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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” PROJETO A VEZ DO MESTRE AÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS E PREVENÇÃO DE CÁRIES DENTRO DA ESCOLA Por: Lucilia Dias Peixoto Orientador Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães Rio de Janeiro 2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

AÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS E PREVENÇÃO DE

CÁRIES DENTRO DA ESCOLA

Por: Lucilia Dias Peixoto

Orientador

Prof. Nelsom José Veiga de Magalhães

Rio de Janeiro

2003

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

AÇÃO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS E PREVENÇÃO DE

CÁRIES DENTRO DA ESCOLA

Apresentação de monografia à Universidade Candido

Mendes como condição prévia para a conclusão do

Curso de Pós-Graduação “Lato Sensu” em Docência do

Ensino Superior.

Por: .Lucilia Dias Peixoto.

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Agradeço a Deus por me oferecer saúde e

inteligência para que eu possa sempre

que possível ampliar meus

conhecimentos, e ao professor Nelsom

José Veiga de Magalhães.

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Dedico esta monografia ao meu afilhado

Victor Manoel, que do seu jeito sempre está

me incentivando a conquistar novos espaços

na vida profissional.

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SUMÁRIO

Introdução.......................................................................................04 1- Níveis de Prevenção...............................................................06 2- Mecanismo de Ação dos Fluoretos.........................................10 3- Sistema Incremental Para Escolares......................................13 4- Técnicas de Fluoretação em Ambiente Escolar......................21

4.1- bochechos com flúor........................................................22

4.2- Aplicações tópicas de flúor..............................................27

4.3- Escovação com substâncias fluoretadas.........................32 5- Toxologia do Flúor..................................................................34 Conclusão.......................................................................................38 Referências Bibliográficas............................................................40 Anexo..............................................................................................42

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INTRODUÇÃO

Baseado em estudos e trabalhos de alguns autores que serão estudados

nesta monografia, vamos observar que os trabalhos no campo da prevenção

realizados por agentes comunitários ajudam a manter a normalidade morfológica e

funcional dos dentes.

Os agentes comunitários serão supervisionados por um cirurgião-dentista e

antes de começarem o trabalho propriamente dito recebem orientação através de

um curso de formação de agentes comunitários cujo conteúdo também está

apresentado nesta monografia como observamos a seguir.

A Odontologia Social Preventiva corresponde a uma parte da Odontologia

que atua em programas que visam conscientizar grande parte da população a

adotar hábitos que vão atuar diretamente na manutenção da saúde oral sendo

estes programas realizados principalmente por agentes comunitários.

Para se tornar um agente comunitário não é necessário curso superior,

basta que a pessoa faça o curso de capacitação que o habilita a exercer tal

função orientando por um cirurgião-dentista.

Quanto mais cedo começarmos os trabalhos no campo da prevenção

melhores serão os resultados, daí a maior parte desses programas funcionarem

em ambiente escolar, onde temos a presença da faixa etária ideal para o início do

programa.

A pesar de inúmeros trabalhos já terem sido escritos sobre a aplicação das

técnicas preventivas, observamos algumas dúvidas sobre o assunto.

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Nesta monografia serão apresentados resultados de alguns trabalhos

preventivos idealizados pelos agentes comunitários a fim de concluirmos sobre

seu real efeito.

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NÍVEIS DA PREVENÇÃO

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NÍVEIS DA PREVENÇÃO

Segundo Chaves (1977, p.60 a 68), considera-se em seu sentido

etimológico, como o ato de evitar que algo ocorra, a prevenção dos problemas

odontológicos tem como limite de alcance o momento em que a doença se instala.

Não obstante, diversos autores tem empregado o tempo com um sentido

amplo, chegando a catalogar como preventiva a ação reabilitadora (uma prótese

por exemplo), pois desta maneira se estava impedindo a ocorrência de mal maior

obviamente, nesta linha teríamos que seguir expandindo a validade da prática

preventiva quase ad-infinitum, pois restariam poucas situações nas quais a

intervenção humana se torna dispensável.

Conforme Chaves (1977, p. 61 a 64) com base em Leavell e Clark, ensina

que existem cinco níveis dentro deste conceito ampliado da prevenção,

correspondentes a história natural de desenvolvimento de uma doença .

1º Nível => Promoção da saúde: atuaçãoinespecífica, ligada a melhora das

condições de vida em geral e do meio ambiente, incluindo alimentação, habitação,

vestuário compatíveis com uma existência digna;

2º Nível => Proteção Específica: implementação de métodos diretamente

dirigidos para o combate precoce das doenças, como fluoretação da água de

consumo, uso de selantes, vacinação;

3º Nível => Diagnóstivo Precoce e Tratamento Imediato: atuação relacionada

aos problemas que naõ puderam ser evitados, detectando-os o mais cedo

possível e proporcionando tratamento nas etapas iniciais para impedir o seu

agravamento. O exemplo típico é a fase cuativa do Sistema Incremental;

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4º Nível => Limitação do Dano: inclui o tratamento em geral das doenças já

instaladas, como cáries secundárias, doença periodontal avançada,

etc.,procurando interromper o processo e não permitir conseqüências piores. Na

área médica, refere-se principalmente ao atendimento especializado;

5º Nível => Reabilitação: aplicável aos problemas para os quais inexistem meios

preventivos adequados nos níveis anteriores e queapesar dos esforços

profissionais, evoluem até a perda de determinadas funções orgânicas. No caso a

ação preventiva está em recuperar a função perdida, exemplo a confecção de uma

prótese.

De acordo com o conceito estrito de prevenção, apenas os dois primeiros

níveis acima referidos – proteção inespecífica e proteção específica devem ser

considerados como o seu campo de ação mais relevante que a escolha da

termologia é a presença de um espírito preventivo e a decisãode colocar em

prática os métodod disponíveis para combater cada um dos problemas típicos da

cavidade bucal e estruturas a ela relacionados. As medidas de prevenção mais

efetivas são aquelas que não dependem da vontade individual e que exigem uma

só dose ou um período muito curto de aplicação. A fluoretação da água de

abastecimentopúblico em geral é apontada como exemplo clássico neste campo,

embora em alguns locais exatamente devida a ação de grupos contrários a

injestão compulsiva de qualquer substância, sua implementação não se verifique.

Podemos observar também que o método da ingestão de comprimidos de

flúor desda o nascimento até no mínimo a idade de 14 anos dificilmente podeerá

ser usado como um método de larga abrangência.

Em saúde publica é fundamental que toda ou pelomenos a maior parte da

populção receba as medidaas preventivas adequadas. Este conceito é de grande

importância nos paises em desenvolvimento com índices elevados de ataque pela

cárie, como é o caso do Brasil. Significa, na prática, que deve ser adotada uma

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estratégia de base populacional para o combate a estas doenças, escolhendo os

métodos que melhor beneficiam o maior número possível de pessoas, evitando

aquelas ações ou estratégias que não alcançam a uma pequena parcela da

comunidade.

Temos um exemplo da correta utilização desse princípio (aplicações típicas

de flúor para grandes contingentes de crianças).

Métodos que exigem a presença freqüente e regular dos pacientes, vemos

os bochechos semanais de flúor ou as terapias intensivas que ocupam as crianças

em vários dias durante períodos de um mês ou mais, embora sejam eficazes,

muitas vezes não dão resultados, pois necessitam de escolas e programas de

saúde que funcionem com regularidade e sem demasiadas interrupções. Nessas

condições somente métodos típicos de saúde pública, baseados em uma ou duas

seções anuais conseguem êxito (aplicações típicas de flúor nas escolas).

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MECANISMO DE AÇÃO DOS FLUORETOS

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MECANISMO DE AÇÃO DOS FLUORETOS

Segundo Pinto (1992, p. 275 e 276), falaremos o seguinte sobre o

mecanismo de ação dos fluoretos.

A adição de fluoreto ao organismo humano é feita através das vias

sistêmica e típica. Os mecanismos precisos da atuação dos fluoretos ainda não

estão inteiramente estabelecidos.

No atual estágio de conhecimento acredita-se que a efetividade do flúor

sistêmico deve-se a uma combinação tríplice entre:

a) fortalecimento do esmalte pela redução da sua solubilidade perante o

ataque ácido, inibindo a desmineralização;

b) favorecimento da remineralização;

c) mudanças na ecologia bucal pela desmineralização do número e do

potencial cariogênico, de microorganismos como o Streptococus mutans.

Os efeitos são principalmente pré-eruptivos em (a) e pós eruptivo em (b).

Durante o período de formação dos dentes, traços dos ítens flúor precipitam-se

sobre os cristais de apatita, com eles reagindo de maneira a formar cristais de

hidroxifluorapatita que são mais estáveis e mais resistentes a dissolução ácida do

que a hidroxiapatita que se dsenvolveria no caso da ausência do elemento flúor.

Os fluoretos atuam como agentes de remineralização do esmalte pelo

seguinte mecanismo básico: a placa bacteriana sofre uma queda de PH quando

alimentos produtores de ácido são consumidos na presença de microorganismos

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acidófilos, o que facilita a absorção de flúor pelo esmalte subjacente, podendo

resultar na reversão de cáries em seus estágios iniciais se o ataque for

interrompido e a concentração de flúor na placa for adequada. De acordo com

Beltran (1988), onde existe uma ingestão constante de flúor em baixas

concentrações, a partir de qualquer fonte, forma-se uma “reserva” de flúor no

ambiente bucal (na placa, salivar, esmalte, ou ainda, pela excreção através dos

ductos salivares, que é liberada como resposta a desmineralização.

Nesse caso – que possivelmente já ocorre a nível populacional em países

industrializados que alcançaram baixos índices de cáries, temos um ciclo

permanente e dinâmico de desmineralização e remineralização, no qual a lesão

cárie não avança quando sobrepujados os instrumentos de defesa.

No uso tópico de fluoretos, os íons flúor ao reagir com os íons cálcio

formam fluoretos de cálcio, o qual é menos solúvel do que a apatita normal

constituindo uma barreira protetora na superfície do esmalte. Sua retenção varia

com a concentração e com a periodicidade de aplicação compostos com baixa

concentração e freqüência amiudade (dentifrícios por exemplo) ou com alta

concentração e maior periodicidade (flúor gel, vernizes) são ambos eficazes e

podem ser empregados em associação ou separadamente, na dependência das

condições práticas em que se efetiva cada programa preventivo.

Em países em desenvolvimento com altos índices, a suplementação de

flúor ao organismo via ingestão pela água de consumo público, permanece sendo

a melhor arma disponível para o controle da doença principalmente quando

combinada com métodos de uso local como as aplicações típicas e os dentifrícios

com flúor.

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SISTEMA INCREMENTAL PARA ESCOLARES

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SISTEMA INCREMENTAL PARA ESCOLARES

Conforme descreveu Pitoni, Ramos e Pinto (1976, p. 80 a 88), Sistema

Incremental é um método de trabalho que busca o completo atendimento dental

de uma população dada, eliminando sua necessidades acumuladas e

posteriormente mantendo-as sob controle, segundo critérios de prioridades quanto

à idade e problemas.

Possui, assim, uma ação horizontal por meio de um programa preventivo, o

qual controla a incidência dos problemas, e uma ação vertical por meio de um

programa curativo, solucionando os problemas prevalentes.

Paralelamente, um programa educativo fornece apoio a estas ações. Numa

população de necessidades acumuladas determina uma compacta atividade

curativa nos ciclos iniciais, mas quanto mais eficazes forem os meios preventivos

utilizados, mais rapidamente será obtido o controle global da situação.

É empregado usualmente em escolas, pela facilidade que proporcionam as

unidades de ensino como agrupamentos fechados de pessoas e pela ênfase

epidemiológica que corresponde a faixa etária. No entanto, sua metodologia geral,

com algumas modificações, pode ser facilmente aplicada a outros grupos.

Desenvolvido inicialmente em Richmond e Weonsocket – E.U.A., alcançou

grande difusão no Brasil, especialmente a partir dos trabalhos da Fundação SESP

em 1984. A população-alvo é constituída pelos alunos de 6 a 14 anos

matriculados nos escolas de 1º grau da área geográfica afeta ao programa.

Quando o volume de crianças por atender é muito elevado, é comum reduzir a

população-alvo à faixa etária 7 a 12 anos, considerando a reduzida presença da

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faixa etária de 6 anos na escola e a impossibilidade de abranger as idades

terminais.

Se a incorporação de alunos por faixa etária se dá em forma gradual

(exemplo: 6 e 7 anos no 1º ciclo, 8 anos no 2º ciclo, temos o sistema Incremental

Clássico, ou Gradual, enquanto que se a cobertura inicial é total (todos os alunos

de 6 a 14 anos), temos o Sistema Incremental Intensivo.

O Sistema Incremental geralmente se desenvolve por ciclos anuais de

trabalho coincidentes com o período de atividades escolares, ou, quando possível

obter acesso contínuo às crianças, extensíveis ao total de 12 meses. Cada ciclo

encerra sempre dois períodos: o de tratamento e o de acúmulo de necessidades.

Uma criança tratada no primeiro mês de um ciclo, por exemplo, só receberá

atenção novamente no ciclo seguinte. Assim, enquanto as outras crianças estão

sendo tratadas, aquela está acumulando novos problemas.

O básico na filosofia do Incremental é que as crianças já tendidas sejam

mantidas sob cuidados nos anos (ciclo) subseqüentes, tratando-se as novas

cáries que surgiram no intervalo de tempo entre a alta e o novo exame bucal. No

momento em que as crianças com alta (tratamento completado) do ano, ou dos 2

anos anteriores, merecem novo atendimento, entra o Programa em sua segunda e

definitiva fase, a de manutenção.

Há portanto, um grupo Inicial – GI do qual participam crianças que recebem

atendimento pela primeira vez seja de maneira compulsiva ou efetiva e um grupo

de manutenção – GM que reúne pacientes já anteriormente tratados.

O GI compulsivo compreende as crianças com menos idade (em geral 6, 7,

8 anos), sendo o primeiro grupo a merecer cuidados, com atendimento obrigatório.

Quando a equipe existente for insuficiente para tratar as necessidades

acumuladas, baixa-se o limite etário compulsivo para 7 anos. Vamos encontrá-lo

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tanto em programas novos como em andamento, pois compreende principalmente

alunos que pela primeira vez freqüentam a escola.

O GI Eletivo compreende os alunos fora da faixa etária compulsiva e que

não estiveram incluídos no Programa em um dos dois anos anteriores. Tem seu

atendimento condicionado a disponibilidade de tempo da equipe. O grupo de

manutenção compreende alunos que já estiveram incluídos no Programa nos dois

ou em um dos dois anos anteriormente.

Planejamento do trabalho

Utiliza-se a ficha para planejamento do Programa curativo reproduzida a

seguir:

Situações mais comuns relacionadas ao atendimento odontológico de

escolares via sistema incremental (S.I.) e soluções indicadas

situação Solução Indicada

a. Recursos limitados de tratamento,

com alta prevalência e incidência de

cárie dental.

S.I. clássico com avanço gradual e

ciclos anuais de trabalho; quando

disponível, usar mão-de-obra de outras

instituições.

b. Recursos amplos de tratamento,

com alta ou baixa prevalência e

incidência de cárie dental.

S.I. intensivo, com G.I. formado por

todos os alunos de 6 a 14 anos,

cobertura programada por escola, com

posterior manutenção e tratamento de

alunos ingressante.

c. incidência media ou baixa de cárie

dental (em torno de uma nova cárie ao

não).

Programar ciclos de sois anos de

tratamento (manutenção após dois

anos).

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d. Existência de flúor na água de

estabelecimento público.

Desenvolver programa preventivo

específico para os escolares, com flúor

tópico.

e. Inexistência de flúor na água de

estabelecimento público.

Desenvolver programa preventivo

específico para os escolares, com flúor

tópico e método alternativo de

ingestão.

f. Escolas isoladas de pequeno porte

na zona rural ou em periferias urbanas.

S.I. intensivo com atendimento de todo

alunado e ciclo bi-anual, prevenção por

método de aplicação única ou, se ao

longo do ano, a cargo de pessoal local.

Implementação do Programa Curativo

A relação de alunos (ficha modelo) é a guia mestra da equipe,

acompanhando-a e orientando-a a cada momento do seu labor diário. Contém

nome e idade de todos os alunos matriculados, possibilitando a anotação

simplicidade do início e término do tratamento, proporciona grande facilidade para

a supervisão.

Relação de alunos

ESCOLA: Porto Alegre TURNO: Manhã SALA: 4

PROFESSORA: Regina SÉRIE: 1º

Número Nome Idade Grupo T.I. T.C. N.P.T.

1 Jarbas Hoffmaister 6 I

2 Glauco Silva 7 I 22.3 22.3

3 Adriane Ferreira 7 I 22.3 24.3

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4 Rosane Pereira 8 M 28.3 28.3

Códigos: Grupo I = Inicial; Grupo M = Manutenção; T.I. = Tratamento Iniciado

(data); N.P.T. = Não Permitiu Tratamento; T.C. = Tratamento Completado

Avaliação

A avaliação é feita diretamente por meio de Indicadores de Produção de

Serviços, e indiretamente através da verificação do estado de saúde dental da

população-alvo.

Dentre a gama de índices disponíveis para avaliar o desempenho de

serviços odontológicos 6 (seis) são essenciais e suficientes para fornecer um

quadro preciso de Programa Curativo do Sistema Incremental e são eles:

• índice de cobertura

• índice de concentração

• índice de produtividade direta

• índice de relação entre o trabalho planejado e o realizado

• índice de eficácia

• índice de custos

Atenção aos adolescentes

Sempre que a atenção aos escolares de 1º grau estiver razoavelmente

estruturada, deve ser implementado um programa seqüencial de prestação de

cuidados regulares a adolescentes. Este programa é dedicado principalmente aos

jovens egressos dos “sistemas incrementais”, mas pode abranger qualquer

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pessoa de 13 a 19 anos desde que ela atenda à condição básica para participar,

ou seja, que esteja com o tratamento odontológico completado.

O adolescente recebe um “cartão de saúde social” que lhe dá o direito a ser

atendido uma vez por ano em qualquer unidade do sistema público e/ou para

oficial, até os 19 anos, inclusive, sendo-lhe prestados os cuidados básicos no

modelo referido abaixo.

MODELO DO CARTÃO DE SAÚDE BUCAL

FRENTE

Este cartão de Saúde Bucal da direito a Marcos Santelmo,

nascido em: 21/10/1979, a receber atendimento

odontológico básico em Unidades de Saúde da cidade de

Santa Rita, uma vez por ano, até a data de: 20/10/1998. o

atendimento básico inclui a prevenção da cárie dental e da

doença periodontal, orientação educativa, restaurações

dentárias, profilaxias e extrações inevitáveis.

“Cartão de Saúde fornecido por ...........................................

(nome da entidade ou do programa) ....................................

em ............... (local e data) ...................................................

por...................................................... (firma do Cirurgião

Dentista Responsável)”.

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VERSO

DADOS DE ATENDIMENTO

Data* Serviços

Prestados

C D

(Rubrica)

UNIDADE

DE SAÚDE

05/03/91 Prof. + Flúor Gel +

Ext. 36 + Alta

Centro de

Saúde S/SP

07/04/1992 Prof. + Flúor Gel +

Selante + alta

Centro

Escolar 6

DF

09/02/1993 Verniz F + Rest.

21M, 36 DO + Alta

Posto de

Saúde 8 BA

* Deve constar no mínimo um atendimento por ano, com a

respectiva alta

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TÉCNICAS DE FLUORETAÇÃO EM AMBIENTE ESCOLAR

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TÉCNICAS DE FLUORETAÇÃO EM AMBIENTE ESCOLAR

4.1- Bochechos com flúor

Segundo Pinto (1992, p. 301 a 307), por sua comprovada eficácia, custo

reduzido e facilidade de aplicação, os bochechos com soluções a base de

fluoretos alcançaram grande popularidade no meio odontológico, difundindo-se em

um curto lapso de tempo praticamente a todas regiões do mundo. Hoje são

praticados tanto na Escandinávia, quanto nos Estados Unidos, Brasil ou China

com mínimas variações na técnica, dosagem e insumos empregados.

A partir de 1972, quando a Prefeitura Municipal de Porto Alegre e logo a

Fundação SESP passaram a utilizar esse método como parte dos seus sistemas

Incrementais de atenção a escolares (Ramos, Pitoni, Pinto), um número crescente

de instituições brasileiras o adotaram.

Embora várias formulações já tenham sido experimentadas, as de uso mais

generalizadas são as soluções neutras de fluoretos de sódio a 0,2% para uso

semanal ou quinzenal e a 0,05% para uso diário. Também tem sido empregadas

soluções aciduladas, em geral para uso diário – FFA (flúor-fosfato acidulado) com

ph próximo a 4,0 e soluções com fluoreto estanoso (snf2 a 01% semanal), mas sua

aceitação tem sido menor devido ao sabor mais ácido no primeiro caso e à

necessidade de preparação na hora da solução, que é instável, no segundo.

Os resultados com seções semanais e quinzenais tem sido similares, mas

as experiências com a alternativa semanal são muito mais numerosas e

conclusivas.

Há benefícios adicionais significativos em áreas sob fluoretação da água de

consumo em níveis ótimos, aconselhado o emprego concomitante dos dois

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métodos. Os efeitos preventivos desaparecem gradativamente com a interrupção

do programa. O benefício é maior nas faces proximais dos dentes; observou-se

após três anos de aplicação em crianças de 8 a 12 anos, 49% de redução de cárie

nas faces proximais do dente, 30% nas faces vestibulares e linguais e 23% nas

faces oclusivas.

Há nível populacional os resultados não são os mesmos quando se

compara países desenvolvidos e em desenvolvimento. Na Suécia, dez anos de

uso ininterrupto de bochechos semanais propiciaram uma redução nos níveis de

cárie dentária, próxima a da fluoretação da água de abastecimento público

(Birkeland). Nos Estados Unidos, os programas escolares propiciaram em geral

resultados próximos aos previstos nos estudos acadêmicos (Heifetz). No Brasil, o

estudo epidemiológico nacional, embora não desenhado para analisar esta

variável, não mostrou diferenças significativas no CPO-D (que significa

respectivamente – dentes cariados - C - , dentes perdidos - P -, dentes obturados -

O - , unidade de medida que é o dente - D - , e mede o ataque da cárie dental a

dentição a permanente) de crianças examinadas em localidades com e sem

programas tradicionais de bochechos semanais (Pinto), possivelmente devidas às

freqüentes interrupções nas aulas e em conseqüência na execução do método.

Não obstante, pesquisas acadêmicas e programas desenvolvidos em

escolas brasileiras sem estruturas alcançaram resultados similares aos dos países

industrializados. Moreira e Tumang utilizaram Naf a 0,1% durante dois anos em

crianças de 7 anos de idade no início do estudo, obtendo 51% de redução para

uso três vezes por semana; 19,4% com bochechos semanais e 16% com

quinzenais. Buendia, empregando soluções neutras de Naf a 0,2% semanalmente

aplicadas em escolares de 1º grau no estado de São Paulo, relata reduções de

30% na cidade de Mirassol, 18% em Beritiba-Mirim e 39% em Santos após dois

anos, e de 27% em Pendorama e 26% em Estrela D’oeste após quatro anos.

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Fórmulas e técnicas de aplicação

A solução pode constar tão somente de fluoreto de sódio (2g) e água (q. s.

p. 1000ml), mas esta fórmula só é aconselhável para uso em curtos períodos de

tempo, pois pode desenvolver formas espirilares não turvas (bactérias) por

(Teixeira e Santos), que turvam-na forçando sua substituição semanal, o que cria

problemas de abastecimento.

A principal alternativa é a adição de conservantes a fórmula, como foi feito

por Teixeira e Santos que a partir dos estudos de Torell e Ericman criaram a

seguinte fórmula, com duração inalterada pelo menos por seis meses e

componentes disponíveis no mercado brasileiro: fluoreto de sódio 2,00 g +

essência de menta (flavorizante) 0,20 g + nipagem (conservante) 0,25 g + nipazol

(estabilizada) 0,15 g álcool (fixador) 2,00 ml + água destilada g.s.p. 100 ml.

É possível também utilizar pastilhas de NaF para dissolçução em 1 litro

d’água no momento do uso (solução de 0,2%), o que reduz o risco da estocagem

de soluções fluoretadas em ambiente clínico.

Os bochechos podem ser efetuados dentro da sala de aula ou no pátio.

Todo o vasilhame deve ser plástico para evitar o ataque do flúor ao vidro. De um

botijão com 1 a 5 litros de solução, segundo o número de alunos participantes,

retirar 10 cc (variação entre 7 e 12 cc são admissíveis) com um dosador ou colher

das de sopa colocando-se no copo ou caneca de cada uma das crianças, para

que enxágüem vagarosamente a boca com a solução por 1 minuto e em seguida a

expectorem toda no pátio ou no próprio copo.

De preferência escolher a primeira hora do período de aulas ou o momento

logo após a merenda, em um dia fixo da semana, não sendo possível efetuar a

sessão no dia marcado, substituí-lo pelo seguinte. Após o bochecho, aconselhá-se

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na ingerir por meia hora. O controle da freqüência é feita segundo a lista de

chamada de cada classe.

Vantagens e restrições

As principais vantagens do método são:

a) poder preventivo no grupo etário onde a prevalência de cárie é mais

elevada;

b) facilidade de aplicação por pessoal leigo e rápida compreensão da técnica

de uso por crianças;

c) custo reduzido;

d) pequena interferência na rotina escolar, exigindo cerca de dez minutos de

cada classe por semana, aí já incluída a distribuição da solução, execução,

recolhimentos dos copos e marcação de presença;

e) aplicação fora do ambiente clínico, não havendo necessidade de profilaxia

prévia, pois a solução tem poder de penetração na placa.

f) Interligação ativa com as atividades educativas que podem ser reforçadas

semanalmente em um momento de ensino propício face a concentração

infantil no “fazer odontológico”

Duas restrições importantes devem ser consideradas:

a) o método só deve ser utilizado por crianças de 3 a 5 anos sob supervisão

direta e após estarem bem instruídas, para evitar que a solução

submetendo-se a uma eventual super dosagem de flúor (risco de fluorose).

A ingestão é maior em crianças de baixa idade sem experiências com o

método, que bochecham maiores quantidades e por maior tempo. Em

menores de 6 anos empregar de preferência métodos alternativos como as

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aplicações tópicas, e quando utilizar os bochechos, fazê-lo com 5 cc de

solução somente 30 segundos;

b) necessidade de um nível de organização razoável do programa

odontológico e do sistema educacional. Quando ocorrem seguida

interrupções nas aulas, com períodos longos de ausência dos alunos

devidos a problemas como greves, desinteresse dos professores,

deficiência no suprimento de flúor, é melhor optar por métodos que são

executados em uma ou duas seções ao ano, como as aplicações tópicas de

flúor.

De acordo com Hehowitz e Dipa pelo menos vinte e cinco seções semanais

por ano são necessárias para assegurar os padrões de reduções de cárie obtidos

nos estudos controlados. Mas, isto deve ocorrer em períodos contínuos e sem

quebras notáveis ou freqüentes. Quando o ano escolar tem soluções de

continuidade demasiadas ou longas e quando o próprio programa não consegue

manter um tom padrão de organização de maneira perene, os bochechos

semanais ou quinzenais não tem êxito. Esta é uma restrição que se aplica a todos

e qualquer método que exija regularidade durante períodos longos de tempo,

principalmente nos países em desenvolvimento.

4.2- Aplicações típicas de flúor

Segundo Pinto (1992, p. 307 a 310), das três fórmulas mais conhecidas

para aplicações tópicas de flúor por pessoal profissional – solução de fluoreto de

sódio a 2%, solução de fluoreto estanoso a 8% e solução gel de flúor – fosfato

acidulado (FFA) que contém 1,23% de NaF em ácido ortofosfúrico a 0,1% - a

última transformou-se em uma das principais opções práticas de prevenção de

cárie dentária nos países em desenvolvimento a partir de eliminação da profilaxia

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prévia conforme Dipa (1954) e da utilização de uma nova metodologia que agilizou

a cobertura de grandes contingentes de crianças.

A técnica de Knutson – quatro aplicações de 4 minutos cada em intervalos

de 4 a 5 dias entre cada uma, em geral aos 3,7, 10 e 13 anos coincidindo com os

períodos de erupção dentária – para as soluções de NaF moderadamente é pouco

usada, pois os compostos empregados uma ou duas vezes ao ano, são mais

práticos e têm efeito semelhante conforme descreveram Knutson e Armstrong

(1943), Horowitz (1982), Striffler (1983) e Tala (1982).

O fluoreto estanoso - SnF2 - em sessões semestrais é tido como mais

eficaz do que aplicações anuais, mais a solução é instável e deve ser preparada

na hora, podendo produzir manchas nos dentes, fatores que limitam bastante o

seu uso segundo Mulher (1970), Viegas (1971), Horowittz e Bixler (1976) e

Cartwrigth (1968).

As maiores vantagens comparativas residem no emprego de flúor – fosfato

acidulado por não se irritante para o tecido gengival, não produzir descoloração no

esmalte, ter estabilidade e ser aplicado com praticidade na forma de gel através

de moldeiras bucais, além de produzir resultados benéficos mesmo quando

aplicado só uma vez por ano.

Numa revisão dos estudos referentes ao gel FFA, Dipa reportou uma

redução média de 26% na ocorrência de cárie, com índices menores com uma só

aplicação anual - cerca de 22% - e superiores com aplicações semestrais, 26,3%.

O método tem indução favorável e eficácia adicional em localidades com

fluoretação de água segundo Kriger e Horowitz.

Estudo realizado em Brasília por Pinto, com base na metodologia

desenvolvida no país, após um ano de aplicação semestrais de gel FFA em

molduras alcançou os seguintes resultados:

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- em áreas sem fluoretação da água, reduções CPO-D de 12% em crianças

de 6 anos de idade, 30% aos 8 anos e 29% aos 10 anos;

- em áreas com fluoretação da água, nas mesmas faixas etárias, redução

respectivamente de 29% , 27% e 24%.

Os resultados obtidos neste estudo brasileiro são similares aos reportados

nas pesquisas internacionais. Os programas que objetivam proteger um grande

número de pessoas devem adotar a seguinte estratégia de base populacional.

- estimar o número de crianças de 6 a 12 em 14 anos residentes na

área ou na cidade;

- definir uma data por semestre para início do período composto de

aplicação, cuidando para que este período não ultrapasse uma semana para não

inviabilizar a cooperação de pessoal de outros setores da saúde e da comunidade.

Uma vez única a equipe gasta cerca de 5 horas e meia para proteger 1.000

crianças (20 segundos per capta em média). Trinta equipes trabalhando durante 5

dias úteis (8 horas/dia com perda de 20% do tempo podem beneficiar 24.560

crianças

Os que não receberem o gel neste período deverão ser atendidos nas

Unidades de Saúde da área em outra data, sendo ideal que o resíduo não supere

20% da população alvo;

- estabelecer locais apropriados para a aplicação, preferindo pela

ordem as escolas de 1º grau, centros de saúde e por fim outros pontos de alunos

comum da clientela;

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- divulgar ao máximo o evento, o que é facilitado pela adoção do

período compacto e da data fixa de início, crianças não escolarizadas são também

prioritárias e devem ser chamadas a comparecer;

- dar ênfase, nas ações educativas simultâneas aos efeitos

preventivos e à necessária continuidade de uso do método.

A aplicação de gel FFA é feita por um grupo composto normalmente por 4,5

ou 6 pessoas. Cada membro da equipe tem uma das seguintes funções

específicas:

- organização do fluxo de crianças ;

- aplicação do gel;

- observação frontal de grupo de 4 q 6 crianças e controle ao tempo

de 4 minutos;

- apoio na remoção das molduras.

Só para as funções de aplicação e controle são necessários profissionais

de odontologia (THD, ACD, Odontólogo). O treinamento prévio da equipe,

incluindo prática, não exige mais que dois períodos de 4 horas cada.

Na prática adotar o seguinte esquema de trabalho:

a) conduzir as crianças para o local de aplicação, que é em geral uma sala de

aula ou pátio;

b) ao entrar no local a criança recebe uma ou mais toalhas de papel;

c) o encarregado da aplicação apanha a moldura ampla pela alça, já

preenchida e coloca-a simultaneamente nas duas arcadas, tendo o

paciente em posição ereta à sua frente;

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d) cada uma permanece em pé, com a cabeça voltada para baixo e a moldura

na posição durante 4 minutos. O elemento da equipe que controla o tempo

(variações de 3,5 a 4,5 minutos são aceitáveis) pode observar atentamente

seis crianças por vez, orientando-os para não deglutir nem mover os

maxilares;

e) a remoção da moldura é feita no ponto final do circuito, pela própria criança

em cestos ou baldes aí disponíveis, devendo cuspir fartamente e remover

eventuais excessos passando uma toalha de papel por dentro e por fora

das arcadas. Estes movimentos são feitos sob supervisão do último

membro da equipe, que as orienta para que nada seja engolido na próxima

meia hora.

Uma profilaxia prévia não é necessária. Para esclarecer se a profilaxia

prévia a ATF é necessária, estudos independentes foram efetuados, sendo

que cada um definiu os mesmos três grupos:

a) com profilaxia meticulosa feita por higienistas;

b) com escovação e uso de fio dental sob supervisão profissional;

c) sem qualquer limpeza dentária prévia à aplicação do gel;

Os resultados indicaram não existir diferenças estatisticamente significantes

entre os três grupos em termos de incremento CPO-S. no estudo de Dipa, após

dois anos o incremento foi de 2,1 superfícies no primeiro grupo, 1,9 no segundo

grupo e 2,0 no terceiro grupo; Hocipt também em 2 anos encontrou

respectivamente 2,0 – 2,5 e 2,1 ao passo que Katz em 2,5 anos observou 2,2 no

grupo “a”, 2,3 no grupo “b” e 2,1 no grupo “c”.

Com NaF ou SnF2, a perda dos efeitos preventivos com o tempo, é maior.

De acordo com Horowitz, a perda é mínima com o uso do FFA, provavelmente

devido a maior quantidade de flúor que este produto libera para o esmalte.

Estudos de Horowitz, de Brian e Willians, constataram que os efeitos preventivos

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do gel FFA mantiveram-se após respectivamente dois anos e um ano de

interrupção do programa.

A ingestão acidental do gel FFA pode ocasionar náuseas no paciente, mas

não há evidência de aumento de fluorose mesmo com cinco aplicações por ano,

ou de seqüelas para os tecidos orgânicos. Considerando a dosagem de flúor, por

precaução o paciente deve ser mantido em posição ereta e a cabeça inclinada

para baixo e para frente; usar molduras espuma de absorção no fundo; limitar a

2,5 ml, a quantidade de gel em cada moldura; fazer com que o paciente o paciente

expectore seguidamente e remover eventuais excessos de saliva ou gel com

guardanapos ou toalhas de papel após a aplicação.

O uso de suctor de saliva é recomendado em condições favoráveis

(consultório).

Em pacientes que não aceitarem molduras ou na falta destas, aplicar o gel

com cotonetes. A escovação com gel FFA pode ser feita, mas seus efeitos são

potencialmente menores e estão menos comprovados do que em molduras ou

soluções, provavelmente por não serem produzidos para essa finalidade, não

contendo abrasivos na fórmula. A aplicação de gel por apena um minuto ainda

conta com evidências científicas suficientes que a apóiem, aconselhando-se por

ora a manter o paciente de 4 minutos segundo Dipa.

Para auto aplicação em casa ou na escola sem supervisão, tem sido

usadas formulações com gel acidulado ou neutro entre 1 e 5 mg de flúor pó ml

(1.000 a 5.000 ppm de flúor e os resultados positivos nos poucos estudos feitos

por Englander junto a pacientes realmente cooperadores. As soluções de NaF em

FFA tem eficácia, um pouco menor que o gel segundo Ingraham e Willians e

exigem maior tempo de trabalho pois devem ser pincelados nos dentes.

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4.3- Escovação com substâncias fluoretadas

Segundo Pinto (1972, p. 311), outra forma de aplicação tópica de fluoretos

ao esmalte dentário é o da escovação com uma solução, gel ou pasta profilática

preventiva.

Com soluções neutras de NaF a 0,5 ou 1% a cada dois meses durante o

período escolar a redução foi em torno de 25% em alunos do curso primário.

Em estudos realizados em conjunto com a Faculdade de Saúde Pública de

São Paulo, horowitz e Heifetz alcançaram os mesmos 25% de redução

empregando NaF através de escovação cinco vezes ao ano.

Em outros países como Colômbia, Equador e República Dominicana vêm

sendo praticadas a escovação com soluções neutras de NaF a 2% em séries de 4

a 5 dias em seqüência a cada 3 ou 4 meses de cada ano durante o período

escolar primário.

Estudos com uma pasta profilática de fluoreto de estanho com um abrasivo

a base de silicato de zircônio, que pareciam muito promissores segundo Giser,

foram praticamente abandonados por causarem irritações aos tecidos gengivais,

entre outros problemas.

Ainda não se pode traçar um perfil uniforme dos efeitos preventivos

esperados a partir destas substâncias, pois os resultados apresentados pelos

diversos estudos disponíveis são díspares, mas a prática desenvolvida na América

Latina normalmente com base nos trabalhos de Bojanini em Medellus, mostra que

a escovação com solução fluoretadas podem ser uma boa opção para escolas

sem problemas de interrupção freqüente de aulas.

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-5-

TOXOLOGIA DO FLÚOR

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TOXOLOGIA DO FLÚOR

Segundo Toledo (1986, p. 124 a 126), o flúor utilizado em dose adequada,

tem efeito na prevenção de lesões de cárie. Entretanto, como toda substância

farmacológica ativa, pode ocasionar efeitos adversos se utilizado em dose

excessivamente alta.

O uso continuado de flúor (ingestão crônica) atinge principalmente os

tecidos mineralizados. Em dentes, causa a flurose dentária e em ossos a

osteoflurose. A dose diária que ocasiona os primeiros sinais de flurose é 0,1 – 0,2

mg flúor/kg peso (> 1,5 ppm F na água de abastecimento) durante a época de

mineralização dos dentes.

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A osteoflurose ocorre com doses de 0,5 – 1 mg F/kg peso ingeridas por 10

– 20 anos, isto é, dose maior do que a necessária para causar fluorose dentária.

A fluorose dental caracteriza-se clinicamente pela detecção de estrias

esbranquiçadas em geral horizontais e translúcidas no esmalte, sendo uma

hipoplaxia causada pela ingestão excessiva de flúor no período de calcificação do

dente. O “moteamento” em geral é bilateral e simétrico, ocorrendo em diversos ou

mesmos em todos os dentes, embora os mais afetados seja, pela ordem os 2º

molares, incisivos superiores, caninos, 1º molares e finalmente incisivos inferiores.

Em casos severos o esmalte torna-se amarelado e manchado, a hipoplasia pode

estender-se ao ponto de que a forma normal do dente é perdida.

Dean descreveu os seguintes estágios abaixo para fluorose dentária:

- 0 – Normal -> o esmalte apresenta translucidez usual com estrutura

semi-vitriforme. A superfície é lisa, polida, cor creme clara.

- 1 – Questionável -> o esmalte revela pequena diferença em relação

à translucidez norma com ocasionais manchas esbranquiçadas. Usar

esse código quando a classificação “normal” não se justifica.

- 2 – Muito leve -> áreas esbranquiçadas, opacas, pequenas

manchas espalhadas irregularmente pelo dente mas envolvendo não

mais do que 20% da superfície. Inclui opacidades claras com 1 a 2

mm na ponta das cúspides de molares.

- 3 – Leve -> a opacidade é mais extensa e não envolve mais do que

50% da superfície .

- 4 – Moderada -> todo o esmalte dentário está afetado e as faces

sujeitas à atuação apresentam-se desgastadas. Há manchas

castanhas ou amareladas freqüentemente desfigurantes.

- 5 – Severa -> a hipoplasia está generalizada e a própria forma do

dente pode ser afetada. O sinal mais evidente é a presença de

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depressões no esmalte que parece corroído. Existem manchas

castanhas generalizadas.

A intoxicação aguda por uma alta dose de flúor ocorre tanto por uma

irritação local no trato gastrintestinal como por efeito sistêmico das substâncias

absorvidas, devido à capacidade do flúor reagir com o cálcio e alterar uma série

de reações enzimáticas. A dose letal de flúor é 20 – 100 mg/kg ingeridas por via

oral, e uma intoxicação leve é de 3 – 7 mg/kg. Como o flúor é rapidamente

absorvido pelo organismo, a morte por dose letal ocorre 2 – 4 horas após a

ingestão.

Sintomas de intoxicação leve são:

- salivação;

- náusea;

- vômito;

- dor abdominal;

- diarréia;

- poliúria.

Em casos mais graves, podem ocorrer convulsão, arritmia cardíaca e coma.

Em casos de intoxicação, deve-se induzir vômito e lavagem estomacal com sinais

de cálcio solúveis. Métodos alternativos são ingestão de magnésio de cálcio ou

grande quantidade de leite para o cálcio reaja com o flúor.

Apesar da normalmente baixa concentração de flúor dos preparados

odontológicos, estes devem ser guardados com cuidado para evitar possíveis

acidentes.

Especial atenção deve ser dada ao emprego de gel de flúor – fosfato

acidulado a 1,23% em crianças pequenas. Um tratamento com este produto

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contém ao redor de 60 mg F. se ingerida, esta é uma dose tóxica para uma

criança. Por esta razão, somente pequena quantidade de gel de deve ser usada,

sendo o sugador de saliva utilizado para remover o excesso quando possível.

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CONCLUSÃO

Segundo os estudos e trabalhos de autores descritos nessa monografia

podemos concluir que a prevenção de qualquer doença ou problema uma vez que

possa ser feita funciona com ótimos resultados.

No que diz respeito a doença cárie, observamos vários resultados positivos

uma vez que as técnicas aqui mencionadas sejam aplicadas de forma correta.

Os programas preventivos de fluoretação, ou, seja, suplementação de flúor

ao organismo via ingestão pela água de consumo público quando consumido com

métodos de uso local como bochechos com flúor, aplicações tópicas e dentifrícios

com flúor constituem a melhor arma disponível para o controle da doença cárie.

O emprego dos programas preventivos como o Sistema Incremental para

escolares funciona de forma quase perfeita, pois as unidades de ensino

proporcionam um grande agrupamento fechado de pessoas que correspondem à

faixa etária ideal para a aplicação do programa preventivo.

As técnicas de fluoretação em ambiente escolar devem ser utilizadas

sempre que possível, pois constituem um conjunto de ações preventivas com

resultados benefícios comprovados. As mesmas necessitam ser organizadas em

etapas para que os resultados positivos sejam observados, a dedicação dos

profissionais, a manutenção desses programas e o funcionamento dos mesmos

também merecem total atenção.

Mesmo com todos os cuidados observados nas técnicas de fluoretação

podemos futuramente detectar o problema da fluorose dentária que ainda não

consegue ser evitado totalmente.

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Estudos mais recentes estão comprovando que um grande número de

pessoas não possuem mas a doença cárie ou começam a possuí-los na idade

adulta, o que indica que os programas de prevenção através da fluoretação da

água de abastecimento combinado com programas de fluoretação desenvolvido

em escolas ou outras instituições estão dando certo no combate a doença cárie

que já consegue ser controlada em nosso país.

Este trabalho servirá como base de um curso de formação de agentes

comunitários que será tomado como referência inicial para o desenvolvimento de

um programa de prevenção continuada.

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bochechos com soluções de fluoreto de sódio a 0,1% - resultados após dois

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PINTO, V. G. Saúde bucal – Odontologia social e preventiva. 3.ed. São Paulo:

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VANZILLOTTA, P. S., SALGADO, L. P. S. Odontologia Integrada – Atualização

multidisciplinar para o clínico e o especialista. Rio de Janeiro: Pedro Primeiro,

1999;

VANZILLOTTA, P. S., SALGADO, L. P. S. Odontologia Integrada – Atualização

multidisciplinar para o clínico e o especialista. Rio de Janeiro: Pedro Primeiro,

2001.

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ANEXO