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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso Ciências Contábeis Danilo Manoel de Souza Oliveira João Paulo Morales Parra Luiz Reinaldo Cardoso Galiardi Vinicius Adriano Marques UM ESTUDO SOBRE METODOLOGIA DE ESTRUTURAÇÃO DO ATIVO EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE Vanda Roupas e Acessórios Promissão – SP LINS – SP 2018

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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso Ciências Contábeis

Danilo Manoel de Souza Oliveira

João Paulo Morales Parra

Luiz Reinaldo Cardoso Galiardi

Vinicius Adriano Marques

UM ESTUDO SOBRE METODOLOGIA DE

ESTRUTURAÇÃO DO ATIVO EM UMA EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Vanda Roupas e Acessórios

Promissão – SP

LINS – SP

2018

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DANILO MANOEL DE SOUZA OLIVEIRA

JOÃO PAULO MORALES PARRA

LUIZ REINALDO CARDOSO GALIARDI

VINICIUS ADRIANO MARQUES

UM ESTUDO SOBRE METODOLOGIA DE ESTRUTURAÇÃO DO ATIVO EM UMA

EMPRESA DE PEQUENO PORTE

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Ciências Contábeis, sob a orientação do Prof. Dr. André Ricardo Ponce dos Santos e orientação técnica da Profª Esp. Érica Cristiane dos Santos Campaner.

LINS – SP

2018

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Oliveira, Danilo Manoel de Souza; Parra, João Paulo Morales; Galiardi, Luiz Reinaldo Cardoso; Marques, Vinícius Adriano.

Um estudo sobre a metodologia de estruturação do ativo em uma empresa de pequeno porte: Vanda Roupas & Acessórios/ Danilo Manoel de Souza Oliveira; João Paulo Morales Parra; Luiz Reinaldo Cardoso Galiardi; Vinícius Adriano Marques. – – Lins, 2018.

54p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UniSALESIANO, Lins-SP, para graduação em Ciências Contábeis, 2018.

Orientadores: André Ricardo Ponce dos Santos; Érica Cristiane dos Santos Campaner

1. Estruturação do ativo. 2. Controladoria. 3. Gerenciamento. I Título.

CDU 657

O46e

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus por nos conceder a oportunidade de concluir este

curso de ensino superior.

Ao nosso orientador, Prof. Dr. André, pela paciência, ensinamentos,

dedicação e incentivos.

Ao Sr. Claudio e Srª Vanda, proprietários da empresa Vanda Roupas e

Acessórios, por abrir as portas de sua empresa e nos deixar realizar este trabalho.

À Profª Érica, pela paciência e ensinamentos.

À Instituição UniSALESIANO e todo o corpo docente do curso de Ciências

Contábeis pela dedicação de sempre, e todos os colegas que nos acompanharam

nessa caminhada e aos amigos que fizemos para toda a vida.

Agradecemos também aos nossos familiares, por sempre nos apoiar e

incentivar, sem eles isso não seria possível.

Danilo, João Paulo, Luiz Reinaldo e Vinícius.

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RESUMO

Esta pesquisa tem por objetivo justificar a necessidade da estruturação do ativo em empresas de pequeno porte. Foram conceituadas neste trabalho a importância da controladoria para gerenciamento da empresa, as etapas para a determinação da estrutura do ativo, estruturas de custos e alavancagem operacional. Demonstrou-se através da pesquisa qual o melhor caminho que o proprietário da empresa estudada deve seguir, assim conseguindo aumentar seus lucros e sua rentabilidade. A contribuição desta ferramenta de estruração de ativo ultrapassa as percepções de mera compra e venda de produtos. Foi feita uma comparação de qual atividade seria mais lucrativa para a empresa, entre fabricar seus próprios produtos, ou compra-los para revenda, tudo isto de forma organizada e estruturada. Esta pesquisa científica foi elaborada sob a forma de revisão bibliográfica, documental e estudo de caso. Palavras-chave: Estruturação do ativo. Controladoria. Gerenciamento.

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ABSTRACT

This research has the objective justify the need to structuring the asset in

small companies. The importance of controlling for company management, the steps for the determination of asset structure, cost structures and operational boosts were concepted in this work. It was demonstrated through research which the best way that the owner of the studied company must follow, so managing to increase your profits and your profitability. The contribution of this profit structuring instrument exceed the perceptions of mere purchase and sale of products. A comparison was made of which activity would be most profitable for the company, between manufacturing their own products, or buying them for resale, all in an organized and structured way. This scientific research was elaborated under bibliographic, documentary and case study. Keywords: Asset structuring. Controllership. Management.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Foto da Fachada ....................................................................................... 13

Figura 2 - Estrutura organizacional Vanda Roupas e Acessórios ............................. 14

Figura 3 - Logo da empresa Trotter ........................................................................... 15

Figura 4 - Logo da empresa Armazém Moda Feminina ............................................ 16

Figura 5 - Logo da empresa Lupo ............................................................................. 16

Figura 6 - Logo da empresa Lemier .......................................................................... 17

Figura 7 - Modelo de decisão para determinação da estrutura do ativo .................... 27

Figura 8 - Total de gastos fixos e variáveis ............................................................... 32

Figura 9 - Apropriação de custos no produto. ........................................................... 32

LISTA DE QUADROS

Quadro 1 - Estrutura de Custos ................................................................................. 36

Quadro 2 - Demonstração dos Resultados ............................................................... 37

Quadro 3 - Estrutura de Gastos ................................................................................ 38

Quadro 4 - Opção 1 ................................................................................................... 39

Quadro 5 - Opção 2 ................................................................................................... 39

Quadro 6 - Fórmula do Retorno sobre o Ativo........................................................... 40

Quadro 7 - Resultado do Retorno sobre o Ativo........................................................ 40

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SUMÁRIO INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 9

CAPÍTULO I - VANDA ROUPAS E ACESSÓRIOS .................................................. 11

1 FUNDAÇÃO DA EMPRESA .......................................................................... 11

1.1 Evolução histórica ........................................................................................... 11

1.2 Missão ............................................................................................................ 12

1.3 Visão ............................................................................................................... 12

1.4 Valores ............................................................................................................ 12

1.5 Estrutura física ................................................................................................ 13

1.6 Estrutura organizacional ................................................................................. 13

1.7 Carteira de clientes ......................................................................................... 14

1.8 Fornecedores .................................................................................................. 15

1.9 Concorrentes .................................................................................................. 17

1.10 Contabilidade .................................................................................................. 18

CAPÍTULO II - A UTILIZAÇÃO DA DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO ATIVO PELA CONTROLADORIA ............................................................................ 19

1 CONTROLADORIA COMO UNIDADE ADMINISTRATIVA ........................... 19

1.1 Missão da controladoria .................................................................................. 19

1.2 Teoria da informação, mensuração e decisão ................................................ 20

1.2.1 Teoria da informação ...................................................................................... 20

1.2.2 Teoria da mensuração .................................................................................... 21

1.2.3 Teoria da decisão ........................................................................................... 22

1.3.1 Conceito e classificação de investimentos ...................................................... 24

1.3.2 Investimentos e atividades .............................................................................. 24

1.3.3 Ativos fixos e capital de giro ........................................................................... 25

1.3.4 Tipos de investimentos ................................................................................... 25

2 DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO ATIVO ........................................... 26

2.1 Modelo de decisão para definição da estrutura do ativo ................................. 26

2.2 Etapas para a estruturação do ativo ............................................................... 28

2.2.1 Etapa 1 – definição do negócio da empresa ................................................... 28

2.2.2 Etapa 2 – definição dos produtos da empresa ................................................ 28

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2.2.3 Etapa 3 – definição dos processos ................................................................. 29

2.2.4 Etapa 4 – definição das tecnologias essenciais .............................................. 29

2.2.5 Etapa 5 – detalhamento das tecnologias essenciais ...................................... 30

2.3 Estrutura do ativo, estrutura de custos e alavancagem operacional ............... 31

CAPÍTULO III - PESQUISA DE CAMPO .................................................................. 34

1 METODOLOGIA E ESTRUTURA DO ESTUDO ............................................ 34

1.1 Metodologia utilizada na pesquisa .................................................................. 34

1.2 Métodos utilizados .......................................................................................... 35

2 MODELO DE ANÁLISE SEGUNDO A ESTRUTURAÇÃO DO ATIVO ......... 35

2.1 Alavancagem operacional ............................................................................... 38

2.2 Parecer final .................................................................................................... 41

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO ............................................................................. 42

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 43

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 44

APÊNDICES ............................................................................................................. 47

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INTRODUÇÃO

As empresas que buscam se consolidar no mercado obtendo eficiência

sobre suas atividades necessitam de um bom planejamento e de uma estrutura

organizacional bem elaborada para sua sobrevivência. Neste caso, a controladoria

auxilia a empresa a garantir a fidelidade das informações, assim, gerando valor

para a empresa e atraindo futuros acionistas e investidores.

Hoje, a controladoria está diretamente associada à capacidade da alta

administração da empresa de integrar as áreas e seus gestores em torno dos seus

objetivos, monitorando e acompanhando a execução de suas operações buscando

os resultados esperados.

Segundo Catelli (2001), a controladoria é a única área com uma visão

ampla e possuidora de instrumentos adequados à promoção da otimização do

todo, a responsabilidade pelo cumprimento de uma missão muito especial, e

ainda, assegurar a otimização do resultado econômico da organização.

Anualmente surgem milhares de novas empresas no Brasil, estimuladas

pela descoberta de novas demandas e pelo espírito empreendedor dos brasileiros.

Neste contexto, segundo o Sebrae (2016), mais de 90% do total das empresas

ativas no país correspondem a micro e pequenas empresas, o que gera uma

grande importância para o país, visto que grande maioria da geração de riqueza

são advindos destas organizações.

Baseando-se nestes dados e aprofundando as pesquisas, descobre-se que

este grupo de empresas possuem dificuldades quanto a sua consolidação e

manutenção no mercado, e fecham as portas em sua maioria antes mesmo de

completarem o segundo ano de vida, devido à ausência de informações, decisões

tomadas de forma subjetiva gerando falhas gerenciais, e consequentemente o seu

fechamento.

A maioria das empresas que fecham antes do segundo ano de atividades,

tem como uma das principais causas é a falta de planejamento e a falta de

estruturação adequada do seu ativo, para assim conseguir um melhor

aproveitamento em seus investimentos, utilizando seus valores para o menor

gasto com seus ativos fixos, e tendo um valor ideal para seu capital de giro.

Para que os objetivos do trabalho fossem alcançados foram utilizados a

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estruturação do ativo na empresa Vanda Roupas e Acessórios, no período de

janeiro a agosto de 2018, que teve o objetivo de proporcionar para seus

proprietários, qual a melhor opção no cenário atual: fabricar suas camisetas ou

terceirizar a operação.

Os métodos de pesquisa utilizados foram: Método Histórico, onde é relatado

o surgimento e evolução da empresa, o Método de Observação Sistemática

utilizado para compreender determinada atividade ou tarefa, observando as etapas

do processo, as ferramentas utilizadas, as dificuldades que aparecem, e os

resultados do trabalho, assim como, o Método de Estudo de Caso, no qual foi

revisado através de relatos feitos pelos proprietários da empresa. As técnicas

aplicadas foram: Roteiro de Estudo de Caso (APÊNDICE A); Roteiro de

Observação Sistemática (APÊNDICE B); Roteiro Histórico da Empresa

(APÊNDICE C); Roteiro de Entrevista para o Proprietário da Empresa (APÊNDICE

D).

Diante do exposto, elaborou a seguinte questão: Em situações de decisões

operacionais, a metodologia de estruturação do ativo contribuirá para uma

adequada gestão patrimonial?

A partir deste questionamento surgiu a seguinte hipótese: realizar uma

reestruturação do ativo na empresa com o objetivo de melhorar seu investimento,

e fazendo com que toda a operação seja gerenciada de maneira mais eficaz e

eficiente.

O processo do trabalho é constituído por três capítulos: o Capítulo l

descreve sobre sua evolução histórica, os produtos que por ela são vendidos,

assim como seus fornecedores e clientes.

Já no Capítulo ll, é apresentado o embasamento teórico sobre os assuntos

que foram abordados no trabalho, em especial o Modelo de Estruturação do Ativo.

No Capítulo lll é descrita a metodologia utilizada para a construção de

planilhas que permitirão uma análise mais específica sobre os assuntos que é o

objeto de pesquisa, com a exposição dos elementos de gastos, comparando os

cenários de fabricação versus terceirização.

Por fim, será apresentada a proposta de intervenção e a conclusão, que se

obteve com o encerramento da presente pesquisa.

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CAPÍTULO I

VANDA ROUPAS E ACESSÓRIOS

1 FUNDAÇÃO DA EMPRESA

A empresa, objeto de pesquisa deste trabalho, foi fundada no dia 7 de janeiro

de 2016 pelo Sr. Cláudio Aparecido de Sousa, na cidade de Promissão-SP e,

atualmente, explora o comércio varejista de roupas e acessórios.

1.1 Evolução histórica

A Vanda Roupas e Acessórios surgiu a partir da ideia do Sr. Cláudio e da Sra.

Vanda, que além de sócios proprietários são casados, assim, unidos com a

sociedade empresarial desde 2016.

No início, os proprietários não tinham capital social com valor suficiente para

comprar ou alugar um imóvel para a instalação da empresa, a solução foi partir para

venda ambulante. O Sr. Cláudio regularizou suas atividades como ambulante e

começou a atuar com o comércio varejista de roupas e acessórios na cidade de

Promissão. As mercadorias eram adquirias de São Paulo e trazidas para serem

comercializadas em Promissão e região.

Os proprietários eram responsáveis pela operação da empresa e a gestão

ficava sob a responsabilidade do filho do casal Alan. Com o passar do tempo, após a

realização de algumas análises juntamente com seu filho, decidiram não atuar mais

com o comércio ambulante, visto que os gastos com locomoção estavam elevados e

não havia um retorno proporcional aos gastos que eram gerados.

Atualmente, o empreendimento conta com uma infraestrutura adequada ao

seu porte e atende a cidade de Promissão e sua região. O público-alvo é a família,

para as quais seus produtos são voltados. A empresa comercializa roupas e

acessórios para todos os membros da família, desde os recém-nascidos até os

idosos.

A empresa, desde o início de suas atividades, apresenta-se em crescimento e

aproveitando o bom momento, o Sr. Cláudio está com um novo projeto que é o de se

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instalar no centro de Promissão, assim, garantindo maior comodidade ao seu público

e consequentemente ampliando sua carteira de clientes.

1.2 Missão

A missão de uma empresa explica a finalidade de sua existência, o motivo

pela qual foi criada.

Segundo Padoveze (2012), a declaração de missão da empresa visa

comunicar interna e externamente o propósito da organização e do seu negócio. Ela

deve ser breve e reunir em poucas palavras as atividades da empresa, os mercados

que quer atingir, os produtos e serviços que quer fornecer à comunidade, sua

diferenciação e o seu papel em relação a seus concorrentes e às principais

conquistas que a empresa quer atingir.

Diante do exposto, a missão da empresa é: “Oferecer roupas e acessórios

para as famílias que proporcione conforto e bem estar sem abrir mão da qualidade”.

1.3 Visão

A visão pode ser definida como a direção desejada, o caminho que se

pretende percorrer, uma proposta do que a empresa deseja ser a médio e longo

prazo.

Para Padoveze (2012), a declaração de visão é um conjunto preciso e bem

elaborado de palavras que anunciam para onde a empresa está caminhando, em

outras palavras, é o delineamento de um cenário do que ela deseja ser ou aonde

quer chegar.

No caso da empresa estudada, sua visão é: “Ser uma marca reconhecida no

segmento de vestuário familiar como uma empresa que oferece produtos inovadores

e de qualidade a seus clientes.”

1.4 Valores

Os valores podem ser definidos como os princípios que guiam a organização,

com o objetivo de atender as necessidades de todos aqueles a sua volta.

Na percepção de Padoveze (2012), a definição dos valores em uma empresa

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é um conjunto de crenças e princípios que orientam suas atividades e operações,

independente do seu porte.

Os valores empregados na empresa são a ”qualidade, preço justo, humildade

e transparência na relação com clientes e colaboradores”.

1.5 Estrutura física

A empresa possui um imóvel na Rua José Palácio Gimenes, n° 151, Jardim

Alvorada, na cidade de Promissão, no Estado de São Paulo, com aproximadamente

25 m² (vinte e cinco metros quadrados).

Funciona no horário comercial de segunda-feira a sábado, mas, também tem

a flexibilidade de agendar horários para melhor atender seus clientes.

Figura 1 - Foto da Fachada

Fonte: Vanda Roupas e Acessórios, 2018.

1.6 Estrutura organizacional

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A Vanda Roupas e Acessórios é uma empresa familiar que atua desde 2016

no comércio varejista de roupas e acessórios oferecendo produtos para diversas

famílias.

Sua estrutura organizacional é formada por profissionais da área

administrativa, que possuem amplo conhecimento no comércio varejista, a empresa

está organizada da seguinte forma:

O sócio fundador Cláudio é auxiliado na função pela também sócia fundadora

Vanda.

Também o sócio Alan, filho do casal, que gerencia todas as atividades da

empresa e supervisiona o serviço terceirizado de contabilidade e o serviço dos

colaboradores.

A empresa possui também duas vendedoras, a Aline e a Vilma que estão

diretamente relacionadas às atividades cotidianas da empresa.

Figura 2 – Estrutura organizacional Vanda Roupas e Acessórios

Fonte: Vanda Roupas e Acessórios, 2018.

1.7 Carteira de clientes

A empresa atua com foco num nicho de mercado claramente definido, que

são as famílias. Atualmente, 60% (sessenta por cento) dos seus clientes são

mulheres, porém planeja-se expandir sua clientela realocando a loja para o centro

Sócio Fundador Claudio

Sócia Fundadora Vanda Sócio

Alan

Terceirizado Contabilidade - Pierini

Colaboradoras Vilma e Aline

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da cidade.

Portanto, com o projeto de expansão da loja, estima-se que sua carteira de

clientes aumente e irá atingir mais o público-alvo objetivo que são as famílias, assim,

igualando a porcentagem de vendas de mulheres, homens e crianças.

1.8 Fornecedores

Atualmente, diante do mercado muito dinâmico e imprevisível, o papel dos

fornecedores é muito importante para as empresas, pois impacta diretamente a

produção, a qualidade, a quantidade e o preço do produto. Por isso, é indispensável

um bom gerenciamento e relacionamento com a cadeia de fornecedores para

manter vantagem competitiva no mercado.

Figura 3 – Logo da empresa Trotter

Fonte: Trotter Always, 2018.

Criada em 1998, para o segmento de moda masculina, a marca produz os

seus produtos com o máximo de qualidade, conforto e acabamento diferenciado.

Sendo reconhecida pelo consumidor por ter ideias próprias e definir um estilo versátil

e elegante.

Entre roupas e acessórios, a Trotter surpreende a cada coleção, trazendo um

mix de tendências mundiais a um estilo único. O estilo TROTTER.

Com atuação em mais de mil lojas multimarcas em todo o Brasil, a marca

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busca conquistar cada vez mais um público exigente e determinado.

Figura 4 - Logo da empresa Armazém Moda Feminina

Fonte: Armazém Moda Feminina, 2018.

Armazém ganhou vida em 2000, idealizada na faculdade pelo trio de irmãos

Matarazzo, e já nasceu cheia de ideias. Com o objetivo de transmitir para o mercado

de moda toda a sua energia, e criatividade, os jovens irmãos Bruna, Sandro e Piero,

empenharam-se para criar uma moda com design e tecnologia.

A grife é vista nos looks das celebridades e blogueiras mais incríveis, sempre

criando peças hits em cada temporada de moda, que se torna o maior desejo de

clientes em todo o país. Armazém faz campanhas com celebridades e top models de

grande repercussão e influência. Estão presentes nas revistas e blogs mais

bacanas, com campanhas e com editoriais.

Às vésperas de completar 18 anos de sucesso, a Armazém comemora os

bons resultados com loja própria e mais de 800 pontos de venda em lojas

multimarcas em todo o Brasil.

Figura 5 - Logo da empresa Lupo

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Fonte: Lupo, 2018.

A empresa foi fundada em 1921, por Henrique Lupo, com o nome fantasia de

Meias Araraquara. A mudança da razão social para Meias Lupo S.A., ocorreu

em 1937.

Em 1947, a empresa já era o maior fabricante de meias masculinas do Brasil

e, em 1960, foram adquiridas as primeiras máquinas para a fabricação de meias

femininas.

Em 1987, a empresa passou a chamar-se Lupo S.A., e neste mesmo ano, a

Lupo recebeu as primeiras amostras do nylon, o fio sintético que viria a revolucionar

o mercado de meias no mundo todo. A partir da década de 1990, a Lupo ampliou

sua linha de produtos, passando a fabricar cuecas.

Foi escolhida como uma das 100 melhores empresas para se trabalhar no

ano 2000. Em 2005, foi eleita pela revista ISTO É Dinheiro como a melhor empresa

do setor têxtil no ranking ‘As Melhores do Dinheiro’ do Brasil. Em 2011, abriu sua loja

virtual.

Figura 6 – Logo da empresa Lemier

Fonte: Lemier Jeans, 2018.

Em 1973, surgia a Lemier. Com mais de 30 anos de muito trabalho, tornou-se

uma das marcas mais conhecidas com excelência na qualidade de seus produtos. A

Lemier lança semestralmente novas coleções, com cortes e lavagens diferenciadas

agradando desde o consumidor tradicional até o público mais exigente no mercado

brasileiro de jeanswear.

1.9 Concorrentes

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O mercado atualmente exige muito das empresas, considerando que a cada

dia várias empresas iniciam suas atividades, a quantidade de concorrentes aumenta

cada vez mais e o que irá diferenciar é a qualidade dos produtos e serviços

oferecidos.

Em relação aos seus clientes, a Vanda Roupas e Acessórios sai um pouco

atrás, pois todos os seus principais concorrentes estão localizados no centro da

cidade, portanto fica mais fácil o acesso para os clientes.

Uns dos seus principais concorrentes são: Milena Magazine, Comércio

Roupas Cainelli, Visual Modas, A Barateira Confecções, Vivi Modas, Casagrande

Modas e Planeta Jeans.

1.10 Contabilidade

A contabilidade da empresa é realizada por um escritório contábil terceirizado

que fica na cidade de Promissão, no estado de São Paulo, que, além de ser

responsável por declarar todas as demonstrações contábeis ao fisco, também auxilia

os sócios nas tomadas de decisões.

O escritório todo mês fornece a documentação referente à folha de

pagamento dos empregados, entre elas o INSS, FGTS, IRRF, holerites entre outros,

que são enviados à empresa junto com guias referentes aos tributos incidentes

sobre suas atividades.

Contudo, o relacionamento entre o contador e os sócios é o melhor possível e

ambos caminham juntos, para que a empresa esteja regular perante suas

obrigações e, o mais importante, que continue crescendo e alcançando o sucesso

desejado.

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CAPÍTULO II

A UTILIZAÇÃO DA DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO ATIVO PELA CONTROLADORIA

Atualmente, as empresas procuram por uma solução no que diz respeito ao

controle de suas operações. Dentre vários modelos de gestão que estão disponíveis

na literatura sobre o assunto, todos podem ser integrados a controladoria. Nos

próximos tópicos são apresentados os fundamentos, missão, teorias, finalizando

com a apresentação da Estrutura do Ativo, ferramenta que será aplicada no Capítulo

lll deste trabalho.

1 CONTROLADORIA COMO UNIDADE ADMINISTRATIVA

A controladoria é um departamento que chegou ao Brasil na década de 70 por

meio das grandes empresas que lhe adotaram como uma ferramenta de suma

importância na sua gestão. Ela tem acesso a praticamente todas as áreas da

empresa, auxiliando toda a tomada de decisão para que não ocorram erros, e se

houver é ela quem vai buscar informações para que sejam corrigidas e orienta o

setor remanejado para que não se repita.

Para que a Controladoria seja executada de maneira adequada, é preciso que

seja gerenciada por um profissional com vasto conhecimento e experiência em

fatores importantes que possam influenciar a empresa no dia a dia, na maioria dos

casos esse profissional é denominado controller, ou seja, controlador.

O fato é que se trata de um profissional que, além de processar uma considerável quantidade de informações sobre o desempenho das diversas áreas da organização, tem por incumbência maior a análise, diagnóstico e proposição de medidas corretivas, com vistas ao cumprimento dos objetivos e metas traçados para a organização como um todo. (MORANTE; JORGE, 2008, p. 1).

1.1 Missão da controladoria

A controladoria tem como missão buscar sempre o melhor desempenho da

empresa, ela utiliza o sistema de informação para que suas operações possam ser

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controladas, garantindo assim que o controller tenha em mãos todas as ferramentas

necessárias para o desenvolvimento de sua tarefa.

Segundo Catelli (2001), a missão da Controladoria é a gestão das atividades

empresariais e deve ser conduzida sob uma perspectiva sistêmica, visto que a

maximização isolada dos resultados das partes não conduz necessariamente à

otimização do todo.

Neste contexto, cabe a Controladoria, por ser a única área com uma visão

ampla e possuidora de instrumentos adequados, a promoção da otimização do todo,

a responsabilidade pelo cumprimento de uma missão muito especial, sendo assim a

missão da controladoria será: assegurar a otimização do resultado econômico da

organização.

Analisando de um modo mais amplo, a controladoria é a área da empresa em

que é subsidiada por informações de todos os setores, pois ela necessita dessas

informações para saber se as operações realizadas pela empresa estão fluindo

como planejado. Por meio das informações geradas é possível identificar se algo

está fora do padrão planejado, com vistas a permitir sua correção e propor

adequações para evitar que ocorra novamente.

Catelli (2001) completa que a Controladoria quando vista como unidade

administrativa é responsável pela coordenação e disseminação desta tecnologia de

gestão, quanto ao conjunto teoria, conceitos, sistemas de informações e como órgão

aglutinador e direcionador de esforços dos demais gestores que conduzam a

otimização do resultado global da organização.

1.2 Teoria da informação, mensuração e decisão

A controladoria está alicerçada em três teorias fundamentais para sua

operacionalização. Nos tópicos seguintes será apresentada a essência de cada

teoria que tem como objetivo, arquitetar adequadamente a estrutura das

informações que subsidiarão os gestores em processos de decisões.

1.2.1 Teoria da informação

Essa teoria trata em uma de suas abordagens, o armazenamento e a

manipulação das informações. São essas informações que direcionarão se os

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setores estão cumprindo com que foi pré-estabelecido, de modo que o “todo” atinja

seu objetivo com eficiência e eficácia.

Para Damasco (2008), a empresa utiliza os recursos de pessoas, hardware,

software, dados e redes para executar atividades de entrada, processamento, saída,

armazenamento e controle que convertem dados em informação.

Segundo Audy, Andrade e Cidral (2005), o conceito de conhecimento implica

estar ciente e ter o entendimento de um conjunto de informações e como essas

informações podem ser úteis para suportar determinado processo ou tarefa,

envolvendo uma combinação de instintos, ideias, informações, regras e

procedimentos que guiam ações e decisões.

Um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como um conjunto

de componentes inter-relacionados que coletam, processam, armazena e distribui

informações destinadas a apoiar a tomada de decisões, a coordenação e o controle

de uma organização. (LAUDON e LAUDON, 2007).

Na ótica de Wakulicz (2016), o desenvolvimento de novas tecnologias da

informação tem provocado grande impacto na sociedade em que se vive, pois

atualmente, pode-se afirmar que as novas tecnologias da informação estão

presentes em todos os tipos de empreendimentos independente de seu tamanho, e

que sem elas é quase impossível administrar uma empresa de forma competitiva no

mercado. Portanto, no mundo dos negócios, a informação constitui-se num elemento

essencial e indispensável para a sua existência.

Com base nesses conceitos, pode-se afirmar que o sistema de informação é

algo que pode ser utilizado em pequena escala como uma agenda que anota e

controla as informações do dia a dia, como até mesmo um sistema que recebe,

processa e armazena todas as informações de uma multinacional, sendo esse um

sistema de grande proporção, formado por vários equipamentos e por uma equipe

treinada para as funcionalidades desse setor.

1.2.2 Teoria da mensuração

Para Padoveze (2012), a mensuração tem como sinônimos alguns itens que

tornam mais fácil a sua compreensão, são eles: medição, determinação, estimação,

aferição, entre outras. Diante disso, pode-se afirmar que a mensuração nada mais é

do que a determinação de valores a certas grandezas, sendo utilizada em várias

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áreas como Administração, Contabilidade e Medicina.

Para Hille (1997 apud Martins, Araújo e Niyama, 2011), o objetivo dessa

teoria é permitir o entendimento e a reprodução das características da mensuração,

tornando claras as bases e os conteúdos atinentes ao processo de mensuração, de

modo a propiciar a tomada de decisões seguras. Assim, segundo Willett (1987 apud

Martins, Araújo e Niyama, 2011), a teoria da mensuração pode ser dividida em duas

categorias: fundamental e derivada.

Nesse contexto, Mosimann e Fisch (1999) conceituam o modelo de

mensuração como o instrumento utilizado pelo sistema de informações para

determinar como os dados serão medidos de modo a gerar informações úteis à

organização. Ainda segundo os autores, a importância da mensuração reside na

atribuição de valores numéricos a objetos ou eventos de caráter econômico, como

base para tomada de decisões. Segundo eles, o modelo de mensuração deve

abranger as seguintes decisões:

a) quais eventos ou objetos devem ser medidos para refletir os objetivos dos

tomadores de decisão;

b) qual a unidade de mensuração a ser usada, uma vez que não há

constância na dimensão da unidade de medida, isto é, da unidade

monetária, em regimes inflacionários; e.

c) quais os padrões ou escalas a serem utilizados na mensuração, ou seja,

embora a unidade monetária venha sendo utilizada amplamente na

avaliação dos eventos econômicos, atribuindo significado comum aos

diversos itens das mais variadas naturezas, certas características

humanas, como a moral, a lealdade, a habilidade, ainda não podem ser

adequadamente mensuradas pelo sistema.

1.2.3 Teoria da decisão

A teoria da decisão trata das maneiras corretas de se tomar decisões, o que

deve ser analisado para que a decisão seja corretamente aplicada, e caso erre quais

as consequências desse erro e como corrigi-lo.

Segundo Santos (2011), a teoria da decisão deve, fundamentalmente,

preocupar-se com a questão de solucionar problemas e suas subsequentes

necessidades de tomadas de decisões, as quais envolvem informações para

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previsões e uma metodologia científica para elaborar tais previsões.

Segundo o autor, na teoria da decisão encontram-se os instrumentos

desenvolvidos para o processo de tomada de decisão, que deve atender as mais

variadas necessidades gerenciais, que é denominada como modelos de decisão.

Assim, os modelos de decisão devem atender as necessidades gerenciais sobre

todos os eventos econômicos, subsidiando todos os níveis hierárquicos da

organização.

Por meio da construção de modelos de decisão, é possível delinear decisões

de nível operacional e estratégico sendo este último, mais genérico devido a sua

abrangência. Neste entendimento, Guerreiro (1995) destaca que o modelo de

decisão deve ser específico para cada natureza de evento e deve corresponder ao

processo decisório lógico utilizado pelo gestor, o qual norteia a escolha de

alternativas.

Já Martin (1980), define o modelo de decisão como a escolha de uma ação

(ou um curso de ações) em um determinado ponto de tempo. Segundo ele, os

elementos de uma decisão são:

a) tomador de decisões;

b) objetivos;

c) sistema de valor;

d) estratégias;

e) estados ambientais;

f) resultados ou consequências; e.

g) o ponto do tempo onde à decisão foi tomada.

Embora o método seja racional, criterioso, prescritivo, detalhado, deve ser

seguida para evitar improvisações, extrapolações, tendências, casuísmos que

redundem em escolhas equivocadas causando prejuízo pessoal ou organizacional.

1.3 Decisões de investimento e determinação da estrutura do ativo

Todos os investimentos possuem determinados riscos, que poderá afetar

diretamente no resultado e torna-lo não muito atrativo em relação ao mercado. Logo,

a gestão de risco é muito importante para investir de forma assertiva.

Segundo Padoveze (2012), a literatura brasileira, passou a explorar muito o

tema decisão de investimento, com o intuito de selecionar os melhores

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investimentos, dentro de um grupo de possibilidades levando em conta seus

respectivos riscos e retornos.

Os investimentos possíveis são apresentados dentro do conceito de fluxos de caixa, e a decisão deve ser feita à luz do conceito de valor do dinheiro no tempo, retorno e risco esperados. Os critérios mais utilizados são o Valor Presente Líquido (VPL) e a taxa interna de retorno (TIR). Será escolhido o investimento, ou conjunto de investimento, que apresentar o melhor retorno com o menor risco. (PADOVEZE, 2012, p. 147).

De acordo com a ótica de Padoveze (2012), não foi explorado ou

desenvolvido um modelo de decisão que evidencie os critérios e conceitos para

chegar ao valor que deverá ser investido em cada uma das opções.

Diante desta necessidade, surge o modelo de estruturação do ativo, que é a

adequação do investimento ao ramo de atividade da empresa, as suas

necessidades e ao seu planejamento, ou seja, se aplicará os recursos do

investimento em seu ativo circulante e em seu ativo permanente de modo que

construa a estrutura do investimento.

1.3.1 Conceito e classificação de investimentos

Segundo Padoveze (2012), um investimento caracteriza-se por ser um gasto

não consumido imediatamente, cujos resultados virão dos benefícios futuros desse

gasto, ele também menciona que a contabilidade denomina os investimentos como

ativo permanentes e as finanças como ativos fixos. Em outras palavras, investimento

é o gasto realizado em função de sua vida útil ou de benefício futuro.

Investimento seria produzir serviços ou mercadorias que durante ou após um

período gere um retorno, esse investimento gerará meios para que a empresa possa

desenvolver suas atividades e suprir suas necessidades.

1.3.2 Investimentos e atividades

As atividades são dependentes dos investimentos para poderem exercer suas

finalidades, ou seja, os investimentos são fundamentais para que as atividades

possam gerar produtos e serviços.

Uma das características dos investimentos é que eles são um dos recursos,

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meios ou instrumentos utilizados pelas atividades para que estas produzam os produtos e serviços a que se destinam. Podemos definir as atividades como unidades de aglutinação de especializações do conhecimento humano dentro das empresas necessárias para que esta atinja seus objetivos com eficácia. (PADOVEZE, 2012, p. 148).

Segundo Padoveze (2012), podem-se classificar as atividades da empresa

em relação aos recursos utilizados para geração de produtos e serviços, em dois

eixos:

a) os departamentos que utilizam os recursos como, compras, estoque,

produção; e

b) as vendas e as que coordenam ou distribuem os recursos, finanças,

recursos humanos, sistemas e engenharia, controlados.

1.3.3 Ativos fixos e capital de giro

O ativo fixo pode ser compreendido como todo capital que uma empresa

possui em forma de bens, por mais que tenham algum valor de mercado e possam

ser transformados em dinheiro, eles são utilizados apenas para garantir a

continuidade das atividades da empresa.

Segundo Assaf Neto (2011), o capital de giro tem participação relevante no

desempenho operacional das empresas, cobrindo geralmente mais da metade de

seus ativos totais investidos. Uma administração inadequada do capital de giro

resulta normalmente em sérios problemas financeiros, contribuindo efetivamente

para a formação de uma situação de insolvência.

No Balanço Patrimonial, o ativo representa os investimentos da empresa, que são agrupados em duas classes principais: a) Os que têm uma dinâmica própria e acompanham o ciclo de operações da empresa, denominados Investimentos no Capital de Giro (estoques, contas, a receber, contas a pagar); b) Os que se caracterizam por um forte grau de imutabilidade ou fixidez, denominados Ativos fixos (imóveis, equipamentos, utensílios, intangíveis adquiridos). (PADOVEZE, 2012, p. 148).

1.3.4 Tipos de investimentos

Entende-se por Investimento a aplicação de recursos que visam retorno futuro

maior do que a do valor inicial.

Segundo Padoveze (2012), as possibilidades de investimento são infinitas e

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podem ocorrer de forma ininterrupta e variada para as pessoas físicas dentro das

empresas e corporações.

De acordo com o autor, o que interessa é o ambiente empresarial, no qual

podemos vislumbrar quatro grandes principais tipos de investimentos:

a) aquisição de uma empresa já existente;

b) investimento em uma nova empresa;

c) investimento da empresa em uma nova unidade de negócio ou novo

produto;

d) investimento da empresa em ativos específicos.

Segundo Padoveze (2012), todo investimento requer a análise de retorno e

risco, mas, os investimentos das alíneas ‘a’ e ‘d’ baseiam-se em único valor – o valor

da empresa e o valor do ativo específico e os tipos ‘b’ e ‘c’, são analisados pelo ativo

fixo e capital giro, os quais necessitam um estudo diferenciado, que denominamos

de determinação da estrutura do ativo.

2 DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO ATIVO

Analisa-se a quantidade de recursos necessária para a aplicação, a qualidade

do investimento, ou seja, o tempo que levará para o retorno investimento, o risco do

investimento e o lucro do investimento.

Padoveze (2012) conceitua a determinação da estrutura do ativo como a

decisão de investimento que é tomada na obtenção da combinação, ideal de ativos

em relação ao negócio proposto, objetivando a menor estrutura de capital.

Tendo em vista direcionar os recursos conforme a necessidade do ativo fixo e do

capital de giro para constituir a empresa.

Em linhas gerais, o propósito desta cominação é determinar a parcela ideal de

investimentos em Ativos Fixos e Capital de Giro para o negócio ou empresa a ser

constituída.

A determinação da estrutura do ativo é decorrente de uma das decisões que

foram tomadas na elaboração do planejamento estratégico.

Assim, a partir da análise do planejamento estratégico, se obterá as diretrizes

e pontos referenciais que determinarão a estrutura do ativo do investimento.

2.1 Modelo de decisão para definição da estrutura do ativo

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Segundo Padoveze (2012), “para definir a estrutura do ativo, é necessário

antes a definição de uma série de outras variáveis, que se inicia pela definição do

produto a serem fornecidos dentro do negócio a ser explorado.”

A definição da estrutura do ativo, leva em considerações vários fatores, cada

fator tem que ser seguido de maneira programada, assim seguindo o planejamento

da empresa e seus objetivos, para o melhor gerenciamento e controle das suas

atividades.

O processo de decisão da definição da estrutura do ativo é complexo, pois envolve uma série muito grande de variáveis como: volume, preços de venda, tecnologias, processos, estrutura do produto, atividades a serem internadas etc., que devem ser definidas com antecedência, já que necessidade de investimento e o tipo de ativo decorrem de opções efetuadas em cada uma delas, cada uma a seu tempo, obedecendo a uma ordenação e dentro de uma estrutura lógica de geração e inter-relacionamento de variáveis. (PADOVEZE, 2012, p. 149).

O modelo proposto é de suma importância para definição dos investimentos e

análise dos custos, o qual servirá para a tomada de decisão de investimentos

futuros. Abaixo a figura 7, em formato de árvore, que mostra os principais

fundamentos para o processo de investimentos, e consequentemente, determinação

da estrutura do ativo. Nessa figura, Padoveze (2012), apresenta o modelo de

decisão para determinação da estrutura do ativo.

Figura 7 – Modelo de decisão para determinação da estrutura do ativo

Fonte: Padoveze, 2012, p. 149.

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2.2 Etapas para a estruturação do ativo

Neste tópico, são abordadas as etapas para a determinação de estruturação

do ativo. É de suma importância à empresa seguir todos esses processos, para

assim conseguir gerenciar e controlar seu negócio.

Segundo Padoveze (2012), o processo de decisão da definição da estrutura

do ativo é complexo, pois envolve uma série muito grande de variáveis como:

volume, preço de venda, tecnologias, estrutura do produto, atividades a serem

internadas etc. Para tanto, é preciso a construção de um modelo de decisão

orientativo que, além de possibilitar a determinação da estrutura do ativo para o

investimento proposto, permita também para análises dos custos envolvidos. O autor

apresenta em cincos etapas o modelo de decisão, e seus modelos estratégicos nos

tópicos seguintes.

2.2.1 Etapa 1 – definição do negócio da empresa

A primeira etapa é a mais importante no negócio proposto, pois nesta irá se

definir o modelo de decisão e qual o rumo que a empresa irá seguir, a meta de

produção e seus objetivos, as próximas decisões serão tomadas de acordo com o

planejado nesta.

2.2.2 Etapa 2 – definição dos produtos da empresa

Na segunda etapa, a empresa irá definir quais serão os produtos

comercializados, e se estes produtos serão bem aceitos no mercado, através de

pesquisas de campo com a população. Neste momento, outras duas decisões

deverão ser definidas ao mesmo tempo: a definição do preço de venda e volume

desejado de produção.

Neste momento, o conceito utilizado nessa etapa decorre dos fundamentos

da escala da oferta versus a escala da procura, pois determina o preço ideal em um

mercado competitivo, assim definindo qual a qualidade ideal de produção para boa

aceitação dos produtos no mercado.

Esta etapa é essencial para a tomada de decisão de um novo negócio. Não

há como definir em tempos distintos a escolha do produto, o mercado, o volume de

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produção e o preço de venda. As quatro variáveis devem ser definidas ao mesmo

tempo.

2.2.3 Etapa 3 – definição dos processos

Na terceira etapa, após a definição do produto, a empresa definirá em que

processo da cadeia produtiva irá entrar e qual a tecnologia necessária para a

produção do produto predeterminado.

A cadeia produtiva é a transformação da matéria prima em produto final, ou

seja, os processos necessários para transformar um insumo básico em produto final

para ser consumido.

Será definido na empresa, em qual processo o produto irá entrar na cadeia

produtiva. Existem empresas especialistas em certo processo, já outras, menos

comuns, empresas que são especialistas em todos os processos produtivos. Um

exemplo desse processo é uma empresa que fabrica calças jeans, todo o processo

da cadeia produtiva será do plantio do algodão até a transformação no produto final.

2.2.4 Etapa 4 – definição das tecnologias essenciais

Na quarta etapa, outras decisões e definições deverão ser tomadas, sendo a

definição das tecnologias complementares para operacionalizar os seguintes

processos básicos da empresa: fabricação ou produção, comercial e

administrativo/financeiro.

A tecnologia do produto consiste em definir quais os processos que serão

necessários para produção do produto escolhido, que seriam os equipamentos,

processos e modelo de gestão que será seguido.

A tecnologia comercial é parecida com a produtiva, e consiste em optar a um

modelo de venda e distribuição dos produtos, são eles:

a) vender a produção para revendedores, a preços menores;

b) vendas próprias com vendedores, e por meio de filiais de venda;

c) vendas por meio de revendedores residentes e comissionados em regiões

de aceitação do produto;

d) pela venda de porta em porta; e

e) por demais formas de distribuição, venda e comercialização.

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Nos dias de hoje, está cada vez mais comum empresas optarem pelo e-

commerce, que é a venda dos produtos pela internet, não existindo loja física. É uma

maneira fácil e prática, e que agrada muitos consumidores que não tem tempo de se

deslocarem para lojas em busca de suas necessidades.

A tecnologia administrativa consiste na formação de tecnologia dentro da

empresa, algumas empresas podem necessitar de usar tecnologias mais

conhecidas, como consultorias, auditorias, pequeno varejo, médias indústrias etc.

A tecnologia da informação no modelo de estruturação do ativo, dá suporte as

outras tecnologias, e é usada por toda a empresa, buscando um maior conceito de

sistemas integrados de gestão.

Para a elaboração de boas tecnologias, a empresa necessita de um bom

gerenciamento de dados, seguindo seu planejamento e controle, para se ter uma

boa gestão de eficiência nas suas variáveis básicas. Definir seus processos, que

podem ser feitos internamente, ou externamente. O volume de produção é a variável

mais importante dentro do processo, assim como os recursos que serão utilizados.

No fim do processo de fabricação, as tecnologias decorrentes da estrutura de

ativo determinam os custos médios dos produtos fabricados e comercializados.

Desta maneira, ao final do processo, analisa-se a quantidade que foi

planejada e a quantidade do que foi produzida, quais suas necessidades estruturais

para produção e seus custos médio, quais sejam:

a) ciclo produtivo e custo médio fabril;

b) ciclo comercial e custo médio comercial;

c) ciclo administrativo e custo médio administrativo; e

d) custo médio total do(s) produto(s) ou serviço(s).

2.2.5 Etapa 5 – detalhamento das tecnologias essenciais

Esta é a quinta e última etapa que consiste no detalhamento e definição das

variáveis básicas das tecnologias essenciais da empresa, as quais fornecerão os

subsídios para a conclusão da determinação da estrutura do ativo e utilização dos

fatores ou insumos de produção, comercialização e administração.

A tecnologia produtiva depende de duas variáveis básicas para a estrutura

industrial: a estrutura do produto e o processo ou roteiro de fabricação.

A estrutura do produto compreende os materiais que serão utilizados para a

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fabricação do produto final. É listagem de matéria prima, embalagem, e todos os

outros componentes que são necessários para a fabricação do produto. Neste caso,

só serão considerados os insumos que formam o produto, sendo descartados os

insumos indiretos, que são aqueles que auxiliam o processo de fabricação.

O roteiro de fabricação são todos os processos que serão necessários para a

transformação da matéria prima em produto final, a quantificação do tempo que será

necessário em cada processo e todos os equipamentos utilizados.

As variáveis básicas da tecnologia comercial são bem parecidas com a

tecnologia produtiva. O processo da estrutura do produto será apenas a

transferência do produto produzido para o setor comercial, para assim ser definido o

processo de comercialização adotado e o estoque que será definido, sendo

analisada a quantidade necessária de estocagem do produto.

O roteiro neste trabalho será todos os processos necessários para a

comercialização do produto, sendo possível terceirizar alguns processos de

comercialização.

2.3 Estrutura do ativo, estrutura de custos e alavancagem operacional

A estrutura de custos de uma empresa pode-se definir que é a proporção

relativa entre os custos e despesas fixas, com os custos e despesas variáveis,

dentro da estrutura de custos e despesas da empresa.

Assim, é possível verificar a estrutura de duas maneiras, os gastos fixos e

variáveis em relação às vendas e os gastos fixos e variáveis em relação aos gastos

totais.

Segundo Padoveze (2012), “estrutura de custos: participação relativa dos

custos fixos e variáveis no total dos gastos ou em relação à receita total.”

Na figura 8, verifica-se a estrutura de custos comparando os gastos em

relação ao total.

Na opção 1, os custos e despesas variáveis representam 22% em relação ao

total; já os custos e despesas fixas referente 78% dos custos totais. Na opção 2, os

custos e despesas variáveis representam 80%, e os custos e despesas fixas,

representam 20% do total dos custos.

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Figura 8 – Total de gastos fixos e variáveis

Fonte: Padoveze, 2012, p. 164.

Para Martins (2010), o esquema básico de uma estruturação de custos é:

a) separação entre custos e despesas;

b) apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos ou serviços;

c) rateio dos custos indiretos; e

d) este esquema está evidenciado na figura abaixo.

Figura 9 – Apropriação de custos no produto

Fonte: Martins, 2010, p. 57.

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Ainda para o autor, “os custos incorridos num período só́ irão integralmente

para o resultado desse mesmo período caso toda a produção elaborada seja

vendida, não havendo, portanto, estoques finais. Já as despesas – de

Administração, de Vendas, financeiras entre outros – sempre são debitadas ao

resultado do período em que são incorridas: assim é que funciona o custeio por

absorção.”

No próximo capítulo é apresentada a metodologia aplicada na construção do

Modelo de Estruturação, assim como, as particularidades que envolvem os cálculos

realizados.

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CAPÍTULO III

PESQUISA DE CAMPO

1 METODOLOGIA E ESTRUTURA DO ESTUDO

Para a e realização deste trabalho foi feita uma pesquisa teórica através de

bibliografias, assim como, os métodos de estudo de caso, observação sistemática e

histórica. As técnicas foram: roteiros de estudo de caso, observação sistemática,

histórico da Vanda Roupas e Acessórios e entrevistas com os proprietários.

Neste capítulo, é apresentada a metodologia utilizada para o desenvolvimento

deste trabalho, tomando como modelo obras específicas sobre o assunto. Após a

análise das informações coletadas, foi realizado um estudo das possibilidades que

se adequariam naquilo que será proposto neste trabalho.

Na sequência, são apresentados os dados utilizados para o desenvolvimento

do mesmo, dados esses coletados, reformulados e testados para que possa ser

implantado e auxiliar nas decisões da empresa, trazendo-lhe assim benefícios.

1.1 Metodologia utilizada na pesquisa É de extrema importância a pesquisa estar alinhada com o objetivo do

trabalho, e diante disso, a natureza da pesquisa foi de forma aplicada, pois o

trabalho foi feito com o intuito de que suas descobertas fossem de fato aplicadas na

empresa. Assim, Gil (1999) entende que a pesquisa aplicada, apresenta muitos

pontos de contato com a pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se

enriquece com o seu desenvolvimento; todavia, tem como característica

fundamental o interesse na aplicação, utilização e consequências práticas dos

conhecimentos.

Na concepção de Chizotti (2005), a pesquisa deve adotar métodos

condizentes com a complexidade das questões que deverão ser resolvidas. Diante

do exposto, busca-se, por meio do uso adequado da metodologia, analisar e

sintetizar o assunto a ser pesquisado.

Pretende-se analisar o assunto com enfoque em um comércio de roupas

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(descrita no Capítulo I), por meio de uma metodologia de conotação qualitativa, que,

na visão de González Rey (2005), este tipo de pesquisa torna-se essencial para a

produção da teoria através da construção de modelos teóricos de inteligibilidade.

Sua preocupação está menos voltada para o desenvolvimento de teorias de

valor universal que para a aplicação imediata numa realidade circunstancial. De

modo geral, é este o tipo de pesquisa a que mais se dedicam os psicólogos,

sociólogos, economistas, assistentes sociais e outros pesquisadores sociais.

1.2 Métodos utilizados

De modo a compreender os conceitos dos temas em questão, foi realizada

uma pesquisa bibliográfica, que segundo Santos (2006), esta pesquisa tem o

objetivo de reunir os trabalhos científicos sobre os assuntos pesquisados formando a

matéria prima da pesquisa bibliográfica. No entendimento de Cervo e Bervian

(2007), a busca pelo referencial teórico tem como objetivo encontrar respostas aos

problemas formulados.

Martins e Lintz (2007) explicam que, a pesquisa bibliográfica busca explicar e

discutir um assunto com base em referências teóricas, conhecendo e analisando os

conhecimentos científicos.

Com vistas a corroborar os objetivos propostos, também foi utilizado o método

de estudo de caso que, segundo Cervo e Bervian (2007), é um meio de acesso que

permite descobrir a realidade dos fatos mediante a inteligência e a reflexão. Na

percepção de Gil (1999, p. 72) o estudo de caso “é caracterizado pelo estudo

profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira a permitir o seu

conhecimento amplo e detalhado.”

Yin (2005) lembra que o estudo de caso é uma pesquisa empírica que

investiga um fenômeno contemporâneo dentro do seu contexto da vida real. Assim,

foi elaborado um roteiro para a realização do estudo de caso apresentado nos

Apêndices deste trabalho.

2 MODELO DE ANÁLISE SEGUNDO A ESTRUTURAÇÃO DO ATIVO Conforme citado no capítulo anterior, a estruturação do ativo é a adequação

de um investimento conforme as atividades que a empresa opera, essa estruturação

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será estabelecida conforme a missão, visão e valores constituídos por ela.

Este modelo será utilizado para o planejamento, onde surgirá as diretrizes e

pontos de referência para o investimento.

Tendo como base os dados obtidos durante a pesquisa, foram considerados

dois tipos de cenários. Esses cenários têm como objetivo permitir uma análise

comparativa entre eles e, por fim, tomar-se uma decisão mais assertiva. Assim, são

apresentados os dois cenários, sendo:

a) opção I ou Cenário I – a produção própria das camisetas, e

b) opção II ou Cenário II – a terceirização, ou seja, a compra da camiseta

pronta para revenda.

O quadro 1 abaixo apresenta o modelo que foi desenvolvido para a

comparação dos cenários que a empresa poderá utilizar para estruturar seu ativo.

Percebe-se com base na Opção I que a empresa produzirá suas próprias camisetas

e segunda opção a terceirização. Este quadro tem como base demonstrar a

movimentação do ativo financeiro da empresa, tendo em vista destacar as contas

que sofrem impactos diretos com a estruturação do ativo.

Quadro 1 – Estrutura de Custos DETERMINAÇÃO DA ESTRUTURA DO ATIVO

ESTRUTURA DO ATIVO OPÇÃO I OPÇÃO II R$ AV% R$ AV%

ATIVO CIRCULANTE OU CAPITAL DE GIRO Estoque de Materiais 9.555,00 13,94 0,00 0,00 ( - ) Fornecedores -3.185,00 -4,65 -10.000,00 -19,17 Estoque de Produtos Acabados 15.445,83 22,54 20.000,00 38,33 Clientes 37.425,00 54,60 37.425,00 71,73 NECESSIDADE DE CAPITAL DE GIRO 59.240,83 86,43 47.425,00 90,90 ATIVO NÃO CIRCULANTE OU CAPITAL FIXO Imóveis Utilizados pela Fábrica 1.000,00 1,46 0,00 0,00 Equipamentos - Fábrica 3.550,00 5,18 0,00 0,00 Equipamentos - Administração/Comercial 4.750,00 6,93 4.750,00 9,10 TOTAL DO CAPITAL FIXO 9.300,00 13,57 4.750,00 9,10 TOTAL DO ATIVO 68.540,83 100,00 52.175,00 100,00

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

É importante ressaltar que, a produção das camisetas necessita de um

investimento em estrutura maior que a outra opção (terceirização). Isso se deve ao

fato de que será necessário investir em Ativos Não Circulantes que serão utilizados

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para uma possível produção.

Ainda, neste contexto, a opção por industrialização tem por consequência o

aumento do capital fixo da empresa em 13,57%, maior que a terceirização que tem

9,10%. Porém, a Segunda Opção precisa de um capital de giro em torno de 90,9%,

ou seja, 4,47% a mais do que a Primeira Opção.

No quadro abaixo é apresentada a DRE, onde são comparadas as

demonstrações de resultado de exercício das opções utilizadas.

Quadro 2 – DRE

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Com base no Quadro 2, percebe-se que na Opção II, alguns gastos fixos

como as Depreciações, a terceirização da Mão de Obra Direta, Energia Elétrica e

demais Materiais Auxiliares não possuem valores. Isso se deve ao fato da Opção II

não possuir gastos na área produtiva.

Contudo, com base no quadro 2, torna-se evidente que o cenário que propicia

um melhor resultado é referente a produção própria de camisetas, ou seja,

apresentou um lucro operacional de R$13.977,08 contra R$10.100,00, referente a

terceirização do serviço de mão de obra, em outras palavras, a Opção I apresentou

um ganho em torno de 38%.

Sabe-se que ao comparar as opções, a Opção por Industrializar (Opção I)

proporciona uma estrutura de gastos maior do que em uma empresa comercial.

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Essa afirmação pode ser constatada por meio do Quadro 3.

Quadro 3 – Estrutura de Gastos

ESTRUTURA DE GASTOS OPÇÃO I OPÇÃO II

CUSTOS E DESPESAS VARIÁVEIS 3.185,00 29% 10.000,00 67%

CUSTOS E DESPESAS FIXAS 7.787,92 71% 4.850,00 33%

CUSTOS E DESPESAS TOTAIS 10.972,92 100% 14.850,00 100%

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Observa-se no quadro acima que, a estrutura de gastos da empresa foi

segregada por Custos e Despesas Variáveis e Fixas, a Opção I possui custos e

despesas variáveis de 29%, comparada a segunda opção que foi de 67%. Isso se

deve ao fato de que a Opção por Industrialização (Opção I) necessita de um gasto

maior com a Estrutura Produtiva, que representa 71% dos gastos da empresa

(contra 33% da Segunda Opção).

2.1 Alavancagem operacional

A alavancagem operacional evidencia a relação entre as receitas e os lucros.

O crescimento das vendas não resulta em um aumento do lucro na mesma

proporção, dada à existência de custos fixos e custos variáveis na composição do

resultado. Por exemplo, um aumento de 10% nas vendas, pode-se ter um aumento

muito maior no lucro, porém também pode acontecer o contrário. Essa variação

ocorre porque quando se vende mais, aumenta o custo variável, já o custo fixo fica

inalterado, gerando assim uma maior proporção no lucro operacional.

Para identificar qual a proporção em que o lucro aumenta em relação às

vendas, utiliza-se como base o Grau de Alavancagem Operacional, conforme a

fórmula: GAO = MargemdeContribuiçãoLucroOperacional

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Na opção I, a empresa obteve uma margem de contribuição no valor de

R$21.765,00, e um lucro operacional de R$13.857,08. Já na opção II, se obteve uma

Margem de contribuição de R$ 14.950,00 e um lucro operacional de R$9.980,00.

Utilizando a fórmula, têm-se os seguintes resultados abaixo.

Opção I Opção II

=21.765,0013.857,08 = 1,5707 = 14.950,009.980,00 = 1,4980

O Grau de Alavancagem Operacional da empresa apresentou um resultado

muito próximo entre as opções. Na opção I, ficou em 1,5707, já na opção II, em

1,4980. Isto significa, que para cada 1% que aumentar nas vendas da opção I, irá

aumentar em 1,5707% o seu lucro. Já na opção II, para cada 1% que eu aumentar

nas vendas, o seu lucro aumentará em 1,4980%.

Esta situação pode ser comprovada ao considerar um aumento de 20% em

ambas as opções. Neste caso, tem-se um aumento de 31,41% no lucro da opção I,

que seria 20%x1,5707, e um aumento de 29,96% no lucro da opção II, que seria

20%x1,4980.

Quadro 4 – Opção I Atual Reais Proposto Reais

Receita 500x49,90 24.950,00 600x49,90 29.940,00 +20%

Custos Variáveis 500x6,37 3.185,00 600x6,37 3.822,00 +20%

Custos Fixos 7.907,92 7.907,92

Lucro 13.857,08 18.210,08 31,41%

Fonte: Elaborado pelos autores 2018.

Quadro 5 – Opção II (continua) Atual Reais Proposto Reais

Receita 500x49,90 24.950,00 600x49,90 29.940,00 +20%

(conclusão)

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Custos Variáveis 500x20,00 10.000,00 600x20,00 12.000,00 +20%

Custos Fixos 4.970,00 4.970,00

Lucro 9.980,00 12.970,00 29,96% Fonte: Elaborado pelos autores 2018.

Considerando a comparação das duas opções, a opção I, que é a da empresa

ao fabricar as camisetas para vender, proporciona um resultado mais rentável, pois,

além de obter um lucro operacional maior que a opção II, o seu Grau de

Alavancagem Operacional também é maior, assim caso ocorra um aumento de

vendas da empresa, o seu lucro irá aumentar mais do que a opção II.

Por fim, com vistas a encerrar o entendimento sobre qual cenário é o mais

indicado para a empresa, faz-se relevante identificar o ROA, que é a expressão do

Lucro Líquido dividido pelo ativo total, conforme demonstra o quadro 6.

Quadro 6 – Fórmula do Retorno sobre o Ativo

LUCRO LÍQUIDO RETORNO SOBRE O ATIVO =

ATIVO TOTAL

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Ao aplicar os valores da figura acima, o ROA obtido nos cenários é

apresentado no quadro 7, a seguir:

Quadro 7 – Resultado do Retorno sobre o Ativo

OPÇÃO I OPÇÃO II

13.977,08

10.100,00

ROA =

20,39 19,36 68.540,83 52.175,00

Fonte: Elaborado pelos autores, 2018.

Mediante o modelo de Análise da Estruturação do Ativo, o cenário referente a

produção própria possibilita um resultado maior em relação ao serviço terceirizado.

Por fim, a interpretação sobre esse resultado leva a considerar que a

=

=

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produção própria obteve um lucro operacional maior, o ROA também obtém uma

vantagem considerável em relação aos serviços terceirizados, considerando seu

retorno que a torna ainda mais atraente e viável para a empresa.

2.2 Parecer final

Este estudo trata da viabilidade da empresa passar de comercial para

industrial, ou seja, ela passará a produzir o próprio produto ao invés de terceiriza-lo.

O modelo de Estruturação do Ativo não trata variação tributária que incidirá

nessa transação, pois ele é direcionado no projeto de investimento. Terá que ser

feito um estudo mais detalhado para obter informações sobre quais serão as

alterações que irão ocorrer a partir do momento em que a empresa se enquadrar

como industrial, pois são categorias diferentes tendo cada uma sua tributação.

Outra observação é que o modelo possa ser ajustado periodicamente (no

máximo 6 meses) pelos proprietários, pois diante do cenário econômico atual, são

constante as oscilações dos valores dos gastos que a empresa possui.

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Diante dos estudos realizados, foi possível identificar que a opção pela

industrialização apresenta um resultado ligeiramente melhor do que a opção pela

comercialização. Neste sentido, faz-se importante que a empresa, caso opte pela

industrialização, busque otimizá-la por meio da diversificação dos produtos a serem

produzidos, visto que, quanto mais produtos sejam produzidos, maior a utilização do

Custo Fixo (capacidade), impactando na redução do Custo Unitário dos produtos.

Contudo, pode-se ainda, a empresa poderá buscar por oportunidades de

produzir vestuários customizados para seus clientes, principalmente empresas,

escolas, entre outros.

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CONCLUSÃO

O presente estudo ilustrou a aplicação do Modelo de estruturação do ativo em

uma empresa de pequeno porte, tendo como objetivo definir qual o melhor

investimento a ser realizado por ela.

Assim, foi realizada uma pesquisa de mercado tendo como objetivo identificar

os valores de mercado das máquinas e equipamentos, assim como a matéria prima,

mão de obra e fornecedores. Após a identificação desses valores, e com base na

quantidade vendida mensal pela empresa, foram consideradas as mesmas

quantidades para fins de manter a análise comparativa em uma só premissa de

mensuração.

Após identificadas as informações, foram realizados os cálculos para a

aplicação do modelo, e por fim, que se possa qualificar e quantificar a melhor opção.

Em uma primeira etapa em que foram analisados o Balanço Patrimonial e a

Demonstração de Resultado (DRE), chegou-se a conclusão de que a Opção I

(produção) mostrou-se melhor, pois teve um Lucro Operacional 15,54% maior que a

Opção II (terceirização).

Na segunda etapa, foram analisados uma Estrutura de Custos e o Grau de

Alavancagem Operacional e mais uma vez a Opção I se mostrou superior a Opção

II, pois além de apresentar um total de custo e despesa menor, teve um GAO maior,

ou seja, se as vendas aumentarem, o lucro será maior do que se fosse a segunda

opção.

E por fim, em uma terceira etapa, foi analisado o Retorno Sobre Investimento

e não diferente das demais etapas a Opção I se saiu mais uma vez melhor, pois

apresentou uma ROA de 20,39%, contra 19,36% da Opção II.

Conclui este estudo que para a empresa, é mais viável fazer uma

estruturação do ativo visando um investimento na Opção I, que seria a aquisição de

máquinas e equipamentos, compra da matéria prima e contratação de mão de obra

especificada para que se possa produzir o próprio produto e vendê-lo.

Contudo, é importante destacar que a opção por industrialização

proporcionará a empresa um aumento no percentual tributário a ser recolhido sobre

o faturamento, além de exigências acessórias como CETESB, Bombeiros, entre

outros. Assim, caberá ao contador, identificar os impactos econômicos e financeiros

que não foram contemplados pelo Modelo proposto.

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REFERÊNCIAS

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento de dados sobre as demonstrações financeira

do período de um ano da Vanda Roupas, e estruturar suas operações para

melhorar seu gerenciamento e controle.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

As informações serão coletadas através de entrevistas com o dono da

empresa.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática, através de

referencial teórico estudado.

1.3 Parecer final

Parecer final sobre o caso e sugestões da necessidade de a empresa ter seu

ativo estruturado para otimizar seus investimentos.

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APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 Evolução da visão e missão da empresa

2 Processo de levantamento de dados para tomada de decisão

3 Demonstrações Contábeis

4 Uso dos dados financeiros

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APÊNDICE C – Roteiro Histórico da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA VANDA ROUPAS

1 Surgimento

2 Missão, Visão, Valores, Crenças

3 Evolução

4 Serviços prestados

5 Concorrentes

6 Clientes

7 Relatórios de resultados

8 Perspectivas

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APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Proprietário da Empresa

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Quais os principais serviços oferecidos pela empresa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2. Como é realizado o controle de suas operações?

___________________________________________________________________

__________________________________________________________________

3. Em sua empresa, há análises para demonstrar se seus resultados estão

sendo satisfatórios?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4. Para você, qual a importância de ter suas operações bem estruturada e bem

desenvolvida para o seu controle e gerenciamento?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

5. Quais são suas perspectivas futuras e quais são seus objetivos para o

crescimento da empresa?

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___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6. Como é realizado o seu controle de estoque?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7. Quais controles financeiros são praticados na empresa?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________