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UNIDADE 3: Técnicas de Elaboração de Trabalhos de Final de Curso Com o tema escolhido a próxima etapa é a seleção do material que será a base do Trabalho de Final de Curso desenvolvido. Para isso é necessário se conhecer de algumas técnicas de elaboração dos trabalhos de final de curso. Neste capítulo apresentaremos as técnicas de documentação, técnicas de sublinhar para esquematizar e resumir, elaboração de esquemas e elaboração de resumos para serem utilizados ao longo da Elaboração dos TFC. 3.1 TÉCNICAS DE DOCUMENTAÇÃO O objetivo deste tópico é ressaltar a importância da técnica de documentação como forma de estudo. A documentação é fundamental tanto para o ensino presencial como para o ensino a distância. Estar atento a brilhantes aulas ou proceder à leitura de excelentes livros só se transformará em posse de informação completa à medida que se traduzir em documentação pessoal, que esteja disponível a qualquer momento de sua vida intelectual. Assim, a documentação pessoal deve se tornar um hábito e marcar presença na vida do estudante. O método mais comum de documentação é o fichamento, que é a técnica sugere que tudo que for considerado relevante e útil, tanto para seu estudo, quanto para coleta de material para elaboração de um trabalho fim de curso, deve ser organizado através de um registro. 3.1.1. O QUE SÃO ESSAS FICHAS? Podem ser cartões de material mais encorpado – cartolina, por exemplo – ou folhas soltas de qualquer tipo, onde são feitas anotações de tudo que for considerado relevante em uma pesquisa científica. A opção pelo tipo de ficha fica a seu critério, de acordo com sua facilidade para anotação dos dados ou arquivamento das fichas. Hoje em dia, é cada vez mais comum o fichamento realizado apenas em formato eletrônico. Entretanto, na hora da consulta é importante que você tenha esse material impresso, para facilitar a leitura e acesso aos dados em locais onde um computador não esteja disponível. As fichas pequenas de cartolina são práticas, por serem de fácil manuseio, permitirem a ordenação do assunto e ocuparem pouco espaço. Já as folhas feitas para classificadores escolares ou digitadas em microcomputadores são de mais difícil manipulação, porém mais fáceis de transportar e atualizar. Afinal, um arquivo armazenado no computador pode ser rapidamente alterado, salvo em meio eletrônico, levado para outro ambiente (vantagem da portabilidade) e novamente impresso. O sistema de arquivos pode seguir o padrão de arquivamento hierárquico feito através dos microcomputadores, com uma pasta por disciplina, com seções para os vários tópicos principais da disciplina - contendo fichas (ou arquivos no computador), onde cada um tratará do tema e sub-tema que estão sendo estudados ou pesquisados.

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Page 1: Unidade 3

UNIDADE 3: Técnicas de Elaboração de Trabalhos de Final de Curso

Com o tema escolhido a próxima etapa é a seleção do material que será a base do Trabalho

de Final de Curso desenvolvido. Para isso é necessário se conhecer de algumas técnicas de

elaboração dos trabalhos de final de curso.

Neste capítulo apresentaremos as técnicas de documentação, técnicas de sublinhar para

esquematizar e resumir, elaboração de esquemas e elaboração de resumos para serem

utilizados ao longo da Elaboração dos TFC.

3.1 TÉCNICAS DE DOCUMENTAÇÃO

O objetivo deste tópico é ressaltar a importância da técnica de documentação como forma

de estudo. A documentação é fundamental tanto para o ensino presencial como para o

ensino a distância. Estar atento a brilhantes aulas ou proceder à leitura de excelentes livros

só se transformará em posse de informação completa à medida que se traduzir em

documentação pessoal, que esteja disponível a qualquer momento de sua vida intelectual.

Assim, a documentação pessoal deve se tornar um hábito e marcar presença na vida do

estudante.

O método mais comum de documentação é o fichamento, que é a técnica sugere que tudo

que for considerado relevante e útil, tanto para seu estudo, quanto para coleta de material

para elaboração de um trabalho fim de curso, deve ser organizado através de um registro.

3.1.1. O QUE SÃO ESSAS FICHAS?

Podem ser cartões de material mais encorpado – cartolina, por exemplo – ou folhas soltas

de qualquer tipo, onde são feitas anotações de tudo que for considerado relevante em uma

pesquisa científica. A opção pelo tipo de ficha fica a seu critério, de acordo com sua

facilidade para anotação dos dados ou arquivamento das fichas.

Hoje em dia, é cada vez mais comum o fichamento realizado apenas em formato eletrônico.

Entretanto, na hora da consulta é importante que você tenha esse material impresso, para

facilitar a leitura e acesso aos dados em locais onde um computador não esteja disponível.

As fichas pequenas de cartolina são práticas, por serem de fácil manuseio, permitirem a

ordenação do assunto e ocuparem pouco espaço. Já as folhas feitas para classificadores

escolares ou digitadas em microcomputadores são de mais difícil manipulação, porém mais

fáceis de transportar e atualizar. Afinal, um arquivo armazenado no computador pode ser

rapidamente alterado, salvo em meio eletrônico, levado para outro ambiente (vantagem da

portabilidade) e novamente impresso.

O sistema de arquivos pode seguir o padrão de arquivamento hierárquico feito através dos

microcomputadores, com uma pasta por disciplina, com seções para os vários tópicos

principais da disciplina - contendo fichas (ou arquivos no computador), onde cada um

tratará do tema e sub-tema que estão sendo estudados ou pesquisados.

Page 2: Unidade 3

3.1.2. DOCUMENTAÇÃO TEMÁTICA

Deve reunir dados relevantes sobre um determinado tema e que venham a contribuir para o

estudo em geral ou para a realização de um trabalho dentro daquela área. Além dos

elementos retirados das leituras sobre o tema, são registradas as idéias pessoais

consideradas importantes, para que não se percam com o passar do tempo.

3.1.3. Documentação Bibliográfica

Contém um conjunto de informações sobre livros, artigos, sites e trabalhos sobre

determinados assuntos dentro de uma área do conhecimento. Deve ser dinâmica, sendo

ampliada toda vez que você tomar conhecimento de um novo título sobre o assunto.

3.1.4. Documentação Biográfica

Esta é utilizada quando o pensamento de autores for relevante para o estudo da área de

especialização. A ficha deve conter, além dos dados biobibliográficos do autor, os pontos

mais importantes de seu pensamento.

3.1.5. Documentação Geral

Todos os documentos retirados de fontes perecíveis, como recortes de jornais, xerox de

revistas, apostilas, dados obtidos em sites da internet, mensagens recebidas por e-mail etc.,

nem sempre ficam disponíveis fora da época de sua publicação. Por este motivo, devem ser

arquivados sob a forma de documentação geral, utilizando títulos classificatórios de seu

conteúdo, constituindo um conjunto de textos relacionados com a área de pesquisa.

3.2 TÉCNICA DE SUBLINHAR PARA ESQUEMATIZAR E RESUMIR

Sublinhar é uma técnica muito importante para elaboração de esquemas e resumos, pois

serve para ressaltar as idéias mais importantes de um texto com propósito de estudo, revisão,

memorização ou citação de um texto.

O objetivo principal para aplicação da técnica de sublinhar é compreender o assunto

abordado no texto.

Para produzir resultados eficazes não se devem sublinhar parágrafos ou frases inteiras e sim

palavras-chaves ou grupo de palavras. E assim produzir um resumo com o conjunto de

idéias e não frases ou palavras.

A técnica de sublinhar pode ser realizada a partir de:

i. Leitura geral do texto;

ii. Esclarecimento de dúvidas de vocabulário;

iii. Releitura do texto para identificar as idéias principais;

iv. Ler e sublinhar em cada parágrafo as palavras que contêm a idéia principal e detalhes

mais importantes;

Page 3: Unidade 3

v. Assinalar com uma linha vertical no texto os tópicos mais importantes;

vi. Assinalar com ponto de interrogação as partes obscuras e reler essa partes

vii. Ler oq eu foi sublinhado para verificar se tem sentido;

viii. Reconstruir o texto em forma de esquema ou de resumo tendo como base as palavras

sublinhadas.

3.3 ELABORAÇÃO DE ESQUEMAS

O esquema é um “esqueleto” do texto, ou seja, as palavras-chave sem ter uma frase redigida.

Os esquemas servem para compreensão do texto e como trabalho inicial para redação de

resumos ou textos, para explicação de conceitos ou para memorização de um conteúdo.

UM esquema para que seja útil deve ter as seguintes características (Solomon, in Andrade,

2007):

i. Fidelidade ao texto;

ii. Estrutura lógica do assunto;

iii. Adequação ao assunto estudado e funcionalidade;

iv. Utilidade de seu emprego auxiliando na consulta do texto e,

v. Cunho pessoal.

3.4 ELABORAÇÃO DE RESUMOS

Há vários tipos de resumo:

i. Resumo descritivo ou indicativo com a descrição dos principais tópicos,

ii. Resumo informativo ou analítico onde se reduz o texto,

iii. Resumo crítico onde são incluídos opiniões e comentários do autor,

iv. Resenha é um tipo de resumo crítico mais abrangente incluindo comparações, relevância

do texto em relação à outros do mesmo gênero.

A técnica de resumir difere um pouco quando se trata de um texto curto ou um livro. UM

resumo mais complexo se produz melhor com uso de esquemas com palavras sublinhadas.

Um resumo bem elaborado deve ser fundamentado nos seguintes itens (Andrade, 1992 in

Andrade, 2007):

i. Apresentar de maneira sucinta o assunto do texto,

ii. Não apresentar opiniões ou comentários pessoais.

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iii. Respeitar a ordem das idéias e fatos e apresentados,

iv. Empregar linguagem clara e objetiva,

v. Evitar a transcrição de frases do original,

vi. Apontar as conclusões do autor,

vii. Dispensar a consulta ao original para entendimento do assunto,

3.5 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Andrade, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico. 8 ed. São

Paulo: Atlas, 2007.