unidade i: pressupostos filosóficos e princípios teóricos. profª dra. leila feio

83
Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Upload: luzia-santana-cortes

Post on 07-Apr-2016

218 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos.

Profª Dra. Leila Feio

Page 2: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Descobrindo a função (o porquê) de um comportamento!

Page 3: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 4: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Teixeira (2003, p. 35)Estabelecer relações entre

comportamentos e variáveis ambientais constitui competência

básica do analista do comportamento. Essa competência inclui: analisar

contingências, respondendo questões dos tipos: A) o que acontece quando

um organismo faz a, b, c ou d?; (b) em que condições o organismo faz a,b, c ou d?; (c) o que acontece quando um

organismo que fazia a, b, c ou d passa a fazer m, n, o ou p?

Page 5: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 6: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

“... Contingência pode significar qualquer relação de dependência entre eventos

ambientais ou entre eventos comportamentais e ambientais ... Embora possa ser encontrado nos dicionários como

diferentes significados, esse termo é empregado, na análise do

comportamento, como termo técnico para enfatizar como a probabilidade de ocorrência de um evento pode ser

afetada ou causada por outros eventos ...”

(SOUZA, 1999, p. 83)

Page 7: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

“Se ... (evento comportamental ou ambiental) ,

então ... (evento ambiental conseqüente)”

Page 8: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Exemplos de contingência1. Tipo estímulo-estímulo(S-S):“Se o céu estiver repleto de nuvens negraso céu estiver repleto de nuvens negras

(S1), então vai chovervai chover (S2)”

2. Tipo estímulo-resposta(S-R):“Se um jato de ar forte for projetado na um jato de ar forte for projetado na

retinaretina (SI), então eu vou piscareu vou piscar (RI)”

3. Tipo resposta-estímulo (R-S): “Se você está na lista de esperavocê está na lista de espera (R), então

terá que aguardar o horário limite de aguardar o horário limite de embarqueembarque (S)”

Page 9: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Exemplos de não contingência

“Se eu abro a janela, então o relâmpago cai no gramado”

“Se eu dou três pulinhos, estão eu acho mais rápido o objeto perdido”

“Se eu pensar com toda a força em algo, então este algo aparece na minha frente”

“Se eu rato der uma voltinha na frente da barra, então uma gota maior de água eu ganharei”

Page 10: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 11: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

A dependência entre eventos não é estabelecida apenas pela ordem

de ocorrência dele e nem tão pouco pela contigüidade temporal

ou espacial entre eles.

Embora, em uma contingência verdadeira a proximidade

temporal e espacial entre os eventos seja importante para o

indivíduo discriminar a relação ali estabelecida”

Page 12: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Exemplos de contingências não contíguas (atraso do reforço):

“Se eu trabalho o mês inteiro (R), então eu receberei o salário

integral (S)”.

“Se eu seguir as recomendações feitas pela nutricionista (R), se eu fizer exercícios regularmente (R),

então eu vou emagrecer (S)”

Page 13: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Possibilidades (tamanhos ilimitados!)

“Se ... , então ... ” (contingência de dois termos).

“Se ..., se ..., então ...” (contingência de três termos).

“Se ..., se ..., se ..., então ...” (contingência de quatro termos).

Etc...

Page 14: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 15: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Quanto a origem os comportamentos podem

ser entendidos como produto de fatores:

Filogenéticos

Ontogenéticos

Culturais

Page 16: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Filogenéticos: Equivalente ao processo de desenvolvimento da espécie.

Geralmente ligados a manutenção da sobrevivência e adaptação ambiental, por exemplo: contração pupilar; esquivar a mão de algo quente, etc.

Ontogenéticos:Comportamentos relacionados aos processos de

aprendizagem e produto de diferentes histórias individuais da pessoa com o seu meio social. Comportamentos adquiridos no intervalo entre o nascimento e a morte de uma pessoa, e portanto sujeitos a modificações intencionais, por exemplo, escovar os dentes, escrever, contar piadas, etc.

Culturais:Como parte dos comportamentos de origem ontogenética, eles

estão relacionados com a produção de hábitos e regras culturais, que diferem de sociedade para sociedade, por exemplo: festejar a morte de um ente querido, monogamia, etc.

Page 17: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 18: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Respondente: Aqueles que são eliciados por um estímulo ambiental anterior e tidos como involuntários e ligados aos fatores de determinação filogenética, isto é pela ação do ambiente sobre o homem;

Operante: São aqueles que pressupõe a ação voluntária do indivíduo e parecem ser mantidos pelo valor das conseqüências do comportamento. Relacionam-se com a ação do homem sobre o meio, isto é de fatores ontogenéticos e culturais.

Page 19: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

No estudo do comportamento em Psicologia Comportamental, não

existem comportamentos “normais” ou “anormais”, isto implicaria em juízos de valor e questões sociais

graves. O comportamento é simplesmente considerado

adaptativo ou desadaptativo. Esta classificação está ligada com a

avaliação do contexto onde ocorre o comportamento e da relação

custo/beneficio para o individuo e seu meio.

Page 20: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

De um modo geral os comportamentos podem ser

observáveis (expressos, abertos ou externos) ou não observáveis (não expressos, encobertos ou internos), por

exemplo: Sentimentos e Pensamentos.

Page 21: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Para a análise comportamental, os

comportamentos adaptados e dasadaptados são construídos da mesma

forma, sob os mesmos processo de aprendizagem.

Page 22: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Para se compreender alguém, precisa-se entender os seus

comportamentos, isto é “quando”, “como” e “onde” eles ocorrem. Os

comportamentos podem ser aprendidos, mantidos ou extintos.

Para se analisar um comportamento é necessário observar e identificar

quais os estímulos (acontecimentos, situações) antecedentes, os

conseqüentes (o que ocorre depois do comportamento) e o próprio

comportamento.

Page 23: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Quais os passos iniciais de uma análise funcional do comportamento?

Page 24: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

1. Identificar eventos comportamentais (ações do sujeito alvo);

2. Identificar eventos ambientais (antecedentes e conseqüentes);

3. Identificar contingências tríplices:

4. Identificar a natureza das contingências tríplices envolvidas (contingências de reforço e/ou aversivas?).

Evento ambiental Evento ambiental antecedente antecedente

(situação)(situação)

Evento Evento comportamental comportamental

(ação)(ação)

Evento ambiental Evento ambiental conseqüente conseqüente

(conseqüência)(conseqüência)

Page 25: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 26: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Evento Evento ambiental ambiental antecedente antecedente (situação)(situação)

Evento Evento comportamental comportamental

publicopublico(ação)(ação)

Evento Evento comportamental comportamental

privadoprivado(sentimentos/(sentimentos/pensamentos)pensamentos)

Evento ambiental Evento ambiental conseqüente conseqüente

(conseqüência)(conseqüência)... [

Sensações geradas

pelo contato com o reforço

(Eventos privados)

Sensações geradas

pelo contato com a

situação(Eventos privados)

Page 27: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 28: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

DISCRIMINAÇÃO: Capacidade de perceber de que forma comporta-se em situações diferentes. É identificar estímulos sinalizadores (Sd) para como se comportar de uma maneira e não de outra, por exemplo, na presença da empregada (Sd), o patrão pede água (comportamento).

Page 29: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

O futuro ...Cada vez que a resposta é reforçada aumenta

a probabilidade de sua ocorrência na mesma situação (DISCRIMINAÇÃO).

Cada vez que a resposta é reforçada aumenta a probabilidade de sua ocorrência em situações semelhantes (GENERALIZAÇÃO).

Page 30: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

ComportamentoÉ um produto final que

resulta da interação (ação ou reação) do individuo com o meio ambiente

disponível (e diverso), por exemplo; escrever no

quadro.

Page 31: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

RespostasSão unidades (elementos) que

compõe o comportamento (partes da ação). Envolve a fragmentação didática do

comportamento, por exemplo; vira-se para o quadro , dar dois passos em sua direção, pegar o giz, erguer o braço, aplicar força ao giz, escrever uma

palavra (escrever no quadro).

Page 32: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

COMO SE ADQUIRIR COMPORTAMENTOS

Page 33: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Possibilidades (tamanhos ilimitados!)

“Se ... , então ... ” (contingência de dois termos).

“Se ..., se ..., então ...” (contingência de três termos).

“Se ..., se ..., se ..., então ...” (contingência de quatro termos).

Etc...

Page 34: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Contingências

Número de termos Natureza

Reforçamento Aversiva2 termos 3 termos 16 termos

Page 35: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Contingências de Contingências de reforçamentoreforçamento

ContingênciasContingênciasaversivasaversivas

SemelhançSemelhançasas

Contingências do Contingências do tipo R-Stipo R-S

Contingências Contingências do tipo R-Sdo tipo R-S

DiferençasDiferenças Evento ambiental Evento ambiental conseqüente conseqüente

(Sr ou SR)(Sr ou SR)

Evento Evento ambiental ambiental

conseqüenteconseqüente(SA)(SA)

Page 36: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 37: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Evento Evento ambiental ambiental antecedente antecedente (situação)(situação)

Evento Evento comportamental comportamental

publicopublico(ação)(ação)

Evento Evento comportamental comportamental

privadoprivado(sentimentos/(sentimentos/pensamentos)pensamentos)

Evento ambiental Evento ambiental conseqüente conseqüente

(conseqüência)(conseqüência)... [

Sensações geradas

pelo contato com o reforço

(Eventos privados)

Sensações geradas

pelo contato com a

situação(Eventos privados)

Page 38: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 39: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Tipos de contingências de reforçamento

Contingências de Reforçamento

Positivo

Contingências de Reforçamento

Negativo

Page 40: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 41: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Evento Evento ambiental ambiental

antecedente antecedente (situação)(situação)

SD SD (Estímulo (Estímulo

discriminativdiscriminativo)o)

Evento Evento comportamentcomportament

al al (ação)(ação)

RespostaResposta

Evento Evento ambiental ambiental

conseqüente conseqüente (conseqüência(conseqüência

))

Sr ou SRSr ou SR(Estímulo (Estímulo

reforçador)reforçador)

Evento Evento ambiental ambiental

antecedente antecedente (situação)(situação)

SD SD (Estímulo (Estímulo

discriminativo)discriminativo)

Evento Evento comportamencomportamen

tal tal (ação)(ação)

RespostaResposta

Evento Evento ambiental ambiental

conseqüente conseqüente (conseqüência(conseqüência

))

Sr ou SRSr ou SR(Estímulo (Estímulo

reforçador)reforçador)

Na história do indivíduo

HOJE

Page 42: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

O futuro ...Cada vez que a resposta é reforçada aumenta

a probabilidade de sua ocorrência na mesma situação (DISCRIMINAÇÃO).

Cada vez que a resposta é reforçada aumenta a probabilidade de sua ocorrência em situações semelhantes (GENERALIZAÇÃO).

Page 43: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 44: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

O futuro ....Cada vez que a resposta é reforçada aumenta

a probabilidade do organismo apresentar os mesmos eventos privados (sensações corporais e respostas encobertas) na presença da mesma situação (SD) ou de situações semelhantes.

SD .... R Sr ou SR Pareamento de estímulos

Page 45: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 46: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

ConceitoSão contingências que estabelecem critérios

para que o reforçamento ocorra.

Os critérios podem ser de tempo, número de resposta ou combinações entre os dois.

Page 47: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Tipos de esquema de reforçamento

Esquemas simples Esquemas complexos

Page 48: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 49: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Característica fundamental O reforçamento de uma resposta ocorre

quando apenas uma condição é satisfeita.

Se a condição estabelece que a cada resposta ocorrerá um reforço temos um esquema de reforçamento contínuo.

Se a condição estabelece que não ocorrerá um reforço a cada resposta temos um esquema de reforçamento intermitente.

Page 50: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Possibilidades:1.Condição número de resposta:

1R = 1Sr ou 1SR (Esquema de reforçamento contínuo)

Xnº de R = 1Sr ou 1SR (Esquema de reforçamento intermitente de

razão)

Page 51: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Possibilidades:2. Condição de tempo:

Após um tempo estabelecido (T)

1 Resposta

1 Sr ou SR(Esquema de reforçamento intermitente de

intervalo)

Page 52: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Observação: Há dois tipos de esquemas de intervalo (tempo)A) Após o período de intervalo de tempo

estabelecido, não importa quanto tempo leve, a primeira resposta será reforçada (esquema de tempo de disponibilidade ilimitada).

B) Após o período de intervalo de tempo estabelecido, há um período de tempo limitado para ocorrer a resposta, caso não ocorra não haverá reforço e passasse a contar o intervalo de tempo de novo (esquema de tempo de disponibilidade limitada)

Page 53: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Possibilidades:A condição para o reforçamento pode ser

sempre a mesma ou variar:X variado nº de R = 1Sr ou 1SR

(Esquema de reforçamento intermitente de razão variável)

T variável ... R = 1Sr ou 1SR (Esquema de reforçamento intermitente de

intervalo variável).

Page 54: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 55: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Esquema Contínuo: taxas de resposta altas, pouca resistência a extinção (retirada do SR), ideal para fases de instalação do comportamento.

Esquema Intermitente: taxas mais altas, maior resistência à extinção, economia de reforços, ideal para fases de manutenção do comportamento adquirido.

Page 56: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Especificidades dos ERI (Esq. Ref. Int.)ERI Razão Fixa: Ritmo de responder alto, taxas estáveis de resposta, Pausa pós-

reforçamento, boa resistência à extinção.ERI Razão Variável: Ritmo de responder muito alto, sem Pausa pós-reforçamento,

excelente resistência à extinção.

ERI Intervalo Fixo: Ritmo de responder varia de acordo com o tamanho do intervalo, taxas estáveis de resposta, Pausa pós-reforçamento, boa resistência à extinção.

ERI Intervalo Variável : Ritmo de responder alto, com Pausa pós-reforçamento, boa resistência à extinção.

Page 57: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 58: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Dicas

Na instalação do comportamento = esquema de reforçamento contínuo.

Na manutenção do comportamento = esquemas de reforçamento intermitente (maior resistência à extinção devido existência de períodos sem reforço).

Para gerar altas taxas de respostas = esquemas de reforçamento intermitentes de razão ou intervalo VARIÁVEIS.

Para gerar taxas estáveis de resposta = esquemas de reforçamento intermitentes de razão ou intervalo fixo.

Page 59: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 60: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Nestes casos a “aparição” de um estímulo REFORÇADOR NÃO É CONTINGENTE ao desempenho do sujeito, mas está em função do passar do tempo fixo (FT) ou variável (VT).

Exemplos:FT: mesada, aposentadoria.VT: música boa no rádio.

Page 61: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 62: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

ER diferencial de altas taxas de respostas (DRH) Utilização: para produzir a aceleração do

ritmo do responder.Característica: o reforço vem para um X nº

de respostas dadas em um X período de tempo (duas condições)

Exemplo: Prova prática de digitação. Alguns testes de atenção.

Page 63: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

ER diferencial de baixas taxas de respostas (DRL) Utilização: para produzir a desaceleração do

ritmo do responder.Característica: o reforço vem se o indivíduo

responder pouco e lentamente dentro um X período de tempo (duas condições)

Exemplo: Pedir dinheiro para sair. Pintar segunda mão de tinta.

Page 64: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

ER diferencial de outras respostas (DRO) Utilização: para reduzir a emissão de um

determinada resposta, pelo reforçamento de respostas incompatíveis com aquela.

Característica: o reforço estará sempre disponível para outras respostas que não a resposta que se pretende diminuir a freqüência ou extingüir.

Exemplo: Reduzir comportamento auto-lesivos.

Reduzir a ingestão de alimentos hipercalóricos.

Page 65: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Esquemas múltiplosAlternância de esquemas. Cada esquema

entra em vigor separadamente. Com a exposição a estes esquemas, um estímulo ambiental antecedente sinaliza para o indivíduo que esquema está em vigor.

Comportamento de birra:Mãe (SD para VR)Pai (CRF)

Page 66: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Esquemas ConcorrentesMais de um esquema de reforço disponível ao

mesmo tempo. O reforço pode ser positivo ou negativo. A emissão de uma resposta elimina a possibilidade da emissão de outra e, portanto, o organismo deverá optar por apenas uma fonte de SR.

Aspectos a serem considerados: História de vida, custo de respostas e magnitude de SR

Page 67: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 68: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

CaracterísticaO Sujeito está exposto, já foi exposto ou lhe

foi sinalizado verbalmente (REGRA) a existência de uma situação aversiva e o mesmo emite uma resposta para encerrar, adiar ou eliminar o contato com a situação aversiva.

Page 69: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Resposta produzidas Situação aversiva presente / resposta para

encerrar o contato (FUGA):

SITUAÇÃO 1 R CONSEQÜÊNCIA (ESTÍMULAÇÃO AVERSIVA)

SITUAÇÃO AVERSIVA 2 R CONSEQÜÊNCIA (REMOÇÃO SA)

+ freq

- freq

Page 70: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Situação aversiva ausente, mas sinalizada / resposta para evitar ou adiar o contato

(ESQUIVA):

HistóriaSITUAÇÃO 1 R CONSEQÜÊNCIA (ESTÍMULAÇÃO AVERSIVA)

SITUAÇÃO AVERSIVA 2 R CONSEQÜÊNCIA (REMOÇÃO SA)

Estimulação pré-aversiva R CONSEQÜÊNCIA

(Evitação SA)

+ freq

Page 71: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

O que vem a ser estimulação pré-aversiva?Quando somos expostos a uma situação

aversiva os estímulos que a antecederam ou que se fizeram apresentes na mesma adquirem a função de sinalizar a probabilidade de nova exposição a mesma.

Passam a funcionar como SDs para o estímulo aversivo.

Passam a sinalizar a probabilidade de ocorrência daquela contingência aversiva, permitindo que o indivíduo adie ou evite seu contato com a mesma.

Page 72: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Não é preciso ter sido exposto diretamente as contingências aversivas para evitá-las, você pode ser avisado (REGRA).

SD ... R Sr

“Não atravesse a rua agora”

Esperar um momento

Resguardar a integridade física

Page 73: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 74: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Característica fundamentalO indivíduo é exposto a um evento ambiental

conseqüente aversivo (PUNIÇÃO).Tipos de punição:PUNIÇÃO POSITIVA= a resposta produz a

apresentação de um estímulo aversivo.PUNIÇÃO NEGATIVA= a resposta produz a

eliminação de um estímulo reforçador contingente a outra(s) resposta(s).

Page 75: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio
Page 76: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Punição negativa = retirada do reforçador contingente a outras respostas

Extinção = retirada do reforçador contingente mesma respostas

Page 77: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Esquemas de PuniçãoContingente a uma R: o sujeito pode

discriminar qual a R que produz o AS naquela situação.

Não contingente: o sujeito não pode discriminar qual a R que produz o AS naquela situação. Desamparo Aprendido.

Page 78: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Outras formas de contingência aversivaCoerção: ameaça de punição

“ se você não fizer x ou se fizer Y, então punição”.

Exemplos: Assédio Moral.

Reações (subprodutos): efeitos orgânicos, diminuição na produtividade pela ausência ou carência de estímulos reforçadores, trabalho pareado com SA.

Page 79: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Efeitos deletérios da PuniçãoGerados pelo pareamento das sensações

corporais (eventos privados) com a situação aonde foi aplicado o SA.

Respostas emocionais e contracontrole.

Page 80: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Quais os passos iniciais de uma análise funcional do comportamento?

Page 81: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

1. Identificar eventos comportamentais (ações do sujeito alvo);

2. Identificar eventos ambientais (antecedentes e conseqüentes);

3. Identificar contingências tríplices:

4. Identificar a natureza das contingências tríplices envolvidas (contingências de reforço e/ou aversivas?).

Evento ambiental Evento ambiental antecedente antecedente

(situação)(situação)

Evento Evento comportamental comportamental

(ação)(ação)

Evento ambiental Evento ambiental conseqüente conseqüente

(conseqüência)(conseqüência)

Page 82: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

5. Caso seja contingência de reforçamento em vigor, qual o esquema?

Page 83: Unidade I: Pressupostos Filosóficos e Princípios Teóricos. Profª Dra. Leila Feio

Leituras sugeridasIniciais:TEIXEIRA, Adélia M. S. Capacitação de analistas do comportamento: habilidades básicas. Em SADI, Hérika M; CASTRO, Nely M. S. (Orgs). Ciência do comportamento: conhecer e avançar. Vol. 3. Santo André, SP: ESETec, 2003. p. 35 – 38.

Avançadas: MATOS, M. A. Análise Funcional do Comportamento. Estudos de Psicologia, Campinas, Instituto de Psicologia da PUC-Campinas, v. 16, n. 3, p. 8 -18, set/ dez. 1999.