tugabikers magazine - volume 02 - numero 02 - baja portalegre

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Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre

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Page 1: Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre
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Fotos, videos, revista digital, facebook, youtube, tv online, conversa, compra e venda, track days, enduro, motocross, velocidade e muito mais...

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Director GerALMiguel Flores [[email protected]]

Director GrÁFicobruno Brito [[email protected]]

DirectorA LoGisticAMarta Figueira [[email protected]]

coLAborADores permAnentesNuno CaetanoCésar CoriolanoMafalda MagalhãesMarta Figueira

corresponDente internAcionALRenato (Macau)Nuno Caetano (Inglaterra)

pubLicADo porwww.tugabikers.com

eDiçãoMiguel Flores / bruno brito

reDAcçãowww.tugabikers.com

textos (excepto onDe inDicADo)Miguel Flores / bruno brito / Marta Figueira

créDitos DAs FotosMiguel Flores / bruno brito

e-mAiL [email protected]

proprieDADewww.tugabikers.com by Miguel Flores

The tugabikers Magazine”, é uma revista digital criada por amantes de duas rodas e/ou para amantes de duas rodas. © 2009-2011 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial fotográfica ou escrita, incluídos neste número, sem a autorização expressa por escrito do Director.

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INDICEVoLume 02 - nÚmero 02 - 2011 / Versão DiGitAL

04

06

07

08

16

24

30

36

42

44

50

56

66

74

Indice

Publicidade

Editorial

Motosport Vodafone

Back to the past

Entrevista

Motosport Vodafone

Entrevista

Snipershots

Motosport Vodafone

Entrevista

Isle Of Man 2011

Melhores Momentos

Entrevista

82

88

94

100

108

114

120

128

136

138

142

148

154

160

Motosport Vodafone

Entrevista

Motosport Vodafone

WSBK - Portimão

Macau 2011

Motosport Vodafone

Baja Portalegre

Manx Grand Prix

Derek Concert

Ciao Simoncelli

Entrevista

CEV - Jerez

Isle of Man 2011

Contracapa

Braga II

Brands Hatch

Pedro Nuno

Portimão I

Fábio Pereira

by Bruno Rider

by Braga I

Hugo Skywalker

The Amazing Race - 1ª parte

Os Melhores Momentos 2010

Tiago Magalhães

Ivo Lopes e Miguel Oliveira

Bruno Rider

Concerto em Memória de Derek

Nuno Caetano na Ilha de Man

Oliveirinha dá show

Portimão II

Pilotos Portugueses em Macau

A última corrida do mundial

Estoril II

Manel Psst

Braga III

por Miguel Flores

Adeus Super Sic...

The Amazing Race - 2ª parte

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Miguel Florestugabikers magazine / Página 07

Estamos muito perto do final do ano de 2011 e como tal, fazemos sempre um resumo do que foi este ano.Este ano ficou marcado pela crise a nível mundial e como

tal o mundo do motociclismo sofreu nas pistas com uma reduzida adesão de pilotos, apoio das marcas, patrocínios e público em geral.

Apesar da crise instalada, muitos foram os Portugueses que brilharam lá fora e cá dentro, como Hélder Rodri-gues sagrou-se campeão mundial de todo-o-terreno, Paulo Felícia e Luís Oliveira campeões europeus nas respectivas classes, Rui Gonçalves e Miguel Oliveira no mundial de 125cc, Ivo Lopes na Red Bull Cup, nacional de velocidade em stock 600 e agora no final de ano a ro-

dar já em moto 2 no campeonato espanhol, Nuno Caetano brilhou na mítica prova de Road Racing Manx Grand Prix e

para terminar participou no GP Macau…neste momento não me recordo de mais pilotos além fronteiras. Em Portugal não me atrevo a nomear pilotos mas para quem participou foi um digno campeão.O ano fica marcado muito pela negativa devido ao falecimento de bastantes pilotos alguns mesmo muito jovens, o que nos faz pensar a partir de que idades devem estes jovens pilotos correr, equipamentos de protecção… alguns serão relembra-dos nesta edição.Foi um ano cheio de aventuras nas várias modalidades e pro-vas, desde o Enduro, Supermoto nacional e prova do mundial em Portimão, Motocross, Raid baja Portalegre, Mundial Super-bikes Portimão, british Superbikes brands Hatch, Isle of Man TT, Campeonato de Velocidade Espanhol Jerez de lá Frontera, campeonato nacional de velocidade… acho que se mostrou o que de melhor tem Portugal e no estrangeiro. O Tugabikers cresceu bastante graças a todos vocês, a revista Tugabikers tem cada vez mais leitores, temos vindo a ser recebidos cada vez melhor por todos os pilotos, equipas e público em geral, o que para nós é uma dádiva para continuar a trabalhar e tentar

que cada vez mais pessoas vejam o grande potencial do motoci-clismo em Portugal e não se “respira” só futebol em Portugal.Muito obrigado a todos por este fantástico ano, votos de um Feliz Natal para todos e um fantástico ano de 2012 com muita saúde para viver a vida da melhor forma…..

O Editor,

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Página 08/ tugabikers magazine

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tugabikers magazine / Página 09

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Página 10 / tugabikers magazine

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O piloto que mais se destacou na segunda corrida em Braga

foi Tiago Magalhães ao vencer as duas mangas de Superbike,

ficando assim qualificado no primeiro lugar pela primeira vez

nesta temporada.

FOTOS: Miguel Flores / Bruno RiderTEXTO: Bruno Rider / Marta Figueira

Esta corrida começou com um duelo a três, Luis Carreira começou muito bem na frente, sendo logo

seguido por Tiago Magalhães e Tiago Dias.Tiago Magalhães não desistiu e à 3ª volta tinha ultrapassado Carreira e estava no comando da

corrida. Os três pilotos mantiveram-se sempre muito juntos, mas a três voltas do final Tiago Dias teve uma queda o que fez com que Fernando Costa passasse

para 3º lugar.

tugabikers magazine / Página 11

Ricardo Santiago

Valdemar Cavalheiro

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Luis Carreira

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A 2ª corrida começou logo com Tiago Magalhães na frente, imediatamente atrás dele vinha Luis Carreira a exercer pressão, o que se manteve ao longo das

17 voltas terminando com Carreira em segundo lugar.

José Leite chegou a passar pelo 3º lugar inicial-mente, mas Tiago Dias apesar de ter arrancado mal

para a prova conseguiu assambarcar a posição.Já no troféu Nacional Promomoto o primeiro a chegar

á linha da meta e a ver a bandeira de xadrês foi Filipe Carvalho apesar de esta corrida ter começado com

a liderança de Nuno Caetano que se manteve na frente

José Leite

Luis Carreira

tugabikers magazine / Página 13

Ricardo Lourenço

José Gaspar

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Página 14/ tugabikers magazine

Nuno Caetano

Nelson Rosa

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durante as 4 primeiras voltas, em 3º ficou Paulo brandão, posição essa que passou a ocupar apartir da

6ª volta por troca com Mário Alves.Quanto ao campeonato Nacional de Promomoto Junior

125 e 85 cc a vitória pertenceu a André Pires, que travou um duelo com o espanhol Angel Outorelo.

André Pires colocou-se na frente da corrida logo no arranque resistindo durante grande parte da corrida à

pressão do piloto espanhol, que, apesar de ter sido obrigado a cumprir uma penalização com passagem pela linha de boxes, consegiu o 2º lugar na frente de

outro espanhol Alonso Fernandez.Marcos baquero foi o primeiro na corrida de Stocksport 600, liderando ao longo das 23 voltas, fez um arranque “canhão” ficando logo na frente. Em 2º lugar ia Heldér

bessa que na 5ª volta foi ultrapassado por Ruben Nogueira garantindo assim o 2º lugar, em 3º ficou

Romeu Leite.No Campeonato Galego, o 1º lugar do pódio foi con-

quistado por Hugo Moreira. Na 2ª posição ficou Agimiro Gomez que travou uma luta arrimada com Miguel Valiño

o que deu em troca de lugares durante toda a corrida.

tugabikers magazine / Página 15

Tiago FerreiraManuel Almeida

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Em 1926, um grupo de ciclistas pararam para investigar um campo de cogumelos perto de West Kingsdown em Kent e

gostaram da bacia natural que eles encontraram lá. Com a aprovação dos agricultores, a terra em brands Hatch Farm logo se tornou um local popular para o ciclismo. Em 1928, os motociclis-tas, que vinham utilizando floresta circundante para correr, deram os primeiros passos no sentido de transfor-mar a área em um circuito de corridas. brands Hatch foi ocupado pelo exército durante a guerra, mas rapidamente reto-mou o ritmo das corridas, e em 1947, o Brands Hatch Stadium Ltd foi formada com Joe Francis, como director adminis-trativo. Joe convenceu a bbC para transmissão em directo da inauguração de brands Hatch, o primeiro evento de

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tugabikers magazine / Página 17

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motociclismo a ser visto na TV britânica. Entre 1950 e 1951, o Clube Half Liter organizou a maioria dos eventos em brands Hatch, consolidando-o como um centro nacional de automobilismo e motociclismo. A bacia natural e o desenho original foi um sucesso para o público que tinha uma boa

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tugabikers magazine /Página 19

visão de quase qualquer lugar.Brands Hatch é um circuito muito, muito difícil com descidas, subidas, curvas cegas, curvas com inclinação favorável até meio e ao fim desfavorável e com um asfalto muito irregular. Só visto, pois contado ninguém acredita, e nem na televisão se consegue tirar ideia do que é. Mas são estas características que fazem o circuito britânico tão especial.Em 2011 o Tugabikers recebeu do piloto e amigo

Nuno Caetano um convite para assistir à primeira corrida do Campeonato Nacional de Velocidade Britânico. O Tugabikers aceitou o convite e a 22 de Abril rumou para terras de Sua Majestade, para assistir à abertura do Campeonato britânico. Os ingleses não deixam nada ao acaso, em 4 dias de provas, brands Hatch recebeu nada mais, nada menos do que 21 corridas e sempre sem parar. Existem corridas para todos os gostos, são na realidade 4 dias de pura loucura e

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animação .A magnitude do paddock de brands Hatch é gigantesco, o paddock é divido em 3 paddocks, acreditem que consegue ser maior que o paddock do MotoGp e do WSbK juntos.As corridas começam sempre com o circuito mais pequeno

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tugabikers magazine / Página 21

denomidado como “Indy” com apenas 1.944km, sendo que naquela pista ainda se realizam mais 2 provas com o circuito maior com a denomi-nação de brands Hatch “Moto Gp” com 3.916km. A razão porque as 3 corridas não ocorrem no circuito maior deve-se ao facto de que existe um protocolo assinado com os residentes locais em que apenas autorizam que 2 das 3 corridas sejam efectuadas no circuito “Moto Gp”, já que a “segunda metade” do ciruito “invade” as proprie-

dades circundantes. Mas acreditem que não é por isso que brands Hatch deixa de ser um espectáculo por sí só.Na abertura do Campeonato britânico, nada é deixado ao acaso, para além das tendas habi-tuais com venda de roupa e restaurantes espal-hados por todo o circuito, para agradar a miudos e graúdos existe sempre o cuidado de encontrar formas alternativas de entertenimento. Uma feira, com carroceis, tiro ao alvo, nada mas nada é

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deixado ao acaso. Os recintos circundantes ao circuito enchem-se de tendas e de motas, devotos do motociclismo instalam-se durante os 4 dias como se fossem uma grande familia unida pronta a torcer pelos seus pilotos favoritos.brands Hatch torna-se assim, um ponto de referência e de partida para cada começo anual das corridas britânicas.Um Campeonato que tem cerca de 12 corridas anuais, o próximo objectivo do Tugabikers é o circui-to de Cadwell Park onde o salto que o caracteriza faz as delicias para qualquer amante de motoci-lismo, assim como para os foto-grafos.

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tugabikers magazine / Página 23

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Página 24 / tugabikers magazine

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tugabikers magazine / Página 25

T ugabikers: Quando e como começou o sonho das motos?Pedro Nuno: Quando fui ao AIA para a inauguração, fui ter com a equipa do Miguel Praia. Ele disse que eu tinha corpo e

feitio para andar na velocidade. Depois o meu pai ligou ao pai do André Carvalho e o Sr. Norberto Carvalho disse ao meu pai que tinha uma 70cc para andar no kartodromo do Campera. A partir dai gostei da velocidade.

Tugabikers: Escolheste a velocidade por alguma razão em especial?Pedro Nuno: Sim, porque eu gosto de adrenalina e a velocidade tem adrenalina.

Tugabikers: Qual é o momento que mais gostas num fim-de-

Pedro Nuno Romero Barbosa com 11 anos é uma das promessas do motociclismo nacional. O Pe-drinho como carinhosamente é chamado tem como hobbies a bicicleta; Internet; Trotinete , navegar de barco e claro moto. Texto: Bruno BritoFotos: Miguel Flores

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Página 26 / tugabikers magazine

semana de corridas?Pedro Nuno: A corrida, porque adrenalina é muita e tem pica.

Tugabikers: O que achas do resto das classes do campeonato?Pedro Nuno: Eu não acho lá grande coisa, porque eu não ando lá, se andasse lá já gostava.

Tugabikers: Vamos ter duas classes diferentes este ano 125cc e Moto 3, qual é a tua opinião, bem como das respectivas motas?Pedro Nuno: Nunca andei numa moto a 4 tempos é por isso que eu não sei dizer qual é que é a melhor.

Tugabikers: Quem são os teus ido-los?Pedro Nuno: São o Rossi, o Stoner, o Pedrosa, o Simonceli...

Tugabikers: Uma palavra para defini-res os teus pais?Pedro Nuno: Queridos

Tugabikers: Aonde queres chegar no motociclismo?Pedro Nuno: Quero chegar ao MotoGp

Tugabikers: O que mudavas no campeonato nacional de veloci-dade?Pedro Nuno: Na minha classe haver mais treinos livres.

Tugabikers: Tens alguma ideia de como trazer mais público para as corridas?Pedro Nuno: Mais publicidade e bilhete com direito a comida grátis...

Tugabikers: Que moto gostarias de estar a conduzir neste momento em vez responderes a esta entrevista?Pedro Nuno: Numa MotoGp.

Tugabikers: Chegas a casa tens a moto para ir treinar, mas a namora-da quer ir passear, qual escolhes?Pedro Nuno: Escolheria a moto para ir treinar.

Tugabikers: Resumindo como correu

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tugabikers magazine / Página 27

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Página 28/ tugabikers magazine

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a época de 2010?Pedro Nuno: Correu bem, em Espanha fiz o meu melhor.

Tugabikers: Quais os teus objectivos para 2011?Pedro Nuno: Ficar todas as corridas entre os três primeiros.

Tugabikers: O que custa mais, cair numa corrida ou ficar de castigo?Pedro Nuno: A mim o que custa mais é ficar de castigo.

Tugabikers: O porquê de correr em Espanha e quais as diferenças para o nosso campeonato?Pedro Nuno: Lá é mais com-petitivo, há mais pilotos peque-nos...

Tugabikers: Atendendo à muita dificuldade que ex-iste em arranjar pa-trocínios, podemos saber se tens e quais são os que te apoiam?Pedro Nuno: Sim, temos al-guns como: Unixira, Riser Pesur, bell, FMP, Motochico, Aposta Fácil, Ricardo Carvalho, New-time, AIA , Ginasio Phsics, Tuga-bikers.

Tugabikers: Mais alguma opinião que queiras partil-har connosco?Pedro Nuno: Eu acho que o campeonato nacional devia ir a Espanha.

ATENÇÂO: Esta entrevista foi realiaza-da com o piloto Pedro Nuno, no nos primeiros meses de 2011,

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Página 30/ tugabikers magazine

Nesta corrida em Portimão Tiago Magalhães conseguiu pela 2ª vez consecutiva o 1º lugar em provas Motosport Vodafone.

Fotos: Miguel Flores e Bruno RiderTexto: Marta Figueira

Esta prova começou mal para Luis Carreira, que na sexta feira du-rante os treinos privados facturou o fémur da perna esquerda, fican-

do assim afastado da competição.Esta foi a 1ª prova do ano no circuito algar-vio, e a 4ª jornada do campeonato. A me-teorologia tb ajudou, no sábado ainda houve alguns periodos de chuva, mas no domingo o sol brilhou.As duas corridas de Superbike foram mar-cadas por alguns duelos protagonizados por Tiago Dias e Tiago Magalhães.Magalhães foi o lider na primeira manga durante o tempo todo, sofrendo sempre pressão pela parte de Tiago Dias, Tiago Magalhães venceu com apenas 0,3 segun-

dos de avanço sobre o rival. Na 3ª posição ficou André Carvalho ficando o 4º lugar para Fernando Costa que se impôs a José Leite e Nuno cachada.A 2ª manga foi semelhante à anterior, sendo que a luta entre Tiago Magalhães e Tiago Dias foi ainda mais intensa, mas com

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tugabikers magazine / Página 31

Daniel Lopes

Tiago Magalhães e André Carvalho festejam no pódio Algarvio mais uma victória.

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Página 32 / tugabikers magazine

um fim diferente, uma vez que Tiago Dias sofreu uma queda na ultima volta e terminou em 6º. Tiago Magalhães voltou a ganhar sendo esta a sua 4ª vitória consecutiva, passando a liderar o campeonato.A 2ª classificação foi para André Carvalho e José Leite apesar de ter rodado fisica-mente condicionado devido a uma rotura de menisco no joelho esquerdo ficou em 3º, em 4º lugar ficou Fernando Costa que bateu Nuno Cacha-da.Relativamente à corrida de Stocksport 600 estiveram envolvidos 25 concorrentes. O pelotão contou coma liderança de Aleix Aulestia durante a primeira metade da prova, sendo depois ultrapassado por Tiago Araujo, que ganhou com uma vantagem de 175 milési-mos de segundo sobre o piloto espanhol. Em 3º lugar ficou Ricardo Lourenço, logo segui-do por Marcos baquero.Tiago Araujo, consegiu reforçar assim a sua posição no co-mando do campeonato e Ru-ben Nogueira consegiu manter o 2º lugar, apesar de ter aca-bado esta corrida na 7ª posição.A prova do troféu Promomoto trouxe algumas surpresas perto do fim, com Filipe Car-valho a desistir após uma queda na ultima volta. O tri-unfo foi herdado por Paulo brandão, tendo-se destacado de Jorge Silva. Os pilotos Rafael Sacramento e Pedro Monteiro, foram desclassifica-dos devido a irregularidades detectadas nas motos durante as verificações finais, por esse

Box da IamaLoures

Últimos acertos na mota de Nelson Rosa

O pódio da categoria de 125GP é motivo de alegria para todos os pilotos

Clara Andrade não deixa nada ao acaso.

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tugabikers magazine /Página 33

José Leite

Paulo Brandão e a Directora de Equipa Marta Martins, celebram a subida ao pódio do piloto na classe Promo 1000

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Página 34 / tugabikers magazine

Tânia Boyol, uma piloto que ao longo dos tempos tem demonstrado grande garra.

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motivo os 3º e 4º lugares foram atribuidos a Luis Franco e Nuno Monteiro respec-tivamente.Já nas classes de 85 e 125 GP, corrida que reuniu 15 pilotos e teve diversas baixas, o jovem piloto Ivo Lopes ficou de fora por queda logo na volta de aqueci-mento, David Ferreira foi obrigado a desistir na 1ª volta evido a uma avaria na moto, também problemas mecânicos ditaram a desistência de Paulo Leite na 2ª volta, o ultimo a desistir foi Angel Dominguez devido a uma avaria na 6ª volta.Nesta corrida, o vencedor foi o jovem espanhol Marco Ramirez e André Pires consegiu o 2º lugar do pódio, resultado este que lhe permitiu ser o lider desta-cado do campeonato de 125CC. Já nas 85CC o lider durante a maior parte da corrida foi Tiago Guerreiro, que foi ultra-passado por Pedro Nuno já no final, Pedro ficou à frente de Guerreiro com 2 segundos de avanço.

tugabikers magazine / Página 35

Como já o caracteriza, o “Fenómeno” Miguel Moreira, sempre com a sua boa disposição

Tiago Dias, já mostrou aquilo que vale dentro da pista.

Page 36: Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre

Página 36 / tugabikers magazine

Fabio Pereira, com 24 anos, residente

em Vimeiro, tem como

actividade Mecanico de motos. Fabio divide o seu tempo

livre entre a praia e desportos de o

ndas. O tugabikers

foi à descoberta deste piloto do End

uro Nacional e

tentar descobrir mais sobre o fabio...

Tugabikers: Podemos começar por fazer um balanço da

época até ao momento?

Fabio: estou muito contente! tenho a perfeita noção de que

não sou tão rápido como os meus adversários, mas com a

regularidade que tenho demonstrado estou neste momento em 6º

classificado. É sem dúvida um balanço muito positivo!

Tugabikers: Sabemos que vens de uma lesão e que tiveste

novamente uma recaída, julgas que vais conseguir pas-

sar o resto da época a 100%?

Fabio: é verdade, magoei o tornozelo na corrida de mx de

Freixo de espada à cinta e ainda sinto dores quando

treino... apesar disso, espero que não interfira no meu

desempenho em corrida.

Tugabikers: Quando te iniciaste na com-

petição?Fabio: comecei a correr aos 14 anos em

quad, na altura em provas não oficiais.

Tugabikers: Qual foi a primeira

prova em que participaste?

Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

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tugabikers magazine / Página 37

Fabio Pereira, com 24 anos, residente

em Vimeiro, tem como

actividade Mecanico de motos. Fabio divide o seu tempo

livre entre a praia e desportos de o

ndas. O tugabikers

foi à descoberta deste piloto do End

uro Nacional e

tentar descobrir mais sobre o fabio...

Tugabikers: Podemos começar por fazer um balanço da

época até ao momento?

Fabio: estou muito contente! tenho a perfeita noção de que

não sou tão rápido como os meus adversários, mas com a

regularidade que tenho demonstrado estou neste momento em 6º

classificado. É sem dúvida um balanço muito positivo!

Tugabikers: Sabemos que vens de uma lesão e que tiveste

novamente uma recaída, julgas que vais conseguir pas-

sar o resto da época a 100%?

Fabio: é verdade, magoei o tornozelo na corrida de mx de

Freixo de espada à cinta e ainda sinto dores quando

treino... apesar disso, espero que não interfira no meu

desempenho em corrida.

Tugabikers: Quando te iniciaste na com-

petição?Fabio: comecei a correr aos 14 anos em

quad, na altura em provas não oficiais.

Tugabikers: Qual foi a primeira

prova em que participaste?

Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel FloresFabio: participei numa corrida perto

de casa, no Sobreiro Curvo com um

Warrior 350.

Tugabikers: Como foi a tua 1ª cor-

rida?Fabio:Lembro-me que fui equipado de casa,

fui de mota para lá com uma mochila com um

spray de corrente e aos pés levava um garrafão

com gasolina... Acho que fiz 3º nessa corrida.

Tugabikers: O que te levou a mudar

para as duas rodas e para o Enduro?

Fabio:corri em quad até 2005, fazia na

altura o Campeonato Nacional de TT, fiz

vários troféus de resistência, mas

chegou um momento em que o nível

de preparação das motos era muito

elevado e gastavam-se milhares de

euros em extras. Em

Page 38: Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre

2005 comprei uma GasGas para treinar e

comecei a gostar bastante, a minha zona tem

boas trialeiras e o pessoal com quem andava

começou a incentivar-me a fazer Enduro.

Tugabikers: Nas corridas como é? Muita

pressão? Stress? Fabio:corridas, sou normalmente calmo,

sinto-me por vezes um pouco tenso quando

“não atino” com as especiais e isso faz com

que não me divirta na corrida...

Tugabikers: Que preparativos costumas

fazer antes de entrar numa competição?

Fabio:Sou eu que preparo a minha moto, e toda

a logística para as corridas. Apesar de ter a

ajuda da cristina, às vezes é complicado

preparar a moto e treinar um pouco

antes das corridas... Para além disso

tenho também outras motos que

fazem o enduro e tenho que as

deixar prontas também. Aquelas duas semanas

antes das corridas são sempre mais com-

plicadas, tento arranjar tempo

para treinar de moto, treinar em ginásio, prepa-

rar motos e tudo o resto...

Tugabikers: O que fazes para promover a

tua imagem como piloto?

Fabio: nos dias que correm em que é difícil

arranjar patrocínios, é muito importante fazer a

divulgação dos mesmos. Este ano tenho o

cuidado de enviar sempre “press releases” das

provas, tenho um blog (fabiopereira718@blog-

spot.pt) que vou mantendo actualizado e que

tem corrido muito bem, este ano também apos-

tei numa boa decoração da moto, o que às

vezes no enduro é um pouco “esquecido”, ao

contrário do MX. Tugabikers: Qual é a prova que te falta

fazer? E com que objectivos?

Fabio:Uma do Mundial, sem dúvida! Todos

os anos eu tento fazer a etapa portuguesa, mas depois sur-

gem imprevistos: o ano

passado tive a lesão no joelho, este ano estava

a recuperar o tornozelo e não iria estar a 100%.

tenho muita vontade de fazer uma do mundial

com o objectivo apenas de terminar, de con-

hecer melhor a dinâmica desse tipo de corridas

e o nível em que estão. Como qualquer piloto

de Enduro sonho também fazer um ISDE (prova

dos seis dias), com o objectivo de terminar a

prova principalmente.

Tugabikers: Qual foi o momento que mais

te marcou como piloto?

Fabio: em Góis o ano passado, era a minha

estreia na classe elite e anunciavam tempesta-

de para todo o fim-de-semana. Pensei logo que

ia ser o pior começo de sempre, mas depois do

primeiro dia estava bastante contente com o

meu resultado e muito motivado para o dia

seguinte... no Domingo estava tudo a correr na

perfeição, mas na última volta ao percurso caí

numa trialeira e magoei o joelho. Faltavam duas

especiais e a cristina deu-me força para termi-

nar, aquelas duas especiais custaram-me mais

do que toda a corrida e lembro-me de estar a

fazer a última Extreme, era o ultimo piloto e

estava toda a gente a dar-me apoio. Eu ouvia

as pessoas a puxarem por mim para não desis-

tir... foi incrível! Quando fui ao médico desco-

bri que tinha feito uma rotura do ligamento

cruzado anterior e tinha que ser operado.

Tugabikers: Quais os

objectivos para este ano? Fabio: este ano vou tentar entrar no top5

Page 39: Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre

tugabikers magazine / Página 39

Page 40: Tugabikers Magazine - Volume 02 - Numero 02 - Baja Portalegre

Página 40/ tugabikers magazine

da classe Absoluto.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?

Fabio:sinceramente nenhum em especial, sempre admirei os pilotos que têm

uma condução rápida e regular, sem erros. Exemplo disso são, entre outros, o

Hélder Rodrigues, o Mário Patrão ou até mesmo o Juha Salminen.

Tugabikers: Sei que participas em provas de Motocross, qual tua

opinião relativamente ao enduro?

Fabio: participo, tento fazer todas as que consigo, gosto e divirto-

me bastante. É sempre um bom treino e serve para ganhar

o ritmo necessário para aplicar depois no Enduro.

o que é interessante no enduro é que, ao

contrário do motocross, estás apenas a lutar contra

ti e contra o teu tempo.

Tugabikers: Já participaste em alguma prova internacio-

nal?Fabio: Ainda não tive esse prazer! mas é algo

que quero fazer no próximo ano.

Tugabikers: O que é a prova dos seis

dias (ISDE)?Fabio: É a prova rainha do Enduro Mundial.

esteve em portugal em 2009 e foi um sucesso!

são seis dias de prova com pilotos de todo o mundo

a competir! Com uma média de 500 pilotos à partida...

talvez um dia se reúnam condições para fazer o ISDE!

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que

se queira iniciar nos Enduros?

Fabio: Arrisquem! não é preciso ter uma grande moto como a

maioria pensa, mas sim uma moto

fiável. O Enduro é muito divertido,

e passamos por sítios espanto-

sos, se não houvessem lá

corridas provavelmente não

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da classe Absoluto.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?

Fabio:sinceramente nenhum em especial, sempre admirei os pilotos que têm

uma condução rápida e regular, sem erros. Exemplo disso são, entre outros, o

Hélder Rodrigues, o Mário Patrão ou até mesmo o Juha Salminen.

Tugabikers: Sei que participas em provas de Motocross, qual tua

opinião relativamente ao enduro?

Fabio: participo, tento fazer todas as que consigo, gosto e divirto-

me bastante. É sempre um bom treino e serve para ganhar

o ritmo necessário para aplicar depois no Enduro.

o que é interessante no enduro é que, ao

contrário do motocross, estás apenas a lutar contra

ti e contra o teu tempo.

Tugabikers: Já participaste em alguma prova internacio-

nal?Fabio: Ainda não tive esse prazer! mas é algo

que quero fazer no próximo ano.

Tugabikers: O que é a prova dos seis

dias (ISDE)?Fabio: É a prova rainha do Enduro Mundial.

esteve em portugal em 2009 e foi um sucesso!

são seis dias de prova com pilotos de todo o mundo

a competir! Com uma média de 500 pilotos à partida...

talvez um dia se reúnam condições para fazer o ISDE!

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que

se queira iniciar nos Enduros?

Fabio: Arrisquem! não é preciso ter uma grande moto como a

maioria pensa, mas sim uma moto

fiável. O Enduro é muito divertido,

e passamos por sítios espanto-

sos, se não houvessem lá

corridas provavelmente não

conhecia...

Tugabikers: Como defines numa palavra a tua experiência como

piloto?Fabio: Há 10 anos que faço corridas, já passei por modalidades muito

diferentes, desde o TT ao Enduro, passando pelo MX ou QX... mas con-

tinuo sempre a aprender muito com as corridas!

Tugabikers: Atendendo a muita dificuldade que existe em arran-

jar patrocínios, podemos saber se tens e quais são os que te

apoiam?Fabio:é verdade, apoios monetários tenho muito pouco, mas como tenho

a loja e oficina (FPracing.shop) consigo ter apoio por parte dos meus

fornecedores que disponibilizam material e acessórios

principalmente. Tenho o apoio da Yamaha, Yamoeste,

FPracing shop, Sirona – Health Club em A-dos-Cun-

hados, no Fear, racetech, cFL, 4mx, supersprox,

crosspro, spy, Delta breaking, ADesign, twinAir,

ProTaper, Motorex, Tugabikers, Rinaldi, MotoMaster,

CZChains, RNM, JN Seat Covers.

Tugabikers: Algum comentário que queiras

deixar?Fabio: Quero agradecer a todos os

que me apoiam e à Tugabikers

pela entrevista!! Obrigado!

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Os vencedores desta etapa foram Tiago Dias na primeira manga e José Leite na segun-da manga.

FOTOS: Miguel Flores TEXTOS: Bruno Rider / Marta Figueira

Esta prova que teve três comandantes, foi vencida por Tiago Dias. José Leite arrancou muito bem, posicionando-se na frente e con-seguindo liderar a corrida nas cinco primeiras

voltas, até que Luis Carreira assumiu o comando mantendo-se nesta posição por apenas duas voltas uma vez que Tiago Dias que arrancou em 2º, passou a liderar mantendo-se na posição até ao final, em 2º lugar ficou Carreira com apenas 0,229 segundos do lider, Tiago Magalhães que foi o melhor nos treinos cronometrados conseguiu o 3º lugar fechando assim o pódio.

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Já a 2ª corrida teve contornos bastante diferentes, José Leite esteve muito forte e ao final da 1ª volta encontra-va-se em 1º lugar, o que manteve até ao final, em 2º lugar esteve sempre Luis Carreira, posição que tomou na 3ª volta e quando tudo parecia que se ia manter assim foi ultrapassado por Tiago Dias, que arrematou assim a 2ª posição do pódio.No campeonato Nacional Open Stocksport 600, Tiago Araujo foi o grande vencedor, Araujo também já tinha sido o melhor nos treinos cronometrados, embora nas primeiras voltas a corrida tenha sido liderada por Mar-

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cos baquero, Tiago Araujo levou a mel-hor. Já Ruben Nogueira rolou sempre na 3ª posição.Filipe Carvalho foi o vencedor do troféu Nacional de Promomoto, o piloto arrancou na 1ª posição e assim se manteve ao longo de toda a corrida. A decisão do 2º lugar teve alguma luta uma vez que Fernando Neto ainda deteve o lugar durante 12 voltas, mas, nessa altura foi ultrapassado por Ricardo Lopes, manten-do-se esta posição até ao final.O Campeonato Nacional Promo 125CC, 85CC e Moto 3 teve como vencedor Angel Dominguez depois de ter dominado a prova e ter terminado com grande vantagem, em 2º ficou André Pires. O 3º lugar coube a Luis Martins que foi tam-bém o vencedor da categoria de Moto 3, já nas 85CC o vencedor foi Paulo Leite ficando em 4º lugar em termos absolutos.Hugo Moreira levou a melhor no campe-onato Galego, liderando em quase toda a corrida, Argemiro Gomez apenas esteve na frente por uma volta mas acabou por desistir.

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Tugabikers: Olá Hugo, Como é surgiu a tua paixão pelas motas?Hugo: Honestamente não sei (sorrisos). Acredito que há determinadas coisas que

são a nossa paixão e que “já vêm” quando nascemos. Na família directa ou indirecta ninguém teve ou tinha mota mas eu não descansei enquanto não tive a min-ha primeira bicicleta e assim que foi possível, aos 16 anos, a mota.

Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Hugo?Hugo: Formado em Arquitectura, estou desde à 6 anos no área do mercado do Retail Imobiliário numa empresa líder dentro do ramo, isso faz com que passe parte do tempo no escritório, e dependendo dos projectos em curso, outra grande, ou mesmo maior parte, fora a acompanhar os projectos. Ao fim do dia, algumas vezes por semana ir ao ginásio, o resto é entretenimento em casa, saídas com amigos, ou umas horas pelos meandros na internet sempre em busca da maior informação possível do mundo motociclistico.Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste?Hugo: Yamaha DT 50 LC, bons velhos tempos.

Tugabikers: Como foi a primeira aventura em pis-ta?Hugo: Foi calma e muito emotiva (sorrisos). Comecei com vontade de aprender, mas já me iniciei na pista algo tarde. Apesar de ter mota desde os 16 anos, somente em 2004 e então com 27 anos lá fui com a minha primeira “R”. Fiz um Curso de Condução Avan-

çado da Motocilismo que adorei, e a partir daí con-segui ir esporadicamente fazendo outras incursões em pista. Só em 2009, após ter comprado a GSXR 1000 tomei a decisão de apostar mais nos Cursos e TD’s disponíveis no nosso país.

Tugabikers: O que te levou a ir fazer um Track day?Hugo: Com o passar dos anos acho que ficamos com mais experiencia, e achei que devia experimen-tar, pois sempre gostei do “joelho no chão”, e as “av-arias” na estrada (não se deve dizer, mas é verdade) começavam a ser bastantes. Com comentários de amigos e conhecidos, achei que devia experimentar. Experimentei e a partir daí tornou-se o meu maior hobby.

Tugabikers: Achas que são seguros?Hugo: Sem dúvida. Um Track day é muito mais se-guro do que qualquer passeio por essas estradas fora. O limite é o nosso, e a andar na estrada esta-mos muitas vezes, não a irmos ao nosso limite, mas a arriscar a vida. Numa pista, não á rails desprotegi-dos, postes de iluminação, animais soltos, alcatrão polido, veículos em sentidos diferente ao nosso etc etc. Em todo o caso, e independentemente da situa-ção (estrada ou pista), devemos ter consciência do que estamos a fazer, mas os perigos “externos” na pista são muito menores.

Tugabikers: O que achas do ambiente que se vive num track day? Hugo: bom, muito bom. Tenho muitas e boas am-izades criadas no ambiente dos Track days e Cursos

Texto: Bruno Brito Fotos: Miguel Flores / Tozé Canaveira

Hugo Castanheira, mais conhecido como “Skywalker” participou no Campeonato Nacional de Velocidade. Este piloto de 32 anos e residente em Almada, partilha o seu gosto pelas motos, no entanto devido a uma queda que o deixou fora das pistas, Skywalker ainda sonha um dia voltar. O tugabikers foi à conversa com o Hugo.

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de Condução. Como em tudo na vida, no inicio principal-mente, aprende-se muito com os outros. A troca de ideias e sensações, o saber ouvir pessoas mais experientes faz com que o processo de aprendizagem possa ser mais rápido. Como é óbvio a teoria só não chega, mas esse contacto entre pessoas que “sofrem do mesmo mal” (sor-risos) faz com que consigamos sentir uma enorme satis-fação durante horas de convívio com um ambiente muito saudável.

Tugabikers: Já participaste em algum Curso de Con-dução?Hugo: Sim, e aconselho vivamente. Sempre que con-verso com alguém que nunca andou na pista, e quer ex-perimentar pela primeira vez, tento sempre transmitir que um Curso de Condução Avançado é o meio mais indica-do, seja qual a mota que se tiver, para começar. Há noções básicas, que num Curso são facilmente trans-mitidas, mas que num track day, por ausência de moni-tores, não existe. Já estive em cursos em que as motas iam desde a “turística”, pas-sando pela “scooter” até à “chopper”. Todas as pessoas devem começar as incursões na pista por um Curso de Condução Avançado. Dentro destes cursos há sempre vários níveis, por isso nunca há problemas de estarmos num grupo com pessoas de-masiado rápidas. Não se deve ter receio da pista. As pistas são largas, há muitos Comissários espalhados por todo o traçado, há pessoal médico pronto a socorrer se for necessário. Andar depres-sa e com segurança é na pista e não na estrada. Tugabikers: Entre um Curso de Condução e um Track Day qual é que preferes?Hugo: Após algum tempo a fazer ambos, apesar de que nos últimos tempos dediquei mais do meu tempo aos Track day’s. Estamos sempre a aprender, e actualmente em Portugal há duas boas entidades a leccionar cursos. Em todo o caso nos meus planos estão agendados cur-sos e Track day’s, em Portugal e Espanha. Há algumas escolas muito boas fora onde os melhores pilotos de mo-tociclismo foram e continuam a ser ensinados, principal-mente em Espanha e Inglaterra. Há muito para aprender, e há muitas pessoas para ensinar, muito e bem.

Tugabikers: Temos muitos jovens que depois de rodarem em pista nunca mais querem andar na “estrada”, é o teu caso?Hugo:Não, no meu caso continuei a andar em estrada. Por opção e por facilidade de mobilidade, actualmente limito as minhas “viagens” de moto ao percurso casa-trabalho, e pequenos e esporádicos percursos no fim-de-semana. Aconteceu algo que não esperava, passei a ter muito mais juízo e respeito a andar na estrada. Acabei por arranjar um veículo mais económico, mais “lento” e de manutenção mais baixa para o dia-a-dia, e, a moto que tenho para andar na pista actualmente serve só para isso mesmo.

Tugabikers: Depois de muitos Track Days fizeste a Prova de Resistência Voda-fone 500kms, o que te levou a participar numa prova des-tas?Hugo: (Sorrisos) Um sonho tornado realidade. Acho que existem vários tipos de pes-soas que vão andar em circu-ito: os que querem experimen-tar e usufruir da segurança deste espaço e também os que têm um pouco mais do que isso… o querer competir. Passei muitos anos a ver cor-ridas, e sempre quis um dia tornar esse sonho realidade. Não sou o tipo de pessoa que diz que é melhor que os out-ros, sou o que sou, e sei que não é nesta idade que aspiro a ser piloto profissional, mas sempre tive a vontade de par-ticipar numa prova, e assim, fazendo o meu melhor realizei um grande sonho meu. Mais

uma vez e devido às amizades que criei neste meio, formei equipa “KbS Racing Team” (Keep the bike Sta-ble) com o Ricardo borges e com o Nuno Caetano e no nosso espírito amador, mas com muita vontade, par-ticipámos nesta prova.

Tugabikers: Podes dar uma ideia de como é par-ticipar numa prova destas em que fazes equipa com mais pilotos e andas bastante tempo e rodar em pista?Hugo:Foi fabuloso. Foi melhor do que sempre pensei. O misto de nervoso e adrenalina que se juntam ao amadorismo, fazem uma mistura explosiva mas ex-traordinariamente positiva. Nesta prova o meu ponto

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar numa pista?Hugo: Começar por fazer os Cursos de Condução Avança-do, e daí ir a pouco e pouco au-mentando o seu nível. Rodar o mais possível em pista. Tentar ouvir, e aconselhar e filtrar os que realmente sabem, e daí ti-rar proveito.

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alto desta mistura foi na partida. Ao fazer a largada para esta prova pela nossa equipa tive uma experiencia, de es-tar mesmo ao lado de Pilotos, um deles o Miguel 66, que admiro muito, e é sem dúvida um óptimo piloto, mas que ali estavam, ao meu lado para a partida. Há sensações muito estranhas, que faz com que o mais fraco dos pilotos, pense que pode realmente mostrar o seu “talento”. Eu honestamente só pensava, “Cuidado com a travagem da cuva 1, cuidado com a curva 1” (sorrisos). Após a primeira curva ter passado foi dar “gás” como se não houvesse amanha. No final do 2 turno, dei o dia como muito bem empregue, com a sensação de dever cumprido para comi-go próprio, indepen-dentemente do lugar obtido.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?Hugo: Acho que não tenho nenhum piloto em especial, nunca tive como se diz “um ídolo”. Existiram e existem muitos bons pilotos na-cionais e internacionais que nos mostram esse mundo da competição e foi assim que me poderão ter influencia-do. Internacionais talvez um Haga, um Gardner, um Rainey, ou mesmo o Carreira, ou o Laranjeira, ou o T.Pereira… é difícil, sem-pre achei que são to-dos especiais.

Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portu-gal?Hugo:Em termos de circuitos pela nossa área e população estamos até bem. Estoril é um bom circuito, já com algu-mas limitações, pelo longínquo ano de “fabrico” do projecto em 1972 (creio eu), em todo o caso com um grande cartão de visita de motociclistico que é o MotoGP. Portimão, a minha pista favorita neste momento, creio que quem já lá foi dirá muito bem de tudo, pista, acessos, instalações, pessoal… braga, não conheço, mas por comentários de outros pilotos, já merecia algo mais actualizado, em todo o caso, é uma 3ª opção muito válida.

Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições?Hugo: Dinamizar o meio da velocidade motociclistico não será fácil no nosso país, mas adaptado ao Sec XXI, inicia-tivas como os extintos troféus TZR, CbR 600, Aprilia, Piag-

gio. Troféus com baixo nível de investimento, e com gas-tos controlados, iriam sem dúvida trazer mais pessoas, e mais público ao nosso campeonato. Além disso, creio ter de ser repensada a estratégia de Marketing da promoção do COV, pois cingirem-se às revistas da especialidade, e sem grande enfâse, não é dar a devida exposição para o exterior do mundo das motos.

Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre o Nacional de Velocidade?Hugo: Acho que é o campeonato possível. Portimão de-veria estar incluído neste campeonato mais em força (1

só prova ainda por confirmar para 2010 não é o ideal). O número de provas poderia ser ajustado, mas há sem dúvida muitas pessoas en-volvidas que são ex-celentes profissionais. Uma comissão de pi-lotos poderia ser a solução para determi-nadas coisas que po-dem e devem ser al-teradas, para segurança de todos os pilotos. Actual-mente não creio que o acordo com o fabri-cante de pneus seja favorável aos pilotos, como imposição que é, e tendo em conta o nosso clima actual económico, esse ele-mento, em benefício de todos os pilotos de-

veria ser alterado.

Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar?Hugo: Tugabikers, revelou-se uma agradável surpresa. Desde já agradeço a oportunidade que o Miguel Flores nos dá aqui de expormos parte das nossas opiniões, numa publicação que é de louvar, feita com o esforço e dedicação de todos os intervenientes, que o fazem por carolice pura! Isso é fabulástico. Agradeço também ao Miguel que sem ele não estava aos 32 anos a dar uma entrevista sobre as minhas prestações em pista (sorrisos) como piloto. Algo que mostrarei aos meus filhotes e filho-tes dos meus filhotes (mais sorrisos). Ricardo e Nuno, dois “caramelos” que ficarão pra sempre marcados como os meus “compinchas” na minha primeira aventura motociclistica! Um outro ponto de referir, os muitos amigos que fui criando devido a uma paixão co-mum, desporto motorizado sobre duas rodas!

Tugabikers: Vais repetir ou mesmo até fazer uma prova do Nacional de Velocidade?Hugo: Na nossa realidade nem sem-pre é fácil fazer grandes planos. Para já confesso que está nos planos sim, voltar a fazer os 500km’s e se tudo correr bem fazer algumas ou mesmo as provas todas do Nacional de Ve-locidade. Sei que são provas distin-tas, uma prova de resistência e uma corrida (dita normal), mas o “bichin-ho” está cá, e quero experimentar. Realizar mais um sonho.

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D epois de uma pequena paragem pela minha casa para buscar a mala com roupa, máquina fotográfica e computa-

dor, eu e o Miguel ainda tivemos tempo para fazer uma paragem nas docas, onde estive-mos com alguns amigos e o Miguel aproveitou para contar as suas aventuras na Ilha de Man no ano passado e eu ainda me deslumbrava mais. Perto da meia-noite, fizemo-nos à estra-da rumo a Faro, uma vez que o avião partia às 08h15 da manhã de sexta-feira, a viagem de carro correu dentro da normalidade, sempre a conversar e tentar traçar objectivos para cada dia, para que todos os tugabikers e os portu-gueses tivessem um resumo diário quase em directo do que se passava. Chegámos a Faro por volta das 03h00 da manhã e já cansados acabamos por adormecer um pouco. Começou a amanhecer e eu prontamente acordei o Miguel, pensando que já estavamos mesmo no limite da hora, no entanto ao entrarmos no aeroporto reparei que estavamos 45 minutos adiantados. O nosso dia começou mesmo em cheio logo no check-in pois a mala do Miguel

estava com excesso de bagagem e tivemos que passar algum material para a minha mala, mesmo no limite do peso da bagagem com (19,9kg), as malas lá passaram.

Sexta-Feira (3 de Junho) Às 08h15 o avião des-aparece entre as nuvens do céu de Faro, onde deixámos de ver a terra. Durante a viagem, somos brindados com uma senhora já de meia-idade e Inglesa, que entre conversas, confessa que o pai era um aficionado por motas assim como ela, e que já tinha assistido algumas corridas na Ilha de Man. Ela própria deixa escapar entre palavras, a liberdade que sente, quando pega na sua mota e vai dar uma volta. No meio de tanta conversa ouvimos o comandante a informar para os cintos serem

Texto: Bruno Rider Fotos: Miguel Flores / Bruno Rider

Quem não conhece a Ilha de Man e a corrida que tanto a caracteri-za? Crianças, Jovens, adultos e até mesmo idosos sonham um dia ver a mítica corrida, por estradas que nada foram feitas para as corridas, mas que delicia a imaginação de qualquer um de nós. Este ano pude concretizar esse sonho, um sonho que partilho com vocês nestas páginas da Tugabikers Magazine.

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apertados, pois íamos aterrar- “ 2 horas e 30 minutos de viagem passaram a correr”. Depois foi altura de um pequeno descanso no

aeroporto de Liverpool, uma vez que o voo para a

Ilha de Man, só seria cerca de 5 horas mais tarde. Che-

gada a hora do check-in novamente e de passar pelo parâmetros normais de segu-rança dos aeroportos, sou colocado à parte e pratica-

mente todo revistado, desde do des-

calçar

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os ténis, abrir a mochila com a máquina fotográ-fica e explicar o porquê da minha deslocação à Ilha de Man –“Tenho que ser sincero, estava com a barba por desfazer, os olhos cansa-dos, uma cara de meter medo, bom era natural que desconfiassem de alguma coisa”. Enquanto esperávamos pelo embarque o Miguel desafiou-me a joguinho de motas sim, é verdade fui testar os meus dotes numa máqui-na de jogos, a pista é claro o circuito do TT. Entrámos no avião, digamos que estava um pouco desconfortável, pois os assentos eram muitos estreitos, o que para mim sendo uma pessoa de grande porte não é nada confortável, tudo era uma experiencia nova, pois também pela primeira vez ia andar no avião movido a 2 hélices. Já no ar e apenas com 45 minutos de vôo as hospedeiras muito delicadas, ofereciam um pequeno lanche a todos os passageiros, quando chegaram aos nossos lugares, a senho-ra muito delicada perguntou-me... “O que o Sr. deseja comer”? Ao que respondi que gostava de comer algo doce, que num tom de brincadei-

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ra e descontracção a hospedeira me respondeu …” como o Sr. parece ser uma pessoa de grande alimento, sugiro que experimente uns chocolates com recheio.” Como devem imagi-nar foi logo motivo de gargalhada.Depois dos ansiosos 45 minutos de viagem, o Comandante do avião comunica ao intercomuni-cador - “Welcome to lsle of Man, enjoy your stay”. Não cabia a mim de contente pois final-mente era verdade eu tinha aterrado na Ilha de Man. Já dentro do aeroporto, enquanto aguardá-vamos na sala de recolha de bagagem, reparo que a sala é muito minúscula, como se de uma divisão de uma casa se tratasse. Saímos do aeroporto de Ronaldsway debaixo de um sol abrasador, o Miguel comenta que aqui, num só dia, podem passar as 4 estações do ano. À porta, fico impressionado com a pureza do ar, sentia-me como um puto, era mesmo verdade estava na Ilha de Man ia ver as corridas mais loucas do mundo, e tinha uma pequena espe-rança de fotografar uns dos meus pilotos favori-tos, Guy Martin. Desta vez não tínhamos ninguém à nossa espera, no entanto o Miguel orientou-se bem, enquanto esperávamos pelo autocarro que nos iria levar até ao centro de Douglas, o Miguel repara no velhote que se encontrava sentado no banco e dirigiu-se a ele para lhe perguntar algo, quando dou por mim, vejo o Miguel sentado na mala de viagem a falar com o velhote como se já o conhecesse há anos e ao mesmo tempo reparo que ele está muito atento ao rádio, onde estavam a relatar os tempos que os pilotos estavam a fazer, fiquei abismado pelo facto de ele próprio estar a anotar os tempos no livro do programa oficial 2011 (que estava a venda por 5 libras).Lá apanhamos o autocarro, directos ao centro de Douglas, dou por mim feito maluco a olhar para o Miguel, enquanto ele ia-me explicando por onde estávamos a passar e dou por mim a pensar: - -“Como é que ele se lembra dos nomes dos locais todos, incrível, a experiência dele no ano passado ficou bem marcada na memória.” As pessoas que circulavam dentro do autocarro estavam vestidas a rigor com t-shirts alusivas ao TT. Chegámos à marginal no centro de Douglas

vejo motas estacionadas de um lado e do outro, até a minha vista se perder com

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tantas mo-tas. O pare-dão, ilumina-se com luzes e com músi-

ca, uma feira foi ali montada, entre

carrosséis, tendas de tiro ao alvo, peluches, rodas giratórias. As lojas num

rodopio de entre e sai de pessoas com material oficial, t-shirts, blusões, bonés, sacos e sacos de recordações do centená-rio da Mountain Course.

Já no centro de Douglas, apanhámos um táxi, que nos levaria directamente ao Grandstand,

incrível como as culturas são tão diferentes e pes-soas com uma grandiosidade enorme, sempre prontas a

ajudar quem está perdido, surpreendente mesmo, o mais importante para eles são as opiniões que temos sobre a Ilha, as

corridas, se estamos a gostar ou não. Acreditem que só estando lá é que poderão sentir o mesmo que senti. Lembro-me perfeitamente como se fosse ontem, cada curva que fazíamos, cada recta que passávamos o meu nervosíssimo era mais notável, sentia um frio na espinha, quan-

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do ao longe, bem no alto vejo a torre de controlo do Grandstand, não cabia a mim de contente por estar tão perto. A memória fez-me recordar as fotos do Grandstand e de todo o ambiente que o Miguel e o Tiago haviam tirado no ano anterior.O taxista deixou-nos à entrada do paddock, carregando com as malas, começo a andar, sem dizer uma única palavra, a certa altura o Miguel olhou para mim e perguntou-me se me estava a sentir bem, pois eu já nem murmurava qualquer palavra. Pilotos de um lado para outro a carregarem, pneus combustíveis, enfim, todos trabalharem com o mesmo objectivo. Mecânicos, Crianças com apenas meses de existên-cia ali, que embora não percebessem muito do que se estava a passar o som não as afectava e até batiam palmas.Por sugestão do Miguel, decidimos deslo-carmo-nos à bancada principal do Grands-tand, não imaginam a loucura, com malas da roupa, mochilas com as máquinas fotográficas e os computa-

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dores, tenda, sacos de cama tudo na banca-da, o pessoal que se encontrava sentado olhava para nós com um sorriso no rosto. Fiquei sem palavras ao ver os pilotos a passarem a velocidades de deixar qualquer um de nós sem palavras, o som das motas já se ouvia a kms de distância. Adultos, jovens, crianças, vibravam e acenavam a cada piloto que passava, independentemente da nacio-nalidade, ali o mais importante era mesmo o espectáculo que as motas proporcionavam a cada espectador que ali se encontrava.Os treinos acabaram e voltámos novamente ao paddock para tentar encontrar a box do Luis Carreira, que acreditem ou não é como procurar uma agulha no palheiro, mas en-quanto procurávamos, o Mac (que ofereceu a casa ao Miguel Flores e ao Tiago Lopes no ano passado no TT), apareceu e fez uma festa impressionante a mim e ao Miguel, estava mais do que contente por voltar a ver o Miguel ali pela 2 vez e logo de seguida perguntou-me o que achava e se eu estava a

gostar. Depois de uma longa conversa, o Mac foi-se embora e nós lá rumámos para junto da box do Carreira. No meio de cente-nas de “tendas”, lá encontrámos o Luis Carreira, cansado depois do último treino, mas com um grande sorriso no rosto quando nos viu chegar. Entre conversas e mais conversas, era chegada a hora do jantar. No regresso ao paddock ainda de dia fomos ter com o Derek, (que viria a falecer na corrida de superstock que decorreu no dia 06). Quando chegámos, o Derek fez uma grande festa ao Miguel, eu por outro lado, não sabia muito bem como reagir, era a primeira vez que estava lá, tudo era novo para mim. Mas deixei-me que vos diga, todos eles deixaram-me logo à vontade, como se já nos fossemos velhos amigos.

A 2ª parte da reportagem - The amazing Race - lsle of Man 2011, continua na página 154.

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TIAGO ALEXANDRE ALVES MAGALHÃES, COM 27 ANOS DEDICA O SEU TEMPO

LIVRE AO MX, SM, DH e BTT. ESTE VENDEDOR VIVE O SONHO COMO PI-

LOTO NO CAMPEONATO NACIONAL DE VELOCIDADE NA CLASSE DE SUPERBIKE.

O TUGABIKERS FOI À CONVERSA COM O TIAGO E FEZ ALGUMAS PERGUNTAS

AO PILOTO.

Texto: Bruno Brito Fotos: Miguel Flores

Tugabikers: Olá Tiago, Como é que surgiu a tua paixão pelas motas?

Tiago Magalhães: Desde que nasci, o meu pai sempre teve mota e eu aos 5 anos depois de pedir-lhe muito ele ofereceu-

me uma.

Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Tiago Maga-lhães?

Tiago Magalhães: Acordo muito cedo porque trabalho como Vendedor/Distrubuidor numa empresa de Fabrico de bolos,

há tarde ou noite tento ir treinar.

Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira

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moto que tiveste?Tiago Magalhães: Uma Indian 50cc com side-car, a qual ainda tenho e que tem mais de 30 anos.

Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que participaste?Tiago Magalhães: Motocross de alquei-dão em 1990, com 6 anos de idade na classe infantis.

Tugabekers: Como foi a tua 1ª corrida?Tiago Magalhães: Muito engraçada, assim que entrei em pista enganei-me e fiz a pista da classe open, no final da corrida cortei a meta e dei uma volta a mais.

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moto que tiveste?Tiago Magalhães: Uma Indian 50cc com side-car, a qual ainda tenho e que tem mais de 30 anos.

Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que participaste?Tiago Magalhães: Motocross de alquei-dão em 1990, com 6 anos de idade na classe infantis.

Tugabekers: Como foi a tua 1ª corrida?Tiago Magalhães: Muito engraçada, assim que entrei em pista enganei-me e fiz a pista da classe open, no final da corrida cortei a meta e dei uma volta a mais.

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Tugabikers: Nas corridas como é? Muita pressão? Stress?Tiago Magalhães: Sempre Tranquilo, até correr alguma coisa mal.

Tugabikers: Que preparativos costumas fazer antes de entrar numa competição?Tiago Magalhães: Nada de especial, tento dormir bem e manter a concen-tração no dia da corrida.

Tugabikers: Qual é a prova que te falta fazer? E com que objectivos?Tiago Magalhães: Superbikes Top 10, era um sonho.

Tugabikers: Qual foi o teu melhor resul-

tado como piloto?Tiago Magalhães: 1º lugar em MX, SM e em Velocidade.

Tugabikers: Que balanço fazes do cam-peonato que neste momento se encontra a meio?Tiago Magalhães: Muito positivo, com uma mota nova já consegui uma vitória e estou em segundo no Campeonato.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influenciou?Tiago Magalhães: Vários: Jean Michel Bayle, T. Pastrana, W. Rainey, K. Schwantz e actualmente o C. Stoner.

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Tugabikers: Quem foi o piloto que mais te ajudou neste teu sonho?Tiago Magalhães: Piloto nenhum, só o meu pai.

Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Tiago Magalhães: São poucos mas de qualidade, apenas o Autódromo de Braga está a precisar de um asfalto novo e melho-res condições.

Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de partici-pantes nas competições?Tiago Magalhães: Tentava passar na televisão em directo e repetição. Para aumentar o número de inscrições na classe SBK, aumentava os prémios até ao 15º lugar e os cinco primeiros das classes promo seriam obrigados a subir. Inscrições e treinos livres mais económicos.

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar na velocidade?Sérgio Moreira: Tens dinheiro? Então treina no Campeonato Português e faz o Camp. Espanhol ou Europeu.

Tugabikers: Como defines numa palavra a tua experiência como piloto?Tiago Magalhães: Única.

Tugabikers: Atendendo à muita dificuldade que existe em arran-jar patrocínios, podemos saber se tens e quais são os que te apoiam?Tiago Magalhães: Concessionário Moto desacelera Kawasaki, Salgados Moto (Airoh, Forma, Sprint), Jbs Motos (Termignoni, Bazzaz, Brembo, Starline, Hell, LSL), AG Racing ( Bitubo e Banco de Ensaio), Panta, Crazy Bike e Odisexpresso.

Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar?Tiago Magalhães: Um muito obrigado a todos os que me apoiam e um abraço a todos os Tugabikers.

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Olhando para as classificações,

podemos ver que a luta pelos tit-

ulos de velocidade continuou a

ser objecto de grande disputa,

esse foi um dos motivos pelos

quais o regresso a Braga foi

esperado com imensa expec-

tativa.Texto: Marta Figueira Fotos: Miguel Flores / Bruno Rider

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Fernando “Filipe” Costa

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Nesta etapa, o campeão de Superbike Luis Carreira encontrava-se afastado por lesão e como tal a luta

envolvia agora apenas Tiago Dias e Tiago Magalhães.Ainda tinham 6 corridas pela frente e a vitória de um ou de outro, dependia somente deles, Tiago Dias tinha urgência em ganhar as corridas, já Tiago Magalhães apenas queria preservar a vantagem, este era um duelo promissor.As diferenças de pontuação eram minimas entre os pilotos da frente em duas classes.2 pontos separa-vam os pilotos Filipe Carvalho e Nuno Caetano, no troféu Promomo-to, da mesma forma Paulo Leite e Pedro Nuno Barbosa apenas se encontravam afastados por 2 pontos no Campeonato Promo Junior 85CC.Numa posição mais confortável estava Tiago Araujo nas Stocksport

Paulo Sotero

Afonso Vaz

Amarilio Melo

Gabriel Gorjão (Gabi) com o piloto Fernando Neto

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Paulo Sotero

Amarilio Melo

Miguel Moreira

Fernando Freitas

Fernando “Filipe” Costa

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Ricardo Santiago Nelson Rosa

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600, que levava 20 pontos de avanço sobre Ruben Nogueira e 27 sobre Baquero. No entanto, esta classe ainda iria ter mais três pro-vas, logo muita água poderia correr por debaixo da ponte. Muito semel-hate, estava a situação de avanço do piloto André Pires sobre Angel Dominguez em 125GP e apenas com 2 provas em falta, André apareceu bem colocado gerindo a vantagem.

Ricardo Lopes

Pedro Monteiro

Carlos Ferreira

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Tugabikers: Olá Manel, Como é que surgiu a tua paixão pelas motas?Manel: Olá, como começou ao certo não sei bem…lembro-me que comecei a dormir mal

só de pensar numa acelera marca Suzuki, que não me recordo do modelo, cor Bordeaux, de um amigo meu chamado Nuno Artur. Ele deixou-me dar uma volta e mal pude fui passar um fds a casa dele só para podermos andar de moto, que loucura de fim de semana….meu Deus, tanta satisfação com algo que agora considero tão pouco. Depois logo de seguida também experimentamos uma Monkey do Pedro Oliveira, éramos amigos e íamos a casa dele, o pai já na altura tinha uma zx10 (acho que era assim que se chamava, ele até dizia que o vidro era inclinado de forma a que com a velocidade a chuva não batia no piloto!) Este Pedro Oliveira é o Pedro que participa recentemente no Dakar de moto. Mais um maluco…que gosta tanto disto! Olá Pedro;)

Tugabikers: Como é que é um dia na vida do Manel?Manel: Sei lá, a minha vida é o máximo, pá. Isto é sempre diferente. Acordo cedo e venho pro es-critório mesmo cedo. Tento estar cá por volta das 6.30h. O meu trabalho é muito de secretaria e comunico muito por canais tipo skype com a minha equipe. Tenho poucos contactos pessoais durante o

dia em Portugal, também viajo muito para Moçam-bique porque a empresa que giro é uma empresa industrial sediada em Moçambique há 16 anos. O facto de ter de gerir o recurso mais escasso do mundo torna-nos escravos das agendas e dos relógios.

Tugabikers: Fazendo a pergunta da praxe, qual foi a primeira moto que tiveste?Manel: A minha primeira moto foi uma fzr1000 (posso contar até uma história acerca deste sonho) mas a minha primeira duas rodas foi uma NSR que recebi num certo dia e que convidei uns amigos mais chegados para dormirmos ao lado dela nessa noite, na garagem. Uma coisa impor-tante? Claro, foi uma das coisas importantes da minha vida. Puxa, partilhar aquele momento com os amigos…todos sonhávamos com o dia de receber a nossa cinquentinha. E uma NSR!!! Mas eu até preferi a LC passado pouco tempo. Bom em relação à FZR e para encurtar a história: eu sonhava com a fzr 1000, aquela dos espelhos em forma de gota de água, sabem? Ok, um dia consegui chegar-me ao stand da Yamaha ali do burgo e enchi-me de coragem (bem era preciso) e fui lá com o meu pai (eu desconfio que muitos tem pais assim mas o meu era mesmo contra as motos…e ainda é.). Depois de alguma conversa notei que o dono do stand estava a empurrar-me

Manuel Rocha Teixeira de Almeida, COM 37 ANOS E RESI-

DENTE EM VILA NOVA DE GAIA ESTE GESTOR VIVE O SONHO

COMO PILOTO NO CAMPEONATO NACIONAL DE VELOCIDADE NA

CLASSE DE STOCKSPORT 600 O TUGABIKERS FOI À CONVERSA

COM O MANUEL E FEZ ALGUMAS PERGUNTAS AO PILOTO.

Texto: Bruno Brito

Fotos: Miguel Flores

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para uma moto tipo fzr não sei o que parecia uma vmax mas não era, ele sugeria que uma fzr era uma moto que exigia muita cabecinha, bem eu não sou muito paciente quando vejo que me querem contrariar e não perdi tempo: disse ao tipo à frente do meu pai que não queria aquela merda e que sabia muito bem o que queria, se ele não a queria vender e se conseguiu destruir a mínima hipótese de o meu pai ponderar tolerar eu comprar uma fzr com aquela conversa toda o tipo tinha feito um inimigo! Porra sai de lá lixado com o homem e nunca lhe comprei moto nenhuma. Depois de comprar a primeira moto não parei até hoje.

Tugabikers: Qual foi a primeira prova em que participaste?Manel: foi uma resistência convidado pelo Daniel Lopes e pelo Miguel Oliveira, foi há 3 anos penso eu, 3 ou 4. Falo de velocidade porque antes partici-pei numa baja Vodafone.

Tugabekers: Como foi a tua 1ª corrida?Manel: Foi simples limpinha e fantástica. Primeiro porque dormi super bem ai perto do circuito do Estoril, tinha estado a trabalhar em Lisboa e en-gatei o fds ai nas calmas, depois porque era a primeira vez e não houve qualquer pressão. Aliás o Daniel fez uma coisa bem feita: se algum dos 3 caísse pagaríamos os 3, isso retirou pressão e ficamos muito bem classificados com a moto de origem, penso que ficamos em sextos ou coisa parecida.

Tugabikers: Nas corridas como é? Muita pressão? Stress?Manel: Este ano senti pressão e não gostei nada porque não a soube gerir bem. Percebi isso porque sempre dormi muito bem mas na véspera das corridas comecei a acordar antes da hora e a ter dificuldades em adormecer, sempre a visualizar o traçado e a fazer voltas sem fim deitadito na cama.

Tugabikers: Que preparativos costumas fazer antes de entrar numa competição?Manel: Preparativos…sou um mau exemplo neste aspecto, a única coisa que comecei a fazer é a levar preparados de bebidas isotónicas para não desidratar. Tentei andar de bicicleta mas cansa muito…e nem sempre apetece. Tugabikers: Qual é a prova que te falta fazer? E com que objectivos? Manel: Não tenho nenhum desejo neste momento por concretizar porque já não chego ao moto gp….até porque a ultima já foi partilhada com o WSBK e tudo…. O que é que nos falta? No momento em que respondo a esta entrevista acabamos o nacio-nal há uma semana, cumpri o objectivo a que me

propus no inicio da temporada que foi ficar entre os 10 primeiros…para te ser franco nem sei bem se quero fazer o próximo campeonato todo, por inteiro. Este pessimismo que nos rodeia a todos também desmotiva grandes planos, vê-se tanta miséria que custa planear estes luxos. Mas quase de certeza que la irei fazer uma perninha em algumas provas.

Tugabikers: Qual foi o teu melhor resultado como piloto?Manel: 4º lugar no Estoril o ano passado, mas houve outras provas de muita garra entretanto.

Tugabikers: Qual foi o piloto que mais te influ-enciou?Manel: o piloto internacional de velocidade foi o Doohan, aliás ainda hoje tento contrariar a posição (hoje antiquada) como ele curvava, acho que passei

tantas horas a vê-lo que intuitivamente posicionava-me como ele na moto…e não gosto de o ver hoje, nem a ele nem a nenhum daquela geração, estilo ombro pra frente. Sabes, acho que se é muito rápido dessa forma mas cai-se mais porque a inclinação da moto é maior (isto são opiniões pessoais e nada cientificas). Depois existem pilotos que me marcaram noutros aspectos tal como Rossi, e o Stonner e o Simonceli que são sem duvida os meus favoritos. A nível do nacional gosto muito de ver o Magalhaes a curvar, de admirar o T Dias a dar espectaculo (entradas de curva e nas descidas de Portimão) e gostava muito de ver o A Carvalho nas 600 porque representava um trabalho de conjunto piloto/moto/equipe quase perfeito, talvez pouco espectacular mas de uma eficácia que se tornava o objectivo para qq piloto, não tanto pro publico mas para os pilotos. Da experiencia do ultimo ano tenho que dizer que o Ribas é um piloto e é um amigo

Tugabikers: Que balanço fazes do campeonato que neste momento já terminou?Manel: como disse acima o balanço é positivo. O ano pas-sado iniciei-me no campeonato embora tenha realizado as ultimas duas provas do ano anterior para começar a perceber como funcionam as coisas, mas a participação foi em promo600 e teria lá ficado se não tivesse acabado esse troféu. Como acaba-ram com a promo (compreendo) tive de ir de malas para as stock600 que é muito mais exigente mas também mais “honesta”. Os ritmos são muito mais altos e se reparares e comparares com os da actual promo 1000 deste ano ficas esclarecido, certo? No inicio desta temporada olhei para a lista de inscritos e disse cá para mim: se ficar acima de 10º fico muito contente, é esse o meu objectivo. Fiquei em 9º na geral do campeonato e portanto atingi o objectivo pessoal. Mas…tenho que dizer que este campeonato para mim não foi sempre divertido como tinha sido o anterior, tive corridas e momentos de não estar a gramar nada disto mas isso teve muito haver com o facto de ter encarado o campe-onato com um objectivo em vez de o ter encarado como uma brincadeira, portan-to voltando é para a galhofa até porque não tenho compromissos com ninguém ou contas a prestar a ninguém.

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Tugabikers: Que balanço fazes do campeonato que neste momento já terminou?Manel: como disse acima o balanço é positivo. O ano pas-sado iniciei-me no campeonato embora tenha realizado as ultimas duas provas do ano anterior para começar a perceber como funcionam as coisas, mas a participação foi em promo600 e teria lá ficado se não tivesse acabado esse troféu. Como acaba-ram com a promo (compreendo) tive de ir de malas para as stock600 que é muito mais exigente mas também mais “honesta”. Os ritmos são muito mais altos e se reparares e comparares com os da actual promo 1000 deste ano ficas esclarecido, certo? No inicio desta temporada olhei para a lista de inscritos e disse cá para mim: se ficar acima de 10º fico muito contente, é esse o meu objectivo. Fiquei em 9º na geral do campeonato e portanto atingi o objectivo pessoal. Mas…tenho que dizer que este campeonato para mim não foi sempre divertido como tinha sido o anterior, tive corridas e momentos de não estar a gramar nada disto mas isso teve muito haver com o facto de ter encarado o campe-onato com um objectivo em vez de o ter encarado como uma brincadeira, portan-to voltando é para a galhofa até porque não tenho compromissos com ninguém ou contas a prestar a ninguém.

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porque não se trata somente de pilotagem mas antes de mais de se ser.

Tugabikers: Quem foi o piloto que mais te ajudou neste teu sonho?Manel: bem, como disse antes isto começou a convite do Daniel e por isso sem um começo não há nada. Depois foi fundamental a participação de um amigo que entretanto deixou as corridas, o Tiago Rocha. Nós partilhamos muito a forma de estar na vida e estes vícios que nos tornam criancinhas eternas mas infelizmente ele deixou-se disto no final do ano passado; no entanto a minha vontade própria de fazer foi fundamental. Isto sem muita vontade simplesmente não se faz. É preciso gostar muito de desafios e ter pessoas (família) que tolerem isto porque custa dinheiro e são sempre precisos sacrifícios por muito dinheiro que se tenha até porque também consome muito tempo de família. A família não é piloto mas sem ela népias, sem ela nada acontece e neste aspecto as minhas 3 mulheres são o máximo!

Tugabikers: O que te parece os circuitos em Portugal? Manel: nós temos tantas coisas boas…eu gosto de todos com duas excepções: as condições de boxes (o numero e qualidade das boxes, principalmente o chão) de braga e das condições de segurança de braga em termos de escapatórias e de pontos de absorção de impacto nesse circuito. Não me parece que sejam aspectos caros de se resolver mas ninguém me pediu a opin-ião. Eu tenho uma solução possível para Braga e se os respon-sáveis do circuito quiserem eu partilho-a de borla.

Tugabikers: O que farias tu para aumentar o número de participantes nas competições?Manel: basicamente acho que a promoção falha, olhemos para o último caso de Portimão II prova partilhada com o WSBK. Porque raio não buzinaram aos altifalantes durante todo o dia que a prova do nacional iria ser a ultima e que o campeonato de 600 e de superbike iriam ser decididos e que iria ser à molhada, tudo junto? A malta quer é disto e penso que iriam ficar mais pessoas a ver. Também acho que é necessário ter espaços de entretenimento para a canalhada, os pais para irem ver as corridas devem levar as esposas mas estas só vão se levarem os miúdos e para andar lá com eles ao colo aos gritos sem terem um entretenimento preferem ir pro shopping. Também é preciso ter di-sponíveis zonas de alimentação ou pic-nic para quem quer estar e não gastar muito. Temos de ter espaços de entretenimento nos circuitos e de borla para os utiliza-dores, claro que alguém tem de pagar mas não deve ser imposto a todos e de forma directa.

Tugabikers: Que conselhos podes dar a um piloto que se queira iniciar na velocidade?Manel: o conselho é que não procure problemas/desculpas mas que se mande com o que tem e sabe e respeite os outros como tem obrigação de fazer, quer nos circuitos quer fora deles. O material é importante mas acima de tudo há muito a aprender e isso acontece com rodagem, muita rodagem, depois claro que é mais rápida ou mais lenta a

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aprendizagem em função de quem temos ao nosso lado, dos meios que temos. Acima de tudo o nosso campeonato tenta ser uma coisa profissional mas não deixa de ser muito de carolice. Nós quando éramos miudinhos brincávamos ao quê? Eu brincava às corridas, nos pátios, nas ruas mais desertas, sei lá? Hoje como podemos ser todos raptados e ou multados etc só podemos correr nas pistas e é o que esta malta faz.

Tugabikers: Como defines numa palavra a tua experiên-cia como piloto?Manel: conquista.

Tugabikers: Atendendo à muita dificuldade que existe em arranjar patrocínios, podemos saber se tens e quais são os que te apoiam?Manel: tive um apoio esta época da Fuchs Silkolene em material. Os produtos são muito bons. Tive um apoio da Clinica de Nutrição do Porto que me emagreceu e também é gente competente, muito, até porque eu sou um comilão e emagreci sem o recurso a qq medicamento e tive um apoio logístico duma grande empresa Portuguesa, qual? Emboscada e Multi-play que sem meterem dinheiro nisto para não onerar os produtos deles estiveram presentes no campeonato todo e andaram pelas estradas e auto-estradas e apoiar o nacional.

Tugabikers: Algum comentário que queiras deixar?Manel: Quero deixar uns comentários, um especial ao Miguel Flores e a ti (Bruno), tal como vos disse pessoalmente lem-brem-se que a malta fala sempre mais alto para criticar e que quando não sabe o que criticar cala-se, de uma forma geral é assim mas há sempre quem valorize publicamente o trabalho bem feito e o vosso trabalho é bem feito e muito útil para os pilotos, para se guardarem as recordações para mais tarde e para apresentarem propostas a potenciais patrocinadores. Vocês fazem isto por gosto e a vossa retribuição são palavras de quem cá anda porque não é a vender um cd por meia dúzia de euros que vocês ganham a vida portanto um bem haja aos dois e ao tugabikers. Em segundo lugar quero dizer que criticar é fácil mas não vejo ninguém a apresentar soluções concretas e estruturadas para resolver a falta de público nas bancadas e ou criar promoções de jeito nos meios de comunicação social e esse é o principio sem o qual nunca será fácil conseguirem-se patrocínios, também não vi uma comissão de pilotos e já agora não sei bem se ela será útil ou não porque cabe à FNM zelar pelos interesses dos pilotos e a haver essa comissão não deve ser onerosa.Gostava de dizer que os preços dos pneus é um factor limi-tante para o desporto evoluir. Temos de usar pneus e para se praticar em segurança não podemos andar a rodar 60 ou 80 voltas com o mesmo par e cada par custa 323 euros, isto representa 646 por fds de corrida e sem treinos não se evolui. Este é o factor mais caro e que está a limitar a prática deste desporto. É preciso reduzir este preço. Por último gostaria ainda de dizer que a FNM deveria equacionar uma relação diferente entre preço de inscrição e tempo de treinos livres e warm ups. Eu pessoalmente preferiria pagar mais pelas in-scrições mas ter mais treinos livres durante a época e ter warm ups em todos os fds de corrida.

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Nesta prova o Motorsport Vodafone conheceu os primeiros campeões do ano.André Pires em 125GP e Pedro Nuno em 85CC, o Troféu Promomoto foi con-quistado por Filipe Carvalho. No Circuito do Estoril houve também grandes novidades na classe de Superbike, uma vez que os triunfos de Tiago Dias e Fer-nando Neto nas duas mangas e a queda de Tiago Magalhães deixaram em ab-erto o final de Superbike em Portimão.

FOTOS: Miguel Flores / Bruno RiderTEXTO: Marta Figueira

Esta jornada foi a ultima pontuável nos campeonatos de Superbike e Stock-sport 600.Na primeira manga de Superbike

rolaram 14 pilotos, Tiago Dias instalou-se logo no comando à 2ª volta, seguindo-se Fernando Costa, esse posicionamento manteve-se até à meta. Em 3º ficou José Leite que ultrapassou Tiago Magalhães na antepenultima volta.A segunda manga trouxe novidades, o lider do campeonato Tiago Magalhães desistiu por queda na 1ª curva, por sua vez Tiago Dias

esteve no comando da corrida até à 8ª volta, quando teve que cumprir uma penalização com entrada nas boxes por envolvimento na queda de Tiago Magalhães, no entanto fê-lo em excesso de velocidade pelo que no seu tempo final de prova foram adicionados 20 segundos de penalização o que o classificou em 5º lugar. Entretanto Fernando Costa segiu na dianteira vencendo destacado de José Leite por 9,8 segundos, André Carvalho

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Nesta prova o Motorsport Vodafone conheceu os primeiros campeões do ano.André Pires em 125GP e Pedro Nuno em 85CC, o Troféu Promomoto foi con-quistado por Filipe Carvalho. No Circuito do Estoril houve também grandes novidades na classe de Superbike, uma vez que os triunfos de Tiago Dias e Fer-nando Neto nas duas mangas e a queda de Tiago Magalhães deixaram em ab-erto o final de Superbike em Portimão.

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conseguiu a 3ª posição com a penalização de Tiago Dias e Nuno Cachada terminou em 4ª.A prova de Superstock 600 contou com 25 pilotos, nesta corrida Ruben Nogueira foi o unico comandante, aplicou-se bastante para resistir à pressão de Tiago Araujo e Nelson Rosa. Rosa consegiu subir à 2ª posição a meio da prova, mas o lugar foi recuperado por Tiago Araujo na penultima volta. Com esta vitória Nogueira viu a sua desvantagem reduzida para 8 pontos em relação a Tiago Araujo, pelo que também nesta classe o campeão só será conhecido em Portimão.A corrida de 125GP e 85CC rolou com 13 concorrentes, a prova foi claramente domi-nada por Ivo Lopes que venceu desta-cado.André Pires sagrou-se campeão na categoria de 125CC embora nesta prova tenha sido segundo classifi-cado batendo Angel Dominguez por apenas 102 milésimos.Intenso foi o Duelo travado entre Pedro Nuno e Tiago Guerreiro na classe de 85CC, Pedro Nuno ainda foi surpreendido pelo rival na penul-tima volta mas reagiu rapida-mente vencendo por 85 milési-mos, o titulo nesta classe foi conquis-tado por Pedro Nuno.No troféu Promo-

José Silva

Joaquim Silvério

David Tristão

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André Carvalho

Carlos Almeida

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moto1000 os candidatos ao titulo eram 3 e todos eles

dependentes apenas de si pro-prios.

Logo desde inicio quem comandou o pelotão formado por 19 pilotos foi Filipe Carvalho que liderou

sempre ganhando a prova e o troféu. O ordenamento dos pilotos da frente conseguiu estabilizar à 5ª volta sendo que no 2º

posto seguia Pedro Monteiro em terceiro Fernando Neto e em quarto Nuno Caetano. Quanto a paulo brandão o outro candidato ao titulo rolou algumas voltas em 5º passando para 10º quando à 6ª volta teve que cumprir uma passagem pelas boxes devido a falsa partida, terminando em 7º.

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Filipe Carvalho

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Ivo Lopes

Pedro Nuno

Valdemar Carvalho

Tiago Araujo

Fabio Lopes

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Texto: Bruno Brito / Fotos: Miguel Flores

Portimão, é um dos mais recentes circuitos do calendário e certamente um dos melhores, é rápido, técnico e extrema-mente desafiador. Como resultado, há a tendência de haver pilotos agrupados e corridas bastante competitivas. Existem também algumas curvas mais complicadas que outras, o que torna toda a corrida mais emocionante.

Checa, reinou em primeiro lugar na primeira sessão de qualificação com Laverty em segundo. Guintoli fixou a terceira volta mais rápida com Rea em quarto, em quinto ficou Biaggi, sexta posição para Lascorz,

em sétimo Sykes,no oitavo lugar Melandri, Haga em nono, em décimo Smrz, badovini em décimo primeiro, em décimo segundo Aitchison, décimo terceiro para Haslam, em décimo quarto Camier,em décimo quinto Corser e por fm berger em décimo sexto. No entanto na segunda sessão cronometrada Rea conseguiu a volta mais rápida com Checa em segundo seguido de Melandri, Haslam, Giugliano, Smrz, Sykes, Laverty, Lascorz, Aitchison, Camier, badovini, Haga, berger e Fab-rizio.A primeira Superpole começou mal para Aitchison que caiu e perdeu a chance de pole position. Melandri conseguiu o melhor tempo com Checa, Rea, Haslam, Guintoli, Smrz, Sykes, Laverty, Lascorz, Camier, Badovini e Haga passando à segunda Superpole, enquanto berger, Fabrizio, Giugliano e Aitchison ficaram com o resto da tarde livre.

Na segunda Superpole Laverty ficou na primeira posição com Checa em segundo e Guintoli em terceiro com Rea a terminar a primeira fila pro-visória. Smrz, Haga, Lascorz e Melandri comple-taram os oito primeiros, colocando para fora ba-dovini, Sykes, Haslam e Camier.Eis que chegamos à terceira Superpole com Rea em primeiro lugar, Checa em segundo, em terceiro e quarto Laverty e Melandri, ficando a primeira fila da grelha de partida formada. Guintoli seguiu em quinto, em sexto Smrz, sétimo Lascorz e em oitavo Haga completando assim a segunda fila.A primeira corrida começou com Rea a assumir a liderança na primeira curva com Melandri em segundo e Guintoli em terceiro. Guintoli, obvia-mente, queria marcar posição, pelo que rapida-mente ultrapassou Melandri. Haslam começou a ganhar terreno até ao pelotão e ultrapassou biaggi em oitavo lugar, mas Guintoli não estava pronto para relaxar e logo roubou a ribalta, assumindo a liderança de Rea.A corrida para Camier começou em desastre uma vez que na terceira volta saiu em frente numa curva, sem queda, retomando posição na parte de trás da corrida. Laverty também teve

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uma oscilação enorme e, mesmo tendo conseguido evitar uma queda, saiu de pista e terminou em vigésimo. Haslam ultrapassou Sykes na quarta volta, dando-nos alguma esperança de que nem todos os pilotos britânicos irão sair do dez melhores.Na quinta volta Corser saiu do circuito em linha reta perdendo assim o décimo segundo lugar terminando em décimo terceiro, que não é uma grande perda, mas não o ideal para ele na corrida de aposentação. Algu-ma coisa tinha obviamente corrido mal para Laverty, uma vez que ele entrou na box à sexta volta, enquanto Guin-toli começou a ganhar distância de Rea, e biaggi ultrapassou Sykes. Haga entrou para o top ten ao ultra-passar berger na oitava volta e su-perou Corser, com Smrz em décimo terceiro. Haslam e biaggi começaram a batalha pelo sexto lugar, tendo Haslam conseguido manter a posição.Haslam foi ultrapassado por biaggi e Sykes na primeira curva da nona volta, colocando-o em oitavo lugar. Camier, no entanto, conseguiu abrir caminho desde vigésima segunda até à décima oitava posição. Entretanto, Checa aproxima-se de Melandri e começa a tentar ganhar o terceiro lugar. Camier tinha que tinha trabalha-do pelo décimo oitavo lugar consegue chegar a décimo quinto na volta seguinte, enquanto Checa ultrapassa Melandri. Rea começou a lutar para manter o ritmo na decima terceira volta, enquanto Haslam ultrapssa Sykes, Checa ultrapassa Rea ficando assim em segundo lugar.À décima quarta volta Haga ultrapas

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sa Sykes ficando assim em oitavo lugar, na décima quinta volta badovini e berger

ultrapassam Sykes ficando assim em nono e décimo lugares

respectivamente obrigando a Kawasaki a quebrar a sua promessa inicial.Em segui-

da berger ultrapassa badovini, Haga e Haslam ficando assim em sétimo lugar.

Entretanto badovini ultrapassa Haga na décima sétima volta, bem como Sykes, Smrz e Fabrizio na volta seguinte. Las-corz ultrapassa Melandri após este ter falhado uma travagem e saido breve-mente de pista na décima nona volta,

deixando biaggi e Melandri na batalha pelo quinto lugar. biaggi, entretanto,

consegue ultrapassar Melandri e Camier supera Corser em décimo quarto lugar na vigésima volta. Sykes também ultrapassa

Haslam.E Checa finalmente ultrapassa Guintoli como se este estivesse parado

assumindo assim a liderança da corrida.Na vigésima primeira volta Haga é ultra-passado por Camier e Corser, enquanto

Biaggi começa a pressionar Lascorz, ultrapassando-o ao inicio da ultima volta.

A bandeira de xadrês é mostrada com Checa a vencer seguido de Guintoli, Rea, Biaggi, Lascorz, Melandri, Berger, Sykes,

Haslam e Smrz.Segunda Manga e última corrida do

campeonato do mundo de Superbikes 2011 começa com Rea, mais uma vez, a

assumir a liderança na primeira curva com Melandri em segundo e em terceiro Laverty, Checa em quarto lugar. Haslam

sai de pista ligeiramente, ficando assim em décimo sétimo lugar. Laverty ultra-

passa Melandri para o segundo lugar e na segunda volta ultrapassa Rea, per-manecendo todos muito próximos. ba-

dovini ultrapassa Camier conseguindo o sétimo lugar na terceira volta, enquanto

Rea e Melandri iniciam a batalha pelo segundo lugar, com Melandri a ganhar

temporáriamente a posição a Rea sendo ultrapassado novamento num “mano a

mano” que durou até à última curva, sendo que Melandri consegue ganhar a

posição e afastar-se.badovini ultrapassa Haga na quarta volta,

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sa Sykes ficando assim em oitavo lugar, na décima quinta volta badovini e berger

ultrapassam Sykes ficando assim em nono e décimo lugares

respectivamente obrigando a Kawasaki a quebrar a sua promessa inicial.Em segui-

da berger ultrapassa badovini, Haga e Haslam ficando assim em sétimo lugar.

Entretanto badovini ultrapassa Haga na décima sétima volta, bem como Sykes, Smrz e Fabrizio na volta seguinte. Las-corz ultrapassa Melandri após este ter falhado uma travagem e saido breve-mente de pista na décima nona volta,

deixando biaggi e Melandri na batalha pelo quinto lugar. biaggi, entretanto,

consegue ultrapassar Melandri e Camier supera Corser em décimo quarto lugar na vigésima volta. Sykes também ultrapassa

Haslam.E Checa finalmente ultrapassa Guintoli como se este estivesse parado

assumindo assim a liderança da corrida.Na vigésima primeira volta Haga é ultra-passado por Camier e Corser, enquanto

Biaggi começa a pressionar Lascorz, ultrapassando-o ao inicio da ultima volta.

A bandeira de xadrês é mostrada com Checa a vencer seguido de Guintoli, Rea, Biaggi, Lascorz, Melandri, Berger, Sykes,

Haslam e Smrz.Segunda Manga e última corrida do

campeonato do mundo de Superbikes 2011 começa com Rea, mais uma vez, a

assumir a liderança na primeira curva com Melandri em segundo e em terceiro Laverty, Checa em quarto lugar. Haslam

sai de pista ligeiramente, ficando assim em décimo sétimo lugar. Laverty ultra-

passa Melandri para o segundo lugar e na segunda volta ultrapassa Rea, per-manecendo todos muito próximos. ba-

dovini ultrapassa Camier conseguindo o sétimo lugar na terceira volta, enquanto

Rea e Melandri iniciam a batalha pelo segundo lugar, com Melandri a ganhar

temporáriamente a posição a Rea sendo ultrapassado novamento num “mano a

mano” que durou até à última curva, sendo que Melandri consegue ganhar a

posição e afastar-se.badovini ultrapassa Haga na quarta volta,

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assim como Camier e Lascorz. Rea ganha o segundo lugar a Melandri à quinta volta, e biaggi ultrapassa Haga ganhando o nono lugar. Na setima volta Melandri ultrapassa novamente Rea, Camier ultrapassa badovini ganhando a sexta posição ao inicio da oitava volta.Haslam batalhou até ao décimo sexto lugar enquanto biaggi se aproxima de Lascorz e começa a perseguição tendo-o ultrapassado no final da oitava volta. De seguida Biaggi, ultrapassa Badovini, deixando a classifica-ção nos seguintes moldes: Laverty, Melandri, Rea,

Checa, Guintoli, Camier, Biaggi, Badovini, Las-corz e Haga. Na décima segunda volta Sykes tinha superado Haga posicionando-se em décimo lugar, e finalmente Lascorz ganhou posição sobre badovini na décima terceira volta.Na décima sétima volta tanto Haga como Smrz ultrapas-saram Sykes ficando em décimo e décimo primeiro lugares respectivamente , enquanto Corser foi ultrapassado por Berger ficando em décimo terceiro lugar. A corrida terminou para Sykes com problemas mecânicos na décima

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terceira volta, e Melandri ganha a liderança da corrida sobre Laverty na vigésima volta. Rea também conseguiu ultrapassar Laverty, mas um erro, permitiu que Laverty o ultrapassasse de novo e por pouco também não foi ultrapassado por Checa, conseguindo Rea evitar essa situação mantendo a posição. Depois de reagrupar, Rea conseguiu ultrapassar Laverty de novo na vigésima primeira volta, mas Laverty

aproveitando o cone de vento voltou a ultrapassar Rea na reta da meta. berger ultrapassou Haga posicio-nando-se em décimo lugar na última volta da corrida, e Rea e Laverty lutaram novamente, mas Laverty ficou na frente, tendo Melandri visto a bandeira de xadrês em primeiro lugar, seguido de Laverty, Rea, Checa, Guintoli, Camier, biaggi, Lascorz, Badovini e Berger.

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45 th

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MACAUMOTORCYCLE

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GRAND PRIX

MACAU

O ano de 2011 permitiu- me cumprir dois dos meus grandes sonhos motociclisti-cos - rodar no mitico TT Mountain Course na ilha de man e no circuito da Guia em Macau.Da primeira experiencia ja vos dei conta noutras paginas. Venho-vos agora falar da segunda - Macau.

Tinha vindo à antiga colónia em 2009 a acompanhar a participação do nosso pequeno grande Luis Carreira. Fiquei desde logo impressionado com o local, o ambiente e sobretudo o circuito... Ondulando pelas

ruas da cidade entre rails e muros o circuito é absoluta-mente espectacular...mas indubitavelmente perigoso. Quando surgiu este ano a oportunidade de rodar em Macau eu nem quis acreditar. Comecei a preparar-me como com afinco a ver onboards e a jogar ao já classico jogo TT Superbikes na PS2 que tanto ja me tinha ajudado na preparação para as minhas aventuras na ilha de man. Obviamente que nada que se faça remotamente pode verdadeiramente preparar o piloto para o circuito em si... As diferenças de gradiente. Assim como a proximidade aos muros sao a principio intimidadoras. Conseguindo ultrapas-sar os vários receios o circuito comeca-se a descomplicar o que ajuda os segundos a começar a desaparecer...A minha estratégia para qualificação estava desenhada para

texto: nuno caetano Fotos: renato marques

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MOTORCYCLE

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ser conservadora mas levar me a chegar a tempos de qualificacao da maneira mais segura possível...Entrei assim para a primeira (e única) sessão livre para rodar solto com pneus usados do nacional, que vinham já da ultima corrida do ano em Portimão. Claramente não eram ideais para rodar num circuito de estrada onde o grip é naturalmente mais baixo do que em pistas convencionais. De qualquer das formas cum-priram os objectivos e fui ganhando confiança gradual-mente e assim a tirar segundos acabando com o tempo que queria para a primeira sessão..2.50.. As grandes lições da primeira sessão foram que o circuito da Guia é acima de tudo fisica e visualmente muito agressivo. É difícil julgar a melhor posição em pista bem como melhores linhas de entrada e saida em curva. Erros são fáceis e muito custosos.De qualquer das formas senti-me relativamente bem em pista e era com boas expectativas que ia entrar

para a primeira sessão de qualificação das duas que estavam calendarizadas.E eis que a chuva chega..... E com ela a grande espera... Motas não entram em pista em Macau em condições que não de seco. O circuito é suficiente-mente perigoso para estar a meter mais um elemento para complicar as coisas.Sessão em sessão iam sendo canceladas e nós sempre de malas aviadas para o paddock. Com o tempo a começar a escassear a organização decidiu usar a primeira aberta de tempo (curiosamente o slot reservado no sabado para a corrida) para a realização de uma unica sessão de qualificação... uma situação que me prejudicava de sobre maneira como rookie uma vez que precisava de o maior tempo em pista possivel...Fiz-me à pista para a qualificação com o objectivo de baixar 10 segundos... A expectativa era que um certo Michael Rutter não ia precisar de descer

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aos 2.23 para garantir a pole é que assim sendo o tempo de qualifica-ção estaria à volta dos 2.40. Entrei com alguma apreensão. Tinha uma montanha a subir e muito pouco tempo para o fazer. Ia pela primei-ra vez na vida usar slicks e sabia que fisicamente não aguentava

fazer muitas voltas seguidas a pressionar pelo que teria de vir às boxes entre voltas rápidas para garantir que estava em boas condições físicas para puxar... Comecei bem, com a primeira volta em cima do melhor tempo da sessão livre. A partir dai baixei

tempo em todas as voltas subse-quentes até um melhor tempo de 2.41,7 ... Infelizmente a sessão já ia avancada e cheguei às boxes somente a 2 minutos do final.... Tinha mais para dar em termos de ritmo .. mas nao havia mais tempo para o fazer.... Pior... o Michael

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Rutter tinha feito questao de fazer um 2.23 .. deixando o próprio John Mcguiness na segunda posição a cerca de 3 segundos .... tempo de qualificação oficial 2.38 .. estava de fora por 3.5 segundos ....Não sou de baixar os braços ..... e seguiu desde logo para o comissari-

ado de corrida para fazer um pedido de start permission assente na premissa de que como rookie tinha sido particularmente impactado pelo cancelamento da segunda sessão de qualificação. Os meus argumen-tos encontraram apoio em comissao .. mas o pedidio acabou indeferido

ao desempate por um dos respon-sáveis ingleses da organização tanto quanto sei.Em suma.. Fiquei satis-feito com a minha prestação .. Gostei da pista e senti-me confortavel ... Tinha bastante ainda para dar .. Havendo tempo.... Experiência a repetir sem duvida.

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Ivo Lopes a granderevelação na corridade Stocksport 600

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COM O 3º LuGAR CONSEGuIDO EM PORTIMãO RENDEu A TIAGO MAGALHãES OS PONTOS NECESSáRIOS PARA SE CON-SEGuIR CONSAGRAR O NOVO CAMPEãO DE SuPERBIKE.ESTA JORNADA TAMBéM PERMITIu A TIAGO ARAuJO CONquISTAR O TITuLO DE CAMPEãO NA CLASSE DE STOCKSPORT 600.

FOTOS: Miguel Flores / Bruno RiderTEXTO: Bruno Rider / Marta Figueira

Nesta 7ª jornada do Motorsport Vodafone os pilotos das duas classes tiveram que partilhar a pista em treinos e corridas, a

grelha de partida encontrava-se preenchida com 46 concorrentes.Pensando nos pontos que necessitava Tiago Magalhães fez uma corrida táctica,

bastava-lhe um 3º lugar, objectivo que foi cumprido, o piloto ficou à frente de Tiago Dias por um ponto apenas. Tiago Magal-hães consegue assim aos 27 anos de idade a sua primeira vitória no campeonato de Superbike.Magalhães ainda comandou o pelotão durante as três primeiras voltas, sendo

Os pilotos aguardavam na entrada para a pista

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ultrapassado por Tiago Dias que se manteve na liderança até ao fim, Magalhães baixou ainda mais uma posição ao ser ultrapassado por Denis Sacchetti na antepenultima volta.André Carvalho cruzou a meta na 4ª posição, a mesma que ocupou durante toda a prova. Ivo Lopes foi 6º classificado absoluto da corrida, esta foi a sua 1ª prova com uma moto de 600CC.O vencedor destacado de Stock-sport 600 foi precisamente o jovem piloto Ivo Lopes que levou quase meio minuto do 2º classificado Ru-ben Nogueira.Ruben era um dos pretendentes ao

titulo desta classe, mas Tiago Araujo

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Mário Alves

Eusébio Nogueira

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José Leite

Nuno Cachada

Luis Carreira

Denis Sacchetti

Nelson Rosa

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Ruben Nogueira

Nuno Caetano

Tiago Dias

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apostou numa táctica cautelosa arrecadando assim o titulo de

campeão.Enquanto Ivo se ia escapando à

concorrência na dianteira, Ruben Nogueira tomou posição em 2º

lugar apartir da 3ª volta e lá per-maneceu até ao final.

Entretanto na ultima volta Marcos baquero conseguiu ultrapassar

Nelson Rosa posicionando-se em 3º.

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Tiago Dias Marcos Baquero e a sua equipa

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António Maio venceu pela quarta vez a Baja de Porta-legre na categoria de motos. O piloto alentejano liderou toda a prova e ganhou destacado. Outro triunfador foi Roberto Borrego, cujo êxito rendeu a conquista do título nacional absoluto de Quads. Nesta edição históri-ca, a 25.ª da série, entre os UTV/ Buggy o vencedor foi Jorge Monteiro.

Com este êxito, António Maio iguala António Lopes e Mário Patrão no “ranking” dos pilotos com mais

vitórias (quatro cada um) obtidas em Portalegre. Mais rápido no Prólogo, Maio esteve sempre no comando, e o sucessivo abandono de alguns ad-versários acabou por lhe facilitar a tarefa na segunda metade da prova.Nos Quad, Roberto Borrego alcançou a sua segunda vitória consecutiva nesta Baja. Além disso, sagrou-se campeão nacional absoluto, objectivo para o qual era imperioso termi-nar a jornada em primeiro ou segundo lugar.A Baja disputou-se sob agradáveis condições atmosféricas, com o terreno a oferecer boa tracção e praticamente livre de pó, graças à chuva caída durante a semana. No Prólogo foram classificados 141 pilotos em moto, 68 nos quad e 28 em UTV/ Buggy, sem esquecer os 26 participantes na Classic e Maxi Baja, que só cumpriram 172 Km de percurso, enquanto os restantes avançaram para um sector selectivo de 395 Km.

Fotos: Miguel Flores / Bruno Rider

A acção começou na Sexta-feira, com o Prólogo. Depois, no Sábado o percurso do

sector selectivo começou por rumar a Noroeste, até perto da Barragem do

Fratel. A seguir, a caravana inflectiu para Gavião e Ponte de Sor. A descida

para Sul prosseguiu até Sousel, seguin-do-se por Monforte o regresso a Porta-

legre..

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A acção começou na Sexta-feira, com o Prólogo. Depois, no Sábado o percurso do

sector selectivo começou por rumar a Noroeste, até perto da Barragem do

Fratel. A seguir, a caravana inflectiu para Gavião e Ponte de Sor. A descida

para Sul prosseguiu até Sousel, seguin-do-se por Monforte o regresso a Porta-

legre..

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Motos – Graças ao melhor

tempo no Prólogo, António Maio pode escolher a posição à partida para o sector selectivo,

deixando oito adversários arrancarem à sua frente para melhor con-trolar a concorrência. Após 134 Km, cerca de um terço de prova, o piloto de Borba

liderava a classificação, já com mais de 3 minutos sobre Luís Ferreira e Hélder Rodrigues. Este último abandonou depois, devido a problema mecânico, e Ferreira já a uns 30 Km do final, com

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o pinhão de ataque destroçado, quando seguia no 2.º lugar.Enquanto Maio prosseguiu sem contratempos assina-láveis para uma vitória folgada, Luís Oliveira impres-sionou em estreia no TT. Inicialmente colocado no 5.º posto, o jovem piloto conquistou expressivo 2.º lugar com a sua Yamaha 125. Fausto Mota completou o pódio, mesmo com o travão dianteiro danificado na última parte do percurso.Na 4.ª posição ficou David Megre, que tinha outros motivos de satisfação, pois contrariou os prognósticos ao conquistar o título

da classe TT3. Para isso foi essencial o abandono dos dois principais candidatos, Paulo Gon-çalves e Ruben Faria. Bom 5.º lugar para Nuno Silva, diante de Tomás Neves, Joaquim Norte e Frederico Fino. O melhor

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da classe Promoção

foi David Rosado, no 24.º posto absoluto.

Quads – Oscar Montoya foi o mais rápido no Prólogo, seguido de Roberto Borrego. Porém, o espanhol desistiu cedo, enquanto Borrego travou

cerrado duelo com João Lopes. Estes dois pilotos tinham precisamente o mesmo tempo após 134 Km de prova, mas a luta terminaria pouco depois dos duzentos quilómetros, quando Lopes teve de abandonar devido a problemas eléctricos no seu veículo.Assim, Borrego ganhou com mais de 20 minutos de avanço para o 2.º classificado, António

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Moreira, que foi subindo na tabela até alcançar essa posição, batendo por 1m05s o perseguidor imediato, Vítor Santos. Significativo também o desempenho de João Eleutério, 4.º absoluto e primeiro da classe Promoção, na frente de Filipe Martins, Rafael Acúr-cio, Rui Cascalho e Fábio Vilhena – este dois últimos os melhores da classe stock.UTV/ Buggy – Nesta categoria assistiu-se a renhido confronto entre vários pilotos. Desde o início do sector selectivo Sérgio Silva

instalou-se na dianteira, ganhando algum avanço mas sem ultrapassar normalmente os cinco minutos. Porém, na fase derradeira (após o Km 301), Sérgio Silva teve problemas que ditaram o abandono. Pelo caminho

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ficou também o adversário que discutia consigo o 2.º lugar no Campeonato, Manuel Agonia.Assim, o vencedor foi Jorge Monteiro, que durante a maior parte da prova alternou no 2.º posto com Marco Grilo, acabando separados por 2m50s. No 3.º lugar ficou o novo campeão, Rui Serpa, seguido do melhor representante da classe UTV 1, a dupla José Denis/ Luís Santos. O melhor Buggy foi o de Gonçalo Porelo/ Rui Porelo, no 8.º posto.Classic Baja e Maxi Baja – Para recordar velhos tempos, em moto competiram também 26 pilotos nestas classes. Paulo Marques e António Oliveira travaram aceso despique pela vitória. Sensivelmente a meio da prova o “Marquês” tinha 26 segundos de vantagem sobre Oliveira, e confirmou o triunfo na parte complementar, acabando separados apenas por 1m43s. Na 3.ª posição ficou outro nome famoso do TT lusitano, Ber-nardo Villar, a 9m50s do vencedor, seguido de João Santos e Alexandre Pires.

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O Tugabikers esteve presente no Manx Grand Prix de 2011 com Nuno Caetano. Este é o segundo grande evento do calendário desportivo da Ilha de Man e ocorre no famoso TT Mountain Course que fez este ano 100 anos. Nada melhor do que ler em primeira mao o resumo da experiência na primeira pessoa.

Vi as primeiras imagens da ilha há uns anos atras e fiquei desde logo impres-sionado. Dai até ter uma colecção de mais de mais 15 DVD’s com resumo de corridas e sobretudo onboards foi um só passo. O seguinte ocorreu em 2010 quando fui acompanhar de perto a segunda participação do Luís Carreira juntamente com o team Tugabikers. Comecei a formar ai uma ideia que

julguei sempre ser inalcançável de algum dia correr neste mítico circuito. A luz no fundo do túnel começou a aparecer quando em conversa na última noite na ilha de 2010 com um dos mecanicos que nos ajudou durante a epoca de 2010 (Alan Cook que estava na ilha com um outro piloto - James Hillier da bournemouth Kawa-saki) disse que eu devia voltar em Agosto para ver o Manx Grand Prix. Nunca

tinha ouvido falar … comecei desde logo a pesquisar….Iniciado em 1923 o Manx Grand Prix é o segundo grande evento do

calendário motociclistico da ilha e tem como objectivo permitir a pilotos e equipas amadoras defrontarem as 37.73 Milhas (60 Kms) do Mountain

Course exactamente nos mesmo moldes do TT. Ao longo da sua longa história este evento tem se assumido tambem como um grande polo

de geração de talentos para o TT. O universo de nomes que já ganharam lá é grande e inclui nomes como Ian Huthcinson (que

fez o clean sweep de 5 TTs em 2010), Philip Mcallen (que tinha o record anterior com 4 vitórias no mesmo ano), Ryan Far-

quhar (o mais galardoado road racer do mundo), Michael Dunlop, entre muitos outros.

Comecei em Novembro de 2010 a encetar contactos com vista a receber um convite para participar em

2011. O primeiro passo foi apresentar o meu CV de corridas até à data. O meu ano de 2010

tinha acabado, e ficou marcado por um grande numero de corridas (fiz o

TEXTO: Nuno Caetano FOTOS: Juan Cregeen

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campe-onato não só de Promo 1000 mas tambem Stock1000 para ganhar experiên-cia) e tinha acabado bem com o 2o lugar na Geral na Angotruck 500 (obrigado José Leite!!). Em Dezembro de 2010 recebi confirmação que estava a ser considerado para a prova e que era convidado para ir à ilha em Fevereiro de 2011 para falar com os organizadores. Foi o que fiz. Um frio fds em Fevereiro vi-me mais uma vez na Ilha para o Newcomer’s Week-end – uma altura para falar com pilotos cor-rentes e ex-pilotos assim como dar as primei-ras voltas guiadas ao Mountain Course. Nunca tinha tido a oportunidade de dar uma volta completa à pista antes desta data. Fiquei fascinado e não tinha outra hipótese senão atirar-me de cabeça a esta ideia. No inicio de Abril de 2011 finalmente o email que eu tanto espe-rava chegou – tinha sido aceite!! Não só isso, como me tinham alocado a 4ª posição de partida (em 37) para a minha prova principal – a classe “Newcomers A” reservada a pilotos rookies com motas de 600cc. Agora já não podia voltar atrás....Primeiro problema a resolver – mota & equipa. Tinha acertado com uma equipa inglesa (Road & Racing Performance) o uso de uma credenciada ZX6R

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dia 18 de Agosto. Tinha à minha espera nem mais nem menos do que o Richard “Milky” Quayle – nome

quase lendário do TT e actual Rider Liaison Officer para o TT (metam o nome dele no Youtube e vejam a

razão pela qual já não corre .. incrível acidente). Recebeu me com uma placa a dizer “Nuno Caetano

– MGP Winner 2011” .. bom toque! Nesse dia não tinha mais nada a fazer que receber o carro que ia

ser a minha companhia durante os meus 14 dias na ilha – um SMART preto .. o meu “black beauty”. Fui directo ao paddock para ver quem por já lá andava ..

as caras eram muitas e incluiam o Michael Dunlop que ia correr em Classic SbK (fez 124milhas/

200kmh de media por volta lá no ano passado!), Ryan Farquhar (mesmo), Cameron Donald (estava

a ajudar um amigo), assim como uma miriade de ilustres desconhecidos na qual me incluía.

Instalei-me na casa onde ia ficar durante o evento pertencia a um dos Travelling

Marshals do TT – Ned bowers (thank you!). Dia seguinte foi

ocupado com inscrição e pequenos a afaz-eres vários. Não

de Superstock (no Manx a cilindrada máxima é 750cc) ex bournemouth Kawasaki. Infelizmente à última da hora esta situação caiu por terra uma vez que a mota iria ser usada por um novo piloto em 2011 no campeonato inglês de SS600. Ficava a possibilidade de construir uma mota de raiz para mim. Tudo bem. Mas quem é que me ia dar apoio mecânico (quem me conhece sabe que não con-sigo nem trocar um parafuso)? O nacional estava em Portimao, o inglês em Cadwell Park .. nâo tinha grandes alternativas. Pensei em recorrer aos serviços do experi-ente (e piloto corrente) Paul Owen mas mesmo essa hipótese caiu por terra quando ele foi convidado para correr com uma mota clássica no mesmo evento. SHIT!! Tinha de continuar a procurar. A coisa esteve preta até que uma das pessoas que me tinha ajudado na ilha teve um rasgo de iluminacao … uma equipa que ele conhecia que não ia ter ninguém a correr no Manx porque o piloto principal estava a cumprir a normal suspensão de quem participa no TT (durante 2 anos não pode participar no Manx Grand Prix/ 3 se tiver tido uma réplica). Após muita deliberação consegui então resolver o problema – ia correr com a KS Performance com uma ZX6R! Menos mal! Com a equipa resolvida tive de me focar no maior prob-lema – aprender o circuito! Rabisquei rapidamente um calendário de visitas à ilha à volta das datas do nacional (que entretanto me estava a correr bem -tinha acabado de ganhar a primeira prova contra todas as expectativas). O meu target eram 2 no total (acabei por fazer 3 contando com o TT ). Passo seguinte – Ebay!! Precisava urgente-mente de arranjar uma PS2 e o jogo TT Superbikes para a puder treinar em casa… 60 libras depois tinha também essa questão resolvida). A partir daí foi uma questão de disciplina – todos os dias depois do trabalho via pelo menos 2 voltas e jogava uma ou vice-versa …Entre uma hora e hora e 30 de treino diário. No TT aproveitei para absorver ao máximo a experiencia do nosso missil das estradas o grande Carreirinha (obrigado Luís!!) que teve a paciência de fazer voltas e voltas comigo e descomplicar grande parte do circuito.Fui fazendo o nacional e continuei a preparação para o Manx .. O final de Agosto parecia que nunca mais chegava .. mas chegou. Voei para Douglas no

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podia verificar o equipamento porque esse já estava com a equipa que ia só chegar nessa tarde de ferry. Começava a grande espera. Sábado era o primeiro dia para rodar .. a equipa tinha chegado ao final da tarde e finalmente consegui ver a minha montada. Acertámos rapidamente oscontrolos para a minha estatura e confiei nos acertos de suspensão da equipa. Têm anos e anos de corridas na ilha .. quem era eu para os contradizer! Pedi só uma mota estável nos ressaltos que seria onde eu esperava ter mais problemas. Tudo certo ….. Ate chegar a chuva …. E depois o nevoeiro na montanha …. Resultado.. primeira sessão de treinos cancelada … Óptimo!! Tinha de apanhar um voo para Londres para conseguir aparecer no Domingo em Portimão para não facilitar demais a vida ao Filipe Carvalho no campeonato .. Voei para Londres ás 18 da tarde e para Portimão no Domingo de manha ás 6.20h ..cheguei à pista já a 2a sessão de qualificação tinha começado .... (mas isso é outra historia).. Voltei a londres no voo das 22.50 que me fez chegar a casa quase às 4 da manha … de volta para a ilha ás 9.00 …. Cansaço nem começa a descrever a situação em que me encontrava. O dia estava bom na ilha e chegadas as 15 horas comecei a fazer preparações para me fazer à pista por volta das 17h. O plano do dia era 1 volta “guia-da” por um travelling marshall a velocidade controlada e depois outra volta já sozinho e à vontade. A minha equipa insistiu para que eu seguisse atras do actual piloto em múltiplo TT e MGP winner Chirs Palmer que era (a) rapidissimo e (b) amigo da casa. Disse-me que ao contrário dos marshalls ele ia puxar nas zonas sinuosas e desenrolar punho nas rectas para deixar o grupo (éramos 6) voltar a compactar. Arranquei na roda dele ... mas sempre a pensar que era capaz não ser boa ideia atirar-me logo atrás de um velho lobo do mar como ele. O ritmo era forte mas surpreendentemente eu estava confor-

tável… perdia um pouco em algumas zonas de aceleração (o Chris estava com uma CbR 1000 e eu de ZX6 de relação alongada) mas man-tinha me sempre a 2-4 motas de distância dele sem problema. Reduzimos pela primeira vez para olhar para trás ao final de 6 ou 7 milhas ….. e vimos ..... deserto! Não tínhamos ninguém connosco ! O ritmo estava bom ) Rapidamente começámos a apanhar e ultrapassar outros grupos que tinham arrancado antes.. não se estava a pisar ovos )…. O resto da volta ocor-reu sem problemas abrindo boas perspectivas para a primeira volta sozinho passados 30 minutos …. Sai sem grandes expectativas e relaxado … e rapidamente comecei a ultrapas-sar pilotos mais lentos …. Quando cheguei a meio da volta já tinha passado seguramente umas 20 pessoas … não estava mal a coisa … acabei a volta com 99.7 milhas de media e o 5o melhor tempo de todos os Newcomers! Dizer que fiquei surpreso é um eufemismo ).Resto da practice week correu bem (não vos vou maçar com detalhes – apenas que uma certa ZX6 e um certo ombro andaram mais do que uma vez a raspar em paredes e objectos ape sos) e acabei a semana com 105 milhas de média (170km/h) e o 6o (sexto) tempo em 37 newcomers …. A organização confirmou que eu manteria a minha 4a posição para a corrida e que correria no sába-do dia 27 de Agosto.Havia um total de 3 voltas a cumprir (113 milhas / 182 kms de corrida!). Teria de fazer um reabastecimento. Como tinha boa posição na es-trada decidi juntamente com a equipa que a melhor estratégia seria fazer 2 voltas seguidas e só parar depois para abaste-cer. Apanhei o nr 3 – Mark Goodings – 4 milhas depois de ter começado oque indicava q estava com

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bom ritmo. A estrada manteve se relati-vamente livre cheguei às boxes em 5º, com 2 voltas acima das 105 milhas de média. A paragem foi rápida (qualquer coisa como 18 segundos) e segui confi-ante para a terceira (e última) volta. Estava a chegar a Ramsey – e eis senão quando se acende a minha luz de gaso-lina – algo que nunca tinha acontecido antes! A panóplia de DVDs que tenho em casa ensinou-me que a passagem pela montanha que se avizinhava, es-tava cheia de histórias de pessoas que tinham desistido por falta de combustível …. Eu não tinha vindo para a ilha para desistir tao ingloriamente! Resolvi então começar a poupar gasolina fazendo short-shift e limitando a rotação máxima para garantir que chegava à linha de meta …. E cheguei!! Infelizmente o cuidado extra custou-me 3 lugares (o ultimo deles por meros 2 segundos) .. acabei em 8º, … firmemente no top10 , com uma média de corrida acima dos 105milhas (170kms/h), melhor volta a 107 milhas de media (173kms/h) e com direito a uma réplica (prémio extra para quem termina particularmente perto do 1o lugar). A corrida foi ganha por Wayne Hamilton – companheiro de equipa de Ryan Farquhar, e nome bem conhecido das estradas irlandesas.Apenas 2 dias depois da primeira corrida tinha o meu segundo desafio. Aqui já no meio dos leões da arena. O ritmo em treinos tinha sido naturalmente mais vivo do que na classe de Newcomers. Arran-cava em 47o, 10 posições atras do Wayne Hamilton que tinha ganho a primeira corrida. Não havia grande estratégia possível nesta corrida – total de 4 voltas teriam de ser divididas em 2 partes iguais por imperativos de com-

bustível. Certo. Comecei a preparar-me mentalmente para a

corrida a meio da tarde

sendo que o tempo não estava a colaborar com chuva e bastantes poças de agua vi-síveis no circuito. As condições estavam muito abaixo do ideal mas mesmo assim a organiza-ção avançou. Eu entrei com pneus intermédios (na ilha não se pode rodar de molhados –não aguentam nem uma volta) e com cuidado … mentalmente estava preparado para qualquer momento em que me sentisse menos confortável .. não tinha nada a provar. Fui rodando e fiz uma primeira volta de 95 milhas (153km/h) de media. A mota estava muito instável e não parava debaixo de mim perden-do tração em 6a a fundo!! .. Interessante .. Uma das mais complicadas secções do circuito (Ginger Hall – Ramsey) estava relativamente seca e assim sendo fui andando … entrei nas boxes ao final da 2a volta e disse à equipa que ia continuar ….. acabei em 37 ganhando 10 posições. Dos 91 inscritos só 59 terminaram. Infelizmente Wayne Hamilton perdeu a vida num acidente na 13a milha. RIP Wayne Hamilton.Experiência incrível.. e a repetir .. . Ganhei o prémio de melhor Piloto Europeu (ie. fora do UK), melhor volta a 107 milhas por hora (173km/h) de media , 8o em Newcomers e 37o (5o new-comer) no Junior Manx GP… muito acima dos meus objecti-vos …. Vou voltar decididamente. A grande questao é .. Manx GP ou TT …?? .. Sigam estas páginas.

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TEXTO: Bruno Brito FOTOS: Miguel Flores

Marco Simoncelli (Cattolica, 20 de janeiro de 1987 - Kuala Lumpur, 23 de outubro de 2011) foi um motociclista ital-iano, campeão mundial na categoria 250cc e que, em 2011, disputou o mundial de MotoGP pela equipa San

Carlo Honda Gresini. Era conhecido por apelidos como “Super Sic”, na Europa, e “Urso do cabelo duro”.

Mesmo fora da moto, o italiano de 24 anos destacava-se na multidão, com 1,83m de altura e a cabeleira selvagem que se tornou marca registrada - se-

gundo ele, uma homenagem ao guitarrista Jimi Hendrix. A sua rapidez, estilo e determinação eram reconhecidos entre os pilotos da MotoGP.

Desde cedo foi muito rápido e ganhou o campeonato italiano de minimotos em 1999 e em 2000. Em 2001, foi campeão italiano das 125cc e, no ano seguinte, o

último passo na sua formação: campeão europeu de 125cc.Em 2002, chegava ao Mundial da categoria. Conseguiu vencer uma corrida apenas

em 2004, em Jerez, prova que venceu novamente em 2005. O seu tamanho, 1,83m, era considerado grande para as 125cc, foi um dos motivos apontados para sua difi-culdade na categoria.Em 2006, chegou às 250cc e voltou a desfrutar de uma rotina vencedora. Fez 10 poles, ganhou 12 corridas e foi campeão em 2008. A sua cabeleira e direcção agres-siva fizeram o piloto virar um ídolo na Itália.No ano passado, finalmente chegou a oportunidade no MotoGP, quando começou a

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dividir curvas e grelhas com seu ídolo de infância, Valentino Rossi. Rossi é oito anos mais velho do que Simoncelli mas ganhou o seu primeiro título mundial, nas 125cc, quando Marco tinha apenas 10 anos de idade, em 1997, e, por isso, sempre foi a sua inspiração.Na categoria principal, Marco conseguiu duas poles na carreira, nos GPs da Catalunha e da Holanda, e dois pódios, um terceiro lugar na República Checa e o segundo lugar no GP da Austrália.Na actual temporada, ele ocupava a sexta posição no Mundial de Pilotos, com 139 pontos, mesma pontuação do heptacampeão Rossi. Além de bons resultados, Simoncelli coleccionou algu-mas polémicas na categoria na sua breve passa-gem.Este é o resumo profissional do extravagante Marco Simoncelli, um piloto que preferia o campo às grandes cidades, priorizava a paixão sobre a razão, ouvir em vez de falar. Agressivo e veloz dentro da pista, simples, sincero e brincalhão fora dela. Simoncelli deixa saudades e uma legião de fãs. O craque italiano das pistas morreu do jeito que sempre viveu: em alta velocidade.

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T ugabikers: Quando é que tiveste a noção de existir um mundo onde existem motas?Bruno Brito (Rider): É uma vergonha dizer isto, mas na realidade só tomei conhecimento que existia um mundo onde existem motas em 2009 quando

assisti a uma prova de supermoto. Tugabikers: Qual foi a tua primeira experiência?Bruno Brito (Rider): O meu primeiro contacto foi a 17 de Maio de 2009, quando fui convidado por um amigo a assistir em Almeirim a uma prova de supermoto, sem dúvida que o “bichinho” veio à tona. Mas quando assisti à primeira prova de veloci-dade em Braga ai foi o culminar de emoções difíceis de explicar.

Tugabikers: Porque é que não tens mota e mesmo assim adoras o motociclis-mo?Bruno Brito (Rider): É verdade não tenho mota porque nunca tive o bichinho a incentivar a ter uma mota, no entanto espero inverter essa situação num futuro próximo, vamos ver no que vai dar. O facto de neste momento não ter mota não quer

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dizer que não goste do motociclismo, contrari-amente ao que se possa pensar não é preciso ter ou andar de mota, para se gostar de mo-tociclismo, basta gostarmos de tudo que envolve o motociclismo.

Tugabikers: Sabemos que já tiveste ex-periências como comissario, qual é a tua opinião?Bruno Brito (Rider): É verdade tive a primeira experiência efectiva como comissário no MotoGp de Portugal em 2009. Fiquei no posto 48 à entrada do triângulo, como professora tive a Susana, que para além de uma grande amiga ensinou-me bastante como ser comis-sário na pista. A sensação é extraordinária assim como a responsabilidade para com todos os pilotos e os demais, dentro e fora da pista.

Tugabikers: Qual é a tua opinião sobre os comissários Portu-gueses?Bruno Brito (Rider): Uma respos-ta que pode ter muitas direcções, mas de uma forma geral penso que sejam os melhores. Mas não conheço o trabalho de todos, pelo que só poderei falar do trabalho que os comissários do Motor Clube do Estoril fazem.O trabalho destes homens e mulheres dentro e fora da pista é notório e de louvar. Um grande obrigado a todos eles por serem os nossos anjos da guarda.

Tugabikers: Porquê decidiste ser fotógrafo e não comissário?Bruno Brito (Rider): Essa foi talvez a decisão mais difícil de tomar, se por um lado estar na pista sentir toda a emoção e adrenalina de uma corrida, o facto é que captar o momento com uma fotografia e imortaliza-lo tornou-se mais alici-ante. O facto de captar todos os momentos seja em pista ou no paddock tornou-se algo que não conseguia deixar de fazer.

Tugabikers: Qual foi a prova que mais prazer te deu fazer?Bruno Brito (Rider): Acreditem que por muito que goste de fotografar o nacional, a prova que me deu prazer em fotografar em todos os aspectos foi sem duvida o TT este ano.

Tugabikers: Em todas as modalidades que gostas de fotografar quais as 3 principais para ti, e porquê?Bruno Brito (Rider): bom sem dúvida que umas das principais é sem duvida o nacional de velocidade, isto é claro que o paddock para mim é o meu palco e onde me sinto verdadei-ramente à vontade para fotografar e aproveito

sempre para conversar com os amigos lol. O Motocross, torna-se estimulante de fotografar na pista por um lado pelo facto de podermos estar mais perto da mesma e no motocross conse-guem-se fotos espectaculares. O Enduro é igualmente electrizante de fotografar, por vezes ou a maior parte pela dificuldade de conseguir fotografar nem que seja uma única foto.

Tugabikers: Qual a prova que falta fazer?Bruno Brito (Rider): Existem muitas provas que gostaria de fotografar, mas penso que a que está no topo das que me faltam fotografar é sem dúvi-da o Northwest 200.

Tugabikers: Consegues imaginar-te a fo-

tografar Provas de Motos o resto da vida?Bruno Brito (Rider): Sem dúvida que consigo a questão é será que iria fotografar as motas em pista ou o paddock, acho que me iria dedicar 200% ao paddock, sinto que é o meu palco e é claro às babes. Tugabikers: Se te surgisse a oportunidade de te tornares fotógrafo profissional, aceita-rias???Bruno Brito (Rider): Sem dúvida aceitaria sem hesitar, acho que é o sonho de qualquer fo-tógrafo, no entanto é necessário ter em mente que tudo exige muito trabalho,muita dedicação e muito sacrifício.

Tugabikers: O que achas que poderia ser melhorado para atrair mais público e pilotos às provas?Bruno Brito (Rider): Do meu ponto de vista acho que para atrair o público é preciso incenti-

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va-lo e para isso é necessário muita divulgação. Na era da tecnologia a internet é um bom meio, no entanto a tv continua a ser o meio que abrange mais o povo português, para isso é necessário uma maior divulgação a nível de tv, sem dúvida que os custos inerentes a essa publicidade não são poucos, mas nada se consegue sem sacrifício. Para atrair os pilotos às provas é preciso fazer algumas alterações

em termos de valores (pneus, inscrições, prémios) muitos pilotos fazem grandes sacrifícios para correrem o

que faz com esses mesmos pilotos acabem por desistir de fazer as provas porque monetariamente é impossível, deixando

assim as grelhas mais pobres. Tugabikers: És um dos administradores do fórum Tugabikers, Director da Tugabikers Magazine, podes nos falar um pouco destes dois projectos e quais as perspectivas para o futuro?Bruno Brito (Rider): bom tornei-me administrador do fórum do Tugabikers de uma forma inesperada, foi precisamente no 1º jantar do Tugabikers que o Miguel Flores me convidou para administrador, foi uma surpresa que me deixou sem fala, mas da qual aceitei sabendo a responsabilidade que isso acarreta. São horas dedicadas ao fórum pois a manutenção do mesmo assim o exige. A Tugabikers Magazine é sem dúvida o berço de ouro. Lancei a ideia ao Miguel de se criar uma revista sobre velocidade, no entanto havia questões que se colocavam de como a revista deveria ser elaborada, de forma a fugir às revistas da especialidade (não tirando o mérito das mesmas). A intenção era mesmo criar algo diferente e foi a 10 de Junho de 2009 que nasceu a Tugabikers Magazine. A parte do grafismo da revista da qual estou responsável é sem dúvida um grande desafio para mim, porque a cada revista o

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va-lo e para isso é necessário muita divulgação. Na era da tecnologia a internet é um bom meio, no entanto a tv continua a ser o meio que abrange mais o povo português, para isso é necessário uma maior divulgação a nível de tv, sem dúvida que os custos inerentes a essa publicidade não são poucos, mas nada se consegue sem sacrifício. Para atrair os pilotos às provas é preciso fazer algumas alterações

em termos de valores (pneus, inscrições, prémios) muitos pilotos fazem grandes sacrifícios para correrem o

que faz com esses mesmos pilotos acabem por desistir de fazer as provas porque monetariamente é impossível, deixando

assim as grelhas mais pobres. Tugabikers: És um dos administradores do fórum Tugabikers, Director da Tugabikers Magazine, podes nos falar um pouco destes dois projectos e quais as perspectivas para o futuro?Bruno Brito (Rider): bom tornei-me administrador do fórum do Tugabikers de uma forma inesperada, foi precisamente no 1º jantar do Tugabikers que o Miguel Flores me convidou para administrador, foi uma surpresa que me deixou sem fala, mas da qual aceitei sabendo a responsabilidade que isso acarreta. São horas dedicadas ao fórum pois a manutenção do mesmo assim o exige. A Tugabikers Magazine é sem dúvida o berço de ouro. Lancei a ideia ao Miguel de se criar uma revista sobre velocidade, no entanto havia questões que se colocavam de como a revista deveria ser elaborada, de forma a fugir às revistas da especialidade (não tirando o mérito das mesmas). A intenção era mesmo criar algo diferente e foi a 10 de Junho de 2009 que nasceu a Tugabikers Magazine. A parte do grafismo da revista da qual estou responsável é sem dúvida um grande desafio para mim, porque a cada revista o

grafismo tem tendência a mudar. Ás vezes chegam a ser 04h00 da manhã e ainda estou a trabalhar na revista, para que tudo saia perfeito, ou quase perfeito, o que por vezes é difícil não haver falhas. A parte gráfica é tão importante que a revista (Volume 02 Número 01) com cerca de 100 páginas viu o seu grafismo todo alterado uma semana antes de ser lançada. As fotos são um dado muito importante na revista sem isso não seria possível a mesma existir. Mas é sempre com grande satisfação quando vejo a revista pronta. A Tugabikers Magazine tornou-se tão importante que o número de visualizações online e o número de downloads tem vindo a crescer a cada nova edição, o que demonstra que a revista já é uma referência para muitos, o que me deixa igualmente contente. Como sabem o futuro é incerto, embora haja ideias claras para o futuro do Tugabikers, o fórum irá sofrer uma grande transformação para melhor é claro e também a revista irá sofrer uma grande alteração, mas tudo a seu tempo, existem sim outros projectos para o Tugabikers que ainda estou a estudar, mas vão existir grandes novidades para o ano, talvez o maior e o mais ambicioso projecto do Tugabikers até à data. Fiquem atentos que ao longo do ano vão sendo dadas pistas sobre o projecto.

Tugabikers: Porque achas que o teu trabalho é mais reconhe-cido no estrangeiro do que em Portugal?Bruno Brito (Rider): Eu acho que o meu trabalho seja tão reconhe-cido em Portugal como no estrangeiro a questão é que (nós) portu-gueses não demonstramos esse reconhecimento directamente ou indirectamente, o que não acontece no estrangeiro que existe sempre uma palavra a dizer sobre o trabalho que faço, o que me deixa igualmente contente pelo facto de saber que o tugabikers passou além-fronteiras.

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Miguel Oliveira

e Ivo Lopes fecharam a

temporada no Campeonato de

Espanha de Veloci-dade (CEV) que decor-

reu no fim-de-semana de 19 e 20 de Novembro

em Jerez de La Frontera. Miguel Oliveira alcançou o

1º lugar na classe 125/Moto3, enquanto o Ivo

Lopes foi 27º classificado na classe Moto2.

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A chuva não deu tréguas na jornada de encerramento do CEV. Em Jerez choveu durante o dia de Sábado, pelo que os primeiros treinos

cronometrados acabariam por ser atrasados para mais tarde. Também no domingo o pro-grama das corridas decorreu em piso mol-hado.Miguel Oliveira vencera oito dias antes em Valência aos comandos da Honda NSF 250 R, a nova mota em desenvolvimento para a classe Moto 3. O piloto português voltou a conseguir a pole position e depressa ficou na frente do pelotão. Após treze voltas a corrida terminou (duas antes do previsto) devido a queda de um piloto. Miguel Oliveira

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venceu com 9,2s sobre o italiano Niccolo Anto-nelli, e 10,7s face ao 3.º classificado, Andrea Migno.Por sua vez, o piloto da Red bull Rookies Cup, Ivo Lopes, consegui o 21º tempo, entre 37 pilotos na classe Moto2. Depois de ter sofrido uma queda na corrida anterior, o piloto estava decidido a terminar a corrida sem correr riscos.Apesar de ter partido numa posição, após a primeira volta à pista Ivo Lopes aparece na 23ª posição. A partir dai até ao final da corrida o piloto da Amadora foi oscilando entre o 25º e 28º lugar, para terminar a corrida em 27º, a 1m14,3s do vencedor, Lucas Mahias.

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Como o dia tinha sido de loucos deci-dimos ir descansar, bom no meio de tanta conversa, esquecemo-nos que ainda faltava montar a tenda, depois

do quebra-cabeça para montar tenda, faltava ainda encher o colchão, mas nem foi preciso ir muito longe, pois todos queriam oferecer ajuda. Depois de tudo pronto, foi a hora de descansar os olhos. Sábado (3 de Junho) - AlvoradaDe manhã bem cedo as motas começavam a trabalhar, as pessoas já corriam de um lado para o outro, o Juan ficou de apanhar o Miguel às 09h30 no Grandstand para levá-lo até ao circuito. Sou deixado à minha sorte, começo a passear pelo paddock, a minha vista perde-se no paddock, camiões de grande estrutura, roulot-tes, tendas grandes e pequenas, stands de se perder no infinito, tiro a minha primeira foto na Ilha de Man às 09H25. As bancadas começam a encher, do outro lado do Grandstand as pessoas começam a ocupar os muros das casas, bandeiras expostas, tudo preparado para a 1ª corrida. Enquanto espero, dou comi-

go a falar com um comissário, que já anda por estas andanças há mais de 20 anos, a função dele, é precisamente estar na torre e passar a informação aos escuteiros, que por sua vez colocam no quadro a velocidade e a posição em que os pilotos estão. Curiosidade à parte, a pontuação é colocada de forma manual, com tinta e pincel, uma tradição que já vem desde dos primeiros anos do TT. Está quase na hora de começar a corrida, os pilotos já vestidos começam a chegar às boxes principais, ainda se vêem motas a saírem das verificações tecnicas, mecânicos a levarem as motas até ao ponto de partida, fotógrafos aos molhos, uns em cima dos outros para captar a melhor foto, curiosos a pedirem autógrafos aos seus pilotos favoritos, sem dúvida uma imagem inigualável em todos os sentidos.Tudo a postos a primeira corrida começa, multidão ao rubro nem queria acreditar, os arranques são de arrepiar, o publico vibra com a passagem dos pilotos, só visto mesmo. O Carreira teve azar na primeira corrida. Fiquei estupecfacto como eles enchem o depósito das motas nas corridas, incrível não há mar-

TEXTO: Bruno Rider FOTOS: Miguel Flores / Bruno Rider

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gem para erro. A corrida terminou entretanto,o Miguel chega ao paddock e eu todo contente dirigo-me a ele e digo-lhe com um grande sorriso estampado no rosto – “Miguel, consegui tirar fotos ao Guy Martin”, é claro pelas inúmeras histórias sobre o Guy Martin, foi motivo de gargalhadas. Depois de um dia cansativo, fomos jantar cedo já que tínhamos combinado ir ter com o Gaffa, O’Reilly, Mac e Derek ao bar, escusado será dizer que foi festa até às tantas da manhã, um grande convívio entre amigos.Segunda-Feira (6 de Junho) – Bem CedoGrande dia, bem de manhã cedo era impossível estar ainda deitado, ia para o circuito, para o famoso salto, o Juan veio buscar-nos para nos levar directa-mente a ballaugh bridge. Tudo a postos as estradas são fechadas 1 hora antes da corrida. 10h45 ouve-se no rádio, o primeiro piloto partiu do Grands-tand, infelizmente a corrida é interrompida, a bandeira vermelha é acenada, o Miguel comenta – “Algo de muito grave aconteceu”, ninguém sabe o que realmente aconteceu, nem a própria rádio consegue informar, passado algum tempo o irmão do Mac, o Derek que se encontrava connosco, recebe uma chamada telefónica, das quais ninguém quer gosta de receber – “O Derek faleceu”, o dia ficou mais triste, no entanto “the show must go on” como se costuma dizer, não é fácil, mas na verdade as coisas funcionam assim, as corridas não podem parar, o Luis Carreira também teve de desistir, a caixa de velocidades partiu. Mesmo antes de a corrida terminar, voltámos ao paddock, o Derek tinha muitos amigos e fazia todo o sentido regressarmos. Durante a tarde fiquei no paddock, o nosso Carreira estava animado para a corrida da tarde, no meio daquele frenesim, o Carreira até deu uma pequena entrevista para a Manx TV, a corrida marcada para às 15h15, fora adiada, para as 18h30, já é uma constante as corridas serem adiadas quando o clima não é favorável. Carreira chega ao final contente com a posição em 13º lugar. Michael Dunlop ganha a corrida.Terça-Feira (7de Junho) – Dia de DescansoDia de descanso para todos nós, dia de colocar o fórum actualizado, entre

isso passeávamos pelo paddock, o Miguel ainda teve tempo para fazer uns videos, eu por outro lado começava a sentir-me constipado, são coisas

que ninguém espera que aconteça lol.

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Quarta-Feira (8 de Junho) –MadrugadaA corrida programada para este dia, foi adiada para o dia seguinte, mais uma vez o tempo não deu tréguas e a bandeira vermel-ha foi dada, mas se pensam que as pessoas desmobilizaram, enganam, todos os dias com ou sem corridas, o paddock é sempre ambiente de festa desde de manhã até à noite, é mesmo non-stop.Quinta-Feira (9 de Junho) – Penúltimo DiaEste era o penúltimo dia na Ilha, mais um dia de corridas emocionantes, paddock encon-tra-se ao rubro, o Carreira sente-se confian-te, no entanto também esta corrida não correu bem, no meio de tanta gente o piloto e amigo Nuno Caetano chega directamente de Londres para nos fazer companhia.Sexta-Feira (10 de Junho) – Último DiaA última corrida, o Senior TT, sabia que o sonho estava a chegar ao fim mas ao mesmo tempo a alegria era enorme, tinha concretiza-do o meu sonho. Neste dia acompanhei o Nuno Caetano, ao local onde o Carreira caiu no ano passado, ou melhor ficou sentado nos pneus. A corrida é adiada para as 16h15, infelizmente o Carreira foi obrigado a desistir. Praticamente não tirei fotos de pista neste dia, queria desfrutar ao máximo a corrida e acreditem, valeu bem a pena. John McGui-ness volta a ganhar, em 2º lugar Guy Martin e em 3º lugar bruce Anstey. De volta ao paddock, preparámo-nos para a entrega dos prémios onde o Carreira iria receber o prémio pelo seu 13º lugar na corrida de segunda-

feira. Muitas coisas ficam por contar, mas acreditem que nem tudo é possível descre-ver por palavras, acredito quem quem conseguir concretizar o seu sonho de ir à Ilha de Man, vai ficar deslumbrado com tudo e com todos assim como eu fiquei. Nada disto seria possível se não fosse a contribuição de todos para, que esta viagem fosse possível do qual eu e o tugabikers agradecemos do fundo do coração. Ao Joca, Davide, Joaquim, Pedro Martinho, Sérgio Moreira, Manuel Psst, Ricardo Lourenço, Paulo Maria, Mário Alves, Svrider, Ricardo Estevão, Skywalker, CAGSXR, Sansão, João Nunes, António Rezen-de, Tânia boyol, Daniel Lopes, Vitor Lopes, Jackal, carlos Ferreira, Mário Sobral, Nuno Caetano, Papagaio73, Pedro Mon-teiro, Ricardo Jorge, Carlos Eduardo, Alexan-dre Ferreira, Pedro Flores, Ricardo Carapucinha, Café Adamastor, Pedro Ferreira, Miguel Santos, Ricardo Duarte e Nelson Rosa um grande obrigado por terem tornado este sonho numa realidade.

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