de sua representação gráfica, permite visualizar e compreender
melhor os processos de trabalho em execução, as diversas fases operacionais,
a interligação com outros processos e todos os documentos envolvidos.
A partir de uma visão sistêmica, possibilitará ao analista um
conhecimento mais íntimo e profundo da situação atual, permitindo, também,
uma análise técnica aperfeiçoada e com melhor qualidade.
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A elaboração de um fluxograma de todo o processo descendo até o
nível das tarefas individuais forma o embasamento da análise e do
aperfeiçoamento do processo.
Há muitos tipos diferentes de fluxograma, cada um para uma
aplicação específica:
a) Diagrama de blocos – fornece uma rápida noção do processo;
b) Fluxograma padrão da American National Standards Institute
(ANSI) – analisa os inter-relacionamentos detalhados de um processo;
c) Fluxogramas funcionais – mostram o fluxo do processo entre
organização ou áreas;
d) Fluxogramas geográficos – mostram o fluxo do processo entre
localidades.
4.2.3 Normas ISO
A ISO1 – International Organization for Standardization – foi fundada
em 1947, tem sede em Genebra (Suíça) e é uma federação mundial de
organismos de normalização nacionais de, aproximadamente, 146 países. A
ABNT é o representante brasileiro. A missão desta organização é promover o
desenvolvimento da normalização e atividades correlatas, no mundo, com os
objetivos de facilitar as trocas internacionais de bens e serviços e de
desenvolver a cooperação nos campos da atividade intelectual, científica,
tecnológica e econômica.
O trabalho técnico da ISO consiste no desenvolvimento de acordos
internacionais, mediante processo consensual, para aplicação voluntária. Estes
acordos são publicados como Normas Internacionais, das quais a ISO
elaborou, até o presente, um número superior a dez mil.
Conciliando os interesses de produtores, consumidores, governos e
comunidade científica, a ISO elabora, publica e difunde normas internacionais
relativas a todos os domínios de atividades, exceto no campo elétrico-
1 A sigla ISO é uma referência à palavra grega ISO, que significa igualdade.
26
eletrônico, o qual é responsabilidade da IEC - INTERNATIONAL
ELECTROTECHNICAL COMMISSION.
O ABNT/CB-25 – Comitê Brasileiro da Qualidade da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – produz e dissemina as normas de sistemas
de Gestão da Qualidade e Garantia da Qualidade e de Avaliação da
Conformidade e suas técnicas correlatas, observando as condições atuais de
integração econômica internacional e contribuindo para a capacitação
tecnológica brasileira. Este órgão é o representante oficial da ABNT junto o
ISO/TC 176 e ISO/CASCO e participa dos respectivos Grupos de Trabalho,
produzindo as normas e outros documentos normativos brasileiros, relativos à
qualidade e à avaliação da conformidade, equivalentes aos emitidos pela ISO.
O ABNT/CB-25 foi criado no último trimestre de 1991, e começou
a operar em fevereiro de1992, com o objetivo de criar uma infra-estrutura de
normalização de sistemas de gestão da qualidade para o Brasil. Este órgão
define oito princípios de gestão da qualidade, que podem ser usados pela Alta
Direção para conduzir a organização à melhoria do seu desempenho, visto que
a gestão de uma organização inclui, entre outras disciplinas de gestão, a
gestão da qualidade. Esses princípios são definidos abaixo:
1) Foco no cliente = Organizações dependem de seus clientes e,
portanto, convém que entendam as necessidades atuais e futuras do cliente,
os seus requisitos e procurem exceder as suas expectativas.
2) Liderança = Líderes estabelecem unidade de propósito e o rumo
da organização. Convém que eles criem e mantenham um ambiente interno,
no qual as pessoas possam estar totalmente envolvidas no propósito de atingir
os objetivos da organização.
3) Envolvimento de pessoas = Pessoas de todos os níveis são a
essência de uma organização, e seu total envolvimento possibilita que as suas
habilidades sejam usadas para o benefício da organização.
4) Abordagem de processo = Um resultado desejado é alcançado
mais eficientemente quando as atividades e os recursos relacionados são
gerenciados como um processo.
27
5) Abordagem sistêmica para a gestão = Identificar, entender e
gerenciar processos inter-relacionados como um sistema contribui para a
eficácia e eficiência da organização no sentido desta atingir os seus objetivos.
6) Melhoria contínua = Convém que a melhoria contínua do
desempenho global da organização seja seu objetivo permanente.
7) Abordagem factual para tomada de decisão = Decisões eficazes
são baseadas na análise de dados e informações.
8) Benefícios mútuos nas relações com os fornecedores = Uma
organização e seus fornecedores são interdependentes, e uma relação de
benefícios mútuos aumenta a habilidade de ambos em agregar valor.
Estes oito princípios de gestão da qualidade formam a base para as
normas de sistema de gestão da qualidade na família ABNT NBR ISO 9000.
4.3 Qualidade no Arquivo Médico
Durante o último ano tem havido um grande esforço na elaboração
de políticas referentes ao Arquivo Médico, pois não existia nenhum trabalho
nesse sentido. Dessa forma, esperamos que a melhoria do serviço prestado
pelo setor gere resultados visíveis para toda a Unidade, inclusive na busca
pela Acreditação Hospitalar, que é uma certificação cujos objetivos principais
são melhorar a qualidade dos cuidados aos pacientes e acompanhantes e
proporcionar um ambiente livre de riscos para todos aqueles que circulam na
Instituição, dentro de padrões de excelência reconhecidos internacionalmente.
Através da Acreditação Hospitalar, a instituição de saúde tem a
possibilidade de realizar um diagnóstico objetivo acerca do desempenho de
seus processos, incluindo as atividades de cuidado direto ao paciente e
aquelas de natureza administrativa.
Assim, podemos dizer que a busca pela satisfação do usuário é uma
constante no setor, e os funcionários são conscientes que o apoio da Direção
do hospital assim como o alinhamento do fluxo com outros setores são
componentes da qualidade total que servirão de base para a manutenção do
processo de Gestão da Informação.
28
No caso do Arquivo do Hospital Federal da Lagoa, o documento
objeto do serviço prestado é o prontuário. Cabe, então, esclarecer o significado
deste termo, visto que é confundido na própria Unidade pelos seus usuários.
O Conselho Federal de Medicina define prontuário como:
(...) o documento único constituído de um conjunto de
informações, sinais e imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter legal, sigiloso e científico, que possibilita a comunicação entre membros da equipe multiprofissional e a continuidade da assistência prestada ao indivíduo (RESOLUÇÃO CFM Nº 1638/2002).
Prontuário é o registro da história do paciente, uma pasta que
acondiciona todos os atendimentos que ele gerou no hospital e é fonte de
informação para futuras consultas/pesquisas.
Atualmente, no Hospital Federal da Lagoa, há uma confusão em
relação à definição de prontuário, que é entendido como qualquer “excesso” de
documentação do paciente que tramita pelo hospital, e não como um conjunto
de informações sobre aquele paciente.
Nesta Unidade de saúde o prontuário é composto por uma pasta de
papel cartão, com etiqueta com código de barras e o número de registro do
paciente pelo hospital, uma etiqueta colorida que auxilia no arquivamento e
desarquivamento da pasta na estante do arquivo, e todos os documentos
sobre a passagem do doente pelo hospital (vide Anexo 2). Entretanto, não há o
hábito, pelos profissionais que lidam com esse tipo documental, de manter no
prontuário todos os documentos gerados em todos os atendimentos daquele
paciente. Devido à falta de padronização de procedimentos alguns problemas
que são gerados, como:
a) Profissionais que entregam a evolução ao paciente, deixando de
anexá-la ao prontuário, prejudicando o histórico do paciente;
b) Profissionais que deixam de preencher a evolução diária do paciente
com os dados necessários a sua identificação;
c) Profissionais que anexam evoluções de pacientes diferentes no
mesmo prontuário;
29
d) Documentos gerados na internação do paciente percorrem dois
setores e levam até três meses para chegar ao arquivo e serem
efetivamente arquivados no prontuário, ocasionando confusão na
prestação da informação ao doente;
e) Volumes de prontuários às vezes são abertos sem que o Arquivo
seja informado, gerando, assim, duplicidade de documento.
Toda essa falta de procedimentos acarreta problemas, pois segundo
legislação específica,
(...) o prontuário e seus respectivos dados pertencem ao paciente e devem estar permanentemente disponíveis, de modo que quando solicitado por ele ou seu representante legal permita o fornecimento de cópias autênticas das informações pertinentes (RESOLUÇÃO CFM Nº 1821/2007).
30
CAPÍTULO V
QUALIDADE TOTAL
Em relação ao termo Qualidade Total, é imprescindível a educação
das áreas quanto aos procedimentos que devem ser seguidos para a melhoria
do fluxo. A adoção de tais medidas beneficiará a todos, e fundamentalmente
ao paciente, motivo principal da existência do Hospital.
Apesar do tamanho do Hospital e das particularidades de alguns
setores, é possível atingir a Qualidade total em relação ao serviço prestado ao
usuário.
Qualidade Total é entendida como uma ferramenta, um
instrumento, uma metodologia, uma estratégia para resolver problemas.
Gestão da Qualidade Total (GQT) ou Total Quality Control (TQC)
corresponde a um modelo gerencial aperfeiçoado no Japão, a partir de ideias
norte-americanas, especialmente devidas a Deming e Juran, introduzidas
durante a ocupação aliada naquele país depois de 1945.
Um aspecto fundamental do TQC é o conceito de rompimento, que implica
numa mudança de forma de pensar, de estilo e de postura, envolvendo todos
os integrantes da empresa, desde o principal executivo até o mais modesto
trabalhador.
O conceito de Qualidade Total é amplo e dinâmico. Muitos pensam
que o grande peso da responsabilidade na obtenção da Qualidade depende –
quase que exclusivamente – da área fim, mas não é verdade. TQC refere-se à
qualidade em toda a organização; depende de todos os funcionários, como dito
acima.
BONILLA2 (1991) cita as cinco dimensões da qualidade total:
1) Qualidade intrínseca do serviço – refere-se às características
inerentes ao produto (ou serviço) capazes de fornecer satisfação ao cliente,
tais como: ausência de defeitos, confiabilidade, e exemplificando na área da
2 Em seu artigo, sempre que o autor utiliza as palavras “produto ou serviço” como sinônimos, optamos por usar sempre o sentido da palavra “serviço”, devido a se tratar de setor público.
31
saúde: indicadores de incidência de complicações, tempo médio de
internações, índice de pacientes por médico;
2) Custo do serviço – o paciente tem um conceito de valor. No caso
de serviços prestados pelo setor público, há uma concordância de que o
usuário daquele serviço paga por ele, gerando o entendimento de que o
atendimento deve ser como o de um serviço privado;
3) Entrega – no caso do serviço público, o paciente deve receber o
serviço no prazo, no local e com certa qualidade;
4) Segurança – é fundamental que o serviço no prazo certo, no lugar
certo e na quantidade certa. Um exemplo de indicador seria o percentual de
cancelamento de cirurgias;
5) Moral – Refere-se à disposição e motivação que os empregados
manifestam. Uma das formas de avaliar o moral é através do nível de
absenteísmo e do comprometimento com o trabalho.
No Hospital Federal da Lagoa alguns itens têm sido pensados para
que a instituição alcance a qualidade total, como os abaixo:
a) Criação da Gerência da Qualidade;
b) Desenvolvimento de um Programa de Divulgação de informações
sobre o hospital não só aos setores como à população usuária dos
serviços que prestamos;
c) Identificação e elaboração de rotinas para os setores;
d) Promoção de crescimento do profissional, através da participação
em cursos relativos ao setor de atuação;
e) Reuniões frequentes com outros setores, no intuito de melhoria dos
processos onde todos estão envolvidos;
f) Reformulação de processos nas áreas;
g) Busca pela melhoria dos serviços prestados aos usuários.
Através da QT, as organizações podem assegurar sua sobrevivência
e construir sua prosperidade. Acreditamos que nossa Unidade de Saúde está
caminhando para o alcance da Qualidade Total, visto que estamos com alguns
objetivos alinhados aos princípios da Qualidade Total, que são dez:
1) Planejamento da qualidade – é essencial para delinear um guia da
32
qualidade, pois prepara a empresa para alcançar as metas da qualidade. Os
elementos desse planejamento são:
- identificar quem são os clientes e quais são suas exigências;
- desenvolver o produto/serviço face a essas exigências;
- identificar os processos que tenham impacto sobre a qualidade;
- estabelecer metas da qualidade
- garantir a capacidade do processo para atingir essas metas em
condições normais de funcionamento.
2) Total satisfação do cliente – este item pode ser entendido como o
ponto principal da gestão da qualidade. Os clientes são a razão de existir da
organização. Conhecer suas necessidades e como eles avaliam os
produtos/serviços que lhes são prestados é fundamental. Essa avaliação deve
ser transformada em indicadores concretos, para que reflitam o grau de
satisfação dos clientes. A organização deve antever suas necessidades,
antecipar seus desejos e superar suas expectativas. A organização deve
buscar excelência no atendimento – objetivo principal do setor de Arquivo
Médico.
3) Gestão participativa – o relacionamento entre chefia e
subordinados
é fundamental para o bom andamento do serviço. As novas ideias devem ser
estimuladas e a criatividade aproveitada para a resolução dos problemas e o
constante aperfeiçoamento das atividades. Não deve haver medo entre os
componentes da equipe e os vários níveis gerenciais devem ouvir
constantemente o que pensam seus colaboradores. É necessário que os
gerentes adotem atitudes de liderança e transparência. Assim, vê-se a
importância de se criar uma cultura de participação e repasse de informações
entre o grupo. A boa comunicação garantirá a delegação e a distribuição de
tarefas seja feita de maneira eficaz;
4) Desenvolvimento de recursos humanos – este item mostra a
importância da valorização dos funcionários, com foco em seu crescimento e
plena realização na função que desempenha, que funcionarão como peças
33
fundamentais na obtenção da qualidade total. Hoje, uma nova visão no serviço
público mostra o interesse em capacitação e treinamento dos funcionários;
5) Constância de propósitos – a adoção de novos valores é um
processo lento e gradual que deve levar em conta a cultura existente na
organização. Como há muitos conceitos arraigados nos próprios funcionários
da Administração Pública, difícil tem sido mudar a mentalidade dos que
parecem desmotivados no serviço que prestam. Entretanto, o desenvolvimento
de todos os outros nove itens citados garantirá a mudança desse aspecto. É
de grande importância o engajamento da Alta Direção, definindo e
implementando a política da qualidade e seus objetivos, assegurando que a
política e seu comprometimento sejam entendidos e mantidos em todos os
níveis da organização;
6) Aperfeiçoamento contínuo – Alinhado com o item acima, torna-se
imprescindível implantar uma cultura de mudança, comprometida como
aperfeiçoamento contínuo, eliminando-se as atitudes de acomodação e
passividade. Deve-se buscar a inovação dos serviços e processos, a
criatividade e flexibilidade de atuação, o retorno de outros setores quanto ao
nível de satisfação, e a capacidade de incorporar novas tarefas que beneficiem
o processo como um todo. Para isso, é essencial a criação de indicadores que
retratem a situação existente e que permitam a comparação com referenciais;
7) Gerenciamento de processos – a organização deve ser entendida
como um sistema aberto, que tem como finalidade atender às necessidades
dos seus clientes e usuários através da produção de bens e serviços – no caso
do Arquivo Médico, gerados a partir de insumos recebidos de seus usuários ou
transformados através de seus recursos e tecnologia. Esse grande processo
se decompõe em subprocessos até o nível de uma tarefa individual e se
interliga formando várias cadeias usuário-Arquivo em qu, a partir do usuário
externo, vão se comunicando , sendo o processo anterior o Arquivo e o
processo seguinte o usuário. Gerenciar este processo significa aplicar
constantemente o planejamento, a execução, a verificação e atuar de forma
corretiva. Assim como para o aperfeiçoamento contínuo, aqui também, para
que se possa acompanhar, controlar e avaliar cada um dos subprocessos, é
indispensável a criação de um modelo de indicadores que mensurem aspectos
34
relativos à produtividade (eficiência) e qualidade (eficácia). Assim, é notório
que o gerenciamento de processos, aliado ao conceito de cadeia cliente-
fornecedor (usuário-Arquivo) propicia a queda de barreira entre as áreas, com
a extinção de “territórios” e uma maior integração na organização;
8) Disseminação das informações – todos os funcionários devem
assimilar o negócio, a missão, os grandes propósitos e planos da organização.
Na verdade, todos os princípios da qualidade total têm como pré-requisito um
fluxo de informações no mínimo funcional e adequado. A empresa deve manter
um canal aberto de comunicação com seus clientes, levantando expectativas e
necessidades, firmando sua imagem com a divulgação de seus principais
objetivos, produtos e serviços. O processo de comunicação deve obedecer aos
quesitos de agilidade, seletividade e integridade, devendo propiciar total
transparência da organização frente aos seus funcionários, clientes,
fornecedores e sociedade;
9) Garantia da qualidade – a organização deve estabelecer normas e
procedimentos formando um sistema documentado passível de certificação
pela análise comparativa com normas internacionais. No caso do Hospital
Federal da Lagoa, a busca pela Certificação tem levado os setores a
documentar os processos – alguns não possuíam nenhum registro escrito. A
certificação garante que o fornecedor tem total controle sobre o processo e
pode repetir aquilo que foi feito. A formalização dos processos deve assegurar
a rastreabilidade e a disponibilidade dos serviços oferecidos. Deve prever
também o controle de projetos e da documentação, o uso de estatísticas, a
formalização com relação aos fornecedores, auditorias, controle das não-
conformidades, ações corretivas, armazenagem, etc. A formalização fornece
ferramentas para a uniformidade de procedimentos;
10) Não aceitação de erros – esse princípio deve ser incorporado à
maneira de pensar de todos os funcionários, de forma que todos busquem a
perfeição em suas atividades. Os desvios devem ser medidos para que se
localize a causa principal do problema e se planejem ações corretivas. O custo
de prevenir erros é sempre menor que o de corrigi-los. Quando os resultados
são medidos e avaliados constantemente, os programas de qualidade têm
mais chance de obter sucesso.
35
No que diz respeito ao controle de um processo, há um ciclo bastante
conhecido, o PDCA, que é a uma sigla correspondente às iniciais de quatro
palavras em inglês: Plan (Planejar) , Do (Fazer, Executar), Check (Conferir) e
Action (Agir). Este método foi conhecido inicialmente em 1930 como ciclo
Shewart. Depois, quando Deming o levou ao Japão em 1950 ficou conhecido
lá como ciclo Deming. Hoje, o PDCA é representado normalmente por um
círculo com quatro quadrantes, conforme figura abaixo:
FIGURA 2 - O CICLO PDCA
Para melhor entendimento sobre esses quadrantes, segue abaixo
uma breve explicação sobre de cada um:
- P (Planejar): Consiste basicamente no estabelecimento de um
plano composto de metas, assim como pelos meios que permitirão atingi-los,
acompanhados do respectivo cronograma.
- D (Executar, fazer): Nesta fase, o plano é executado através de
tarefas específicas, devendo-se colher dados com o propósito de posterior
36
controle do processo. Antes da execução do plano há uma etapa fundamental:
o treinamento decorrente daquelas. Obviamente ele será iniciado previamente.
A execução, o fazer, corresponde ao processo. Aqui é onde as
causas começam a agir sobre os efeitos. Portanto é o momento que
corresponde ao monitoramento dos itens de verificação.
- C (Conferir, checar): Agora o processo acabou; tem-se o produto
pronto, já elaborado, manifestando-se nele uma série de efeitos. Portanto é a
oportunidade adequada para comparar as metas definidas em P com os
resultados obtidos, medidos através dos itens de controle.
- A (Ação corretiva). No caso de serem comprovados desvios entre
as metas estabelecidas e os resultados obtidos, a gerência deverá fazer
correções tendentes a sua neutralização.
Observamos que um sistema de gestão que funciona como um conjunto
integrado de missão, princípios, conceitos, valores, processos gerenciais e
operacionais destinados à identificação de: objetivos, ameaças, oportunidades,
avaliação dos pontos fortes e fracos e tomada de decisões tem muito a se
beneficiar com o ciclo PDCA.
37
CONCLUSÃO
Entende-se que conhecimento e informação são fatores decisivos
das principais atividades produtivas da sociedade, e que o sucesso de uma
organização depende, claramente, de sua capacidade em estabelecer um
relacionamento satisfatório com cada um de seus usuários.
A informação é considerada, cada vez mais, um recurso estratégico e
de valor agregado para a percepção e absorção de novas tecnologias.
Valorizada como recurso, a informação define a competitividade de pessoas,
grupos, produtos, serviços e atividades.
Nesse sentido, os serviços de informação devem otimizar seus
recursos e ativos informacionais e disseminar, da melhor maneira possível, a
informação gerada. Quem presta serviços deve treinar pessoas e motivá-las,
pois a eficiência do trabalho dependerá delas.
O gestor deve ter uma visão estratégica e inovadora, disposição para
aprender permanentemente, habilidade para usar informações, fatos e dados,
e capacidade para gerenciar equipes.
Todo o processo deve ser do conhecimento de todos que participam
dele. A divulgação do fluxo da informação e/ou de um documento deve ser
feita em toda a instituição, e constantemente, para que seja assimilada por
todos, inclusive por funcionários novos que são contratados.
Além de influenciar a tomada de decisões, a gestão da informação
exige um estudo sobre a estrutura da organização, o perfil dos usuários que
ela deseja alcançar e interações entre os setores participantes para que haja
“sintonia” na engrenagem do processo.
38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABNT/CB-25. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Comitê
Brasileiro de Qualidade. Coletânea de normas de garantia da qualidade. Rio
de Janeiro: ABNT, 1994
ABNT. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ISO 9000:2005.
Sistema de gestão de qualidade – Fundamentos e vocabulário. Rio de
Janeiro: ABNT, 2005
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implantá-la. Belo Horizonte: Tudo Comércio e Indústria. nº 270. p. 56-59,
1991.
CARVALHO. Tereza Cristina Melo de Brito.(org). Gerenciamento de Redes -
uma abordagem de sistemas abertos. São Paulo - Brasília. BRISA -
TELEBRÁS. Makron Books. 1993
CONARQ. Lei nº 5433, de 8/05/1968, que regula sobre a microfilmagem de
documentos oficiais e dá outras providências.
CONSELHO FEDERAL DA MEDICINA. Resolução nº 1.638, de 10/07/2002,
que define prontuário médico e torna obrigatória a criação da Comissão
de Revisão de Prontuários nas instituições de saúde.
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução nº 1821, de 11/07/2007,
que aprova as normas técnicas concernentes à digitalização e uso dos
sistemas informatizados para a guarda e manuseio dos documentos dos
prontuários dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a troca de
informação identificada em saúde.
39
D’ INNOCENZO, Maria et al. Indicadores, auditoria, certificações:
ferramentas de qualidade para a gestão em saúde. 2ª ed. São Paulo:
Martinari, 2010
FERRARI, Antônio Martins. Telecomunicações: Evolução e Revolução. São
Paulo: Érica, 1991.
LEITE, Renata Antunes de, GALVÃO, Maria Cristiane Barbosa. Os
Profissionais da Informação em Saúde: Perfis e Campos de Atuação.
Universidade de São Paulo. São Paulo, p.1-3, 2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Lei 8080, de 19/09/1990, que dispõe sobre as
condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá
outras providências.
NOGUEIRA, Luiz Carlos Lima. Gerenciando pela qualidade total na saúde.
Belo Horizonte; EDG; 1999. 118 p. ilus, tab.
PINTO, Virgínia Bentes; SOARES, Maria Elisa. Informação para a Área da
Saúde: Prontuário do Paciente, Ontologia de Imagem, Terminologia,
Legislação e Gerenciamento Eletrônico de Documentos. Edições UFC,
Fortaleza, 2010.
Revista Época Negócios, acesso em 11/01/2012.
http://colunas.revistaepocanegocios.globo.com/ideiaseinovacao/2008/03/06/def
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http://pt.wikipedia.org/wiki/Informacao. Acesso em 11/01/2012
http://www.abntcb25.com.br/. Acesso em 29/01/2012
41
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo 1 Organograma do Arquivo Médico;
Anexo 2 Prontuário do paciente
Anexo 3 Quantidade de prontuários solicitados ao Arquivo Médico/mês;
Anexo 4 Fotos do Arquivo antes do projeto de revitalização;
Anexo 5 Fotos do Arquivo depois do projeto de revitalização;
Anexo 6 Novo lay-out do Arquivo Médico;
42
ANEXO 1 – Organograma do Arquivo Médico
DIREÇÃO
ARQUIVO MÉDICO
ADMISSÃO E ALTA
DOCUMENTAÇÃO
MÉDICA
44
ANEXO 3 – Quantidade de prontuários solicitados ao arquivo/mês
Clínica Prontuários solicitados
Prontuários entregues
Prontuários para montar
Prontuários não arquivados
Prontuários não entregues
ADOLESCENTE 75 19 36 20 56
ALERGIA INFANTIL 363 98 171 94 265
CARDIO PEDIATRIA 34 12 10 12 22
CARDIOLOGIA 410 216 100 94 194
CIR. CABEÇA PESCOÇO 60 22 34 4 38
CIR. GERAL 147 49 79 19 98
CIR. PEDIATRICA 215 43 143 29 172
CIR. PLÁSTICA 170 52 104 14 118
CIR. TORÁCICA 34 10 12 12 24
CIR. VASCULAR 213 95 74 44 118
CLÍNICA MÉDICA 116 57 41 18 59
DERMATOLOGIA 357 154 137 66 203
ENDOCRINO. INFANTIL 163 92 50 21 71
ENDOCRINOLOGIA 920 519 254 147 401
ESCLEROSE MÚLTIPLA 197 128 31 38 69
FISIATRIA 237 95 99 43 142
GASTRO 399 247 89 63 152
GINECOLOGIA 637 302 234 101 335
HEMATO. INFANTIL 81 42 25 11 36
HEMATOLOGIA 101 67 14 20 34
HOMEOPATIA 39 23 4 12 16
NEFROLOGIA 206 113 47 46 93
NEFROLOGIA INFANTIL 10 7 3 3
NEUROCIRURGIA 169 80 58 31 89
NEUROGERIATRIA 67 44 13 10 23
NEUROLOGIA 792 401 249 142 391
NUTRIÇÃO 315 154 87 74 161
OFTALMOLOGIA 1672 758 597 317 914
ORTOPEDIA 651 318 209 124 333
OTORRINO 1071 400 503 168 671
PÉ DIABÉTICO 250 157 50 43 93
PEDIATRIA 637 212 316 109 425
PNEUMOLOGIA 195 94 59 42 101
PROCTOLOGIA 359 148 160 51 211
PSIQUIATRIA 28 15 13 13
REUMATOLOGIA 151 108 24 19 43
SAÚDE MENTAL 119 72 7 40 47
UROLOGIA 855 351 363 141 504
TOTAL 12515 5774 4486 2252 6738
45
• Planilha com dados do mês de setembro/2011
• Prontuários “para montar” são prontuários que ainda não foram
abertos pelo setor de Admissão e Alta, ou seja, ainda não chegaram ao
Arquivo Médico.
• Prontuários não arquivados = prontuários que, no momento da
busca na prateleira, não estavam arquivados. Podem estar emprestados com
outra clínica ou na guarda externa.
• Prontuários não entregues = prontuários para montar + prontuários
não arquivados.
• Algumas clínicas, como Oncologia e Infectologia não entraram neste
levantamento devido a procedimento diferenciado de empréstimo de
prontuários. Entretanto, a média de consultas por mês dessas clínicas varia
entre 800 e 300, respectivamente.
46
ANEXO 4 – Fotos do arquivo antes do projeto de revitalização
Foto 1 = Estantes de aço cinza e prontuários de capa branca
49
ANEXO 5 – Fotos do arquivo após o projeto de revitalização
Foto 1 = Estantes de aço coloridas, divididas por “famílias”
52
ANEXO 6 – Novo lay-out do arquivo médico
BANCADA COM DOIS MICROS
PORTA
ESTANTE 85 a 89
ESTANTE 97 a 99 ESTANTE 00 a 06
ESTANTE 07 a 11
ESTANTE 12 a 17 ES
ESTANTE 34 a 39
ESTANTE 40 a 45
ESTANTE 28 a 33 ESTANTE
ESTANTE 23 a 27
ESTANTE 18 a 22 ESTANTE
ARMÁRIO COM GAVETAS
ESTANTE 52 a 57
ESTANTE 58 a 61
JANELA
ESTANTE 90 a 93
ESTANTE 94 a 96
BANCADA COM DOIS MICROS
PORTA
ESTANTE 62 a 64
ESTANTE 75 a 79
ESTANTE 80 a 84
ESTANTE 65 a 69
ESTANTE 70 a 74
JANELA JANELA JANELA
ESPAÇO PARA ETIQUETAGEM
DE PRONTUÁRIOS
B A N C A D A
BANCADA
ESCANINHO 1
ESCANINHO 2
BANCADA
B A N C A D A
SALA DE
CONSULTA A PRONTUÁRIOS
CADEIRA
CADEIRA
CADEIRA
CADEIRA
CADEIRA
SALA DA CHEFIA
MESA COM MICRO
CADEIRA
BANCADA
CADEIRA
COLUNA
COLUNA
53
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
RESUMO 4
METODOLOGIA 5
SUMÁRIO 6
INTRODUÇÃO 7
CAPÍTULO I
O ARQUIVO MÉDICO 8
CAPÍTULO II
O FLUXO DO PRONTUÁRIO NO HOSPITAL 10
2.1 Problemas encontrados 12
2.2 Propostas de melhoria 13
CAPÍTULO III
GESTÃO DA INFORMAÇÃO 16
CAPÍTULO IV
QUALIDADE E USUÁRIO 18
4.1 Usuários 21
4.2 Ferramentas da qualidade 23
4.2.1 O 5S 23
4.2.2 Fluxogramas 24
4.2.3 Normas ISO 25
4.3 Qualidade no Arquivo Médico 27
CAPÍTULO V
QUALIDADE TOTAL 30