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UNIP INTERATIVA PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR II – PIM II CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Estudo sobre a Adoção de Computadores Pedagógicos no Brasil

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UNIP INTERATIVA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR II – PIM II

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

Estudo sobre a Adoção de Computadores Pedagógicos no Brasil

UNIP CERES-GO

2012

2

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UNIP INTERATIVA

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR II – PIM II

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA

INFORMAÇÃO

Estudo sobre a Adoção de Computadores Pedagógicos no Brasil

Nome Completo dos Alunos: Heder Vieira de Lima

RA: 1213055

Aquilles Costa de Azevedo

RA: 1208832

Renato dos Santos Araújo

RA: 1210816

UNIP CERES-GO

2012

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Resumo

O uso de computadores pedagógicos no Brasil, cujo histórico remonta a

metade do século anterior, tem se aprimorado e contemplado as mais diversas áreas.

Entretanto, os brasileiros ainda estão excluídos da era digital.

As ações do governo a partir de politicas de inclusão digital tem causado um

grande impacto na sociedade, contribuindo para o avanço da tecnologia de forma

direta ou indireta.

O Ensino a Distância, cujo funcionamento está vinculado ao credenciamento

concedido pelo Ministério da Educação, é um grande exemplo do avanço

tecnológico. Esta modalidade de ensino apresenta-se assim, como uma possibilidade

para resolver duas questões – a inclusão digital e a ampliação de acesso às vagas

nos mais diversos níveis de ensino e, em especial para o Ensino Superior.

Palavras chave: Informática na educação, tecnologias da informação e

comunicação, TICs, computadores pedagógicos no Brasil.

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Abstract

The pedagogical use of computers in Brazil, whose history dates back half a

century earlier, has been enhanced and covered several areas. However, the

Brazilians are still excluded from the digital age.

The government's actions from policies of digital inclusion has caused a great

impact on society, contributing to the advancement of technology directly or indirectly.

Distance Education, whose operation is linked to accreditation awarded by the

Ministry of Education, is a great example of technological advancement. This type of

education presents itself as a possibility to solve two issues - digital inclusion and

increased access to jobs in various levels of education and in particular for higher

education.

Keywords: Computers in education, information and communication

technologies, ICT, teaching computers in Brazil.

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Sumário

1. Introdução.............................................................................................................6

2. A Informática no Processo de Ensino Aprendizagem...........................................7

2.1 Computador na escola: Da resistência à sedução..........................................7

2.2 As origens da Informática na Educação Brasileira.........................................8

2.3 Inclusão Digital – A formação dos Educadores..............................................9

2.4 Classificando as ações de Inclusão Digital quanto à sua relação com a......10

Educação................................................................................................................10

2.4.1 Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Direta.....................11

2.4.2 Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Indireta...................12

2.4.3 Educação a Distância.............................................................................14

2.5 Plataformas de Ensino ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)......16

2.5.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem...............................................17

3. Conclusão...........................................................................................................18

4. Referências.........................................................................................................19

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6 1. Introdução

Com o advento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs),

foram surgindo uma infinidade de transformações nos mais variados setores da

sociedade e, como não poderia deixar de ser, o mesmo se fez na área educacional.

O Giz e o quadro negro já não são mais as tecnologias de ponta neste

segmento tão importante da sociedade. Na verdade, são os de menor destaque.

Aliando os recursos midiáticos com o tema de suas aulas, aos mestres torna-se

possível cativar educandos cada vez mais críticos e detentores de uma quantidade

vertiginosamente crescente de informações. Tal situação justifica-se pelo processo

de popularização da internet e de equipamentos que não contemplam apenas aos

microcomputadores, como também aos aparelhos celulares, smartphone, iphone,

ipad e tablet, cuja evolução também não deixou a desejar em nada.

No meio deste processo, a linguagem esbarra numa infinidade de termos

estrangeiros, cujo uso na área de informática tem sentidos bastantes

representativos.

Compreendendo as dificuldades de inclusão social dos cidadãos na

sociedade brasileira e da inclusão de computadores nas escolas, o governo, em

parceria com empresas de tecnologia digital, tem realizado projetos para suprir a

demanda e reduzir tal realidade.

Assim, são visíveis projetos que atuam direta e indiretamente sobre a

Educação, sempre com a bandeira da inclusão digital. Além do mais, o uso da

informática na área de educação tem se tornado de grande valia para popularizar o

acesso ao Ensino Superior bem como a outros níveis de ensino, quer seja por conta

da barreira geográfica ou mesmo por questões de espaço e tempo.

Nesse trabalho será feita uma leitura sobre o processo da adoção de

computadores pedagógicos nos centros de ensinos públicos e privados no Brasil e,

sobre algumas políticas públicas de inclusão digital.

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7 2. A Informática no Processo de Ensino Aprendizagem

2.1 Computador na escola: Da resistência à sedução

O computador é, ao mesmo tempo, uma ferramenta capaz de seduzir1 as

pessoas e de gerar medo e resistência. Encontramos, entre os professores, atitudes

muito diversas em relação às tecnologias de informação e comunicação - TIC.

Alguns as olham com desconfiança, procurando adiar o máximo possível o

momento do encontro indesejado. Outros as usam na sua vida diária, mas não

sabem muito bem como integrá-las em sua prática profissional. Outros procuram

usá-las nas suas aulas sem, contudo, alterar as suas práticas. Nada disto é de se

admirar.

A boa parte dos professores pertence a uma geração que não nasceu com a

informática, se surpreendeu com o seu surgimento e ainda se assusta (ou pelo

menos se incomoda) com a presença da tecnologia, a cada dia mais forte, nas

escolas. Acostumados a viver em uma cultura escrita, se torna difícil pensar de uma

forma desvinculada dela. Pensam nos efeitos da inserção do computador na

educação, que ainda está sendo desvendado e temem por aquilo que já é de nosso

domínio. A internet, a abundância de informações disponíveis e a possibilidade de

acesso a elas, a velocidade de uma comunicação em tempo real, a aproximação de

pessoas de diferentes culturas e nacionalidades, são coisas que, muitas vezes, por

não saber como lidar com elas, causam estranheza.

Estes professores referem à informática como algo estritamente tecnológico,

automatizado, dentre os brasileiros e marca tal situação como uma situação de

desvantagem do país para com relação às outras nações cujo trabalho pedagógico

já incorpora de forma bem mais esclarecida as tecnologias.

Nesta situação, o ensino de língua estrangeira, em especial o de língua

inglesa, pode se apoiar nas novas tecnologias, haja vista o fato da incorporação

1 Não é exatamente o proibido que seduz, mas “a falta de sentido da proibição” que seduz. Utilizamos o termo seduzir porque, como Jean Baudrillard, concebemos 'sedução' como o poder de atração e de distração, poder de absorção e de fascinação.

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8 popular de uma infinidade de termos em nosso vocabulário – tais como as famosas

expressões download, upload, freeware, shareware, wireless, dentre outras.

Por outro lado, muitos professores acreditam e/ou esperam que o

computador seja a solução para os problemas da aprendizagem. Esperam que os

alunos ao terem contato com os computadores se tornem alunos mais atentos,

interessados, motivados para a aprendizagem. Alunos apáticos, indisciplinados se

tornariam grandes investigadores ao se deparar com as incríveis possibilidades do

mundo virtual. Preocupam-se com o resultado e se esquecem de analisar o processo

que gerou o mesmo.

O computador, como qualquer outro recurso tecnológico usado nas escolas,

por si só não é capaz de fazer milagres. Ele é ferramenta a ser usada de acordo com

um planejamento, que norteie a prática docente, sendo indissociável a uma

metodologia de ensino. O professor é o principal aliado para a criação de novas

tecnologias para aperfeiçoar o ambiente de ensino.

Alguns professores se apavoram quando são pressionados a lidar com o

computador. Outros demonstram receio de que a máquina possa, algum dia, ocupar

o seu lugar. Isso, no entanto, depende do que o professor atribui como sendo o seu

papel e de como ele concebe o ato pedagógico e sua relação com a educação. Não

há mais espaço para o professor que insistir em ser um mero repetidor de

informação. Nesse caso, o computador melhor o substituiria fornecendo informações

com maior eficiência e correção.

2.2 As origens da Informática na Educação Brasileira

No ano de 1.971, foi realizado pelo Conselho de Reitores das Universidades

Brasileiras, no Rio de Janeiro, a Primeira Conferência Nacional de Tecnologia em

Educação Aplicada ao Ensino Superior – I CONTECE – onde se destaca o fato de

um pesquisador da Universidade de São Paulo (USP) ter acoplado um computador

(via modem) a um computador localizado no Campus da USP em São Paulo.

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A iniciativa do pesquisador da USP foi, a certo modo, precursora do

processo de estabelecimento de rede entre computadores, graças a esta

comunicação que ele permitiu entre as capitais paulista e carioca.

No entanto, o emprego desta área na educação não tinha outra ambição que

não a resolução de problemas ou como uma máquina de ensinar. O computador

assumia um papel de transmissor de conteúdo (a máquina de ensinar) – como um

professor mecanicista – para o aluno. Prática similar ao modelo de aula expositiva,

desta forma o aluno interagia com a máquina, mas não tinha muito espaço para

participar ativamente do processo de aprendizagem.

Historicamente, esta situação apresentou mudanças significativas a partir da

década de 70 do século XX, quando instituições como as Universidades Federais do

Rio de Janeiro (UFRJ), Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Estadual de

Campinas (UNICAMP) investiram na área e realizaram algumas pesquisas. Sendo

que, na década seguinte forma sendo estabelecidas diversas atividades que

permitiram para a área a constituição da identidade própria hoje apresentada, bem

como sua maturidade.

Desde então, os equipamentos utilizados (hardware), apresentou uma

grande evolução começando pelo tamanho e a compactação de memória de

armazenamento e processamento. Tal processo também contempla a questão dos

aplicativos (softwares), sendo que hoje existem em grande quantidade e

desenvolvidos para as mais diversas plataformas.

2.3 Inclusão Digital – A formação dos Educadores

Se um dos objetivos do uso do computador no ensino for o de ser um agente

transformador, o professor deve ser capacitado para assumir o papel de facilitador

da construção do conhecimento pelo aluno e não um mero transmissor de

informações.

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Nos últimos anos, o Governo Federal tem investido em uma infinidade de

ações, com objetivo de incluir a população aos recursos digitais. Nesta linha, a

unidade federativa também tem escoado recursos com esta finalidade. Podemos

apontar como projetos com esta finalidade os Telecentros Comunitários, Internet

Banda Larga para escolas, Implantação de TV por IP (na internet), Biblioteca Virtual

e outros mais.

Com estes recursos, cabe ao educador a adoção de abordagens

pedagógicas diferenciadas, visando preparar o estudante para atuar na sociedade

de modo autônomo, crítico e lhe permitir uma visão apropriada para inferir sobre a

realidade em que está inserido.

O professor deve ser constantemente estimulado a modificar sua ação

pedagógica. Aí entra a figura do coordenador de Informática, que está

constantemente sugerindo, incentivando e mobilizando o professor. Não basta haver

um laboratório equipado e software à disposição do professor; precisa haver o

facilitador que gerencie o processo pedagógico.

Porém, é de conhecimento que nem todos os educadores tem facilidade

para lidar com os recursos que lhe são disponibilizados. Ora, se muitos destes

profissionais não tiveram acesso à informática durante sua formação básica – quer

seja por não se encontrarem incluídos na geração digital, cujo amadurecimento já se

deu em meio aos avanços tecnológicos; quer seja por falta de oportunidades para

sua interação a respeito – o uso ainda se torna restrito. Porém, existe uma grande

pressão governamental com relação à adoção destes recursos, principalmente no

caminho indicado no início desta seção – de inclusão digital dos indivíduos.

2.4 Classificando as ações de Inclusão Digital quanto à sua relação com a

Educação

Na década de 50 do século XX os computadores foram adotados com cunho

pedagógico, ainda que este não pudesse ser entendido como uma maneira de

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11 aprendizagem na qual o educando participasse ativamente do processo ou, ainda

que este acesso fosse de modo universal.

No entanto, aos poucos este equipamento foi se aprimorando e sendo

compreendido na área educacional como uma ferramenta bastante rica e que

permite ao educador criar condições para que um dado conhecimento seja

construído de forma coletiva na relação estabelecida entre educadores e educandos.

Neste ponto, é pertinente lembrar que a parte de maior interesse no

processo educacional é de fato a parte lógica, representada pelos softwares

utilizados. Todavia, neste ponto – antes mesmo de citarmos alguns projetos de

inclusão digital que se estendam total ou parcialmente sobre a educação – convém

apontar que o processo de adoção de computadores pedagógicos pode ser

compreendido sobre perspectivas um tanto quanto diferenciadas, que

denominaremos conforme segue:

a) Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Direta;

b) Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Indireta;

Note que, tais formas de compreensão estabeleceram-se em virtude da

significação das palavras “direta” e “indireta”, cujo pretexto é separar em duas

categorias para uma análise mais detalhada.

Assim sendo a análise a seguir, um tanto quanto superficial, é proposta

como uma forma de compreensão de cada uma das categorias apresentadas, haja

vista que a partir desta definição poder-se-á conceituar as políticas públicas

brasileiras de inclusão digital, nas quais a educação nem sempre se vê como

privilegiadas – mas, antes disso, favorecida, por situações oportunas.

2.4.1 Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Direta

Neste item, o propósito é estabelecer como forma direta todos os projetos

governamentais de inclusão digital que tenham por objetivo específico a promoção

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12 da Inclusão Digital em escolas ou que, favoreçam com que estas ferramentas

possam ser utilizadas em benefício de Unidades Educacionais.

Com a finalidade de exemplificar este modelo apontado, tomar-se-á o

Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo), cujo objetivo específico é a

promoção do uso pedagógico da informática na rede pública de educação básica. A

partir deste programa são levados às escolas computadores, recursos digitais e

conteúdos educacionais.

No referido programa, compete em contrapartida ao governo dos estados e

municípios assegurar a estrutura adequada para recebimento destes e a capacitação

do uso destas tecnologias aos educadores.

Tal programa se encontra na pasta da Secretaria de Educação a Distância

do Ministério da Educação (MEC), sob a denominação de programas e ações teve

avaliações por meio de questionários estabelecidos pelo Governo Federal e, em

alguns casos, avaliações in loco, com resultados favoráveis para a continuidade do

programa.

Com relação a estes resultados, existe um grande percentual de educadores

que, se consideram não capacitado para o uso educacional da tecnologia, sendo que

dentre os que fazem uso há um percentual bastante considerável (em torno de 60%)

que considera que as atividades contribuíram e muito para a atuação docente.

2.4.2 Adoção de Computadores Pedagógicos de Forma Indireta

Diferentemente do apontado no item anterior, como forma indireta podem-se

compreender todos os projetos governamentais de inclusão digital que não tenham

por objetivo específico a promoção da inclusão digital em escolas ou favorecer com

que estas ferramentas possam ser utilizadas em benefício de Unidades

Educacionais.

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Assim sendo, estes projetos tem por objetivo tão somente a inclusão digital

de forma ampla em atendimento a toda a sociedade. Estes projetos podem ser

propostos pelo Governo Federal, Estados, Municípios ou, ainda pelo

estabelecimento de acordos entre estas esferas do poder público.

Além do mais, para a compreensão como uma categoria indireta no que

tange à adoção de computadores pedagógicos, estes devem se encontrar

implantados dentro de unidades educacionais ou, ainda, nas proximidades e atender

principalmente a este público.

Como também poderá ser considerado como exemplo de relação indireta,

equipamentos disponíveis aos educandos nas instituições de ensino com o

argumento de servirem de suporte para pesquisa, só que não monitorados por um

educador ou que façam uso de sistemas específicos para trabalhar um dado

conceito.

Destacadas tais condições, tomar-se-ão como exemplo desta categoria duas

iniciativas bastante atuais – os Centros Tecnológicos (Centec).

Com relação aos Centros Tecnológicos, sua característica envolve a questão

social, sendo tido como um esforço do Governo Federal para diminuir o número de

brasileiros que estão excluídos do mundo da informática.

Tal programa é gerenciado pelo Ministério das Comunicações e, tem por

objetivo alcançar a todos os municípios brasileiros a partir da parceria a

Superintendência de Educação Superior e Profissional e Órgão Gestor da Educação

Profissional, vinculado à Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás.

O objetivo deste programa é promover a formação e qualificação do cidadão

nas áreas de educação profissional, desenvolvendo competências, tendo como eixo

norteador a formação e potencialização do talento humano, visando também a

empregabilidade e o empreendedorismo.

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Convém salientar que todos os computadores possuem instalados Sistemas

Operacionais não proprietário (software livre), tal como seus softwares aplicativos e

que, no termo de aceitação um dos encargos é exatamente a proibição de

substituição dos mesmos.

Em linhas gerais, o termo de adesão inclui cláusula referente à capacitação

de um responsável pelo Telecentro2 em cada município que deve ser realizada a

partir da parceria com o Ministério da Educação por servidores técnicos-

administrativos da Rede Federal de Educação Tecnológica.

Outro aspecto que merece ser destacado é o de que, cada um destes

Telecentros deve ser estruturado a partir do estabelecimento de um Conselho

Gestor, eleito democraticamente pela comunidade em que esteja inserido e que,

regule suas atividades a partir do estabelecimento de regras para seu

funcionamento.

Feitas tais considerações, aparentemente o projeto é – conforme já apontado

anteriormente – tão somente de inclusão digital. Porém, uma vez que o município

opte por conceder uma sala de aula de uma unidade educacional para seu

funcionamento, ele se torna indiretamente relacionado às atividades pedagógicas da

mesma.

Além do mais, em suas premissas de funcionamento conta como

fundamental o oferecimento periódico de cursos de inclusão digital e popularização

de softwares livres na comunidade a que atenda.

2.4.3 Educação a Distância

2 É um ambiente voltado para a oferta de cursos e treinamentos, informações, serviços e oportunidades de negócios visando o fortalecimento das condições de competitividade da microempresa.

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Outra forma pela qual é possível detectar o uso de computadores

pedagógicos é por intermédio desta modalidade de ensino que tem se destacado

atualmente: A Educação a Distância (EAD).

Para a compreensão do papel da Educação a Distância nos últimos anos,

será abordada tão somente sua 3ª Geração, que se baseia nas redes de conferência

por computador e estações de trabalho multimídia.

Pode-se ainda estabelecer a intersecção entre a 3ª Geração da EAD com as

4ª e 5ª Gerações dos Computadores, que compreendem respectivamente a

integração em larga escala e a computação ubíqua (presente em todos os lugares).

Fazendo tal intersecção, devem-se compreender somente os recursos

específicos para a compreensão da computação pedagógica e, à luz do Decreto

2.494 de 10 de Fevereiro de 1.998, podemos entender como se dá o processo de

oferecimento de qualquer dos níveis de ensino nesta modalidade.

O presente decreto, por exemplo, estabelece que independentemente do

nível de ensino só possa ser realizada por instituições públicas ou privadas

devidamente credenciadas para tal fim no Ministério da Educação (MEC).

No caso específico do Ensino Superior, além do credenciamento, convém

atentar para a questão do reconhecimento do curso, haja vista o fato de que o

credenciamento não implica no reconhecimento que os cursos venham a oferecer.

Extrapolando tais questões, a prática da EAD se faz mediante a interação

proporcionada ao estudante com o conteúdo, mediado não apenas pelo educador

(ou tutor, conforme conhecido nesta modalidade), mas também por um ambiente

virtual de aprendizagem (AVA) ou plataforma de acesso aos conteúdos.

Estas plataformas podem ser de acesso livre (não detentoras de licenças)

ou, ainda proprietárias. Na verdade são sistemas para internet, ou seja, softwares

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16 que rodam em rede e possibilitam ao estudante acessar o conteúdo bastando que

tenha acesso à rede.

Estes softwares se subdividem em aplicativo e de sistema. No caso

específico destas plataformas de acesso, cuja interação entre usuários se apresenta

com diversos níveis – desde administrador, passando pelo professor que pode

preencher o ambiente de conteúdo, até o aluno que irá interagir com o conteúdo a

partir das ferramentas que lhe são propostas – pode existir uma interpretação um

tanto quanto diferenciada conforme o usuário.

Ou seja, um usuário administrador que gerencia a plataforma pode

compreendê-la como um software de sistema, na categoria de desenvolvimento. Já

o usuário comum (aluno), pode compreendê-la como um software aplicativo,

específico para a construção de seus conhecimentos – graças às ferramentas que

lhe são disponibilizadas para interação.

2.5 Plataformas de Ensino ou Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA)

Com o avanço das novas formas de educação a distância – como as

realizadas pela Internet - e as preocupações fortificadas como esse novo modelo de

EAD - como o papel do aluno e do professor em ambiente virtual – outras questões

passaram a ser discutidas para a otimização deste modelo educacional. Seria ou

não um sistema de EAD toda comunidade formada pela Internet? Afinal, a Criação

de Comunidades Virtuais é um dos princípios que orientam o crescimento inicial do

ciberespaço, ao lado da Interconexão e da Inteligência Coletiva (Cibercultura - Pierri

Lévy – pág. 127). Isto justificaria a criação de Comunidade Virtual como sendo

essencial para o estabelecimento de uma cultura de EAD. Porém, percebe-se que a

simples criação de comunidades virtuais não significa a criação de grupos de estudo

pela Internet, pois estas possuem os mais diversos interesses, que vão desde o

entretenimento até a distribuição de notícias. A Comunidade Virtual pode sim ser um

princípio essencial, segundo Lévy, mas necessita ir além de simples Agregação

Eletrônica de pessoas (Agregações Eletrônicas ou Comunidades Virtuais? – André

Lemos) para se tornar uma Comunidade Virtual de Aprendizagem.

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"Atualizando o debate, podemos dizer que com as comunidades

virtuais (CV) do ciberespaço, seus membros compartilham um

espaço telemático e simbólico (chats, listas, newsgroups,

websites), mantêm uma certa permanência temporal,

propiciando que seus participantes sintam-se parte de um

agrupamento de tipo comunitário" (Agregações Eletrônicas ou

Comunidades Virtuais? – André Lemos – internet)

2.5.1 Os Ambientes Virtuais de Aprendizagem

Para facilitar a criação destas comunidades, de aprendizagem ou não,

surgem na Internet diversos softwares de agregação de pessoas. Dentre os muitos,

alguns são voltados ao entretenimento, outros à distribuição de notícias até que

chegamos naqueles focados no sistema de ensino e aprendizagem pela Internet.

Estes softwares trazem consigo discussões pedagógicas para o desenvolvimento de

metodologias educacionais utilizando canais de interação web. Assim, softwares

como TelEduc, Moodle, Solar, Sócrates, dentre outros, ganham espaço no cotidiano

aos educadores virtuais pelo fato de possibilitarem fácil manuseio e controle de

aulas, discussões, apresentações, enfim, atividades educacionais de forma virtual.

"Ambientes digitais de aprendizagem são sistemas

computacionais disponíveis na internet, destinados ao

suporte de atividades mediadas pelas tecnologias de

informação e comunicação. Permitem integrar múltiplas

mídias, linguagens e recursos, apresentar informações de

maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e

objetos de conhecimento, elaborar e socializar produções

tendo em vista atingir determinados objetivos." (Educação a

distância na internet - Maria Elizabeth Bianconcini de

Almeida)

Com os chamados Ambientes Digitais de Aprendizagem (Educação a

distância na internet) a EAD ganhou a possibilidade de organizar de maneira mais

controlada cursos, mescla de aulas presenciais e a distância, possibilidade de aulas

apenas virtuais, integração com novas possibilidades de interação pela Internet,

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18 além da aproximação entre professores e alunos dentro do processo educativo. O

número de ferramentas disponíveis para utilização também cresce a cada dia. São

e-mails, fóruns, conferências, bate-papos, arquivos de textos, wikis, blogs, dentre

outros. Ressalta-se que, em todos estes ambientes, textos, imagens e vídeos podem

circular de maneira a integrar mídias e potencializar o poder de educação através da

comunicação. Além disso, a possibilidade de hiperlinks traz o aumento do raio de

conhecimento possível de ser desenvolvido pelos alunos. Estes hiperlinks podem ser

realizados tanto dentro do próprio ambiente digital de aprendizagem (entre textos

indicados ou entre discussões em fóruns diferentes, por exemplo), como também de

dentro para fora e de fora para dentro (em casos de pesquisas alargadas de

discussões internas, nos quais se pode trazer ou levar conteúdo desenvolvido para a

discussão). Assim, pode-se diferenciar inclusive as nomenclaturas que são dadas à

educação promovido a distância.

3. Conclusão

A adoção de computadores pedagógicos no Brasil, se comparada a outros

países, pode se encontrar em situação desfavorável em virtude do despreparo dos

docentes, contudo esta nem de longe resume todos os problemas. Tanto que, as

diversas esferas do poder público vêm atuando para tentar reverter o quadro de

exclusão digital dos cidadãos. Tais medidas estão direta e indiretamente ligadas ao

processo educacional.

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Em contrapartida, graças ao crescimento da modalidade de ensino a

distância, cujo número de alunos tem crescido significativamente nos últimos anos,

pode-se considerar que o uso com finalidades pedagógicas do computador tem

crescido.

Porém, é no cenário do Ensino Superior que esta modalidade tem maior

destaque, o que acarreta uma repetição do observado por volta da década de 50 do

século Cibercultura XX, Cibercultura onde apenas o ensino superior discutia o

processo do uso da computação com finalidades educacionais.

Tal interpretação permite a suposição de que nos próximos anos a Educação

a Distância aumentará se percentual de alunos também nos níveis de educação

básica.

4. Referências

Ministério da Educação (MEC)

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=noticias&Item

id=86>

Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias:

<http://www.eca.usp.br/prof/moran/inov.htm>

Page 20: UNIP INTERATIVA PIM 2.docx

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Serpro alia educação digital a programas de inclusão:

<https://www.serpro.gov.br/noticias/serpro-alia-educacao-digital-aprogramas-

de-inclusao >

Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado de Goiás:

<http://www.sectec.go.gov.br/portal/?page_id=8>

Decreto 2.494, de 10.02.1998. Disponível em:

< http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/D2494.pdf>

FRANCO, Marcelo Araújo. Informática e poder: uma leitura de Foucault.

Informática na Educação, n. 09, jun. 2000. Disponível em:

<http://www.ccuec.unicamp.br/revista/infotec/educacao/educacao9-1.html>

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Secretaria de Educação a Distância –

ProInfo. Anais eletrônicos. Disponível em:

<http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24

4&Itemid=823>

MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES. Inclusão Digital – Telecentro. Anais

eletrônicos. Disponível em: <http://www.mc.gov.br/inclusao-digital/telecentros>

Wikipedia - Tecnologias da informação e comunicação

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Tecnologias_da_informa%C3%A7%C3%A3o_e_

comunica%C3%A7%C3%A3o>

Wikipedia - Ambiente virtual de aprendizagem

<http://pt.wikipedia.org/wiki/Ambiente_virtual_de_aprendizagem>

LÉVY, Pierre in Cibercultura

<http://books.google.com.br/books/about/Cibercultura.html?hl=ptBR&id=7L29Np0d2YcC>