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Trenzinho do Caipira Música na escola: exercício 1

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Trenzinho do CaipiraMúsica na escola: exercício 1

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Boas-vindas

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Aula 1Boas-vindas

Acolher os alunos e introduzir o curso 1ª Atividade

Boas-vindas, Leitura e Discussão

Como forma de acolhida vamos começar contando a lenda “O Rouxinol e o Imperador”.

O Rouxinol e o Imperador

Há muito tempo, na China existiu o mais belo palácio do mundo. Era grandioso e ao mesmo tempo delicado, porque era inteiro construído com porcelanas.

Ao andar por quartos, salões imensos e coloridos, dava para ouvir o tilintar do toque dos pés do visitante.

O jardim do palácio era como um tapete vivo, com flores, das pequenas às grandes, com insetos extravagantes e cachoeiras, riozinhos e até grandes quedas de água.

As flores mais raras eram mágicas. Carregavam por dentro delas sininhos que tocavam ao sentir a presença dos visitantes.

Depois do jardim se avistava uma floresta densa, habitada por animais ferozes e finalmente, depois da floresta, o mar.

Na última árvore morava uma ave. Um rouxinol cujo canto impressionava. Ali perto do mar, de onde se ouvia o som dos navios, a cantoria das mulheres à espera dos maridos pescadores e as crianças ninadas por suas mães, também se ouvia o canto maravilhoso do rouxinol.

Na sala de aulaTodos os visitantes do império conheciam a fama do pássaro e, ao partir daquelas terras, falavam logo da ave como a principal maravilha daquele lugar. Esqueciam a beleza do castelo e seu jardim, e todas as outras novidades ficavam sem importância diante do canto maravilhoso da ave. Escritores faziam poemas. Muitas músicas contavam a história do reino, mas ali no refrão podia-se ouvir o rouxinol como principal atração.

No dia do aniversário do imperador foi que ele soube da existência do rouxinol. Os festejos de aniversário estavam muito caprichados. As pessoas dançavam pelo salão e ouvia-se suas conversas animadas.

Um dos convidados deu ao imperador um livro escrito por um estrangeiro, e pediu que ele lesse a descrição do reino.

O imperador ficou intrigado. O livro elogiava tudo e ao final dizia: “... mas tamanha beleza não é nada diante do canto do rouxinol”. Chamou seus serviçais e brigou: “Como eu nunca ouvi falar nesse pássaro? Por que não me contaram? Se eu sou o imperador, tudo que há no reino é meu. Como eu posso ter uma maravilha dessas e não aproveitar? Eu quero esse pássaro!” A confusão foi geral, a correria também. Todos dentro do castelo se perguntavam onde estaria o pássaro.

Era possível ouvir os passos de toda a gente no castelo de porcelana e o jardim encantado parecia um carnaval de sinos.

Nada! Ninguém conseguia encontrar o rouxinol.

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O conselheiro disse ao imperador que talvez a ave fosse criação de algum poeta ou cantor, mas o imperador não acreditou muito naquilo. “Se falam dele, ele existe! Procurem, eu quero essa ave essa noite!”

Todos os homens procuravam, até que o camareiro real resolveu perguntar à cozinheira se ela conhecia o pássaro. “Claro! Conheço sim! Sempre que chego cansada do trabalho deito na rede e ele canta para alegrar meu coração.” “Me leve até ele!”, disse o camareiro, “prometo ajudá-la no que precisar. Preciso levar o rouxinol para cantar para o imperador!”.

A cozinheira e o camareiro foram juntos até a última árvore da floresta. No caminho, o camareiro ouviu um som: Muuuu...

E disse:

- Ah! Que som esplêndido e forte para uma ave tão delicada!

- Não é uma ave, é uma vaca! – explicou a cozinheira.

As rãs então começaram a coaxar.

- Maravilhoso! — exclamou o camareiro. — Já estou ouvindo a canção!

- Não, não, isso são rãs — disse a moça da cozinha. — Mas devemos estar perto. Assim que ouvir seu canto você saberá estar diante de algo realmente belo.

Andaram o dia inteiro, até que finalmente o rouxinol começou a cantar.

- Lá está ele! — disse a cozinheira. Era um passarinho pequeno e cinza.

— Esse aí, tão simples, tão comum? Será que perdeu a beleza e as cores ao nos ver?

A cozinheira pediu ao rouxinol que cantasse e o camareiro chorou diante da beleza da música. Ele convidou o pássaro a cantar para

o rei naquela noite. O passarinho aceitou. “Canto mais bonito aqui na floresta, mas se o imperador convidou, vou sim!!!”

No castelo a empolgação era grande. Os empregados limpavam tudo! À noite, diante de toda a corte, o rouxinol apareceu. Sentou-se em um poleiro de brilhantes ao lado do imperador e cantou a música mais bela que sabia. O imperador chorou de alegria, depois de saudades, depois de comoção diante das músicas do passarinho.

O imperador quis dar a ele seu sapato de ouro para que pendurasse no pescoço. “Agradeço imperador, mas sua emoção diante da música é o meu presente mais valioso.” O imperador estranhou a recusa, o sapato era inacreditável de tão precioso. O rouxinol cantou mais uma canção. O imperador decidiu que o rouxinol moraria no castelo, com todo o luxo e regalia, e que poderia sair para passeios, acompanhado de um pajem amarrado pelas patas com uma fita de ouro.

Muitos anos se passaram. Um dia chegou um presente para o imperador. Trazia uma palavra escrita por fora: ROUXINOL. Era um rouxinol mecânico. Uma ave movida a corda, capaz de cantar 33 vezes, sem sinal de cansaço. O imperador fez vir a orquestra, convidou toda a corte para uma audição e pediu que o mestre dos músicos colocasse as duas aves cantando juntas. Foi um fiasco. Um pássaro vivo e o outro uma máquina. A música era a mesma, mas algo em suas canções não encontrava o mesmo compasso. O ritmo não combinava. Tentaram outra vez. Nada. O rouxinol de ferro cantou sozinho 33 vezes. E além da música, todos os convidados se encantaram com a riqueza de suas cores.

O imperador pediu ao verdadeiro que cantasse. O rouxinol não estava lá. Havia voltado para a floresta. O mestre dos músicos aconselhou: “Fique com o pássaro de metal, Majestade, ele é mais previsível. Nunca se cansa nem fugirá, seu canto é tão bonito quanto o canto da ave original e ele é ainda mais belo.” O imperador acatou o conselho.

Um ano se passou e um dia o pássaro parou de tocar. Antes fez cinco ruídos estranhos. Crec tum roc roc roc siiiiiiiiiii dum e um estralo. O imperador chamou médico, feiticeira e sábio. O relojoeiro foi quem consertou e disse que deveria tocar o mínimo possível, pois as peças estavam gastas e ele poderia parar para sempre. O rouxinol passou a cantar uma vez por ano apenas. O reino ficou tão calado... Além do pássaro de ferro, ouviam-se apenas as vacas, as rãs e as flores do jardim real.

O imperador adoeceu de repente. Como era muito amado, o reino todo rezava aos pés do castelo de louça. Houve uma noite em que ele piorou muito. Era lua cheia. A morte estava sentada em sua cama com uma coroa, uma espada e o manto do imperador. “Vim buscar você”, ela disse. “Eu quero viver”, respondeu o imperador.

A morte ria o riso fino de sempre. O imperador sentiu medo e pediu ao rouxinol de ferro que cantasse. Mas sem corda o pássaro não funcionava, e o imperador já não tinha forças para acionar o mecanismo. Mesmo assim ele e a morte ouviram o canto magnífico. Era o rouxinol verdadeiro que estava empoleirado na árvore perto da janela do quarto do imperador. A morte, ao ouvir, ficou encantada. Lembrou-se do jardim dos campos dos seus mortos, sentiu saudades de lá, achou que podia buscar o imperador outro dia e partiu embalada ao som do canto da ave de verdade.

O imperador se emocionou e chorou como criança pequena. Pediu desculpas ao pássaro por tê-lo banido e agradeceu muito. Queria recompensá-lo. Ele disse que, como da primeira vez, a recompensa maior era a emoção que seu canto trazia. O rei pensou em quebrar o pássaro máquina em mil pedaços, mas o rouxinol não deixou. “Guarde de lembrança, ele fez o que conseguiu pelo reino.” Depois de tanto tagarelar, o imperador pediu que o pássaro voltasse a morar no castelo. O rouxinol disse que preferia a floresta e a leveza de ir e vir. Disse que viria quase todas as noites cantar para o imperador. Pediu que guardasse segredo. O imperador aceitou o combinado e adormeceu ao som da cantiga mais doce que existia, até acordar bom outra vez.

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15Após a leitura pergunte aos alunos se eles gostaram, e se eles imaginam o porquê de iniciarmos o curso com este texto.

Diga que a lenda trata da beleza e do encanto do canto de um pássaro, o rouxinol. Que o rouxinol, apesar de cantar lindamente, era um pássaro sem graça, cinza, quase feio. Mas as pessoas não se importavam com isso, o que realmente contava era o seu canto.Tanto é que assim que é inventado um rouxinol mecânico, o rouxinol de verdade foi posto de lado.

Por que o canto era tão importante? Porque era bonito? Só isso? Trazia recordações, sentimentos de esperança, alegrava o coração?

Traga a discussão para o cotidiano dos alunos. Pergunte a eles se eles acham que um canto ou uma música podem acalmar, alegrar, deixar triste o dia de uma pessoa. Pergunte se eles conhecem alguém que ao ouvir uma música muda de humor.

Discuta se atualmente, no Brasil, a música continua a encantar as pessoas. Compare a China de antigamente com os dias de hoje, refletindo sobre o fato de que antes não havia rádios, players, televisão, celulares, nada! Para alguém ouvir música tinha que ter um músico ou uma orquestra tocando. E quem tinha uma orquestra era só o imperador, o povo não.

E hoje, nós também temos dificuldades em ouvir música?

Quem ouve música todos os dias?

Como e onde vocês ouvem música?

Deixe a discussão se desenvolver e no final diga que já que a aula é de música nós iremos escutar uma música bem animada.

2ª AtividadeVamos ouvir e Discussão

Ainda não é hora de falar sobre a importância do silêncio, nem exigir um silêncio completo e duradouro. Faremos isso um pouco mais pra frente. Peça silêncio e inicie a reprodução.

Após uma primeira audição comente a música. Pergunte quem gostou e os motivos para tal. Pergunte se alguém conhece esta música, ou se sabe a qual estilo ela pertence, se é um coco, um xote, um samba...

A propósito, essa música é um baião.

3ª AtividadeApresentação do curso

Temos um pacto

Comece afirmando “em alto e bom som” que se estamos iniciando neste momento um curso de música é porque temos a certeza de que eles podem e irão aprender muitas coisas sobre música. Tantas coisas que conseguiremos, ao final de um ano de aulas e estudos, fazer um show para toda a escola.

Deixe claro que este é o nosso pacto.

Diga aos alunos que ao longo de um ano faremos toda semana uma aula de música. Explique que este é um curso de iniciação no qual eles irão aprender as principais coisas que uma pessoa precisa saber para entender melhor uma música. Que você vai falar sobre estilos musicais como o baião, o samba, o xote, o rock, a valsa, entre outros. Que conheceremos alguns instrumentos, aprenderemos como eles são tocados, qual é o seu som. Que iremos cantar e tocar instrumentos de percussão.

Por outro lado, é importante que fique claro o propósito do curso. Não podemos criar expectativas irreais – afinal, este é

um curso básico, que não visa o ensino de um instrumento. O que não quer dizer que ninguém possa aprender efetivamente a tocar algum instrumento no decorrer dele. Como falamos, todos podem aprender em qualquer idade.

Fale sobre o material, o livro de conceitos e os CDs. Mostre a eles o livro, se for o caso “dê uma passada” nos CDs, ouvindo algumas faixas. Mostre as faixas que falam dos instrumentos. Deixe claro que as aulas de música “são aulas mesmo”, iguais às outras, que temos que fazer silêncio, que temos exercícios pra serem feitos na classe e em casa.

Atividades em casaPesquisa A - Que músicas ouço em casa?

Anote as músicas que você ouve nas seguintes situações:

1-Ouço “sem querer” – tocou no rádio da vizinha; minha mãe está vendo televisão e tocou uma música, e assim por diante.

2-Ouço por minha vontade – anote quando, onde e por que você ouve música.

B – Que músicas tocam na televisão?

Assista televisão com um caderno para anotações e vá anotando em que programas e comerciais são tocadas músicas. Se possível anote o nome ou o tipo das músicas tocadas.

C – Quais brincadeiras que eu brinco e que utilizam músicas? Do que elas falam?

Faixa 14 – Eu só quero um xodó (Dominguinhos e Anastácia)

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Histórias Narradas

PlaybackCoro

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Autor: Heitor Villa-Lobos - Ferreira Gullar

Região: Rio de Janeiro

Ano: Música composta em 1930 como último movimento das Bachianas Brasileiras nº 2. A letra foi composta em 1975 pelo poeta maranhense Ferreira Gullar e faz parte de seu famoso “Poema Sujo”.

Faixa: 1

Arranjo: Edson José Alves

Músicos: Edson José Alves – violão Carlos Roberto de Oliveira – piano Nailor Azevedo “Proveta” – clarinete, sax alto

Cantores: Analice de Almeida Pereira Guilherme Conceição Santana Emily Rayane Balduino Julia Rebouças Suares Santos Letícia Nascimento dos Santos Luiz Felipe Neves Navas Nayara de Souza Bal

Regentes do coro: Daniel Reginato e Andressa Feigel

Lá vai o trem com o meninoLá vai a vida a rodarLá vai ciranda e destinoCidade noite a girarLá vai o trem sem destinoPro dia novo encontrarCorrendo vai pela terraVai pela serraVai pelo marCantando pela serra do luarCorrendo entre as estrelas a voarNo ar, no ar

O trenzinho do caipira

PartiturasMelodia e Letra

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Aula 2Objetivos

Apresentar a matéria-prima da música: o som

Relacionar vida/movimento/som

Mostrar como os sons são produzidos

Diferenciar som de ruído

O que é um som?

O Dicionário Aurélio traz a seguinte definição de som: “Fenômeno acústico que consiste na propagação de ondas sonoras produzidas por um corpo que vibra em meio material elástico (especialmente o ar). Sensação auditiva criada por este fenômeno, ruído”.

Toda música é um som?

Sim. É comum ouvirmos que o som é a matéria-prima da música, o que é uma expressão verdadeira e precisa.

Todo som é música?

Não. Existem ruídos, sons da natureza ou produzidos pelo homem, sem controle ou organização, que independente de serem agradáveis ou desagradáveis não podem ser considerados música.

Que tipos de som podemos ter?

Podemos classificar os sons de várias maneiras, começando por características técnicas (forte, fraco, grave, agudo, constante, simples, composto) ou psicológicas (agradável, desagradável, agressivo, suave, bonito, feio, triste, calmo, estressante), e assim por diante.

Qual a diferença entre som, ruído e uma nota

musical?

Som é tudo o que ouvimos. Qualquer ruído, barulho, fala, música, nota, tom, estrondo, murmúrio, zumbido captado pelo ouvido humano é um som. Bom, existem sons que nosso ouvido não consegue captar, mas vamos deixar esses tipos de som de lado. Ruído pode ser um som desagradável, um som muito fraco. Pode ser um barulho, um som feio, indesejável ou imperceptível que fica de fundo. Já uma nota musical, ou apenas uma nota (podemos também chamar de “um tom”) possui certas características que nos permitem atribuir a ela uma determinada afinação, o que lhe gera um nome, como Dó, Mi ou Si bemol.

Um ruído é uma mistura de frequências irregulares. Já uma nota musical tem uma frequência regular e constante e por isso possui uma altura, que é uma característica fundamental do som afinado.

Para as pessoas que não estudaram música, geralmente “altura” quer dizer volume. Um exemplo é frase “Nossa, como esta música está alta, abaixe um pouco o som!”. No entanto, para os músicos essa “altura” é chamada de intensidade ou de dinâmica. Quando os músicos falam na “altura de uma nota”, eles estão se referindo a quão grave ou quão aguda esta nota está. Um violino toca notas altas, ou seja, muito agudas, enquanto uma tuba toca notas baixas, muito graves. Existem alguns instrumentos que tocam notas graves e agudas, ou seja, altas e baixas. O mais conhecido deles é o piano, e é por isso que ele tem tantas teclas.

O que você precisa saber

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Vamos escutar a música “O trenzinho do caipira”, de Heitor Villa-Lobos, e prestar atenção na sua letra.

Do que fala a letra?

Alguém aqui já andou de trem? Ou já viu um trem na televisão ou no cinema?

Qual o barulho que o trem faz quando começa a andar? Quem saberia imitar?

Vamos ouvir o começo (introdução) da música. Parece com um trem?

Vamos ouvir de novo!

Na sala de aula

Para começarmos nossa viagem pelo mundo da música, nada melhor do que embarcarmos no “Trenzinho” do velho pajé Villa-Lobos.

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Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos)

Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos) Só a introdução

Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos)

Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos)0’10’’ – 1ª exposição do tema

1’ 13’’ – 2ª exposição do tema

O maestro Villa-Lobos, ao contar a estória de uma viagem de trem, quis imitar os sons deste meio de transporte. Ele usou os instrumentos musicais para imitar sons que não são música, mas que ouvimos no dia a dia. Se a gente reparar no acompanhamento do violão, vamos notar que na primeira vez que a letra é cantada o violão tem um toque mais calmo e espaçado. Já na segunda vez o violão passa a ter mais ritmo, de certa forma imitando um trem que ganha velocidade. Vamos conferir!

Abaixo as indicações em minutos (’} e segundos (’’) do momento exato em que os trechos se iniciam:

1ª AtividadeVamos ouvir e Discussão

2ª AtividadeVamos cantar

3ª AtividadeDiscussão e Exercícios

Coloque a gravação e estimule os alunos a cantarem a melodia junto com a música.

Para Discutir

Você deve explicar aos alunos que para começarmos a falar sobre música, e principalmente para entendermos melhor esta arte, precisamos conhecer um elemento fundamental para sua produção: o som.

A música é feita de sons?Quando os sons viram música?Mas o que é mesmo o som?É algo que se ouve, é feito para escutar?Algo que se produz com a boca na hora que falamos?Alguma música? Barulho, ruído, estrondo, murmúrio, tudo isso é som?

São muitas questões, vamos discutir?

A seguir alguns exercícios e experiências.

Exercícios

Cada aluno deverá produzir um som:

Usando apenas o corpoUsando apenas a vozUsando algum objeto

Peça aos alunos para darem exemplos de:

Sons agradáveisSons desagradáveisSons fortesSons fracos

Lá vai o trem com o menino

Lá vai a vida a rodar

Lá vai ciranda e destino

Cidade noite a girar

Lá vai o trem sem destino

Pro dia novo encontrar

Correndo vai pela terra

Vai pela serra

Vai pelo mar

Cantando pela serra do luar

Correndo entre as estrelas a voar

No ar, no ar

Sons estranhosSons tristesSons rarosOutros sons

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Histórias Narradas

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Histórias Narradas

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Histórias Narradas

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Um fato importante que deve ser explicado aos alunos é que ao pesquisarmos em livros e dicionários o significado da palavra som, encontramos que o som está relacionado às vibrações, ou seja, algo precisa vibrar para que o som seja produzido. E se algo precisa vibrar, precisamos então de algum movimento. E para que haja movimento é preciso uma força.

Como os sons são produzidos?

Os sons são vibrações captadas pelos nossos ouvidos que são produzidas por algum corpo em movimento. Esses corpos são chamados de fonte sonora, e podem ser uma corda esticada, um tubo pelo qual passa ar em movimento, uma pele esticada, entre outros objetos.

Atividades em casa

Aula 3Objetivos

Pense e responda:

Quais sons você sempre ouve na sua casa?

Qual o som da natureza que você mais gosta?

Existe algum som que te incomoda? Qual?

Vamos pensar nos exercícios que fizemos agora há pouco. Quando produzimos sons ou demos exemplos de tipos de som, havia movimento neles?

O que você precisa saberEsses sistemas vibram quando alguma forma de energia mecânica os põe em movimento, o que gera ondas sonoras que são transmitidas pelo ar e captadas por nossos ouvidos, que as transmitem ao cérebro.

Apresentar as ondas sonoras

Discutir a questão do gosto musical

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Após a classe cantar pelo menos duas vezes com a gravação completa, diga aos alunos que agora vamos cantar com o playback. Explique que o termo vem do inglês e significa uma gravação que “fica por baixo”, só com a base, sobre a qual podemos cantar ou tocar uma melodia. Explique que os nossos playbacks são um pouco diferentes, já que possuem não só a base, mas também a melodia principal tocada pelo clarinete. Diga que fizemos isso para dar maior suporte à afinação.

Abaixo estão indicados os momentos em que a melodia começa para facilitar a entrada do canto.

Pergunte se alguém gostaria de cantar sozinho ou em duplas. Para o acompanhamento você pode optar pelo CD completo ou pelo playback.

Na sala de aula

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Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos)

101ª AtividadeLição de casa: Apresentação dos resultados

Peça para que os alunos apresentem as repostas da lição de casa.

2ª AtividadeVamos cantar

Vamos iniciar a aula com a música “O trenzinho do caipira”. Primeiro vamos só ouvir e depois vamos cantar.

Lembre-se do roteiro de audição que foi proposto anteriormente!

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Histórias Narradas

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3ª AtividadeLição de casa

Agora que você e a classe já ouviram e cantaram algumas vezes a música “O trenzinho do caipira”, pergunte aos alunos se eles gostaram dessa música. Discuta as razões que os levaram a gostar ou não. A partir daí, inicie um debate para saber quem gosta de ouvir música e que tipo de música eles mais gostam de ouvir.

Algumas perguntas orientadoras.

Quem gosta muito de ouvir música?

Quem gosta mais ou menos de ouvir música?

Quem não gosta de ouvir música?

Em que lugares vocês ouvem música?

Qual tipo de música vocês mais gostam? Por quê?

4ª AtividadeLeitura e ExercíciosSelecione um ou mais alunos para lerem o texto a seguir.

O ar, essa coisa incrível!

O ar envolve tudo e todos. Ele está presente em todos os espaços da atmosfera da Terra e preenche todos os espaços.

No entanto, é invisível, não podemos tocá-lo. Quando dizemos “essa garrafa está cheia de ar”, queremos dizer que a garrafa em questão está vazia. Então parece que o ar é nada. É isso mesmo?

Claro que não! O nada é vácuo, sendo que o ar é composto de diversas coisas microscópicas: desde pequenas sujeirinhas até pequeniníssimos animais e plantas que flutuam no espaço, além de muitos tipos de gases – o principal deles é o oxigênio.

O interessante é que, mesmo sendo invisível e não palpável, ainda assim o ar é algo extremamente poderoso e forte. Pense em um paraquedas: o que segura o paraquedista, fazendo com que ele caia lentamente, é simplesmente ar. Os barcos a vela, desde as pequenas jangadas aos grandes veleiros, navegam impulsionados pelas velas que capturam o ar em movimento. Já pensou nisso?

Voltemos ao som.

Pois bem, as vibrações produzidas por objetos ou seres vivos são “transmitidas” aos nossos ouvidos pelo ar. Vamos imaginar um violão.

O som do violão é ouvido quando alguma de suas cordas é tocada. Quando alguém toca a corda de um violão ela vai de um lado para o outro, muito rapidamente. Isso quer dizer que ela “vibra”. Ao vibrar, ela faz com que todo ar ao seu redor vibre junto. Assim acorre a transmissão das ondas sonoras: elas são produzidas por um objeto em movimento e transmitidas pelo ar.

Não entendeu? Então aqui vai um exemplo mais fácil.

Quando jogamos uma pedra em um lago, diversas ondas são produzidas a partir do lugar em que caiu a pedra. Certo?

Por que isto acontece?

Simplesmente porque para a pedra atingir a água e entrar no lago ela precisa de espaço, e assim, de alguma forma, ela afasta para os lados a água ao seu redor. Isso vai

Faixa 1 – O trenzinho do caipira (Heitor Villa-Lobos)0’10’’ – 1ª exposição do tema

1’ 13’’ – 2ª exposição do tema

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acontecendo em cadeia, ou seja, uma certa quantidade de água, que podemos chamar de onda, vai “afastando” a água que está ao seu lado, cada vez com menos força, cada vez produzindo ondas menores, até a superfície do lago ficar lisa novamente.

Com o som acontece coisa parecida. A vibração de um objeto “empurra” as moléculas vizinhas do ar, que empurram outras moléculas, num vai-e-vem teoricamente infinito. Na prática toda essa movimentação vai perdendo força, pois como vimos o ar

Atividades em casaA) Pense e responda:

Quais músicas você ouve na sua casa?

Cite três músicas que você gosta e explique por quê.

Cite três músicas que você não gosta e explique por quê

B) Com a letra do “O trenzinho do caipira”, os alunos deverão tentar relembrar e cantar a melodia em casa. Avise que isso pode ser difícil.

Em uma bacia grande cheia de água, jogue uma pequena pedra. Repare que a pedra ao tocar a água produz uma série de ondas circulares e concêntricas que vão se alargando, tendo como ponto de partida o local em que caiu a pedra. Experimente com objetos de tamanhos diferentes e também mude a altura com que você os joga na água.

é poderoso e forte, e tende a ficar parado. Por isso, por mais forte que um som seja produzido, à medida que vamos nos afastando gradualmente da fonte sonora ele vai ficando cada vez mais fraco até desaparecer por completo. Ou seja, ele vai perdendo força e assim o volume fica menor. Imagine uma parede de caixas acústicas em um show de rock ao ar livre: para quem está perto o som é ensurdecedor, mas à medida que vamos nos afastando ele vai perdendo volume até sumir por completo.

Este exercício é para simularmos as moléculas do ar que quando são movimentadas vão movimentando as moléculas vizinhas em ondas. Todos os alunos devem ficar lado a lado bem juntos, com o ombro de um colado ao ombro do que está ao lado. Se alguém empurrar o aluno de uma ponta deslocando-o um pouco, esse deslocamento vai chegar ao aluno na ponta oposta. Vamos experimentar?

Exercícios

Anotações

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