uma perspectiva histórica das políticas de enfrentamento ao fracasso escolar no brasil_afirse

7/18/2019 Uma Perspectiva Histórica Das Políticas de Enfrentamento Ao Fracasso Escolar No Brasil_afirse

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UMA PERSPECTIVA HISTÓRICADAS POLÍTICAS DE ENFRENTAMENTO

AO FRACASSO ESCOLAR NO BRASIL(1930-2013).

Francisco Antonio Machado AraujoMaria Dilma Andrade Vieira dos Santos



SEMINÁRIO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃOANO - 1930

ACESSO E PERMANÊNCIA X FRACASSO ESCOLAR.

Garantir apermanência e o

sucesso dosalunos que

ingressam na

escola, ainda é ogrande desafio aser enfrentadopelos gestores.

Há um conjuntode variáveis,

intra eextraescolares,que interferem

no processo deprodução do

fracasso escolar.

Um dos

principaisfatores de riscopara a

permanência naescola é o

fracasso escolar,

representadopela repetênciae abandono que

provocamelevadas taxasde distorção

idade-série.

EXPEDIENTE:REDAÇÃO: DILMA

ARTE GRÁFICA: FRANCISCOREPORTAGEM: ANA

Nº 01

HISTÓRIA EDUCAÇÃO

3,7 milhões de alunos entre 4 e 17 anos deidade estão fora da escola no Brasil e maisde 3 milhões nas séries iniciais do ensinofundamental encontram-se com idade

superior a recomendada para a série quefrequentam.



Constituição de 1934 - PlanoNacional de Educação -

gratuidade e obrigatoriedade

do ensino elementar.

ReformasEducacionais nosanos de 1930 a

40 – Leisorgânicas do

ensino.

MARCO NAS QUESTÕES EDUCACIONAISE RENOVAÇÃO DO SISTEMA DE ENSINO.

Constituição de1937 - Sistema

Público x Escolas

Profissionais.

HISTÓRIA & EDUCAÇÃODesde - 1930 Nº 80

MANIFESTO DOS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO NOVA1932



Com o processo de

crescimento daindústria nacional,

passa-se a exigir dapopulação uma maior

escolarização.

Estruturação doensino superior.

MUDANÇAS NOS

CONTEXTOS POLÍTICO,ECONÔMICO E SOCIAL.

Necessidade deplanejamento das

reformas educacionaisem âmbito nacional.

HISTÓRIA & EDUCAÇÃODesde 1930 Nº 80



Movimento pelaprofissionalização dos

educadores.

Combate ao analfabetismo.

MOVIMENTOS NA AREA DA EDUCAÇÃO

Extensão quantitativa e melhoria

qualitativa da escolaridade.


Uma maior difusão do ensinoelementar.



1934 - A educaçãoapresentava-se como um

instrumento deformação de mentes, depromoção da mobilidadesocial e de participação

política.

REFORMA FRANCISCO CAMPOS


1937 - nova constituição - politicaeducacional voltada para a nacionalização

do ensino e para a formação da eliteresponsável pela defesa e manutenção dosinteresses nacionais, caracterizando umaorientação de formação de mão-de-obraqualificada para atender ao processo de

desenvolvimento do capitalismo.



No período de 1942 a 1946-processo de expansão do ensino osecundário, o técnico-industrial, o

ensino comercial

REFORMA CAPANEMA


O fracasso escolar ganha maiores dimensões esegundo Patto (1999), as teorias para explica-

lo deixa de pautar-se nas questões raciais(biológicas) ou psicologizantes para dar ênfaseàs questões culturais, disseminando a ideia deque as crianças pobres não aprendiam porque omeio em que viviam era deficitário emestímulos, valores, hábitos, etc.



Reforma de 1961 - toma forma umasegunda iniciativa voltada para aconcretização do princípio de sertraçada uma política educacional deâmbito nacional: a LDBEN

Lei de Diretrizes e Basesda Educação Nacional 4024/ 61.


No governo Café Filho, com a autonomiadada a saúde, o Ministério dos Negócios

da Educação desvincula-se e passa achamar-se Ministério da Educação – MEC.Em 1955, instala-se um programa deincentivo a permanência nas escolas aCampanha da Merenda Escolar.



História Educação

AS POLÍTICAS E A CRISE EDUCACIONAL DO PERÍODO MILITAR. - DESDE 1930.

• A substituição da cátedra pelo departamento para adequar a universidade ao modeloempresarial;

• A universidade foi organizada em institutos, faculdades e escolas, cujo objetivo eradificultar a integração entre os alunos;

• Os currículos foram flexibilizados, os cursos parcelados, períodos semestrais e a

implantação do sistema de créditos;• Os exames de vestibulares foram unificados e a eliminação da nota mínima.

A REFORMA UNIVERSITÁRIA ( LEI 5.540/68)





AS REFORMAS DO ENSINO SUPERIOR

Anos População

1964 142.388

1966 180.109

1968 278.295

1970 425.478

1972 688.382

Anos População

1974 897.200

1976

1.035.000

1978 1.225.557

1980

1.377.286

1985 1.514.341

Tabela 1: Evolução das matrículas do ensino superior.Fonte – IBGE (Dados de 1960 à 1989)





O COMBATE AO ANALFABETISMO NO BRASIL E O MOVIMENTO

BRASILEIRO DE ALFABETIZAÇÃO MOBRAL.

Tabela 2: Taxas de analfabetismo no Brasil. Fonte – IBGE (Dados de 1960 a 1980)

Anos População de 15anos ou mais.

Analfabetos de 15anos ou mais.

Taxas deanalfabetismo.

1960 40.187.590 15.815.903 39.35

1970 54.336.606 17.936.887 33.011980 74.600.285 19.356.092 25.94





A CRISE E AS POLÍTICAS DE GOVERNO QUE

ANTECEDERAM AS REFORMAS EDUCACIONAIS DO 1º

E 2º GRAUS

Priorizando uma política de

contenção de gastos, tendo emvista que poderia comprometeras finanças do país, a expansãodo ensino se deu de formavagarosa.





A LEI 5.692/71

Durante o Governo Médici em 1971, período mais violento da ditadura, foi realizada uma reforma no1º e 2º grau pela Lei 5.692/71. Esta lei reestruturou o ensino e ampliou a obrigatoriedade escolarpara 8 anos. O primário e o ginásio foram aglutinados e os exames de admissão foram extintos.Criou-se um ensino médio profissionalizante que buscava atender aos anseios da camada empresariale o ensino supletivo. Esta reforma também aumentou o número de matérias obrigatórias e reduziu aliberdade dos sistemas estaduais de educação.





Tabela 4: Evolução das matrículas do ensino de 2º Grau. Fonte – IBGE (Dados de 1985)

Grau Série Geração 1967-1978 Geração 1978-1989 Ano Alunos % Ano Alunos %

1º

1º 1967 5.408.429 100 1978 6.502.323 100

2º 1968 2.456.733 45.4 1979 3.597.460 55.3

3º 1969 1.984.679 36.7 1980 3.005.227 46.2

4º 1970 1.590.311 29.4 1981 2.417.984 37.2

5º 1971 1.771.510 32.8 1982 2.503.902 38.5

6º 1972 1.152.601 21.3 1983 1.886.347 29.0

7º 1973 954.529 17.6 1984 1.510.988 23.2

8º 1974 868.002 16.0 1985 1.190.912 18.3

2º1º 1975 885.349 16.4 1986 1.388.911 21.4

2º 1976 687.226 12.7 1987 973.458 15.0

3º 1977 571.746 10.6 1988 767.983 11.8

3º 1º 1978 401.977 7.4 1989 382.221 5.9



REDEMOCRATIZAÇÃO DO ENSINO NO BRASIL: AVANÇOS E RETROCESSOS

•Enfraquecimento do governoditatorial;

• A classe política e as organizaçõesdos estudantes retornam de maneiramais incisiva;

•Universalização do ensino público;

•Constituição Federal de 1988.

HISTÓRIA & EDUCAÇÃOwww.historia educacao.com SEMINÁRIO DO GRUPO : POLÍTICAS DE ACESSO E PERMANÊNCIA. - Desde 1930

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HISTÓRIA & EDUCAÇÃO

A NOVA LDB

O primeiro

projeto da novaLei fora

apresentado àCâmara dos

Deputados, emdezembro de

1988.

Organizaçãodo ensino em

níveis e

modalidades.

Desde 1930




ANOS 90

Desregulamentação,descentralização e

flexibilização do

ensino.

POLÍTICA LIBERAL

Desde 1930




Altos índices deevasão e

repetência.

Criação de um novo fundoque atendesse as

demandas educacionais.

Desde 1930

Desenvolvimento de umaeducação pública e de

qualidade.



As discussões em torno das políticas educacionais no Brasil.

www.historia&educacao.com Desde 1930.

HISTÓRIA&




REFERÊNCIAS:

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1996.

FREITAG, Bárbara. Escola, Estado e sociedade, São Paulo: Editora Moraes, 1986.

FORGIARINI, Solange A. B.; SILVA, João C. da. Escola pública: fracasso escolar numa perspectiva histórica. 2007.

NASCIMENTO E SILVA, L. G. Fundamentos para uma política educacional brasileira. In: IPES. A educação que nos convém. Rio deJaneiro: Apec, 1969.

PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa doPsicólogo,1999.

ROMANELLI, Otaíza de O. História da educação no Brasil. 34 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.

SAVIANI, Dermeval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 3ª ed. Campinas, Autores Associados, 2010.

SCHULTZ, T.W. O capital humano: investimento em educação e pesquisa. Trad. de Marco Aurélio de Moura Matos. Rio de Janeiro:Zahar, 1973.

TEIXEIRA, Wagner da Silva. Educação em Tempos de Luta: História dos Movimentos de Educação e Cultura Popular (1958-1964). Tese de Doutorado em História Social. Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, 2008.

Desde 1930

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