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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE A MOTIVAÇÃO COMO RECURSO FACILITADOR DA APRENDIZAGEM NO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CANDEIAS/FAC Por: Giseli Nepomuceno Assumpção Oliveira Orientador Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho Santo Amaro 2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO COMO RECURSO FACILITADOR DA

APRENDIZAGEM NO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CANDEIAS/FAC

Por: Giseli Nepomuceno Assumpção Oliveira

Orientador

Prof. Dr. Vilson Sérgio de Carvalho

Santo Amaro

2009

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

A MOTIVAÇÃO COMO RECURSO FACILITADOR DA

APRENDIZAGEM NO PRIMEIRO SEMESTRE DO CURSO DE

PEDAGOGIA DA FACULDADE DE CANDEIAS/FAC

Apresentação de monografia à Universidade

Candido Mendes como requisito parcial para

obtenção do grau de especialista em Docência do

Ensino Superior.

Por: Giseli Nepomuceno Assumpção Oliveira

3

AGRADECIMENTOS

A Deus, por ter permitido a realização

deste trabalho; à Universidade

Cândido Mendes; à minha família, pelo

apoio moral; ao meu Orientador Prof.

Dr. Vilson Sérgio de Carvalho; aos

professores, pela ajuda e pelo

aprendizado; a todos os colegas com

quem tive o prazer de conviver durante

este curso, pelas trocas e pelas

alegrias compartilhadas; aos meus

grandes amigos e incentivadores.

4

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

pessoas que mais amo neste mundo e

com humildade ensinaram-me que o amor

e o aprendizado não têm limites.

5

RESUMO

Este trabalho tem como propósito abordar a motivação no 1º semestre do

Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade de Candeias/FAC, como

principal forma de auxílio para se efetivar o processo ensino-aprendizagem.

Motivação é o elo entre o professor e o aluno para aprendizagem. O aluno

motivado será capaz de aprender com eficiência e interesse. Este trabalho teve

como referencial teórico sobre a motivação os estudos de Nerici, Bergamini,

Bossa entre outros. Sabe-se que a motivação é responsável pelo sucesso na

vida de todos os cidadãos, assim sendo, procura-se descrever a motivação de

maneira realista e incentivadora para os educadores que a partir deste estudo,

possam repensar sua prática pedagógica mais eficiente e que de fato os alunos

da Faculdade de Candeias/FAC, aprendam de maneira que possam

desempenhar o seu saber sistemático na sociedade contemporânea.

Palavras-chave: Aprendizagem. Eficiência. Motivação. 1º semestre.

6

METODOLOGIA

Essa pesquisa está configurada, segundo os objetivos, como um estudo

de campo exploratório, em que se tem uma visão panorâmica trazendo o

problema mais próximo; o procedimento de coletas foi através de questionários

e entrevistas com perguntas abertas e fechadas, além de livros teóricos,

artigos, publicações e internet, por entender-se que, em Educação, este estudo

pôde dar subsídios satisfatórios na observação dos dados coletados. Quanto a

natureza dos dados foi de forma quantitativa com a coleta de informações.

Essa investigação foi desenvolvida em uma universidade privada,

localizada na Fazenda Caroba, 522, Km B, Candeias/BA. A instituição

funciona nos três turnos recebendo aproximadamente 600 (seiscentos) alunos.

O corpo docente é composto de 15 (quinze) professores entre eles, 02 (dois)

doutores, 03 (três) mestres, 02 (dois) mestrandos e 08 (oito) especialistas;

além de funcionários que atuam na limpeza, cantina, secretaria, segurança e

manutenção. Esta Faculdade possui um espaço físico o qual é composto de

um prédio de 2 andares, com 20 salas de aula, além das salas da direção,

vice-direção, professores, secretaria, cantina, biblioteca, auditório, duas salas

de informática, uma videoteca, uma sala de arquivos, um almoxarifado, e seis

sanitários, masculino e feminino.

Nesta pesquisa foram entrevistados quinze professores, sendo cinco

deles educadores do 1º semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia. A

coleta de dados foi realizada em uma turma do 1º semestre do curso de

Licenciatura em Pedagogia e entrevistas com mais dez professores de outros

cursos. Neste primeiro momento houve uma observação foi realizada durante

o primeiro semestre letivo de 2006.

7

Após as observações, foram aplicadas as entrevistas realizada em 14,

20 e 23 de março de 2006, e nos dias 05 e 28 do mês de abril. Ainda, foi

aplicado um questionário separadamente que teve inicio em 08 de maio e foi

concluído em 11 do mesmo mês.

Para assegurar o anonimato dos professores que aceitaram participar da

pesquisa, vamos chamá-los de Professor A, B, C, D e E (professores do 1º

semestre de Pedagogia). O professor A (2006), em sua entrevista relatou que:

“a motivação é um processo dinâmico que é responsável para que o indivíduo

consiga conquistar suas metas e seus objetivos”.

O professor B, diz que “precisamos da motivação para todos os ramos

da nossa vida e, com a educação, não é diferente, nesta profissão a motivação

constante deve ser sempre provocada, incitada, para que não se caia na

realização de um trabalho automático”.

Da mesma opinião, que o professor B, o professor C ratifica a

importância da motivação na educação para se realizar um bom trabalho e

também se auto-realizar.

O professor D, salientou que a motivação ao profissional da educação é

algo sério, assim refletir, avaliar e melhorar pelo Ministério da Educação. O

ensino-aprendizagem necessita ser prioritário dentro das políticas públicas do

País, afinal um país que não prioriza a educação do seu povo, está condenado

ao atraso e ao subdesenvolvimento.

E o professor E, destaca que os professores brasileiros, têm urgência de

serem motivados a continuar lutando e acreditando na educação, mas que para

isso, precisam obter resultados concretos em suas reivindicações, seus direitos

necessitam serem atendidos, o professor ainda salienta que a educação

pública precisa de uma nova roupagem.

8

Depois dessas entrevistas, se buscou a coleta de livros teóricos,

posteriormente as várias leituras e a verificação das análises dos autores em

foco, para fundamentar este trabalho sobre motivação. Os teóricos consultados

para esta fundamentação foram: Nérici, que aborda a motivação, seus

conceitos e tipos; Bergamini, que fornece subsídios para fazer um paralelo

entre a motivação dentro da visão pedagógica e nas organizações; Bossa

(1994) que aborda a aprendizagem numa perspectiva psicopedagógica, entre

outros.

A Faculdade de Candeias/FAC, se dispôs a colaborar, em todos os

aspectos necessários, através dos seus professores, para realização deste

trabalho, o qual o tema tem sido ultimamente discutido e sentido por todos os

profissionais da educação.

9

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I – A Motivação para a aprendizagem:

Conceitos e Reflexões 12

1.1 Motivação: Conceitos e Tipos 12 CAPÍTULO II – A Importância da Motivação no

Ensino Superior 16

CAPÍTULO III – A Motivação como Recurso: Uma

Pesquisa de Campo na Faculdade de

Candeias/FAC 39

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ANEXOS 50

ÍNDICE 59

FOLHA DE AVALIAÇÃO 60

10

INTRODUÇÃO

Embora a motivação seja uma questão bastante controvertida entre os

teóricos, sua importância é algo aceito pela maioria dos professores. Prova

disso é que, à exceção dos livros mais atualizados de didática e psicologia

educacional, reserva, via regra, um capítulo inteiro para a motivação.

A melhoria da qualidade do ensino vai depender da motivação dos

seres humanos que fazem parte da organização do contexto escolar. O grupo

vai trabalhar com mais entusiasmo, eficiência e competência, tornando-se o

espaço da escola um lugar de prazer e não de sofrimento.

A escolha do tema, “A Motivação como Recurso Facilitador da

Aprendizagem no primeiro semestre do Curso de Licenciatura em

Pedagogia/FAC”, está muito ligada ao fazer pedagógico de cada um de nós. O

professor precisa estar motivado para desempenhar bem o que faz, e esta

motivação é algo interno, favorecendo este olhar e prática que levanta a

bandeira no dia-a-dia da sala de aula, porque defendemos que só há

aprendizagem satisfatória se houver motivação.

Este trabalho tem como objetivos investigar as possíveis causas

intrínsecas e extrínsecas que contribuem para o baixo rendimento dos alunos

no primeiro semestre de uma universidade particular; verticalizar a pesquisa

na área do tema motivação, elaborar procedimentos que contribuam para a

erradicação do problema em destaque, assim como apresentar com base na

teoria estudada, formas interessantes e dinâmicas de reverter a situação.

Esta problemática apresenta a seguinte questão: o desinteresse e o

baixo nível intelectual dos alunos de Ensino Superior da rede particular, tem

desmotivado os professores fazendo-os desviar-se dos objetivos acadêmicos?

11

Sendo assim, pressupõe-se que se deve usar a motivação como uma forma

de mudar a situação em que se encontram os alunos que cursam o primeiro

semestre do Curso de Licenciatura em pedagogia da Faculdade de Candeias,

resgatando a educação acadêmica de qualidade, onde a produção científica

seja prioridade.

Segundo Motta (1991, p.43), “a motivação se desenvolve depois de

se ter um objetivo a concretizar. Nessa perspectiva, a motivação se liga à

ação. A intencionalidade do indivíduo é sempre associada à sua expectativa

de realização”. Por isso, justifica-se a escolha deste tema que está muito

ligada ao fazer de cada educador. Professor e aluno devem estar motivados

para uma melhor eficiência do processo ensino-aprendizagem. A motivação é

o elo entre educador e educando, por isso, a grande necessidade de enfatizá-

la.

Este trabalho tem como finalidade colaborar para a melhoria do

desempenho dos profissionais de educação, porque acredita-se que a

motivação é o ponto chave para uma maior eficiência do processo ensino-

aprendizagem. Para tanto, se faz uma explanação no primeiro capítulo sobre a

motivação para a aprendizagem seus conceitos e tipos. No segundo capítulo,

parte-se para sua importância na aprendizagem do Ensino Superior, dando

ênfase em um novo olhar no processo escolar. Em seguida, no terceiro

capítulo, aborda-se a motivação como recurso: uma pesquisa de campo na

Faculdade de Candeias/FAC, com a análise dos resultados desta pesquisa.

Por fim, as considerações finais apresentando pontos de vista sobre a

motivação no contexto escolar e a contribuição da psicopedagogia para

aprendizagem no primeiro semestre do Curso de Pedagogia da Faculdade de

Candeias.

12

CAPÍTULO I

A MOTIVAÇÃO PARA A APRENDIZAGEM: CONCEITOS

E REFLEXÕES

Segundo Ruth Rocha (1993), “motivação é o ato de motivar, que se

entende por explicar o motivo ou dar motivo. Para que a aprendizagem se

efetive de forma real é necessário que seja significativa, fundamentando-se

numa perspectiva pragmática” (p.32).

Toda forma de conhecimento deve ser vista como instrumento para

solucionar os desafios do nosso dia-a-dia e para que isso ocorra, professor e

aluno devem estar motivados e/ou estimulados.

1.1 Motivação: conceitos e tipos

Para Nérici (1992) o conceito de motivação é dividido em duas

vertentes: Psicologicamente é o processo que se desenvolve no interior do

indivíduo e o impulsiona a agir mental ou fisicamente. Didaticamente, é o

processo de incentivo destinado a desencadear impulsos no interior do

indivíduo, a fim de impulsioná-lo a querer participar das atividades escolares

oferecidas pelo professor.

Segundo os teóricos, o ser humano apresenta um grande número de

motivos, e estes motivos determinam a construção de várias formas de

descrever os motivos das ações humanas. Isso é afirmado por Morgan,

quando diz:

13

“Várias centenas de palavras em nosso vocabulário se

referem a motivação: desejos, esforço, necessidade,

motivo, objetivo, aspiração, impulsos, alvo, ambição,

fome, sede, amor e vingança – e isso para indicar apenas

algumas. Cada uma delas pode ser definida de modo um

pouco diferente de todas as outras, mas seus sentidos se

superpõem tanto que não há uma terminologia

uniformemente aceita” (MORGAN, 1977, p.50).

Ficou evidente que existe a dificuldade para encontrar termos

invariáveis para a motivação; ao mesmo tempo em que é amplo, por outro lado,

os conceitos existentes são relacionados ao homem em satisfazer suas

necessidades.

Motivar é predispor o educando para as atividades escolares. A

motivação consiste no intento do mestre de proporcionar aos alunos uma

situação que os induza a um esforço intencional, a uma atividade visando a

certos resultados desejados e compreendidos. Assim, motivar é predispor os

alunos ao aprendizado e à realização de um esforço para alcançarem certos

objetivos.

Os propósitos da motivação consistem em despertar o interesse,

estimular o desejo de aprender e conduzir esforços para atingir metas

definidas.

Segundo a Revista Educar (1998), motivar é mobilizar o organismo

para uma ação, a partir de uma relação estabelecida entre o ambiente, a

necessidade e o objeto de satisfação.

A motivação é fator decisivo no processo da aprendizagem, é preciso

criar condições tais que o aluno “fique a fim” de aprender como fazer com que

o trabalho educacional considere para sempre as necessidades que o aluno

14

traz, introduzindo ou associando a elas outros conteúdos ou motivos e criar

novos interesses para o aluno.

É fundamental que o professor compreenda a si mesmo e a realidade

que o cerca para que estabeleça estratégias adequadas para inserir os alunos

no processo de construção do conhecimento dentro de um clima agradável em

aula, com estímulos propícios ao aprendizado.

Uma aula motivadora não pode depender apenas da saliva do

professor, do quadro negro e do giz, deve ter por finalidade estabelecer

conexões entre o que o professor pretende e o que os alunos aprendem.

Um aluno está motivado quando sente necessidade de aprender o

que está sendo abordado. Esta necessidade leva-o a aplicar-se, a esforçar-se

e a preservar-se no trabalho escolar até sentir-se satisfeito, caso contrário o

professor ficará “dando aula” sozinho. Portanto, deve ser preocupação

constante do professor incentivá-los em suas aulas; é a motivação que dá

vida, espontaneidade e razão de ser à sua aula. E a grande fonte da

indisciplina em classe é a falta de motivação.

Para melhor compreender a motivação é necessário que se esclareça

que cada um já trás, de alguma forma, dentro de si, suas próprias motivações.

Aquilo que mais interessa, então, é encontrar e adotar recursos

organizacionais capazes de não sufocar as forças motivacionais inerentes às

próprias pessoas. O importante é agir de tal forma que nem o professor nem o

aluno percam suas sinergia motivacional. Todo comportamento é dependente

de estímulos externos e das condições “Biopsicológicas” do indivíduo. A

mesma solicitação pode provocar comportamentos diferentes na mesma

pessoa, em situações internas e externas diferentes.

A motivação resulta de um complexo de necessidades de caráter

biológico, psicológico e social. Por força da própria aprendizagem vão-se

15

enriquecendo, formando um todo biosocial. Toda aprendizagem se realiza

impelida por motivos, condicionamentos, assim, comportamentos futuros. A

aprendizagem cria motivos, novas necessidades como afirma Piletti:

“A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Sem

motivação não haverá aprendizagem. Pode ocorrer

aprendizagem sem professor, sem livro, sem escola e

sem uma porção de outros recursos. Mas mesmo que

existam todos esses recursos favoráveis, se não houver

motivação não haverá aprendizagem” (PILETTI, 1991,

p.63).

Apesar de sua importância para aprendizagem, a motivação nem

sempre recebe devida atenção do professor. É muito mais fácil providenciar

um manual, transmitir a matéria, cobrar nas provas, dar notas, como

geralmente se faz nas escolas, do que trabalhar a motivação com seus alunos.

Procurar motivar os alunos, a fim de que se interessem pela disciplina

estudada, de forma independente e criativa, é muito mais prazeroso e ao final

do processo eles se sentirão motivados e realizados. Segundo Piletti (1991,

p.65), “há situações bem interessantes que o professor precisa desenvolver no

processo ensino-aprendizagem, sua motivação!... Sem ela certamente os

prejuízos virão!”.

16

CAPÍTULO II

A IMPORTÂNCIA DA MOTIVAÇÃO NO ENSINO

SUPERIOR

Na educação sistemática a aprendizagem no Ensino Superior é

geralmente um processo penoso que reúne além de outras necessidades a

motivação. Como ponto de partida para demonstração da importância da

motivação na aprendizagem escolar, Mouly descreve os principais fatores de

motivação escolar:

“Informações relativas ao aluno - a escolha dos recursos

de motivação depende, em grande proporção, do

conhecimento de vários aspectos ligados ao aluno, tais

como: idade, sexo, inteligência, experiência anterior,

classe social, traços de personalidade, condições do lar

etc; Personalidade do professor - a aparência, a

maturidade, o dinamismo, o entusiasmo pelo ensino, o

bom humor, a cordialidade e muitos outros atributos do

professor constituem importantes fatores de motivação

do aluno para a aprendizagem; Material didático –

mapas, álbuns ilustrados, demonstrações, projeções

cinematográficas, quadro-negro bem utilizado etc., são

de alto valor motivador; Método ou modalidade práticas

de trabalho empregados pelo professor – jogos,

dramatizações, planejamento e execução de projetos,

exposições, excursões, grupos de trabalho,

competições, experiências de laboratórios etc.,

constituem importantes fatores de motivação” (MOULY,

1973, p.45).

17

Entre outros, esses são fatores fundamentais de motivação para o

professor que trabalha em cursos de graduação, é incentivar seus alunos para

uma aprendizagem mais eficaz. Motivar significa predispor o indivíduo para

certo comportamento desejável naquele momento. O aluno está motivado para

aprendizagem quando está disposto a iniciar e continuar o processo de

aprendizagem, quando está interessado em aprender certo assunto, em

resolver um dado problema, etc.

“Os motivos... levam o indivíduo a uma atividade, na

tentativa de satisfazer suas necessidades... Os motivos

mantêm o organismo ativo até que a necessidade seja

satisfeita e a tensão desapareça, dirigindo o

comportamento do indivíduo para o objetivo mais

adequado para satisfazer a necessidade... Assim, na

sala de aula, não é suficiente que os alunos participem

de várias atividades. É necessário que essas atividades

sejam orientadas para objetivos que satisfaçam

necessidades. Os motivos selecionam e acentuam a

resposta correta. As respostas que conduzem à

satisfação das necessidades serão aprendidas,

mantidas e naturalmente serão repetidas quando

situações semelhantes se apresentar” (MOULY 1973,

p.258-259).

Assim, melhor do que afirmar que o professor, dentro de um contexto

institucional, de nível superior, “deve motivar” o aluno, é dizer que ele deve

apresentar objetivos adequados para a satisfação dos motivos, estando,

assim, mais adequado às circunstâncias.

Quatro teorias, entre outras, procuram explicar a motivação, que tem

sido bastante estudada dentro de diversas linhas teóricas existentes na

18

psicologia da aprendizagem, que são a teoria do conhecimento, a teoria

cognitiva, a teoria humanista e a teoria psicanalista.

A teoria do conhecimento explica a motivação pelo reforço, o indivíduo

aprende alcançar um reforço externo que vai satisfazer suas necessidades

biológicas. O grande defensor foi Skinner (1972), responsável pela teoria do

reforço, em que todo comportamento se manifesta através de um estímulo

recebido.

A teoria cognitiva valoriza a motivação intrínseca e inclui fatores como

objetivos, intenções, expectativas e planos entre os principais motivos que

levam o indivíduo a aprender. Piaget (1999) foi quem estruturou a teoria

cognitiva. O conhecimento é o resultado de um processo de construção que se

dá na relação de interação, surgindo o construtivismo, significando que nada a

rigor está pronto, acabado, e que o conhecimento não é dado em nenhuma

instância, como algo determinado. Ele se constrói pela interação do indivíduo

com o meio físico e social

A teoria humanista: estabelece uma hierarquia de necessidades e

motivos: fisiológicos, de segurança, de amor e participação, de estima, de

realização, de conhecimento, compreensão e necessidades estéticas. Maslow

(apud La Puente, 1982), um dos formuladores da teoria humanista, aceitou a

idéia de que o comportamento humano pode ser motivado pela satisfação de

necessidades biológicas, mas rejeitou a teoria de que toda motivação humana

pode ser explicada em termos de privação, necessidade e reforçamento.

A teoria psicanalista refere-se em relação às experiências infantis que

são a principal fonte dos comportamentos posteriores e a motivação é um

processo predominantemente inconsciente. A psicanálise fundada por Freud

(1999), defende que as primeiras experiências infantis são os primeiros fatores

a determinar todo o desenvolvimento posterior do indivíduo.

19

Geralmente, as pessoas não têm consciência, não sabem os motivos

que as levam a agir de uma ou de outra forma. A maior parte dos motivos seria

inconsciente. Para Freud (1999), o aparelho psíquico compõe-se de três

partes, que estão continuamente interagindo de forma dinâmica: o Id, o Ego e

o Superego. O Id, que está ligado ao organismo físico, é hereditário e a fonte

de todos os instintos e impulsos. O Ego resulta da interação do Id com o meio

social. É a parte racional da personalidade, rege-se pelo princípio da realidade.

O Superego consiste nas normas e padrões sociais internalizados pelo

indivíduo durante a vida, principalmente na infância que aos poucos vai

assimilando o que pode e não pode fazer o que convém ou não ao sistema

social.

Em relação à motivação escolar, a teoria mais significativa da

atualidade é a teoria cognitiva, baseada nos avanços da psicogenética, que

segundo Piaget (1999) tem como base que o ser humano nasce com o

potencial para aprender, daí a ser construída uma aprendizagem.

Construtivismo é uma denominação bastante significativa, pois o

próprio nome sugere a sua natureza que é construir conhecimento pelo

sujeito-ativo, cognoscente, capaz de interpretar a realidade para transformá-la,

tendo como resultado a construção da própria aprendizagem.

“A aprendizagem contribui para o desenvolvimento na

medida em que aprender não é copiar ou reproduzir a

realidade. Para a concepção construtivista, aprendemos

quando somos capazes de elaborar uma representação

pessoal sobre um objeto da realidade, ou conteúdo que

pretendemos aprender (...)” (COLL, 1996, p.18-19).

Finalmente, ressalta-se que para ocorrer aprendizagem deve-se

considerar as seguintes dimensões: a dimensão das diversas inteligências,

emocional, múltiplas entre outras, a dimensão social, a dimensão do desejo de

20

aprender e das outras linguagens. A educação neste terceiro milênio

certamente está voltada para a perspectiva construtivista, sem deixar de

considerar as outras que também colaboram para a aprendizagem.

Os profissionais da educação no Ensino Superior precisam estar

motivados para sua verdadeira efetivação. À medida que o sujeito interage, ele

vai produzindo sua capacidade de conhecer e, consequentemente, o seu

próprio conhecimento. É por isso que, segundo os especialistas, o

construtivismo não pode ser encarado como um conjunto de receitas para dar

aulas, sob o risco de tornar-se um modismo, sem efeitos práticos, semelhantes

a outros métodos que entraram e saíram de cena sem provocar

transformações.

O construtivismo é uma teoria científica que explica o processo de

conhecimento do ser humano, seja ele criança, adolescente ou adulto e deve

ser utilizado em qualquer série e em qualquer disciplina, desde a educação

infantil até à universidade, escreve a educadora Sanny da Rosa (1996) em seu

livro Construtivismo e Mudança. Campos considera a aprendizagem como:

“Um processo de adaptação e, ao mesmo tempo um

recurso para manter o equilíbrio na luta contra a

natureza. Graças a aprendizagem o indivíduo resolve as

tensões internas e externas experimentadas pelo

organismo em sua totalidade. Sua função é a integração

e a manutenção do equilíbrio da personalidade e não a

aprendizagem. A aprendizagem consiste em um

processo de reestruturar o espaço vital”. (CAMPOS,

1996, p.224-230)

Segundo Marcelino, a aprendizagem compreende 4 tipos de

mudanças:

21

“Mudança na estrutura cognitiva - desenvolvimento no

conhecimento perceptivo; Mudança na motivação -

aprender a gostar, ou não, de certos aspectos do espaço

vital; Mudança no pertencimento ao grupo, ou na

ideologia – aspecto importante do ajustamento em uma

cultura; Mudança no controle voluntário da musculatura

corporal ou destreza – aspecto importante da aquisição

de habilidades, tais como: falar e ter autocontrole”

(MARCELINO, 1990, p.65).

De início, aquele que aprende faz frente a totalidades não

diferenciadas. À medida que aprende, vai diferenciando áreas que,

cognitivamente, se vão estruturando e especificando, o que produz mudanças

cognitivas do mundo psicológico como um todo.

Esse processo de diferenciação com a estruturação cognitiva, tanto

se refere ao campo extrínseco (ambiente) como ao próprio indivíduo, campo

intrínseco (realidade corpórea, necessidade, motivos, emoções, linguagens

etc.). É a estruturação cognitiva da situação que dá direção psicológica: o

comportamento resulta de forças que têm direção.

A aprendizagem consiste em um estímulo na sinergia motivacional. A

repetição de uma atividade traz mudanças na estrutura cognitiva e nos

sistemas das tensões emocionais decorrentes de necessidades.

Freqüentemente, um resultado desejável é uma mudança nos interesses e

valores do aprendiz, isto é, uma mudança relativamente pura, inocente, após a

outra (pessoa).

Resumindo os conceitos de aprendizagem para as situações de

ensino superior, pode-se dizer que uma pessoa aprende através da

diferenciação, generalização e reestruturação de sua pessoa e de seu

ambiente psicológico, de modo a formar novos conceitos ou mudar insights –

22

que significa uma grande idéia, uma verdadeira visão de futuro – ou

significados e conseguir mudanças na motivação, no pertencimento ao grupo,

nas perspectivas de tempo e idéias. Desta forma, o indivíduo ganha controle

de si mesmo e de seu mundo.

Na escola, cada professor e cada estudante é uma pessoa, e, tem seu

ambiente “psicológico”. A função peculiar do professor é possibilitar novos

insights nos estudantes, a fim de ajudá-los a tornarem-se mais harmoniosos e

mais inteligentes. Para realizar sua “missão”, um professor necessita

compreensão básica da estrutura da dinâmica do espaço da sala de aula.

Sabendo o educador que o conceito de inteligência atual é a capacidade de

responder às situações do presente, a aprendizagem desenvolve a

inteligência. Portanto, esta depende do grau de estruturação cognitiva:

diferenciação, generalização e reestruturação do espaço vital (sala de aula).

A importância da motivação na aprendizagem tem sido realçada em

todos os campos da psicologia aplicada. Aceitando ou não a universalidade da

idéia, não se duvida, porém de que os motivos constituem o aspecto dinâmico

do processo educacional e representam um dos pré-requisitos mais

importantes da aprendizagem na escola.

O estudo da motivação humana representa para o educador uma

necessidade amplamente reconhecida, principalmente em uma sociedade

democrática, onde o conteúdo e os métodos da educação devem sempre que

possível respeitar os motivos individuais e os da comunidade em que vive o

educando. O professor, como orientador das atividades dos alunos, é o

mediador entre os motivos individuais e os legítimos alvos a serem alcançados

através da educação.

Grande parte das dificuldades das universidades tem sua origem nos

problemas da motivação, na tarefa de diagnosticar os interesses e

necessidades dos alunos, na consideração das diferenças individuais, na

23

organização das atividades extracurriculares, no atendimento dos casos de

desajustes, pela descoberta dos motivos determinantes, e, afinal, nos

problemas de aprendizagem propriamente ditos.

A compreensão e o uso adequado das “técnicas motivadoras”

resultarão em interesse, concentração da atenção, atividade produtiva e

atividade eficiente de uma classe. A falta de motivação conduzirá a um

aumento de tensão emocional, problemas disciplinares, aborrecimentos,

fadiga e aprendizagem pouco eficiente da classe.

Sabendo-se que para aprender é necessário agir e que, por outro

lado, a atividade se inicia através de um ou vários motivos, conclui-se que a

educação não pode prescindir da motivação. Até o momento não se sabe

exatamente como os motivos operam, entretanto não há dúvidas de que

exercem uma poderosa influência sobre a aprendizagem, pondo em ação

todas as forças necessárias para que a mesma se processe.

O instante da aprendizagem é extremamente mágico. É quando o

sujeito consegue fazer uma síntese do conhecimento, em virtude de ter se

apropriado dele. A afetividade é a mola propulsora, que faz surgir o desejo de

aprender, bem como a auto-estima do sujeito que é determinante ao exercício

da autonomia. Estas premissas se constituem no maior desafio atual na

instituição escolar, qual seja exatamente fazer da sala de aula um lugar de

diálogo, humanizado, onde o lúdico deve ter um espaço privilegiado e, por isso

mesmo, prazeroso, tanto quanto as atividades fora da escola, na vida

cotidiana.

Ressalta-se que para ocorrer a aprendizagem deve-se considerar as

seguintes dimensões: a dimensão da inteligência, a dimensão social, a

dimensão do desejo e das outras linguagens. A educação neste milênio

certamente estará voltada para essa perspectiva. O professor, profissional co-

participante deste processo de transformação, estará, sem dúvida,

24

“arregaçando as mangas” e indo à luta, objetivando fazer uma escola mais

democrática, humanizada, uma educação mais voltada para a cidadania. Por

isso, deve-se seguir sempre em frente acreditando que a motivação será o elo

entre o professor e aluno para uma melhor eficiência no Ensino Superior.

“As crianças são ensinadas. Aprendem bem. Tão bem

que se tornam incapazes de pensar coisas diferentes.

Tornam-se ecos das receitas ensinadas e aprendidas.

Tornam-se incapazes de dizer o diferente. Se existe uma

forma certa de pensar as coisas e de fazer as coisas,

por que se dar ao trabalho de se meter por caminhos

não explorados? Basta repetir aquilo que a tradição

sedimentou e que a escola ensinou. O saber

sedimentado nos poupa dos riscos da aventura de

pensar” (ALVES, 1989, p.25).

Toda ação humana é sempre precedida de uma teoria subjacente,

uma forma de pensar que explica o porquê do agir desta ou daquela forma.

Nenhum ato humano é constituído de neutralidade. Ao contrário, é repleto de

“ideologias” que determinam ou direcionam o comportamento com um certo

objetivo; mas, na maioria das vezes, a partir de conceitos pré-constituídos.

Partindo desse entendimento, observa-se que a nossa sociedade

vem, ao longo do tempo, sofrendo influência de modelos paradigmáticos,

ideológicos, que norteiam as diversas formas de organização social

tradicionalmente instituídas.

A escola, um espaço social instituído formalmente, tem a função

principal de transformar e ao mesmo tempo de conservar o estabelecido, por

isso dialética, também se insere neste contexto. A sua “dinâmica” educacional

obedece a um modelo tradicional, obsoleto, que vem ao longo do tempo se

perpetuando, numa tentativa de construir uma educação coerente com seus

25

princípios ideológicos, que a sustentam produzindo resultados através da

formação de sujeitos heterônomos, autoritários e, sobretudo, passivos.

Os paradigmas se rompem quando chegam aos seus limites. Este

modelo tradicional vem se rompendo por não mais corresponder às

necessidades humanas neste terceiro milênio. Daí o aparecimento de uma

nova concepção denominada de construtivismo, sustentado pelo pensamento

dialético, base de sustentação teórica-científica para a Psicopedagogia

Escolar.

Portanto, para que se concretize esse movimento interno de construir

conhecimento, faz-se necessário um agir e um interagir do sujeito com o

objeto, o qual vai produzindo sua capacidade de conhecer, através de

esquemas de ação mental, tendo como resultado a construção da sua própria

aprendizagem.

Esse movimento de múltiplas interações é o responsável efetivamente

pelas construções que o sujeito realiza durante sua história de vida. Por isso, o

construtivismo é também chamado de sócio-interacionismo, pelo fato de

privilegiar a interação que se materializa no âmbito social.

Neste ponto de vista, a inteligência não é uma questão inata, como

defende a corrente Inatista. Ela vai sendo construída a partir das diversas e

ricas ações e interações do sujeito frente ao objeto e ao social. Este elemento,

o social, constitui-se um “forte” mediador entre o sujeito e o conhecimento,

favorecendo significativamente para que ocorra a aprendizagem.

“O conhecimento nunca é cópia da realidade, não está

no sujeito nem no objeto, mas se constrói no processo

de interação entre os dois. Portanto, em conseqüência,

afirma-se: não se aprende porque se é inteligente; fica-

se inteligente porque se aprende” (PIAGET, 1999, 51).

26

Esta afirmação demonstra que a inteligência se constrói no sujeito a

partir da quantidade e, sobretudo, da qualidade de aprendizagem que se faz

ao longo da vida. Isto quer dizer que quanto mais aprendizagens o homem

fizer ou construir no decorrer da sua existência, mais inteligente se tornará.

Portanto, a aprendizagem não resulta do homem supostamente inteligente,

mas pelas suas intervenções sobre o mundo.

O que é ser inteligente hoje? A nova visão de inteligência não exclui

as centrais idealizadas por Binet (1905), que admitia a nossa inteligência ser

vista como se apresentando através de duas centrais: uma que elaborava o

domínio das palavras e seu emprego e que caracterizava a chamada

“inteligência lingüística ou verbal”; e outra central, que elaborando noções de

cálculos e a percepção algébrica caracterizava a chamada “inteligência lógico-

matemática”. Binet não estava errado ao perceber essas duas “usinas”

geradoras de inteligências, mas errou em não admitir a existência de outras.

Hoje, admite um ser humano muito mais amplo, bem mais rico, com um

cérebro dotado de várias inteligências, visto por Gardner (1995), Goleman

(1999), Gottman (1999) entre outros estudiosos.

“Excetuados os casos de lesões, todos nascem com o

potencial das várias inteligências. Por isso, a nova teoria

da inteligência renega a possibilidade de medi-la pelos

métodos convencionais, principalmente com os famosos

testes de Q.I. (Quociente de Inteligência). É que eles

mediriam apenas as manifestações das competências

lógico-matemática e lingüística, não dando conta de

avaliar todo o espectro da inteligência” (GARDNER

1995, p.43).

A teoria das inteligências múltiplas foi elaborada a partir dos anos 80,

liderada pelo psicólogo Gardner (1995). Ele desenvolveu a teoria identificando

27

sete tipos de inteligência, múltiplas, que são:

“Lógico-matemática → capacidade de realizar operações

matemáticas e de analisar problemas com lógica

(matemáticos e cientistas que têm essa capacidade

privilegiada); Lingüística → habilidade de aprender

línguas e de usar a língua falada e escrita para atingir

objetivos (advogados, escritores e locutores a explorem

bem); Espacial → capacidade de reconhecer e manipular

uma situação espacial ampla ou mais restrita

(navegadores, cirurgiões ou escultores); Físico-cinestésia

→ potencial de usar o corpo para resolver problemas ou

fabricar produtos (dançarinos, atletas, cirurgiões);

Interpessoal → capacidade de entender as intenções e

os desejos dos outros e, consequentemente, de se

relacionar bem com eles (professores, líderes, religiosos,

políticos etc.); Intrapessoal → capacidade de a pessoa se

conhecer, incluindo aí seus desejos, e de usar essas

informações para alcançar objetivos pessoais; Musical →

aptidão na atuação, apreciação e composição de

padrões musicais” (GARDNER, 1995, p.22).

Atualmente Gardner (1995) admite a existência de uma oitava

inteligência, a naturalista, que seria a capacidade de reconhecer objetos da

natureza, e discute outras.

Esses novos conceitos de inteligências vêm ampliar a visão de

educação e de aprendizagem, principalmente para nós educadores. As

inteligências múltiplas ajudarão no processo do ensino-aprendizagem, pois

elas se integram. Nessas relações complementares entre as inteligências

múltiplas é que estão as possibilidades de se explorar uma em favor da outra.

Por isso, a nova teoria renega a possibilidade de medi-la pelos métodos

28

convencionais valorizando o ser por inteiro, cada um com seu tipo(s) de

inteligência(s).

Em milhares de escolas espalhadas pelo país, professores sonham

com um futuro melhor para seus alunos porque têm consciência de seu papel

na construção de uma sociedade mais justa e igualitária. No entanto, muitas

vezes falta ação conjunta, estratégia. Segundo a Nova Escola, para começar o

desejo de mudar é essencial seguir alguns dos princípios abaixo:

“Ser um guia para ajudar o estudante a explorar,

reconstruir e situar-se no meio cultural onde vive; Criar

situações que facilitem aprendizagem de procedimentos

que contribuam para a construção da autonomia pessoal;

Oferecer métodos de organização para o trabalho que

possibilitem a construção de uma disciplina pessoal mais

rígida, possibilitando uma maior disciplina; Dar

indicações de atitudes e responsabilidades que lancem

as condições para o desenvolvimento do sentido de

justiça; Apoiar atitudes de companheirismo e

solidariedade que estimulem o respeito mútuo” (NOVA

ESCOLA, 2000, p.22),

Esses princípios, para a Nova Escola (2000), são excelentes pontos

de partida para quem pretende começar uma transformação na escola, porque

está em sintonia com o que se espera da educação neste novo século.

As diversas abordagens sobre a motivação humana e sua importância

é algo aceito como fator positivo pela maioria dos profissionais de educação.

Ao tratar da relação entre motivação e aprendizagem, o fazem como se essa

ocorresse de forma linear: se o aluno estiver motivado a aprendizagem ocorre.

Para que haja maior eficiência nas relações humanas no contexto

29

escolar, em especial o professor, este deverá estar motivado para

desempenhar bem o seu papel na escola. A motivação é o elo entre o

professor e o aluno através do conhecimento, que com sucesso, entusiasmo e

eficiência, com certeza vai motivá-los de maneira eficaz para que de fato

ocorra a aprendizagem na escola.

Motivação deriva originariamente da palavra latina movere, que

significa mover. Essa origem da palavra encerra a noção de dinâmica ou de

ação que é a principal tônica dessa função particular da vida psíquica. O

caráter motivacional do psiquismo humano abrange, portanto, os diferentes

aspectos que são inerentes ao processo por meio do qual o comportamento

das pessoas pode ser ativado.

A motivação, portanto, só pode ser considerada como um processo

intrínseco. Para Deci (1996) “a maneira mais fundamental e útil de pensar a

respeito desse assunto envolve a aceitação do conceito de motivação

intrínseca, que se refere ao processo de desenvolver uma atividade pela

recompensa inerente a essa mesma atividade” (p.21).

Dessa forma, considerar o comportamento motivacional implica o

reconhecimento de que ele representa a fonte mais importante de autonomia

pessoal, à medida que as pessoas podem, de certa forma, escolher que tipo

de ação empreender, com base em suas próprias fontes internas de

necessidade, respondendo aos controles impostos pelo meio exterior. Ao

passo que a motivação extrínseca comporta-se como resposta a estímulos

vindo do meio ambiente, quer com base em informações que se guarda no

consciente, quer por impulsos cujas origens desconhecem porque se acham

armazenados no seu mundo inconsciente.

Em termos de comportamento humano, propõe-se ao professor que

busque manter-se motivado a desempenhar satisfatoriamente sua tarefa de

ensinar, pois a falta de estímulo do profissional de educação pode levar a

30

desmotivação para a sala de aula. Este deve sempre manter o entusiasmo

para que de fato as aulas tornem-se um prazer e não um sofrimento para

ambos, alunos e professores.

No contexto escolar, o sucesso da aprendizagem vai depender da

maneira consciente que cada profissional planeja a sua aula, despertando o

interesse, a participação e a dinâmica de grupos, que serão utilizadas para

maior eficácia do ensino. Será preciso trabalhar com os componentes da

escola a questão ética e as relações interpessoais para um maior

entrosamento e respeito mútuo entre os seus integrantes.

“Geralmente se admite que a aprendizagem - pelo

menos na situação usual - não pode ocorrer sem

motivação, e que, além disso, a eficiência da

aprendizagem está na proporção direta da motivação do

indivíduo” (MOULY, 1973, p.260).

Nerici (1992), é autor de um dos manuais de didática mais utilizados

nos cursos de formação de professores e segundo ele a “motivação é fator

decisivo no processo de aprendizagem e não poderá haver, por parte do

professor, direção de aprendizagem se o aluno não estiver motivado” (p.185).

De acordo com Campos (1996), “a compreensão e o uso adequado

das técnicas “motivadoras” resultarão em interesse, concentração de atenção,

atividade produtiva e atividade eficiente de uma classe” (p. 95).

No entanto, muitos professores que se empenham na tarefa de bem

aplicar técnicas motivadoras já constataram, talvez perplexos, que essa

relação entre motivação e aprendizagem não se dá na direção esperada. O

que ocorre entre o momento em que despertam o interesse da turma e o

produto final, aprendizagem de um dado conhecimento, é algo que não

conseguem explicar.

31

Estamos certos de que essa questão é bem mais complexa do que

parece à primeira vista. Essa passagem de aspecto afetivo, despertar o

interesse, para o cognitivo, assimilar um dado conteúdo, não é absolutamente

automático como muitas vezes se é levado a crer.

A questão da relação entre aprendizagem e motivação chega-se a

conclusão de que não basta que o aluno esteja motivado para aprender, é

preciso muito mais. Essa forma de perceber, porém, raramente é apresentada

nos livros que tratam da motivação. Ela é vista em geral apenas associada ao

interesse do aluno.

Os educadores precisam estar alertos para a postura ingênua de se

acreditar que a aprendizagem é algo simples, que ocorre sempre que se

desperta o interesse do aluno do Ensino Superior.

A preocupação em motivar os alunos para a aprendizagem é um

ponto em comum entre professores. É um processo em que o despertar o

interesse para aprender se reveste de forte conotação afetiva, expresso em

um clima de cumplicidade; mas não é só isso, requer uma passagem do plano

afetivo para o cognitivo.

Ao começar a ensinar um assunto novo, com toda a turma prestando

atenção, começa um correto e bem elaborado processo de indução. Lançando

perguntas às quais os alunos respondem, ora baseados na experiência

pessoal ou em conhecimentos anteriores ora no pensamento lógico, percebe-

se que esse processo desperta-lhes o entusiasmo. Assim, de pergunta em

pergunta vai avançando, fazendo com que o assunto que era novo se

incorpore ao já conhecido.

“Freqüentemente a melhor maneira de ensinar a alunos

não-motivados consiste em ignorar seu reconhecimento

32

de que é capaz de aprender, por si só, já acaba

despertando a motivação no estudante” (AUSBEL, 1980,

p.334).

A aprendizagem se realiza impelida por motivos, por necessidades,

mas acontece que o resultado da aprendizagem passa também a funcionar

como elemento modificador do campo dos motivos, condicionamento. Assim, a

aprendizagem cria novos motivos, novas necessidades.

O professor, através de sua maneira de ser, do seu entusiasmo,

simpatia, tolerância, compreensão, não há dúvida, pode funcionar como fator

decisivo de motivação. Para isto, é preciso que o professor viva às suas aulas

e os alunos sintam que ele se dá inteiramente ao seu trabalho e, indiretamente,

a eles. A funcionalidade da matéria que o professor ensinar e fazer a sua

articulação com a realidade é que devem levar o aluno a querer estudá-la.

O professor deve utilizar boas técnicas de motivação para que o aluno

tenha boas probabilidades de se sair bem. É recomendável que a teoria seja

seguida de aplicações práticas, extraídas da prática do professor.

O educador deve ter com seus educandos um espírito lúdico,

prazeroso, principalmente para motivar suas aulas. O professor poderá ajudar

melhor o aluno do primeiro semestre do Curso de Pedagogia, fazendo com se

sinta capaz de realizar algo do que lhe dar assistência excessiva. Este é

realmente o caminho da liberdade, fazendo o aluno querer pensar e sentir por

si. Pois, a aprendizagem é processo, cada qual tem o seu ritmo próprio de

aprender vai depender do professor, da sua habilidade, incentivo, interesse em

motivar os alunos com eficiência para a aprendizagem.

Uma das melhores técnicas de motivação entre professores e alunos

são as boas relações. Nada mais entusiasma o aluno do que perceber que é

visto, querido, compreendido pelo seu mestre. O professor deve estar disposto

33

a incentivar os seus alunos, quer apresentando ilustrações, criando situações,

planejando trabalhos com eles, empenhando-os em atividades individuais ou

coletivas, usando, principalmente, o olhar e a escuta psicodiagnóstica sempre

que possível, principalmente articular o Ensino Superior com a realidade do

educando.

Enquanto instituição social, a universidade é sempre orientada pelo

tipo de homem que deseja formar. Hoje, no começo do século XXI, quando

vivemos a era da informática, em que a posse da informação é que garante o

poder, considerando que a informática para educadores, alunos, pessoas em

geral é um meio, uma ferramenta indispensável para auxiliar o professor no

processo ensino-aprendizagem é que percebe-se o surgimento de várias

razões de buscar-se uma transformação curricular.

Vivemos numa democracia em que se podem formar pessoas

criativas, questionadoras, críticas, comprometidas com as mudanças e não

com a reprodução de modelos. Surge assim, uma concepção de ensino e de

currículo baseada na interdependência, entre os diversos campos do

conhecimento, superando-se o modelo fragmentado e compartimentado de

estrutura dos conteúdos, a interdisciplinaridade.

Segundo Fazenda (1993), “o que caracteriza a atitude interdisciplinar é

a ousadia da busca, da pesquisa: é a transformação da insegurança num

exercício do pensar num construir” (p.18).

Assim, na ação interdisciplinar do conhecimento resgata-se no

dialético homem-mundo a possibilidade de serem educadas as novas gerações

numa outra perspectiva.

Para Kanaane (1999): “várias pesquisas sobre o sistema de valores

humanos têm assinalado os imperativos éticos que afetam a conduta individual

e grupal” (p.78). Com relação ao trabalho escolar, podem ser empregados para

34

explicar experiências individuais e dar significado às ações humanas. Seus

componentes não são necessariamente organizados de maneira lógica e

racional, mas mantêm, no entanto, certos relacionamentos estruturais que

possibilitam ao indivíduo orientação para se comportar de acordo com suas

concepções de eficácia do ensino.

A preocupação com a ética está hoje presente em toda a sociedade.

Não porque lhe seja dedicada maior estima ou particular fidelidade na vida de

todo o dia, mas porque sente-se falta, principalmente no contexto escolar.

A falta de ética está na sociedade brasileira, na política, na indústria,

na escola e até nas esferas esportivas, culturais e religiosas. Parece imperar a

busca desenfreada das vantagens que se pode lucrar de todos os aspectos da

vida. O espírito de burlar a lei sempre que possível, sonegar os impostos,

aproveitar-se dos outros e usufruir o máximo de impunidade de que gozam os

poderosos. Ninguém dá maior importância aos critérios éticos. A violência

tornou-se o modo de agir.

Conhecimento é uma constante atitude crítica, de reconhecimento dos

limites e possibilidades dos sujeitos e das circunstâncias, da problematização

das ações e relações e dos valores e regras que os norteiam.

Configura-se, assim, a resposta de realização de uma educação moral

que proporcione aos educandos condições para o desenvolvimento de sua

autonomia, entendida como capacidade de posicionar-se diante da realidade,

fazendo escolhas, estabelecendo critérios, participando da gestão de ações

coletivas.

Para realizar qualquer trabalho educativo que tenha como finalidade a

contribuição para construção da cidadania, o requisito primeiro e essencial é a

participação efetiva na construção do projeto pedagógico da Instituição de

Ensino, desenvolvendo trabalhos de grupos, com o qual se vai

35

intencionalmente estabelecer uma relação de aprendizagem do conjunto dos

profissionais da instituição, de si próprio, dos limites e possibilidades que se

criam para o exercício de uma prática pedagógica competente. Conhecendo

criticamente essa realidade, o professor terá condições de pensar em

conteúdos significativos que orientem a construção do plano de ação da área

de conhecimento com a qual trabalha.

Do ponto de vista ético é fundamental que ao planejar as atividades

que serão trabalhadas com os alunos, os professores selecionem conteúdos

que explicitem e despertem a curiosidade pelas diferentes formas de

organização social e cultural existentes no mundo e pelos diferentes valores

que sustentam o convívio na instituição escolar e fora dela.

A valorização do potencial humano é um processo contemporâneo,

cujos resultados são imprescindíveis para maior eficiência do ensino na

organização escolar. Para que de fato aconteça o desenvolvimento

organizacional escolar é preciso competência pessoal e interpessoal, interação

de todos que compõem o grupo escolar, visando melhorar o relacionamento

entre os mesmos, aprimorando o processo ensino-aprendizagem.

A motivação interna é fator primordial para o relacionamento

organizacional. O professor motivado desempenhará suas aulas de forma

prazerosa, criativa e participativa e, consequentemente, os alunos aprenderão

com mais interesse e participação no seu trabalho escolar.

Ainda para Kanaane, (1999), “as relações que o homem mantém com

o social e, em específico com o trabalho, caracterizam os vínculos e as

interdependências que tais relações possibilitam” (p.99).

O relacionamento interpessoal e motivacional na organização escolar

refletem o grau de participação e colaboração dos participantes da instituição,

uma vez que através de atitudes positivas, isto é, da motivação, é que as

36

relações interpessoais se darão de maneira que o grupo possa crescer, refletir

e mudar caso precise.

A valorização do potencial humano tende a aproximar-se de uma visão

mais abrangente contendo uma proposta integradora das relações

interpessoais compostas de objetivos motivacionais que incentive os seres

humanos a se organizarem no contexto escolar. Dessa forma, Kanaane

apresenta alguns fatores de identificação para a realidade escolar:

“O sistema de comunicação; as relações interpessoais; a

dinâmica dos valores pessoal/grupais; o contexto

organizacional vigente; o habitat vivenciado pelos

indivíduos e grupos e a história e cultura características

das respectivas realidades” (KANAANE, 1999, p.57).

Dessa maneira, torna-se mais evidente a interdependência entre o

fenômeno qualidade de vida e os fatores presentes em dada realidade

organizacional/social.

O dia-a-dia do trabalho no contexto escolar traz contradições e

ameaças à integridade individual e grupal, com reflexos diretos e indiretos na

organização. O equilíbrio organizacional depende do equilíbrio dos indivíduos e

das relações humanas estabelecidas entre estes e a própria universidade.

Muitas vezes será necessário desfazer, recuar, rever e retomar esse

processo que é artesanal. Assim, o grupo será mais firme, forte, autêntico e

motivado. Essa preocupação tem sido constante nos meios educacionais. A

motivação é fator decisivo nas relações interpessoais, se o grupo estiver

motivado certamente as relações positivas se darão.

A motivação é resultante de estímulos e incentivos que lhe favoreçam

determinado tipo de conduta psicológica. Em sentido didático, consiste em

37

oferecer ao aluno os estímulos e incentivos apropriados para tornar a

aprendizagem mais eficaz. Os recursos didáticos, os procedimentos de ensino,

o conteúdo, as atividades práticas e exercícios são valiosas fontes de incentivo.

A maior parte, no entanto, é a personalidade do professor.

Com relação ao professor, convém lembrar que ele atua não só pelo

que diz e faz, mas pelo que ele é como um todo. A afetividade deve ser vivida

com todas as dificuldades que pressupõe. Os melhores professores ainda são

aqueles que estimulados por seu entusiasmo, encontram maneiras próprias de

comunicar e ensinar. Assim, a motivação, a criatividade e a própria

aprendizagem ajudarão melhor a compreensão do saber sistematizado.

Motivação é vida. Nela se insinua a questão de que a aprendizagem

escolar deve ir além do domínio cognitivo, afetivo e motor. Os jovens

encontram significados quando motivados para aprender, por isso a grande

maioria dos teóricos educacionais reconhece a motivação como fator

fundamental para que a aprendizagem ocorra. Os enfoques variam

dependendo da linha psicológica adotada, mas é reconhecido que a pessoa

predisposta a aprender o faz com maior eficiência e significado.

Indivíduos motivados tendem a ser mais criativos transformando-se em

agentes de mudança e nem sempre conseguem aceitar e adaptar-se a regras

ultrapassadas de qualquer sistema já definido. Por isso, é mais fácil

permanecer na condição estática. A atitude deve ser urgente, é preciso reagir

para salvar a unidade escolar, fazendo-a cumprir o seu verdadeiro papel: o de

desenvolver a cognição através de um ser humano que se realiza.

É preciso, antes de tudo, da conscientização do desejo de mudar por

parte dos educadores e administradores dos sistemas educacionais. Depois,

então, alimentar as iniciativas com programas simples ou sofisticados,

dependendo das circunstâncias e meios de que se dispõe.

38

Entretanto, existem recomendações básicas que facilitam as boas

relações entre o professor e os educandos. Para Nerici estas sejam, talvez,

uma das melhores formas de auxiliar a motivação:

“O êxito é mais incentivador do que o fracasso; Os

resultados são melhores quando as tarefas são

realizadas sem pressão; Objetivos bem definidos

convidam a trabalhar; A competição é ótimo instrumento

de motivação quando posta em grupo ou consigo mesmo

(auto-competição); É preciso levar em conta, na

motivação, as diferenças individuais; O professor deve

estar sempre disposto a incentivar os seus alunos, quer

apresentando ilustrações, criando situações ou

planejando; Eficiência no ensino, levando o educando a

reconhecer que está progredindo; Diálogo, sempre que

possível, com o educando; Articulação do ensino com a

realidade atual; O professor deve estar sempre disposto

a incentivar os seus alunos, quer apresentando

ilustrações, criando situações, planejando trabalhos com

eles, empenhando-os em atividades individuais ou

coletivas, ouvindo-os, escutando-os e motivando-os.

Assim, será eficiente o processo de aprendizagem”

(NERICI, 1992, p.194).

39

CAPÍTULO III

A MOTIVAÇÃO COMO RECURSO: UMA PESQUISA DE

CAMPO NA FACULDADE DE CANDEIAS/FAC.

No decorrer de nossa vida, somos levados a ter motivos, razões que

nos faça desenvolver-nos individualmente, socialmente e intelectualmente. Por

isso, em todas as áreas de nossa vida precisamos da motivação para

trabalhar, estudar, entre outros, indo em busca da realização dos nossos

sonhos. Assim sendo, a motivação é a “mola mestra” que impulsiona o ser

humano a correr atrás dos seus objetivos.

Em estudo realizado na Faculdade de Candeias, através de

questionários e entrevistas (Anexo 2), constatou-se que vários problemas são

decorrentes da desmotivação, sendo necessário uma intervenção na tentativa

de melhorar as relações intergrupais e a aceitação da motivação como

estímulo de crescimento, aprimoramento e qualificação profissional.

A seguir apresenta-se uma análise dos resultados obtidos com a

aplicação do questionário (Anexo 2) e a avaliação das respostas dadas pelos

docentes da Faculdade de Candeias sobre a Motivação como Recurso

Facilitador da Aprendizagem no primeiro semestre do Curso de Licenciatura

em Pedagogia. A partir desta avaliação, será feita uma análise quantitativa e

qualitativa dos dados obtidos.

Os dados obtidos em relação ao quadro comparativo entre o sexo e a

faixa etária dos entrevistados (Anexo 3, gráfico 01), verifica-se que 20,1% dos

pesquisados são do sexo masculino, sendo que 13,5% encontra-se na faixa

etária entre 25 a 30 anos; 79,9% restantes pertencem ao sexo feminino,

40

encontrando-se 33,3% na faixa etária de 25 a 30 anos; 26,7% de 31 a 35 anos.

Constata-se assim que a população alvo é predominantemente do sexo

feminino, encontrando-se esta na faixa etária entre 20 e 30 anos.

Conclui-se que dos quinze entrevistados (Anexo 3, gráfico 02) 33,2%

se encontram na faixa etária de 25 a 30 anos, sendo 04 com especialização e

01 mestrando; 26,6% com faixa etária entre 31 a 35 anos, sendo 02

especialistas, 01 mestrando e 01 mestre; 20,1% faixa etária entre 36 a 40 anos,

sendo 01 especialista, 01 mestre e 01 doutor; e 20,1% acima de 40 anos,

sendo 01 especialista, 01 mestre e 01 doutor.

Através do gráfico 03 (anexo 3), constata-se que 13,4% dos

entrevistados do sexo masculino têm experiência profissional de 0 a 5 anos; da

população feminina, 20% possui experiência profissional de 0 a 5 anos; 33,4 %

de 6 a 10 anos, 13,3% de 11 a 15 anos e 13,3% acima de 15 anos.

Com base na análise (anexo 3, gráfico 04) conclui-se que, dos

participantes entrevistados, quanto ao relacionamento interpessoal, 66,8%

trocam experiência com os outros, 16,7% demonstram um relacionamento

distante e 16,5% possuem um relacionamento frio. Com relação a falta de ética

entre os profissionais, 26,7% possuem falta de conduta pela profissão, 30,0%

agem pela competitividade, 16,6% são caracterizados como desumanos e

26,7% não justificaram suas respostas.

De acordo com a análise acima, ficou evidente que a maioria dos

entrevistados troca experiências, e que através desta troca acontece a

motivação entre eles. Já com a minoria, além de não acontecer essa troca de

experiências não acontece também a motivação. O professor que não faz jus a

sua profissão e não se automotiva com certeza não consegue motivar seus

alunos e o ensino-aprendizagem não acontece.

41

Os professores de Pedagogia que foram entrevistados fizeram uma

ressalva em relação aos outros, pois estes, quase por unanimidade

enfatizaram que, a motivação na educação é o elo entre o professor e o aluno

no processo de ensino-aprendizagem, pois o aluno motivado é capaz de

aprender com êxito. O professor bem motivado trabalha com vida, e,

consequentemente, será vital para a instituição na qual ele desempenha o

papel de educador.

Sabe-se que a palavra motivação é derivada do latim motivus,

movere, que significa mover em que um processo provoca uma determinada

ação no comportamento humano. A motivação é um processo ativo e

fundamental para que o indivíduo consiga realizar os seus objetivos. Na sala

de aula o professor deve motivar os seus alunos, que será capaz de aprender

com êxito e assim acontece o processo de ensino-aprendizagem. Para Motta

(1991), só acontece a motivação quando se tem um objetivo a ser realizado. E

por sua vez, os professores também devem ser motivados, principalmente no

que diz respeito a cursos de reciclagem e também a sua remuneração. Assim

sendo, educadores e educandos devem estar motivados para uma melhor

ação no processo ensino-aprendizagem.

Motivação é um estado psicológico em que o indivíduo tem a vontade

de realizar um objetivo. Quando uma pessoa está motivada, ela está pronta

para alcançar o que foi almejado, o seu ideal. O professor ao estimular o aluno

automaticamente esse estímulo é transformado em motivação.

Diante do exposto percebe-se que a educação necessita com

acelerada urgência, pelos órgãos competentes, de uma reavaliação e uma

reestruturação no seu sistema de formação de professores. O ministério da

Educação precisa encontrar meios, caminhos que garantam a motivação do

professor que deve começar desde a sua opção pelo curso de licenciatura,

pós-graduação até a prática da sua profissão; o governo deve garantir a este

profissional que a sua escolha, que o seu investimento no curso não foi em

42

vão, nem foi uma escolha errada.

O profissional deve sentir a segurança do curso certo para sua vida,

desde o momento em que encontra-se em sala de aula fazendo o seu

aprendizado, e ter a visão de que quando sair terá facilidade para atuar, será

recompensado no seu tempo e no seu gasto financeiro investido.

Por que os professores, na maioria, estão desmotivados com a sua

profissão? Pelo fato de ao sair da faculdade, constata-se que tudo que se

aprendeu na teoria para realizar na prática é completamente diferente, ficando

assim desmotivados. Por esse motivo, é de fundamental importância que os

educadores, sejam do ensino fundamental, médio e superior, apesar das

dificuldades que enfrentam, principalmente no que diz respeito a sua

remuneração, nunca percam a motivação para que aconteça realmente a

aprendizagem.

No geral a educação exige de seus profissionais além da competência

acadêmica, a criatividade e a flexibilidade. Em se tratando do profissional do

ensino superior, além do que já foi citado, exige-se também que este tenha

especialização, mestrado e até mesmo doutorado e estes critérios diferem de

instituição para instituição. Este educador deve se auto-motivar para que possa

transmitir aos seus alunos também o gosto e o prazer pela aprendizagem.

Os professores, das instituições públicas e privadas, são cobrados e

não são motivados por seus superiores, isto é, o próprio sistema educacional

que falha em muitos aspectos tais como: a remuneração, a carga horária, que

na maioria das vezes, ultrapassa a capacidade física e mental do professor que

para ter um salário um pouco mais elevado, submete-se a enfrentar turnos

diversos.

Os professores estão a cada dia trabalhando de forma oprimida, com a

desvalorização da profissão e sem a remuneração adequada. No Brasil, o

43

salário de um professor é uma vergonha, após tantos anos de dedicação aos

estudos, a profissão não tem o reconhecimento desejado.

Portanto, conclui-se que a motivação é um elemento imprescindível na

vida profissional do professor, assim como nos outras profissões também. É a

motivação, o bem-estar, o gostar de ser e fazer que leva o educador a

desbravar horizontes para transmitir orientação e o conhecimento, por isso,

este profissional deve ser dado todo valor, reconhecimento e todas as

condições para que possa fazer um bom trabalho, sentir-se bem, feliz e poder

com seu entusiasmo contribuir de forma profunda na formação dos alunos, que

positivamente contribuirão para uma sociedade melhor.

44

CONCLUSÃO

A conscientização dos professores da Faculdade de Candeias/FAC

que lecionam no primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia é

acerca da realidade vivenciada por todos e segundo depoimentos colhidos

informalmente ou ainda nos relatos em reuniões pedagógicas. Ficou evidente

que o confronto entre esses dados e as respostas ao questionário aplicado

demonstram a forma como o tema se faz presente no ideário dos professores

deste estabelecimento de ensino.

O caráter descritivo da pesquisa revela como principal contribuição á

elucidação da realidade, condição primeira para uma possível intervenção.

A problemática da falta de motivação constitui-se num grande

obstáculo para a efetivação da aprendizagem no primeiro semestre do Curso

de Pedagogia. Daí a importância de um aprofundamento que supere as

explicações simplistas que tendem a transferir para o educador toda a

responsabilidade pela desmotivação freqüentemente observada em sala de

aula.

Os resultados obtidos configuram-se como ferramenta importante para

a prática e sua apropriação pode vir a despertar no corpo docente a

necessidade de desenvolver práticas mais inovadoras que atendam ás

necessidades internas e, ou externas, otimizando assim a motivação e a

aprendizagem.

Ante o exposto neste trabalho, a pesquisa tem uma importância

primordial para a organização escolar, aprimorando os conhecimentos,

adquiridos e levando o pesquisador a refazer novos questionamentos acerca

45

do conhecimento.

A motivação é fator fundamental da aprendizagem. Pode ocorrer sim,

aprendizagem sem professor, sem livro, sem a instituição escolar e sem vários

outros recursos; mas mesmo que existam todos esses recursos favoráveis, se

não houver motivação a aprendizagem será prejudicada.

Por conseguinte, a motivação, tem como função mobilizar o organismo

para a ação, estabelecer relações de necessidade e satisfação, promover uma

interação entre o objeto e o ambiente. Então, a partir da motivação, tem-se

sempre uma predisposição para o agir, existe sempre uma vontade, uma

necessidade,um desejo, uma intenção,um interesse.A motivação é uma força

que impulsiona o indivíduo a realizar as suas atividades, através desta força, o

indivíduo pode demonstrar como é capaz de atingir o objetivo a que se propõe.

Alunos que gostam de aprender de maneira criativa e prazerosa,

essencial, para que ambos professores e alunos, no processo ensino-

aprendizagem, possam desenvolver suas competências e habilidades

melhorando a qualidade do aprendizado. Neste sentido, entende-se

aprendizagem, como a resultante do desenvolvimento de aptidões e de

conhecimento, bem como da transferência destes para novas situações, atrair,

encantar, prender a atenção do aluno, fazendo-o a ficar entusiasmado com o

mundo da leitura.

Motivar passa a ser o ponto central, no processo ensino-

aprendizagem, deve-se trabalhar a motivação de forma que se consiga

contagiar o aluno e fazê-lo enxergar a grande importância que tem a leitura

para sua vida enquanto estudante e enquanto pessoa.

Na contemporaneidade a motivação ainda é vista como um tema

complexo para a ciência da Psicologia e também para as teorias de

aprendizagem e ensino. A motivação é a ação que leva o indivíduo, a orientá-lo

46

em direção a certos objetivos, mesmo modo, apresenta-se como um aspecto

dinâmico da ação.

È interessante ressaltar, que o trabalho do professor, deve priorizar a

motivação de uma forma cuidadosa isto é, o conhecimento prévio, as

capacidades, e potencialidades dos alunos, devem ser mobilizados procurando

aproveitar tudo aquilo de que a criança ou o estudante gosta, como modo de

privilegiar os seus interesses.

Neste raciocínio o professor, deve propiciar ao aluno a descoberta,

desafia-lo para que deseje aprender, deseje saber; o professor deve criar uma

forma de despertar o interesse e oferecer ao aluno a possibilidade de

descobrir.

Diante disso, não há aprendizagem sem motivação, é preciso que haja

uma relação recíproca entre quem ensina e quem para que o processo

educativo possa acontecer e direcione o aluno a conseguir pensar, aprender,

agir e sentir.

Portanto, procura-se abordar a motivação para que os professores

sintam-se motivados a assumirem o papel de docentes, para que de fato os

alunos do primeiro semestre do Curso de Licenciatura em Pedagogia da

Faculdade de Candeias/FAC, possam acreditar-se que o primeiro contato com

os estudos deve ser entendido como um comprometimento pessoal com o

fazer acadêmico, tendo em vista a formação do cidadão.

47

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

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Cortez Editora, 1989.

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_____. Avaliação Psicopedagógica do Adolescente – Petrópolis, RJ: Vozes,

1998.

BINET, A. & SIMON, T. Méthodes nouvelles pour le diagnostic du niveau

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Petrópolis, RJ: Vozes Editora, 1996.

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São Paulo: Editora Ática, 1996.

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2. ed., São Paulo: Editora Ática, 1993.

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[Recomendações ao médico que pratica a psicanálise]. In: Gesammelte Werke

Band VIII: Fischer Verlag, Franfkurt am Main, 1999.

GARDNER, Howard. Inteligências múltiplas: a teoria na prática. Tradução:

Maria Adriana Veríssimo Veronese. Porto Alegre, RS: Artes Médicas, 1995.

GOLEMAN, D. Trabalhar com a Inteligência Emocional. Lisboa: Temas e

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GOTTMAN, J. A Inteligência Emocional na Educação. Lisboa: Pergaminho,

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REVISTA EDUCAR. Construtivismo: uma teoria educacional ou um método de

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_______. Um novo olhar no processo de aprendizagem. Salvador, Bahia, ano

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KANAANE, Roberto. Comportamento humano nas organizações: o homem

rumo ao século XXI. 2. ed., São Paulo: Atlas, 1999.

MARCELINO, Nelson Carvalho. Pedagogia da animação. Campinas, SP:

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MOULY, G. J. Psicologia educacional. 5. ed., São Paulo: Pioneira, 1973.

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1992.

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professor e alunos no planejamento é o melhor jeito de colocar a escola em

sintonia com o século XXI. São Paulo, ano XV, n. 138, p. 24 e 25, dez./2000.

PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. Tradução: Maria Alice Magalhães

D’Amorim e Paulo Sérgio Lima. 24. ed., Rio de Janeiro: Forense Universitário,

1999.

PILETTI, Claudino. Didática geral. 14. ed., São Paulo: Ática Editoram 1991.

PUENTE, M. DE L. Tendências contemporâneas em psicologia da motivação.

São Paulo: Cortez, 1982.

ROSA, Sanny da. Construtivismo e mudança. 4. ed., São Paulo: Cortez, 1996.

ROCHA, Ruth. Caderno de histórias. São Paulo: Ática, 1993.

SKINNER, B. F. Ciência e Comportamento Humano. São Paulo: Martins Fontes

Editora Ltda, 1972.

50

ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Essência da Motivação;

Anexo 2 >> Questionários;

Anexo 3 >> Gráficos.

51

ANEXO 1

ESSÊNCIA DA MOTIVAÇÃO

Rita Miranda (*)

A pessoa motivada é aquela que acredita na sua capacidade de transformar as

coisas, de fazer dar certo. A motivação é responsável pelo sucesso na vida,

com ela você terá mais força para vencer os obstáculos. Persista. O maior

triunfo dos vencedores é a sua imensa capacidade de recomeçar. Tenha muita

fé, esta lhe dará força e coragem para enfrentar maiores desafios.

Apóie-se nos eixos de automotivação:

- Acredite em si: acredite que você é capaz, que tem inteligência, vontade e

determinação;

- Acredite em suas visões: elas serão seu caminho, a sua razão de ser, existir,

acredite que você irá alcançá-las, acreditando em você mesmo. Transforme

suas idéias em soluções práticas, procurando melhorar continuamente,

elevando sempre seus objetivos. São os pequenos atos e pequenas mudanças

que realmente nos transformam profundamente;

- Acredite em Deus;

- Acredite nos outros: acredite na força que as pessoas têm de transformar o

mundo e a própria realidade.

Saiba encher seu próprio balão. Procure relembrar as grandes conquistas e

vitórias de sua vida. Todos temos grandes momentos e alegrias. Relembre-os

sempre.

Perceba em sua vida balões coloridos à sua volta. A automotivação está nos

detalhes. O ar para encher seu balão vem de dentro. Estimule pensamentos e

atitudes positivas. Às vezes seu balão estará murcho. O segredo maior é

renovar constantemente o seu oxigênio. Descobrir o que motiva, quais os seus

pontos fortes, aquilo que você efetivamente gosta de fazer é o seu grande

desafio!!!

A vida é o maior bem que possuímos, portanto, curta-a da melhor maneira

possível, aproveite-a era toda a sua plenitude.

52

Irradie bons fluidos para as outras pessoas: mostre como você é feliz, fale

coisas positivas e incentivadores, dê o exemplo.

Desenvolva o seu trabalho com felicidade e paixão. A alegria deve fazer parte

de nosso ambiente de trabalho e de nossa vida, é um grande recurso para o

aumento da produtividade o da qualidade.

Não encare o trabalho como uma luta. O trabalho tem de ser algo que dê

prazer. Faça-o com dedicação, inove, crie, modifique sua rotina, exponha,

sugira, encare o trabalho como uma oportunidade de progredir, se atualiza,

procure novas informações, novas técnicas, novos conhecimentos.

Viva o presente com entusiasmo. Entusiasmo e amor no que se faz, trazem

mais resultados do que qualquer curso ou diploma que se tenha.

Somente uma ação entusiástica é contagiante e leva ao sucesso.

Cultive a capacidade de sonhar. A capacidade de sonhar é a mãe de todas as

tarefas bem sucedidas. Tudo que existe hoje, primeiro foi projetado, foi

sonhado. Sonhe alto, aposte alto e nunca se contente com pouco. Sonhe. O

sonho e o entusiasmo alimentam-se mutuamente.

Não é o sucesso que traz a motivação e sim a motivação que nos leva ao

sucesso.

(*) Consultora de R.H.

53

ANEXO 2

QUESTIONÁRIO

Prezado Colaborador, Objetivando aprofundar o conhecimento do tema abordado no trabalho monográfico que versa sobre A Motivação como Recurso Facilitador da Aprendizagem no primeiro semestre do Curso de Pedagogia da Faculdade de Candeias/FAC, para conclusão do Curso de Pós-graduação em Docência do Ensino Superior, em que contamos com a sua colaboração no sentido de responder o presente questionário. Este trabalho será desenvolvido em absoluto sigilo das informações coletadas, na qual, inclusive, não será necessário identificação.

Antecipadamente agradecemos, Giseli Nepomuceno Assumpção Oliveira

QUESTIONÁRIO

Assinale com um “x” a alternativa que estiver de acordo com a sua opinião ou realidade. Quando for necessário justificar, responda objetivamente. Primeira parte: Identificação

1. Sexo: 1.1 ( ) masculino 1.2 ( ) feminino

2. Faixa etária

2.1 ( ) 25 a 30 anos 2.2 ( ) 31 a 35 anos 2.3 ( ) 36 a 40 anos

3. Nível de instrução 3.1 ( ) superior 3.2 ( ) superior com especialização 3.3 ( ) mestrado 3.4 ( ) outros

54

4. Quantos anos você tem na docência? 4.1 ( ) de 0 a 5 anos 4.2 ( ) de 6 a 10 anos 4.3 ( ) de 11 a 15 anos 4.4 ( ) mais de 15 anos

5. Qual o tipo de instituição que você leciona? 5.1 ( ) Pública 5.2 ( ) Particular 5.3 ( ) Filantrópica 5.4 ( ) Cooperativa

Segunda parte: Finalidade

6. O que você entende por motivação? 6.1 ( ) desejo 6.2 ( ) interesse 6.3 ( ) passividade 6.4 ( ) incentivo

7. Você acha que sem motivação há aprendizagem? Por quê? 7.1 ( ) sim. Porque __________________________________________________________ ______________________________________________________________ 7.1 ( ) não. Porque __________________________________________________________ ______________________________________________________________

8. Qual seria a melhor alternativa para trabalhar com “motivação”?

8.1 ( ) sendo passivo 8.2 ( ) sendo criativo, participativo 8.3 ( ) sem entusiasmo 8.4 ( ) outros

9. Por que o professor é o principal incentivador da motivação para aprendizagem na instituição escolar? 9.1 ( ) é dono do saber 9.2 ( ) porque trabalha diretamente com alunos 9.3 ( ) porque o professor é o articulador do processo ensino-aprendizagem 9.4 ( ) outros

10. Você acha que a motivação é: 10.1 ( ) interna 10.2 ( ) externa

55

10.3 ( ) vem dos outros 10.4 ( ) não se motiva ninguém

11. Que tipo de motivação você aplica aos seus alunos para estudar? 11.1 ( ) incentivando-os 11.2 ( ) encorajando-os 11.3 ( ) não motiva o aluno 11.4 ( ) obrigando-os a estudar

12. Você acredita que a motivação é. Justifique sua resposta. 12.1 ( ) intrínseca (de dentro). ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 12.2 ( ) extrínseca (de fora) ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

13. Quando ocorrer a falta de motivação no professor os alunos percebem que: 13.1 ( ) ele não gosta de ensinar 13.2 ( ) ele não gosta dos alunos 13.3 ( ) falta entusiasmo pelo que faz 13.4 ( ) outros

14. Você se sente realizado no seu trabalho? 14.1 ( ) sim 14.2 ( ) não

15. Por que está faltando ética entre os profissionais? 15.1 ( ) pela competitividade 15.2 ( ) medo de perder o emprego 15.3 ( ) falta de humanidade 15.4 ( ) falta de conduta pela profissão 15.5 ( ) outros

16. Qual outra profissão que você faria no momento 16.1 ( ) Medicina 16.2 ( ) Administração 16.3 ( ) Direito 16.4 ( ) Turismo 16.5 ( ) Outras

17. O relacionamento interpessoal no seu trabalho é: 17.1 ( ) frio

56

17.2 ( ) distante 17.3 ( ) troca com o outro as experiências 17.4 ( ) egoísta 17.5 ( ) outros

18. Para que um grupo cresça nas relações interpessoais, no contexto da organização escolar, é preciso: 18.1 ( ) empatia 18.2 ( ) antipatia pelo outro 18.3 ( ) simpatia 18.4 ( ) sinceridade 18.5 ( ) outro

57

ANEXO 3

GRÁFICOS

Gráfico 01

Fonte: Pesquisa realizada com professores da Faculdade de Candeias/FAC, 2006.

Gráfico 02

Fonte: Pesquisa realizada com professores da Faculdade de Candeias/FAC, 2006.

58

Gráfico 03

Fonte: Pesquisa realizada com professores da Faculdade de Candeias/FAC, 2006.

Gráfico 04

Fonte: Questionário de pesquisa realizado com professores da Faculdade de Candeias/FAC,

2006.

59

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

METODOLOGIA 6

SUMÁRIO 9

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I

A Motivação para a aprendizagem: Conceitos

e Reflexões 12

1.1 – Motivação: Conceitos e Tipos 12

CAPÍTULO II

A Importância da Motivação no Ensino Superior 16

CAPÍTULO III

A Motivação como Recurso: Uma Pesquisa de Campo

na Faculdade de Candeias/FAC 39

CONCLUSÃO 44

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 47

ANEXOS 50

ÍNDICE 59

60

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição:Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: A motivação como recurso facilitador da aprendizagem no primeiro semestre do curso de pedagogia da Faculdade de Candeias/FAC.

Autor: Giseli Nepomuceno Assumpção Oliveira

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito: