ucam - universidade cÂndido mendes pÓs … cristina bitencourt de souza.pdf · para hoffmann...

38
UCAM - UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO AVALIAÇÃO: UM ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO Por: Michele Cristina Bitencourt de Souza Orientadora Profª. Maria Esther Rio de Janeiro 2006

Upload: halien

Post on 20-Dec-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

UCAM - UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO

AVALIAÇÃO: UM ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO

Por: Michele Cristina Bitencourt de Souza

Orientadora

Profª. Maria Esther

Rio de Janeiro

2006

2

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO

AVALIAÇÃO: UM ENFOQUE PSICOPEDAGÓGICO

Apresentação de monografia à Universidade

Cândido Mendes como requisito final para obtenção

do grau de especialista em Psicopedagogia.

Por: Michele Cristina Bitencourt de Souza.

3

AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus por tudo de bom que

tens feito em minha vida; aos meus

pais, pelo que sou hoje e por me

fazerem acreditar que sempre é

possível ir mais longe; aos meus

irmãos, pela compreensão, estímulo e

por estarem ao meu lado; ao Evandro,

porque me incentiva sempre a

continuar; ao Yuri, por enriquecer de

alegra a minha vida; aos professores

que encontrei, por me apontarem

tantos caminhos.

4

DEDICATÓRIA

A todas as crianças com quem trabalho e

que me motivam a caminhar e a exercitar

a capacidade de mudança.

À minha mãe, pela força e incentivo.

5

RESUMO

A pesquisa realizada veio abordar um tema bastante significativo e

questionador: A avaliação – um enfoque psicopedagógico.

Escrever sobre avaliação é refletir também na nossa postura enquanto

psicopedagogos e educadores. Primeiramente foi questionado: O que é

avaliação? Baseando-se nisso, foi apresentado a questão das inteligências

múltiplas como uma visão alternativa na avaliação. Tendo um olhar

diferenciado para as diversas habilidades.

Abordando também a sensibilidade dos educadores como diferença;

fatores que levam ao sucesso; o olhar avaliativo; ações psicopedagógicas; o

lugar da afetividade e incluindo também o jogo, como estratégia de intervenção

psicopedagógica.

A avaliação deveria tronar-se parte do ambiente natural da

aprendizagem. Tanto quanto possível, deveria ocorrer em movimento, como

parte do engajamento natural de um indivíduo numa situação de

aprendizagem.

Enfim, ao avaliar deve-se lembrar da corrente que existe entre

educador e educando; que resgata o olhar, o prazer, o verdadeiro ato de amor

6

METODOLOGIA

Pesquisa bibliográfica/documental: Utilizando bibliografias para refletir

sobre o tema e registro a definição de alguns estudiosos no processo de

avaliação.

O Foco na questão das inteligências múltiplas como uma visão

alternativa na avaliação.

Abordei alguns tópicos como:

Avaliação – O que é?

Ampliando o olhar avaliativo

A questão das inteligências como uma visão alternativa na

avaliação

Inteligências Múltiplas

Integração de Fatores que levam ao sucesso

Interdisciplinaridade: um velho caminho novo

A sensibilidade como diferença: um enfoque psicopedagógico

Ação psicopedagógica

O lugar da afetividade

Jogo – estratégia de intervenção psicopedagógica

7

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 08

CAPÍTULO I - Avaliação – O que é? .............................................................. 10

1.1 – Ampliando o olhar avaliativo .................................................................. 13

CAPÍTULO II - A questão das inteligências como uma visão alternativa

na avaliação ................................................................................................... 15

2.1 – Inteligências Múltiplas ............................................................................ 16

2.2 – Integração de fatores que levam ao sucesso ........................................ 19

CAPÍTULO III – Interdisciplinaridade: Um velho caminho novo ...................... 20

CAPÍTULO IV – A sensibilidade como diferença: Um enfoque

psicopedagógico ............................................................................................. 22

4.1 – Ação Psicopedagógica ........................................................................... 22

4.2 – O lugar da Afetividade ............................................................................ 26

4.3 – Jogo: Estratégia de intervenção psicopedagógica ................................. 26

CONCLUSÃO ................................................................................................. 28

ANEXOS ......................................................................................................... 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................... 34

ÍNDICE ............................................................................................................ 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO ................................................................................. 37

8

INTRODUÇÃO

A presente pesquisa tem uma preocupação com crianças inteligentes,

ativas, inquietas e muito participativas; com um profissional que não temas as

suas próprias dúvidas; com uma instituição de ensino que valorize e respeite

as diferenças; com uma instituição participativa, acolhedora integradora e

consciente de que estamos em pleno século XXI e que precisamos perceber

as transformações em nosso campo de atuação.

A Avaliação é sempre acompanhada de muitas dúvidas, conflitos,

incertezas e muitas vezes, incoerências. E, no entanto, é um processo crucial

para a vida de quem está sendo avaliado. É vital considerar a avaliação como

um processo qualitativo, interativo, através do qual aprendemos sobre nós

mesmos, influenciados pela negociação, pela interdisciplinaridade, auto-

avaliação e avaliação do erro.

A instituição escolar é direta e profundamente afetada por essa quebra

de paradigma, principalmente quando se pode comprovar que a valorização da

inteligência que uma criança possui em destaque facilita o desenvolvimento

de outras inteligências igualmente necessárias a sua sobrevivência e

interação social.

Tomar a avaliação nessa perspectiva e em todas as dimensões requer

que ela ocorra sistematicamente em todo processo Ensinar-Aprender de

forma democrática e justa. É fundamental nesse processo, a utilização de

diferentes códigos, como verbal, o oral, o escrito, o gráfico, o numérico, o

pictórico, de forma a se considerar as várias aptidões das crianças.

Nos dias atuais a avaliação é muito mais do que uma simples prova

bimestral; ela envolve vários elementos, instrumentos e conceitos que o

profissional deve lançar mão para que a mesma seja eficiente. Vale a pena

9

ressaltar ainda, a relação de poder que ela exerce no processo ensino-

aprendizagem.

Nesse mesmo contexto, a utilização dos conceitos das inteligências

múltiplas é de suma importância nas questões que envolve a prática

psicopedagógica, onde valoriza-se as diferenças individuais e emocionais.

Alguns procedimentos de ensino e de avaliação serão sugeridos como

forma de beneficiar a criança na construção e na avaliação dos seus

conhecimentos.

Esta pesquisa se baseia em uma educação afetiva e efetiva, onde se

reconhece que existem quatro pilares na educação fundamentais: o aprender

a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver junto e aprender a ser,

destacando-se o psicopedagogo como elemento mediador entre os diversos

atores educacionais.

10

CAPÍTULO I

AVALIAÇÃO – O QUE É?

Diversos estudiosos definem o processo de avaliação que vem refletir

muito na nossa prática enquanto psicopedagogos e também na nossa

apostura. Iniciando este capítulo, apresentaremos conceitos diversos de

avaliação, buscando analisar o tema em uma abordagem psicopedagógica.

Para Luckesi (2005), a avaliação pode ser caracterizada como uma

forma de ajuizamento da qualidade do objetos avaliado, fator que implica uma

tomada de posição a respeito do mesmo, para aceitá-lo ou para transformá-lo.

A definição mais comum adequada, encontrada nos manuais, estipula que a

avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações relevante da

realidade, tendo em vista uma tomada de decisão.

Ela é um juízo de valor, o que significa uma afirmação qualitativa sobre

um dado objeto. O objeto avaliado será tanto mais satisfatório quanto mais se

aproximar do ideal estabelecido, e menos satisfatório quanto mais distante

estiver da definição ideal, como protótipo ou como estágio de um processo.

Baseando-se em Luckesi (2005), o uso da avaliação deve ser

praticada como uma atribuição de qualidade aos resultados da aprendizagem

dos educandos, tendo por base seus aspectos essenciais e, como objetivos

final, uma tomada de decisão que direcione o aprendizado e,

consequentemente, o desenvolvimento do educando.

Luckesi afirma ainda que ao avaliar, o educador deverá: coletar,

analisar e sintetizar, da forma mais objetiva possível, as manifestações das

condutas-cognitivas, afetivas, psicomotoras dos educandos, produzindo uma

configuração do efetivamente aprendido;

11

“A avaliação formativa assume todo seu sentido no

âmbito de uma estratégia pedagógica de luta contra o

fracasso e as desigualdades, que está longe de ser

sempre executada com coerência e continuidade”

(Perrenoud, 1996/ 1997.p.16).

Essa avaliação tem a função controladora e tem o propósito de

constatar se os objetivos estabelecidos foram alcançados e ainda fornece

dados para aperfeiçoar o processo ensino-aprendizagem.

Segundo Gardner (1995), a avaliação pressupõe o exato entendimento

do perfil das inteligências de cada aluno. Esse cuidadoso procedimento

permite escolhas adequadas de careiras e passatempos. Também permite

uma busca mais esclarecida de alternativas para dificuldades. A avaliação é o

aspecto central de um sistema educacional.

Os meios de avaliação deveriam buscar fundamentalmente as

capacidades de resolver problemas ou elaborar produtos nos indivíduos,

através de uma variedade de materiais.

A avaliação é um momento do ensino de muita importância para o

psicopedagogo e para a instituição escolar, mas é muito importante para o

educando.

Baseando-se nos Parâmetro Curriculares Nacionais (1997/2001), a

avaliação é compreendida como um conjunto de atuações que tem a função

de alimentar, sustentar e orientar a intervenção pedagógica. Só pode

acontecer se forem relacionadas com as oportunidades oferecidas, analisando

adequação das situações didáticas propostas aos conhecimentos prévios dos

educandos e aos desafios que estão em condições de enfrentar.

Para Demo (1996), avaliar é planejar, estabelecer objetivos, dentro de

outros aspectos. Daí que os critérios de avaliação, que condicionam seus

resultados, estejam sempre subordinados às finalidades e objetivos

previamente estabelecidos para qualquer prática, seja ela educativa, social,

política ou outra.

12

O planejamento tem sido visto como uma técnica neutra. Seja no nível

teórico ou prático, não se tem observado uma preocupação com as finalidades

político-sociais e em estabelecer claramente os objetivos. Tanto os meios

como os fins precisam ser revistos.

Os processos sociais mudam a cada momento e, em conseqüência

disso, para avaliar e planejar é preciso estar atento às mudanças, é preciso

acreditar em uma avaliação qualitativa, como um processo contínuo e com

ações transformadoras.

Segundo Gadotti (1995), avaliar pode se constituir num exercício

autoritário do poder de julgar ou, ao contrário, pode se constituir num processo

e num projeto que o avaliador e avaliado buscam e sofrem uma mudança

qualitativa.

Para romper com o exercício autoritário do poder de avaliar, é preciso

romper com o autoritarismo e assumir um verdadeiro papel de instrumento

dialético, de crescimento, de mudanças qualitativas e assumir um caminho

justo e democrático.

A LDB n.º 9.394/1996, em sue Capítulo II – Art. 24, diz que:

“A avaliação deverá ser contínua e cumulativa do

desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao

longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

A avaliação deve acontecer de forma participativa e contínua durante

todo o ano letivo. A avaliação não pode ser reduzida à simples reprodução e à

exames de finais de ano.

Para Esteban (2001), a avaliação como prática de investigação pode

ser uma alternativa às propostas excludentes por buscar um ação coerente

com a concepção de conhecimento como processo dinâmico, dialógico,

fronteiriço, constituído nos marcos das múltiplas tensões sociais.

13

Essa avaliação propõe contribuir para que os sujeitos possam

individualmente ou coletivamente, instaurar processos reflexivos, dinâmicos e

de conhecimento.

Para a autora desta monografia, analisando conceitos diversos, a

avaliação pressupõe em encontro autêntico entre o avaliador e o avaliado,

onde o estímulo, o autoconhecimento , a motivação, o respeito e a negociação

estão presentes numa relação de muita confiança para a criação de uma

situação equilibrada e favorável de troca de ensino e de aprendizado.

1.1 – Ampliando o olhar avaliativo

Para Hoffmann (2004), avaliar para promover cada um dos educandos

é um grande compromisso que nos exige aprofundar o olhar sobre a sua

singularidade no ato de aprender e, ao mesmo tempo, ampliá-lo na direção do

grupo e das relações sociais.

Avaliar, nesse sentido, exige observação de todo o processo através

de procedimentos diversificados de análise, de situações complexas de

aprendizagem, encadeadas e sucessivas, além da reflexão acerca das

múltiplas dimensões de manifestação de um aluno.

Perrenoud (2002), afirma:

“É mais fácil avaliar conhecimentos de um educando do

que suas competências porque, para apreendê-las, deve-

se observá-lo lidando com tarefas complexas, o que exige

tempo e abre caminhos à constatação” (p.16).

Avaliar competências significa observar o educando em sua

capacidade de pensar e agir eficazmente em sua situação, buscando soluções

para enfrentá-las, apoiado em conhecimentos, mas sem limitar-se a eles.

O aprender envolve situações interativas, engajamento pessoal e a

busca de conhecimentos em momentos sucessivos e complexos.

14

Hoffmann (2004), ainda afirma que a visão do educador/avaliador

ultrapassa a concepção de alguém que simplesmente “observa” se o educando

acompanhou o processo e alcançou resultados esperados, na direção de um

educador que propõe ações diversificadas e investiga, justamente, o

inesperado, o inusitado. Sendo alguém que provoca, questiona, confronta,

exige novas e melhores situações a cada momento.

O compromisso do avaliador passa a ser o de mobilizá-lo a buscar

sempre novos conhecimentos, o de ajustar experiências educativas às

necessidades e interesses percebidos ao longo do processo, e de provocá-lo a

refletir sobre as idéias em construção para que seja cada vez mais autônomo

em suas buscas.

É preciso pensar na avaliação mediadora como um processo de

permanente toca de mensagens e de significados, um processo interativo,

dialógico, espaço de encontro e de confronto de idéias entre educador e

educando em busca níveis qualitativamente superiores de saber.

15

CAPÍTULO II

A QUESTÃO DAS INTELIGÊNCIAS COMO UMA VISÃO

ALTERNATIVA NA AVALIAÇÃO

Nos dia atuais, procura-se um tipo de instituição que valorize a

pluralidade cultural, a construção do conhecimento e onde a avaliação tem a

ver a busca de resultados positivos. Para isto, é preciso reconhecer a múltiplas

facetas do desenvolvimento do processo cognitivo.

Segundo Mettrau (1995), o educador é um dos profissionais que lida

mais próximo e mais precocemente com cada um de nós. Portanto cabe-lhes,

muitas vezes, um papel decisivo na vida dos cidadãos.

Nesse sentido, é preciso repensar o processo educacional e s postura

do educador, visto que a avaliação trona-se instrumento fundamental, na

medida em que seja exercida segundo o seu significado constitutivo. Vale

então lembrar: Cipriano Luckesi (2005), o mecanismo ação-reflexão-ação é

importante para eu a avaliação cumpra o seu papel ontológico. É nesse

contexto que aparece a figura do educador como mediador da prática

educativa e pedagógica. No geral, na atual prática educativa, a avaliação tem

fugido ao significado constitutivo. Em primeiro lugar, ela é assumida como

classificatória, pois aí está a arma de uma pedagogia autoritária e

conservadora. Como o educador possui o poder arbitrário de classificar, em

definitivo, sem apelação, um educando, possui também a chave que o impede,

consciente ou inconscientemente o processo de crescimento da liberdade e

autonomia, e da evolução do conhecimento. Aquele que aprendeu, aprendeu.

O que não aprendeu, infelizmente fica como está. É a classificação apenas por

16

notas ou conceitos. Desse modo, será arbitrário a atitude do educador,

“bonzinho” é aquele que piedosamente, facilita a vida dos educandos,

classificando-os em níveis qualitativos e quantitativos que não possuem, como

será maléfico o “durão” que, cria artifícios para “derrubar” os educandos em

provas, testes... Ambos estão trabalhando para um processo antidemocrático

do verdadeiro acesso ao aprender/saber e à competência necessária para a

vivência em uma sociedade mais solidária e justa. E a isso some-se o exemplo

fascista de conduta, que tem amplas possibilidades de ser reproduzido no

futuro. A conduta de muitos educadores, ainda é uma cópia fiel de seus

antigos mestres.

Essa prática “comum” da avaliação se dá em decorrência do senso

comum autoritário dentro do qual vivemos. Do espírito fascista que nos cerca e

do significado errôneo da prática da avaliação.

Numa psicopedagogia preocupada com a transformação, o exercício

de avaliar não poderá ser “durão” ou “piedoso”. Terá que ser adequado e

normatizado pela própria amplitude constitutiva desta ação, ou seja, norteada

por uma visão de totalidade sobre os dados relevantes, na perspectiva de

encaminhar a ação e não estagná-la pela classificação.

2.1 – Inteligências Múltiplas

Segundo Gardner (1995), a visão tradicional da inteligência é definida

operacionalmente pela capacidade de responder a itens dos testes de

inteligência. Porém, os conceitos das inteligências múltiplas visa pluralizar o

conceito tradicional. Uma inteligência implica na capacidade de resolver

problemas que permite à pessoas abordar uma situação em que um objetivo

deve ser atingido e localizar a rota adequada para esse objetivo, ou elaborar

produtos que são importantes em um determinado ambiente ou comunidade.

Gardner (1995) explica eloqüentemente as idéias fundamentais que

desencadeiam uma revolução na aprendizagem e mostra como elas podem

ser aplicadas na sala de aula onde se espera que os educandos pensem.

17

Todos nós somos dotados de diferentes capacidades, na forma de

pensar e de agir. Elas são classificadas, segundo Gardner, como:

Inteligência Lógico-matemática: que é o domínio do raciocínio

lógico e dedutivo e da compreensão de modelos matemáticos. Está

diretamente associado ao pensamento científico.

Inteligência Lingüística: que se dá pela habilidade de se

expressar por meio da linguagem verbal, manifestando-se na forma

oral ou escrita. É a forma criativa de lidar com as palavras.

Inteligência Espacial: desenvolve a capacidade de formar um

modelo mental preciso na forma de se orientar no ambiente físico

em que se encontra.

Inteligência Corporal-cinestésica: visa o domínio dos

movimentos do corpo, podendo ser um instrumento eficiente de

expressão. Inclui, ainda, a agilidade de manipular objetos.

Inteligência Interpessoal: existe a capacidade de se relacionar

bem com as outras pessoas. Ela vem da habilidade de

compreender as motivações e as expectativas dos demais.

Inteligência Intrapessoal: busca habilidade de estar bem consigo

mesmo. Está ligada à capacidade de administrar os próprios

sentimentos e de usá-los para alcançar os objetivos pessoais.

Inteligência Musical: que é a aptidão para expressar por meios

dos sons, com base em elementos como tons e timbres no sentido

de organizá-los de maneira criativa.

Gardner afirma ainda que:

“O propósito da escola deveria ser o de desenvolver as

inteligências múltiplas e ajudar as pessoas a atingirem

objetivos de ocupação e passatempo adequados ao

aspecto particular de inteligências”. (p.112)

18

Suas idéias conduzem a noção de uma escola centrada no indivíduo,

voltado para um entendimento e desenvolvimento do perfil cognitivo de cada

educando, enfatizando que nem todas a pessoas têm os mesmos interesses e

habilidades, e que nem todos aprendem da mesma maneira.

Ele propõe um novo conjunto de papéis para os educadores, onde a

tarefa seria a de tentar compreender as capacidades e interesses dos

educandos de uma determinada instituição. Por isso seria muito importante

que os educadores utilizassem instrumentos justos para avaliar como uma

criança usa sua inteligência. Precisa também ser capaz de observar as

diferentes capacidades pessoais e habituais. A maioria das avaliações

depende diretamente da medida de algumas capacidades, se os educandos

são bons ou não em uma determinada área de conhecimento que a instituição

julga necessária. Para que essa mudança se realize, é preciso que as

avaliações venham contribuir para o crescimento sócio, cultural, intelectual e

econômico.

Inevitavelmente surgem as perguntas: Como nós pedagogos e

psicopedagogos podemos educar nossas crianças através das Inteligências

Múltiplas? Como poderemos chegar até ela?

A curta resposta, possivelmente a correta, é a de que não existe

nenhuma receita pronta para este tipo de educação. Esta teoria foi

desenvolvida em uma tentativa de descrever evolução e a topologia da mente

humana, e não como uma certo tipo de mente ou estimular um certo tipo de

ser humano. Assim, quando voltamos a nossa atenção para um ambiente

específico, como o escolar, surge a interrogação na qual seria a melhor

maneira de ajudar os alunos a se adaptarem e dominarem esse ambiente.

Deve ser feito um esforço amplo no sentido de identificar as

diversidades de inteligências que há nos ambientes escolares, devendo se

levar em conta os vários fatores nele existentes. Precisa-se considerar as

condições físicas do ambiente, a organização e às exigências de cada

disciplina específica. Deve-se considerar também, as características

específicas de cada um, assim como os meios pedagógicos para ajudá-los a

19

desenvolverem suas atuais capacidades e atitudes na vida dentro e fora de

qualquer ambiente.

A avaliação é instrumento para promoção da aprendizagem (Andréa

Rosana Fetzner Krug), sendo assim, a avaliação acontece para providenciar a

melhora da aprendizagem que oportunizamos. Vele a pena ressaltar que

todos (educadores, educandos e pais) precisam avaliar o trabalho em

desenvolvimento. Todos são sujeitos da avaliação e a prática do olhar

avaliativo não deveria se dar apenas sobre o educando, mas com ele. Este

olhar avaliativo é prática construtivista que se aprender cotidianamente e no

exercício individual e coletivo.

2.2 – Integração de Fatores que levam ao sucesso

Para Gardner (1995), a maioria das discussões a respeito da reforma

escolar tem focado nitidamente o aluno, seja ele uma criança na pré-escola ou

um adolescente aplicando-se na aquisição de uma nova habilidade. Manter

este foco é muito esclarecedor, na verdade, as tentativas de reforma estão

condenadas ao fracasso a menos que considerem as propriedades e os

potenciais de cada aluno.

Segundo Gardner o sucesso depende da ativa integração de quatro

fatores:

Avaliação: É preciso desenvolver procedimentos e instrumentos

que sejam “justos para com a inteligência” e permitam observar

diretamente os tipos de aprendizagem nos quais estamos

interessados.

Currículo: É preciso dar uma nova configuração aos currículos, de

modo que eles se centrem nas habilidades, conhecimentos e acima

de tudo, nos entendimentos que são verdadeiramente desejáveis

hoje em dia. Adaptar o currículo, tanto quanto possível, aos estilos

de aprendizagem e forças específicas de cada aluno.

20

Educação e desenvolvimento profissional do professor: Atrair

para a o magistério indivíduos mais fortes; melhorar as condições

para que eles permaneçam ensinando; utilizar professores-mestres

para ajudar a formar a nova geração de educandos e educadores.

Participação da comunidade: Apoio dos membros da família e de

outros adultos que sirvam como monitores; envolvimento de todos

no processo educacional.

CAPÍTULO III

INTERDISCIPLINARIDADE: UM VELHO CAMINHO NOVO

Segundo Nogueira (1998):

“Interdisciplinaridade é o trabalho de integração das

diferentes aéreas do conhecimento. Um real trabalho de

cooperação e troca, aberto ao diálogo e ao planejamento.

As diferentes disciplinas não aparecem, de forma

fragmentada e compartimentada, pois a problemática em

questão conduzirá a unificação” (p.26).

Com a interdisciplinaridade aprende-se que um fato ou solução nunca

é isolado, mas é uma conseqüência da relação entre muitos outros. A atitude

intredisciplinar se dá pela ousadia da busca, da pesquisa.

A interdisciplinaridade pode ser comparada ao conhecimento de uma

sinfonia, onde cada músico da orquestra tem sua característica, que é distinta

e para que a sinfonia aconteça, é necessário a participação de todos.

Para nogueira, uma atitude interdisciplinar é um desafio – desafio

perante o novo, desafio em redimensionar o velho – atitude de envolvimento e

comprometimento com as pessoas envolvidas, atitude, pois, de compromisso

em construir sempre da melhor forma possível, atitude de responsabilidade, de

21

alegria, de encontro. Essa atitude exigirá romper com velhos paradigmas,

acreditar no novo.

A postura e a atitude interdisciplinar poderão garantir uma atuação

mediadora, que buscará o foco de interesse, facilitará o acesso de pesquisa,

indagara mais do que responderá, promoverá discussões. Sempre preocupado

mais com o processo do que com o produto, garantindo assim, o sucesso do

processo de aprendizagem.

Só é possível pensar em interdisciplinaridade quando se possui uma

equipe comprometida, bem diferente dos grupos de sujeitos isolados, que se

preocupam no máximo com o produto obtido.

Um dos objetivos da interdisciplinaridade é a integração entre as

disciplinas e os diferentes saberes das diferentes áreas do conhecimento. É

necessário que esta integração ocorra por parte de todos os participantes do

processo de ensino-aprendizagem.

A interdisciplinaridade não necessariamente precisa estar atrelada a

um projeto pois, quando todos estão embuídos do espírito interdisciplinar,

qualquer assunto, por mais simples que seja, pode ser tratado

interdisciplinarmente.

22

CAPÍTULO IV

A SENSIBILIDADE COMO DIFERENÇA: UM ENFOQUE

PSICOPEDAGÓGICO

Segundo Turra (1992), no seu Planejamento de Ensino e Avaliação, os

programas de avaliação devem levar em conta as diferenças pessoais entre os

indivíduos, devendo ser enfatizadas quando instruímos educadores

responsáveis pela avaliação. Ter sensibilidade às essas diferenças pode

tornar-se parte da competência do psicopedagogo e ser um instrumento

facilitador na avaliação.

Vale a pena fazer o seguinte questionamento: De que forma a

avaliação é utilizada para o benefício do educando? Que programas têm sido

elaborados levando em consideração a forma como se aprende?

O psicopedagogo precisa envolver, seduzir, motivar e sensibilizar os

educandos para o seu processo, através de várias técnicas, jogos e

principalmente através da relação estabelecida, pois só assim existirá

confiança e aprendizagem.

4.1 – Ação Psicopedagógica

23

Para Bossa (2000), o psicopedagogo deve compreender a situação de

aprendizagem do sujeito, individualmente e em grupo, dentro do seu próprio

contexto.

Educadores e psicopedagogos devem ter sensibilidae e metodologia

de trabalho, pois a medida em que a “problemática” aparece, a forma de sua

atuação vai tecendo em cada caso. Cada situação é única e requer do

profissional atitudes conscientes, diferentes, de sensibilidade e específicas em

relação “àquela” situação.

Ainda para Bossa (2000), o psicopedagogo deve pesquisar a

condições para que se produza a aprendizagem escolar, identificando os

obstáculos e os elementos facilitadores, numa abordagem preventiva. Uns e

outros (elementos facilitadores e obstáculos) são condicionados por diferentes

fatores, fazendo com que cada situação seja única e particular. Sem dúvida,

esse trabalho requer uma atitude de investigação e intervenção.

É importante reiterar-se, que o trabalho psicopedagógico tem também

função preventiva na medida em que, ao tratar determinados problemas, pode

prevenir o aparecimento de outros.

Baseando-se em Bossa (2000), é comum a criança ou adolescente,

diante de uma dificuldade escolar, assumir um comportamento inadequado,

que serve para justificar o seu baixo rendimento. Na maioria das vezes,

apresentam tal conduta devido à desmotivação pela aprendizagem, causa de

muitas frustrações.

É neste sentido que, ao intervirmos numa dificuldade instalada,

podemos estar prevenindo o aparecimento de outros problemas. Devemos

considerar especialmente as circunstâncias, isto é, o contexto de vida do

sujeito, ou seja, a família, a escola, a comunidade. Neste sentido, diz Kramer

(1983):

“Os estudos antropológicos exigem que levamos em

conta o contexto de vida mais imediato das crianças e as

próprias características específicas dos professores e da

escola como instituição. Isso significa reconhecer que as

24

crianças são diferentes e tem especificidades, não só por

pertencerem a classes diversas ou por estarem em

momentos diversos em termos de desenvolvimento

psicológico (...) Também os hábitos, costumes e valores

presentes na sua família e na localidade mais próxima

interferem na sua percepção de mundo e na sua

inserção, e ainda também os hábitos, valores e costumes

dos profissionais com que eles convivem no contexto

escolar (professores, serventes, supervisores, etc.)

precisam ser considerados e discutidos” (p.22).

Sendo assim, devemos reconhecer e considerar a interferência desses

elementos apontados por Kramer, não só nas causas dos problemas, mas

também na forma de intervenção do profissional.

É preciso considerar o ser humano em toda a sua unidade enquanto

espécie em meio a tanta variedade, diferenças.

E importante frisar, que as características da família, da escola ou até

mesmo do professor podem ser a causa desencadeante do problema de

aprendizagem.

O educador e o psicopedagogo devem levar em consideração todos os

elementos mencionados acima, incluindo a comunidade. Não é possível excluí-

los do processo aprendizagem, cuja influencia sobre o sujeito é marcante.

Para Paín (1990), o problema de aprendizagem pode ser gerado por

causas internas e externas à estrutura familiar e individual, ainda que

sobrepostas. Os problemas ocasionados pelas causas externas são chamados

por essa autora de problemas de aprendizagem reativos, e aqueles cujas

causas são internas à estrutura de personalidade ou familiar do sujeito

denominam-se inibição ou sintoma – ambos os termos emprestados da

psicanálise. Segundo a autora, quando se atua nas causas externas, o

trabalho é preventivo. Já na intervenção em problemas cujas causas estão

ligadas à estrutura individual e familiar da criança, o trabalho é terapêutico.

Segundo Fernández (1990):

25

“Para resolver o problema de aprendizagem reativo,

necessitamos recorrer principalmente a planos de

prevenção nas escolas (batalhar para que o professor

possa ensinar com prazer para que, por isso, seu aluno

possa aprender com prazer, tender a denunciar a

violência encoberta e aberta, instalada no sistema

educativo, entre outros objetivos), porém, uma vez gerado

o fracasso e conforme o tempo de sua permanência, o

psicopedagogo deverá também intervir, ajudando

através de indicações adequadas (assessoramento à

escola, mudança de escola, orientação a uma ajuda

extra-escolar mais pautada, a um espaço de

aprendizagem extra-escolar expressivo, etc.) para que o

fracasso do ensinante, encontrando um terreno fértil na

criança e sua família, não se constitua em sintoma

neurótico.

Para resolver o fracasso escolar, quando provém de

causas ligadas à estrutura individual e familiar da criança

(problema de aprendizagem – sintoma ou inibição), vai

ser requerida uma intervenção psicopedagógica

especializada (...) Para procurar a remissão desta

problemática, deveremos apelar a um tratamento

psicopedagógico clínico que busque libertar a inteligência

e mobilizar a circulação patológica do conhecimento em

sue grupo familiar “ (p.21-82).

Segundo a autora, o trabalho psicopedagógico está relacionado às

causas dos problemas de aprendizagem, a identificação da natureza da causa

interfere na forma de atuação do profissional. O sujeito ao qual se destina

atendimento, tem seus problemas de aprendizagem gerados por fatores

26

internos à estrutura familiar ou de personalidade, portanto sintoma. Quando

gerados por inadequação da escola ou professor, tronam-se um sintoma ao

encontrarem no sujeito ou na família o terreno fértil, transformando-se num

sintoma mais grave.

Sem sombra de dúvidas, há causas na estrutura de personalidade e/ou

familiar, mas há também, a incidência de problemas por conseqüência de

inadequação dos métodos, do educador, enfim, da estrutura de ensino.

É extremamente importante que o educador e o psicopedagogo

contribuam coma escola no sentido de promover aprendizagem significativa ou

mesmo de tratar de distúrbios nesse processo.

4.2 – O lugar da Afetividade

Para Bossa, afetividade fala em emoção, sentimentos, dor, prazer,

satisfação, insatisfação, enfim, aquilo que a criança pode manifestar na sua

relação com o outro, na relação familiar, na escola, principalmente, onde o

outro é um estranho e sabe-tudo (o professor, os colegas), e onde o sujeito

está, por assim dizer, num mundo competitivo. Em seus eventuais bloqueios, a

afetividade pode estar operando de forma a impedir a aprendizagem.

Quando o educador faz o aluno refletir, criticar e, de algum modo,

permite o extravasamento de raivas contidas, ele se torna o primeiro alvo do

exercício de liberdade do alunos (Weiss, 1991).

O “extravasamento de raivas contidas” é colocado como facilitador da

aprendizagem. O amor às crianças, a afeição é unicamente construtivo.

O psicopedagogo deve refletir sempre e buscar dar a sua contribuição

no sentido de prevenir problemas de escolaridade.

4.3 – Jogo: Estratégia de intervenção psicopedagógica

27

Bossa (2000), afirma que o jogo é uma atividade criativa e curativa,

pois permite a criança (re)viver ativamente as situações dolorosas que viveu

passivamente, modificando os enlaces dolorosos e ensaiando na brincadeira

as suas expectativas da realidade.

Conforme aponta Fernández, “não pode haver construção do saber se

não se joga com conhecimento”( 1990,p.165).

O saber é a incorporação do conhecimento numa construção pessoal

relacionada com o fazer:

“O exercício de todas as funções semióticas que supõe a

atividade lúdica possibilita uma aprendizagem adequada,

na medida em que é através dela que se constróem os

códigos simbólicos e se processam os paradigmas do

conhecimento conceitual, ao se possibilitar, através da

fantasia e do tratamento de cada objeto nas múltiplas

circunstâncias possíveis” Paín (1986, p.50).

Do ponto de vista afetivo, os jogos infantis reproduzem situações

psíquicas estruturantes na constituição do eu.

Além dos jogos orais, também os jogos com argila, água, areia, tinta

plástica, etc., como representantes em forma de substitutos socialmente

aceitos; os jogos com bonecas e animais como expressão de fantasia da

criança sobre a relação dos pais e o jogos com veículos simbolizando as

fantasias de penetração e representando a forma de controle pulsional

fornecem elementos de análise.

Para Bossa, todos esses jogos tomados como referência ao campo da

aprendizagem, dizem de como a criança aprende, que coisas aprende, qual o

significado do aprender, com ela se defende do objeto do conhecimento e que

operações mentais utiliza no jogo.

O efeito terapêutico está implícito no próprio ato de jogar. É através do

jogo, do brinquedo, que se estabelece uma via de comunicação e que o

28

psicopedagogo pode intervir no sentido da aprendizagem, rompendo muitas

vezes o isolamento.

É importante que o psicopedagogo possa jogar o jogo com a criança,

sem no entanto perder de vista o seu compromisso com a aprendizagem e

lembrando que toda relação do sujeito com o mundo, depois que deixa de ser

conseqüência de um reflexo, demanda aprendizagem.

CONCLUSÃO

Se cada educador olhar de forma diferente para o educando; olhar

esse de curiosidade e apreciação, verá que é um ser extremamente inteligente,

capaz, digno de aprender, possuidor de um perfil cognitivo único de dons

intelectuais.

Esse olhar diferenciado é um excelente começo de mudanças e

quebras de paradigmas.

Vale a pena refletir sobre a pergunta: Qual é a missão da educação?

Sem receio, podemos sugerir que é desenvolver toda a extensão da

capacidade humana, identificar os talentos que nossas crianças possuem e

desenvolvê-los através da educação, da solidariedade e da amorosidade.

Todos merecem oportunidades para explorar suas potencialidades e

desenvolver seus interesses.

No mundo em que vivemos tudo está globalizado; a escola está

inserida neste contexto e as aulas não podem isolar-se pela exclusividade de

um determinado assunto.

29

Educadores inteligentes e ousados devem reconhecer que a avaliação

eficiente é vista como parte do processo de aprendizagem e devem permitir

que os educandos participem da avaliação e da auto-avaliação.

Cabe ao educador criar situações de aprendizagens significativas,

integrar o currículo e a avaliação, possibilitar que os educandos desenvolvam

suas várias competências no contexto e executar projetos que visam

desenvolver suas habilidades pessoais.

É possível valorizar as habilidades, as inteligências múltiplas e

acreditar que não se trata apenas de uma teoria, mas sim e uma prática

possível e tangível.

É preciso gerar reflexões, a fim de repensarmos nossas práticas,

posturas, questionar paradigmas e se necessário mudar enquanto educadores

e eternos aprendizes.

Finalizando esta conclusão, transcrevo uma afirmação de Luís

Machado – Ministro do Desenvolvimento da Inteligência da Venezuela:

“Hoje em dia, uma sociedade de para a inteligência pode

ser consciente e humanamente planejada.

Isto não é uma teoria; é uma realidade que transforma...

De posse de mentes mais desenvolvidas, as pessoas

serão capazes de encontrar dentro de si os elementos

necessários para construir uma nova sociedade.”

30

ANEXOS

31

32

33

34

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

BOSSA, Nadia A. A Psicopedagogia no Brasil: Contribuições a partir da

prática. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2 ed. 2000.

CAMPBELL, Linda, CAMPBELL, BRUCE e DICKINSON, Dee. Ensino e

aprendizagem por meio das Inteligências Múltiplas. Trad. Magda Lopes. Porto

Alegre: Artes Médicas Sul, 2 ed. 2000.

DEMO, Pedro. Avaliação Qualitativa. Campinas, São Paulo, 6 ed.

Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Promulgada em 20/12/1996. Lei n.º

9.394, ed. Do Brasil S/A

35

ESTEBAN, Maria T. O que sabe quem erra? Reflexões sobre avaliação e

fracasso escolar. 2 ed. DP e A., 2001.

GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática – trad. Maria

Adriana Veríssimo Vernonese. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para Promover: as setas do caminho. Porto

Alegre: Mediação, 6 ed. 2004.

LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. Campinas: Cortez.

NOGUEIRA, Nilbo R. Interdisciplinaridade Aplicada. São Paulo: Érica, 4 ed.

1998.

NOVA ESCOLA. A revista de quem educa. Rio de Janeiro: Abril, 2006.

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Brasília: MEC/SEF. 1998

PERRENOUD, Philippe. Avaliação – Da Excelência à Regulação das

Aprendizagens – Entre Duas Lógicas. Artmed. 1999.

PERRENOUD, Fhilippe. As Competências para Ensinar no Século XXI – A

formação dos Professores e o Desafio da Avaliação. Artmed. 2002.

36

ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................ 02

AGRADECIMENTO ........................................................................................ 03

DEDICATÓRIA ................................................................................................ 04

RESUMO ........................................................................................................ 05

METODOLOGIA ............................................................................................. 06

SUMÁRIO ....................................................................................................... 07

INTRODUÇÃO ................................................................................................ 08

CAPÍTULO I - Avaliação – O que é? .............................................................. 10

1.1 – Ampliando o olhar avaliativo .................................................................. 13

37

CAPÍTULO II - A questão das inteligências como uma visão alternativa

na avaliação ................................................................................................... 15

2.1 – Inteligências Múltiplas ............................................................................ 16

2.2 – Integração de fatores que levam ao sucesso ........................................ 19

CAPÍTULO III – Interdisciplinaridade: Um velho caminho novo ...................... 20

CAPÍTULO IV – A sensibilidade como diferença: Um enfoque

psicopedagógico ............................................................................................. 22

4.1 – Ação Psicopedagógica ........................................................................... 22

4.2 – O lugar da Afetividade ............................................................................ 26

4.3 – Jogo: Estratégia de intervenção psicopedagógica ................................. 26

CONCLUSÃO ................................................................................................. 28

ANEXOS ......................................................................................................... 30

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................... 34

ÍNDICE ............................................................................................................ 36

FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes

Título da Monografia: Avaliação: Um enfoque Psicopedagógico

Autor: Michele Cristina Bitencourt de Souza

Data da entrega:

Avaliado por: Conceito:

38