trabalho sobre liderança suprimento de mão de obra

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Liderança Atualmente encontram-se diversos conceitos para definir Liderança. Além das abordagens tradicionais, novos autores surgem com abordagens diferentes sobre o assunto; cada nova abordagem contribui e enriquece os estudos acerca do tema. Os gerentes e administradores, de uma forma geral, nem sempre apresentarão atributos comportamentais que os caracterizem como líderes eficazes. Isso também equivale a dizer que verdadeiros líderes, na maioria das vezes, podem não possuir características gerencias ou de administradores. Portanto, trata-se de uma espécie de erro grosseiro confundir ou pressupor que toda pessoa em posição de direção na empresa seja, necessariamente, líder. Nem toda liderança é autoridade formal, mas a autoridade formal é um tipo de liderança. Cada indivíduo que ocupa um papel gerencial está inserido em uma hierarquia regida por normas impessoais, que definem o cargo. O ocupante deste cargo recebe poderes de tomada de decisões, poder de influência, e também de ser obedecido pelos demais subordinados. O funcionário obedece ao superior porque tem obrigação de fazê-lo. A influência que o líder exerce sobre os liderados é diferente da que o superior possui baseada apenas na autoridade formal. Muitas vezes a autoridade formal não está atrelada a liderança. MAXIMIANO (2002). Liderança e Poder

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Page 1: Trabalho sobre Liderança Suprimento de Mão de Obra

Liderança

Atualmente encontram-se diversos conceitos para definir Liderança. Além

das abordagens tradicionais, novos autores surgem com abordagens diferentes

sobre o assunto; cada nova abordagem contribui e enriquece os estudos

acerca do tema.

Os gerentes e administradores, de uma forma geral, nem sempre

apresentarão atributos comportamentais que os caracterizem como líderes

eficazes. Isso também equivale a dizer que verdadeiros líderes, na maioria das

vezes, podem não possuir características gerencias ou de administradores.

Portanto, trata-se de uma espécie de erro grosseiro confundir ou pressupor que

toda pessoa em posição de direção na empresa seja, necessariamente, líder.

Nem toda liderança é autoridade formal, mas a autoridade formal é um tipo

de liderança. Cada indivíduo que ocupa um papel gerencial está inserido em

uma hierarquia regida por normas impessoais, que definem o cargo. O

ocupante deste cargo recebe poderes de tomada de decisões, poder de

influência, e também de ser obedecido pelos demais subordinados. O

funcionário obedece ao superior porque tem obrigação de fazê-lo. A influência

que o líder exerce sobre os liderados é diferente da que o superior possui

baseada apenas na autoridade formal. Muitas vezes a autoridade formal não

está atrelada a liderança. MAXIMIANO (2002).

Liderança e Poder

Page 2: Trabalho sobre Liderança Suprimento de Mão de Obra

Enfoques da Liderança

Vários foram os autores que abordaram a liderança. Uns apresentaram  teorias

que demonstraram preocupação com os traços do líder, outros se preocuparam

com os estilos de liderança e com o que o líder faz, com as variáveis do

meio ambiente que influenciam no desenvolvimento entre o líder e o seguidor,

com as motivações subjacentes a atividade de dirigir as pessoas.

Teoria dos Traços

A Teoria de Traços data da década de 30, quando inúmeros pesquisadores

buscaram identificar atributos de personalidade, sociais, físicos e intelectuais

que descrevessem líderes e que os diferenciassem dos não-líderes

A teoria dos Traços é uma das mais antigas a respeito da Liderança. A teoria

é baseada na premissa que os líderes possuem determinadas características

em sua personalidade, que os determinam como líderes ou não. Dentre os

inúmeros traços da personalidade que definem o líder, estão os

principais traços

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Fonte: Adaptado de Chiavenato (1999), Limongi- França; Arrelano (2002) e Chiavenato

(2003). 

A teoria dos traços da personalidade apresentou alguns aspectos falhos que a

levaram ao descrédito como: a falta de ponderação das características em

relação à importância dentro da liderança (alguns traços deveriam ter maior

realce que outros), desconsideração que para determinados objetivos alguns

traços são mais importantes que outros, desconsideração da influência que os

liderados exercem sobre os resultados da liderança e irrelevância

das condições situacionais, conforme Chiavenato (2003). De acordo com a

abordagem dos traços um líder será sempre líder, em casa, no trabalho e na

vida social, se possuir os determinados traços de personalidade como afirma.

Porém a reunião dessas características em um indivíduo apenas aumenta a

probabilidade de um indivíduo ser um líder eficaz, mas não é fator determinante

para o sucesso de um líder.

Teoria Situacional ou Contingencial

As teorias Situacionais ou Contingenciais pressupõem que não existe um estilo

único de liderança, nem mesmo uma característica determinante válida para

qualquer situação, (Chiavenato, 1999, p. 267):

As teorias situacionais partem do príncipio de que não existe um único estilo

ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. A recíproca

é que é verdadeira: cada tipo de situação requer um tipo de liderança diferente

para alcançar a eficácia dos subordinados.

Page 4: Trabalho sobre Liderança Suprimento de Mão de Obra

Silva (2001) afirma que para que a liderança seja adequada ela precisa

fundamentar-se nas situações sobra a qual será aplicada.

Nesse sentido, Maximiano (2002) afirma que para haver eficácia o estilo de

liderança deve se ajustar à situação. Essa teoria busca resolver qual o estilo se

ajusta a qual situação. Para conseguir atingir esse objetivo é necessário avaliar

a situação.

Tannebaum e Schmidt, citados por Maximiano (2002), sugeriram três critérios

para avaliação das situações, sugerindo padrões de comportamento de

liderança que estão relacionados com o grau de autoridade do líder e o grau de

liberdade disponível para os liderados na tomada de decisões:

Fonte: Maximiano, 2002 pag. 291

De acordo com Maximiano (2004, p.297-298), os valores são atribuídos da

seguinte maneira: Líder-tarefa, orientado para a produção (9,1). Líder-pessoas,

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orientado para as pessoas (1,9). Líder negligente, que não se preocupa com

tarefas nem pessoas (1,1). Líderequipe, orientado simultaneamente para

pessoas e tarefas (9,9). Líder “meio-termo”, medianamente preocupando-se

com resultados e pessoas (5,5).

INTRODUÇÃO

Para se entender o sucesso de uma organização, é importante conhecer os

estilos de liderança. A discussão sobre liderança e os tipos de líderes da

atualidade surgiu da necessidade de compreender estes modelos e a sua

importância nas organizações. A liderança está presente em todos os

momentos e situações, seja na vida pessoal ou organizacional. Um indivíduo

demonstra sua capacidade de liderar não apenas por suas próprias

características pessoais, mas na situação da qual se encontra. O líder é visto

pelo grupo como possuidor dos meios para satisfação de suas necessidades, é

um estrategista que direciona as pessoas para alcançar seus objetivos. Alem

disso o líder sabe ajustar todas as situações que envolvem seu grupo.

Para Moscovici (1995, p.169), "Os grupos humanos necessitam de líderes

competentes para sobreviver e desenvolver plenamente seus recursos e

potencialidades. Igualmente, as organizações sociais necessitam de líderes

competentes (dirigentes / executivos / gerentes) para sua sobrevivência

e desenvolvimento cabal de recursos e potencialidades".

Segundo Maximiano (2007, p. 277), "Liderança é o processo de conduzir as

ações ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas.

Proximidade física ou temporal não é importante no processo. Um cientista

pode ser influenciado por um colega de produção que nunca viu ou mesmo que

viveu em outra época. Líderes religiosos são capazes de influenciar adeptos

que estão muitos longes e que têm pouquíssima chance de vê-los

pessoalmente".

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Para Chiavenato (2006, p. 18-19) a liderança “(...) é essencial em todas as

funções da Administração: o administrador precisa conhecer a natureza

humana e saber conduzir as pessoas, isto é, liderar”. Entende-se por liderança

a percepção do grupo em relação ao líder, que consegue influenciar, persuadir

e argumentar sobre pessoas.

Para este estudo, a metodologia se baseou em uma pesquisa bibliográfica,

visto que esta oferece ferramentas conceituais necessárias para

o desenvolvimento teórico sobre o assunto, a fim de permitir a reflexão e

análise sobre o tema. 

Teoria dos Estilos de Lideranças

Para Maximiano, a liderança é classificada em dois estilos podendo ser autocrático ou democrático, dependendo do líder centralizar ou compartilhar a autoridade com seus liderados. Estes estilos são reconhecidos desde a Antiguidade clássica.

• Autocrático: centralização de poder de decisão no chefe, quanto mais concentrado o poder de decisão no líder, mais autocrático é seu comportamento ou estilo. O estilo autocrático pode degenerar o tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo.

• Democrático: divisão dos poderes de decisão entre chefe e grupo, quanto mais às decisões forem influenciadas pelos integrantes do grupo, mais democrático é o comportamento do líder.

Segundo Chiavenato, a abordagem dos estilos de liderança se refere àquilo que o líder faz, seu estilo de comportamento para liderar. Ele descreve três estilos:• Liderança autocrática: o líder impõe suas ideias e suas decisões sobre o grupo, sem nenhuma participação deste. A ênfase está nele.

• Liderança liberal: o líder delega totalmente as decisões ao grupo sem controle algum e deixa-o completamente à vontade. É mínima a participação do líder e o grupo é enfatizado.

• Liderança democrática: o líder orienta o grupo e incentiva a participação de todos. A ênfase está no líder e também no grupo.

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Os três Estilos de Liderança

Aspectos Autocrático Liberal (laissez-faire)

Democrático

Tomadas de Decisões

Apenas o líder decide e fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo.

Total liberdade ao grupo para tomar decisões, com mínima intervenção do líder.

As diretrizes são debatidas edecididas pelo grupo, que éestimulado e orientado pelo líder.

Programação dos Trabalhos

O líder dá a ordem e determina providências para a execução de tarefas sem explicá-las ao grupo

Participação limitada do líder; informações e orientações são dadas desde que solicitadas pelo grupo

O líder aconselha e dá orientações para que o grupo esboce objetivos e ações; as tarefas ganham perspectivas com os debates.

Divisão do Trabalho

O líder determina a tarefa acada um e qual o seu companheiro de trabalho.

A divisão das tarefas e escolhados colegas são do grupo

O grupo decide sobre a divisão das tarefas e cada membro tem liberdade para escolher os colegas.

Comportamento do Líder

O líder é dominador e pessoal nos elogios e nas críticas ao grupo.

O líder assume papel demembro do grupo e atua somente quando é solicitado

O líder é objetivo e limita-seaos fatos nos elogios ou críticas; trabalha como orientador da equipe.

Liderança autocrática: O comportamento dos grupos mostrou forte tensão, frustração e, sobretudo, agressividade, além de nenhuma espontaneidade ou iniciativa. Apesar de aparentemente gostarem das tarefas, não demonstraram satisfação com relação à situação. O trabalho somente se desenvolvia com a presença física do líder.

• Liderança liberal: a atividade dos grupos era intensa, porém a produção foi simplesmente medíocre. As tarefas se desenvolviam ao acaso, com muitas

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oscilações perdendo-se muito tempo com discussões mais voltadas para motivos pessoais do que relacionadas com o trabalho em si. Notou-se pouco respeito com relação ao líder.

• Liderança democrática: formação de grupos de amizade e de relacionamentos cordiais entre os meninos. Líder e subordinados passaram a desenvolver comunicações espontâneas, francas e cordiais. O trabalho foi desenvolvido em ritmo suave e seguro, sem alterações quando o líder se ausentava. Houve responsabilidade e comprometimento pessoal.

Segundo Chiavenato, as teorias abordadas até o momento sobre os traços de personalidade são simplistas e limitadas, enquanto que as teorias da liderança situacional explicam mais detalhadamente que não existe um único estilo de liderar válido para qualquer situação. Cada situação requer um tipo de liderança, determinada pelas circunstâncias.

A teoria situacional é mais atrativa aos administradores por aumentar as possibilidades de adequação na situação a fim de se ajustar ao estilo de liderança utilizado.

Chiavenato explica ainda que um líder deve se ajustar a um grupo de pessoas sob condições variadas, sendo a sua capacidade de comunicação essencial e não apenas seus traços de personalidade.

O PODER INDIVIDUAL NA LIDERANÇA

A habilidade de influenciar subordinados e outros colegas por meio do controle dos recursos organizacionais é o que distingue a posição de liderança.Segundo Montana e Charnov (1998), dentro de uma organização há seis tipos de poder: poder legitimo; poder de recompensa; poder coercitivo; poder de especialização, poder de referência e poder de informação.

• Poder legítimo – é o poder inerente a estrutura organizacional em si, sendo atribuído a um individuo que ocupa uma posição específica dentro da organização. Caso o indivíduo venha a deixar o cargo, o poder continua a existir na posição e não pode seguir o individuo.

• Poder de recompensa – pelo fato dos colaboradores subordinados desejarem a recompensa, eles são influenciados pela possibilidade de recebê-las como produto de seu desempenho, exemplo: promoções, elogio de gerentes, status e outros. Geralmente a gerência acena uma variedade de recompensas para motivar o desempenho no trabalho.

• Poder coercivo – está relacionado ao gerente punir o colaborador, podendo ser manifestado em uma simples advertência, suspensão ou até mesmo o desligamento efetivo.

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• Poder de especialização – é relacionado com a experiência interior do individuo, conhecimento, habilidades e talentos especiais.

• Poder de referência – é o poder de um indivíduo de influenciar outro por sua força de caráter, este poder podemos observar em um astro do esporte, supostamente leva a aceitação, mesmo que o atleta tenha poucas credibilidades fora da arena esportiva. 

• Poder de informação – é a posse da informação importante em um momento crítico quando se faz necessário ao funcionamento da organização, assim sendo a secretaria de um gerente pode se considerar em uma posição poderosa a partir do momento que tenha informação importante.

Conclusão

A liderança é uma questão de redução de incerteza e insegurança de um grupo. É um processo contínuo de decisões, acertos e erros que permite à empresa buscar seus objetivos. A partir dos anos 90 as relações humanas passaram a ter muito mais espaço e importância em relação ao início do século passado e isto afeta diretamente a gestão dos negócios. O poder é o exercício da liderança, mas não há uma forma certa ou incorreta. Há a forma adequada. Diante disso, o líder ideal é aquele que se ajusta a sua realidade. Um bom líder consegue se moldar a cada situação, momento, ou grupo de trabalho.Este trabalho mostrou que cada estilo tem suas peculiaridades, vantagens e desvantagens. Na liderança autocrática o líder é dominador e os seus seguidores não participam das decisões. Apesar de o grupo produzir em grande quantidade, há sinais de frustração e baixa motivação. Esta liderança enfatiza o líder. Na liberal (laissez-faire), o líder dá liberdade para que as escolhas e decisões sejam individuais ou em grupo, ele somente participa se for solicitado. O grupo reage com insatisfação, má qualidade no trabalho e pouco respeito ao líder. Na liderança liberal o grupo é enfatizado.Na liderança democrática o líder encoraja a participação das pessoas, participa das tomadas de decisões e coordena as atividades da equipe. O líder é bastante comunicativo e sempre interage com a equipe. O grupo mostra melhor quantidade e qualidade de trabalho, além de satisfação, responsabilidade e comprometimento. Neste tipo de liderança o grupo e o líder são enfatizados.Uma boa liderança é sempre notada pelos seguidores – se estes estão motivados e alcançam os objetivos pretendidos, é sinal que há um bom líder orientando o grupo. O líder poderá utilizar todos os estilos de liderança, de acordo com a necessidade, a tarefa e as pessoas. Cabe a cada bom líder saber equilibrar estas práticas e quando aplicá-las.

Referencias Bibliográficas.

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CHIAVENATO, Idalberto. Administração geral e pública. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração: Elsevier, 2003.

MAXIMIANO, Antônio C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6 Ed. São Paulo: Atlas, 2007.