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Unidade Auditada: FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A Exercício: 2011 Processo: 00218.000956/2012-16 Município - UF: Rio de Janeiro - RJ Relatório nº: 201203831 UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Análise Gerencial Senhor Chefe da CGU-Regional/RJ, Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203831, e consoante o estabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada por FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A - ELETROBRAS FURNAS. 1. Introdução Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 22/05/2012 a 14/06/2012, por meio de testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partir da apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames. 2. Resultados dos trabalhos Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados, efetuamos as seguintes análises: 2.1 Avaliação da Conformidade das Peças Verificou-se que a unidade jurisdicionada elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do 1 de 57

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Unidade Auditada: FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/AExercício: 2011Processo: 00218.000956/2012-16Município - UF: Rio de Janeiro - RJRelatório nº: 201203831UCI Executora: CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Análise Gerencial

Senhor Chefe da CGU-Regional/RJ,

Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço n.º 201203831, e consoante oestabelecido na Seção III, Capítulo VII da Instrução Normativa SFC n.º 01, de 06/04/2001,apresentamos os resultados dos exames realizados sobre a prestação de contas anual apresentada porFURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A - ELETROBRAS FURNAS.

1. Introdução

Os trabalhos de campo conclusivos foram realizados no período de 22/05/2012 a 14/06/2012, por meiode testes, análises e consolidação de informações coletadas ao longo do exercício sob exame e a partirda apresentação do processo de contas pela Unidade Auditada, em estrita observância às normas deauditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal. Nenhuma restrição foi imposta à realização dos exames.

2. Resultados dos trabalhos

Em acordo com o que estabelece o Anexo III da DN-TCU-117/2011, e em face dos exames realizados,efetuamos as seguintes análises:

2.1 Avaliação da Conformidade das Peças

Verificou-se que a unidade jurisdicionada elaborou todas as peças a ela atribuídas pelas normas do

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Tribunal de Contas da União para o exercício de referência. As peças contemplam, ainda, os formatos econteúdos obrigatórios nos termos da DN TCU nº 108/2010, da DN TCU nº 117/2011 e da Portaria-TCUnº 123/2011, exceto quanto ao QUADRO A.5.1. FORÇA DE TRABALHO DA UJ - SITUAÇÃOAPURADA EM 31/12 e ao QUADRO A.6.1. CARACTERIZAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DETRANSFERÊNCIA VIGENTES NO EXERCÍCIO DE REFERÊNCIA .

O Quadro A.5.1 constante do Relatório de Gestão, indica que, em 31/12/2012, a Empresa não possuíaempregados requisitados. Como possuíamos posição de 30/09/2011 indicando que a ELETROBRASFURNAS possuía 16 empregados requisitados, solicitamos a confirmação de que a Empresa não possuíaempregados requisitados em 31/12. Em resposta, a Empresa retificou a informação, conforme a seguir:

Quadro A.5.1. FORÇA DE TRABALHO DA uj - Situação apurada em 31/12

Tipologias dos CargosLotação Ingressos no

ExercícioEgressos

no ExercícioAutorizada Efetiva1. Servidores em Cargos Efetivos(1.1+1.2)1.1. Membros de Poder e Agentes Políticos

1.2. Servidores de Carreira

(1.2.1+1.2.2+1.2.3+1.2.4)

1.2.1. Servidor de carreira vinculada ao órgão 4518 184 216

1.2.2. Servidor de carreira em exercício

descentralizado

1.2.3 . Servidor de carreira em exercício

provisório

1.2.4 . Servidor requisitado de outros órgãos e

esferas14 4 3

2. Servidores com ContratosTemporários3. Total de Servidores (1+2) 5135 4532 188 219Observações: Por um lapso as informações não foram transcritas.

Fonte: Superintendência de Gestão de Pessoas (RH.G) / Departamento de Suporte a Gestão de Pessoas (DAP.G).

Com relação ao Quadro A.6.1, observamos que a Empresa não considerou, quando de sua elaboração, otermo n.º 9000000354. A Empresa justificou-se informando que o termo não constou do citado QuadroA.6.1., tendo em vista que não houve transferência relativa a esse instrumento no ano de 2011. Talentendimento, no entanto, não procede, uma vez que o termo possui valor pactuado e repassesrealizados em exercícios anteriores, informações estas que deveriam constar do Quadro A.6.1.

2.2 Avaliação dos Resultados Quantitativos e Qualitativos da Gestão

A empresa Furnas Centrais Elétricas S.A – ELETROBRAS FURNAS constitui-se em uma empresapública, subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S.A. - ELETROBRAS, vinculada ao Ministério deMinas e Energia - MME, a qual atua nas áreas de geração, transmissão e comercialização de energiaelétrica, sob o regime de concessão, há mais de 50 anos.

Por força do estabelecido nas Decisões Normativas TCU n.º 108/2010 e 117/2011, a ELETROBRASFURNAS apresentou seu Relatório de Gestão e sua Prestação de Contas, referentes ao exercício de

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2011, de forma individual.

A empresa não é responsável pela Gestão de Programas de Governo, embora, no exercício de 2011,tenha respondido por 30 Ações Governamentais constantes de cinco Programas.

Objetivando avaliar a execução física e financeira das supracitadas ações, efetuamos, por amostragemnão probabilística, a verificação de três ações referentes aos programas 0296 – Energia nas RegiõesSudeste. Foram selecionadas as ações vinculadas às aquisições e transferências de recursos de maiormaterialidade no exercício de 2011, quais sejam:

Quadro: Execução Física e Financeira das Ações Governamentais Analisadas

ELETROBRAS FURNAS

Programa 0296 – Energia nas Regiões Sudeste e Centro Oeste

Ação 2194 – Reforços e Melhorias no Sist. De Transmissão na Área dos Estados de SP e de MG

Meta Previsão Execução

Execução/

Previsão

(%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o

desempenho

Providências Adotadas.

Física - - - - -

Financeira 134.806.002,00 131.979.120,00 97,90% Não Há Não Há

Ação 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha

Meta Previsão Execução

Execução/

Previsão

(%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o

desempenho

Providências Adotadas.

Física - - - - -

Financeira 179.360.716,00 125.359.777,00 69,89%

Atraso em processo de

contratação, bem como

pendências na liberação de

áreas decorrentes de

desapropriação.

Finalizado o processo de

contratação em atraso, além

encontra-se em fase final os

processos dos imóveis com

indenizações amigáveis.

Ação 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício

Meta Previsão Execução

Execução/

Previsão

(%)

Atos e Fatos que

prejudicaram o

desempenho

Providências Adotadas.

Física 8,00% 7,00% 87,50% Não Há Não Há

Financeira 421.011.708,00 316.671.885,00 75,22%

Imprevistos ocorridos com

pagamentos dos serviços

de obras civil de

engenharia.

Conclusão de licitação no

exercício 2012, bem como a

empresa aguarda decisão do TCU

diante de nova oportunidade de

defesa concedida pelo Tribunal

no item 9.3 do Acórdão

2234/2011.

Fonte: SigPlan e Relatório de Gestão 2011.

Acerca da atuação da Empresa, com relação às execuções das Ações, no âmbito da Ação 2194, aexecução ocorreu a contento; em relação à Ação 1G96, não restou claro se os motivos para os atrasosobservados foram ou não independentes da atuação da Empresa, sendo que o principal fator que

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ocasionou a baixa execução, referente à contratação dos serviços de supressão de vegetação, já foiequacionado; e a respeito da Ação 1G98, entendemos que diversos fatores que impactaramnegativamente a realização decorreram de fatores externos à Empresa e que foi demonstrado estaremsendo adotadas as medidas necessárias ao bom andamento da Ação.

2.3 Avaliação dos Indicadores de Gestão da UJ

Foram analisados três indicadores de desempenho operacional, obtidos por intermédio do Relatório deGestão. Constatamos que todos os indicadores do universo analisado atendem aos critérios de"completude e validade", "acessibilidade e compreensão"; "comparabilidade", "auditabilidade" e"economicidade", conforme o quadro a seguir:

Quadro: Indicadores de Gestão Analisados

Tipo deIndicador

Área deGestão

Nome doIndicador

DescriçãodoIndicador

FórmuladeCálculo

Comple-

tudeValidade

Acess.Compreen-

sãoCompara-bilidade

Auditabilidade

Econo-micidade

Institucional Operacional

Participação

na expansão

do sistema

de geração

Participação

de Furnas

no mercados

de Geração

de energia

MW de

Furnas /

MW

total Sim Sim Sim Sim Sim

Institucional Operacional

Participação

na expansão

do sistema

de

transmissão-

(Km LT)

Participação

de Furnas

no mercados

de

Transmissão

de energia

(kmLT)

km LT de

Furnas /

km LT

total Sim Sim Sim Sim Sim

Institucional Operacional

Participação

na expansão

do sistema

de

transmissão-

(KVA)

Participação

de Furnas

no mercados

de

Transmissão

de energia

KVA

KVA de

Furnas /

KVA

total Sim Sim Sim Sim Sim

Fonte: Implantação do Planejamento Estratégico – IPE – Ficha do indicador

A mensuração das situações pretendidas ocorreu ao longo do tempo, sendo apresentadas sérieshistóricas. Não foram identificados sinais de complexidade na obtenção dos dados para as medições, naelaboração das fórmulas e na descrição dos resultados apresentados.

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Com relação aos seus custos de obtenção, os indicadores em apreço mostraram-se adequados emcomparação aos benefícios propostos para a melhoria da gestão da unidade.

Todos os indicadores analisados são úteis uma vez que é possível avaliar a representatividade a atuaçãoda empresa, tanto na Transmissão quando na Geração de energia no cenário nacional, o que contribui naavaliação no desempenho operacional da empresa.

Os indicadores são confiáveis, uma vez que são fruto de informações obtidas na Agência Nacional deEnergia Elétrica - Aneel, no Operador Nacional do Sisitema Elétrico - ONS, e em órgãos operacionaistécnicos da empresa.

Por fim, constatamos que os indicadores acima analisados atendem aos critérios de utilidade e demensurabilidade.

2.4 Avaliação da Gestão de Recursos Humanos

Destacamos, a seguir, as informações relacionadas a recursos humanos em termos quantitativos.

Quadro: Pessoal em exercício 31/12/2011

Situação Quant.

Funcionários de carreira 4.851*

Requisitados 14

Cedidos 46

Outros afastamentos 59

Comissionados sem vínculo 15

TOTAL 4.971

Fonte: Relatório de Gestão 2011

* considerando os 333 gerentes.

** 9 assessores externos e 6 Diretores.

O dimensionamento da força de trabalho da UJ é objeto de estudos no âmbito do Plano de Readequaçãodo Quadro de Pessoal – PREQ, o qual contempla, ainda, a renovação do efetivo, considerando o númerosignificativo de empregados já aposentados ou em condições de aposentadoria até 2013 (quase 50% do

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efetivo), e a compatibilização do perfil profissional com as novas exigências do Plano de Transformaçãodo Sistema Eletrobras.

O PREQ constitui-se em um conjunto de programas e ações que objetivam a renovação de quadro deempregados de FURNAS, incluindo desligamento de aposentados com repasse de conhecimentos eadmissão de novos empregados, com foco na adequação às necessidades decorrentes de projetos emdesenvolvimento na Empresa e às novas exigências do mercado de energia.

Está em curso processo de seleção de consultoria, em parceria com o Banco Interamericano deDesenvolvimento - BID, para a elaboração do desenho do quadro qualiquantitativo para todos os órgãosda empresa, apontando o perfil profissional e a quantidade necessária de empregados para cada função.

Com relação à substituição dos terceirizados, em 2011, Furnas negociou junto ao Ministério Público doTrabalho e a Federação Nacional dos Urbanitários um novo acordo sobre desmobilização damão-de-obra terceirizada, firmado em 16.02.2012, sob a égide do Supremo Tribunal Federal ehomologado pela Advocacia Geral da União e Tribunal de Contas da União, no qual o cronograma dedesligamentos repetirá os valores estabelecidos no quadro geral de substituição paulatina damão-de-obra terceirizada.

Em nossa análise verificamos diversas ações voltadas à gestão do conhecimento acumulado. De maneirageral, estas iniciativas encontram-se consolidadas no Plano Diretor de Gestão do Conhecimento. OPlano identifica estratégias, diretrizes, metodologias e ferramentas para coleta, registro, retenção edisseminação do conhecimento produzido na Empresa.

Pela análise de 11% das cessões e 43% das requisições, consideramos adequados os procedimentosadotados pela empresa quanto à cessão e requisição de funcionários, estando em conformidade com oManual de Pessoal da Empresa, módulo 4.17 (Cessão de Empregados).

Acerca de órgãos cessionários inadimplementes, verificamos que a Empresa vem adotando as medidasnecessárias ao equacionamento dos débitos.

Quanto ao cadastramento de atos no SISAC, observe-se o Quadro a seguir.

Quadro: Quantitativo de Atos Cadastrados no SISAC

Quantidade de atos de admissão e demissão emitidosem 2011.

Quantidade de atos que foram cadastrados no SISAC

411 411

Fonte: SISAC e Planilha fornecida pela área de recursos humanos de Furnas

Constatamos que todos os atos de aposentadoria realizados no ano de 2011 foram devidamentecadastrados no SISAC respeitando a determinação da IN/TCU n.º 55/2007.

A equipe de auditoria não fez análise do cumprimento do disposto no § 1º do art. 11 da IN TCU nº55/2007 em razão da não aplicabilidade de tal dispositivo à unidade jurisdicionada cuja gestão está sobexame.

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2.5 Avaliação do Funcionamento do Sistema de Controle Interno da UJ

Com base nas informações levantadas, na documentação e nas manifestações apresentadas,confeccionamos a seguinte análise sintética demostrada no quadro a seguir.

Quadro: Análise sobre a Autoavalição Realizada pela UJ e da Equipe de Auditoria sobre aAvaliação Realizada

Componentes da estrutura deControle Interno

Auto avaliação do gestor* Avaliação da Equipe de auditoria

Ambiente de Controle Parcialmente Válido Adequada

Avaliação de Risco Neutra Adequada

Informação e Comunicação Parcialmente Válida Adequada

Monitoramento Parcialmente Válido Adequada

Fonte: Análises realizadas e Relatório de Gestão.

*Informação obtida pela média ponderada das respostas apresentadas no Quadro A.9.1 do Relatório de Gestão.

Com base na análise realizada, concluímos que os controles implementados pela ELETROBRASFURNAS, embora alguns estejam em processo de aprimoramento/desenvolvimento, contribuem paramitigar os riscos da Entidade.

Ademais, verificamos que as conclusões desta equipe de auditoria se coadunam com a autoavaliaçãorealizada pela Empresa em seu Relatório de Gestão, acerca dos aspectos de seu Sistema de ControleInterno (Quadro A.9.1 da Portaria TCU n.º 277/10).

Foi realizada a análise da estrutura de controles internos relativa à área de licitações e contratos maisrelevante de Furnas, o Departamento de Aquisição - DAQ.G, subordinado a Superintendência deLogística de Suprimento – SR.G, com base nas respostas a vários quesitos solicitados. Foi realizada,também, análise na área responsável pelas Sociedades de Propósito Específico, considerando os riscosmapeados no projeto Plano Diretor de Riscos Corporativos – Catálogo de Eventos de Riscos de Furnas.A seguir apresentamos um quadro com a síntese dos resultados das análises realizadas

Quadro: Análise das Áreas Selecionadas

Área Selecionada Estrutura de controles internos administrativos

Licitações Adequada

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Área Selecionada Estrutura de controles internos administrativos

SPE Em estruturação

Fonte: Análises realizadas.

2.6 Avaliação da Sustentabilidade Ambiental em Aquisições de Bens e Serviços

De acordo com testes de observância e inspeção in loco no escritório central, a UJ adota práticas desustentabilidade ambiental, bem como promove a divulgação de informações para a consciênciaambiental de seus servidores e visitantes.

Durante os trabalhos de auditoria, verificamos, por amostragem por julgamento não probabilística, que aunidade adota, de forma usual, na aquisição de bens, quesitos de sustentabilidade ambiental, como:exigência de Certificação Ambiental FSC ou Cerflor, quando da aquisição de papel xerográfico, bemcomo existência de orientação normativa disciplinado aquisição de veículos automotores mais eficientese menos poluentes ou que utilizam combustíveis alternativos.

A Empresa tem adotado práticas relacionadas ao tratamento de resíduos descartados, evidenciadas nasua Política de Gestão de Resíduos, a qual ressalta a necessidade do controle sistemático dos resíduosdesde a sua geração até a sua destinação final. Destaca-se que a ELETROBRAS FURNASinventariou osresíduos gerados em seus empreendimentos do ano de 2010 a Março de 2012 iniciando, assim, aimplantação do Plano de Gerenciamento de Resíduos em seus empreendimentos em atendimento àslegislações vigentes.

Em janeiro de 2011, iniciou-se um grupo de trabalho a fim de elaborar Instrução Normativa-IN sobreGerenciamento de Resíduos, a qual tem como objetivos, dentre outros:

Fomentar na empresa uma cultura que estimule práticas preventivas quanto a resíduos;

Adequar as ações referentes a resíduos na empresa à Legislação vigente;

Disponibilizar um modelo na empresa que permita uniformizar e padronizar ações relativas aresíduos, com base em experiências de áreas já certificadas e de empresas externas com boaspráticas no assunto;

A referida norma encontra-se em fase final de formatação para ser analisada pelo Departamento deDesenvolvimento Organizacional - DDG.G.

Por fim, segundo o Relatório de Administração relativo ao exercício sob exame, a UJ é membrofundador do Programa Brasileiro do GreenHouse Gás Protocol, com o fito de promover açõesvoluntárias de gerenciamento das emissões de gases de efeito estufa por parte da organização.

2.7 Avaliação da Gestão de Tecnologia da Informação

Avaliamos a estrutura de Tecnologia da Informação – TI da Empresa quanto aos aspectos abaixo

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detalhados:

a) Planejamento Estratégico de TI

A ELETROBRAS FURNAS não possui Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação - PETIaprovado pela alta administração, baseado em análise de riscos, com o envolvimento de representantesde todas as áreas da Empresa e alinhado ao Planejamento Estratégico Institucional - PEI, o qual tambémnão se encontra implementado.

Evidenciamos, porém, a existência de Comitê de Informática. Pela leitura das atas de reuniões doComitê, comprovamos que o Comitê vem atuando conforme as atribuições previstas, dentre as quaisdestacamos a de definição de alocação de recursos e priorização de projetos, garantindo o permanentealinhamento às necessidades de negócio e propondo eventuais mudanças.

A ausência de um Planejamento Estratégico de TI traz o risco, atenuado pela existência de um Comitêde Informática ativo, de que soluções equivocadas sejam adotadas, o que pode gerar custos financeiros eoperacionais, contrariando os princípios constitucionais de eficiência e da economicidade afetos àAdministração Pública.

A situação, detectada desde a auditoria anual de contas referente ao exercício de 2010, está sendosaneada pela Empresa e vem sendo objeto de acompanhamento pelo Plano de Providências Permanente.As ações da Empresa preveem, ainda, a elaboração de um Plano Diretor de Tecnologia da Informação, oqual também ainda não foi implementado.

Concluímos, portanto, ser insuficiente o quesito planejamento de TI no âmbito da ELETROBRASFURNAS.

b) Política de Segurança da Informação

A ELETROBRAS FURNAS possui Comitê de Segurança da Informação ativo, sendo datada de08/01/2009 a aprovação do normativo que regula sua composição e atribuições.

Conforme o Manual de Organização, o Comitê, que é vinculado à Diretoria de Gestão Corporativa – DGpossui diversas atribuições concernentes à gestão da segurança da informação na Empresa.

A Política de Segurança da Informação da ELETROBRAS FURNAS foi aprovada mediante a 2.384ªReunião de Diretoria, de 17/04/2007, e apresenta conceitos e princípios adotados, além de conter odesenvolvimento das diretrizes quanto: à dinâmica da própria Política, aos Colaboradores, e à Gestão daInformação. Estabelece, ainda, as normas complementares associadas, contemplando as diretrizes dainstituição quanto ao tratamento da segurança da informação, constituindo-se como linha mestra a partirda qual são tratadas as especificidades.

A existência de uma Política de Segurança da Informação e de um Comitê de Segurança da Informaçãoadequadamente estruturados demonstra que a ELETROBRAS FURNAS reconhece a importância dasegurança da informação na organização e possui gestão de segurança da informação implementada.

c) Recursos Humanos de TI

A ELETROBRAS FURNAS possui 110 empregados próprios. Foi informada a escolaridade de 89 dosempregados, sendo sete de nível médio e 82 com nível superior completo. A Empresa possui, ainda, 66terceiros, 12 de nível médio, quatro com superior incompleto e os demais com superior completo.

Observa-se que o quantitativo de empregados próprios supera o quantitativo de terceiros e entendemos

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adequada a distribuição apresentada pela Empresa no que se refere às atividades executadas, nas quaisos empregados próprios superam os terceiros em todas as atribuições.

Quanto à formação acadêmica dos empregados e terceiros atuantes na área de TI, observamos queapenas 36% dos empregados possuem formação relacionada a TI. No entanto, 19% dos casos não foraminformados. Quanto aos contratados, foi informada apenas a escolaridade, sem indicação da formação.

Em termos do quantitativo de recursos e atividades desempenhadas pelos empregados próprios eterceiros, consideramos adequada a distribuição existente. No entanto, quanto à formação acadêmicados recursos, a deficiência das informações apresentadas nos impede de emitir opinião quanto àregularidade da estrutura existente.

d) Desenvolvimento e Produção de Sistemas

A ELETROBRAS FURNAS possui metodologia de desenvolvimento de sistemas documentada eestruturada em plataforma web. A metodologia, fundamentada por processo dirigido a Casos de Uso,centrado em arquitetura, e com abordagem de forma iterativa e direcionada por riscos, possui cincopilares principais em termos de: Atendimento, Mudanças, Configuração, Qualidade e Desenvolvimentode Software.

Quanto à definição de acordo de níveis de serviço - ANS no âmbito interno, os prazos de atendimentodos serviços de TI estão implementados na ferramenta habilitadora dos processos ITIL (InformationTechnology Infrastructure Library - conjunto de boas práticas aplicadas na infraestrutura, operação emanutenção de serviços de TI). Em relação ao seu relacionamento junto aos contratados, a Empresapossui mapeado o processo denominado “Processo de Tecnologia”, Sub-processo “Operações de TI”, oqual prevê o acompanhamento dos acordos de níveis de serviço contratualmente estabelecidos. Noentanto, pela análise da documentação concernente aos contratos 8000003837 e 8000004309, os quaisse constituem nos contratos de serviços ativos no exercício de 2011 na Empresa, não identificamos agestão adequada do ANS.

Consideramos, portanto, adequada a metodologia, que contém orientações detalhadas relacionadas àatividade de desenvolvimento de sistema e gerência de mudanças. Quanto ao quesito de acordo de níveisde serviços, a Empresa vem fazendo o seu uso adequadamente internamente, mas, quanto aorelacionamento com os contratados, a gestão encontra-se inadequada.

e) Contratação e Gestão de Bens e Serviços de TI

A ELETROBRAS FURNAS possui 63 soluções de TI, 62 delas mantidas internamente, geridas peloDepartamento de Desenvolvimento de Sistemas - DDS.G. A solução SAP ECC 6.0, por sua vez, émantida por terceiros. Em que pese o maior quantitativo de sistemas estar atrelado a empregadospróprios, a solução SAP ECC 6.0 é crítica e interfere na gestão da empresa como um todo,relacionando-se a todo o ambiente de negócios e processos críticos da Empresa. Para evitar dependênciapor parte da ELETROBRAS FURNAS quanto a terceiros contratados, foi dado andamento, porintermédio do treinamento de 80 recursos, no exercício de 2011, ao plano de capacitação da equipe. Esteplano tem por objetivo permitir que a Empresa, num prazo de dois anos, possua autonomia para gerir oSAP ERP.

Em termos de contratação de bens e serviços de TI, a Empresa informou que o processo de aquisição deTI será mapeado e reestruturado com o desenvolvimento do PDTI, em fase de contratação.

Verificarmos, ainda, a consonância das aquisições com as necessidades institucionais efetivadas noâmbito de contratos representativos de 41,1%, em termos de valor, do total de bens e serviços de TI

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adquiridos em 2011, e 53,7% do total pago. Pela análise dos respectivos projetos básicos encaminhados,verificamos que os documentos possuem um item denominado “Especificação da Demanda” onde restoucaracterizado o atendimento às necessidades da Empresa.

As conclusões acima relatadas coadunam-se com a informação apresentada pelo gestor quando dopreenchimento do quadro “GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO DA UNIDADEJURISDICIONADA” constante do Relatório de Gestão, exceto quanto aos quesitos de: planejamento;adoção de processo de trabalho formalizado nas contratações de TI; e a exigência de acordo de nível deserviço nos contratos celebrados pela UJ.

Em relação ao planejamento, o gestor considerou o quesito parcialmente válido em função de o PETI,referente ao período 2010 - 2013, ter sido iniciado, mas não ter sido concluído em decorrência doprocesso de reestruturação organizacional em toda a Empresa, o qual afetou consideravelmente a Áreade Tecnologia da Informação. A Empresa ressaltou que a inconsistência será solucionada com acontratação – em fase final, de Instituição especializada e renomada que implementará em um prazo deaté 12 meses, um PDTI. Em que pesem as considerações apresentadas, conforme exposto no item “a”, aELETROBRAS FURNAS não possui Planejamento Estratégico de TI. Por este motivo, discordamos doposicionamento do gestor.

Acerca da adoção de processo de trabalho formalizado nas contratações de TI, o gestor considerou oquesito totalmente válido em função de, a princípio, o entendimento ter sido de que, independentementede a Empresa não ter um processo formalizado referente a produtos e serviços, o que será atendidoquando o PDTI estiver implementado, a Superintendência de Organização e Tecnologia da Informação –TI.G possui, na sua estrutura, uma Assessoria de Planejamento e Projetos – APP.G, criada nareestruturação, responsável, institucionalmente, conforme Manual de Organização, módulo 6.4.1, pelagestão dos contratos da Área de TI. Em que pesem as considerações apresentadas, conforme exposto noitem “e”, a ELETROBRAS FURNAS ainda irá mapear o processo. Por este motivo, discordamos doposicionamento do gestor.

A respeito da exigência de acordo de nível de serviços, o gestor considerou o quesito totalmente válido.Pela análise dos contratos representativos de 41,1%, em termos de valor, do total de bens e serviços deTI adquiridos em 2011, e 53,7% do total pago, no entanto, não identificamos o estabelecimento deCláusula de ANS específicas e sua correlação aos pagamentos a serem efetivados. O gestormanifestou-se sobre um dos contratos, ressaltando que estão previstos no contrato duas cláusulas –Obrigações da Contratada e Penalidades, as quais permitem garantir o nível da prestação de serviço, esobre outro contrato, citando a Cláusula 9ª – Controvérsia sobre Serviços, a qual condicionava opagamento à resolução de controvérsias descritas entre a ELETROBRAS FURNAS e a Contratada emrelação aos serviços prestados, bem como a Cláusula 11 – Multas por Inadimplemento, que previa multade 5% por descumprimento contratual. Observamos, no entanto, que, de fato, não constavam cláusulasde ANS nos contratos, motivo pelo qual consideramos o atendimento ao quesito como parcialmenteválido, entendimento este compartilhado pelo gestor diante dos questionamentos que efetivamos.

2.8 Avaliação da Situação das Transferências Voluntárias

Convênios, Termos de Cooperação ou Instrumentos Congêneres:

Segundo o Relatório de Gestão, a empresa, no exercício sob exame, não celebrou nenhum convênio,termo de cooperação ou instrumentos congêneres. No entanto, encontravam-se vigentes, no exercício2011, 15 instrumentos de transferência, perfazendo um total global de R$ 13.166.640,45 (treze milhões,cento e sessenta e seis mil, seiscentos e quarenta reais e quarenta e cinco centavos). O quadro a seguir

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demonstra o escopo da auditoria.

Quadro: Escopo

Quantidade total detransferências ativas no

exercício

Volume de recursos totalde transferência no

exercício

% da Quantidade analisado

% do volume de recursosanalisados

15* 1.250.142,28 6,7** 0***

Fonte: Análises realizadas e Relatório de Gestão.

*As 15 transferências ativas são oriundas de outros exercícios

** Foi, ainda, verificada a formalização de termo em processo de assinatura junto a ente público, não integrante das 15 transferências vigentes e não considerada no

percentual.

*** A transferência selecionada, Convênio n.º 9000000354, apesar de não ter recebido transferência no exercício, é o Termo de maior valor pactuado, representando

mais de 50% do total e com a necessidade de prestação de contas em valores superiores a R$ 1 milhão. Portanto, pelo critério de materialidade, consideramos que

seria adequada a verificação dos controles no âmbito do referido convênio.

Pela análise da amostra selecionada, observamos que são adequados os controles relacionados àcapacidade de acompanhar e fiscalizar a aplicação dos recursos e de cobrar tempestivamente asprestações de contas. Foram identificadas, no entanto, falhas pontuais quanto à análise da prestação decontas apresentada pela beneficiária, situação esta considerada sem impacto à gestão.

Repasses ao Fundo de Infância e Adolescência:

Foram realizados oito repasses, no exercício de 2011, ao Fundo de Infância e Adolescência, totalizandoR$ 1.305.000,00 (um milhão, trezentos e cinco mil reais). Os beneficiados são Prefeituras, ConselhosEstaduais ou Municipais que realizam seu pleito à ELETROBRAS FURNAS, por meio de Ofício,informando o valor pedido bem como o projeto que será financiado, observando a Lei do Fundo deInfância e Adolescência – FIA.

Assim, ao final de cada exercício, a Área de Responsabilidade Social informa à Diretoria da Presidênciao saldo para Investimento Social, as demandas das Prefeituras, define o orçamento e encaminha para aaprovação da Diretoria Executiva. De acordo com a empresa, em regra, todos os pedidos são aceitos,uma vez que o somatório dos pleitos é inferior ao valor apto a ser despendido.

Por derradeiro, cabe informar que os recursos do supracitado Fundo são destinados a programas eprojetos que atendem crianças e adolescentes, voltados para a erradicação do trabalho infantil, àprofissionalização de adolescentes, as vítimas de maus tratos, exploração sexual, à divulgação dosdireitos das crianças e do adolescente, dentre outros projetos que façam parte da elaboração eimplementação das políticas públicas.

Chamamento Público:

Com a finalidade de avaliar quanto à objetividade os critérios adotados para a aferição da qualificaçãotécnica e capacidade operacional para o chamamento público, avaliamos o último instrumento deconvocação, que destinará, em 2011/2012, recursos para as Instituições selecionadas e que estejamalinhadas com a Política de Responsabilidade Social de FURNAS.

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De acordo com informações disponibilizadas pela empresa, foram selecionados 162 programas,totalizando transferências de R$ 5.132.225,33 (cinco milhões, cento e trinta e dois mil, duzentos e vintee cinco reais e trinta e três centavos).

Observa-se que no instrumento de chamamento foram estabelecidos critérios objetivos para seleção dosproponentes, como a necessidade de vinculação da ação proposta aos objetivos estratégicos de FURNASe às suas diretrizes de Responsabilidade Social.

Ademais, observa-se que, de acordo com o item C.10 do referido edital, a instituição interessada deveapresentar, no momento de sua inscrição, Extrato do CAUC (Cadastro Único do Convênio) e/outrodocumento comprovando que a Instituição atendeu os requisitos previstos nos artigos 11 e 25 da LeiComplementar n° 101, de 04/05/2000, no caso de demandas provenientes de órgãos públicos.

Por fim, ressalta-se que não ocorreram dispêndios referentes às supracitadas transferências.

SIASG e SICONV:

Durante os trabalhos de auditoria verificamos, por amostragem não probabilística por julgamento, que asinformações referentes aos contratos analisados encontravam-se regularmente cadastrados no sistemaSIASG - Sistema integrado de Administração de Serviços Gerais, apresentando seus valores atualizados.Por outro lado, os dados relativos aos convênios examinados não constavam no SICONV - Sistema deGestão de Convênios, pois a Empresa alega entender não se aplicar a ela a obrigatoriedade uma vez quese utiliza de recursos próprios nas transferências celebradas.

TCE – Tomada de Contas Especial:

Segundo informações repassadas pela Empresa, não houve TCE – Tomada de Contas Especial noexercício de 2011.

2.9 Avaliação da Regularidade dos Processos Licitatórios da UJ

A verificação da conformidade da gestão de suprimentos de bens e serviços obedeceu ao seguinteescopo:

Quadro: Modalidades Executadas no Exercício.

Tipo de Aquisição debens/serviços

Volume de recursos doexercício

% Valor sobretotal

Volume derecursosanalisado

% Valor dosrecursos

analisados

Concorrência 179.836.455,80 24,84% 11.397.029,52 39,93%

Tomada de Preços 16.983.705,87 2,35% 107.880,000,38%

Convite 4.221.231,61 0,58% - -

Pregão 390.180.298,18 53,90% 11.842.789,66 41,49%

Dispensa 28.471.308,37 3,93% 4.489.338,33 15,73%

Inexigibilidade 104.156.256,92 14,39% 705.000,00 2,47%

Total 723.849.256,75 100,00% 28.542.037,51 100,00%

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

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Foram avaliados 11 processos de aquisições, listados a seguir com o correspondente resultado de suaanálise:

Quadro - Processos licitatórios, inexigibilidades e dispensasanalisados.

Número da Licitação Contratada / CNPJValor daContratação(R$)

Oportuni-

dade eConveni-

ência doMotivo daLicitação

Modali-

dade daLicita-

ção

Funda-

mentos daDispensa

Funda

mentos daInexigi-

bili-

dade

CO.DAQ.G.00013

(Concorrência)

Santa Rita Comércio

e Instalações Ltda.

(CNPJ:

86.365.350/0001-77)

9.062.562,68 Adequada AdequadaNão se

aplica

Não se

aplica

CO.DAQ.G.00025

(Concorrência)

Defesa Florestal

Ltda. (CNPJ:

20.286.415/0001-80)

2.334.466,84 Adequada AdequadaNão se

aplica

Não se

aplica

PE.DAQ.G.0167

(Pregão Eletrônico)

Indústria e

Construções e

Montagens Ingelec

S.A. – INCOMISA

(CNPJ:

08.237.411/0001-19)

475.964,93 Adequada AdequadaNão se

aplica

Não se

aplica

PE.DAQ.G.0368

(Pregão Eletrônico)

Electro Vidro S.A.

(CNPJ:

53.859.138/0001-37)

10.817.052,00 Adequada AdequadaNão se

aplica

Não se

aplica

PR.DAQ.G.00001

(Pregão Presencial)

Votorantim

Siderurgia S.A

(CNPJ:

60.892.403/0018-62)

549.772,73 Adequada AdequadaNão se

aplica

Não se

aplica

TP.DAQ.G.00023 Curado Brom e

Advogados107.880,00 Adequada Adequada

Não se

aplica

Não se

aplica

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Número da Licitação Contratada / CNPJValor daContratação(R$)

Oportuni-

dade eConveni-

ência doMotivo daLicitação

Modali-

dade daLicita-

ção

Funda-

mentos daDispensa

Funda

mentos daInexigi-

bili-

dade

(Tomada de Preços)

Associados S/S

(CNPJ:

07.673.846/0001-31)

IL.ASE.P.0001.2011

(Inexigibilidade)

Sylvio Capanema de

Souza Advogados

Associados (CNPJ:

10.301.198/0001-05)

150.000,00 AdequadaNão se

aplica

Não se

aplicaAdequada

IL.CJ.P.0001.2011

(Inexigibilidade)

Justen, Pereira,

Oliveira e Talamini

– Sociedade de

Advogados (CNPJ:

7.747.507/0001-63)

150.000,00 AdequadaNão se

aplica

Não se

aplicaAdequada

IL.CJ.P.00002.2011

(Inexigibilidade)

Jacoby Fernades

Advogados &

Associados

405.000,00 AdequadaNão se

aplica

Não se

aplicaInadequada

DAQG.DL.0003/2011

(Dispensa de

Licitação)

IC Supply

Engenharia Ltda

(CNPJ:

32.596.173/0001-00)

2.119.740,03 AdequadaNão se

aplicaAdequada

Não se

aplica

DAQG.DL.0004/2011

(Dispensa de

Licitação)

IC Supply

Engenharia Ltda

(CNPJ:

32.596.173/0001-00

2.369.598,30 AdequadaNão se

aplicaAdequada

Não se

aplica

Fonte: Informações disponibilizadas pela empresa.

Não foram identificadas inconsistências nas informações prestadas pela UJ no Relatório de Gestãoquanto aos processos licitatórios.

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Considerando o escopo dos exames, é possível concluir pela regularidade dos processos avaliados no quetoca ao enquadramento feito pelo gestor, bem como a necessidade e tempestividade da contratação, aquantidade e a especificações do objeto contratado fundamentaram-se em requisição da áreacompetente, exceto quanto à inexigibilidade IL.CJ.P.00002.2011, para a qual não consideramos estarconfigurada a singularidade do objeto.

Em decorrência da ausência de critérios estatísticos quando da seleção da amostra, o resultado do examelimita-se ao escopo dos processos licitatórios analisados.

2.10 Avaliação da Gestão de Passivos sem Previsão Orçamentária

Em seu Relatório de Gestão, item 3.1, a Empresa informou não existir a situação.

2.11 Avaliação da Conformidade da Manutenção de Restos a Pagar

Em seu Relatório de Gestão, item 4.1, a Empresa informou não se aplicar a ela a situação.

2.12 Avaliação da Entrega e do Tratamento das Declarações de Bens e Rendas

O fluxo de entrega das Declarações de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física - IRPF dosdirigentes consiste em uma rotina não informatizada, sendo gerada, pela Assessoria do DAP.G(Departamento de Suporte à Gestão de Pessoas), uma relação nominal de todos os funcionários queexerceram cargos ou empregos comissionados ou funções de confiança no exercício, contendo nomecompleto, CPF e datas de nomeação e exoneração, quando for ocaso.

Assim, é expedido e-mail para os supracitados funcionários comunicando a obrigação de entrega dadeclaração anual de bens e rendas, exigida pela Lei n.º 8.730/1993, ou autorização para acessoeletrônico à Declaração de Ajuste Anual do IR, conforme Portaria Interministerial MP/CGU n.º298/2007. Posteriormente, os funcionários encaminham o documento/informação para DBRT.G (Divisãode Benefícios Sócias e Relações Trabalhistas)/DAP.G onde é registrada a recepção do documento naplanilha gerada pela assessoria do DAP.G.

O DBRT.G/DAP.G encaminha e-mail aos funcionários confirmando a recepção dodocumento/informação, bem como mantém o Dossiê com as Declarações.

Salienta-se que foi constatada existência das declarações referentes aos Diretores e Presidentes daempresa.

Os controles internos instituídos pela Empresa mostraram-se adequados no tocante à cobrança e ao fluxode entrega das declarações de bens e rendas de seus dirigentes (Diretoria e Presidente), referentes aoexercício de 2011.

Quadro: Verificação da Entrega das Declarações

AMOSTRA DE SERVIDORESCOM OBRIGATORIEDADE DE

TOTAL DEDECLARAÇÕES

% DE DECLARAÇÕESAPRESENTADAS

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APRESENTAR A DECLARAÇÃODE BENS E RENDAS

EFETIVAMENTEAPRESENTADAS

10 10 100

Fonte: Resultado de inspeção física.

2.13 Avaliação da Gestão de Bens Imóveis de Uso Especial

De acordo com o Relatório de Gestão referente ao exercício 2011, item 11.1, o item não se aplica à UJ.

2.14 Avaliação da Gestão Sobre as Renúncias Tributárias

A Unidade não possui renúncias tributárias sob sua gestão, conforme item 14.1 do Relatório de Gestão.

2.15 Avaliação do Cumprimento das Determinações/Recomendações do TCU

Não houve, no exercício sob exame, determinação expressa para exame pelo Controle Interno daimplementação de determinações e /ou recomendações e/ou alertas nos Acórdãos emitidos para aUnidade sob análise.

2.16 Avaliação do Cumprimento das Recomendações da CGU

No âmbito do Relatório de Auditoria Anual de Contas referente ao exercício de 2010, Relatório n.º201108792, foram emitidas duas recomendações à Empresa, uma relacionada à necessidade de que aELETROBRAS FURNAS finalizasse imediatamente o levantamento estabelecido nos itens 9.1.1.1 e9.1.1.2 do Acórdão TCU n.º 2.132/2010 - Plenário e respondesse ao DEST e à Eletrobras e outra paraque a Empresa elaborasse o Planejamento Estratégico de TI de forma a ordenar a alocação dos recursose definir prioridades entre as atividades finalísticas da organização para as aquisições relacionadas a TI.

Mediante o acompanhamento do Plano de Providências Permanente da Empresa, evidenciamos que aEmpresa vem adotando as medidas necessárias ao saneamento das pendências, estando prevista aregularização definitiva das questões no exercício de 2012.

Destacamos que a CGU realizou, no exercício de 2011, auditoria especial na ELETROBRAS FURNAS,tendo sido emitido o Relatório Preliminar de Demandas Especiais n.º 00190.001631/2011-17, o qualcontemplou 12 constatações e 18 recomendações. Este trabalho, no entanto, não fez parte do escopo dapresente auditoria.

2.17 Conteúdo Específico

A ELETROBRAS FURNAS apresentou informação acerca do seguinte conteúdo específico em seuRelatório de Gestão:

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- remuneração de dirigentes, em atendimento ao item 12 da parte C do Anexo II da DN TCU n.º108/2010.

- demonstrativo analítico das despesas com ações de publicidade e propaganda, na qualidade de órgãointegrante do Sistema de Comunicação de Governo do Poder Executivo Federal - SICOM, ematendimento ao item 4 da parte C do Anexo II da DN TCU n.º 108/2010.

- informações sobre as entidades fechadas de previdência complementar patrocinadas, em atendimentoao item 36 da parte C do Anexo II da DN TCU n.º 108/2010.

A Empresa, a princípio, deveria fazer constar, ainda, informação referente ao item 31 da parte C doAnexo II da DN TCU n.º 108/2010, pois possui assinado o Contrato BID 2549/OCBR junto ao BancoInteramericano de Desenvolvimento. Ocorre que a assinatura do referido contrato ocorreu em21/12/2011. Até 31/12/2011, portanto, não caberia a avaliação sobre o andamento dos projetos eprogramas financiados com recursos externos requerida pelo item 31 da parte C do Anexo II da DNTCU n.º 108/2010.

Por intermédio do Acórdão n.º 576/2012 – Plenário, o TCU determinou à ELETROBRAS FURNAS que“informe nos relatórios de gestão de suas contas anuais, em seção específica, já a partir do exercício de2012 até 2018, sobre as medidas adotadas visando ao cumprimento dos acordos judiciais pactuados noâmbito do MS STF 27.066, em especial, quanto ao cronograma de substituição de terceirizados”. Noitem 5.5.1 do Relatório de Gestão do exercício de 2011, após o QUADRO A.5.9. CARGOS EATIVIDADES INERENTES A CATEGORIAS FUNCIONAIS DO PLANO DE CARGOS DAUNIDADE JURISDICIONADA, a Empresa manifestou-se na análise crítica no sentido de que asmedidas adotadas visando ao cumprimento do acordo serão informadas a partir do exercício de 2012 até2018.

O Acórdão n.º 1.089/2012 – TCU – Plenário, de 09/05/2012, publicado no Diário Oficial da União de14/05/2012, determinou a Furnas Centrais Elétricas S. A., em seu item 9.2, que promova, até decisãofinal, o acompanhamento da Ação de Cobrança em desfavor da Caixa de Assistência dos Funcionáriosde Furnas (Caefe), a qual se encontra tramitando na Justiça Estadual do Rio de Janeiro, fazendo constar,em seu Relatório de Gestão anual, informações sobre as decisões interlocutórias e desdobramentos queporventura ocorram, encaminhando imediata comunicação a esta Corte de Contas na oportunidade dodesfecho da ação de cobrança. Acerca do assunto, a Empresa, na alínea "x" do item 32.2.1 das NotasExplicativas às Demonstrações Contábeis integrantes do Relatório de Gestão, apresenta informaçãoatualizada sobre o andamento do processo.

Efetuamos avaliação específica acerca da gestão de Política de Comunicação da ELETROBRASFURNAS, no período de janeiro a julho de 2011.

As ações de publicidade efetivadas pela ELETROBRAS FURNAS, no período sob exame, foramnorteadas pelo seu Plano de Comunicação 2011 - PAC, onde constam os objetivos e o público alvo a seratingido, seguindo as orientações da Secretaria de Comunicação da Presidência da República - SECOMe alinhada à Política de Comunicação Integrada do Sistema ELETROBRAS.

Com base nas informações e documentações apresentadas e análises efetivadas, consideramos adequadoo Plano de Comunicação de 2011, bem como os instrumentos utilizados para avaliar a sua efetividade,ressalvada, apenas, a necessidade de aprimoramento dos controles existentes quanto à aprovação prévia,à comprovação de veiculação e à comprovação de pagamento a terceiros, falhas consideradas pontuais esem impacto à gestão.

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2.18 Ocorrência(s) com dano ou prejuízo:

Entre as análises realizadas pela equipe, não foi constatada ocorrência de dano ao erário.

3. Conclusão

Eventuais questões formais que não tenham causado prejuízo ao erário, quando identificadas, foramdevidamente tratadas por Nota de Auditoria e as providências corretivas a serem adotadas, quando for ocaso, serão incluídas no Plano de Providências Permanente ajustado com a UJ e monitorado peloControle Interno. Tendo sido abordados os pontos requeridos pela legislação aplicável, submetemos opresente relatório à consideração superior, de modo a possibilitar a emissão do competente Certificadode Auditoria.

Informamos que os servidores listados abaixo, cujas assinaturas não foram apostas neste relatório, nãoestavam presentes quando da geração final deste documento por motivo previsto legalmente, apesar deterem efetivamente atuado como membros da equipe de auditoria.

Rio de Janeiro/RJ, 1 de agosto de 2012.

Relatório supervisionado e aprovado por:

_____________________________________________________________Chefe da Controladoria Regional da União no Estado do Rio De Janeiro

Achados da Auditoria - nº 201203831

1. CONTROLES DA GESTÃO

1.1. Subárea - CONTROLES INTERNOS

1.1.1. Assunto - AVALIAÇÃO DOS CONTROLES INTERNOS

1.1.1.1. Informação

Avaliação dos Controles Internos quanto ao ambiente de controle, metodologia de avaliação derisco, informações e comunicação, monitoramentos dos controles internos e estrutura doscontroles internos das áreas de licitação e de Novos Negócios – Sociedade de Propósito Específico.

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AMBIENTE DE CONTROLE

Estrutura Organizacional

A unidade sob exame possui estatuto social, regimento interno, organograma e manual de organização,que dispõem sobre a organização, as atribuições e a competência dos diversos setores de sua estruturaorganizacional.

Manual de Organização

O Manual de Organização reproduz o Estatuto Social, o Regimento Interno, as Políticas e Normas deOrganização, as descrições de atribuições de todos os órgãos formais da estrutura organizacional daELETROBRAS FURNAS desde a Direção Superior até o nível de Divisão.

O Manual de Organização é o documento que formaliza a estrutura organizacional da ELETROBRASFURNAS e tem como principais objetivos: estabelecer os níveis de autoridade, definir os métodos dedivisão do trabalho e estabelecer as delegações de competência.

As atribuições dos órgãos são apresentadas por Diretoria, em módulos específicos, logo a seguir aosorganogramas que os identificam na estrutura organizacional de sua Diretoria.

Organograma

A estrutura organizacional e as atribuições de todos os órgãos da hierarquia encontram-se disponíveis emmeio eletrônico no seguinte endereço: FURNASNet/ Documentos Organizacionais/ Manuais EletrobrasFURNAS/ Manual de Organização.

Delegação de Competências

Os critérios e procedimentos de Delegação e Segregação de Funções (alçadas) encontram-se disponívelna FURNASNet/ Documentos Organizacionais/ Manuais Eletrobras FURNAS/ Coletânea de AtosNormativos/ Delegação de Competências / IN.019.85 Rev27. Esta IN estabelece os valores limites, emR$ (reais), para modalidades de licitação e para as competências delegadas na Companhia.

Segundo a IN, as delegações de competências estabelecidas deverão ser exercidas em estrita observânciaaos limites aprovados para o Orçamento Estrutural e o de Investimento, observados os cronogramas dedispêndios e os objetivos fixados para as Superintendências, dentro de cada Diretoria. Os critérios ecompetências delegadas estão expressos em seus itens e nos Anexos.

Código de Ética

A cartilha contendo o Código de Ética das Empresas Eletrobras foi distribuída aos colaboradores etambém está disponível na Intranet e Internet em português, em inglês e em espanhol. O Manual deOrganização, que também contempla normas de conduta, está disponível na Intranet da empresa. Todo oregramento ético também pode ser acessado através do Portal da Ética, na intranet da empresa. Segundoinformações apresentadas pela ELETROBRAS FURNAS, os novos empregados recebem treinamentode integração, que são presenciais e contemplam as normas de conduta.

A ELETROBRAS FURNAS conta com uma Comissão de Ética com as atribuições de elaborar, divulgar,e revisar periodicamente o Código de Ética e Padrões de Conduta Profissional da ELETROBRASFURNAS, submetendo à apreciação do Diretor-Presidente, para posterior encaminhamento e aprovaçãopela Diretoria Executiva.

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A Comissão de Ética da ELETROBRAS FURNAS zela pelo cumprimento do Código de Ética e Padrõesde Conduta Profissional, garantindo que sejam considerados aspectos que digam respeito à ética nosprocessos de negócio da Companhia. A Comissão também assessora a Direção Superior, emitindopareceres para a tomada de decisão concernente a atos que impliquem no descumprimento do Código deÉtica e Padrões de Conduta Profissional da ELETROBRAS FURNAS.

Conforme informações repassadas pela ELETROBRAS FURNAS, o Código de Ética das Empresas doSistema Eletrobras foi elaborado ao longo do ano de 2009 por um Grupo formado por representantes detodas as 16 empresas do Sistema Eletrobras, incluindo os Membros das respectivas Comissões de Ética,e, a cada etapa, foi realizada uma Consulta Pública a todos os Colaboradores de todas as 16 Empresasdo Sistema Eletrobras, com um total de duas Consultas Públicas. Na ELETROBRAS FURNAS, oCódigo de Ética teve sua vigência a partir de 21/09/2010.

Planejamento Estratégico - Objetivos e Metas Institucionais

O Planejamento Estratégico apresentado, com vigência de 2008-2012, aprovado pela RD n.º 024/2474de 2008, reflete o resultado do trabalho de profissionais da ACCENTURE e ELETROBRAS FURNAS.O referido trabalho é dividido em sete fases: Fase 0: Plano de Trabalho, Planejamento Estratégico, Fase1: Contexto Legal e Regulamentar, Fase 2: Diagnóstico Estratégico e Visão do Negócio, Fase 3:Macroprocessos, Fase 4: Estrutura Funcional, Fase 5: Estratégia Empresarial e Fase 6: Estrutura Lógicade Sistema de Medição.

O Plano Estratégico possui análise e definição de diretrizes estratégicas em alto nível. As ações a seremalcançadas pelo planejamento estratégico visam contribuir para a modernização da ELETROBRASFURNAS, reforçando seu posicionamento e distinção no mercado.

Na Fase 1 do projeto de formulação do Planejamento Estratégico, foi efetuada uma análise do contextolegal e regulamentar em que a ELETROBRAS FURNAS se insere, tendo como foco as tendênciasregulatórias do setor de energia elétrica e foi realizado um rápido panorama de tendências regulatóriasdo setor de energia elétrica.

Na Fase 2 do projeto de formulação do Planejamento Estratégico, foi efetuada uma análise de PontosFortes e Fracos, Oportunidades e Ameaças (SWOT Analysis), análise do Direcionamento Empresarial:Visão do Negócio, redefinindo a Visão e a Missão da ELETROBRAS FURNAS, com o foco no setor deEnergia Elétrica, Desenvolvimento Sustentável e Posicionamento de Mercado e Capacitações.

Na Fase 3, foi realizada uma Revisão dos Macroprocessos de Negócio, considerando o DirecionamentoEmpresarial e a nova Visão do Negócio, resultantes da Fase 2. O foco nesta fase foi Geração,Transmissão e Comercialização de Energia Elétrica e principais processos de suporte corporativo,desenho do Macro Modelo de Operação e Processos Críticos.

A Fase 4 teve como produto o mapeamento da estrutura funcional para os processos críticos maisrelevantes, especialmente nas questões de fronteira funcionais. O foco nesta fase foi o ModeloOperacional, levando a uma orientação por processos.

A Fase 5 teve como produto enfatizar a formulação de Macroestratégias, contemplando os objetivosestratégicos, os fatores críticos de sucesso e os Indicadores Empresariais, de desempenho e de tendênciae a formatação do Mapa Estratégico da ELETROBRAS FURNAS. O foco principal desta fase foi aintenção e o direcionamento estratégicos para a corporação em seus negócios principais: geração,transmissão e comercialização de energia elétrica e os Objetivos Estratégicos, Estratégias e AçõesEstratégicas.

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A Fase 6 teve como produto a formulação de uma estrutura e organização lógica de funcionamento deum sistema de medição para a Diretoria Executiva e para o monitoramento da administração estratégica,com foco no Modelo de Administração Estratégica, por meio de indicadores de desempenho e detendência.

Após a elaboração do plano estratégico da ELETROBRAS FURNAS, realizado com ajuda da consultoriaAccenture, a Diretoria da Empresa formalizou, em linha com as recomendações estabelecidas nodocumento, um grupo de coordenação, denominado Grupo de Implantação do Planejamento EstratégicoCorporativo – Grupo IPE, capitaneado por uma coordenação geral. A Diretoria delegou atribuição paraa coordenação do Grupo IPE implantar o planejamento estratégico, considerando todas as conclusões eresultados do plano elaborado.

Está em vigência o processo de Implantação do Planejamento Estratégico da ELETROBRAS FURNASem alinhamento ao Plano de Transformação da Eletrobrás, como fator indutor a curto, médio e longoprazos das mudanças previstas.

A Implantação do Planejamento Estratégico da ELETROBRAS FURNAS contempla nove iniciativasfundamentais. São elas: Gestão Institucional, Gestão de Projetos, Processos e Sistemas, Gestão deCompras, Gestão de Riscos, Gestão do Conhecimento, Gestão de Pessoas, Gestão da Mudança eEstratégias de Crescimento Sustentável. Como primeiro passo, cada iniciativa terá suas açõesestratégicas, indicadores e metas definidas por seus respectivos grupos de trabalho, que contam commembros de todas as diretorias da ELETROBRAS FURNAS.

A implantação do Planejamento Estratégico possui o seguinte escopo:

1- Desdobramento do Planejamento Estratégico da ELETROBRAS FURNAS em nove iniciativasEstratégicas: Gestão Institucional, Gestão de Projetos, Processos e Sistemas, Gestão de Compras, Gestãode Riscos, Gestão do Conhecimento, Gestão de Pessoas, Gestão da Mudança e Estratégias deCrescimento Sustentável;

2- Composição de nove equipes constituídas por: Coordenador, Especialista Interno, Grupo de Trabalhoe Especialista Externo, respectivamente, para cada uma das nove Iniciativas Estratégicas;

3- Construção de uma hierarquia de prioridades das ações a serem implementadas em cada uma dasnove Iniciativas Estratégicas;

4- Consolidação dos indicadores de desempenho e metas definidos no Planejamento Estratégico;

5 - Gerenciamento da implantação das ações estratégicas, por meio de indicadores e metas definidas porseus respectivos grupos de trabalho.

Na intranet da ELETROBRAS FURNAS existe o Portal IPE – Implantação do PlanejamentoEstratégico, onde constam diversas informações relativas ao projeto de implantação do PlanejamentoEstratégico, com resumo executivo do andamento, assim como a atuação de cada Grupo de Grupo deTrabalho. No Portal constam, ainda, mapas, artigos, documentos, apresentações, relatórios, etc.

Revisão dos Fatores Críticos de Sucesso - FCS - janeiro de 2010

Como produto das reflexões, a coordenação percebeu a necessidade de realizar um workshop paraanalisar todos os Fatores Críticos de Sucesso e as relações de causa e efeito entre eles, dentro dasperspectivas já escolhidas para o mapa estratégico.

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O workshop, comandado por consultoria externa e com a participação do Grupo IPE, ampliado paramelhor alicerçar os resultados, foi direcionado para examinar cada um dos FCS, com a expectativa deproduzir uma nova relação, mas, considerando, sobretudo, que o trabalho anterior foi fruto de esforço dopensamento estratégico do corpo gerencial da empresa.

O grupo recebeu instruções para, visando à construção do caminho estratégico da ELETROBRASFURNAS para o alcance da visão, corrigir, alterar, excluir e acrescentar FCS à lista já produzida. Esseworkshop ocorreu em janeiro de 2010 e, como resultado, houve redução dos 23 FCS, presentes notrabalho original, constituindo um novo Mapa Estratégico.

Mapeamento de Processos e Macroprocessos

Identificamos o mapeamento de diversos processos e macroprocessos que foram formulados edesenvolvidos, servindo de apoio tanto para a Cerificação SOX como para a formulação do PlanoDiretor de Gestão de Riscos Coorporativos.

A Rd n.º 022/2628 de 12/12/2011 aprovou a alteração estrutural da Empresa, onde a Superintendênciade Gestão de Riscos e Controles Internos - CR.F e o Departamento de Controles Internos – DCI-F foramcriados, com vigência a partir de 01/01/2012. O Departamento de Controles Internos – DCI-Fresponsabilizam-se pelos processos de negócio identificados como relevantes em 2011, para CertificaçãoSOX holding.

Segundo informações repassadas pelo DCI-F, em função da sua criação em janeiro de 2012, não houvetempo hábil de realizar o acompanhamento, uma vez que ainda estão sendo criados os planos de açãopara as não conformidades apresentadas pela Auditoria Externa, no que diz respeito à SOX.

A DCI-F está atuando na revisão dos processos de negócio junto aos respectivos gestores para avalidação. Foi apresentado a esta equipe o processo de formulação da Narrativa e a Matriz de Objetivosde Controle. Foi apresentado, ainda, a esta equipe Manual de Instruções – Toolkit – Testes de ControlesInternos.

O Toolkit é um documento que concentra diversas informações importantes para a execução da etapa deteste dos controles internos financeiros chaves, relativo ao Projeto SOX da Eletrobrás.

Acesso a Informações - Percepção dos Controles Internos

O mecanismo utilizado para divulgação e conscientização das informações relevantes da Empresa é asua página da intranet.

Verificamos que a Empresa possui vários atos normativos, disponíveis na sua intranet, que contêm osníveis de aprovação e os procedimentos sobre as autorizações e aprovações nos diversos processos denegócio. O Manual de Organização, disponível na internet, estabelece os níveis de autoridade vigentes eformaliza a Estrutura Organizacional da ELETROBRAS FURNAS, possuindo o organograma e asatribuições de todos os órgãos formais da Companhia, desde a Direção Superior até o nível de Divisão.

Na Intranet, também, os empregados têm acesso ao SIGMA - Sistema de Informações Gerencias,Monitoramento e Apoio, com informações referentes a: Receita, por Atividade; Receita, por Tipo deReceita; Despesa, por Atividade; Despesa, por Diretoria; Despesa, por Natureza de Gasto; Investimento, Imobilizado em Curso por Atividade; Investimento, por SPE (Sociedade de PropósitoEspecífico); Resultado por Atividade e Tributos, Encargos, Imposto de Renda e Contribuição Social.

Salvaguarda de documentos

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Com relação à salvaguarda e disponibilização de documentos, a ELETROBRAS FURNAS conta, na suaestrutura organizacional, com a Assessoria de Apoio Técnico – AAT.E que tem como atribuição realizara gestão das informações do acervo técnico dos empreendimentos da Companhia. Também existe, naestrutura da ELETROBRAS FURNAS, a Divisão de Documentação – DDOM.G que tem como objetivoexecutar e controlar as atividades de documentação administrativa e arquivo.

Informação, normatização e participação dos funcionários

As informações e orientações relevantes são divulgadas para o e-mail institucional de cada funcionário,de acordo com a pertinência, e também na Intranet.

Na intranet, estão disponíveis notícias gerais, internas e externas, de interesse da instituição e dosempregados.

Quanto às normas internas relacionadas aos procedimentos adotados, a ELETROBRAS FURNAS regulasuas atividades internas por intermédio de Avisos, Circulares, Manuais, Resoluções de Diretoria e outros,disponíveis para consulta na Intranet da ELETROBRAS FURNAS. No link furnasnet/DocumentosOrganizacionais/Manuais Eletrobrás Furnas existem manuais sobre os mais diversos assuntos, a saber:Coletânea de Atos Normativos Diversos, Manual de Administração de Materiais, Manual deAdministração Financeira, Manual de Aquisição, Manual de Contabilidade, Manual de Organização,Manual de Pessoal, Manual de Saúde, Manual de Segurança e Higiene Industrial e Relação de Órgãos eChefias.

No MANUAL DE ORGANIZAÇÃO/1. DOCUMENTOS DE ORGANIZAÇÃO/1.23. Atos Normativos,item 3.4. estabelece que: "O texto das proposições de criação ou alteração de atos normativos deinteresse geral a ser recomendado à aprovação do nível competente, será encaminhado pelaSuperintendência de Organização e Tecnologia da Informação - TI.G. aos Representantes de Diretoria”,cabendo aos ditos representantes:

- Consultar os órgãos subordinados ao respectivo Diretor, colhendo sugestões sobre modificações naminuta apresentada.

- Consolidar e remeter à Coordenação de Organização e Informática as alterações sugeridas.

- Representar a Diretoria nas discussões sobre o assunto.

Outra forma de participação dos funcionários ocorreu quando da formulação do código de ética, acimainformada. Comunicação Interna

As informações institucionais da ELETROBRAS FURNAS são publicadas constantemente pelosprincipais canais de comunicação interna da empresa. A partir da análise da informação, onde sãoavaliados os itens tipo de informação, público alvo, abrangência, periodicidade e temporalidade, aempresa utiliza os seguintes mecanismos internos de comunicação: e-mail corporativo, intranet, siteinstitucional, mídia digital, sistema de som interno, entre outros.

A Superintendência de Gestão de Pessoas - RH.G utiliza-se dos diversos canais de comunicação comseus empregados da forma descrita a seguir:

· Atendimento pessoal - Central de Relacionamento RH, no Escritório Central, aberta à toda a força detrabalho para solicitação de serviços, sugestões e reclamações.

Nas áreas regionais, os polos de RH também estão aptos para atender todo tipo de comunicação dos

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empregados.

· Telefônico – Disponibilização de ramal para atendimento personalizado durante todo o expediente paraqualquer tipo de comunicação entre os empregados e a RH.G.

· Intranet - a RH.G disponibiliza um Portal, que é atualizado diariamente, com informações sobre toda aEmpresa. Neste mesmo Portal, existe o Fale Conosco, canal de comunicação direto com os responsáveispelos processos de trabalho da RH.G.

· E-mail - o e-mail possibilita recepção de informações 24 horas por dia.

METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

Avaliação dos Riscos

Em 2009, foi criado o Comitê de Gestão de Riscos e, em 2010, foi realizado um extensivo levantamentode todos os riscos inerentes ao negócio da Empresa. Em 2011, a ELETROBRAS FURNAS concluiu eaprovou o Plano Diretor de Gestão de Riscos Corporativos - PDGR.

O PDGR propõe uma arquitetura (princípios, estrutura e processo) de riscos e controles internosbaseados na norma NBR ISO 31000:2009, que orienta os gestores a identificar, analisar, avaliar e trataros riscos de forma sistemática em um processo de aprimoramento contínuo.

O Plano Diretor de Gestão de Riscos Corporativos foi desenvolvido em 5 etapas:

1 - Preparação das equipes: Definição dos Grupos de Trabalho e do Grupo de Especialistas.

2 - Sensibilização e capacitação das equipes.

3 - Levantamento: por meio de questionamentos e entrevistas presenciais aos gerentes das áreas, osconsultores da PUC-Rio e os Grupos de Especialistas, identificaram os principais eventos de riscos daELETROBRAS FURNAS, levantando informações sobre causas, consequências, impacto econômicoprovável, frequência de manifestação, proprietário do risco (o encarregado por mitigar o risco) e asações de controle sugeridas.

4 – Diagnóstico: as informações relevantes sobre os eventos permitiram traçar a curva de apetite aorisco da ELETROBRAS FURNAS, desenhar o mapa de perfil de risco e categorizar os riscos das suasações de controle, permitindo avaliar o estado atual dos riscos e sua classificação.

5 - Elaboração do Plano Diretor.

Na elaboração do Plano Diretor, com base na análise COSO (Committee of Sponsoring Organizations ofthe Treadway Commission), foram identificados 114 riscos corporativos segundo os pilares estratégico,operacional, financeiro e de conformidade.

Desde então, a ELETROBRAS FURNAS iniciou um processo de avaliação e tratamento de nove riscosconsiderados prioritários pela sua Governança Corporativa, a saber: Demonstrações Contábeis eFinanceiras; câmbio; gestão do contencioso; novos negócios e leilões; Sociedade de Propósito Específico- SPE e consórcios; disponibilidade de suprimentos críticos; controles ambientais; administração fiscal-tributária; e disponibilidade na geração. O risco associado à SPE foi objeto de análise específica nesterelatório.

Ainda em 2011, a Empresa aderiu à Política de Gestão de Riscos das Empresas Eletrobras, que tem

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como objetivo “Estabelecer princípios, diretrizes e responsabilidades da gestão de riscos das EmpresasEletrobras, bem como orientar os processos de identificação, avaliação, tratamento, monitoramento ecomunicação dos riscos inerentes às atividades, incorporando a visão de riscos à tomada de decisõesestratégicas, em conformidade com as melhores práticas de mercado”.

Atores do Processo de Gestão de Riscos

Em dezembro de 2011, houve a criação da Superintendência de Gestão de Riscos e Controles Internos –CR.F e dos Departamentos de Controles Internos – DCI.F e de Gestão de Riscos DGR.F.

A CR.F tem como atribuições: planejar a gestão de riscos corporativos e do ambiente de controlesinternos; promover a cultura de gestão de riscos corporativos e de gestão do ambiente de controlesinternos; fornecer à Administração Superior as informações estratégicas necessárias às deliberaçõesreferentes à gestão de riscos corporativos; promover a adequação do ambiente de controles internos, emrelação aos aspectos regulatórios internos e externos; coordenar a consolidação do ambiente decontroles internos da Companhia, nos contatos entre as áreas de Auditoria Interna, Ouvidoria,Tecnologia da Informação e as áreas gestoras de processos de negócio.

O DGR.F tem como objetivo: identificar, avaliar e acompanhar os riscos corporativos da Companhia;desenvolver ações integradas para a gestão de riscos corporativos da Companhia; pesquisar edesenvolver as melhores práticas de mercado para a gestão de riscos; coordenar a aplicação dametodologia de gestão de riscos corporativos na Companhia; identificar os órgãos responsáveis pelomonitoramento dos principais riscos na Companhia; prestar suporte, aos órgãos identificados, nodesenvolvimento de indicadores de riscos; efetuar a homologação dos planos de mitigação de riscos paraas áreas de negócio que serão responsáveis por sua execução.

Conforme o Manual de Organização da Companhia, o Departamento de Controles Internos – DCI.F tempor competência propor o estabelecimento do ambiente de controles internos da Companhia. O DCI.Fdeverá efetuar o aprimoramento do ambiente de controles internos e a consolidação das informaçõesquanto à efetividade deste ambiente, prestar apoio às diversas áreas da Companhia na identificação,manutenção e priorização dos controles em nível corporativo.

Controle de Estoques

A ELETROBRAS FURNAS informou que o controle dos Equipamentos Gerais é realizado de acordocom o Manual de Contabilidade Módulo 7.2. Implantação e Movimentação de Equipamento Geral. Foiacrescentado que o manual está parametrizado em conformidade com o sistema operacional daELETROBRAS FURNAS vigente até dezembro de 2009. A partir de janeiro de 2010, o sistema utilizadopara controle patrimonial dos equipamentos gerais passou a ser realizado pelo SAP Módulo FIAA, com omesmo conceito de controle do Modulo 7.2 do Manual de Contabilidade da ELETROBRAS FURNAS.

Fraudes e Perdas

Com relação a Fraudes e Perdas, a Auditoria Interna informou que foi criada Comissão de Sindicância,conforme RD Nº 007/2633, de 18/01/2012, e que ainda se cencontra em andamento. Foi aprovado, pelaRD Nº 007/2633, de 18/01/2012 a instauração de Comissão de Sindicância, para apurarresponsabilidades em relação às irregularidades relatadas pela Auditoria Interna, através dos Relatóriosnº 043.2011, de 29/11/2011 e 051.2011, de 06/12/2011, relativos às prorrogações de prazos e alteraçõesde Cláusulas, efetivadas através dos Aditamentos nºs. 03, 04, 05 e 06 ao Contrato nº 14.892, firmadocom o Consórcio para Modernização da UHE ELETROBRAS FURNAS /CEMF.

INFORMAÇÕES E COMUNICAÇÃO

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A Intranet da ELETROBRAS FURNAS é importante mecanismo de comunicação/informaçãoinstitucional, permitindo aos servidores o acesso à legislação pertinente a suas atividades-fim, bem comoaos normativos relacionados aos controles internos.

No âmbito do relacionamento junto a público externo, a Internet da ELETROBRAS FURNAS é oprincipal instrumento de comunicação.

Segundo consta do Relatório de Gestão, a Divulgação de Informações Corporativas ocorreu por meio demídias digitais, mídia impressa, publicidade institucional e legal e por via de vídeos corporativos. Entreestas, destacam-se as digitais. No twitter, foram publicadas 184 informações com adesão de mais de 2,4mil seguidores, ampliando os seguidores para 5,1 mil. O site da ELETROBRAS FURNAS foi acessado45 mil vezes. No sítio eletrônico encontram-se informações sobre a empresa, meio ambiente,comercialização de serviços, sociedade, editais, além de publicações institucionais como RelatóriosCorporativos Oficiais. O Fale Conosco, recebeu, em 2011, 3.744 e-mails com pedidos de informaçõessobre os mais diversos assuntos.

No que diz respeito a canais de comunicação abertos, destacam-se o "Fale Conosco", a Ouvidoria e o"Canal Denúncia". A intranet da Empresa é o principal instrumento de comunicação institucional, comacesso a todos os seus empregados.

MONITORAMENTO DOS CONTROLES INTERNOS

O monitoramento dos controles implementados, ao longo de 2011, ficou a cargo da unidade de Auditoria Interna da ELETROBRAS FURNAS. Segundo informado no Relatório Anual de Atividades deAuditoria Interna – RAINT 2011, foram emitidos 64 relatórios da auditoria interna, até dezembro de2011, sendo 11 relatórios relacionados à lei Sarbanes Oxley - SOX.

Verificamos que a Auditoria Interna acompanha o atendimento e as solicitações dos órgãos de controlepor meio de relatórios trimestrais e dos Relatórios de Monitoramento.

A Auditoria Interna planejou e coordenou os trabalhos de avaliação dos controles internos daCompanhia para o atendimento à lei SOX, bem como participou, sistematicamente, das atividadesrelativas à obtenção da certificação anual, gerando, no decorrer dos trabalhos, relatórios de auditoria aosrespectivos gestores dos processos, com as deficiências de controle identificadas.

Segundo informações constantes do RAINT 2011, após o termino dos trabalhos de certificação, previstopara o primeiro trimestre de 2012, os auditores externos emitirão uma Matriz de sub-certificação queserá encaminhada a Eletrobrás visando à certificação, cujo prazo está vinculado ao cronograma da SEC(Securities and Exchange Commission), órgão que permite a negociação das ações na Bolsa de NovaYork.

Competência da Auditoria Interna

Segundo o Manual de organização da companhia, constitui competência da Auditoria Interna planejar ecoordenar os trabalhos de avaliação dos controles internos da Companhia para o atendimento à SOX,bem como participar, sistematicamente, das atividades relativas à obtenção da certificação anual SOX. AAuditoria Interna tem dado prosseguimento ao levantamento dos controles internos de relatóriosfinanceiros alinhados as diretrizes da Lei SOX, para que a Holding possa continuar a comercializar açõesno pregão da Bolsa de Valores de Nova Iorque.

Tendo em vista os requerimentos da SOX, o objetivo é avaliar se a Companhia mantém controlesinternos efetivos relacionados às demonstrações financeiras, com base nos critérios estabelecidos no

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Internal Control – Integrated Framework, emitido pelo COSO.

Competência da Superintendência de Gestão de Riscos e Controles Internos – Departamento deControles Internos

Conforme já relatado, a Rd n.º 022/2628 de 12/12/2011 aprovou a alteração estrutural da Empresa,tendo sido criados a Superintendência de Gestão de Riscos e Controles Internos – CR.F e osDepartamentos de Controles Internos – DCI.F e de Gestão de Riscos DGR.F. As competências dasnovas Unidades encontram-se relatados nas considerações sobre o item “Metodologia de Avaliação deRiscos”.

Estrutura dos Controles Internos

A seguir é realizada a análise da estrutura de controles internos relativa à área de licitações e contratosmais relevante da ELETROBRAS FURNAS, o Departamento de Aquisição - DAQ.G, subordinado àSuperintendência de Logística de Suprimento – SR.G, considerando as respostas a vários quesitossolicitados. Foi realizada, também, análise na área responsável pelas Sociedades de Propósito Específico,considerando os riscos mapeados no projeto Plano Diretor de Riscos Corporativos – Catálogo deEventos de Riscos da ELETROBRAS FURNAS.

Estrutura dos Controles Internos da área de Licitações e Contratos

No organograma do Departamento de Aquisição – DAQ.G, existem duas divisões de aquisição, umadirecionada para aquisição geral (materiais e serviços comuns) e outra para aquisições especiais(equipamentos e contratação de obras).

O Departamento de Aquisição - DAQ.G é responsável pela contratação de materiais, equipamentos,obras e serviços. As áreas regionais da ELETROBRAS FURNAS têm delegação para realizar compraspara seu próprio consumo até o limite estipulado na Instrução Normativa 019.85.

Com relação à segregação de funções, a DAQ.G informou que as principais contratações da Empresa(aproximadamente 70% do valor total contratado) são realizadas pelo Departamento de Aquisição -DAQ.G que encaminha o Instrumento Contratual resultante do processo licitatório para assinatura eacompanhamento do Órgão Gestor. Dessa maneira, fica garantida a segregação de função.

Também existe o Comitê Estratégico de Logística de Suprimento das Empresas Eletrobras – CELSE quecongrega grupos de trabalho, entre eles o GT Aquisição, onde estas questões são disseminadas ediscutidas.

Observamos a existência de diversas Instruções Normativas que norteiam os procedimentos dasatividades referentes ao processo licitatório. Tais instruções servem para estruturar as rotinas de comprasvisando assegurar o cumprimento das condicionantes legais vigentes de forma a preservar a lisura doprocesso e prevenir questionamentos, impugnações e recursos que possam comprometer o certame.Observamos, também, a existência de um fluxograma referente à compra de materiais.

Segundo informações repassadas pela DAQ.G, sempre que acontece alguma alteração na legislação, ainformação é encaminhada a Superintendência de Logística de Suprimento – SR.G pela AuditoriaInterna e/ou pela Consultoria Jurídica da ELETROBRAS FURNAS.

Observamos que as Áreas requisitantes são responsáveis pelo orçamento e pesquisa de preços paravalorar a requisição. Para tal, também existe, para consulta, o Banco de Preços da ELETROBRAS,conforme informado pela DAQ.G.

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Segundo informações repassadas pela área de licitações, a Divisão de Controle da Aquisição – DCAQ.G,subordinada ao DAQ.G, analisa a conformidade e consistência da requisição antes de iniciar o processolicitatório, conforme informações repassadas pela DAQ.G.

Com relação aos procedimentos realizados relativos à descrição do objeto licitado, o DAQ.G informouque os descritivos dos itens a serem licitados são analisados e cadastrados no sistema corporativo erecebem codificação única. O requisitante solicita ao Departamento de Administração de Material acodificação do objeto caso esse ainda não seja cadastrado no sistema, de acordo com o FluxogramaClassificação de Material.

Com relação à análise da documentação apresentada, a DAQ.G informou que é realizada, tanto dadocumentação apresentada pelos licitantes, de acordo com a Lei n.º 8.666/93 e Instruções Normativasque norteiam os procedimentos das atividades referentes ao processo licitatório, como da árearequisitante, que dá início ao processo de aquisição. Neste último caso, a análise é realizada pelaDCAQ.G, que verifica se a requisição está valorada e devidamente aprovada no nível competente, seestá acompanhada de especificação técnica para o caso de aquisição de equipamentos e de planilhas depreços para o caso de contratação de obras.

Embora não exista uma Política de Planejamento formalmente definida na Empresa, o DAQ.G, informouque define, junto com as áreas requisitantes, a implementação da modalidade de Registro de Preços paraa aquisição de determinados produtos com o intuito de se evitar repetidos processos licitatórios para omesmo fim. Além disso, conforme informações apresentadas pela DAQ.G, entrará em vigor, ainda nomês de junho de 2012, a Política de Contratação.

Estrutura dos Controles Internos área de Novos Negócios – Sociedade de Propósito Específico(Riscos Mapeados e Medidas Mitigadoras)

Com o objetivo de ampliar os conhecimentos relativos ao risco inerente as SPEs, tratado como um dosnove riscos prioritários, conforme anteriormente relatado, e considerando os riscos mapeados relativos apossíveis desvios nas premissas adotadas (juros, moedas, cenários de avaliação), na formação e/oureestruturação das SPEs e na existência de interesses conflitantes na formação das SPEs, solicitamos quea ELETROBRAS FURNAS informasse quais são as medidas adotadas para mitigação das causasdetectadas.

O mapeamento dos processos, a identificação dos riscos prioritários e a definição das medidasmitigadoras encontram-se em processo de formulação. Com isso, não é possível formar opinião arespeito da estrutura dos controles internos específicos a área SPE/novos negócios.

A partir de dezembro de 2011, ao DGR.F, então criado, coube a atividade de identificar, avaliar eacompanhar os riscos corporativos, o qual, junto com as áreas proprietárias dos riscos, está formulandodiversos trabalhos com este objetivo.

Com relação ao DCI.F, também criado em dezembro de 2011, conforme já relatado, passou a ser suacompetência propor o estabelecimento do ambiente de controles internos da Companhia, visando aoaprimoramento do ambiente de controles internos.

Considerando que estas atividades encontram-se em processo de transformação, não foi possívelverificar os controles implementados. Apresentamos, então, as medidas mitigadoras que a área analisada,proprietária do risco, entende como as mais adequadas.

A seguir, apresentamos as causas detectadas no Catálogo de Eventos de Riscos da ELETROBRAS

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FURNAS (Plano Diretor de Gestão de Riscos Corporativos) e a manifestação da área proprietária dorisco prioritário, com as medidas mitigadoras.

1 – Possível desvio nas premissas adotadas (juros, moedas, cenários de avaliação)

a) Possibilidade de falhas nas premissas adotadas. Ex: indicadores financeiros projetados muito diferentedo realizado; atrasos muito grandes e não esperados da data de entrada em operação deempreendimentos; licenciamento ambiental; além de outras questões importantes com grandeindefinição e que podem ter grande impacto na receita.

Medidas Mitigadoras Informadas

Um estudo detalhado do empreendimento é realizado, além do técnico, o econômico/financeiro, ofundiário e o ambiental, com o objetivo de minimizar os riscos do projeto.

Neste estudo, utiliza-se, também, um software de modelagem econômico /financeira para cálculo darentabilidade, cujas premissas são as praticadas pelo mercado e atendendo às orientações da Eletrobras.

Se ainda assim causas externas afetarem o negócio, gestões pontuais são efetuadas junto às entidadesdiretamente envolvidas visando à mitigação desses riscos.

b) O custo da obra superior ao projetado.

Medidas Mitigadoras Informadas

Visando à mitigação desse risco são efetuados estudos e levantamentos criteriosos da região deabrangência, envolvendo aspectos fundiários, geológicos, sociais e ambientais.

A contratação da implantação do empreendimento se dá na modalidade turn key, com um efetivogerenciamento do projeto.

c) Atraso na liberação dos financiamentos.

Medidas Mitigadoras Informadas

Utilização de empréstimos ponte.

d) Cenários sócio-políticos instável desfavoravelmente.

Medidas Mitigadoras Informadas

Manutenção de um bom relacionamento social com a população afetada pelo empreendimento, com asentidades competentes independente de cenários de instabilidade.

e) Crises sócio-políticas.

Medidas Mitigadoras Informadas

Solicita-se apoio das entidades competentes (estaduais, federais, etc.) para manutenção da ordem e dagarantia do patrimônio.

2 - Possíveis falhas na formação e/ou reestruturação das SPE

a) Incompatibilidade dos sócios à dimensão do empreendimento e a formação de parceria com a

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ELETROBRAS FURNAS. O parceiro não possui recursos suficientes para a execução do negócio.

Medidas Mitigadoras Informadas

Antes de se consolidar a parceria é feita uma análise financeira do parceiro de modo a garantir osrecursos suficientes para implantar o negócio. Além disso, nos documentos societários, são definidasregras para o caso de inadimplemento.

b) Falha na documentação exigida.

Medidas Mitigadoras Informadas

Antes de participar da licitação, é adotada uma sistemática de verificação da documentação exigida pelaELETROBRAS FURNAS para cumprir as exigências das leis, dos financiadores e da agência reguladora.

c) O parceiro não desejar ser sócio minoritário.

Medidas Mitigadoras Informadas

Será sócio majoritário, desde que reúna todas as demais condições econômico/financeiras para tal. Esseassunto é estabelecido no Acordo de Acionistas das Sociedades.

d) Impossibilidade de a ELETROBRAS FURNAS ser sócio majoritário na parceria.

Medidas Mitigadoras Informadas

Isto é um pré-requisito na escolha dos parceiros, que tenham condição de assumir individualmente ouem grupo, no mínimo, 51% da parceria. Esse assunto é estabelecido no Acordo de Acionistas dasSociedades.

3- Possíveis interesses conflitantes na formação das SPEs

a) Falta de integração entre as equipes que formatam os negócios e aquelas com potencial de atuação noempreendimento.

Medidas Mitigadoras Informadas

A formatação do negócio e das equipes com potencial de atuação no empreendimento é feita emconjunto entre a ELETROBRAS FURNAS e os parceiros privados, com a constituição de comitês esub-comitês onde participam todos os parceiros, nos quais as deliberações são tomadas por unanimidade.

b) Interesses políticos e econômicos externos à ELETROBRAS FURNAS.

Medidas Mitigadoras

Proposta de substituição do parceiro por qualquer conflito não contornável.

Conclusões Gerais

Face ao exposto, concluímos que os controles implementados da ELETROBRAS ELETROBRASFURNAS, embora alguns estejam em processo de aprimoramento/desenvolvimento, contribuem paramitigar os riscos da Entidade.

Ademais, verificamos que as conclusões desta equipe de auditoria se coadunam com a autoavaliação

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realizada pela Empresa em seu Relatório de Gestão, acerca dos aspectos de seu Sistema de ControleInterno (Quadro A.9.1 da Portaria TCU n.º 277/10).

2. GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS

2.1. Subárea - MOVIMENTAÇÃO

2.1.1. Assunto - QUANTITATIVO DE PESSOAL

2.1.1.1. Informação

Avaliação da Gestão de Recursos Humanos da Empresa em termos de quantitativo de recursos,movimentações, estratégias e substituição de terceiros.

A seguir, apresenta-se o quadro de pessoal da ELETROBRAS FURNAS, posição em 31/12/2011.

Quadro - Pessoal em exercício 31/12/2011

Situação Quant.

Funcionários de carreira 4.851*

Requisitados 14

Cedidos 46

Outros afastamentos 59

Comissionados sem vínculo 15

TOTAL 4.971

Fonte: Relatório de Gestão 2011

* considerando os 333 gerentes.

** 9 assessores externos e 6 Diretores.

Houve, no ano de 2011, o total de 177 ingressos (concursos 2002, 2005 e 2009), e 193 egressos emfunção do Plano de Readequação do Quadro de Pessoal. O Plano consiste no desligamento voluntário de

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colaboradores que já tenham alcançado ou que alcançarão os direitos de aposentadoria até o término desua vigência (outubro de 2011 a julho de 2013), com a condição de repasse de conhecimentos e combenefícios financeiros à época do desligamento.

O quadro de 4.971 profissionais encontra-se abaixo do limite estabelecido na Portaria DEST n.º 05/2006,de 5.135 profissionais.

O dimensionamento da força de trabalho da UJ é objeto de estudos no âmbito do Plano de Readequaçãodo Quadro de Pessoal – PREQ, o qual contempla, ainda, a renovação do efetivo, considerando o númerosignificativo de empregados já aposentados ou em condições de aposentadoria até 2013 (quase 50% doefetivo), e a compatibilização do perfil profissional com as novas exigências do Plano de Transformaçãodo Sistema Eletrobras.

Planejamento Estratégico e Gestão de RH

O Planejamento Estratégico de FURNAS está sendo implantado com o objetivo de garantir asustentabilidade da Empresa como organização e fazer frente às incertezas e ao aumento dos níveis decomplexidade do ambiente externo do mercado de energia.

No Planejamento Estratégico, a RH.G tem sob sua responsabilidade duas iniciativas: Gestão de Pessoase Gestão do Conhecimento. No âmbito da Gestão de Pessoas, há diversas ações estratégicas relacionadas às áreas de carreira e remuneração, treinamento e desenvolvimento, salários e benefícios,clima organizacional, avaliação de desempenho e seleção de pessoal. No contexto da gestão doconhecimento, a área de recursos humanos é responsável por promover mudanças na culturaorganizacional; criar incentivos para o compartilhamento de informações e conhecimentos; evidenciarpara a organização e para o mercado o ativo intelectual de FURNAS; capacitar a força de trabalho; epropor e viabilizar soluções para gestão do conhecimento alinhadas à necessidades de FURNAS.

Contextualização – Quadro de Pessoal

As mudanças institucionais ocorridas a partir do início da década de 90 provocaram significativasalterações na estrutura e na visão organizacional da ELETROBRAS FURNAS, principalmente em seuquadro de empregados efetivos que, em dezembro de 1990, era de 9.435 empregados, chegando a, emdezembro de 2002, 3.446, segundo informações constantes do Programa de Readequação do Quadro dePessoal.

A partir da inclusão da ELETROBRAS FURNAS no Plano Nacional de Desestatização – PND, doGoverno Federal, a empresa foi proibida de realizar concurso público e estimulada a oferecer programasde desligamento, com o intuito de enxugar o quadro de pessoal. Somente em 15/03/2004 (Lei nº 10.848art. 31) a ELETROBRAS FURNAS foi retirada do PND.

Nos anos de 1996 e 1997, a ELETROBRAS FURNAS foi autorizada a realizar concursos públicos paraatender a necessidades específicas nas áreas de operação e processamento de dados.

Em 2002 e 2005, foram realizados concursos para formação de cadastro reserva, mas, somente a partirde 2004, foi iniciado o processo de admissão de um número mais significativo de novos empregados.

Para cumprir sua missão e atender aos compromissos assumidos em razão da ampliação do parque degeração e transmissão, a ELETROBRAS FURNAS necessita readequar sua força de trabalho.

Situação Atual

A nova realidade do mercado, bem como as alterações significativas ocorridas na estrutura e

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organização da empresa nos últimos 15 anos, tornam necessários ajustes a fim de atender às demandasatuais e futuras.

A análise da situação atual do quadro de pessoal efetivo da ELETROBRAS FURNAS permite aidentificação de outras questões que estão exigindo ações da Superintendência de Gestão de Pessoas –RH.G. Segundo informações da RH.G, apesar das admissões feitas nos últimos anos, a média de idade(47 anos) permanece bastante elevada e o número de empregados já aposentados pelo INSS ou emcondições de aposentadoria até abril de 2012 é de 2.229, representando 47% do total de efetivos.

Distribuição por Faixa Etária

- 242 funcionários com idade inferior a 30 anos, o que equivale a 5% do quantitativo.

- 964 funcionários com idades entre 31 a 40 anos, o que equivale a 20% do quantitativo.

- 1.464 funcionários com idades entre 41 a 50 anos, o que equivale a 31% do quantitativo.

- 2.087 funcionários com idades acima de 50 anos, o que equivale a 44% do quantitativo.

A ELETROBRAS FURNAS diagnosticou possíveis alterações em seu efetivo de pessoal a partir dolevantamento do número significativo de empregados já aposentados pela previdência oficial ou emcondições de aposentadoria, em um prazo relativamente curto de tempo.

Diante de análises de cenários internos e externos, a Empresa, em 2011, implantou um Plano deReadequação do Quadro de Pessoal - PREQ, se preparando para garantir o repasse e a permanência dosconhecimentos que poderão sair da empresa com as pessoas, definir novos perfis para os empregados aserem admitidos e capacitar os novos profissionais e aqueles que poderão assumir novos processos.

Em dezembro de 2011, obteve-se o seguinte panorama quanto ao número de adesão ao PREQ, o númerode desistência à adesão e desligamentos ocorridos pelo plano, bem como as adesões ativas, permitindouma avaliação aproximada quanto ao impacto futuro no quantitativo efetivo:

Adesões Desistências Desligamentos Adesões Ativas

1.703* 57 193 1.455

Fonte: Departamento de Suporte a Gestão de Pessoas (DAP.G).

* número de adesões em 26/08/2011, data de encerramento do período de adesões.

Conforme informações repassadas pela Superintendência de Gestão de Pessoas – RH.G, osdesligamentos pelo PREQ ocorrerão até agosto de 2013 e a estimativa acima apresentada pelas adesõesativas deverá considerar uma variação em função da data do cronograma para desistência encerrar emfevereiro de 2012. Quanto à substituição dos profissionais desligados, a RH.G acrescentou que “Furnasseguirá os critérios definidos e aprovados no Plano de Readequação do Quadro de Pessoal, no qualdetermina o preenchimento de 50% dessas vagas”.

Substituição dos Terceirizados

Em 2011, Furnas negociou junto ao Ministério Público do Trabalho e a Federação Nacional dosUrbanitários um novo acordo sobre desmobilização da mão-de-obra terceirizada, firmado em 16/02/2012, sob a égide do Supremo Tribunal Federal e homologado pela Advocacia Geral da União eTribunal de Contas da União, no qual o cronograma de desligamentos repetirá os valores estabelecidos

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no quadro geral de substituição paulatina da mão-de-obra terceirizada, integrante da Cláusula Terceirado referido Acordo:

Ano % Quantidade

2014 10 130

2015 15 196

2016 15 196

2017 30 391

2018 30 392

Total 100 1.305

No que tange o preenchimento das vagas, a Empresa, após a definição do Quadro de Referência daELETROBRAS FURNAS, e aprovação pelo Conselho de Administração, convocará 550 concursados docadastro constante do concurso público 01/2009, na proporção de 110 candidatos por ano, a partir de2013 até 2017, conforme informações repassadas pela RH.G.

Dimensionamento da força de Trabalho

Está em curso processo de seleção de consultoria, em parceria com o Banco Interamericano deDesenvolvimento - BID, para a elaboração do desenho do quadro qualiquantitativo para todos os órgãosda empresa, apontando o perfil profissional e a quantidade necessária de empregados para cada função.

Segundo informação da ELETROBRAS FURNAS, o estudo deverá considerar, sem se limitar, asseguintes questões:

- Saída de parte da Força de Trabalho com o Plano de Demissão Voluntária ora em andamento;

- Setor operador da empresa - concessão de ativos e compromisso com a operação e manutenção;

- Setor empreendedor da empresa - compromisso com a expansão da oferta de energia elétrica por meio,preponderantemente, de parcerias;

- Busca da melhoria da eficiência, tanto no plano econômico-financeiro como no plano operacional; e

- Capturar os benefícios de ferramentas já implantadas como o Sistema Integrado de Gestão (ERP) e oGerenciamento Eletrônico de Documentação – GED.

Programa de Renovação

Em consonância com os objetivos do PREQ, a renovação do quadro de pessoal visa a possibilitar aadmissão de empregados com perfil compatível com as novas necessidades da ELETROBRASFURNAS, com as exigências atuais do mercado de energia, bem como atender às diretrizes do novomodelo de atuação do setor.

Respeitado o limite autorizado pelo DEST, a ELETROBRAS FURNAS pretende realizar concursospúblicos para preenchimento de vagas disponíveis no seu Quadro de Pessoal e para formação deCadastro de Reserva, como forma de dispor de fonte de mão-de-obra para suprir os postos de trabalhoque virão a vagar em decorrência não só da adesão de empregados ao PREQ como, também, da

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substituição de terceirizados estabelecida no Termo de Conciliação Judicial celebrado entre aELETROBRAS FURNAS e o Ministério Público do Trabalho.

Segundo informações constantes do PREQ, um estudo da Diretoria de Gestão Corporativa - DG, comaval da Diretoria Colegiada, deverá definir o quadro ideal de empregados de FURNAS, estimadopreliminarmente em 4.500 profissionais.

Diretrizes para a Reposição de Pessoal

A reposição de até 50% de vagas originadas com o desligamento de empregados por meio do PREQdeverá seguir os seguintes critérios:

- A reposição dos empregados desligados deverá estar vinculada à Empresa de Referência definida porFurnas, que estabelecerá o Quadro Ideal para cada Órgão.

- As vagas ficarão alocadas na RH.G e sua utilização será definida pela Diretoria Colegiada com base emparecer do Comitê de RH.

- As áreas consideradas estratégicas ou essenciais para o negócio da ELETROBRAS FURNAS terãoprioridade na utilização das vagas.

- Os processos fortemente impactados pelo Sistema Integrado de Gestão (ERP/SAP) deverão mereceruma análise cuidadosa quando da solicitação de reposição.

- Excepcionalmente a Diretoria poderá autorizar reposição em prazo inferior a seis meses, para atender anecessidades de capacitação de novos empregados para atuação em processos essenciais

O Plano de Readequação do Quadro de Pessoal – PREQ

O PREQ constitui-se em um conjunto de programas e ações que objetivam a renovação de quadro deempregados de FURNAS, incluindo desligamento de aposentados com repasse de conhecimentos eadmissão de novos empregados, com foco na adequação às necessidades decorrentes de projetos emdesenvolvimento na Empresa e às novas exigências do mercado de energia.

Os principais objetivos são:

- renovação do efetivo, através do desligamento voluntário de empregados aposentados, com repasse deconhecimentos, e admissão de novos empregados com perfil compatível com as novas exigências dosetor elétrico, em função de mudanças do modelo de atuação;

- readequação do corpo de empregados à nova realidade, em função da implantação do PlanejamentoEstratégico da ELETROBRAS FURNAS e dos projetos de transformação do Sistema ELETROBRAS,ERP (Enterprise Resource Planning), SOX (lei Sarbanes-Oxley), GED (Gestão Eletrônica deDocumentação), como também à necessidade de eficientização da Empresa e redução de custos;

- desenvolver ações visando à implantação de ambiente, política e práticas de Gestão do Conhecimentoem FURNAS para que, no futuro, dificuldades ora verificadas sejam evitadas.

O PREQ compõe-se dos seguintes programas:

- Programa de Bônus para o Desligamento Voluntário – PBDV: Visa possibilitar a renovação do quadrode pessoal, através do desligamento voluntário de empregados aposentados.

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- Programa de Repasse de Conhecimentos – PRC: Visa possibilitar a retenção e disseminação dosconhecimentos para garantia da continuidade dos serviços com qualidade e confiabilidade.

- Programa de Preparação para a Aposentadoria – PPA: Visa estimular a reflexão dos aposentados eaposentáveis sobre a importância de um projeto de vida e contribuir para o bem-estar do empregado emprocesso de desligamento.

- Programa de Renovação e Desenvolvimento do Quadro de Pessoal: Visa permitir a renovação doquadro adequando-o a uma nova realidade, com admissão e desenvolvimento de empregados paraatender às necessidades atuais de FURNAS e às exigências do mercado de energia.

Política de Gestão do Conhecimento e Projeto de Mapeamento de Conhecimentos

Segundo informações constantes do Plano Diretor de Gestão do Conhecimento, a implantação da gestãode conhecimentos na ELETROBRAS FURNAS segue orientação do Planejamento Estratégico daempresa e terá início com o Mapeamento de Conhecimentos que se apresenta de forma complementar àelaboração do Plano Diretor de Gestão do Conhecimento -PDGC, cujos principais resultados esperadossão:

- geração de uma estratégia corporativa para Gestão do Conhecimento - GC, com identificação deobjetivos e ações para que os processos de GC passem a fazer parte da realidade da organização, comeficiência e eficácia mensuráveis;

- avaliação do nível de maturidade da GC de acordo com um conjunto de dimensões de análise;

- elaboração da estrutura governança da GC da ELETROBRAS FURNAS.

O Mapeamento de Conhecimentos é um dos projetos do PDGC. O Mapeamento tem por objetivoinvestigar os conhecimentos críticos e estratégicos da organização, bem como os conhecimentosnecessários para a cadeia produtiva da ELETROBRAS FURNAS.

A integração entre os Mapas de Conhecimentos, o Mapa de Riscos e o Mapa de Fontes de Informaçãocom o Mapa de Competências e o modelo de Descrição de Cargos, Trajetórias e Níveis deComplexidade já desenvolvidos pela empresa tem por objetivo permitir um panorama propício paraproposição de ações voltadas à retenção e à transferência de conhecimentos críticos.

Os principais objetivos do projeto são:

- Identificar os conhecimentos críticos e estratégicos da ELETROBRAS FURNAS;

- Identificar, mapear e classificar os conhecimentos organizacionais e pessoais necessários para a cadeiaprodutiva da ELETROBRAS FURNAS;

- Elaborar o mapeamento de fontes de conhecimento, em suas diferentes manifestações;

- Elaborar um mapa de risco de perda e de lacunas de conhecimentos da organização,

- Definir Metodologias para Transferência de Conhecimento indicadas para a ELETROBRAS FURNAS;

- Elaborar um Plano de Ação para minimização dos riscos, de forma alinhada às estratégias daELETROBRAS FURNAS.

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Segundo informações repassadas pela RH.G, o Projeto de Mapeamento de Conhecimentos seráconduzido por instituição com expertise no assunto e englobará, em uma primeira etapa, um quantitativode 400 colaboradores alocados em diferentes processos críticos da Empresa. A priorização deveráconsiderar o maior impacto inicial para a organização e a análise de Trajetórias, Processos e Níveis deacordo com cada efetivo e o quantitativo de elegíveis ao programa de desligamento.

Como uma das ações do Projeto de Mapeamento de Conhecimentos, destaca-se o Sistema deMapeamento de Conhecimentos, que tem como finalidade facilitar o planejamento e o acompanhamentodas ações de aquisição, criação, retenção e disseminação dos conhecimentos existentes naELETROBRAS FURNAS.

Já o Programa de Repasse de Conhecimentos – PRC visa propiciar a retenção e transferência deconhecimentos dos profissionais que se desligarão da ELETROBRAS FURNAS no período de dois anos,garantindo alinhamento com a Educação Corporativa.

Verificações realizadas

Procedimento de Admissão

Na análise realizada sobre os procedimentos implementados na área de Recursos Humanos, constatamosque o procedimento que regulamenta o processo de admissão se encontra manualizado. Após aidentificação da necessidade de pessoal, os Coordenadores das Diretorias, encaminham a solicitação aDRSE.G, para iniciar a convocação dos candidatos, dando início ao procedimento de admissão.

Cadastramento no SISAC

Constatamos que todos os atos de desligamentos e admissões realizados no ano de 2011 foramdevidamente cadastrados no SISAC respeitando o prazo consignado na IN/TCU n.º 55/2007.

Procedimento de Movimentação Interna

Foram apresentadas regras para mobilidade interna, com fluxograma de etapas e competências de cadaárea. A movimentação interna de empregados efetivos entre as áreas da ELETROBRAS FURNAS tempor objetivo otimizar a alocação de pessoal, permitindo o alinhamento dos objetivos estratégicos daEmpresa com os interesses e competências dos empregados.

Segundo o fluxograma apresentado, o processo se inicia com a solicitação de pessoal pela áreaoperacional. Em seguida, o Departamento de Gestão de Carreira, Remuneração e Documentação –DCR.G analisa a solicitação e divulga o processo de Recrutamento Interno. O empregado se inscreve noprocesso de Recrutamento Interno e o DCR.G verifica se os empregados inscritos atendem aosrequisitos, encaminhando para a área solicitante as informações pertinentes. A área seleciona osempregados e encaminha o resultado ao DCR.G, o qual comunica o resultado aos inscritos e aosgerentes das áreas dos selecionados.Em seguida analisa, em parceria com a área cedente, a necessidadede reposição de pessoal e acompanha e orienta a transferência do empregado.

Regularidade dos atos de cessão e requisição

Havia, na Companhia, em 31/12/2011, um total de 46 empregados cedidos, sem ônus para o cedente(ELETROBRAS FURNAS) e nenhum empregado requisitado. Ao longo de 2011, no entanto, ocorreramrequisições. Em 30/09/2011, havia16 empregados requisitados, com ônus para o cessionário(ELETROBRAS FURNAS).

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Analisamos um processo de cessão de funcionário à ELETROBRAS CHESF, ocorrido em 01/06/2011,bem como quatro processos relativos à última prorrogação de cessão: um cedido ao MME, um àELETROBRAS ELETRONUCLEAR e dois à ELETROBRAS (holding), ocorridos em 01/09/2011,02/05/2011, 23/03/2011 e 01/04/2011, respectivamente, representando 11% das cessões existentes em31/12/2011.

Examinamos, também, três processos referentes à requisição de empregados da ELETROBRASELETRONORTE, ELETROBRAS CEPEL e ELETROBRAS ELETRONUCLEAR, ocorridos em24/01/2011, 01/06/2011 e 01/07/2011, respectivamente, e outros três processos referentes à últimaprorrogação de requisição de dois funcionários da ELETROBRAS ELETRONORTE e um daELETROBRAS ELETRONUCLEAR, efetuados em 08/06/2011, 01/07/2011 e 15/03/2011,respectivamente, correspondentes a 38% das requisições existentes em 30/09/2011.

Em relação à documentação apresentada, consideramos adequados os procedimentos adotados pelaempresa quanto à cessão e requisição de funcionários, estando em conformidade com o Manual dePessoal da Empresa, módulo 4.17 (Cessão de Empregados).

Com a aprovação, em 18/11/2010, do Plano de Gestão Integrada de Pessoas com diretrizes para amobilidade de empregados entre as empresas do Sistema ELETROBRAS, o prazo para término dascessões e requisições de funcionários das empresas do grupo passa a ser 30/06 de cada exercício,visando uniformizar os procedimentos no âmbito das empresas do Sistema.

Cessionários Inadimplentes

A equipe constatou ausência de ressarcimento do ônus da remuneração de cessões vigentes e,adicionalmente, órgãos cessionários com cessões já encerradas, que permanecem inadimplentes por maisde 90 dias, em 31/08/2011, no tocante ao reembolso do ônus da remuneração dos empregados cedidospela ELETROBRAS FURNAS, no montante de R$ 2.221.934,05 (dois milhões, duzentos e vinte e ummil, novecentos e trinta e quatro reais e cinco centavos).

O quadro demonstrativo abaixo elenca as empresas devedoras, por mais de 90 dias, e seus respectivosdébitos, com posição em 31/08/2011:

Quadro: Cessionários Inadimplentes

Cessionário Valor R$

Tribunal Reg. do Trabalho da 1ª Região 105.259,03

CAEFE 1.843.219,09

Departamento de Polícia Federal 215.810,92

Ministério Público do Trabalho 57.645,01

Total Inadimplência 2.221.934,05

Fonte: Departamento de Recursos Financeiros – DRF.F – Posição em 31/08/2010

A empresa informou, em 28/09/2011, por intermédio de email enviado da Divisão de Contas a Receber eFaturamento - DCRF.F, a situação dos cessionários inadimplentes e as providências adotadas, vejamos:

"a) Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região

A pendência refere-se aos valores glosados pelo Tribunal, referente às rubricas ReembolsoMédico-Hospitalar, Indenização – Acordo Coletivo de Trabalho e PLR (Participação nos

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Lucros e Resultados).

O reembolso de tais rubricas, segundo o TRT-1ª Região, contraria o disposto em legislaçõesque norteiam a matéria.

A nossa carta de cobrança emitida em 20/10/2009, foi respondida pelo TRT em 16/03/2010,através do OFÍCIO SGP/DPPE/SEPPA Nº 168/2010, onde é ratificado o entendimentoanterior com relação às glosas efetuadas.

O assunto está sendo acompanhado pela APC.G.

b) CAEFE - Caixa de Assistência dos Empregados de FURNAS e ELETRONUCLEAR

A pendência refere-se à cobrança de valores das remunerações dos Diretores [....] e [....],determinada por decisão liminar do TCU (Acórdão nº 2053/2010). A cobrança foiquestionada pela CAEFE junto ao Supremo Tribunal Federal – STF, e comunicada àEletrobras Furnas na correspondência externa DP.E.348.2010, de 30 de novembro de 2010.O acréscimo do valor em relação ao saldo de 2010 refere-se ao lançamento de novacobrança em 28/01/2011 no valor de R$ 757.925,08.

c) DEPARTAMENTO DE POLÍCIA FEDERAL

Pendências de valores correspondentes às remunerações e encargos sociais dos empregados[....], integrantes de processos de Revisão das Anistias, em cumprimento ao disposto no art.5º do Decreto nº 6.077, de 10.04.2007. Segundo o órgão cessionário, existem dificuldadesde natureza administrativa, para quitação dos débitos pendentes. Após contato do mesmocom a nossa área de Recursos Humanos, aguardamos a quitação das cobranças ora emitidas.

d) Ministério Público do Trabalho

Valor referente às cobranças das remunerações e encargos sociais do empregado [....],integrante do processo de Revisão das Anistias, em cumprimento ao disposto no art. 5º doDecreto nº 6.077, de 10.04.2007, relativo ao exercício de 2010. Conforme OFÍCIO OF/DRH Nº 947/2011, datado de 01 de junho de 2011, expedido pelo MPT, os valores relativosao exercício de 2010 não foram repassados por não constarem da previsão orçamentáriapara o referido exercício. Estamos mantendo contato com o órgão cessionário a fim deequacionarmos tal pendência. A DCRF.F emitiu a CE DRF.F.E.502.2011, de 20 de setembrode 2011, comunicando e solicitando o pagamento do referido débito.

Destacamos que o principal devedor é a Caixa de Assistência dos Funcionários de FURNAS eEletronuclear - CAEFE, correspondendo a 83% do valor total dos débitos em 31/08/2011 . De acordocom o Acórdão TCU n.º 2053/2010 – Plenário, verificamos que os débitos informados referem-se àcessão indevida de dois funcionários da ELETROBRAS FURNAS para exercerem funções de diretoriana CAEFE, pelos períodos de fevereiro de 2004 a fevereiro de 2009 e de fevereiro de 2005 a fevereirode 2008.

Em virtude das medidas administrativas não terem surtido efeito, a ELETROBRAS FURNAS entroucom uma ação judicial (Processo n.º 0142728-76.2011.8.19.0001) em 13/05/2011, a fim de que venhama ser restituídos pela CAEFE os valores pagos no período das cessões indevidas. A Empresa informou,por e-mail datado de 13/10/2011, que desde a data do ajuizamento da medida judicial (13/05/2011) até odia 06/10/2011 o processo ficou sem receber andamentos. Somente em 06/10/2011, o mesmo recebeunumeração e foi apensado ao processo principal (Processo n.º 2009.001.192212-2), em virtude da

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conexão entre as causas (ressarcimento de despesas e repasse de verbas à CAEFE). A posiciaçãoatualizada acerca do assunto consta da alínae "x" do item 32.2.1 das Notas Explicativas àsDemonstrações Contábeis. O processo está na fase de instrução, aguardando provas. Após a CAEFEapresentar sua réplica, foi deferida pelo Juízo a realização de prova pericial, sendo que os autosencontram-se aguardando o término da prova pericial.

Por fim, somos de opinião de que a Empresa vem adotando as medidas necessárias ao equacionamentodos débitos.

3. GESTÃO DO SUPRIMENTO DE BENS/SERVIÇOS

3.1. Subárea - CONTRATOS DE OBRAS, COMPRAS E SERVIÇOS

3.1.1. Assunto - CONTRATOS SEM LICITAÇÃO

3.1.1.1. Constatação

Contratação de escritório de advocacia por inexigibilidade de licitação sem restar caracterizada asingularidade do objeto, no valor de R$ 405 mil, bem como ausência de termos de ressarcimentofirmados pelos dirigentes tutelados para fazer face ao eventual insucesso administrativo junto aoTCU.

O Plenário do TCU – Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão n.º 2.672/2010 (Processo n.oTC 022.849/2006-0), determinou a funcionários e ex-funcionários de FURNAS, dentre eles alguns queexerciam cargo de direção, pagamento de sanções pecuniárias em razão de suposta prática de atosconsiderados lesivos à Administração Pública.

O Estatuto da empresa dispõe que “assegurará aos seus dirigentes e conselheiros, ainda que não mais noexercício de seus mandatos, nos casos em que não houver incompatibilidade com os interesses dasociedade e na forma definida pela Diretoria, a defesa em processos judiciais e administrativos contraeles instaurados pela prática de atos no exercício do cargo ou função, observadas as disposições da Lein.º 8.906, de 04/07/1994”.

Foi efetivada, então, contratação do escritório Jacoby Fernandes Advogados & Associados, com oobjetivo de prestação de serviços técnicos e jurídicos de defesa de dirigentes e ex-dirigentes da empresano âmbito do Processo n.o TC 022.849/2006-0, no valor de R$ 405.000,00 (quatrocentos e

cinco mil reais), pelo prazo de 12 meses a contar da assinatura, com fulcro no art. 25, II da Lei n.º8.666/93. Em 14/02/2012, foi pactuado o 1º aditivo ao aludido contrato, visando à alteração da cláusulade prazo de 12 para 24 meses, sem alteração de valor. Assim, o contrato citado encontra-se vigente.

Nos termos da Cláusula 7ª do referido ajuste, já foi paga a quantia de R$180.000,00, conforme a seguirdiscriminado:

1. R$ 130.000,00 ( Nota Fiscal 1257/2011, de 26/05/2011) "pelo fornecimento de documento contento a

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íntegra dos argumentos e subsídios para a defesa dos dirigentes e ex-dirigentes de FURNAS", conformetermos da alínea "a" da mesma cláusula, e

2. R$ 50.000,00 ( Nota Fiscal 1642/2011, de 22/12/2011) "pela revisão das peças jurídicas elaboradaspara cada dirigente e ex-dirigente de FURNAS", conforme previsão da alínea "b" da cláusula citada.

No que toca ao andamento, cumpre informar que, em maio de 2012, o Processo n.o TC 022.849/2006-0encontra-se em fase de apreciação dos Pedidos de Reconsideração interpostos pelas

partes envolvidas.

Cabe destacar a ausência de instrumentos com o objetivo de assegurar o ressarcimento àELETROBRAS FURNAS dos valores despendidos com a mencionada contratação, em caso deinsucesso na defesa dos dirigentes e ex-dirigentes da empresa no âmbito do supracitado processo.

Por fim, consta informação, no processo de contratação do escritório de advocacia, de que a empresa,objetivando verificar a compatibilidade do valor contratual com os praticados no mercado, utilizou comoparâmetro para a contratação valores vigentes em contratos com escritórios de advocacia para defesa daempresa, inclusive de dirigentes e ex-dirigentes.

Causa:

Entendimento por parte da empresa, amparado por parecer jurídico, de que o objeto contratualtraduzia-se como singular.

O gestor não adotou as providências necessárias para garantia do atendimento ao interesse público,conforme previsão do art. 17 do Estatuto Social quando da contratação de serviços advocatícios, por nãoter providenciado a assinatura de termos de compromisso.

Manifestação da Unidade Examinada:

No que tange à singularidade do objeto:

Em resposta a Solicitação de Auditoria n.º 04, de 03/10/2011, FURNAS informa que o Acórdão n.º313/2008-TCU-Plenário, de 05/03/2008, inclusive, já determinou à empresa que se abstenha de utilizaradvogados de seus quadros para atuarem na defesa de interesses pessoais de dirigentes e empregados daempresa, inclusive após estes terem deixado seus cargos ou empregos, em processos administrativos,judiciais, ou no âmbito deste Tribunal.

Adicionalmente, em resposta a Solicitação de Auditoria n.º 07, de 09/12/2011, FURNAS, por meio deemail datado de 13/12/2011, informou:

"Como nos ensina sabiamente o mestre Marçal Justen Filho, “A natureza singular resulta da

conjugação de dois elementos, entre si relacionados. Um deles é a excepcionalidade da necessidade a

ser satisfeita. O outro é a ausência de viabilidade de seu atendimento por parte de um profissional

especializado padrão.”(2005, p.283)

Assim, a defesa perante o TCU em processo específico, que não pode ser realizada pelo corpo própriode advogados de Furnas, conforme determinação do próprio Tribunal de Contas da União, trata-se deuma necessidade específica e determinada, qual seja, defender dirigentes e ex-dirigentes de Furnas

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apenas no Processo nº TC 022.849/2006-0.

Quanto ao outro elemento, resta claro que não estamos falando de uma defesa comum, do dia a dia dosadvogados, pois a maioria esmagadora atua no judiciário. Ademais, o objeto da lide em questão nãoenvolve matéria pacificada pelos Tribunais, ou seja, não se trata de um acompanhamento de um simplesprocesso. Pelo contrário, o processo em trâmite no TCU é uma excepcionalidade, uma vez que sãopouquíssimos os escritórios de advocacia especializados em processo administrativo no âmbito doTribunal de Contas e raríssimos os que possuem ampla e sólida experiência junto aquela Corte deContas."

Em complemento, por meio do documento N.Ref. DP.E.040.2012, de 06/02/2012, a empresa informou:

"mesmo se fosse possível licitar, o que entendemos não ser pertinente, o prazo entre o conhecimento dainstauração de um processo/procedimento e o início da defesa de dirigentes e ex-dirigentes não seriasuficiente para a conclusão de uma licitação".

No tocante à ausência de termo de ressarcimento:

Em resposta a Solicitação de Auditoria n.º 09, de 08/05/2012, FURNAS, por meio de email datado de04/05/2012, informou:

"Não foi possível anexar o termo de compromisso, pois conforme informado a empresa não faz usodeste documento (vide mensagem abaixo). Temos notícia que o Estatuto Social indica que empresaassegurará aos seus dirigentes, mesmo que não mais no exercício, a defesa em processos judiciais eadministrativos por atos praticados no exercício do mandato".

Análise do Controle Interno:

A regra para a contratação de serviços advocatícios é a licitação, sendo a inexigibilidade exceção quedeve ser precedida da comprovação da inviabilidade fática ou jurídica de competição, da singularidadedo objeto e da notoriedade do contratado.

Na contratação de qualquer profissional por tempo determinado, inclusive assessoria jurídica, deveprevalecer a realização do processo licitatório, tendo o Tribunal de Contas da União (TCU) firmadoposição no sentido de admitir sua contratação direta apenas em caráter excepcional.

O fato de os serviços estarem sendo contratados para atuação em um processo específico, por si só, nãoo caracteriza como singular, já que pode referir-se a matéria de conhecimento geral. A título de exemplo,destacamos o Acórdão n.º 554/2011 – Segundo Câmara, o qual alertou a UJ auditada, que haviaefetivado a contratação por inexigibilidade para a defesa de ex-dirigente em processo do TCU, cujoassunto referia-se a convênios, acerca da “contratação direta de escritório de advocacia, contrariando ajurisprudência do TCU, que estabelece ser necessária, em regra, a promoção de licitação paracontratação desses serviços”. Portanto, o que caracteriza a singularidade não é a defesa em processo doTCU, mas sim a característica do assunto objeto do processo em que os dirigentes estão envolvidos. OAcórdão TCU n.º 1.225/2008 – Plenário, Processo 022.849/2006-0, trata do relatório do segundomonitoramento realizado pela Secex/RJ em Furnas Centrais Elétricas S. A. (Furnas), em cumprimento àdeterminação constante do item 9.3.2 do Acórdão nº 1557/2005- Plenário (proferida nos autos doTC-010.987/2004-8, que tratou do primeiro monitoramento, efetuado na empresa, sobre o assunto). Oobjetivo principal do trabalho foi verificar as ações praticadas pela estatal com vistas à substituição da

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mão-de-obra terceirizada, para os cargos inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo Plano deCargos e Salários da empresa, por efetivos contratados, aprovados em concurso público, nos termos doart. 37, inciso II, da Constituição Federal, na forma determinada no item 9.1.2 do referido acórdão.

Observa-se que, no caso concreto, o assunto em discussão refere-se a serviços comuns e não restoucaracterizada a singularidade do objeto, uma vez que qualquer profissional em condições normais podeatender satisfatoriamente a necessidade da empresa. Neste sentido, deve-se realizar a contratação pormeio de um procedimento licitatório. Não resta como suficiente a demonstração da notóriaespecialização do profissional a ser contratado, é necessário que se trate de um serviço singular, nãocomum ou recorrente, que não possa ser exercido por profissionais sem notória especialização oupertencentes ao quadro da empresa.

Cumpre destacar que, quando o caso concreto reclama solução imediata, de tal modo que não sejaviável a realização de licitação, com os prazos e formalidades legais, justifica-se a dispensa doprocedimento licitatório, com fulcro no inciso IV do art. 24 da Lei n.º 8.666/93.

De acordo com a disciplina conferida pela Lei n.° 9.028/95, a concessão da assistência jurídica deve serestringir às hipóteses em que evidenciada a legalidade e a natureza estritamente funcional do atoquestionado, bem como o interesse público na defesa de sua legitimidade, de modo que a defesa doagente configure a defesa da própria instituição. Além disso, o ato deve ter sido praticado em prol daentidade, e não visando proveito pessoal.

Neste sentido, torna-se relevante a existência de termos de compromisso pelos tutelados a fim deassegurar o ressarcimento dos valores despendidos com a defesa, devidos nos casos de condenação porconduta ilegal ou ofensiva aos princípios da administração pública.

Recomendações:

Recomendação 1:

Realizar a contratação por inexigibilidade apenas quando restar configurada a singularidade do objeto edemais exigências legais.

Recomendação 2:

Sempre que ocorra a contratação de serviços advocatícios para a defesa de dirigentes e ex-dirigentes,conforme previsto no artigo 17 do Estatuto Social, firmar a assinatura de termos de compromisso pelosdirigentes tutelados a fim de assegurar o ressarcimento dos valores despendidos com a defesa, devidosnos casos de condenação por conduta ilegal ou ofensiva aos princípios da administração pública.

Recomendação 3:

Formalizar, no caso do Contrato n.º 8000003850, a assinatura de termos de compromisso pelosdirigentes tutelados de ressarcimento à ELETROBRAS FURNAS dos valores despendidos no caso decondenação por conduta ilegal ou ofensiva aos princípios da administração pública.

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4. INV. DAS EMPRESAS ESTATAIS EM INFRA-ESTRUTURA

4.1. Subárea - MAN/ADEQ AT INFORMÁTICA/INFORMAÇÃO/TELEPROCES

4.1.1. Assunto - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

4.1.1.1. Informação

Informação Básica da Ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informaçãoe Teleprocessamento.

Trata-se da Ação 4103 - Manutenção e Adequação de Ativos de Informática, Informação eTeleprocessamento, cuja finalidade é realizar despesas com manutenção e adequação e aquisição debens nas áreas de informática, informação e teleprocessamento que prolonguem a vida útil dos ativos dasrespectivas áreas e proporcionem melhor qualidade dos serviços prestados aos usuários, e a forma deexecução se dá por meio de aquisição de bens e serviços de manutenção e adequação de equipamentosdas áreas de informática, informação e teleprocessamento de propriedade das empresas estatais quesejam contabilizados no imobilizado. O montante de recursos executados nesta Ação pelaELETROBRAS FURNAS, no exercício de 2011, está discriminado na tabela abaixo:

Tabela – Despesas Executadas – Ação 4103

Ação Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas do Programa

4103 R$ 22.716.707,00 8,6%

Fonte: Sigplan

4.1.2. Assunto - CONTROLES INTERNOS

4.1.2.1. Informação

Ausência de Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação - TI alinhado aoPlanejamento Estratégico Institucional.

Quando da realização da auditoria anual de contas referente ao exercício de 2010, foi evidenciado quenão existiam, na Empresa, Planejamento Estratégico Institucional – PEI implementado e PlanejamentoEstratégico de Tecnologia da Informação – PETI. Naquela oportunidade, foi expedida recomendação àELETROBRAS FURNAS, no intuito de que fosse elaborado o PETI.

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Ao longo do exercício de 2011, não foi possível para a Empresa implementar a recomendação exaradaem sua totalidade. Conforme acompanhamento do Plano de Providências Permanente - PPP daELETROBRAS FURNAS, há previsão de que o atendimento à recomendação em comento ocorra nopresente exercício.

Quanto às ações adotadas para o atendimento à recomendação, transcrevemos, a seguir, manifestaçãoapresentada pela Empresa sobre o seu PPP:

“FURNAS está passando por uma reestruturação organizacional que impacta também a área de TI.Entendemos que o momento seja o mais apropriado para a implementação de uma mudança de cultura,especificamente na forma como trabalhamos e planejamos. Lembramos que foi acordada anteriormente,com essa Instituição, que a entrega do PDTI se daria no dia 31 de dezembro de 2011. Entretanto, paraque possamos adaptar-nos a nova estrutura, bem como desenvolver um PDTI alinhado ao planejamentoestratégico de FURNAS e as recomendações do TCU e da CGU, solicitamos a dilatação do prazo parajunho de 2012.

O prazo ora proposto baseia-se no cronograma apresentado pela empresa a ser contratada – instituiçãorenomada e com expertise que, baseada em um termo de referência apresentado, ratificou as premissas /atividades que descreveremos sucintamente abaixo:

- Mapeamento e Análise dos Processos de Tecnologia da Informação e Comunicação – TIC;

- Elaboração do Plano Diretor de Tecnologia e de Sistemas de Informação – PDTI;

- Definição de um Plano de Ação Estratégico.

Para alcançar este objetivo, o trabalho será realizado por meio das seguintes macros atividades:

- Módulo 1 – Mobilização de recursos e planejamento

- Módulo 2 – Mapeamento e análise dos processos de TIC

Etapa 1 – Determinação da cadeia de valor e fatores críticos de sucesso da área de TIC

Etapa 2 – Priorização dos processos

Etapa 3 – Levantamento e diagramação

- Módulo 3 – elaboração do plano diretor de tecnologia e de sistemas de informação – PDTI

Etapa 1 – Diagnóstico da situação atual

Etapa 2 – estratégias e recomendações

Etapa 3 – Plano diretor de sistemas e tecnologia da informação e plano de ação.”

A Empresa informou que, no exercício de 2011, permaneceu em vigor o documento Política deInformática, Módulo 1.7 do Manual de Organização. O documento tem por objetivo “estabelecer osprincípios que orientarão o planejamento, o desenvolvimento de soluções, a obtenção e utilização detecnologias e recursos de informática na Companhia”, contendo orientações gerais e primárias, nãosubstituindo o PETI ou o PDTI.

Foi também apresentada a versão 6.0 do Planejamento Estratégico da Coordenação de Organização e

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Informática - OI.G. O documento mostra-se adequado ao fim a que se propõe, que é estabelecer asdiretrizes da Coordenação de TI.

O Comitê de Informática da Empresa permaneceu ativo no exercício de 2011, tendo ocorrido alteraçãoem seus componentes, nomeados conforme a Circular Geral n.º 047/2011, de 28/11/2011. O Módulo 3.3do Manual de Organização estabelece a estrutura do Comitê, a qual contempla o Superintendente daOI.G, que atua como Coordenador do Comitê e representante da Diretoria de Gestão Corporativa, e porum representante de cada uma das demais Diretorias da Companhia, em nível de chefia deSuperintendência. Também há a definição de suas atribuições, dentre as quais a de definição de alocaçãode recursos e priorização de projetos, garantindo o permanente alinhamento às necessidades de negócioe propondo eventuais mudanças. Foram disponibilizadas atas de três reuniões ocorridas no exercício de2011 comprovando que o Comitê vem atuando conforme as atribuições previstas.

4.1.2.2. Informação

Verificação da estrutura de pessoal de TI quanto aos aspectos de perfil, distribuição entreservidores próprios e terceiros e carreiras específicas.

A ELETROBRAS FURNAS possui 110 empregados próprios. Foi informada a escolaridade de 89 dosempregados, sendo sete de nível médio e 82 com nível superior completo. A Empresa possui, ainda, 66terceiros, 12 de nível médio, quatro com superior incompleto e os demais com superior completo.

Destacamos, a seguir, a distribuição dos empregados e terceiros por tipo de atividade desempenhada pelaforça de trabalho relacionada à Tecnologia da Informação na ELETROBRAS FURNAS.

Quadro: Distribuição de Atividades por Empregados e Terceiros

Atividades Empregados Terceiros Total % Empregados % Terceiros

Coordenação e Controle das

Atividades de Informática 3 1 4 75 25

Assessoramento e

Desenvolvimento de Estudos e

Processos 10 4 14 71 29

Planejamento e Coordenação 19 16 36 56 44

Desenvolvimento e Administração

de Sistema e Rede 33 24 57 58 42

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Atividades Empregados Terceiros Total % Empregados % Terceiros

Análise, Projeto e

Desenvolvimento de Soluções 44 21 65 68 32

Fonte: Documento anexo ao Documento sem número em resposta aos itens 6 e 23 a 38 à SA 201103662/01.

Pela análise das informações acima, observa-se que o quantitativo de empregados próprios supera oquantitativo de terceiros. Entendemos adequada a distribuição apresentada pela Empresa.

Quanto à formação acadêmica dos empregados e terceiros atuantes na área de TI, a empresadisponibilizou duas planilhas, a partir das quais foi possível estruturar as seguintes distribuições:

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Observa-se que apenas 36% dos empregados possuem formação relacionada a TI. No entanto, 19% doscasos não foram informados. Quanto aos contratados, não foi informada a formação dos recursos,apenas a escolaridade. A deficiência das informações apresentadas nos impede de emitir opinião quantoà regularidade da estrutura existente.

Pela análise do Plano de Cargos e Salários da Empresa verificamos que existe a previsão de carreiraespecífica de TI

4.1.2.3. Constatação

Não utilização de gestão de acordos de níveis de serviço das soluções de TI.

Em relação ao seu relacionamento junto aos contratados, permaneceu vigente, em 2011, na Empresa, oprocesso denominado “Processo de Tecnologia”, Sub-processo “Operações de TI”, onde são previstos osprocedimentos relacionados ao gerenciamento e acompanhamento dos contratos relacionados a TIassinados. Dentre os procedimentos descritos, é previsto o acompanhamento dos acordos de níveis deserviço contratualmente estabelecidos. Na descrição do sub-processo, é estabelecido o documento“checklist”, o qual contém requisitos para acompanhamento do contrato, tais como: regras do acordo deníveis de serviço definidas no contrato, produtos que serão elaborados, datas das entregas, rotina dereuniões com o fornecedor, etc.

Solicitamos, então, a apresentação dos contratos 8000003837 e 8000004309, os quais se constituem em

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contratos de prestação de serviços assinados em 2011, e seus respectivos checklists, referentes aospagamentos ocorridos nos meses de julho de 2011 e novembro de 2011.

Pela análise da documentação, evidenciamos que:

- o contrato 8000004309 não possui cláusula de ANS.

- o contrato 8000003837 possui algumas condições estabelecidas na alínea “j” da cláusula 4ª, mas não hánenhuma correlação entre o não cumprimento das condições e desconto no pagamento a ser efetivado.Não há cláusula específica de ANS.

Causa:

Ausência de controles internos de modo a garantir que os procedimentos concernentes à ANS previstosno Sub-processo “Operações de TI” sejam cumpridos.

Manifestação da Unidade Examinada:

Questionamos a Empresa acerca da inexistência das cláusulas de ANS nos contratos e de sua avaliaçãoquanto ao assunto no Quadro A.12.1 do Relatório de Gestão sobre a gestão de TI, onde o quesito foiconsiderado totalmente válido. Por intermédio do documento APP.G.I.152.2012, de 14/06/2008, foiinformado:

“Contrato 8000004309:

Afirmativo. Entretanto, estão previstos no contrato duas cláusulas – Obrigações da Contratada ePenalidades, as quais nos permitem garantir o nível da prestação de serviço, fato evidenciado no mês deagosto de 2011. Em função desta constatação estamos providenciando a inclusão de cláusula específicade ANS para os contratos futuros.

Contrato 8000003837:

Afirmativo. Entretanto, a Cláusula 9ª – Controvérsia sobre Serviços condiciona o pagamento à resoluçãode controvérsias descritas entre Furnas e a Contratada em relação aos serviços prestados, bem como aCláusula 11 – Multas por Inadimplemento, que prevê multa de 5% por descumprimento contratual.

Em função desta constatação estamos providenciando a inclusão de cláusula específica de ANS para oscontratos futuros.

Ausências de cláusulas específicas de ANS nos contratos 8000004309 e 8000003837:

Quando do preenchimento desse item, nosso entendimento era de que as Cláusulas existentes quegarantem o nível de serviços prestados não eram explicitamente denominadas ANS, porém garantiam aqualidade dos serviços contratados e penalidades por qualquer descumprimento contratual.

Em função desta constatação estamos providenciando a inclusão de cláusula específica de ANS para oscontratos futuros e, solicitamos a alteração do nível de avaliação para 4.”

Análise do Controle Interno:

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O estabelecimento de cláusulas de ANS tem por objetivo definir formalmente o nível da prestação deserviços esperado. O ANS procura diminuir a subjetividade quanto à avaliação da prestação dos serviçose formalizar o que será entregue, alinhando as expectativas entre as partes. A sua utilização, no entanto,pressupõe que exista no contrato uma cláusula que defina multa ou desconto caso algum item do ANSnão seja cumprido, uma vez que o cliente está pagando por aquele nível de serviço especificado.

A ausência de definição de acordos de níveis de serviço entre a ELETROBRAS FURNAS e as empresasfornecedoras de soluções em TI e de penalidades consequentes ao seu não cumprimento fragiliza aavaliação, o controle dos resultados e a aplicação de penalidades, pois resta difícil a caracterização dainexecução contratual quando apenas um quesito de qualidade não foi atendido e o serviço foiefetivamente prestado.

A falta de negociação adequada com os terceirizados sobre a qualidade dos seus serviços pode ter, ainda,como consequências mais prováveis, usuários insatisfeitos e investimentos inadequados.

Recomendações:

Recomendação 1:

Estabelecer, nos modelos contratuais para contratação de serviços, Cláusula específica para a definiçãode Acordo de Nível de Serviços, bem como a sua correlação ao pagamento a ser efetivado, comparâmetros objetivos que permitam o desconto das faturas no caso de não cumprimento.

Recomendação 2:

Implementar controles internos que permitam a verificação da efetiva utilização de cláusula de ANS noscontratos de serviços celebrados e de sua correlação ao pagamento a ser efetivado.

5. ENERGIA NAS REGIÕES SUDESTE E CENTRO-OESTE

5.1. Subárea - IMPL USINA HIDREL BATALHA E SIST TRANSM ASSOC

5.1.1. Assunto - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

5.1.1.1. Informação

Informação Básica da Ação 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha, com 52,5 MW e deSistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 75 km de extensão - (MG/GO).

Trata-se da Ação 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha, com 52,5 MW e de Sistema deTransmissão Associado, em 138 kV, com 75 km de extensão - (MG/GO), cuja finalidade é construir ausina hidrelétrica a fim de atender às necessidades do mercado de energia elétrica. Esse empreendimento

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foi adjudicado a FURNAS Centrais Elétricas S.A. no Leilão ANEEL 002/2005, de 16/12/2005, e a formade execução se dará por meio construção da Usina Hidrelétrica de Batalha, localizada no rio SãoMarcos, entre os municípios de Cristalina (GO) e Paracatu (MG), com área inundada de 138,13 km2.Serão duas turbinas do tipo Kaplan, com uma potência total instalada de 52,5 MW. Além disso,contemplará a conexão da UHE ao SIN, por meio de uma linha de transmissão 138 kV com 75 km deextensão em circuito simples, entre a SE Batalha (implantação de um módulo geral 138 kV, uma entradade linha 138 kV e dois vãos de conexão de transformador 138 kV) e a SE Paracatu 1 (implantação deuma entrada de linha 138 kV), pertencente a CEMIG. O montante de recursos executados nesta Ação,no exercício 2011, está discriminado na tabela abaixo:

Quadro: Despesas Executadas – Ação 1G96

Ação Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas do

Programa

1G96 125.359.777,00 5,03 %

Fonte: SigPlan

5.1.2. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

5.1.2.1. Informação

Avaliação dos resultados financeiros da Ação 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha,com 52,5 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 75 km de extensão -(MG/GO).

Em consulta ao sítio do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN paraverificação da execução das ações governamentais no período referente ao exercício 2011, constatamosque a realização financeira da Ação 1G96 - Implantação da Usina Hidrelétrica Batalha, com 52,5 MW ede Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 75 km de extensão - (MG/GO), executada pelaELETROBRAS FURNAS foi aquém do planejado, conforme demonstrado na tabela abaixo:

Quadro: Execução Financeira em 2011

Orçado 2011 Despesas Executadas em 2011 % Realização

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179.360.716,00 125.359.777,00 69,89 %

Fonte: SigPlan

Em resposta à Solicitação de Auditoria n.º201203831/003, datada de 28/05/2012, a empresa, porintermédio da correspondência interna n.º DGO.E.I.415.2012, de 31/05/2012, a empresa apresentouinformações quanto à execução aquém do esperado, bem como providências a serem adotadas:

“Em atendimento à CGU - Solicitação de Auditoria nº 201203831/003 de 28.05.2012,apresentamos abaixo justificativas que implicaram numa baixa realização financeira no ano2011, na implantação da UHE Batalha.

Valor previsto para realização no ano de 2011: R$ 179.370.116,00

Valor realizado no ano de 2011:R$ 125.359.777,00Diferença R$ 54.010.339,00

A diferença apresentada deve-se principalmente a dois motivos:

- Adiamento na execução dos serviços de supressão de vegetação na área do reservatório daUHE Batalha em 2011, cuja previsão de gastos era de R$ 42.400.000,00 (quarenta e doismilhões e quatrocentos mil reais). Os serviços foram previstos inicialmente para iniciar em2011, porém ocorreu atraso no processo de contratação da empresa para executar osserviços;

- Pendência na liberação de áreas decorrentes de atraso na negociação com proprietários eimissão de posse nas ações judiciais de desapropriação nas áreas do reservatório e deservidão de passagem na LT de interligação. A diferença entre o valor previsto para o anode 2011 e o valor realizado foi de R$ 10.817.600,00 (dez milhões oitocentos e dezessete milreais e seiscentos reais).

Providências Adotadas:

- Foi finalizado o processo de contratação dos serviços de supressão de vegetação da áreado reservatório, com a contratação da empresa Naturasul Construtora Ltda (o contrato, novalor de R$ 40.575.089,22, foi assinado em 24/01/2012), cujos serviços já foram iniciadosem 06/02/2012 e tem previsão de término até 06/10/2012;

- Foram encaminhados para ajuizamento todos os processos dos imóveis que existiampendências para liberação das áreas amigavelmente.

Encontram-se em fase final os processos dos imóveis com idenizações amigáveis.”

Não restou claro, na explanação da Empresa se os motivos para os atrasos observados foram ou nãoindependentes de sua atuação. Entendemos, no entanto, que o principal fator que ocasionou a baixaexecução, referente à contratação dos serviços de supressão de vegetação, já foi equacionado.

5.2. Subárea - IMPL USIN HIDR SIMPLÍC, PCH ANTA E SIST TRANS

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5.2.1. Assunto - PROGRAMAÇÃO DOS OBJETIVOS E METAS

5.2.1.1. Informação

Informação Básica da Ação 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7 MW,da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 km deextensão (MG/RJ).

Trata-se da Ação 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7 MW, da PCH Anta,com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 km de extensão (MG/RJ),cuja finalidade é construir a usina hidrelétrica a fim de atender às necessidades do mercado de energiaelétrica. Esse empreendimento foi adjudicado à ELETROBRAS FURNAS no Leilão ANEEL 002/2005,de 16/12/2005, e a forma de execução se dará por meio de construção da Usina Hidrelétrica de Simplícioe da Pequena Central Hidrelétrica Anta, localizadas no rio Paraíba do Sul, entre os municípios de TrêsRios (RJ), Sapucaia (RJ), Além Paraíba (MG) e Chiador (MG), com área inundada de 13,56 km2. Serãocinco turbinas, sendo três do tipo Francis para UHE Simplício (com 101,9 MW cada) e dois do tipoKaplan para PCH Anta (com 14 MW cada), com uma potência total instalada de 333,7 MW. Além disso,contemplará uma linha de transmissão interligando a subestação da PCH Anta à subestação da UHESimplício, bem como a conexão da UHE ao SIN, por meio de uma linha de transmissão 138 kV com 120km de extensão em circuito duplo, entre a SE Simplício (implantação de um módulo geral 138 kV, trêsvãos de conexão de transformador 138 kV, uma entrada de linha 138 kV e um vão de interligação debarra) e a SE Rocha Leão (implantação de uma entrada de linha 138 kV). O montante de recursosexecutados nesta Ação, no exercício 2011, está discriminado no quadro abaixo:

Quadro: Despesas Executadas – Ação 1G98

Ação Governamental Despesas Executadas % das Despesas Executadas do Programa1G98 316.671.885,00 12,71%

Fonte: SigPlan

5.2.2. Assunto - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS

5.2.2.1. Informação

Execução Financeira da Ação 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7MW, da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 kmde extensão (MG/RJ).

Em consulta ao sítio do Sistema de Informações Gerenciais e de Planejamento – SIGPLAN paraverificação da execução das ações governamentais no período referente ao exercício 2011, constatamosque a realização financeira da Ação 1G98 - Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício, com 305,7MW, da PCH Anta, com 28 MW e de Sistema de Transmissão Associado, em 138 kV, com 120 km de

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extensão (MG/RJ), executada pela ELETROBRAS FURNAS foi aquém do planejado, conformedemonstrado no quadro abaixo:

Quadro: Execução Financeira em 2011

Orçado 2011 Despesas Executadas em 2011 % Realização421.011.708,00 316.671.885,00 75,22%

Fonte: SigPlan

Questionamos a Empresa acerca da baixa realização apresentada e ações adotadas. Em resposta àSolicitação de Auditoria n.º 201203831/003, datada de 28/05/2012, a empresa, por intermédio dacorrespondência interna n.º SG.E.I.179.2012, de 01/06/2012, apresentou informações quanto à execuçãoaquém do esperado, bem como providências a serem adotadas:

“1. Em resposta à correspondência em referência, a qual nos encaminhou osquestionamentos da CGU no âmbito da auditoria nº 201203831/003 acerca da execuçãofinanceira de 75,22% relativa à ação 1G98 – Implantação da Usina Hidrelétrica Simplício,solicitando informações quanto aos atos e fatos que prejudicaram o desempenho aquém doesperado, bem como as providências adotadas, informamos que:

- Valor previsto para realização no ano de 2011: R$ 421.011.708,00

- Valor realizado no ano de 2011: R$ 316.849.334,86

Frustração orçamentária: R$ 104.162.373,14

2. O custo realizado do Empreendimento AHE Simplício – Queda Única ficou aquém doesperado, sobretudo em razão de imprevistos ocorridos com o pagamento dos serviços deobra civil de engenharia, em virtude de decisão do TCU nos autos do Processo nº008.970/2007-8, conforme itens 9.4 e seguintes do Acórdão 2234/2011 – Plenário, datadode 24/08/2011, que determinou a FURNAS a retenção cautelar da quantia de R$59.710.850,00 (cinquenta e nove milhões, setecentos e dez mil e oitocentos e cinquentareais) do saldo financeiro do Contrato nº 16.856, celebrado com o Consórcio ConstrutorSimplício – CCS, até deliberação definitiva sobre as questões tratadas nos autos. TalAcórdão decidiu os Embargos de Declaração opostos pelo CCS contra o Acórdão nº1.789/2011 – Plenário, datado de 06/07/2011, por meio do qual foi determinado a FURNASque procedesse à repactuação do referido Contrato.

2.1. Desde a decisão do TCU, em julho/2011, FURNAS está impedida de proceder aospagamentos relativos ao Contrato nº 16.856, cujos valores retidos até o final de 2011somavam R$ 33.511.700,85 (trinta e três milhões, quinhentos e onze mil, setecentos reais eoitenta e cinco centavos).

2.2. FURNAS aguarda a decisão tomada pelo TCU diante da nova oportunidade de defesaconcedida pelo Tribunal no item 9.3 do Acórdão 2234/2011, tendo apresentado à Corte deContas mais explanações e detalhes a respeito do Contrato firmado com o CCS, por meio dacorrespondência DP.E.242.2011, de 11.10.2011.

3. Outros fatores de impacto na execução financeira relativos à construção doEmpreendimento podem ser citados, tais como:

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3.1. Pendência de aprovação, pela Diretoria de FURNAS, do reequilíbrio do Contrato nº8000001197, firmado com a Integral Engenharia Ltda., para as obras de relocação do trecho1 da Ferrovia Centro Atlântica – FCA, cuja previsão de realização era de R$ 15.262.007,28(quinze milhões, duzentos e sessenta e dois mil, sete reais e vinte e oito centavos);

3.1.1. Este valor está em análise e não há previsão de fazer o pagamento.

3.2. Pendência de aprovação do aditamento ao Contrato nº 8000002487, firmado com amesma

empresa para a relocação dos trechos 2 e 3 da FCA, cuja previsão de realização era de R$6.986.855,60 (seis milhões, novecentos e oitenta e seis mil, oitocentos e cinquenta e cincoreais e sessenta centavos);

3.2.1. Este valor está em análise e não há previsão de fazer o pagamento.

3.3. Os serviços de finalização da rodovia BR-393, estimados no valor de R$ 7.500.000,00(sete milhões e quinhentos mil reais), que estavam previstos no orçamento não tiveram a suacontratação concluída em 2011;

3.3.1. Os serviços estão sendo executados em 2012 após conclusão do processo licitatório.

3.4. O Contrato nº 8000001907, firmado com a Planex Engenharia Ltda para a implantaçãodo sistema de esgotamento sanitário no trecho de vazão reduzida do rio Paraíba do Sul,tinha previsão de realização de R$ 11.661.646,00 (onze milhões, seiscentos e sessenta e ummil, seiscentos e quarenta e seis reais) e realizou apenas R$ 9.791.715,12 (nove milhões,setecentos e noventa e um mil, setecentos e quinze reais e doze centavos), restando umadiferença não realizada de R$ 1.869.930,88 (um milhão, oitocentos e sessenta e nove mil,novecentos e trinta reais e oitenta e oito centavos), o que justifica-se pela total falta decadência da Contratada na execução dos serviços, culminando com a rescisão contratual.

3.4.1. O Contrato foi encerrado em 2011 por inadimplemento do Contratado, e novalicitação foi concluída em maio de 2012.

4. Ocorre que aos fatores relacionados acima como de impacto na execução financeira doEmpreendimento somam-se outros que também prejudicaram o desempenho da realizaçãodo orçamento, como as atividades de Fundiários e Fornecimento, dentre outros.

5. Assim, no tocante às atividades fundiárias, os valores não realizados em 2011 perfazemcerca de R$ 10 milhões e devem-se, principalmente, aos casos cujos imóveis não dispõemde documentação hábil para a efetivação da devida indenização, como também aos casosem que os valores orçados não foram indenizados devido às pendências na execução dosprojetos definitivos. Dentre eles estão o campo de futebol de Anta e o acesso ao aterrosanitário de Sapucaia.

5.1. Todas as ações depende de decisão jurídica e não há previsão de conclusão.

6. Quanto ao fornecimento e montagem dos equipamentos eletromecânicos e do sistema de

transmissão associado do Empreendimento, a não realização financeira perfez cerca 25milhões e justifica-se pelas seguintes razões:

6.1. Postergação do prazo da entrada em operação das Unidades Geradoras;

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6.2. Atraso na montagem da linha de transmissão devido às chuvas ocorridas no período einadimplência de subfornecedores da Contratada, que resultou em sua substituição;

6.3. Dificuldades alfandegárias impostas pelas restrições implementadas pelo governoargentino na liberação dos equipamentos ainda na fábrica da IMPSA (AR).

6.4. FURNAS tem pressionado a Contratada para reverter a situação descrita nos itensanteriores durante o ano de 2012.

7. Todos os fatores elencados anteriormente prejudicaram o desempenho da realizaçãofinanceira do programa de implantação do empreendimento AHE Simplício - Queda Única.”

Entendemos que diversos fatores que impactaram negativamente a realização decorreram de fatoresexternos à Empresa e que foi demonstrado estarem sendo adotadas as medidas necessárias ao bomandamento da Ação.

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