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Análise da Gestão de Concessão de Serviço Público de abastecimento de água: estudo de caso da concessão no município de Tailândia do Pará Biligram da Cunha Silva 1 Josenaldo Junior Carvalho Gomes 2 RESUMO Este trabalho apresenta Sendo já amplamente conhecida a importância da água para o desenvolvimento humano, nos mais diversos aspectos, 1 Pós-graduando em Gestão Pública (UFPA) e Graduado em Tecnologia de Alimentos (UEPA); [email protected] . 2 Graduado em Licenciatura Plena em Informática (IFPA) e Pós- graduando em Gestão Pública (UFPA); [email protected] .

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Análise da Gestão de Concessão de Serviço Público de abastecimento de água: estudo de

caso da concessão no município de Tailândia do Pará

Biligram da Cunha Silva1

Josenaldo Junior Carvalho Gomes2

RESUMO

Este trabalho apresenta Sendo já amplamente conhecida a importância da água para o

desenvolvimento humano, nos mais diversos aspectos,

Aprovado em:1 Pós-graduando em Gestão Pública (UFPA) e Graduado em Tecnologia de Alimentos (UEPA); [email protected].

2 Graduado em Licenciatura Plena em Informática (IFPA) e Pós-graduando em Gestão Pública (UFPA); [email protected].

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Conceito: _________________

Banca examinadora:

_____________________________________________Orientadora: Profª. Msc. Daniele Nogueira

____________________________________________Prof.

____________________________________________Prof.

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1. INTRODUÇÃO

O acesso a água de qualidade e em quantidade suficiente, é uma das necessidades mais

essenciais ao ser humano, tanto para a manutenção de sua saúde quanto para desenvolvimento

econômico. Dessa forma, o abastecimento de água tem uma importância decisiva tanto do

ponto de vista sanitário quanto do ponto de vista econômico, não podendo jamais ser

ignorado.A água é o constituinte inorgânico mais abundante na matéria viva: no homem, mais de 70% de seu peso é constituída por água, e em certos animais aquáticos esta proporção pode chegar a 98%. O nosso planeta tem quase ¾ de sua superfície coberta por água, continuamente movimentada através do ciclo hidrológico (Figura 1), que tem na irradiação solar a sua principal fonte de energia e na evaporação e precipitação as suas principais forças condutoras. O escoamento ou deflúvio superficial, o escoamento subterrâneo ou infiltração e a transpiração são os demais estágios deste ciclo. O Brasil dispõe de 15% de todo o volume de água doce existente no mundo, ou seja, dos 113 trilhões de m³ disponíveis para a vida terrestre, 17 trilhões estão concentrados no nosso país. Deste total, 80% distribui-se pela Bacia Amazônica que engloba 3% do total da população brasileira. (CASTRO, M. B.; IPH 214)

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Embora seja antiga a noção de que a Terra tem a maior parte de sua superfície coberta

por água, o conhecimento da verdadeira dimensão de seu volume é relativamente recente.

Mais recente ainda é a percepção de que, apesar de abundante, uma parcela muito pequena

Figura 1 Ciclo Hidrológico

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dessa água, cerca de 2,5%, é doce e que bem menos de 1% está acessível para o consumo

humano nos rios, nos lagos e no subsolo3.

Há, portanto, uma tendência de escassez – quantitativa – global, devido ao uso

desordenado de diversas gerações, agravado pelo aumento da população e consequente

aumento dos usos, combinado com a ocorrência de escassez localizadas em algumas regiões.

Há também um outro grande responsável pela escassez da água, dentro do contexto atual, o

desperdício. As atividades humanas que resultam na poluição, também estão diretamente

relacionadas a degradação de mananciais causando desequilíbrio natural na disposição das

águas4.

Um estudo inédito realizado em 2011 no Brasil inteiro coordenado pela Agência

Nacional de Águas, o Atlas Brasil – Abastecimento Urbano de Água, reúne e revela dados

detalhados com relação às demandas urbanas, à disponibilidade hídrica dos mananciais, à

capacidade dos sistemas de produção de água e dos serviços de coleta e tratamento de esgotos

dos 5.565 municípios brasileiros.“O Atlas revela que 3.059, ou 55% dos municípios, que respondem por 73% da demanda por água do País, precisam de investimentos prioritários que totalizam R$ 22,2 bilhões. As obras nos mananciais e nos sistemas de produção são fundamentais para evitar déficit no fornecimento de água nas localidades indicadas, que em 2025 vão concentrar 139 milhões de habitantes, ou seja, 72% da população. O Atlas Brasil consolida o planejamento da oferta de água em todo o País a partir do diagnóstico dos mananciais e da infraestrutura hídrica existente (sistemas de captação de água, elevatórias, adutoras e estações de tratamento) e da identificação das melhores alternativas técnicas. É o resultado do trabalho feito em articulação com órgãos do governo federal, estaduais e municipais.O Norte e o Nordeste possuem, relativamente, as maiores necessidades de investimentos em sistemas produtores de água (mais de 59% das sedes urbanas). Chama a atenção a precariedade dos pequenos sistemas de abastecimento de água do Norte, a escassez hídrica no Semiárido e a baixa disponibilidade de água das bacias hidrográficas litorâneas do Nordeste. No Sudeste, os principais problemas decorrem da elevada concentração urbana e da complexidade dos sistemas produtores de abastecimento, que motivam, muitas vezes, disputas pelas mesmas fontes hídricas. ” (AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS, 2011)

Diante de tão lastimosa situação apontada por esta e por outros importantes pesquisas,

cabe aos Governos encontrar alternativas que possibilitem assegurar a universalização dos

direitos essenciais à vida humana. Nesse sentido, as parcerias público-privadas podem

constituir-se em importante mecanismo de redução de desigualdades e expansão de serviços

básicos.

3 . GRAF, Ana Cláudia Bento. Água, bem mais precioso do milênio: o papel dos Estados. Revista CEJ, Brasília, n. 12, set./dez. 2000. p.31. 4 . BARROS, Wellington Pacheco. A Água na Visão do Direito. Porto Alegre: Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, Departamento de Artes Gráficas, 2005. p. 42-43.

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O município de Tailândia localizado às margens da rodovia PA-150, pertence à

Mesorregião Nordeste Paraense e à Microrregião homogênea de Tomé-Açu. Foi emancipado em 10

de maio de 1988, e possui uma área de 4.430,222 Km². A população estimada pelo IBGE em

2015 é de 97.161 habitantes.

Os serviços de abastecimento de água na Zona Urbana são prestados pela Companhia

de Saneamento do Pará (COSANPA) por meio de contrato de concessão de serviços. Na Zona

Rural, algumas vilas e/ou comunidades foram contempladas por sistemas de abastecimento

construídos através de convênio, em parceria com a Fundação Nacional de Saúde-FUNASA e

a Prefeitura Municipal de Tailândia, além de soluções coletivas, onde os custos de

implantação são divididos entre os usuários. O restante da população usa de soluções

individuais, como poços amazônicos, artesianos e situações irregulares, as chamadas ligações

clandestinas.

O objetivo deste, é obter o real diagnóstico do serviço de concessão de fornecimento

de água em Tailândia frente aos desafios postos pelo acelerado crescimento populacional,

onde, na última década esse crescimento foi entorno de 112%, como mostra o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2015). Onde será descrito e observado por meio

de dados as afirmações feitas acima.

É propósito, portanto, deste estudo levantar informações de como essa demanda

populacional tem sido atendia pela atual concessionária do serviço de água, demonstrando

ainda as afirmações, traçando um paralelo com a realidade vigente, buscando esclarecer ainda

qual tem sido o papel da Prefeitura enquanto tutora do serviço no acompanhamento da

execução deste contrato, tão importante para a população deste município.

Ao final, com base neste levantamento, serão sugeridas possíveis soluções para os problemas

encontrados.

1.2 QUESTÕES NORTEADORAS

1) O princípio da universalização juntamente com a qualidade dos serviços têm sido

garantidos aos usuários?

2) Os objetivos da prefeitura como titular concedente têm sido alcançados?

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

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Segundo o Relatório do Desenvolvimento Humano 2006 do Programa das Nações

Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), “a água imprópria para consumo e o saneamento

inadequado constituem dois dos principais catalisadores da pobreza e da desigualdade

mundiais”:Cerca de 1,8 milhões de mortes de crianças por ano são causadas por diarreia (4.900 mortes por dia), ou seja, uma população menor de cinco anos de dimensão equivalente à existente nas cidades de Nova Iorque e Londres juntas. Em conjunto, a água imprópria para consumo e o mau saneamento constituem a segunda maior causa mundial de mortalidade infantil. As mortes por diarreia em 2004 foram seis vezes mais numerosas do que a média anual de mortes em conflitos armados nos anos 90. A perda de 443 milhões de dias escolares por ano devido a doenças relacionadas com a água. Perto de metade do total de pessoas dos países em desenvolvimento sofrem, em determinada altura, de um problema de saúde causado pela falta de acesso a água e saneamento. Milhões de mulheres passam várias horas por dia a recolher água. (PNUD, pp. 14, 15)

Leal (2012), afirma que um sistema de abastecimento de água constitui-se em uma

solução coletiva para o adequado abastecimento de uma comunidade, de pequeno a grande

porte, compondo-se de um conjunto de unidades com a finalidade de retirar da natureza os

volumes de água nas quantidades necessárias ao atendimento dos consumidores, adequar suas

características aos padrões de potabilidade para consumo humano, e colocar esses volumes à

disposição da população de forma a não restringir o seu consumo.

Para Galvão (2009), a universalização do acesso aos serviços de água e de esgoto é

um objetivo legítimo das políticas públicas porque tem impactos importantes sobre a saúde, o

ambiente e a cidadania. No Brasil, o déficit do setor de saneamento básico é elevado,

sobretudo no que se refere ao esgotamento e tratamento de esgotos, com maior carência nas

áreas periféricas dos centros urbanos e nas zonas rurais, onde está concentrada a população

mais pobre.

De acordo com FRANÇA apud COMISSÃO EUROPEIA (2003), a busca de um

método alternativo e eficiente para amealhar recursos financeiros do setor privado e aplicá-los

em financiamento, desenvolvimento e operação de projetos relacionados à prestação de

serviços básicos à sociedade teve origem no Reino Unido. Os investimentos e o know-how do

setor privado foram as principais causas da realização das primeiras parcerias, denominadas

Public-Private-Partnerships — Parcerias Público-Privadas (PPPs) —, especialmente diante do

agravamento das necessidades de infraestrutura nas áreas de transporte e meio ambiente (água

e resíduos sólidos), advindo da integração territorial dos Países Candidatos à União Européia.

No Brasil, as parcerias público-privadas surgiram dentro de um contexto econômico-

político em que se tornou imprescindível para o país a criação de novos instrumentos de

gestão dos serviços públicos ante as necessidades, cada vez mais crescentes e prementes da

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população em todas as esferas: social, de saúde, de emprego, de transporte, de moradia, de

infraestrutura, etc. A inadequação de nossa política econômica se refletia na inaptidão de

distribuir riqueza e de possibilitar uma vida mais digna a todos. A dívida pública impedia a

própria expansão da economia já que o Estado não mais possuía recursos para financiar

grandes obras de infraestrutura. E, cada vez mais, mostrava-se imprescindível a realização de

elevados dispêndios com investimentos e custeio dos setores energéticos, de telefonia,

siderurgia, serviços financeiros, etc. (FRANÇA, 2011, p. 20).

A concessão é o instrumento utilizado pelo Estado como providência

descentralizadora de sua atuação, mediante a transferência de algumas de suas atribuições

para o setor privado com a finalidade de atingir objetivos de melhoria da qualidade e da

eficiência dos serviços públicos, além de redução do tamanho do aparelhamento

administrativo5.

Para França (2011), pode-se inferir que o surgimento do instituto das parcerias

público-privadas é consequência da evolução histórica do próprio Estado que, em razão da

crescente demanda de serviços e utilidades, se fez imperativa a criação de mecanismos por

meio dos quais ele, o Estado, por intermédio de parcerias estabelecidas com a iniciativa

privada, possa realizar obras vultosas de infraestrutura ou reestruturá-las em busca do bem-

estar social, compartilhando uma série de riscos com o aliado privado.

Se faz importante a transcrição de conceitos bastante relevantes:“A parceria público-privada é o contrato administrativo de concessão que tem por objeto (a) a execução de serviço público, precedida ou não de obra pública, remunerada mediante tarifa paga pelo usuário e contraprestação pecuniária do parceiro público, ou (b) a prestação de serviço de que a Administração Pública seja usuária direta ou indireta, com ou sem a execução de obra e fornecimento e instalação de bens, mediante contraprestação do parceiro público.”6

“(...) acordo firmado entre a Administração Pública e entes privados, que estabelece vínculo jurídico para implantação, expansão, melhoria ou gestão, no todo ou em parte, e sob o controle e fiscalização do Poder Público, de serviços, empreendimentos e atividades de interesse público em que haja investimento pelo parceiro privado, que responde pelo respectivo financiamento e pela execução do objetivo estabelecido. ”7

5 . DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública: concessão, permissão, franquia, terceirização, parceria público-privada e outras formas. São Paulo: Atlas, 2009, p.67.6 . DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Parcerias na Administração Pública: concessão, permissão, franquia, terceirização, parceria público-privada e outras formas. São Paulo: Ed.Atlas, 2009, p.146.7 . C RETELLA NETO, José. Comentários à Lei das Parcerias Público-Privadas – PPPs. Rio de Janeiro: Ed. Forense, 2005, p.11.

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A Lei Orgânica do Município de Tailândia em seu Capítulo II da Política Urbana,

explicita em seu Artigo 200:A execução da política urbana está condicionada às funções sociais da cidade, compreendidas como direito de acesso de todo cidadão à moradia, ao transporte, ao saneamento, à iluminação pública, à energia elétrica, à comunicação, à educação, à saúde, ao lazer, à segurança, ao abastecimento de água (…) (TAILÂNDIA/PA. Lei Orgânica do Município, 2004)

E ainda no Capítulo VII do Saneamento, no Artigo 290, I:

abastecimento de água, em quantidade suficiente para assegurar a adequada higiene e o conforto, e com qualidade compatível com os padrões de potabilidade; (TAILÂNDIA/PA. Lei Orgânica do Município, 2004)

Segundo a Constituição Federal de 1988 é dever do Estado a responsabilidade pelo

fornecimento dos Serviços Públicos à população, visando o bem estar da mesma. E nesse

sentido, o Estado tem duas maneiras de executar tais serviços: de forma direta, através de sua

própria estrutura, e de forma indireta, por meio da delegação de serviço público ao setor

privado. Esse, último torna-se vantajoso ao Estado por duas razões principais: a viabilidade de

execução de serviços sem ônus financeiro para os cofres públicos, além de permitir grandes

investimentos demandados pela sociedade e que de outra forma o Estado não conseguiria

atender. Para Celso Antônio Bandeira de Mello, seja qual for o motivo determinante da descentralização: imprimir maior eficiência técnica, lograr celeridade nos serviços, promover atuação mais racional e menos dispendiosa, geri-los superiormente e de forma democrática, atribuindo sua gestão aos próprios destinatários da ação administrativa, em qualquer hipótese, o que a Administração Pública realiza através dela é o efetivo descongestionamento de funções que lhe cabem, na suposição de que este é procedimento hábil para colimar os fins acenados”8 .

3 METODOLOGIA (No máximo 3 páginas)

O presente estudo foi realizado na cidade de Tailândia, localizada na Região Nordeste

do Estado do Pará, fundamentado em análises de cunho qualitativo e quantitativo, sendo os

dados aqui apresentados obtidos através de pesquisas bibliográficas, visitas in locus, bem

como uso de entrevistas informais com servidores públicos.

Na Secretaria Municipal de Obras, Saneamento e Urbanismo (SEMUR), buscou-se

conhecer a metodologia de trabalho e o funcionamento do setor responsável pela área do

serviço de água e saneamento, fazendo também um levantamento documental para subsidiar a

análise em questão, e a interação com o escritório da Companhia de Saneamento do Pará 8 . MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Natureza e Regime Jurídico das Autarquias. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1968. p. 68.

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(COSANPA), de onde foram coletados dados concernentes a captação, tratamento e

distribuição da água.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DE RESULTADOS

No Município não há Plano Diretor de Águas, porém a Lei Complementar nº 0019

que institui o Plano Diretor Estratégico e do Zoneamento e Uso do Solo do Município de

Tailândia prevê para o setor de Abastecimento de água, ações estratégicas dentro da política

de saneamento básico, as quais sejam:

Art. 68. São Políticas de Saneamento:

I - Implantar e adequar sistema de coleta, tratamento e fornecimento de água;

II - Incentivar programas de monitoramento da qualidade de água.

Além disso, na seção II Dos Recursos Hídricos, são estabelecidos metas, a

exemplo de:

Art 67. São metas de gestão de recursos hídricos:

IV – Criar alternativas de reutilização de água e novas alternativas de

captação.

A observação dos sistemas existentes no Município comparados às diretrizes criadas

em seu Plano diretor não identifica ou demonstra as alíneas citadas acima, resultando no

atendimento ineficaz e ineficiente da cobertura, da qualidade e quantidade dos serviços de

abastecimento de água prestados, demonstrados em suas estruturas e instalações hidráulicas

defasadas ou mal dimensionadas.

Além disso, a falta de monitoramento continuado dos sistemas reflete em péssimas

condições para captação de águas subterrâneas; adução para o transporte de águas bruta e

tratada; tratamento adequado da água para adequação aos padrões de potabilidade;

reservatórios de água com capacidade satisfatória; rede de distribuição e ligações domiciliares

em materiais hidráulicos de qualidade e suficientes para a demanda total de domicílios no

Município, abrangendo as áreas urbana e rural.

4.1. CARACTERIZAÇÃO DAS FORMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA NO

MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

Em termos de estrutura, para atender o Município, a COSANPA utiliza como fonte de

abastecimento a solução coletiva através de sistema isolado, sendo as Unidades do sistema

público oferecido: O manancial subterrâneo; a Captação através de poços profundos e rasos; 9 . TAILÂNDIA/PA. Lei Complementar nº 001, de 10 de outubro de 2006.

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Adutora de água bruta e tratada; Tratamento realizado através de simples desinfecção;

Reservatórios apoiado e elevado; Estação Elevatória que tem como função captar água dos

poços, aumentar a pressão na rede e a vazão de adução; Redes de Distribuição e Ligações

domiciliares, atendendo as necessidades de uso doméstico, comercial, industrial e outros fins.

Fonte: Comitê executivo PMSB

O setor da COSANPA em Tailândia conta atualmente com uma Unidade de Negócios onde se

encontra o escritório administrativo e as Unidades (partes existentes que são constituintes do

sistema de abastecimento de água): dois poços profundos e vinte e seis unidades de poços

freáticos (rasos); uma Estação Elevatória de Água Bruta (EEAB) (Figura 2); Um Reservatório

Apoiado (RA) (Figura 3);

Adutora de Água Bruta

(AAB), além de acessórios hidráulicos – Tubulações, Conexões, etc. (Figuras 4). Após o

tratamento realizado pela concessionária, a água é transportada através da Adutora de Água

Figura 3: Reservatório Apoiado

Figura 2: Estação Elevatória de Água Bruta

Fonte: Comitê executivo PMSB

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Tratada (AAT) para o Reservatório Elevado (RE) existente, localizado na Travessa São Félix

no bairro Centro (Figura 5).

Após a reserva a água é distribuída através da malha de Rede de Distribuição de água e

ligações domiciliares. O sistema de abastecimento de Tailândia que além de atender apenas

uma pequena parcela da população deveria funcionar 24h/dia, o que não acontece, visto que

ocorrem frequentes interrupções, geralmente por quebra de equipamento, principalmente as

bombas que já possuem muito tempo de uso e dificilmente recebem manutenção preventiva.

Em decorrência disso, o sistema chega a parar por dias seguidos.

A captação da

água é feita através de

poços subterrâneos sendo: (dois profundos e 26 poços freáticos, estes utilizam bombas à

Figura 4: Parte constituinte do Sistema

Figura 5: Reservatório Elevado

Fonte: Comitê executivo PMSB

Fonte: Comitê executivo PMSB

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Vácuo, denominados Vácuo I e II). A vazão total dos poços profundos é de 114 m3/h e do

sistema à Vácuo I e II, respectivamente é de 59 m3/h e 89 m3/h.

4.1.1. Abastecimento de água na zona urbana

A área urbana de Tailândia é abastecida em regime de concessão pela COSANPA

atendendo atualmente uma população aproximada de 12,53 mil habitantes. O atual sistema de

abastecimento oferecido pela companhia contempla apenas cerca de 30% da população total

do município, sendo considerado um atendimento não satisfatório mediante a demanda

populacional concentrado nesta zona que chega aproximadamente a 58,35 mil habitantes. A

área de abrangência desses serviços prestados pela companhia compreende o bairro Centro e

parte dos bairros: Aeroporto, Santa Maria e Bairro Novo, como demonstrado na figura 2, o

restante dos bairros usa alternativas de abastecimento como as soluções individuais (poços

amazônicos, artesianos) além da existência de ligações clandestinas.

No que diz respeito a questão financeira do fornecimento da água, vale ressaltar que

o serviço prestado pela COSANPA não é gratuito e possui taxas de pagamento que são

cobradas de acordo com a renda familiar, localidade da residência e quantidade de pessoas de

uma moradia. Esta forma nem tão precisa de se cobrar pelo serviço, é usada devido a não

utilização de hidrômetro (aparelho medidor da quantidade de água utilizada). O que muitas

vezes ocasiona em um sério problema ambiental, o uso indiscriminado da água e o

consequente desperdício. Situação comum, visto que a população não tem o hábito de regrar o

precioso bem.

A Tabela 1 abaixo, levando

em consideração o Censo ainda

Figura 6: Área de abrangência do abastecimento da COSANPA

Fonte: Comitê executivo PMSB

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de 2010, resume a abrangência populacional do abastecimento de água pela COSANPA, o

que demonstra a necessidade de expansão em atendimento às residências do Município na

área urbana. Segue o quadro comparativo da população total e urbana de Tailândia e a

quantidade de habitantes coberta e atendida por água da concessionária:

Tabela 1: ABRANGÊNCIA POPULACIONAL DA COSANPA.

Abrangência Populacional Nº de habitantes

População Total do município (Urb+Rur) 79,30 mil

População Urbana - Área de Abrangênciada COSANPA

58,35 mil

População Urbana Coberta por água 15,75 mil

População Urbana Atendida por água 12,53 milFonte: COSANPA, 2012.

Resumidamente, Tailândia apresenta os seguintes índices de cobertura e atendimento

de água na zona urbana distribuída pela concessionária, considerando o número da população

do Município, segundo levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) e pela COSANPA, demonstrada na tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Índice de Cobertura e Atendimento da População Urbana de Tailândia

Índice Porcentagem coberta e atendidaÍndice de Cobertura Urbana de Água segundo

IBGE26,84%

Índice de Atendimento Urbano de Água segundo IBGE

21,35%

Índice de Cobertura Urbana de Água segundo a COSANPA

27,60%

Índice de Atendimento Urbano de Água segundo a COSANPA

21,95%

Fonte: COSANPA, 2012.

No que diz respeito aos cuidados com a qualidade da água, o tratamento realizado

pela concessionária no Reservatório Apoiado (RAP), pela simples Desinfecção, para tal, o

produto químico utilizado é o Cloro, através de pastilhas de cloro que é realizado no RAP

existente através do Clorador (Figura 7).

Figura 7: Clorador da COSANPA Tailândia

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4.1.2. Abastecimento de água na zona rural

Na zona rural do Município de Tailândia, formada por dezenas de vilas e vicinais, a

COSANPA não oferece o serviço de abastecimento de água, e em algumas situações a água

chega através de parcerias entre a FUNASA e a prefeitura. Outras alternativas são utilizadas

para o abastecimento das famílias, que por conta própria encontram os meios mais diversos:

poços amazônicos, os quais em muitas situações são próximos às fossas amazônicas e

ocasionam a contaminação das águas servidas, água coletada e ingerida diretamente de rios

sem qualquer tipo de tratamento prévio. Em muitos casos, as populações das vilas também se

abastecem através de ligações clandestinas, realizadas pelos próprios moradores no sistema de

água da escola mais próxima às suas casas.

4.2. ANÁLISE DA CONCESSÃO ATUAL DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO

DE ÁGUA NO MUNICÍPIO DE TAILÂNDIA

Notadamente, os investimentos em infraestrutura e tecnologia não acompanharam a

evolução populacional de Tailândia, que nas últimas décadas cresceu exponencialmente. Essa

inversão proporcional tem acarretado em diversos prejuízos, tanto sociais quanto econômicos.

Isto posto, diante da atual situação encontrada, o que inclui uma estrutura instalada

insuficiente, e uma grande demanda descoberta, apesar dos vários meios encontrados

espontaneamente pela própria população tailandense para suprir sua necessidade básica de

água, verifica-se que há grande margem de ampliação da infraestrutura, sobretudo na zona

urbana (foco da pesquisa), que concentra a grande maioria das pessoas e no momento atual

Figura 7: Clorador da COSANPA Tailândia

Fonte: COSANPA, 2012

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está amplamente descoberta pela rede de abastecimento, mantendo essa gente desprovida

desse precioso e fundamental bem, água de boa qualidade.

Vale aqui mencionar Galvão (2009), diante da fragilidade dos instrumentos

contratuais (…), na busca da universalização, a regulação pode exercer vários papéis. Um

deles é fazer cumprir, por meio das políticas regulatórias, as macrodefinições estabelecidas

nas políticas públicas setoriais decididas no âmbito dos poderes executivo e legislativo. Outro

papel seria desenvolver mecanismos que incentivem a eficiência das empresas prestadoras de

serviço, pois, desse modo, mais recursos poderão ser canalizados para a expansão da

infraestrutura. Além disso, a regulação proporciona um ambiente mais estável para a

realização de investimentos públicos e privados no setor. Assim, não se espera que a

regulação venha remover todos os obstáculos à universalização, mas é preciso considerá-la no

conjunto de soluções como parcela significativa para a consecução deste objetivo.

4.3. PROPOSIÇÃO DE UMA GESTÃO PÚBLICA PARA MELHORIA DA

QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA.

No Brasil, a lei n° 11 445/2007, que tem como objeto estabelecer diretrizes nacionais para o saneamento básico e a política federal do setor, definiu a regulação como condição para a validade dos contratos. Esse objeto traz ainda significativas repercussões sobre a legislação subnacional, sobretudo relacionada à regulação da prestação dos serviços. A Tabela 3 resume algumas das funções definidas para o titular dos serviços e para o ente regulador na lei.Em outras palavras, a garantia legal para a universalização deverá estar assegurada nos marcos de cada concessão, mediante cláusulas e metas de expansão e de atendimento previstas nos contratos de concessão e de programa. O que pouquíssimo observamos no caso em questão. (GALVÃO, Junior AC. Rev Panam Salud Publica. 2009)

Provavelmente seja hora de se analisar melhor os termos do antiquado contrato, que

ao mesmo tempo que garante o serviço de água para uma parcela da população, mantém a

outra parte, e esta a maioria, sem ao menos esperança de receber o que é seu por direito. Essa

constatação se faz óbvia, visto que o referido contrato não prevê obrigações à curto, médio ou

longo prazo para a concessionária que sejam minimante suficientes para atender as tão

crescentes e urgentes necessidades que se mostram em Tailândia.

Sendo já amplamente reconhecida a importância da água para a saúde humana,

certamente essa insuficiência de abastecimento de qualidade, se faz notar nas estatísticas

negativas da saúde pública, e na constante lotação dos postos médicos locais. Realidade esta,

que só evidencia as lacunas que ainda estão abertas e o tamanho do desafio que está posto. O

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que se espera, é que a regulação, obrigatória para a validade dos contratos (Tabela 3),

impulsione e faça valer seu caráter repreensivo, trazendo transparência ao processo, eficiência

aos prestadores do serviço e benefícios à população de Tailândia.

Tabela 3. Funções do titular e do regulador de serviços de saneamento conforme a lei n°

11.445/2007, Brasil

Titular Regulador

Elaborar planos de saneamento básico Verificar o cumprimento dos planos de saneamento básico

Delegar a prestação dos serviços Garantir o cumprimento das condições e metas estabelecidas; garantir a fiel interpretação dos contratos

Fixar direitos e deveres dos usuários Normatizar aspectos técnicos, econômicos e sociais da prestação dos serviços; receber e se manifestar sobre as reclamações dos usuários; dar publicidade aos direitos e deveres dos usuários; permitir acesso às informações sobre os serviços prestados

Estabelecer mecanismos de controle social Dar transparência às ações, baseada em sistemas de informações e processos decisórios institucionalizados; dar publicidade a relatórios, estudos e decisões

Definir nos contratos regras para fixação, reajuste e revisão de tarifas

Definir as pautas das revisões tarifárias; estabelecer regras e critérios de estruturação do sistema contábil e plano de contas; definir e fixar tarifas; auditar e certificar anualmente os investimentos realizados, os valores amortizados, a depreciação e os respectivos saldos; estabelecer normas e mecanismos sobre tarifas, pagamentos e subsídios para prestadores que realizem atividades interdependentes

Intervir e retomar a operação dos serviços Recomendar ao titular a intervenção nos serviçosFonte: Brasil, lei n° 11 445, de 5 de janeiro de 2007 (3)

Documento da própria COSANPA (Ofício nº 151-P/2015), assinado pelo presidente

da entidade e destinado a prefeitura de Tailândia, reconhece a irregularidade do Contrato de

Concessão, visto que o mesmo foi assinado após a Constituição de 1988, e sem processo

licitatório, etapa obrigatória para a execução do serviço. O Ofício admite ainda, que outros

procedimentos legais carecem ser atendidos, como a elaboração do Plano Municipal de

Saneamento Básico (PMSB), que ainda não foi finalizado pelo município, o que em muito

dificulta os avanços nesta área.

Uma das propostas viáveis que surge como alternativa na resolução do mencionado

problema, é a criação de uma força tarefa envolvendo as três esferas de poder do município,

juntamente com a sociedade organizada, no intuito de finalizar e aprovar o Plano Municipal

de Saneamento Básico, que certamente é a base necessária para as futuras mudanças e

avanços.

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REFERÊNCIAS

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