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WWW.MPGO.MP.BR JORNAL Mala Direta Básica 9912336351-DR/GO MP-GO ANO 7 Nº 54 | GOIÂNIA, JULHO E AGOSTO DE 2016 União de esforços contra a corrupção PLANO GERAL DE ATUAÇÃO Força-tarefa é desenvolvida para acelerar procedimentos relativos à improbidade administrativa u 3 Ressocialização Cidadania Projeto de reintegração social de detentos do regime semiaberto em Itajá pode servir de modelo para o Estado u 8 Para incentivar estudantes, MP-GO regionaliza concurso nacional de redação e desenho u 6 DISTRIBUIçãO GRATUITA

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W W W . M P G O . M P. B R

J O R N A L

Mala DiretaBásica

9912336351-DR/GOMP-GO

AnO 7 nº 54 | GOIÂNIA, JUlHO E AGOSTO DE 2016

União de esforços contra a corrupçãoplano Geral de atuação

Força-tarefa é desenvolvida para acelerar procedimentos relativos à improbidade administrativa u 3

RessocializaçãoCidadaniaProjeto de reintegração

social de detentos do

regime semiaberto em

Itajá pode servir de

modelo para o Estado u 8

Para incentivar

estudantes, MP-GO

regionaliza concurso

nacional de redação e

desenho u 6

DISTRIBUIçãO GRATUITA

2 jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016

InformatIvo ofIcIal do mInIstérIo PúblIco do Estado dE GoIásRua 23 esq. c/ Av. B, qd. A-6, lts. 15-24, Jardim Goiás, Goiânia-GO, CEP 74805-100Site: www.mpgo.mp.brE-mail: [email protected]: www.twitter.com/mpdegoias

Procurador-GEral dE JustIçaLauro Machado Nogueira

assEssor dE comunIcação socIal Ricardo SantanaDRT-GO 776 JP

assEssora dE ImPrEnsaAna Cristina ArrudaDRT-GO 894 JP

coordEnação Mac Editora e Jornalismo Ltda.

EdItoraMirian ToméDRT-GO 629 JPrEPortaGEmAna Flávia MarinhoDRT-GO 3300Cejane PupulinDRT-GO 2056fotoGrafIasJoão Sérgio AraújoDanila RezendeKamilla Nunes(estagiárias)dIaGramaçãoPedro Henrique Silva CamposfotolIto E ImPrEssãoCir GráficatIraGEm7000 unidades

falE conoscoPara falar com o mP em todo o Estado: 127telefone Geral (Goiânia)3243-8000ouvidoria 3243-8544

cEntros dE aPoIo oPEracIonall cao dos direitos Humanos3243-8200l cao da saúde 3243-8077l cao do meio ambiente3243-8026l cao da Educação3243-8073l cao de defesa do consumidor e terceiro setor3243-8038l cao do combate à corrupção e defesa do Patrimônio Público3243-8057l cao da Infância e Juventude3243-8030 l cao criminal3243-8050l centro de Inteligência3239-4800

Escola superior do ministério Público3243-8068assessoria de comunicação social3243-8525/ 8499/ 8307/8498denúncia de crime de corrupçãoPortal do MP - combateacorrupcao.mpgo.mp.br

expediente editorial

o promotor responde

Efetivar políticas públicas para a popula-

ção em situação de rua é uma ação do MP-GO

desde 2013, por meio do Centro de Apoio Ope-

racional dos Direitos Humanos (CAODH), com

o Projeto Pop Rua. A iniciativa visa à discussão

integrada de estratégias, à troca de informa-

ções e à articulação da rede de atendimento.

Coordenador do CAODH, Eduardo Silva Prego,

conta nesta entrevista o que tem sido feito em

favor das pessoas em vulnerabilidade social.

Como o MP-GO tem agido em relação à população em situação de rua?

O Centro de Apoio dos Direitos Humanos (CAODH), junto com as 53ª, 88ª e 82ª Promo-torias de Justiça de Goiânia, criou o Projeto Pop Rua. O objetivo é viabilizar debates con-juntos, permitindo uma atuação integrada entre as promotorias para uma ação mais resolutiva da instituição. São desenvolvidas as seguintes ações: incremento do núme-ro e a estruturação dos consultórios na rua; adequação do funcionamento da Casa de Acolhida Cidadã; estruturação dos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), do Centro Pop, bem como do Serviço Especial de Abordagem Social. Ou-tra ação do MP-GO foi a criação do Projeto Singular, por meio do CAODH e da 53ª, 88ª e 82ª Promotorias de Justiça, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG). Tal projeto, ainda em fase de construção, será estruturado em três eixos e tem por objeti-vo contribuir para a humanização no aten-dimento.

No primeiro eixo, a UFG aplicará metodo-logia terapêutica de atendimento psicosso-cial, que tem como meta a realização de uma escuta diferenciada e a criação de vínculo com as pessoas em situação de rua em Goiâ-nia. Já no segundo eixo, o MP-GO irá fiscalizar as políticas públicas destinadas a essas pes-soas e propor as medidas judiciais e extraju-diciais cabíveis. O terceiro e último eixo vai se

estruturar na participação da sociedade civil na criação de uma rede aberta, de atuação conjunta com o Poder Público, no apoio a essa população vulnerável, construindo uma rede de solidariedade para atendimento das demandas de qualificação, emprego, assis-tenciais, entre outras. Foram realizadas ainda duas edições do seminário “Povos da Rua”, na sede do MP-GO, que tiveram a finalidade de dar visibilidade à população em situação de rua e emancipar o Movimento Nacional da População em Situação de Rua em Goiás.

Ressalto que o CAODH realizará em no-vembro um seminário sobre população em situação de rua que terá como objetivo gerar conhecimento sobre políticas públicas ofe-recidas a essa população.

As mães em situação de rua possuem um atendimento mais definido?

O atendimento ainda não é prestado de forma específica, em que pese a existência de atos normativos disciplinando essa ação pelos serviços públicos. Por isso, e após no-tícia da falta de atendimento adequado às mulheres gestantes em situação de rua, os Centros de Apoio dos Direitos Humanos e da Infância e Juventude, em parceria com vários atores da rede de serviços municipais e estaduais, estão construindo um fluxo de atendimento para instituir um cronograma de organização da rede de saúde e de as-sistência social à população em situação de rua no âmbito municipal, cujo objetivo é facilitar o acesso deste grupo às políticas,

ações e serviços.

Quais as principais demandas?Ser visto como sujeito de direitos. Signi-

fica ter acesso ao “mínimo existencial”, que reúne todo o conjunto de fatores e direitos que são condições para uma existência dig-na. E a omissão ou insuficiência na oferta de serviços e equipamentos socioassistenciais por parte do Poder Público configura viola-ção ao dever do Estado de promover a dig-nidade da pessoa humana e a eliminação da pobreza por meio da efetivação dos direitos sociais, previsto no artigo 6º da Constituição.

Quais os avanços até agora?Como resultado do Projeto Pop Rua, foi

assinado um Termo de Ajustamento de Con-duta (TAC) entre o Município de Goiânia e a 53ª Promotoria de Justiça, com a finalidade de reestruturar o serviço de acolhimento oferecido às pessoas nessa situação. Ficou acordado que o Município irá adquirir e es-truturar três instituições de acolhimento. Outro resultado importante foi a articulação do CAODH junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para a aquisição de equipa-mentos para o Escritório de Identificação e compra de uma ambulância para auxiliar o consultório na rua.

O que ainda precisa ser feito?Embora a política nacional para as pes-

soas em situação de rua não esteja prevista expressamente na Constituição Federal, ela é de extrema relevância para a concretização de direitos fundamentais constitucionais, uma vez que se dedica a garantir, por exem-plo, a segurança de renda, a convivência familiar e comunitária, a autonomia e a aco-lhida, indo além da ideia do “mínimo exis-tencial”. A questão deve, portanto, ser com-preendida em suas várias nuances, uma vez que há uma multiplicidade de fatores que conduzem a essa situação, desde questões estruturais, como a ausência de moradia e a inexistência de trabalho e renda, até as rela-cionadas à ruptura de vínculos familiares e afetivos. Assim, é necessário garantir o fun-cionamento adequado dos serviços públi-cos em harmonia com a institucionalização de uma política de assistência social.

FORçA CONCENTRADA

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A execução do tema central do Plano Ge-ral de Atuação (PGA) do Ministério Público de Goiás para o biênio 2016-2017, mais uma vez focada no combate à corrupção, demanda dos integrantes da instituição o engajamen-to necessário para alcançar a meta. Mas, mais do que isso, exige uma integração de forças dentro da própria instituição para dar certo.

Com base na experiência construída ao longo do último PGA, toda uma estrutura de apoio às ações preventivas e repressivas de enfrentamento à corrupção tem sido articula-da para este novo planejamento, visando as-segurar aos promotores as condições para de-senvolver seu trabalho. Uma das novidades é a força-tarefa instituída no âmbito do Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público para dar an-damento a procedimentos investigatórios re-presados em comarcas que não contam com

promotor titular. Além de agilizar as investiga-ções, a atuação dessa equipe de apoio ajuda a desafogar os promotores substitutos para que possam se concentrar em demandas de ou-tras áreas. Detalhes dessa força-tarefa podem ser conhecidos na reportagem principal desta edição, na página 3. Outro assunto de relevân-cia tratado pelo jornal é a fiscalização eleitoral. A matéria da página 5 ressalta as capacitações que foram feitas em parceria pelo MP-GO e pela Procuradoria Regional Eleitoral desde 2015 com a finalidade de orientar a atuação.

Com foco na defesa da infância e juventu-de, o texto da página 4 mostra a cooperação pioneira estabelecida entre a Corregedoria da Justiça, o MP estadual e o Ministério Público do Trabalho para fiscalização dos Conselhos Tutelares. A ideia é traçar um diagnóstico que possa embasar as ações a serem deflagradas por promotores e magistrados visando garan-

tir maior efetividade à proteção das crianças e adolescentes. A coluna O Promotor Responde traz entrevista com o coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos, Eduardo Prego, sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido na garantia da dignidade das pessoas em situação de rua. Na página 6, a reportagem aborda o concurso de redação e desenho promovido pela Controladoria-Geral da União sobre o tema da cidadania e que conta com a parceria do MP-GO – pela segun-da vez, o certame terá uma etapa específica para Goiás, articulada novamente pelo Centro de Apoio Operacional da Educação.

A matéria da página 8 traz como desta-que o projeto que vem sendo realizado na comarca de Itajá com a proposta de efetivar o regime semiaberto na comarca e, ao mes-mo tempo, promover a reintegração social dos detentos.

POPUlAçãO EM SITUAçãO DE RUA

3jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016www.mpGo.mp.br

Com a finalidade de intensificar as ações de apoio às Promotorias de Justiça na execução do tema central

do Plano Geral de Atuação (PGA) do Ministé-rio Público de Goiás para o biênio 2016-2017, o Centro de Apoio Operacional de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público (CAOCOP) instituiu uma força-tarefa para dar andamento aos procedimentos relativos à improbidade administrativa.

Além de dar celeridade a investigações que tiveram o andamento comprometido, o objetivo da ação é auxiliar os promotores de justiça e permitir que eles desenvolvam ações em outras áreas, demonstrando ainda para a sociedade a presença do Ministério Público no local. Segundo o coordenador do CAOCOP, Rodrigo Bolleli Faria, a priorida-de é realizar a força-tarefa em comarcas em que não há promotor titular, em especial nas regiões Norte e Nordeste do Estado.

O Centro de Apoio identificou algumas localidades que necessitam desse auxílio e desenvolveu um calendário de trabalho. “Essa é a primeira vez que realizamos uma atividade nesse molde”, explica. levanta-

Como ação de apoio à execução da bandeira do PGA 2016-2017, MP-GO instituiu força-tarefa para agilizar análise de investigações de improbidade em comarcas que estão há algum tempo sem promotor titular

Reforço no combate à corrupçãoplano Geral de atuação

mento prévio realizado pelo CAO indica que essas comarcas têm, em média, 120 procedimentos represados. O maior núme-ro de casos envolve suspeitas de fraude em licitação.

Em junho, a comarca de Flores de Goiás, no Nordeste goiano, recebeu a primeira vi-sita da força-tarefa. Na Promotoria local, que nunca contou com promotor titular, havia 170 procedimentos parados. Desses, 126 fo-ram analisados pelo grupo.

Promotor substituto de Flores de Goiás, Asdear Salinas Macias destacou que 70% dos procedimentos trabalhados pela força--tarefa são de improbidade administrativa. “As ações desse trabalho vão refletir em

COMO funCiOnA?A força-tarefa é formada pelo coordena-

dor do Centro de Apoio, assessores jurídicos do CAO, promotores do Grupo Especial de Combate à Corrupção do Ministério Públi-co de Goiás (Gecoc), técnicos contábeis e assessores jurídicos da Assessoria Jurídica Especial (AJE).

A equipe fica na comarca de um a dois dias e realiza uma análise prévia de todos os procedimentos. Os mais simples têm an-damento no próprio local. Já os mais com-plexos são levados para Goiânia. A equipe da força-tarefa também orienta o promotor e o assessor da comarca sobre as medidas poderão ser adotadas em cada caso.

Equipe de servidores do CAOCOP, com o coordenador Rodrigo Bolleli (centro): grupo vai até as comarcas para análise inicial

Primeiro trabalho da força-tarefa foi realizado em Flores de Goiás em junho e buscou auxiliar a atuação do promotor Asdear Salinas Macias (na foto, no centro)

pouco tempo na comarca e terão um resul-tado mais global que apenas na área de pa-trimônio público, já que a iniciativa permitiu que os promotores ganhassem tempo para desenvolver os procedimentos em outras áreas”, avalia.

Em setembro, a força-tarefa foi realizada em Itapaci e, em novembro, chegará a Alto Paraíso. No início de 2017, serão beneficia-das as comarcas de São Miguel do Araguaia e Alvorada do Norte. Em outros municípios, como São Simão, Maurilândia e Rubiata-ba, também foram identificados números expressivos de procedimentos sem anda-mento. Essas cidades ainda entrarão para o calendário de trabalho.

4 jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016 www.mpGo.mp.br

n as semanas que antecederam as elei-ções municipais de outubro nos 246 municípios de Goiás, a atuação dos

promotores eleitorais na fiscalização do pro-cesso eletivo intensificou-se, em busca de ga-rantir o cumprimento da legislação para este pleito. Os parâmetros e diretrizes para as ações que foram realizadas, sobretudo em busca de coibir os abusos e prevenir fraudes e cri-mes eleitorais, porém, foram definidos em conjunto pelo Ministério Público estadual e pela Procuradoria Regional Eleitoral com antecedência, tendo o trabalho começado ainda em 2015.

Foi no ano passado que tiveram início as capacitações que buscaram criar um padrão de atuação a partir da lei que regulamentou as eleições de 2016. Esse trabalho de orientação foi complementado entre abril e agosto deste ano, com a realização das últimas quatro ofi-cinas sobre a atuação eleitoral. “Traçamos um norte para orientar os promotores eleitorais”, explica o coordenador do Centro de Apoio Operacional (CAO) de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público do MP-GO, Ro-

Capacitações feitas em parceria pelo Ministério Público de Goiás e Procuradoria Regional Eleitoral em 2015 e de abril a agosto deste ano buscaram orientar promotores para a fiscalização das eleições municipais

Um norte para a atuação

eleitoral

drigo Bolleli Faria. Nas quatro oficinas coordenadas pela Escola

Superior do MP (ESMP), os promotores recebe-ram instruções sobre as alterações na lei eleito-ral, bem como sobre estratégias e práticas de fiscalização. Para dar apoio à atuação, também foi produzida uma cartilha virtual eleitoral, dis-ponível para consulta no sistema de comunica-ção interna do MP-GO (intranet).

Todos os trabalhos prévios e operacionais foram desenvolvidos, no âmbito do MP-GO, pelo CAO de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público, pela ESMP, pelo Gabine-te de Planejamento e Gestão Integrada (GGI), pelo Centro de Inteligência (CI) e, na esfera do Ministério Público Federal, pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE).

LinhAs de AtuAçãONas capacitações, foram apresentadas hi-

póteses de ocorrências que poderiam ser re-gistradas no processo eleitoral, com indicação das abordagens recomendadas nesses casos. “Traçamos diferentes estratégias de ação para diversos casos. Foram sugestões de linhas de atuação para o promotor”, pontua Bolleli. Mas, conforme pondera, cada promotor eleitoral deve verificar e seguir as especificidades de sua zona eleitoral.

Entre os temas trabalhados destacou-se o uso da máquina pública. “Essa ação desiquili-bra as eleições, principalmente quando reduzi-da para 45 dias”, observa o procurador regional eleitoral Alexandre Moreira Tavares dos Santos.

Outro aspecto que exigiu atenção foi a ex-posição dos programas sociais - não deveria haver promoção nem poderiam ser iniciados durante o período eleitoral. A publicidade ins-

titucional dos candidatos também foi alvo do Ministério Público Eleitoral. Segundo Moreira, nos últimos meses que antecedem a campanha política, essas ações de divulgação não devem ultrapassar a média dos últimos três anos.

As capacitações contaram ainda com orientações sobre as ferramentas de consulta disponíveis para verificação das questões es-pecíficas relativas às inelegibilidades, destacan-do, entre elas, o Siscontas Eleitoral (com base de dados nacional) e os sites do Tribunal de Contas da União (TCU), do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM).

denúnCiAsSegundo explica o procurador regional

eleitoral, só será possível realizar um balan-

ço das ações de fiscalização após o período eleitoral. “As representações contra qual-quer candidato podem ser propostas até o momento da diplomação, que é no fim do ano”, explica.

Rodrigo Bolleli, por sua vez, esclarece que, para fazer uma denúncia, é importante que o cidadão tenha elementos que indiquem a prá-tica da irregularidade: como, onde, quanto. “A intenção é não recebermos denúncias vazias. O MP tem que interferir o mínimo possível no processo eleitoral”, avalia.

As denúncias e reclamações, mesmo após a votação, podem ser encaminhadas para o e-mail [email protected]; pro-tocoladas no CAO de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público, ou repassadas pelos telefones (62) 3243-8059 ou pelo 127.

Em uma das oficinas, procurador regional eleitoral Alexandre Moreira orienta promotores sobre situações que demandam a atuação do MP na fiscalização das eleições

Debates nas capacitações objetivaram garantir maior uniformidade à atuação

5jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016www.mpGo.mp.br

Com o objetivo de viabilizar inspeções em todos os Conselhos Tutelares de Goiás e propor soluções para atender

melhor às crianças e adolescentes, a Correge-doria-Geral da Justiça, a Corregedoria-Geral do Ministério Público Estadual e o Ministério Público do Trabalho em Goiás (Procuradoria Regional do Trabalho da 18ª Região) firmaram em junho deste ano um termo de cooperação técnica. Juntas, essas instituições vão visitar os conselhos e analisar desde estrutura física e material até o modo de operação.

Os trabalhos tiveram início em 1º de julho e têm prazo de 120 dias para serem concluídos. Nas inspeções, serão preenchidos formulários para análise da coordenação do grupo de tra-balho interinstitucional.

Corregedor-geral do MP-GO, Abraão Jú-nior Miranda Coelho, avalia que a atuação das instituições se complementa no aspecto do aprimoramento da eficiência dos Conselhos Tutelares. “Nada melhor que agirmos mais pró-ximos, considerando que, de forma coordena-da, teremos resultados mais eficientes no senti-do de buscar o melhor funcionamento desses órgãos”, pondera.

Segundo explica a coordenadora do Cen-tro de Apoio Operacional (CAO) da Infância e Juventude do MP-GO, Karina D’Abruzzo, o pro-jeto segue a linha de trabalho em redes da ins-tituição, que busca atuar de forma multidisci-plinar, mobilizando as diversas áreas envolvidas no cuidado com a infância e juventude.

A promotora relembra que, com o ad-vento do Estatuto da Criança e do Adoles-cente (ECA) em 1990, houve um movimento nacional e regional por parte dos Ministé-rios Públicos, para implantar os Conselhos Tutelares. Em Goiás, foi realizado um amplo trabalho para que em todos os municípios houvesse um Conselho. “O que nós perce-bemos hoje é que os Conselhos Tutelares carecem de uma estrutura mais adequada,

Termo de cooperação foi firmado entre as Corregedorias da Justiça e do MP-GO e o Ministério Público do Trabalho na defesa dos interesses de crianças e adolescentes. Vistorias começaram em julho

Parceria entre instituições viabiliza inspeções a Conselhos Tutelares

infância e juventude

Documento que celebra a parceria foi firmado entre integrantes da Corregedoria-Geral do MP, da Corregedoria-Geral da Justiça e do MPT

que deve ser oferecida pelos governos mu-nicipais”, observa Karina.

A intenção das corregedorias, comenta, é realizar um diagnóstico da situação dos Con-selhos Tutelares que possa orientar promotores de Justiça e magistrados sobre quais as me-didas necessárias para resolver os problemas levantados nas vistorias. Hoje, em Goiás, estão em funcionamento 233 Conselhos Tutelares.

A coordenadora do CAO Infância reforça que a ideia é contribuir para que os conselhos sejam melhorados. Mas, para isso, é preciso saber quais áreas devem ser ajustadas. “Quere-mos um diagnóstico concreto e objetivo para, assim, trabalhar pela melhor estruturação dos Conselhos Tutelares, por meio de articulações com o poder público. Queremos saber a reali-dade dessas unidades para reivindicar o reforço no cuidado com crianças e adolescentes.” As-sim, após as inspeções, o grupo de trabalho vai definir diretrizes para orientar a atuação.

exPeCtAtivAO corregedor-geral da Justiça de Goiás,

desembargador Gilberto Marques Filho, en-tende que essa parceria é importante para melhor integração, estruturação e harmo-nização dos Conselhos Tutelares do Estado de Goiás. “Se o Conselho Tutelar é a porta de entrada de questões que envolvem crianças

e adolescentes, o momento de sua atuação se faz presente de forma marcante, o que be-neficia toda a sociedade”, pontua.

Marques Filho comenta que, já na etapa inicial dos trabalhos, o simples fato de existir a vontade política de verificação da situação dos Conselhos Tutelares já é uma motivação para os conselheiros se conscientizarem de que aquilo está ao alcance deles.

O corregedor-geral do MP, por sua vez, observa que a administração pública, de modo geral, age de forma segmentada, apesar da responsabilidade complementar. “É importante que nós estejamos próximos - nesse sentido, a expectativa de um resul-tado é muito melhor. As ações do Estado não podem ser como se estivessem em uma linha de montagem. Precisamos estar cons-cientes de que o serviço público é complexo e precisa de ação conjunta de vários órgãos.” Segundo ele, a identificação dos problemas existentes proporcionará um aprimoramen-to do funcionamento dos Conselhos. “Temos estrutura, mas ela não funciona adequada-mente. Precisamos compreender com clare-za a realidade e buscar eficiência”, defende.

Para organizar melhor o trabalho de ins-peção, o Estado de Goiás foi dividido em 12 regiões judiciárias e cada corregedoria ficou responsável por uma quantidade de regi-

ões. “Foi confeccionado um questionário para todas as corregedorias utilizarem, no intuito de se alcançar a situação mais real possível do conselho tutelar. O formulário indica informações sobre as dependências físicas, estado de conservação, acessibilida-de, origem dos equipamentos de trabalho, situação dos servidores, situação dos rela-tórios de atendimento, gestão, orçamento, segurança, medidas socioeducativas e pro-tetivas, trabalho infantil, articulação com outros órgãos e entidades e as dificuldades de cada um deles”, detalha o corregedor--geral. O questionário preenchido pelas equipes deverá ser validado por um juiz ou por um promotor.

Cooperando com esta ação está tam-bém o Ministério Público do Trabalho, que, entre outras atribuições, combate a ex-ploração da mão de obra infantil. Janilda Guimarães de lima, procuradora-chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 18ª Região, avalia que a ação conjunta é mais eficaz. “Por estarem mais próximos das co-munidades, os Conselhos Tutelares nos dão subsídios para atuar na erradicação do tra-balho infantil e contra as irregularidades no trabalho de adolescentes. Com sua devida estruturação, poderemos ter melhor recep-ção de denúncias”, sublinha.

TJGO

6 jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016 www.mpGo.mp.br

Cidadania na pauta em escolasConcurso de redação e

desenho da CGU, em sua

oitava edição, premiará

crianças e adolescentes

que abordarem o combate

à corrupção de forma

crítica. Iniciativa terá edição

específica em Goiás, que

conta com apoio do MP-GO

O 8º Concurso de Desenho e Reda-ção, promovido pela Controladoria--Geral da União (CGU) e parceiros

institucionais, entre eles o Ministério Público de Goiás, teve o prazo de inscrições encerrado no dia 30 de setembro. O certame vai premiar crianças e adolescentes que tratarem o tema “Um por todos e todos por um! Pela ética e ci-dadania” de forma crítica e criativa.

A oportunidade é voltada aos alunos dos ensinos fundamental e médio, incluindo Edu-

cação de Jovens e Adultos (EJA), das escolas públicas e privadas de todo o País, visando des-pertar o interesse pelos temas relacionados ao controle social, ética e cidadania por intermé-dio do incentivo à reflexão e ao debate desses assuntos nos ambientes educacionais.

A proposta é que os professores trabalhem o tema da edição com os alunos, estimulando o debate no ambiente escolar e extraclasse. Além disso, as escolas deverão desenvolver es-tratégias de mobilização para discutir o tema com a comunidade escolar em atividades con-duzidas no ambiente escolar ou fora dele.

O concurso promovido pela CGU é na-cional. Entretanto, o MP-GO se interessou em contribuir, trazendo uma etapa específica para o Estado de Goiás, o que já foi feito na sétima edição, em 2015. A iniciativa estadual é pionei-ra e possibilita ampliar os incentivos aos estu-dantes.

A coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Educação do MP-GO, Simone Disconsi de Sá Campos, lembra que essa é a segunda edição do concurso específica para Goiás, que apresentou resultados positivos no ano passado, quando o tema foi “Pequenas

corrupções - diga não”. O objetivo é atuar no aspecto preventivo, levando para os estudan-tes o debate sobre corrupção. “A ideia é traba-lhar com os alunos os valores relacionados à ética e cidadania”, observa.

Em 2015, Goiás se destacou com seis estu-dantes premiados. Foram dois primeiros luga-res, um segundo lugar e um terceiro lugar na categoria desenho. Já na categoria redação, foram dois primeiros lugares. “No ano passado, ficamos muito felizes com o resultado. A temá-tica mobilizou bastante as crianças”, comenta a promotora.

CAteGOriAsOs estudantes de 1º a 5º ano podem con-

correr na categoria desenho, enquanto os de 6º a 9º ano, ensino médio e EJA concorrem com redação. Há ainda a categoria “Escola cidadã”, com apresentação de plano de mobilização. Todos podem participar, independentemente da adesão da escola.

Serão premiados os alunos autores dos três melhores trabalhos em cada categoria e tam-bém os professores responsáveis pela aplica-ção da atividade, cujo nome esteja no formu-

lário do trabalho do aluno selecionado como primeiro colocado em cada categoria. Na ca-tegoria “Escola Cidadã”, o prêmio será entregue às três escolas que apresentarem as melhores estratégias para debater o tema. Podem con-correr estudantes e escolas tanto da rede pú-blica como privada.

Os autores dos três melhores trabalhos em cada categoria receberão um tablet e um certi-ficado de premiação e reconhecimento. O pro-fessor responsável pela orientação do aluno primeiro colocado de cada categoria receberá também um tablet e um certificado. Cada pro-fessor poderá ser premiado apenas uma vez, mesmo se responsável por mais de um aluno vencedor. Já cada uma das três escolas vence-doras da categoria “Escola Cidadã” receberá um computador e um certificado. O resultado será conhecido até o dia 30 de novembro, com a entrega da premiação ocorrendo em dezem-bro.

“A premiação ocorrerá durante a Semana de Combate à Corrupção, que se inicia no dia 9 de dezembro”, detalha a coordenadora do CAO Educação. O balanço das inscrições será divul-gado em breve.

educação

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As Promotorias de Justiça de Sena-dor Canedo promoveram em agosto a cerimônia de encerramento da segun-da turma, composta por 11 adolescen-tes, do programa Jovem Sustentável Aprendiz, de reinserção social de jo-vens em conflito com a lei. O projeto tem o objetivo de proporcionar uma formação humanizada, que possibilite reflexões e novas posturas pessoais, além de dar suporte para a reinserção dos jovens na sociedade e no mercado de trabalho. A realização do programa é da 1ª e 2ª Promotorias de Justiça de Senador Canedo; do Juizado da Infân-cia e Juventude da comarca e da Fun-dação Alphaville, com o apoio do se-tor empresarial e da prefeitura local. A

Programa Jovem Sustentável Aprendiz forma segunda turma Acordo para adequação de cemitério é firmado com município de Catalão

carga horária de 180 horas-aula abrange aulas de empreendedorismo, prepara-ção para o mercado de trabalho, susten-

tabilidade, cidadania digital e perma-cultura (planejamento e execução de ocupações humanas sustentáveis).

Giro mp

Aprovado primeiro projeto de pagamento por serviços ambientais para preservação da Bacia do João leite

Educação inclusiva plena em escolas da rede privada é tema de audiência pública

unidade, entre eles, construção de cercas, de estradas, de terraceamento, de conser-vação de água e solo, de preservação de remanescentes de vegetação nativa, entre outros. As melhorias serão implementadas com recursos do convênio para o Projeto Produtor de Água, firmado entre a Secre-

taria Estadual de Meio Ambiente e Cidades (Secima) e a Agência Nacional de Águas (ANA).

Foi definida a forma de cálculo do valor que será repassado pelos serviços ambien-tais, a ser pago, inicialmente, pela Sanea-mento de Goiás (Saneago). A propriedade

rural com o projeto aprovado fica na região de Ouro Verde, município que, junto com Nerópolis, está na primeira etapa a ser con-templada no Produtor de Água. Além de-les, integram ainda a bacia os municípios de Goiânia, Anápolis, Goianápolis, Campo limpo, Terezópolis de Goiás e Bonfinópolis.

Em agosto, a Unidade Gestora do Pro-jeto (UGP) Produtor de Água do Ribeirão João leite, que conta com a participação do MP-GO, aprovou o primeiro projeto de propriedade rural habilitada a receber por serviços ambientais prestados visando à preservação das nascentes da bacia. O Projeto Individual de Propriedade (PIP) da Fazenda Sapato Arcado foi elaborado pela Emater e contempla as obras e melhorias para a viabilização de serviços ambientais de preservação que serão efetivados na

A realização de um seminário amplo sobre educação inclusiva na rede priva-da como ponto de partida para o diálogo entre unidades escolares e pais foi um dos principais encaminhamentos aprovados na conclusão da audiência pública sobre o tema, realizada no final de agosto no au-ditório do MP-GO. Cerca de 100 pessoas, entre pais e representantes de entidades envolvidas na questão, de escolas particu-lares e de órgãos públicos, participaram das discussões, com várias ponderações e questionamentos.

O debate foi permeado por dúvidas e

desafios que envolvem o cumprimento das exigências legais para a efetivação da edu-cação inclusiva na rede privada no Brasil. Os participantes destacaram a necessida-de do diálogo e do bom senso na relação entre pais e escolas para a construção das soluções mais adequadas. Um dos ques-tionamentos principais do evento foi rela-cionado ao modo como as escolas devem se estruturar para permitir que a inclusão do aluno com deficiência não seja mero cumprimento da lei, mas que permita que a criança e o adolescente sejam verdadei-ramente integrados à comunidade escolar.

O promotor de Justiça Roni Alvacir Vargas firmou termo de ajustamento de conduta com o prefeito de Catalão, Jardel Sebba, visando à regularização da situação ambiental do cemi-tério municipal. Para isso, o gestor deverá pro-videnciar, no prazo de seis meses, as licenças ambientais de funcionamento e de operação, adequando o local às exigências dos órgãos públicos competentes. Ficou acordada a re-alização de análises químicas e físicas do solo do cemitério e da água subterrânea, naquele local e imediações, observando-se o número mínimo de quatro poços para coleta de água. O objetivo é verificar eventual contaminação decorrente do sepultamento de cadáveres.

8 jornal mp goiás | Goiânia - julho e aGosto de 2016 www.mpGo.mp.br

O cumprimento efetivo da pena dos re-educandos do regime semiaberto em Itajá, na Região Sul de Goiás, projeto

idealizado pela Promotoria da comarca, tem atraído a atenção e servido de exemplo para todo o Estado. Desde 2013, comunidade e po-der público se uniram, por articulação do Minis-tério Público de Goiás (MP-GO), para construir o Núcleo de Reintegração e Reinserção Social, visando garantir a implantação do semiaberto na comarca. A partir daí, o projeto ganhou con-tornos mais amplos para abranger uma propos-ta de trabalho que viabilize a reintegração dos detentos à sociedade. Esse modelo de atuação do MP está sendo formatado para que possa ser replicado em outros municípios.

Idealizador da mobilização, o promotor de Justiça André luiz Duarte explica que, inicial-mente, foram formadas e organizadas na co-marca a Comissão da Comunidade e a Comis-são de Segurança – integrada pela Secretaria de Segurança Pública. O objetivo foi resolver o problema de cumprimento de pena do regime semiaberto, além de oferecer condições reais de trabalho ao detento, por meio de profissio-

Projeto da Promotoria de Itajá mobiliza poder público e comunidade em ações voltadas para a reintegração de detentos do regime semiaberto, com proposta de transformação da realidade social

Perspectivas renovadas

ressocialização

nalização e, consequentemente, minimizar os estigmas da sociedade em relação a quem sai da cadeia (o egresso).

A COLôniAO Núcleo de Reintegração e Reinserção So-

cial, chamado também de Colônia Penal, já está em funcionamento. A unidade foi construída, juntamente com o complexo de segurança da comarca, pelos próprios detentos, em uma área de 7 hectares cedida pela prefeitura. Ainda fal-ta concluir a edificação do alojamento coletivo e do refeitório. A previsão de finalização é em 2017. “Atualmente, os presos dormem na unida-de prisional”, explica o promotor.

No núcleo, os reeducandos recebem uma nova chance de profissionalização e de con-quista de uma oportunidade no mercado de trabalho. Os cursos de profissionalização já es-tão em andamento. Também está em atividade a fábrica de artefatos do concreto, nos quais os detentos fabricam pisos intertravados, blocos de concreto, postes para alambrado e materiais assemelhados.

O plantio de hortaliças é outra ocupação desenvolvida no local. Os alimentos produzidos são consumidos pelos detentos e uma parceria firmada com a prefeitura vai viabilizar o forneci-mento de legumes e frutas cultivadas no núcleo para as escolas da rede municipal. A avicultura também tem destaque, com a criação do fran-go índio gigante.

Ainda está em implantação o viveiro de mudas florestais e ornamentais para áreas de preservação ambiental e reservas legais. Outra fonte de renda futura para a unidade, e que está em construção, são os tanques de piscicultura para a produção de filés de tilápia. Ainda há

os projetos da serralheria e da padaria. “A ideia da padaria é complementar a alimentação dos alunos da rede pública e dos próprios reeducan-dos”, pontua André luís Duarte.

Todas essas iniciativas concretizam a pro-posta de sustentabilidade do núcleo. Atual-mente, a Superintendência de Administração Penitenciária arca com o pagamento dos salários dos presos e agentes e com parte da alimentação. O reeducando que trabalha tem remissão da pena e ainda ganha ¾ do salário mínimo, ou seja, R$ 660,00.

PrOjetO PArA rePLiCArHoje, 15 detentos cumprem pena no local,

que possui 40 vagas. “Com o cumprimento efetivo da pena do semiaberto, muitos que não queriam trabalhar pediram transferência. Com isso, acabamos também resolvendo o

Plantio de hortaliças e fabricação de blocos de concreto: atividades realizadas na colônia

Projeto do Núcleo de Reintegração e Reinserção Social (colônia) está em fase final

problema da superlotação carcerária”, comple-menta André luís.

O promotor destaca que o Ministério Pú-blico atua no planejamento e orientação e as Comissões da Comunidade e de Segurança executam o projeto. “O trabalho do MP é na intervenção direta e efetiva na transformação da realidade social. Como o Estado está omis-so, o MP, ao invés de judicializar a questão, atua intervindo diretamente no contexto social”, explica.

O projeto do Núcleo de Reintegração e Reinserção Social de Itajá está em fase de ela-boração técnica pelo Departamento de Ges-tão e Projetos da Superintendência de Planeja-mento e Gestão do MP. Segundo a técnica em gestão do MP, Gisele Machado de Souza, será juntada toda a documentação do núcleo para facilitar que outras comarcas também implan-tem iniciativas semelhantes.