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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E PEDAGÓGICA O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO POR: ELANE CRISTINA MORAIS DA SILVA ORIENTADOR: PROFº. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E PEDAGÓGICA

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO

POR: ELANE CRISTINA MORAIS DA SILVA

ORIENTADOR: PROFº. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

RIO DE JANEIRO 2010

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E PEDAGÓGICA

O PAPEL DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO

Monografia apresentada a Universidade Candido Mendes Instituto A Vez Do Mestre como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Orientação Educacional e Pedagógica. Por: Elane Cristina Morais da Silva

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AGRADECIMENTOS

À Deus e a todos que contribuíram para realização deste

trabalho.

A minha família pelo apoio em todos os momentos difíceis.

As minhas amigas, que durante este curso pude conhecer

e trocar experiências relacionadas á educação.

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DEDICATÓRIA

A minha mãe Elazir, pela educação que me proporcionou,

pela força e por sempre me ajudar e incentivar no campo

dos estudos.

A minha irmã Thaís por estar sempre ao meu lado me

pedindo para estudar.

A minha filha Marcela, grande incentivadora que por todo

tempo levantava minha auto estima fazendo com que eu

não desistisse e compreendendo os vários momentos nos

quais estive ausente.

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RESUMO

Este trabalho monográfico teve como fonte motivadora desta pesquisa a

necessidade de se entender e conhecer melhor como historicamente o papel

do Orientador Educacional se deu, se desenvolveu e se adequou ao cenário

brasileiro, já que quando esta profissão adentrou em nosso país, sofria grande

influência e seguia o modelo americano.

A proposta desta pesquisa é mostrar o papel deste profissional e sua

imprescindível atuação dentro da instituição escolar, já que é fundamental que

exista dentro desta, alguém responsável por ajudar e encaminhar os

estudantes nos mais diferentes aspectos como: dificuldade de aprendizagem,

dificuldade de relacionar-se, auxílio profissional e etc.

Sendo o responsável pelo relacionamento e integração de todos os

atores que atuam na escola e no em torno dela, o orientador educacional

segundo Grisnpun, é o mediador entre: o saber e o fazer; o ter e o ser; e o

querer e o poder.

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METODOLOGIA

A proposta metodológica ficará restrita a pesquisa bibliográfica de

teorias comprometidas com a educação e a transformação que esta pode fazer

na vida do homem, estando assim respaldada por diversos autores.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.....................................................................................................8 CAPÍTULO I - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL 1.1 - ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO CENÁRIO NACIONAL...................... 9 1.2 - ATRIBUIÇÕES LEGAIS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL...................14 CAPÍTULO II – ENSINO MÉDIO BRASILEIRO 2.1 – ENSINO MÉDIO BRASILEIRO: BREVE HISTÓRICO.............................17 2.2 – ADOLESCENTES: PÚBLICO ALVO DO ENSINO MÉDIO......................22 CAPÍTULO III – A ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO MÉDIO 3.1 – PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL.................................................................................................26

3.2 – A PRATICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO

MÉDIO...............................................................................................................29

CONCLUSÃO....................................................................................................35 BIBLIOGRAFIA..................................................................................................37 FOLHA DE AVALIAÇÃO....................................................................................40

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INTRODUÇÃO

A presente monografia teve como propósito pesquisar sobre como pode

e/ ou deve ser “a atuação do orientador educacional nas escolas de ensino

médio”.

Sendo assim este trabalho tem como objetivo principal analisar o papel,

a prática e a atuação do orientador educacional dentro das instituições

educacionais.

Através da análise da trajetória da orientação educacional no Brasil,

poderemos fazer um comparativo como se dava a atuação deste profissional

no passado analisando sua prática, sua evolução, suas fases no processo

educacional e como ela ocorre atualmente.

Também iremos conhecer os princípios éticos na atuação do orientador

educacional, sua busca na melhoria das condições de aprendizagem, sua

integração com a comunidade escolar e como entender melhor os

adolescentes, já que o ensino médio é formado por eles.

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CAPÍTULO I ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL NO CENÁRIO NACIONAL

A orientação educacional teve início em 1908, nos Estados Unidos,

como a Orientação vocacional a característica fundamental era o

aconselhamento. Quatro anos mais tarde, Jessé Davis, introduz a orientação

educacional na instituição escolar, entretanto a característica básica desta área

era o atendimento a problemática social e vocacional dos alunos.

No Brasil segundo GRINSPUN (2002), a orientação educacional surge

em 1924, no Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, onde o principal foco era o

aconselhamento vocacional devido a influencia americana.

Em 1934, a orientação educacional começa a surgir nas escolas de

forma experimental e isoladamente sendo a pioneira a de Aracy Muniz Freire e

Maria Junqueira Schimidt no Colégio Amaro Cavalcanti, no Rio de Janeiro.

Nesta época uma das funções da orientação era o aconselhamento para uma

escolha justa da profissão, seleção e encaminhamento dos alunos aos cursos

adequados.

Segundo GRINSPUN (apud Maria de Lourdes Cysneiros de Morais), “a

evolução do conceito de orientação educacional no Brasil está estreitamente

vinculada cinco períodos marcantes: Implementador, Institucional funcional e

Instrumental, Transformador, Disciplinador e Questionador”.

Período Implementador que durou dá década de 20 até início dos anos

40: durante esse período a orientação educacional desenvolvida nesta fase era

restritamente vocacional. E o objetivo era selecionar para o treinamento

profissional utilizando técnicas psicométricas.

O Período Institucional é caracterizado pelo surgimento da orientação

educacional na legislação brasileira, através das leis orgânicas de 1942, do

ministro da educação e saúde pública, Gustavo Capanema Filho, onde o

capítulo VI, do artigo 80 ao 83 é todo voltado para orientação educacional.

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10“Art. 80. Far-se-á, nos estabelecimentos de ensino

secundária, a orientação educacional.

Art. 81. E’ função da orientação educacional, mediante as

necessárias observações, cooperar no sentido de que cada

aluno se encaminhe convenientemente nos estudos e na

escolha da sua profissão, ministrando-lhe esclarecimentos

e conselhos, sempre em entendimento com a sua família.

Art. 82. Cabe ainda à orientação educacional cooperar com

os professores no sentido da boa execução, por parte dos

alunos, dos trabalhos escolares, buscar imprimir segurança

e atividade aos trabalhos complementares e velar por que

o estudo, a recreação e o descanso dos alunos decorram

em condições da maior conveniência pedagógica.

Art. 83. São aplicáveis aos orientadores educacionais os

preceitos do artigo 79 desta lei, relativos aos professores”.

O orientador educacional na década de 40, no período Institucional

Funcional era visto como um catalisador de conflitos. Já o período Institucional

Instrumental, que vigorou na década de 50, a atuação do orientador

educacional passa ter um caráter mais profilático, a orientação se estende a

todos os discentes, na busca e na prevenção de desajustes e comportamentos

insatisfatórios.

O Período Transformador que durou de 1961 à 1970, tentava adequar a

orientação educacional a realidade brasileira e se desligar da influência

americana. O conceito de orientação passa para orientação

desenvolvimentista, orientando o aluno dentro do seu próprio desenvolvimento

pessoal. Nesta fase a orientação educacional teve o seu maior fortalecimento,

quando a LDB 4024/61 citou em seu texto sob o título VIII, “Da orientação

educativa e da inspeção” nos artigos 62 ao 64 como devia ser a formação do

profissional de orientação educacional para os cursos primários e secundários:

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11“Art. 62. A formação do orientador de educação será feita

em cursos especiais que atendam às condições do grau do

tipo de ensino e do meio social a que se destinam.

Art. 63. Nas faculdades de filosofia será criado, para a

formação de orientadores de educação do ensino médio,

curso especial a que terão acesso os licenciados em

pedagogia, filosofia, psicologia ou ciências sociais, bem

como os diplomados em Educação Física pelas Escolas

Superiores de Educação Física e os inspetores federais de

ensino, todos com estágio mínimo de três anos no

magistério.

Art. 64. Os orientadores de educação do ensino primário

serão formados nos institutos de educação em curso

especial a que terão acesso os diplomados em escolas

normais de grau colegial e em institutos de educação, com

estágio mínimo de três anos no magistério primário”.

Esta lei buscava um campo próprio para orientação educacional e

estabelecia normas para a formação desse profissional. Também nesta década

ocorreu a regularização do exercício da profissão que se deu através da lei nº

5.564, de 21 de dezembro de 1968.

Somente em 1971, através da lei 5.692, que a orientação educacional foi

instituída nos estabelecimentos de ensino de 1º e 2º graus. Com esta proposta

de obrigatoriedade o foco de trabalho principal ainda era a orientação

vocacional, procurando dar aos alunos a credibilidade à escolha e a decisão

tomada. Isso ocorre no Período Disciplinador que vigora de 1971 a 1980.

Respaldada pelo decreto nº 72846/73, que regulamenta a Lei nº

5564/68, o exercício da função de orientador educacional põe em destaque a

orientação vocacional detalhando-a desde a caracterização da comunidade, da

escola e da clientela, ao processo de sondagem de interesses, aptidões e

habilidades, à informação profissional, ao acompanhamento pós escolar e à

integração escola-família-comunidade (CYSNEIROS).

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12Já na década de 80, os pesquisadores da área da educação buscam

uma identidade para o orientador educacional, pois o país já começa a viver

um contexto mais democrático, e havia uma demanda de um trabalho com o

aluno como sujeito histórico, crítico e social. Daí nasce o Período Questionador

(a partir da década de 80), momento para refletir e buscar um espaço próprio

para a orientação educacional. Nesta fase a orientação está preocupada com

os problemas da educação, compreensão dos fenômenos sociais.

Atualmente a orientação educacional apresenta um trabalho que

abrange uma dimensão maior, aquela que envolve o fazer pedagógico.

Mediando as questões que surgem no ambiente escolar junto aos demais

educadores, através desta atuação o orientador resgata a possibilidade de

ações mais objetivas consequentemente uma educação de maior qualidade,

priorizando a formação da cidadania e o trabalho integrado entre escola e

família.

“O Orientador está comprometido com a formação da

cidadania dos alunos, considerando em especial, o caráter

da formação da subjetividade. Buscando conhecer a

realidade e transformá-la, para que seja mais justa e

humana”. (GRINSPUN, 2006, p 26).

Anteriormente a orientação educacional focava o trabalho no indivíduo,

hoje em dia ela age pensando no coletivo, mas, entretanto sem deixar de

levar em consideração que este é formado por pessoas com pensamentos,

histórias de vidas e contexto social diferentes.

Essa visão coletivista da orientação educacional começou a surgir na

década de 90, quando o Brasil passava por diversos acontecimentos,

“passando a educação e a orientação a andarem juntas, sendo os

orientadores (...) os coadjuvantes na prática docente” (GRINPUN apud

CAZELA, 2007, p.10).

A autora citada relata o quanto é importante a escola trabalhar com a

interdisciplinaridade, e que este trabalho tem que ser realizado em conjunto

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13por todos os membros da comunidade escolar buscando melhores processos

e resultados.

“O principal papel da Orientação será ajudar o aluno na

formação de uma cidadania crítica, e a escola, na

organização e realização do seu projeto pedagógico. Isso

significa ajudar nosso aluno “por inteiro” (grifo da autora):

com utopias, desejos e paixões. (...) a Orientação trabalha

na escola em favor da cidadania, não criando um serviço

de orientação (grifo da autora) para atender os excluídos

(...), mas para entendê-lo, através das relações que

ocorrem (...) na Instituição Escola” (GRINSPUN, 2002, P.

29).

Segundo GRINSPUN, a orientação faz parte da educação e por esse

motivo atualmente deve ser pensada nas dimensões sociais, culturais,

políticas e econômicas na qual ela acontece. Por esse motivo, o orientador

deve estar sempre atualizado com as transformações sociais, e com o

momento histórico no qual está inserido.

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1.2 Atribuições legais do orientador educacional

A Lei Federal 9394/96, no artigo 64, prevê que a função de orientador

educacional deve ser exercida por um pedagogo devidamente habilitado em

orientação educacional, ou um especialista em orientação educacional em nível

de pós graduação lato-sensu, desde que o curso seja reconhecido pelo MEC.

De acordo com o oitavo e nono artigos, do decreto 72826, de 26 de

setembro de 1973, são atribuições privativas do orientador educacional:

a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do

Serviço de Orientação Educacional em nível de:

1 - Escola;

2 - Comunidade.

b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do

Serviço de Orientação Educacional dos órgãos do Serviço

Público Federal, Municipal e Autárquico; das Sociedades

de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e

Privadas.

c) Coordenar a orientação vocacional do educando,

incorporando-o ao processo educativo global.

d) Coordenar o processo de sondagem de interesses,

aptidões e habilidades do educando.

e) Coordenar o processo de informação educacional e

profissional com vista à orientação vocacional.

f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações

necessárias ao conhecimento global do educando.

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15g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos

alunos, encaminhando a outros especialistas aqueles que

exigirem assistência especial.

h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.

i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação

Educacional, satisfeitas as exigências da legislação

específicas do ensino.

j) Supervisionar estágios na área da Orientação

Educacional.

l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação

Educacional.

Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as

seguintes atribuições:

a) Participar no processo de identificação das

características básicas da comunidade;

b) Participar no processo de caracterização da clientela

escolar;

c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno

da escola;

d) Participar na composição caracterização e

acompanhamento de turmas e grupos;

e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos

alunos;

f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos

estagiários;

g) Participar no processo de integração escola-família-

comunidade;

h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação

Educacional.

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16Sendo o orientador educacional um dos representantes de tomada de

consciência em relação aos aspectos sociais no cotidiano do educando,

precisa ter conhecimento e cumprir as seguintes normas:

• O regimento escolar;

• A proposta político-pedagógica da escola;

• O regimento interno da escola;

• Participação nos conselhos de classes;

• Registros de todos os fatos e problemas do educando em livros

apropriados;

• Conhecer a escola como um todo e manter um bom relacionamento com a

comunidade escolar;

• Trabalhar integralmente com a Supervisão Escolar.

O respeito pela legislação torna fundamental o exercício da função de

orientador educacional, sendo que é através da sua correta atuação que o

educando poderá ser beneficiado em relação ao contexto em que está inserido.

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CAPITULO II

O ENSINO MÉDIO BRASILEIRO: BREVE HISTÓRICO

Neste capítulo será feita uma análise do desenvolvimento histórico do

Ensino Médio desde a criação do Ministério da Educação e da Saúde Pública

em 1930, sob a responsabilidade de Francisco Campos.

Durante essa administração, foram instituídos vários decretos com a

finalidade de reformar o ensino médio (Decreto n.º 19.890 de 18/4/1931). Este

conjunto de decretos ficou conhecido como reforma Francisco Campos. Esta

reforma organizou o ensino secundário em duas etapas: fundamental e

complementar. Essa reestruturação organizou o ensino secundário,

estabeleceu um currículo seriado, a frequência obrigatória, e o tornou um pré

requisito para o ingresso ao ensino superior onde o ciclo fundamental tinha por

objetivo a formação geral, com ênfase na cultura humanística e o ciclo

complementar oferecia cursos propedêuticos articulados ao curso superior,

podendo ser na área jurídica, técnica ou medica.

Durante esse período o ensino secundário era voltado para classe

economicamente favorecida já que nível de exigência para aprovação era

muito alto. E com isso não possibilitava o ingresso dos menos abastados

economicamente.

Na Carta Constitucional de 1937, no artigo 129, fica bem aparente o

dualismo entre ensino propedêutico e profissional no ensino secundário, onde

pode ser ver com clareza que o ensino propedêutico era destinado a elite

enquanto o profissional era destinado aos menos favorecidos economicamente.

“Art 129 - A infância e à juventude, a que faltarem os

recursos necessários à educação em instituições

particulares, é dever da Nação, dos Estados e dos

Municípios assegurar, pela fundação de instituições

públicas de ensino em todos os seus graus, a possibilidade

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18de receber uma educação adequada às suas faculdades,

aptidões e tendências vocacionais.

O ensino pré-vocacional profissional destinado às classes

menos favorecidas é em matéria de educação o primeiro

dever de Estado. Cumpre-lhe dar execução a esse dever,

fundando institutos de ensino profissional e subsidiando os

de iniciativa dos Estados, dos Municípios e dos indivíduos

ou associações particulares e profissionais.

É dever das indústrias e dos sindicatos econômicos criar,

na esfera da sua especialidade, escolas de aprendizes,

destinadas aos filhos de seus operários ou de seus

associados. A lei regulará o cumprimento desse dever e os

poderes que caberão ao Estado, sobre essas escolas, bem

como os auxílios, facilidades e subsídios a lhes serem

concedidos pelo Poder Público”.

Esta distinção do ensino se dava devido ao contexto econômico da

época, que visava à modernização e industrialização do país através da

capacitação para o mercado de trabalho.

Alguns anos depois em 1942, o então Ministro da Educação, Gustavo

Capanema, iniciou uma reforma com o nome de Leis Orgânicas do Ensino, que

organizaram o ensino propedêutico em: primário e secundário e o ensino

técnico-profissional em: industrial, comercial, normal e agrícola. Entretanto o

ensino técnico-profissional, não davam acesso ao nível superior.

A reforma de Capanema introduziu algumas mudanças na organização

da matriz curricular. O estudo da língua portuguesa passou a constar em todas

as séries dos dois ciclos e história e geografia do Brasil passaram a ser

disciplinas autônomas dentre outras mudanças.

Esta Lei aniquilou os cursos complementares e os substituiu por cursos

médios de segundo ciclo, que passaram a ser conhecidos como cursos

colegiais nos tipos: clássico e científico. Com a função de preparar os docentes

para o nível superior.

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19A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 4024 de 1961,

organizou o ensino médio em: ginasial com quatro anos de duração e o colegial

com três anos de duração, onde ambos abrangiam o ensino secundário e o

técnico profissional.

A partir de 1964, a educação brasileira foi organizada com o objetivo de

atender as transformações ocorridas devido economia do país, onde o sistema

educacional era adequado às necessidades da expansão capitalista. Desta

forma, a educação passava a ter a função principal de habilitar ou qualificar

para o mercado de trabalho.

Em 1971, através da Lei 5692, houve uma nova reforma para o ensino

médio que criou o ensino de 1º e 2º graus. O ensino de 2º grau passou a ser

obrigatoriamente profissionalizante, a obrigatoriedade escolar foi estendida

para oito anos, houve a fusão dos antigos cursos primários e ginásio e a

extinção do exame de admissão.

A década de 90 marcou a introdução de mudanças estruturais no Brasil,

com o intuito de inserir o país na economia mundial. Com a internacionalização

da economia, o nível educacional para ser considerado um fator determinante

entre os países, onde a educação geral e a qualificação profissional dos

trabalhadores é um fator de grande importância para a competitividade entre os

países.

Ainda nesta década, houve uma profunda transformação no sistema

educacional brasileiro devido às reformas promovidas pela UNESCO

(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) que

organizou a conferência Mundial de Educação para Todos em 1990, em

Jomtien (Tailândia).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394 de 1996, traz

em seu artigo 4, inciso 2 a obrigatoriedade e gratuidade do ensino médio.

O ensino médio no Brasil compreende a última etapa da formação

básica, como é citado na Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, no artigo 21, no

inciso I:

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20“A educação escolar compõe-se de: educação básica,

formada pela educação infantil, ensino fundamental e

ensino médio”,

O ensino médio regular atualmente tem três anos de duração e 2400

horas aula no mínimo. E a carga horária do ensino médio no ensino de jovens

e adultos propõe 1080 horas aulas divididas em 100 dias letivos com duração

total de um ano e meio.

Sendo a etapa conclusiva da educação básica, o ensino médio, tem por

objetivo proporcionar ao educando a formação necessária para que haja o

desenvolvimento de suas potencialidades, preparação para o mercado de

trabalho e para exercer a cidadania conscientemente como esta insculpida na

Lei de Diretrizes e Bases 9394/96, artigo 22:

“A educação básica tem por finalidade desenvolver o

educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável

para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para

progredir no trabalho e em estudos posteriores”.

Esta última finalidade deve ser desenvolvida principalmente pelo ensino

médio, uma vez que entre as suas finalidades específicas, incluem-se também

a preparação para o trabalho e para cidadania como é citado no artigo 35,

inciso II:

“A preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando, para continuar aprendendo, de modo a ser

capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições

de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores”;

Ainda sobre a formação do aluno do ensino médio, segundo os

Parâmetros Curriculares Nacionais deve ter como alvo principal:

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“a aquisição de conhecimentos básicos, a preparação

científica e a capacidade de utilizar as diferentes

tecnologias relativas às áreas de atuação” (grifo do

autor).

“Propõe-se, no nível do Ensino Médio, a formação geral,

em oposição à formação específica; o desenvolvimento de

capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las

e selecioná-las; a capacidade de aprender, criar, formular,

ao invés do simples exercício de memorização”.

Então sendo o ensino médio a etapa final da educação básica, o

educando deve, mais do que dominar conteúdos, deve também aprender a se

relacionar de forma ativa, ética, construtiva, criadora, compreender a sociedade

e as transformações ocorridas nela.

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2.2 - ADOLESCENTES: PÚBLICO ALVO DO ENSINO MÉDIO

Com o avanço da ciência no século XX, há também um aumento na

expectativa de vida, prolongando o período de idade relativo a infância e a

adolescência.

Até a primeira metade do século anterior, os jovens até então se

assemelhavam muito com seus pais na maneira de se vestir, de agir e de

comportar, passaram ater um período entre fase infantil e a fase adulta, como

um treino necessário para a última.

Segundo Ruffino (apud TORRES, 2001, p. 50), a adolescência surgiu:

“(...) quando a passagem da criança ao adulto se tornou

problemática, em função da perda da eficácia dos

dispositivos societários, que agiam de modo a enfrentar

aquela problematicidade antes que o sujeito por ela se

siderasse. Na falta desse dispositivos, o sujeito teve de

lidar solidariamente com a questão, não podendo senão

adolescer. Adolescer é solicitar uma moratória para poder

responder somente após um segundo crescimento ao

apelo pubertário e social”.

Mas para Costa, (1995, p12), ainda não era percebida como uma etapa

da vida, com características próprias, mas, sim, um jeito de dar independência

a criança. Somente na década de 60 que os jovens passaram a ter consciência

da adolescência, assumindo suas características, que eram próprias dessa

fase de desenvolvimento e, começaram mostrá-las para o mundo.

“Nos anos 60, entretanto, as coisas mudaram: os jovens

proclamaram sua existência e independência. Começaram

a não aceitar os modelos dos pais, adotaram novas idéias,

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23novas posturas, novos hábitos e acabaram por criar a

adolescência e juventude” (COSTA, 1995, p. 13).

A adolescência é a fase do desenvolvimento humano, entre a infância e

a idade adulta, caracterizada pela insubordinação e desobediência aos valores

dos mais velhos, segundo Costa (1995) e da necessidade do adolescente de

se mostrar e ser visto pelos seus semelhantes, como nos mostra Tiba (2002).

“A adolescência pode ser comparada a etapa em que as

árvores frutíferas dão flores. Estas geralmente ficam na

parte mais alta, bem expostas ao sol. Supercoloridas e

perfumadas, elas chamam a atenção de todos os

polinizadores. Os adolescentes são ao mesmo tempo

flores e polinizadores” (TIBA, 2002, p 85).

De acordo com Lemos (2001), a adolescência é dividida em três

momentos: adolescência puberal, adolescência nuclear e adolescência juvenil.

O primeiro momento, denominado de adolescência puberal, o indivíduo

passa por transformações físicas, psíquicas e hormonais que trazem

sonolência, oscilação de humor, desabrochar da sexualidade,

hipersensibilidade e atitudes de desafio e desobediência, dentre outros

aspectos.

Em conseqüência, principalmente, das alterações físicas, o adolescente

percebe que deixou de ser criança e passa a sofrer pela perda da infância e de

todos os aspectos ligados a mesma.

As mudanças no comportamento, no aspecto, nos hábitos, na postura e

na maneira de vestir do adolescente, são características do segundo momento,

que é denominado adolescência nuclear.

A atitude de ser opor a tudo, ir de contra ao tradicional, nada mais é de

que uma forma que o adolescente tem de conferira autenticidade dos valores

transmitidos pelos mais velhos, é nesta fase que o adolescente passa a ter o

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24desejo de verificar e comprovar informações e crenças que até então ele

recebeu da sua família e aceitou como válidas.

Também nesta fase é que ocorre um distanciamento dos pais e a maior

aproximação entre os amigos da mesma idade. Isso se dá devido a perda da

visão heróica que faziam dos pais, já que estes passam a serem percebidos

como seres humanos comuns com limitações e defeitos.

A partir desse momento, os adolescentes passam buscar uma

identidade e um espaço na sociedade, começam se reunir em grupos do

mesmo sexo, criando suas próprias regras, atitudes, modos de vestir e agir. E

assim surgem as tribos, onde seus integrantes compartilham das mesmas

idéias e ideais, usam o mesmo tipo de roupa e um linguajar próprio.

Esta relação com outros adolescentes, é muito importante nesta fase,

pois é este grupo que lhe valoriza e lhe dá segurança, assim sendo ele passa

aceitar sem questionar todas as regras e normas de conduta impostas pelo

grupo.

“O grupo (...) passará a ditar as normas e as regras de

conduta do adolescente, podendo ser até mais rígido e

autoritário que os pais. No entanto é muito importamte ser

aceito no grupo, e a possibilidade de exclusão torna-se

extremamente assustadora” (LEMOS, 2001, p. 20).

A adolescência juvenil é o terceiro e último momento desta fase e é

caracterizado pela consideração do modelo tradicional e pelo afastamento

gradativo do grupo.

Todos os comportamentos de rebeldia e de rejeição aos valores dos

mais velhos desaparecem e o adolescente começa a se identificar com as

idéias e posturas dos pais e adultos, segundo Lemos (2001).

Nesta fase começam a ocorrer os namoros mais sérios e duradouros e o

processo de escolha profissional.

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25 Devido a este conjunto de transformações, o adolescente começa

progressivamente a se inserir no mundo adulto e a sofrer com a perda da

identidade adolescente.

A fase da adolescência é fundamental para a transição do mundo infantil

para o mundo adulto, pois é neste período que o adolescente começa a se

perceber como indivíduo com características próprias, que o diferenciam da

criança que ele foi e do adulto que ele será.

Para que essa transição seja feita com harmonia é necessário que o

ambiente em que o adolescente está inserido deva ter condições que

favoreçam os processos tanto de destruição como o de construção do modelo

adulto. Assim o modelo que anteriormente causava contestação e revolta,

passa a causar admiração e respeito, permitindo a inserção natural do jovem

no mundo adulto.

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26

CAPITULO III

A ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO

ENSINO MÉDIO

3.1 PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

O trabalho do orientador educacional, assim como o trabalho

pedagógico de modo geral é de grande importância, complexidade e

responsabilidade e, por isso, exige-se muito desse profissional, não só em

termos de formação e atualização constante, mas também de comportamento

ético.

O comportamento ético em relação às informações sobre os alunos e de

pessoas ligadas a comunidade escolar, é um dos principais aspectos a serem

considerados. Já que em sua atuação sempre estará em contato com algumas

informações que precisam ser sigilosas.

A interação do orientador educacional com os orientados é caracterizada

pela relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou

situações de cunho pessoal ou familiar como o orientador pode necessitar fazer

indagações sobre a problemática em questão. Esses dados, por serem de fato

confidenciais, não devem ser comentados com outras pessoas, quaisquer que

sejam as circunstâncias. Esse cuidado e de vital importância porque a condição

básica para o estabelecimento de uma relação de ajuda é a confiança.

Os questionários preenchidos, com dados mais íntimos sobre o aluno e

seus familiares; informações constantes dos prontuários, testes e opiniões dos

professores sobre determinado aluno, devem ser mantido em sigilo e

preservado do alcance de qualquer pessoa que não faça parte do Serviço de

Orientação Educacional.

Apesar de não haver um código de ética nacional elaborado

especificamente para o orientador educacional, a ASFOE, Associação

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27Fluminense de Orientadores Educacionais, estabeleceu um código de normas

de conduta profissional para os orientadores educacionais fluminenses onde

determina: responsabilidades gerais; deveres fundamentais e impedimentos;

atividade profissional; a ética na orientação educacional dentre outros. A seguir

alguns capítulos e artigos deste código de ética:

Art. 2° - Ao Orientador Educacional é vedado:

a - visar fins lucrativos no encaminhamento de orientados a

outros profissionais;

b - atender casos em que esteja emocionalmente

envolvido;

c - oferecer aconselhamento através da imprensa;

d - atender particularmente casos que podem ser

atendidos na instituição onde trabalha;

e - favorecer, de qualquer forma quem exerça ilegalmente

a profissão de Orientador Educacional;

f - Assumir atribuições de outros profissionais,

prejudicando o cumprimento de suas próprias funções.

Art. 6° - O Orientador Educacional está sendo ético

quando:

a - for capaz de entender e questionar a própria ética;

b - agir com clareza, seriedade, cumprindo sempre suas

funções, sem fugir às responsabilidades;

c - tiver um olhar critico diante dos fatos;

d - demonstrar respeito a si mesmo, ao outro e ao trabalho.

Art. 10º - Em sua ética profissional, o Orientador

Educacional realiza seu trabalho em conformidade com as

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28normas propostas pela instituição e conhecidas no ato da

admissão.

Enfim, para desempenhar um trabalho ético o orientador educacional

precisa respeitar o sigilo profissional a fim de proteger a intimidade das

pessoas a que teve acesso no exercício da sua função.

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29

3.2 A PRATICA DO ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ENSINO

MÉDIO

O ensino médio tem por objetivo proporcionar ao educando a formação

necessária ao desenvolvimento de suas potencialidades com elementos de

auto realização, preparação para o trabalho e o exercício consciente da

cidadania.

O orientador educacional atua como um educador, que faz parte

da equipe de gestão sendo um profissional que investiga e colabora conforme

as necessidades do grupo. Deve estar centrado em aspectos políticos e

sociais, e assim assumir o compromisso com o momento histórico e com a

formação de futuros cidadãos. Sua ação se dá diretamente sobre os alunos,

ajudando-os em seu desenvolvimento pessoal.

Após passar por vários períodos históricos a orientação educacional,

atualmente tem uma nova abordagem que é contribuir para a formação de um

cidadão capaz de refletir e se posicionar em relação a temas de seu tempo, e

não mais trabalhar somente com os alunos problema.

Segundo Grinspun, a orientação educacional da escola, não é mais

trabalhar com os alunos problema. O novo perfil da orientação propõe dar ao

aluno uma formação mais completa para que ele se torne um cidadão crítico e

consciente e não alguém que simplesmente segue o outro: “Nosso papel é o da

conscientização, de clarificação, de fazer os alunos pensarem sobre as

questões do seu cotidiano”.

Atualmente o trabalho do orientador educacional tem uma característica

mais abrangente, na dimensão pedagógica, possuindo caráter mediador junto

aos demais educadores e atuando com todos os protagonistas da escola no

resgate de uma ação mais efetiva e de uma educação de qualidade, buscando

conhecer a realidade e transformá-la, para que seja mais justa e humana.

Atuando com caráter mediador junto aos demais educadores, e

trabalhando juntamente com toda comunidade escolar no resgate de uma ação

mais efetiva e por uma educação de qualidade na escola, o orientador está

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30comprometido com a formação da cidadania dos alunos, considerando, em

especial, o caráter da formação da subjetividade.

O orientador de hoje em dia, tem de desenvolver um trabalho

participativo, onde o currículo deve ser construído por todos e onde a

interdisciplinaridade deve ser buscada, para uma melhor compreensão do

processo pedagógico da escola. Sendo assim, ao considerar que a escola é

um lugar onde se deve privilegiar o exercício da democracia e a convivência

social, o orientador educacional deve trabalhar em caráter preventivo fazendo

ligação entre família e escola.

A orientação é fundamental na formação individual, encarando o aluno

como um ser global que precisa desenvolver-se harmoniosa e

equilibradamente em todos os aspectos: intelectual, físico, moral, ético, social,

político, estético, educacional e vocacional.

Sendo assim o orientador deve mobilizar o aluno para a investigação

coletiva da realidade na qual todos estão inseridos, levando ao reconhecimento

do significado e do valor da família e da escola; reconhecimento a comunidade

participando desta como força viva e ativa capaz de entendê-la e transformá-la.

A orientação tem como proposta básica de trabalho articular as

diferentes vozes dentro da escola, na construção de diálogos necessários ao

aluno visando o amadurecimento do educando, a integração social, o espírito

solidário, o trabalho em equipe, o respeito ao outro e a si mesmo, a

autodisciplina, a aceitação de si mesmo, conhecer o outro em seus múltiplos

aspectos para que possa estar consciente do contexto social atual que se

encontra e para o exercício da sua cidadania.

As funções do orientador educacional segundo Luck, podem ser

englobadas em dois grupos, e caracterizadas como sendo duas dimensões de

um mesmo processo, onde uma não existe sem a outra. Os dois grupos são:

das funções de organização, e das funções de implementação.

As funções de organização são as que possuem o objetivo de

preparação, ordenação e sistematização. E tem por finalidade garantir uma

estrutura para a implementação dos objetivos propostos pela orientação

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31educacional. Dentre as funções de organização estão: levantamento de dados;

planejamento e avaliação.

“O levantamento de dados concorre para o planejamento

permitindo a obtenção de informações necessárias para a

compreensão da realidade social em que o processo

pedagógico está inserido e sobre a qual deve atuar”.

“O planejamento, função que se orienta para a tomada de

decisão a respeito de ações de intervenção sobre uma

dada realidade a partir de uma ampla compreensão da

mesma, com o fim de transformá-la,”.

“A avaliação constitui-se em função imprescindível de toda

pratica que se pretenda educacional. Isto porque é ela que

possibilita a realimentação do planejamento e de suas

respectivas ações, identificando aspectos que necessitam

revisão e redirecionamento”. (LUCK, 1996, p.20 e 21)

E as funções de implementação na orientação educacional são aquelas

que são desempenhadas com o objetivo de promover uma transformação no

contexto pedagógico ou de realizar uma relação de ajuda. Caracterizam - se

como funções de implementação: aconselhamento; acompanhamento;

coordenação; consultoria; encaminhamento e orientação em grupo que são as

sessões de orientação.

O orientador por trabalhar diretamente com toda comunidade escolar,

tem objetivos e atividades voltadas para cada grupo específico. Citaremos

alguns objetivos e ou atividades para cada um deles:

Objetivos específicos relacionados aos professores:

• Assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua

turma;

• Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um

trabalho comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a

serem desenvolvidas com os alunos;

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32

• Garantir a continuidade do trabalho;

• Avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola;

• Assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com

os alunos, colegas e outros;

• Desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os

professores visando a melhoria do rendimento escolar,por meio da

aquisição de bons hábitos de estudo.

Atividades junto aos professores

• Divulgação do perfil das classes;

• Proposição de estratégias comuns entre os professores, coordenação e

orientação;

• Realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de

curso para receber ou fornecer informações necessárias dos alunos;

• Realização de atendimentos individuais na O.E para fornecer ou receber

informações necessárias dos alunos;

• Análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos

alunos, das classes junto à coordenação para posterior

encaminhamentos;

• Participação na preparação e realização dos Conselhos de classe;

• Participação nos eventos da escola;

• Organização e participação junto à coordenação das atividades

extracurriculares.

Objetivos específicos relacionados aos alunos

• Instrumentalizar o aluno para a organização eficiente do trabalho

escolar, tornando a aprendizagem mais eficaz;

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33

• Identificar e assistir alunos que apresentam dificuldades de ajustamento

à escola, problemas de rendimento escolar e/ou outras - dificuldades

escolares;

• Assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no

desenvolvimento de atitudes responsáveis em relação ao estudo;

• Acompanhar a vida escolar do aluno;

• Promover atividades que levem o aluno a desenvolver a compreensão

dos direitos e deveres da pessoa humana, do cidadão, do Estado, da

família e dos demais grupos que compõem a comunidade e a cultura em

que vive o aluno;

• Desenvolver o relacionamento interpessoal e hábitos de trabalho em

grupo.

• Despertar no aluno o respeito pelas diferenças individuais, o sentimento

de responsabilidade e confiança nos meios pacíficos para o

encaminhamento e solução dos problemas humanos;

• Desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de

realização pessoal e fator de desenvolvimento social;

• Levar o aluno a identificar suas potencialidades, características básicas

de personalidade e limitações preparando-o para futuras escolhas;

• Desenvolver o relacionamento interpessoal e hábitos de trabalho em

grupo.

Atividades junto aos alunos:

• Realização de sessões de orientação com cada série, previamente

agendadas em calendário, onde o O.E estará propondo temas (textos,

trabalhos em grupo, vídeo, informática, debates ou atividades extra-

classe ) que vão ao encontro dos objetivos propostos e às necessidades

e interesses da faixa etária a ser trabalhada;

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• Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos;

• Participação nos eventos da escolares jogos, festa junina,

Objetivos e atividades relacionados aos pais:

• Oferecer as famílias subsídios que as orientem e as façam compreender

os princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos,para maior auto

realização dos mesmos;

• Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos;

• Entrevistas solicitadas pela escola

• Reuniões

Como podemos ver o orientador educacional preocupa-se com o aluno

como um todo. Se a atuação deste profissional no início tinha uma perspectiva

individualista e seletiva, atualmente percebemos uma preocupação em

respeitar a individualidade, incluir as diferenças, oferecer um ambiente

estimulador e confiável, planejar ações que contribuam para a superação de

limitações e o desenvolvimento das potencialidades latentes. Desta forma

podemos concluir que a atuação do orientador educacional, pode contribuir

muito não só para a formação do aluno, mas também para o trabalho docente.

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Conclusão

Ao finalizar este estudo bibliográfico pode-se concluir que a orientação

educacional perdeu seu caráter assistencialista e psicologizante e hoje visa

mais o trabalho para grandes grupos do que o atendimento individualizado.

Seu campo de atuação também foi ampliado e atualmente sua ação não esta

mais voltada somente para questões de orientação para o trabalho e

mecanismos disciplinadores.

Ao longo de sua trajetória a orientação educacional teve que se adequar

o aluno deixou de ser visto como um caso e passando a ser enxergado como

um indivíduo que faz parte de uma sociedade e de uma cultura.

Segundo Grinspun, a orientação educacional atualmente, caminha na

busca da totalidade do aluno, e tem como preocupação a ampliação do

conhecimento do educando como pessoa, construindo sua personalidade e

participando conscientemente e ativamente de sua própria história de vida,

valorizando a realidade de cada aluno.

As novas perspectivas da orientação educacional consideram o aluno

como um agente participante do processo social e educacional e propõe a

formação de cidadão críticos e atuantes. Fundamentando-se na realidade do

indivíduo para que este compreenda sua relação com os outros e com o

mundo.

Na atualidade, a orientação educacional é vista como o principal elo

escola, aluno, professor, família e comunidade escolar na qual o mesmo pode

contribuir junto com os profissionais da educação na busca de uma ação

integrada por uma escola de qualidade em todos os seus aspectos.

Portanto, um fator bastante positivo neste estudo, foi a constatação que

o orientação escolar está em constante movimento, não fica estagnada diante

da realidade reproduzindo velhas formas, ela está sempre incorporada a

realidade social do seu tempo. Isso faz com que este profissional venha ter um

papel muito significativo no ambiente escolar, pois é ele que possibilita o aluno

a compreender e analisar o mundo, percebendo se nesta relação com o outro e

também ajudando a escola na interação de suas relações de modo que

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36possamos conviver neste mundo de forma mais consciente e reflexiva

buscando alternativas e criando estratégias para uma escola de qualidade e

visando futuramente ter uma sociedade justa e um mundo melhor.

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37

Bibliografia

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Cortez Editora, 2008.

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39

ÍNDICE

Folha De Rosto 2

Agradecimento 3

Dedicatória 4

Resumo 5

Metodologia 6

Sumário 7

Introdução 8

Capítulo I

Orientação Educacional

1.1 - A Orientação Educacional no Cenário Nacional 9

1.2 - Atribuições Legais do Orientador Educacional 14

Capítulo II

Ensino Médio Brasileiro

1.1 - Ensino Médio Brasileiro: Breve Histórico 17

2.2 – Adolescentes: Público Alvo Do Ensino Médio 22

Capítulo III

A Atuação Do Orientador Educacional No Ensino Médio

3.1 – Princípios Éticos Na Atuação Do Orientador Educacional 26

3.2 – A Pratica Do Orientador Educacional No Ensino Médio 29

Conclusão 35

Bibliografia Consultada 37

Índice 39

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Folha de Avaliação

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes – Instituto a vez do Mestre

Título da Monografia: O Papel do Orientador Educacional no Ensino Médio

Autor: Elane Cristina Morais da Silva

Data da Entrega: 28/02/2010

Avaliado por: Conceito: