troca as voltas ao mundo

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“Troca as voltas ao Mundo!” Manual para Programa de Desenvolvimento de Competências de Empreendedorismo Social -Um Recurso Escolhas – Elaborado por Projecto +XL LX-009 em 2010/2012

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Projeto +XL

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Page 1: Troca as Voltas ao Mundo

“Troca as voltas ao

Mundo!”

Manual para Programa de

Desenvolvimento de

Competências de

Empreendedorismo Social

-Um Recurso Escolhas –

Elaborado por Projecto +XL LX-009 em 2010/2012

Page 2: Troca as Voltas ao Mundo

2

Índice:

Enquadramento teórico e conceptual 3

Um Manual para quem? 6

Quem pode aplicar? 9

1ª Sessão “Começa!” 10

2ª Sessão: “Partilha!” 12

3ª Sessão: “Afina-te!” 15

4ª Sessão - Muralha-te! 18

5ª Sessão - “Sente!” 21

6ª Sessão – “Comunica!” 23

7ª Sessão – “Publicita!” 25

8ª Sessão – Colabora! 27

9ª Sessão – “Oferece!” 29

10ª Sessão “Lidera!” 31

11ª Sessão Descobre! 33

12ª Sessão “Arregaça as Mangas!” 35

Avaliação do Programa 37

Contactos 45

Bibliografia 46

Page 3: Troca as Voltas ao Mundo

3

“Troca as voltas ao Mundo”

Enquadramento Teórico e Conceptual

Se «o Homem sonha e a obra nasce», então se um jovem sonha quantas

obras poderão nascer? Não é preciso ser-se adulto para ter uma visão e

trabalhar para que essa miragem se torne real. Quando falamos de mudança,

falamos também de capacidade para se poder mudar, de ser capaz de ter

força para começar um projecto, para começar um empreendimento, seja ele

qual for. E quem poderá ter mais força e criatividade que uma criança ou um

jovem? Muitas vezes, essa força, essa vontade de mudar existe nos nossos

jovens porém, o não saber como canalizar esse impulso, esse desejo, poderá

fazê-los desistir a meio.

Este Programa de Desenvolvimento de Competências de

Empreendedorismo Social é a ferramenta para que essa energia não se

dissipe. A construção de um espírito empreendedor pode ser começada logo

desde a mais tenra idade. Ser empreendedor é, na realidade, uma forma de

viver, para a qual muitos jovens até, sem saberem, foram preparados pela

Page 4: Troca as Voltas ao Mundo

4

própria vida, e para a qual muitos outros poderão ser treinados. Ser

empreendedor é ser capaz de acreditar em cada um de nós, confiar em quem

trabalha na nossa equipa e resistir ao medo do fracasso, sempre consciente

das nossas limitações. Começamos a ser empreendedores, mesmo quando

ainda não sabemos ler nem escrever. No entanto, quem sonha também já

sentiu o amargo e frio sabor de um sonho não tornado realidade. O ponto de

partida da formação empreendedora para crianças consiste em estimular a

produção de ideias ou projectos empreendedores ainda em fase embrionária.

Nesta área, os(as) educadores(as) são dotados de competências que lhes

permitirão intervir com os jovens no processo de criação de ideias. Pretende-

se que os jovens aprendam a produzir e a visualizar uma ideia ou um projecto

que poderão concretizar no seio da sua comunidade. Os (as) educadores(as)

devem, ainda, reflectir com os jovens sobre a produção de ideias e o

desenvolvimento de determinadas acções para que estas se materializem.

Quando falamos de ideias, referimo-nos a domínios que são do

interesse dos jovens, ideias que se ajustam à sua idade e correspondem aos

seus desejos e sonhos. Este processo formativo pretende estimular a

criatividade e a acção: mediante um treino empreendedor podem-se definir

futuros que queremos realizar e trabalhar empenhadamente para que se

tornem realidade. Segundo a metodologia de Formação em Capacidades

Empreendedoras, um projecto realiza-se quando duas ou mais pessoas

conversam entre si e assumem compromissos verbais em torno de algo que

lhes interessa.

Esta declaração inicial permitirá que se definam grupos de interesse à

volta de ideias partilhadas pelos jovens; as comunidades de interesses são a

base para começar a construir projectos partilhados; projectos a partir dos

quais os jovens irão desenvolver competências empreendedoras.

Ao contrário de um jovem que queira apenas ser empreendedor

comercial, um jovem que queira ser empreendedor social procura maximizar

a criação de valor para a sociedade. Este manual tem esse objetivo: cada

jovem que com ele trabalhe, possa, no final, poder ter mais valor, capturando

Page 5: Troca as Voltas ao Mundo

5

esse valor não só para si como para o seu grupo de pares, para o seu projecto,

para o seu bairro social, para a sua comunidade. Um projecto que não seja

fugaz e do momento, mas que seja uma ideia e um projecto construído e a

longo prazo.

Qualquer pessoa, criança, jovem ou adulto para poder criar obra e

mudar, para empreender, tem de começar. Por isso vamos começar!

Pela Equipa Técnica do Espaço Jovem

Projecto +XL

Page 6: Troca as Voltas ao Mundo

6

“Troca as voltas ao Mundo!” – Um manual para quem?

A - O presente manual visa ser uma ferramenta destinada a jovens

entre os 14 e os 18 anos de idade, centrando-se sobretudo no

desenvolvimento das competências de empreendedorismo social,

inovação cívica e sustentabilidade de projectos locais dos jovens.

Pressupõe a aplicação a um grupo/turma de 10 a 15 jovens.

B- O manual pressupõe a realização de 12 sessões, 2 de avaliação

inicial e final e 10 sessões de desenvolvimento de competências de

empreendedorismo social.

C- O manual pressupõe a realização de sessões de 90 minutos cada com

possível intervalo.

D- O manual pressupõe a realização de sessões que podem ser

espaçadas semanalmente ou ser aplicadas em datas específicas e

concentradas em mais que uma sessão semanal, como por exemplo em

altura de férias escolares.

E- O manual pressupõe um espaço de trabalho amplo para 15 jovens

puderem trabalhar quer individualmente quer em grupo e pode ser

aplicado em escolas, sedes de projecto, salas de reuniões.

F- No caso de se aplicarem as sessões concentradas no tempo, não se

deverá exceder a realização de duas sessões diárias.

Page 7: Troca as Voltas ao Mundo

7

G- Muitas vezes associado à inovação económica e

das empresas, o que se pretende trabalhar através deste manual é sim

a introdução de princípios e ferramentas que visem um fim social e

cujos “lucros” assentem na sustentabilidade de um projecto iniciado e

implementado pelos jovens.

H - Cada grupo de jovens tem as suas próprias idiossincrasias. Trabalhar

com um grupo que esteja já consolidado e com dinâmicas de trabalho

entre si e com técnicos de referência, não é o mesmo que trabalhar

com um grupo cuja coesão é inexistente à partida. Deste modo,

trabalhar com um grupo já existente e resultado de sinergias já

estabelecidas implicará resultados finais que visam a preparação de um

projecto de empreendedorismo social sustentado, enquanto que a

intervenção com um grupo completamente novo exigirá maiores

estratégias de motivação e os objectivos abarcarão sobretudo e no

mínimo, o desenvolvimento de competências e apetências sociais de

comunicação positiva, trabalho de equipa, gestão de conflitos e

desenvolvimento pessoal.

I - As equipas formadoras terão de ter sempre presentes o carácter

heterogéneo destes grupos de jovens, as suas diferenças, as

comunidades diversificadas em que estão inseridos, os diferentes

estados de desenvolvimento, os aspectos motivacionais de cada um dos

jovens e os constrangimentos e potencialidades de cada um.

J- Um grupo mais maduro em termos de práticas de trabalho em

conjunto e também do ponto de vista etário poderá resultar num

completo usufruto de todas as sessões deste manual, alicerçando a

implementação de um projecto consequente às sessões aplicadas. Por

outro lado, um grupo menos maduro obterá destas sessões

fundamentalmente o que cada temática poderá ensinar, retirando daí

cada jovem os seus objectivos próprios.

Page 8: Troca as Voltas ao Mundo

8

K- Se os jovens que participem nestas sessões tiverem competências de

comunicação, de escrita, de cálculo e competências digitais os

resultados obtidos poderão ser mais amplos, embora não se aconselhe a

limitar qualquer jovem desde que o diagnóstico dos formadores assim o

não justifique. Este manual foi construído de forma a ser

suficientemente abrangente a todas as características de cada jovem.

L- O sucesso da aplicação deste manual está no desenvolvimento das

competências de capacitação de cada jovem e não tanto no

desenvolvimento da sua autonomia completa e dos seus projectos

implementados à posteriori pelo grupo ou individualmente.

Page 9: Troca as Voltas ao Mundo

9

“Troca as voltas ao Mundo!”- Quem pode aplicar?

A- Este manual pode ser utilizado por técnicos e animadores que

deverão aplicar as sessões a um grupo de participantes.

B- Preferencialmente deverá ser implementado por 2

técnicos/animadores uma vez que facilitará a dinamização das sessões,

a observação externa do grupo, e a posterior avaliação mais sustentada

de cada sessão.

C- Os técnicos/animadores facilitadores das sessões devem estar

familiarizados com as temáticas de empreendedorismo e

empreendedorismo social; inovação; autonomia; comunicação,

liderança, marketing social, etc.

D- Os técnicos/animadores facilitadores devem possuir competências

de dinamização e motivação de grupos juvenis, bem como de exposição

de informação e comunicação. Espera-se igualmente que desenvolvam

as competências de empreendedorismo social implementadas através

deste manual.

E- Cada sessão do manual está elaborada com um formato de aplicação

para técnicos/animadores, sendo os passos a dar, objectivos, resumos,

reflexões e possíveis constrangimentos, aí explicitados.

F- O desenvolvimento de cada sessão não carece de uma cópia exacta

do que é proposto por este manual. Cada técnico/animador poderá

alterar pressupostos práticos de cada sessão utilizando métodos que

julguem adequar-se mais eficazmente ao grupo que está a usufruir

destas sessões. Devem utilizar para isso as estratégias de comunicação

e motivação que achem mais eficazes.

Page 10: Troca as Voltas ao Mundo

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1ª Sessão: “Começa!”

Objectivos principais: Esta sessão é uma apresentação inicial de toda a

dinâmica do Programa de Desenvolvimento de Competências de

Empreendedorismo Social. Apresentação sobre as regras de

funcionamento, número de sessões, avaliação inicial e avaliação final.

Não se pretende introduzir já conceitos específicos mas sim fazer uma

abordagem global ao que vai ser trabalhado e como vai ser trabalhado.

Guião (máximo 90’):

A) Apresentação do Programa de Desenvolvimento de Competências

de Empreendedorismo Social (15’) – Explicar o porquê de 12 sessões

em que uma é inicial de avaliação e introdução e a última de avaliação final.

B) Apresentação das Regras das Sessões (15’):

- Regras básicas de comportamento nas sessões,

- Como participar e intervir corretamente nas sessões,

Page 11: Troca as Voltas ao Mundo

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- Como intervir com respeito pelo trabalho dos colegas,

- A importância de ter que existir espaço e tempo para criticar cada sessão no seu

final de modo a poder melhorar o Programa.

C) Ficha de Avaliação Inicial (60´): Apresentação da Ficha de Avaliação

(Anexo Ia) com a indicação que não haverá uma nota ou uma análise de quem

sabe mais ou menos sobre empreendedorismo. O objectivo é recolher

informação sobre o que os jovens sabem sobre o tema, para que, depois de

aplicado o programa, se avaliem os conteúdos aprendidos.

Materiais necessários: Fichas de Avaliação Inicial, canetas.

Aspectos a prever: Dificuldade de resposta a muitas das perguntas.

Desmotivação para a parte escrita das sessões. (ter atenção em frisar

que as próximas sessões não exigirão muito trabalho escrito, mas sim

um trabalho mais prático).

Experiência de Implementação: As 10 sessões que não incluem os

momentos de avaliação foram todas realizadas num campo de trabalho

de 5 dias, com 2 sessões por dia. A primeira sessão inicial de avaliação

realizou-se na sexta-feira imediatamente anterior. Isto facilitou o

isolamento em relação às demais sessões que se realizaram a partir da

segunda-feira seguinte. É possível ver em anexo o tipo de respostas que

foram dadas. Foi necessária alguma facilitação do envolvimento dos

jovens nas repostas a estas perguntas, tendo sido dadas clarificações

em relação a algumas perguntas e à importância de responderem com a

maior honestidade possível. Os jovens responderam em separado,

sendo que para tal é necessário que exista o espaço adequado.

Posteriormente à aplicação do Programa, fez-se uma adaptação da

Ficha de Avaliação, com melhor clarificação de questões, tal como se

pode ver comparando o novo modelo de aplicação e aquele realizado

pelos jovens, ambos em anexo.

Page 12: Troca as Voltas ao Mundo

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2ª Sessão: “Partilha!”

Objectivos principais: Esta é a primeira sessão que se desenhará partindo de

uma “chuva de ideias” individual. O objectivo é começar a criar um ambiente

de confiança entre os jovens para que possam exprimir as suas ideias,

projectos, interesses e aspirações junto do que pode ser feito para mudar a

sua comunidade local.

A- Apresentação da Narrativa relacionada com a temática do local/

imaginário na aplicação deste manual (5’). No caso de se fazer

durante uma colónia de trabalho com o intuito específico de aplicar

este programa, relacionar com aspectos socioculturais a ver com o

empreendedorismo social: Uma personalidade, um movimento, uma

associação desse local que possa ser visto como modelo de

empreendedorismo em função da comunidade. Se não existir o

local externo e o programa for implementado na sede de projecto

ou numa escola, é necessário encontrar da mesma forma uma

narrativa que esteja associada ao contexto desse grupo de jovens e

ao local onde se está a aplicar o programa. Exemplos: Em

Page 13: Troca as Voltas ao Mundo

13

Guimarães, D.Afonso Henriques o primeiro

empreendedor português.

B- Relacionar com os jovens essa narrativa e fazer as perguntas: se

têm alguma área em que gostassem mais de trabalhar para a

comunidade? Com que tipo de pessoas gostariam de trabalhar? Que

tipo de objectivos gostariam de alcançar com os vossos projectos?

Seriam projectos ambientais? Desportivos? Pretende-se espicaçar as

ideias, projectos pessoais de vida sobretudo centrados na

comunidade local. (15’)

C- Introdução de Actividade (30’’): Pede-se que cada jovem pense

individualmente, durante 30 minutos numa ideia que poderá mudar

o bairro ou/e a comunidade onde vive, a rua, a comunidade

escolar. Deverá definir essa ideia respondendo a “O quê?”, “Como”

e “Para quem?”. (Anexo IIa)

D- Mímica (15´): Deverá, individualmente, através da mímica e

durante 2 minutos sem ser interrompido, apresentar o seu projecto,

para os restantes que terão de adivinhar que ideia é, pondo o braço

no ar e arriscando a solução.

E- Depois de todas as mímicas apresentadas (25´): Discussão sobre

os diferentes temas - partilha sobre aquilo que os jovens vão

fazendo nas suas vidas, se têm preocupações com o que os rodeia,

chuva de ideias sobre os projectos de cada um, o que devia mudar

no bairro, na sua comunidade. Comparação entre os projectos

individuais, semelhanças e diferenças.

Page 14: Troca as Voltas ao Mundo

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Materiais necessários: 2 folhas brancas para cada participante; lápis e

borracha. Se possível material para adereços que enriqueçam a mímica

apresentada.

Aspectos a prever: Poderão existir jovens que se sentirão menos à

vontade para se exprimirem através de mímica. Como alternativa

propomos que o façam através de desenhos tipo Pictionary, ou através

de descrição onde não podem ser usadas certas palavras tabu

relacionadas com a sua ideia. Ter cuidado também com a sugestão

inicial por parte dos técnicos de ideias para projectos o que pode

condicionar a criatividade de cada jovem.

Experiência de Implementação: Escolheu-se Guimarães para a

realização deste Programa por ser o berço do projecto empreendedor

de se construir o nosso país, Portugal. Neste caso fez-se uma

introdução sobre D. Afonso Henriques e o projecto que este tinha para

o país. Tinha o sonho de ser Independente. Partiu-se daí para uma

introdução ao tipo de trabalho que uma pessoa individualmente pode

fazer pela sua comunidade nos mais variados aspectos. Os jovens

aderiram muito bem e foram respondendo individualmente nas folhas

dadas para o efeito, havendo ao longo do tempo um acompanhamento

pelos técnicos presentes, quer na motivação, quer no desenvolvimento

das ideias.

Page 15: Troca as Voltas ao Mundo

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3ª Sessão: “Afina-te!”

Objectivos: Esta é a sessão em que os jovens, depois de terem trocado ideias

entre si, se vão juntar a outros com projectos semelhantes e realizarem uma

ideia em comum. O objectivo primordial é o de identificar as afinidades que

os projectos apresentam entre si. Agrupar os projectos de cada jovem em

Grupos de Projectos e através da partilha, encontrarem campos de interesse

semelhantes.

A- Identificação da existência de afinidades entre os diferentes

projectos individuais (30´). Identificação de projectos individuais

que são semelhantes entre si através de uma conversa aberta a todo

o grupo. Implica ter as diferentes ideias retiradas da 1ª sessão dos

jovens apontadas em flipchart ou quadro branco de forma aos

participantes poderem visualizá-las facilmente.

B- Agrupar jovens segundo temas semelhantes (20’). De vários temas

semelhantes chegar a uma ideia em comum em cada grupo, ou seja,

da conversa entre dois ou mais jovens que queiram realizar a

mesma ideia ou projecto, os técnicos vão sendo mediadores

Page 16: Troca as Voltas ao Mundo

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também nessa identificação de jovens que se poderão sentir

motivados a participar no desenvolvimento de um projecto

partilhado, porque descobrem que têm os mesmo interesses. Os

grupos devem ser no mínimo de 2 e no máximo de 4 elementos.

C – Apresentação da ideia em comum do grupo:

C1- Pede-se que os jovens discutam as ideias comuns, melhorem as ideias de

cada um e cheguem a uma ideia final melhorada (10’).

C2- É dada uma cartolina para que os jovens desenhem a junção das duas ou

mais ideias numa só final. Podem recorrer à dramatização, à música, à improvisação para

apresentar a sua ideia. (15’).

F- Discussão sobre os trabalhos apresentados: Quais foram as

características de uma boa e má apresentação. Vantagens de uma clara

apresentação de ideias e explicação de que estes serão os grupos a trabalharem

em conjunto nas próximas sessões. (15’)

Materiais necessários: cartolinas, marcadores.

Aspectos a prever: A definição de grupos de projecto deverá ser encarada

com a suficiente flexibilidade. Ter em atenção em explicar dicas para uma

cartolina bem apresentada e facilmente entendida. Ajudar nas dificuldades de

apresentação das ideias para todos (timidez, má dicção), estar atento às

potencialidades de cada jovem no grupo e dividir tarefas de apresentação,

consoante essas competências.

Experiência de Implementação:

Exemplos de Grupos e temas que saíram da aplicação do Programa com 12 participantes:

Grupo 1 – 2 jovens– “Reciclar e Reutilizar”

Grupo 2 – 2 jovens – “Tempos livres saudáveis em vez de conflitos e droga”

Page 17: Troca as Voltas ao Mundo

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Grupo 3 –3 jovens. “Solidariedade para “países necessitados ou com alguma

catástrofe actual”.

Grupo 4 – 2 jovens- “Grupo contra a Poluição, Laranjeiro Limpo”

Grupo 5 – 2 jovens- “Informática para Sem abrigo”.

A criação dos grupos foi, à partida bem mais pacífica e ordeira do que o que se

estava à espera. Os jovens não tiveram qualquer problema em juntar-se em

diferentes grupos e encontraram facilmente pontes entre as diferentes ideias

individuais.

Page 18: Troca as Voltas ao Mundo

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4ª Sessão - Muralha-te!

Objectivos: Sessão em que o conceito de empreendedor começa a ser

definido quer pelo facilitador inicialmente, quer construído pelos

jovens, com base também no seu conhecimento de pessoas com

características empreendedoras. Interiorizam assim os conceitos na

prática através da dinâmica “Muralha do Empreendedor”.

A) Explicação inicial do que é ser empreendedor; características de

um empreendedor (20´) - fazer a ponte com a sessão anterior com

as ideias e os projectos comuns e que características são necessárias

para se atingirem esses objectivos.

Page 19: Troca as Voltas ao Mundo

19

B) Entrega de uma ficha (Anexo IIIa) a cada jovem com as seguintes

perguntas (15’) :

1- Uma pessoa que tentou/tenta melhorar a sua vida e de outras

pessoas (ou no Bairro, ou na tua terra ou no teu país, ou no

Mundo).

2- Indica 2 características positivas dessa pessoa.

C) – Papel de Cenário para o efeito, “Muralha do Empreendedor”

(Anexo IIIb).

1 - Anotar na secção “Valores” todas as características diferentes

apresentadas pelos jovens. (15’)

2 – Anotar na secção Portugal e no Mundo, onde actuam esses

empreendedores. (10´)

3 – Dá-se dois autocolantes a cada jovem para votarem nos dois

valores que consideram mais importantes. Faz-se o TopTen dos

valores e discute-se o perfil de um empreendedor, que este

tem vários valores que são possíveis encontrar em várias

pessoas, mesmo perto de nós.(30´)

Materiais necessários: papel de cenário para a realização da

“muralha”, ver em anexo, marcadores, autocolantes coloridos.

Aspectos a prever: O nome “Muralha do Empreendedor” pode ser

substituído por outro nome que tenha a ver com a narrativa do

programa de desenvolvimento proposto. È necessário dar toda a

liberdade aos jovens para as respostas. Uma vez que ainda não sabem

quais as características de um empreendedor e de um empreendedor

social, é necessário que esta chuva de ideias sobre pessoas em

particular seja fluída, não se censurando personalidades que à partida

Page 20: Troca as Voltas ao Mundo

20

possam não ter nada de “empreendedores”, é importante que os jovens

a vejam como alguém que traz algo de positivo para a comunidade

onde está inserido.

Experiência de Implementação: Como estávamos em Guimarães, foi

esta a proposta apresentada, da construção de uma Muralha. No fundo

é nela que estão “defendidos” os valores do empreendedorismo. Os

jovens propuseram desde técnicos do espaço, passando por ONG’s

portuguesas até ao Bill Gates e ao fundador do facebook, sendo que

resultou numa grande diferenciação de personalidades quer do ponto

de vista da sua nacionalidade, quer da área de intervenção, quer do

número de pessoas a que chegam os seus projectos.

Page 21: Troca as Voltas ao Mundo

21

5ª Sessão - “Sente!”

Objectivos: Sessão em que se debatem os estados de espírito,

positivos e negativos e em como estes podem influenciar a

concretização de ideias e projectos dos jovens.

A) Actividade de Identificação de Emoções (Anexo IVa) – Várias imagens

de diferentes emoções em que os jovens têm de indicar qual a emoção. Possível

recorrer à mímica (20’)

B) Actividade de Identificação de situações positivas e negativas

através do visionamento de imagens”. Possível também o visionamento de

Page 22: Troca as Voltas ao Mundo

22

filmes do youtube com situações positivas por exemplo de “equipas a vencer”,

“pais contentes pela criança que está a nascer”, “comemorações de aniversários,

festas; ou de vídeos com situações negativas como fome, luto, tristeza na guerra,

etc. (40´)

C) Discussão sobre os temas vistos e que tipos de estados de espírito são

característicos de um bom empreendedor social (30´). Relacionar com

a actividade anterior das características de um Empreendedor.

Materiais necessários: Pesquisa de “emoticons”, imagens com as

emoções e estados de espírito, recortadas em cartões; possível data show, pc

para visionamento de vídeos

Aspectos a prever: Poderão ser tocados alguns assuntos que os jovens

poderão ter mais dificuldade em relatar. Tentar preservar sempre a

não exposição demasiada em aspectos mais sensíveis que estejam a ser

debatidos.

Experiência de Implementação: Os jovens propuseram-se a trabalhar

nesta actividade, participando activamente e gostando do que fizeram.

Utilizámos várias imagens que ajudaram na discussão de episódios

particulares onde vários sentimentos e emoções podem ser vividos ao

mesmo tempo, o que facilitou também a discussão e o paralelismo para

a discussão posterior de se encontrar vários sentimentos e emoções

vividas no dia a-dia de um projecto que se quer implementado e como

o empreendedor social pode mudar positivamente esses sentimentos e

emoções.

Page 23: Troca as Voltas ao Mundo

23

6ª Sessão – “Comunica!”

Objectivos: Sessão onde se sublinha a importância da comunicação nas

relações entre as pessoas. A importância da comunicação verbal, não

verbal e ligação aos conceitos de empreendedorismo social.

A) Dinâmicas sobre os conceitos de comunicação verbal, e não verbal –

(Anexo Va) (60´)

A1-Tribo dos Mentirosos e Verdadeiros (20’)

A2-Jogo do Psicólogo (20’)

A3- Jogo da Delicadeza (20’)

Page 24: Troca as Voltas ao Mundo

24

B) Debate e Discussão sobre as dinâmicas (30 minutos) – A

importância de saber escutar os outros quando temos os mesmos

objectivos, a importância de saber comunicar bem o que estamos a

sentir, a percepção de que existem linguagens diferentes entre as

pessoas e que devemos conseguir “lê-las”.

Materiais necessários: Racionais das dinâmicas a serem apresentadas.

Aspectos a prever: É necessário ter algum cuidado para que nas

dinâmicas sejam cumpridas todas as regras de respeito, silêncio, não

existência de batota e de jovens que já saibam as dinâmicas e possam

sabotar as mesmas eliminando o efeito surpresa. Possivelmente anular

a dinâmica do Jogo do Psicólogo para crianças de idades menos

avançadas.

Experiência de Implementação: Esta foi uma das sessões de maior

sucesso e em que os jovens perceberam melhor na prática os conceitos

de comunicação verbal e de comunicação não verbal e da sua

importância na realização de um projecto para a comunidade e de

como um bom empreendedor social deve estar consciente destes

conceitos e saber percebê-los também no trabalho de equipa.

Page 25: Troca as Voltas ao Mundo

25

7ª Sessão – “Publicita!”

Objectivos: Sessão em que os jovens aprendem o que é o marketing e

publicidade e como uma ideia de um projecto comunitário depois de

bem apresentada pode seduzir melhor um público, ou alguém que a

queira financiar ou aderir.

A) Apresentação de vários vídeos publicitários (Anexo VIa) de marcas

conhecidas pelos jovens: Em cada vídeo faz-se uma discussão sobre se

os jovens conseguem identificar as respostas às perguntas: “Porquê?”,

“Para quem?”, “Como?”, “Com quem?”, “Quando?” e “Onde?”

Explicação de que uma ideia bem contada é uma ideia ainda melhor.

(20’)

B) Divisão nos mesmos grupos da sessão 3 e elaboração de um quadro

publicitário por cada grupo, relativo ao seu projecto e usando um

slogan final. (45’)

C) Grupos votam na “publicidade” mais eficaz e atractiva. (25’)

Page 26: Troca as Voltas ao Mundo

26

Materiais necessários: Computador portátil com ligação à internet e

se possível data show. Adereços para os quadros publicitários e/ou

materiais plásticos que os jovens possam construir como endereços.

Aspectos a prever: Cuidado para que a apresentação dos diferentes

quadros publicitários não se arraste, prejudicando o cumprimento da

sessão.

Experiência de Implementação: Os grupos conseguiram de forma

muito criativa realizar desde pequenos sketches publicitários, passando

por jingles em hip hop para darem a conhecer o seu produto. Esta

sessão foi realizada numa sala ampla, o que possibilitou que os grupos

trabalhassem separadamente.

Page 27: Troca as Voltas ao Mundo

27

8ª Sessão – “Colabora!”

Objectivos: Sessão em que se explica o que são

colaboradores de um projecto e em que o empreendedorismo

social depende também de uma rede que funcione.

A) Divisão em 4 FlipCharts – Colaboradores Compradores|

Colaboradores Financeiros| Colaboradores Concorrentes

|Colaboradores Fornecedores| Colaboradores Prescritores –

Explicitação do que são estes diferentes tipos de colaboradores

(Anexo VIIa) e em como cada projecto de cada grupo podem ser

encontrados. Poderá servir para futura entrevista a

empreendedores.

Materiais necessários: FlipCharts, Marcadores

Aspectos a Prever: Conceitos que exigem alguma capacidade de

percepção elaborada e em que é necessário perceber se não há jovens

que estejam a afastar-se dos conceitos aprendidos.

Page 28: Troca as Voltas ao Mundo

28

Experiência de Implementação: Esta actividade teve como

complemento uma entrevista prévia numa das actividades de lazer

do Campo de Trabalho onde aplicámos e experimentámos este

programa. Jovens de cada grupo entrevistaram o dono da empresa

de desportos radicais e a quem fizeram perguntas sobre os seus

diferentes tipos de colaboradores. A experiência foi divulgada nesta

8ª Sessão, em que os jovens ficaram a perceber na prática que tipo

de colaboradores existem num projecto existem.

Page 29: Troca as Voltas ao Mundo

29

9ª Sessão – “Oferece!”

Objectivos: Sessão em que se esclarece que um empreendedor social também

é quem está atento às necessidades, cria oportunidades e inventa soluções

para essas necessidades.

A) Leitura de uma notícia e identificação de quais são os

problemas e como podem ser solucionados . (Anexo VIIIa) – 45’.

B) Após a leitura e identificação de necessidades d a Notícia

perguntar:

“Que necessidades (problemas) descobres na tua comunidade?”

Iguais às da notícia? Diferentes?

“Que podes oferecer para o melhor funcionamento da tua

comunidade?”

“Consegues narrar uma Notícia positiva sobre o teu

bairro/comunidade se cumprisses com as tuas ofertas e relação a esses

problemas?”

C) Transportar a problemática das oportunidades/nec essidades

para o projecto de cada grupo:

“Que problemas tenta cada projecto social responder, será que esse

projecto é realmente preciso?”

Page 30: Troca as Voltas ao Mundo

30

“De que forma o projecto de cada grupo pode demonstrar bons

resultados para o alcançar dessa solução dos problemas”. (25’)

Materiais necessários : FlipCharts, Marcadores

Aspectos a prever : Conceitos que exigem alguma capacidade de

percepção elaborada. Ter cuidado com que o debate não se centre nos

problemas da escola mas que se centre na discussão em torno do que

são necessidades. Poderá ser feito o visionamento do vídeo: “O mundo

é o teu negócio” onde jovens europeus souberam observar aspectos do

dia a dia que deviam ser melhorados e se tornaram empreendedores

sociais.

Experiência de Implementação : Os jovens conseguiram perceber a

notícia e apontar dados que permitiram ultrapassar as necessidades

sentidas, fazendo uma boa ponte para a forma de solucionar os

problemas relacionados com o seu projecto pessoal. Por exemplo o

grupo que defendia a utilização de internet para sem abrigo conseguiu

fazer uma boa argumentação da necessidade deste uso quando à

partida muitos dos jovens dos outros grupos criticaram a sua utilidade.

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31

10ª Sessão “Lidera!”

Objectivos: Sessão em que se aborda os estilos de Liderança

Autoritária, Democrática e “Laissez Faire” e como eles

influenciam o trabalho dentro de uma equipa que tem um

projecto social empreendedor.

A) Os “Três Líderes” (Anexo IXa)– Atividade em que é pedido a três

grupos diferentes, sem ligação aos grupos estabelecidos

anteriormente, que sejam liderados por três tipos de líder. Os

grupos não sabem que liderança vão ter nem os tipos de liderança

são explicados no inicio. Cada um dos três líderes recebe,

individualmente e afastado do grupo, a indicação quanto ao seu

estilo de liderança – autoritário, laissez-faire e democrático. O líder

deve assumir esse papel destinado até ao fim. Ao grupo são dadas

10 palhinhas que servirão para construir um objecto artístico. Terão

Page 32: Troca as Voltas ao Mundo

32

que desempenhar essa função e ser dirigidos

pelo líder indicado. (45’)

B) Debate e Reflexão relativa aos estilos de Liderança; diferenças

entre os diferentes grupos, como se sentiram os líderes e o grupo

comandado pelo líder e da sua importância na concretização de um

Projecto Social que esteja a iniciar e onde exista uma equipa a

trabalhar e uma coordenação. – 45’.

Materiais necessários: 30 palhinhas, bostik

Aspectos a prever: Tentar definir o Líder de acordo com as

características de cada jovem. Por exemplo, um jovem que possa

reunir as características de um líder mais autoritário, ter em vez deste,

um papel mais democrático. Também por exemplo alguém que tenha

tido um papel mais à margem das sessões poder assumir um papel de

líder.

Experiência de Implementação: Foi possível encontrar três tipos

diferentes de liderança sendo que o grupo do Líder Autoritário não

conseguiu realizar a tarefa, existindo várias discussões entre os

diferentes membros. Esta foi uma actividade que exigiu alguma

reflexão e em que quem participou como líder teve de ser orientado

para a representação do seu papel. O jovem que teve um papel como

líder democrático, esteve muito parecido com o jovem que teve um

papel como líder “laissez faire”, pelo que isso pode ter dificultado a

aprendizagem destes conceitos.

Page 33: Troca as Voltas ao Mundo

33

11ª Sessão “Descobre!”

Objectivos: Sessão em que o grupo de jovens entrevista uma pessoa,

uma entidade, uma associação ou uma pequena empresa relacionada

com empreendedorismo social e aborda os temas aprendidos durante as

sessões já realizadas

A) – Elaboração de guião para Entrevista (Anexo X a) (20´);

B) – Entrevista junto de uma individualidade, grupo, associação que

tenha algum projecto com a comunidade local (50’)

C) – Discussão sobre as repostas obtidas e ponte com o já abordado em

sessões anteriores. (20’).

Materiais necessários : Guião, folhas, canetas.

Page 34: Troca as Voltas ao Mundo

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Aspectos a prever : O facilitador deve ter em conta antes de serem feitas as

entrevistas, se os jovens perceberam o que é pretendido. O objectivo é que

eles, no final, através das respostas possam contar a história do/s

empreendedor/es com quem tiveram contacto, como se tivessem feito uma

viagem pelo seu percurso. Alguns jovens poderão não querer assumir o papel

de encetar as perguntas pelo que deve ser feito um trabalho prévio de como

isto pode ser ultrapassado.

Experiência de Implementação : A entrevista não decorreu de forma formal

mas sim num contexto de visita a outro Projecto Escolhas que tem um grupo de

jovens que também desenvolve algumas actividades empreendedoras.

Contudo de experiências anteriores já tidas é importante que sejam os Jovens

a Escolher o Local e eles mesmos a terem influência na escolhas de perguntas.

Page 35: Troca as Voltas ao Mundo

35

12ª Sessão “Arregaça as Mangas!”

Objectivos: Esta é sessão de avaliação final de toda a dinâmica do

Campo de Trabalho sobre Competências Empreendedoras.

A) “Arregaçar as mangas”- Expor aos jovens que o trabalho ali

feito não está terminado e que eles terão oportunidade de

mostrar os seus trabalhos numa posterior mostra de

empreendedorismo social a realizar na sede do projecto, na

escola, ou por exemplo numa feira de empreendedorismo. Os

jovens serão convidados a expor os seus portfolios desde a ideia

até à forma como foi apresentada e está a ser projectada para a

prática, chamando a si outros jovens e outros agentes para a

possibilidade de implementarem esses projectos no bairro, na

comunidade local. Por exemplo, calendarizando as

Page 36: Troca as Voltas ao Mundo

36

implementações dessas diferentes ações ou aglomerando os

diferentes projectos num projecto de intervenção comunitária

que seja de desejo transversal ao grupo.

B) Ficha de Avaliação Final – Apresentação da Ficha de Avaliação

(Anexo XI a) com a indicação que não haverá uma nota ou uma

análise de quem aprendeu mais sobre empreendedorismo. O

objectivo é recolher informação sobre o que os jovens nesta fase

final já sabem sobre o tema, para que, comparada com a

avaliação inicial se possam retirar conclusões quanto às

aprendizagens. (30´)

C) Questionário Sobre as Sessões – Questionário anónimo (Anexo

XI b) sobre o que os jovens gostaram mais, sobre o que gostaram

menos, sobre o interesse e utilidade das sessões e sobre

sugestões para melhorar este Programa. (5`)

D) Entrega dos Diplomas de Participação

Materiais necessários. Fichas de Avaliação e Questionários

Aspectos a Prever: Separar os jovens aquando a realização da Ficha de

Avaliação. Fazer esta sessão com todos os jovens que participaram e logo

imediatamente a seguir à semana de campo de trabalho. Envolver os jovens

na progressão dos trabalhos que iniciaram.

Experiência de Implementação: Uma vez que as 10 sessões se realizam todas

num campo de trabalho de 5 dias, com 2 sessões por dia, a sessão final de

avaliação, realizou-se na segunda-feira imediatamente posterior. Isto facilitou

o isolamento em relação às demais sessões que se realizaram a partir da

segunda-feira seguinte. Ver em anexo o tipo de respostas que foram dadas.

Page 37: Troca as Voltas ao Mundo

37

Avaliação do Programa de

Desenvolvimento de Competências de

Empreendedorismo Social “Troca as

Voltas ao Mundo”.

A experiência de implementação foi sendo reportada ao longo deste

manual, cingindo-se esta a cada sessão, pelo que as avaliações finais da

implementação deste recurso passam agora pela verificação de uma

consolidação dos conceitos aprendidos e de uma avaliação da construção, no

terreno, de projetos pessoais e grupais que estão a ser implementados de

facto na comunidade. O trabalho foi intenso mas também facilitado pela

predisposição e abertura dos jovens num esforço comum em se atingirem os

objetivos inicialmente propostos. Os jovens, desde a aplicação deste

programa, têm tentado desenvolver as metodologias aí apreendidas e

trabalhado em projectos que daí nasceram. Para implementadores futuros,

resta a nossa crença de que é possível atingir estes objetivos e até ir mais

além, existindo um grupo de trabalho coeso e com vontade de arregaçar as

mangas e “de trocar as voltas ao mundo”.

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Resultados da 1ª Sessão de Avaliação: De acordo com as respostas à primeira ficha de avaliação, podemos

concluir que grande parte dos nossos jovens já tinha alguns conhecimentos de

empreendedorismo pelo que se pode observar em algumas respostas.

Contudo, a grande maioria das respostas refletiu a falta de conhecimento de

conceitos, antes de iniciarmos o programa, repetindo-se sobretudo a

expressão “não sei”. Eis aqui o conteúdo observável, destacando-se algumas

expressões:

1- Ser empreendedor é: «Ser empreendedor é uma pessoa que constrói e elabora projectos, tem de ser uma pessoa muito criativa. » «Pessoa criativa, toca a realizar projectos divulgar projectos. » «Saber sei mas neste preciso momento não me lembro. «Não sei.» «Ter uma ideia, realizar essa ideia num sítio onde não há aquele produto».

«Não sei nada sobre este tema.» «È um sistema que faz evoluir as ideias, realizando os problemas.» «Pessoa que trabalha com contabilismo. Que dirige empresas». «Original.» 2- O que é realizar um projecto?

«È formar actividades em que se envolvem grupos».

«Organizar bem as ideias, ser criativo a realizá-lo, dar a conhecer o

projecto a outras pessoas».

«Realizar um grupo onde podemos discutir ideias sobre o que fazer.

«Realizar uma ideia».

«Ter ideias, reunir e fazer um projecto».

«É formar ideias e um plano do que se quer fazer».

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« Fazer um plano de todos os pormenores para

qualquer cena.»

«Ter conhecimento de uma coisa e trabalhar nela».

«Criar uma coisa e desenvolvê-la».

3- Qualidades de um bom empreendedor?

«Criativo e observador».

«Criatividade, organização, divulgação, comunicação».

«Ter objectivos, pontos de vista, boas ideias.

«Não sei nada».

«Assíduo nas reuniões, bom comportamento, empenhado, organizado,

ter boa apresentação».

«Saber empreender».

«Original».

4- Porque é que é importante saber comunicar com os outros?

« Para compreender os outros. Ao comunicar evitamos conflitos, tais

como guerras, lutas e agressões».

«Para os outros saberem o que se passa na nossa cabeça».

«Para ter mais rendimentos.»

«Para demonstrar o que sabemos».

«Expressar as suas ideias uns com os outros».

«Discutir vários problemas».

«Para que os outros nos possam compreender».

«Comunicando podemos chegar a uma conclusão e os outros podem

perceber-nos.»

«Para se fazer alguma coisa e não haver discussão ou luta».

5 - Melhor forma de dar a conhecer ao outro uma ideia?

«Falando, conversando e explicando ao outro a mesma ideia.»

«Explicando devagar de forma a que todos nos compreendam.»

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«Não sei explicar».

«Publicidade.»

«Mostrar o projecto dessa ideia».

«Conversando com os outros».

«Saber comunicar».

«Falando. Comunicando a ideia.»

«Falando, desenhando, calculando ou mostrando».

6- Como deve ser um bom líder?

«Trabalhador em Equipa.»

«Respeitar o resto da equipa, trabalhar com a equipa em conjunto e se houver

confusão entre a equipa o líder tem de estar disposto a resolver esse

conflito.»

«Saber ouvir as ideias, dar ideias.»

«Ajudar os companheiros de equipa. Estar sempre pronto para o que der e

vier».

«Espirito de Liderança, ter auto-estima.»

«Compreensível, firme, engraçado.»

«Responsável, pontual no trabalho ou no projecto, boa postura, assíduo».

«Responsável, competente.»

«Tem de motivar os outros da equipa para que esta trabalhe.»

«Um chefe tem de ser uma pessoa capaz de enfrentar as boas e más notícias

sobre esse projecto.»

«Trabalhador, responsável e com carácter.»

«Sabe transmitir a ideia, responsável, respeitado.»

7- O que esperas aprender?

«Mais sobre essa profissão».

«Que sejam muito interessantes e que me ajudem a perceber o que

é realmente».

Page 41: Troca as Voltas ao Mundo

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«Boa Aprendizagem.»

«Mais conhecimento sobre esse assunto. E ter mais ideias para ser

empreendedor.»

«Não sei.»

«Saber empreender, ajudar os jovens a ter um bom futuro».

«Cansativo».

«Aprender mais , coisas que desconheço.

Que seja fixe.

«Uma boa coisa».

Fazendo uma análise de conteúdo é possível verificar que a expressão mais

repetida nesta avaliação inicial é “não sei”, seguida de “ideias” e

“outros”.

Page 42: Troca as Voltas ao Mundo

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Analisando o conteúdo das respostas a avaliação final é possível

observar que a expressão mais repetida deixa de ser “não sei”, passando a

ser “ideias”. Outras palavras como “projeto” “sempre”, “publicidade”,

“empreendedor”, são apontadas na avaliação final:

Assim, respotas da 12ª Sessão. Sessão de Avaliação Final:

1- Ser empreendedor é: «É uma pessoa que faz ou inventa coisas que nunca tiveram sido inventadas e tem que saber ouvir críticas para depois melhorar.» «Ser criativo, inovador, não ter medo de nada.» «Inovador, inteligente, tem sempre novas ideias.»

2- O que é realizar um projeto? «É formar um grupo em que todos tenham várias ideias e dessas ideias formar um projeto.» «Organizar as ideias, comunicação com os outros, trabalhar em equipa, fazer publicidade e depois por tudo em prática.»

3- Quais são as qualidades de um bom empreendedor? «Criativo, inovador, observador.» «Inovador, criativo.»

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«Educado, inteligente.» 4- Porque é que é importante saber comunicar com os outros? «Para poder transmitir ideias ou projectos.» «Transmitir ideias.» «Para que a outra pessoa nos perceba da melhor maneira.» 5- Qual a melhor forma de dar a conhecer ao outro uma ideia?

«Através de uma publicidade»

6- Como deve ser um bom líder/chefe de equipa? «Deve ajudar a colaborar no projecto, deve ser organizado e atencioso.» «Ouve sempre os companheiros e é paciente com os outros.»

7- O que aprendeste de mais importante nestas sessões de empreendedorismo?

«Ser mais atencioso, ajudar mais nos projectos, fazer publicidade.» «Aprendi muito» «Aprendi a organizar uma ideia, segui-la sempre em frente e nunca desistir até o projecto estar feito, quer dizer bem feito”. «Aprendi tudo e mais alguma coisa» «Ser empreendedor é fixe» «Qualquer um pode ser empreendedor» «Um bom empreendedor nunca desiste de fazer um trabalho, ou seja quando mete algo na cabeça vai até ao fim, para alcançar o seu objectivo» «Ser mais atencioso, ajudar mais nos projectos, ir até ao fim»

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Tendo também em conta o questionário final anónimo, os jovens deram em

média as seguintes notas:

Interesse das sessões de 1 a 5 : 4,1

Utilidade das sessões de 1 a 5: 4,2

Importância das sessões para perceber o conceito de empreendedorismo, de 1

a 5: 4,1

Classificaram as sessões como: “magníficas”, “ fixes” “normais”,

“interessantes”, “divertidas” e “engraçadas”.

Entre as sessões que os jovens gostaram mais, foram as em que “tiveram

que trabalhar em equipa” e na grande maioria “as sessões de comunicação”.

As sessões que os jovens gostaram menos foram as mais expositivas onde se

“falou bué” e a sessão dos “estados de espírito e emoções”.

Page 45: Troca as Voltas ao Mundo

45

Esperemos que este recurso tenha ido ao encontro das suas

necessidades. Desejamos

aprendizagens! Qualquer dúvida, sugestão, crítica, partilha de implementação

deste recurso, por favor faça

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necessidades. Desejamos-lhe um bom trabalho, boas sess

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Esperemos que este recurso tenha ido ao encontro das suas

sessões e muitas

Qualquer dúvida, sugestão, crítica, partilha de implementação

Page 46: Troca as Voltas ao Mundo

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Bibliografia

Angeli, F. Trad de Serra, J.(2009) 83 jogos psicológicos para a dinâmica de grupos. Lisboa: Paulus Editora

Anheier, H. e Ben-Ner, A. (Eds) (2003): The Study of the Nonprofit Enterprie: Theories and Approaches.New York/USA: Kluwer Academic/Plenum Publishers.

Brock, Debbi D.; Ashoka S. (2008) Social Entrepreneurship -Teaching Resources Handbook For Faculty Engaged in Teaching and Research. Editora: Ashoka's Global Academy for Social Entrepreneurship. Arlington/USA: Ashoka's Global Academy for Social Entrepreneurship

Centro Educativo Alice Nabeiro. (2009) Ter ideias para mudar o Mundo - Manual para treinar o Empreendedorismo de Crianças dos 3 aos 12 anos. Campo Maior: CEAN

Dees, J. Gregory.(2001) O Significado do Empreendorismo Social, tradução de The Meaning of "Social Entrepreneurship", 2001, Center for the Advancement of Social Entrepreneurship,The Fuqua School of Business, Duke University. http://www4.fe.uc.pt/cec/significadoempreendedor.pdf

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Redford, D.T., Osswald, P., Negrão M., Verissímo L. (2011) Uma Escolha de Futuro- Empreendedorismo e Capacitação de Jovens. Lisboa: Programa Escolhas

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Sites explorados e recomendados:

Do Something:

http://www.dosomething.pt/

Ashoka:

http://www.ashoka.org/

http://www.genv.net/

Schwab Foundation for Social Entrepreneurship:

http://www.schwabfound.org/sf/index.htm

EchoinGreen:

http://www.echoinggreen.org/

Disciplina de Educação Para o Empreendedorismo do Agrupamento de

Escolas de Alhandra, Sobralinho e São João dos Montes

http://agasjm-m.ccems.pt/course/view.php?id=459

The World Challenge:

http://www.theworldchallenge.co.uk/