tratamento da dor aguda no adulto em terapia intensiva profª drª deyse santoro

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TRATAMENTO DA DOR TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro Profª Drª Deyse Santoro

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Page 1: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

TRATAMENTO DA DOR TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM AGUDA NO ADULTO EM

TERAPIA INTENSIVATERAPIA INTENSIVA

Profª Drª Deyse SantoroProfª Drª Deyse Santoro

Page 2: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

Dor AgudaDor Aguda

É uma dor de início recente, causa É uma dor de início recente, causa identificada – lesão ou cirurgia. Como identificada – lesão ou cirurgia. Como tem etiologia definida é esperado que tem etiologia definida é esperado que diminua e termine depois de certo diminua e termine depois de certo tempo.tempo.

Page 3: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

““A dor aguda severa pode causar profundas alterações A dor aguda severa pode causar profundas alterações fisiopatológicas, e estudos clínicos recentes indicam que o fisiopatológicas, e estudos clínicos recentes indicam que o seu tratamento eficaz pode reduzir a morbidade e aseu tratamento eficaz pode reduzir a morbidade e a mortalidade”mortalidade”

Cousis

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Magda A S Silva

1- SISTEMA CARDIOVASCULAR

2- SISTEMA RESPIRATÓRIO

3- SISTEMAS GENITOURINÁRIO E GASTROINTESTINAL

4- SISTEMAS NEUROENDÓCRINO E METABÓLICO

5- SISTEMA MUSCULOESQUELÉTICO

6- EFEITOS PSICOLÓGICOS

7- DOR CRÔNICA

Respostas fisiológicas ao Respostas fisiológicas ao trauma e estresse relacionado trauma e estresse relacionado

à dorà dor

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Magda A S Silva

TRATAMENTO DA DOR TRATAMENTO DA DOR AGUDAAGUDA

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Magda A S Silva

TRATAMENTO DA DOR AGUDATRATAMENTO DA DOR AGUDA

MONITORIZAÇÃO DA DOR AGUDA

avaliação da dor aguda

conduta analgésica

efeitos colaterais e tratamento

envolvimento multiprofissional

estado emocional do paciente

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AVALIAÇÃO DA DORAVALIAÇÃO DA DOR

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FATORES QUE INFLUENCIAM NA FATORES QUE INFLUENCIAM NA INTENSIDADE DOLOROSAINTENSIDADE DOLOROSA

Tipo de incisão, lesãoPresença de tubos, cateteres, drenos Mobilização no leito FisioterapiaDoenças pré-existentesFatores individuais

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Magda A S Silva

HISTÓRIA DA DORHISTÓRIA DA DOR

local

freqüência

fatores de melhora ou piora (evita

movimentação?)

sono, repouso e apetite estão prejudicados

pela dor?

intensidade

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Magda A S Silva

MENSURAÇÃO DA DORMENSURAÇÃO DA DOR

REPOUSO E MOVIMENTO

Escala visual analógicaEscala numérica de 0 a 10Escala de categorias nominais

Hancock, 1996

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Magda A S Silva

ANALGESIA = SEDAÇÃO?

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Magda A S Silva

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Magda A S Silva

PRESCRIÇÃO ANALGÉSICA?PRESCRIÇÃO ANALGÉSICA?

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Magda A S Silva

Recomendações

analgesia horário. não “bolar” medicação evitar analgesia por demanda (s/n) medicação de resgate (ex: morfina) evitar associar medicações da mesma classe

ANALGÉSICOS SISTÊMICOS: preferência via venosa vantagem: elimina variáveis relacionadas ao início de

ação, concentração máxima e o tempo de ação

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TIPOS DE TRATAMENTOTIPOS DE TRATAMENTO

FarmacológicoFarmacológico 1- analgesia via sistêmica 2- anestesia regional

Não farmacológicoNão farmacológico tens acupuntura, laser outros métodos (aplicação de calor, frio, etc)

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Magda A S Silva

GRUPOS FARMACOLÓGICOSGRUPOS FARMACOLÓGICOS

Analgesia sistêmicaAnalgesia sistêmica opióides (morfina, tramadol, codeína, etc) antiinflamatórios não hormonais (cetoprofeno,

celebra, vioxx, tilatil, voltaren, artril, profenid etc) não antiinflamatórios e não opióides (dipirona,

paracetamol)

Anestesia regionalAnestesia regional anestésicos locais (bupivacaína, ropivacaína,

levopuvacaína) opióides (morfina, fentanil)

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Magda A S Silva

A.L.A.L.

OPIÓIDESOPIÓIDES

AINES

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Magda A S Silva

EVOLUÇÃO DA TÉCNICA ANALGÉSICAEVOLUÇÃO DA TÉCNICA ANALGÉSICA

alívio da dor efeitos colaterais

EFICÁCIA ANALGÉSICA

Analgesia multimodal Conhecimento sobre a ação dos analgésicos Conhecimento sobre efeitos colaterais Conhecimento sobre prevenção dos efeitos colaterais

Power I. BJA, 2005

Fletcher D. SFAR,1996.

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OPIÓIDESOPIÓIDES

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Magda A S Silva

OPIÓIDESOPIÓIDES

1- A partir de 1970: o nosso corpo produz opióide

2- Tipos de opióides endógenos:

1- endorfinas

2- encefalinas

3- dinorfinas

3- Resposta a placebos

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Magda A S Silva

OPIÓIDESOPIÓIDES

•Derivados do ópio (opióides semi-sintéticos) :

–Morfina, codeína e tebaína (fenantrenos)

–Papaverina e noscapina (benzilisoquinolinas)

•Opióides sintéticos:

–Levorfanol (derivados da morfina)

–Metadona

–Pentazocina (benzomorfonas)

–Fentanil, meperidina (fenilpiperidinas)

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Magda A S Silva

OPIÓIDESOPIÓIDES

Agonistas– Morfina– Meperidina– Sufentanil– Fentanil– Alfentanil– Remifentanil– Codeína– Metadona– Heroína

Agonista-antagonista– Nalbufina

Agonista parcial– Buprenorfina

Antagonistas– Naloxona– Naltrexona– Nalmefeno

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Magda A S Silva

POTENTES

FRACOS

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Magda A S Silva

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DO VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DO OPIÓIDEOPIÓIDE

EV IM SC VO RETAL TRANSDÉRMICA TRANSMUCOSA PERIDURAL ESPINHAL

ATENÇÃO

A dose varia conforme

a via administração.

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAISHORMONAIS

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Magda A S Silva

AINHAINH

•A potência varia conforme a dose, via de administração e mecanismo de dor

•Reduzem os efeitos colaterais dos opióides reduzindo suas necessidades em quase 25 a 50 % no período pós-operatório

•Apresentam “efeito teto” para analgesia

•Agrupados conforme a seletividade de atividade sobre a COX (ciclooxigenase)

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Magda A S Silva

AINHAINH 1- Inibem a COX (ciclooxigenase) de maneira

reversível

2- Efeitos adversos dos Aines anti-COX 1– Gastrite, úlcera, esofagite– Insuficiência renal, hipertensão, retenção hídrica– Distúrbios plaquetários

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Magda A S Silva

AINHAINH anti-COX 1

preferencial– Aspirina– Indometacina– Piroxicam

anti-COX não seletivo– Diclofenaco– Ibuprofeno– naproxeno

anti-COX 2 preferencial– Meloxicam– Nimesulida

anti-COX 2 seletivo– Celecoxib– Rofecoxib– Valdecoxib– Parecoxib

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ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAISHORMONAIS

Ketorolaco Diclofenaco (cataflan®, voltaren®) Cetoprofeno (profenid®) Tenoxicam (tilatil®) Meloxicam (movatec®) Rofecoxib (vioxx®) Celecoxib (celebra®) Parecoxib

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Magda A S Silva

ANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAIS

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ANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAISLidocaína / Bupivacaína / RopivacaínaLevobupivacaína

ANALGESIA REGIONALBloqueio nervo periféricoPontos gatilhosInfiltraçõesPeriduralRaquidiana

NUNCA ENDOVENOSA (pode causar NUNCA ENDOVENOSA (pode causar convulsões e PCR irreversível)convulsões e PCR irreversível)

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Magda A S Silva

ANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAIS

Modo de Ação

1- Bloqueio progressivo transmissão impulsos nervosos simpáticos sem ação no SNC

2- Ação regional

3- Dependente do volume e concentração utilizada

4- Tempo de ação médio de 4 horas

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Magda A S Silva

ADJUNTOS NO TRATAMENTO ADJUNTOS NO TRATAMENTO DA DORDA DOR

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Magda A S Silva

ANALGÉSICOS NÃO ANALGÉSICOS NÃO ANTIINFLAMATÓRIOSANTIINFLAMATÓRIOS

Paracetamol (tylenol®)– hepatoxicidade

Dipirona (metamizol)– agranulocitopenia

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PARTICULARIDADES DA DOR PARTICULARIDADES DA DOR AGUDAAGUDA

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Magda A S Silva

PARTICULARIDADES DA DOR PARTICULARIDADES DA DOR NO IDOSONO IDOSO

1- Percepção:

– Dificuldade de compreensão da EVA, distúrbios

cognitivos, manifestações comportamentais

(agitação, prostração)

2- tolerância a efeitos colaterais dos opióides

3- efeitos colaterais AINE’s

4- risco de complicações respiratórias

5- 50 % posologia de opióides

6- 48 % aptidão ao uso de PCA

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MÉTODOS MODERNOS MÉTODOS MODERNOS

Raquianalgesia

Analgesia controlada pelo paciente

Analgesia peridural

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Magda A S Silva

ESPAÇO ESPINHALESPAÇO ESPINHAL

• Intratecal (subaracnóideo) ou Espinal: está delimitado externamente pela membrana aracnóidea, delicada, avascular, em contato íntimo com a dura máter e, internamente pela pia máter

• É o espaço que contém o

Líquor Céfalo Raquidiano (LCR)

e a medula espinal

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Magda A S Silva

RAQUIANALGESIARAQUIANALGESIA

Crianças: morfina + bupivacaína (ou sufentanil)

Adultos: morfina + sufentanilAnalgesia limitada às 24 horas

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ANALGESIA CONTROLADA ANALGESIA CONTROLADA PELO PACIENTEPELO PACIENTE

(PCA)(PCA)

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Magda A S Silva

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ANALGESIA CONTROLADA PELO ANALGESIA CONTROLADA PELO PACIENTE - PCAPACIENTE - PCA

contínuo,

contínuo + bolus e

bolus.

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Magda A S Silva

CONCEITOCONCEITO

Auto-administração de analgésicos

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Magda A S Silva

PCA EPIDURALPCA EPIDURAL

Combinação opióides + anestésico local

Analgesia segmentar

Analgesia superior à sistêmica nas

toracotomias

Administração contínua através de cateter

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Magda A S Silva

TRATAMENTO EFEITOS TRATAMENTO EFEITOS COLATERAISCOLATERAIS

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Magda A S Silva

RAZÕES PELO TRATAMENTO RAZÕES PELO TRATAMENTO INADEQUADO DA DORINADEQUADO DA DOR

Crença de que a dor não é nociva e é conseqüência normal a qualquer cirurgia ou injúria

Medo de que o paciente torne-se dependente a opióides e do risco da depressão respiratória

Clarke et al Journal of Pain and Symptom Management, 1996

Willson H. Journal of Adavanced Nursing, 2000

Greer et al. Clinical Journal of Pain, 2001

Page 47: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

MANEJO EFEITOS MANEJO EFEITOS COLATERAIS DOS COLATERAIS DOS

OPIÓIDESOPIÓIDES

Bonnica et al

Macintyre & Ready

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Magda A S Silva

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

Náuseas ou Vômitos

• Centro do vômito pode ser ativado pela estimulação da zona gatilho quimioreceptora. Podem aumentar a sensiblidade vestibular (Ex. Movimentos a cama, virar a cabeça, etc.)

• Incidência: significante (1/3)

• Manejo: investigação, registro, controle da dieta, administrar antieméticos de horário

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Magda A S Silva

Constipação Intestinal

• Ação: mecanismos de ação central e periférico, diminui a motilidade gastrointestinal, aumenta o tempo de esvaziamento gástrico, prolonga o tempo de trânsito intestinal.

• Manejo: investigação, registro, hidratação adequada, dieta, deambulação. Persistindo: emolientes, supositórios, laxantes, fleet enema.

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

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Magda A S Silva

Retenção Urinária

• Ação: aumenta o tônus e a amplitude das contrações uretrais, inibição do reflexo de micção e o tônus do esfíncter vesical aumenta

• Incidência: mais comum com opióides espinhais

• Manejo: investigação, registro, manobras estímulo térmico, sondagem vesical de alívio

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

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Magda A S Silva

Prurido

• Ação: mecanismo exato não conhecido, conseqüência da liberação de histamina.

• Incidência: mais comum com opióides espinhais

• Manejo: investigação, registro, observar a intensidade, administrar antihistamínico

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

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Depressão Respiratória

• Ação direta sobre os centros respiratórios do tronco cerebral: reduz resposta ao CO2, sonolência, diminuição ou irregularidade da FR, diminuição do volume corrente.

• Incidência: incomum, população especiais, gravidade do doente, pode ser mais comum com opióides espinhais

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

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Magda A S Silva

INDICADORES CLÍNICOS DA INDICADORES CLÍNICOS DA DEPRESSÃO RESPIRATÓRIADEPRESSÃO RESPIRATÓRIA

Escala de Sedação: Ramsay > 4 Freqüência Respiratória: FR< 10 Saturação Oxigênio < 90%

Escala de Ramsay

AcordadoAcordado

1- ansiedade e ou agitação1- ansiedade e ou agitação

2- tranqüilidade, cooperação, orientação2- tranqüilidade, cooperação, orientação

3- responsividade ao comando verbal3- responsividade ao comando verbal

SonolentoSonolento4- resposta franca ao estímulo auditivo e doloroso4- resposta franca ao estímulo auditivo e doloroso

5- resposta débil ao estímulo auditivo ou doloroso5- resposta débil ao estímulo auditivo ou doloroso

6- irresponsividade6- irresponsividade

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Magda A S Silva

Conduta

Sonolência importante, sedação:• diminuir ou suspender a administração do opióide• oferecer suporte de O2

• monitorar: nível de consciência, FR, SpO2 com oximetria de pulso

• providenciar Narcan/Naloxone (antagonista do opióide)• acionar o plantonista

ATENÇÃOSONOLÊNCIA IMPORTANTE E FR < 10MPM

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

Page 55: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

EFEITOS COLATERAIS EFEITOS COLATERAIS DOS ANESTÉSICOS LOCAISDOS ANESTÉSICOS LOCAIS

Bonnica et al

Macintyre & Ready

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Magda A S Silva

EFEITOS COLATERAISEFEITOS COLATERAISANESTÉSICOS LOCAISANESTÉSICOS LOCAIS

Reações alérgicasNeurotoxicidade (sistêmica)Cardiotoxicidade(sistêmica)HipotensãoBradicardiaBloqueio Motor e Bloqueio SensitivoRetenção urinária

Page 57: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

Conduta

• Hipotensão Arterial

Conduta: diminuir, cessar a infusão, manter hidratação adequada. Estimular ingesta hídrica. Se necessário administrar fluidos endovenosos e vasopressores

• Bloqueio Sensorial/Motor:

Conduta: alterar a concentração, diminuir a infusão ou suspender se necessário

• SINAIS DE TOXICIDADE

Conduta: interromper a administração

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

Page 58: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

EFEITOS COLATERAISEFEITOS COLATERAISANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO

HORMONAISHORMONAIS

Bonnica et al

Macintyre & Ready

Page 59: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

Conduta

• Reações alérgicas: observar queixas

• Gastrite, úlcera, esofagite: queixa de asia/epigastralgia, presença de melena. Atenção: sempre constar protetor de mucosa

• Insuficiência renal, hipertensão, retenção hídrica: observar volume urinário e hidratação. Atenção para U/Cr

• Distúrbios plaquetários: atenção para sangramento em punções, hematomas, petéquias

MANEJO DOS EFEITOS COLATERAISMANEJO DOS EFEITOS COLATERAIS

Page 60: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

COMPLICAÇÕES COM COMPLICAÇÕES COM TECNOLOGIA MODERNATECNOLOGIA MODERNA

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Magda A S Silva

COMPLICAÇÕESCOMPLICAÇÕESCATETER EPIDURALCATETER EPIDURAL

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Magda A S Silva

MONITORIZAÇÃOMONITORIZAÇÃO

dor

sonolência (escalas de sedação)

freqüência respiratória: fr<10

padrão respiratório

queda na saturação oxigênio

instabilidade hemodinâmica

queixas de formigamento: bloqueio sensitivo

queixa de membro pesado: bloqueio motor

sensação de dormência acima dos mamilos

Page 63: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

O TRATAMENTO DA DOR O TRATAMENTO DA DOR AGUDA É ADEQUADO?AGUDA É ADEQUADO?

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Magda A S Silva

RAZÕES PELO TRATAMENTO RAZÕES PELO TRATAMENTO INADEQUADO DA DORINADEQUADO DA DOR

Falta de tempoSobrecarga de trabalhoFalta de protocolosDesconhecimento

Clarke et al Journal of Pain and Symptom Management, 1996

Willson H. Journal of Adavanced Nursing, 2000

Greer et al. Clinical Journal of Pain, 2001

Page 65: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

Magda A S Silva

RAZÕES PELO TRATAMENTO RAZÕES PELO TRATAMENTO INADEQUADO DA DORINADEQUADO DA DOR

Subestimação da dor do doente

Couling S.Nursing Standard, 2005

Van Niekerk et al. Pain Management Nursing, 2003

Page 66: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

EDUCAÇÃOEDUCAÇÃO

Harmer et al. Anaesthesia, 1998

Clarcke et al. Clinical Journal of Pain, 2001

Puntillo et al .Heart & Lung,2002

Ravaud et al. British Journal of Surgery, 2004

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EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO (doente e profissional)(doente e profissional)

AVALIAÇÃOAVALIAÇÃO

REGISTRO REGISTRO

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Magda A S Silva

VIGILÂNCIA CONHECIMENTO

ATUAÇÃOMULTIPROFISSIONAL

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Magda A S Silva

“EQUIPE DE ENFERMAGEM BEM INSTRUÍDA POSSIBILITA

AMPLIAR O EMPREGO DE TÉCNICAS ANALGÉSICAS NO

MEIO HOSPITALAR”

Ready LB, Edwards T W

Page 70: TRATAMENTO DA DOR AGUDA NO ADULTO EM TERAPIA INTENSIVA Profª Drª Deyse Santoro

““...Dor é inevitável....Dor é inevitável.O sofrimento é O sofrimento é

opcional...”opcional...”

Carlos Drummond de Andrade

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OBRIGADA!OBRIGADA!