“um estudo empÍrico sobre limite de crÉdito” · por meus alunos de análise das...

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“UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE LIMITE DE CRÉDITO”

AUTOR: Luiz Roberto Nascimento

Professor de Finanças e Contabilidade da FMU (www.fmu.br) desde Fev/2010

Diretor Comitê Controladoria ANEFAC (www.anefac.com.br )

Diretor Financeiro e Conselho Estratégico da AAFM/BRAZIL(www.aafmbrazil.com)

RESUMO: O texto procura descobrir como as empresas estabelecem Limite de Crédito a Pessoas Físicas e Jurídicas, uma vez que foram observados os vários livros e trabalhos acadêmicos que apresentam o Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício para Pessoa Jurídica e a Declaração de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) para Pessoas Físicas como referência na determinação do montante de crédito a lhes conceder, porém com minha longa experiência na área não encontrei critério único entre os pesquisadores. Desta forma, a partir deste levantamento empírico com dirigentes e professores da área financeira, para criar massa crítica, bem como profissionais consultados por meus alunos de Análise das Demonstrações Financeiras da FMU, aos quais agradeci e comprometi-me a elaborar o presente trabalho e/ou dar-lhes a devolutiva de tal levantamento. Sendo que, foram consultadas 106 pessoas, sendo 83 homens e 23 mulheres, com idade média de 41 anos e 7 meses.

PALAVRAS-CHAVE: Limite de Crédito – Credit Scoring –Análise das Demonstrações Financeiras

ABSTRACT: This work is trying to discover how companies establish a Credit Limit to Individuals and Legal Entities, as were observed several books and academic papers that present the Balance Sheet and Statement of Income for Corporations and the Declaration of Income Tax to individuals as a reference in determining the amount of credit to grant them, but with my long expertise in this area found no single criterion among researchers. Thus, from this empirical study with leaders and teachers in the financial area, to create critical mass, as well as professionals consulted by my students of Financial Statements Analysis at FMU, which thanked him and I have undertaken to prepare this work and / or give them a feedback session in such a survey. Being that 106 people were consulted(83 men and 23 women), with age at about 41 years and 7 months.

Key-Words: Credit Limt – Credit Scoring – Financial Statements Analysis


“UM ESTUDO EMPÍRICO SOBRE LIMITE DE CRÉDITO”

1-OBJETIVO

O presente trabalho tem a função de descobrir como as empresas estabelecem Limite de Crédito a Pessoas Físicas e Jurídicas, pois existem vários livros e trabalhos acadêmicos que apresentam o Balanço Patrimonial e Demonstração de Resultados do Exercício para Pessoa Jurídica e a Declaração de IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) para Pessoas Físicas como referência na determinação do montante de crédito a lhes conceder, porém não existindo critérios formais consensados. Desta forma, a partir de levantamento empírico com dirigentes e professores da área financeira, para criar massa crítica, bem como profissionais consultados por meus alunos de Análise das Demonstrações Financeiras da FMU, aos quais agradeci e comprometi-me a elaborar o presente trabalho e/ou dar-lhes a devolutiva de tal levantamento. Resumidamente, foram consultadas 106 pessoas, sendo 83 homens e 23 mulheres, com idade média de 41 anos e 7 meses. A ocupação dos respondentes era de 26 na indústria, 9 no comércio e 72 na prestação de serviço, por outro lado a origem do capital dos respondentes 79 Nacionais, 20 multinacionais e 7 serviço público. A formação superior dos respondentes: 56 Administração, 23 Bacharel em Ciências Contábeis, 12 Economia, 5 Direito, 10 outras. Destes 65 eram pós-graduados, sendo 37 em Finanças/Controladoria.

2-REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Os trabalhos que serviram de base para que os alunos pesquisassem sobre o tema, foram:

a) “Revisão do limite de crédito através da análise de cenários: estudo de caso em uma empresa atacadista”, dos professores Dany Rogers, Pablo Rogers Silva e Kárem Cristina de Souza Ribeiro, sendo que foi divulgado no IX SEMINÁRIO EM ADMINISTRAÇÃO FEA-USP (SEMEAD), 2006, com o seguinte resumo:

O principal objetivo do administrador é a maximização da riqueza dos acionistas e a maximização do valor de mercado da empresa, com a alocação eficiente dos recursos da organização de maneira que haja uma otimização na rentabilidade dos ativos em função de um menor nível de risco. Um dos ativos expoentes para a questão da rentabilidade é o investimento que as empresas fazem no seu cliente (crédito).

b) “A Implantação de um Sistema de Gestão de Crédito (SGC) em uma Empresa do Setor Agroindustrial” dos professores Michelle Zacharias Bellório, Verônica Favatto, Kárem Cristina de Souza Ribeiro e Pablo Rogers Silva, que foi apresentado no V CONGRESSO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇÃO RURAL (ABAR), 2005, o seguinte resumo:

O objetivo deste trabalho foi o de implantar um Sistema de Gestão de Crédito (SGC) em uma empresa que opera no setor agroindustrial, na produção de farelo e óleo de soja refinado. Instalada em uma área de 400.000 m2, no Estado de Minas Gerais, a empresa fazia a sua análise de crédito de forma subjetiva, não possuindo indicadores de atividades nem controle sobre a sua rotina de trabalho.

c) “A Política de Concessão de Crédito entre Pessoas Jurídicas”, dos graduandos Olívia Bastos Carbone e Gitana Nebel, orientados pelo professor Nilo Karnopp


divulgado no XI ENPOS-UFPEL, Pelotas 20-23/out/2009 e teve a seguinte introdução:

De acordo com a perspectiva teórica, em um mercado financeiro eficiente não deveria existir a figura de concessão de crédito, pois se um comprador precisasse de recursos para adquirir um produto, este financiamento poderia ser obtido em qualquer instituição financeira, a determinada taxa de juros. (ASSAF NETO e SILVA, 2002)

Os principais livros consultados foram:

a) “Crédito Comercial: Administração das Vendas a Prazo” do Prof. Luiz Guilherme Brom, de 2003 Ed.FECAP, na página 57 traz no capítulo 5 os Métodos de Conceituação de Crédito os Modelos de Previsão de Insolvências, tais como: Prof. Edward Altman, Stephen Charles Kanitz, Alberto Borges Matias e José Pereira da Silva. Mais adiante na página 92 apresenta a fixação do limite de crédito a ser concedido a um cliente específico, em função de sua capacidade e conceito de crédito. Neste aspecto, a política de crédito da empresa deve fixar o limite para cada cliente solicitante em função das conclusões oferecidas pela análise de crédito, baseadas na análise financeira do cliente e em outros fatores anteriormente citados.

b) “Análise de Demonstrativos Financeiros e da Performance Empresarial” do Professor Flávio K.Málaga, de 2009, Ed.Saint Paul, que na página 21 sugere a estrutura de análise e os critérios para o entendimento da performance e as dúvidas: Por onde começar a análise? Onde devo buscar a informação? Qual a relação entre as demonstrações financeiras? Quais critérios devo analisar e como?, entre outros.

c) “Análise das Demonstrações Financeiras”, dos professores Clóvis Luís Padoveze e Gideon Carvalho de Benedicto, de 2011, 3ªEd.Cengage, que no Capítulo 7 Apresenta os Indicadores-Padrão, Análise Setorial e Qualificação Financeira, assim se manifesta na pag.223 “Pelo fato de possuírem um cadastro abrangente de balanços das empresas de qualquer porte, estruturam padrões globais e setoriais, continuamente revisados. Assim, o analista financeiro pode utilizar esses serviços e agilizar o processo de obtenção dos padrões.”

Dos trabalhos acadêmicos consultados podemos citar as Dissertações:

1) Mestrado em Engenharia de Produção da Profª Cledy Gonçalves Pereira de Fev/1995, “ANÁLISE DE CRÉDITO BANCÁRIO: UM SISTEMA ESPECIALISTA COM TÉCNICAS DIFUSAS PARA OS LIMITES DA AGÊNCIA”, apresentada na Universidade Federal de Santa Catarina, com seguinte resumo: O objetivo geral deste trabalho é o desenvolvimento de um sistema especialista com técnicas baseadas na teoria dos conjuntos difusos, para análise de crédito bancário no que tange os limites de uma agencia do SISTEMA FINANCEIRO BESC.

2) Mestrado em Administração do Prof. José Antonio da Silva de Abr/2002, intitulada “Análise do Estabelecimento de Limite de Crédito – Um Estudo de Caso” apresentada na Universidade de Taubaté, teve o seguinte objetivo: Este trabalho apresenta a importância do deferimento de limite de crédito a pessoas jurídicas, em estabelecimentos bancários.

3) Mestrado Profissionalizante em Economia de Maurício Piragibe de Carvalho Faria, de junho/2006, cujo título é Análise de crédito à pequena empresa – Um modelo de escoragem baseado nas metodologias estatísticas: análise fatorial e lógica fuzzy, com


o seguinte resumo: Esse trabalho tem como objetivo apresentar mais um estudo que auxilie na avaliação de crédito para as empresas de pequeno porte.

Também foram consultados trabalhos publicados, tais como:

I - “Revisão do limite de crédito através da análise de cenários: estudo de caso em uma empresa atacadista”, dos professores Dany Rogers, Pablo Rogers e Kárem Cristina de Sousa Ribeiro, apresentado no SEMEAD-agosto/2006, podemos verificar o seguinte resumo: O principal objetivo do administrador é a maximização da riqueza dos acionistas e a maximização do valor de mercado da empresa, com a alocação eficiente dos recursos da organização de maneira que haja uma otimização na rentabilidade dos ativos em função de um menor nível de risco. Um dos ativos expoentes para a questão da rentabilidade é o investimento que as empresas fazem no seu cliente (crédito).

II - “Avaliação da Liquidez da Empresa por Métodos Alternativos: Diminuindo a Exposição ao Risco de Crédito”, dos professores Milton dos Santos e José Odálio dos Santos, publicado em RIC - Revista de Informação Contábil - Vol. 2, no 2, p. 43-60, Abr-Jun/2008, apresentou o seguinte resumo: A administração e análise da liquidez é uma das mais importantes atribuições da gestão financeira das empresas. O método tradicional de análise da liquidez encontrado na ampla literatura sobre o assunto, na medida em que se constitui em uma das maneiras possíveis de tratar conceitualmente o assunto, em determinadas situações apresenta resultados diferentes e, às vezes, conflitantes com outros modelos alternativos.

III - “A Inadimplência na Concessão de Crédito de uma Instituição Financeira Pública de Minas Gerais: Uma Análise Utilizando Regressão Logística”, dos professores Marco Antonio de Camargos, Elisson Alberto Tavares Araujo e Mirela Alves Santos de Camargos, apresentado no XIII SEMEAD-setembro/2010, teve o seguinte resumo: O objetivo deste artigo é identificar os fatores condicionantes da inadimplência em financiamentos de uma instituição financeira pública do estado de Minas Gerais, por meio da proposição de um modelo estatístico credit scoring para aprovação de crédito. O modelo foi construído com base em uma amostra de 9.232 empresas que obtiveram crédito entre jun./97 e dez./05.

Além dos trabalhos formais, anteriormente mencionados, trago parte de depoimentos de profissionais e estudiosos do tema, assim vejam a manifestação, em 13/jan/2011, do Consultor e Prof. Sérgio Volk-FAAP/SP: Fui dirigente em várias empresas de vários setores. Gostaria de dar o meu depoimento sobre o assunto. O Limite de Crédito normalmente é estipulado em cada área do banco, ou seja, na área industrial, comercial, câmbio e etc. Se a empresa for exportadora a área de câmbio do banco estipulará os Limites de Crédito para ACC-Adiantamento de Contrato de Câmbio e ACE-Adiantamento de Contrato de Exportação, se atender a mercado interno a área comercial estipulará os Limites para Desconto de Duplicatas, Capital de Giro e etc. Se a empresa quiser investir a área industrial estipulará Limite de Crédito para repasses do BNDES, Finame e etc. O Limite, digamos global, da empresa é estipulado pela relação Debt/Equity e pelo Índice de Liquidez que é considerado de baixo risco até os índices de 60/40 e 1,3 respectivamente. Índices piores os juros são maiores. Cada carteira tem uma política própria com relação a garantia a ser dada. Na área de câmbio se o importador for de primeira linha o banco concede, no ACE, uma proporção de crédito de 1 para 1 de garantia. Na área comercial, dependendo do sacado, esta proporção pode variar de 2 até 1 para 1. Na área industrial normalmente os bancos tabalham com a proporção de 1,5 até 1,3 de garantia para 1 de Ativo. Na prática o Limite de Crédito é em função das garantias prestadas da qualidade dos Clientes e do Giro da Carteira


(prazo). A questão do prazo é importante pois os bancos no Brasil são segmentados, ou seja, quando captam a curto prazo gostam de emprestar a curto prazo.

Outra manifestação foi de 31/jan/2011, do Consultor e Prof. César Abicalaffe-UNIFAE/PR: Pesquisei como doido o assunto de Análise de Demonstrações Financeiras de empresas desde 1960. Fiz contatos pessoais com dois professores da FGV que – durante dois anos desenvolveram estudos/teses sobre previsões de dificuldades financeiras em empresas: José Pereira da Silva (que era diretor de Crédito do Banco Itaú e depois passou para Denasa, sendo quem me apresentou ao Prof. Alberto Borges Matias (estudo mais tarde incluído no livro do Prof. Dante Carmine Matarazzo) devido a uma fórmula perigosa que ambos utilizavam. O Prof. Alberto, na época, era diretor da SERASA, dirigindo o setor de Análises de Crédito); além de contatos com o Prof. Stephen Charles Kanitz que também conheci pessoalmente na sede da IOB-Informações Objetivas no dia em que ambos entregávamos para edição nossos TPDs – Treinamentos Programados a Distância; Ele: “Análise de Demonstrações Financeiras” (8 volumes) e eu de “Prática de Finanças das Empresas” (5 volumes) quando lhe mostrei o “Termômetro de Insolvência criado por ele e que constava de meu TPD, e então respondi a uma pergunta dele dizendo que “na prática” de aplicações em centenas de empresas - jamais vira tal Termômetro indicar o que pretendia (que aliás me sugeriram chamá-lo positivamente de termômetro de “Solvência” e não “Insolvência” que era coisa de professores “pessimistas”. A partir dali, inclusive ele passou a usar os 2 nomes e criou outras fórmulas que publicou; mas aí sim não funcionavam além de ser necessário buscar com ele, Autor, um “fator multiplicador” que complicava tudo. A propósito e voltando ao início: embora a maioria das fórmulas utilizadas inclusive com análise cominatória pelos dois professores fossem diferentes: José Pereira da Silva voltadas à previsão de dificuldades em empresas comerciais e de serviços e Alberto Borges Matias, de indústrias, ambos utilizavam UMA MESMA FÓRMULA que, dependendo dos valores de Lucro Bruto e Lucro Operacional deturpavam completamente todo o estudo do risco apresentado por ambos. Com a mudança que sugeri, a união de ambas – em minhas aplicações até hoje, inclusive em 5 Rankings de Maiores e Melhores S/As do PR, são as melhores.

3-ÂMBITO DA PESQUISA

O levantamento, através de questionário respondido conforme Anexo 1, foi respondido entre janeiro e dezembro/2011 por profissionais e professores de meu relacionamento, sendo de S.Paulo, R.Janeiro, Paraná, M.Gerais e de outras origens. Também fazem parte desta massa crítica os entrevistados por meus alunos de Análise das Demonstrações Financeiras do 2º Semestre de Administração da FMU, entre fevereiro e novembro/2011.

É importante destacar a grande dificuldade de obter respondentes para pesquisas, pois o brasileiro não tem o hábito de participar de pesquisas. Tanto é assim, que num MBA realizado, onde ao final todos os 30 alunos teriam que apresentar Monografia utilizando pesquisa de campo, onde trabalhei o tema FATORES CRÍTICOS DE SUCESSO NA IMPLEMENTAÇÃO DE ERPs, nenhum dos 29 colegas respondeu minha pesquisa alegando “Falta de Tempo”. Já dentre os colegas de trabalho que, por determinação do Empregador todos os Diretores e Gerentes tinham bolsa do Mestrado em Liderança na UNISA, sendo dos 16 Mestrandos apenas 2 responderam meu questionário, pois já eram professores de graduação.


Outro impeditivo para obter respostas, quando iniciei a pesquisa com profissionais em janeiro/2011, para convencê-los a informar dados de Faturamento e Critérios Próprios de Estabelecimento de Limite de Crédito, que consideravam estratégicas, inclui o COMPROMISSO ACADÊMICO (Anexo II) demonstrando que os dados seriam utilizados exclusivamente com fins acadêmicos e comprometendo-me além de dar-lhes devolutiva, apresentar o presente trabalho.

Neste trabalho busquei abordagens acadêmicas e introduzidas no questionário utilizado como base na pesquisa o que foi trazido na dissertação de José Antonio da Silva(2002), que a partir da página 50 apresenta: Esse processo de análise começa pela definição do risco do cliente, com a utilização de um dos diversos modelos de determinação de risco existentes, pela análise do conjunto de índices financeiros, escolhidos através de métodos estatísticos e que possuam, em seu todo, maior representatividade na classificação das empresas em solventes e insolventes. Esses índices recebem pesos, que são calculados por meio da análise discriminante. O objetivo básico dos modelos é propiciar aos analistas e gestores de crédito uma ferramenta que lhes dê uma visão da situação financeira de determinada empresa. (SILVA, 2000, p. 290)

No trabalho do Prof. Carlos Alexandre Sá(1999) que apresenta um modelo de estabelecimento de Limite utilizando um percentual do Patrimônio Líquido, pois a partir da página 20, assim se manifesta: Os quadros abaixo representam O Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado do Exercício da Empresa Exemplo Determine, utilizando a fórmula do Prof. Stephen Kanitz, o limite de crédito deste cliente, sabendo-se que o melhor cliente de nossa empresa tem nota 9,47, que nosso maior risco com este cliente representa 7,73% de seu Patrimônio Líquido e que, o melhor entre os nossos piores clientes, tem nota –0,75.

4-RESULTADO DA PESQUISA

Fazendo a leitura no resumo das 106 respostas válidas, pois os alunos não efetuaram entrevistas com dirigentes como solicitei em sala de aula, bem como os respondentes que fiz contacto solicitando informações não forneceram as respostas adequadas.

O primeiro item perguntado foi o gênero do respondente, com a seguinte separação

A faixa etária dos respondentes, cujo respondente com maior idade foi de 74 anos, teve a seguinte distribuição:


Sob aspecto da origem do capital das entidades empregadoras dos entrevistados, temos a seguinte distribuição:

Verificando o Ramo de Atividade dos respondentes, temos a distribuição

No quesito forma de contração dos respondentes, que não acusou nenhum Terceirizado, teve a seguinte distribuição:

Podemos perceber que a maioria das empresas dos respondentes tinham um Faturamento Anual acima de R$ 9 milhões, conforme a seguinte distribuição:


Os cargos ocupados pelos respondentes tinha o seguinte:

Apresenta-se a seguir, observando que todos tinham Curso Superior, a formação no Segundo Grau dos respondentes:

É importante observar que, considerando a data de conclusão dos cursos médios dos respondentes na data base de 31/12/2011 o tempo médio de formado foi de 23,4 anos.

Considerando a formação Superior dos respondentes, temos:

Levando-se em consideração a data de 31/12/2011 com a data de conclusão dos cursos superiores dos respondentes, o tempo médio da primeira graduação é de 17 anos e da segunda graduação é de 3,6 anos.

Tendo em vista que apenas 65 respondentes eram pós-graduados, vejamos a distribuição dos cursos de especialização:

Se utilizarmos a data de 31/12/2011, podemos verificar que o tempo desde a conclusão da Especialização, o tempo médio de formação do primeiro título é de 12,5 anos e da segunda titulação é de 8,7 anos.

Dentre os respondentes, 42 declararam-se titulados com Mestres, conforme a seguir:


Neste quesito a partir desde a obtenção do Mestrado até 31/12/2011, o tempo médio de titulação é de 6,8 anos.

Foram considerados, dentre os respondentes, 4 Doutores em Administração/Finanças.

Observando a participação em entidades de classe dos 106 respondentes, temos a seguinte distribução:

Pode-se destacar que das 16(*) associações de classe, foram constatadas: 2=CRA/MG,

2=CORECON/SP, 2=OAB/SP e 2=CORECON/DF.

O que dá para perceber que a despeito do alto nível educacional e profissional dos respondentes, apresentam baixo comprometimento associativo.

Analisando as respostas do Questionário em si, observamos a distribuição obtida na Questão 1-Quais as Ferramentas Utilizadas para Estabelecimento de Limite de Crédito?

É de se observar que a maioria dos respondentes utiliza a consulta a SERASA, com 78 dos 106 respondentes, logo depois 67 respondentes utilizam-se das Análises das Demonstrações Financeiras. Das 18(*) outras, são: 3 consulta a CISP-Central de Informação de S.Paulo, 2-Informações Comerciais, 2-SCR/BACEN e 2-Índices.

Vejamos a distribuição das respostas à Questão 2-Quais os Indicadores que utiliza na Análise das Demonstrações Financeiras?


Dentre as 27 respostas, podemos destacar as seguintes: 5-Não utiliza nenhum, 4-Fluxo de Caixa, 3-NCG=Necessidade de Capital de Giro e 3-EBITDA=Earnings Before Interests, Taxes Depreciation and Amortizations.

Na questão 3-Qual o critério para Estabelecimento de Limite de Crédito de Pessoa Jurídica?, apresenta-se a seguinte distribuição:

Dentre os Outros(*), podemos destacar: 9-Não aplica nenhum dos critérios, 4-SERASA e 4-Análise Financeira.

Considerando a questão 4-Como é Estabelecido o montante de Limite de Crédito de Pessoas Jurídicas?, foram obtidas as seguintes respostas:

O percentual médio foi obtido, considerando o percentual informado pelos 50 respondentes que informaram utilizam Faturamento e dos 25 que utilizam o Patrimônio Líquido. Dos 31 demais respondentes, destaque-se que: 13-Não utilizam nenhum critério, 5-Capacidade de Pagamento, 5-Escore de Crédito e 3-Análise das Demonstrações Financeiras.

Foram observadas as seguintes respostas à questão 5-Quais os critérios para monitoração de possibilidade de fraudes de Pessoas Jurídicas?

O desdobramento das principais resposta dos Outros(*), são: 6-Utilizam Relatórios de Visitas e 5-Não utilizam nenhum critério.


Para a questão 6-Como é Estabelecido o montante de Limite de Crédito de Pessoas Físicas, foram obtidas as respostas:

Dentre os 51 respondentes, destaque-se que 28 não utilizam nenhum critério ou não vem para Pessoas Físicas.

Já na questão 7-Qual a área responsável pela aprovação do Limite de Crédito? , temos as seguintes respostas:

Dos Outros(*) 19, temos as principais respostas: 9-Gerentes, 5-Depende de vários fatores e 3-Não responderam ou Não aplicável.

Para demonstrar as respostas da questão 8-Qual a principal dificuldade na Gestão de Recebíveis?, temos o seguinte quadro:

Das respostas que mais apareceram dentre os Outros(*) 23, observamos: 4-Não utilizam ou não são aplicáveis, 2-Inadimplência, 2-Concorrência, 1-Fraudes e 1-Erros Cadastrais.

Foram computadas as principais respostas para a questão 9-Qual(is) o(s) tema(s) Emergente de Crédito e Cobrança?:


Para última questão 10-Qual o processo de acompanhamento da Carteira de

Crédito/Cobrança, com as respostas:

Dos 14 Outros(*), podemos destacar: 3-ERP, 3-ORACLE, 1-BI, 1-Du & Bradstreet, 1-SuperCash Santander, 1-Adenant, 1-Hermes, 1-FinWin, 1-Columbus, 1-Mega e 1-Estatística.

5-CONCLUSÃO

Do que foi apresentado no resultado das 10 questões respondidas por 106 respondentes, sendo 83 homens e 23 mulheres, destes 16 eram Diretores e 43 Gerentes Financeiros ou Controllers, com idade média de 41,6 anos e com 15,6 anos de média de emprego, bem como alto nível cultural, pois são graduados no nível superior, sendo que 65 são Especialistas, 42 Mestres e 4 Doutores em Administração/Finanças. Observando o porte das empresas 70 respondentes estavam em empresas com Faturamento em 2011 acima de R$ 9 milhões. Com este perfil de respondentes, podemos verificar os critérios mais relevantes para estabelecimento de Limite de Crédito para Pessoas Jurídicas são através de Indicadores Financeiros com destaque para o Crédit Scoring, com 60 respondentes utilizando este critério

Outra contribuição importante desta pesquisa, além do depoimento de dois estudiosos e executivos da área de Crédito, pois não foi encontrado nos livros pesquisados numa indicação precisa do critério objetivo para quantificação do Limite de Crédito. Desta forma, podemos observar que 50 respondentes utilizam o Faturamento como base de Limite de Crédito num percentual médio pouco acima de 30%, bem como outros 25 respondentes utilizando o Patrimônio Líquido com percentual médio 17,54%.


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ANEXO I


ANEXO II

“um estudo empÍrico sobre limite de crÉdito” · por meus alunos de análise das...

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