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UniRV – UNIVERSIDADE DE RIO VERDE
FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA
EXTRATO DE PÁPRICA E/OU MARIGOLD EM RAÇÕES PARA CODORNAS
EM POSTURA
HIGOR CASTRO OLIVEIRA
ORIENTADORA: Profa. Dra. MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Medicina Veterinária da UniRV –
Universidade de Rio Verde - resultante de
Pesquisa como parte das exigências para
obtenção de título de Médico Veterinário.
RIO VERDE – GOIÁS
2016
HIGOR CASTRO OLIVEIRA
EXTRATO DE PÁPRICA E/OU MARIGOLD EM RAÇÕES PARA CODORNAS
EM POSTURA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à
Faculdade de Medicina Veterinária da UniRV –
Universidade de Rio Verde, resultante de Estágio
Curricular Supervisionado como parte das exigências
para obtenção do título de Médico Veterinário.
Aprovado em: 29/11/16
PROFª. Drª. MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA
ZOOTECNISTA Me. UILCIMAR MARTINS ARANTES
PROFª. Drª. MARIA CRISTINA DE OLIVEIRA
(Orientadora)
RIO VERDE – GOIÁS
2016
3
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho principalmente a Deus que sempre me guiou e me levou aos
melhores caminhos, por ter me dado forças quando precisei e por me fazer persistente nas
dificuldades.
Aos meus pais, pelo amor, dedicação e incentivo. Meus heróis que me fortaleceram
nos momentos de desânimo е cansaço.
Ao meu avô Adalor Teixeira de Castro (in memoriam) que sempre me apoiou, e
deixou uma lição de vida a seus filhos e netos, grande parte do que me tornei hoje é graças a
ele.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente а Deus que permitiu que essa conquista tão fundamental para
mim.
Em especial aos meus queridos pais e familiares, Erlan Morais de Oliveira e Selma
Cândida de Castro e minha irmã Natália Castro Oliveira, por tornarem todo este sonho
possível.
A Professora Maria Cristina de Oliveira pela oportunidade, paciência, confiança е
instrução na área científica, orientando o caminho na busca do conhecimento.
A Anaiza Simão Zucatto do Amaral e Uilcimar Martins Arantes pela gentileza de
compor a banca e contribuição na qualificação deste trabalho.
Agradeço imensamente aos meus amigos raros e únicos que me encorajaram para a
realização desta conquista. Amigos que sei que posso contar sempre, com os quais eu
compartilhava os momentos de tristeza e fraqueza, mas também os momentos de alegrias.
Amigos que me fizeram forte, mostrando que sou capaz, que sou maior do que eu pensava ser.
Amigos que levarei para toda vida, em especial a Natália Martins de Andrade, Livia Moraes
Silva, Aline Moraes, Leonardo Azevedo Machado, Pedro Américo e outros, nem tão
lembrados, e por muitas vezes distanciados pela correria e pela própria ocasião, mas com
certeza, sempre guardados do lado esquerdo do peito.
E a todos que de forma direta ou indireta, mas não menos importantes, fizeram com
que a realização deste trabalho se tornasse possível.
RESUMO
OLIVEIRA, H. C. Extrato de páprica e/ou marigold em rações para codornas em
postura. 2016. 40f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária) –
UniRV – Universidade de Rio Verde, Rio Verde, 20161.
Este experimento teve como objetivo avaliar os ovos de codornas alimentadas por dietas que
contendo extratos de marigold e páprica. Foram utilizadas 140 codornas japonesas alojadas
em gaiolas metálicas, distribuídas em delineamento inteiramente casualizado com cinco
tratamentos e quatro repetições com sete aves cada. Os tratamentos consistiram de ração a
base de milho; ração a base de sorgo (S) sem pigmentantes; S + 0,06% de extrato de páprica;
S + 0,01% de extrato de marigold; e S + 0,06% de extrato de páprica e 0,01% de extrato de
marigold. Os parâmetros avaliados foram consumo de ração diário, conversão alimentar,
desempenho produtivo, parâmetros de qualidade ê analise sensorial. Não houve efeito
(P>0.05) da interação controle × fatorial sobre consumo de ração diário, taxa de postura e
massa de ovo. A interação páprica × marigold afetou (P<0,05) a conversão alimentar, em que
os melhores valores foram obtidos na inclusão de ambos pigmentos. O consumo de ração
diminuiu (P<0,04) em 13,75% com a inclusão da páprica. A interação extrato de páprica ×
extrato de marigold foi significativa (P<0,026) em que a inclusão do extrato de páprica
isoladamente reduziu o peso específico dos ovos. A interação controle × fatorial foi
significativa (P<0,002) quando os dois pigmentos foram utilizados, as gemas se tornaram
mais pigmentadas. Concluiu-se que os extratos de páprica e de marigold podem ser usados em
conjunto na dieta, à base de sorgo, para codornas em postura por melhorar a conversão
alimentar e aumentar a pigmentação das gemas.
PALAVRAS-CHAVE
Alimentação de codornas, Capsicum annuum L., coloração de gema, Tagetes erecta.
1 Banca Examinadora: Profª. Drª. Maria Cristina de Oliveira (Orientadora); Profª. Me. Anaiza Simão Zucatto do
Amaral; Zootecnista Me. Uilcimar Martins Arantes – UniRV.
ABSTRACT
OLIVEIRA, HCO Paprika extract and / or marigold in diets for laying quails. 2016. 40f.
Work Completion of course (Undergraduate Veterinary Medicine) - UniRV - University of
Rio Verde, Rio Verde, 20162.
The objective of this experiment was to evaluate the eggs of quails fed diets containing
extracts of marigold and paprika. One hundred forty quails were housed in metal cages, and
distributed in a completely randomized design with five treatments and four replicates with
seven birds each. The treatments consisted of corn-based ration; Sorghum (S) without
pigmentation; S + 0.06% paprika extract; S + 0.01% of marigold extract, and S + 0.06% of
paprika extract and 0.01% of marigold extract. The parameters evaluated were daily feed
intake, feed conversion, productive performance, quality parameters and sensorial analysis.
There was no effect (P> 0.05) of the control × factorial interaction on daily feed intake, egg
laying rate and egg mass. The paprika × marigold interaction affected (P <0.05) the feed
conversion, in which the best values were obtained in the inclusion of both pigments. Feed
intake decreased (P <0.04) by 13.75% with inclusion of paprika. The interaction extract of
paprika × marigold extract was significant (P <0.026) in which the inclusion of the extract of
paprika alone reduced the specific weight of the eggs. The control × factorial interaction was
significant (P <0.002) when the two pigments were used, the buds became more pigmented. It
was concluded that the extracts of paprika and marigold can be used together in the sorghum-
based diet for laying quails for improving feed conversion and increasing egg pigmentation.
KEYWORDS
Capsicum annuum L., quail feed, Tagetes erecta, yolk color
2 Examining Board: Profª. Drª. Maria Cristina de Oliveira (Advisor); Profª. Me. Anaiza Simão Zucatto do
Amaral; Zootecnista Me. Uilcimar Martins Arantes – UniRV.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 Coturnix coturnix japônica........................................................................ 13
FIGURA 2 Páprica (Capsicum annuum l.)................................................................... 15
FIGURA 3 Extrato de páprica...................................................................................... 15
FIGURA 4 Tagetes erecta L......................................................................................... 16
FIGURA 5 Extrato de marigold................................................................................... 16
FIGURA 6 Vista do galpão experimental..................................................................... 21
FIGURA 7 Cabines de analise sensorial....................................................................... 22
LISTA DE TABELAS
TABELA 1 Composição das rações experimentais contendo extrato de páprica (EP)
e/ou de marigold (EM) para codornas em postura..................................
20
TABELA 2 Desempenho produtivo de codornas Japonesas alimentadas com rações contendo
extrato de páprica e/ou marigold.................................................................
24
TABELA 3 Características do ovo de codorna alimentadas com dietas, à base de
sorgo, contendo extrato de páprica e/ou marigold......................................
27
TABELA 4 Qualidade do ovo de codornas alimentadas com dietas, a base de sorgo,
contendo extrato de páprica e/ou marigold..............................................
28
TABELA 5 Resultado do teste de Comparação Pareada para os atributos sabor e cor
das gemas dos ovos de codornas alimentadas com dietas, a base de
sorgo, contendo páprica e/ou marigold......................................................
29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
EP – Extrato de páprica
EM – Extrato de marigold
(%) – Porcentagem
Cm – Centímetro
cm³ – Centímetros cúbicos
g – Grama
Kcal – quilocaloria
kg – Quilograma
mg – Miligrama
mm – Milímetro
TCLE – Termo de consentimento livre e esclarecido
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 11
2 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................... 12
2.1 A codorna japonesa....................................................................................................... 12
2.2 Utilização de corantes nos alimentos........................................................................ 13
2.3 Páprica....................................................................................................................... 14
2.4 Marigold (Tagetes erecta L.)..................................................................................... 16
2.5 Uso de corantes naturais na alimentação de aves.................................................. 17
3 MATERIAL E MÉTODOS.......................................................................................... 19
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................. 24
5 CONCLUSÃO.............................................................................................................. 30
REFERÊNCIAS.............................................................................................................. 31
ANEXOS................................................................................................ 37
1 INTRODUÇÃO
A cor é o fator que mais influencia na tomada de decisão do consumidor em adquirir
um produto alimentício, pois geralmente é associada à qualidade dos alimentos. No momento
da compra, os consumidores dão preferência por produtos que possuam cores intensas e
brilhantes, associando-os a produtos de qualidade e de alto valor nutritivo, mesmo que isso
não tenha relação com o alimento em questão.
A produção de aves no Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial e a criação
de codornas se destaca entre as demais criações de aves pelo seu bom desempenho como
poedeira. O comércio de ovos de codorna se intensifica a cada ano em virtude do seu elevado
valor protéico e da sua boa digestibilidade.
O milho é o principal ingrediente energético nas rações para aves, no entanto, seu
preço pode tornar sua utilização inviável e, nesta situação, o sorgo é uma alternativa na sua
substituição. O sorgo é pobre em carotenoides, o que leva a gemas pouco pigmentadas e não
muito atrativas para os consumidores, isso acarreta a busca por alternativas que possam ajudar
na pigmentação dessa gema sem causar prejuízo.
Diversos estudos apontam reações adversas aos aditivos sintéticos, quer seja aguda ou
crônica, tais como desencadeantes de alergias, reações tóxicas no metabolismo de alterações
no comportamento, em geral, e carcinogenicidade, esta última observada de forma crônica.
Desta forma, grande interesse tem sido despertado nos consumidores a respeito dos
pigmentos naturais e as informações sobre o uso de páprica e marigold para codornas são
muito limitadas tornando este estudo importante no sentido de avaliar as possibilidades do uso
destes aditivos naturais na alimentação destas aves como pigmentantes de gema.
É importante ser avaliada é que o uso, em rações a base de sorgo, do extrato de páprica
associado ao de marigold ou ambos de forma isolada proporcionarão gemas de coloração mais
intensa do que as obtidas com as rações à base de milho, sem alterar o seu sabor.
13
2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 A codorna japonesa
Pertencentes à família das Faisânidas, e da sub-família dos Perdicinidae, são
consideradas galináceas. A espécies de codornas mais criadas no Brasil são as Coturnix
coturnix coturnix, sendo essas as codornas europeias ou selvagens; e as Coturnix coturnix
japonica (Figura 1), ou seja, as codornas japonesas ou domésticas foram introduzidas no
Brasil na década de 50, e embora elas se pareçam com as codornas selvagens, aqui existentes,
não pertencem à mesma família (PINTO, 2002).
A diferenciação das fêmeas para os machos pode ser feita pelo tamanho e o peso, as
fêmeas são maiores e mais pesadas, possuem o peito mais largo com penas de coloração clara
e com manchas pretas, não cantam, mas, emitem sons de piados curtos. Os machos por sua
vez, cantam e sua coloração é um tom mais avermelhado, não possuem pintas e o bico e a
cabeça apresentam pigmentação mais escura (FABICHAK, 1987).
Alguns fatores contribuem para sua criação sendo eles: o rápido crescimento, a
precocidade na produção e a maturidade sexual (35 a 42 dias), alta produtividade (média de
300 ovos/ano), pequenos espaços para grandes populações, a grande longevidade em alta
produção (14 a 18 meses), o baixo investimento e, consequentemente, o rápido retorno
financeiro (PINTO, 2002).
14
Fonte: https://http2.mlstatic.com/codorna-japonesa-poedeira-D_NQ_NP_903401-MLB20305294381_052015-
F.jpg FIGURA 1 - Coturnix coturnix japonica. Fonte: Google imagens.
2.2 Utilização de corantes nos alimentos
O milho é o ingrediente geralmente usado como fonte energética na ração de aves,
entre estas a codorna. Entretanto, como o milho é uma commodity, seu preço sofre oscilações
durante o ano. Sendo assim, é comum a utilização do sorgo como substituto total ou parcial
do milho nas rações. Comparado ao milho, o sorgo é pobre em carotenoides, o que resulta em
gemas pouco pigmentadas e não muito atrativas para os consumidores (MOURA et al., 2011).
A cor é um critério utilizado na aceitação ou rejeição de um produto alimentício, se a
cor for atraente, dificilmente o alimento não será ingerido ou, pelo menos, provado (SILVA et
al., 2000). Consumidores preferem ovos com gema amarelo-alaranjado por associarem a cor
ao valor nutritivo do produto (BISCARO; CINNIATTI-BRAZACA, 2006).
Dentre as características sensoriais, a cor é um dos mais importantes indicadores de
qualidade e exerce papel fundamental na aceitação dos alimentos pelos consumidores
(PEREIRA et al., 2001). A aparência visual, principalmente a cor, é um fator determinante
para a aceitação ou rejeição do alimento pelo consumidor (KHAN et al., 2012).
Os corantes artificiais, também muito utilizados na indústria de alimentação animal,
são uma classe de aditivos sem valor nutritivo, introduzidos nos alimentos e bebidas com o
único objetivo de conferir cor, tornando-os mais atrativos. Por esse motivo, do ponto de vista
da saúde, os corantes artificiais em geral não são recomendados, justificando seu uso, quase
que exclusivamente, do ponto de vista comercial e tecnológico. Mesmo assim, os corantes são
amplamente utilizados nos alimentos e bebidas devido à sua grande importância no aumento
15
da aceitação dos produtos. Alimentos coloridos e vistosos aumentam nosso prazer em
consumi-los (PRADO; GODOY, 2003).
Diversos estudos apontam reações adversas aos aditivos, quer seja aguda ou crônica,
tais como reações tóxicas no metabolismo desencadeantes de alergias, de alterações no
comportamento, em geral, e carcinogenicidade, esta última observada a longo prazo.
O consumo dos corantes tartrazina, eritrosina e amarelo crepúsculo foi avaliado por
Rao et al. (2004) e por Husain et al. (2006) e os autores notaram que sua ingestão por crianças
estava acima da ingestão diária aceitável. Estes corantes, os pertencentes ao grupo Azo,
podem causar reações alérgicas como asma e urticária, além de serem alvos de estudos sobre
sua capacidade de se tornarem cancerígenos após sua metabolização pela microflora intestinal
(ANGELUCCI, 1988, PRADO; GODOY, 2007).
A eritrosina diminuiu a reprodução em camundongos machos devido à redução na
atividade testicular e da motilidade dos espermatozóides (ABDEL-AZIZ et al., 1997).
Os corantes artificiais (tartrazina, amaranto, vermelho ponceau, eritrosina e caramelo
amoniacal) estão associados ainda ao aparecimento ou aumento dos sinais do transtorno do
déficit de atenção e hiperatividade como demonstrado no estudo de Boris e Mandel (1994).
A opção pelos pigmentos naturais tem aumentado, em virtude das restrições dos
consumidores e das legislações dos países desenvolvidos que proíbem a adição de pigmentos
sintéticos às rações animais e aos alimentos humanos (SILVA et al., 2000).
Paucar-Menacho et al. (2008) utilizaram o extrato de páprica como corante de massa
alimentícia fresca e notaram que o extrato influenciou somente a cor da massa, não havendo
efeito sobre o tempo de cozimento, da massa do produto ou de perdas durante o cozimento.
Os mesmos autores mencionaram que, na análise sensorial da massa crua, a presença da
páprica aumentou a aceitação da massa pelos consumidores.
Moura et al. (2011) avaliaram a inclusão de 0,03% de extrato de páprica e/ou 0,03%
de extrato de marigold em dietas para codornas em postura e observaram que o extrato de
marigold proporcionou cor de gema semelhante às obtidas com rações a base de milho e,
quando associada à páprica, a cor da gema foi mais intensa.
2.3 Páprica
A páprica, pó de coloração vermelha obtida pela moagem de frutos desidratados de
pimentão (Capsicum annuum) (Figura 2), é considerada um dos condimentos mais
consumidos no mundo. Somente os frutos completamente maduros, de coloração vermelha
16
intensa e de alta qualidade são usados para a produção de páprica (RIBEIRO, 2012).
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/da/Red_capsicum_and_cross_section.jpg
FIGURA 2 - Páprica (Capsicum annuum L.).
As xantofilas presentes na páprica são as capsantina, capsorubina, zeaxantina,
capsoluteina, violaxantina, beta-caroteno e beta-criptoxantina. Entre elas, as responsáveis pela
coloração típica vermelha da páprica são a capsantina e capsorubina (TOPUZ; OZDEMIR,
2003).
O extrato de páprica (Figura 3) tem seu uso autorizado pela Anvisa (2011) para
preparações culinárias industriais sob o número 160c (CONSTENT et al., 2002). Os
capsaicinoides, presentes no extrato de páprica, tem efeitos antioxidantes (COSTA et al.,
2010) e termogênicos (SAITO; YONESHIRO, 2013), colaborando na redução da gordura
corporal. Segundo Huang et al. (2014) a atividade antioxidante da capsaicina reduz os níveis
de colesterol plasmático e reduz a formação de placas ateroscleróticas em humanos.
Fonte: http://www.tablespoon.com/-/media/Images/Articles/PostImages/2011/10/week4/2011-10-16-paprika-
586x322.jpg FIGURA 3 – Extrato de páprica.
17
2.4 Marigold (Tagetes erecta L.)
A espécie Tagetes erecta Linn (Figura 4) vulgarmente conhecida como Tagetes,
pertence à família Asteraceae (Compositae) (GÖCER et al., 2006). As xantofilas na gema do
ovo são compostas pela luteína e zeaxantina (HADDEN et al., 1999) e a marigold é uma das
fontes mais concentradas de luteína (80 a 90% de luteína) (ALTUNTA; AYDIN, 2014).
Fonte: http://www.prota4u.org/protav8.asp?en=1&p=Tagetes+erecta+L. FIGURA 4 - Tagetes erecta L.
O extrato de marigold, (Figura 5) também aprovado pela Anvisa (2011) sob o número
161b, apresenta, aproximadamente, 1,2% de xantofilas, sendo 80 a 90% de luteína, um
carotenoide amarelo. Os pigmentos são absorvidos no íleo das aves juntamente com os ácidos
graxos, na forma de micelas, são esterificados e armazenados principalmente no tecido
adiposo e na pele como hidroxicarotenoides (PÉREZ-VENDRELL et al., 2001).
Fonte: http://3.imimg.com/data3/RH/SI/MY-8543297/marigold-extract-250x250.jpg
FIGURA 5 - Extrato de marigold.
18
Tem sido recentemente revisado a segurança do suplemento luteína para humanos
adultos (ALVES-RODRIGUES e SHAO, 2004; EFSA, 2006b; JECFA, 2006; SHAO;
HATHCOCK, 2006). Embora a maioria dos estudos não tenham sido desenhados
especificamente para determinar a segurança do consumo da luteína, eles não revelaram
efeitos adversos (EFSA, 2006b; JECFA, 2006; SHAO; HATHCOCK, 2006).
Um estudo com bebês, durante 5 e 12 semanas, com uso de uma fórmula padrão com
ou sem adição de 200 mcg/L de luteína. Os pesquisadores concluíram que a adição de 200
mcg/L de luteína em fórmulas para bebês é seguro (EFSA, 2008).
O olho e a retina, em particular, contem altas concentrações de ambas xantofilas, que
constituem o pigmento amarelo da mácula humana ou depósitos amarelos (BONE et al.,
1993). Antes da idade de 2 anos, a luteína parece ser o principal pigmento. Após, a zeaxantina
se torna dominante (BONE et al., 1988). Tem sido sugerido que a luteína e zeaxantina
desempenharia um papel preventivo na degeneração macular devido à idade.
2.5 Uso de corantes naturais na alimentação de aves
A pigmentação da gema dos ovos é considerada uma das características
organolépticas mais importantes na avaliação da qualidade dos ovos (HERNÁNDEZ et al.,
2000). Gemas amarelo-alaranjada e frangos com pele bem pigmentada são os preferidos
pelos consumidores (BISCARO; CANNIATTI-BRAZACA, 2006), uma vez que associam a
cor das gemas à quantidade de vitaminas (GARCIA et al., 2002; OLIVEIRA, 1996), e a
coloração do frango in natura à produtos frescos e de qualidade (FONTANA et al., 2003).
Os principais pigmentantes naturais utilizados no Brasil são os derivados do urucum
(Bixa orellana L.), a óleoresina de páprica (Capsicum annum) e o extrato de pétala de
marigold (Tagetes erecta) (MOURA et al., 2011).
Na nutrição de aves, os carotenoides são de grande importância, pois são essas
substâncias o principal grupo de compostos responsáveis pela pigmentação da pele e da
gema dos ovos (BORNSTEIN; BARTOV, 1966). Deve-se atentar também para os casos em
que há substituição parcial ou totalmente o milho da ração, ou ainda quando a principal
fonte energética é pobre em pigmentantes, como sorgo, necessitando da adição de os
pigmentantes nas rações das aves.
A eficiência da pigmentação dos carotenoides depende da sua absorção, transporte
no sangue, excreção, taxa de deposição nos tecidos alvos e de conversão do montante total
19
de pigmentos e principalmente da proporção de carotenoides amarelos e vermelhos
ingeridos (EFSA, 2006b).
Ao trabalharem com rações a base de sorgo e adicionadas de extrato de páprica (0,1%)
e/ou de marigold (0,1%) e uma ração a base de milho (controle) para codornas, Moura et al.
(2011) observaram que o uso dos pigmentos não afetou a produtividade das aves, os pesos dos
componentes dos ovos, mas melhorou a pigmentação das gemas, sendo o melhor resultado
obtido com o uso dos dois pigmentos junto (9,45 na escola DSM). Segundo os autores, o
extrato de marigold proporcionou cor da gema equivalente à obtida com o fornecimento de
rações à base de milho. A suplementação associada do extrato de páprica com extrato de
marigold promove maior escore colorimétrico e em menor tempo.
Avaliando o uso de extrato de marigold nas doses de 150, 250 e 350 mg/kg na dieta de
poedeiras Skrivan et al. (2015) notaram que, comparado com a dieta controle a base de milho,
a inclusão de 150 mg/kg melhorou a produção de ovos e a massa de ovos, mas reduziu o peso
do ovo, somente melhorou a cor com a inclusão de 250 mg/kg.
Apesar de ser menos onerosas, as fontes naturais apresentam uma eficiência menor de
pigmentação comparadas com as fontes sintéticas (GARCIA et al., 2002). Baião et al. (1999)
fez a mesma observação ao avaliarem a eficiência de pigmentação de gema de ovos de
poedeiras utilizando diferentes relações entre pigmentantes amarelo e vermelho na forma
sintética e natural.
3 MATERIAL E MÉTODOS
Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética no Uso de Animais (protocolo n.05-
14, data de aprovação: 10/06/2014) e pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CAAE
36757814.8.0000.5077, data de aprovação: 05/11/2014).
Foram utilizadas 140 codornas japonesas (Coturnix coturnix japônica), com idade
inicial de 50 dias, durante 84 dias, divididos em três períodos de 28 dias. O delineamento foi
inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 × 2 + 1, com cinco tratamentos e quatro
repetições. Os produtos comerciais Sun Gold® and Sun Red® (Seifun Comércio e Indústria
Ltda, São Paulo, Brasil) continham extrato de marigold (EM) (Tagetes erecta) e extrato de
páprica (EP) (Capsicum annum) como pigmentos naturais amarelo e vermelho,
respectivamente. As rações experimentais foram formuladas baseadas nas recomendações
para codornas em postura de Rostagno et al. (2011) (Tabela 1).
Os tratamentos utilizados foram os seguintes:
1 - Ração a base de milho.
2 - Ração a base de sorgo (S) sem pigmentantes;
3 - S + 0,06% de EP;
4 - S + 0,01% de EM e
5 - S + 0,06% de EP e 0,01% de EM.
As codornas foram alojadas em gaiolas metálicas (Figura 6) de 25 cm × 15 cm × 33
cm (comprimento × altura × largura) com bandeja para coleta dos ovos, contendo comedouro
e bebedouro do tipo calha, de modo que cada bebedouro servia a quatro gaiolas. A água e a
ração foram disponibilizadas à vontade, com as rações fornecidas duas vezes ao dia, as 8 e 17
horas, ocasião em que os ovos eram contados e coletados.
O programa de luz iniciou-se no 40º dia de idade, com fornecimento inicial de 14
horas de luz diária e aumentos semanais de 30 minutos até que se atingiu 17 horas de luz por
dia, que se manteve até o final do experimento.
Os parâmetros de desempenho produtivo avaliados foram: a taxa de postura
(%/ave/dia), a massa de ovos (g/ave/dia), o consumo de ração diário (g/ave/dia), a conversão
alimentar por quilo e por dúzia de ovos (kg/kg de ovo e kg/dúzia de ovos).
21
Os parâmetros de qualidade dos ovos avaliados foram o peso do ovo (g), o peso
específico (g/cm³), a cor da gema, pH do ovo, a unidade Haugh, o peso (g) e a porcentagem
de gema, albúmen e casca e a espessura (mm) da casca.
TABELA 1 - Composição das rações experimentais contendo extrato de páprica (EP) e/ou de
marigold (EM) para codornas em postura
Ração à base
de milho
Rações a base de sorgo (S)
Ingredientes (kg) S S + EP S + EM S + EP + EM
Milho moído 51,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Farelo de soja 35,37 34,29 34,29 34,29 34,29
Óleo de soja 3,75 5,39 5,39 5,39 5,39
Sorgo moído 0,00 50,30 50,30 50,30 50,30
Extrato de páprica 0,00 0,00 0,06 0,00 0,06
Extrato de marigold 0,00 0,00 0,00 0,01 0,01
Fosfato bicálcico 1,18 1,14 1,14 1,14 1,14
Calcário calcítico 7,18 7,22 7,22 7,22 7,22
DL-metionina 99% 0,28 0,37 0,37 0,37 0,37
L-lisina 78,8% 0,13 0,18 0,18 0,18 0,18
Sal comum 0,34 0,34 0,34 0,34 0,34
Suplemento vitamínico1 0,20 0,20 0,20 0,20 0,20
Areia Lavada 0,07 0,07 0,01 0,06 0,00
Suplemento mineral2 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50
Total 100 100 100 100 100
Composição calculada3
Proteína bruta (%) 19,9 19,9 19,9 19,9 19,9
Energia metabolizável (kcal/kg) 2851 2851 2851 2851 2851
Cálcio (%) 3,10 3,10 3,10 3,10 3,10
Fósforo disponível (%) 0,33 0,33 0,33 0,33 0,33
Sódio (%) 0,15 0,15 0,15 0,15 0,15
Lisina total 1,12 1,12 1,12 1,12 1,12
Metionina total 0,55 0,54 0,54 0,54 0,54
Metionina+cistina total 1,91 0,89 0,89 0,89 0,89 1Cada kg contém: vit A 2.000.000 UI; vit D3 5.000.000 UI; vit E 40.500 UI; vit K3 4.800 mg; vit B12 28.000
mcg; niacina 87.000 mg; ácido pantotênico 29.000 mg; ácido fólico 1.600 mg; tiamina 3.600 mg; riboflavina
12.000 mg; piridoxina 6.000 mg; biotina 60 mg. 2Cada kg contém: Cu 16.000 mg; Fe 200.000 mg; I 1.200 mg; Mn 240 g; Se 200 mg; Zn 160.000 mg; Mg 200
mg. 3De acordo com Rostagno et al. (2011).
22
FIGURA 6 – Vista do galpão experimental.
Para a pigmentação da gema, utilizou-se o leque colorimétrico da marca DSM, que
possui escala numérica crescente, de 1 a 15 para a comparação da cor das gemas de três ovos
de cada repetição. Para o pH foram utilizados dois ovos inteiros, que foram homogeneizados e
o pH foi medido com uso de pHmetro de bancada.
A análise sensorial foi realizada após o final do experimento, 50 ovos por tratamento,
foram cozidos durante dez minutos, sendo o tempo contabilizado após o início da ebulição da
água e, em seguida, sendo resfriados em água corrente. Foram descascados, manualmente,
sempre pelas mesmas pessoas, e cortados longitudinalmente, contendo cada parte clara e
gema.
Sendo utilizados 250 ovos ao total para a análise de sabor e cor da gema por uma
equipe composta por 50 provadores não-treinados, recrutados entre discentes da UniRV
(Anexo I – TCLE) no curso de Medicina Veterinária, sendo 25 do sexo masculino e 25 do
sexo feminino. Todos receberam esclarecimento sobre os objetivos da pesquisa, sobre os
procedimentos a serem adotados durante as avaliações, sobre a não-remuneração e sobre a
possibilidade de desistência de participação em qualquer momento.
A análise sensorial foi realizada em duas sessões. Na primeira, as amostras foram
avaliadas quanto à cor da gema e na segunda quanto ao sabor dos ovos.
Foi utilizado o teste de comparação pareada – grau de diferença, segundo a
metodologia descrita por Anzaldúa-Morales (1994). Os provadores foram acomodados em
cabines individuais (Figura 7) e receberam em um prato plástico branco a amostra padrão (do
tratamento controle) e as dos demais tratamentos codificados com algarismos aleatórios de
23
três dígitos, acompanhados de uma ficha de avaliação (MOURA et al., 2009). A amostra de
cada tratamento foi individualmente comparada à amostra padrão.
FIGURA 7 – Cabines de analise sensorial.
Os avaliadores utilizaram as fichas de avaliação (Anexo II – ficha de avaliação) para
indicar a diferença entre a amostra padrão e as amostras dos tratamentos, bem como o grau
desta diferença, segundo a seguinte escala para sabor e cor de gema, sendo os resultados
expressos em média:
0 – nenhuma diferença;
1 – diferença leve;
3 – diferença moderada e
5 – diferença intensa.
A análise sensorial foi realizada em cabines sob luz natural e em duas sessões, sendo a
primeira para avaliação das amostras quanto ao sabor e a segunda para avaliar o atributo cor
da gema. Foi recomendado à equipe sensorial à ingestão de água mineral sem gás, em
temperatura ambiente, no intervalo entre a degustação das amostras (MOURA et al., 2009).
Os resultados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas
utilizando-se o teste Dunnett a 5% de probabilidade. Na análise do fatorial, quando o teste F
foi significativo, as médias foram comparadas por meio do teste SNK a 5% de probabilidade.
Os dados obtidos foram avaliados, utilizando a Tabela de Número Mínimo de
Respostas Coincidentes, ao nível de 5% de probabilidade (ANZALDÚA-MORALES, 1994).
24
Segundo a metodologia, é necessário que do total de 50 provadores não-treinados, pelo menos
23 detectassem alguma diferença entre as amostras (padrão e teste). Foi utilizado o teste T de
Student para comparação entre as médias das amostras pareadas ao nível de 5% de
probabilidade.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Não houve efeito (P>0.05) da interação controle × fatorial sobre consumo de ração
diário, taxa de postura e massa de ovo, porém os valores de conversão alimentar foram
menores com dietas contendo os dois pigmentos, comparado com o tratamento controle. A
interação páprica × marigold afetou (P<0,05) a conversão alimentar, em que os melhores
valores foram obtidos com a inclusão dos dois pigmentos na dieta. O consumo de ração
diminuiu (P<0,04) em 13,75% quando o extrato de páprica foi incluído nas dietas das
codornas (Tabela 2).
TABELA 2 - Desempenho produtivo de codornas Japonesas alimentadas com rações
contendo extrato de páprica e/ou marigold
Tratamento Consumo de
ração diário
(g/d)
Conversão
alimentar
(kg/kg)
Conversão
alimentar
(kg/dúzia)
Taxa de
postura
(%)
Massa
de ovo
(g/ave/d)
Controle 32,77 3,34 0,49 80,07 9,79
Efeito dos níveis de páprica (%)
0,0 37,82a 3,37 0,48 89,08 10,74
0,06 32,62b 3,17 0,46 85,61 10,41
Efeito dos níveis de marigold (%)
0,0 35,93 3,32 0,48 85,25 10,34
0,01 34,52 3,21 0,47 89,44 10,81
Efeito da interação páprica × marigold
0,0 × 0,0 34,95 3,21a 0,45a 88,52 11,65
0,06 ×0,0 32,38 3,21a 0,47a 81,99 10,04
0,0 × 0,01 36,32 3,34a 0,49a 89,64 10,83
0,06 × 0,01 29,31 2,74b* 0,39b* 89,24 10,79
EPM 1,29 0,10 0,02 5,46 0,67
valor de p
Contr × fatorial 0,1610 0,0400 0,0058 0,1551 0,3578
Páprica 0,0090 0,0188 0,0467 0,2564 0,2693
Marigold 0,4503 0,1574 0,3217 0,9088 0,9601
Páprica × Marigold 0,0649 0,0204 0,0083 0,2170 0,2907 EPM = erro padrão da média.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas, diferem entre si pelo teste SNK.
Médias seguidas de * nas colunas, diferem do tratamento controle (à base milho).
26
A páprica e marigold, como outros fitogênicos, possuem substâncias que estimulam a
secreção de enzimas de mucosa e pancreáticas que, no intestino delgado, aumentam a
digestibilidade dos nutrientes e melhoram a morfologia gastrintestinal (APPLEGATE et al.,
2010) e esta é, provavelmente, a razão da redução no consumo de ração e melhora na
conversão alimentar.
Platel e Srinivasan (2001) estudaram o uso de capsaicina, entre outros fitogênicos, na
dieta de ratos e notaram que a atividade das enzimas lipase, amilase, tripsina e quimotripsina
aumentaram 36, 72, 120 e 25%, respectivamente. Platel e Srinivasan (2004) reportaram que a
capsaicina estimula a secreção e promovem o aumento da atividade da amilase salivar e lipase
pancreática, estimula levemente a produção e secreção da bile. Segundo os autores, a
atividade da tripsina pode ser aumentada de 120-165% pela capsaicina. Carboidratos, lipídios
e proteínas são os principais macronutrientes necessários para o bom desenvolvimento das
aves.
Jamroz et al. (2005) estudaram um extrato herbal composto por capsaicina,
cinamaldeído e carvacrol na dieta de frangos e notaram que houve melhora na conversão
alimentar e na digestibilidade de nutrientes, além de aumento na atividade da lipase
pancreática.
A luteína, presente na marigold, tem ação antioxidante (BHATTACHARYYA et al.,
2010; SIVEL et al., 2014; INGKASUPART et al., 2015), com capacidade protetora das
mucosas do trato gastrintestinal e melhorando a produção e secreção de enzimas digestivas.
Desta forma, é possível que tenha colaborado para maior digestão e absorção de nutrientes,
levando à melhor conversão alimentar. Resultados diferentes foram encontrados por
Englmaierová et al., (2013) que usaram a luteína, presente no extrato de marigold, em rações
para poedeiras na dose de 250 mg/kg e não notaram efeitos sobre a produtividade das aves.
Da mesma forma, Skrivan et al. (2015) estudaram a inclusão de 150, 200 e 350 mg/kg de
extrato de marigold e também não observaram melhorias na produtividade das aves.
Não houve efeito (P>0.05) da interação controle × fatorial e da inclusão dos extratos
isoladamente sobre os parâmetros avaliados, mas a interação extrato de páprica × extrato de
marigold foi significativa (P<0,026) em que a inclusão do extrato de páprica isoladamente
reduziu o peso específico dos ovos comparado com os outros tratamentos (Tabela 3).
Os métodos de avaliação qualidade da casca incluem a mensuração da espessura da
casca, a percentagem da casca em relação ao peso do ovo e o peso específico do ovo
(BAIÃO; CANÇADO, 1997; BARBOSA et al, 2012). Assim, pode-se inferir que a páprica
27
causou leve redução na qualidade da casca dos ovos que não chegou a afetar a qualidade do
ovo, pois o peso específico de 1,065 está dentro dos valores normais para ovos de codornas.
A interação extrato de páprica × extrato de marigold não afetou (P>0,05) os
parâmetros estudados, entretanto, a interação controle × fatorial foi significativa (P<0,002) em
que, quando os dois pigmentos foram utilizados, as gemas se tornaram mais pigmentadas
comparado com gemas dos tratamentos contendo milho. A inclusão isolada de extrato de
páprica ou de marigold melhoraram a pigmentação das gemas (P<0,016) (Tabela 4).
A dieta com milho promoveu gemas com escore colorimétrico de 5,83; entretanto,
quando o sorgo foi utilizado, sozinho ou com extrato de páprica ou de marigold, o escore
diminuiu (3,25 e 4,00). Quando os dois extratos foram adicionados às dietas com sorgo, a
pigmentação da gema foi maior. O extrato de páprica e de marigold melhoram o escore
colorimétrico das gemas em 21%. Lokaewmanee et al. (2011) também não detectaram efeito
associativo dos extratos de páprica e de marigold sobre a gema do ovo; entretanto, resultados
diferentes foram encontrados por Moura et al. (2011), que relataram o efeito associativo dos
extratos sobre a pigmentação das gemas.
Houve efeito (P<0,02) dos tratamentos sobre os atributos sabor do ovo e cor de gema.
O grau de diferença detectado pelos degustadores para o atributo sabor do ovo foi de
intensidade leve, com médias de 1,25, evidenciando assim que o sorgo utilizado nas rações
conferiu um sabor levemente diferente ao ovo, em relação à amostra padrão. Assim, pode-se
afirmar que o sorgo, bem como os pigmentos, podem ser utilizados na dieta de codornas sem
influenciar marcantemente o sabor dos ovos.
Com relação à cor da gema, houve diferença (P<0,05) entre as médias dos tratamentos
à base de sorgo e de sorgo + extrato de páprica, com média de valores de 2,33 e 2,88,
respectivamente. Os provadores consideraram de próxima a moderada, a diferença na
pigmentação das gemas, em relação às gemas dos ovos oriundos de codornas alimentadas
com rações à base de milho, o que corrobora os resultados obtidos com o leque colorimétrico
(Tabela 4). Nestes dois tratamentos, as gemas eram visualmente menos pigmentadas em
relação à amostra padrão. Este resultado se deve ao fato de o sorgo ser pobre em carotenoides.
A diferença da cor das gemas dos tratamentos com extrato de marigold ou com os dois
pigmentos foi considerada leve pelos avaliadores (1,98).
A cor da gema é um fator de qualidade importante, seguida pelo frescor e qualidade da
casca. Os consumidores preferem gemas mais pigmentadas (ENGLMAIEROVÁ et al., 2014).
28
TABELA 3 - Características do ovo de codorna alimentadas com dietas, à base de sorgo, contendo extrato de páprica e/ou marigold
Tratamento Peso do ovo
(g)
Porcentagem de
gema (%)
Porcentagem de
albúmen (%)
Porcentagem de
casca (%)
Espessura de
casca (mm)
Peso específico
(g/cm3)
pH do ovo
Controle 12,21 31,42 60,38 8,19 0,226 1,069 8,33
Efeito dos níveis de páprica (%)
0 11,90 31,09 60,64 8,26 0,232 1,068 8,00
0,06 12,21 30,54 61,22 8,25 0,233 1,067 7,87
Efeito dos níveis de marigold (%)
0 12,00 30,28 61,23 8,50 0,234 1,067 7,75
0,01 12,11 31,35 60,63 8,01 0,231 1,068 8,12
Efeito da interação páprica × marigold
0 × 0 11,71 30,69 60,77 8,55 0,236 1,069a 8,00
0,06 × 0 12,29 29,86 61,68 8,45 0,233 1,065b 7,50
0 × 0,01 12,09 31,50 60,52 7,97 0,227 1,067a 8,00
0,06 × 0,01 12,13 31,21 60,75 8,04 0,235 1,069a 8,25
EPM 0,18 1,05 1,09 0,22 0,009 0,001 0,49
Valor de p
Contr × fatorial 0,254 0,796 0,925 0,355 0,929 0,125 0,493
Páprica 0,134 0,626 0,639 0,961 0,851 0,287 0,662
Marigold 0,587 0,358 0,627 0,076 0,755 0,492 0,205
Páprica × Marigold 0,169 0,816 0,774 0,741 0,593 0,026 0,204 EPM = erro padrão da média.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas, diferem entre si pelo teste SNK.
29
TABELA 4 - Qualidade do ovo de codornas alimentadas com dietas, a base de sorgo, contendo extrato de páprica e/ou marigold
Tratamento Altura de gema
(mm)
Diâmetro de
gema (mm)
Índice de
gema
Altura de
albúmen (mm)
Diâmetro de
albúmen (mm)
Índice de
albúmen
Cor de gema
Controle 7,50 20,83 0,360 1,16 42,16 0,028 5,83
Efeito dos níveis de páprica (%)
0 7,50 20,62 0,365 1,18 40,93 0,029 3,62b
0,06 7,68 20,37 0,377 1,31 43,25 0,030 4,37a
Efeito dos níveis de marigold (%)
0 7,62 20,37 0,375 1,12 41,56 0,033 3,63b
0,01 7,56 20,63 0,367 1,37 42,62 0,026 4,38a
Efeito da interação páprica × marigold
0 × 0 7,50 20,38 0,370 1,25 40,25 0,029 3,25*
0,06 × 0 7,75 20,38 0,381 1,62 42,87 0,037 4,00*
0 × 0,01 7,50 20,87 0,359 1,25 41,62 0,030 4,00*
0,06 × 0,01 7,63 20,37 0,374 1,00 43,62 0,023 4,75
EPM 0,27 0,53 0,02 0,25 1,94 0,005 0,42
valor de p
Contr × fatorial 0,950 0,912 0,872 0,495 0,780 0,571 0,002
Páprica 0,525 0,675 0,497 0,657 0,288 0,921 0,016
Marigold 0,831 0,675 0,648 0,380 0,619 0,324 0,016
Páprica × Marigold 0,831 0,675 0,914 0,197 0,883 0,257 0,997 EPM = erro padrão da média.
Médias seguidas de letras diferentes nas colunas, diferem entre si pelo teste SNK.
Médias seguidas de * nas colunas, diferem do tratamento controle (à base milho).
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TABELA 5 - Resultado do teste de Comparação Pareada para os atributos sabor e cor das gemas dos ovos de codornas alimentadas com dietas, a
base de sorgo, contendo páprica e/ou marigold
Sabor da gema Grau de diferença Cor da gema Grau de diferença
Padrão de resposta1 (valor médio) Padrão de resposta1 (valor médio)
Tratamento 0 1 3 5 0 1 3 5
Ração com milho - - - - - - - -
Ração com sorgo (RS) 12 25 10 1 1,25 2 23 13 10 2,33
RS + páprica 11 19 15 3 1,60 4 9 23 12 2,88
RS + marigold 10 17 16 5 1,81 4 21 19 4 1,98
RS + páprica e marigold 15 11 16 6 1,92 14 15 9 10 1,98 1Número de degustadores que detectaram nenhuma diferença (0), diferença leve (1), diferença moderada (3) e diferença intensa (5).
5 CONCLUSÃO
Concluiu-se que os extratos de páprica e de marigold podem ser usados em conjunto
na dieta, à base de sorgo, para codornas em postura por melhorar a conversão alimentar e
aumentar a pigmentação das gemas.
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ANEXOS
39
ANEXO 1
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado a participar da pesquisa cujo título é “INCLUSÃO DE
PÁPRICA E/OU MARIGOLD EM RAÇÕES PARA CODORNAS JAPONESAS”, que
tem como objetivo comparar a aceitação dos ovos de codornas por meio de análise do sabor e
da cor da gema.
Os procedimentos a serem realizados serão:
- você receberá cinco ovos cozidos de codornas em prato plástico branco e deverá
ingerí-los e avalia-los primeira etapa. Você receberá água mineral sem gás para acompanhar o
teste de análise de sabor.
- você receberá cinco ovos cozidos de codornas em prato plástico branco, cortados ao
meio, e deverá avalia-los de acordo com a cor da gema, na segunda etapa.
A avaliação ocorrerá no Laboratório de Tecnologia de Alimentos do curso de Medicina
Veterinária, da UniRV, em dia e horário a ser combinados. Você permanecerá durante a
avaliação em cabine individual e receberá uma ficha de avaliação dos ovos. O tempo
necessário para as duas avaliações é de, aproximadamente, 30 minutos.
Sua participação é voluntária, você não terá despesas e não será remunerado ao
participar da pesquisa. Você poderá desistir em qualquer momento sem nenhuma penalização.
A pesquisa não oferece riscos aos participantes, pois o risco de alergia a corantes
artificiais, não naturais, somente ocorre com o uso excessivo o que não ocorrerá durante as
provas de degustação. Você não terá benefícios diretos, também devido à pequena ingestão
durante a avaliação, entretanto a sua colaboração é muito importante e os dados do presente
estudo serão utilizados para fins científicos. Seu nome e endereço não serão apresentados na
divulgação da pesquisa.
Em caso de dúvidas, você poderá entrar em contato com a pesquisadora e o Comitê de
Ética em Pesquisa da UniRV, nos endereços abaixo:
40
Pesquisador responsável
Profa. Dra. Maria Cristina de Oliveira – Universidade de Rio Verde, Faculdade de Medicina
Veterinária, Rio Verde, GO. 75,901-190. Tel.: 6311-2217.
Comitê de Ética em Pesquisa da UniRV - Rua Augusta Bastos, 883, Ed. Sisrio, 2º andar, sala
10 – centro, Rio Verde– GO, CEP 75901-030 Tel.: 3621 5485.
Eu, ______________________________________________, abaixo assinado, declaro
que aceito participar do estudo acima proposto. Fui informado sobre os seus objetivos, sobre o
meu direito de participar ou não e da garantia de anonimato e confidencialidade dos dados e
declaro, para os devidos fins, que não sou alérgico à ovos ou aos aditivos utilizados na
pesquisa.
Rio Verde, _____/______/______
Assinatura do voluntário Assinatura do pesquisador
Profa. Maria Cristina de Oliveira
41
ANEXO 2
FICHA DE AVALIAÇÃO – SABOR
Sexo:______ Idade: ___anos
Você está recebendo duas amostras codificadas. Por favor, prove as amostras da esquerda
para a direita e, comparando com a amostra de número 547, coloque, nos parênteses, o código
como segue:
0 – nenhuma diferença;
1 – diferença leve;
3 – diferença moderada e
4 – diferença intensa.
547 801 ( ) 148 ( ) 392 ( ) 981 ( )
FICHA DE AVALIAÇÃO - COR DE GEMA
Sexo:______ Idade: ___anos
Você está recebendo duas amostras codificadas. Por favor, avalie as amostras da esquerda
para a direita e, comparando com a amostra de número 547, coloque, nos parênteses, o código
como segue:
Coloque, nos parênteses, o código como segue:
0 – nenhuma diferença;
1 – diferença leve;
3 – diferença moderada e
4 – diferença intensa.
547 801 ( ) 148 ( ) 392 ( ) 981 ( )