tratamento e valorização dos residuos - aterro sanitário
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Trabalho sobre aterros sanitários. Biologia 12º João PereiraTRANSCRIPT
Tratamento e Valorização dos Resíduos
Biologia – 12ºA
Um trabalho de:
João Pereira nº7
Agrupamento de Escolas de
Resende Esc. Sec. Dom Egas Moniz
2013/14
Introdução Ao longo da História, o ser humano sempre produziu ou apropriou-se de objetos que encontrava na
natureza. No entanto, todos os objetos tem o seu período de utilidade, findo o qual passam a ser inúteis,
ou seja, passaram a ser considerados lixo.
Então, sendo inúteis para a atividade humana, o homem procura livrar-se deles de formas tão variadas
que vão desde o abandono em meio natural até a sua destruição a partir do fogo. Tais soluções não
seriam graves no passado, uma vez que o lixo produzido era em reduzida quantidade e os objetos eram
praticamente de origem orgânica, e assim a natureza encarregar-se-ia de fazer a sua própria reciclagem.
Atualmente, deixar um objeto inútil ao homem na natureza, pode provocar graves danos no meio
ambiente. Desde a revolução industrial, utilizam-se matérias-primas, na produção dos utensílios que
utilizamos no nosso quotidiano, com um elevado tempo de resistência ou composição química nociva para
plantas e animais. Deixar esses objetos em locais desapropriados pode poluir os ecossistemas e provocar
a morte de espécies.
Cabe ao homem encontrar soluções apropriadas para o seu lixo, de modo a satisfazer as suas
necessidades e a causar o menor impacto possível no meio ambiente.
Os aterros sanitários, a inceneração, a compostagem e a reciclagem são atualmente os destinos
mais utilizados para o lixo produzido pelo ser humano, tendo em conta as características do mesmo e o
objetivo de aproveitar ao máximo a potencialidade que cada objeto tem para oferecer, mesmo findo o
período de vida útil, protegendo o melhor possível a natureza.
É sobre estes destinos para os resíduos produzidos pelo homem na sua atividade que trata este trabalho.
João Miguel Pereira | [email protected]
O QUE É UM ATERRO SANITÁRIO?Um aterro sanitário, é uma instalação moderna e rigorosa, construída com
critérios específicos de engenharia, cumprindo um conjunto de regras que têm
em vista a preservação ambiental, e que está preparada para a deposição de
resíduos urbanos.
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O QUE É UM ATERRO SANITÁRIO?Os aterros sanitários, ao contrário das lixeiras, tem por base a preocupação com
o meio ambiente, ao inverso das lixeiras onde o lixo era colocado a céu aberto,
ou enterrado sem qualquer tipo de controlo. Nos aterros sanitários há o recurso
à utilização de tecnologia e engenharia bem como a adoção de um conjunto de
normas, que evitem a contaminação do meio ambiente ou o transtorno à saúde
pública e ao bem estar das populações animais e humanas.
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CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃOA base do aterro sanitário é impermeabilizada por uma membrana de
polietileno de alta densidade. Sobre a camada impermeável e feito um
sistema de drenagem, para que os líquidos produzidos pela decomposição
dos resíduos, ou infiltração das águas da chuva, sejam devidamente
recolhidos e tratados em estações de tratamento de águas lixiviadas (ETAL´s)
e só depois libertados para os cursos de água.
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CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃONo interior das camadas de resíduos é feito um circuito coletor do biogás, que
é constituído por metano, dióxido de carbono e vapor de água, formado
durante a decomposição dos resíduos. Assim, evita-se a libertação de grande
parte deste gás para a atmosfera, podendo ser aproveitado para gerar energia
utilizada por exemplo no aquecimento de instalações, ou funcionamento de
máquinas.
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CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃOA cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais,
de maneira a evitar a infiltração da água da chuva que iria favorecer a
produção de lixiviados. A cobertura, visto ser impermeável, é ainda
responsável por armazenar os gases produzidos de maneira a que a sua
recolha se torne mais eficiente.
Aterro sanitário selado João Miguel Pereira | [email protected]
CARACTERÍSTICAS DE CONSTRUÇÃOOs aterros sanitários são também sujeitos a um conjunto de inspeções
periódicas em que se avalia as alterações no monte de resíduos e no
ecossistema envolvente, de maneira a garantir a segurança e uma rápida
intervenção caso haja algum problema.
Mesmo depois de atingir o limite de capacidade, o aterro é alvo de um
processo de monitorização específico. Se reunidas as condições, pode
albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o
efeito estético negativo.
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Curiosidade:A LIPOR (Serviços Intermunicipalizados de Gestão de Resíduos do Grande
Porto) procedeu à recuperação ambiental do antigo aterro sanitário de
Matosinhos. Concebeu-se uma intervenção de requalificação ambiental e
social do local, dotando-o de infraestruturas e equipamentos, como são
exemplo o Centro de Interpretação Ambiental, as vias clicáveis ou o jardim
panorâmico.
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RECEÇÃO E TRATAMENTO DOS RESÍDUOSOs resíduos chegados aos aterros sanitários tem normalmente origem
conhecida por parte da entidade que procede à sua recolha. Mesmo assim,
por vezes podem ser realizadas analises para averiguar o tipo de resíduos e se
existe algum perigo para o aterro ou para o meio ambiente que contraindique
a sua deposição naquele local. No entanto o tratamento dos resíduos
processa-se, normalmente, da seguinte forma:
1º - Entrada da viatura de transporte de resíduos no aterro sanitário e a
paragem na báscula, onde é efetuada a primeira pesagem;
2º - A viatura desloca-se até à zona de deposição, procedendo à descarga dos
resíduos o mais perto possível da célula em exploração;
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RECEÇÃO E TRATAMENTO DOS RESÍDUOS3º - Procede-se ao espalhamento dos resíduos, compactação e cobertura com
terras, de acordo com as normas a seguir indicadas:
- São espalhados por uma pá carregadora de rastos, que os dispõe em
camadas com cerca de 1 metro de altura, sendo posteriormente compactados
por um pé de carneiro de 24 toneladas, formando “mini-camadas” com cerca
de 20 cm.
- No final de cada dia, os resíduos depositados são cobertos com cerca de 5 a
6 cm de terra.
- No final da semana ou depois de esgotada a capacidade de cada célula, é
feita uma cobertura com cerca de 15 a 20 cm de terra, com vista ao seu
encerramento.
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RECEÇÃO E TRATAMENTO DOS RESÍDUOS4º - Na saída, a viatura passa pela unidade de lavagem dos rodados e é
novamente pesada para a obtenção da tara, de forma a ficar registado o peso
líquido, quer por questões de planeamento da capacidade do aterro quer
para que seja efetuado o pagamento referente à quantidade de lixo
depositado.
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TRATAMENTO DE LIXIVIADOSOs lixiviados produzidos nos aterros sanitários, face às suas caraterísticas,
têm de ser convenientemente contidos, recolhidos, tratados e
monitorizados. A contenção faz-se através da impermeabilização do fundo e
da lateral, a recolha faz-se mediante a colocação no fundo de uma tubagem
perfurada a meia seção e a monitorização realiza-se por intermédio de
análises periódicas aos lixiviados. O tratamento dos lixiviados é realizado
antes da sua descarga no meio natural de maneira a se obterem as
concentrações impostas na legislação em vigor relativa à qualidade da água.
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BIOGÁSA decomposição da fração orgânica dos resíduos depositados em aterro forma
um gás incolor e insolúvel em água , o biogás.
O biogás é composto principalmente por metano (CH4) (50-60%) e dióxido de
carbono (CO2) (30-40%).
O biogás é excelente do ponto de vista do aproveitamento energético, pois é de
fácil combustão conferindo-lhe um valor energético elevado, e de natureza não
poluente.
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BIOGÁSO aproveitamento do potencial energético contido no biogás tem
como objetivos:
- Reduzir a emissão de gases com efeito de estufa;
- Promover a aplicação da Diretiva Europeia sobre a produção de
eletricidade de origem renovável;
- Melhorar os índices de sustentabilidade económicos e ambientais
dos sistemas multimunicipais de tratamento e valorização de RU.
Central de valorização energética de biogás do aterro sanitário de Codessoso
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CURIOSIDADEA RESINORTE, empresa gestora dos resíduos do Vale do Douro e
Tâmega, tem em funcionamento, desde dezembro de 2011, a central de
valorização energética de biogás do aterro sanitário de Codessoso. Um
investimento na ordem de 950.000 euros que prevê uma produção de
5.740 GWh anuais. Esta central produz em simultâneo energia elétrica e
térmica, sendo que a última é utilizada para o aquecimento das
instalações anexas ao aterro. A unidade instalada consome cerca de 350
m3/h de biogás com um teor de metano na ordem dos 52%, sendo esta
quantidade suficiente para alimentar 1.400 habitações.
Central de valorização energética de biogás do aterro sanitário de Codessoso
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TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RU´S EM PORTUGAL
A Empresa Geral do Fomento, S.A. (EGF) é a sub-holding
do Grupo Águas de Portugal responsável por assegurar o
tratamento e valorização de resíduos, de forma
ambientalmente correta e economicamente sustentável,
contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e do
ambiente.
A gestão dos sistemas de tratamento e valorização de
resíduos é feita através de 11 empresas concessionárias,
constituídas em parceria com os municípios servidos, que
processam anualmente cerca de 3,7 milhões de
toneladas de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidas
em 174 municípios, servindo cerca de 60% da população
de Portugal, que corresponde a 6,4 milhões de
habitantes.
Empresas de tratamento de resíduos associados à EGF (em Portugal
Continental)João Miguel Pereira | [email protected]
TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RU´S EM PORTUGAL
A EGF gere os resíduos tendo em conta a sua tipologia, com vista a evitar
desperdícios de matéria e energia. Assim, para além de gerir grande parte dos
aterros sanitários nacionais, esta empresa desenvolve campanhas que visam
aumentar o reaproveitamento dos resíduos a partir da reciclagem, sendo a
maior fornecedora da Sociedade Ponto Verde.
Realiza também a valorização energética dos resíduos através de processos
térmicos, nomeadamente da incineração, que permite produzir energia.
As escórias resultantes do processo de combustão são também tratadas e
valorizadas, podendo ser utilizadas como inertes para a construção civil, obras
públicas e eventual recuperação paisagística de pedreiras e minas.
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TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RU´S EM PORTUGAL
No domínio da valorização orgânica dos resíduos biodegradáveis, a EGF
utiliza tecnologias inovadoras para potenciar o aproveitamento energético
do biogás produzido pela decomposição dos resíduos e para a produção
de composto passível de ser usado como fertilizante agrícola.
Além de permitir prolongar a vida útil dos aterros, a valorização orgânica
dos resíduos permite também reduzir a emissão de gases com efeito
estufa e promover a produção de eletricidade a partir de fontes
endógenas.
Recolha de Resíduos em Portugal, por: EGFJoão Miguel Pereira | [email protected]
TRATAMENTO E VALORIZAÇÃO DOS RU´S EM PORTUGAL
Mapa das empresas de tratamentos de Resíduos em Portugal Continental João Miguel Pereira | [email protected]
CONCLUSÃO
O ser humano sempre procurou encontrar soluções de maneira a satisfazer as suas
necessidades. A produção de muitos objetos melhora a qualidade de vida, no
entanto, findo o seu período de vida útil, estes podem ser autênticos empecilhos,
caso não tenham um destino correto, causando graves problemas quer para a
humanidade quer para o ambiente. A garantia de um correto destino para os
objetos inúteis deve ser uma preocupação de todos os que produzem lixo, de
maneira a garantir o bem estar do planeta e da humanidade. Os aterros sanitários
ainda não são a solução ideal, no entanto possibilitam uma maior proteção do meio
ambiente do que possibilitavam as lixeiras anteriormente utilizadas. A conjugação
da reciclagem com a compostagem, possibilitam um maior aproveitamento
energético dos resíduos que produzimos, com um baixo nível de poluição,
encaminhando para os aterros e inceneração apenas aquilo que não pode ser
aproveitado, reduzindo-se assim os desperdícios de matéria e energia.
João Pereira
Bibliografia
http://www.egf.pt/
http://www.resinorte.pt/
http://www.residuosdonordeste.pt/
http://www.acpo.org.br/campanhas/inc_aterro/
inc_de_residuos.htm
http://www.oocities.org/roswitha_a/compostagem.htm