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O DISTRITO DE PORTALEGREwww.odistritodeportalegre.com

MUITO MAIS QUE INFORMAOIgreja do Senhor do Bonfim

Director: Nuno Folgado | 08 de Abril de 2010 | Ano CXXVI | 7153 | 0,60 euro

Fronteira revive vitria sobre CastelaPg.17

Indito da autoria de P.e Patro

Pg. 3

Feira de Doaria Conventual X edio est no pontoltima

Pg. 13

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Ponte de SorJ est praticamente definido o programa deste ano do Festival Sete Sis Sete Luas. O Anfiteatro da zona ribeirinha continua a ser o local eleito para os artistas que integram esta rede cultural que engloba 25 cidades de dez pases do Mediterrneo e do mundo lusfono.

NisaA Vila de Nisa assistiu na Sexta-Feira Santa pelas 21:00h representao da Via-Sacra ao Vivo. Com incio no Jardim Municipal e termo na Igreja do Calvrio, o cortejo percorreu vrios pontos histricos da Vila, assinalando as 14 Estaes da Via-Sacra.

Castelo de VideO Grupo de Amigos de Castelo de Vide acaba de editar o livro Efemrides de Castelo de Vide da autoria de Diogo Salema Cordeiro. A obra reune, em 280 pginas, a verso mais actualizada das principais efemrides desta vila.

2 www.odistritodeportalegre.comEditorial

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PRETo No BRANCoLc 24,11

SuMRIo03 PoRTAlEGRE CIdAdE O homem morre, mas a sua obra fica e cresce Distrito de Portalegre tem 2900 imigrantes Operao Pscoa 2010 com "balano positivo" 06 oPINIo Algumas razes para "ser padre"... hoje Ser (com o) prximo 13 PoNTE dE SoR O palco do Mediterrneo 14 NISA Via-Sacra ao vivo na vila 15 CASTElo dE VIdE Amigos editam "Efemrides de Castelo de Vide" 16 FRoNTEIRA Fronteira revive vitria sobre Castela lTIMA Fim-de-semana doce est a chegar a Portalegre

"(...) De certo que se algum lhes contasse que Jesus tinha transformado a gua em vinho, lhes pareceria um desvario (...)"

Parecia-lhes um desvario... assim que o terceiro Evangelho descreve a reaco dos Onze notcia trazida pelas mulheres que, ao romper do primeiro dia da semana, foram ao sepulcro onde Jesus tinha sido sepultado, levando os perfumes para cumprirem a tradio judaica. No para menos, aquele que, distncia, eles viram ser flagelado, carregar com a cruz, ser crucificado, gritar Eloi, Eloi, Lama Sabachthani, que viram ser trespassado pela lana do soldado num gesto de confirmao do que j todos sabiam, no podia estar noutro lado, seno no sepulcro. No havia mais perspectivas a no ser apodrecer como todos os outros que antes dele passaram da vida morte. O nico que poderia contrariar este acontecimento era Ele e Ele no quis. No abriu a boca, no esboou defesa perante os falsos testemunhos e meias verdades com que os conspiradores descansavam a prpria conscincia. S a Ele valeria a pena recorrer... a mais ningum. De certo que se algum lhes contasse que Jesus tinha transformado a gua em vinho, lhes pareceria um desvario e no acreditariam, mas isso ningum lhes contou, eles viram. De certo que se algum lhes contasse que Jesus tinha multiplicado os pes e os peixes, a ponto de com cinco pes e dois peixes alimentar uma multido de cinco mil homens sem contar mulheres nem crianas, lhes pareceria um desvario e no acreditariam, mas isso ningum lhes contou, eles viram. De certo que se algum lhes contasse que Jesus tinha curado o cego de nascena ou o paraltico, tinha curado leprosos ou ressuscitado Lzaro e o filho da viva de Nain, lhes pareceria um desvario e no acreditariam, mas isso ningum lhes contou, eles viram. Ento, depois de terem visto tudo isto, porque que no perceberam o que Jesus lhe tinha dito: O Filho do Homem vai ser entregue nas mos dos homens que o ho-de matar; mas, trs dias depois de ser morto, ressuscitar.? Faltava-lhes experimentar. Nada os podia preparar para algo to novo e diferente de tudo o que tinha acontecido at ento. O acontecimento Jesus Cristo no tem paralelo com nada que tenha acontecido antes, s encontra paralelo com o que acontece queles que se associam a Ele na morte e tomam com ele parte na Vida Eterna. Ainda hoje, a muitos este anncio lhes parece um desvario, e quem o pode criticar? At aos Onze isso aconteceu. A muitos que receberam esta Boa-nova em formato de conhecimento e a o arquivaram, que sabem que alguns acreditam nisso, que ouviram dizer, parece-lhes um desvario preciso correr apressado e encontrar as razes deste desvario, s para quem arrisca passar do saber ao experimentar esta alegria profunda e faz algum sentido e mesmo assim, humanamente faz muito pouco. E de facto um desvario, mas no das mulheres, mas do prprio Deus que para libertar o escravo entregou o filho, excessos de Amor!

Fundador: Francisco Cortes Sanches, em 27 de Abril de 1884. director: Nuno Miguel B. T. Folgado, [email protected], Editor: Tipografia Nuno lvares, Ld. Praa do Municpio, 20 7300-110 Portalegre; Conselho de Redaco: Nuno Folgado, Amrico Agostinho, Maria Lusa Moreira, Pedro Ranheta e Ana Isabel Pires; Assessora da Redaco: Rita Pereira, [email protected]; Assinaturas: [email protected]; Publicidade: [email protected]; Colaboradores: Accio Catarino, Alberto Tapadas, Amlia Bento, Antnio Marcelino, A. Silvio Couto, Bonifcio Bernardo, Curado da Silva, Deolinda Serralheiro, Francisco Moura, Helena Maria C. Maurcio, Lusa F. Silva, Joo da Graa Silva, Joo Rolo, Jos Geraldes Freire, Jos Manuel Coelho, Jos Pinto da Costa, Jorge Lage, Jorge Traquete, Marco Gomes, Maria Albertina Dordio, Maria Guadalupe, Maria Lusa Moreira, Maria Tavares Transmontano, Mrio Mendes, Mourato Fernandes, Olga Ribeiro, Patrcia Lopes Bastos, Pedro Ranheta, Raul de Amaral-Marques, Ruy Ventura, Saul Cndido, Sebastio Matos Rosa, Sofia Henriqueto, Miguel Serafim, Alexandre Afonso, Filipe Serrote, Hugo Capote, Simo Velez. Revisores: Amrico Agostinho, Carlos Rolo Maquetizao: Antnio Daniel Correia - Pedro Ranheta. Paginao: Jos Augusto Bagina Alegria Impresso: Empresa do DIRIO DO MINHO, Ld., Rua de Santa Margarida, 4 4710-306 BRAGA Propriedade: Tip. Nuno lvares Ld. - Sociedade por Quotas de Responsabilidade Limitada Registado no ICS n. 100 157 - 09.08.1972 Matriculada na Cons. Reg. Com. de Portalegre n. 264 - depsito legal n. 137.914/99 Assinaturas: Online em PDF : 10 Euros; Anual: 22 Euros; Semestral: 12 Euros - Avulso: 0,60 Tiragem por edio: 4.000 Exemplares Os artigos de opinio so da responsabilidade dos seus autores. A Redaco no se compromete com a publicao no solicitada.

Jornal o Distrito de Portalegre Tipografia Nuno Alvares Lda Diocese Portalegre-Castelo Branco 75% - Seminrio 25% Morada - Praa do Municpio, 20 e 22 Cdigo Postal - 7300-110 Portalegre NIF - 501 274 790 Telefone Geral: 245 301 620 | Telefone Redaco: 245 301 622 Email: [email protected] Site: www.odistritodeportalegre.com Administrao Manuel Marques Pires Antnio Martins Castanheira

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PORTALEGRE CIDADEIndito do P.e Patro

o homem morre mas a sua obra fica e cresceIgreja do Bonfim Nota Biogrfica Nasceu no Gavio a 3 de Maio de 1929, ingressou no Seminrio Diocesano, foi ordenado Presbtero no dia 12 de Julho de 1953, por D. Agostinho de Moura em Portalegre. Foi proco de Pvoa de Rio de Moinhos e Cafde. Licenciado em Histria Eclesistica e Arte Sacra na Universidade Gregoriana, em Roma, foi director de O Distrito de Portalegre durante vrios anos, Professor de EMRC no Liceu de Portalegre, Professor no Magistrio Primrio e na Escola Superior de Educao de Portalegre. data do falecimento era perito da Comisso Diocesana de Arte Sacra e Capelo do Colgio do Sagrado Corao de Maria. Na madrugada do dia 4 de Outubro de 2010 faleceu no Seminrio de Portalegre, vtima de paragem cardaca e no dia seguinte os seus restos mortais foram depositados no cemitrio do Gavio, a sua terra natal. est em curso o pedido de oramentos para decidir a quem entregar o trabalho com o intuito de que a composio grfica esteja altura da excelncia do contedo, ao mesmo tempo que se procuram apoios, junto das instituies civis e religiosas, principalmente aquelas com quem o P.e Patro trabalhou mais de perto, para que a obra possa conhecer a luz do dia numa edio do Fundo de Edies do Cabido da Catedral de Portalegre. Ventila-se a possibilidade de a obra estar pronta em Outubro prximo, quando se completar um ano sobre a data de falecimento. Pode ser que o lanamento deste livro seja ocasio para repensar este edifcio e o seu enquadramento como sala de visitas e entrada nobre da cidade e para resolver a questo da ocupao do espao pblico que devia estar ao servio de todos e da promoo do edifcio.

Quadro da autoria do portalegrense lus Fernando leite Rio

Segundo foi possvel apurar a famlia do P.e Patro, depois da sua morte, em Outubro passado, encontrou, entre as suas coisas, duas obras iniciadas, mas em fases diferentes de execuo. Sobre a Igreja de S. Loureno, Portalegre, muitos documentos, que podem ser identificados como apontamentos, para algum trabalho que previa fazer que s podero ser publicados como tal, visto que nada os une a no ser o tema, no apresentando qualquer estrutura de livro. A segunda obra, sobre a Igreja do Senhor do Bonfim em Portalegre, numa fase de quase concluso. sobre esta que, a pedido do Sr. D. Antonino, a quem a famlia entregou os materiais, o Deo do Cabido, Cn. Bonifcio Bernardo, se tem debruado. O que recebeu era um livro , na generalidade concludo, e uma carta com algumas indicaes que deveria destinar-se editora/grfica com quem o autor, P.e Patro,

pensava trabalhar, desconhecese qual e, pela existncia da carta, supe-se que no chegou a estabelecer esses contactos. Algumas das referncias que esto nessa carta no sero exequveis como a referncia a uma capa da qual o P.e Patro diziaque seguir completa mas da qual no se conhece existncia, talvez tenha morrido em sonho com o autor. O trabalho em torno do livro, propriamente dito, prendeu-se essencialmente com o aparato crtico, notas de rodap e referncias a obras que o Cn. Bonifcio no teve facilmente acesso e que muitas vezes se resumiam ao primeiro e ltimo nome de um autor e ao nmero da pgina, por isso foi um trabalho difcil e moroso, mas neste momento est praticamente concludo para isso foram preciosas as ajudas de alguns colaboradores e amigos do P.e Patro. A fase de trabalho que se segue agora a de artes grficas,

A Igreja do Senhor do Bonfim um importante santurio de Portalegre, para onde convergem muitos romeiros do Alto Alentejo, e situa-se no denominado Bonfim de S. Tom. O santurio portalegrense foi mandado construir pelo Bispo D. lvaro Pires de Castro Noronha, sendo lanada a primeira pedra em 1720. Em 1774, com o bispo D. Pedro de Melo e Brito da Silveira e Alvim, realizaram-se outras remodelaes e restauros, situao que se voltou a repetir no sculo XIX. A frontaria elevada, constituda por um portal com meias colunas adossadas e capitis decorados, sustentando um fronto curvilneo, sobre o qual se encontra um pequeno escudo, tiara e composio de querubins. Acima deste rasga-se o janelo do coro, sobrepujado com a gravao do ano de 1770. Os cunhais e cornija do templo so talhadas em cantaria, destacando-se na empena o fronto trapezoidal com crculo no tmpano e profusa decorao de motivos vegetalistas e zoomrficos. Lateralmente erguem-se as torres sineiras simtricas, terminadas por uma esguia cobertura piramidal. O interior constitudo por uma s nave, com coro alto e capela-mor. As paredes da nave so forradas por painis de azulejos figurados, em tonalidades de azul e branco, obra setecentista legendada e referindo episdios da vida de Cristo, para alm de simbologia religiosa envolta em movimentadas cercaduras barroquizantes. Acima do revestimento cermico dispem-se uma sequncia de telas com molduras em talha dourada, painis "rocaille" do sculo XVIII que representam cenas da vida de Cristo. No centro da nave, adossados s paredes laterais, encontram-se dois plpitos, um em frente do outro, com dossel e caixa de talha dourada. Lateralmente esto dois retbulos de talha dourada, o da esquerda de invocao de N. Sra. do Rosrio, enquanto o da direita consagrado a N. Sra. do Loreto. O coro alto desenha um arco abatido assente em duas pilastras, tendo um elegante gradeamento de madeira. Debaixo deste esto pinturas a fresco, obra do sculo XVIII. Precede a capela-mor um arco triunfal de pedra e revestido por estrutura de talha dourada, flanqueado por dois nichos misulados e abrigando as esculturas de S. Pedro e S. Paulo. A ousia apresenta as suas paredes forradas a talha dourada e duas telas narrando o Calvrio e a Descida da Cruz . A sua cobertura apresenta-se com estuques pintados e dourados. Imponente e movimentado retbulo barroco fecha a capela-mor. A sacristia guarda algumas obras sagradas de valor, como os seis quadros setecentistas com temas hagiogrficos ou as vrias peas de mobilirio dos sculos XVII e XVIII. Igreja do Bonfim (Portalegre). In Infopdia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-04-07]. disponvel na www:

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portalegre cidade

Velhos so os trapos

Alunos da So loureno sensibilizados para a terceira [email protected]

Como envelhecer de forma saudvel foi o ttulo do colquio que decorreu no dia 26 de Maro (sexta-feira), no Instituto Portugus da Juventude (IPJ), em Portalegre, e que contou com a assinatura de um grupo de alunos do 12 ano da Escola Secundria de So Loureno. No mbito da disciplina de rea de Projecto, os jovens so desafiados a elaborar um projecto que se estende at ao final do ano lectivo. Em torno desse, um grupo de alunos daquele estabelecimento de ensino debruou-se sobre o envelhecimento e promoveu um colquio intitulado Como envelhecer de forma saudvel. A actividade contou como oradores uma animadora scio cultural, uma nutricionista, a presidente da direco da Casa de Repouso da Senhora da Penha, Ana Casqueira, uma professora de ginstica e um neu-

rologista. Os oradores usaram da palavra e explicaram o desempenho do seu papel junto da terceira idade. Em torno do projecto Velhos so os trapos, os jovens levam a cabo um conjunto de actividades junto da terceira idade e contactam, semanalmente, com os utentes da Casa de Repouso da Senhora da Penha. Destaque para a elaborao de jornais, dana e leitura. Estas actividades tm como objectivo estimular cognitiva e fisicamente os idosos, no sentido de lhes proporcionar um envelhecimento mais saudvel. Tambm temos como objectivo mostrar sociedade que velhos so apenas os trapos e que os idosos continuam a ser muito teis, afirmou Rita Moura, aluna da Escola Secundria de So Loureno. Garantindo que o projecto est a correr da melhor forma,

a aluna revelou que a Casa de Repouso da Senhora da Penha tem-nos recebido muito bem e os funcionrios e os utentes tm sido impecveis e interactivos connosco". Apesar de revelar que por vezes os idosos no mostram disponibilidade,

Rita Moura referiu que o nosso grupo tem tido a mxima pacincia e dedicao e tentamos ultrapassar algumas limitaes. Vamos interagindo com eles da maneira que nos possvel. Como prxima actividade, a aluna avanou que, na recta

final do ano lectivo, o grupo levar a cabo uma exposio que representar o resultado do trabalho que tem vindo a desenvolver.

distrito de Portalegre tem 2900 imigrantesos dados foram revelados por Gabriel Nunes, da delegao Regional do SEF de [email protected]

O distrito de Portalegre acolhe, actualmente, cerca de 2900 imigrantes, segundo as actualizaes realizadas em 2009 pelo Instituto Nacional de Estatstica (INE) e pelo Servio de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Campo Maior, Elvas, Ponte de Sor e Portalegre so os concelhos do Norte Alentejano que registam um maior nmero de cidados estrangeiros residentes. Campo Maior acolhe 292, Ponte de Sor tem 273 e Portalegre 537. Elvas o concelho que alberga mais imigrantes, contabilizando um total de 683. O concelho que regista um menor nmero de residentes estrangeiros Gavio e Arronches, com

23 e 46, respectivamente. Os dados foram divulgados por Gabriel Nunes, inspector da Delegao Regional do SEF de Portalegre, no mbito de uma visita de trabalho que a secretria de Estado da Administrao Interna, Dalila Arajo, fez regio. As nacionalidades mais significativas de residncia no territrio do Norte Alentejano a brasileira, com 661 imigrantes, e a romena, com 419. Quanto ao sector de actividade mais representativa por parte dos estrangeiros residentes no distrito, destaca-se o estudantil e a agro-pecuria. A maioria dos estudantes estrangeiros residentes no distrito so

provenientes dos Pases Africanos de Lngua Oficial Portuguesa (PALOP) e a maior fatia de estrangeiros cuja actividade passa pelo sector agro-pecurio so naturais da Moldvia e do Brasil. Como projectos futuros, o SEF de Portalegre pretende dar seguimento ao projecto SEF em Movimento, um programa que tem como finalidade facilitar o relacionamento dos cidados estrangeiros com os servios. Para alm deste, o SEF de Portalegre visa dar continuidade resposta que tem oferecido no que diz respeito documentao dos estudantes em regime de internato em escolas profissionais da regio.

O Servio pretende ainda responder s necessidades e anseios dos imigrantes no que tange documentao dos menores que frequentam o ensino escolar, no mbito do projecto SEF vai Escola, apresentando todas as crianas que se encontram em situao ilegal.

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portalegre cidade

operao Pscoa com balano [email protected]

Na Operao Pscoa 2010, que decorreu desde quinta-feira e que se estendeu at s 24h00 de domingo, o Comando Territorial da GNR de Portalegre fiscalizou 1211 condutores. Destes, foram registados quatro automobilistas a conduzir com uma taxa de alcoolemia superior permitida por lei, menos cinco que em 2009 e foram executados 138 autos por infraco ao Cdigo da Estrada e outra legislao complementar, menos 23 que no ano passado. Das infraces registadas, 44 foram graves e muito graves, menos 11 que em 2009. Foram ainda registados oito acidentes, menos trs que no ano de 2009, seis colises e dois despistes. Verificou-se um ferido grave, mais um que no

permanncia da sensibilizao ao longo do ano, junto dos condutores. No se morre nas estradas portuguesas s nos perodos festivos. Infelizmente durante todo o ano e isso que temos que debelar, sublinhou. Dirigindo-se aos condutores, o governador civil do distrito de Portalegre deixou um apelo: te-

nham cuidado com a conduo e cumpram as regras de trnsito, pois s se vive uma vez. A nvel nacional, a GNR registou dois mortos, 23 feridos graves, 276 feridos ligeiros e 911 acidentes. A Operao mobilizou, diariamente, 1600 agentes da GNR e 780 patrulhas.

ano de 2009, e quatro feridos ligeiros, menos quatro que no ano passado. A Operao Pscoa 2010 mobilizou 266 militares do Comando Territorial da GNR de Portalegre. Em entrevista ao DP, Jaime Estorninho, governador civil do distrito de Portalegre, revelou

que a Operao apresentou um balano positivo, pela ausncia de vtimas mortais e pelo nmero de acidentes ter sido inferior ao do ano de 2009. Considerando que os automobilistas esto mais sensibilizados para estas Operaes, Jaime Estorninho apelou

Reparos Municipais

Elctricos inoperantes s Segundas-feirasNo dia 22 de Setembro de 2004, vo decorridos j quase seis anos, foi lanada uma nova carreira de transportes urbanos, por meio de mini autocarros elctricos, tambm conhecidos inicialmente por Gulliver e designada por Linha Azul, aps uma experincia de cerca de um ano, para testar a sua aceitao pela populao. Escusado ser dizer que tiveram plena e total aceitao, por se revelar um meio de transporte acessvel e circulando por arruamentos vedados a outros veculos e, alm disso, estabelecendo a ligao entre dois extremos da cidade e com paragens em qualquer local, ao longo da citada linha azul. No entanto, "no h bela sem seno" ou, por outras palavras, "no h bem que sempre dure", e h cerca de dois anos, que s segundas-feiras, pelo menos da parte da manh, que os desejados elctricos, no se sabe quando aparecem e quando isso sucede raras vezes concretizam o seu itinerrio, por insuficincia de carga nas baterias elctricas. Desnecessrio ser dizer os incmodos que isto causa no s aos utentes, como at aos prprios motoristas que alm de ficarem privados de completar o seu trabalho, tm ainda o transtorno natural de solucionar o problema, quando ficam, como j hbito, no meio do circuito. No se compreende de modo algum, que decorridos j dois anos, este problema se arraste sem que os responsveis tomem medidas para o solucionar. Desconhecemos se isto que se passa, do conhecimento do senhor Presidente do Municpio ou se a responsabilidade cabe, naturalmente a outros intervenientes, que pelos vistos, no se incomodaro com o mesmo. Os utentes que sofrem com esta falta, so imensos e desesperam com tal anomalia e inoperncia dos Servios Municipalizados de Transportes, que, incompreensivelmente, no do soluo ao assunto como lhes competia e que no pode deixar de ter soluo. Estes utentes j pensam em pedir uma audincia Presidncia do nosso Municpio, para que o mesmo imponha fim a tamanha negligncia Aqui fica o apelo, em nome de todos os utentes, para que haja disposio e boa vontade em solucionar tal lacuna. Saul Cndido

Ninho de S. Bartolomeu

Visita PadariaAs Salas de 1 e 2 anos, do Ninho de S. Bartolomeu, realizaram uma visita de estudo padaria do Bairro dos Assentos, no dia 30 de Maro. Segundo a educadora Elisabete Silva este actividade promoveu a interaco com a comunidade local e a abordagem ao tema da Pscoa, para que as crianas tenham a percepo dos usos e costumes da sociedade em que esto inseridas. Estes grupos de 10 e 17 crianas respectivamente, deslocaram-se a p at padaria onde tiveram oportunidade de ver folares, lagartos e bolos fintos. Esta visita tambm tinha como objectivo adquirir bolos fintos, os quais foram colocados posteriormente nos presentes de Pscoa elaborados pelas crianas. Para alm de algumas explicaes sobre as caractersticas destes produtos a educadora Elisabete Silva chamou-lhes a ateno para o dinheiro, necessrio para a aquisio dos bolos. De salientar o interesse e entusiasmo que crianas to pequenas revelaram pela actividade, sabendo estar nesse contexto (padaria). Foram ainda tidas, em especial ateno,

as regras de segurana rodoviria pelo percurso efectuado. Fica o agradecimento s Farinhas &

Gueifo pela disponibilidade e colaborao. Rute Sanguinho

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portalegre cidadeApresentao da Associao Cultural Janus

No queremos querelas nem polmicas. Pretendemos provocar o conhecimento dos cidados de Portalegre entre [email protected]

Amrico Agostinho, Avelino Bento, Carlos Rlo, Fernando Correia Pina, Jos Polainas e Mrio Casa Nova Martins so os nomes que iro conduzir a Janus, uma Associao Cultural que nasceu atravs da troca de ideias e da amizade que se foi construindo por este grupo de cidados que organizou o projecto A comemorao dos 80 anos do padre Patro. Assim, as inmeras refeies que foram fazendo em conjunto e a partilha de opinies e de impresses que trocaram deram origem Janus. Porque a Associao quer ser uma porta em que de um lado est o presente e no outro o futuro. Uma porta que se abre para o futuro, o futuro de uma cidade, de um concelho e de uma regio, permitindo vislumbrar um caminho de cultura, de civilidade, de interveno crtica e de apaziguamento. Quem guarda estas portas Janus, o porteiro celeste. desta forma que a organizao considera o projecto. Dar incio a uma interveno cvica e cultural, aberta e diferente, demonstrativa da capacidade que a comunidade portalegrense pode ter para criar e construir o presente e o futuro com esperana e dinmica a meta que a Associao preserva, defendendo que no queremos querelas nem polmicas, antes pretendemos provocar o conhecimento dos cidados de Portalegre entre si, criando interaces produtivas e fomentando desenvolvimento social, cultural e econmico. Assim, a Associao pretende realizar, numa primeira instncia, trs jantares coloquiais que tero lugar no Tapas, em Portalegre. Desta forma, sero convidadas personalidades com poder de interveno social que sejam independentes do seu grupo de trabalho e das suas ligaes quotidianas. Assim, o

interventor poder conhecer e ser conhecido por mais gente e podero estabelecerem-se novas pontes dinmicas de entendimento e criao de riqueza intelectual to necessrias ao seu desenvolvimento cultural e social, explicou a Associao. J com data marcada, a primeira actividade ir ocorrer no prximo dia 15 de Abril com o uso da palavra do bispo da Diocese de Portalegre Castelo Branco, D. Antonino Dias. No dia 01 de Junho, Mata Cceres, presidente da autarquia de Portalegre, ir dar a conhecer os seus pontos de vista e a interveno de Joaquim Mourato, presidente do Instituto Politcnico de Portalegre (IPP), est guardada para o incio do prximo ano lectivo. A conferncia de imprensa de apresentao da Associao decorreu no dia 31 de Maro no Tapas e contou com a presena de todos os elementos da organizao do projecto. Acreditando que esta uma

ideia possvel de consubstanciar, Carlos Rlo afirmou que o nosso objectivo que a sociedade se abra e desenvolva uma plataforma de interaco cvica e cultural em Portalegre. Por isso, estes jantares so para que uma pessoa se d a conhecer a pessoas que no conhece. Convidamos pessoas com capacidade interventiva e podero ser questionadas sobre a forma como esto a conduzir a sua interveno social, acrescentou. Referindo-se organizao, Jos Polainas revelou que um dos propsitos da Associao mostrar que somos um grupo abrangente, eclctico e diferenciado. O funcionrio do IPP explicou que, numa primeira fase, pretendemos ter pessoas que lideram estruturas ou instituies da cidade, que tenham uma palavra a dizer e que comunguem connosco. Tambm com o objectivo de estender estas actividades a todo o concelho de Portale-

gre, Jos Polainas garantiu que a Janus pretende, igualmente, estabelecer parcerias com outras entidades e instituies. Queremos fazer parte do osis e da realidade, pois o futuro ter de ser transporto a outras associaes. Queremos pr c fora as pessoas que esto ligadas ao concelho, as ideias, as conversas, discutir, apresentar, implementar e delinearmos algumas ideias e linhas que a prpria regio poder tomar como boas e como identificadoras pelo futuro. Afirmando que queremos provocar algum dinamismo, Jos Polainas concluiu que a Associao deseja formar um conjunto de armas que nos tornem mais aptos para sobreviver. Tambm Avelino Bento usou da palavra e reforou a dimenso eclctica associada ao grupo, pela sua diversidade na formao e na sua transversalidade sociolgica, mas no elitista. Sublinhando que a base des-

te projecto passa por contribuir para a sensibilizao da participao da comunidade, o docente chamou a ateno para a democratizao que se encontra subjacente a esta Associao. nesta via da democratizao do espao cultural que ns pretendemos elogiar a nossa estratgia de trabalho, aclarou. logotipo A Associao Cultural tem como marca um smbolo que se apresenta com duas cabeas unidas pela nuca. Este smbolo representa Janus, o porteiro celeste (deus romano). Fernando Correia Pina considerou-o como um smbolo que aponta para o passado e para o futuro, atravs de uma avaliao objectiva do presente. Ir tentar-se que se consigam conciliar opinies opostas no sentido de encontrar as solues ideais para a cidade e para a regio.

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OPINIONa minha perspectivaNo 'ano sacerdotal' em tempo de Pscoa

Algumas razes para 'ser padre'... hojenquadrado no ano sacerdotal, no contexto da celebrao da Pscoa e ao ritmo das diversas vivncias pessoais e comunitrias, sentimos como que um impulso suficientemente racional muito para alm do mero emotivo, embora razoavelmente emocional para no se tornar minimalistamente racionalista de exprimir algumas (que no exclusivas) motivaes para ser padre neste tempo, isto , enquanto vivemos no hoje, luz do passado e em abertura ao futuro. Atendendo ainda aos mltiplos ataques alguns roando quase o ridculo aos pecados pessoais e sociais de muitos clrigos (nos vrios quadrantes do mundo) como que se torna imperioso apontar sem qualquer defesa ou mesmo intento ressabiado para as razes profundas de ser, para ser e, sobretudo, como ser padre... hoje. * Ser feliz (identidade e vocao) Ningum poder ajudar os outros a serem felizes, se o prprio no for feliz. Se, para qualquer vocao ou, mesmo, pro-

Silvio Couto Director Nacional do Apostolado do Mar

E

fisso isto vlido, tanto mais o para o padre. Com efeito, o padre no um castrado de sentimentos, embora os tenha entregado ao servio de Deus pelos outros. O padre no um infeliz na prossecuo individualista dos seus afectos, embora os viva em entrega celibatria, o que no querer

benefcio da dvida sobre a integridade moral doutrem. * Comunicar a vida... como dom (valorizao e misso) aos outros Efectivamente, ningum foi criado para obstaculizar conscientemente a capacidade de comunicar a vida, tanto

mais diversas dimenses. Com efeito, s quem nunca tenha percebido esta dimenso de paternidade do padre poder considerar que este no , de verdade, pai espiritual na linguagem de alguns autores: pater familias de seus irmos, tornados filhos por graa de Deus.

"A dimenso de padre envolve algo mais do que uma capitulao fora dos desgnios de Deus. Pelo contrrio, ser padre assumir a fora de Deus Pai, nas mais diversas dimenses".significar solitria. O padre no foi amputado de qualquer das suas faculdades emotivas, embora as saiba, com maturidade, imolar positivamente ao Deus a quem serve no altar do sacrifcio vivo e renovado cada dia. Desgraadamente h quem tente opinar sobre matrias que no conhece suficientemente ou que procure lanar confuso, tanto quanto perceptvel, a partir da sua incapacidade emocional, afectiva ou intelectual de dar (ao menos) o na paternidade como na maternidade, tanto biolgica, como psicolgica e/ou espiritual. Certamente seria frustrante que algum tenha sido ordenado padre para fugir responsabilidade de ser presena do amor (paterno de Deus e materno em Igreja) como dom e misso de Deus neste mundo. A dimenso de padre envolve algo mais do que uma capitulao fora dos desgnios de Deus. Pelo contrrio, ser padre assumir a fora de Deus Pai, nas A vida espiritual essa que d, de facto, consistncia s outras dimenses essenciais do nosso ser com os outros ganha nova relao quando est influenciada pela fora paterna de Deus, traduzida em gestos, em palavras, em sinais e em desafios de nova vida... em crescendo de maturidade divina. * Mos abenoadas e para abenoar (dimenso pneumatolgica)... como Jesus Se pretendssemos encontrar

uma faceta do corpo humano para simbolizar o ministrio sacerdotal poderamos sem o fazermos de forma redutiva apontar as mos como smbolos mais significativos. As mos do padre foram ungidas, na ordenao, e com as mos, ele invoca o Esprito Santo (epiclese) na celebrao dos diferentes sacramentos, comunicandonos o poder do Senhor, hoje. Com efeito, as mos do padre so o sinal distintivo e paradigmtico da comunicao de Jesus entre os homens e mulheres do nosso tempo. Por isso, ser de grande utilidade ministerial que o padre reflicta sobre o modo como usa as suas mos e aos outros fiis como entendem e atendem funo das mos do padre. No ser tambm casual que, na revelao de Jesus ressuscitado, as mos (para alm do lado aberto) so lugares onde esto impressos os sinais da paixo gloriosa com que Cristo se faz presente com os seus. Das mos trespassadas e gloriosas de Jesus nos venha, hoje, pelo ministrio do padre a bno de Deus... ressuscitada e ressuscitadora.

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Omnia Vincit Amor

Ser (para o) prximoHelena Maurcio Professora

E

star atento Em tempo de mudana, em que somos convidados a promovermos o encontro com o nosso ser, com aquilo que somos, somos tambm convidados a encontrarmo-nos com o outro, com o prximo. Aquele que est ao nosso lado, a quem nem sempre damos a ateno devida, e se revela como o rosto visvel do Cristo Ressuscitado que nos preparamos para receber na Pscoa. Somo convidados a estar com quem est ao nosso lado. O desafio -nos lanado para sermos para e com o prximo. Para acolhermos, com um corao disponvel, aquele que Cristo escolheu para se revelar aos nossos olhos. Porm, estar atento s neces-

sidades de quem est ao nosso lado e muitas vezes nos pede auxlio em surdina, no fcil. Nem sempre estamos disponveis interiormente. Tornamo-nos cegos. Ou apenas fingimos que no vemos. Simplesmente porque ser para os outros exige muito de ns. Ser para o prximo, d trabalho. Ser para o prximo, requer algo que estamos fartos de dizer que no temos: tempo! Apenas ser Quantas e quantas vezes nos preocupamos com o que no temos e gostaramos de ter? Quantas e quantas vezes, por no conseguirmos atingir os nossos objectivos, nos sentimos frustrados? Quantas e quantas vezes

nos esquecemos de quem somos? Quantas e quantas vezes nos esquecemos de receber o sorriso que quem est ao nosso lado nos oferece gratuitamente? Quantas e quantas vezes nos esquecemos de sorrir? Sem dvida que todos ns temos vontade de ter. E sabemos que isto requer esforo da nossa parte. Requer, muitas vezes, mais umas horas de trabalho para que consigamos ter dinheiro para aquela que a casa dos nossos sonhos. Preocupamo-nos demasiado com aquilo que queremos ter e ainda no temos. Mas no nos preocupamos em preservar o que temos, dando-lhe o devido valor. No nos preocupamos em dar aos outros a nossa presena. A nossa dis-

ponibilidade. A nossa amizade. Aquilo que temos de mais valioso: o que somos! Porque no paramos para pensar, porque no olhamos o outro nos olhos para perceber que lhe basta um sorriso, um abrao, ou um simples estou aqui, a nossa preocupao torna-se ftil. Achamos que o outro ser muito mais feliz se lhe dermos algo material. Mas no. A felicidade daquele que o rosto visvel do Cristo Ressuscitado ser plena e verdadeira quando nos damos. Quando, pelas nossas aces e pela nossa presena lhe oferecemos, gratuitamente, o que somos. O prximo, rosto visvel do Cristo Ressuscitado

Depende de ns no deixar que esta poca que vivemos seja apenas mais uma Quaresma. Com humildade e entrega, crucial fazermos deste tempo de preparao para receber o Cristo Ressuscitado, o Cristo que se entregou morte para NUNCA nos deixar sozinhos, um tempo de reflexo. Um tempo de paragem. Um tempo de mudana. Um tempo de entrega total e gratuita. Um tempo de reconciliao. Um tempo que privilegia o encontro. No s com o que somos, mas sobretudo com o que somos (ou deveramos ser) para o outro.

Para repensar a educaoescolar

Pedro Patacho Mestre

C

om a obrigatoriedade da frequncia escolar e o consequente acesso ao ensino por um pblico cada vez maior, mais diversificado e por perodos de tempo sucessivamente mais largos, as instituies escolares viram-se a braos com problemas com os quais no contavam. Os sistemas educativos modernos, tal como os conhecemos actualmente, cristalizaramse num perodo scio-histrico em que simplesmente no existia toda aquela heterogeneidade de pblicos. Lidar com ela sem colocar em causa todo o edifcio escolar da modernidade tem sido a histria recente da educao pblica, que passou a viver a diversidade como uma espcie de patologia para a qual vai procurando encontrar sucessivos remdios ignorando o facto de o problema ser estrutural. O que est verdadeiramente esgotado este paradigma de escola. A insistncia em assegurar uma instituio escolar e um ensino igual para todos, baseado num rosrio de disciplinas que en-

formam um currculo uniforme e obrigatrio do tipo pronto-avestir, para nos servirmos aqui da metfora proposta por Joo Formosinho (2008), conduz a uma padronizao do trabalho escolar que desarma as escolas perante um pblico diversificado que simplesmente no se rev nesse trabalho escolar. A transformao de uma escola de elites numa escola para todos, uma transformao meramente formal, originou evidentes problemas de comunicao entre a instituio escolar e os alunos, as suas famlias e a prpria comunidade envolvente. A concentrao de problemas sociais em certos territrios especficos, os fluxos migratrios sem precedentes e um conjunto de polticas educativas que respondem a estas problemticas numa perspectiva meramente tcnica, ampliaram ainda mais aquele que era j um evidente desajustamento das escolas s especificidades da sociedade contempornea. Ao mesmo tempo, a cada vez mais evidente incapacidade da

escola para lidar com a espantosa diversidade de pblicos que a invade aparece reforada pela influncia que nela vem tendo o modelo de desenvolvimento econmico neoliberal, forando-a no sentido de privilegiar o individualismo, a competio, o mrito, a cultura do esforo, a seleco dos mais capazes. Vive-se, portanto, uma razovel contradio entre o princpio da igualdade de oportunidades e a realidade selectiva que vai deixando para trs milhares de crianas e jovens. H em Portugal claros indcios de se estar a enveredar rapidamente pela via da meritocracia. A instituio de exames nacionais, a elaborao de rankings com base nas classificaes dos alunos, a insistncia em avaliar tudo quanto mexe, a recorrente classificao com fim ltimo do processo avaliativo, as tendncias de profissionalizao da gesto escolar, entre outros aspectos, so notas inequvocas das mutaes do sistema num sentido meritocrtico. Aqueles

alunos que sempre tm enfrentado dificuldades na escola no observam nenhuma melhoria da sua situao com estas mutaes. Com efeito, o insucesso (ou talvez a dificuldade de acesso) e a desmotivao dos estudantes s podem originar mais casos de indisciplina e de violncia. esta uma escola integradora? esta uma escola verdadeiramente democrtica e emancipadora? esta uma escola justa? Quando a escola se define de forma clara, a partir de cima, ela simultaneamente uma escola que exclui, eliminando partida as suas possibilidades de vir a ser, para se converter num produto acabado e alienante. ento necessrio adoptar prticas educativas mais consentneas com a diversidade de interesses e de expectativas que pulula nas nossas escolas, conseguir finalmente que estas mergulhem profundamente nas comunidades em que se inserem. Essa participao de todos na consolidao de uma educao mais democrtica requer uma verdadeira

cultura de colaborao, tanto entre docentes e discentes, como entre as instituies escolares, as famlias e demais organizaes sociais interessadas na educao e na luta contra as desigualdades sociais. A padronizao deve ser apenas a indispensvel. Encontrar sentidos nas motivaes dos professores e alunos e aceitar a legitimidade dos saberes e dos valores que emergem de tais prticas locais do colectivo escolar, das suas estratgias e tcticas prprias (Certeu, 1984) talvez o maior desafio da educao democrtica, acreditando firmemente valorizao da diferena e na liberdade da prtica. Referncias Certeu, Michel De (1984). The practice of everyday life. Los Angeles: University of California Press. Formosinho, Joo (2008). O currculo uniforme pronto-a-vestir de tamanho nico. Mangualde: Edies Pedago.

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Crnicas de Educao

o que se espera de um adolescente

Mrio Freire Professor

Q

uem viu o celebrado filme My fair lady, lembra-se daquele professor de fontica, acompanhado de um seu amigo que, numa das suas deambulaes nocturnas, ouve falar Eliza, uma rapariga pobre, vendedeira de flores, com um vocabulrio horrvel e um sotaque caracterstico dos bairros pobres de Londres. O professor aposta, ento, com o companheiro de que seria capaz de transformar

aquela rapariga numa dama de alta sociedade, num espao de seis meses. Ganho o consentimento de Eliza para tal desafio, seguese, depois, um rduo trabalho da parte de ambos que termina com a vitria do professor e... com o casamento deste com Eliza. Recordo, igualmente, um aspecto da minha vida de estudante em que o Prof. Reis Pereira (Jos Rgio) quantas ve-

zes escrevia, no final dos meus exerccios escritos, frases do tipo esperava melhor! Ambos os casos evidenciam um desejo elevado do professor em relao aos resultados que espera do aluno. Ora, a existncia deste desejo e a manifestao ao aluno de que ele se materialize, induz naquele um empenho no trabalho, a assuno de uma responsabilidade, de modo que a expectativa formulada pelo professor possa vir

a ser concretizada. Se um professor nada espera de um aluno ou de uma turma, natural que os seus actos pedaggicos se traduzam em mnimos a realizar. E se o aluno percebe que nada se espera dele, ento para qu estar atento e trabalhar, se o resultado, partida, j est definido? Mas a importncia da formulao de expectativas elevadas tambm aplicvel aos pais. Estes, perante comportamen-

tos desajustados dos seus filhos adolescentes, sejam eles escolares ou outros, poderiam fazer uma avaliao serena mas firme dos mesmos, retirando as consequncias. Mas essa avaliao haveria de conter, depois, uma esperana convicta nas capacidades dos filhos para alterarem aqueles comportamentos. Talvez, ento, eles respondessem a essas expectativas com resultados que pudessem surpreender os pais!

Autoridade com amor

A grande lio da manh de PscoaJoo Antnio Pinheiro Teixeira padre

1

. A Pscoa no uma circunstncia vaporosa de uma poca distante. Ela a novidade perene oferecida ao homem e inscrita no tempo. Em cada tempo. Tambm no nosso tempo. O Evangelho, at no mais nfimo pormenor, tem a preocupao de realar tal novidade. A referncia ao primeiro dia da semana (Jo 20, 1) surge em ntido contraste com o dia anterior, o ltimo dia. O ltimo dia culmina na Cruz. O primeiro dia arranca do sepulcro. Em causa no est tanto a introduo do novo como a transformao do antigo. o antigo que se renova, que se transfigura. Este dia comea cedo, ainda escuro. A escurido mora em quem procura algum que julga estar morto. Maria de Magdala nem sequer se apercebe de que j se encontra num tempo novo. Ela est persuadida de que a morte levou a melhor. As evidncias parecem inultrapassveis.

2. Mas eis que o sinal da morte est removido. A pedra no sepulcro seria como um ponto final num texto. Afinal, o texto iria continuar. Sucede que, num primeiro momento, a reaco de alarme. No se trataria de uma vitria da vida, mas do furto de um cadver (cf. Jo 20, 2).

vale por si mesma. Ela s age atravs do amor, pela mediao do amor. 3. Depois da ressurreio, ocorre o mesmo. Pedro sai com Joo rumo ao sepulcro. Ou seja, a autoridade no dispensa o amor na procura de Jesus. Mas, a determinada altura, Joo antecipa-se. Na verdade,

esperar e, aspecto nada negligencivel, nunca invejoso (cf. 1Cor 13, 4). Joo v o sepulcro vazio, mas no entra. Aguarda que Pedro venha. O amor respeita a autoridade. At porque sabe que, na Igreja, a autoridade est ao servio do amor.

(...) De facto, na hora da morte, s o amor (Joo) esteve presente.(...)Resolve ento avisar dois dos discpulos de Jesus: Pedro e Joo, duas personalidades e dois sinais. Alis, o autor do quarto Evangelho insiste bastante na categoria sinal. Quando fala de milagres, emprega sempre a palavra sinais (semeia). Pedro representa a autoridade, Joo iconiza o amor. J na ltima Ceia, Pedro est perto de Jesus, mas pede a Joo para Lhe perguntar acerca de quem O iria entregar (cf. Jo 13, 2326). Por aqui se v como a autoridade, na Igreja emergente, no o amor vai sempre frente e chega sempre primeiro. Como refere o comentrio de Mateos-Barreto, corre mais depressa o que tem a experincia do amor, o que foi testemunha do fruto da Cruz. De facto, na hora da morte, s o amor (Joo) esteve presente. A autoridade (Pedro) ausentara-se. S o amor capaz de vencer o medo. Joo chega primeiro ao sepulcro. pelo amor que se atinge a meta e que se chega a Deus. S que, como reconhece S. Paulo, o amor tambm sabe ser paciente, tambm consegue No se trata de um mero gesto de deferncia. , sobretudo, um gesto de reconciliao. que, com as negaes de Pedro (cf. Jo 18, 15-17.25), era a autoridade que vacilara, vacilara no amor. Agora, o amor d uma nova e definitiva oportunidade autoridade. Joo, que estivera junto Cruz, no se arroga uma qualquer superioridade, estatuto to fcil de avocar e sentimento to pronto a exibir. O amor humilde. Sabe que a autoridade tinha negado Jesus, mas, por isso mesmo, dei-

xa-a entrar em primeiro lugar para que, em primeiro lugar tambm, expresse o seu amor. 4. O amor mesmo assim: uma sucesso de comeos. A autoridade sente-se reabilitada e segura por correr atrs do amor. Na Igreja de Jesus, a autoridade s faz sentido em funo do amor. S correndo atrs do amor, a autoridade alcana o seu destino. o amor que aponta o caminho autoridade. Sem amor, a autoridade perde o norte, a bssola. Eis, por conseguinte, uma novidade jamais superada. Pedro e Joo a caminho do sepulcro sinalizam, assombrosamente, o perfil da Igreja pelas estradas do mundo. A autoridade necessria. Mas s para tornar presente o essencial. E o essencial o amor. Porque, como alvitra o Evangelho (cf. Jo 20, 8), s com o amor se v, s pelo amor se acredita.

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CULTURAo Fascnio das PalavrasNovo livroTtulo: Recortes que Falam Autor: Manuel Cuco Capa: Rui e Joana Madeira Colaborao: Vitorino Martins "Os recortes de imprensa apresentados neste trabalho, "Recortes que Falam", exceptuo um "O Sonho de ser Jornalista", foram publicados em Agncias noticiosas, jornais nacionais, regionais e boletins de vrias origens assinados por Manuel Cuco, parte deles com pseudnimos cruzados de sua autoria, com as seguintes denominaes: "O Tratador", "J. Moureca" e "RC", a partir de agora descodificados. Conforme o ttulo sugere, pretende-se que esses recortes transmitam a sua mensagem, o que valeram na altura da sua publicao nos vrios rgos de comunicao e, o que valem hoje, passados meses, anos, dcadas. Leiam com ateno e confiram datas. Mais frente, com a interveno doutras pessoas, vamos tentar explicar o que nos levou a tomar a iniciativa de avanar com este trabalho, apesar de calcularmos as dificuldades prprias e, outras que viro por acrscimo"... Embora tratando-se de um capricho do autor, tudo isto foi desenvolvido em paralelo com a sua actividade profissional de cariz muito diferente, qual dedicou, mesmo assim, uma ateno ilimitada, responsvel e rigorosa, ao nvel da sua verdadeira profisso. Manuel Joaquim Rebola Cuco, natural de Borba, mas, residente em Portalegre h mais de 40 anos; cidade que escolheu para viver e trabalhar e que hoje considera "a sua Cidade", dado as actividades que foi desenvolvendo e o carinho e compreenso que ia sentindo da parte da populao e dos amigos entretanto granjeados, no s na cidade como tambm no resto do Distrito, dolhe a sensao de que aceite por todos como um portalegrense que, alis, h muito j o do corao. Comeou por colaborar em 1967 no Boletim de Vulgarizao Veterinria da 5. Repartio da ento Direco Geral

Pscoa Pscoa - Festa de flores! J Cristo Ressuscitou, Subiu ao Cu e sarou Nossos flagelos e dores. Queremos sol a raiar No corao e na alma, Profuses de odores e cores, Jardins floridos no olhar, Resplandecendo alegria, Como blsamo e calma, Serenidade crist De quem bebe, pela manh, A PSCOA em cada dia! Maria Albertina dordio

Quadros e Molduras da VidaEm plena Idade Mdia, um frade francs inventou a omolete de ovos e presunto para compensar o seu monsenhor dos piedosos jejuns. Na minha terra de Carreiras, na madrugada desse dia que cheirava a bolos doces, juntava-se o povo porta da Igreja para saudar a Virgem Me de Deus, catando-lhe as Alvssaras: Dai-nos Alvssaras Senhora Que ns a vimos pedir, Porque o Vosso Bento Filho J tornou a ressurgir! Levantei-me um dia cedo A varrer o p da rua, Achei os anjos cantando A Ressurreio da Aleluia! Virgem Me da Alegria Quem Vos varreu o terreiro? Foram as moas donzelas, As que chegaram primeiro. Virgem Me do Rosrio Abre-me a porta que chove! Antes que eu traga mantilha, pequena e no me cobre. Divino Santo Antnio, Vossa porta me assento. Venho cansada do peito Deixai-me tomar alento. Divino Mrtir Santo, Que tendes no Vosso sino? "Um galo preto romano Que canta o Verbo Divino". Virgem Me da Alegria Qu' do Vosso guio verde? "Anda nas ondas do mar E os anjos sombra dele".

Maria Tavares Transmontano

Divino Mrtir Santo Qu' do Vosso guio branco? "Anda nas ondas do mar, A fazer sombra a um santo". Virgem Me da Alegria Estais olhando para a Porta! Estais vendo se vs entrar, Alguma sua devota!... Divino Mrtir Santo O meu cravo encarnado Livrai os moos solteiros Do trajo de ser soldado. Se tu visses o que eu vi, Dia de Asceno, Hora: Eram os anjos do cu, A subirem glria. Desde a porta pequenina At da sacristia, Mandei doze peties Virgem Me da Alegria! Virgem Me do Rosrio, Que tendes na mo que luz? "Peties duma donzela Despachadas por Jesus". Virgem Me de Jesus Quem lhe deu o guio branco? "Foi uma moa donzela Que andou perdida no campo". Depois o Padre abria a porta da igreja e, juntando a sua voz do povo, cantavam a Ladanha que era um Hino Sacro, cantado em latim. Antes a minha terra, teve uma cultura muito religiosa.

E Hoje...Era a vida sem sol, o dia escuro! Eram as horas sem conto, sem sentido! Era o sofrer a ss dum corao puro, Era o chorar de raiva dum peito ferido. Era o caminhar descalo em piso duro! Eram noite sem fim, a vogar perdido. Era o andar receoso sobre o alto muro. Procurando avistar o ente querido. Eram sonhos de cu de quem, afinal... No perdera, ainda, a f na salvao! Eram desejos de vida de quem, sem mal... Sentia pulsar mais forte o corao. Era o buscar de algum a quem amasse. E hoje... cus! a mais bela flor Que tu, Amor!... Quis Deus, enfim, que eu encontrasse. Jos Branquinho

"Eu tenho uma estrela s minha Com quem falo ao luar, Enquanto ela me canta cantigas de embalar". Marlia Jos dordio Martins

dos Servios Pecurios em Lisboa e mais tarde no semanrio "A Rabeca" em Portalegre, de 1968 a 1974, onde assinou vrios artigos tcnicos e de opinio, usando os pseudnimos acima indicados e posteriormente nome prprio. Voltou de novo a colaborar no jornal "A Rabeca" em 1976 at sua extino. Na ocasio teve ainda algumas intervenes no semanrio "O Distrito de Portalegre", como se pode ver. Foi correspondente do "Dirio de Notcias" em Portalegre, de 1972 a 1975, dando notcias do dia a dia, assinando ainda artigos de destaque de valores locais, efectuando ao mesmo tempo entrevistas a vrias individualidades, sendo muitas vezes solicitado pelo jornal para se deslocar a outros concelhos do Distrito em aces de reportagem. Pena no ter em seu poder os recortes dessa colaborao, pois no perodo do "25 de Abril" algum retirou uma pasta do seu gabinete de trabalho na "Serraleite" onde estava esse material, que nunca mais apareceu. Mais tarde, foi o correspondente inicial da "NP" Notcias de Portugal no distrito de Portalegre at fuso desta com a "ANOPE", da qual nasceu a "LUSA", onde prosseguiu at ser nomeado jornalista diplomado para o substituir. Nessas agncias noticiosas, para alm das notcias de destaque do dia, subscreveu tambm artigos de fundo sobre vrias actividades da regio, bem como do acompanhamento de altas individualidades que visitavam o Distrito".

AbrilAbri hoje a janela Cheia de madrugada azul E ouvi chegar os pssaros do sul Cheios de Abril nos gritos daniel de Jesus

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NA ESCOLAEscola Secundria Mouzinho da Silveira

oficina da EscritaAmor de PerdioMnica olhou-se uma vez mais no espelho. Estava na hora de ir embora. Ps a mala em cima da cama. O fecho estava encravado, por isso sentou-se em cima da mala para conseguir fech-lo. - Querida, ests pronta? - Sim pai... Ajudas-me com o fecho? - Claro que sim. Como queres que te ajude? - Senta-te em cima da mala para que consiga fech-lo. - Est bem. Carlos sentou-se em cima da mala enquanto Mnica a fechava. Era a primeira vez que saa do pas. Dirigia-se para Buenos Aires, na Argentina, para casa da tia ngela, que adoecera h pouco tempo. Mnica mostrava-se entusiasmada com a idia de andar de avio, de sobrevoar o oceano, de pairar sobre as nuvens... Contudo, sentia-se insegura pois era a primeira vez que o fazia. Desceu as escadas a correr, dirigiu-se cozinha e pegou numa bolacha que engoliu com prazer, quase sem mastigar. Depois sorveu com sofreguido o leite quente que estava em cima do balco. - Pai, estou pronta! Gritou. - Vai andando para o carro, j vou ter contigo. - Tudo bem. Para uma menina de sete anos, Mnica era muito inteligente e percebeu logo que o seu pai ainda ia ao quarto buscar a sua colectnea de CDs de msica clssica, para ouvir a caminho do aeroporto. Era um homem muito culto que apreciava compositores como Beethoven e Bach. S lia livros de grandes escritores como Shakespeare e Cervantes

Cristiana Matos, 8. C

e no conseguia entender como os jovens de hoje em dia conseguiam chamar msica ao rap, hip-hop ou msica electrnica. Assim que encontrou todos os CDs de que precisava, pegou no casaco, na mala, e fechou a porta com fora, certificando-se de que ficara bem fechada. Dirigiuse para o carro onde Mnica o esperava impaciente. - Porque demoraste tanto? - No encontrava tudo o que precisava. Tens tudo? No te esqueces de nada? - No, tenho tudo dentro da mala. - Bem, ento podemos ir. O aeroporto ainda fica a alguns quilmetros. Ambos colocaram os cintos de segurana e o pai de Mnica retirou de uma bolsa que trazia consigo, um CD de Vivaldi. Colocou-o no leitor e concentrouse na estrada que tinha sua frente. Mnica, pelo contrrio, no conseguia concentrar-se na paisagem que via atravs do vidro. Estava preocupada com a tia ngela que estava muito doente, Mnica no sabia de que doena se tratava, mas tinha a conscincia de que era muito grave e que no lhe restavam muitos meses de vida, talvez apenas dias. Mesmo assim, Mnica sabia que a sua tia era uma lutadora e no se deixava abalar por nada, nem por ningum, nem mesmo pela doena mais grave de que Mnica j tinha ouvido falar. A tia ngela era a pessoa mais importante na vida de Mnica e j sentia imensas saudades suas. Viviam na mesma casa antes de ngela se mudar para Buenos Aires por

causa do emprego. Assim que chegaram ao aeroporto Carlos estacionou o carro no parque e Mnica saiu num pice. No via a hora de estar em Buenos Aires a cuidar da tia ngela. Mnica tinha sido abandonada pela me aos trs anos e desde ento que vivera com a tia ngela. Tinha sido como uma me para ela. Sempre esteve presente em todas as ocasies importantes e sempre a ajudou com os seus pequenos problemas, at ao dia em que Mnica completou seis anos e recebu a notcia de que ngela tinha de se mudar para Buenos Aires. A menina ficou destroada e pediu vrias vezes para acompanhar a tia naquela viagem, mas nunca o permitiram pois era demasiado nova. Mas agora seria diferente. Agora

nunca mais abandonaria a sua tia. Depois de algumas horas de voo, aterraram no aeroporto de Buenos Aires. Mnica tinha achado a viagem excitante e estava ansiosa por voltar a andar, mas por agora s pensava em chegar a casa da tia e poder voltar a abra-la de novo. Carlos pegou no telemvel e fez um telefonema para Juan, o namorado argentino da tia ngela, e numa questo de poucos minutos apareceu no terminal do aeroporto um reluzente Mercedes cor de prata. Era Juan que o conduzia e esperou para que Mnica e Carlos entrassem no carro. Depois dos habituais cumprimentos, o pai de Mnica e Juan comearam a falar muito baixo e depressa, Mnica no se apercebeu de que assunto se tratava. De

sbito o carro parou. Juan ordenou-nos que sassemos e pediu ao pai de Mnica para tomar conta da tia ngela. Quando fechou a porta do carro, Mnica deparouse com uma grande manso cor de carmim, com um lindo jardim e um lago. Comeou a andar pelo caminho de pedra que se encontrava no meio daquele esplendoroso jardim at que chegou a uma grande escadaria. Subiu-a e tocou campainha. Ouviu passos que se dirigiam para a entrada e um homem vestido a rigor abriu-lhe a porta. Pediu-lhe que o acompanhasse at ao quarto de ngela, que estava ansiosa por v-la. Mnica abriu a porta e viu a tia deitada numa cama. Correu para ela e abraou-a cautelosamente. - Minha querida. disse ngela emocionada. Que saudades! ngela estava realmente debilitada, mas sentia-se a pessoa mais feliz do mundo por rever a sua sobrinha. Repetiu vrias vezes que a amava e que no queria ficar sem ela. Mnica limitava-se a chorar e a agarrarlhe a mo. Pouco tempo depois, ngela fechou os olhos - Adeus, tia disse Mnica. Depois, levantou-se da cama, arranjou a saia e saiu melancolicamente. Cristiana Matos

Poesia Tradicional do Norte AlentejanoComentrios dcima "Na Primavera de Flores"Trata-se de um "hino" Primavera encarada como um miraculoso renascer de vida, de alegria, de beleza, de harmonia buclica, de sentido pleno da existncia, traduzido pelo canto dos Anjos, dos Homens das aves e dos grilos. como se um paraso se instalasse na Terra, no fora "o canrio na jaula" e "o triste encarcerado". O sujeito potico observa a Natureza viva, generosa, colorida, animada pela presena humana e pela sugesto da presena de Deus. Destacamos o qualificativo real para o nome Primavera e a frase: - "Vestem-se os campos de gala que conferem imediatamente um laivo de grandeza descrio. Mas temos ainda "o prado" com "rvores sombrias", "o loureiro" de tanta tradio, "a quinta" que tem forosamente jardim na altura em que o poema foi escrito, - Abundante sugesto do verde pujante caractersticamente primaveril. Neste fundo "mudam as aves de cores", o jardineiro v "as flores a brilhar" h flores pelos campos que esto "vestidos de gala". Mas o canto que o sujeito potico destaca, uma sinfonia que engloba vrias vozes e to convidativa, to perfeita que obriga o sujeito potico a "cantar" tambm. (continua) M. Guadalupe

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08 de Abril de 2010

na escolaEscola Secundria de So Loureno

1 Muestras de CortometrajesNo passado dia 25 de Maro, pelas 10 horas, na Escola Secundria de So Loureno, teve lugar a apresentao da 1 Muestra de Cortometrajes 2010. Esta actividade foi desenvolvida ao longo do ano lectivo, no mbito da disciplina de Espanhol, por alunos dos 10 e 11 anos de escolaridade, juntamente com as professoras Paula Guerra e Mafalda Nunes. Numa primeira fase, os alunos das vrias turmas envolvidas elaboraram guies originais em espanhol, onde tiveram oportunidade de aplicar os conhecimentos lingusticos e culturais abordados nas aulas. Posteriormente, passaram ento fase da gravao e produo das curtas-metragens, fomentando assim o esprito de equipa, bem como o gosto pela Stima Arte. No total, foram realizadas seis curtas abrangendo distintos gneros cinematogrficos como drama, comedia e terror. A apresentao, feita em duas sesses, contou com uma plateia repleta e foi um verdadeiro sucesso. A eleio da curta-metragem vencedora ficou a cargo do jri constitudo pelos professores Emlia Filomena, Subdirectora, Carlos Serra, professor de Portugus e responsvel pela Biblioteca, Centro de Recursos,

e Ricardo Traguil, professor de Construo Civil e Assessoria. O primeiro lugar foi alcanado pela brilhante curta-metragem de terror intitulada El tico (O Soto), produzida pelos alunos Alexandre Belacora, Catarina Lemos, Diogo Santana, Marta Gouveia, Nazar Albuquerque, Pedro Bochechas, Susana Reis (11F), Ana

Grcio, Ana Carrilho, Carlos Ribeiro, Marina Barreta e Pedro Mangerona (11G). Tudo comea quando um grupo de amigos decide realizar o Jogo do Copo, no sto da escola, durante a noite. Entram assim em contacto com o perigoso e oculto mundo dos mortos No tendo noo do perigo, saem do sto sem terminar o jogo.

Sem se aperceberem, libertam o esprito de uma jovem, Cassandra, que os perseguir para se vingar por terem perturbado o seu sono eterno. Dois jovens acabam por voltar ao sto e tentam terminar o jogo. No entanto, ser tarde demais, pois Cassandra apanha-os primeiro Uma curta muito bem produzida, onde ningum escapa fria deste esprito. Foi ainda criado pelo Jri um segundo lugar, atribudo curta La nia del columpio (A menina do baloio), tambm de terror, produzido pelos alunos Maria Mourato, Ricardo Roque, (11A), Catarina Bugia (11B), Paulo Bil (11C), Marisa Loureno, Raquel Trindade, Sara Anacleto (11D), Marta Feio, Patrcia Pombo e Teresa Quintans (11H). Nesta curta, Carmen descobre um dirio com alguns relatos de pessoas que afirmavam ter tido contacto com uma menina morta. Leu o dirio e achou que os relatos podiam ter algum fundamento. Carmen partilha a histria com Lola, a melhor amiga, ficando ambas curiosas. Nessa tarde, um dos baloios do jardim me-

xe-se misteriosamente A partir deste dia, nada voltar a ser igual na vida de Lola. Mais uma produo de terror com grande qualidade. A actividade terminou com a entrega dos certificados de participao, diplomas e prmio aos vencedores. Dado o sucesso, motivao, empenho e recepo da iniciativa, no prximo ano lectivo repetir-se- esta actividade pedaggica includa na disciplina de Espanhol. Como nota final, as professoras responsveis pela Muestra de Cortometrajes 2010 gostariam de deixar uma palavra de agradecimento e reconhecimento a todos os intervenientes pela sua entrega e magnfico desempenho. As curtas-metragens estaro disponveis na pgina on-line da Biblioteca da Escola. E como afirmou Orson Welles, cineasta norte-americano: O cinema no tem fronteiras nem limites. um fluxo constante de sonho." Mafalda Nunes e Paula Guerra

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PONTE DE [email protected]

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o palco do MediterneoSete Sis Sete luas est de regresso para animar o Vero pontessorenseda Piedade (Alentejo), Arminda Alvernaz (Aores), Marko Kalcic (Crocia), Kelly Thoma (Grcia), Mario Incudine (Siclia) e Efren Lpez (Valncia). Juntos criaram um repertrio contemporneo, baseado e inspirado nas tradies musicais do Mediterrneo. Em Agosto A msica de Itlia regressa ao anfiteatro a 24 de Julho. I Percussonici so cinco msicos oriundos da Siclia. Aliam as tradies da msica mediterrnica com as modernas tendncias. J tocaram um pouco por toda a Itlia, Europa e Japo. Nas actuaes ao vivo tm contado com artistas do Norte de frica, Israel e da Palestina. O primeiro disco do grupo, Tutti Pari, foi editado em 2008 foi recebido por toda a Europa com crticas muito positivas. Oito dias depois, a 31 de Julho, o Flamenco vai encher de calor a noite pontessorense. A Banda del Pepo alia o Flamenco s influncias e sonoridades orientais o que enfeita este grupo de Mrcia, Espanha, de um colorido sonoro muito especial. Com o Vero no auge, os sons do Mediterrneo voltam a marcar presena no Anfiteatro Municipal. Desta feita pelos instrumentistas da Orchestra Populare Italiana. O Grupo traz a Ponte de Sor a tradio e a sonoridade do Mediterrneo Meridional, as vozes e os ritmos da Cesareia Siclia, de Malta a Salento. O Festival fecha com chave de ouro a 15 de Agosto pelo colectivo Les Voix de 7 Sis. mais uma produo SSSL que aglutina, numa orquestra, alguns dos artistas que fazem parte desta grande famlia cultural. Todos os espectculos tm incio marcado para as 22h00.

BrevesCentro de Sade tem novo directorGracinda Rodrigues a nova directora do Centro de Sade de Ponte de Sor. A mdica entrou em funes a 16 de Maro. Gracinda Rodrigues sucede no cargo a Fernando Rodrigues, que foi, recorde-se, nomeado para o Conselho de Administrao da Unidade Local de Sade do Norte Alentejano (ULSNA) em Fevereiro passado.

Msica tradicional vai encher Teatro CinemaO Teatro Cinema Municipal prepara-se para acolher, a 8 de Maio, um Encontro Cultural de Msica Tradicional. Organizado pela Fundao Inatel, em conjunto com a autarquia local, o evento arranca s 11h00 da manh com um Workshop sobre a Msica Tradicional Popular. Depois do almoo, cerca das 15h30, sobem ao palco a Orquestra de Harmnicas de Ponte de Sor, o grupo de Concertinas de Montargil e o Grupo Coral Adgio (Portimo).

Csar Molina no CACO Centro de Artes e Cultura de Ponte de Sor (CAC) inaugura no prximo sbado, dia 10 de Abril, uma exposio de escultura de Csar Molina. Subordinada ao tema A espiral dos Sentidos. Ciclo e re-CicloAs obras so, na sua totalidade, elaboradas com materiais reciclados. Laboratrios de criatividade, com a presena do artista plstico, dirigidos aos jovens do concelho antecedem a exposio. Csar Molina nasceu em Granada em 1977. Iniciou a sua carreira em 1998 utilizando o metal como matria-prima, com o objectivo de interpretar a realidade de uma maneira ldica e criativa, sem esquecer a influncia do elemento social em cada uma das suas criaes. A criatividade artstica e a sensibilidade ambientalista oferecem a este artista plstico a oportunidade de realizar obras artsticas (como quadros, murais ou esttuas) com a utilizao de materiais de reciclagem. A exposio organizada pelo Sete Sis Sete Luas e pela Cmara Municipal de Ponte de Sor.

J est praticamente definido o programa deste ano do Festival Sete Sis Sete Luas (SSSL). O Anfiteatro da zona ribeirinha continua a ser o local eleito para os artistas que integram esta rede cultural que engloba 25 cidades de dez pases do Mediterrneo e do mundo lusfono. O Festival arranca no dia 27 de Junho, domingo, com a dupla basca Iaki Plaza & Ion Garmendia. A dupla alia a msica e os instrumentos tradicionais do Pas Basco com as novas tecnologias da msica pop. Da Galiza chega Mercedes Pon (na foto). Segundo a imprensa especializada, a cantora, compositora e multi-instrumentista, subverte a habitual rigidez de abordagem msica galega de forma brilhante. Mercedes Pen uma compositora-cientista em constante experimentao e refutao de teorias, nunca esquecendo a base de todo o seu trabalho: as recolhas que fez em solo Galego.

O espectculo, que ter lugar a 3 de Julho, vai, certamente surpreender os presentes. Eugnio Bennato e a 7 luas orkestra De Itlia chega o consagrado Eugnio Bennato. Referncia obrigatria da msica tradicional italiana, nasceu em 1947, Bennato faz parte da escola de cantautores napolitanos. Fundou os grupos Nuova Compagnia di Canto Popolare (1969) e Musicanova (1976). Um ano mais tarde lanou o seu primeiro disco a solo, Garofano d'ammore. O napolitano sobe ao palco da zona ribeirinha a 10 de Julho. Uma semana depois, a 18 de Julho, a msica de fuso anima a noite no anfiteatro. A 7 Luas Orkestra uma produo idealizada pelo Festival SSSL que conta com a participao de seis prestigiados msicos provenientes de diversas culturas musicais. Manuel Cabrales (Andaluzia), Celina

Vamos ao Teatro?Estreou ontem e vai estar em cena no Teatro Cinema Municipal de Ponte de Sor at dia 18 de Abril. A Maluquinha de Arroios uma produo do Teatro da Terra e conta com um elenco de luxo: Lus Esparteiro, Amlia Videira, Elsa Galvo, Joo Didelet, ou a prpria Maria Joo Lus, que alm de ser a protagonista, tambm assina a encenao, so alguns dos nomes bem conhecidos do grande pblico. A pea conta ainda com a prestao actores amadores locais e com a msica da Orquestra Ligeira da Cmara

Municipal de Ponte de Sor. A Maluquinha de Arroios est em cena de quarta a sbado, s 21h30 e aos domingos s 17h00.

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NISA

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VIA-SACRA Ao VIVo NA VIlA dE NISA Com Cristo percorremos o caminho do CalvrioA Vila de Nisa assistiu no passado dia 2 de Abril (SextaFeira Santa) pelas 21:00h representao da Via-Sacra ao Vivo. Com incio no Jardim Municipal e termo na Igreja do Calvrio, o cortejo percorreu vrios pontos histricos da Vila, assinalando as 14 Estaes da Via-Sacra. Esta iniciativa promovida pela Parquia de Nisa reuniu cerca de 70 figurantes, oriundos de vrios movimentos catlicos, em especial da catequese paroquial (crianas e pais) que depois de cerca de 2 meses de ensaios, com a sua participao ajudaram a Comunidade a percorrer um caminho espiritual, a compreender melhor a pessoa de Jesus e o amor que teve por cada um de ns, ao ponto de se deixar matar. A Via-Sacra ao Vivo foi exerccio de piedade segundo o qual os fiis percorreram com os figurantes o caminho que levou o Senhor do Monte das Oliveiras

GEMINAo NISA AZAY lE RIdEAu Comitiva luso-francesa de visita ao concelho

at o monte Calvrio. Ao longo das 14 estaes os moradores onde passou o cortejo no deixaram de embelezar as etapas, assim como as prprias ruas colocando as suas colchas e velas s varandas e janelas Depois da grande receptividade por parte das 700 pessoas que assistiram, vindas de muitos locais das redondezas,

fica a promessa de para o ano voltarmos a repetir. Em nome da Parquia de Nisa quero expressar o meu obrigado a todas pessoas que directa e indirectamente contriburam para o xito desta iniciativa, que a partir deste ano, ser um marco na caminhada de cada cristo para a Pscoa do Senhor. david Esteves

Concurso de Fotografia olhar sobre o AlentejoA Efanisa - Curso de Educao e Formao de Adultos da Escola EB 2,3+ S de Nisa, promove um Concurso de Fotografia tendo como tema "Olhar sobre o Alentejo . O concurso aberto a toda a comunidade escolar, com apenas uma categoria: cores. Cada concorrente pode entregar entre uma e trs unidades, com um formato nico de 100150 mm, devendo cada foto ter um ttulo. As fotografias devero ser enviadas para: Equipa pedaggica EFA, Escola Bsica 2,3/S Prof. Mendes dos Remdios, R. Dr. Joo M Porto 6050-344 NISA ou entregue em mo no Centro de Novas Oportunidades da Escola Bsica 2,3/S Prof. Mendes dos Remdios. As fotografias devero estar identificadas com o nome do pseudnimo, o ttulo da fotografia e o local onde foi tirada, no verso da mesma, devendo a identificao do autor seguir num papel junto da fotografia (as), com o nome, idade, o telefone e a morada. O incio do concurso no dia

A delegao de Azay le Rideau chega a Nisa no dia 16 de Abril, para uma visita de trs dias ao concelho, sendo os seus elementos distribudos e acolhidos pelas famlias. No dia seguinte, pelas 10 horas haver uma recepo, porto de honra e reunio no salo nobre dos paos do concelho. s13h almoo nas famlias, seguindo-se uma visita s Termas da Fadagosa e uma visita a Amieira do Tejo. noite ter lugar o Festival de Folclore, organizado pelo Rancho Tpico das Cantarinhas de Nisa, com o apoio da autarquia com uma comparticipao de 1.200 euros. No dia 18, a comitiva lusofrancesa ser obsequiada com um passeio de barco no rio Tejo, durante a manh, com visita s Portas de Rdo e um almoo no Monte do Arneiro. De tarde haver uma visita ao

Museu do Bordado e do Barro e s 17,30 h adega "Terras de Nisa", seguindo-se um lanche ajantarado. noite, no Cine Teatro, ser exibido o documentrio "Enxoval", que finaliza esta visita ao concelho. No dia seguinte, ser o regresso dos visitantes a Frana. A visita desta delegao luso francesa, da iniciativa do presidente da Cmara de Azay-leRideau, Michel Verdier, surge no mbito da geminao entre Nisa e aquele municpio do Vale do Loire, regio para onde emigraram muitos nisenses nos anos sessenta do sculo passado. O um acordo de amizade e cooperao que comeou a ser preparado em 1987, teve a primeira assinatura oficial, em Azay le Rideau em 1989 e um ano mais tarde foi oficializado, em Nisa, durante a presidncia de Jos Manuel Basso.

Exposio Resduos em movimento uma viagem virtualNo dia 6 de Abril, esteve em Nisa a exposio itinerante Resduos em movimento uma viagem virtual integrada na campanha de sensibilizao para as questes ambientais, promovida pela VALNOR. A Cmara Municipal de Nisa associou-se campanha de sensibilizao promovida pela VALNOR tendo em vista alertar para as questes ambientais, chamando especial ateno para a importncia da reciclagem no contexto da promoo da utilizao racional dos recursos naturais. A exposio esteve no dia 6 de Abril est durante todo o dia na Praa da Repblica, em Nisa, um dos meios disponibilizados para a iniciativa e assenta na utilizao de recursos, tecnologias e softwares inovadores proporcionando ao cidado uma experincia mpar para aquisio de referenciais capazes de alterar os seus comportamentos ambientais. Num espao de cerca de 30 m a exposio compreende actividades ldicas e didcticas, bem como informao acerca do funcionamento do sistema de tratamento e valorizao de resduos slidos urbanos (RSUs). Esta, integra um conjunto de aces e iniciativas que durante todo o ano so levadas a cabo junto da comunidade do concelho de Nisa, alertando para a problemtica das questes ambientais e das quais se vem dando especial ateno para a educao ambiental promovida junto dos estabelecimentos de ensino.

17 de Maro de 2010 e termina no dia 14 de Maio de 2010 e as fotografias devero ser entregues at ao dia 30 de Abril de 2010 data limite de entrega dos trabalhos inclusive. Quanto a prmios, a organizao reservou os seguintes: 1 Prmio Livro Equador de Miguel Sousa Tavares. 2 Prmio Livro Os trs casamentos de Camilla S. de Rosa Lobato de Faria. 3 Prmio Livro Os Pssaros de Seda de Rosa Lobato de Faria.

O jri integra Ctia Silva (fotogrfo profissional Nisa), Jos Bruno, Director da Escola 2,3/S Prof. Mendes dos Remdios, Amlcar Zacarias (coordenador do Centro de Novas Oportunidades da mesma Escola), Antnio Policarpo (Prof. Educao Visual). No final do concurso, as fotografias sero devolvidas aos participantes. Para mais informaes e esclarecimentos, contactar: [email protected]

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CASTELO DE VIDEGrupo de Amigos edita Efemrides de Castelo de Vide da autoria de diogo Salema CordeiroO Grupo de Amigos de Castelo de Vide acaba de editar o livro Efemrides de Castelo de Vide da autoria do nosso colaborador Diogo Salema Cordeiro. A edio j se encontra distribuida e venda nos locais habituais. A obra reune, em 280 pginas, a verso mais actualizada das principais efemrides da vida e da histria local desde h 8 sculos at aos passado recente, ordenadas por meses e por dias. Recorda-se que uma verso anterior deste trabalho j tinha sido publicada nas pginas do NCV na dcada de 90. Recordando a histria, factos e gentes. as efemrides sempre despertaram particular interesse, acordando memrias, lembrando o j esquecisdo, ou dilatando os nossos conhecimentos sobre o passdado, refere o autor na introduo da obra. Diogo Salema Cordeiro dedicase h vrias dezenas de anos investigao documentada da histria local de que se tornou um conhecedor e divulgador. A presente edio resulta precisamente do paciente trabalho, desenvolvido no decorrer das ltimas dcadas, de reviso e actualizao das "efemrides" que foram publicadas mensalmente nas pginas do "Notcias de Castelo de Vide" entre 1990 e 1995. Para alm de algumas memrias familiares e de colaborao diversa em alguns meios de comunicao social e no "Notcias de Castelo de Vide", autor de vrias Notas Biogrficas para livros de autores locais e colaborou em diversos projectos, actividades e eventos de algumas instituies locais na vertente histrica e bibliogrfica. Como edio de autor publicou em Novembro de 2000 o livro "A Minha Rua No tem Nome... - Toponmia de Castelo de Vide" em

obras na Carreira de S. Tiago

Como vem acontecendo h mais de um ano, a Cmara Municipal de Castelo de Vide e as Juntas de Freguesia tm efectuado obras em diversas ruas para melhorar a acessibilidade, construindo, para esse efeito, passadeiras de granito. Assim, depois das Ruas de Santa Maria de Baixo e de Cima, da Rua da Costa, da Rua de Baixo e da Rua Mouzinho de

Albuquerque, tambm a Carreira de S. Tiago conta agora com um corredor de acessibilidade que facilitar a mobilidade de muitas pessoas, principalmente das mais idosas. Estes trabalhos estiveram a cargo da Junta de Freguesia de Santiago Maior e da Cmara Municipal de Castelo de Vide.

Mais de 40 castelo-videnses na "Caminhada entre Azenhas"A Caminhada Entre Azenhas, promovida pela Cmara Municipal de Castelo de Vide no sbado, 27 de Maro, levou mais de 40 castelo-videnses at Montalvo. A chegado, o grupo juntou-se a caminheiros de outros concelhos e todos juntos responderam ao desafio e percorreram 6,5 km do Percurso Pedestre de Nisa. Segundo Lus Miguel Macedo, do Gabinete de Desporto da Cmara Municipal de Castelo de Vide, "o nosso grupo gostou da caminhada e, principalmente, da forma como foi recebido em Montalvo".

que tornou pblica a sua colaborao para a Comisso de Toponmia da Vila de Castelo de Vide, que trabalhou durante todo o ano de 1998. Depois, em Dezembro de 2007, publicou "Treze Crnicas ao Acaso", que integra as crnicas "surgidas a propsito de qualquer coisa ou de coisa nenhuma", dadas estampa no NCV sob o pseudnimo de Tiago Jos. Mais recentemente participou na equipa que coordenou a reedio crtica da "Memria Histrica da Muito Notvel Villa de Castello de Vide", da autoria de Csar Videira (2 e 3 edies - Abril e Maio de 2008) e foi autor do respectivo prefcio.

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OPINIO

Nisartes ou Feira de Artesanato e Gastronomia?Esta semana em declaraes agncia Lusa, a Presidente da Cmara de Nisa, anunciou que por falta de verba no se ir realizar o certame anual, que d pelo nome de Nisartes - Feira Internacional de Artes Tradicionais, e como o oramento para 2010 e as grandes opes do plano estavam empolados e obrigaram-na, assim, a fazer um corte superior a um milho de euros. Pois bem como todos ficamos a saber, s no ano 2009 a feira teve um custo de perto de 600 mil euros, no acham que uma verba muito alta para este gnero de eventos, que uma boa parte vai para os artistas famosos que recebem cachets milionrios? E pergunto eu, que gnero de feira ser a mais indicada para um concelho que tem uma riqueza imensa, que reside no seu vasto patrimnio material e imaterial? Sejamos francos, todos sabemos que a Nisartes estava longe de cumprir o seu papel essencial, de ser um veculo de divulgao do nosso artesanato, tradies, costumes e gastronomia, enfim de passar uma imagem de um concelho com uma componente turstica forte. E como tal deve-se repensar na forma mais eficaz de juntar as artes do espectculo com a divulgao da nossa cultura e com custos mais razoveis. Existem estudos recentes na rea do turismo cultural que destacam um interesse crescente, dos visitantes de um determinado local, sobre a gastronomia, e o concelho de Nisa um local muito interessante deste ponto de vista, onde podemos aliar a componente dos sabores com a dos saberes destas gentes hospitaleiras,

Marvoo Alentejo em AzulejoNo Posto de Turismo de Marvo est patente ao pbico at final de Abril, uma exposio de azulejaria da autoria de Jos Dias e intitulada O Alentejo em Azulejo. Jos Dias vive em Beja e trabalha em azulejaria desde 1999. Utiliza as tcnicas tradicionais de alto fogo: Majlica (pintura com tintas cermicas sobre vidro cru) e Corda Seca (aplicao de vidro cermico sobre chacota). A paisagem e os motivos do Alentejo so o tema eleito, concretizado em trabalhos, normalmente de pequena dimenso com grande pormenor e rigor, num registo de Artesanato no tradicional A exposio pode ser visitada no seguinte horrio: 9h00 s 12h30 e das 14h s 17h30m

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SERVIoS MuNICIPAlIZAdoS dA CMARA MuNICIPAl dE PoRTAlEGRE

AVISoProcedimentos concursais comuns para constituio da relao juddica de emprego pblico por tempo indeterminadoNos termos do disposto no n. 1, d), do artigo 19. da Portaria n. 83-A/2009, de 22 de Janeiro, torna-se pblico que, por deliberao do Conselho de Administrao destes Servios Municipalizados, datada de 21 de Janeiro de 2010, e conforme aviso publicado no Dirio da Repblica n. 66, 2. Srie, de 06 de Abril de 2010, disponibilizado na pgina electrnica do Municpio de Portalegre - Servios Municipalizados - se encontram abertos pelo prazo de 10 dias teis a contar da citada publicao, os procedimentos concursais comuns na modalidade de relao jurdica de emprego pblico por tempo indeterminado tendo em vista o preenchimento dos postos de trabalho abaixo identificados, cujas funes sero a desempenhar na rea de actividade da Diviso Tcnica destes Servios Municipalizados: Referncia A - 1 posto de trabalho na carreira/categoria de tcnico superior - bacharelato ou licenciatura em engenharia civil; Referncia B - 3 postos de trabalho na carreira/categoria de assistente operacional (agente nico de transpostes colectivos) - Escolaridade obrigatria; Referncia C - 1 posto de trabalho na carreira/categoria de assistente operacional (canalizador) - Escolaridade obrigatria; Referncia d - 1 posto de trabalho na carreira/categoria de assistente operacional (cabouqueiro) - Escolaridade obrigatria; - Qualquer esclarecimento poder ser solicitado atravs do telefone n. 245 307 401 (ex. 316). Portalegre, 06 de Abril de 2010. A Presidente do Conselho de Administrao, Dr. Ana Cristina Carrilho Manteiga

e a cozinha um smbolo cultural, memria, enfim principalmente patrimnio cultural e como tal no o podemos abandonar e se soubermos aliar todos estes factores a outros de carcter mais ldico de certo que podemos atingir o objectivo final: divulgar a nossa terra. A frmula que proponho a seguinte: ao longo do ano realizar semanas temticas com base num prato tpico, em colaborao com a restaurao local. O objectivo destas semanas gastronmicas de atrair mais visitantes e de uma forma dispersa ao longo do ano, como maneira de dinamizar a economia local, e dar a conhe-

cer estes imensos sabores alentejanos, feitos por estas gentes e com matrias-primas oriundas destas terras bordadas com a sua beleza impar. E no ms de Agosto a Feira do Artesanato e Gastronomia com um cariz mais tradicional, dando destaque ao artesanato e a nvel musical ao folclore e s danas e cantares. E estou certo que com menos oramento e mais apoios o resultado ser outro. E acredito nestas aces como fazendo parte de um investimento a longo prazo que trar retorno, certamente. Jos leandro lopes Semedo

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FRONTEIRA626 anos depois da Batalha dos Atoleiros

Fronteira revive vitria sobre [email protected]

626 anos depois da Batalha dos Atoleiros, em que os portugueses alcanaram a vitria ao Exrcito castelhano em 1384, o municpio de Fronteira, nos dias 03, 04 e 05 de Abril, fez a homenagem e a reconstituio daquele marco histrico que abriu caminho Batalha de Aljubarrota. Durante o fim-de-semana, Fronteira viveu o sculo XIV, vestiu-se a rigor, realizou a j habitual Feira Medieval e reconstituiu a Batalha dos Atoleiros, reunindo cerca de trs dezenas de figurinos e contando com centenas de visitantes. Para alm de ser um dia de-

dicado batalha decisiva para alcanar a Independncia de Portugal, na segunda-feira a seguir tambm se comemorou o Feriado Municipal (06 de Abril), marcado pela parada militar, presidida pelo major general Adelino de Matos Coelho, director de Histria e Cultura Militar. Em declaraes ao DP, Pedro Lancha, presidente da autarquia de Fronteira, considerou que estas comemoraes possuem duas metas: uma a concretizao, a defesa e a independncia nacional que foi reforada na Batalha dos Atoleiros e que estava em pe-

rigo. H aqui uma fora muito grande de um povo que se quer manter e perfeitamente identificado por toda a Pennsula Ibrica. A outra, juntamente a essa efemride, festejmos o Feriado Municipal que o smbolo do poder local autrquico, sublinhou. Centro de Interpretao da Batalha dos Atoleiros Recorde-se que nas comemoraes do ano passado, a Cmara Municipal de Fronteira, em parceria com Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional (CCDR) do

Alentejo, lanou a primeira pedra que marcou o arranque das obras de construo do Centro de Interpretao da Batalha dos Atoleiros. Com data agendada para entrar em funcionamento na segunda quinzena de Setembro, este ser um equipamento que estar em estreita ligao com os espaos homlogos de Aljubarrota e de Trancoso. Pedro Lancha avanou ao DP que a parte de construo civil est praticamente pronta e estamos a desenvolver a parte de contedos e de multimdia. Para a execuo do projecto, a autarquia de Fronteira

contou com as comparticipaes do Quadro de Referncia Estartgico Nacional (QREN), atravs de uma candidatura ao INALENTEJO, e do Turismo de Portugal. Este foi considerado um dos melhores projectos de regenerao urbana, revelou o autarca. O Centro de Interpretao da Batalha dos Atoleiros visa mostrar aos visitantes uma reconstituio daquele marco histrico atravs de meios por multimdia. Esta uma rea de turismo histrico a desenvolver, concluiu.

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SouselMunicpio candidatou projecto ao FRAMEA Cmara de Sousel candidatou ao Frame - espao contra a Excluso Social, um projecto no mbito do Ano Europeu do Combate Pobreza e Excluso Social, com o apoio do Ministrio do Trabalho e Solidariedade Social e do Instituto da Segurana Social, merecendo a aprovao das entidades organizadoras. O Projecto FRAME tem como objectivo complementar o Projecto da Rede Social j existente no Concelho, desde Maro de 2005. Com a criao do FRAME pretende-se dar continuidade ao trabalho j iniciado pela Rede Social numa dinmica diferente, criando um grupo de trabalho restrito que tem por objectivo promover aces de combate excluso, bem como educar, sensibilizar e informar para que a nossa sociedade possa ser mais justa e coesa. Para tal a promoo de debates, seminrios, workshops, campanhas informativas, entre outras aces importante para uma participao activa da comunidade, permitindo a exposio e esclarecimento das suas dvidas. A promoo destas aces com vista ao envolvimento da sociedade permite um maior desenvolvimento comunitrio e social, com o objectivo principal de apoiar grupos vulnerveis que se encontrem em situao de pobreza e excluso social.

alter do ChoFutebol total em sbado de Pscoa X

Como j habitual, Sbado de Pscoa dia de Futebol Total em Alter do Cho. O Estdio Ferragial DEl Rei foi mais uma vez palco deste torneio, promovido pela Cmara Municipal. Este ano, estiveram em campo 108 jogadores divididos por 9 equipas. Todos se divertiram durante

os jogos, que no so levados muito a srio, uma vez que aqui o que conta o convvio entre os participantes. Aqui fica a classificao final de todas as equipa: Veteranos: 1 Papa Migas 2 ADA

3 Cunheira 4 Alter Real BTT 5 Seca Pipas Seniores: 1 H Ramos 2 Tomba Minis Sub 15 1 Pimpolhos 2 Annimos

Jovens participaram nas Frias de Pscoa

doao de sangue com 40 inscritos

As Frias da Pscoa comearam no dia 29 de Maro e a Cmara Municipal em parceria com a Comisso de Melhoramentos de Sousel organizou, mais uma vez, a ocupao saudvel dos tempos livres dos mais jovens do concelho. Este ano, as actividades desenvolveram-se entre os dias 29 de Maro e 9 de Abril. A sesso de abertura das Frias de Pscoa teve lugar na Biblioteca Municipal Dr. Antnio Garo e contou com a presena de mais de 80 crianas de todas as freguesias do Concelho de Sousel e dos respectivos monitores das Actividades de Enriquecimento Curricular (AECs).

A autarquia local ofereceu um lanche aos participantes deste projecto no final da manh. No dia 30, o grupo visitou a exposio itinerante da VALNOR, no Jardim Municipal de Sousel e na quarta-feira, dia 31, as 80 crianas deslocaram-se ao Frum Montijo onde visualizaram o recm- estreado filme em 3D, Como Treinares o Teu Drago. Do plano de actividades constou ainda, uma caminhada Serra de S. Miguel no dia 6 de Abril e uma visita ao Jardim Zoolgico de Lisboa no dia 7, para alm das actividades que se desenvolvero no pavilho da JOG.

O local escolhido para a realizao da colheita de sangue, levada a cabo a 20 de Maro em Alter do Cho, foi mais uma vez o Quartel dos Bombeiros Voluntrios. A iniciativa, a cargo da Associao de Dadores Benvolos de Sangue de Portalegre - ADBSP, fez com que quatro dezenas de pessoas se inscrevessem para este fim, sendo que 13 eram do sexo feminino. Como se sabe, Portugal um dos Pases do Mundo em que mais seguro levar-se uma trans-

fuso de derivados de sangue. E para isso so usadas regras apertadas, a fim de nem dadores nem receptores correrem riscos. Como tal, no de se estranhar que nem todos possam, num dado momento, doar sangue. Foi o que tambm aconteceu desta vez. Assim constatou-se que 30 dos presentes estavam em condies de esticar o brao a fim de ser feita a respectiva recolha. Primeiras vezes registaram-se quatro, o que sempre saudvel de se registar. E mais uma pessoa

engrossou a lista de dadores de medula ssea. Como sempre, no final, decorreu um almoo de confraternizao que foi subsidiado pela Cmara Municipal de Alter e servido no restaurante dos Bombeiros. Enfim, esta ddiva decorreu de forma positiva, pese embora um acontecimento recreativo, que decorreu na noite de Sexta para Sbado, ter impossibilitado a que o nmero de presenas fosse superior. JRR

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Pela sua Sade (226)

A Primavera traz alegrias (e tambm as alergias)!

Raul de Amaral