universidade cÂndido mendes - mba presencial e distância · pós graduação em auditoria e...

71
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA HELLEN FRANCO BAPTISTA A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NAS EMPRESAS RIO DE JANEIRO 2010

Upload: truongphuc

Post on 13-Nov-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES – INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS GRADUAÇÃO EM AUDITORIA E CONTROLADORIA

HELLEN FRANCO BAPTISTA

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NAS EMPRESAS

RIO DE JANEIRO 2010

Page 2: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

2

Universidade Cândido Mendes

Instituto A Vez do Mestre

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NAS EMPRESAS

Hellen Franco Baptista

Orientador: Prof°. Luciano Gerard

Rio de Janeiro

16 de Abril de 2010

Page 3: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

3Universidade Cândido Mendes

Instituto A Vez do Mestre

A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO NAS EMPRESAS

Monografia apresentada ao Curso de

Pós Graduação em Auditoria e

Controladoria da Instituição A Vez do

Mestre como requisito para a

obtenção do Certificado de

Especialização.

Curso: Pós Graduação em Auditoria e Controladoria

Autor: Hellen Franco Baptista

Page 4: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

4

AGRADECIMENTOS

A Deus, que sem ele não estaria aqui.

Aos meus familiares, pelo o amor e apoio em todos os momentos.

Aos meus amigos pela força, dedicação e palavras de apoio em minha

formação profissional.

Aos professores pelo aprendizado ao longo do curso e pelo exemplo de

profissional a seguir.

A todas as pessoas que, de alguma forma, foram importantes para minha

formação profissional e pessoal.

Hellen

Page 5: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

5

Aos meus pais e meu noivo; pelo

esforço, dedicação e compreensão,

em todos os momentos desta e de

outras caminhadas.

Hellen

Page 6: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

6

RESUMO

Este estudo teve por objetivo analisar as empresas dentro dos novos

paradigmas e verificar qual o caminho que a mesma pode adotar para

aprimorar e controlar a sua administração. Para isso a empresa faz a auditoria,

através de profissionais que analisam a organização do sistema da qualidade,

o controle de materiais recebidos, o controle do processo, a inspeção de

produtos terminados, os instrumentos de medição e controle, a embalagem e

armazenagem e a atitude gerencial.

A manutenção da vantagem competitiva exige que os objetivos da

mesma sejam aprimorados. Para tanto são necessários tecnologia,

conhecimentos e métodos mais sofisticados e investimentos constante. O país

tem êxito nas indústrias quando existem os conhecimentos e recursos

necessários para modificar as estratégias. Por meio de um programa de

auditoria, controladoria e consultoria, qualquer empresa pode aprimorar e

controlar a sua administração. A missão da Controladoria é zelar pela

continuidade da empresa, assegurando a otimização do resultado global.

Embora o delineamento da função, do órgão e da posição do executivo possa

variar de uma empresa para outra, existe um conceito que é comumente

observado quanto ao executivo: o controller é o chefe da contabilidade, aquele

que supervisiona e mantém os arquivos financeiros formais da empresa,

embora suas funções não tenham que se restringir apenas às funções

contábeis e o que mais se espera é que ele amplie sua atuação ao

desenvolvimento da contabilidade em aplicações gerenciais.

Palavras-chave: controle, processo, organização, estratégias.

Page 7: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

7

ABSTRACT

This study aimed to analyze the companies within the new paradigms

and see what the way that it can adopt to improve and control their

administration. For this the company does the audit, by professionals who

review the organization's quality system, the control of materials received, the

control of the process, the inspection of finished products, the measuring and

control, packaging and storage and attitude emanagement.

Maintaining competitive advantage requires that the same objectives are

improved. For both are necessary technology, expertise and more sophisticated

methods and constant investment. The country is successful in industries where

there is the knowledge and resources needed to change strategies. Through a

program of audit, control and advice, any company can improve and control

their administration. The mission of the Controller and ensure the continuity of

the company, ensuring to optimize the overall result. Although the design of the

function of the body and the position of the executive may vary from one

company to another, a concept that is commonly observed on the executive: the

controller is the head of accounting, which oversees and maintains the files of

the formal financial company, although their functions do not have to be

restricted only to the accounting functions and what is expected is that it

extends its activities to the development of managerial accounting applications.

Keywords: control, process, organization, strategies.

Page 8: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

8

SUMÁRIO

PÁGINA

1. INTRODUÇÃO 10

2. NOÇOES GERAIS DE CONTROLE 13

3. SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO 15

4. O CICLO PDCA 18

5. RESPONSABILIDADE PELO CONTROLE INTERNO 21

6. CATEGORIAS DE CONTROLE INTERNO 23

6.1. CONTROLE GERENCIAL 23

6.2. CONTROLE FUNCIONAL 23

6.3. CONTROLE INDEPENDENTE 23

6.4. CONTROLE DE FLUXO 23

7. A RELAÇÃO DO CONTROLE INTERNO E A CONTABILIDADE

25

8. OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO 29

8.1. SALVAGUARDA DOS INTERESSES 30

8.2. PRECISÃO E CONFIABILIDADE DOS INFORMES E RELATÓRIOS CONTÁBEIS, FINANCEIROS E OPERACIONAIS

31

8.3. ESTÍMULOS À EFICIÊNCIA OPERACIONAL 32

8.4. ADERÊNCIAS ÀS POLÍTICAS EXISTENTES 34

9. LIMITAÇÕES E DISTORÇÕES DO CONTROLE INTERNO

35

10. INFORMATIZAÇÃO X CONTROLE INTERNO 38

11. DIFERENÇA ENTRE AUDITORIA, CONTROLE EXTERNO E CONTROLE INTERNO

40

12. A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO PARA A AUDITORIA INDEPENDENTE

41

13. CONCLUSÃO 48

14. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 50

Page 9: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

9

15. BIBLIOGRAFIA 52

16. ANEXOS 53

16.1. DECRETO Nº 3.591 - DE 6 DE SETEMBRO DE 2000 - DOU DE 8/9/2000 – ALTERADO

54

Page 10: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

10

1- INTRODUÇÃO

Do ponto de vista econômico toda empresa tem como principais

objetivos gerar lucros e também existir por tempo indeterminado, ou seja,

almeja a continuidade, entretanto para alcançar estes objetivos, faz-se

necessária a elaboração de certos mecanismos de controles internos

abrangendo toda a sua Administração.

Entende-se como controle interno o plano e todos os métodos e medidas

adotados de forma coordenada, com o objetivo de proteger o patrimônio e

promover a eficiência operacional da empresa. Segundo o Instituto dos

Auditores Internos do Brasil (1992), qualquer decisão tomada pela Diretoria da

Empresa com o intuito de alcançar as metas e objetivos estabelecidos são

compreendidos como controles internos.

O sistema de controle interno tem intima ligação com a contabilidade

que é um sistema coordenado e integrado de controle e de informação. Ele tem

como uma das finalidades fornecer à contabilidade dados corretos, objetivando

a escrituração exata dos fatos ocorridos, evitando os desperdícios e os erros.

No entanto, o Controle Interno não só abrange os aspectos contábeis e

financeiros, mas também os operacionais dentro da organização objetivando

promover a eficiência operacional da empresa.

Um bom sistema de controle interno acusa de forma mais rápida a

necessidade da adoção de medidas preventivas ou corretivas que visam a

maximização do lucro e a minimização de perdas decorrentes de erros,

ineficiências, desvios, procedimentos ilegais ou fraudulentos. Para o sistema

Page 11: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

11

produzir tal efeito é fundamental que os controles internos sejam aplicados e

monitorados de forma contínua dentro da organização.

Os problemas de Controle Interno encontram-se, nas pequenas, médias

e grandes empresas, em todos os seus níveis: vendas, fabricação,

desenvolvimento, compras, tesouraria e etc. O adequado controle sobre cada

uma dessas áreas assume fundamental importância para que se atinjam os

resultados mais favoráveis com menores desperdícios.

É impossível conceber uma empresa que não disponha de controles que

possam garantir a continuidade do fluxo de suas operações e informações

propostas.

Toda empresa possui controles internos, a diferença básica é que estes

podem ser adequados ou não. A falta ou ineficiência do controle e do sistema

de contabilidade pode levá-las a situações desfavoráveis, tais como: estimular

desfalques, fraudes, problemas com o Fisco e até mesmo a falência da

empresa. Sobre isso Attie (1998) afirma que:

Informações contábeis distorcidas podem levar a conclusões erradas e danosas para a empresa. Apesar disso, embora pareça absurdo, existem muitas empresas para as quais o controle interno é desconhecido. Pensam que, tendo empregados de confiança, estarão cobertas contra qualquer irregularidade. Confiar nos subordinados não deixa de ser correto; é necessário, porém, admitir que esta confiança possa dar lugar a toda espécie de fraudes. Basta dizer que grande parte das irregularidades nos negócios, segundo se tem verificado, deve-se a empregados nos quais se confiava. Além disso, quando não existem procedimentos adequados de controle interno, são freqüentes os erros involuntários e os desperdícios.

Sob esse contexto, a pesquisa se desenvolveu com o intuito de

compreender a importância da aplicação do controle interno dentro da

organização, identificar seus objetivos, características, responsabilidade pelo

funcionamento do controle e avaliação dos controles, têm também o propósito

de apresentar a relação entre a contabilidade, auditoria e o controle

organizacional.

O bom desempenho de uma organização está diretamente ligado a

eficiência do controle interno, pois a deficiência dele poderá acarretar diversos

Page 12: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

12

problemas como perder a credibilidade no mercado, problemas com o Fisco e

até mesmo comprometer a sua existência já que visa a perpetuidade. Neste

sentido buscou-se avaliar neste trabalho se o constante investimento no

controle interno poderá promover as diretrizes para uma eficiente tomada de

decisões por parte dos gestores conduzindo-os à um caminho para uma boa

administração.

Este trabalho terá como metodologia a pesquisa documental e

bibliográfica, estudo acadêmico, consulta de artigos científicos, apoio de

material de revistas, jornais e internet. Com esses materiais pretende-se

explorar as principais fontes bibliográficas que permitam coletar dados e

informações claras e objetivas inerentes ao assunto sobre a importância do

controle interno dentro da organização.

Page 13: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

13

2- NOÇÕES GERAIS DE CONTROLE

Segundo o Dicionário Aurélio (1988, p.136), controle é: “ato ou poder de

controlar, fiscalização exercida sobre as atividades de pessoas, órgãos, etc.,

para que não se desviem de normas preestabelecidas”. Desse conceito, pode-

se dizer que o ato de exercer controle proporciona uma noção de comando, no

intuito de resguardar o patrimônio próprio ou de outrem, um dos princípios

primordiais do controle interno.

A palavra controle tem sua origem do idioma francês ‘contrôle’. Significa,

conforme Gomes et al (2000, p.3), “um conjunto de medidas exercidas sobre

determinadas ações e processos de um sistema, para que não se desviem das

normas preestabelecidas”.

O controle, presente em maior ou menor grau nas empresas, pode ser

definido, consoante Chiavenato (2003, p.635), como “a função administrativa

que consiste em medir o desempenho a fim de assegurar que os objetivos

organizacionais e os planos estabelecidos sejam realizados”.

O termo pode assumir vários significados. O que o distingue é o contexto

em que a palavra é abordada. Dessa forma, de uma perspectiva mais ampla,

os significados de controle mais comuns são primeiro como função restritiva e

coercitiva, seguindo como um sistema automático de regulação e, por fim,

como função administrativa.

O controle deve ter por finalidade o estabelecimento de padrões, para

que haja a medição do desempenho real, agindo previamente, evitando que

erros se transformem numa realidade constante, através do controle de suas

Page 14: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

14

causas, observando toda a rotina estabelecida para que haja um

aperfeiçoamento da mesma.

Page 15: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

15

3- SISTEMAS DE CONTROLE INTERNO

Conforme JUNIOR et al.(1995), “sistema é um conjunto de partes

interagentes e interdependentes que, em conjunto, formam um todo unitário

com determinado objetivo e efetuam determinada função”.

A empresa é um sistema composto de recursos econômicos, financeiros,

humanos, materiais e tecnológicos que interagem com a sociedade através das

variáveis exógenas (política, economia, tecnologia, concorrência etc.).

Os elementos dos sistemas são os seguintes:

- Os objetivos, que se referem tanto aos objetivos dos usuários do

sistema quanto aos do próprio sistema. O objetivo é a própria razão de

existência do sistema, ou seja, é a finalidade para a qual o sistema foi criado;

- As entradas do sistema, cuja função caracteriza as forças que

fornecem ao sistema o material, a energia e a informação para a operação ou

processo; este gerará determinadas saídas do sistema que devem estar em

sintoma com os objetivos anteriormente estabelecidos;

- O processo de transformação do sistema, que é definido como a

função que possibilita a transformação de um insumo (entrada) em um produto,

serviço ou resultado (saída). Este processador é a maneira pela qual os

elementos componentes interagem no sentido de produzir as saídas

desejadas;

Page 16: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

16

- As saídas do sistema, que correspondem aos resultados do processo

de transformação. As saídas podem ser definidas como as finalidades para as

quais se uniram objetivos, atributos e relações do sistema;

- Os controles e avaliações do sistema, para verificar se as saídas estão

coerentes com os objetivos estabelecidos. Para realizar o controle e a

avaliação de maneira adequada, é necessária uma medida do desempenho do

sistema, chamada padrão; e

- A retroalimentação ou realimentação ou feedback do sistema, que é

um processo de comunicação que reage a cada entrada e serve como um

instrumento de regulação à medida que as divergências são verificadas,

visando diminuir as discrepâncias (controle).

Para explicar o que é uma empresa, muitos autores utilizam a visão

sistêmica, mostrando a influência e interação entre os elementos externos e os

internos. Conforme Nakagawa a noção de sistema aberto implica a idéia de

que o sistema importa recursos diversos que, após serem transformados em

produtos e serviços, são exportados para o ambiente externo da empresa, ou

seja, para o mercado. O ambiente externo exerce grandes pressões sobre a

empresa, sob a forma de restrições e exigências das mais variadas possíveis.

Fonte: JUNIOR et al(1995)

Page 17: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

17

A teoria sistêmica e a visão da empresa como um sistema aberto são

fundamentais na elaboração do Planejamento Estratégico, pois através delas

conseguimos enxergar os inter-relacionamentos e interações entre os

elementos internos e externos (visão holística).

Page 18: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

18

4- O CICLO PDCA

Também conhecido como “Ciclo de Deming”, o PDCA é uma das

primeiras ferramentas de gestão da qualidade(ou ferramentas gerenciais) e

permite o controle do processo.

O PDCA foi criado na década de 20 por Walter A. Shewart, mas foi

William Edward Deming, o “guru do gerenciamento da qualidade”, quem

disseminou seu uso no mundo todo (por isso, a partir da década de 50 o ciclo

PDCA passou a ser conhecido como “Ciclo Deming”).

“PDCA” é a sigla das palavras em inglês que designam cada etapa do ciclo:

“Plan”, planejar; “Do”, fazer ou agir; “Check”, checar ou verificar; e “Action”, no

sentido de corrigir ou agir de forma corretiva.

O PDCA é um método amplamente aplicado para o controle eficaz e

confiável das atividades de uma organização, principalmente àquelas

relacionadas às melhorias, possibilitando a padronização nas informações do

controle de qualidade e a menor probabilidade de erros nas análises ao tornar

as informações mais entendíveis. O PDCA constitui-se das seguintes etapas:

- “PLAN” – O primeiro passo para a aplicação do PDCA é o estabelecimento de

um plano, ou um planejamento que deverá ser estabelecido com base nas

diretrizes ou políticas da empresa e onde devem ser consideradas três fases

importantes: a primeira fase é o estabelecimento dos objetivos, a segunda, é o

estabelecimento do caminho para que o objetivo seja atingido e, a terceira é a

Page 19: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

19

definição do método que deve ser utilizado para consegui-los. A boa

elaboração do plano evita falhas e perdas de tempo desnecessárias nas

próximas fases do ciclo;

- “DO” – O segundo passo do PDCA é a execução do plano que consiste no

treinamento dos envolvidos no método a ser empregado, a execução

propriamente dita e a coleta de dados para posterior análise. É importante que

o plano seja rigorosamente seguido;

- “CHECK” – O terceiro passo do PDCA é a análise ou verificação dos

resultados alcançados e dados coletados. Ela pode ocorrer concomitantemente

com a realização do plano quando se verifica se o trabalho está sendo feito da

forma devida, ou após a execução quando são feitas análises estatísticas dos

dados e verificação dos itens de controle. Nesta fase podem ser detectados

erros ou falhas;

- “ACT” ou “ACTION” – a última fase do PDCA é a realização das ações

corretivas, ou seja, a correção da falhas encontradas no passo anterior. Após

realizada a investigação das causas das falhas ou desvios no processo, deve-

se repetir, ou aplicar o ciclo PDCA para corrigir as falhas (através do mesmo

modelo, planejar as ações, fazer, checar e corrigir) de forma a melhorar cada

vez mais o sistema e o método de trabalho.

Page 20: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

20

PDCA FLUXO ETAPA OBJETIVO P 1 Identificação do

Problema Definir claramente o problema/processo e reconhecer sua importância.

2 Observação Investigar as características específicas do problema/processo com uma visão ampla e sob vários pontos de vista.

3 Análise Descobrir a causa fundamental. 4 Plano de ação Conceber um plano para bloquear a causa

fundamental. D 5 Execução Bloquear a causa fundamental. C 6 Verificação Verificar se o bloqueio foi efetivo. A 7 Padronização Prevenir contra o reaparecimento do

problema. 8 Conclusão Recapitular todo o método de solução do

problema para trabalhos futuros. Gráfico PDCA

1 2 3

4

5 6

8

7 P

D C

A

Planejar

Executar Verificar

Agir

Page 21: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

21

5- RESPONSABILIDADE PELO CONTROLE INTERNO

Os responsáveis pelo bom funcionamento dos controles internos são

todos os colaboradores e a alta administração. Ao auditor interno cabe a

função de avaliar se o sistema de controle interno está funcionando como o

planejado e, caso contrário, de propor o estabelecimento do mesmo, se ele não

existir, ou melhorar sua qualidade.

Logo, todos os colaboradores da empresa precisam ter o conhecimento

dos conceitos e objetivos de controle interno propostos pela empresa,

adequando suas atividades em conformidade com estes.

O controle interno compreende o plano de organização e o conjunto

coordenado dos métodos e medidas, adotados pela empresa, para proteger

seu patrimônio, além de verificar a exatidão e o grau de confiança de seus

dados contábeis, bem como promove a eficiência operacional. O auditor deve

efetuar o levantamento do sistema contábil e do controle interno da empresa,

avaliar o grau de segurança por eles proporcionados e, com base nesses

elementos, estabelecer a natureza, a extensão e a profundidade dos

procedimentos de auditoria, assim como o momento apropriado de sua

aplicação.

O sistema contábil e o controle interno são de responsabilidade da

empresa. Entretanto, é recomendável que o auditor faça sugestões objetivas

no sentido de eliminar as deficiências nele existentes no decurso de seus

exames.

Segundo Arantes (1998, p.175):

Page 22: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

22

É bastante comum que na prática os administradores deleguem sua responsabilidade de controle às áreas de apoio ou de assessoria, tais como os departamentos de finanças ou de controladoria. Os relatórios são enviados à alta administração e os gerentes participam das reuniões para justificar os maus resultados. Os administradores eficazes, ao contrário, são muito atentos ao controle. Eles se interessam em dispor de bons instrumentos de controles, em obter as informações adequadas para melhorar os resultados e não para preparar as justificativas sobre o mau desempenho de sua área de responsabilidade. Eles utilizam as áreas de apoio e de assessoria para auxiliá-los nas análises e não para que elas exerçam o controle para eles.

Page 23: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

23

6- CATEGORIAS DE CONTROLE INTERNO

6.1 - Controle Gerencial

Este primeiro momento nada mais é do que um dispositivo pelo qual as

informações são produzidas e fornecidas à administração da empresa de forma

que possam ser controladas, revisadas e utilizadas.

6.2 - Controle Funcional

O segundo momento pode ser entendido como o controle voltado para a

estrutura funcional e organizacional da empresa que objetiva normatizar a

distribuição das funções para cada indivíduo e suas responsabilidades etc.

6. 3 - Controle Independente

Adentrando a este controle pode-se compreendê-lo como aquele

estabelecido pela administração, mas não relacionado ao fluxo diário da

documentação. A finalidade desse controle é, primordialmente, a detecção, isto

é, a identificação de erros e omissões ocorridos e não a de evitar que eles

aconteçam.

6.4 - Controle de Fluxo

Page 24: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

24

Este último ponto de controle pode ser entendido como aquele inserido

no próprio fluxo de documentação e que visa dar segurança aos procedimentos

e as normas.

Page 25: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

25

7- A RELAÇÃO DO CONTROLE INTERNO E A

CONTABILIDADE

Conforme Chiavenato (2003, p. 613), o controle exerce uma função

restritiva e coercitiva, no sentido de coibir ou restringir desvios indesejáveis,

pode ser, também, “um sistema automático de regulação no funcionamento de

um sistema e, por fim, como função administrativa, através do planejamento,

organização e a direção”.

A função administrativa é a mais importante, por ser através dela que há o

monitoramento das tarefas executadas e a avaliação das atividades e

resultados esperados, no intuito de fazer com que a empresa tenha êxito no

que foi elaborado através do planejamento. Os dados de uma organização

serão analisados sabendo-se que os controles internos podem ter as seguintes

funções, segundo Almeida (1996, p. 49):

a) Preventivos ou “a priori” - reduzindo a freqüência com que as causas de

exposição ocorrerão, servindo como um guia;

b) Detectivos ou concomitantes - detectando as causas de exposição durante a

ocorrência do fato;

c) Corretivos ou “a posteriori” - auxiliando na investigação e correção das

causas de exposição detectadas, pois os fatos já ocorreram.

Na aplicação dessas funções, a administração pode se fundamentar sua

decisão nos fatores básicos de gestão, escolhendo o tipo de controle mais

adequado, para dessa forma ter todos os sistemas coordenados e, por fim,

Page 26: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

26

utilizar seus relatórios gerenciais como um elemento básico para ser feita a

análise das anormalidades que possam vir a ocorrer como também das

tendências.

No entender de Attie (1985, p.60), “um sistema de contabilidade que não

esteja apoiado em um controle interno eficiente é, até certo ponto, inútil, uma

vez que não é possível confiar nas informações contidas nos seus relatórios”.

Attie (1985) defende que informações contábeis mal elaboradas podem levar a

conclusões erradas e prejudiciais à empresa. Mesmo parecendo absurdo,

muitas empresas não têm conhecimento do sistema de controles internos e

imaginam que, tendo colaboradores de confiança, estarão livres de qualquer

irregularidade. Este excesso de confiança nos subordinados pode dar lugar a

toda espécie de fraudes. Além disso, quando não existem procedimentos de

controle interno, são freqüentes os erros involuntários e os desperdícios, nos

quais sem o controle interno devido passam despercebidos pelo empresário,

que estará sendo iludido com informações não condizentes com a realidade da

empresa.

Segundo Franco, (1982, p.134) o principal meio de controle que dispõe

uma administração é a contabilidade. São, portanto, meios de controle interno

todos os registros, livros, fichas, papéis, formulários, pedidos, notas, faturas,

documentos, impressos, ordens internas e demais instrumentos de

organização administrativa que formam um sistema de vigilância, fiscalização e

verificação utilizada pelos administradores para exercer o controle sobre todos

os fatos ocorridos na empresa e sobre todos os atos praticados por aqueles

que exercem funções direta ou indiretamente relacionadas com a organização,

o patrimônio e o funcionamento da empresa.

Para Ronchi (1969, p.74), A contabilidade, como instrumento de controle

empresarial, não pode ser eficiente se não oferecer à administração a

possibilidade de advertir tempestivamente qualquer variação importante. A

contabilidade deve também oferecer uma avaliação dos afastamentos dos

valores padrão e uma determinação das possíveis causas de variação.

Page 27: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

27

Conforme a Coleção Seminários CRC-SP/lbracon (2000, p.59-61), a

contabilidade passa a ser uma ferramenta de gerenciamento atuante e

poderosa, proporcionando a seus usuários relatórios e análises de natureza

econômica, financeira, física e de produtividade, de tal maneira que as metas

definidas no planejamento possam ser constantemente reavaliadas e, enfim,

obtidas.

Um bom sistema contábil de informação deve ser um conjunto articulado

de dados, ajustes e relatórios que permitam tratar as informações de natureza

repetitiva com o máximo possível de relevância e o mínimo de custos. E

também fornecer relatórios para finalidades específicas e que atendam às

necessidades dos gestores da empresa.

Para esses fins, é de fundamental importância a geração de dados exatos para

a sustentação do sistema de informações, assim como sua credibilidade.

Nesse aspecto, um controle interno adequado proporciona segurança de que

os relatórios contábeis e gerenciais são fidedignos e retratam de forma clara a

realidade da empresa. Ainda de acordo com a Coleção Seminários CRC-

SP/Ibracon (2000, p.59), o controle interno em conjunto com a contabilidade,

deve garantir que:

a) as operações sejam executadas de acordo com as autorizações gerais ou

específicas da administração;

b) as operações sejam registradas oportunamente pelo valor correto, nas

contas adequadas e no período contábil certo, de maneira que o preparo das

demonstrações contábeis seja realizado dentro de critérios estáveis e que

possa haver um controle contábil dos ativos;

c) o acesso aos ativos seja realizado apenas por pessoa autorizada, para

minimização da ocorrência de fraudes e, no caso de existir alguma, haver a

possibilidade de descobrimento rápido e determinação de sua abrangência;

d) a comparação dos registros de controle dos ativos com os ativos existentes

ocorrem com intervalos razoáveis para que sejam tomadas medidas

saneadoras em caso de constatação de diferenças;

Page 28: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

28

e) a localização de erros e desperdícios seja possível, promovendo ao mesmo

tempo a uniformidade e a correção ao se registrarem as operações;

f) a eficiência e a motivação do pessoal sejam estimuladas;

g) um controle eficiente sobre todos os aspectos vitais e estratégicos do

negócio possa ser obtido.

Page 29: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

29

8- OBJETIVOS DO CONTROLE INTERNO

O controle interno tem como objetivos proteger os ativos, produzir os

dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada

dos negócios da empresa.

Para Fayol (1981, p.139), o controle tem por objetivo “assinalar as faltas

e os erros a fim de que se possa repará-los e evitar sua repetição”. O mesmo

autor afirma que o controle é aplicável a tudo: às coisas, às pessoas, aos atos,

ou seja:

a) Do ponto de vista administrativo: é necessário assegurar-se de que o

programa existe, é aplicado e está em dia, e de que o organismo social está

completo, o comando exercido segundo os princípios adotados, as

conferências de coordenação se realizam;

b) Do ponto de vista comercial: é preciso assegurar-se de que os materiais que

entraram e saíram são exatamente considerados no que toca à quantidade, à

qualidade e ao preço, se os inventários estão corretos, os contratos são

perfeitamente cumpridos;

c) Do ponto de vista técnico: é preciso observar a marcha das operações, seus

resultados, suas desigualdades, o funcionamento do pessoal;

d) Do ponto de vista financeiro: o controle se estende aos livros, ao caixa, aos

recursos e às necessidades, ao emprego de fundos;

Page 30: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

30

e) Do ponto de vista de segurança: é necessário assegurar-se de que os meios

adotados para proteger os bens e as pessoas estão em bom estado de

funcionamento;

f) Do ponto de vista contábil: é preciso verificar se os documentos necessários

cheguem rapidamente, se eles proporcionam visão clara da situação da

empresa, se o controle encontra nos livros, nas estatísticas e nos diagramas

bons elementos de verificação e se não existe nenhum documento ou

estatística inútil.

Podem ser analisados os objetivos do controle interno com a

segregação em quatro tópicos básicos, quais sejam:

1) a salvaguarda dos interesses da empresa;

2) a precisão e a confiabilidade dos informes e relatórios contábeis, financeiros

e operacionais;

3) o estímulo à eficiência operacional;

4) a aderência às políticas existentes.

8.1 - Salvaguarda dos Interesses

O objetivo do controle interno relativo à salvaguarda dos interesses

remete-se à proteção do patrimônio contra quaisquer perdas e riscos devidos a

erros ou irregularidades. (ATTIE, 2000, p.117).

As principais práticas que podem dar suporte à salvaguarda dos

interesses são as seguintes, conforme Attie (2000):

a) Segregação de Funções: estabelece a independência para as funções de

execução operacional, custódia física e contabilização;

b) Sistema de autorização e aprovação: compreende o controle das operações

através de métodos de aprovações, de acordo com as responsabilidades e os

riscos envolvidos;

Page 31: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

31

c) Determinação de funções e responsabilidades: as existências de

organogramas claros determinam linhas de responsabilidades e autoridades

definidas por toda a linha hierárquica;

d) Rotação de funcionários: corresponde ao rodízio dos funcionários

designados para cada trabalho. Dessa forma, é possível reduzir a ocorrência

de fraudes e contribuir para o surgimento de novas idéias;

e) Legislação: corresponde à atualização permanente sobre a legislação

vigente, visando diminuir riscos e não expor a empresa à contingências fiscais

e legais pela não-obediência aos preceitos atuais vigentes;

f) Contagens físicas independentes: corresponde à realização de contagens

físicas de bens e valores, de forma periódica, por intermédio de pessoa

independente ao custo diante, visando maximizar o controle físico e resguardar

os interesses da empresa.

Fica visível a preocupação que tem o controle interno com relação à proteção

de seu patrimônio, munindo-se de várias práticas que contribuem ao sucesso

deste objetivo.

8.2 - Precisão e Confiabilidade dos Informes e Relatórios

Contábeis, Financeiros e Operacionais

Com relação a este objetivo, tem-se que esta precisão e confiabilidade

dos informes e relatórios contábeis, financeiros e operacionais compreendem a

geração de informações adequadas e oportunas, fundamentais no campo

gerencial e administrativo, para compreensão dos fatos e eventos realizados na

organização. Attie (2000, p.119) enfatiza muito bem esta confiabilidade e

precisão quando explica que:

Uma empresa necessita constituir, para si, sistemas que lhe garantam

conhecer os atos e eventos ocorridos em cada um dos seus segmentos. Os

efeitos ocorridos através da realização de cada ato devem ser escriturados e

levados, em tempo hábil, ao conhecimento dos administradores. O mesmo

Page 32: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

32

autor, quando expõe sobre este objetivo de controle, enumera alguns meios

que possibilitam sua realização:

a) Documentação confiável: corresponde à utilização de documentação hábil

para o registro das transações;

b) Conciliação: indica a precisão ou diferenças existentes entre diversas fontes

de informação, visando à manutenção equilibrada entre estas e à eliminação

tempestiva de possíveis pendências;

c) Análise: compreende a identificação da composição analítica dos itens em

exame;

d) Plano de contas: estabelece a classificação da empresa perante uma

estrutura formal de contas. A existência de um manual de contabilidade que

proceda o uso destas contas, fomenta a classificação e a utilização adequada

de cada conta;

e) Tempo hábil: determina o registro das transações dentro do período da

competência e no menor espaço de tempo possível;

f) Equipamento mecânico: a utilização de equipamento mecânico visa facilitar e

agilizar o registro das transações, fomentando a divisão de trabalho.

A organização precisa munir-se de relatórios e sistemas que sejam confiáveis e

eficientes, garantindo-lhes, assim, um espelho da situação econômico

financeira da instituição.

8.3 - Estímulos à Eficiência Operacional

Neste objetivo, cabe salientar que seu intuito é o de promover a

eficiência operacional, provendo-se de todos os meios necessários à condução

de tarefas, de forma a obter entendimento, aplicação e ação tempestiva e

uniforme.

Segundo Attie (2000, p.120) reforça que os principais meios que

promovem a obtenção de pessoal qualificado são:

Page 33: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

33

a) Seleção: possibilita a obtenção de pessoal qualificado para exercer com

eficiência as funções específicas;

b) Treinamento: possibilita a capacitação do pessoal para a atividade proposta;

c) Plano de carreira: estabelece a política da empresa ao pessoal quanto às

possibilidades de remuneração e promoção, incentivando o entusiasmo e a

satisfação do pessoal;

d) Relatórios de desempenho: compreendem a identificação individual de cada

funcionário. Apontam suas virtudes e deficiências, sugerindo alternativas

necessárias ao aperfeiçoamento pessoal e profissional;

e) Relatório de horas trabalhadas: possibilita a administração mais eficiente do

tempo despendido pelo pessoal e indica mudanças necessárias ou correção

das metas de trabalho;

f) Tempos e métodos: possibilitam o acompanhamento mais eficiente de

execução das atividades e regulam possíveis ineficiências do pessoal;

g) Custo-padrão: permite acompanhar permanentemente o custo de produção

dos bens e serviços produzidos, identificando benefícios e ineficiências do

processo de produção;

h) Manuais Internos: sugerem clara exposição dos procedimentos internos,

possibilitando práticas uniformes, normatização e eficiência dos atos que

previnem a ocorrência de erros e desperdícios;

i) Instruções Formais: apontam formalmente as instruções a serem seguidas

pelo pessoal, evitando interpretações dúbias, mal entendidos e a possibilidade

de cobranças.

De nada adianta a administração munir-se de sistemas e relatórios

sofisticados, se o seu material humano não estiver corretamente selecionado e

treinado para trabalhar de acordo com as políticas determinadas.

Page 34: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

34

8.4 - Aderências às Políticas Existentes

Este objetivo de controle tem por finalidade assegurar que as políticas e

procedimentos definidos pela administração sejam adequadamente seguidos e

respeitados pelo pessoal.

Embasado nestas políticas, (Attie 2000, p.121) define alguns meios:

a) Supervisão: a supervisão permanente possibilita melhor rendimento pessoal,

reparando-se rapidamente possíveis desvios e dúvidas decorrentes da

execução das atividades;

b) Sistema de revisão e aprovação: aponta se as políticas e procedimentos

estão sendo seguidos, através de método de revisão e aprovação;

c) Auditoria interna: permite a identificação de transações realizadas pela

empresa que estejam em consonância com as políticas determinadas pela

administração;

A alta administração deve trabalhar continuamente para que as políticas e

procedimentos definidos sejam verdadeiramente seguidos e respeitados por

todo o conjunto da administração.

Page 35: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

35

9- LIMITAÇÕES E DISTORÇÕES DO CONTROLE

INTERNO

Por muito bem que esteja implementado, estruturado, desenvolvido e

mantido o processo de controlo interno não significa que o mesmo permita

oferecer uma razoável certeza acerca do cumprimento dos objetivos acima

enunciados, nomeadamente no que respeita a eficiência e eficácia

(rendimento) das operações, confiança nas demonstrações financeiras e

conformidade com as leis e regulamentos. Isto porque o risco de ocorrência de

irregularidades, fraudes e distorções não deixam de existir apenas porque foi

estabelecido um sistema de controlo interno, na medida em que existem

diversos fatores que podem distorcer e limitar todo o processo; tais como:

§ Fraude;

O conluio de diversas pessoas (internas ou externas à empresa),

nomeadamente aquelas com cargos de maior responsabilidade na gestão, na

prática de atos fraudulentos podem ser difíceis de detectar, principalmente

quanto maior for o nível hierárquico dos intervenientes. A falta de integridade

moral e idoneidade não podem ser suprimidas por nenhum sistema de controle.

§ A existência de erros humanos;

Page 36: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

36

A falta de competência, compreensão e capacidade dos colaboradores

para desenvolver a atividade do controle interno torná-lo-á falível,

independentemente da sua robustez e sofisticada tecnologia.

§ Falta de cultura de gestão relativamente à necessidade de

controlo interno;

Por vezes a gestão, mais preocupada com a contenção de custos e na

ausência de uma cultura de gestão de controlo, não encontra motivação para a

implementação de um bom sistema de controlo interno e nem promove ações

nesse sentido, outras vezes é porque a própria gestão não esta interessada em

garantir que a informação prestada aos acionistas e restantes (stakeholders)

não seja íntegra, verdadeira e apropriada de forma a que eles não possam

fazer um juízo fundamentado sobre o valor da entidade.

§ Custo / benefício

A implementação de um sistema de gestão representa,

necessariamente, um custo, que é preciso balancear com o benefício que pode

trazer. Por vezes pode-se correr o risco de implementar um sistema em que o

custo seja muito maior que o benefício ou vice-versa. É importante pensar que

é preferível correr certos riscos pela não implementação de determinados

processos de controle interno, quando estes se traduzem num custo maior que

o benefício que podem trazer, do que incorrer em faltas de eficiência financeira

por esta razão. É necessário haver uma relação direta entre os objetivos de

benefícios que a entidade pretende atingir com a implementação de um

sistema de controle interno e a segurança razoável que este poderá

proporcionar.

Neste caso deverá fazer um juízo sobre a materialidade, complexidade

das operações, dimensão e natureza da entidade e a própria natureza do

negócio, para além de eventuais exigências legais e refutatórias.

Page 37: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

37

§ Transações pouco comuns à entidade;

Nas transações pouco comuns à entidade, por não serem usuais, podem

fugir ao crivo de um sistema de controlo interno que pode não estar preparado

para lidar com as mesmas, uma vez que está pensada para outro tipo de

transações.

§ Risco informático.

O acesso indevido ou falhas nos meios de informática podem constituir

uma falha no sistema de controlo interno.

Page 38: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

38

10- INFORMATIZAÇÃO X CONTROLE INTERNO

Os controles e os sistemas de informações gerenciais eram utilizados de

forma rudimentar. Com o advento dos computadores e sua capacidade de

processar e condensar grandes números de dados, o controle interno se tornou

processo formal, com subsídios legais e abriu um vasto campo de estudos.

Durante algum tempo os departamentos de contabilidade, licitações e

almoxarifado foram postos em evidência. Com os computadores e os centros

de processamento eletrônico de dados (CPD) a gerência de informações,

passou a ser realizado pelo contador, de forma tempestiva e importante para

tomada de decisão. Assim o progresso tecnológico pode ser visto como fator

de alavancagem da ciência.

Outro ponto que deve ser analisado é sobre o advento da tecnologia da

informação e do processo de globalização, principalmente com “Internet”, onde

as exigências reais cresceram e se diversificaram. Nesse mundo de sites, e-

mails e informática, o controle interno passou a ser possível de forma virtual e

devem ser vistos como um dos fatores contribuintes da responsabilidade fiscal,

pautada na manutenção equilibrada das contas públicas, dívida, despesas de

pessoal, receitas etc.

A concorrência impulsionou ainda mais a velocidade de informações

fazendo desenvolver a agilidade de se condensar dados e divulgar

informações, além de induzir a evolução rápida e constante dos equipamentos

tecnológicos. Nesse contexto houve a necessidade de se criar uma forma de

controlar, dados, informações e acessos aos computadores utilizados nas

Page 39: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

39

entidades. Tal necessidade veio criando normas e rotinas que os

programadores, contadores e gestores em geral não poderiam dar instruções

verbais quando surgissem erros nem aceitar códigos numéricos de

identificação sem dígitos verificadores, devendo existir uma conferência em

toda extensão do processamento. Aqui surge o controle interno como item da

gestão e o início da departamentalização.

Page 40: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

40

11- DIFERENÇA ENTRE AUDITORIA, CONTROLE

EXTERNO E CONTROLE INTERNO

Auditoria é um trabalho organizado de revisão e apreciação das

operações e atividades a fim de confrontar a estrutura contábil com a realidade

dos documentos e dos fatos ocorridos; controle externo é um instituto realizado

por órgão de fiscalização externa a entidade (Tribunal de Contas, Câmara

Legislativa e Ministério Público) sobre atos e fatos já ocorridos, mas que devem

ser verificados. Para Meirelles (1990) “é o que se realiza por órgão estranho a

administração responsável pelo ato controlado... sobre a efetivação de

determinada despesa do Executivo;...”.

Já o Controle Interno compreende o plano de organização, além de

todos os métodos e medidas adotados para salvaguardar ativo, maximizar a

exatidão e fidelidade dos dados contábeis, desenvolver a eficiência nas

operações, estimular o seguimento das políticas administrativas predefinida e

atender as legislações pertinentes. Para Meirelles (1990) “É todo aquele –

controle - realizado pela entidade ou órgão responsável pela atividade

controlada no âmbito da própria administração”.

Page 41: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

41

12- A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE INTERNO PARA A

AUDITORIA INDEPENDENTE

Em uma Auditoria, o risco de emitir uma opinião incorreta ou

equivocada sobre as demonstrações contábeis é grande. Porém, existem

maneiras de executar o trabalho que podem diminuir esses riscos. O auditor

deve aplicar procedimentos técnicos em busca de evidências claras e precisas,

que lhe permitam conhecer melhor a empresa, dando ênfase ao conhecimento

e avaliação do sistema de controle interno da empresa em questão, pois esse

controle já é implantado na empresa objetivando evitar erros, sejam eles

intencionais ou não.

Com relação à avaliação do controle Crepaldi (2002, p.124) define que:

O auditor deve efetuar o levantamento do sistema contábil e do controle interno para avaliar o grau de segurança por eles proporcionado e, com base nesses elementos estabelecer a natureza, a extensão e profundidade dos procedimentos de Auditoria, assim como o momento apropriado de sua aplicação no exame das demonstrações financeiras.

A avaliação do controle interno pelo auditor independente deve ser bem

rigorosa, pois para ele, a função desse controle é proporcionar a segurança de

que erros e irregularidades possam ser descobertos com maior facilidade,

proporcionando, assim, confiança e integridade aos lançamentos contábeis. A

revisão do controle interno irá auxiliá-lo na aplicação dos demais

procedimentos de Auditoria, necessários para a formulação do seu parecer,

porém isso não lhe garantirá total confiança (ATTIE, 1998).

Page 42: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

42

De acordo com o grau de confiabilidade do controle interno, é o risco

que a empresa apresenta. Por isso, a partir da sua análise, o auditor externo

determina o volume de testes que serão feitos durante a Auditoria. Portanto,

quanto mais confiável for o controle interno adotado pela empresa, menos

testes serão feitos, e sendo assim, a Auditoria será efetuada com maior

rapidez, acarretando inclusive em um custo menor. Sendo assim, a avaliação

do controle interno fundamentará a decisão do auditor quanto à extensão dos

exames necessários e os procedimentos que adotará, dando ênfase aos

pontos em que esse controle apresenta deficiências.

Para Attie (1998, p.413), “a revisão do controle interno tem a finalidade

de determinar a confiabilidade depositada no controle interno, para que se

possam definir quais os procedimentos de Auditoria a serem utilizados, quando

serão estes aplicados e em qual extensão”.

Os sistemas de controles internos são avaliados por apresentarem todas

ou a maior parte das transações e informações da empresa, inclusive dados

históricos, permitindo ao auditor um amplo conhecimento sobre ela, inclusive

evidenciando os pontos falhos apresentados por ela. Na avaliação que o

auditor fará do sistema de controle interno da empresa, com a finalidade de

detectar erros ou irregularidades, de acordo com Crepaldi (2002, p.227), deve-

se observar as seguintes medidas:

§ Determinar erros ou irregularidades que poderiam acontecer;

§ Verificar se o sistema atual de controles detectaria de imediato esses erros

ou irregularidades;

§ Analisar as fraquezas ou falta de controle, que possibilitam a existência de

erros ou irregularidades, a fim de determinar a natureza, data e extensão

dos procedimentos de Auditoria;

§ Emitir relatório-comentário dando sugestões para o aprimoramento do

sistema de controle interno da empresa.

Page 43: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

43

Essa avaliação ocorrerá em três etapas, que podem ser classificadas

como: o realce do sistema, a sua avaliação e ara completar o processo, a

execução de testes de cumprimento das normas internas. O realce do sistema

ocorre durante o planejamento do exame, possibilitando a obtenção de

informações a respeito do funcionamento do sistema de controle adotado pela

empresa, desde os sistemas de informação até o cumprimento das normas

internas. Enfim, consiste em visualizar o cenário da empresa como um todo, e

a partir disso, avaliar de forma crítica, observando se as informações

produzidas são fidedignas e se servirão de base na busca da Auditoria por

seus objetivos. Só após a revisão e avaliação do controle interno, é que o

auditor irá testar esse processo, desde o sistema de informação até o

cumprimento de normas internas (CREPALDI, 2002).

Se o auditor detectar que os controles internos adotados pela empresa

oferecem um bom grau de confiança, fará um número menor de testes, pois

com um bom controle, a probabilidade de acontecerem erros ou fraudes

diminui consideravelmente, além de aumentar a credibilidade inclusive da

veracidade dos demais documentos e informações internas.

No entanto, se não houver nenhum sistema de controle interno, ou se

ele for ineficaz, haverá necessidade de se aumentarem os testes para obter o

resultado esperado, tornando a Auditoria mais trabalhosa, e

conseqüentemente, mais onerosa.

Um ponto importante a ser avaliado pelo auditor quanto ao sistema de

controle interno é se ele dispõe de um acompanhamento, e se faz

realimentação dos dados, e com que velocidade isso acontece, sobre as

atividades e os resultados esperados pela própria empresa, pois isso permite

ajustes necessários, gerando assim, um autocontrole. Leva-se em

consideração também, para determinar o grau de confiabilidade do controle

interno para a Auditoria, o nível de competência das pessoas envolvidas, bem

como sua integridade, pois de nada adianta um moderníssimo sistema de

controle se os funcionários estão despreparados. Por isso também, a

necessidade da implantação de políticas claras na empresa, o que facilitará o

acesso de todos, pois elas são as regras que darão direção ao negócio,

Page 44: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

44

determinando os princípios, as normas e funções, para se alcançar o resultado

esperado.

Para que as informações sejam seguras é preciso que tudo e todos

estejam integrados, desde um controle eficiente até a capacidade das pessoas

que participam do processo, inclusive sem acúmulo de tarefas. E, que esse

método seja avaliado e retro-alimentado constantemente, dando ênfase às

informações relevantes, respeitando os princípios contábeis, e gerando

informações exatas e fidedignas.

Todos os testes que o auditor realizar na empresa deverão constar em

seus papéis de trabalho, pois será a partir da documentação existente que

fundamentará seu parecer, objetivo final da Auditoria, sejam testes de contas

aritméticas, lançamentos contábeis, conferências, entrevistas com funcionários,

que informarão como ocorre o processo dentro da empresa ou qualquer outro

método de avaliação que tenha sido utilizado no decorrer do processo.

O que o auditor busca identificar em seu trabalho, é se os erros ou

irregularidades detectados são valores relevantes e de considerável

importância para a empresa. Por isso, da avaliação do controle interno, já que

este é implantado exatamente para preveni-los. Portanto, se for eficiente

reduzirá a possibilidade desses erros, permitindo assim, ao auditor, a redução

dos testes, por ter uma maior confiança nas informações geradas. Segundo

Crisante et al (2003, p.65)

A avaliação de Controles Internos permite determinar: na eficiência dos

Controles Internos; na exposição dos riscos; na qualidade dos planos de ação

para corrigir aspectos falhos e/ ou vulneráveis; na probabilidade de se alcançar

as metas do negócio. Será a partir dessa avaliação que o auditor independente

determinará os procedimentos e datas para a conclusão da Auditoria, que se

dará com o parecer, constando sua opinião a respeito do assunto que lhe foi

determinado. Deste modo, tal avaliação assume papel preponderante, pois

determina a natureza, extensão e profundidade da realização dos demais

exames da Auditoria Independente.

No entanto, não se descarta uma revisão do que foi planejado para a

Auditoria, caso não se confirmem as suposições obtidas inicialmente, em

Page 45: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

45

relação à transparência dos controles internos. Pode ocorrer de o auditor, em

sua avaliação inicial, confiar nos controles, e, no entanto, durante seu trabalho

de avaliação e testes ou até mesmo o surgimento de um fato novo, observar

que os controles são mais vulneráveis do que pensava, então tendo que

redirecionar sua forma de trabalho. Quanto à revisão do controle interno Attie

(1998, p.207) afirma que:

“À medida do possível, a revisão do controle interno, pelo auditor Independente, pode ser feita à parte do exame, em data intermediária ao encaminhamento das demonstrações financeiras, aplicando-se procedimentos de Auditoria apropriados, com o objetivo principal de avaliar a eficiência do sistema da empresa. Em caso contrário, a revisão precisa ser realizada juntamente com as outras áreas do programa de Auditoria.”

Portanto, para a Auditoria Independente é extremamente importante o

controle interno da empresa que será auditada, porém terá que ser confiável,

tanto que as próprias normas de Auditoria asseguram que deve ser feito o

levantamento do sistema contábil e do controle interno, pois é a partir da sua

avaliação que o auditor detectará se erros e irregularidades são desvendados

de maneira rápida e fácil, no sistema adotado. Para Attie (1998, p.414):

Um estudo e avaliação do controle interno realizado de forma adequada permitem ao auditor concluir quanto à efetividade dos controles existentes, uma vez que estes tenham sido julgados satisfatórios. Definido que os controles sejam realmente adequados, o auditor pode desenhar um programa de trabalho visando à cobertura de que os controles internos vigentes são efetivos. A efetividade dos controles internos deve indicar, nas fases envolvidas de cada ciclo, a presteza das informações de forma conveniente ao bom andamento do trabalho e que todas as pessoas envolvidas em cada setor tenham todas as informações e em tempo hábil.

Assim sendo, grande parte da fidedignidade das demonstrações

contábeis é reconhecida pelos auditores na qualidade do sistema de controles

internos que a empresa possui, por criar registros das transações formando

trilhas ou pistas de Auditoria desde a sua origem até seu término, o que

possibilita, durante os exames, encontrarem evidências que demonstram o

grau de confiabilidade das demonstrações contábeis, permitindo - lhe também

Page 46: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

46

fixar a quantidade de testes necessários para o exame. Baseado nisso,

estabelecerá o valor dos honorários a serem cobrados (CREPALDI, 2002).

A NBC P 1 – IT 3 (CFC, 2006 p.130) determina que um dos aspectos

que deve constar na carta proposta para a formação dos honorários é: O tempo

que se espera despender na familiarização das atividades do cliente e do

mercado em que atua, no conhecimento e na avaliação dos controles internos

operacionais e das práticas contábeis do cliente, no desenvolvimento de

programas de trabalho e aplicativos de sistema eletrônico de dados, avaliação

de riscos, definições de amostragem, na realização de verificações

substantivas, na elaboração, discussão e emissão de relatórios e outros

aspectos necessários ao trabalho de Auditoria .

Para tanto, é importante definir um tempo que seja suficiente para a

obtenção de informações, que fundamentem de maneira consistente a opinião

do auditor, sendo necessário seguir rigorosamente o que foi planejado para ser

executado no decorrer das horas previstas, a fim de que não se perda tempo

com análises irrelevantes. Em caso de erro na definição das horas necessárias,

podem ocorrer grandes problemas, seja para a conclusão dos trabalhos, ou

mesmo prejuízo para a empresa de Auditoria. Assim sendo, conhecer a

empresa e seus controles será o primeiro passo para a definição do tempo

para a conclusão dos trabalhos, e conseqüentemente, para o sucesso da

Auditoria.

Segundo Attie (1998, p.245), “O orçamento de horas assume

fundamental importância a um planejamento de trabalho, uma vez que

estabelece um patamar de volume de tempo a ser despendidos, a possibilidade

do controle, do andamento do trabalho e o acompanhamento da confecção do

serviço”.

Portanto, para que a Auditoria obtenha os resultados esperados, será

necessário adotar uma disciplina rígida, seguindo rigorosamente seu

planejamento, sem desviar do seu foco principal, assegurando assim, ao

profissional de Auditoria conhecimento e provas necessárias para emitir sua

opinião através do Parecer de Auditoria.

Page 47: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

47

Sendo a Auditoria a ferramenta utilizada para verificar e avaliar os

controles adotados pela empresa e observando se estão adequados à sua

realidade gerando resultados de forma eficaz, objetivando na sua essência a

confiabilidade das informações que fundamentarão a opinião do auditor, deve

tornar-se aliada da administração, permitindo assim, uma maior transparência

nas demonstrações da empresa.

Page 48: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

48

13- CONCLUSÃO

O trabalho do controle interno favorece o alcance de níveis excelentes

de desempenho empresarial e transmite aos acionistas, a certeza de que os

recursos estão sendo bem aplicados. Entretanto, os esforços correspondem

aos anseios, na medida em que exista a conjugação de trabalhos executados e

resultados obtidos.

Fazem necessárias ações integradoras e cooperadoras de todos os

setores da organização, desenvolvendo um sistema que tem por objetivo a

economia de recursos e a maximização dos lucros advindos do trabalho de

controladoria.

Para que o trabalho apresente resultados positivos, é necessário que

haja um aperfeiçoamento quanto à mentalidade e à cultura empresarial. Neste

contexto os principais atributos devem estar relacionados à qualidade, ética e à

credibilidade, numa atuação de parceria interna em busca da otimização de

recursos disponíveis e na obtenção de consistência e eficácia dos resultados.

Quando se fala de parceria interna, entende-se que a organização possui uma

mesma espinha dorsal, um mesmo norte, independente dos objetivos traçados

e das particularidades, especificidades e prioridades de cada uma.

A organização pode apresentar aspectos complementares, porém não

conflitantes. Através do desenvolvimento tecnológico é possível vencer as

barreiras da comunicação, fator este que em muitos casos atrapalha o bom

desempenho do controle interno. Porém, para que a barreira do entendimento

seja vencida, o diálogo é muito importante, principalmente, no que diz respeito

Page 49: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

49

à qualificação dos integrantes desta organização, bem como o planejamento

para a definição de metas comuns entre empresa e seus dirigentes.

Não restam dúvidas sobre a importância da eficácia do sistema de

controle para o fortalecimento de uma organização. O momento é de tal

complexidade que requer a substituição de paradigmas, e não apenas de

normas e procedimentos. Uma nova lógica de gestão precisa surgir. Na medida

em que a redefinição das fronteiras de atuação empresarial avança impõem

mudanças nas áreas de desenvolvimento.

Conclui-se, portanto, que o controle interno está pulverizado por toda a

organização, sob as mais diversas formas, e em níveis diferentes de

importância, pois se um controle interno operacional falhar, até ser corrigido,

talvez não tenha havido tanto prejuízo para a empresa, enquanto que se falhar

um controle estratégico ou diretivo, o preço pode significar a falência da própria

organização.

Page 50: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

50

14- REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 2003

GOMES, Anailson Márcio; ASSIS, José Vicente de & BARBOSA, Alexandro. Estudo da Adequação do sistema de controle interno para fundação de direito privado (ALFA) sob o enfoque dos conceitos de Attie como forma de determinar os procedimentos de Auditoria. In: XII Jornadas Luso-Espanholas de gestão científica, 10.. Covilhã: Universidade Beira Interior, 2000.

JUNIOR, J. H. P.; PESTANA, A. O.; FRANCO, S. P. C. Controladoria de Gestão: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1995. OLIVEIRA, Djalma de Pinho Rebouças de. Planejamento Estratégico: Conceitos, Metodologia e práticas. 17. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

GONÇALVES, E. C.; BAPTISTA, A. E. Contabilidade Geral: Rigorosamente de acordo com o programa oficial para concurso público de auditor fiscal do tesouro nacional. 4 ed. Atlas, 1998. ROBLES JUNIOR, A. Custos da Qualidade: uma estratégia para a competição global. Atlas, 1994. ROBBINS, Stephen Paul. Administração: mudanças e perspectives. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003.

JUND, Sérgio Lopes. Auditoria, conceitos, normas, técnicas e procedimentos. Rio de Janeiro: Impetus, 2002.

Page 51: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

51

CATELLI, Armando. Controladoria – uma abordagem da Gestão Econômica – GECON. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 2001.

CRC Curso básico de Auditoria . Editora Atlas , 1996.

MARION , José Carlos . Contabilidade Empresarial. Editora Atlas , 1996.

GIL, Antonio Loureiro . Editora Empresarial e de Gestão . Editora Atlas , 1996.

Page 52: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

52

15- BIBLIOGRAFIA

CHIAVENATO, Idalberto. Administração nos novos tempos. 2ª edição. Rio de Janeiro: Campus, 2003

GOMES, Anailson Márcio; ASSIS, José Vicente de & BARBOSA, Alexandro. Estudo da Adequação do sistema de controle interno para fundação de direito privado (ALFA) sob o enfoque dos conceitos de Attie como forma de determinar os procedimentos de Auditoria. In: XII Jornadas Luso-Espanholas de gestão científica, 10.. Covilhã: Universidade Beira Interior, 2000.

JUNIOR, J. H. P.; PESTANA, A. O.; FRANCO, S. P. C. Controladoria de Gestão: Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 1995.

Page 53: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

53

16- ANEXOS

Page 54: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

54

16.1- DECRETO Nº 3.591 - DE 6 DE SETEMBRO DE 2000 - DOU DE 8/9/2000 – Alterado

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere

o art. 84, incisos IV e VI, da Constituição, e tendo em vista o disposto na

Medida Provisória nº 2.036/82, de 25 de agosto de 2000,

DECRETA :

Art. 1º

Art. 1º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal visa à

avaliação da ação governamental e da gestão dos administradores

públicos federais, com as finalidades, atividades, organização, estrutura e

competências estabelecidas neste Decreto.

CAPÍTULO I - DAS FINALIDADES

Art. 2º

Art. 2º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal tem as

seguintes finalidades:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, a

execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e à

eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e nas

entidades da Administração Pública Federal, bem como da aplicação de

recursos públicos por entidades de direito privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem

como dos direitos e haveres da União;

Page 55: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

55

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

CAPÍTULO II – DAS ATIVIDADES

Art. 3º

Art. 3º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

compreende o conjunto das atividades relacionadas à avaliação do

cumprimento das metas previstas no Plano Plurianual, da execução dos

programas de governo e dos orçamentos da União e à avaliação da

gestão dos administradores públicos federais, bem como o controle das

operações de crédito, avais, garantias, direitos e haveres da União.

§ 1º A avaliação do cumprimento das metas do Plano Plurianual visa a

comprovar a conformidade da sua execução.

§ 2º A avaliação da execução dos programas de governo visa a

comprovar o nível de execução das metas, o alcance dos objetivos e a

adequação do gerenciamento.

§ 3º A avaliação da execução dos orçamentos da União visa a comprovar

a conformidade da execução com os limites e destinações estabelecidos

na legislação pertinente.

§ 4º A avaliação da gestão dos administradores públicos federais visa a

comprovar a legalidade e a legitimidade dos atos e a examinar os

resultados quanto à economicidade, à eficiência e à eficácia da gestão

orçamentária, financeira, patrimonial, de pessoal e demais sistemas

administrativos e operacionais.

§ 5º O controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos e

haveres da União visa a aferir a sua consistência e a adequação dos

controles internos.

Page 56: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

56

Art. 4º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal utiliza

como técnicas de trabalho, para a consecução de suas finalidades, a

auditoria e a fiscalização.

§ 1º A auditoria visa a avaliar a gestão pública, pelos processos e resultados

gerenciais, e a aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.

§ 2º A fiscalização visa a comprovar se o objeto dos programas de

governo corresponde às especificações estabelecidas, atende às

necessidades para as quais foi definido, guarda coerência com as

condições e características pretendidas e se os mecanismos de controle

são eficientes.

Art. 5º

Art. 5º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

prestará apoio ao órgão de controle externo no exercício de sua missão

institucional.

Parágrafo único. O apoio ao controle externo, sem prejuízo do disposto

em legislação específica, consiste no fornecimento de informações e dos

resultados das ações do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal.

Art. 6º

Art. 6º O Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal

prestará orientação aos administradores de bens e recursos públicos nos

assuntos pertinentes à área de competência do controle interno, inclusive

sobre a forma de prestar contas, conforme disposto no parágrafo único

do art. 70 da Constituição Federal.

Art. 7º

Page 57: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

57

Art. 7º As atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal destinam-se, preferencialmente, a subsidiar:

I - o exercício da direção superior da Administração Pública Federal, a

cargo do Presidente da República;

II - a supervisão ministerial;

III - o aperfeiçoamento da gestão pública, nos aspectos de formulação,

planejamento, coordenação, execução e monitoramento das políticas

públicas;

IV - os órgãos responsáveis pelo ciclo da gestão governamental, quais

sejam, planejamento, orçamento, finanças, contabilidade e administração

federal.

CAPÍTULO III - DA ORGANIZAÇÃO E DA ESTRUTURA

Art. 8º

Art. 8º Integram o Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal:

I - a Secretaria Federal de Controle Interno, como órgão central,

incumbido da orientação normativa e da supervisão técnica dos órgãos

que compõem o sistema, sem prejuízo da subordinação ao órgão em cuja

estrutura administrativa estiverem integrados;

I - a Controladoria-Geral da União, como Órgão Central, incumbido da

orientação normativa e da supervisão técnica dos órgãos que compõem o

Sistema; (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

II - as Secretarias de Controle Interno (CISET) da Casa Civil, da

Advocacia-Geral da União, do Ministério das Relações Exteriores e do

Ministério da Defesa, como órgãos setoriais;

Page 58: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

58

III - as unidades de controle interno dos comandos militares, como

unidades setoriais da Secretaria de Controle Interno do Ministério da

Defesa;

IV - as Gerências Regionais de Controle Interno (GRCI), nos Estados,

como unidades regionais do órgão central. (Revogado pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

§ 1o A Secretaria Federal de Controle Interno desempenhará as funções

operacionais de competência do Órgão Central do Sistema, na forma

definida no regimento interno, além das atividades de controle interno de

todos os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, excetuados

aqueles jurisdicionados aos órgãos setoriais constantes do inciso II.

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 2o As unidades regionais de controle interno exercerão as

competências da Controladoria-Geral da União que lhes forem delegadas

ou estabelecidas no regimento interno, nas respectivas unidades da

federação, além daquelas previstas no § 1o do art. 11 deste Decreto.

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002

§ 3º A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil tem como área de

atuação todos os órgãos integrantes da Presidência da República e da

Vice-Presidência da República, além de outros determinados em

legislação específica.

§ 4º A Secretaria de Controle Interno da Casa Civil é responsável pelas

atividades de controle interno da Advocacia-Geral da União, até a criação

do seu órgão próprio.

Art. 9o A Comissão de Coordenação de Controle Interno - CCCI é órgão

colegiado de função consultiva do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal, sendo composta: (Redação dada pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

Page 59: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

59

I - pelo Ministro de Estado do Controle e da Transparência, que

a presidirá: Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE

DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

II - pelo Secretário-Executivo da Controladoria-Geral da União;

Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008

– DOU DE 15/12/2008

III - pelo Secretário Federal de Controle Interno; Alterado pelo

DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE

15/12/2008

IV - pelo Chefe da Assessoria Jurídica da Controladoria-Geral

da União; Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE DEZEMBRO

DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

V - pelo Coordenador-Geral de Normas e Orientação para o

Sistema de Controle Interno; Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE

12 DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

VI - por um Secretário de órgão setorial de Controle Interno do

Poder Executivo Federal; Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12

DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

VII - por um Assessor Especial de Controle Interno em

Ministério; e Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE

DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

VIII - por dois titulares de unidades de auditoria interna da

administração pública federal indireta. Alterado pelo DECRETO Nº

6.692, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

Parágrafo único. Os membros referidos nos incisos VI, VII e

VIII serão indicados e designados pelo Ministro de Estado do Controle

e da Transparência, após anuência do titular do órgão ou entidade

respectiva, para período de um ano, permitida uma única recondução,

por igual período. Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE

DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

Art. 9º

Page 60: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

60

CAPÍTULO IV - DAS COMPETÊNCIAS

Art. 10. Compete à CCCI: Alterado pelo DECRETO Nº 6.692,

DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

I - efetuar estudos e propor medidas visando promover a integração

operacional do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal;

II - homogeneizar as interpretações sobre procedimentos

relativos às atividades a cargo do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal; Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12

DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

III - sugerir procedimentos para promover a integração do Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal com outros sistemas da

Administração Pública Federal;

IV - formular propostas de metodologias para avaliação e

aperfeiçoamento das atividades do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo federal; e Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12

DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

V - efetuar análise e estudo de casos propostos pelo Ministro

de Estado do Controle e da Transparência, com vistas à solução de

problemas relacionados com o Controle Interno do Poder Executivo

Federal. Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE DEZEMBRO

DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

Parágrafo único. As propostas formuladas pela CCCI serão

encaminhados para análise, aprovação e publicação pelo Ministro de

Estado do Controle e da Transparência

Art. 11. Compete à Secretaria Federal de Controle Interno:

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

I - propor ao Órgão Central a normatização, sistematização e

padronização dos procedimentos operacionais dos órgãos e das

unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal; (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

Page 61: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

61

II - coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e

das unidades do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal, com vistas à efetividade das competências que lhe são comuns;

III - auxiliar o Órgão Central na supervisão técnica das atividades

desempenhadas pelos órgãos e pelas unidades integrantes do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo

Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

IV - consolidar os planos de trabalho das unidades de auditoria interna

das entidades da Administração Pública Federal indireta;

V - apoiar o Órgão Central na instituição e manutenção de sistema de

informações para o exercício das atividades finalísticas do Sistema de

Controle Interno do Poder Executivo Federal; (Redação dada pelo

Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

VI - prestar informações ao Órgão Central sobre o desempenho e a

conduta funcional dos servidores da carreira Finanças e Controle;

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

VII - subsidiar o Órgão Central na verificação da consistência dos dados

contidos no Relatório de Gestão Fiscal, conforme estabelecido no art. 54

da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000; (Redação dada

pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

VIII - auxiliar o Órgão Central na elaboração da prestação de contas

anual do Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso

Nacional, nos termos do art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal;

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

IX - exercer o controle das operações de crédito, avais, garantias, direitos

e haveres da União;

X - avaliar o desempenho da auditoria interna das entidades da

administração indireta federal;

Page 62: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

62

XI - planejar, coordenar, controlar e avaliar as atividades de controle

interno de suas unidades administrativas;

XII - verificar a observância dos limites e das condições para realização

de operações de crédito e inscrição em Restos a Pagar;

XIII - verificar e avaliar a adoção de medidas para o retorno da despesa

total com pessoal ao limite de que tratam os arts. 22 e 23 da Lei

Complementar no 101, de 4 de maio de 2000;

XIV - verificar a adoção de providências para recondução dos montantes

das dívidas consolidada e mobiliária aos limites de que trata o art. 31 da

Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000;

XV - verificar a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos,

tendo em vista as restrições constitucionais e as da Lei Complementar no

101, de 4 de maio de 2000;

XVI - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no Plano Plurianual

e na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

XVII - avaliar a execução dos orçamentos da União;

XVIII - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo,

inclusive ações descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos

dos orçamentos da União, quanto ao nível de execução das metas e dos

objetivos estabelecidos e à qualidade do gerenciamento;

XIX - fornecer informações sobre a situação físico-financeira dos projetos

e das atividades constantes dos orçamentos da União;

XX - propor medidas ao Órgão Central visando criar condições para o

exercício do controle social sobre os programas contemplados com

recursos oriundos dos orçamentos da União; (Redação dada pelo

Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

Page 63: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

63

XXI - auxiliar o Órgão Central na aferição da adequação dos mecanismos

de controle social sobre os programas contemplados com recursos

oriundos dos orçamentos da União; (Redação dada pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

XXII - realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais

sob a responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados, bem

como sobre a aplicação de subvenções e renúncia de receitas;

XXIII - realizar auditorias e fiscalização nos sistemas contábil, financeiro,

orçamentário, de pessoal e demais sistemas administrativos e

operacionais;

XXIV - manter atualizado o cadastro de gestores públicos federais;

XXV - apurar os atos ou fatos inquinados de ilegais ou irregulares,

praticados por agentes públicos ou privados, na utilização de recursos

públicos federais, dar ciência ao controle externo e ao Órgão Central e,

quando for o caso, comunicar à unidade responsável pela contabilidade,

para as providências cabíveis. (Redação dada pelo Decreto nº 4.304,

de 16.7.2002)

§ 1o Aplicam-se às unidades regionais do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal, no âmbito de sua jurisdição, as competências

estabelecidas nos incisos XI a XXV.

Art. 12. Compete às Secretarias de Controle Interno, no âmbito de sua

jurisdição, além do estabelecido nos incisos IX a XXV do artigo anterior:

I - assessorar o Vice-Presidente da República, o Ministro de Estado, o

Advogado-Geral da União e os titulares dos órgãos da Presidência da

República nos assuntos de competência do Sistema de Controle Interno

do Poder Executivo Federal;

Page 64: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

64

II - apoiar o órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal na elaboração da prestação de contas anual do

Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso Nacional, nos

termos do art. 84, inciso XXIV, da Constituição Federal;

III - encaminhar ao órgão central os planos de trabalho das unidades de

auditoria interna das entidades vinculadas;

IV - orientar os administradores de bens e recursos públicos nos

assuntos pertinentes à área de competência do controle interno, inclusive

sobre a forma de prestar contas;

V - apoiar a supervisão ministerial e o Controle Externo nos assuntos de

sua missão institucional;

VI - subsidiar a verificação da consistência do Relatório de Gestão Fiscal,

conforme estabelecido no art. 54 da Lei Complementar no 101, de 4 de

maio de 2000.

§ 1o As auditorias e fiscalização a cargo dos órgãos setoriais que

necessitem ser executadas de forma descentralizada nos Estados,

inclusive na execução de convênios, acordos, contratos e outros

instrumentos similares, poderão ser realizadas pela Secretaria Federal de

Controle Interno, observada a solicitação da correspondente Secretaria

de Controle Interno.

§ 2o Compete às unidades setoriais de controle interno, no âmbito de

sua jurisdição, além do estabelecido nos incisos IX a XXV do artigo

anterior, assessorar o Comandante das Forças Armadas nos assuntos de

competência do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal.

Art. 13. A Controladoria-Geral da União contará com o apoio dos

Assessores Especiais de Controle Interno nos Ministérios, incumbidos de:

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

Page 65: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

65

I - assessorar o Ministro de Estado nos assuntos de competência do

controle interno;

II - orientar os administradores de bens e recursos públicos nos assuntos

pertinentes à área de competência do controle interno, inclusive sobre a

forma de prestar contas;

III - submeter à apreciação do Ministro de Estado os processos de

tomadas e prestação de contas, para o fim previsto no art. 52 da Lei no

8.443, de 16 de julho de 1992;

IV - auxiliar os trabalhos de elaboração da prestação de contas anual do

Presidente da República;

V - acompanhar a implementação, pelos órgãos e pelas unidades, das

recomendações do Sistema de Controle Interno e do Tribunal de Contas

da União;

VI - coletar informações dos órgãos da jurisdição, para inclusão de ações

de controle nos planos e programas do órgão central do Sistema, com

vistas a atender às necessidades dos ministérios.

Parágrafo único. Os Assessores Especiais de Controle Interno, ao tomar

conhecimento da ocorrência de irregularidades que impliquem lesão ou

risco de lesão ao patrimônio público, darão ciência ao respectivo Ministro

de Estado e à Controladoria-Geral da União, em prazo não superior a

quinze dias úteis, contados da data do conhecimento do fato, sob pena

de responsabilidade solidária Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12

DE DEZEMBRO DE 2008 – DOU DE 15/12/2008

CAPÍTULO V - DAS DISPOSIÇÕES ESPECÍFICAS

Art. 14. As entidades da Administração Pública Federal indireta deverão

organizar a respectiva unidade de auditoria interna, com o suporte

Page 66: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

66

necessário de recursos humanos e materiais, com o objetivo de fortalecer

a gestão e racionalizar as ações de controle.(Redação dada pelo

Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

Parágrafo único. No caso em que a demanda não justificar a

estruturação de uma unidade de auditoria interna, deverá constar do ato

de regulamentação da entidade o desempenho dessa atividade por

auditor interno.

Art. 15. As unidades de auditoria interna das entidades da Administração

Pública Federal indireta vinculadas aos Ministérios e aos órgãos da

Presidência da República ficam sujeitas à orientação normativa e

supervisão técnica do Órgão Central e dos órgãos setoriais do Sistema

de Controle Interno do Poder Executivo Federal, em suas respectivas

áreas de jurisdição.(Redação dada pelo Decreto nº 4.440, de

25.10.2002)

§ 1o Os órgãos setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal ficam, também, sujeitos à orientação normativa e à

supervisão técnica do Órgão Central. (Redação dada pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

§ 2o A unidade de auditoria interna apresentará ao órgão ou à unidade

de controle interno a que estiver jurisdicionada, para efeito de integração

das ações de controle, seu plano de trabalho do exercício seguinte.

(Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 3o A auditoria interna vincula-se ao conselho de administração ou a

órgão de atribuições equivalentes. (Redação dada pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

§ 4o Quando a entidade da Administração Pública Federal indireta não

contar com conselho de administração ou órgão equivalente, a unidade

de auditoria interna será subordinada diretamente ao dirigente máximo da

Page 67: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

67

entidade, vedada a delegação a outra autoridade. (Redação dada pelo

Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 5o A nomeação, designação, exoneração ou dispensa do titular de

unidade de auditoria interna será submetida, pelo dirigente máximo da

entidade, à aprovação do conselho de administração ou órgão

equivalente, quando for o caso, e, após, à aprovação da Controladoria-

Geral da União. (Redação dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 6o A auditoria interna examinará e emitirá parecer sobre a prestação

de contas anual da entidade e tomadas de contas especiais. (Redação

dada pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 7o A prestação de contas anual da entidade, com o correspondente

parecer, será encaminhada ao respectivo órgão do Sistema de Controle

Interno do Poder Executivo Federal, no prazo por este estabelecido.

(Alínea incluída pelo Decreto nº 4.304, de 16.7.2002)

§ 8o O Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal poderá recomendar aos serviços sociais autônomos as

providências necessárias à organização da respectiva unidade de

controle interno, assim como firmar termo de cooperação técnica,

objetivando o fortalecimento da gestão e a racionalização das ações de

controle.(Incluído pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

§ 9o A Secretaria Federal de Controle Interno poderá utilizar os serviços

das unidades de auditoria interna dos serviços sociais autônomos, que

atenderem aos padrões e requisitos técnicos e operacionais necessários

à consecução dos objetivos do Sistema de Controle Interno.(Incluído

pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

Art. 16. A contratação de empresas privadas de auditoria pelos órgãos

ou pelas entidades da Administração Pública Federal indireta somente

será admitida quando comprovada, junto ao Ministro supervisor e ao

Page 68: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

68

Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal, a impossibilidade de execução dos trabalhos de auditoria

diretamente pela Secretaria Federal de Controle Interno ou órgãos

setoriais do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo

Federal.(Redação dada pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às contratações

para as auditorias previstas no § 3o do art. 177 da Lei no 6.404, de 15 de

dezembro de 1976, às contratações que tenham por objeto as

demonstrações financeiras do Banco Central do Brasil e dos fundos por

ele administrados, nem às contratações realizadas por empresas

públicas que tenham a obrigação legal ou estatutária de ter suas

demonstrações financeiras avaliadas por auditores independentes, desde

que as unidades de auditoria interna de que trata o art. 15 sejam

mantidas pelas entidades contratantes, sendo vedada a transferência das

competências dessas unidades às empresas privadas

contratadas.(Redação dada pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

CAPÍTULO VI - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS E TRANSITÓRIAS

Art. 17. A sistematização do controle interno, na forma estabelecida

neste Decreto, não elimina ou prejudica os controles próprios dos

sistemas e subsistemas criados no âmbito da Administração Pública

Federal, nem o controle administrativo inerente a cada chefia, que deve

ser exercido em todos os níveis e órgãos, compreendendo:(Redação

dada pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

I - instrumentos de controle de desempenho quanto à efetividade,

eficiência e eficácia e da observância das normas que regulam a unidade

administrativa, pela chefia competente;(incluído pelo Decreto nº 4.440,

de 25.10.2002)

Page 69: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

69

II - instrumentos de controle da observância das normas gerais que

regulam o exercício das atividades auxiliares, pelos órgãos próprios de

cada sistema; e (incluído pelo Decreto nº 4.440, de 25.10.2002)

III - instrumentos de controle de aplicação dos recursos públicos e da

guarda dos bens públicos.(incluído pelo Decreto nº 4.440, de

25.10.2002)

Art. 18. As atividades de análise da legalidade dos atos de admissão,

desligamento, aposentadorias e pensões continuarão a ser exercidas

pelos órgãos e pelas unidades do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal, até que sejam definidos novos responsáveis.

Art. 19. O regimento interno da CCCI será aprovado pelo Ministro de

Estado do Controle e da Transparência, por proposta do colegiado

Alterado pelo DECRETO Nº 6.692, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2008 –

DOU DE 15/12/2008

Art. 20. O órgão central expedirá as normas complementares que se

fizerem necessárias ao funcionamento do Sistema de Controle Interno do

Poder Executivo Federal.

Art. 20-A. O Órgão Central do Sistema de Controle Interno do Poder

Executivo Federal disponibilizará, para consulta e apreciação pelos

cidadãos e instituições da sociedade, durante todo o exercício, as contas

apresentadas pelo Presidente da República, conforme dispõe o art. 49 da

Lei Complementar no 101, de 2000. (Artigo incluído pelo Decreto nº

4.304, de 16.7.2002)

Art. 20-B. Os órgãos e entidades do Poder Executivo Federal, sujeitos a

tomada e prestação de contas, darão ampla divulgação, inclusive em

meios eletrônicos de acesso público, ao relatório de gestão, ao relatório e

ao certificado de auditoria, com parecer do órgão de controle interno, e

ao pronunciamento do Ministro de Estado supervisor da área ou da

Page 70: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

70

autoridade de nível hierárquico equivalente, em até trinta dias após envio

ao Tribunal de Contas da União. (Incluído pelo Decreto nº 5.481, de

2005)

§ 1o O órgão ou entidade responsável pela publicação informará, em

todas as situações previstas no caput, a circunstância de suas contas

estarem sujeitas a julgamento pelo Tribunal de Contas da União,

independentemente das manifestações emanadas do órgão de controle

interno. (Incluído pelo Decreto nº 5.481, de 2005)

§ 2o É assegurada aos dirigentes responsáveis pelos atos de gestão em

que tenham sido apontadas irregularidades ou impropriedades a

divulgação, pelo mesmo meio adotado para a divulgação dos relatórios

referidos no caput, dos esclarecimentos e justificativas prestados ao

órgão de controle interno durante a fase de apuração. (Incluído pelo

Decreto nº 5.481, de 2005)

Art. 21. Ficam revogados o Decreto no 93.216, de 3 de setembro de

1986, o Decreto no 93.874, de 23 de dezembro de 1986, o art. 144 do

Decreto no 93.872, de 23 de dezembro de 1986, o Decreto no 96.774,

de 26 de setembro de 1988, e os arts. 7o e 8o do Decreto no 2.251, de 12

de junho de 1997.

Art. 22. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 6 de setembro de 2000; 179o da Independência e 112o da

República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

Pedro Malan

Page 71: UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES - MBA Presencial e Distância · Pós Graduação em Auditoria e Controladoria da Instituição A Vez do Mestre como requisito para a ... existem muitas

71