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O Programa Redes fecha 2011 com uma ampla rede de agentes comprometida com o desenvolvimento dos 25 municípios participantes.página 2
Jorn
alRealização
Ano
I –
nº 3
– J
anei
ro 2
012
Uma rede emexpansão
Conheça as linhas de ação que guiarão as novas etapas do programa
página 4
O educador Tião Rocha comenta o trabalho que
desenvolve em Minas Gerais
página 6
Histórias do cerrado: a empreendedora coordena o Memorial Serra da Mesa
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Março de 2011
Equipe de consultores se junta ao ReDes para desenvolver as ações nos 25 municípios.
Jorn
al
O Programa ReDes encerra o ano de 2011
com muitas conquistas para comemorar.
Além da finalização do diagnóstico
socioeconômico e da formação
dos conselhos comunitários nos 25
municípios, o programa celebra as boas
experiências colhidas na primeira fase.
Em campo, aprendemos que não
existe fórmula pronta, que é preciso
muito jogo de cintura e criatividade
para vencer obstáculos e superar
desafios que a realidade de cada um
dos municípios apresenta.
Também em todos os municípios,
conhecemos muita gente.
Pessoas especiais, receptivas,
que acolheram nossas equipes e
contribuíram muito com o programa.
Agora entramos em uma nova fase.
Organizações locais estão sendo
convidadas a apresentarem projetos
ligados às linhas de ação priorizadas em
cada município. Novos desafios
se colocam à mesa.
Confira nesta edição do Jornal ReDes um
apanhado geral da primeira fase e veja que
setores produtivos foram priorizados em
todos os territórios do programa.
Obrigado pela parceria e um ótimo 2012!
Equipe ReDes
aprendizadosaprendizadosaprendizadosaprendizadosaprendzadosaprendizadosaprendizadosaprendizadosaprendizados expansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansãoexpansão
Informativo do Programa ReDes, uma iniciativa do BNDES e Instituto Votorantim Coordenação: Instituto Votorantim
Apoio: BNDES Projeto editorial e realização: FMF – Serviços Editoriais Redação e produção: Rodrigo Bueno
Colaboração: Gabriela Moulin e Lygia Gil Edição/Jor-nalista responsável: Fátima Falcão (Mtb 14.011) Proje-to gráfico e diagramação: D’Lippi Comunicação Integrada
Ilustrações: Veridiana Scarpelli Fotos: Acervo Memo-rial Serra da Mesa, Carolina Rolim, Acervo Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento e Giral Viveiro de Projetos.
Impressão: D’Lippi Print Site: www.programaredes.org.br E-mail: [email protected]
Dezembro de 2010BNDES e Instituto
Votorantim se unem para construir o programa.
Agosto de 2011Conselhos são formados nos municípios, reunindo mais de 600 pessoas. São finalizados os diagnósticos socioeconômicos e a priorização de linhas de ação.
A partir da concepção do Programa ReDes, uma ampla teia de agentes e parceiros foi se formando. Confira a trajetória desta iniciativa até agora.
Abril de 2011Funcionários de Unidades de Negócio
do Grupo Votorantim são indicados como facilitadores do programa para
acompanhar as ações nos municípios.
Um ano de muitos Uma rede em
2012Organizações se juntam ao
programa para a apresentação de projetos e aumentar ainda
mais essa rede.
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Essa é uma das recordações que remetem à
infância de Sinvaline Pinheiro. Filha de um
construtor e de uma empregada doméstica,
a goiana sempre foi uma apaixonada pelo
conhecimento, mas precisou vencer muitos
obstáculos para construir sua trajetória a partir
de suas próprias escolhas.
Teve que abandonar os estudos no quarto ano
do Ensino Fundamental, mas, nem por isso,
deixou de estudar. Lia o que podia e assim foi se
desenvolvendo. Forçada, casou-se aos 14 anos
de idade e viu suas chances de continuar os
estudos desaparecerem.
Até que rompeu o casamento e foi viajar. “Viajar
não só no sentido de andar e sim de
escrever e viver mesmo”, diz. Desta forma
aprendeu a lidar com as diferenças. Em suas
andanças, conviveu com povos indígenas,
dependentes químicos, prostitutas. Teve vários
empregos até que, em 2000, voltou para sua
cidade natal, Uruaçu, no território goiano.
A descoberta da internet foi transformadora.
“Enchi a rede de poemas, causos, crônicas.”
Com tanta bagagem de vida, também sentiu a
necessidade de buscar o diploma, mesmo que só
para conquistar oportunidades profissionais. Fez
Supletivo e conseguiu concluir o Ensino Médio.
Algumas de suas crônicas foram publicadas pela
Pontifícia Universidade Católica – PUC – GO e
acabou descoberta: a então prefeita de Uruaçu
Marisa Santos Pereira Araujo a convidou para
trabalhar no projeto de criação do Memorial
Serra da Mesa. Foi aí que a cidade pôde
acompanhar a veia empreendedora de Sinvaline.
Junto com o poder público, acadêmicos
e outros agentes locais, ela conseguiu viabilizar
essa iniciativa.
“Me qualifiquei na prática e na leitura de
transformatransformatransformatransformatransformatransformatransformatransformatransforma
O Memorial Serra da Mesa é um projeto administrado pela
Fundação de Desenvolvimento da Região de Serra da Mesa e
tem como objetivo preservar a história da região e promover
a educação ambiental. É um importante centro de referência
da cultura do norte goiano. Ocupa uma área de 20 mil metros
quadrados, com amplo acervo de espécies do cerrado, espaços
temáticos, pedras da região e uma exposição sobre a história
do homem do cerrado, inclusive com exibição de fósseis
pré-históricos. Conta ainda com um auditório para 300 pessoas
e espaços para oficinas técnicas.
Visite: Rodovia GO-237 - estrada que liga Uruaçu a Niquelândia.
Para saber mais: www.memorialserradamesa.com.br
Uma viagem pela cultura da Serra da Mesa
Sinvaline Pinheiro, coordenadora do Memorial Serra da Mesa, em celebração do Dia do Índio
assuntos relacionados ao trabalho. Procuro me
manter informada e também faço pequenos
cursos e treinamentos, especialmente na área de
museus”, conta a coordenadora do memorial.
“As dificuldades são muitas. O que dá forças
para continuar é ver que este trabalho ajuda a
mudar as atitudes das pessoas em relação ao
meio ambiente e à nossa história. É impossível
abandonar uma causa tão nobre.”
Conhecimento que
“Roubava livros do meu pai e lia escondido à luz da lamparina. Minha mãe dizia que ler livros levava à loucura.”
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Rotas para o
Os projetos que serão apresentados nesta nova etapa estarão alinhados a cinco linhas de ação setoriais.
A primeira fase do Programa ReDes apontou oportunidades de
trabalho em comum a muitos dos territórios. Após um estudo de
cadeias produtivas recomendadas nos diagnósticos, obteve-se um
agrupamento de cinco linhas de ação priorizadas nos 25 municípios
participantes do programa: abastecimento alimentar, comércio e
serviços, reciclagem, economia criativa e turismo.
Essas linhas visam unificar estratégias e buscar resultados mais
assertivos no desenvolvimento de projetos de geração de trabalho
e renda. Assim, a troca de experiências entre os municípios será
favorecida: projetos do Tocantins ou do Paraná, por exemplo, poderão
encontrar pontos em comum.
Na prática, significa que os projetos que serão construídos em cada
município por organizações locais – com o apoio dos conselhos
comunitários e da consultoria – poderão estar ligados a um ou mais
desses segmentos da economia. É hora de conhecer um pouco mais
sobre cada uma das linhas de ação.
ReciclagemEm alguns municípios participantes do ReDes a reciclagem
e a gestão de resíduos sólidos aparecem como prioridade e
como potencial para a geração de recursos. É fazer do lixo uma fonte
de renda, de forma organizada e com ganhos em escala.
Por meio de ações com cooperativas de catadores de material
reciclável, é possível qualificar o trabalho e aumentar os potenciais de
rendimento para essas pessoas. A linha de ação toca ainda na questão da
estruturação do setor e criação de canais de prestação de serviços
para médios e grandes geradores de resíduos.
Abastecimento alimentar“Aqui se produz, mas aqui não se consome”. Este é um retrato
de muitos municípios brasileiros. Muito do que se produz
localmente é destinado a outros centros compradores ou falta um
processo organizado para comercialização. Essas localidades,
por sua vez, precisam trazer de outros lugares os
alimentos que consomem em seu dia a dia.
Reorganizar esse sistema é um dos objetivos da linha
de abastecimento alimentar do Programa ReDes.
O público principal desse segmento é o
pequeno produtor rural e as redes urbanas
utilizadas para o escoamento dessa
produção. A proposta é ligar o rural ao
urbano e favorecer o aquecimento do
mercado interno do município e de
sua região. Para tanto, o trabalho deverá
se apoiar na qualificação da produção
e consumo de alimentos
e na criação de novos canais
de comercialização
dos produtos.
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TurismoO turismo é uma atividade econômica com grande potencial
no Brasil, ancorado em nosso importante patrimônio natural,
cultural e humano. Entretanto, é também uma atividade que
depende de considerável infraestrutura e que pode trazer
impactos ambientais e sociais.
Avaliando a realidade de vários municípios participantes do programa,
reconhecidos por sua vocação turística, percebe-se que existe potencial
para desenvolvê-lo de forma inclusiva e sustentável. A ideia é buscar
soluções e projetos que alavanquem micros e pequenos negócios ligados a
esse importante setor da economia, qualificando a prestação de serviços e
estabelecendo relações saudáveis com o meio ambiente e a cultura local.
Comércio e ServiçosA urbanização das cidades brasileiras é um movimento cada vez mais
forte. Com isso, novas demandas de produtos e serviços surgem nessas
localidades. O Programa ReDes enxerga neste cenário uma oportunidade
de fortalecer micros e pequenos empreendimentos urbanos como forma
de geração de trabalho e renda para a comunidade.
Um dos modelos para atuar nesse segmento é o cooperativismo e o
associativismo. A proposta dessa linha de ação é atender necessidades
como formalização, qualificação profissional e construção de redes
entre negócios já existentes na região, e de acordo com demandas
latentes nos municípios.
Economia criativaUma tradução usual do termo economia criativa é
“como ganhar dinheiro com ideias”. Esta linha se mostrou
promissora diante do enorme patrimônio cultural de algumas
comunidades onde o ReDes acontece.
O conceito de economia da cultura, como também é conhecido, representa uma
tendência em muitos lugares do mundo. Várias experiências exitosas mostram que é
possível gerar fluxos culturais e econômicos pautados em ideais inovadores, a partir de
uma identidade local, sejam eventos, produtos ou atividades culturais.
Para o ReDes, é oportunidade de gerar renda a partir das potencialidades e características
dos municípios, transformando isso em meio de vida para a comunidade.
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“Yes,
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Aç
ÃO
coisa chique. São bonitas, decorativas e fazem
sucesso no mercado.
Falando em desenvolvimento local, como você define cidades sustentáveis?
Aqui, costumamos trabalhar com o IPDH, “Índice
de Potencial de Desenvolvimento Humano”.
Uma cidade sustentável atua em quatro
dimensões: satisfação econômica, valores
humanos e culturais, compromisso ambiental e o
que os americanos chamam de empowerment,
mas, lá no sertão de Minas, nós chamamos de
“empodimento”. O Obama veio com o “yes we
can” dele, mas nós já falamos “nóis pode”
há muito tempo.
E como está o IPDH de Curvelo?Elevadíssimo.
E o que você sonha para o futuro de Curvelo?Gostaria que Curvelo assumisse e fizesse jus ao
título de Cidade Capital da Minha Literatura,
concedido por Guimarães Rosa. Dessa
mentalidade surge a ideia de que podemos
usar a cultura, a arte, a culinária, o turismo,
a linguagem como diferenciais para nosso
desenvolvimento sustentável. Mulheres colocam em prática a “Pedagogia do Sabão”
Tião Rocha, idealizador da ONG Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento, é apaixonado pela cultura popular brasileira e um educador preocupado em estimular as pessoas a desenvolverem novas formas de ver o mundo.
turismo
culturaarte
culinária
nóis pode”linguagem
Literatura. Então pensei: “Opa, é pra lá que
vou. Essa vai ser a minha metrópole”.
Então, quando saí da Universidade Federal
de Ouro Preto (MG) fui parar lá.
Em Curvelo vocês atuam com projetos de geração de trabalho e renda. Como eles funcionam?
Preferimos chamar de trabalhabilidade, ou seja,
não é apenas gerar renda, é preparar pessoas
para novos mercados e não para entrar num
mercado já competitivo. Partimos sempre do
que é muito simples e pensamos “de quantas
maneiras diferentes e inovadoras podemos
usar um recurso”. É a tal Pedagogia do Sabão:
todo mundo sabe fazer, é barato e é útil. Desse
trabalho surgiu o projeto das Fabriquetas e
uma cooperativa que já agrega 130 jovens.
O que são as fabriquetas?
São pequenos grupos produtivos que trabalham
de forma solidária. Existe uma que faz doces
e licores com frutas típicas do sertão e do
cerrado, outra que produz tintas com terra de
formigueiros, uma fabriqueta de softwares,
uma que produz filmes e administra o cinema
de Araçuaí e, uma das mais recente delas, a
“Construtora e Imobiliária para quem Sabe Voar”.
Imobiliária para quem sabe voar?Sim. É uma fabriqueta especializada na
construção de casas para passarinho. Fazemos
casa popular, duplex, casa com playground,
Desde que largou a carreira universitária para
“desaprender”, Tião Rocha criou dezenas
de iniciativas – curiosas, inovadoras e
transformadoras – aplicadas em Minas Gerais, em
outros estados e até em outros países. Confira a
entrevista que ele concedeu ao Jornal ReDes.
Você é antropólogo...
Sou antropólogo por formação acadêmica,
educador popular por opção política, folclorista
por necessidade, mineiro por sorte e atleticano
por sina.
E como chegou a Curvelo em Minas Gerais?
Sou um apaixonado pela obra de Guimarães
Rosa e certa vez li uma frase dele que dizia
que Curvelo é a Capital Brasileira da Minha
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Tempos de transformaçãoNesta nova fase do programa, o que se busca são projetos colaborativos,
inclusivos e sustentáveis. Isso significa que a forma de trabalhar que se espera
dessas iniciativas seja justa e não excludente, participativa e democrática e
com foco no máximo resultado, com os menores impactos negativos.
Para favorecer esse ambiente criativo, a equipe do programa não tem
poupado esforços. “Os diagnósticos realizados em todas as comunidades,
mais o apoio de consultores e a organização dos potenciais produtivos em
linhas de ação devem ajudar nesta etapa. Estamos pensando em modelos
que favoreçam a inovação e atendam a uma demanda local. Nossa
expectativa é que os projetos realmente tenham potencial transformador”,
comenta Ana Bonimani, coordenadora do Programa ReDes.
Ser inovador nunca esteve tão na moda!
inclusivosinclusivosinclusivosinclusivosinclusivosinclusivos
Inovação e negócios
Radar
ReDes: como desenvolver projetos que
ajudem a encontrar caminhos que favoreçam
o desenvolvimento de cada município?
A resposta, de acordo com André Melman,
está em “fazer juntos”. Para ele, este universo
que agrega experiências, vocações e a
criatividade de cada pessoa desta rede é
muito rico para o surgimento de novas ideias.
“Vejo um potencial enorme de o ReDes criar
novos modelos de desenvolvimento social.”
inovar é explorar novas ideias. É experimentar a novidade, as formas diferentes de exercer a técnica, de conceber projetos, de gerir produtos ou serviços. Para o Programa ReDes esse é o ponto de partida para a fase que se inicia.
Que tal estabelecer
novos olhares para a
realidade e, desta forma,
desenvolver projetos que realmente
provoquem transformações?
Este convite para inovar vale para todos
os envolvidos com o programa. Bons
exemplos não faltam. Pelas andanças nestes
25 municípios encontram-se relatos de
pessoas que transformaram dificuldades
em oportunidades. Relatos de ocupação de
espaços antes ociosos, de substituir com
uma boa ideia as formas antigas de gerar
trabalho e renda.
André Melman, empreendedor e consultor
de negócios, explica que inovação tem a ver
com criatividade. “Acho que inovar significa
pensar diferente. É se desvencilhar do vício
de fazer sempre da mesma forma e recriar
o jeito como transformamos o mundo.
Significa desenvolver novos paradigmas e
mecanismos criativos de transformação.”
É justamente aí que se apresenta o novo
desafio para a segunda etapa do Programa
Educação, cultura e desenvolvimento em terras mineirasO Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento - CPCD é uma organização não
governamental, sem fins lucrativos, fundada em 1984, com a missão de promover
a educação popular e o desenvolvimento comunitário a partir da cultura. Seu
idealizador, Tião Rocha – personagem da nossa seção Valores – acredita que
“educação é algo que só ocorre no plural” e que “desenvolvimento é geração de
oportunidades”. Para saber mais: www.cpcd.org.br
O valor da memória de um povoO Memorial Serra da Mesa é um
ponto importantíssimo de resgate
da cultura do cerrado. Toda a comunidade
da região de Serra da Mesa, e até
do Tocantins, colaborou com doações
para a montagem dos diversos espaços
temáticos do Memorial. Vale uma
navegada pelo site e, se possível,
uma visita ao belo espaço instalado em
Uruaçu (GO). Para saber mais:
www.memorialserradamesa.com.br
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O espaço do Jornal ReDes muitas vezes é pequeno para a riqueza de histórias que se tem para contar. Nesta edição do “Registros”, saiba mais sobre alguns dos assuntos abordados na publicação.
Visita escolar à sede do Memorial
III Encontro de Culturas do Memorial Serra da Mesa
Fabriqueta Serralheria
“Biscoito Escrivido”
Linhas de ação O Programa ReDes segue nesta
segunda fase com a construção de
projetos de geração de trabalho e
renda de acordo com as linhas de
ação priorizadas na primeira etapa.
Confira no site www.programaredes.
org.br uma série especial sobre os
agrupamentos setoriais definidos pelo
programa: abastecimento alimentar,
comércio e serviços, reciclagem,
economia criativa e turismo.
Simulação de luta indígena na III Semana de Folclore Serra da Mesa
Pescador fazendo uma rede de pesca, atividade associada à linha de ação chamada Abastecimento Alimentar.
saber maisPara
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