unidade lectiva 4 – comércio e moeda (joao ferreira's conflicted copy 2011-06-26)
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Economia A - 10º.ano 2
Comércio e Moeda
Para que os bens produzidos cheguem junto dos consumidores é necessário a intervenção de um conjunto de actividades que designamos por
DISTRIBUIÇÃO
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A distribuição é a actividade que estabelece a ligação entre a produção e o consumo
A distribuição é fundamental na actividade económica, pois permite ao consumidor adquirir os bens : na quantidade desejada;
de forma cómoda e prática;
no local que lhe é mais conveniente.
A DISTRIBUIÇÃO
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Actividades que compõem a distribuição
grossista
Comércio
retalhista
armazenagem
Logística
transporte
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Circuitos de distribuição
Ultracurto quando intervém apenas o produtor e o consumidor
Curto quando entre o produtor e consumidor intervém apenas o retalhista
Longo quando entre o produtor e o consumidor intervém o grossista e o retalhista
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Comércio Independente
Geralmente constituído por:
empresas familiares
empresas de pequena dimensão
um único ponto de venda
um número reduzido de trabalhadores ou mesmo nenhum
empresas exploradas apenas pelo proprietário
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Comércio Integrado
O comércio integrado caracteriza-se por:
reunir as funções de grossista e retalhista
explorar cadeias compostas por vários pontos de venda
todos os pontos de venda são identificados pela mesma insígnia
aplicar políticas de gestão comuns
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Comércio Integrado
Dentro do comércio integrado encontramos os seguintes formatos:
grandes armazéns (department stores)
armazéns populares
grandes superfícies generalistas
grandes superfícies especializadas
franchising
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Comércio Associado
O comércio associado caracteriza-se por:
compreender um conjunto de empresas que se associam
as empresas associadas mantêm a sua independência jurídica
estas empresas podem associar uma ou mais actividades
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Métodos de vendas
Nem sempre a venda se realiza num local físico, o ponto de venda e o contacto entre o vendedor e o consumidor não é feito face a face.
A venda directa ou ao domicílio é um outro método de vendas, realizado face a face sem, no entanto, se realizar num ponto de venda.
Neste caso encontramos os seguintes métodos de venda:
venda à distânciavenda automática ou vending
cibervenda
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Moeda(noção de moeda)
Moeda é um bem de aceitação generalizada, que expressa o valor dos bens funcionando como um intermediário de trocas.
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Moeda(noção de moeda)
No início dos tempos, não existia moeda em papel ou em metal. As transacções eram feitas de forma directa, ou seja, eram trocados produtos por outros produtos.A economia das sociedades existentes há 2000 e 3000 anos A.C. viviam dosistema da troca directa de bens e serviços. Este sistema só funcionava se astrocas fossem poucas e se houvesse «dupla coincidência de necessidades».
Quer isto dizer que, tinha que se um pastor tivesse necessidade ou vontade de peixe, ele iria trocar com um pescador que tivesse necessidade de carne ou
de leite.
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Funções da moeda
Unidade de conta ou medida de valor A moeda expressa o valor dos bens e serviços
Meio de pagamento A moeda é aceite por todos, permitindo adquirir os bens e
serviços
Reserva de valor É possível guardar moeda com vista a adquirir bens e
serviços no futuro
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Evolução das trocas
Inicialmente, as trocas eram feitas de forma directa, sem a
intervenção de qualquer intermediário Troca directa
BemBem BemBem
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Moeda(noção de moeda)
Desvantagens da troca directa:1º - Dupla coincidência de desejos:Se alguém possuísse leite e quisesse trocar por arroz, teria queencontrar uma pessoa que estivesse na situação inversa, isto é quequisesse leite em troca de arroz. Esta dupla necessidade decoincidência de desejos levava a que a troca dos produtos não seefectuasse.
2º - Atribuição do valor dos bens:Uma vez ultrapassado o obstáculo da coincidência de desejos, havia agora que acordar sobre quantos kilos de leite teria que dar em troca do arroz. Isto era outro problema que surgia com frequência.
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Moeda(noção de moeda)
Desvantagens da troca directa:3º - Divisibilidade ou fraccionamento dos bens:Se para alguns bens a divisão não constituía um problema, para outros bens como, por exemplo, os animais a sua divisão era difícil de efectuar.4º - Transporte dos bens:Era difícil o transporte de bens mais pesados, sendo os animais e grandes quantidades de produtos agrícolas os exemplos mais evidentes nas sociedades primitivas.
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Moeda(noção de moeda)
Desvantagens da troca directa:5º - Elevado número de transacções :Para que se obtivesse o bem desejado, era necessário, realizar, por vezes, um grande número de transacções e transporte por longospercursos.
6º - Perecidade de alguns bens :Por vezes era difícil conservar alguns bens (o vinho azeda e o cereal apodrece).
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Evolução das trocas
Inconvenientes da troca directa:
Dupla coincidência de desejos Atribuição de valor aos bens Divisibilidade ou fraccionamento dos bens Transporte dos bens Elevado número de transacções
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Evolução das trocas
Introdução de um intermediário na troca
Troca indirecta
BemBemBemBem
MoedaMoeda
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Moeda(evolução da moeda)
Os inconvenientes da troca directa seriam ultrapassados com a introdução demetais preciosos, principalmente o ouro e a prata como instrumento de trocacom valor. Surgiam, então, as primeiras moedas com forma metálica.
A troca passa a ser indirecta, porque surge um terceiro bem que funcionacomo intermediário na troca dos bens e/ou serviços. A moeda é aceite pelageneralidade das populações e termina com as desvantagens da trocaindirecta.
Na evolução da moeda iremos ver os tipos de moeda que foram surgindo aolongo dos tempos e alguns que ainda hoje existem.
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Moeda(evolução da moeda)
Moeda Mercadoria
Moeda Metálica
Moeda Papel
Papel Moeda
Moeda escritural ou Bancária
não cunhada
cunhada
representativa
convertível
fiduciária
inconvertível
curso forçados
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Moeda(evolução da moeda)
Moeda Mercadoria:Tratava-se de bens que, por serem de grande procura na época, foram inicialmente utilizados para servirem de intermediários nas trocas, como o sal, os cereais e objectos de adorno como as conchas.
Moeda Metálica:Inicialmente constituída por pedaços de metais, normalmente preciosos, como o ouro e a prata, era pesada aquando das transacções para lhe determinar o valor. Posteriormente, passou a ser cunhada (trazia inscritos o seu valor e podia também aparecer com determinados símbolos) com os bordosserrilhados para evitar a limagem e consequente perda de valor.
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Moeda(evolução da moeda)
Moeda de Papel:Este tipo de moeda é constituída por certificados correspondentes a um determinado valor monetário. O seu aparecimento deveu-se ao enorme desenvolvimento do comércio e consequente aumento da necessidade de metais, assim como aos incómodos e riscos do seu transporte, por vezes, em longas viagens. É constituída por três modalidades diferentes que correspondem a três épocas diferentes:Moeda representativaMoeda fiduciáriaPapel-moeda
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Evolução da moeda
As primeiras moedas assumiram a forma de moeda mercadoria
A moeda mercadoria consistia na utilização de um bem como intermediário na troca
A utilização da moeda mercadoria apresentava alguns inconvenientes, pois:
podia ser utilizada para fins não monetários;
por vezes era difícil o seu fraccionamento e o transporte;
nem sempre era fácil conservá-la no tempo.
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Evolução da moeda
Generalizou-se o uso de moeda metálica (ouro e prata) ultrapassando-se os inconvenientes apresentados pela moeda mercadoria
Moeda metálica: pesada;Contada;Cunhada.
Vantagens do uso da moeda em suporte metálico:
fácil divisibilidade;
fácil de transportar;
difícil de falsificar;
aceite por todos;
baixa procura não monetária;
dado ser metal precioso, era rara e escassa.
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Evolução da moeda
Moeda mercadoria
Moeda metálica
Moeda papel
Papel moeda
Moeda escritural
A moeda papel é representativa e convertível em ouro ou prata.
O papel moeda é inconvertível, de curso forçado e fiduciária.
A moeda escritural traduz-se em inscrições contabilísticas feitas pelos bancos nas contas dos seus clientes que previamente constituíram depósitos.
Processo de desmaterialização da moeda
Perda do suporte físico Perda do suporte físico
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Moeda(formas actuais da moeda)
Divisionária ou de trocos – constituída pela moeda metálica, utilizada, sobretudo, para pagamentos de baixo valor;
Papel-moeda – notas de banco, utilizada principalmente para pagamentos de valor mais elevado;
Moeda escritural – constituída por depósitos previamente efectuados nos bancos e que pode ser movimentada, através de cheque, cartões de crédito e de débito.
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Moeda(importância da moeda)
A utilização da Moeda na economia permite:
O alargamento das trocas; A especialização do trabalho; O aumento da quantidade e variedade dos bens; O progresso económico, pois permite aplicações futuras.
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Moeda(funções da moeda)
A moeda apresenta as seguintes funções:
Meio de pagamento – qualquer dívida pode ser paga em moeda, já que esta é de aceitação generalizada pelo que, em consequência, o devedor fica definitivamente liberto dessa obrigação;
Medida de valor – serve para exprimir o valor dos bens, ou seja, o preço de cada bem vem expresso na moeda, permitindo, inclusivamente, comparar o valor dos bens.
Reserva de valor – pode ser conservada para posterior utilização, ou seja, não sendo gasta, permite ao seu detentor a aquisição de
bens no futuro.
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Moeda(desmaterialização da moeda)
• Multibanco
• Cartões de crédito e de débito
• Transacções bancárias
• Banca on-line
• Comércio electrónico
• Pagamento de serviços via internet
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O Euro O euro entrou
definitivamente em circulação no dia 1 de Janeiro de 2002, substituindo as moedas nacionais de 12 países.
Em 2007 a Eslovénia adoptou também o euro como moeda nacional.
Países da zona euro (em 2007): Portugal Finlândia Espanha Holanda França Bélgica Alemanha
Luxemburgo Áustria Irlanda Itália Grécia Eslovénia
Critérios de convergêncianominais: Estabilidade dos preços Situação das finanças públicas Observância das margens de
flutuação Durabilidade da convergência
Estes treze países formam a zona euro.Para fazer parte da zona euro os países tiveram de cumprir os critérios de convergência nominais ou de Maastricht.
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Moeda(O Euro – a moeda única europeia)
O Euro é a moeda que 12 países da União Europeia (U.E.) decidiram adoptarem comum a 1 de Janeiro de 2002. Os países que adoptaram o euro (até2004) foram: Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Irlanda,Luxemburgo, Áustria, Holanda, Bélgica, Finlândia e Grécia.
Estes doze países criaram assim um espaço comum onde circula a mesmamoeda, por isso, se designa por Zona Euro.
De fora da Zona Euro ficaram a Dinamarca, a Suécia e o Reino Unido, por nãopretenderem aderir , o que não significa que no futuro o não venham a fazer.
Para fazer parte da Zona Euro, os países tiveram que cumprir com umconjunto de critérios necessários para convergir das antigas moedas nacionais para a moeda única europeia.
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Critérios de convergência nominais:
Estabilidade das taxas de câmbio das moedas nacionais durante pelo menos dois anos;Estabilidade dos preços, ou seja, a inflação não pode exceder em 1,5% a média da inflação dos países da UE com menor taxa de inflação;Défice orçamental, a diferença entre as despesas e as receitas do Orçamento do Estado deve ser igual ou inferior a 3% do PIB;Dívida pública, tem de ser igual ou inferior a 60% do PIB;Taxa de juro a longo prazo, não podem exceder em 2% a média das taxas dos três países da UE com inflação mais baixa.
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Vantagens do Euro:A moeda torna-se mais estável, provocando estabilidade nos salários, poupanças e nas reformas.Incentiva o investimento, ao estimular os empréstimos, o gera um maior nível de estabilidade e de confiança.Facilita o comércio entre os países da UE.Permite obter empréstimos mais favoráveis, porque os juros tendem a baixar.A UE torna-se mais competitiva face aos Estados Unidos e ao Japão, nomeadamente em relação ás trocas comerciais internacionais.Facilita a comparação entre os preços dos produtos nos países comunitários.Facilita o consumo, o turismo e os negócios, visto que não se torna necessário realizar câmbios de moedas.
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O Euro
Vantagens e Desafios
para os cidadãospara os cidadãos
para as empresaspara as empresas
para a economia para a economia europeiaeuropeia
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Desvantagens do Euro (sobretudo na fase transitória):
Sobrecarga de informação para o consumidor final, devido à dupla fixação de preços.Custos de preparação da introdução do euro por parte do sector bancário;Elevado investimento em caixas automáticas, máquinas de contagem de moedas e notas, parquímetros, máquinas registadoras, etc.Dupla contabilização e utilização de dois sistemas de pagamentos diferentes.
PRINCIPAL DESVANTAGEM
Os governos perdem a capacidade de controlar a taxa de câmbio.
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O Preço dos Bens
Vimos anteriormente que a moeda é a unidade de valor utilizada na troca dos bens, sendo que é em moeda que são fixados os preços dos bens e dos serviços que compramos.
O preço de um bem ou de um serviço é a quantidade de moeda que é necessário despender para o obter.
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Elementos que intervêm na formação do preço de um bem:
custos de produção
custo do factor trabalho
preço dos outros bens
imagem de marca do bem
intervenção do Estado
número de compradores e vendedores existentes no mercado
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A Inflação – noção
Podemos falar de inflação quando se verifica:
Um subida generalizada do preço de todos os bens e serviços (e não só de um ou de um grupo de bens e serviços);
Uma subida sustentada e continuada dos preços (e não uma subida ocasional ou sazonal).
Inflação é a subida generalizada e sustentada do nível médio do preço dos bens e serviços.
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Existem, genericamente, três tipos de inflação:
Moderada – quando os preços sobem lentamente, apresentando taxas anuais de um só digito (inferior a 10%).Galopante – quando os preços começam a subir de forma mais acelerada, a taxas de dois ou mais dígitos. Os impactos desta subida são tão mais graves quanto os preços sobem descontroladamente, atingindo valores muito elevados da ordem dos 100% ou 200% ao ano.Hiperinflação – quando os preços sobem descontroladamente, atingindo valores muito elevados, da ordem dos quatro ou mais dígitos. Um caso recente de hiperinflação, aconteceu com o desmembramento da ex-URSS, que em 1992 apresentava uma taxa de inflação 2500%.
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Causas da Inflação Excesso de moeda em circulação – quando a quantidade de
moeda em circulação aumenta sem o correspondente aumento da produção de bens e serviços, os preços têm tendência a subir em virtude do aumento da procura.
Aumento dos custos de produção – provocado quer pelo aumento dos salários sem o correspondente aumento da produtividade dos mesmos quer pelo aumento dos preços das matérias-primas essenciais ao processo produtivo, acaba por se estender à generalidade dos bens e serviços (é o caso do aumento dos preços do petróleo).
Expectativas dos agentes económicos – a criação de um clima inflacionista contribui, frequentemente, para o agravamento do próprio processo inflacionário porque leva os agentes económicos a tentarem antecipar os aumentos de preços, antecipando consumos (no caso dos consumidores) ou açambarcando produtos, à espera que o se preço aumente (no caso dos produtores).
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Consequências da Inflação
Desvalorização ou depreciação da moeda – se os preços sobem, isso significa que o consumidor, com o mesmo número de unidades monetárias vai passar a poder comprar menos bens e serviços porque o seu preço subiu, logo, a moeda perdeu valor.
Diminuição do poder de compra – com o seu rendimento mensal, as famílias têm um determinado poder aquisitivo, isto é, um determinado poder de compra que se vai deteriorando à medida que os preços vão subindo. Ela é muito mais gravosa para as famílias com rendimentos fixos ou cujos os rendimentos aumentam proporcionalmente menos que o aumento dos preços, como normalmente acontece com os pensionistas, por exemplo.
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Para além da inflação propriamente dita, existem outras situações que explicam a variação dos preços:
DeflaçãoReflaçãoDesinflaçãoEstagflação
Deflação: Representa a queda generalizada dos preços para níveis inferiores aos que vinham sendo praticados. Esta situação encontra-se associada a períodos de estagnação económica, em que a oferta é superior à procura não havendo capacidade para escoar a produção, o consumo baixa consideravelmente bem como o investimento. Foi o que aconteceu nos EUA, nos anos 30 em que os preços baixaram cerca de 25%.
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Reflação:É a situação de retoma dos preços após um período de deflação.Os preços sobem, bem como o consumo e o investimento, voltando a actividade económica ao seu nível anterior.
Desinflação:Traduz-se numa desaceleração do ritmo de crescimento dos preços. É uma situação em que embora verificando-se inflação, a sua taxa de crescimento é gradualmente menor.
Estagflação:Corresponde a um período em que se verifica simultaneamente uma elevada taxa de inflação a par com um elevada taxa de desemprego
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Inflação e valor da moeda
Sendo o preço a quantidade de moeda que temos que gastar para obter um determinado bem ou serviço, se o seu preço aumenta, isso
significa que teremos de dar uma maior quantidade de moeda para o obter, o mesmo é dizer que o valor da moeda se depreciou pois aquela quantidade já não é suficiente para
pagar o valor desse bem ou serviço.
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Inflação e poder de compra
A inflação reflecte-se também directa e indirectamente no poder de compra das pessoas. Consideremos que o rendimento da população se mantém constante, logo um aumento generalizado do preço dos bens e serviços irá traduzir-se numa menor capacidade de adquirir bens e serviços, ou seja num deterioração do seu poder de compra.
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A medida da inflação
O Índice de Preços no Consumidor constitui a medida da inflação.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor permite comparar a evolução dos preços nos diferentes países da UE.
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A medida da Inflação - IPC
Os preços sofrem alterações, sob a forma de aumentos ou de diminuições. Para se medir a evolução dos preços existe um índice que explica as alterações ocorridas – o Índice de Preços no Consumidor (IPC).Este índice é calculado com base num “cabaz de compras”suficientemente alargado para conter a maioria dos bens e serviços utilizados pela generalidade da população, ponderado pela quantidade consumida, em média, por cada indivíduo.Calcula-se, então, o preço desse cabaz num determinado ano, que escolhemos como ano-base, e, depois, no ano que queremos considerar.
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Como se calcula o IPC:
1º-Através de inquéritos realizados junto de uma amostra significativa de famílias de várias regiões do país, determinam-se as quantidades de cada bem que cada família consome durante um ano e o respectivo peso que ocupam nas despesas familiares,
constituindo-se assim “um cabaz de bens e serviços”.
2º - Calcule-se o preço desse “cabaz” para um determinado ano considerado como base (ano base);
3º - Calcula-se o preço do mesmo cabaz para o ano que se pretende considerar;
4º - Relaciona-se o preço dos dois “cabazes” obtidos.
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Exemplo:Consideremos por hipótese que o preço do cabaz em 2002 era de 750€ e que em 2003 era de 1000€. Procederíamos da seguinte forma:
IPC03/02 = 1000 x 100 = 133,3 750
Este resultado significa que:O que se comprava em 2002 por 1€ compra-se em 2003 por 1,33€;Os preços aumentaram 33,3%.
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Taxa de Inflação Média Anual Taxa de Inflação Homóloga
Nós podemos analisar a Inflação de duas formas:
A taxa de inflação média anual, que expressa a média de variação dos preços dos bens considerados no “cabaz” ao longo do ano.
A taxa de inflação homóloga, que compara a variação do preço do“cabaz” num determinado mês, relativamente ao preço do “cabaz”no mês do ano anterior.